Ensinador Cristao N 65 PDF

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  • 8/19/2019 Ensinador Cristao N 65 PDF

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    EntrevistaAna Carolina Lima, ganhadora 

    do Prêmio Professor do Ano 

    2014, fala sobre como a igreja e a comunidade se empenharam no desenvolvimento 

    do seu projeto.

    Entrevista com comentarista 

    do trimestre pastor Elinaldo 

    Renovato fala sobre o 

    conteúdo da lição.ED sob tendas atrai crianças 

    em Canoas (RS).

    Suplemento do professor

    A Escola Dominical 

    e a Igreja  Alexandre Coelho 

    MÓDULO1

    Reporta<Escola Dominirâfeçresce nas regiões consideradl^p^U) IBGE como as mais pobres do &r

    ouvor e Adoraçãoo sobre o conteúdo da 

    uvenis deste trimestre

    A Escola Dome as diferenças degerações

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    T H E V0 C A M I N H O

    r '  j j f f i J P P i*  f * J '

     / 

    EM BREVE!

    Uma Bíb l ia que faz mais

    do que lhe dar uma visão gera l do texto.

    Ela conecta o que você lê com a v ida rea

    ©C P / O

    w w w , c pa d . c o m , b r

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    Da REDAÇÃOPor  G i lda  J úl io

    Presidente da Convenção GeralJosé Wellington Bezerra da Costa

    Presidente do Conselho AdministrativoJosé Wellington Costa Júnior

    Diretor-executivoRonaldo Rodrigues de Souza

    Editor-chefeSilas Daniel

    EditoraGilda Júlio

    Gerente de PublicaçõesAlexandre Claudino Coelho

    Gerente FinanceiroJosafá Franklin Santos Bomfim

    Gerente ComercialCícero da Silva

    Gerente de ProduçãoJarbas Ramires Silva

    Chefe de Arte DesignWagner de Almeida

    Design, diagramação e capaSuzane Barboza

    FotosShutterstock

    Tratamento de imagemDjalma Cardoso

    Central de vendas CPAD

    [email protected] 

    Atendimento para assinaturasFones: 21 2406-7416 e [email protected] - Serviço de atendimento ao consumidor

    Fone: 0800-021.7373

    [email protected]

    Ano 17 - n° 65 - jan/fev/mar de 2016

    Número avulso: R$ 8,90Assina tura bianual: R$ 71,20

    Ensínador Cristão - revista evangélica trimestral,lançada em novembro de 1999, editada pelaCasa Publicadora das Assembleias de Deus.

    Correspondência para publicação deve serendereçada ao Departamento de Jornalismo.As remessa s de valor (pagamento de assinatura,publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. Adireção é responsável perante a Lei por todamatéria publicada. Perante a igreja, os artigosassinados são de responsabilidade de seusautores, não representando necessariamentea opinião da revista. Assegura-se a pubiicação,apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmoprincípio vale para anúncios.

      ASA PUBLI ADORA DAS 

    ASSEMBLEIAS DE DEUS

    Av. Brasil, 34.401 - BanguCEP 21852-002 - Rio de Janeiro - RJ

    Fone 212406-7371 - Fax [email protected]

    Oportunidade

    Um ano que se inicia é sempre um bom momento para reflexões a

    respeito da vida. É um momento de análises e decisões. Pode ser um

    ponto de partida e o início de uma grande mudança; e, sem dúvida, uma

    oportunidade para rever os nossos conceitos e avaliar nossa postura

    como servos de Cristo, educa dores e pregado res do Evangelho, tendo

    sempre como objetivo m elhorar a cada dia. Essa tarefa exige esforço,

    boa vontade e amor ao próximo, sem contar o temor a Deus. Por isso, aEnsinador Cristão seleciono u um material especial que vai ajudar você

    a pontuar sua avaliação.

    A revista aborda um tema que envolve as diferenças de gerações. O

    articulista enfatiza a importância de o professor conhecer seu aluno e ter

    domínio da Palavra. Esses e outros pontos vitais no bom desempenho

    das aulas são enfatizados.

    A Ensinador mostra também como a Assembleia de Deus em Ca-

    nelas (RS) transformou um circo em salas de aula, atraindo centenas de

    crianças para a Escola Dominical. E ainda relata as estratégias de uma

    igreja no noroeste de Minas Gerais que cresce em meio à idolatria.

    Estes e outros assuntos você confere nesta edição.

    Não fique de fora! Compartilhe o mover de Deus por meio da Escola

    Domincal!

    Obrigada pela companhia!

    Um abraço!

    Gilda Júlio gilda.ju lio@ cp ad.com .br 

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

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    Artigos

    06 A ED g  as diferenças de gerações

    1 /. A Epístola aos 

     ™ Romanos: A Justiça de Deus revelada em 

    Cristo Jesus

    18

    4 8

    0 modelo da vida de 

    Jesus Cristo 

    0 superintendente 

    da EscoLa Dominical

    .Seções J

    0 5 Espaço do Leitor10  ED em Foco

    11   Conversa Franca 17 Exemplo de Mestre

    22  Reportagem 25 Entrevista do Comentarista29   Sala de Leitura30   0  Professor Responde31   Boas IdeiasZ4.Z4. Aprendendo com 0 mestre 

    Em Evidência

    SUBSÍDIOS PARA

    0  Final de Todas as Coisas: esperança e gLória para os salvos

    A ED e as~diferenças U O de gerações

    0 superintendente da EscoLa Dominical

    Divulgue as atividades do Departamento de ensino de sua igrejaEntre em contato com

    Ensinador Cristão

    Avenida Brasil 34-401 ■Bangu

    Rio de Janeiro ■RJ •CEP 21852-002Telefone 21 2406-7371 

    Fax [email protected]

    2 1 2 4 0 6 7 4 1 6 / 2 4 0 6 7 4 1 8SETOR DE ASSINATURAS

    A Epístola aos Romanos: a Justiça 

    de Deus revelada em  Cristo Jesus

    0 modelo da vida de Jesus Cristo

    Reclamação, crítica e/ou sugestão? Ligue:

    Atendimento a todosos nossos periódicos

    Mensageiro da Paz •Manual do ObreiroGeraçãoJC •Ensinador Cristão

    mailto:[email protected]:[email protected]

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    Departamento de Educação Cristã da CPADExpresse sua opinião e esclareça suas dúvidas sobre as Lições Bíblicas do trimestre

    escoladominical(â)cpad.com.br

    DiferenteA revista Ensinador

    Cristão é de suma impor-tância para nós, estudiososda Palavra. Pois, além dossubsídios para darmos umaaula mais completa na EscolaDominical, nos atualizamossobre o mundo cristão. Éuma revista completamentediferente das revistas evan-

    gélicas.Gisele SantAnnaPor email

    DireçãoA revista Ensinador

    Cristão tem me auxiliadocomo professora de EscolaDominical e sempre me atua-liza em relação aos aconteci-mentos e novidades sobre aárea. Suas matérias me

    ajudam a crescer espiritual-mente e intelectualmente.Intelectualmente, ela meorienta a como devo de-sempenhar minha funçãocomo educadora cristãem minha igreja e, espi-ritualmente, através dostestemunhos edificantesde nossos irmãos de ou-tros Estados, aumentandominha fé e não me deixan-do desanimar diante dos

    desafios encontrados nesteministério.Enfim, esta revista tem sidorealmente um suporte paraque possamos renovar o ensi-no da Escola Bíblica Domini-cal de nossas igrejas.Parabéns!

    Tatiani LinsPor e-mail

    Admirador

    Sou leitor e admi-rador da Ensinador, que

    em todo o seu conteúdoricamente nos proporciona,com clareza, uma grandeajuda no diaadia como mi-nistro de música e louvor. Etambém aos pastores, e emespecial os superintenden-tes, líderes, professores deED e seminaristas. Só tenhoa agradecer a Deus, aoseditores e à CPAD por nos

    proporcionar essa riquezaque é a revista EnsinadorCristão. Tenho observado oquanto ela ajuda os educa-dores em geral e, principal-mente, a Escola Dominicaldas igrejas. Todos os artigossão sábios, com escritoresdando suas opiniões inte-ligentes e inspiradas porDeus a respeito da educaçãonos dias atuais. São matériasque nos mostram a impor-

    tância do ensino na Igreja eexperiências de educadoresque atingiram seus alvos. En-fim, a Ensinador tem sido uminstrumento de Deus paratodos nós, com novidadestrimestrais e métodos criati-vos. Só tenho a agradecer edeclarar que estarei semprerogando a Deus suas bên-çãos e inspirações celestiaisaos idealizadores da revista.

    Jabes Rosa

    Presbítero, componente do Quarteto Gileade da Igreja Assembleiade Deus em Rio Verde-GO

    Canal de transmissão

    A revista é uma excelentepublicação porque traz ricosensinamentos que podemostransmitir à igreja de umaforma geral.

    Pastor Gilmar Ribeiro, Abreu e

    Lima (PE)Por email

    ContribuiçãoA Ensinador Cristão

    é uma excelente revista. Euacredito que todo educadorcristão deveria adquirir tri-mestralmente essa revista,pois o seu conteúdo trazensinamentos que con-tribuem na educação daspessoas envolvidas com aEscola Dominical. Tratase

    de um periódico que cabebem ao público dedicadoao ensino, devido à suavariedade de artigos esubsídios.

    Pastor Josias Rosa, Joinville (SC)Por e-mail

    ManualA Revista Ensi-

    nador é um manual paratodo aquele que ama a

    ED e deseja ser um exímioprofessor. Ela traz artigosesclarecedores acerca dasdificuldades atuais que osprofessores têm enfrentadona sala de aula. E ainda háas dinâmicas, que ajudam e muito! para um ensinodinâmico e de excelência.

    Luciana ResendePor e-maiL

    ConhecimentoA revista Ensinador

    Cristão é muito edificantepara a vida do cristão, poisatravés dela aprendemosmais da Palavra de Deus,especialmente nos subsí-dios trimestrais da EscolaBíblica Dominical, aondeela passa mais conheci-mento sobre os assuntosabordados.

    Lilliane Moura, Líder de Jovensem Criciúma/SCPor e-mail

    COMUNIQUE-SE COM A

    ENSINADOR CRISTÃOPor carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu

    21852-002 - Rio de Janeiro/RJPor fax: 21 2406 -7370

    Por email: ensinadorgscpad.com.br

    Sua opinião é importante para nós!

    Devido às limitações de espaço, as

    cartas serão selecionadas e transcritasna íntegra ou em trechos considerados

    mais significativos. Serão pub licadas

    a s c o r r es po nd ênc i a s a s s i na d a s e

    que contenham nome e endereçocompletos e legíveis. No caso de uso

    de fax ou e-mail, só serão publicadas

    as cartas que informarem também acidade e 0 Estado onde 0 leitor reside.

