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COLÉGIO ESTADUAL BARRO PRETO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2011. 1

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO - sjpbarropreto.seed.pr.gov.br · de 2008 foi implantado o Ensino Médio, com oferta gradativa, sendo o 1º ano em 2008, o 2º em 2009 e o 3º em 2010

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COLÉGIO ESTADUAL BARRO PRETO –

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2011.

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Sumário

SumárioAPRESENTAÇÃO...............................................................................................................................6IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA........................................................................................................7HISTÓRICO DA ESCOLA.................................................................................................................8QUADRO DE PESSOAL....................................................................................................................9OBJETIVOS GERAIS ..................................................................................................................11MARCO SITUACIONAL..................................................................................................................13CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR.................................................................13ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS.......................................................................................23ORGANIZAÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO .....................................................................................26EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS............................................................................27

RELAÇÃO DOS BENS PATRIMONIAIS...................................................................................27CONTRADIÇÕES ENTRE DISCURSO E A PRÁTICA DOCENTE.............................................30ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA............................................................................31ESCOLA E FAMÍLIA.......................................................................................................................33MARCO CONCEITUAL...................................................................................................................34CONCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO......................................................................................................34CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO............................................................36CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA......................................................................37CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO.....................................................................................................39CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO.............................................................................................42CONCEPÇÃO DE CULTURA..........................................................................................................44CONCEPÇÃO DE TRABALHO.......................................................................................................45CONCEPÇÃO DE CIDADANIA......................................................................................................46CONCEPÇÃO DE HOMEM.............................................................................................................47CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE......................................................................................................48CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA...................................................................................................49CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA .............................................................................50CONCEPÇÃO CURRICULAR.........................................................................................................51EDUCAÇÃO INCLUSIVA...............................................................................................................53MARCO OPERACIONAL................................................................................................................54AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO.............................58REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................59PLANO CURRICULAR....................................................................................................................61ENSINO.............................................................................................................................................61FUNDAMENTAL..............................................................................................................................61PLANO CURRICULAR DE ARTES DO ENSINO FUNDAMENTAL..........................................62

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA..........................................................................................62OBJETIVOS..................................................................................................................................63CONTEÚDOS...............................................................................................................................64ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS...........................................................................70AVALIAÇÃO................................................................................................................................71REFERÊNCIAS:...........................................................................................................................71

PLANO CURRICULAR DE CIÊNCIAS..........................................................................................73PARA O ENSINO FUNDAMENTAL..............................................................................................73

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA..........................................................................................73OBJETIVOS..................................................................................................................................76

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CONTEÚDOS..........................................................................................................................79METODOLOGIA DA DISCIPLINA.......................................................................................84

AVALIAÇÃO................................................................................................................................85REFERÊNCIAS........................................................................................................................86

PLANO CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA.........................................................................87 DO ENSINO FUNDAMENTAL......................................................................................................87

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .........................................................................................87OBJETIVOS..................................................................................................................................89CONTEÚDOS...............................................................................................................................90ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS...........................................................................96AVALIAÇÃO................................................................................................................................97REFERÊNCIAS:...........................................................................................................................99

PLANO CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO......................................................................101DO ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................................................................101

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................101OBJETIVOS................................................................................................................................102CONTEÚDOS.............................................................................................................................103ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................107AVALIAÇÃO ............................................................................................................................108REFERENCIAS: ........................................................................................................................109

PLANO CURRICULAR DE GEOGRAFIA....................................................................................110DO ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................................................................110

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................110OBJETIVOS................................................................................................................................111CONTEÚDOS.............................................................................................................................112ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................117AVALIAÇÃO..............................................................................................................................118REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................119

PLANO CURRICULAR DE HISTÓRIA .......................................................................................120DO ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................................................................120

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.......................................................................................120OBJETIVOS................................................................................................................................121CONTEÚDOS.............................................................................................................................123ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................137AVALIAÇÃO..............................................................................................................................138REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................139

PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA ...............................................................140DO ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................................................................140

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................140OBJETIVOS ...............................................................................................................................146CONTEÚDOS.............................................................................................................................147ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................150AVALIAÇÃO..............................................................................................................................156REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................158

PLANO CURRICULAR DE MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL..........................160APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.......................................................................................160OBJETIVOS................................................................................................................................161CONTEÚDOS.............................................................................................................................162ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................167AVALIAÇÃO..............................................................................................................................169REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................171

PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS DO ENSINO

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FUNDAMENTAL............................................................................................................................172APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................172OBJETIVOS................................................................................................................................174CONTEÚDOS.............................................................................................................................174ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................184AVALIAÇÃO..............................................................................................................................185REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................186

PLANO CURRICULARENSINO MÉDIO.....................................................................................187PLANO CURRICULAR DE ARTE DO ENSINO MÉDIO............................................................188

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................188OBJETIVOS ...............................................................................................................................191CONTEÚDOS.............................................................................................................................193ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................196AVALIAÇÃO..............................................................................................................................198REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................199

PLANO CURRICULAR DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO..................................................201APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................201OBJETIVOS ...........................................................................................................................205CONTEÚDOS.............................................................................................................................206ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................208AVALIAÇÃO .............................................................................................................................210REFERÊNCIAS...........................................................................................................................210

PLANO CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA.......................................................................212DO ENSINO MÉDIO..................................................................................................................212APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................212OBJETIVOS................................................................................................................................213CONTEÚDOS.............................................................................................................................213ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................217AVALIAÇÃO..............................................................................................................................218REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................220

PLANO CURRICULAR DE FILOSOFIA DO ENSINO MÉDIO..................................................221APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .......................................................................................221OBJETIVOS................................................................................................................................225CONTEÚDOS ............................................................................................................................225ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................229AVALIAÇÃO .............................................................................................................................229REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................230

PLANO CURRICULAR DE FÍSICA DO ENSINO MÉDIO ........................................................232APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................232OBJETIVO .................................................................................................................................235OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................................236CONTEÚDOS.............................................................................................................................237ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................238AVALIAÇÃO..............................................................................................................................240REFERENCIAS:.........................................................................................................................240

PLANO CURRICULAR DE GEOGRAFIA DO ENSINO MÉDIO...............................................241APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................241OBJETIVOS................................................................................................................................243CONTEÚDOS.............................................................................................................................244ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................246AVALIAÇÃO..............................................................................................................................247REFERENCIAS: ........................................................................................................................248

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PLANO CURRICULAR DE HISTÓRIA DO ENSINO MÉDIO...................................................249APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................249OBJETIVOS................................................................................................................................250CONTEÚDOS ............................................................................................................................252ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................257AVALIAÇÃO .............................................................................................................................258REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................258

PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA ...............................................................260PARA O ENSINO MÉDIO..............................................................................................................260

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................260OBJETIVOS................................................................................................................................263CONTEÚDOS.............................................................................................................................268ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................273AVALIAÇÃO..............................................................................................................................275REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................276

PLANO CURRICULAR DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO...........................................279APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................279OBJETIVOS................................................................................................................................281CONTEÚDOS.............................................................................................................................282ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................284AVALIAÇÃO..............................................................................................................................287REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................287

PLANO CURRICULAR DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO.....................................................289APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .......................................................................................289OBJETIVOS................................................................................................................................293CONTEÚDOS ............................................................................................................................294ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................296AVALIAÇÃO..............................................................................................................................297REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................297

PLANO CURRICULAR DE SOCIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO..............................................298APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................298OBJETIVOS................................................................................................................................300CONTEÚDOS.............................................................................................................................300ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................303AVALIAÇÃO..............................................................................................................................303REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................304

PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: ESPANHOL DO ENSINO MÉDIO.............................................................................................................................................305

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................305OBJETIVOS................................................................................................................................307CONTEÚDOS.............................................................................................................................307ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................310AVALIAÇÃO..............................................................................................................................311REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................313

PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS DO ENSINO MÉDIO.............................................................................................................................................314

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA........................................................................................314OBJETIVOS................................................................................................................................316CONTEÚDOS.............................................................................................................................317ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................................318AVALIAÇÃO ...........................................................................................................................319REFERÊNCIAS:.........................................................................................................................320

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APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Barro Preto – Ensino

Fundamental e Médio é a construção coletiva da organização do trabalho pedagógico

como um todo, servindo de instrumento visualizador das ações educativas da mesma.

Constituindo-se num momento de reflexão e discussão sobre os problemas existentes,

em busca de alternativas que superem as dificuldades na perspectiva da melhoria da

qualidade de ensino na consolidação das práticas educativas democráticas em

consonância com avanço científico e tecnológico, ligados a um ideal de homem e

sociedade que se pretende construir na formação humana, pelo compromisso de

transformação.

Diante desse contexto, sente-se a necessidade de pensar a educação em toda a

sua complexidade. Se a ação pedagógica não for pensada anteriormente, corre-se o risco

de cair no espontaneísmo e assim, perder sua especificidade.

Como acreditava Paulo Freire, “o caminho se faz ao caminhar”, por isso

pretendemos atender as expectativas dos pais, alunos, professores e funcionários, num

trabalho conjunto para essa formação de uma sociedade mais justa.

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IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

COLÉGIO ESTADUAL “BARRO PRETO”

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Código – 0186-5

Alameda Bom Pastor, nº 3000

Bairro: Barro Preto

São José dos Pinhais - Paraná

CEP 83015-140

NRE: Área Metropolitana Sul

Distância do NRE : Aproximadamente 25km

Fone/Fax: 0xx3282-2305

e-mail: [email protected]

Período de Atendimento:

Manhã: das 7:30h às 11:55h

Tarde: das 13:00h às 17:25h

Número de alunos: 362

Alunos do CELEM-Espanhol: 30

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Dependência Administrativa: Estadual

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HISTÓRICO DA ESCOLA

O Colégio Estadual Barro Preto – Ensino Fundamental e Médio, situado na

Alameda Bom Pastor, nº 3000, no bairro do Barro Preto, Município de São José dos

Pinhais, Paraná, iniciou suas atividades a partir de 09 de fevereiro de 1998, através do

Ato de Autorização de Funcionamento – Resolução nº 627/98, tendo o Ato de

Reconhecimento do Curso Ensino Fundamental pela Resolução nº 3091/07 de 13/09/07.

Sua implantação foi gradativa, em 1998 começou com uma 5ª série, no período

matutino, com aproximadamente 30 alunos. A diretora, professora Carmem Marilia Juck

Cortes de Souza, atendia os alunos da escola municipal de pré até a 4ª série e também a

escola estadual que oferecia 5ª série.

No ano de 2000 a direção passou para a professora Célia Regina Bonin Dissenha,

onde a mesma era diretora da Escola Rural Municipal Júlia Wanderley e respondia pela

Escola Estadual sem nenhum ônus, nesta época a escola oferecia turmas até a 7ª série.

Em 2002 foi nomeado o primeiro diretor funcionário da Rede Estadual de Ensino, o

professor Sérgio Augusto Vecchione Xisto que foi substituído em 2004 através de eleição

direta pela professora Maria Ozélia Ferreira da Silva. Em novembro de 2005 a professora

Maria Ozélia foi reeleita para o cargo de Direção.

No mês de abril de 2006, a professora Maria Ozélia pediu exoneração do cargo de

Diretora, sendo indicado pela comunidade, representada pela APMF e Conselho Escolar

o professor Lacides Freitas de Castro para assumir o cargo de Diretor da Escola, o qual

foi aceito pelo Núcleo Regional de Educação.

Ao final de 2008, o atual Diretor Lacides foi reeleito nas eleições para o cargo de

Direção, para o mandato de 2009 à 2011.

Até o ano de 2007 o Colégio ofertava apenas o Ensino Fundamental, onde a partir

de 2008 foi implantado o Ensino Médio, com oferta gradativa, sendo o 1º ano em 2008, o

2º em 2009 e o 3º em 2010.

Atualmente a escola oferta oito turmas de 5ª a 8ª série, sendo duas no turno da

manhã e seis no período da tarde, e quatro turmas do Ensino Médio no período da

manhã.

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QUADRO DE PESSOAL

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO ESCOLAR

Adinacir Terezinha Rodrigues Correia

Agente de Apoio Ensino Fundamental

Antonio Rodrigues Dias Professor Licenciatura em Física

Cidia Lima Sousa Professora Licenciatura em Química

Cristiane Mari Carvalho de Oliveira Ferreira

Professora Licenciatura em Letras - Português

Dolores Moreira Pedagoga Pedagogia

Eduardo Duarte TanakaAgente

Educacional IIEnsino Médio

Elisângela Alves Fontes Professora Letras - Português

Eliton Micael Tanazio Professor Licenciatura em Desenho

Elizane Camargo Comin Professora Licenciatura em Letras – Português

Firmo Antonio Barros Professor Licenciatura em Matemática

Francys Ricardo dos Santos Professor Licenciatura em geografia

Gilvani Alves de Araújo Professor Licenciatura em Filosofia

Jéssica Fernanda RochaTécnino

AdministrativoEnsino Médio

João Carlos Sanches ProfessorLicenciatura em Administração e Matemática

Lacides Freitas de Castro Diretor Licenciatura em Educação Física

Leticia Regina Branco Gaziri Professora Licenciatura em Agronomia

Lindaléa dos SantosAgente

Educacional IEnsino Médio

Louise Ferreira dos Santos Professora Cursando licenciatura de Geografia

Lucimara Apª da Cruz Vieira Professora Licenciatura em Agronomia

Marcia Izabel dos Santos ProfessoraLicenciatura em Letras Português/Inglês

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Maria Luiza Grochka de Oliveira

Agente de Apoio Ensino Fundamental

Marili Aparecida Martins de Castro

Professora Licenciatura em Ciências e Biologia

Priscila Matos Drosdek Professora Cursando Licenciatura em Sociologia

Rosangela Pires Agente de Apoio Ensino Fundamental

Rosilene Skripe de Oliveira Secretária Magistério Superior

Sidnei Francisco Moro Professor Licenciatura em Educação Física

Sidnei Gledson Simão Professor Licenciatura em História

Tatiane Gros Professora Licenciatura em Letras Port/Inglês

Tatiane Isabel de Souza Professora Licenciatura em Geografia

Wladmir Cecyn Miller Professor Licenciatura em Matemática

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OBJETIVOS GERAIS

O Colégio tem o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de

conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. Tem o papel de ser o

principal responsável pela organização, sistematização e desenvolvimento das

capacidades científicas, éticas e tecnológicas de uma nação. Inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania, bem como,

meios para progredir nele e em estudos posteriores.

Em especial o Colégio Estadual Barro Preto tem por finalidade desenvolver um

trabalho integrando a equipe pedagógica, comunidade escolar e Secretaria de Educação

no interesse de proporcionar um espaço de aquisição de conhecimento, onde possa ter

garantida a igualdade de condições para o acesso, a permanência e a utilização dos

serviços na escola, possibilitando a construção da sua cidadania.

Garantir a escola como instituição das mediações reais para que uma

intencionalidade possa tornar-se efetiva, concreta, histórica, para que os objetivos não

fiquem apenas no plano ideal, mas ganhem forma real, é na escola que se dá como lugar

de entrecruzamento do projeto político coletivo da sociedade com os projetos pessoais e

existenciais de educandos e educadores.

Assegurar a gestão democrática e colegiada como base da autonomia da escola,

onde haja interação e participação de todos os componentes da comunidade escolar,

garantindo aos profissionais da educação, oportunidade de formação continuada, visando

a qualidade de ensino aprendizagem.

Promover o princípio da autonomia entendido não apenas como “liberdade” para

executar projetos que chegam a escola, mas de elaborar seus próprios projetos.

Oferecer uma aprendizagem qualitativa com princípios norteadores de

conhecimento e formação crítica. onde o educando possa exercer seus deveres de

reivindicar seus direitos, sabendo integrar-se no grande grupo socializando-se e

adquirindo a formação para o mundo do trabalho e a instrumentação necessária para

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exercer sua cidadania.

Fortalecer a credibilidade e promover a integração escola comunidade

aproximando todos os membros, numa busca coletiva para a concretização dos objetivos

e atendimento das necessidades da escola.

Oferecer um atendimento focado nas necessidades individuais do aluno, com sala

de apoio e de recursos, conforme as necessidades especiais de cada um, garantindo-lhes

o acesso e a permanência na escola com qualidade.

Proporcionar oportunidades para a inclusão digital de maneira que os alunos

construam seu próprio conhecimento utilizando-se das novas tecnologias integrando-se

assim à sociedade midiatizada em que se encontram.

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MARCO SITUACIONAL

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A partir do advento da revolução tecnológica, acrescida do desenvolvimento

mundial das políticas neoliberais, da globalização da economia e da grave crise financeira

vivida mundialmente, a sociedade passou por uma radical transformação. Há uma super

valorização do individualismo, a ânsia pelo consumo,o culto ao corpo e a eterna

juventude, mudanças nos valores éticos e morais, a falência das instituições como a

família , o casamento...

Neste contexto encontra-se o Brasil que passa por uma crise de identidade política.

Não bastasse a crise política, o Brasil tem ainda uma série de outros problemas que estão

sempre na mídia: os milhões de desempregados, os milhões de miseráveis, a violência

urbana; a desigualdade social, a precária saúde pública...

O cenário atual apresenta a educação, que também tem seus problemas, mas que

deve ser encarada sobretudo como uma solução.

É necessário pois, tomar a decisão histórica de definir a educação como prioridade

social e política. Transformando em conduta de número “um”, passando a investir

verdadeiramente na construção e consolidação de amplo sistema educacional.

Fazer a escola ganhar vida e cumprir seu papel social, depende de todos nós,

professores ou não, mas cidadãos.

Percebendo a necessidade de se priorizar a educação e a sua importância social a

Secretaria de Estado de Educação, ofereceu vários instrumentos para a reflexão e

definição das reais condições e necessidades da comunidade escolar e traçar as formas

de melhorar esta realidade.

Atualmente o Colégio possui seis salas de aula usadas pelo Ensino Fundamental e

Médio, sendo utilizadas pelas duas turmas de 8ª séries e as quatro turmas do Ensino

Médio no período da manhã e para as duas turmas de 5ª, duas de 6ª e duas de 7ª no

período da tarde. Conta ainda com uma biblioteca, um laboratório de informática instalado

com o Paraná Digital, uma cozinha, uma sala para a Direção e Equipe Pedagógica, uma

para a secretaria, uma sala para armazenar materiais de educação física e almoxarifado,

uma sala pequena para armazenar materiais de limpeza

A escola possui ainda três banheiros que necessitam de reparos, uma área

coberta, não tem quadra esportiva para uma adequada prática de Educação Física.

Em relação à equipe de ensino, a escola conta com um diretor, duas pedagogas,

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vinte e dois professores, uma secretária, dois Agentes Educacionais II, uma Agente

Educacional I e duas Agentes de Apoio. É importante considerarmos aqui, o fato de que

grande parte dos professores é contratada em regime temporários, gerando rotatividade

na escola e conseqüentemente insegurança nos profissionais ali atuantes.

A clientela atendida provem de diversos bairros, sendo de 39% do bairro Barro

Preto, 48% do bairro Jardim Del Rey e 13% de outros bairros como: São Francisco,

Costeira, Jardim Ouro Fino e outras localidades vizinhas.

A comunidade em que se insere nossa escola teve sua origem na imigração

italiana onde seus descendentes permanecem até hoje mantendo muitas das tradições

destes bravos colonizadores. Com o passar do tempo estes pequenos latifundiários

foram dividindo suas terras e novas localidades surgiram. A agricultura deixou de ser a

única atividade na região dando espaço a madeireiras e moveleiros.

Portanto o beneficiamento da madeira, a fabricação dos móveis e o vinho,

produzido de maneira artesanal fazem parte da história da comunidade e é ponto de

referência na região. Embora, essa realidade tenha se modificado com a chegada de

novas famílias que acabaram ocupando o espaço utilizado para o cultivo da uva para as

construções de casas residenciais, comerciais, a igreja entre outros.

Hoje, outras grandes indústrias estão localizadas nas proximidades da escola:

Providência, Faurecia, Portfólio, Transportadora Grupo Sibra, a montadora da Audi

Wolksvagem e outras. Por se tratar de uma região próxima a BR 376 e a quantidade de

grandes indústrias, são muitas as pessoas que fixam suas residências em loteamentos da

região, pelo valor dos terrenos, mudando o perfil da comunidade.

A necessidade de mão de obra dessas indústria, atraiu pessoas do campo para a

cidade, de diferentes regiões do estado e do país.

Este aumento da população trouxe benefícios, mas também gerou problemas. Pela

falta de qualificação para o trabalho nem todos conseguiram os empregos desejados,

causando desempregos em conseqüência, a pobreza,as frustrações e a violência.

Com relação ao meio ambiente a região possui uma arborização nativa que ajuda a

manter o solo rico em abastecimento de água, porém, por causo do aumento significativo

da vinda de famílias oriundas de diversas localidades corre-se o risco de perder este rico

patrimônio ambiental e natural dessa região.

O Rio Arujá por causa dessa ocupação desordenada está passando por

dificuldades e o objetivo da escola é resgatar este bem natural chamando o poder público

para contribuir na recuperação e manutenção desse espaço.

A comunidade escolar atingida tem suas características próprias sendo necessário

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que busquemos retratá-la com fidedignidade e coerência para melhor embasarmos

nossos trabalhos. Sendo assim, alicerçamos no coletivo a investigação e a reflexão sobre

a verdadeira escola que temos, para juntos traçarmos objetivos claros e coerentes com a

realidade, na qual a escola se encontra inserida.

Para um novo levantamento dos dados sobre a comunidade escolar os pais foram

convidados a participarem de um encontro com os professores e funcionários, no qual

foram orientados sobre o novo questionário que seria enviado para casa, além de

depoimentos e sugestões registradas na reunião de pais. Este serviu de instrumento

clareador, para conhecimento da comunidade que a nossa Escola atende e quais as

expectativas da mesma em relação à educação de seus filhos.

Os pais consideraram a escola como um local para aprender e uma oportunidade

para melhorar de vida, classificando-a como “boa”, no aspecto pedagógico, no

relacionamento professor, aluno e funcionários. Porém há desejo de que a escola exija

mais dos alunos em termos de aprendizagem.

No entanto há algumas insatisfações quanto ao aspecto físico da escola, pela falta

de adequação dos banheiros e de uma quadra adequada e coberta para a prática da

Educação Física.

No tocante ao interesse das famílias em participar das festividades, reuniões

escolares ou verificar o material dos filhos, ficou claro que o fato de muitos por

trabalharem fora faz com que a escola já não possa mais contar com a participação

efetiva dos mesmos.

A religiosidade é o ponto forte da comunidade, na sua maioria formadas por 62%

de católicos, 29% de evangélicos e 9% tem outra religião ou não tem religião definida, os

que tem, fazem da religião o estímulo para continuar na luta por uma vida melhor tendo a

contribuição da construção do mundo mais digno e humano.

Com a pesquisa sobre o rendimento familiar, conclui-se que nossos alunos são

oriundos de famílias pertencentes a classes sociais variadas, porém a maioria é de classe

social baixa. A renda mensal da família é de 18% até um salário mínimo, de 1 a 3

salários mínimos, estando nesta faixa 64% de nossa clientela, 15% tem rende entre 4 e 7

salários mínimos e 3 % tem renda acima de 7 salários mínimos.

Cerca de 78% de nossos alunos moram em casa própria, aproximadamente 18%

moram em casa alugada e 4% moram em casa de parentes ou amigos. Nossos alunos,

cerca de 43% dizem que residem em área urbana e 57% em área rural.

Evidenciou-se que as famílias são compostas em média de duas a quatro pessoas,

o que corresponde a 51%, 44% das famílias são compostas entre cinco a sete membros.

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Em relação ao número de filhos nas residências, constatou-se que 17% das famílias tem

apenas um filho, 36% tem dois filhos, 31% tem entre três filhos, 10% tem quatro filhos e

6% tem acima de cinco filhos. Infelizmente encontramos algumas residências que não

possuem energia, água encanada e telefone.

Para chegar ao Colégio, cerca de 62% de nossos alunos utilizam o ônibus escolar

oferecido pela Prefeitura Municipal, 23% vem a pé, 3% utilizam a bicicleta e 12% utilizam

outro meio de transporte.

O nível de escolaridade do pai é em grande parte fundamental incompleto,

somando cerca de 30% da clientela seguido do ensino fundamental completo com 20%,

26% tem o médio completo, 12% o médio incompleto, 8% não tem nenhuma escolaridade

e apenas 2% tem o ensino superior completo.

O nível de escolaridade da mãe é, de 31% de fundamental incompleto, seguido de

28% tem o ensino médio completo, 16% tem o fundamental completo, 14% o médio

incompleto, 4% não tem nenhuma escolaridade e apenas 6% tem o ensino superior

completo,

Quanto ao lazer constatou-se que em sua grande maioria, as famílias têm

pouquíssimas opções. Limitando-se quase que exclusivamente a cultos religiosos, visitas

a parentes, assistir televisão, entre outros, com algumas exceções em festividades.

Quanto ao tempo que permanecem em casa a maioria relatou que passa assistindo

televisão.

Muitas famílias não tem opções de comunicação, onde a maioria usa a televisão

para manter-se informado, o que corresponde a 313%, apenas 13% utiliza a internet, pois

ainda poucos tem acesso a esse meio.

Neste contexto vivem nossos alunos, com seus pais na maioria trabalhando sem

condições de ter alguém para orientá-los, convivem com parentes, vizinhos ou então

brincando na rua por estarem a sós em casa.

Num próximo momento foi também, proporcionado espaço para os alunos falarem

sobre como vêem a escola e como desejariam que ela fosse.

De maneira geral os alunos demonstraram estarem satisfeitos na escola, definindo-

a como importante para se aprender, que sentem-se aceitos no ambiente escolar,

aprovando o lanche, os professores e o uso de uniforme. Há o descontentamento em

relação ao espaço físico da escola que, segundo os alunos, os impedem de uma prática

esportiva de qualidade, local para ter sala de apoio e realizar eventos da escola.

Atualmente houve uma melhora em relação ao uso da biblioteca, pois já contamos

com funcionária que atende aos alunos e professores, auxiliando nas pesquisas e na

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indicação de livros para leitura.

A informática aparece como forma a propiciar acesso ao conhecimento e a

capacitação profissional dos professores e funcionários, onde todos tem acesso no

Laboratório do Colégio, sendo que alguns professores utilizam complementando suas

aulas na prática, com o uso de pesquisas mais avançadas na internet.

O perfil de nossos alunos no que diz respeito a dificuldade de aprendizagem, o

número não é muito elevado. Porém, o que se percebe em maior quantidade é a falta de

ânimo para estudar, não conseguem ver a importância dos estudos. Os alunos têm a

preocupação em conseguir emprego para poder consumir (celular, roupas de marcas...).

Outro motivo para freqüentar as aulas são os programas sociais que os obrigam.

Para amenizar e tentar mudar essa visão, estamos realizando um trabalho em sala,

levando-os para Feira das Profissões, trazendo profissionais que falem sobre o seu

trabalho e a importância do conhecimento para a formação e a transformação de uma

sociedade mais justa e igualitária.

Seguem os gráficos do Perfil da Comunidade.

LOCALIZAÇÃO DE MORADIA

43%

57%urbana

rural

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BAIRRO DE RESIDÊNCIA

39%

48%

13%

Barro Preto

Jd. Del Rey

Outros

SITUAÇÃO DE MORADIA

78%

18%4% casa própria

cada alugada

casa cedida

TRANSPORTE UTILIZADO NO TRAJETO CASA-ESCOLA

62%

3%

23%

5% 2% 5% ônibus escolar

bicicleta

a pé

van

carro

ônibus de linha

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NÚMERO DE MORADORES NA RESIDÊNCIA

51%44%

3% 2%

2 a 4 pessoas

5 a 7 pessoas

8 a 10 pessoas

mais de 10 pessoas

NÚMERO DE FILHOS NA RESIDÊNCIA

17%

36%31%

10%6%

umdoistrêsquatrocinco ou mais

PROFISSÃO DOS PAIS

2% 17%

17%

4%26%

3%

5%

9%

3%

3%

3%

8%

eletrecista

aux. De produção

autônomo

agricultor

motorista

aposentado

aux. Serviços gerais

pedreiro

serralheiro

marcenaria

mecanico

outros

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PROFISSÃO DAS MÃES

35%

15%18%

11%

2%

5% 4% 2%1%2% 5%do lar

autônoma

zeladora

aux. Produção

secretária

cozinheira

professora

func. Pública

aposentada

tec. Em enfermagem

outros

ESCOLARIDADE DO PAI

8%

30%

20%

12%

26%

2%2%

sem escolaridadefund. Incompletofund. Completomédio incompletomédio completosuperior incompletosuperior completo

ESCOLARIDADE DA MÃE

4%

31%

16%14%

28%

1% 6%

sem escolaridadefund. Incompletofund. Completomédio incompletomédio completosuperior incompletosuperior completo

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RENDA MENSAL DA FAMÍLIA

18%

64%

15%3%

Até 1 sálariomínimo

Entre 1 e 3salários mínimos

Entre 4 e 7salários mínimos

Mais de 7 saáriosmínimos

RELIGIÃO DA FAMÍLIA

62%

29%

1%

1%

1%

6% católica

evangélica

espírita

morman

test. de Jeová

sem religião definida

ATIVIDADES DE LAZER DA FAMÍLIA

3%11%

19%

8%

6%7%

8%

8%

2%

9%

17%

1%1%dança

música

televisão

vídeo game

cinema

leitura

internet

esportes

atividades na comunidade

religião

visitas a parentes

viagens

outras

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VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DA FAMÍLIA

25%

31%13%

9%

8%

2%

1%11%

rádio

televisão

internet

revistas

jornal impresso

telefone

nenhum

esportes

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ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS

A equipe tem como meta um conjunto de esforços visando a aprendizagem

significativa dos alunos. Para tanto se procura oferecer oportunidade sistemática para que

os nossos alunos possam obter sucesso. Contudo, em educação a aprendizagem requer

propostas diversificadas, em que todos os alunos consigam aprender, porém deve-se

levar em consideração a diversidade, necessidades e possibilidades dos mesmos.

Analisando os dados estatísticos da escola nos anos anteriores, constatamos que,

em média, 85 % de nossos alunos são promovidos às séries seguintes, estando incluídos

na somatória dos retidos aqueles que abandonam a frequência por um tempo inferior ao

necessário para caracterizá-los como desistente, mas grande o bastante para

comprometer sua condição de trabalho e promoção.

A maior dificuldade encontrada é a defasagem idade/série nos sextos anos (5ª

série), gerando indisciplina, desinteresse, falta de confiança em si mesmo. Em número

menor que nos anos anteriores, a evasão, também preocupa e é motivo de reorganização

de currículo e de maneira diferenciada de trabalhar, para que permaneçam na escola com

sucesso.

Quanto aos dados externos, (Prova Brasil, IDEB,...) a escola participou pela

primeira no ano de 2007, alcançando a média de 3,7. No ano de 2009 o objetivo era

atingir a média 3,8, a escola através de um trabalho pedagógico coletivo diferenciado

melhorou o índice elevando-o para 4,5. Isso desafia a todos os envolvidos com a

educação da escola para que a cada avaliação possamos estar crescendo, demonstrando

comprometimento com o conhecimento transmitido e construído historicamente.

Segue alguns dados em relação aos alunos.

2005

67%

22%

10% 1%

Aprovados

Reprovados

Transferidos

Desistentes

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2006

77%

9%

11%3%

Aprovados

Reprovados

Transferidos

Desistentes

2007

81%

10%

8% 1%

Aprovados

Reprovados

Transferidos

Desistentes

2008

73%

8%

13%

6%

Aprovados

Reprovados

Transferidos

Desistentes

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2009

73%

10%

14%3%

Aprovados

Reprovados

Transferidos

Desistentes

2010

78%

11%

8%3%

Aprovados

Reprovados

Transferidos

Desistentes

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ORGANIZAÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO

O tempo é um dos grandes desafios enfrentados pela equipe escolar.

Em nossa escola, as aulas são ministradas em 50 minutos, para aproveitar o tempo

da melhor forma possível.

Há uma grande necessidade de jornadas diárias mais longas para que as metas na

educação sejam alcançadas. Falta tempo para discussões entre toda equipe da escola,

para ouvir os alunos, para pesquisas fora da escola, para atividades extraclasse.

Entendemos que o planejamento das aulas com atividades diversificadas, a

organização com antecedência de visitas a museus, cinemas, fábricas de apresentações

culturais ou desportivas, são fundamentais para o bom aproveitamento do tempo e para

que sejam atingidos os objetivos propostos pela escola.

A escola procura não permitir que os alunos saiam da sala de aula nos intervalos

das aulas,e os horários são respeitados.

As reuniões com os professores são realizadas durante as horas atividades, nos

Conselhos de Classe e nas reuniões pedagógicas agendados no calendário escolar.

Houve um avanço em relação as reuniões pedagógicas, as mesmas estão garantidas no

Calendário Escolar durante o ano letivo, sendo que a Deliberação nº 02/02 ampara-a

legalmente para a sua realização.