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    ARTIGO de CAPA

    Por  A dr i e l  L emo s

    A Escola Dominicale as diferentes geraçõesÉ imprescindível entender que hádiferenças de comportamento, cultura

    e atitudes a cada nova geração

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    Certa vez, quando conversava com meusogro (In memoriam) sobre suas atividades, eleme contou que por muito tempo trabalhou comvenda de carros novos e seminovos na ciade deCriciúma, em Santa Catarina, e algo que não saíade sua lembrança era a exaustiva preparação dosvendedores quando havia o lançamento de um

    novo carro. A primeira coisa a ser feita era umtreinamento intenso com todos os vendedores,pois era obrigação de todos conhecer os mínimosdetalhes do veiculo, a fim de sanar qualquer tipode dúvida que o cliente pudesse ter. Em outraspalavras, eles tinham que conhecer muito bemo produto que estavam vendendo para assimexecutarem suas atividades com excelência.

    Você sabia que a mesma ideia deve ser apli-cada para professores da Escola Dominical? Umprofessor que não conhece os aspectos e as ne-

    cessidades básicas dos seus alunos é semelhantea um vendedor que não conhece seu produto.É inimaginável que alguém possa assumir a res-ponsabilidade de transmitir os ensinos de Cristo(Jo 21.16) sem conhecer os aspectos básicos dasdiferentes gerações dentro da EBD . Por exemplo:você usará os mesmos métodos de ensino da

    classe de obreiros na classe infantil? É evidenteque não! Da mesma forma com os adolescentes:você também não deve usar a mesma metodo-logia de ensino. Isso é básico quando tratamosde gerações, pois há diferenças enormes naforma de aprendizado. Enquanto professor daclasse adulta, você usará uma metodologia que

    será diferente com crianças, com adolescentes etambém com jovens.

    Outro detalhe imprescindível: há diferençasde comportamento, cultura e atitudes a cadanova geração. Não podemos pensar que lecionaruma aula para adolescentes em 2016 é a mesmacoisa que lecionar para adolescentes em 1980,pois são universos com pletamente diferentes.São gerações diferentes. Mas, afinal, o que é"geração"?

    O conceito de "gerações" engloba o conjunto

    de indivíduos nascidos em uma mesma época,influenciados por um contexto histórico, deter-minando comportamentos e causando impactodireto na evolução da sociedade. Atualmente,as gerações estão divididas em:Geração dosVeteranos, Baby Boomers, Geração X, GeraçãoY e Geração Z (TAPSC OTT, 2010).

    Não podemos pensar  c\ue lecionar uma aula

    para adolescentesem 2 0 1 6 é a mesma

    coisa que lecionar  para adolescentes

    em 1 9Ô0, poissão universos

    completamentediferentes. São

    gerações diferentes

    JÊjf JBÊÊ.

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    Adriel Lemos éformado Psicólogo e

    atua como secretário

    geral e líder de jovens

    na Assembleia de

    Deus em Criciúma

    (SC) e também vice

    coordenador estadual

    de adolescentes

    da CIADESCP.adrieLiemos.com.br 

    Vejamos os aspectos mais básicos das

    e E R ô ç ô f !

    Geração dos Veteranos: A Geração dos Ve-teranos é composta por pessoas que nasceram

    entre 1925 e 1945, no período das grandes cri-ses econômicas. Viveram a época da 2a GuerraMundial. De forma simplista, podese dizer queos veteranos são pessoas mais rígidas e respeitamregras, por causa das dificuldades que viverame devido à rigidez de sua educação.

    Baby Boomers: Dessa geração fazem parte aspessoas nascidas logo após a 2a Guerra Mundial,quando o índice de natalidade cresceu incrivel-mente por isso o termo "baby boomer". OsBabyBoomers foram importantes para a conquis-ta de várias causas sociais no século passado.Eles foram ag entes de grandes transformações,a começar pelo debate do papel da mulher,quebrando, além disso, barreiras políticas. Elesforam a juventude que saiu de casa para morarsozinha, falando de paz e amor. Essa geração foimuito contestadora e isso catalisou uma sériede mudanças boas e ruins, muitas das quais agente vive até hoje.

    Geração X: Entre 1960 e 1980, surgiu umanova geração, formada justamente pelos filhosdos Baby Boomers, denominada Geração X. Esses

     jovens se mostraram transgressores, com posturasnão necessariamente alinhadas aos preceitos deliberdade pregados pela geração anterior. Entreas características desse novo grupo, está a buscapor seus direitos, a liberação sexual, bem comoa valorização do sexo oposto, mas com menorrespeito à família.

    Geração Y: Em meados de 80 e 90, o adventoda internet e das novas tecnologias trouxe nacarona uma forte mudança comportamental.Nascia naquele momento uma nova geração,que presenciou de perto novidades no mundodigital nunca antes vistas até então. A Geração

    Y, ou "Geração Digital", é caracterizada por sermais autocentrada e egoísta, porém, de maneira

    antagônica, gosta de compartilhar informaçõespelas redes sociais. Além disso, essa geração éadepta da rapidez e da instantaneidade ("geraçãomicroondas").

    Geração Z: Televisão ligada enquanto se estudapara uma prova e fones nos ouvidos ao redigirum trabalho escolar são cenas bem comuns naatualidade entre os jovens nascidos em meados dasdécadas de 1990 e 2000. Alguns especialistas oschamam de Geração Z, uma geração que nasceusob o advento da internet e do boom tecnológico.Para eles, essas maravilhas da pósmodernidade

    não são nada estranháveis. Videogames supermodernos, computadores cada vez mais velozese avanços tecnológicos inimagináveis há 25 anos:esta é a rotina dos jovens da Geração Z. EssaGeração também é marcada pela ausência dacapacidade de ser ouvinte (um problema para aEscola Dominical).

    Agora que você entendeu as diferenças decada geração, peço que você reflita sobre suasatitudes como professor da Escola Dominical.Suas aulas levam em conta as diferenças gera

    cionais? Ou você prepara as aulas para crianças,adolescentes, jovens e adultos da mesma forma?E minha principal pergunta é: seus alunos estãomotivados em participar de sua aula? Em suasaulas os adolescentes preferem ficar zapeando nainternet? Pare e pense sobre isso! Autoavaliaçãoé uma ferramenta poderosa de crescimento!

    As diferenças geracionais não são apenas "blábláblá" da mídia, como muitos pensam, mas,sim, algo muito importante que vivemos todosos dias nas classes de Escola Dominical. Caso oprofessor não esteja preparado para trabalhar

    com seu grupo, infelizmente quem sofrerá são os

    C Ç Z D

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    É im p r e s c in d ív e l

    que você entend a

    ope  há diferenças

    de comportamento,cultura e atitudes acada nova geração

    próprios alunos, que ficarão entediados e distantesda verdadeira Palavra (Hb 4.12).

    Infelizmente, hoje, muitas igrejas já não possuemmais a tradicional EBD. Muitos jovens estão afastadosdas classes de aula bíblica por falta de interesse eisso traz uma conseqüência gigantesca, pois esta-mos formando lideranças sem conhecimentobíblico e com isso perdendo a qualidadedo ensino de Cristo, deixando assim decumprir a recomendação de Paulo aTimóteo: "Procura apresentarte aDeus aprovado, como obreiro que i não tem de que se envergonhar, que  jmaneja bem a palavra da verda de" I

    (2Tm 2.15).Reco me ndo a voc ê, leitor, um >

    estudo mais profundo sobre o temagerações . Pesquise com ca lma.Compre bons livros. Visite a seçãode Administração e Psicologia naslivrarias de sua cidade. Compre pelinternet. Leia atentamente o tema paraenriquecer sua aula. E imprescindívelconhecimento de seu público alvo para quevocê tenha êxito em sua chamada ministerial

    de mestre. E mais uma vez me faço valer dosconselhos de Paulo, quando escreveu aos Romanos:"Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, hajadedicação ao ensino" (Rm 12.7).

    E não nos esqueçamos nunca que um mestre oudoutor na Palavra deve ensinar na unção e poder doEspírito (1 Co 2.45), pois esse é o principal segredoda bênção de Deus sobre todos os professores. Á j

    Referências:TAPSCOTT, Don.  A hora da  ge raçã o digi ta l. Rio de  Jane iro : A gi r  Negócios, 2010.TULER, Marcos. Manual do P rofessor de  Escola Dominical. Rio de Janeiro:CPAD. p. 43, 2007.

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    Por  S i l a s  Dan i e l

    Curitiba hospeda reuniãode comentaristas de EDEncontro ocorreu durante a realização do3oSeminário de Escritores e Articulistas

    Nos dias 7 e 8 de agosto, aAssembleia de Deus em Curitiba(PR), liderada pelo pastor Wagner

    Tadeu dos Santos Gaby, recebeua terceira edição do Seminário deEscritores e Articulistas, promo-vido pela Casa de Letras EmílioConde e pela CPAD, e que bateuo recorde de inscritos, com 616participantes. O evento culminoucom a celebração, na noite dodia 8, dos 86 anos de fundaçãoda AD curitibana, em um cultofervoroso de adoração a Deus.Entretanto, na manhã do dia 7,

    o foco foi a Escola Dominical.No sábado pe la manhã ,

    ocorreu, nas dependências do

    templocentral da AD curitibana,a reunião de comentaristas darevista Lições Bíblicas da CPAD,

    que foi dirigida pelo pastor Kemuel Sotero, 1ovicepresidentedo Co nselho Adm inistrativo daCPAD, e pelo pastor AlexandreClaudino Coelho, gerente dePublicações da Casa.

    Os comentaristas de LiçõesBíblicas presentes foram os pas-tores Wagner Tadeu dos SantosGaby (PR), Elinaldo Renovato deLima (RN), Claudionor de Andra-de (RJ) e José Gonçalves (PI). "A

    reunião foi muito prov eitosa!",exclamaram os comentaristas.No encontro, algumas diretrizes

    foram aprovadas para facilitaro trabalho dos comentaristas eaperfeiçoar ainda mais a exposi-

    ção do conteúdo da revista, como objetivo de tornála ainda maisenriquecedora a seus leitores.

    Ainda no dia 7 de agosto, àtarde, também nas dependênciasdo referido templo, foi a vezdos membros da Casa de LetrasEmílio Conde se reunirem, emreunião também presidida pelopastor Kemuel Sotero, em queforam aprovados novos nomespara integrar a Casa de Letras,

    dentre eles algumas mulheres. Osnovos nomes serão anunciadosoportunamente. &

     A parti r da esquerda, pasto res César M oisés Carvalho, chefe do Se tor de Educa ção Cristã da CPAD ; C laudionor d e Andra de , con sultor  teológico da Casa e comentarista; Elinaldo Renovato de Lima, líder da AD em Parnamirim (RN) e comentarista, Wagner Gaby, líder  

    da AD em Curitiba (PR) e comentarista; Jo sé Gonça lves (PI), vice-pres idente da Comissão de Apologia da CGADB e comentarista;  Ale xandre Coelh o, ge rente d e Publicaç ões da CPA D; e Kem uel So tero, 1° vice-p res idente do Conselh o Adminis trat ivo da CPAD

    l J,  ~ E N S I N A D O R ^^ l ü y C R IS TÃ O I

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    CONVERSAFranca

    Por  G i lda  J ul io

    CD

    Motivada pelos ensinamentos registrados no livro de Tiago epreocupada em pôr em prática a fé e as boas obras, a professora esuperintendente da Escola Dominical da Assembleia de Deus emPedra Grande (RN), Ana Caroline Miranda Ferreira, idealizou umprojeto que impactou não apenas a sua igreja, mas a sua própria

    cidade. Ela contou com adesão de toda a igreja e movimentou asua comunidade. Foi com esse projeto que Caroline foi a vencedorado Prêmio Professor do Ano de 2014.

    Caroline disse que é fruto da Conferência de ED da CPAD emFortaleza. Ele cursava Teologia, no entanto, não era aluna da ED. Apósesse evento, reconheceu a importância de ser aluna da ED e come-çou a estudar as lições anteriores para saber melhor o conteúdo daescola. Hoje, ela se diz apaixonada pela ED e garante que é a maiorferramenta de ensino da igreja. Ela assevera que a ED é quem maisprepara o cristão para o combate das falsas doutrinas. Ela respondeà razão da sua fé, ensina a andar como Jesus andou e nos leva aoconhecimento da salvação. Emocionada com o mover de Deus nodesenvolvimento do projeto, Caroline falou com a equipe da Ensina

    dor Cristãso evidenciando o amor que sente pela Escola Dominical.

    Ana Caroline:

    “0 projeto nos troxe

    a alegria e ousadia de

    concorrer ao Prêmio

    Professor do Ano 2014"

    íT É N S I N A D O r ’ -' ^ C R I STÃO - L - L i 

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     , 'p   Qual o objetivo do projeto?Romper as barreiras físicas da

    Escola Bíblica Dominical e mostrar anossa fé, que tanto pregamos, comas obras desenvolvidas, levando àinteração entre os alunos da escolae a comunidade não evangélica.

    Descreva o projeto.Julgamos que não é suficiente nos

    conformarmos com o aprendizadoteórico entre as quatro paredes dasala de aula. Temos que romper asbarreiras, tentando alcançar vidas comnossa prática de ensino e aprendiza-do. Tínhamos em nosso coração ena mente o desejo de executarmosum projeto na Escola Dominical dePedra Grande, na classe de adultos,que nos ajudasse a responder, na

    prática, a fé que pregamos. Queríamosmostrar com obras e atitudes a teoriaque a tanto ensinada. Foi então quesurgiu a revista Lições Bíblicas do 3°trimestre de 2014 com o tema "Fé eobras ensinos de Tiago para uma vidacristã autêntica". A partir da motivaçãodesse tema, começamos a estudar alição e a elaborar planos de aula quealcançassem o objetivo de integrarnossos alunos com a prática da fé etambém o envolvimento da ED com acomunidade não evangélica, fazendo

    dessa integração não somente umaferramenta de aprendizado, mas tam-bém de evangelização e aproximaçãoda Igreja com os munícipes.

    Tiago nos orienta a mostrar a nossafé pelas obras, e é isto que tentamosfazer no decorrer de todo trimestre.

    Para a AD em Pedra Grande,interior do Rio Grande do Norte,desenvolver aquele trimestre na ED foium presente de Deus, com resultadosinesquecíveis, pois as ações práticasnos oportunizaram mostrar a Jesus,ao próximo e a nós mesmos que

    podemos ir além das nossas palavras,da teoria e vivenciar os ensinos daBíblia. A AD em Pedra Grande nuncatinha interagido de forma tão intensacom a comunidade. E isso se deuatravés do desenvolvimento de todasas atividades. Doações de roupas,convite a irmãos para uma refeiçãoem nossa casa, visitas às instituiçõesde caridade, distribuição do sopão nacomunidade, consagração em prol devida de pessoas, doações de sacolãoe a reforma de casas.

    Por fim, tal projeto ainda nos traza alegria de, ousadamente, concorrerao prêmio "Troféu Antônio Gilber-to" e receber, com muita honra, daCPAD, o Prêmio Professor do Anode 2014, que sem dúvida alguma foiuma alegria e recompensa superiora qualquer valor financeiro.

    Que frutos este trabalhotem rendido para a Igreja locale a comunidade?

    Há frutos diversos. A nossa ED

    nunca mais foi a mesma! Primeiramen-te, conseguimos, principalmente nanossa classe dos adultos, uma novapostura dos discentes reconhecendodefinitivamente o valor deste trabalhopara o crescimento espiritual de cadacrente. Aumentou o compromissode cada professor frente ao reco-nhecimento nacional que a Escolaganhou. Passamos a ser reconhe-cidos em nosso Estado, recebendovisitas diversas de outras igrejas einteragindo com outros professores.

    A abertura da classe Nova Geração,que é composta apenas com criançasnão evangélicas; a aproximação daigreja com a comunidade; e o aumen-to no número de matriculados. E omaior fruto, sem dúvida alguma, querenderá benefícios incalculáveis paraa ED, bem como para toda cidadede Pedra Grande, foi a realizaçãoda construção de uma sede própriapara a ED.

    Como você conseguiu a

    integração de pessoas de diferentes idades?

    Nem sei. Acho que foi meu en-volvimento, minha empolgação totalque foi fazendo com que todos seenvolvessem. Eu quase não pediapara alguém desenvolver algumatarefa. Eu dizia o que queria, iniciavaa obra e as pessoas chegavam. Foi

    muito lindo ver, a cada atividadedesenvolvida, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos se envol-vendo. "Foi Deus que fez isto e écoisa maravilhosa aos nossos olhos"!

    O que a motivou a fazer oprojeto?

    Dois sonhos que sempre existi-ram em meu coração. Primeiro, o deaplicar o conteúdo ministrado emsala de aula ao cotidiano do aluno,fazendoo interrogar qual a aplica-

    bilidade daquele assunto para suavida. E segundo, o rompimento dasbarreiras físicas da ED, interagindocom a comunidade não evangélica.

     j ip Qual a estratégia para aaplicação do projeto?

    Sempre dar o primeiro passo. Sera primeira a chegar, a última a sair ea primeira a colocar a mão na massa.Fiz questão de participar ativamentede todas as atividades solicitadasaos alunos. Outra estratégia que

     julguei importante foi a avaliação acada atividade cumprida. Não ter-minávamos nenhuma atividade semdiscutirmos no próximo domingo ospontos positivos e negativos, comoeram mais conquistas, isso ia moti-vando a todos a querer se envolvercada vez mais.

    Conte um testemunho durante a aplicação do projeto.

    Muitos momentos foram mar-cantes naquele trimestre. É difícil

    até escolher algum. Ficou na nossamente a visita à penitenciária quandoos presos pediram para cantarmoso louvor "Advogado fiel" e, de re-pente, estávamos todos juntos emum lindo coral cantando, chorandoe glorificando a Deus. A igreja e ospresidiários se transformaram numsó na adoração. Depois, encerrandoa visita a um hospital infantil de crian-ças com câncer, fizemos um círculopara cantar o louvor do barquinhoque eles pediram e um garotinho,

    o inesquecível Alan, estava com acabeça enfaixada, tinha um tumor no

    Costumo dizer que existe 

    uma Caro! antes e uma depois 

    da Escola Dominical

    - J È É P   iep*

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    -- ......   .

    _É ...

    , ■ „>■ v

    .Ana Catoíwe \ne W\ran

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    Por   Na ta l i no  das   N e v e s

    A EPÍSTOLA AOS ROMANOS:A justiça de Deus reveladaem Cristo Jesus

    No primeiro trimestre de 2016, iremos estudar sobre a primeira epístola do

    cânon paulino, que apesar de ter um enfoque pastoral, é a mais longa e mais

    teológica de todas suas cartas. O apóstolo escreve, excepcionalmente, para

    uma igreja que ela não havia fundado. Movido pela paixão que tinha pela

    evangelização e o desejo de conhecer pessoalmente aquela comunidade,

    Paulo precisava auxiliar a comunidade, formada na sua maioria por gentios e

    uma minoria de judeus, em conflitos com relação aos requisitos necessários

    para a justificação diante de Deus, além de orientações práticas do cotidiano.

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    Conhecendo a Epístola aos RomanosDurante os três meses em que o apóstoloesteve em Corinto, hospedado na casa de Gaio,em sua terceira viagem missionária, aproximada-mente no final do ano de 56 e início do ano 57d. C., a epístola foi escrita. A comu nidade cristãem Roma provavelmente foi fruto da facilidadede locomoção proporcionada pelo comérciomundial e a diáspora judaica, como os romanosque estiveram no pentecostes (At 2).

    A epístola não tinha um único propósito.Pelo menos quatro podem ser identificados: a)missionário: evidente sentimento paulino de queo trabalho missionário na Ásia e na Grécia já es-tava completo (Rm 15.1920) e tencionava levar oevangelho até a Europa; b) doutrinário: exposiçãode forma didática e compreensiva as verdadescentrais do evangelho, provável deficiência devidoa ausência de um líder apostólico; c) apologético:argumentação sobre a justificação pela fé nãoparecem ser simplesmente informativos, mas umaoposição aos judaizantes que estavam atuandona cidade (Rm 1415); d) didático: principalmente

    na seção de prática geral, sobre a moral e a con-duta cristã (Rm 1215), que tem por alvo ensinar,informar e iluminar, e não meramente resolverdeterminados problemas.

    O grande reformador Martinho Lutero con-siderava a Epístola ao Romanos o principal livrodo Novo Testamento e o mais puro Evangelho.

    A necessidade universal de justificaçãoe a resposta de Deus em Jesus (Rm 111)

    A história da humanidade demonstra que oser humano sempre buscou a Deus, mas falhouporque buscou da forma errada. O apóstolo argumenta que todo ser humano, criado à imagemsemelhança de Deus, tem consciência da existênciadivina, pois a própria natureza é a prova dessa

    existência. Mesmo reconhecendo a existência, sefaz necessário um relacionamento mais estreitocom este Deus, um conhecimento experiencialcom Deus. Os judeucristãos de Roma, judeusque haviam se convertido ao cristianismo, masque ainda estavam marcados pelo poder da Lei,não se sentiam à vontade com a mensagem da

     just if icaç ão por meio da fé . Po rtanto, como osgentios, estavam debaixo da ira de Deus.

    Dessa forma, nem os gentios, com seu conhe-cimento natural e racional, nem os judeus, com aLei e a circuncisão, foram justificados diante de

    Deus. Como o conceito de mundo judaico se divideentre Judeus e gentios, o apóstolo apresenta arealidade de que "todos" são indesculpáveis eprecisam de um meio alternativo para salvação.Para isso, ele primeiro reforçará o conceito de quetanto judeus como gentios eram indesculpáveis,e em seguida demonstrará o estado pecaminosodo ser humano no sentido universal, esclarecen-do que a Lei era insuficiente para justificação esalvação de qualquer ser humano, apontandoela para Cristo.