No ano de 2007, iniciamos o trabalho com Pré-Conselho, com toda a comunidade

escolar, e que tem apresentado bons resultados, fazendo com que todos se sintam parte

de um processo de construção de aprendizagem num espaço democrático.

Em relação ao espaço, temos nos organizado da melhor maneira possível. O

Colégio oferece para os alunos a pesquisa na Internet e na biblioteca para as atividades

escolares, com o auxílio da bibliotecária, oferece também treinos de ping-pong, futebol,

vôlei, como preparação para os jogos escolares e pelo fato dos alunos gostarem de

praticar esportes e não terem lugar próprio para a prática esportiva.

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EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS

A escola possui um conjunto de equipamentos físicos e pedagógicos fornecidos

pela SEED e adquiridos pela escola através das verbas do PDDE, PDE, promocionais da

APMF e provenientes de doações da comunidade e de outras instituições que são

incorporados como bens da APMF.

Podemos dizer que o patrimônio da escola é pequeno e insuficiente para o

atendimento de todas as necessidade de nossos alunos. Contudo é possível afirmarmos

que o material disponível é adequado e de grande importância para a comunidade

escolar.

A relação a seguir mostra a quantidade e especificação de cada item.

RELAÇÃO DOS BENS PATRIMONIAIS

QUANT. DESCRIÇÃO

01 ARMÁRIO DE AÇO 2 PORTAS

08 MESA PARA MICRO/TERMINAL

03 BALCÃO DE ESCRITÓRIO

01 ARMÁRIO DE MADEIRA DE ESCRITÓRIO

02 ARMÁRIO DE MADEIRA COM 06 PORTAS

01 VENTILADOR DE PE

1 COMPUTADOR PC

01 IMPRESSORA MATRICIAL

01 IMPRESSORA HP DESKJET

02 IMPRESSORA LASER SANSUNG

02 RADIO

01 FAC SIMILE

16 CADEIRA ESTOFADA GIRATORIA SEM BRAÇO

03 QUADRO DE EDITAL

01 MICROCOMPUTADOR

2 CAMERA DIGITAL

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01 LINHA TELEFONICA

02 MESA COM VIDRO

01 MICROSCÓPIO ESTEROSCÓPIO

30 CADEIRA TUB ASS/ENS.POL

01 CENTRAL DE ALARME

04 EXTINTOR DE INCENDIO

01 APARELHO TELEFONICO INTELBRAS

1 ARQUIVO DE AÇO 4 GAVETAS

01 TELEVISOR A CORES 21'

01 VIDEO CASSETE 5 CABEÇAS

02 APARELHO DE DVD

02 ARMÁRIO MADEIRA 2 PORTAS

01 AMPLIFICADOR DE SOM

04 CADEIRA ESTOFADA FIXA

01 ARMÁRIO DE MADEIRA TIPO ESTANTE

01 GLOBO TERRESTRE FÍSICO

01 GLOBO TERRESTRE POLÍTICO

01 RETROPROJETOR

01 APARELHO TELEFONICO S/FIO

01 AMPLIFICADOR

01 RECEPTOR DE SINAIS DE TV VIA SATÉLITE

01 ANTENA PARABÓLICA

01 FREEZER 300 LTS PLC

01 FREEZER HORIZONTAL 305 LTS

01 BATEDEIRA SEMI INDUSTRIAL

02 BOTIJÃO DE GÁS

01 FOGÃO SEMI-INDUSTRIAL 4 BOCAS COM FORNO

01 GELADEIRA RESIDENCIAL 270 LITROS

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01 BALCÃO PARA COZINHA

01 LIQUIDIFICADOR INDUSTRIAL

01 LIQUIDIFICADOR MONDIAL

01 TORSO HUMANO

01 MESA DE REUNIÃO

01 ARMÁRIO AÇO PROFº 12 PORTAS

1 ARMÁRIO AÇO PROFº 08 PORTAS

01 MESA POLIPROPILENO

01 BIOMBO

01 QUADRO FÓRMICA BRANCO

01 SUPORTE PARA ÁGUA

01 BALCÃO DE MADEIRA

04 MESA DE LEITURA E BIBLIO.

01 QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA

01 BALCÃO DE ESCRITÓRIO

01 QUADRO NEGRO

05 RACK P/ TV 29'

05 TV 29' TELA PLANA C/ USB

04 MESA PARA PROFESSOR

01 LAVADORA

1 APARELHO DE SOM

6 VENTILADORES DE PAREDE

1 IMPRESSORA MULTIFUNCIONAL HP

1 ENCADERNADORA

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CONTRADIÇÕES ENTRE DISCURSO E A PRÁTICA DOCENTE

Educar exige bom senso, segundo Freire, devendo-se constantemente reavaliar a

prática.

Como professores temos o dever de respeitar a dignidade do educando, sua

identidade. Isso requer uma reflexão sobre o que dizemos e o que realmente fazemos

no nosso dia a dia na escola.

Procura-se amenizar estes conflitos, mas sabemos que ainda não conseguimos

eliminá-los.

Percebe-se que a escola não consegue atingir a maioria dos alunos. Muitos a

freqüentam por obrigação de programas do governo. Garantimos o acesso mas não sua

permanência ou então a permanência mas não o sucesso.

Na questão de movimentação de alunos, muitas são as transferências por

mudança de residência, outros vão e logo em seguida retornam, isso dificulta o trabalho

pedagógico e administrativo da escola como também a aprendizagem do aluno que passa

por várias adaptações interferindo no seu emocional.

Encontramos as principais dificuldades em realizar as propostas pretendidas,

muitas vezes não apenas na incoerência teórico/prática dos educadores mas também

nas barreiras físicas e instrumentais enfrentadas em nosso prédio e estrutura, e no pouco

interesse dos alunos.

A real condição de nossa escola seja física, estrutural ou financeira, acaba por

necessitar de dedicação extra para que supramos as mesmas antes de se realizar as

atividades com os alunos. Essa demanda acaba por exigir o tempo de alunos e

professores, terminando-se assim por abandonar aquelas propostas em nome de se

concluir o que é possível dentro da realidade encontrada. Fôssemos nós esperar para

corrigirmos o que precisa para termos condição de atingir todos os objetivos, estaríamos

sem condições de atingir certamente teríamos atingido poucos.

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ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA

A proposta de Formação Continuada que a Escola possui são: os estudos

propostos no calendário Escolar; também se organiza para a continuação dos estudos

nos Conselhos de Classe de maneira formal. Contamos com três reuniões pedagógicas

durante o período letivo, que irá contribuir para a melhoria do trabalho pedagógico da

escola.

Por perceber que os professores realizam trabalhos muitos bons com os alunos, no

entanto, não registram, estamos incentivando a participarem do Projeto Folhas, agora

liberado para o Ensino Fundamental.

São proporcionadas oportunidades aos professores à participarem ainda dos

cursos realizados fora da escola, quando ofertados pela SEED ou por outras entidades

particulares.

A hora atividade foi reprogramada seguindo as orientações do Núcleo. Embora

ainda permaneça um ou no máximo dois professores no mesmo horário, porque a escola

é pequena e possui poucos professores da mesma disciplina e os que têm, trabalham em

turno contrário. Esse momento tem sido também utilizado para orientações, diálogos,

planejamentos entre professores e equipe pedagógica.

A organização curricular utilizada pela escola é por disciplina. Na parte

diversificada oferece atualmente Língua Estrangeira Moderna – Inglês e para o Ensino

Médio oferta também a Língua Estrangeira Moderna – Espanhol. Os estudos sobre o

Estado do Paraná são realizados junto com as disciplinas de Geografia e História. A

Agenda 21 Escolar, Inclusão, Cultura Afro-brasileira e Africana são ofertados

interdisciplinarmente.

A distribuição das turmas é feita de forma que temos oito turmas de ensino

fundamental, entre 5ª e 8ª série, sendo duas no período da manhã e seis no período da

tarde. No Ensino Médio há quatro turmas no período da manha. Os critérios de

distribuição dos alunos nas turmas são por questões disciplinares, espaço físico

disponível, sempre respeitados dentro das possibilidades.

As avaliações são bimestrais e registradas em forma de notas, onde são ofertadas

diversos instrumentos avaliativos, possibilitando ao aluno mais oportunidades de sucesso

no processo avaliativo. A equipe pedagógica e corpo docente estão revendo, dentro da

proposta política pedagógica, a possibilidade de adotar o registro de avaliação trimestral,

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havendo assim maior possibilidade de desenvolver um trabalho diversificado, abrangendo

mais adequadamente as necessidades individuais do educando.

As recuperações ocorrem paralelas aos estudos. Constatadas as dificuldades são

proporcionadas outras formas e oportunidades de recuperação.

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ESCOLA E FAMÍLIA

A escola realiza reuniões bimestrais organizadas por turma de acompanhamento

abrangendo a aprendizagem, disciplina, apresentação de trabalhos e eventos realizados

em datas comemorativas. Além das reuniões bimestrais são realizados encontros

envolvendo a comunidade escolar para participar de tomadas de decisões, palestras,

prestações de contas e comemorações afins.

Para a contribuição do bom desempenho das atividades, a escola conta com

Conselho Escolar, APMF e Conselho de Classe.

O Conselho Escolar é convocado a cada bimestre ou quando necessário para

tratar de assuntos referentes ao cotidiano da escola.

As reuniões da APMF são realizadas mensalmente para tratar de assuntos

relativos a aplicação de verbas públicas direcionadas à escola, administrar as

contribuições espontâneas das famílias e incentivar a promoção da cultura e da prática

do esporte na comunidade escolar.

O Conselho de Classe acontece bimestralmente ou extraordinariamente com o

objetivo de rever os conceitos de avaliação, disciplina e recuperação dos alunos, como

também estabelecer novas estratégias de aprendizagens para a melhoria da qualidade de

ensino. A escola tem por objetivo um novo enfoque do Conselho de Classe com um

momento para participação dos alunos.

O trabalho educativo tem se mostrado bastante complexo. Diante dessa

constatação faz-se necessário uma reflexão das ações pedagógicas da escola. É preciso

rever o que foi idealizado para a efetiva aprendizagem dos alunos, que esta venha de

encontro as reais necessidades da comunidade escolar.

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MARCO CONCEITUAL

CONCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO

Numa reflexão sobre concepção de educação gostaríamos de nos reportar à

PINTO que oportunamente coloca que “O homem, educado pela sociedade, modifica esta

mesma sociedade como resultado da própria educação que tem recebido dela.”... (PINTO

1994).

Outro aspecto importante é a necessidade de uma mudança na valoração da

sociedade e do homem, reconhecendo-o como ser humano, nas suas possibilidades,

diante do contexto social que está inserido e do trabalho que desenvolve, emfim

reconhecendo a sua importância junto à sociedade, independente do valor que a ideologia

dominante atribui a seus bens materiais e simbólicos.

A educação é um processo pelo qual o homem se constrói, na sua relação com o

outro, na sua comunidade e com o mundo, e com o saber historicamente construído,

abrindo novos horizontes. Cabe a escola lhe proporcionar as possibilidades de acesso a

este crescimento. Permitir que o aluno exerça sua função plena, que se entenda como

cidadão completo de direitos e deveres.

[...] “O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada individuo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objetivo da educação diz respeito, de um lado, a identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esses objetivos”. (Saviani, 2007, p.17).

Para o autor a educação é uma “produção do saber”, acreditando que todo o ser

humano é capaz de elaborar ideias, mudar atitudes, desenvolver o senso crítico e uma

variedade de conceitos.

Do mesmo modo, o pedagogo alemão Schmied-Kowarzik entende que é nas

relações sociais que acontecem as aprendizagens escolares e as de convivência e

respeito.

A educação é uma função parcial integrante da produção e reprodução da vida social, que é determinada por meio da tarefa natural e, ao mesmo tempo, cunhada socialmente da regeneração de sujeitos humanos, sem os quais não existiria nenhuma práxis social. A história do progresso social é simultaneamente também um desenvolvimento dos indivíduos em suas capacidades espirituais e corporais e em suas relações mútuas. A sociedade depende tanto da formação e da evolução dos indivíduos que a constutui, quanto estes não podem se desenvolver fora das relações sociais. (SCHIMIED-KOWARZIK, 1983).

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Portanto é na escola que também ocorre de maneira formal o processo de

formação e evolução dos indivíduos através do conhecimento que irá contribuir para a

transformação da sociedade.

Para Fourquim (1993) “educar, ensinar é colocar alguém em presença de certos

elementos da cultura, afim de que ele se nutra, que ele os incorpore à sua distância, que

ele construa sua identidade intelectual e pessoal em função deles”. Como um processo

dialético, o saber é construído, não permanece inalterado, pois ocorre na escola a

intervenção do educador, o qual contribui com sua capacidade intelectual.

A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social e explicita o

papel do sujeito construtor, transformador dessa mesma realidade e é na instituição

escolar que se dá como lugar de entrecruzamento do projeto coletivo da sociedade com

os projetos pessoais e existenciais de educandos e educadores. O homem visto de uma

perspectiva histórico-antropológica, é um ser de relações: ele se relaciona com a

natureza, com outros homens e consigo mesmo sem qualquer forma de descriminação,

de modo que possa ser um produtor e fruidor dos bens naturais, dos bens sociais e dos

bens culturais de sua sociedade.

A educação acontecerá a partir da consciência da necessidade de se educar e que

o professor seja o portador dessa consciência mais avançada. Para que isso se torne real

é necessário investir na formação contínua do professor para que possua noção crítica de

seu papel, reflita sobre sua ação. A educação é um fenômeno social total. O homem que

a adquire passa a ver o mundo e a si mesmo como agente transformador.

O caminho para a construção da cidadania é a educação. Quanto mais educado,

mais o homem desenvolve a necessidade de novos conhecimentos.

A escola se revela como mediadora da universalização da educação. Isso implica

na constituição de um grande e qualificado sistema público de ensino.

A educação só é considerada como tal, quando se torna um ato social

transformador do ser humano.

Em sentido autêntico a educação diz respeito à existência humana em toda sua

duração e em todos os aspectos.

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CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Alfabetizar-se significa, ir além da codificação e decodificação das letras. É

ingressar no mundo significativo da escrita. Mesmo antes de se deparar com a escrita

formal a criança já manteve contato com o uso e a tecnologia da escrita em suas mais

variadas formas de uso, algumas com um contato mais privilegiado da escrita, outras em

menor qualidade. No entanto as duas formas convivem com a prática do letramento, das

mais variadas formas: vendo pessoas lendo, escrevendo, dialogando, observando figuras,

descobrindo o significado de algumas letras ou palavras de forma assistemática, anterior

ao seu ingresso na instituição.

O letramento é o desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia. Este

processo, cabe a escola realizar, de forma sistemática, planejada, orientada, lúdica,

levando em consideração a idade em que se inicia. Não havendo um tempo rigidamente

pré determinado, desmitificando que só poderá ocorrer após os sete anos, até porque é

uma característica dos países em desenvolvimento. Não impedindo que inúmeras

crianças se alfabetizem na educação infantil ou até mesmo antes de entrar na escola.

Alfabetização e letramento não deve ser passível de discussão quanto ao momento

de início, aos 6 ou 7 anos. Porém o processo deverá ocorrer no estágio em que a criança

estiver, tornando-o sistemático, fundamentado em princípios psicológicos, linguísticos e

pedagógicos.

A criança deverá saber servir-se da língua escrita, sua tecnologia de forma plena,

não apenas letrar-se.

Historicamente, a aquisição da escrita pela criança dava-se a partir de unidades

menores em direção as maiores (letras ao texto) passando para o ponto de partida as

unidades maiores até as letras, de forma fracionada, desconexa, sem o convívio com as

práticas reais da leitura e escrita, que circulam na sociedade.

No entanto a alfabetização através da interação com o material escrito e o seu real

uso na sociedade, não tem sido alcançado. Isso pode ser observado o frequente

insucesso nas avaliações externas às escolas.

Para que se alcancem os objetivos da alfabetização e letramento é necessário a total

inserção da criança no mundo da escrita, é preciso de forma indissociável a tecnologia, o

sistema de escrita, os usos desta tecnologia e as práticas sociais de leitura e escrita,

valendo-se de métodos variados que articulem procedimentos que alfabetizem e letrem,

proporcionando à criança o ingresso no mundo real e pleno da escrita.

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CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Em nosso país há uma trajetória marcada pelas diversas formas de desrespeito

aos direitos, principalmente das mulheres, crianças, adolescentes, idosos, das classes de

baixo poder aquisitivo, que faz com que vivam numa sociedade marcada pelas

desigualdades sociais, tornando-os mais vulneráveis à violência.

As crianças e adolescentes em especial, pela fase em que se encontram, os efeitos

são ainda mais destrutivos, segundo Martins (1993, p.16), “no momento vital para

humanização do homem, [ou seja], o momento de transmissão e conquista,[...] ruptura e

criação”, têm suas vidas destituídas da ''condição humana''.

Neste processo histórico, que se faz necessário compreender para que se possa

perceber o presente e transformar o futuro encontram-se os adolescentes e crianças os

quais são nossos alunos.

Reportando-nos aos séculos XVI, XIX e XX, e esta escolha é significativa, pois

foram marcos das transformações das concepções sobre a infância e adolescência no

Brasil.

No século XVI, sistema colonial, a concepção construída na Europa, era a de que a

criança deixa de ser engraçada e passa a ser modelo de pureza e inocência, apta a ser

disciplinada, podendo aos sete anos serem iniciados na educação, não se distinguia a

adolescência da infância nem da juventude.

Havia diferença entre as crianças brancas e negras, as brancas quando atingiam a

idade considerada ideal para ingressarem na escola, e as negras prontas para o trabalho,

para dar retorno ao investimento do seu dono. Essa fase era considerada a passagem da

infância para a idade adulta.

[…] a escravidão pesa nos ombros do filho da escrava. Essa idade de sua vida que vai dos 7 aos 12 anos, não é mais uma idade de infância, porque sua força de trabalho é explorada ao máximo, exatamente como o será mais tarde também (Matoso, 1996 p. 51).

No entanto várias crianças de classe pobre eram abandonadas nas ruas, praças,

igrejas.

No século XIX com expansão do capitalismo, voltado ao trabalho, à produção, com

isso houveram varias mudanças na sociedade e também na concepção de infância. A

criança passou a ser o centro das atenções. A adolescencia não existiu nesse período e

somente foi construída no âmbito social no século XX.

A criança e o adolescente passam a ser a força, a exploração do trabalho nas

fábricas, oficinas, recebendo salários irrisórios ou até mesmo nenhum pagamento. Porém

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mudam os saberes científicos, criando uma nova visão sobre a infância, em que a noção

de higienização e cuidados são passados para as famílias com o intuito de preservar a

infância.

A partir do início do século XX as crianças e os adolescentes que povoam as ruas,

praças, chamados de “menores abandonados”, passaram a fazer parte das preocupações

das classes dominantes.

Diante do pensamento diferenciado da elite, de que os adolescentes e as crianças

das classes pobres estariam pré-dispostos a criminalidade, para evitar o aumento da

violência, o Estado teria o dever de proporcionar condições de “correção”, através de uma

educação rígida e autoritária.

Surgem então as primeiras tentativas de cuidados com os mesmos, com a

elaboração da Declaração da Criança na Conferência de Genebra; o Código de Menores,

e nos anos 90 o Estatuto da Criança e do Adolescente. Porém não há uma concepção

uniforme que englobe todos de forma universal, como determina o Estatuto, mas uma

realidade sócio-econômica cruel, e uma educação que não atende aos anseios destes.

Assim também a adolescência é compreendida como uma caminhada histórica

repleta de significados e significações, muito distantes de serem completas e acabadas.

Segundo Pitombeira (2005): “a naturalização da adolescência e sua homogeneização só

podem ser analisadas à luz da própria sociedade”.

Com a sociedade neoliberal, a ênfase é a do mercado de consumo, principalmente

na área tecnológica e de mudanças de valores culturais e sociais, a juventude está sendo

colocada em situações de vulnerabilidade. Nascimento (2002) afirma:

As representações sociais que se forma com as inúmeras informações, mediadas, sobretudo pela mídia, não fornecem condições para que o adolescente planeje e articule ações como uma forma de superação da condição ou situação vivida, uma vez que estas informações se destinam muito mais à construção de modelos estereotipados de comportamentos para atender as demandas de consumo. (p. 71)

Assim como para Calligaris (2000) “a juventude tem sido investida de imenso valor

de consumo, sendo eleita com ideal de vida”.

É necessário repensar a educação, a forma de trabalhar com o adolescente para

que o mesmo sinta-se inserido no sistema, que canalize todo o seu potencial e sua

criatividade para seu crescimento pessoal e sua formação, que o foco “ser” seja maior

que o “ter”, que os alunos possam descobrir-se como cidadãos.

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CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Quando pensamos em “Avaliação”, a palavra nos deixa claro que devemos “avaliar

a ação.” Para que a avaliação tenha função relevante e significativa na prática escolar é

necessário entendê-la como instrumento de análise permanente de processo pedagógico

que possibilita e indica ações e ajustes no encaminhamento do trabalho, afim de garantir

o aprimoramento do processo ensino aprendizagem.

Porque segundo Luckesi, devemos levar em consideração que trabalhamos no

contexto do projeto educativo, que prioriza o desenvolvimento dos educandos, a partir de

um processo de assimilação ativa do legado cultural já produzido pela sociedade: a

filosofia, a ciência, a arte, a literatura, os modos de ser e de viver.

A avaliação deve ser um ato planejado, pensado e elaborado. Caso seja feito

aleatoriamente, que significa ir realizando sem preocupar-se onde irá chegar, corre-se o

risco de se chegar a um resultado camuflado, o que não é real pela falta de clareza do

que o aluno necessita para apropriar-se do conhecimento historicamente construído com

sucesso. Porque o ser humano tem necessidade de modificar o meio que vive

satisfazendo suas necessidades.

Propomos que a avaliação do aproveitamento escolar seja praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagens dos educandos, tendo por base seus aspectos essenciais e, como objetivo final, uma tomada de decisão que direcione o aprendizado e, consequentemente, o desenvolvimento do educando. (LUCKESI, 2008. p. 95)

Atribuir a avaliação a conotação que Luckesi dá, é fazer dela a prática da

aprendizagem com qualidade para todos os educandos. Rever, mudar de direção se

necessário, são aspectos essenciais para a prática da avaliação com qualidade,

promovendo a aprendizagem.

Para Luckesi, “será democrática a escola que possibilitar a todos os educandos

que nela tiverem acesso uma apropriação ativa dos conteúdos escolares.”

Ingressar, permanecer e chegar a terminalidade dos estudos com qualidade,

significa apropriar-se dos conteúdos desconhecidos até então pelo educando, de forma

que eleva-se o nível de conhecimento e que esse possa contribuir para a transformação

da realidade.

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O educando necessita desenvolver-se como um todo, isto inicia na família e se

completa no seu convívio social. O modo como irá assimilar estes conhecimentos, como

os grupos sociais irão agir, com comprometimento ou superficialmente, o quanto importa

ou não uma apreensão do conhecimento científico historicamente produzidos com

responsabilidades ou então uma reprovação é somente mais um aluno desinteressado, e

o mesmo fez por merecer esse resultado.

A partir desses princípios, devemos estabelecer a função da escola, os conteúdos

que devemos ensinar, a metodologia adequada, o que avaliar e como se avalia. Nesse

sentido a reflexão sobre avaliação ultrapassa os limites da relações no interior da

instituição escolar para buscar fundamentos na análise da vida dos homens em

sociedade.

No entanto, observamos que a avaliação ainda é realizada com função

classificatória, passando a ser uma verificação centrada nos instrumentos de medida, na

nota ou conceitos obtidos, tornando estes aspectos mais importantes do que a

aprendizagem.

É necessário que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade

e assuma o papel de auxiliar o crescimento dos educandos.

A avaliação deve superar o cunho decorativo, reprodutor. Devendo ser pautada por

avaliações reflexivas, que levem a estabelecer relações, abrangentes, contextualizadas,

significativas, claras e compatíveis com o que se está trabalhando no cotidiano.

Diante do exposto a escola deve se organizar para garantir a aprendizagem de

todos. Tendo coragem de retomar, re-planejar, alterar o ritmo, buscar novas estratégias

para que as ações educativas atinjam os objetivos a que se propõe.

De acordo com o Regimento Escolar a avaliação é realizada em função dos

conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do

pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si. O

resultado da avaliação deverá proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação

pedagógica, contribuindo para que o Colégio possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo

o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,

tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo,

pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para

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o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos, será de forma permanente e concominante ao

processo de ensino e aprendizagem, será organizada com atividades significativas, por

meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala

de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada

à apuração da sua frequência. A média exigida é de 6,0 (seis vírgula zero).

Portanto, para que a avaliação se torne um ato amoroso, de acolhimento e não de

julgamento e tolhimento é preciso torná-la harmônica, integradora, formando uma aliança

entre educador e educando para a melhoria da qualidade de compreensão e apreensão

dos conteúdos para a formação social e individual do educando.

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CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Para explicitar as relações entre homens e a natureza, o ser humano busca o

conhecimento. Desta forma o conhecimento é produzido nas relações sociais mediada

pelo trabalho.

Na sociedade, o homem busca este conhecimento, no entanto, não consegue

através de seu trabalho apropriar-se nem da produção material e nem do conhecimento

sistematizado. Segundo Marx e Engels “a classe que tem à disposição os modos de

produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as ideias daquelas que

carecem desses maios ficam subordinados a ela”. (FRIGOTTO, 1993, p. 67).

Para obtenção do conhecimento, o homem precisa compreender as dinâmicas

históricas que representam as suas necessidades a cada momento, implicando em nova

forma de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a escola,

cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi tirado do trabalho nas suas

relações.

Segundo Veiga (Veiga, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: uma construção

coletiva – 1995, p.27) “o conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação

do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”.

Portanto o conhecimento formal, escolar é resultado de pesquisas, experiências,

generalizações, conceitos, objeto de trabalho do professor.

Para Boff,

“Conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação”. (2000, p. 82).

O conhecimento acontece no social, tendo sempre uma intencionalidade, gerando

mudanças internas e externas no cidadão.

Cabe a escola fazer com que o conhecimento historicamente construído possa

gerar estas transformações nos alunos e em consequência na sociedade.

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CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura é resultado de toda a produção humana segundo Saviani, “para

sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa é intencionalmente, os meios de

sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza,

criando um mundo humano (o mundo da cultura)” (1992, p.19).

Portanto considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou, o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”. (Sacristan, 2001, p.105).

Diante das definições de cultura, percebe-se a importância do conhecimento o

estudo e o respeito as culturas produzidas ao longo da história da humanidade. E a

percepção do crescimento e do posicionamento das produções culturais populares e sua

interferência nas mudanças da sociedade. Estas mudanças, na escola, devem ser

conscientes em relação às diversidades culturais existentes. Principalmente da função de

trabalhar as culturas populares de forma a levá-la à produção de uma cultura erudita,

como afirma Saviani “a mediação da escola, instituição especializada para operar a

passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura

erudita; assume um papel político fundamental”, (Saviani, apud, Frigotto, 1994, p. 189).

Cabe a escola aproveitar esta diversidade cultural, valorizando e respeitando tanto

a popular quanto a erudita, e fazendo da mesma, um espaço motivador, aberto,

democrático, enriquecedor e criador de novas culturas.

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CONCEPÇÃO DE TRABALHO

O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as relações humanas,

condicionados e determinando a vida. É (…) uma atividade humana intencional que

envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida”.

(Andery, 1998, p.13).

O trabalho faz parte da condição humana, para sua sobrevivência, pela realização

pessoal, para ascensão social. Porém, é preciso compreender que o trabalho não

acontece de forma tranquila, estando sobrecarregado pelas relações de poder.

Quando produz bens, estes são materiais ou não materiais. Os bens materiais são

produzidos para consumo, já os não materiais produção e consumo acontece

simultaneamente.

Na educação o trabalho não é material, mas uma atividade intencional que envolve,

organização necessária para a formação do cidadão. Onde o fazer e o pensar se

entrelaçam para que garanta a produção de novos conhecimentos, para compreender a

vida, propondo modificações para a sociedade, segundo Kuenzer “ao cidadão-produtor

chegar ao domínio intelectual e técnico e das formas de organização social sendo

portanto capaz de criar soluções originais para problemas novo que exigem criatividade, a

partir do domínio do conhecimento” (1995, p. 33 e 35).

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CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Para Boff (2001, p. 51) “cidadania é um processo histórico-social que capacita a

massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um

projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como

sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.

O Brasil que ao longo de sua história foi excluído das organizações mundiais mais

elaborados e cultura colonial, onde até hoje imperam os poderes das elites proprietárias,

e um Estado que realimenta as desigualdades e agrava as exclusões sociais.

Neste cenário faz-se necessária uma adequação de qualidade, que possa suprir

estas deficiências herdadas ao longo do tempo, que compreendem que é necessário a

formação de consciência pessoal e social sobre seus direitos e deveres.

Porém o grande desafio é oferecer os instrumentos que dêem condições ao povo

brasileiro de se tornar cidadão consciente, sujeito de direitos, organizados e participativos

de construção político-social e cultural.

Angel Pino in (Boff SEVERINO A J., ZALUARA e outros 1992, p. 15-25),

consideram que “o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um direito e o

exercício desse direito. Sem este, aquele é uma mera fórmula”. Portanto, a educação

como um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida

como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na

sociedade.”

A escola hoje enfrenta uma contradição entre a declaração dos direitos sociais,

entre eles a educação e a negação desses direitos. Uma ideologia que associa pobreza

material à cultural, de colocar a escola pública como direito de todos, porém as estruturas

e condições de trabalho e valorização estál aquém do esperado.

Pode-se ainda acrescentar que a educação está servindo de palco para ascenção

ao poder público, propor melhorias na educação tem sido a resposta de muitos votos nas

eleições, no entanto o descumprimento das mestas está claro.

A cidadania requer a consciência clara do papel da educação e a novas exigências

colocá-las para a escola que, como instituição de ensino, a educação formal, pode ser um

locus excelente para a construção da cidadania.

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CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a suas

necessidades e para além delas, conforme Saviani (1992) “o homem necessita produzir

continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele

tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.

O ser humano atua e interfere na sociedade, nas relações familiares, nas

comunidades, no trabalho, nas organizações políticas, religiosas, de lazer, garantindo

assim sua participação nas mais diversas esferas da sociedade.

Segundo Santoro “... é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas

condições existenciais transcende-as e reorganiza-as, superando a condição de objeto,

caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva”.

O homem é antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a

realidade.

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CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Uma sociedade deve ser compreendida segundo as leis que a regem, que se

constituem historicamente.

A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhes resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder decada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade. Neste sentido a sociedade cria o homem para si.” (Pinto, 1994).

Pois vivemos em uma sociedade heterogênea, fragmentada, marcada por

profundas desigualdades de classe, etnia, gênero, religião, etc., potencializando assim as

políticas conservadoras, reforçadas pelo avanço tecnológico e científico.

Não se denomina uma sociedade como democrática somente quando seus

governantes são escolhidos pelo povo, mas quando a mesma possibilita aos seus

membros a participação nas decisões da sociedade, que dizem respeito à sua vida ( na

escola, no bairro, etc).

Há uma utopia para a humana que é a de viver em uma sociedade que busque e

pratique a democracia participante, baseada em princípios éticos de liberdade, respeito e

igualdade social.

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CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta importante no processo

educacional, podendo inserir os sujeitos, assim como aumentar as desigualdades sociais,

se entendida como uma forma de estabelecer relações entre o aluno e o conhecimento

em todas as áreas.

Na produção de bens e serviços a tecnologia exerce um impacto significativo, o

mesmo ocorre nas relações sociais e nos padrões culturais vigentes.

A tecnologia no processo educativo não deve ser apenas mais um instrumento

usado sem significado, e que ensino tenha somente um aspecto de reforma, mas que

contribua e facilite a aprendizagem.

“Urge pois continuar a lutar pela escolarização como um bem público contra a domesticação política que tem inflamado o debate educativo contribuindo para que a educação em geral e o currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para que os mais desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria concepção do poder”. (Paraskeva, 2001).

Apresentar no currículo, uma concepção de tecnologia não é suficiente para

garantir ou melhorar a aprendizagem e o acesso de todos a estas ferramentas. É preciso

que haja um trabalho coletivo e uma vontade política para que a tecnologia seja um

instrumento para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de estabelecer relações

entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico possibilitando articular teoria

e prática.

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CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

Para favorecer o processo de democratização na escola, é necessário garantir o

espaço de atuação coletiva, não somente como controle de recursos, coordenação de

funcionários, mas um modelo de administração totalmente integrado à esfera pedagógica,

ampliando a visão, preocupando-se com os recursos, os processos, as pessoas, o

currículo, a metodologia, a disciplina, o crescimento do ser humano, tudo de maneira

interligada, tendo em vista o bom relacionamento existente neste âmbito escolar.

Em função desse objetivo, compete a todos os profissionais unirem-se, para que o

mesmo se concretize assumindo a responsabilidade e o compromisso de proporcionar

uma aprendizagem de qualidade a todos os alunos.