    O apóstolo, após apontar a necessidade uni-versal de justificação, começa a expor a doutrinada justificação pela fé (DJF), que foi o grandefundamento teológico utilizado por Lutero naReforma Protestante. Ele utiliza Abraão comoexemplo didático e demonstra, que nem mesmoele foi justificado pelas suas obras e que a fé emCristo e em sua obra é o único meio de justificaçãoe de livramento da ira futura de Deus.

    Essa nova situação traz alguns benefícios, dentreeles a paz com Deus, o acesso à graça, a esperançada glória de Deus; o regozijo nas tribulações; a

    salvação passada, presente e futura. Todavia, nãoexclui responsabilidades para o cristão como:;morrer para o pecado, honrar a nova posiçãodiante de Deus e andar em novidade de vida.

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    Pastor auxiliar

    da Igreja Evangélica

    Assembleia de Deus

    de São José dos

    Pinhais - IEADSJP.

    Doutorando e mestre

    em Teologia (PUCPR),bacharel em Teologia

    (Faculdade Teológica

    Batista do Paraná).

    Articulista da revista

    de Jovens deste

    trimestre.

    A diversidade de dons é um grande tesouro para qualquer^ comunidade, desde que o dom não seja considerado . ™

    um fim em si mesmo. Paulo aconselha a hum ildade na ' '•;

    perigo de se utilizar os dons para projeção própria. As *> JÈ K    sim, a autoavaliação não deve ser feita comparando entre

    si, mas avaliando qual a contribuição dada para a totalidade dos

    Paulo afirma que todas as autoridades são constituídas porDeus e que a insubmissão a elas traz incômodo, pois elas foram

    bíblicos, que devem ser observados. Paulo recomenda a boa

    relação entre a igreja e o Estado , visando a liberdade pessoal£ - e religiosa dos cristãos.

    Por fim, vemos as recomendações paulinas para o jovemf>  ter um cuidado especial com sua vida econôm ica e financeira, ^W p  evitando contrair dívidas . A única dívida recomendada por Paulo é

    a dívida do amor, pois o amor de Deus nos constrange a amar o próx imo. »j O verdadeiro cristão deve retribuir o perdão recebido de Deus e amar o pró-

    ximo como se fosse ele mesmo, pois assim cumprirá toda a lei, pela lei do amor.

    Considerações finaisEstamos sendo presenteado com o estudo da Epístola aos Romanos, fundamento ,para todo o Evangelho. Nesta epístola, o apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito

    Santo de Deus traz as principais verdades para a salvação do ser humano, alémde orientações para a vida pessoal e como cidadão. Aproveite o máximo oestudo deste trimestre, pois poderá mudar por completo sua vida. &

    Referênciasí* * ,

    BALL , Charles Fergunson. A vida e os tempo s do apóstolo Paulo. Rio de Janeiro: CP AD, 1998.

     jjg CA BRA L, El iena i. Mor do mi a Cri st ã: ap rend a como se rv ir melh or a Deu s. Rio de Ja ne iro : CPAD, 20 03 .

    E a CA BRA L, Elienai. Romanos: o evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: CPA D, 1986.

    HENRY, Matthew. Comen tário Bíblico de Matthew Henry. Tradução: Degm ar Ribas Júnior. Rio de

    Janeiro: CPA D, 2002. 1

    RICHARD S, Lawrence O. Comentário HistóricoCultural do Novo Testamento. Tradução *

    JÜ fe*"« ÍÍ iK* ^e9 mar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPA D, 2014.

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    e ilibada, o que o fez, não por acaso, ser consideradoum dos líderes mais respeitados da denominação

    em todo o país.Desde cedo, pastor Neco demonstrou paixão pelo

    ensino e a pregação da Palavra de Deus. Desde seusprimeiros anos como obreiro, ele cultivou o hábitode anotar todas as coisas interessantes que ouvia

    em pregações ou estudos bíblicos, seja de grandespregadores e ensinadores ou até dos irmãos maissimples. Irmão Neco lia a Bíblia toda várias vezes eamava o estudo da Palavra de Deus.

    Ele fez Teologia pela primeira vez nas EscolasTeológicas das Assembléias de Deus no Brasil,formouse bacharel em Teologia pela Faculdadede Filosofia e Teologia de Alagoas, e depois comodoutor em divindade pela Faculdade de Filosofia eTeologia Filadélfia.

    Nas últimas duas décadas de sua vida, devido ao

    seu notório chamado também para o ensino, pastorNeco passou a ser chamado com muita frequênciapara ministrar estudos bíblicos em Escolas Bíblicaspelo Brasil. Ministrou também em Escolas BíblicasPor  S i las   Dan i e l

    PASTOR JOSE NECO:UM EXEMPLO DE MESTRE

    Faleceu, em 24 de julho de 2015, o pastor JoséAntônio dos Santos, carinhosamente conhecido emtodo o Brasil como "Pastor José Neco" ou simples-mente como "Pastor Neco". Pastor Neco liderava aAssembleia de Deus em Maceió e a Convenção dasAssembleias de Deus em Alagoas (Comadal) há 30anos. Ele também presidia a União de Ministros dasAssembleias de Deus no Nordeste (Umadene) há 12

    anos e era considerado uma das maiores liderançasda denominação no país, além de um dos seus maisdestacados ensinadores.

    O então líder da AD alagoana era membro daMesa Diretora da Convenção Geral das Assembleiasde Deus no Brasil (CGADB) há 14 anos, sempre exer-cendo funções de vicepresidência. Suas ministraçõese estudos bíblicos em Escolas Bíblicas pelo Brasilafora e em Assembleias Gerais da Convenção Geralabençoaram milhares de ministros que devem às suasmensagens e conselhos muito da sua formação comoobreiros. Ele era um exemplo tanto de amor à obra

    de Deus e ao ensino da Palavra como de vida íntegra

    Líder da AD alagoana, que partiu para a Eternidade ano passado, era um dos grandes mestres na 

    Palavra da denominação

    Nacionais promovidas pela Convenção Geral dasAssembleias de Deus no Brasil (CGADB) e foi comfrequência preletor nas últimas edições da Assembléia

    Geral da CGADB.O ministério e a liderança do pastor José Neco

    foram reconhecidos em todo o Nordeste e no Bra-sil. Não à toa, foi eleito por seis vezes consecutivaspresidente da União de Ministros das Assembleiasde Deus no Nordeste (Umadene), órgão criado em1985 e que teve, em quase metade da sua história,o pastor Neco como seu líder.

    Na CGADB, ele fez parte de vários órgãos: Conse-lho Regional Nordeste (1993 e 1999), Conselho Admi-nistrativo da CPAD (1995) e Mesa Diretora (desde de2001, sempre exercendo funções de vicepresidência).

    Ao todo, foram 60 anos de fé e 53 anos de umpastorado profícuo e abençoador não só para aigreja de Alagoas, mas para todo o Brasil. Comodisse o salmista, "os passos de um homem bom sãoconfirmados pelo Senhor, e Ele deleitase no seu

    caminho" (SI 37.23)..# 

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    a D T - \ r ^ r \

    REVISTAS DE

    Por   Ro b s on   Ro ch a

    Louvor

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    -mm»,u

    Mas, não vamos estudar a música apenas tecnica-mente. Devemos mostrar aos nossos alunos a riqueza

    da música sacra, tanto do ponto de vista históricoquanto melódico, como ela surgiu, se desenvolveuao longo dos séculos e chegou até em nossas igrejaslocais onde todos juntos, louvam ao Senhor. Mostrarsua dupla finalidade, isto é, que é feita para o louvore a adoração a Deus, mas também para a obra deDeus, isto é, para anunciáLo aos homens e ensinarIhes sua Palavra.

    Também é fundamental o conhecimento bíblicoacerca do verdadeiro louvor e da adoração que agra-da a Deus e a Palavra de Deus é farta neste assunto.

    Como vamos falar de música o tempo todo nes-te trimestre, é muito importante, para conquistar aempatia da turma, que você não caia na tentação detentar impor o seu gosto pessoal como o "certo",pois gosto é algo que varia de pessoa para pessoa.Uma das áreas onde o conflito de gerações mais semanifesta é justamente na musical, não traga o con-flito para dentro de sala de aula, pois rapidamentepoderia perder o foco no conteúdo da aula. Vocênão precisa concordar com o gosto musical deles,mas deve expor respeitosa e racionalmente porquedeterminada música ou ritmo pode não ser indicadapara quem se intitula como cristão.

    Robson Rocha é Chefe

    de Educação Setor de

    Marketing Da CPAD,

    escritor e articulista

    da Revista de Juvenisdeste trimestre

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     jí 

    m m w 

    i i Jésustève uma educação religiosa muito esmerada. Seus pais eram judeus ' e, como tais, tinham um cuidado especial em sua formação espiritual, social, 

    moral e física. Antes de Jesus iniciar seu ministério terreno, passou trinta anos,  preparando-se para cumprir sua Missão, desde o seu nascimento até à tentação 

    no deserto, após ser batizado por João Batista, no ano 26 d.C, conf. Lc 3.23.

    ElinaLdo Renovato

    de Uma é pastor na

    Assembleia de Deus

    em Pamamirim

    (RN), Mestre em

    Teologia, Escritor,

    Conferencista e

    articulista da LiçõesBíblicas da CPAD.

    1. A sua infância.Sem dúvida alguma, seus pais

    o criaram conforme o ensinoditado por Deus ao povo deIsrael, com relação à prática doCulto Doméstico, com relação àpalavra ensinada aos filhos com

    muito zelo: "... e ensinaias avossos filhos, falando delas as-sentado em tua casa, e andandopelo caminho, e deitandote, elevantandote" (Dt 11.19). .Nãoobstante ser Deus, o meninoJesus era perfeitamente humano.Sendo o filho primogênito deMaria, cresceu sob os cuidadosdela e do pai adotivo, José, queera um servo de Deus exemplar.

    Diz Lucas: Jesus foi levado aotemplo para cumprir o rito da Lei,para ser circuncidado ao oitavodia (Lv 12.3,6). Seus pais iam àPáscoa em Jerusalém todo s osanos. Não sabemos se levavamno à festa anual dos judeus (Lc

    2.41). Mas a infância de Jesusé um modelo de criação queos pais cristãos deveriam daraos seus filhos. Nos dias atuais,

    com o excesso de tecnologia,de informação e imagens, os

    pais estão deixando seus filhosserem dominados a até viciadosno manuseio dos equipamentosmodernos (telefone, tablete eoutros), e não fazem o culto do-méstico. Os prejuízos espirituaissão incalculáveis.

    2. A adolescência e juven-tude de Jesus.A partir dos 12 anos, ou na

    préadolescência,Jesus demons-trou que, além de ter sido ummenino muito bem educado,diante de Deus, era consciente

     já de sua missão como "Filhode Deus". Seus pais o levaramm a Jerusalém para participarda Páscoa (Lc 2.42), no mês de

    Abibe ou Nisã (abril), ano 8 d.C;ali, causou admiração aos douto-res da lei, Provavelmente, aos 5anos, começou a ler as Escrituras;aos dez, já sabia toda a Lei. Aos13 anos, como meninojudeu,

     já assumia a re sponsabilidad ede cumprir os mandamentos(cerimônia do BarMitzvá) .

    O desenvolvimento de Jesusfoi marcante em todas as áreas

    da vida "E o menino crescia ese fortalecia em espírito, cheio

    de sabedoria; e a graça de Deus

    estava sobre ele" (Lc 2.40). Essasexpressões falam de crescimentofísico sau dável; fortalecimento

    da vida espiritual, na comunhãocom Deus, no conhecimento da

    palavra de Deus; o crescimentoem sabedoria era fundamental

    para sua missão, e era cheio da

    "graça de Deus".Mais adiante, Lucas reforça

    aspectos da vida de Jesus: "E

    crescia Jesus em sabedoria, e

    em estatura, e em graça paracom Deus e os homens" (Lc 2.52);

    Certamente, esse é um mo-delo ideal para os pais criarem

    seus fi lhos, nos tempos pre-sentes, quando há um planodiabólico para a destruição es-

    piritual e moral da infância e da juventude, através de ideologiasmaterialistas. Logo cedo , Jesus

    aprendeu o ofício de José. Eleera conhecido como "O filho docarpinteiro..." (Mt 13.55); conhe-cido como "o carpinteiro..." (Mc

    6.3); dos 12 aos 30 anos, Jesustrabalhava com seu pai adotivo,

    em sua carpintaria, exercendo o

    mesmo ofício. &

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    r t í i m

    Conheça em detalhes 

    a história de Israel,

    de Abraão à queda

    de Jerusalém, o período 

    do nascimento da Igreja, 

    o martírio dos cristãos 

    e o destino dos apóstolos 

    de Cristo, além de 

    pormenores do cotidiano 

    da igreja primitiva, 

    da cultura greco-romana 

    e do povo judeu. 

    Indispensáveis para 

    qualquer estudante da 

    bíblia Sagrada.

    CP/Ç)

    w w w . c p a d . c o m . b r

    V e r d a d e i r o s   C lá s s i co s  d a   H i s t ó r i a  U n iv e r sa l

    Escritos há mais de 1600 anos,são as fontes mais confiáveissobre a história da Igreja.

    http://www.cpad.com.br/http://www.cpad.com.br/

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    REPORTAGEM

    O que estes obreiros têm em coe os leva a abandonar

    a obra do Senhor emdifícil acesso, muitas vezes

    sacrificando a família? E ainda esbarram

    em locais quase totalmente domina-dos pelo catolicismo romano. A Bíblia

    gistra: "Eu sei as tuas obras; eis quediante de ti pus uma porta aberta, eninguém a pode fechar; tendo poucaforça, guardaste a minha palavra e não

    o meu nome" (Ap 3.8). Estesapascentam em lugares onde o

    ndice de analfabetismo chega até 37%da população e o número de católicos

    ultrapassa em alguns lugares

    habitantes. Além desta esta-tística alarmante do Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE), ospastores encontram escassez de mãode obra humana capacitada, literatura,materiais didáticos e sem contar osrecursos financeiros. A maioria dosprofessores não tem condições de fazernenhum tipo de curso de reciclagem emcidades que ofereçam tal benefício. Ea igreja, por sua vez, também não temverba para investir no aperfeiçoamentoda equipe. Nesta reportagem, Ensinador

    Por  G i lda  J ul io

    a v a n ç a m e m m e i o à i d o l a t r i aCoragem para obedecer e fazer obra

    de Deus são características de pessoasvocacionadas ao ministério pastoral

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    Cristão mostra três cidades do sertão nordestinoconsideradas peio IBG E como as mais carentes.No entanto, a Assembleia de Deus permaneceavançando, e a Escola Dominical é, sem dúvida,um canal para o crescimento digreja.

    Santa Cruz dos Milagres (PI) está a 180km deTeresina. É considerada pelo IBGE um dos três

    municípios mais carentes do sertão nordestino. Ocentro de atração é uma cruz, por meio da qualé dito terem acontecido milagres. A partir daícomeçaram as romarias. A cidade tem a terceiramaior romari do Nordeste e a maior do Piauí. Comisso, desenvoleuse o turismo religioso em SantaCruz, que é parte significativa da economia local.

    Segundo o IBGE, a estimativa é de 3.794 ha-bitantes e, deste percentual, 97% são católicos.Apenas 2,5% são evangélicos e estão distribuídosem duas Assembleias de Deus, sendo uma do

    Ministério Madureira, outra da Missão e umaigreja Batista. Jun tas somam apenas 153 crentes.O analfabetismo é de 37% e a população

    que vive economicamente da agricultura desubsistência, produção de milho e arroz, e turis-mo religioso. A AD é liderada pelo pastor TadeuSouza de Mendonça. Segundo ele, a AD existehá 18 anos e a ED funciona aos sábados à noite.Dos 40 membros, a frequência na ED é cercade 17 alunos. "A mudança no horário e do diaaumentou a assiduidade de alunos. Mas a maiordificuldade ainda é em relação à capacitação dos

    professores e também material didático. Comoa população é carente, ficam inviáveis cursos deaperfeiçoamento para quem dá aulas na ED. Equando o assunto é mais difícil fazemos classeúnica e eu ministro para toda a igreja", diz pastor.

    O líder disse que, apesar da dificuldade emganhar uma alma para Jesus, devido à força ma-ciça da idolatria, o Senhor tem operado no meiodo Seu povo. "Um exemplo é o testemunho decura de uma jovem da igreja. Ela foi acometidade uma forte dor de cabeça. E o diagnóstico foi

    um tumor no cérebro e necessário intervençãocirúrgica. Antes da operação o médico pediumais exames e não foi constatado mais nada. Amãe da jovem exerce na igreja católica um cargoeclesiástico, mas organizou um culto em ação degraças. Para a reunião de gratidão a Deus, maisde 300 pessoas compareceram e mãe da garotaexplicou que ela estava apenas agradecendo aDeus, mas que havia trocado de religião. A se-mente foi plantada para todos que ali estavam",se alegra o pastor.

    Mesmo com entraves para pregar o evangelho,

    Deus tem feito a obra crescer. "A igreja tinha ape

    naê 20%. Hoje, temos estrutura para duas classesde adultos e uma de crianças. O crescimento chegaa 70%", finaliza líder, que pede oração aos irmãosem cristo para que seja quebrada a idolatria emSanta Cruz dos Milagres. E que os milagres sejamatribuídos ao Senhor Jesu s.

    O líder é categórico ao enfatizar que, mesmocom a resistência do povo ao evangelho, nuncapensou em abandonar a obra de Deus. "Deixei

    três comércios no estado do Pará. Senti a fortechamada de Deus para fazer a obra no Piauí. Járecebi várias propostas para pastorear outroscampos. Mas Deus cria meios e recursos e aobra do Senhor não perece. Não tem preço quepague o agir de Deus. É gratificante ver o Senhormultiplicar o pouco que tenho. Minha famíliasofreu bastante, principalmente minha esposa,que adoeceu devido ao clima. Não foi nada fácilpara todos, mas quando Deus envia Ele cuida emuda o quadro", conclui.

    A situação do pastor Givaldo Leandro não é

    diferente. Ele é pastor em Senador Rui Palmeiras,

    / ' E N S I N A D O R

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    localizada a 280 km de Maceió. Ela possui 13 milhabitantes que vivem da agricultura. Segundoo IBGE 47% da população é analfabeta. A reli-gião predominante é católica romana com 94%dos moradores e apenas 2% são evangélicos,sendo 216 da Assembleia de Deus e cinco daigreja Batista.

    A população é devota do padre Cícero e FreiDamião. As festas para santos são constantes."Estou há 9 meses e neste período somente 5vidas se renderam a Cristo. Na zona rural temostrês congregações, e a dificuldade é a mesma paraganhar almas. Esse número na nossa realidade ébastante expressivo", argumenta.

    A Escola Dominical funciona aos domingospela manhã. "A ED nos rende o equilíbrio espiri-tual. São 8 professores e não são suficientes paraatender a demanda. A carência da mão de obra

    humana e material didático são fatores que difi-cultam o trabalho. Por exemplo, jovens e adultosformam uma única classe, mas a classe infantil éseparada", relata.

    Pastor Givaldo se recusa a deixar que a pressãodo catolicismo diminua o interesse pela obra."Usamos o evangelismo pessoal aos domingos,culto ao ar livre e, às quartasfeiras, evangelizamosa área", completa.

    O obreiro disse que estava em outra regiãoonde Deus prosperou muito. "Aq ui estamos co-

    meçando e quero implantar os mesmos métodosdo outro campo. A ED é domingo pela manhã esão 74 alunos matriculados. Mas, infelizmente,os professores não têm condições de sair paracapacitação. A cidade é carente e não há recursosfinanceiros para tal. Mas sou grato a Deus porque,apesar da idolatria, os alunos são assíduos e inte-ressados. Mesmo com as dificuldades nunca penseiem abandonar pelo fato do campo ser carente.Fui chamado e vocacionado por Deus. Nem afalta de produtos literários, recursos financeiros,

    ou seja o que for me fará abandonar a obra" diz.Pastor Givaldo informou que a igreja tem cercade 150 membros, incluindo a zona rural e nemtodos são alfabetizados.

    Nesta postura de persistência e dedicaçãotambém está o pastor Antônio Dornelas. Ele é olíder da AD em Água Branca, localizada a 380 kmda capital, João Pessoa (PB). As informações doIBGE mostram que 34% da população são anal-fabetos. Os moradores sobrevivem da agriculturae pecuária. O IBGE aponta o município comoo mais católico do Brasil, com 9.500 habitantes

    98% professa o catolicismo. Na cidade tem umaAssembleia de Deus com mais de 100 crentes euma igreja Presbiteriana.