A atuação efetiva e o fortalecimento do Conselho Escolar, de classe e da APMF,

contribuirão no processo de democratização, visto que são eles os responsáveis da

comunidade escolar deliberando sobre questões político-pedagógicas, administrativas,

financeiras a fim de cumprir as finalidades da escola

A abordagem participativa na gestão escolar demanda maior participação de todos

os interessados no processo decisório da escola, para assim poder melhorar a qualidade

pedagógica do processo educacional da escola, garantir ao currículo escolar maior

sentido de realidade e atualidade, aumentar o profissionalismo dos professores, entre

outros.

A participação, em seu sentido pleno, caracteriza-se por uma força de atuação consciente, pelo qual os membros de uma unidade social reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na determinação da dinâmica dessa unidade social, de sua cultura e de seus resultados, poder esse resultante de sua competência e vontade de compreender, decidir e agir em torno de questões de que lhe são afetas (LÜCK, 1996, p. 17)

A gestão democrática implica a participação de todos os segmentos da unidade

escolar, a elaboração e execução do plano de desenvolvimento da escola, de forma

articulada, para realizar uma proposta educacional compatível com as amplas

necessidades sociais.

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CONCEPÇÃO CURRICULAR

[...] não podemos mais olhar para o currículo com a mesma inocência de antes. O currículo tem significados que vão muito além daqueles aos quais as teorias tradicionais nos confinaram. O currículo é lugar, espaço, território. O currículo é relação de poder. O currículo é trajetória, viagem, percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, curriculum vitae: no currículo se forja nossa identidade. O currículo é texto, discurso, documento. O currículo é documento de identidade. (SILVA, 2001: 149 – 150)

Pensar em educação, significa pensar no papel que a escola desempenha na

construção coletiva e na formação dos indivíduos para o desempenho de sua cidadania.

Assim, é necessário que as ações pedagógicas sejam pautadas nos princípios

éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum.

Oferecer uma escola pública de qualidade que respeite os direitos e deveres da

cidadania, que desenvolva o senso crítico dos educandos, lutando cada vez mais pelo

exercício da democracia.

Para poder ir além do reconhecimento da heterogeneidade é preciso acolher as

diversidades nas práticas educativas. Desenvolver a sensibilidade, a criatividade,

respeitar e incorporar as mais diferentes manifestações artísticas e culturais.

O compromisso da escola ultrapassa os limites da instituição, alcançando os da

sociedade. É preciso fazer deste espaço um lugar de construção e reconstrução do

conhecimento para o enfrentamento das desigualdades sociais, visando uma sociedade

mais justa. Para que isto se efetive o professor também deverá aperfeiçoar o seu

desempenho tornando-se um pesquisador para poder situar-se no mundo e lutar para

transformá-lo.

O Ensino Fundamental Estadual seguindo a L.D.B. está estruturado em nove anos

de maneira seriada sendo que nos anos iniciais é de responsabilidade do Município e nos

finais é do Estado. O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica, com duração

mínima de três anos (LDB. Seção 4, Art. 35). Sendo que a composição do Núcleo Comum

e a parte Diversificada serão tratadas em articulação aos temas da vida cidadã e de

interesse da comunidade.

A escola definirá os conteúdos curriculares valorizando os conteúdos

historicamente construídos e os saberes escolares. Estes saberes são profundamente

marcados pelas relações que professores e alunos fazem com o conhecimento, pelo

modo de transmissão, pelo real conhecimento e pesquisa do professor, pelo interesse que

desperta ou não aos educandos e a relação do conteúdo com a prática social de sua

comunidade. Portanto o processo de escolha dos conteúdos a serem ensinados devem

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ser frutos de ampla e coletiva discussão com o compromisso de transformação da

realidade, amparadas pelas Diretrizes Curriculares Estadual, em 02/12/2010.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A escola agrega em seu interior grupos variados, grande parte deles, à margem do

processo social. Diante dessa constatação, a cada dia mais torna-se imprescindível

trabalhar a inclusão nas escolas.

Entenda-se inclusão, não somente a inclusão de alunos com alguma necessidade

educacional especial. É necessário mudar esse enfoque, construindo um espaço

dialógico no qual as diferenças se completem, sejam respeitadas e valorizadas

proporcionando crescimento e não aumentando as exclusões. Oferecer currículos

flexíveis e periodicamente revistos e reconstruídos.

Eis o grande desafio da instituição em garantir o acesso e permanência de todos

com educação de qualidade. Esta é a verdadeira inclusão, que reconhece e respeita a

diversidade cultural, social e econômica.

Mas, à escola cabe ainda, a responsabilidade de proporcionar a inclusão social e a

promoção da cidadania de sujeitos com necessidades especiais. Porém, com oferta de

serviços e apoios especializados para educadores, alunos e as famílias.

Confirmando o que nos diz BARTH (1990 p. 514- 515) quando fala “ ... o que é

importante nas pessoas e nas escolas – é o que é diferente, não o que é igual.”

Uma inclusão responsável exige constante avaliação da qualidade dos serviços

prestados.

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MARCO OPERACIONAL

Há que se buscar uma qualidade de gerenciamento da escola que envolva toda a

comunidade, numa ação coletiva, com tomadas de decisões transparentes, flexíveis e

democráticas.

É necessário que se organize o ambiente escolar, através de reuniões periódicas

com os conselhos escolares, de classe e APMF para favorecer o desenvolvimento de

nossos alunos, de forma harmoniosa e eficaz, no seu processo de ensino aprendizagem.

As práticas administrativas deverão sempre buscar além da priorização do

profissionalismo, de cada um dos integrantes da equipe, a justiça e a equidade entre

todos, promovendo o bom atendimento às pessoas, levando-se em conta inclusive o

caráter público de nossa instituição. Estabeleceria-se assim um vínculo de cooperação

entre escola e comunidade, buscando garantir a conservação e a qualidade do espaço

físico através da conscientização de todos.

Em parceria com as decisões administrativas, na busca da melhora do espaço

pedagógico, deverá ser gerado oportunidades sistemáticas para que o aluno perceba o

conhecimento científico como resultado do aprendizado acumulado durante a evolução da

humanidade, valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania.

As decisões de âmbito financeiro envolvem o Fundo Rotativo, o PDDE, e a verba

para complementação da merenda com perecíveis. Dispõe-se também das contribuições

da APMF, embora sejam em quantidade ínfimas, visto que a cultura local de nossa

comunidade tem a idéia de que, sendo a escola estadual, os pais não precisariam

contribuir, pois o governo proveria tudo o que é necessário.

As verbas recebidas deverão ser aplicadas após elaboração de plano de aplicação

em conjunto com a APMF e Conselho Escolar. O plano referido, bem como a prestação

de contas da realização do mesmo deverá ser afixado em edital, de maneira clara, para

apreciação de todos.

Para o embasamento das atividades mencionadas é necessário que fique claro as

funções das instâncias colegiadas. Para tanto definiu-se, de acordo com o Regimento

Escolar, que:

• o Conselho Escolar deverá, inicialmente passar por uma capacitação de seus

integrantes, onde esclareça-se suas funções e obrigações. O Conselho Escolar

deverá promover reuniões bimestrais ou quando necessárias, para a tomada de

decisões em conjunto e articular os vários segmentos da escola e da sociedade.

As reuniões deverão seguir pauta previamente decidida e amplamente

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divulgada.

• O Conselho de Classe ocorrerá bimestralmente, enquanto vigorar este sistema

de avaliação em nossa escola. Passará a ser composto por: direção, equipe

pedagógica, professores e um representante dos alunos. Será realizado um

levantamento prévio, através de fichas de análise do desempenho dos alunos,de

maneira individual, por parte dos professores e de maneira coletiva da turma, por

eles próprios. Os alunos deverão também preparar, além de sua auto-análise, um

parecer sobre a visão da turma em relação ao trabalho desenvolvido por cada

professor. Por parte da direção equipe pedagógica, funcionários e corpo docente

ocorrerá, em momento próprio do conselho, uma auto avaliação e análise do

desempenho de todos, de uma forma geral e ampla. É imprescindível que para

este tipo de avaliação, seja feita uma preparação de alunos, professores e

demais participantes, para que realmente surta efeito e reflita a realidade, de

maneira a contribuir com o processo de ensino aprendizagem de todos.

• Cada professor deverá determinar o seu desejo por representar uma turma

específica, com isso cada turma terá um ou mais professores Representantes

que irão desempenhar um papel de conselheiro dos alunos, buscando a

comunicação destes, seus pares, direção e corpo docente.

• O aluno representante será escolhido através de uma eleição democrática,

podendo haver mudanças quando necessário.

• A APMF deverá participar da elaboração e aprovação da aplicação das verbas

recebidas, realizar reuniões periódicas com maior envolvimento com promoções

sociais dentro da escola.

• O Grêmio Estadual foi oficialmente criado em nosso Colégio no mês de junho de

2011. Os Grêmios Estudantis ao longo da história compõem uma das mais

importantes participações dos jovens nas questões sociais, políticas e culturais

de nosso país. Seus empenhos e determinações por várias vezes tem mudado

os rumos da sociedade brasileira. Acreditando na importância e no poder da

democracia para a formação dos jovens é que o Grêmio Estudantil se

concretizou. Por que é na escola que se aprende a participação social, cidadania

e a democracia. Esses são conceitos que devem ser priorizados pela escola e

seus educadores. O Grêmio Estudantil é a organização que representa os

interesses dos estudantes. Ele permite que os alunos discutam, criem e

fortaleçam inúmeras possibilidades de ações, tanto no próprio ambiente escola

quanto na comunidade. O Grêmio é um importante espaço de aprendizagem,

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cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos, podendo também

apresentar futuras lideranças.

A formação continuada necessita ser priorizada, de maneira que todos os

professores tenham acesso as informações relativas a cursos oferecidos bem como

oportunidades para ausentar-se da escola e fazê-los.

Dentro de nossa escola, serão buscados momentos de reflexão e estudos de textos

sugeridos pelos profissionais, durante a hora atividade ou em reuniões pedagógicas, em

momentos específicos para isso.

A formação continuada passa também pelo trabalho desenvolvido com os alunos,

surge na necessidade de se preparar para a realização de projetos que atendam as

necessidades dos alunos ou para que se busquem objetivos específicos.

O fazer pedagógico desenvolvido, será pautado na realização de diferentes

estratégias, com utilização das mais variadas ferramentas, seja em DVD, VHS ou outras,

as atividades podem ser específicas em sala de aula bem como com projetos multi e

interdisciplinares, que além de buscar o contato com as informações e respostas às

duvidas iniciais, serão apresentados à comunidade para o partilhamento das descobertas

e crescimento da cultura geral.

A escola oferece atividade complementar – Voleibol, no contraturno, participamos

dos Projetos Jogos Colegiais, é realizado a semana Cultural e Esportiva com gincanas,

apresentações culturais e jogos.

Serão oportunizados, sempre que possível momento de deslocamento dos alunos a

lugares que permitam o enriquecimento na construção de seu conhecimento.

Fica claro então que, é imprescindível que na escola deva existir uma sistemática

de encontros, de reuniões, onde professores, funcionários, alunos, pais, equipe

pedagógica e administrativa possam estar analisando conjuntamente o seu fazer

pedagógico.

Acredita-se que os espaços de reflexão coletiva podem e devem ser utilizados para

acompanhamento, avaliação e reformulação do processo ensino aprendizagem, com

vistas ao aprimoramento da prática escolar.

As avaliações de todo o processo serão estruturadas de maneira bimestralmente,

sendo organizada de tal forma que 60% (sessenta por cento) da nota seja oriunda de

avaliações, individuais ou coletivas e 40% (quarenta por cento) de projetos, trabalhos de

pesquisa em grupos ou outras diferentes formas.

A recuperação de conteúdos será realizada paralelamente às aulas do professor

durante o ano letivo, visando recuperar os itens deficitários, encontrados nas avaliações

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periódicas. O professor deverá revisar os conteúdos trabalhados, resgatando os conceitos

não incorporados, por meio de novas atividades e explicações para a totalidade da turma,

trabalhos extras englobando os conteúdos não assimilados para os alunos que

apresentarem baixo desempenho, usando novos instrumentos e proporcionando outra

oportunidade avaliativa.

Diante da grande frequência da necessidade de recuperação paralela apresentada

pelos nossos alunos, analisamos e percebemos que estavam diretamente ligadas com

algumas dificuldades de aprendizagem mais acentuadas, com isso a busca pela inclusão

de todos facilitará o desenvolvimento do respeito e apoio mútuo, da autoestima em

direção a autonomia fortalecendo os valores educacionais que mudarão e terão um

grande impacto no futuro de nossa sociedade e no mundo em que vivemos.

A promoção do aluno para a série seguinte será resultado da combinação dos

dados obtidos no aproveitamento escolar do aluno e da sua assiduidade. Os alunos

aprovados serão aqueles que apresentarem frequência igual ou superior a 75% (setenta

e cinco por cento) da carga horária anual e média final igual ou superior a 6.0 (seis ) num

universo de 10,0(dez). em situações especiais ou limítrofes, é o Conselho de Classe que

decide de maneira soberana sobre a aprovação ou reprovação do aluno.

A classificação realizada em nossa escola deverá estar em sinergia com nosso

regimento interno, bem como as normas e leis vigentes. Poderá ser feita por promoção de

alunos que atingiram a média na série anterior ou por documentação indicativa, quando

em transferência.

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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

Avaliar a ação serve de diagnóstico para modificar, implementar e acrescentar

ações que deem conta dos objetivos que a escola se propõe.

Este é o intuito da Comunidade Escolar, em todas as suas instâncias, em relação

ao Projeto Político Pedagógico. Para alcançarmos este objetivo faremos reuniões anuais

onde direção e demais profissionais, alunos e pais, possam estar analisando e avaliando

conjuntamente todas as ações e após uma reflexão, possam ser realizadas adequações

necessárias, substituições de projetos e elaboração de novas estratégias de trabalho.

Nos anos de 2006 A 2010 os alunos participaram das Olimpíadas de Matemática

com bom desempenho, embora, não tenham obtido prêmios.

Também houve participação na Prova Brasil como os alunos da 8ª série, a qual n

ano de 2009, a escola obteve uma nota acima do previsto, onde podemos perceber que

os resultados alcançados podem assim contribuir para o bom acompanhamento do

trabalho pedagógico.

A escola está novamente empenhada para que a participação dos alunos nas

Olimpíadas de Matemática, bem como na Prova Brasil 2011, tenham êxito e que sirvam

de incentivo e avaliação da Instituição.

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PLANO CURRICULAR

ENSINO

FUNDAMENTAL

Para adotar um visão ampla de Plano Curricular é importante que o mesmo

ultrapasse as barreiras do que está explícito. É preciso incorporar o saber comum ao

elaborado no processo ensino-aprendizagem. Faz-se necessário mudanças também no

“Saber Escolar” e na “Cultura Escolar” num sentido mais abrangente.

Este é sem dúvida o desejo de nossa escola, o que, e como é preciso aprender, e

o que, e como é preciso ensinar.

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PLANO CURRICULAR DE ARTES DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A arte vem sendo produzida pelo ser humano desde que ele, pela primeira vez,

realizou um registro gráfico em sua caverna, emitiu um som ou um gesto e a ele atribuiu

significado. O ser humano é um ser simbólico e a arte, patrimônio cultural da humanidade.

Por meio da arte, temos acesso aos sentimentos e aos pensamentos das comunidades

de qualquer época, povo, cultura ou país. Produzindo arte, nós nos conhecemos melhor e

nos damos a conhecer o outro. E, a sistematização do ensino da Arte na escola

desempenha um papel social, na medida em que democratiza um conhecimento

específico e interfere na formação do indivíduo enquanto fruidor de cultura e conhecedor

da construção de sua própria nação ( BARBOSA, 2002:14).

A arte deve ser entendida como conhecimento e linguagem. A arte é e traz

conhecimento, aquele que é específico das linguagens artísticas (o estudo das cores, das

formas, do ritmo, etc.) assim como conhecimento de história, geografia, sociologia,

filosofia, religião, política, psicologia, arqueologia, enfim, tudo o que faz parte do contexto

em que a obra é criada. E a construção do conhecimento em arte se efetiva na inter-

relação de saberes que se concretiza na experimentação estética por meio da percepção,

da análise, da criação/produção e da contextualização histórica, abrangendo todos os

aspectos do objeto de estudo, inclusive dentro da visão de mundo do próprio aluno.

A arte é linguagem por tratar de um sistema de representação que utiliza

principalmente signos não-verbais (cor, luz, sombra, som, silêncio, etc) com os quais o

artista/aluno, com alguma intenção compõe uma obra, atribuindo significados a esses

elementos. A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é

transformar e nesse processo o sujeito também se recria. No ensino da arte resgata o

processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância de criar. Desta

forma, a arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relação com a

cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais e imateriais. Sendo

assim, a arte e toda a produção artística e cultural é um modo pelo quais os sujeitos

entendem e marcam a sua existência no mundo, através da interligação dos conteúdos

pessoais de cada sujeito, à produção cultural (local/regional/global).

O professor de Arte é, pois, um alfabetizador artístico/estético, o mediador entre

arte e aluno. Seu objetivo maior será tornar seus alunos leitores e produtores de textos

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visuais, pictóricos, escultóricos, musicais, cênicos, gestuais, assim como conhecedores

de uma parcela da produção artística realizada desde que o ser humano habitou o

planeta; procurando indicar caminhos para educar artística e esteticamente os alunos, de

forma a contemplar sempre o fazer artístico, o conhecimento histórico e a apreciação

estética. Conforme Moreira, “a escola e o professor deve pautar suas ações na formação

geral, ampla, pois é isto que pode e deve oferecer. A escola não deve, portanto, ter a

expectativa de formar cientistas ou artistas, mas contribuir com os seus saberes para que

os estudantes possam ler e se expressar por meio de uma linguagem com a qual tenham

maior afinidade, o que só podem fazer se conhecerem as diferentes linguagens postas no

mundo hoje”. (MOREIRA, P.19,2003).

O objetivo do estudo da arte é o próprio universo da arte, e de acordo com os

Parâmetros Curriculares Nacionais, são as artes visuais, o teatro, a música e a dança.

OBJETIVOS

Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos: estéticos

( apreensão do objeto artístico em seus aspectos sensíveis e cognitivos); artístico

( o fazer e o processo criativo); contextualizado (contexto histórico-político,

econômico e sociocultural dos objetos artísticos e compreensão de seus conteúdos

explícitos e implícitos, aprofundando a investigação desse objeto), aproximando o

aluno do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Observar, conhecer e experimentar formas artísticas nas diferentes linguagens,

bem como materiais, elementos expressivos, informações e princípios que regem

suas combinações, historicidades e diversidades;

Desenvolver e fortalecer no aluno a sua capacidade criadora, apreendendo e

expandindo o seu conhecimento artístico nas diferentes linguagens, valorizando e

articulando o fazer e o conhecer com sensibilidade, imaginação, investigação,

curiosidade e reflexão;

Apreciar obras de arte, produções próprias e dos colegas, com prazer, empenho e

respeito. Construindo uma relação de autoconfiança com a produção artística

pessoal e conhecimento estético, sabendo receber e elaborar críticas;

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CONTEÚDOS

Na disciplina de artes os conteúdos estruturantes são: elementos básicos das

linguagens artísticas; produções/manifestações artísticas e elementos contextualizadores.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6º ANO

ARTES VISUAIS:

ponto; linha;

luz e cor (cores primárias, secundárias, neutras, quentes, frias);

textura; forma;

superfície; volume;

simetria e assimetria;

primeiro e segundo plano;

tangram;

folclore e arte popular

reprodução e releitura de obras de arte.

elementos contextualizadores.

jogos, brincadeiras e alimentos da cultura africana presentes em nossos dias.

Arte e meio ambiente: utilização de materiais recicláveis

HISTÓRIA DA ARTE:

Pré-história, Egito, Grécia e Roma, Arte Africana, Oriental, Idade Média,

Renascimento, Barroco.

No Brasil: arte rupestre, arte indígena e arte popular

Artistas de São José dos Pinhais: Roney Erthal, Roseli Fontes, Kátia Velo.

MÚSICA:

Ritmo binário, ternário e quaternário;

Duração; timbre; intensidade e densidade;

Movimento e expressão corporal;

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Gêneros: folclórico, popular, erudito e instrumental.

Exploração sonora

Improvisação rítmica e melódica.

História da música: greco-romana; oriental, ocidental, Idade Média.

TEATRO:

Elementos formadores do teatro: personagem, espaço cênico, ação cênica.

Improvisação, criação cênica e mímica.

Construção de personagem, expressão corporal e facial.

Jogos teatrais e circo;

DANÇA:

Elementos formadores da dança (força, fluência, espaço, tempo).

Movimento corporal e conscientização corporal( eixo, deslocamento, ponto de

apoio).

Improvisação de movimentos.

Danças circulares;

7º ANO

ARTES VISUAIS:

Ponto, linha, forma, textura, superfície, volume.

Imagen bidimensional, tridimensional, figurativa, abstrata e geométrica.

Cores terciárias, isocromia, monocromia, policromia e harmonia;

Letras e números;

Escultura, modelagem, entalhe, pintura, desenho.

Sombra e luz; cor e luz;

História em quadrinhos;

Mosaico;

Reprodução e releitura de obras de arte;

Planos e profundidade;

Colagem;

Dobradura;

Folclore;

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Lendas e causos locais, regionais;

Proporção;

Jogos, enfeites e utensílios com materiais recicláveis.

HISTÓRIA DA ARTE:

Arte Indígena, arte popular brasileira e paranaense, abstracionismo,

expressionismo, impressionismo

Arte no Paraná: João Turin, Alfredo Andersen.

• MÚSICA:

Altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

Gêneros musicais: folclórico, popular, étnico.

Instrumentos musicais: cordas, madeira, percussão e metais;

Comportamento e emoção sonora;

Função da música.

Composição e sonoplastia;

Produções/manifestações artísticas na música

Canto e improvisação musical e rítmica.

Música greco-romana, oriental, ocidental, idade média, música popular( folclórica).

TEATRO:

Elementos formadores do teatro: personagem, espaço cênico, ação cênica

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Improvisação;

Criação cênica;

Atuação;

Coordenação de cena;

Cenógrafia;

Iluminação e sonorização

Teatro de fantoche

Jogos teatrais, mímica

Comédia dell'arte, teatro popular brasileiro e paranaense

DANÇA:

Movimento corporal, tempo, espaço

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Movimentos coreográficos de oito tempos

Composições coreográficas

Ação corporal articulada no tempo/ritmo e espaço

Dança popular brasileira, paranaense, africana, indígena e renascentista

Capoeira, samba de roda, umbigada, congada, brincadeiras de roda.

8º ANO

ARTES VISUAIS:

Linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz;

Imagens bidimensional, tridimensional, figurativo, abstrato, semelhanças,

contrastes, ritmo visual;

Planos e profundidade;

Ritmos nas artes;

Reprodução,

Ampliação e redução de imagens;

Esculturas ,modelagem, pintura, desenho;

Gravuras;

Figura humana;

Perspectiva com um ponto de fuga

Colagem;

Releitura;

Cores, linhas e formas;

Desenho e pintura.

Volume e profundidade.

Luz e sombra

Figura humana: face/rosto

Materiais recicláveis

Máscaras e pintura corporal

HISTÓRIA DA ARTE:

Arte Digital, indústria cultural, vanguardas, arte contemporânea, arte cinética, op art,

pop art, classicismo

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Arte no Paraná: Romário Martins, Erbo

MÚSICA:

Altura, duração, timbre, intensidade, densidade

Ritmo, melodia, harmonia

Cover musical: improvisações, composições e interpretações.

História da música popular brasileira.

Sonoplastia

Estilos e gêneros musicais; noções de partituras.

Elementos contextualizadores

Ritmos africanos: batuque, lundu, samba, baião.

Música eletrônica, minimalista, rap, rock, tecno, sertanejo, vanguardas, clássica e

indústria cultural

TEATRO:

Personagem, ação, espaço

Representação no cinema e mídias, textos dramáticos, cenografia, maquiagem,

sonoplastia, roteiro, enredo;

Adaptação de roteiros/cenas;

Improvisações;

Jogos teatrais;

Pesquisa e leitura de textos dramáticos;

Teatro no Brasil.

Indústria cultural, realismo, expressionismo, cinema novo, vanguardas, classicismo;

DANÇA:

Movimento corporal, tempo, espaço

Danças brasileiras regionais

Percepção corporal, improvisação

Coreografia.

Hip hop, musicais, expressionismo, indústria cultural, dança moderna, dança

clássica

9º ANO

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ARTES VISUAIS

Linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz

Imagens bidimensionais, tridimensional,figurativo, geométrico, figura-fundo,

semelhanças, contrastes, ritmo visual;

Cores contrastantes, matiz, saturação e brilho, a moda e a cor;

Perspectiva;

História em quadrinhos;

Ilustração de textos;

Desenho, pintura, gravura, modelagem, esculturas, performance

Design e publicidade;

Logotipo;

Caricatura, cartum e charge;

Informação visual;

Intervenções artísticas;

Folclore;

Fotografia, cinema e vídeo;

Releitura de obras.

HISTÓRIA DA ARTE:

Realismo, dadaísmo, arte engajada, muralismo, pré-colombiana, romantismo,

graffitti, influências da arte afro-brasileira.

Mestre Didi.

Poty Lazarotto, Miguel Bakun.

Franz Kracjberg, João Cândido Vilares.

MÚSICA:

Altura, duração, timbre, intensidade, densidade;

História da música brasileira: artistas negros de destaque da MPB

Ritmos binários, ternários, quaternários e compostos; melodia; harmonia;

Percussão corporal;

Melodia/voz/letra;

Diferentes estilos e gêneros musicais (popular, folclórico e étnico);

Criação sonora;

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Paródia.

Música engajada; música contemporânea; hip hop; rock; punk; romantismo;

Vida e obra de: Palminor Rodrigues Ferreira – Lápis, Nhô Belarmino e Nhá

Gabriela, Rosy Grecca

TEATRO:

Personagem; ação; espaço;

Improvisação, enredo, criação e encenação de cenas teatrais;

Direção, cenografia, iluminação, sonoplastia, figurino;

Mímica; teatro imagem;

Leitura e encenação de textos teatrais.

Teatro do oprimido, teatro pobre, teatro do absurdo, romantismo, teatro engajado;

DANÇA:

Movimento corporal, tempo, espaço;

Improvisação, criação, desenvolvimento, memorização e reprodução de

seqüências de movimentos;

Diferentes gêneros

Coreografias de músicas nacionais e internacionais

Dança clássica, moderna, contemporânea, arte engajada, vanguardas,

romantismo.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

No ensino fundamental, o enfoque cultural baliza as discussões em Arte, pois é na

associação entre a Arte e a Cultura que podem se dar as reflexões sobre as diversidades

culturais e as produções/manifestações culturais que dela decorrem. E as aulas de arte

deve ser um espaço no qual se reflete e se discute a realidade, sendo a prática social o

ponto de partida para as problematizações. Deve propiciar aos alunos, leituras sobre os

signos existentes na cultura de massa para se discutir de que formas a indústria cultural

interfere e censura as produções/manifestações culturais com as quais os sujeitos

identificam-se.

O ensino da arte será abordado tendo como princípio a compreensão da arte como

linguagem, como sendo o estudo da geração, da organização e da interpretação de

signos verbais e não verbais, no processo de conhecimento do mundo, na constituição

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dos sujeitos através das interações sociais, que se transformam ao longo do processo

histórico, transformando a própria sociedade e suas ideologias, bem como as suas formas

de comunicação e interação. Dessa forma a apropriação dos conhecimentos se dará a

partir da realidade cultural do aluno e sua interação com as produções/manifestações

artísticas abordadas, fazendo com que ele amplie sua visão de mundo e compreenda as

constituições simbólicas dele mesmo e de outros sujeitos, pertencentes às mais diversas

realidades culturais.

Portanto, é preciso que o ensino de Arte ofereça condições para que os alunos

compreendam a arte como área do conhecimento, como manifestação original do ser

humano. Além de identificar, analisar e conhecer materiais e recursos expressivos, os

alunos representem ideias e sentimentos por intermédio das imagens plásticas, musicais,

danças e cênicas. Que o aluno compreenda as artes realizadas por outros povos e

culturas, que realize leituras e releituras de obras nas diferentes linguagens, além de

reconhecer e utilizar regras de organização dos elementos expressivos, conhecerem

profissões e profissionais ligados ao universo da arte, etc.

E deve ser contemplada a educação ambiental, segundo a lei n° 9.795 de 27/04/1999;

a história do Paraná, segundo a lei n°6134 de 18/12/2001 e a inserção dos conteúdos de

história e cultura afro-brasileira, segundo a lei n° 10.639 de 9/01/2003.

AVALIAÇÃO

Partindo do princípio fundamental de que a avaliação é um processo que integra a

aprendizagem e o ensino,e que o resultado não é o único elemento a ser observado

durante a avaliação, é necessário levar em conta o processo de construção do

conhecimento e, para isso, a avaliação deverá ser diagnóstica, envolvendo o

conhecimento prévio do aluno, durante a situação de aprendizagem, quando o aluno

interage com o conteúdo e, analisando como ocorreu o processo de aprendizagem. A

avaliação deve comparar muito mais um aluno com ele mesmo do que um aluno com

outro, de maneira a podermos verificar com mais eficiência o quanto ele avançou, bem

como os modos de aprendizagem de cada aluno, pois sendo os alunos diferentes uns dos

outros, cada qual tem uma preferência, uma forma de se expressar( oralmente, por meio

de desenhos, pinturas, dramatizações, etc.) e de realizar as atividades.

A avaliação deve permitir ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos

estudados e produzidos, saindo do lugar comum, dos gostos pessoais, desvinculando-se

de uma prática pedagógica pragmática, caracterizada pela produção de resultados, bem

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como de avaliações que valorizam tão somente o resultado do espontaneísmo.

REFERÊNCIAS:

BARBOSA A.M.B. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez,2002.

JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de teatro. São Paulo: Papirus, 2001.

MARQUES, I. Dançando na escola. 2ª ed. São Paulo. SP: Cortez, 2005.

MOREIRA. Antonio Flávio Barbosa. Algumas reflexões sobre a escola e o conhecimento. 2003.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, Curitiba, SEED, 2006.

RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas, SP: Mercado das letras; 2003.

ROSSI, M.H.W. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Mediação,2003.

SCHAFER, M. O ouvido pensante. São Paulo: UNESP, 1991.

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PLANO CURRICULAR DE CIÊNCIAS

PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da Ciência foi constituída a partir da evolução do pensamento do ser

humano. O ensino e a aprendizagem propiciam uma visão dessa evolução ao apresentar

seus limites e possibilidades temporais, relacionando-as as práticas sociais, às quais

estão diretamente vinculadas.

Desde antes da descoberta do fogo, o homem começou a se interessar pelos

fenômenos à sua volta e aprender com eles. Já utilizava técnicas para apanhar alimentos,

caçar com instrumentos de pedras. A descoberta do fogo foi um marco para a

humanidade, que o utilizou para cozinhar os alimentos. Criou ainda, uma forma primitiva

de experiências químicas para ajudar na transformação de uma substância em outra.

Passou então, a cultivar a terra, criar animais, tornou-se mais atento à natureza,

estabeleceu relações entre o movimento do céu e os ciclos vitais de animais e plantas.

Essas observações possibilitaram a aperfeiçoar técnicas, fabricar novos instrumentos,

aprender a armazenar o excesso de suas produções, desenvolver noções de cálculo para

construir novos espaços e criar calendários a partir dos movimentos celestes. O homem

passou a formular teorias, crenças e valores e adotar no seu cotidiano o exercício do

pensamento racional a filosofia.

No decorrer da história, tais práticas fizeram-no mudar a forma de expressar seu

conhecimento sobre o mundo e, desse modo, a ciência passou a ser determinada pela

maneira como ele manifesta esse conhecimento.

A alquimia merece destaque na história da Ciência, pois contribui com seus

conhecimentos para a transição dos conhecimentos científicos da química, o químico

francês Antoine Laurent Lavoisier, popularizou a idéia do flogisto. A partir de então, a

nomenclatura química precisou ser revista. Cada substância passou a ser

cuidadosamente redefinida.

Os avanços científicos determinaram o desenvolvimento do pensamento científico

e as relações sociais. Com a Revolução Industrial no século XVIII houve a legitimação

dessas relações e a determinação de diferentes níveis de domínio do conhecimento

científico. Em conseqüência, houve uma busca pela energia e maior exploração do

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ambiente, intensificou-se os desmatamentos.

No século XIX, a Ciência foi consolidada. O homem passou a entender que pode

interferir na natureza e buscar melhores condições de vida.

Houve muitos avanços na química e física: a classificação periódica foi criada por

Dmitri Mendeleiev, a eletricidade, eletrostática, magnetismo também se consolidaram.

Charles Darwin mudou a visão do homem em relação ao passado, propôs alternativas ao

criacionismo. Gregor Joham Mendel, descobriu os princípios da hereditariedade, a base

da genética.

No século XX, as contribuições da Ciência para a humanidade foram incontáveis: o

primeiro vôo de um avião, os avanços da química da física, da biologia, o lançamento do

primeiro satélite e o caminhar do homem na lua, foram feitos essenciais para o avanço da

Ciência e do pensamento humano.

A Ciência é uma construção humana, tem suas aplicações, é falível, intencional e

está diretamente relacionada ao avanço da tecnologia e das relações sociais.

Ciência é a designação usual no currículo escolar do Ensino Fundamental, da

disciplina que reúne os conhecimentos pertencentes ao domínio das Ciências Físicas e

Naturais, que por sua vez, compreendam a Física, a Química, a Biologia, as Geociências

e a Astronomia. Mas a concepção de Ciências vai bem mais além do que a simples

reunião de conteúdos referentes a determinados campos do conhecimento científico. A

aparentemente simples transformação destes conhecimentos em saber escolar implica

decisões de seleção, organização e enfoque necessariamente subordinados à concepção

de Ciência, Educação e Meio Ambiente.

A meta do ensino de Ciências é salientá-la como um conhecimento que colabora

para a compreensão do mundo e suas transformações, reconhecendo o homem como

parte do universo e como indivíduo transformador. Assim, o trabalho a ser realizado com

o ensino de Ciências deve propiciar aos alunos condições para que dominem os

conhecimentos científicos básicos, a partir dos quais poderão entender os fenômenos

naturais e reconhecer a aplicação desses conhecimentos no seu cotidiano. Deve-se

oportunizar a apropriação do conhecimento científico na sua totalidade, ou seja, os

conteúdos desenvolvidos devem possibilitar os descobrimentos das relações existentes

como vistas à superação dos problemas postos pela realidade contemporânea.

O ensino de Ciências está na concepção de desenvolvimento humano, apoiada na

idéia de interação do homem com seu meio físico e social, entendendo-se a aquisição do

conhecimento como um processo historicamente construído, tanto no plano coletivo,

quanto no individual.

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Dessa forma, a disciplina de Ciências não pode ser vista como uma bricolagem de

aspectos relativos ao conhecimento científico, mas sim, como uma disciplina que

possibilita espaços efetivos de discussão e reflexão a respeito de uma identidade

científica, ética, cultural, enfim, uma disciplina que instrumentalize o aluno para

compreender e intervir no mundo de forma consciente.

Na atualidade, o desafio é de oportunizar a todos os alunos, por meio dos

conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e fenômenos

relacionados à vida, a diversidade cultural, social e de produção científica. Nesta

perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a compreensão das inter-relações e

transformações manifestadas no meio (local, regional, global), bem como instigará

reflexões e a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas, como por

exemplo, a preservação do meio ambiente versus as necessidades oriundas da produção

industrial; a ética versus a produção científica.

Em uma perspectiva de efetuar o ser humano e o seu corpo como um todo

dinâmico, que interage com o meio ambiente em seu sentido mais amplo, a área de

Ciências pode contribuir para a formação de integridade pessoal e da auto-estima, da

postura, de respeito ao próprio corpo e ao dos outros, para o entendimento da saúde

como um valor pessoal e social e também para a compreensão da sexualidade humana

sem preconceitos.

É também no estudo de Ciências Naturais que os fenômenos da natureza e as

transformações produzidas pelo homem, bem como as diferentes explicações sobre o

mundo, podem ser expostas e comparadas. Dessa forma, o aluno, que já é cidadão hoje,

amplia a sua possibilidade presente de participação social e viabiliza também a sua

capacidade de plena participação social no futuro.

A necessidade de superação da visão idealizada do ambiente, como reunião de

seres e fenômenos naturais, em que a humanidade e suas realizações estão excluídas,

assim como as suas percepções fragmentárias e antropocêntricas, e da sua alienação do

universo escolar, também oferece uma inestimável contribuição para essa iniciativa de

revisão. Em contraposto, passa-se a pensar o ambiente como algo em permanente

transformação, modelado tanto pelas forças físicas quanto pelas sociais. Por isso, deve

ficar claro que o homem, ao recriar a realidade, não deixa de ser parte no ecossistema,

mas lhe confere características especiais e adquire maior responsabilidade sobre ele.

Assim, as leituras críticas das transformações direcionadas pelo homem sobre o

meio ambiente, sobre sua vida, são condições para uma análise articulada dos conteúdos

básicos, fundamentados nos elementos essenciais do ecossistema, integrados

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dinamicamente. O ensino de Ciências propicia que consideremos essa concepção,

contribuindo para a reconstrução da relação homem x natureza, homem x homem. Para

tanto, faz-se necessário possibilitar aos alunos uma leitura e compreensão da totalidade,

isto é, um trabalho crítico do conteúdo, que possa levantar questionamentos e discussões

sobre a prática social global, possibilitando-os a interferir em seu meio, na luta pela

melhoria da qualidade de vida.

Nessa perspectiva, há necessidade de uma proposta capaz de traduzir

corretamente, no projeto pedagógico, as preocupações e diretrizes enunciadas; uma

proposta derivada de uma particular concepção de Ciências, que preservando a

especificidade dessa área de conhecimento, contribua simultaneamente para desvelar as

verdadeiras relações entre Ciências, Tecnologia, Homem, Sociedade e Ambiente.

OBJETIVOS

O objeto de estudo da disciplina, segundo as novas DCE's para 2008 é o

conhecimento científico, que possam estar tanto próximos quanto distantes no tempo e

espaço, despertando o interesse do aluno para a observação da natureza e tecnologia

como um todo.

Para esse processo ocorrer, é necessário ampliar a capacidade de compreensão, e

vincular estas às situações do cotidiano, onde o aluno posicione-se em frente a

fenômenos novos.

Objetivar no auxílio da problematização de situações que proporcionem ao aluno

aceitar diferentes maneiras de compreender o mundo, despertando a valorização pela

conservação da vida e natureza.

De um modo geral, é importante fazer com que o aluno colabore para a promoção

do bem-estar físico, social e psíquico, e do bem-estar coletivo também.

Para que esse processo se efetive, é necessário a associação entre Ciência e

Tecnologia, tornando-se cada vez mais presente no dia-a-dia, e modificando cada vez

mais o mundo e o próprio ser humano.

Um dos objetivos importantes e relevantes da disciplina é fazer com que o aluno

valorize o cuidado com o seu próprio corpo, como hábitos de alimentação, higiene e

desenvolvimento da sexualidade.

Há necessidade em fazer a compreensão e exemplificação com as necessidades

humanas, contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento científico, sendo estes

de caráter social, prático ou cultural.

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O conjunto de objetivos para o ensino de Ciências aponta uma intenção geral: criar

oportunidades sistemáticas para que o aluno, ao final do Ensino Fundamental, tenha

adquirido um conjunto de conceitos, procedimentos e atitudes que operem como

instrumentos para a interpretação do mundo científico e tecnológico em que vivemos,

capacitando-o nas escolhas que fará como indivíduo e como cidadão. Nesse sentido, o

ensino de Ciências deverá ser organizado de forma a permitir que o aluno desenvolva as

seguintes capacidades:

• Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de

homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo,

valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania competente;

• Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário científico como forma

precisa e sintética de representar e comunicar os conhecimentos sobre o mundo

natural e tecnológico;

• Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a saúde pessoal,

social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser

conservados, preservados e potencializados;

• Identificar os elementos do ambiente, percebendo-os como parte de processos

de relações, interações e transformações;

• Identificar os elementos do ambiente como recursos naturais, que têm um ritmo

de renovação, havendo, portanto, um limite de retirada;

• Perceber a profunda interdependência dos seres vivos e dos demais elementos

do ambiente;

• Relacionar a capacidade de interação com o ambiente e com a sobrevivência

das espécies;

• Relacionar as características do ambiente natural e cultural com a qualidade de

vida;

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• Relacionar descobertas e invenções humanas com as mudanças sociais,

políticas, ambientais e vice-versa.

• Compreender a tecnologia como recurso para resolver as necessidades

humanas, diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais ao

equilíbrio da natureza e do ser humano;

• Formular perguntas e suposições sobre os fenômenos naturais, desenvolvendo

estratégias progressivamente mais sistemáticas de busca e tratamento das

informações;

• Desenvolver flexibilidade para reconsiderar suas idéias, reconhecendo e

selecionando fatos e dados na reelaboração de seus conhecimentos;

• Desenvolver postura para a aprendizagem: curiosidade, interesse, mobilização

para a busca e organização de informações; autonomia e responsabilidade na

realização de suas tarefas como estudante;

• Desenvolver um olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas

respostas para desafios;

• Desenvolver a reflexão sobre as relações entre ciência, sociedade e tecnologia,

considerando as questões éticas envolvidas;

• Perceber a construção histórica do conhecimento científico;

• Utilizar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do

cotidiano;

• Coletar dados e buscar informações;

• Discernir conhecimento científico de crendices e superstições.

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CONTEÚDOS

6º ANO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astronomia

Universo – Sistema

Solar – Movimentos

Terrestre e Celestes

e Astros.

Conhecimentos biológicos: Histórico;

Estrelas; Planetas e satélites; Asteróides;

Meteoritos; Cometas; Galáxias;

Constelações; Sol; Efeitos da radiação do

sol; Câncer de pele;

Conhecimentos químicos: Átomos;

Fotossíntese;

Conhecimentos físicos: Gravidade;

Temperatura; Telecomunicações via satélite

e internet; Movimentos de rotação e

translação.

Matéria-

Constituição da

matéria

SOLO NO ECOSSISTEMA:

Conhecimentos biológicos: Tipos de erosão;

Rotação de culturas; Desmatamento;

Doenças; Quilombo: referência de

resistência à dominação e luta pela terra no

Paraná;

Conhecimentos químicos: Tipos de solo;

tipos de rochas; Queimadas; Substâncias

tóxicas agrícolas; Legislação quanto ao uso

de agrotóxico; Poluição do solo;

Conhecimentos físicos: Tecnologia utilizada

na preparação do solo;

Histórico dos solos de cada região do Estado

do Paraná, enfatizando a origem e clima.

ÁGUA NO ECOSSISTEMA:

Conhecimentos biológicos: Concentração de

água no planeta; Água e os seres vivos;

Ciclo da água; Água potável; Saneamento

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básico; Poluição da água; Doenças

transmissíveis pela água;

Conhecimentos químicos: Composição da

água, Água como solvente universal;

Soluções e misturas;

Conhecimentos físicos: Estados físicos da

água; Mudanças de estados físicos da água;

Pressão e temperatura;

AR NO ECOSSISTEMA:

Conhecimentos biológicos: Existência do ar;

Noções de matéria; Camadas atmosféricas;

Poluição do ar; Pressão atmosférica;

Camada de ozônio; Efeito estufa;

Aquecimento global;

Conhecimentos químicos: Elementos

químicos; símbolos; Átomo e matéria;

Reação química; Combustão;

Energia Formas de Energia

-Conversão de

Energia

-Transmissão de

Energia

Conhecimentos físicos: Meteorologia e

previsão do tempo; Massa e peso;

Propriedades do ar; Formação dos ventos;

Brisa terrestre e marítima; Tecnologia

aeroespacial e aeronáutica;

Biodiversidade Organização dos

Seres Vivos –

Ecossistemas –

Evolução dos Seres

Vivos.

INTER-RELAÇÕES ENTRE OS SERES

VIVOS E O AMBIENTE:

Conhecimentos biológicos: seres vivos e o

ambiente; Ecossistema; Habitat; Nicho

ecológico; Teias e cadeias alimentares

(produtores, consumidores e

decompositores); Desequilíbrio ecológico;

• Sistemas

biológicos

Níveis de

Organização Celular.

Conhecimentos químicos: Comunidade

(transferência de matéria e energia);

Conhecimentos físicos: Populações (taxas,

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densidade demográfica e fatores que

influenciam);

7º ANO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astronomia Astros Movimentos

Terrestres e Celestes

Astronomia Os movimentos da terra.As estações do ano.Composição solar

Matéria- Constituição da matéria A terra antes do surgimento da vida.A terra primitiva A origem e evolução dos primeiros seres vivosAs teorias de oparin Haldane e experimento de MillerOs coacervatosEvolução dos Seres Vivos Teorias da origem da vida .

Energia Formas de Energia –

Transmissão de Energia

O sol e a energia Os vegetais e a energia solar O calor e os seres vivos A luz e os seres vivos ;Químicos: Osmose; Absorção; Fotossíntese; Respiração; Transpiração; Fermentação; Decomposição;Físicos: Fototropismo; Geotropismo; Movimento e locomoção.

Biodiversidade Origem da Vida –

Organização dos Seres

Vivos – Sistemática

Conhecimentos biológicos: Origem da vida; Classificação dos seres vivos; Cinco Reinos (Animália, Protista, Monera, Fungi e Plantae);Vírus - Características gerais; doenças transmissíveis por vírus;

Sistemas

biológicos

Celula – Morfologia - E

Fisiologia dos Seres Vivos

A descoberta da celula e teoria celular. As principais estruturas celulares. Os tipos de celulas .A organização dos seres vivos . Os 5 Reinos

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8º ANO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astronomia Origem e Evoluçao do

Universo

A evolução do universo e a composição das galaxias.

Matéria Constituição da matéria História da química – Química no cotidiano;

Matéria; Propriedades gerais da matéria;

Substâncias e misturas;

Elementos químicos, substância química;

misturas homogêneas e heterogêneas;

Fracionamento;

Átomo – História do átomo; Partículas;

Elementos; Número atômico e número de

massa; Modelos Atômicos, íons;

Tabela Periódica; Classificação dos elementos

químicos; Simbologia;

Ligações químicas; Teoria do Octeto; ligações

iônicas, covalente e metálica;

Funções químicas; Ácidos, bases, sais e

óxidos;Reações químicas – Equações, Tipos

de reações químicas, leis das reações

químicas;

Energia Formas de Energia As estruturas celulares e composição química

Biodiversidade Evolução dos Seres Vivos Teorias da Evolução .

Sistemas

biológicos

Celula – Morfologia - E

Fisiologia dos Seres

Vivos

Sistema digestório,Cardiovascular,Respiratório ,Urinário e motor

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9º ANO

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Astronomia Astros – Gravitação Universal Leis de Kepler para o entendimento das orbitas dos planetasAs leis deNewton e a gravitação

Matéria Propriedades da

Matéria.

- Propriedades gerais e específicas da matéria - Estados Físicos da matéria.- Fenômenos físicos e químicos.

Energia Formas de Energia -

Conservação de Energia

Os sistemas conservadores de energia As fontes de energia Leis da conservação Comparação da energia elétrica com magnetismo Entendimento de conceitos de velocidade,movimento,deslocamento,aceleração trabalho e potencia

Biodiversidade Interações Ecológicas Ciclos biogeoquímicos e relações ecológicas

Sistemas

biológicos

Morfologia e fisiologia dos Seres Vivos – Mecanismos

de Herança Genética

Sistema nervoso Sistema nervoso e as drogasSistema endócrinoSistema ReprodutorSistema GenitalEducação SexualReprodução HumanaMecanismo de herança genético, cromossomos e genes.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências, tendo como objeto de estudo os Fenômenos Naturais:

físicos, químicos e Biológicos, deve ser estudada a partir de conteúdos abordados de

forma articulada, em uma perspectiva crítica e histórica, considerando a necessidade de

contextualização, evitando a abordagem tradicional de repasse de conteúdos do livro

didático.

A Ciência deve ser concebida no processo Ensino-aprendizagem, como uma

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construção humana, cujos conhecimentos científicos são passíveis de alterações e

marcados por intensas relações de poder.

Visando a abordagem crítica e articulada, são propostos conteúdos estruturantes,

dos quais ramificação os conteúdos específicos a serem trabalhados, considerando a

prática social do aluno.

Para evitar uma abordagem descontextualizada, fragmentada por série, os

conteúdos específicos serão trabalhados ao longo do Ensino Fundamental, respeitando-

se o nível cognitivo de cada turma, a realidade local, a diversidade cultural e as diferentes

formas de apropriação dos saberes pelos educandos.

Os encaminhamentos metodológicos, portanto, devem considerar o dinamismo e a

provisoriedade da Ciência, cujas práticas e descobertas estão constantemente sendo

substituídas por outras mais modernas. Assim, os conteúdos específicos devem estar

relacionados entre si, com os conteúdos estruturantes, com outras disciplinas e com

elementos científicos, tecnológicos e sociais.

O professor deve provocar discussões, análises e reflexões, valorizando o

conhecimento empírico do aluno, para chegar ao conhecimento historicamente produzido.

O laboratório (desde que não trabalhado por si só), aulas práticas, análise de

gráficos, pesquisas e trabalhos de campo, entrevistas, problematizações, observações,

visitas, projetos individuais e em grupos, palestras, fóruns, debates, seminários,

conversações, músicas, desenhos, maquetes, experimentos, relatórios, dramatizações,

histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, dentre outros, são recursos

didáticos que podem ser utilizados, evitando-se a forma reducionista de repasse de livros

didáticos. Comparações de acontecimentos científicos - passado, presente e futuro –

também devem estar entre as formas de convite para a aprendizagem, assim como a

utilização das tecnologias encontradas na escola como a utilização do laboratório de

informática, televisão, DVD rádio, retroprojetor e data show.

Salientamos que os temas propostos devem ser flexíveis o suficiente para abrigar a

curiosidade e as dúvidas do educando, para que a compreensão dos conceitos

evidenciem a importância da montagem do método científico, exigindo o desenvolvimento

de atitudes/procedimentos para a solução e interpretações dos fenômenos envolvidos.

AVALIAÇÃO

A avaliação é fundamental para a construção de uma escola democrática, uma vez

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que ajuda a desenvolver capacidades e habilidades de alunos, professores envolvidos no

processo pedagógico, já que a convivência no coletivo é crescimento e amadurecimento.

Os resultados das avaliações devem servir como um dos elementos norteadores

do trabalho docente, onde não só o aluno é avaliado, como também todo o processo.

A avaliação contínua pode verificar a produção constante do aluno e minimizar os

traumas das provas bimestrais. É certo que é praticamente impossível verificar se todos

os objetivos foram alcançados ao final de cada bimestre com uma simples avaliação

escrita, pois eles são numerosos. Então, por que não avaliar também os resultados em

sala de aula? A avaliação constante permite identificar falhas durante o processo e

retornar determinado conteúdo, trabalhadíssimo de outra maneira. O desempenho do

aluno deve ampliar-se de forma contínua e sistemática.

Este processo é obtido utilizando vários processos, como experimentações

práticas, apresentação de uma peça teatral, a análise de um filme, montagem de cartazes

e quadros, debates, entrevistas, interpretações de textos, e resolução de problemas com

base na aplicação dos conceitos, entre outros, selecionados aqueles pertinentes aos

temas de estudo.

Desta forma, o domínio e compreensão dos processos citados acima, dão respaldo

para uma avaliação de todo o trabalho pedagógico, fazendo com que o professor possa

reconhecer o caminho a ser percorrido em sua disciplina.

Ao abordar cada conteúdo específico, o professor precisa estabelecer critérios

avaliativos claros, para tanto, precisa considerar uma série de fatores, dentre os quais

pode-se destacar: a série que será avaliada; o nível cognitivo dos alunos; as diferentes

formas de apropriação dos conteúdos específicos por parte dos alunos; o planejamento

das ações pedagógicas. Para isto, considera-se como critério avaliativo:

O quanto o aluno compreende a necessária refação entre os conhecimentos

físicos, químicos e biológicos para a explicação dos fenômenos naturais;

O quanto o aluno se apropriou de determinado conteúdo científico e o grau de

compreensão em relação a realidade, e fazer este ter a capacidade de construir

conceitos;

O quanto o aluno consegue relacionar aspectos sociais, étnicos, éticos,

econômicos, políticos e históricos relacionando a diversidade cultural envolvidos

nos processos de determinados conteúdos;

Ter habilidades básicas de raciocínio que devem ser considerados do ensino

aprendizagem em relação a observação do mundo ao redor do aluno, análise de

situações do dia-a-dia com base nos conceitos compreendidos;

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A experimentação é o ponto de partida para compreensão de conceitos científicos

dando oportunidade para veracidade dos mesmos;

A caracterização de transformações naturais induzidas pelas atividades humanas

em toda a biosfera;

Reconhecer a necessidade de preservação do ambiente como um todo e também

em particular na região em que se vive.

Enfim, que eles façam articulações entre os conceitos construídos para organizá-

los em um corpo de conhecimentos sistematizados.

REFERÊNCIAS

AMARAL, I. A. do. Ensino de Ciências e os Parâmetros Curriculares Nacionais. In: Seminário Regional sobre Parâmetros Curriculares Nacionais.São Paulo, 16 e 17 de setembro de 1996.

AMARAL, I. A. do. Currículo de Ciências: das tendências clássicas aos movimentos atuais de renovação. In: BARRETO, E. S. DE S. (Org.). Os Currículos do Ensino Fundamental para as Escolas brasileiras. Coleção Formação de Professores. São Paulo: autores associados, 2000.

BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Editora do Brasil S/A.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2.ed. São Paulo: Moderna, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Avaliação, sociedade e escola: fundamentos para a reflexão. 2. ed. Curitiba: SEED, 1986.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. 3. ed. Curitiba: SEED, 1997.

PARANÁ, Prefeitura Municipal de Curitiba. Secretaria Municipal de Educação de Curitiba. Diretrizes Curriculares para a educação municipal de Curitiba. Curitiba, vol. 3. 2006.

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PLANO CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As práticas pedagógicas escolares de Educação Física foram fortemente

influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVII e XIX.

Os exercícios sistematizados pela instituição militar foram reelaborados pelo

conhecimento médico numa perspectiva pedagógica, para atender aos objetivos de

adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos.

A Educação Física se consolidou, especificamente no contexto escolar, a partir da

Constituição de 1937, sendo então, utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e

contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a

ordem. Além desses objetivos, a Educação Física seguiu à guisa dos princípios

higienistas para um corpo forte e saudável, com atividades ligadas à formação de um

corpo masculino robusto, delineado para a defesa e proteção da família e da pátria; as

mulheres, por sua vez, deveriam desenvolver a harmonia de suas feninis e às exigências

da maternidade futura.(CASTELLANI FILHO, 1991, p. 58).

A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil.

Consolidou sua hegemonia no interior da Educação Física, quando os currículos

passaram a tratá-lo com maior ênfase, através do método tecnicista, centrado na

competição e no desempenho. Neste contexto, os chamados esportes olímpicos (volei,

basquete, handebol e atletismo) foram priorizados com o objetivo principal de formar

atletas para representarem o país em competições internacionais.

Em meados dos anos 80, já se pode falar não só de uma comunidade científica na

Educação Física, mas também da delimitação de tendências ou correntes, suscitando os

primeiros debates voltados à uma criticidade. Tais propostas denigrem suas críticas aos

paradigmas da aptidão física e da esportivização. Dentre as correntes ou tendências

progressivas destacam-se as abordagens:

desenvolvimentista: defende a idéia de que o movimento é o principal meio e fim

da Educação Física.

construtivista: no âmbito da Educação Física, a psicomotricidade influenciou a

perspectiva construtivista-interacionista com vistas à formação integral incluindo as

dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano.

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Busca-se a formação de um sujeito que reconheça o próprio corpo em movimento

e, também, a sua subjetividade.

Pretendemos articular experiências de diferentes regiões, escola e professores, nestas

diretrizes que propõe a Educação Física, uma reflexão sobre as necessidades atuais de

ensino e a superação de uma visão fragmentada de homem, ou seja, sob uma

abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política, sempre

em favor da formação humana, apesar de vivermos em uma sociedade desigual.

No mesmo sentido, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de

experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se

efetiva, isto é, na família,na escola, no trabalho, no lazer, etc... e sofre, portanto, os

constrangimentos oriundos dessas relações, seja do ponto de vista econômico, cultural,

político e social.

Nesta direção, a finalidade da Educação Física, por meio do estudo e do ensino

das práticas corporais, deve propiciar o entendimento de que, juntamente com outras

forças sociais, poderá levar às modificações ou transformações completas daquelas

práticas. Portanto, os conteúdos esporte, jogos, brinquedos e brincadeiras, ginástica,

danças e lutas devem estar comprometidos com uma Educação Física transformadora.

A Educação Física tem por objetivo próprio de estudo o corpo em movimento. No

entanto este corpo em movimento não é meramente a manifestação sinestésica, mas um

corpo humano em movimento (considerando aspectos emocionais).

A disciplina de Educação Física é fundamental na formação do educando. No

aspecto motor, onde são trabalhadas a coordenação motora e habilidades perceptivo-

motoras. No aspecto social, são trabalhadas expressões, relações sociais, contribuindo

para a socialização do ser humano e suas relações com o outro e o meio onde está

inserido. No aspecto cognitivo, capacita o aluno para analisar, avaliar e compreender.

Assim contribuímos para a formação completa “física e mental”, estimulando o

auto-conhecimento do corpo e seu limite e capacidade. A partir da educação física a

criança aprende a se conhecer, conhecer a natureza, os eventos sociais, a dinâmica

interna e a estrutura do seu grupo, as relações entre as pessoas e o seu papel social.

Na área pedagógica uma das primeiras referências a ganhar destaque entre os

profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta legitimação da disciplina na

escola.

A educação psicomotora surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral

da criança. Entretanto, a psicomotricidade não estabeleceu um novo arcabouço de

conhecimento para o ensino da Educação Física, e as práticas corporais, entre elas o

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esporte, continuaram a ser tratadas, tão somente, como meios para educação e

disciplinas dos corpos, e não como conhecimento a serem sistematizados e transmitidos

no ambiente escolar. ( DCE – Educação Física, 2008, p. 43)

OBJETIVOS

Participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando suas

características físicas e de desempenho motor bem como de seus colegas, sem

discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;

Apropriar-se de processos de aperfeiçoamento das capacidades físicas, das

habilidades motoras próprias das situações relacionais, aplicando-os com

discernimento em situações-problema que surjam no cotidiano;

Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos jogos,

lutas e dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta, pelo

diálogo e prescindindo da figura do árbitro;

Saber diferenciar os contextos amador recreativo, escolar, e o profissional

reconhecendo e evitando o caráter excessivamente competitivo em quaisquer

desse contexto;

Relacionar a diversidade de manifestações da cultura corporal de seu ambiente e

de outros, com o contexto em que são produzidas e valorizadas;

Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo

de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com

autonomia e a valorizá-las como recurso para melhoria de suas aptidões físicas;

Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência por meio do

planejamento e sistematização de suas práticas corporais;

Organizar e praticar atividades corporais, valorizando-as como recurso para

usufruto do tempo disponível, bem como ter a capacidade de alterar ou interferir

nas regras convencionais, com o intuito de torná-las mais adequadas ao momento

do grupo, favorecendo a inclusão dos praticantes.

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CONTEÚDOS

6º ANO

ESPORTE

Coletivos e individuais

Origem e histórico dos esportes;

Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas;

Fundamentos básicos.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Brincadeiras de rua / populares

Brinquedos

Brincadeiras de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos de estafeta

Jogos dramáticos e de interpretação.

Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;

Brincadeiras, jogos e brinquedos com e sem materiais alternativos;

Construção de brinquedos;

Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.

DANÇA

Danças folclóricas

Atividades de expressão corporal

Cantigas de roda

Origem e histórico das danças;

Contextualização da dança;

Atividades de criação e adaptados;

Movimentos de experimentação corporal.

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GINASTICA

Ginástica artística

Atividades circenses

Ginástica natural

Origem e histórico da ginástica artística;

Movimentos básicos

Construção e experimentação de materiais utilizados na ginástica;

Cultura do circo;

Consciência corporal.

LUTAS

Judô

Karate

Taekwondo

Capoeira

Origem e histórico das lutas;

Atividades que utilizem materiais alternativos;

Jogos de oposição;

Musicalização;

Ginga, esquiva e golpes.

7º ANO

ESPORTE

Coletivos e individuais

Mudanças no decorrer da história;

Noções de regras e elementos básicos;

Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;

Sentido da competição esportiva.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Brincadeiras de rua

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Jogos de raquete e peteca

Jogos de tabuleiro

Jogos de estafeta

Jogos dramáticos e de interpretação

Jogos cooperativos

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e

brincadeiras;

Diferença entre brincadeira, jogo e esporte;

A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos;

Os jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.

DANÇA

Danças folclóricas

Dança criativa

Hip Hop: Break

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;

Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas;

Criação e adaptação de coreografias;

Construção de instrumentos musicais.

GINASTICA

Ginástica artística

Atividades circenses

Ginástica natural

Ginástica rítmica

Aspectos históricos e culturais da ginástica;

Noções de posturas e elementos ginásticos;

Cultura do Circo.

LUTAS

Judô

Karate

Taekwondo

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Capoeira

Mudanças no decorrer da história;

Jogos de oposição;

Ginga, esquiva e golpes;

Rolamentos e quedas.

8º ANO

ESPORTE

Coletivos e individuais

Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, rendimento,

condicionamento físico;

Esporte e mídia;

Esporte: benefícios e malefícios à saúde;

Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;

Discutir e refletir noções de ética nas competições.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos de raquete e peteca

Jogos de tabuleiro

Jogos intelectivos

Jogos cooperativos

Festivais;

Estratégias de jogo.

DANÇA

Danças folclóricas

Dança de rua

Dança de salão

Hip Hop

Apresentação dos elementos de forma crítica;

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Elementos e técnicas de dança;

Pequenas seqüências.

GINÁSTICA

Ginástica artística

Atividades circenses

Ginástica geral

Ginástica rítmica

Noções de postura e elementos ginásticos;

Origem da ginástica com enfoque específico nas diferenças ao longo dos anos;

Manuseio dos elementos da Ginástica;

Movimentos acrobáticos.

LUTAS

Judô

Karate

Taekwondo

Capoeira

Roda de capoeira;

Projeção e imobilização;

Jogos de oposição.

9º ANO

ESPORTE

Coletivos e individuais

Organização de festivais esportivos;

Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico;

Regras oficiais e sistemas táticos;

A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;

Súmulas, noções e preenchimento.

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JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos de raquete e peteca

Jogos de tabuleiro

Jogos intelectivos

Jogos cooperativos

Festivais;

Estratégias de jogo.

DANÇA

Danças folclóricas

Dança de rua

Dança de salão

Hip Hop

Apresentação dos elementos de forma crítica;

Elementos e técnicas de dança;

Pequenas seqüências.

GINÁSTICA

Ginástica artística

Atividades circenses

Ginástica geral

Ginástica rítmica

Noções de postura e elementos ginásticos;

Origem da ginástica com enfoque específico nas diferenças ao longo dos anos;

Manuseio dos elementos da Ginástica;

Movimentos acrobáticos.

LUTAS

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Judô

Karate

Taekwondo

Capoeira

Roda de capoeira;

Projeção e imobilização;

Jogos de oposição.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de movimento, trata-se de

acompanhar a experiência prática e reflexiva dos conteúdos na aplicação dentro de

contextos significativos.

O professor e o aluno devem ser elementos ativos, atuando em uma relação de

reciprocidade. O primeiro deve buscar a competência técnica, através do trabalho com o

conteúdo numa concepção histórica, ao segundo deve ser permitido que reflita, reelabore

o conhecimento, tornando este significativo para sua realidade.

“Educar é uma relação humana estabelecida entre uma geração mais adulta e uma

geração mais nova, devendo permanecer uma constante troca de valores, o convívio e o

crescimento, tanto do professor como do aluno” (CUNHA, 1991).

O professor de Educação Física precisa compreender-se como um intelectual,

responsável pela organização e sistematização dessas praticas corporais que possibilitam

a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas.

Uma das dimensões fundamentais do trabalho atual dos professores é o senso de

investigação de pesquisa. No entanto, a dimensão investigativa do professor em sua

atuação profissional, delimitar questões sobre as quais se deveriam pensar com mais

vigor. Isso é muito importante porque não se pode intervir numa realidade sem conhecê-la

e, na verdade ao se observar com mais cuidado, ela nos oferece cotidianamente uma

serie de desafios. Uma ferramenta muito importante desse processo é o registro escrito

das atividades cotidianas.

Assim, o trabalho docente deve ser balizado por uma intencionalidade que

pretenda representar o papel do professor e da Educação Física ao longo da

escolarização na tentativa de desmistificar formas “naturalizadas” de compreensão da sua

função social.

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Sendo assim, podemos ver que uma aula de Educação Física compõe-se de:

proposição do que vai ser executado; execução do que for proposto e reflexão sobre o

que foi executado.

Quando da proposição de um conteúdo como jogo da queimada, por exemplo, num

primeiro momento o professor promove junto aos alunos discussões sobre as situações

de violência que o jogo cria. Neste sentido, pode construir com eles como adaptar as

regras para o seu controle, onde o espaço para a atividade deverá incluir a todos os

alunos. Na fase seguinte, durante o jogo propriamente dito, poderão emergir várias

situações e conflitos que os leve a perceber que o jogo da queimada é discriminatório,

uma vez que os mais fracos são facilmente eliminados, perdendo a chance de jogar.