    A Escola Dominical funciona na segundafeira,mas somente na sede. "Mesmo usando váriasmaneiras para chamar a atenção dos membrospara a importância da Escola Dominical, eles nãomostram muito interesse. E um dos motivos quealegam é a idade dos membros. Parte já está naterceira idade e, pelo fato de participarem doculto no domingo, acham que não precisam voltar

    para a ED na segundafeira", se queixa pastor.Recursos financeiros, falta de capacitação dos

    educadores e material didático são pontos comunsaos três pastores. Em Água Branca, a festividadecatólica dura 10 dias. "Isso nunca será impedi-mento para Deus continuar transformando vidas.Quando cheguei, havia 30 membros, hoje temoscerca de 100. O desafio é grande, mas abandonar

     jam ais. A cid ade entrou no meu coração e estouaqui para cumprir a missão que o Senhor confioua mim. A AD neste local é um milagre! Nossameta é investir na Escola Dominical, porque elaé o agente de crescimento da igreja", conclui. &

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    ■fc-—-

    Por   E dua rdo  A raú jo

    Escatologia em FocoNa década de 1980, a Escatologia era assunto comum entre

    os evangélicos. Com a proximidade dos anos 2000, os estudiososdebruçavamse diante da Bíblia e de livros com informações sobreassunto tão complexo. Hoje em dia, a procura é menor; mesmo assim,a CPAD, consciente de sua missão de ensinar a Palavra ao povo evan-gélico, convidou o pastor Elinaldo Renovato de Lima para elaborar oconteúdo de uma edição de Lições Bíblicas do primeiro trimestre de2016 sobre esse assunto. O seu conteúdo traz informações baseadas,principalmente, nos livros do profeta Daniel e do Apocalipse, que sãoas duas principais fontes de informação sobre Grande Tribulação,Milênio e Juízo Final. O pastor Elinaldo Renovato de Lima é líder da

    Assembleia de Deus em Parnamirim (RN), escritor, conferencista na áreade família, professor universitário, bacharel em C iências Econômicas,mestre em Administração, especialista em Economia Internacional eAdministração Universitária, bacharel em Teologia e mestre em Ci-ências da Religião. Nesta entrevista, o veterano professor fala sobreesse assunto tão vasto e sua importância para os seguidores de JesusCristo, que devem cultivar uma vida pautada na santidade e no amorde Deus à espera do retorno do seu Senhor.

    ENTREVISTA do COMENTARISTA

     ít> Nos idos dos anos 1980, era

    notória a procura pela Escatologia por parte dos crentes. Como 0.senhor vê hoje a abordagem dadaa essa ramificação da Teologiapelos fiéis?

    Pelo que analisamos ao longo da História, o estudo da Escatolo

     gia se acentua na passagem do s milênios. Os homens demonstram seu interesse pelos eventos futuros durante esse períod o. Posso citar  como exemplo a passagem do  sécu lo 20 para o 21, quando as 

     pessoas ficaram alarmadas com os sinais dos tempos, inclusive com o lançamento do filme "2012", cujo conteúdo tratava do calendário do povo maia. Também posso  citar o surgimento d e p rofetas do catastrofismo e os adeptos da seita Testemunhas de Jeová, que chegaram a marcar as datas para o início da Grande Tribulação e 

    volta de Cristo. E também há tais

     profetas nos arraiais assembleia-  

    nos. Em 1993, sete anos antes da virada do século, surgiu um  pasto r no Nordeste que também  anunciou "o f im do mundo". Mas, no atual momento em que  estamos no início do século 20, e que marca um novo milênio, os acontecimentos mundiais des ses  últimos anos têm se intensificado bastante na área espiritual, e sobretudo na área moral. Temos visto o aumento da iniqüidade de uma 

    forma tão acentuada que nos leva a acreditar que estamos de fato nos últimos dias que antecedem  a Volta de Jesus.

    £)» Em sua opinião, a Teologia daProsperidade tem contribuídopara um relaxamento dos crentes ao estudo de doutrinas es-catológicas importantes, como0 Arrebatamento da Igreja?

    A Teologia da Prosperidade

    não tem contribuído para o arre-

    fecimento dos crentes quanto ao

    Retorno de Jesus, mas, sim, a faltade ensino nos púlpitos de nossasigrejas. É lógico que a Teologiada Prosperidade é um tipo deabordagem que conflita com osprincípios da Palavra, porém nãoé um fator determinante, mas umaconseqüência da falta do ensino dasã doutrina bíblica, da ortodoxiada Palavra. Por que isso acontece?Hoje em dia, quase não se falasobre o Arrebatamento. Mas fiquei

    feliz quando a direção da CPAD meprocurou para abordar Escatologia.É importante abordar esse temadevido à apostasia que avança emnossos arraiais, e a conduta moralé algo muito sério. Lembremonosdo que o apóstolo Paulo deixouregistrado em sua primeira cartaa Timóteo 4.1. Percebemos queo afastamento do ensino bíblicoé algo muito perigoso e que se

    espalha entre os evangélicos./ ' E N S I N A D O R

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    São doutrinas da envergadura daTeologia da Prosperidade, cujoconteúdo incentiva os adeptosa depositar a sua confiança nosbens materiais, como um sinalde santidade, ou seja, tratase deuma apostasia doutrinária e moral.

    Outro sinal importante que nãopodemos deixar de comentar: aperseguição aos cristãos. É ver-dade que a Igreja sempre foi alvoda perseguição de seus inimigos,fossem eles judeus ou romanos,mas o cristianismo continuou asua trajetória. No século 20, foiperseguido pelos comunistas e,agora, os crentes sofrem umaperseguição de nível ideológico,ou seja, através de instituições

     juríd icas, através das leis agoraconcebidas e de fendidas pelasautoridades. Sob o argumento dadefesa da liberdade individual, taisideologias acabam por servir dearma para atacar os crentes pelomundo. Por exemplo: a legalizaçãodo casamento entre pessoas domesmo sexo tratase de um atoque chocase com os reclamesda Palavra, e os princípios divinos

    são questionados por conta desseato antinatural, que é consideradoabominável diante de Deus. Porisso, os defensores de tal prática searmam para perseguir os pastoresque discordam, os quais, por suavez, se sentem ameaçados poressas pessoas.

    Podemos afirmar que existeuma letargia quanto ao assunto Volta de Jesus?

    Eu não digo letargia, mas podeser considerado descuido. Essaquestão me faz lembrar da Parábo-la das Dez Virgens. O emblemáticoconteúdo traz consigo as duasqualidades de crentes na Igreja:aqueles que aguardam prepara-dos a Volta do Senhor e os quedescuidamse na condução desua relação com Deus. Os últimossimbolizam os crentes que "ador-mecem" sem a menor preocupa-

    ção sobre a Volta de seu Senhor,

    quase não falam sobre o assuntoe acabam por se envolverem no"Evangelho do Entretenimento".O crente deve primar por conduziruma vida pautada na santidade ebusca da comunhão com Deus.Lembremonos do que Paulo

    registra em 1 Tessalonicenses 5.23.w O s   sinais divulgados pelaBíblia que anunciam a proximidade do Arrebatamentoda Igreja acontecem de formamarcante. É correto afirmarque somos a geração de crentesdo Arrebatamento?

    Não podemos afirmar comsegurança de que essa geraçãoé a do Arrebatamento, isso pelo

    que o Senhor disse em Mateus24.36 e Marcos 13.32. Mas, o quepodemos dizer é que os sinais deSua vinda se intensificam e esseacontecimento é tão evidente, queé possível que esta seja a geraçãodo Arrebatamento.

    ,!§► Qual a importância de o estudante de Escatologia consultar os livros de Daniel eApocalipse conjuntamente

    para entender a doutrina dosacontecimentos futuros?Nenhum crente, teólogo ou

    professor de Teologia vai entenderas profecias do fim dos tem posse não estudar esses dois livrosda Bíblia. Posso citar três livroseditados pela CPAD que podemajudar na pesquisa dos eventosfuturos: "Daniel e o Apocalipse","Daniel Fala Hoje" e "Calendárioda Profecia", todos de autoria dopastor Antonio Gilberto . Os livrosde Daniel e Apocalipse são as fon-tes mais abrangentes e profundaspara entender os acontecimentosdos últimos tempos.

    Como deve ser o comportamento de um crente queaguarda a Volta de Cristo?

    Na lição 3 de Lições Bíblicas,eu cito 1 Tessalonicenses 5.23. Vouresumir o que um crente esperan-

    çoso deve fazer: ele deve orar, vigiar

    e viver na unção do Espírito Santo.Muita gente ora, mas não vigia. Ocrente deve viver cheio do EspíritoSanto. Voltemos à Parábola dasDez Virgens: elas não puderamentrar para as bodas porque faltouo azeite. Devemos conduzir uma

    vida pautada na santidade, porqueé o cerne da preparação para ocrente ser arrebatado. A pessoaaceita Jesus e passa a ser santifi-cada todos dias, mas e uma igrejaque adota costumes estranhos àPalavra, como a adoção de "boategospel"? Lembremonos do queestá registrado em 1 Pedro 1.15.Um santo deve evitar a calúnia, adifamação, o desvio do dinheiro

    da igreja. Porém, muitos crentesimaginam que o cumprimento dosusos e costumes assembleianosjágarante a salvação da pessoa. Eufui criado nesse contexto e querodeixar claro que sou afinado nesseassunto, todavia há crentes quemantêm uma vida pautada nes-se complexo sistema, entregamo dízimo, manifestam os donsespirituais, mas não herdarão oReino dos Céus. Eles não vão

    para o Céu pela falta de amor. Oapóstolo João registrou os acon-tecimentos da última ceia na qualJesus falou o que lemos em João13.34,35. Vemos ali que a santidadecaminha de mãos dadas com oamor. Costumo dizer aos crentesem Parnamirim que o mundonão vai nos conhecer pelos belostemplos, mas pelo amor entre nós.Quem não ama seu irmão a Biblia

    o identifica como um homicida (1 Jo2.9; 2.11). A santidade é o estilo devida, o amor é a pedra de toquecom a qual o ourives prova se oouro é puro e a pedra preciosaé verdadeira; e a santificação éo processo pelo qual o crente setorna um santo. Há dois grupos:aqueles que estão prontos paraentrar no Céu e os que não estãopreparados para isto. Devemosnos certificar de que estamos no

    primeiro grupo. '

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    A importância da Escola Dominicalpara a vida da Igreja

    INTRODUÇÃO

    A Escola Dominical, instituição surgida no

    século XVIII na Inglaterra e presente nas igrejas

    evangélicas em todo o mundo, e particularmente

    nas Assembleias de Deus no Brasil, vem colaboran-

    do com a formação de novos crentes e obreiros.

    Em muitas localidades, vemos uma efervescência

    na transmissão da Palavra de Deus por meio do

    ensino da Escola Dominical, mas em outros locais,

    infelizmente, a Escola Dominical parece mais umaprogramação à qual os crentes não precisam ir.

    Esta série de dois artigos do novo curso da

    revista Ensinador Cristão, que damos início nesta

    edição, tem por objetivo fazer uma breve análise da

    importância da Escola Dominical para o crescimento

    da igreja, tanto no que diz respeito à transmissão

    do ensino bíblico de forma sistematizada quanto no

    que concerne à formação de ministros e obreiros

    leigos para o serviço cristão. Dessa forma, buscase

    não apenas fazer uma análise sobre a importância

    da Escola Dominical na vida da igreja local, mas

    igualmente motivar líderes, professores e pastores

    a que se envolvam com mais tenacidade em seus

    ministérios com o foco na formação cristã para os

    membros das igrejas em nossos dias.

    I. A IMPORTÂNCIA DA ESCO-LA DOMINICAL

    Não se pode fazer uma análiseséria da importância da Escola

    Dominical sem que examinemoso contexto em que ela se originou.Voltemos a 1780, na Inglaterra, eobservemos a figura de RobertRaikes, um jornalista de 44 anosque trabalhava como redator doGloucester Journal. De acordocom o pastor Antonio Gilberto,esse jornalista...