Neste momento, surgem inúmeras manifestações corporais advindas do jogo como a

exclusão, relações de poder, dominação, preconceito, violência e paralelamente a essas

situações, surgem também oportunidades de problematizar essa prática no sentido de

buscar alternativas para a cooperação, a criação de estratégias para a permanência na

atividade, entre outras. No terceiro momento o professor deve dialogar sobre as diferentes

manifestações corporais e situações ocorridas no jogo. Os alunos terão oportunidade de

falar, construir e interpretar suas atividades, perceber as dificuldades encontradas e

superações, exercendo assim, sua capacidade de pensamento, ampliando seus conceitos

e opiniões sobre a realidade que os cerca.

Os conteúdos específicos são desenvolvidos de quinta a oitava série. O tratamento

dado na sétima e oitava série terá maior amplitude, cumplicidade e aprofundamento.

AVALIAÇÃO

É necessário superar uma prática pedagógica que insere a avaliação na Educação

Física unicamente na perspectiva da identificação de talentos através de medidas

corporais, de fixação de padrões de conduta e comportamento, bem como de

conhecimentos questionáveis a partir da ótica de uma educação cuja finalidade seja a

apreensão crítica da realidade. Nesse sentido, LUCKESI (1995), tem chamado a atenção

para o fato de que a escola está praticando a verificação e não a avaliação,

principalmente pelo fato de que a aferição da aprendizagem escolar está sendo utilizada,

na maioria das vezes, para classificar os alunos em aprovados e reprovados. E conclui

que, mesmo que haja ocasiões em que se dêem oportunidades para os alunos se

recuperem, a preocupação recai unicamente em rever os conteúdos programáticos para

recuperar a nota.

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De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a avaliação

deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, com critérios de forma

clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, sendo

continua, identificando, dessa forma, os progressos do aluno durante o ano letivo. Pois, é

fundamental que o aluno saiba da importância que é construir conhecimentos dentro da

realidade que está inserido. Pretende-se que ao final do ano letivo o aluno participe de

atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando suas características físicas

e de desempenho motor bem como de seus colegas, sem discriminar por características

pessoais, físicas, sexuais ou sociais. Adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e

solidariedade na prática dos jogos, lutas e dos esportes, buscando encaminhar os

conflitos de forma de não violenta, mas sim pelo diálogo, aprofundando-se no

conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar

algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e a valorizá-las como

recurso para a melhoria de suas aptidões físicas.

Para que a aprendizagem se concretize será usado os seguintes instrumentos

avaliativos: pesquisas, debates, apresentações e trabalhos feitos em grupos ou

individuais, prática esportiva, vivência dos movimentos – cujo horizonte é a conquista de

maior consciência corporal e senso crítico em suas relações interpessoais e sociais.

Já como critérios de avaliação observamos as questões a seguir:

ESPORTES

Espera-se que o alunos possam conhecer, a origem dos diferentes esportes;

Experimentar e vivenciar diferentes esportes;

Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes;

Tenham noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas;

Entender que tais práticas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer, como

esporte de rendimento ou como aptidão física;

Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes;

Reconhecer os benefícios e os malefícios que as práticas esportivas proporcionam

a seus praticantes;

Reconhecer o contexto social e econômico em que os esportes se desenvolveram.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,

brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciaras diferentes formas

de jogar;

Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos;

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Desenvolver festivais a partir dos diferentes jogos sejam eles cooperativos,

competitivos ou de tabuleiro;

DANÇA

Espera-se que conheçam a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre

outros) das danças;

Tenham condições de experimentar, vivenciar, criar e adaptar tanto cantigas de

roda quanto diferentes seqüências de movimentos;

Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, por meio da criação e

adaptação de coreografias;

Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de

deslocamento, entre outros elementos que identifiquem as diferentes danças;

GINÁSTICA

Conhecer os aspectos históricos das diferentes ginásticas;

Experimentar e vivenciar os fundamentos básicos da ginástica (saltar, equilibrar,

rolar/girar, trepar, balançar/embalar);

Conhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais;

Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos

presentes no circo;

A influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.

LUTAS

Conhecer os aspectos históricos das diferentes lutas e se possível vivenciar

algumas manifestações;

Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de

materiais alternativos e dos jogos de oposição;

Aprofundar em alguns elementos procurando compreender a constituição de

algumas das lutas;

Vivenciar alguns movimentos básicos como as quedas e os rolamentos do judô.

REFERÊNCIAS:

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo, Paz e Terra, 1995.

BARBANTI, V., Aptidão Física: Um convite à saúde, São Paulo, 1990.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para a educação básica nas escolas de campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão Educacional. 2002.

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BRACHT, Valter; CRISÓRIO, Ricardo (orgs). A educação física no Brasil e na

Argentina: identidade, desafios, perspectativas: Práticas pedagógicas da educação

física nos tempos e espaços escolares: a corporalidade como termo ausente? Campinas;

Autores Associados, 2003.

BROTO, F., Se o importante é competir, o fundamental é cooperar, São Paulo, Projeto Cooperação, 1997.

CARLIN, Alda Luiza. A educação e a corporalidade do educando. Discorpo. São Paulo, n.04, p. 41-60, 1995.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2008

LIBÂNEO, J. C. e PIMENTA, S. G. (Coords). Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

MEDINA, João P. S. O Brasileiro e seu corpo. 2. ed. Campinas: Papirus, 1990.NOZAKI, h. t. Educação física e reordenamento no mundo do trabalho: Meditações da regulamentação da profissão. Tese de doutorado – Niterói: UFF,2004

TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2: 1-23, jun./jul. 1998.

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PLANO CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso está inserido nas escolas brasileiras há muito tempo. Em cada

momento histórico foi trabalhado de forma diferenciada, tanto na sua forma legal como

pedagógica .

Desde o Brasil colônia já havia Ensino Religioso, porém com outros objetivos e não

como políticas públicas, mas com intuito de evangelizar, acabar com as doutrinas

indígenas e conseguir mais membros para a Igreja Católica que estava vivendo a crise da

Reforma.

Com a chegada da República,muda o pensamento e a forma de estruturar o Ensino

Religioso, que passa a ser laica, isto é, neutralidade religiosa. No entanto ela não se

apresentava totalmente neutra, porque devia ser ministrada de acordo com a confissão

religiosa do aluno, porém era facultativa.

Isto expressava a abertura exclusiva para a religião da classe dominante. Também

a incoerência de propor uma disciplina como parte de formação básica e ao mesmo

tempo ter caráter facultativo.

Na década de 60 ocorreram mudanças na Constituição de 67, abrindo para a

reelaboração da disciplina dando a ela um caráter aconfessional. Porém na prática as

aulas eram dadas por voluntários ligados as suas religiões. Com isso o Estado passava

sua obrigação a outras entidades.

No Paraná a proposta do Ensino Religioso inicia com a Assintec (Associação

Interconfessional de Curitiba). Este grupo elaborou o material pedagógico e cursos de

formação continuada. A SEED firma convênio com a entidade em 73.

Durante um simpósio de Ensino Religioso, surge a preocupação e a necessidade

de incluir o Ensino Religioso na legislação brasileira.

Com a promulgação da Constituição Federal em 1988 e o movimento nacional

buscou garantir o Ensino Religioso como disciplina escolar. Porém,somente a partir da

implementação da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, e a organização da sociedade civil o

Ensino Religioso passou de fato a ser compreendido como disciplina escolar

regulamentada, de modelo laico e pluralista.

No Estado do Paraná, com a versão das Diretrizes Curriculares de Ensino

Religioso para a Educação Básica , o estado oferece um Ensino religioso laico de caráter

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escolar.

Assim, o Ensino Religioso pretende contribuir na formação do cidadão, respeitando

as diferentes expressões religiosas provenientes das diversas culturas do povo brasileiro.

O Ensino Religioso tem como ponto de partida a realidade sócio cultural do

educando, com enfoque centrado no sagrado, historicamente produzido e acumulado pela

humanidade, busca ndo também as questões relacionadas, à cidadania e à convivência

com base no respeito ao outro.

Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se com o patrimônio da

humanidade, que em seu currículo, pressupõe promover aos alunos a oportunidade de

um processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de entender os

movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato religiosos, de

modo a colaborar com a formação do individuo.

Não se pode negar que a convivência entre grupos diferentes muitas é marcada

pelo preconceito, e este é o grande desafio da escola: tornar indivíduos iguais perante a

sociedade respeitando suas diferenças.

OBJETIVOS

Tendo em vista que o conhecimento religioso constitui patrimônio da humanidade é

essencial na formação da consciência critica e como instrumento da analise do

social, reflexão da realidade cujo contexto poder trabalhar com o conhecimento

adquirido para colaborar com a formação da pessoa e apropriação de saberes para

entender os movimentos religiosos de cada cultura.

Assim, o objetivo e conhecer melhor a diversidade religiosa e à compreensão do

outro, a partir do sagrado entendendo os valores e tradições inseridos em sua

cultura.

Aceitar a diferença como aspecto central da existência de grupos e comunidades,

como também desenvolver um senso crítico capaz de distinguir as ações e atitudes

de intolerância cultural e religiosa.

Promover o respeito às outras culturas que passa pelo conhecimento das

diferentes manifestações religiosas presentes em nossa sociedade.

Compreender as diferentes manifestações culturais, como expressão dos povos,

etnias , nacionalidade e os segmentos sociais diversos.

Lidar de maneira construtiva com as diferenças.

Conscientizar os alunos que não somos e nem estamos isolados , mas somos

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interativos , vivemos e aprendemos e crescemos em relação uns com os outros.

Perceber a importância dos diferentes lideres religiosos e a sua contribuição para

com a sociedade e não somente os que tem crenças mas todos mesmos os que

não possuem.

Contribuir para o aluno desenvolver se pensamento de forma a ser capaz de

confrontar diferentes interpretações e construir sua própria visão de mundo

CONTEÚDOS

Conteúdos estruturantes

A lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) valoriza o fortalecimento

dos vínculos familiares, da solidariedade e de respeito à diversidade cultural e religiosa da

sociedade .

Dessa forma, os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos

os conceitos que contribuem para compreender o sagrado.

Fazem parte dos conteúdos propostos :

PAISAGEM RELIGIOSA que define a combinação de elementos culturais e

naturais que remetem a experiência do sagrado sendo uma imagem social mente

construída, de maneira que é preciso compreendê-la corretamente para entender o

aspecto do estudo do sagrado.

UNIVERSO SAGRADO RELIGIOSO que tem como chave de leitura as diferentes

manifestações do sagrado no coletivo e suas significações expressam sentido cuja função

é comunicar ideias e são parte essencial da vida humana.

TEXTO SAGRADO onde se da a preservação dos ensinamentos de diferentes

manifestações religiosas que ocorre de diversas maneiras e que buscam criar mecanismo

de identidade do grupo de seguidores. Que estão presentes nos ritos e nas explicações

de vida e morte.

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CONTEÚDOS DE 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

PAISAGEM RELIGIOSAS

UNIVERSO SIMBÓLICO

UNIVERSO SIMBÓLICO

TEXTO SAGRADO

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

LUGARES SAGRADOS

As diversas religiões

existentes na comunidade, no

estado, país, mundo (ex.

Cristianismo, Espiritismo, Budismo,

etc.).

Os seus fundadores.

Suas relações com o sagrado.

Suas estruturas hierárquicas.

Posições políticas.

O que torna o lugar sagrado.

A família como espaço de

construção do sagrado.

Lugares sagrados de sua

comunidade.

Lugares na natureza

considerados sagrados nas diversas

religiões; rios, lagos, grutas,

montanhas, cachoeiras, caminhos...

lugares construídos; igrejas,

cidades sagradas, cemitérios,

estátuas.

Lugares sagrados do Paraná.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

PAISAGEM RELIGIOSA

UNIVERSO SIMBÓLICO

TEXTO SAGRADO

TEXTOS SAGRADOS ORAIS E ESCRITOS

SÍMBOLOS RELIGIOSOS

O que é texto sagrado?

Quais os topos de textos

sagrados encontrados em sua

comunidade, no país e no mundo.

História da origem dos textos

sagrados.

Apresentação de variados

textos sagrados como:

- Escritos: Bíblia, Alcorão, Vedas

Torá.

- Orais: das culturas africana e

indígena.

Diferentes formas de textos

sagrados escritos de diversas

culturas: catos, poemas, orações,

pinturas, rupestres...

Definição de símbolo.

Formas de expressar os

símbolos nas diversas religiões.

Símbolos religiosos que

conhecem.

Símbolos usados em: ritos, nos

mitos e no cotidiano (exemplo: de

arquitetura religiosa, paramentos,

mantras, objetos, etc.)

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CONTEÚDOS DE 7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

PAISAGEM RELIGIOSA

UNIVERSO SIMBÓLICO

TEXTO SAGRADO

TEMPORALIDADE SAGRADA

FESTAS RELIGIOSAS

O que diferencia o tempo

sagrado do tempo profano.

Como dividem seu tempo no

cotidiano.

Quais seus momentos

voltados ao sagrado.

Criação de diversas tradições

religiosas.

Calendário e seus tempos

sagrados.

- Natal.

- Páscoa.

- Passagem de ano de diversas

religiões.

Festas religiosas.

Datas de rituais.

Festas religiosas familiares.

Festas religiosas da

comunidade.

Festas religiosas de diversas

religiões:

- Ramadã (islâmica)

- Iemanjá (Afro)

- Pessach (Judaica)

- Dente Sagrado (Budista)

- Natal (Cristã)

- Páscoa...

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

PAISAGEM RELIGIOSA

UNIVERSO SIMBÓLICO

TEXTO SAGRADO

RITOS

VIDA E MORTE

Definição de Rito.

Ritos de passagem,

mortuários e propiciatório entre

outros, que são realizados na

comunidade em que vive, no estado,

país e mundo nas diversas religiões.

Ritos Afro, indígenas e de

outras religiões.

O sentido da vida.

Valorização da vida.

Reencarnação.

Ressurreição.

Como cada organização encara

a questão da morte.

Como a morte é encarada na

sua religião e na sua comunidade.

Culto aos mortos (finados).

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O ensino religioso historicamente tinha por base o catolicismo, já as diretrizes

Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessidade de reflexão em torno dos

modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais

contemporâneas que exigem a compreensão da diversidade cultural.

Sendo necessário superar modelos lineares e fragmentados da realidade e a busca

de outros referenciais que permitam uma análise mais complexa da sociedade.

Segundo Costella, “uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos de leitura da

realidade e criar condições para melhorar a convivência entre as pessoas pelo

conhecimento, isto é construir pressupostos para o diálogo” (2004,p101).

Ari Pedro Oro (1997),afirma as características que ajudam a entender o novo

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enfoque para o Ensino religioso a primeira dessas características é o trânsito religioso,

que consiste na “freqüência simultânea a distintas religiões”; a segunda é a privatização

do sagrado, que consiste “[...] no fato de que cada indivíduo tende a moldar a sua própria

religião apropriando-se de fragmentos e de elementos provenientes de diversos e

diferentes sistemas religiosos”; e a terceira, a ampliação e o deslocamento do sagrado,

em que “o sentido religioso é atribuído também à ciência, à arte,em que “o sentido

religioso é atribuído também à ciência, à arte, ao esporte, à mercadoria, às associações

não-governamentais”.

Essas instâncias, embora não remetam diretamente a potências ou a seres

sobrenaturais, podem preencher alguns significados da religião, “como sua força

coercitiva e sua capacidade integradora, e produtora de sentido, menos permanente e

mais transitório, para seus freqüentadores” (ORO, 1997, p. 52-53).

O Ensino Religioso é, portanto, uma questão diretamente ligada à vida, e que vai

se refletir no comportamento, no sentido que orienta a sua ética.

Por tudo isso, o ensino religioso permitira que os alunos possam pensar e entender

que vários grupos constituem culturalmente e se relacionam de alguma forma com o

sagrado, passando assim a entender melhor a diversidade religiosa presente no mundo.

AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de ensino religioso não pode ocorre da mesma maneira

que as outras disciplinas. Como transformar um conteúdo tão pessoal e impalpável, como

a religiosidade, em respostas prontas e mecanizadas numa prova tradicional? O ensino

religioso deve proporcionar uma descoberta, uma sensibilização interna, um engajamento

existencial – e nada disso pode ser avaliado objetivamente, do ponto de vista exterior. Por

isso, é preciso estimular uma auto-análise do aluno, sem cobranças e imposições, como

um processo espontâneo de reflexão pessoal.

A avaliação que fazemos do trabalho realizado nesses moldes é de duas ordens:

uma subjetiva – que é a de verificar o entusiasmo, o engajamento e o interesse

despertado entre os alunos, pelos temas tratados, pelas produções realizadas; outra

objetiva – que é da produção feita pelos alunos, que se revela plena de beleza estética e

significado existencial. Quando há brilho no olhar dos alunos e produção de bom nível,

que mostre que o tema tratado fez sentido através de instrumentos de auxiliem o aluno

registrar o quanto se apropriaram dos conteúdos e que será observada pelo professor

decorre do processo. Diante dessas avaliações, o professor irá intervir para uma

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reorganização do que já tenha trabalhado para auxiliar e compreender melhor a

diversidade cultural e agir conforme as leis que tratam desses assuntos como a lei da

cultura afro-brasileira.

Ensino religioso é ajudar os alunos a se posicionar e relacionar da melhor forma

possível com as novas realidades que o cercam, pois é portanto, uma questão

diretamente ligada à vida, e que vai se refletir no comportamento, no sentido que orienta a

sua ética.

REFERENCIAS:

ORO, Ari Pedro. Modernas formas de crer. Revista Eclesiástica Brasileira, Brasília, p. 52-53, mar.1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, Ensino Religioso Curitiba, SEED, 2006.

LVA, Eliane Moura da. & KARNAL, Leandro. O ensino religioso na escola pública de São Paulo, Secretaria do Estado da Educação, Unicamp. 2002.

COSTELLA, D.O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: JUNQUEIRA, S.; WAGNER, R. ( Orgs.) O ensino religioso no Brasil.Curitiba: Champagnat, 2004.

BIACA, Valmir. O Sagrado no Ensino Religioso. In: ELSON OLIVEIRA SOUZA; EMERLI SCHOLGL; SÉRGIO AZEVEDO JUNQUIERA [e] SANT' ANA, RENÉ SIMONATO.- Curitiba : SEED – Pr.; 2006- p. 136 ( Cadernos Pedagógicos do Ensino Fundamental, v.8).

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PLANO CURRICULAR DE GEOGRAFIA

DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Geografia é uma ciência que estuda a organização do espaço geográfico e suas transformações exercidas pelo homem, em diferentes momentos históricos.

Segundo CAVALCANTI,

(...) entre o homem e o lugar existe uma dialética, um constante movimento, se o espaço contribui para a formação do ser humano, este por sua vez, com sua intervenção, com seus gestos, com seu trabalho, com suas atividades, transforma constantemente o espaço. Não importa se refere a um indivíduo ou a uma sociedade ou nação. Em qualquer caso, o espaço e as próprias percepções e concepções sobre ele são construídas na pratica social. Portanto, a consciência do espaço, ou da geografia do mundo, deve ser construída no decurso da formação humana, incluindo aí a formação escolar. Nesse sentido, o ensino de Geografia deve visar ao desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade do ponto de vista de sua especialidade. Isso porque se tem a convicção de que a prática da cidadania, sobretudo nessa virada de século, requer uma consciência espacial. A finalidade de ensinar geografia para crianças, adolescentes e jovens, deve ser justamente de os ajudar a formar raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço. (CAVALCANTI, 2003, p.4).

A partir desta visão, a geografia é uma área de conhecimento comprometida em

tornar o mundo compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações,

às quais são decorrentes de inter-relações sociais e naturais, pois segundo LEFEBVRE e

SANTOS, “espaço geográfico é o espaço produzido e apropriado pela sociedade,

composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais e

econômicas) inter-relacionados”.

É necessário conhecer, analisar e compreender a realidade geográfica. Referimo-

nos ao espaço geográfico, onde o homem vive em sociedade, desenvolve suas ações e

delas resultam as conseqüências nas mais variadas proporções e em diferentes

momentos.

“Relacionar o cotidiano e lugar, é envolver as relações próximas, ordinárias singulares à mundialidade. A vida cotidiana mais íntima, ao mesmo tempo situa seu lugar na sociedade global” (DANIANI In CARLOS, 1999, p.164).

Para que possamos compreender o mundo que nos rodeia é necessário uma

pluralidade de abordagens da realidade, inter-relacionando os vários aspectos que

definem uma sociedade, considerando que a sociedade brasileira não é heterogenia e

sim uma mistura de raças, etnias de diversas origens do mundo, com conceitos e formas

diferentes de perceber o espaço ocupado.

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Compreender esse processo nos remete às raízes da nossa colonização, à

formação da sociedade brasileira sustentada nas origens européias e africanas, criando

assim uma pluralidade cultural ampla com conceitos diversos.

Decorrente disso cabe à escola, como um dos lugares onde analisa, produz e se

sistematiza conhecimentos, subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos

saberes para que sejam sujeitos capazes de interpretar com olhar crítico o mundo que os

cerca.

A partir do exposto, sobre a teoria e o ensino da Geografia, pode-se acrescentar

que a relevância dessa disciplina está no fato de que todos os acontecimentos do mundo

têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.

Portanto, há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos

específicos da Geografia, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas

geográficas e suas diferentes formas de abordagem.

Neste sentido, não se trata de repassar para os alunos fatos para que eles

memorizem, e sim levantar questões de modo a lhes proporcionar as condições de se

compreenderem como sujeitos da história e agentes da transformação sócio-espacial. É

dentro desta perspectiva que devemos proceder na escolha e no tratamento dos

conteúdos essenciais da disciplina, buscando estabelecer os aspectos fundamentais para

o seu ensino.

OBJETIVOS

Sendo o principal objetivo a busca pela interação do homem com seu meio, as

atividades devem proporcionar ao aluno que lhe permitam:

Compreender a organização do espaço geográfico entendendo as relações dinâmicas

da sociedade e da natureza;

Posicionar o aluno diante de situações reais, transformando o estudo da Geografia num

exercício de cidadania;

Situar o aluno diante das transformações que ocorrem em nível local e mundial –

econômica, política, social, tecnológica e informacional;

Reconhecer o espaço geográfico como resultado do trabalho humano;

Compreender pela comparação, a especialidade dos fenômenos naturais e sociais em

diferentes tempos;

Despertar a participação da população na melhoria da qualidade de um ambiente

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sustentável;

Compreender a sociedade brasileira como resultado de um processo histórico e

valorizar homogeneidade de valores, conceitos, religiões, etc.

CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURA

NTECONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO

DIMENSÃO

ECONÔMICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Relação entre o

campo e a cidade

capitalista;

• Mobilidade

populacional e as

manifestações sócio-

espaciais da diversidade

cultural;

• Evolução

demográfica à distribuição

espacial da população em

indicadores estatísticos.

• Sociedade e as suas

transformações sociais;

• Diversidade social;

• Cidadania;

• Sociedade e trabalho;

• Divisão do trabalho em classes

sociais;

• Sociedade e as atividades

econômicas;

• População e o crescimento e

as condições sócio-econômica;

• Pesquisas e fontes de

informação;

DIMENSÃO

POLÍTICA DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• A formação,

localização e exploração

dos recursos naturais;

• Formação e

transformação das

paisagens naturais e

culturais.

• Formação da Terra (Litosfera,

Hidrosfera, Atmosfera e Biosfera);

• O tempo, o clima e as

formações vegetais;

• Fenômenos climáticos;

• Movimento de translação e as

estações do ano;

• Orientação no espaço

geográfico.

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DIMENSÃO

CULTURAL

DEMOGRÁFIC

A DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• A formação,

localização e exploração

dos recursos naturais;

• As diversas

regionalizações do espaço

geográfico.

• O lugar e a localização no

espaço geográfico;

• Coordenadores geográficos;

• Mapas;

• Globo terrestre;

• Lugar onde mora, localização e

características.

DIMENSÃO

SÓCIOAMBIE

NTAL DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• A distribuição

espacial das atividades

produtivas;

• A transformação da

paisagem e a

reorganização do espaço

geográfico;

• Dinâmica da

natureza e sua alteração

pelo emprego da

Tecnologia e exploração e

produção.

• Os sistemas agrícolas;

• A agroindústria;

• Pecuária;

• A industrialização e seus

efeitos;

• A distribuição das atividades

industriais.

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7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANT

ECONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO

DIMENSÃO

ECONÔMICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Espaço rural e

urbano;

• Índios;

• Negros.

• Modernização rural;

• Conflitos rurais;

• Estrutura fundiária;

• Reordenação do espaço

urbano;

• Apropriação do espaço;

• Conflitos rurais;

• Questões territoriais indígenas.

DIMENSÃO

POLÍTICA DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Cidades;

• Migração.

• Território urbano e

marginalização;

• Formação e o crescimento das

grandes cidades;

• Desenvolvimento dos setores

econômicos;

• Movimentos migratórios

espaciais, indicadores

estatísticos.

DIMENSÃO

CULTURAL

DEMOGRÁFICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Paraná;

• Negros.

• Índios.

• Formação étnica do Paraná;

• Evolução demográfica da

população;

• População negra do Brasil;

• Migração do povo africano e do

afro-descendentes;

• Distribuição espacial e índices

estatísticos.

DIMENSÃO

SÓCIOAMBIEN

TAL DO

• Estado do Paraná –

aspectos naturais;

• Formação do Estado;

• Clima;

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ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Problemas

ambientais brasileiros.

• Relevo;

• Hidrografia;

• Vegetação;

• Problemas ambientais;

• Movimentos sócio-ambientais.

8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANT

ECONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO

DIMENSÃO

ECONÔMICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Setores econômicos;

• Blocos econômicos;

• Globalização;

• Paraná.

• Formação dos blocos

econômicos regionais;

• Desigualdades econômicas e

sociais;

• Atividades econômicas do

Paraná, turismo;

• Circulação de mercadorias,

pessoas e informação

econômica.

DIMENSÃO

POLÍTICA DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• A nova ordem

mundial;

• Países do norte e do

sul;

• Estado nação e

território;

• Continente

Americano;

• Origem do desenvolvimento e

subdesenvolvimento do mundo;

• Formação, transformação e

diferenciação dos espaços

mundiais;

• Regionalização do espaço

americano;

• Conceitos de região, território,

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• América Latina. paisagem, natureza e sociedade.

DIMENSÃO

CULTURAL

DEMOGRÁFICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Continente

americano;

• América Latina;

• América Anglo-

Saxônica.

• O mundo em transformação;

• Ocupação e formação

histórica;

• Aspectos populacionais;

• Formação étnica Paranaense;

• Cultura Afro-brasileiro;

• Migração populacional;

• Indicadores demográficos e

suas implicações sócio-

espaciais.

DIMENSÃO

SÓCIOAMBIEN

TAL DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Meio ambiente no

Continente

Americano;

• América Latina;

• Brasil;

• Paraná.

• Influencia rural nas áreas

urbanas;

• Aspectos naturais e físicos

(vegetação, clima, relevo e solo);

• Localização do Estado dentro

do Planeta;

• Problemas ambientais no

continente americano (variação

climática e conseqüências).

9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURAN

TECONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO

DIMENSÃO

ECONÔMICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Nova Ordem

mundial século XXI;

• Bipolaridade do

século XX;

• Os continentes.

• Papel das organizações

internacionais;

• Comércio mundial e as

implicações sócio-espaciais;

• Economia, política, questões

sociais;

• Desigualdades na distribuição

de renda.

DIMENSÃO

POLÍTICA DO • Conflitos mundiais; • Terrorismo no Oriente Médio;

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ESPAÇO

GEOGRÁFICO• Fronteiras.

• Redefinição de fronteiras de

acordo com os conflitos étnicos-

culturais, políticos, econômicos

de base territorial;

• Mobilidade das fronteiras.

DIMENSÃO

CULTURAL

DEMOGRÁFICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Ásia;

• África;

• Europa;

• Oceania;

• Américas.

• Formação populacional;

• Conflitos étnicos e religioso;

• Estrutura etária e etnia da

população;

• Tipos de migração e imigração

e suas influências no espaço

geográficos;

• Evolução demográfica da

população;

• Movimentos migratórios

mundiais e suas motivações;

• Mudanças demográficas

gerada pela evolução técnico-

científico.

DIMENSÃO

SÓCIOAMBIEN

TAL DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

• Poluição

atmosférica;

• Desmatamento;

• Consciência

ambiental.

• Chuva ácida;

• Camada de ozônio;

• Inversão térmica;

• Aquecimento global;

• Reflorestamento;

• Florestas;

• Transformação das paisagens;

• Exploração dos recursos

naturais pelos indígenas;

• Conservação do meio

ambiente.

117

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Estabelecer relações entre os conteúdos e a realidade dos alunos é garantir uma

educação de qualidade. Para que os alunos observem, analisam e compreendam o

espaço é preciso proporcionar oportunidades e instrumentos que garantam a

compreensão do espaço com o processo histórico desigual e contraditório.

Na Geografia devemos valorizar as atitudes e procedimentos que os alunos

possam adquirir estudando o seu cotidiano ao observar, descrever, problematizar,

discutir, comparar, representar e compreender o espaço geográfico e sua influência

cultural, social, política e ética que determinam os parâmetros da formação de uma

sociedade.

A concepção de aprendizagem deve ser voltada à formação plena do educando,

tendo o cuidado de deixar claro quais são os métodos mais adequados para atingir esse

objetivo, respeitando o tempo de aprendizagem de cada aluno.

Assim o professor deve ter consciência que muitos devem ser os recursos didáticos

utilizados no processo de aprendizagem para contemplar essa diversidade que

caracteriza o universo da sala de aula, considerando a leitura, observação, descrição e

interação da paisagem feita pelo educando.

Somados a estes procedimentos, colocamos o uso dos recursos didáticos, tais

como o trabalho com diferentes fontes documentais, imagens, música, estudo do meio,

leitura de textos de apoio e reflexivos, dramatizações, pesquisas, Internet, representações

cartográficas, documentários, etc, que poderão ser amplamente utilizados para a

compreensão do estudo da Geografia, para que sejam atingidos os objetivos de maneira

mais completa e agradável possível.

AVALIAÇÃO

Avaliar a ação é uma atividade necessária e permanente na escola, devendo ser

entendida como parte integrante do processo de ensino aprendizagem.

O processo avaliativo deverá proporcionar não somente um instrumento para

perceber se houve aprendizagem, mas também, reconhecer e identificar as dificuldades

do aluno e os possíveis desacertos da própria prática do docente.

A avaliação deve ser diagnóstica, processual e continuada, porque considera que

os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagens diferentes, aponta dificuldades e

118

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possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.O professor além de

utilizar provas escritas, utilizará instrumentos de avaliação que contemplem várias formas

de expressão, como: leitura e interpretação de textos, de fotos, imagens, gráficos, tabelas

e mapas; produção de texto; pesquisas bibliográficas; seminários, construção e análise de

maquetes. O professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias

formas de expressão dos alunos.

REFERÊNCIAS:

BRANCO, Anselmo Lázaro; LUCCI, Elian Alabi. Geografia Homem e Espaço: a natureza, o homem e a organização do espaço. São Paulo: Saraiva, 2002.

_______________. Geografia Homem e Espaço: a organização do espaço brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2002.

DANIANI, A. L. O lugar e a produção do cotidiano. In: CARLOS, A. A. (Org.). São Paulo: Contexto, 1999.

GARCIA, Hélio Carlos. Geografia: espaço geográfico e fenômenos naturais. São Paulo: Scipione, 2002.

MOREIRA, Igor. Geografia – Construindo o Espaço: construindo o espaço brasileiro. São Paulo: Ática, 2002.

VESENTINI, J. William; VLACH, Vânia. Geografia Crítica: O espaço natural e a ação humana. São Paulo: Ática, 2004.

________________. Geografia Crítica: O espaço social e o espaço brasileiro. São Paulo: Ática, 2004.

Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental. Secretaria de

Educação do Estado do Paraná. 2008.

119

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PLANO CURRICULAR DE HISTÓRIA

DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Estudar História é compreender como se desenvolvem as sociedades no tempo. E

para que este estudo se efetive na prática é necessário romper com conceitos que

trabalhavam a disciplina como um estudo onde era priorizado o passado e a visão

eurocêntrica que explicava a realidade a partir da sua interpretação do processo

histórico.

A Diretriz da Disciplina de História procura fazer um resgate histórico para que se

tenha conhecimento de como ela foi conteudista e era trabalhada de uma forma

tradicional sem fazer relação com o presente.

O modelo de nação brasileira, era visto como extensão da História européia

ocidental onde legitimava-se valores aristocráticos e excluía a possibilidade das pessoas

comuns serem entendidas como sujeitos históricos.

A partir dessas reflexões é fundamental trabalhar saberes históricos que organizem

e aproximem a História e seus objetos, assim este terá como ponto de partida a

investigação da História política, sócio-econômica e cultural que certamente possibilitará

desenvolver conhecimentos que apresentarão uma perspectiva de inclusão social.

A Escola Estadual Barro Preto possui uma História significativa onde os sujeitos

que a ela pertencem precisaram conhecer e construir uma consciência que leve em conta

suas ações, sua maneira de pensar, agir, raciocinar, de representar, instituir, portanto de

se relacionar socialmente, politicamente e culturalmente. E para que este ideal se efetive

na prática é necessário conhecer, desafiar os problemas que a comunidade enfrenta

através de um método que possibilite desenvolver a narrativa histórica que tem por

objetivo principal contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas

dos sujeitos e suas relações.