    "...foi inspirado a fundar a EscolaDominical ao sentir compaixão

    pelas crianças de sua cidade, perambulando nas ruas, entregues àdelinqüência, pilhagem, ociosidadee ao vício, sem qualquer orientaçãoespiritual. Ele, que já trabalhava háquinze anos trabalhava entre osdetentos das prisões da cidade,pensou no futuro daquelas criançase decidiu fazer algo em seu favor..,"(1)

    Como é de conhec imentopúblico, Raikes enfrentou oposi-ção em seu intento, pois não se

    via naqueles dias a possibilidadede um santuário abrigar criançassujas e maleducadas para rece-berem ensinos. As crianças eram

    obrigadas a trabalhar horas inin-terruptas, e não tinham o acesso àeducação que poderia transformarseus hábitos e caráter. No artigo"When did Sunday Schools Start?"("Como as Escolas Dominicais Co-meçaram"), de Thimothy Larsen,vemos um pouco do contextosocial do momento:

    "A Revolução Industrial resultouem muitas crianças que passam a

    semana toda trabalhando em fábri-cas. Filantropos cristãos queriamlibertar essas crianças de uma vidade analfabetismo. Ainda no século19, o horário de trabalho era longo.As primeiras restrições legislativasmodestas vieram em 1802. Istoresultou em limitar o número dehoras que uma criança poderiatrabalhar por dia para 121 Esselimite não foi rebaixado novamenteaté 1844. Além disso, o sábado

    era parte da semana de trabalhoregular. Domingo, portanto, erao único tempo disponível paraessas crianças ganharem alguma

    educação".®Portanto, pelo que vemos, a

    Escola Dominical começou comouma solução educativa para crian-ças que tinham de conviver entreo trabalho quase forçado e a de-linqüência. E foi aí que a atitudede Robert Raikes transformou arealidade daquelas crianças.

    Raikes teve muito trabalhopara convencer as cr ianças a

    freqüentarem a igreja no seuúnico dia de folga, o domingo.Elas com certeza preferiam usaro seu tempo livre para brincar,pescar ou fazerem quaisqueroutras atividades, mas algumasdelas foram à igreja e começarama aprender, de forma básica, alíngua, aritmética, moral e civis-mo e também decoravam textosbíblicos, recitandoos depois. Otrabalho deu certo e foi divulgado        I

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    29/60CURSO

    pelo mundo. Robert Raikes, o"profanador do domingo", comofoi algumas vezes chamado, deunos o exemplo de como a igrejapode ser uma bênção para acomunidade que a cerca, e tantona formação espiritual quanto na

    formação moral de seus alunos.Sobre a importância da Escola

    Dominical para a vida da igreja,escreve Michael Lawson: "A Es-cola Bíblica Dominical tornouse aprincipal agência educacional daigreja. Ainda que muitas denomi-nações tentem oferecer variedadede programas educacionais, aEscola Dominical mantém a me-lhor frequência de pessoas do

    que qualquer outro programa, eàs vezes, mais do que todos osoutros juntos. Por causa do seutamanho e base ampla, a EscolaDominical usa mais professoresdo que qualquer outra agênciapor isso deve ser consideradaseparadamente".

    "Pelo fato de a principal agên-cia educacional da Igreja ter apalavra 'escola' em seu nome,as pessoas presumem que ela

    funciona como as demais enti-dades de ensino. Mas, as escolasdominicais diferem das públicasde vários modos significativos.Por exemplo, quantas classes deEscola Dominical exigem que osalunos façam dever de casa? Ouquantas escolas dominicais podemobrigar o aluno a ter frequência eenvolvimento? Muitas implicaçõessurgem da natureza voluntária da

    frequência à Escola Dominical"."Além disso, as at iv idades

    básicas da Escola Dominical sãodiferentes da escolaridade comum.A hora de aula não pode ser de-dicada exclusivamente a metasacadêmicas, porque tempo paraencorajamento mútuo e formas deatenção são partes essenciais dopropósito da Escola Dominical".

    "Isso nos leva à diferença fun-damental: as metas diferem. De

    modo geral, as escolas dominicaisdesejam a mudança de vida comoresultado da informação dispen -sada. Mas as escolas [seculares]bemsucedidas ainda são medidaspelas real izações acadêmicase não pela integridade moral

    de seus alunos. Mas, na EscolaDominical, a mudança de vida éessencial ao processo educacional.Nós buscamos promover decisõesmorais baseadas em informaçãobíblica precisa e encorajada pelocálido companheirismo cristão.A Escola Dominical de sucessoé medida pela semelhança comCristo de seus alunos e não pelarealização acadêmica deles. E

    para atingir essa meta, três temassimultâneos precisam permear ashoras de aula da Escola Dominical:companheirismo, informação eap lica çã o" .(3)

    I I . O CRESCIMENTO DAIGREJA E A ESCOLADOMINICAL

    Não é exagero as-sociar o crescimentode uma igreja local

    à importância queela dá à Escola Do-minical. A igreja queinveste na educaçãocristã por meio da Esco-la Dominical tende a seruma igreja fortaleci-da doutrinariamente,oferecendo aos seusalunos uma formaçãomais sólida em termos

    de estudo sistemáticoda Palavra de Deus,aliado à busca da prá-tica cristã correta. Damesma forma que ascrianças da Inglaterraforam beneficiadas pelaEscola Dominical, a pró-pria igreja é beneficiadaainda hoje por ter emseus quadros crentesque são mais do que

    meros ouvintes de pregações, esim pessoas que freqüentam en-sinos bíblicos sistemáticos e quesabem como se conduzir em suasrelações tanto com Deus quantocom o próximo. Na prática, a Es-cola Dominical prepara para esta

    vida e para a vida eterna.A Escola Dominical não atua

    simplesmente na formação e doutrinamento de novos convertidose crentes já amadurecidos, mastambém apresenta a salvação àspessoas. Basta lembrar que hácentenas de casos de crianças que,vindo às nossas igrejas, têm seuprimeiro contato com o Evangelhoe posteriormente o apresentam aos

    seus pais. E é sabido que quandouma criança freqüenta a EscolaDominical, está recebendo osensinos que farão dela uma pessoaque certamente viverá seus diasfuturos sob a perspectiva bíblica.

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    30/60CURSO ENSINADOR CRISTÃO

    III. A ESCOLA DOMINICAL EO PREPARO PARA O MINIS-TÉRIO E O SERVIÇO CRISTÃO

    Quando tratamos de ministé-rio e serviço cristãos, tomamos aliberdade de conceituar ministério

    como o trabalho feito por pessoasdedicadas e preparadas teóricae praticamente na pregação eensino da Palavra e na gestão derecursos na Casa de Deus, voca-cionadas ao ministério pastoralou de liderança na igreja local.Entendemo s como serviço cristãoo trabalho feito por pessoas lei-gas, voluntárias, que vêem nesseserviço a oportunidade de servira Deus e ao próximo dentro de

    suas qualificações não atreladasà liderança local.

    Uma das recomendações parao santo ministério é a aptidãopara ensinar, como lemos em 2Timóteo 3.2. A preparação doministro exige que ele se envolvano ministério do ensino. Nesseaspecto, a recomendação paulinarecebe o seguinte comentário:

    "This is the one requirement

    in this list that is not necessarily

    required of ali believers. It is alsonot required of deacons. Thus, itis a distinguishing skill required ofthe pastor/elder" ("Este é o únicorequisito nesta lista que não énecessariamente obrigatório detodos os crentes. Também não éexigida dos diáconos. Assim, é umahabilidade necessária à distinçãodo pastor/presbítero" traduçãolivre).(4)

    Por ser uma instituição origi-nada no século XVIII, não há umacitação à Escola Dominical nascartas pastorais do Novo Testa-mento, nem uma vinculação aque um pastor freqüente a EscolaDominical, mas percebese que a

    aptidão para ensinar é obrigatória,e ela deve e pode ser desenvolvidana Escola Dominical. Se desejamostreinar obreiros para o ministérioou para o serviço leigo, devemoscomeçar seu treinamento com aEscola Dominical.

    Da mesma forma, o serviço cris-tão deve e pode ser desenvolvidoutilizandose a Escola Dominicalcomo a primeira plataforma de

    treinamento. Uma pessoa não

    pode ministrar, independente deseu ministério, se não estiver aptaa fazêlo. A Escola Dominical é amelhor forma de capacitar pessoasa que sejam aptas ao ministério doensino. Ela desenvolve talentos,cria comunhão entre os alunos,proporciona um ensino adequadoa cada faixa etária e solidifica deforma uniforme o ensino a todosos crentes da congregação.

    Sobre a importância da fun-ção discipuladora do ensino cris-tão, escreve o célebre educadorcristão norteamericano HowardHendricks:

    "Nenhum cristão tem opor-tunidade mais promissora para o

    ministério do discipulado do queo professor. Este tem uma audiên-cia já feita (os alunos) com quemse associa regularmente (quasetodos os dias ou, pelo menos,semanalmente), uma assistênciacomposta de pessoas que olhampara ele como fonte da verdade eguia para relacionar essa verdadecom a vida. A meta de todo professordiscipulador é capacitar seus

    alunosdiscípulos a ficar cada vez

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    mais semelhantes a Jesus Cristomediante o processo de ganharalmas e formar discípulos. O após-tolo Paulo declara esse propósitonitidamente: 'A quem anunciamos,admoestando a todo homem e en-sinando a todo homem em toda a

    sabedoria; para que apresentemostodo homem perfeito em JesusCristo ' (Cl 1.28)" .(5)

    Conclui Hendricks, enfatizando:"Deus permite que todo professorcrente tenha parte nesse processoatravés do qual o Espírito Santotraz o aluno mais estreitamente emconformidade com o Salvador, 'avarão perfeito [maduro], à medidada estatura completa de Cristo'

    (Ef 4.1 3) ". (6)IV SOBRE A GESTÃO DAESCOLA DOMINICAL

    Algo muito importante parauma Escola Dominical que é efe-tivamente relevante para a vida daigreja é a gestão com excelênciada Escola Dominical. Para isso, épreciso entender, como afirma opastor Antonio Gilberto, que "osuperintendente de Escola Domi-

    nical não é um mero dirigente daEscola Dominical: é o gestor dodepartamento mais importanteda igreja. Seu trabalho não serestringe aos domingos, mas seestende de segunda a sábado.Ele sabe que, se não for eficientedurante a semana, será ineficazno domingo. Como gestores daEscola Dominical, temos de le-vála a atuar plenamente como

    educandário bíblicoteológico,agência evangelísticomissionária,departamento de integração donovo crente e suporte didáticopedagógico da igreja local. HenrietaC. Mears (18911963), educadoranorteamericana, afirmou mui acertadamente: 'A Escola Dominicalperpetuase pelos seus própriosprodutos'. Cabenos, pois, fazercom que esses produtos não ve-nham a perecer".*71^

    í  

    1. A EscoLa DominicaL é importante para o crescimento da Igreja de que forma?

    2. 0  que inspirou o jornalista cristãos Robert Raikes a criar a Escola Dominical?