A comunidade escolar enfrenta vários problemas, como descreve o marco

situacional da escola, assim, faz-se necessário verificar qual é o papel da Disciplina de

História diante das necessidades que se apresentam, por exemplo, a perda de identidade,

pois a localidade até dois anos atrás era rural, já é considerada urbana por causa da

abertura de loteamentos e a vinda de várias famílias em busca de novas perspectivas.

120

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Assim faz-se necessário compreender este processo, onde o professor terá que articular

esta discussão desenvolvendo um recorte histórico que leve em conta essas

problemáticas que permitiram que o aluno torne-se politizado, sendo aquele que participa

de sua comunidade de forma positiva na construção do bem-estar coletivo.

O professor deve ser um orientador e deve esclarecer que a produção do

conhecimento histórico só acontecerá se realmente o aluno se apropriou desses

conhecimentos e da realidade em que vive, bem como buscar compreender que a História

é um processo e que precisa ser refletido abrangendo todos os ritmos do tempo e do

espaço.

OBJETIVOS

Para que a Disciplina de História se desenvolva no Ensino Fundamental desta

escola alguns objetivos necessitam ser desenvolvidos:

• identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na

região, no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e

espaços:

• refletir historicamente percebendo que o conhecimento histórico é construído

pelos seres humanos e por isso está condicionado as relações destes;

• compreender que as histórias individuais são partes integrantes de histórias

coletivas e reconhecer-se pertencente a essa história, promovendo dessa forma

a auto-estima do aluno;

• reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento

multidisciplinar;

• conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e

espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, sociais e políticas,

percebendo diferenças e semelhanças entre elas, continuidades e

descontinuidades, conflitos e contradições;

• questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções,

conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que

possibilitem modos de atuação;

• dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo

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a observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,

iconográficos, sonoros e materiais;

• valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social, considerando

critérios éticos.

• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos com

intuito de desenvolver a democracia.

122

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CONTEÚDOS6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

1) A experiência humana no tempo

A

Humanidade e a

História;

De onde

viemos, quem

somos, como

sabemos?

O local e o Brasil A relação com o mundo

Percepções do

tempo histórico;

Relações com a

sociedade no

tempo.

A formação do

pensamento

histórico;

os vestígios

humanos: os

documentos

históricos;

o surgimento dos

lugares de memórias:

lembranças, mitos,

museus, arquivos,

monumentos,

espaços públicos,

privados sagrados;

as diversas

temporalidades nas

sociedades

indígenas, agrárias e

industriais;

as formas de

periodização: por

dinastia, por eras, por

eventos significativos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo

Como surgiu a O local e o BrasilA relação com o

mundo

123

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DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

comunidade do

Barro Preto?

(história,

documentos,

fotos...)

Os povos

indígenas e suas

culturas na História

do Paraná;

colonizadores

portugueses e suas

culturas na América

e no território

paranaense;

os povos

africanos e suas

culturas no Brasil e

no Paraná;

os imigrantes

europeus e asiáticos

e suas culturas no

Brasil e no Paraná;

a condição das

crianças, dos

jovens, dos idosos

na história do Brasil

e do Paraná

O surgimento

da humanidade na

África e a

diversidade

cultural na sua

expansão: as

teorias sobre seu

aparecimento;

as sociedades

comunitárias;

as sociedades

matriarcais;

as sociedades

patriarcais;

o significado

das crianças,

jovens e adultos

nas sociedades

históricas.

124

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

3) A cultura local e a cultura comum

Etnia da

comunidade,

religiosidade,

festas, variação

linguística,

lendas...

O local e o Brasil A relação com o mundo

Os mitos,

rituais, lendas dos

povos indígenas

paranaenses;

as

manifestações

populares do

Paraná: a

congada, o

fandango, cantos,

lendas, rituais e

as festividades

religiosas;

pinturas

rupestres e

sambaquis no

Paraná;

a produção

artística e

científica

paranaense.

Pensamento

científico: a

antiguidade grega e

Europa moderna;

a formação da

arte moderna;

as relações entre

a cultura oral e a

cultura escrita: a

narrativa histórica.

125

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7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

1) As relações de propriedade

O local e o BrasilA relação com o

mundo

126

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DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

A propriedade

coletiva entre os

povos indígenas,

quilombolas,

ribeirinhas, de ilhéus

e faxinais no

Paraná;

a família e os

espaços privados: a

sociedade patriarcal

brasileira a

constituição do

latifúndio na

América portuguesa

e no Brasil Imperial

e republicano;

as reservas

naturais e indígenas

no Brasil;

a reforma agrária

no Brasil; as

propriedades da

terra nos

assentamentos.

A constituição

dos espaço público

da antiguidade na

pólis grega e na

sociedade romana;

a reforma

agrária na

antiguidade greco-

romana;

a propriedade

coletiva nas

sociedades pré-

colombianas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

2) O mundo do campo e o mundo da cidade

O local e o Brasil A relação com o mundo

127

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DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

As primeiras

cidades brasileiras:

formação das vilas

e das Câmaras

municipais;

o engenho

colonial, a

conquista do

sertão;

as missões

jesuiticas;

a Belle Époque

tropical,

modernização das

cidades;

cidades

africanas e pré-

colombianas.

As cidades na

antiguidade oriental;

as cidades nas

sociedades antigas

clássicas;

a ruralização do

Império Romano e a

transição para o

feudalismo europeu;

a constituição

dos feudos (Europa

Ocidental, Japão e

sociedades da

África meridional) e

glebas servis

(Europa Ocidental);

as

transformações no

feudalismo europeu;

o crescimento

comercial e urbano

na Europa.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

3) As relações entre o campo e a cidade

128

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RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

O local e o BrasilA relação com o

mundo

As cidades

mineradoras;

as cidades e o

tropeirismo no

Paraná;

os engenhos da

erva mate no litoral

e no Primeiro

Planalto.

Relações

campo-cidade no

Oriente;

as feiras

medievais;

o comércio

com o Oriente;

os

cercamentos na

Inglaterra

moderna;

o início da

industrialização na

Europa;

a reforma

agrária na América

Latina no século

XX.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

129

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RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

4) Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade

O local e o BrasilA relação com o

mundo

A relação entre

senhores e

escravos;

o sincretismo

religioso (formas de

resistência afro-

brasileira);

as cidades e as

doenças;

a aquisição da

terra e da casa

própria;

o MST e outros

movimentos pela

terra;

os movimentos

culturais

camponeses e

urbanos no Brasil

republicano nos

séculos XIX, XX e

XXI.

A peste negra e

as revoltas

camponesas;

as culturas

teocêntricas e

antropocêntricas;

as

manifestações

culturais da

América Latina,

África e Ásia;

as resistências

no campo e na

cidade: América

Latina e continente

africano;

a história das

mulheres orientais,

africanas e outras.

8º ANO

130

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

1) História das relações da humanidade como trabalho

A história do

trabalho na

comunidade;

profissões

dos pais;

autônomos;

assalariados;

O local e o BrasilA relação com o

mundo

O trabalho nas

sociedades

indígenas;

sociedade

patriarcal e

escravocrata;

mocambos/Quilo

mbos as

resistências na

colônia;

remanescentes

de quilombos.

A história do

trabalho nas

primeiras

sociedades

humanas;

o trabalho e a

vida cotidiana nas

colônias

espanholas: a

mita;

o trabalho

assalariado.

131

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

2) O mundo do campo e o mundo da cidade

as relações

de trabalho na

família, sua

importância...

O local e o Brasil A relação com o mundo

A

desvalorização do

trabalho no Brasil

Colônia e império;

a busca pela

cidadania no Brasil

Império;

os saberes nas

sociedades

indígenas: mitos e

lendas que

perpetuam as

tradições;

corpos dóceis:

o papel da escola

no convencimento

para um bom

trabalhador.

Os significados

do trabalho na

Antiguidade-Oriental

e Antiguidade

Clássica;

as três ordens

do imaginário

feudal;

as corporações

de ofício;

o entretenimento

na corte e nas

feiras;

o nascimento

das fábricas e a vida

cultural ao redor.

132

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

3) O mundo do trabalho

No mundo

capitalista,

individualista,

consumista,

como está

inserida a

sociedade na

qual a escola faz

parte?

O local e o BrasilA relação com o

mundo

A

desvalorização do

trabalho;

o latifúndio no

Paraná e no Brasil;

a sociedade

oliguárquico-

latifundiária;

a vida cotidiana

das classes

trabalhadoras no

campo e as

contradições da

modernização.

A produção e a

organização social

capitalista;

a ética e moral

capitalista.

133

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

4) As resistências e as conquistas de direito

O local e o BrasilA relação com o

mundo

O movimento

sufragista feminino;

a discriminação

racial e linguística

(o caipira no

contexto do

capital);

as congadas

como resistência

cultural;

a consciência

negra e o combate

ao racismo;

movimentos

sociais e

emancipadoras;

os homens, as

mulheres e os

homossexuais no

Brasil e no Paraná.

O movimento

sugrafista feminino;

a Declaração

dos Direitos do

Homem e do

Cidadão;

o Ludismo;

a constituição

dos primeiros

sindicatos de

trabalhadores;

os homens, as

mulheres e os

homossexuais no

mundo

conteporâneo.

134

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9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

1) A formação das instituições sociais

associação dos

bairros?

Qual a

participação? O

que

reinvindicar?

O local e o Brasil A relação com o mundo

a formação do

cacicado nas

sociedades indígenas

do Brasil

a Igreja Católica e

as reduções jesuíticas

na América portuguesa

as irmandades

católicas e as religiões

afro-brasileiras na

América portuguesa

o surgimento dos

cartórios, hospitais,

prisões, bancos,

bibliotecas, museus,

arquivos, escolas e

universidades no Brasil

a formação dos

sindicatos no Brasil;

as associações e

clubes esportivos no

Brasil

A instituição da

Igreja no Império

Romano;

as ordens

religiosas;

as guildas e as

incorporações de

ofício da Europa

medieval;

o surgimento

dos bancos, escolas

e universidades

medievais;

a organização

do poder entre os

povos africanos;

a formação das

associações de

trabalhadores e dos

sindicatos no

Ocidente;

o surgimento

das empresas

transnacionais e

instituições

internacionais.

135

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSCONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

2) A formação do Estado

O local e o Brasil A relação com o mundo

As relações entre o

poder local e o

Governo Geral na

América portuguesa;

os quilombos na

América portuguesa e

no Brasil Imperial;

a formação do

estado-nação

brasileiro;

as constituições do

Brasil imperial e

republicano;

a instituição da

república no Brasil: as

ditaduras e a

democracia;

os poderes do

Estado brasileiro:

executivo, legislativo e

judiciário;

as empresas

públicas brasileiras;

a constituição do

Mercosul.

O surgimento da

monarquia nas

sociedades da

antiguidade no

Crescente Fértil;

a monarquia e a

nobreza na Europa

Medieval;

a formação dos

reinos africanos;

o Estado

Absolutista Europeu;

a constituição da

república no Ocidente;

o imperialismo no

século XIX;

a formação dos

Estados nacionais nos

séculos XIX a XXI: as

ditaduras e as

democracias;

a constituição dos

Estados socialistas e

dos Estados de Bem-

Estar Social;

a formação dos

blocos econômicos.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

RELAÇÕES

DE TRABALHO

RELAÇÕES

DE PODER

RELAÇÕES

CULTURAIS

3) Guerras e revoluções

Rivalidade

entre os

bairros. Por

quê?

O que fazer

para mudar

essa cultura.

O local e o Brasil A relação com o mundo

As guerras e

revoltas indígenas e

quilombos na América

portuguesa e no

Brasil imperial;

as revoltas

republicanas na

América portuguesa;

as revoltas sociais

no Brasil imperial e

republicano;

as guerras

cisplatinas e a guerra

do Paraguai;

os movimentos

republicanos e

abolicionistas no

Brasil imperial;

o movimento

anarquista, comunista

e tenentista no Brasil;

o Brasil nas

Guerras Mundiais;

os movimentos

pela

redemocratização do

Brasil (carestia,

feministas. Etno-

raciais e estudantis).

As revoltas

democráticas nas pólis

gregas;

as revoltas plebéias,

escravas e camponesas na

república romana;

as heresias medievais;

as guerras feudais na

Europa Ocidental e as

cruzadas;

as revoltas religiosas

na Europa moderna;

a conquista e a

colonização da América

pelos povos europeus;

as revoluções

modernas;

os movimentos

nacionalistas;

as guerras mundiais;

as revoluções

socialistas no século XX;

as guerras de

independência das nações

africanas e asiáticas;

os movimentos

camponeses latino-

americanos e asiáticos.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para implementar os conteúdos selecionados para trabalhar na sala de aula há a

necessidade de refletir sobre os objetivos a serem atingidos para que a proposta se

efetive na prática.

Pedagogicamente é necessário perceber que a idade dos alunos gira em torno dos

10 aos 14 anos, são crianças, assim o processo de construção do conhecimento deverá

acompanhar esta faixa etária. .

A investigação do professor será fundamental para que o aluno possa

compreender os diferentes contextos históricos levando sempre em conta o passado, que

será refletido para a construção da consciência histórica. Assim destaca-se o seguinte:

Trabalhar com a narrativa histórica, por exemplo, contemplando o objetivo

referente ao patrimônio cultural, pois conforme foi descrito a comunidade carece desses

cuidados e a disciplina de História através de textos, visitas em localidades que possuem

patrimônios que foram destruídos ou não, poderão contribuir para uma consciência de

preservação destes espaços.

O uso de filmes, documentários, músicas também será priorizado para refletir e

usar como recurso didático.

Ao planejar a aula é necessário problematizar sempre refletindo sobre o conteúdo

que se pretende trabalhar, assim a apropriação dos conceitos terão um resultado

significativo, e é fundamental sempre retomar os conceitos pois a aprendizagem é

processual e necessita sempre estar sendo revista.

Pensando na escola, na comunidade os objetivos foram levantados e este exemplo

de trabalhar com o método investigativo é fundamental nesta faixa etária, pois é um

período de descoberta para o aluno assim ele aprenderá valorizar o patrimônio

sociocultural respeitando a diversidade social, considerando critérios éticos.

Para a 7° e 8° série o aluno está na fase de adolescência e o professor pode

implementar uma maneira diferente de trabalhar os conceitos da Disciplina de História, já

tendo a clareza que o estudo da Disciplina no Ensino Médio será temática.

Trabalhar com a problematizarão é fundamental neste momento e os recursos

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utilizados poderão ser: as imagens, livros, jornais, história em quadrinhos, filmes e

músicas são documentos que podem ser utilizados. Estes auxiliaram na escolha de temas

que poderão já estar fazendo a interdisciplinaridade com outras áreas do conhecimento,

considerando que a Disciplina de História é a articuladora de conceitos com as outras

áreas do conhecimento.

AVALIAÇÃO

A avaliação como parte integrante do processo ensino-aprendizagem tem por

objetivo diagnosticar, caracterizando-se como processo formativo para o aluno. Ela deve

sinalizar as dificuldades que os alunos apresentaram para que o professor possa

(re)avaliar os conceitos já trabalhados.

Para a disciplina de História alguns critérios são fundamentais:

Verificar se o aluno está interagindo com o conteúdo trabalhado demonstrando

interesse pelo assunto (avaliação cotidiana);

Fazer com que o aluno relate, sistematize os conceitos adquiridos;

Verificar se os conteúdos trabalhados, conceitos históricos foram assimilados pelos

alunos por escrito, discussão ou apresentação de trabalho em equipe;

Observar se a construção da temporalidade permitiu ao aluno compreender as

diferentes dimensões e contextos históricos, através de cartazes desenhos e da

própria criação do aluno;

Verificar se o aluno compreendeu a importância de trabalhar com documentos

históricos (interpretação de textos, livros, visitas a patrimônios e outros).

A medida que o professor achar necessário criar outras maneiras de avaliar poderá

conversar com a equipe pedagógica da escola e reestruturar seu planejamento com a

realidade que achar necessária naquele momento.

Como nas outras séries a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de

modo que possa permear o conjunto das ações propostas. Alguns pontos são

fundamentais para que se desenvolva na prática:

Além de verificar se os conteúdos estão sendo apropriados pelo aluno procurar

perceber se estão sendo utilizados para compreender os diferentes contextos;

Verificar se compreendem a História como prática social, da qual participam como

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sujeitos de seu tempo:

Se o respeito a diversidade cultural e étnico-racial, religiosa, social e econômica

foram construídas a partir do conhecimento histórico;

Por fim compreender se a produção do conhecimento histórico pode validar ou

refutar a produção historiográfica já existente.

Os mecanismos para que estes se efetivem serão: apresentação de trabalhos,

construção de memoriais , e sempre a observação da participação e criatividade dos

alunos que será de grande valia para avaliar a Disciplina de História.

REFERÊNCIAS:

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

BOURDÉ. As escolas históricas. Lisboa: Publicações Europa-América, ( s. d.).

BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo 1989.

Diretrizes Curriculares do Ensino de História do PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, 2008.

DUBY, Georges. Guerreiros e Camponeses. Lisboa , Estampa, 1999

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis, Vozes, 2001.

HOBSBAWN,Eric. Sobre a História. São Paulo, 1998

HOBSBAWN,Eric. A Era da Revoluções: Rio de Janeiro, 2005

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, 1992.

THOMPSON, Edward. Costumes em Comum. São Paulo,1998

WACHOWISCZ, Ruy. História do Paraná. Curitiba. Imprensa Oficial., 2002.

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PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa, no século XIX, relacionava-se somente com a

análise das raízes, embasada na filosofia grega. A linguagem era usada somente como

expressão de pensamento. Somente no início do século XX, através das novas teorias

linguísticas, começava-se a ouvir os “ecos” da mudança.

No princípio, o ensino da língua destinava-se a uma elite que valorizava a

gramática normativa e abordava a norma padrão. As pessoas humildes não tinham

acesso à escola.

A Língua Portuguesa passou por diversas mudanças e manteve suas

características até o século XX.

A Lei n 5692/71 propunha que o ensino da língua deveria preparar o aluno para o

trabalho, os estudos eram pautados nas teorias de Jakobson. Na década de 70, passou a

ser produzido industrialmente o livro didático e o ensino resumia-se na prática de um

ensino reprodutivista. Os textos em sua maioria eram fragmentados e focados na

historiografia literária.

“Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos, é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influência do povo é decisiva.” (Machado de Assis)

A disciplina na LDB nº 5692/71, vinha dicotomizada em Língua e Literatura (com

ênfase na Literatura Brasileira). A divisão repercutiu na organização curricular: a

separação entre gramática, estudos literários e redação. Os livros didáticos, em geral, e

mesmo os vestibulares, reproduziram o modelo de divisão. Muitas escolas mantêm

professores especialistas para cada tema e até mesmo, aulas específicas como se

leitura/literatura, estudos gramaticais e produção de texto não tivessem relação entre si.

Presenciamos situações em que o caderno do aluno era assim dividido.

A perspectiva dos estudos gramaticais na escola até hoje se centra, em grande

parte, no entendimento na nomenclatura gramatical como eixo principal; descrição e

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norma se confundem na análise da frase; essa deslocada do uso, da função e do texto. O

estudo gramatical aparece nos planos curriculares de português, desde as séries iniciais,

sem que os alunos, até as séries finais do ensino médio, dominem a nomenclatura.

Estaria a falha nos alunos? Será que a gramática ensinada faz sentido para aqueles que

sabem gramática por que são falantes nativos? A confusão entre norma e gramaticalidade

é o grande problema da gramática ensinada pela escola. O que deveria ser um exercício

para o falar/escrever/ler melhor se transforma em uma camisa de força incompreensível.

Os estudos literários seguem o mesmo caminho. A história da literatura costuma

ser o foco da compreensão do texto; uma história que nem sempre corresponde ao texto

que lhe serve de exemplo. O conceito de texto literário é discutível.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a

reflexão sobre seu próprio texto, tais como: atividades de revisão, de reestruturação ou

refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos

gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar. O estudo do texto e da sua

organização sintático-semântica permite ao professor explorar as categorias gramaticais,

conforme cada texto em análise. Mas, nesse estudo, o que vale não é a categoria em si:

mas a função que ela desempenha para os sentidos do texto. Como afirma Antunes,

“mesmo quando se está se fazendo a análise linguística de categorias gramaticais, o

objeto de estudo é o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).

Os professores, portanto, farão ver aos alunos que a escola é o espaço em que

pode também existir o erro, e que ele pode errar para que, a partir dessa consciência sob

uma dinâmica de tentativas, acertos, comparações, deduções, construa o aprendizado do

fato linguístico.

Levar em conta o erro e a dúvida como elementos constitutivos do processo de

trabalho em análise linguística, deve ter por efeito propiciar que o aluno se capacite a

construir metáforas, a transformar conceitos, a ser afirmativo de seus valores e

compreensivo dos valores do outro, concordando ou não com tais diferenças, porém,

discernindo-as para que possa fazer suas próprias escolhas.

Sabendo que essa perspectiva educacional, não vem contemplando a necessidade

linguística dos nossos alunos propomos que o processo de ensino/aprendizagem de

Língua Portuguesa, no Ensino Fundamental deve priorizar uma visão sobre o que é

linguagem verbal, pois a mesma se caracteriza como construção humana e histórica de

um sistema linguístico e comunicativo em determinados contextos. Assim, na gênese da

linguagem verbal estão presentes os homens, seus sistemas simbólicos e comunicativos,

em um mundo sócio-cultural.

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As expressões humanas incorporam todas as linguagens, mas, para efeito didático,

a linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua

materna, ela é prioritária como instrumento de trabalho. O caráter sócio-interacionista da

linguagem verbal aponta para uma opção metodológica de verificação do saber lingüístico

do aluno, como ponto de partida para a decisão daquilo que será desenvolvido, tendo

como referencia o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais.

A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala e o

discurso que se produz, e a função comunicativa, o principal eixo de sua atualização e a

razão do ato linguístico.

As práticas discursivas estão presentes no texto verbal, oral ou escrito, e também

em diferentes linguagens, estabelecendo experiências reais de uso da língua.

A oralidade no ambiente escolar, permite pautar-se em situações do cotidiano, no

uso da fala, produção de discursos nos quais o aluno se constitui um sujeito no processo

interativo. As variações linguísticas geralmente são vistas como “erradas”, e seu objetivo

é promover o diálogo entre os diversos falares. Constituem sistemas linguísticos eficazes,

atendem a diferentes contextos comunicativos, levando-se em conta os hábitos culturais

do educando, sem se esquecer da norma padrão, que deverá ser ensinada de forma

gradativa.

Confrontar as estratégias específicas da oralidade às da escrita, resulta no ato de

ensinar aos alunos a se sentirem bem para expressarem suas ideias com segurança e

fluência.

A prática da oralidade no ensino deve oferecer condições ao aluno de falar com

fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme a circunstância (inter-

locutores, assunto, intenções), aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e,

principalmente, praticar e aprender a convivência democrática, tanto pelo livre direito à

expressão quanto pelo reconhecimento do mesmo direito. (FARACO, 1988).

A prática da leitura, de diversos gêneros textuais, deverá sempre estar presente no

ensino da Língua Portuguesa, desenvolvendo assim no aluno, a criatividade, a

imaginação e auxiliando na prática da produção textual.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes práticas sociais

– notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens,

propagandas, informações, charges, romances, contos etc. - percebendo em cada texto a

presença de um sujeito, de um interesse. Entretanto, tal interesse não é determinante da

leitura. A construção de um significado de um texto é de responsabilidade do leitor. Um

leitor pode, inclusive, ler e interpretar um texto para o qual ele não era o interlocutor

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originário.

No processo de leitura, a escola não pode deixar de lado as linguagens não-

verbais. A leitura de imagens, como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e

virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve

contemplar o multi-letramento.

A escrita promove o contato com diferentes textos, ampliando o próprio conceito de

gênero discursivo. As produções textuais deverão ser motivadas, proporcionando ao

educando uma reflexão das linguagens verbais, não-verbais e relações inter e

multidisciplinares.

Segundo as DCEs a prática da escrita requer ter em mente que tanto o professor

quanto o aluno necessitam, primeiramente, planejar o que será produzido; em seguida

escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada, então, revisar, reestruturar e

reescrever o texto.

Por meio desse processo, em que vivencia a prática de planejar, escrever, revisar e

reescrever seus textos, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é motivo

para constrangimento. Não caracteriza uma produção que esteja “errada” e, sim, que é

possível escrever textos que reflitam melhor seus pontos de vista, suas fantasias e sua

criatividade, pela troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação por outro etc.

O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a

intenção e as circunstâncias da produção e não a mera “higienização” do texto do aluno,

para atender apenas aos recursos exigidos pela gramática. O refazer textual deve ser,

portanto, atividade fundamentada na adequação do texto às exigências circunstanciais

de sua produção.

A reescrita deve valorizar o esforço daquele que escreve, desconfia, rasga e

reescreve, tantas vezes quanto julgar necessárias, até que o texto lhe pareça bom para

atender à intenção e claro para o outro que o lerá.

A análise linguística em sua dimensão discursivo-textual leva o aluno à reflexão,

construção, considerando hipóteses, a partir da leitura e da escrita, instância que chega à

compreensão de como a língua funciona e sua competência textual.

Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes tipos e

gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da

norma padrão.

O aluno precisa, então, ampliar sua capacidade discursiva em atividades de uso da

língua de maneira a compreender outras exigências de adequação da linguagem como,

por exemplo: argumentação, situacionalidade, intertextualidade, informatividade,

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referenciação, concordância, regência, formalidade e informalidade.

Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,

compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu papel como participante da

sociedade. A partir desse caráter social da linguagem, Bakthin e os teóricos do círculo de

Bakthin formulam os conceitos de dialogismo e dos gêneros discursivos, cujo

conhecimento e repercussão, suscitaram novos caminhos para o trabalho pedagógico

com a linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino da Língua.

Toda reflexão com e sobre a língua, então, somente tem sentido se considerar,

como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades que

possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais do uso da língua materna.

Sendo assim, o estudo da Língua Portuguesa/Literatura precisa pautar-se na

interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a

expressão oral e escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos

diferentes contextos e situações. Essas ações estão limitadas no domínio da

discursividade, ou seja, o conteúdo estruturante da Língua Portuguesa/literatura é o

discurso enquanto prática social.

É, também, de responsabilidade dos estabelecimentos de ensino acabar com o

modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus

descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu

interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo

de que são vítimas. Sem dúvida, assumir essas responsabilidades implica compromisso

com o entorno sociocultural da escola, da comunidade onde esta se encontra e a que

serve, compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos, capazes de

compreender as relações sociais e étnico-raciais de que participam e ajudam a manter

e/ou a reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes

perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competências que lhes permitam

continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis de formação, que lhes seja garantido

o direito de aprender e de ampliar conhecimentos, sem ser obrigados a negar a si

mesmos, ao grupo étnico/racial a que pertencem e a adotar costumes, ideias e

comportamentos que lhes são adversos.

Para conduzir nossas ações tomaremos como referência:

à igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos;

à compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem as

grupos étnicos-raciais distintos, que possuem cultura e histórias próprias,

igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua

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história;

ao conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da cultura afro-

brasileira na construção histórica e cultural brasileira;

à superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros, os

povos indígenas e também as classes populares às quais os negros, no geral,

pertencem, são comumente tratados;

à desconstrução, por meio de questionamentos e análises críticas, objetivando

eliminar conceitos, ideias, comportamentos veiculados pela ideologia do

branqueamento, pelo mito da democracia racial, que tanto mal fazem a negros e

brancos;

à busca, da parte de pessoas, em particular de professores não familiarizados com

a análise das relações étnico-raciais e sociais com o estudo de história e cultura

afro-brasileira e africana, de informações e subsídios que lhes permitam formular

concepções não baseadas em preconceitos e construir ações respeitosas;

ao diálogo, via fundamental para entendimento entre diferentes, com a finalidade

de negociações, tendo em vista objetivos comuns, visando a uma sociedade justa.

o desencadeamento de processo de afirmação de identidades, de historicidade

negada ou distorcida;

o rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de

comunicação, contra os negros e os povos indígenas;

o esclarecimento a respeito de equívocos quanto a uma identidade universal;

o combate à privação e violação de direitos;

a ampliação do acesso a informações sobre a diversidade da nação brasileira e

sobre a recriação das identidades, provocada por relações étnico-raciais;

as excelentes condições de formação e de instrução que precisam ser oferecidas,

nos diferentes níveis e modalidades de ensino, em todos os estabelecimentos,

inclusive os localizados nas chamadas periferias urbanas e nas zonas rurais.

Também é de obrigatoriedade dos estabelecimentos de ensino abordar a Lei nº

9,795, de 27 de abril de 1999, que trata sobre a Política Nacional de Educação Ambiental.

Por isso, abordaremos o tema através de debates, leituras de textos, discussões,

apresentação de propostas para a conscientização de toda a comunidade e/ou sociedade.

Apresentaremos aos alunos, a Lei nº 13.381, de 18/12/2001, que torna obrigatório

o ensino da História do Paraná. Através de: debates, leituras, documentário, filmes, entre

outros.

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OBJETIVOS

Aprimorar a capacidade comunicativa do aluno, tornando-o mais participativo e

questionador, desenvolvendo e melhorando seus recursos de expressão oral e

escrita, aumentando os conhecimentos e o domínio linguístico nas mais variadas e

diferentes situações de uso;

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, os

gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o gênero

e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua

organização;

Ampliar o domínio ativo do discurso nas diversas ações comunicativas, de modo a

possibilitar sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas

possibilidades de participação social no exercício da cidadania.

Construir, organizar e praticar a escrita e a oralidade na linguagem padrão;

Desenvolver o domínio das atividades verbais, uma vez que é direito de todo

cidadão a educação linguística para a dimensão da cidadania;

Garantir o domínio da leitura, escrita, fala e compreensão da realidade social;

Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a constituição

de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da

escrita;

Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar acesso

aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como

condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que

está inserido e para a afirmação de sua cidadania, como sujeito singular e coletivo;

Utilizar a linguagem na escrita de produção de texto de modo a atender as

múltiplas demandas sociais.

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CONTEÚDOS

6º ANOCONTEÚDO ESTRUTURANTE -

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE LINGUÍSTICA

Notícias

televisivas e

radiofônicas;

“Contação”

de histórias e

piadas;

Teatro mudo

e falado;

Fantoches;

Músicas e

declamações;

Assuntos

atuais;

Leitura de

fábulas, mitos,

contos de fadas,

cartas, bilhetes,

cartão-postal,

poemas (haikai),

acrósticos,

classificados,

jograis, resenhas

(filmes e livros),

charge, leitura de

cordel, adivinhas,

cartoons, Hqs,

revistas, jornais,

fotografias;

Textos que

abordem escritores

e seus escritos

como Machado de

Assis e Cruz e

Souza;

Textos: lixo,

Aquecimento

Global,

desmatamento; o

racismo no Brasil;

Estudo de

poetas

paranaenses:

Produção de

fábulas, mitos,

contos de fadas,

cartas, bilhetes...

(conforme os

textos lidos

durante o ano

letivo);

Reestruturaçã

o de textos.

Os conteúdos a

seguir serão

ensinados de

maneira

contextualizada:

Fonemas;

Letras;

Sílabas;

Ortografia;

Classes

gramaticais;

Acentuação;

Tipos de

frases;

Pontuação;

Encontros

vocálicos,

consonantais e

dígrafos.

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Helena Kolody.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE - DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE LINGUÍSTICA

Jornal

falado;

Debates;

Dramatizaçã

o

Enquetes;

Entrevistas;

“Causos”;

Piadas;

Notícias

Radiofônicas.

Problemas

ambientais

urbanos.

Leitura de

fábulas, mitos,

crônicas, cartas-

familiar e comercial,

e-mail, apólogo,

parábola, notícia de

jornais (elementos),

poema-prosa, relato

histórico e

biográfico, resumos,

relatórios...

Poetas

paranaenses e

escritores;

Poetas São-

joseenses;

Estudo de

palavras de origem

africana;

Estudo de textos

referentes ao aterro

do Caximba; a

presença do

negro na mídia;

desmatamento.

Produção de

fábulas, crônicas,

resumos,

relatórios...

(conforme as

tipologias textuais

trabalhadas

durante o ano

letivo);

Reestruturaçã

o de textos;

Produção de

músicas

relacionadas com

a cultura afro.

Os conteúdos

seguintes serão

abordados de forma

contextualizada:

Acentuação;

Pontuação;

Ortografia;

Classes de

palavras;

Frase;

Oração e

período.

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8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE -DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE LINGUÍSTICA

Jornal falado;

Debates;

Dramatização

Enquetes;

Entrevistas;

“Causos”;

Piadas;

Notícias

Radiofônicas.

Poluição dos

rios;

O racismo;

Desmatamento

Efeito Estufa

Debates a

respeito dos

principais

problemas

ambientais do

Paraná

Leitura de

fábulas, mitos,

crônicas, cartas-

familiar e

comercial, e-mail,

apólogo, parábola,

notícia de jornais

(elementos),

poema-prosa,

relato histórico e

biográfico,

resumos,

relatórios...

Texto sobre

Capoeira;

Vida de Helena

Kolody e

Domingos

Pellegrini;

Poemas de

Machado de Assis

e Cruz e Souza.

Produção de

fábulas,

crônicas,

resumos,

relatórios...

(conforme as

tipologias

textuais

trabalhadas

durante o ano

letivo);

Reestruturaçã

o de textos;

Peças teatrais

relacionadas

com o racismo;

Resumo de

contos de Dalton

Trevisan.

Os conteúdos a

seguir serão

abordados de

maneira

contextualizada:

Pontuação;

Acentuação

Ortografia;

Classes de

palavras;

Frase;

Oração e

período.

Sujeito e

predicado (tipos);

Vozes

verbais;

Predicado

verbal;

Regência

verbal e nominal;

Concordância

verbal e nominal;

Verbos

regulares e

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irregulares.

9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE -DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

ORALIDADE LEITURA ESCRITAANÁLISE

LINGUÍSTICA

Jornal

falado;

Debates

sobre o

racismo;

Dramatizaç

ão sobre

violência;

Enquetes;

Entrevistas;

“Causos”,

lendas de

origem

africanas;

Piadas;

Quilombolas

, indígenas do

Paraná.

Leitura de

fábulas, mitos,

crônicas, cartas-

familiar e comercial,

e-mail, apólogo,

parábola, notícia de

jornais que abordem

problemas

ambientais; o negro

no mercado de

trabalho;

(elementos), poema-

prosa, relato

histórico e

biográfico, Machado

de Assis e Castro

Alves, resumos da

vida de Helena

Kolody, relatórios...

Textos de Dalton

Trevisan, Domingos

Pellegrini;

Análise das

obras: Macunaína.

O navio Negreiro;

Produção de

textos narrativos,

descritivos e

informativos,

dissertativos,

pesquisas,

resumos,

resenhas,

(conforme as

tipologias textuais

trabalhadas

durante o ano

letivo);

Reestruturaçã

o de textos;

Peças teatrais

em forma de

paródia a respeito

da corrupção no

Brasil.

Os conteúdos

seguintes serão

trabalhados de

maneira

contextualizada

Período

simples e

composto;

Subordinação

e coordenação

Figuras de

linguagem,

pensamento e

construção;

Estrutura e

formação de

palavras.;

Frase;

Oração e

período.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia para o ensino de Língua Portuguesa e Literatura deve proporcionar

situações em que os alunos possam refletir sobre a heterogeneidade linguística,

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analisando suas variantes, já que o falante se apropria da linguagem e dos

conhecimentos em interações sociais. Cabendo aos professores o papel de aprimorar as

possibilidades do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita,

proporcionando aos alunos a oportunidade de conceberem suas opiniões acerca da

sociedade.

A linguagem é um instrumento indispensável para aquisição e transmissão de

conhecimento em qualquer área do saber; parte integrante da vida dos indivíduos, pois se

por um lado o domínio dela favorece o desenvolvimento do conhecimento do mundo, por

outro é condição para o exercício da cidadania.

A produção de texto e leitura, devem contemplar a diversidade dos gêneros,

garantindo a coesão e a coerência, habituando o aluno, à correção e à refacção, após a

correção. Em relação aos aspectos formais da língua (gramática e ortografia), devem ser

um elemento de apoio linguístico e como suporte para as demais disciplinas, priorizando a

reflexão sobre a língua, para uma melhor compreensão de suas leituras e para a

elaboração de textos claros, sem os corriqueiros problemas com a utilização da norma

culta.

A literatura deve ser trabalhada e usada como elemento imprescindível na vida

escolar, potencializando uma prática diferenciada como: a oralidade, a leitura e a escrita.

Pois através da seleção de obras, textos, possibilitará o aprimoramento do pensamento,

trazendo prazer a o saber ao aluno.

Para BAKTHIN (1992), o enunciado - seja ele constituído de uma palavra, uma

frase, ou uma sequência de frases – é a unidade de base da língua, é o próprio discurso,

já que é no enunciado que o discurso se constrói. O discurso, por sua vez, materializa-se

em práticas discursivas no texto. Daí a necessidade de o texto ser entendido e trabalhado

em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações

sociais.

A oralidade pauta-se nas variantes linguísticas, trabalhos em grupos proporcionam

a troca de ideias entre os estudantes, subsidiando a cooperação, a responsabilidade, a

organização, a liderança, e criatividade. Debates, seminários, depoimentos são

interessantes mecanismos que estimulam a opinião e o senso crítico. Dramatizar além de

ser uma arte é importante ferramenta no ensino, permitindo que se desenvolva a

expressão corporal, facial, a escrita, a criatividade, a verbalização.

O ato de ler é compreendido através do contato do aluno com uma vasta variedade de

gêneros discursivos que deverão constantemente estar presentes nas aulas, convocando o

leitor ao ato de pensar enquanto lê.

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Escrever requer ter em mente que é necessário planejar o que será elaborado. Depois

de produzido pelo aluno, o texto precisa ser reestruturado, a troca de textos entre os alunos

(utilizando símbolos) é importante, para que uns ajudem os outros a perceber em que

precisam mudar. Textos produzidos coletivamente são interessantes, exposição de poesias

na sala, confecção de livrinhos, produção e encenação de peças teatrais, notícias da escola.

Troca de correspondência e cartazes estimulam a produção da escrita. A análise de letras

musicais, produção de canções, paródias, entre outras.

Na análise linguística deve-se exercitar a linguagem de forma consistente e flexível,

adaptando-se a diversas situações de uso. O aluno precisa raciocinar e entender ao fazê-la

diante de sua variante linguística. Por isso, quanto maior for o contato do aluno com diversas

formas textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam a norma padrão.

A abordagem teórico-metodológica ocorrerá da seguinte maneira:

6º ANO

CONTEUDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros,

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Inferências de informações implícitas;

• utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos,

quadrinhos...) para a interpretação de textos.

• Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

• Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto

do texto;

• Leitura de vários textos para a observação das relações

dialógicas.

ORALIDADE

• Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

• Contação de histórias;

• Narração de fatos reais ou fictícios;

• Seleção de discurso de outros, como: entrevista, cenas de

desenhos/programas infanto-juvenis, reportagem...

• análise dos recursos próprios da oralidade;

• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero

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trabalhado.

ESCRITA

Discussão sobre o tema a ser produzido;

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero

trabalhado;

Produção textual;

Revisão textual;

Reestrutura e reescrita textual.

ANÁLISE LINGUISTICA

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:

de gêneros selecionados para leitura ou audição;

de textos produzidos pelos alunos;

das dificuldades apresentadas pela turma.

7º ANO

CONTEUDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Leitura das informações implícitas nos textos;

• Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

• Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto

do texto;

• Leitura de vários textos para a observação das relações

dialógicas.

ORALIDADE

Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

Contação de histórias;

Seleção de discurso de outros, como: notícias, cenas de

novelas/filmes, entrevistas, programas humorísticos;

Análise dos recursos próprios da oralidade;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero

trabalhado.

ESCRITA produção

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Discussão sobre o tema a ser produzido;

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero

trabalhado;

Proposta de produção textual;

Revisão textual;

Reestrutura e reescrita textual.

ANÁLISE LINGUISTICA

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:

de gêneros selecionados para leitura ou audição;

de textos produzidos pelos alunos;

das dificuldades apresentadas pela turma.

8º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA

• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Inferências no texto;

• Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

• Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos,

iconográficos, etc.

• Leitura de vários textos para a observação das relações

dialógicas.

ORALIDADE

Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

dramatização de textos;

Apresentação de mesa redonda, júri-simulado, exposição oral...

Seleção de discurso de outros como: filmes, entrevistas, mesa

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redonda, cena de novela/programa, reportagem, debate;

Análise dos recursos próprios dos gêneros orais;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.

ESCRITA

Discussão sobre o tema a ser produzido;

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Exploração do contexto social de uso do gênero trabalhado;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero

trabalhado;

Produção textual;

Revisão textual;

Reestrutura e reescrita textual.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do

gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos

orais e escritos;

Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

de gêneros selecionados para leitura ou escuta;

de textos produzidos pelos alunos;

das dificuldades apresentadas pela turma.

9º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

LEITURA • Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

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• Inferências sobre informações implícitas no texto;

• Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

• Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto

do texto;

• Leitura de vários textos para a observação das relações

dialógicas.

ORALIDADE

Exposição oral de trabalhos/textos produzidos pelos alunos;

dramatização de textos;

Apresentação de seminários, debates, entrevistas...

Seleção de discurso de outros como: reportagem, seminário,

entrevista, reality show...;

Análise dos recursos próprios da oralidade;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero

trabalhado.

ESCRITA

Discussão sobre o tema a ser produzido;

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Orientação sobre o contexto social de uso do gênero

trabalhado;

Produção textual;

Revisão textual;

Reestrutura e reescrita textual.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:

de gêneros selecionados para leitura ou escuta;

de textos produzidos pelos alunos;

das dificuldades apresentadas pela turma.

Em síntese, o ensino da Língua abordará a leitura, a produção de texto e os

estudos gramaticais sob uma mesma perspectiva de língua – a perspectiva da língua

como instrumento de comunicação, de ação e de interação social. Nesse sentido, o

enfoque, a metodologia e as estratégias de Língua Portuguesa, voltam-se essencialmente

para um trabalho integrado de leitura, produção de textos e reflexão sobre a língua,

desenvolvido sob uma perspectiva textual e enunciativa.

AVALIAÇÃO

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A avaliação se efetivará durante todo o processo de aprendizagem vivido pelos

alunos ao longo de uma proposta de trabalho. O aluno deverá ser avaliado de diversas

maneiras: alternando as modalidades, os suportes, os interlocutores - de forma a

constituir um verdadeiro processo de aferição de conhecimentos.

Na contramão das práticas tradicionais – em que se buscava encontrar os “erros”,

mas que os “acertos” dos alunos, o professor de Língua Portuguesa deve valorizar os

ganhos que os estudantes obtiveram ao longo do seu processo de aprendizagem.

A avaliação tradicional não satisfeita em criar o fracasso, empobrece as aprendizagens, e induz nos professores, didáticas conservadoras, e, nos alunos, estratégias utilitaristas. O professor, outrora dispensador de aulas e lições... se torna o criador de situações de aprendizagens portadoras de sentido. (PERRENOUD, 1992).

A avaliação não deve se restringir somente a nota e sim ser o resultado dos

avanços do aluno diante do processo contínuo de aprendizagem respeitando a realidade

de cada um.

A oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do

discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate,

numa troca informal de ideias, numa entrevista, numa contação de história, as exigências

de adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da

produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o aluno se posicione como

avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas

televisivos etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o

resultado esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído

para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa

avaliação precisa considerar as diferenças de leituras de mundo e repertório de

experiências dos alunos.

Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação

do texto escrito são as circunstâncias da sua produção e o resultado dessa ação. É a

partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal

como na oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar-se como avaliador tanto dos

textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.

O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é

essencial para que ele adquira autonomia. È necessário que o professor perceba a

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dimensão deste posicionamento:

“Porque escrever [e falar] com clareza implica automático compromisso com as

palavras transmitidas, pois os outros vão entendê-las. E vão reagir a elas favorável ou

desfavoravelmente. [...] Pois facilitar a leitura do outro representa facilitar seu acesso às

nossas ideias, em última instância, a nós mesmos”. (BERNARDO, 1988, p. 20).

Como é no texto que a língua (fala/escrita) se manifesta em todos os seus

aspectos, a análise linguística ocorrerá mediante os textos produzidos e interpretados

pelos alunos.

As questões gramaticais relevantes serão abordadas durante o processo de

reestruturação e análise textual. Assim, não se descarta a gramática, apenas ocorre que a

mesma está aliada às produções textuais, não sendo trabalhada a forma tradicional,

fragmentando o conhecimento.

Portanto, utilizaremos como instrumentos avaliativos as apresentações de

seminários, os debates, os trabalhos realizados individualmente e/ou em grupos, as

discussões, avaliações, produções textuais produzidas durante o ano letivo.

REFERÊNCIAS:

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro; José Olympio, 1981.

BAKTHIN, Mikhail M. Marxismo e filosofia da linguagem – São Paulo: Martins Fontes, 1986 - Estética da criação verbal.- São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BECHARA, N. B.; CASAGRANDE, N. Dos S. Ensino de Língua Portuguesa e políticas lingüísticas: séculos XVI e XVII. In Bastos, N. B. (org.) Língua Portuguesa: uma visão em mosaico. São Paulo: EDU, 2002.

CAMPEDELII, Yousseff Samira & SOUZA, Barbosa Jésus. Editora Saraiva.

DIRETRIZES CURRICULARES, julho de 2006 – Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. In: João W. (org.). O texto na sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1997. __ Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

GRANATIC, Branca. Técnicas básicas de redação. São Paulo: Scipione, 1988.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. Campinas, SP: Pontes, 2000. ___ Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas: Mercado de Letras, 1999.

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KOCH, I. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: contexto, 1995. - A coesão textual. 3 ed. São Paulo: contexto, 1991.

KOCH, I.; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. São Paulo: contexto, 1990.

MAIA, João Domingues. Gramática – teoria e exercícios. São Paulo: Ática, 1993.

MARCUSCHI, L. A - Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2001.

MORENO, Claudio & GUEDES, Paulo. Curso básico de redação. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1984.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.

PÉCORA, A. Problemas de redação. São Paulo: martins Fontes, 1992.

PERRENOUD, hilippe. Dez novas competências para ensinar. Porto alegre. Artemed, 2000.

POSSENTI, S. Por que não ensinar gramática na escola. 4 ed. Campinas: Mercado das Letras, 1996.

SOARES, M. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002

SUASSUNA, L. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática. Campinas: Papirus, 1995.

TEZZA, C. Entre a prosa e a poesia: Bakthin e o formalismo russo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

TUFANO, Douglas. Estudos de língua portuguesa: gramática. São Paulo: Moderna, 1990.

160

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PLANO CURRICULAR DE MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao considerar a matemática como uma das áreas que compõe o currículo da

escola constata-se que ela está presente na vida das pessoas.

As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do homem

primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. De fato, ao longo do processo de

desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo desenvolvido a partir das

necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens, gradativamente,

elaborassem códigos de representações, sejam de quantidades ou dos objetos por ele

manipulados.

A História da matemática constitui um dos capítulos mais interessantes do

conhecimento. Permite compreender a origem das idéias que deram forma a nossa

cultura e observar também os aspectos humanos do seu desenvolvimento: enxergar os

homens que criaram essas idéias e estudar as circunstâncias em que elas se

desenvolveram.

Assim, esta História é um valioso instrumento para o ensino/aprendizado da própria

matemática. Podemos entender porque cada conceito foi construído historicamente

conforme o desenvolvimento da ciência e porque, no fundo, ele sempre era algo natural

no seu momento. Permite também estabelecer conexões com a história, a filosofia, a

geografia e várias outras manifestações da cultura.

Conhecendo a história da matemática, percebemos que as teorias de hoje

aparecem acabadas e elegantes resultam sempre de desafios que os matemáticos

enfrentaram, que foram desenvolvidas com grande esforço e, quase sempre, numa ordem

bem diferente daquela em que são apresentadas após todo o processo de descoberta.

A humanidade, em seu processo de transformação, foi produzindo conceitos, leis e

aplicações que compõem a matemática como ciência universal, um bem cultural da

humanidade. Sendo organizada por meio de signos, torna-se uma linguagem de

instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas e necessidades

sociais dentro de cada contexto. Esses conhecimentos são considerados como

instrumento de compreensão e intervenção para a transformação da sociedade: nas

relações de trabalho, na política, na economia, nas relações sociais e culturais.

A matemática foi, é e será uma grande necessidade humana. Nossos ancestrais

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também necessitavam de conhecimento dentre os quais poderiam se comunicar,

comercializar e trocar. Desde aí, os princípios básicos do início da matemática foram se

aperfeiçoando.

Poucos milênios A.C., a inteligência humana se desenvolveu mais e a necessidade

de uma ciência complicada para resolver desde os mais simples problemas até grandes

vendas também.

Os grande matemáticos surgiram por esses meios, antes de Cristo e Depois de

Cristo, inventando novas fórmulas, soluções e cálculos.

A inteligência do humano era algo tão magnífico para a natureza que a matemática

se evoluiu mais rápido do que as próprias conclusões e provas matemáticas do homem.

Adição, subtração, multiplicação, divisão, raiz quadrada, potência, frações, razões,

equações , inequações, termos, leis, conjuntos, etc..Todos esses princípios e centenas de

milhares de outros estavam dentro da ciência complexa, difícil, explicável e lógica que se

chamava matemática, agora, era uma ciência mundial, isto é, todo planeta terra

necessitava da matemática.

Até hoje,o homem continua inventando mais meios para suprimir todas as

necessidades matemáticas do homem moderno.

(...) o ensino de matemática, assim como todo o ensino, contribui (ou não) para as transformações sociais não apenas através da socialização ( em si mesmo ) do conteúdo matemático, mas também através de uma dimensão política que é intrínseca a essa socialização. Trata-se da dimensão política contida na própria relação entre conteúdo matemático e a forma de sua transmissão – assimilação ( DUARTE, 1987, p. 78).

OBJETIVOS

Ao longo do Ensino Fundamental espera-se que o aluno consiga:

Desenvolver a capacidade de analisar, comparar, conceituar, representar, abstrair

e generalizar;

Desenvolver a capacidade de julgamento e o hábito de concisão e rigor;

Habituar-se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação;

Conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem matemática associando-a

com a linguagem usual;

Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar sua integração na sociedade

em que vive;

Desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que

proporcione a construção de seu aprendizado;

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Desenvolver um pensamento reflexivo que permita a elaboração de conjecturas, a

descoberta de soluções e a capacidade de concluir;

Associar a matemática a outras áreas do conhecimento;

Construir uma imagem da matemática com algo agradável e prazeroso,

desmistificando o mito da “genialidade”.

CONTEÚDOS6ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Sistemas de Numeração

Números naturais

Números decimais

Potenciação e Radiciação

Números Fracionários

Sistema de Numeração Egípcio

Sistema de Numeração maia

Sistema de Numeração romano

Sistema de Numeração indo-

arábico

Operações ( adição, subtração

multiplicação divisão,

potenciação e raiz quadrada)

Situações problemas

Divisibilidade, números primos

e M. M. C

Conceitos, noções e

comparação Fracionárias

Operações Fracionárias

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Comprimento

Massa/volume

Área

Ângulos

Tempo

Sistema Monetário

GEOMETRIAS Figuras plana e espacial

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Coleta, organização e

descrição de dados

Leitura, interpretação e

representação de dados

e de tabelas, listas,

163

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quadros e gráficos.

Porcentagem

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Conjuntos dos números inteiros

Números racionais ( 6 operações)

Equações do 1º grau

Inequação do 1º grau

Razão e Proporção

Regra de três Simples

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de Temperat. Ângulo

GEOMETRIAS

Figuras planas

Espacial

Não Euclidianas

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Pesquisa Estatística

Média Aritmética

Moda e Mediana

Juros Simples

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8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Conjuntos numéricos ( Naturais ,inteiros , racionais , irracionais e reais )

Sistemas de Equações do 1º grau.

Potenciação definição propriedades expoentes negativo e potência de dez.

Radiciação: raiz exata e aproximada

Monômios e Polinômios

Produtos notáveis

Fatoração

Frações algébricas

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medida de Comprimento

Medida de Área

Medida de ângulo

Medida de Volume

GEOMETRIAS Figuras planas

Espacial

Analítica

Simetria

Não Euclidianas

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

gráficos, tabelas e

Informação

População e Amostras

(levantamento de dados)

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9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

- Números Reais

- Propriedades Dos Radicais

- Equação do 2º grau

- Equações Irracionais

- Equações biquadradas

- Teorema de Pitágoras

Regra de Três Composta

- Operações com expoentes fracionários,

potências e suas propriedades.

- Raiz enésima, radical aritmético,

simplificação, extração de fatores, adição

algébrica de radicais, multiplicação, divisão

e potenciação de expressões com radicais,

racionalização de denominadores de uma

expressão fracionária, simplificação de

expressões com radicais, potências com

expoente racional.

- Com uma incógnita, completa,

incompleta, raízes da equação de 2ºgrau,

sistemas de equações .

- Resolução de equações Irracionais.

- Resolução através das equações de 2º.

grau

- Interpretação de problemas em linguagem

gráfica e algébrica.

- Resolução de problemas financeiros.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

- Relações Métricas noTriângulo Retângulo

- Trigonometria no Triângulo Retângulo

- Nomenclatura, tangente seno e cosseno

de um ângulo agudo

- Teorema de Pitágoras razões

trigonométricas .

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FUNÇÕES

- Noção intuitiva de Função Afim.

- Noção intuitiva de Função Quadrática

- Dependência de uma variável em relação

à outra, representação gráfica de uma

função afim e sua declividade em relação

ao sinal, gráficos com tabelas que

descrevem uma função, análise

graficamente as funções afim.

- A função quadrática e sua representação

gráfica, concavidade de uma parábola em

relação ao sinal da função, análise

graficamente as funções quadráticas.

GEOMETRIAS

- Geometria Plana

- Geometria Espacial

- Geometria Analítica

- Geometrias Não Euclidianas

- Áreas, medidas das figuras geométricas

planas, semelhanças de dois polígonos

estabelecendo relações entre eles, critérios

de semelhança dos triângulos, Teorema de

Tales, geometria projetiva (noções), cálculo

da superfície e volume de poliedros.

TRATAMENTO

DA INFORMAÇÃO

- Noções de Análise Combinatória;

- Noções de Probabilidade;

- Estatística;

- Juros Compostos

- Desenvolvimento do raciocínio

combinatório, aplicação do princípio

multiplicativo.

- Cálculo de chances de ocorrências de

determinado evento.

- Organização de dados , estudo de

tabelas, gráficos.

- Situações-problema, cálculos de juros

compostos.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O aluno deve construir seu conhecimento matemático a partir da situação

problema, levando-o a pensar produtivamente e desenvolvendo o seu raciocínio.

Possibilitar a ele enfrentar situações novas, oportunizando situações cotidianas e também

científicas.

Podemos abordar um conhecimento a partir dos resultados obtidos por aqueles

que o desenvolveram. É possível, por exemplo, estudar a mecânica, parte da física, como

um conjunto de equações associadas aos diversos tipos de movimentos: A queda de uma

pedra, o movimento de um automóvel em curva, a órbita de um planeta... Mas quando

estudamos a história que resultou na construção dessas equações, estamos tratando do

assunto de uma maneira completamente diferente. Podemos saber como foi o confronto

entre pensamentos em conflito – o geocentrismo e heliocentrismo, as condições de vida

de cada época, os enganos cometidos, as disputas, as limitações que os filósofos e

cientistas estavam sujeitos, etc. A aridez das expressões numéricas ganha vida,

emergindo o significada de cada conquista.

Levando em conta as funções da Matemática e a presença da tecnologia, permite-

se afirmar que aprender Matemática no ensino médio deve ser mais do que memorizar

resultados dessa ciência, e que a aquisição do conhecimento matemático deve estar

vinculada com o domínio de um fazer Matemática e de um saber pensar matemático.

Uma reflexão sobre o ensino matemático exige que se explicite as relações

existentes entre o conhecimento historicamente construído e a Matemática como saber

difundido pela escola. Não se pode perder de vista que a construção de um conceito

matemático deve ser iniciada através de situações significativas que possibilitem ao aluno

“perceber” que já tem algum conhecimento sobre o assunto. Dentro desse contexto,

apresentam-se os conteúdos estruturantes – estes entendidos como saberes mais amplos

da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo

estruturado de conhecimento construído e acumulados historicamente:

• Números e Álgebra: Propor o estudo dos números, tendo como meta

primordial,no campo da aritmética, a resolução de problemas e a investigação de

situações concretas relacionadas ao conceito de quantidade. Sugerir que o trabalho

com as operações : adição, subtração,multiplicação e divisão se dê, principalmente, por

meio de situações – problema, correlacionado o cotidiano dos alunos, como também

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estimular os cálculos por estimativas, estimulando a memória , aplicando a resolução e

compreensão do algorítimo e respectivas solução, não considerando apenas o cálculo

correto. Conhecer os problemas que impulsionam a necessidades de ampliação dos

conjuntos numéricos e dominar os conceitos básicos que surgiram a partir de sua

ampliação proporciona ao indivíduo, uma inserção mais completa na cultura universal

ao longo da história. Na resolução de problemas exige-se a manipulação de constantes

e incógnitas. Neste caso, as propriedades das operações com números reais e com os

polinômios é fundamental nesta manipulação. Deve-se enfatizar que a álgebra não

deve-se reduzir apenas a memorização de fórmulas e expressões. Deve-se enfatizar, o

que significam estas propriedades, possibilitando o estudo das relações entre as

grandezas.

• Geometria: A utilização de conhecimentos geométricos para leitura,

compreensão e ação sobre a realidade tem longa tradição na história da humanidade.

É inegável a importância de saber caracterizar as diferentes formas geométricas e

espaciais, presentes na natureza, através de seus elementos e propriedades, bem

como de poder representa-las por meio de desenho geométrico. Na resolução de

diferentes situações-problemas, seguramente se faz necessária uma boa capacidade

de visão geométrico-espacial, o domínio das idéias de proporcionalidade e

semelhança, a compreensão dos conceitos de comprimento, área e volume, bem como

saber calcula-los. Deve-se salientar que semelhança de triângulos permitiu o

desenvolvimento da trigonometria no triangulo retângulo, criada para solucionar

problemas práticos de cálculo de distancias inacessíveis. Por outro lado, as noções de

semelhanças e congruência nos remetem também aos fundamentos da própria

geometria. Saber utilizar as coordenadas cartesianas de ponto no espaço possibilita a

descrição de objetos geométricos numa linguagem algébrica, ampliando

consideravelmente os horizontes da modelagem e da resolução de problemas

geométricos, por meio da interação entre essas duas áreas da matemática.

• Medidas : Propor o uso das medidas como elemento de ligação entre numeração

e geometria. Medir , fazer comparações e classificações, observando o tamanho dos

objetos e explorando os espaços. Tratar as noções de medidas por meio de atividades

significativas, para que o aluno compare a unidade em estudo com a grandeza a ser

medida.

• Funções: Funções como conteúdos estruturantes têm um papel de grande

destaque na modelagem de problemas reais e por fornecerem formas eficientes de

estuda-las. O estudo de funções permite a resolução de uma quantidade significativa

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de situações a partir da construção de modelos matemáticos, estabelecendo uma

correspondência entre os domínios de duas variáveis. Os gráficos são importantes

instrumentos para tornar significativos as resoluções de equações e inequações

algébricas.

• Tratamento da Informação: Propõe-se Tratamento da Informação pelas

possibilidades de entender e participar das dinâmicas da sociedade, englobando neste

contexto a estatística e a matemática financeira. O desenvolvimento do espírito crítico,

da capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de diversas situações da vida

em sociedade, exige informação. O estudo de estatística e probabilidade estão cada

vez mais presentes nos meios de comunicação como forma de apresentação de dados.

Pesquisas de opinião, de preços, estudos sobre doenças e epidemias e outros temas

de interesse social, ambiental ou econômico estão presentes nos noticiários

diariamente, permeadas de porcentagens ou indicadores, como gráficos e tabelas,

muitas vezes induz conseqüências prováveis e manipula opiniões nos mais diversos

assuntos. Em diferentes campos, áreas e atividades profissionais, são de grande

utilidade as capacidades de reconhecer o caráter aleatório de fenômenos, utilizar

processos de contagem em situações-problemas. Na resolução de problemas de

contagem, o importante é a habilidade de raciocínio combinatório. É fundamental

valorizar o desenvolvimento da capacidade de formular estratégias para a organização

dos dados apresentados em agrupamentos que possam ser contados corretamente,

tendo em vista que a mera aplicação de fórmulas não permite a resolução da maior

parte dos problemas de contagem. A importância da matemática Financeira com suas

aplicações práticas são importantes nas atividades cotidiana de quem precisa lidar com

dívidas ou crediários, interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher

aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter financeiro.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve analisar até que ponto os alunos integraram e deram sentido a

informação, se conseguem aplicá-las em situações que requeiram raciocínio e

pensamento criativo e se são capazes de utilizar a matemática para comunicar idéias.

Além disso, a avaliação deve analisar a predisposição dos alunos em face a essa ciência,

em particular o modo de fazer matemática e o modo como valorizam.

É importante saber a capacidade de resolver problemas não padronizados, de

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formular problemas a partir de certos dados, de empregar várias estratégias de resolução

e de fazer verificação dos resultados, bem como a generalização deles.

Ao avaliar a comunicação de idéias matemáticas pelos alunos, é preciso verificar

se eles são capazes de expressar oralmente, por escrito, de forma visual ou por

demonstrações com materiais pedagógicos apresentadas de forma escrita, oral ou visual

e se utilizam corretamente o vocabulário matemático e a linguagem matemática para

representar idéias, descrever relações e construir modelos da realidade.

A avaliação do conhecimento de conceitos e da compreensão deles pelos alunos

deve indicar se eles são capazes de verbalizá-los e defini-los; identifica-los e produzir

exemplos e contra-exemplos; utilizar modelos, diagramas e símbolos para representar

conceitos; passar de uma forma de representação para outra; reconhecer vários

significados e interpretações de um conceito, comparar conceitos e integrá-los.

A avaliação do conhecimento de procedimentos dos alunos deve indicar se são

capazes de executar uma atividade matemática com confiança e eficiência; justificar os

passos de um procedimento. Reconhecer se ele é adequado ou não a determinada

situação e se funciona ou não. Deve, sobretudo, indicar se são capazes de criar novos

procedimentos.

A avaliação deve ser coerente com o enfoque dado aos princípios básicos da

disciplina. Se encararmos a matemática sob um ponto de vista dinâmico, que leve em

conta os percalços do seu desenvolvimento, então teremos que adotar, diante da

avaliação, uma postura que considere os caminhos percorridos pelo aluno, as suas

tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos e procurar ampliar a sua

visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo.

A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que

o objetivo não é verificar (através de uma medição) a quantidade de informações “ retidas

” pelo aluno ao longo de um determinado período, já que não se concebe ensino como “

transmissão de conhecimento “.

Ela deve servir como instrumento diagnóstico do processo de ensino –

aprendizagem, oferecendo elementos para revisão de postura de todos os componentes

desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumentos de

avaliação).

Dessa forma, restringir a avaliação a um conceito obtido em uma prova não retrata

com fidelidade o aproveitamento obtido.

O aluno não pode ser encarado como um receptáculo de informações. Ele é agente

de cultura, um ser ativo e criador e, por isso, capaz de superar as convenções e promover

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transformações.

O conhecimento é construção humana e social e o nosso saber não é construído

de um dia para o outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. cada

indivíduo trabalha e reelabora as informações recebidas, daí a necessidade de se

considerar, na avaliação, não somente o produto, mas principalmente o processo. Só a

consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações

significativas.

Em vez de ser um instrumento de penalidade, a avaliação será, nessa perspectiva,

de grande valia para a continuidade e revisão do trabalho do professor, indicando os

pontos que não estão bem claros para os alunos, e que, por isso deverá ser trabalhada

com mais intensidade; e para o alunos será o momento de grande significação, situando-o

em relação a seus progressos.

Portanto, é necessário considerar a avaliação como um recurso a serviço do

desenvolvimento do aluno que o leve a assumir um compromisso com a aprendizagem.

REFERÊNCIAS:

BICUDO, Maria Aparecida Viggiani e outro. Educação matemática: Pesquisa em Movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

BICUDO, Maria Aparecida Viggiani e outro. Pesquisa em Educação Matemática: Concepções e Perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999.

DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas. São Paulo: Ática, 1989

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2006

PAES, Luiz Carlos. Didática da Matemática: Uma análise da influência Francesa. Belo Horizonte: Autentica, 2001. (Coleção Tendência em Educação Matemática)

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PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação

social, pois é através dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa

e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento...

Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui

à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos

saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania - direito inalienável de

todos. Nesse contexto, a aprendizagem de línguas estrangeiras tornaram-se

indispensáveis, seja dentro e/ou fora do ambiente escolar. A sociedade brasileira

reconhece um valor educacional formativo na experiência de aprender outras línguas na

escola. Nesse aspecto, este tipo de trabalho significa desenvolver conhecimentos

suficientes a fim de que o aluno possa participar do processo de construção de sentidos,

utilizando não apenas seu conhecimento da língua – estrutura e vocabulário – mas

também seu conhecimento de mundo e do contexto sócio-histórico em que vive. Com

isso, pretende-se um aluno ativo e participante que possa utilizar a língua como

instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.

“(...) ao aprender uma língua estrangeira (...) eu adquiro procedimentos de construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua ( e cultura) materna (...) quantas mais línguas eu souber, potencialmente maiores serão minhas possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transforma-lo” (JORDÃO, 2004, p. 164).