    3. Quais são os benefícios para a igreja que investe na edu

    cação cristã?

    4. Qual a diferença entre o ministro cristão propriamente  dito e o serviço cristão comum?

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    A Escola Dominical é, portanto,de grandíssima importância paraa vida da igreja, sendo o seuprincipal braço hoje no cumpri-

    mento da ordenança de Cristoà Igreja para ensinar e fazer dis-cípulos, como lemos em Mateus28.19,20, e também como umauxílio importantíssimo na pre-paração e amadurecimento decrentes para o serviço cristão e,inclusive, o ministério da Palavra.Ignorar a Escola Dominical oudesprezála é um dos grandesdesastres que uma igreja pode

    sofrer hoje.

    5.Q15. Que aptidão obrigatória do ministro cristão pode ser desenvolvida na Escola Dominical?

    6. Qual deve ser a primeira plataforma para 0 treinamento  no serviço cristão e por quê?

    7. Qual deve ser a primeira plataforma para 0 treinamento 

    no serviço cristão e por quê?

    CPAD

    MÓDULO I 

    A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA DOMINICAL PARA A VIDA DA IGREJA

     Alexandre Coelho

    Texto bíblico utilizado: ALMEIDA, João

    Ferreira. Bíblia Sagrada. SBB, SP, 2014.

    (1) GILBERTO, Antonio. Manual da

    Escola Dominical O Curso de Trei-

    namento para Professores Iniciantes

    e de Atualização. Edição Histórica. Rio

    de Janeiro: CPAD, 2014.

    (2) LARSEN, Thimothy, When did Sunday

    Schools Start?.

    (3) LAWSON, Michael, Ensinando na

    Igreja, in GANGEL, Kenneth, e HEN

    DRICKS, Howard, Manual de Ensino

    para o Educador Cristão, 1999, CPAD,

    pp. 355 e 356.

    (4) NESTE, Ruy Van. ESV Study Bible.

    Illinois, Crossway, 2011.

    (5) HENDRICKS, Howard, O Professor

    como Discipulador, in GANGEL, Ken-

    neth, e HENDRICKS, Howard, Manual

    de Ensino para o Educador Cristão,

    1999, CPAD, p. 294.

    (6) HENDRICKS, Ibid., p. 294.

    (7) GILBERTO, Antonio, Sobre a Gestão

    da Escola Dominical, artigo publicado

    em 11 de novembro de 2014 em Lico

    esbiblicas.com.br.

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    seus dados p r e e lh d ° S “ mÓdulosP  ncnidos corretamente.

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    O ensino da Palavra de Deus a cada dia se torna mais necessário, quando observamosas atividades e a tecnologia do mundo atual tem tomado conta do tempo que poderiaser dado em prol de uma vida espiritual mais próxima de Deus, um relacionamento demaior comunhão. Nessa correria onde os próprios adultos se atropelam na administração

    do tempo e perdem o foco de uma vida cristã equilibrada, precisamos ter urgência noinvestimento de um ensino mais abrangente para os nossos adolescentes que são alvosconstantes dos laços certeiros do diabo.

    Para que aconteça o processo do ensino criativo e dinâmico nas classes de adolescentesda ED, precisamos considerar alguns pontos fundamentais:

    Conhecer o alunoConhecer o adolescente é

    fator primordial no processo deensino. Não é possível ensinaruma turma sem conhecimento

    de seus ideais, família, desejos,sentimentos, modo de pensare agir.

    Sabemos que o adolescentevive uma fase complexa de suavida, onde precisamos desco-brir como compreendêlo emsuas buscas e dificuldades paraencontrar a melhor forma detransmitirlhe algum ensinamento.

    Quando conhecemos nos-

    so aluno adolescente estamosbuscando acertar muito maisno processo do ensino, porquesabemos quais métodos, dinâ-micas, reflexões e avaliaçõespodem os aplicar com sucesso.

    O ProfessorEnsinar a Palavra é uma mis-

    são cada vez mais difícil para

    aqueles que entendem ser esteum mandamento sério da partede Deus. Quando analisamos oconselho de Paulo em Romanos12.7 descobrimos que "ded ica-

    ção" é tão abrangente, envolvetantas ações ! "Am or" o quefazemos é o primeiro e maisimportante fator da nossa práticacomo um ensinador enviado peloGrande Mestre Jesus.

    Como professores dedica-dos precisamos sempre buscarum ensinamento mais eficaz! Emuito mais que isso é exigidodos professores de adolescen-tes, porque o desafio é bemmaior. A vontade de contribuirpara transformar uma geraçãoque clama por salvação precisapermanecer viva nos nossos co-rações de ensinadores. O desejode aprender a ensinar tambémprecisa brotar dentro de nós acada manhã. E necessário que oprofessor queira fazer o melhor

    como servo voluntário para oserviço do Mestre, buscandodescobrir dinâmicas e estratégiasadequadas para todas as aulas.

    Em muitas igrejas, é uma rari-

    dade encontrarmos professorescriativos e dinâmicos nas classesde adolescentes da Igreja, poissão muitos os obstáculos quecontribuem para apequenara atu-ação de quem está diante de umgrupo de adolescentes, dentreestes o despreparo e a própriacompreensão do professor deque sua missão é decisiva paraa formação das próximas gera-

    ções. Diante da magnitude denossa responsabilidade, devemosaproveitar toda oportunidadeque tivermos e nos esforçarmospara que o ensino da Palavraaconteça de forma mais eficaz acada domingo na ED.

    O professor de ado lescen-tes deve ter consciênciada importante responsa

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    bilidade que pesa sobre si, deeducar para a vida cristã essesfrágeis seres que atravessama fase de melhor e mais fácilaprendizagem de suas vidas. E

    * certamente Deus nos capacitarák ™ p ara abraçarmos esse enorme

    v'desafio com sucesso!

    O PlanejamentoPlanejar é determinante para o

    sucesso do ser humano em qual-quer área da vida. No processode ensino não seria diferente, oplanejamento é que vai assegurar0 bom resultado da aula.

    O professor precisa calculartodas as etapas da sua aula: O que

    vai fazer? Como vai fazer? Quandovai fazer? E para que vai fazer? Pre5* ver tudo isso é fundamental para

    a segurança do bom ensinador eo desenvolvimento ideal de umbom trabalho educacional.

    Todo aluno gosta de receber jncentivo e motivação para estu1dar e aprender. Com o adolescen-te isso se faz necessário em todasas aulas: ele gosta de observar,

    refletir, pesquisar, descobrir, ver,construir, escrever, responder,argumentar, opinar, etc.

    Um bom planejamento come-ça com uma simples atitude doprofessor durante a semana, umconvite na ED para não faltar a

    aula do próximo domingo, umarecepção calorosa oferecida aoaluno ao chegar na Igreja.Paraisso o professor deverá pensare repensar toda a sua práticasemanalmente.

    Adolescente gosta de novi-dades e tem facilidade de com-preender e aprender mais rápidocom elas. Eles são ativos e gostamde participar. Esses aspectos

    naturais deles que devem seraproveitados pelo professor.

    Preparo da aulaA falta de preparo da aula

    mata a criatividade do profes-sor, pois a criatividade jamaissubstitui o preparo cuidadoso. Oprofessor sábio tem um roteiro daaula suficientemente elaboradopara saber o que fará, quando e

    como. O uso de métodos apro-priados ao conteúdo da liçãolhe auxiliará grandemente noalcance dos objetivos da aula.Prepare seu material didáticocom antecedência, experimentenovas ideias com seus alunos e

    desenvolvaas com entusiasmo.Assegure no seu roteiro o temponecessário para cada parte daaula e seja disciplinado. Metadedo sucesso na aula depende doânimo do professor que crê naideia proposta como sendo amelhor maneira de aplicar osobjetivos da lição na mente e nocoração dos alunos.

    O trabalho com educação

    cristã requer um plano de açãodidática. Precisamos definir osobjetivos a atingir , o temponecessário para alcançálos, asetapas a percorrer, os recursos aempregar e o método a seguir.Explore e aproveite ao máximoas sugestões das lições do mes-tre da CPAD, faça adaptações,enriqueça e crie novos recursospara tornar sua aula ag radável!^

    Alderi Ribeiro

    de Moura Cru:

    -r.' é  Professora

    formada errt Letras,

    Pós graduada em

    Coordenação eGestão Escolar,

    CooriDepartamento de t  

    Edi(,caçlb Cristã, da

    Assembleia de tfêus •

    doiSegundo Distrito;

    em Rio Branco (AC) ,

    Como sugestão o modelo de um roteiro de aula: Classe Adolescentes - Mestre 4 • Lição 05 - Trabalhando em Equipe

    Objetivos:1. Assimilar a necessidade da união para crescer na vida espiritual e superar desafios e dificuldades.2. Identificar tentações que buscam atrapalhar a unidade da equipe de Cristo e mostrar como

    vencêlas.

    Conteúdos (tópicos para estudo):Na equipe de Cristo todos são importantes;Na equipe de Cristo devemos cuidar uns dos outros;

    Tentações contra a unidade.ETAPA TEMPO ATIVIDADES RECURSOS

    APRESENTAÇÃO 5 min Leitura de um texto Relacionado ao temaTexto suplementar

    (pesquisado)

    INTEGRAÇÃO 10 min Dinâmica de grupo (usar o "Quebra Gelo") Lápis e papel

    DESENVOLVIM EN TO 35 minAula expositiva com auxílio de Álbum Seriado.

    Discussão dos temas da lição; (círculo de conversa)

    CartazesÁlbum seriado

    Quadro e pincel

    AVALIAÇÃO ECONCLUSÃO

    10 minDividir a turma em dois grupos e fazer o Jogo das

    Perguntas. (Ou outra atividade para avaliar a lição: testerápido, debate de grupo, etc)

    Quadro brancoe pincel

    K A cada semana o professor faz as adaptações necessárias no seu roteiro de acordo com o tema em estudo.

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    SALA de LEITURA

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    0 Finalde Todasas Coisas

    Espttíits* t jlírt# m

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    wmÊmmÊmmÊÊmÊmm

    0 FINAL DE TODAS AS COISAS Esperança e glória para os salvos

    ELINALDO RENOVATO DE LIMA

    Esta obra é o livrotexto da revistado trimestre deste ano, que falasobre o Arrebatamento da Igreja,as Boas do Cordeiro e a GrandeTribulação. Ele apresenta o que aBíblia diz sobre o fim dos tempos,em relação à Igreja do Senhor Jesus,

    Como Escatologia bíblica é umtema que levanta sempre dúvidas,é imprescindível para o professorde Escola Dominical a leitura destelivro, pois vai ajudálo a responder

    dúvidas dos seus alunos sobre essesimportantes temas.

    UMATODE

    .D E U SfS STANTQLER

    | w . IÜ fZEB

    UM ATO DE DEUS_____

    ERWIN W LUTZER

    Nosso coração dói ao nos lembrar-

    mos das centenas de milhares depessoas que ficara