O ensino de Língua Estrangeira, contempla como objeto de estudo dessa

disciplina relações com a cultura, o sujeito e a identidade.

Em determinados momentos da história do ensino de idiomas, valorizou-se o

conhecimento do latim e do grego e o consequente acesso à literatura clássica, enquanto,

em outras ocasiões, privilegiou-se o estudo das línguas modernas. O marco inicial na

história do ensino de línguas estrangeiras no Brasil ocorreu através do Decreto de 22 de

junho de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal D. João VI, recém chegado

ao Brasil, que mandava criar uma cadeira de língua francesa e outra de inglesa. A

década de 1930 representou um impulso no ensino de inglês no Brasil devido às tensões

políticas no mundo que vieram a culminar na Segunda Guerra Mundial. Assim, em 1935

surgiu o primeiro acordo de cooperação entre a "Escola Paulista de Letras Inglesas" e o

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Consulado Britânico, dando origem à "Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa",

precursora da atual Cultura Inglesa. Em 1938 surgiu, também em São Paulo, o primeiro

instituto binacional com o apoio do consulado norte-americano: o "Instituto Universitário

Brasil-Estados Unidos" que mais tarde foi renomeado "União Cultural Brasil-Estados

Unidos". Foi só a partir da década de 1960 que iniciou a proliferação dos cursos

comerciais operando em redes de franquia. Nas escolas do ensino médio embora a

legislação da primeira metade deste século já indicasse o ensino das línguas estrangeiras

vivas nem sempre isso ocorreu. Pois em lugar de capacitar o aluno a falar, ler e escrever

em um novo idioma , as aulas de Língua Estrangeira Moderna as escolas acabaram por

deixar de valorizar conteúdos relevantes à formação educacional dos estudantes.

Portanto, mesmo quando a escola manifestava o desejo de incluir a oferta de outra língua

estrangeira, esbarrava na grande dificuldade de não contar com profissionais qualificados.

Agravando esse quadro, o país vivenciou a escassez de materiais didáticos que, de fato,

incentivassem o ensino e a aprendizagem de Línguas Estrangeira No Estado do Paraná,

a partir década de 1970, uma das formas, para manter a oferta de línguas estrangeiras

na escolas públicas foi o parecer n. 581/76, bem como a tentativa de superar a

hegemonia de um idioma ensinado nas escolas. O Centro de Línguas Estrangeiras no

Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual passou a oferecer aulas de inglês,

espanhol, francês e alemão , aos alunos no contra turno. O reconhecimento da

importância da diversidade de idiomas também ocorreu na Universidade Federal do

Paraná (UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no vestibular a língua

espanhola, italiana e alemão. Esse fato estimulou a demanda de professores dessas

línguas

Hoje Línguas Estrangeiras Modernas está inseridas numa grande área —

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias assumem a sua função intrínseca que, durante

muito tempo, esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação entre

os homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas

funcionam como meios para se ter acesso ao conhecimento e, portanto, às diferentes

formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao

indivíduo uma formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólidas. As relações

que se estabelecem entre as diversas formas de expressão e de acesso ao conhecimento

justificam essa junção. Não nos comunicamos apenas pelas palavras; os gestos dizem

muito sobre a forma de pensar das pessoas, assim como as tradições e a cultura de um

povo esclarecem muitos aspectos da sua forma de ver o mundo e de aproximar-se dele.

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OBJETIVOS

Levar em conta o aluno, o sistema educacional e a função social da língua

estrangeira em questão, decorrentes não apenas do papel formativo da língua estrangeira

no currículo, mas principalmente de uma reflexão sobre a função social da língua

estrangeira no país. Assim o aprendizado de uma língua estrangeira possibilita

consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação humana,

entendendo suas implicações político-ideológocas e comparando os procedimentos de

construção de significados na língua materna e na língua estrangeira, e tem a

oportunidade de alargar horizontes (do educando) e expandir suas capacidades

interpretativas e cognitivas.

Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras cooperam nos sistemas

de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue.

Vivenciar uma experiência de comunicação humana, refletindo no seu dia a dia,

nos costumes e maneira de agir e interagir.

Reconhecer que o acesso desta língua ou mais línguas, lhe possibilita acesso a

bem culturais da humanidade.

Construir conhecimento sistêmico sobre a organização textual e sobre como e

quando utilizar a linguagem, nas situações de comunicação, tendo como base os

conhecimentos da língua materna.

CONTEÚDOS

Será trabalhado o conteúdo estruturante: O discurso enquanto prática social em

todas as séries do ensino fundamental, sendo aprofundado o conhecimento a cada série.

Textos que abordem questões relativas à /ao :

• Pluralidade cultural

• Valorização da identidade nacional

• Meio ambiente, ecologia e saúde

• Educação, ética e cidadania

• Folclore

• História do Paraná

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6º ANO

Leitura (reading)

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Oralidade(speaKing)

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições,

recursos semânticos.

Escrita (writing)

Tema do texto ;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

Análise linguística

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Saudações e expressões de polidez (Greetings, polite

expressions, etc).

Substantivos (Nouns):gênero; plural (formas regulares e

irregulares).

Artigos (articles : definite:(the); indefinite (a/an).

Adjetivos (adjectives) e sua posição junto ao substantivo.

Numerais cardinais e ordinais (Cardinal and ordinal numbers).

Verbo to be (presente, passado e futuro).

Verbos no presente contínuo ( Present Continuous).

Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos.

Adjetivos possessivos.

Preposições (in, on, at, under, behind, in front of,

between,beside, from, by, with...).

Interrogativos (WH words : what, who, where, when, why, how,

how old, how much...).

Verbo + there to be (presente e passado).

Advérbios: formação do advérbio (ex: careful – carefully), sua

posição na oração e uso com alguns tempos verbais.

Verbos modais: CAN, COULD nas diversas funções(pedir/dar

permissão; informar habilidade/condição para realizar ações;

oferecer/pedir ajuda).

Verbos modais: SHOULD e MUST nas suas diversas

funções.

Pedir/informar horas (What time is...?)

Palavras indicadoras de quantidade (quantifiers: some, a few,

a little, much, many, few, little...).

Verbo to have ( ter, possuir) e have to (ter que...)

Uso do gerúndio (He likes singing, I enjoy swimming...).

Conjunções (Conjunctions): o uso dos marcadores de idéias

nos textos orais e escritos(and, but,, so , when, as soon as, then,

…)

7º ANO

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Leitura(reading)

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Informações explicitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem.

Oralidade (speaking)

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

Escrita(writing)

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

Saudações e expressões de polidez (Greetings, polite expressions,

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Análise Lingüística

etc).

− Substantivos (Nouns):gênero; plural (formas regulares e

irregulares).

− Artigos (articles : definite:(the); indefinite (a/an).

− Adjetivos (adjectives) e sua posição junto ao substantivo.

− Numerais cardinais e ordinais (Cardinal and ordinal numbers).

− Verbo to be (presente, passado e futuro).

− Verbos no presente contínuo ( Present Continuous).

− Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos.

− Adjetivos possessivos.

− Preposições (in, on, at, under, behind, in front of, between,beside,

from, by, with...).

− Interrogativos (WH words : what, who, where, when, why, how,

how old, how much...).

− Verbo there to be (presente e passado).

− Advérbios - formação do advérbio (ex: careful – carefully), sua

posição na oração e uso com alguns tempos verbais.

− Verbos modais: CAN, COULD nas diversas funções(pedir/dar

permissão; informar habilidade/condição para realizar ações;

oferecer/pedir ajuda).

− Verbos modais: SHOULD e MUST nas suas diversas funções.

− Pedir/informar horas (What time is...?)

− Palavras indicadoras de quantidade (quantifiers: some, a few, a

little, much, many, few, little...).

− Verbo to have ( ter, possuir) e have to (ter que...)

− Uso do gerúndio (He likes singing, I enjoy swimming...).

− Conjunções (Conjunctions): o uso dos marcadores de ideias nos

textos orais e escritos(and, but,, so , when, as soon as, then, ...)

8º ANO

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Leitura

(reading)

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Semântica:

operadores argumentativos;

ambiguidade;

sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

expressões que denotam ironia e humor no texto.

Léxico.

Escrita

(writing)

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

Concordância verbal e nominal;

Semântica;

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operadores argumentativos;

ambiguidade;

significado das palavras;

figuras de linguagem;

sentido conotativo e denotativo;

expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

(speaking)

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais,

corporal e gestual, pausas ...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,

repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Análise linguística

Saudações e expressões de polidez (Greetings, polite

expressions, etc).

Substantivos (Nouns):gênero; plural (formas regulares e

irregulares).

Artigos (articles : definite:(the); indefinite (a/an).

Adjetivos (adjectives) e sua posição junto ao substantivo.

Numerais cardinais e ordinais (Cardinal and ordinal numbers).

Verbo to be (presente, passado e futuro).

Verbos no presente contínuo ( Present Continuous).

Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos.

Adjetivos possessivos.

Preposições (in, on, at, under, behind, in front of,

between,beside, from, by, with...).

Interrogativos (WH words : what, who, where, when, why, how,

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how old, how much...).

Verbo there to be (presente e passado).

Advérbios - formação do advérbio (ex: careful – carefully),

sua posição na oração e uso com alguns tempos verbais.

Verbos modais: CAN, COULD nas diversas funções(pedir/dar

permissão; informar habilidade/condição para realizar ações;

oferecer/pedir ajuda).

Verbos modais: SHOULD e MUST nas suas diversas funções.

Pedir/informar horas (What time is...?)

Palavras indicadoras de quantidade (quantifiers: some, a few,

a little, much, many, few, little...).

Verbo to have ( ter, possuir) e have to (ter que...)

Uso do gerúndio (He likes singing, I enjoy swimming...).

Conjunções (Conjunctions): o uso dos marcadores de idéias

nos textos orais e escritos(and, but,, so , when, as soon as, then, ...)

9º ANO

Leitura(reading)

Tema do texto

Interlocutor

Finalidade do texto

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Situacionalidade

Intertextualidade

Temporalidade

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão,negrito), figuras de linguagem )

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Léxico.

Escrita(writing)

Tema do texto

Interlocutor

Finalidade do texto

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Situacionalidade

Intertextualidade

Temporalidade

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem

Processo de formação de palavras

Acentuação gráfica

Ortografia

Concordância verbal/nominal

Oralidade(speaking)

Conteúdo temático

Finalidade

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais,

corporal e gestual, pausas ...

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Semântica.

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Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,

repetições, etc).

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Analise Linguística

Saudações e expressões de polidez (Greetings, polite

expressions, etc).

Substantivos (Nouns):gênero; plural (formas regulares e

irregulares).

Artigos (articles : definite:(the); indefinite (a/an).

Adjetivos (adjectives) e sua posição junto ao substantivo.

Numerais cardinais e ordinais (Cardinal and ordinal numbers).

Verbo to be (presente, passado e futuro).

Verbos no presente contínuo ( Present Continuous).

Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos.

Adjetivos possessivos.

Preposições (in, on, at, under, behind, in front of,

between,beside, from, by, with...).

Interrogativos (WH words : what, who, where, when, why, how,

how old, how much...).

Verbo there to be (presente e passado).

Advérbios - formação do advérbio (ex: careful – carefully),

sua posição na oração e uso com alguns tempos verbais.

Verbos modais: CAN, COULD nas diversas funções(pedir/dar

permissão; informar habilidade/condição para realizar ações;

oferecer/pedir ajuda).

Verbos modais: SHOULD e MUST nas suas diversas funções.

Pedir/informar horas (What time is...?)

Palavras indicadoras de quantidade (quantifiers: some, a few,

a little, much, many, few, little...).

Verbo to have ( ter, possuir) e have to (ter que...)

Uso do gerúndio (He likes singing, I enjoy swimming...).

Conjunções (Conjunctions): o uso dos marcadores de idéias

nos textos orais e escritos(and, but,, so , when, as soon as,

then, ...)

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Obs.: Seguem os mesmos conteúdos para todas as séries, com mais aprofundamento e

textos mais e complexos. A gramática será explorada dentro do contexto e a cada série

subsequente o aprendizado e os textos serão mais aprofundados.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Através de uma metodologia adequada é preciso que o processo de ensino e

aprendizagem da língua forneça ao aluno um propósito, uma intenção comunicativa, uma

necessidade de transmitir informação, de estabelecer vínculos e conviver de maneira

solidária e harmoniosa com os outros de diferentes culturas.

O envolvimento do aluno na matéria e na abordagem de temas do cotidiano são os

fatores que vão definir o procedimento metodológico, pois os dois estão interligados. Com

isso, o conteúdo estruturante o discurso como pratica social vem salientar que o aluno é

parte integrante do processo e deve ser considerado como agente ativo da aprendizagem.

Por isso, o ensino não pode ser considerado apenas transmissão de conhecimentos, mas

acontecimentos nas interações sociais. De acordo com esta perspectiva, os alunos

poderão ser envolvidos em tarefas diversificadas, que exijam negociação de significados;

onde poderá ser privilegiada uma ou mais das atividades linguísticas (ler, falar, ouvir,

escrever).

Para se chegar a um trabalho com a língua que encaminha o aluno a se

comunicar de forma adequada, será utilizada a seguinte estratégia de ensino:

Leitura individual e/ ou em grupos;

Perguntar sobre os textos, sequência ordenada, escrevendo no quadro-negro as

respostas dadas, de modo a formar em resumo do texto;

Resolução de exercícios, individualmente;

Correção de exercícios, coletivamente;

Pesquisas em revistas, jornais, dicionários, Internet;

Confecção e exposição de cartazes relacionando com o tema apresentado;

Debates;

A avaliação diagnóstica para saber em que ponto o aluno se encontra em relação

ao aprendizado dos conteúdos de LEM;

Trabalhos em grupo, principalmente para a resolução dos exercícios de

vocabulário e compreensão dos textos;

Trabalhos em Grupo visando a produção parcial de textos, com auxílio de

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dicionários, orientação do professor;

Reprodução escrita, falada e cantada de canções atuais; bem como suas possíveis

interpretações;

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem de L.E. está intrinsecamente atrelada à concepção e

aos objetivos para o ensino de L.E. Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas,

objetiva-se favorecer a coerência entre tais aspectos (Avaliação, Concepção de língua e

objetivos de ensino) e o processo de ensino e de aprendizagem.

A avaliação deverá ser diagnostica.

Segundo Luckesi:

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isto aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assume o papel de auxiliar o crescimento (2005,p.166)

Diante do exposto, o aluno envolvido no processo de avaliação, uma vez que

também é construtor do conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de

ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e o entendimento

do “erro” como parte integrante da aprendizagem. Assim, tanto o professor quanto os

alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades,

bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das

dificuldades constatadas. A explicação dos propósitos da avaliação e do uso de seus

resultados pode favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de LE e permitir

que toda a comunidade, não apenas a escolar, reconheça o valor desse conhecimento.

Além das atividades básicas no ensino de línguas, ler e compreender, ouvir e

compreender, escrever e falar, o aluno deverá desenvolver estratégias de comunicação

baseadas em seu conhecimento prévio na língua materna, fazendo uso de comparações,

transferências, inferências, argumentações etc...isso será através de textos, exercícios,

pesquisa. Diante do exposto espera que o aluno para prosseguir compreender em que

medida os enunciados refletem a forma de ser, pensar, agir e sentir de quem os produz.

Saiba escolher o registro adequado à situação, na qual se processa a comunicação,

encontrar vocábulo que melhor reflita a ideia que pretenda comunicar e que compreenda

de que forma determinada expressão pode ser interpretada em razão de aspectos sociais

e /ou culturais. Que saiba usar seus recursos com clareza, coerência e coesão,

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elaborando e reelaborando textos de acordo com os ensinamentos do professor,

conforme situações propostas. Também espera-se que aluno saiba utilizar

adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome,

numeral...

A recuperação será realizada paralela, após diagnosticar as maiores dificuldades

dificuldades encontradas pelos alunos. Se necessário, serão revistos os conteúdos,

refazendo a avaliação valendo-se de instrumentos diferenciados, objetivando a

aprendizagem dos conteúdos pelo s educandos.

REFERÊNCIAS:

______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998

CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos

currículos da escola pública. São Paulo: Claritas, 1994.

JORDÃO, C.M. A língua Estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, Mimeo, 2004.

LUCKESI, C.C. A avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna Inglês para o Ensino

Fundamental. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2008.

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PLANO CURRICULAR

ENSINO MÉDIO

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PLANO CURRICULAR DE ARTE DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Arte passou por várias discussões a respeito de sua dimensão

histórica, desde o período Colonial até a atualidade, passando do culto à beleza clássica,

com a reprodução de cópias de obras consagradas, ao currículo centrado nas técnicas e

artes manuais; ao direcionamento centrado à produção. Chegando ao enfoque na

expressividade, espontaneidade e criatividade da Escola Nova, com a Metodologia

Triangular do fazer crítico, a apreciação e o conhecimento histórico.

Conseguindo a obrigatoriedade do Ensino da Arte nas escolas de Educação

Básica, e a busca efetiva de uma transformação neste Ensino como área de

conhecimento, (não meramente como meio de destaque de dons inatos, mas sim, a Arte

como construção do conhecimento), que se efetiva na inter-relação de saberes

concretizados na experiência estética, por meio da percepção, da análise e da

criação/produão e contextualização histórica.

Considerando a Arte como fruto da percepção, da necessidade de expressão e

da manifestação da capacidade criadora humana, foram produzidas novas maneiras de

ver e sentir, que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura.

E neste consenso, o Currículo do Ensino Médio deve ser organizado de forma

com que o aluno tenha acesso ao conhecimento sistematizado da Arte, tendo a

possibilidade de fazer as relações com o conhecimento de outras áreas, abrangendo o

conhecimento em Arte produzido pela humanidade.

É importante considerar que nos conceitos sobre cultura esteja presente o fator

de constante transformação. Cada cultura possui a sua lógica. A esse respeito, SANTOS

afirma que:

Cultura diz respeito humanidade como um todo, e ao mesmo tempo a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos humanos. (...) Cada realidade cultural tem sua lógica interna, a qual devemos procurar conhecer para que façam sentidas as suas práticas, costumes, concepções e as transformações pelas quais estas passam. (...) Entendido assim, o estudo da cultura contribui no combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma firme para o respeito e dignidade nas relações humanas. (SANTOS, 1987, p. 8-9).

Nosso país é marcado por diferenças regionais, diversas formas de

organização social, econômica e cultural.

Desta forma, pode-se considerar que a área de Arte possui inúmeras

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possibilidades de desencadear o processo de auto-conhecimento, o qual pode referir-se a

diferentes linguagens como: a musica, a dança enquanto movimento estético, o teatro, a

plástica, com condições de propiciar um elevado nível de percepção, bem como estimular

a imaginação e respeitar o potencial criativo de cada ser humano.

A Arte não é mera cópia da natureza ou dos objetos culturais. Ela expressa

uma determinada visão de pessoas e de realidade. Através dela, a pessoa exterioriza-se,

se conhece, dse a conhecer, socializa-se, enfim, faz a sua história.

A Arte deve ser considerada como integrada a cultura de um povo, pois retrata

elementos do meio visual e expressa sentimentos. Desta forma, a Arte náo é algo isolado

das atividades humanas. Ela está presente em tudo o que faz parte de nossa vida. Trata-

se de uma manifestação individual de retorno ao coletivo, porém, pretende-se mencionar

a Arte que capacita o homem para entender a realidade e ajudar a transformá-la.

A princípio, os conteúdos selecionados pelo professor podem estar

relacionados com a realidade do aluno e com a realidade local. Nesta seleção o professor

poderá considerar os artistas, as produções artísticas e os bens artísticos culturais da

região, bem como outras produções de caráter universal.

Naturalmente, cada pessoa possui raízes culturais ligadas à herança, à memória étnica, constituídas por estruturas, funções e símbolos, transmitidas de geração em geração, por longos e sutis processos de socialização. È obvio também que cada indivíduo, antes de poder decidir sua própria proposta de vida, se encontra imerso na imanência de sua comunidade, nas coordenadas que configuram o pensar, o sentir e o agir legítimo em seu grupo humano. Mas cada vez se torna mais evidente que a herança social que cada indivíduo recebe, desde seus primeiros momentos de desenvolvimento, já não se encontra constituída primordial nem prioritariamente por sua cultura local. Os influxos locais, ainda importantes, se encontram substancialmente mediatizados pelos interesses, expectativas, símbolos e modelos de vida que se transmitem através dos meios telemáticos. (GOMES, 2001, p. 13).

No processo de ensino de Arte, trabalha-se, sobretudo, com as linguagens

não-verbais, ou seja, aquelas que não são constituídas de palavras, como linguagens

não-verbais temos formas, volumes, planos, cores, luzes, gráficos, movimentos, sons,

olhares, gestos, acontecimentos. Como verbais temos as palavras, porém, ambas as

linguagens caminham paralelamente.

É através das linguagens verbais e não-verbais que fazemos a leitura do

mundo. Considerando-se que o ponto de partida para muitos exercícios, de diversas

disciplinas, são atividades ligadas expressão plástica, cênico ou musical, pode-se

descobrir que as atividades de Arte aguçãm a percepção, propiciando o despertar da

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imaginação criadora.

Um outro ponto ao qual faz-se necessãrio ressaltar, refere-se à ênfase que

atualmente têm-se dado às atividades interdisciplinares. Através desta, os professores

das diversas disciplinas poderão utilizar como estímulo diversas atividades de Arte e vice-

versa. Desta forma, o trabalho desenvolvido pelos educadores torna-se mais abrangente

e produtivo, tanto nas atividades de Artes, quanto de outras disciplinas, beneficiando o

processo de sensibilização desencadeado.

No âmbito da Arte e da dimensão estética, a produção sócio-cultural do gosto

pode ser trabalhada em diversos momentos, durante as aulas de Dança, Teatro, Música,

Artes Visuais.

Os professores de Arte podem planejar experimentos e debates que ajudem os

alunos a posicionar-se com sensibilidades de critérios éticos, diante de um conjunto de

circunstâncias, por vezes contraditórias, que existem na vida das pessoas. São situações

relacionadas a: responsabilidades referentes conservação e degradação de patrimônios

artísticos existentes nos locais em que as pessoas moram, trabalham, divertem-se,

estudam ou em outras regiões; diálogo ou autoritarismo na condução de trabalho e

comunicação em Arte; manifestação de respeito ou desrespeito sobre as produções

artísticas de diferentes grupos étnicos, religiosos, culturais.

Já o meio ambiente apresenta-se como fonte de conhecimento para a criação

artística. Por intermédio das imagens, formas, cores, sons e gestualidades presentes no

ambiente natural e simbólico, estabelece-se uma relação “ativa-receptiva” favorável à

produção artística e recepção estética. O caráter ativo-receptivo desse encontro cria um

universo particular de interação entre indivíduo, natureza e cultura, no qual pode-se

estabelecer um diálogo estético e artístico onde as respostas também se dão por meio de

ações no ambiente e na produção artística.

As produções artísticas podem contribuir para as dimensões de compreensão

que se têm da sexualidade humana, quando documentam ações de homens e mulheres

em diferentes momentos da história e em culturas diversas. A representaão da figura

humana em diversos momentos históricos, existentes nas mais variadas formas: pintura,

gravuras, esculturas, canções de heróis e heroínas, cinema, peças de teatro. Por meio da

apreciação dessas obras, os alunos podem refletir e expressar-se sobre diferenças

sexuais, diferenças de atitudes, valores e inter-relações humanas. Ressalta-se a

possibilidade de pensar criticamente sobre as imagens corporais que estão presentes na

mídia (televisão, rádio, imprensa, Internet). Desta maneira, a experiência com a Arte

propicia o exercício contínuo da descoberta, aguça a curiosidade, abrindo espaço para

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fluir o pensamento.

O tema da pluralidade cultural tem relevância especial no Ensino da Arte, pois

permite ao aluno lidar com as diversidades da arte na vida. Na sala de aula, inter-

relacionam-se indivíduos de diferentes culturas que podem ser identificados pela etnia,

gênero, idade, localização geográfica, classe social, ocupação educacional, religião.

A escola constitui um espaço privilegiado para o desenvolvimento de uma educação

que dialogue com o particular e o universal. Logo, a disciplina de Arte deve manter este

diálogo, estabelecendo relações de nossas experiências, nossa cultura e vivência com a

imagem, com os sons, com os gestos, com os movimentos, e nessa perspectiva, educar

os alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a

realidade, a fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão artística.

OBJETIVOS

O Ensino da Arte no Ensino Médio deve levar o aluno à:

Apropriação do do conhecimento em Arte, dentro de um processo criador que

transforma o real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo;

Compreender e utilizar a Arte como linguagem, mantendo uma atitude de busca

pessoal ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a

investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos

diversos em Arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de modo que os utilize

nos trabalhos pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e

contextualize-os culturalmente;

Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e

conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo

receber e elaborar críticas;

Identificar, relacionar e compreender a Arte como um fato histórico, contextualizado

nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções

presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo

natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos

de diferentes grupos culturais;

Identificar, relacionar e compreender as diferentes funções da Arte, reconhecendo

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e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas

presentes na história das diferentes culturas e etnias;

Pesquisar e saber organizar informações sobre Arte, em contato com artistas,

obras de Arte e fontes diversas;

Estruturar e manifestar a vida simbólica de cada grupo étnico e cultural;

Explorar a expressão pela origem dos ritmos, pelas características melódicas e

pelos instrumentos utilizados;

Verificar a estética dos movimentos que oferecem subsídios para a compreensão

das identidades culturais;

Criar formas na relação do homem com os elementos da natureza;

Interagir com as cores, traços, movimentos e figuras, expressando as relações do

ser humano com a natureza;

Repensar o indivíduo com o espaço;

Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da Arte,

analisando, refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos, com

seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações

socioculturais e históricas;

Apreciar produtos de Arte, em suas várias áreas, desenvolvendo tanto a fruição

quanto a análise estética, conhecendo, refletindo e compreendendo critérios

culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter

filosófico, histórico, sociológico, antropológico, psicológico, semiótico, científico e

tecnológico, dentre outros;

Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da Arte, em suas

múltiplas áreas utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o

patrimônio nacional e internacional, que deve ser conhecido e compreendido em

sua dimensão sócio-histórica;

A Arte, como conhecimento humano sensivelmente cognitivo, é necessária na

história da aprendizagem cultural dos jovens de nosso país, humanizando-os e

ajudando-os a humanizar o mundo contemporâneo.

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CONTEÚDOS

1ª série

Os conteúos, preferencialmente, devem ser trabalhados co-relacionados: artes

visuais, música, dançã e teatro, não se detendo apenas na história da arte.

Movimentos e períodos:

Pré-História;

Egito;

Grécia;

Arte Greco-Romana;

Arte Pré-Colombiana;

Arte Oriental;

Arte Africana;

Arte Medieval;

Renascimento;

Barroco;

Neoclassismo;

Romantismo;

Realismo;

Impressionismo;

Expressionismo.

λ LINGUAGENS

Conceituação, exposição, reconhecimento, discussão e experimentação dos

elementos plásticos básicos:

Artes Visuais

Ponto, Linha, Textura, Volume, Luz e Cor.

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Figurativo, Abstrato, Figura e Fundo, Bidimensional e Tridimensional,

Semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual, Gêneros e Técnicas.

Multimídias: Cinema (Argumento, Roteiro, Montagem, Filmagem, Direção,

Fotonovela, Slide, Crítica, Cenografia e Animação).

Música:

Altura, Duração, Timbre, Intensidade e Densidade.

Ritmo, Melodia, Harmonia, Gênero e Estilos, Altura, Intensidade, Duração, Intervalo

Melódico, Intervalo Harmônico, Tonal, Modal, Gêneros, Tônicas e Improvisação.

¬ Teatro:

Personagens: Expressão Corporal, Vocal, Gestual e Facial, Improvisação,

Gênero, Teatro Pobre e do Oprimido, Elementos de Composição, Ação

Dramática e Espaço Cênico.

Representação, Sonoplastia, Iluminação, Cenografia, Maquilagem, Adereços,

Jogos Teatrais, Roteiro, Enredo, Gêneros, Técnicas.

Dança:

Movimento e Expressão Corporal, Tempo e Espaço.

Ponto de Apoio, Salto e Queda, Rotação, Formação, Deslocamento, Sonoplastia,

Coreografia, Gêneros e Técnicas.

3ª série

λ Movimentos e períodos:

λ Fauvismo:

λ Cubismo;

λ Abstracionismo;

λ Dadaísmo;

λ Surrealismo;

λ Expressionismo;

λ Op-Art;

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λ Pop-Art;

λ Vanguardas Artísticas;

λ Arte Brasileira;

λ Arte Paranaense;

λ Indústria Cultural.

λ LINGUAGENS

Conceituação, exposição, reconhecimento, discussão e experimentação dos

elementos plásticos básicos:

¬ Artes Visuais

Ponto, Linha, Textura, Volume, Luz e Cor.

Figurativo, Abstrato, Figura e Fundo, Bidimensional e Tridimensional,

Semelhanças, Contrastes, Ritmo Visual, Gêneros e Técnicas.

Multimídias: Cinema (Argumento, Roteiro, Montagem, Filmagem, Direção,

Fotonovela, Slide, Crítica, Cenografia e Animação).

Música:

Altura, Duração, Timbre, Intensidade e Densidade.

Ritmo, Melodia, Harmonia, Intervalo Melódico, Intervalo Harmônico, Tonal, Modal,

Gêneros, Tônicas e Improvisação.

Teatro:

Personagens: Expressão Corporal, Vocal, Gestual e Facial, Ação Dramática e

Espaço Cênico.

Representação, Sonoplastia, Iluminação, Cenografia, Maquilagem, Adereços,

Jogos Teatrais, Roteiro, Enredo, Gêneros, Técnicas.

Dança:

Movimento Corporal, Tempo e Espaço.

Ponto de Apoio, Salto e Queda, Rotação, Formação, Deslocamento, Sonoplastia,

Coreografia, Gêneros e Técnicas.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho na sala de aula deve considerar a relação que o ser humano tem

com a Arte: produzir Arte, desenvolver um trabalho artístico, sentir e perceber as obras

artísticas.

Na escola, o objeto de trabalho o conhecimento.

No encaminhamento desta disciplina, os alunos devem ter acesso às obras de

Música, Teatro, Dança e Artes Visuais, para que se familiarizem com as diversas formas

de produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da

natureza e da cultura em uma dimensão estética.

A tarefa do professor possibilitar o acesso, mediar o sentir e perceber com o

conhecimento sobre Arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender

aparências e aprender, pela Arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão

singular e social.

O conhecimento em Arte é trabalho relativo à cognição, em que a racionalidade

opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre Arte, como: os

elementos formais, a composião, os movimentos e períodos, tempo e espaço, e como

eles se constituem nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.

O trabalho artístico é expressão privilegiada, o exercício da imaginação e

criação. O aluno realizará trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao conhecimento em

Arte e ao trabalho artístico.

Quanto ao trabalho com teatro, será iniciado os exercícios de relaxamento,

aquecimento, personagens expressão vocal, gestual, corporal e facial, jogos teatrais e

transposição de texto literário para texto dramático, pequenas encenações construídas

pelos alunos e outros exercícios cênicos.

O encaminhamento enfatizará o trabalho artístico; contudo, não excluindo a

abordagem do conhecimento em Arte, como, por exemplo, discutindo os conteúdos e

movimentos artísticos importantes da história do Teatro. Será solicitado ao aluno uma

análise das diferentes formas de representação na televisão e no cinema, tais como:

plano de imagem, formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia.

Para que o aluno sinta e perceba serão apresentadas peças teatrais e, em

seguida, serão abordados os seguintes aspectos: descrição do contexto, nome da peça,

autor, direção, local, atores, período histórico da representação. Análise da estrutura e

organização da peça, tipo de cenário, e sonoplastia, expressões usadas com mais ênfase

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pelos personagens, análise da peça sob o ponto de vista do aluno, com sua percepção e

sensibilidade em relação à peça assistida.

Nas Artes Visuais, cada aluno poderá desenhar linhas para juntos observarem

e discutirem a expressividade, o peso, o movimento que cada uma pode ocupar nesse

espaço. Em seguida, os alunos podem desenvolver composições como trabalho artístico

e criar efeitos de movimento e de organização do espaço com as linhas.

O professor poderá mostrar obras de artistas que deram ênfase ao uso de

linhas com diferentes formas e expor as composições dos alunos para apreciação e

apropriação do grupo.

Superando a fragmentação do conhecimento teremos os conhecimentos

articulados tais como: História da Arte, Semiótica e Estética.

A História da Arte é um dos campos de estudo da disciplina de História, tratada

como fonte e documento histórico para pesquisa. O professor de Arte abordará o

conteúdo estruturante Movimentos e Períodos, articulando-os com os Conhecimentos do

Teatro, da Dança, da Música e das Artes Visuais.

A Semiótica estuda conceitos como signo, veículo do signo, imagem, assim

como significado e referência. Ela é importante para análise de qualquer fenômeno

relacionado à transmissão e retenção de informação na linguagem, na Arte e em todas as

outras formas de expressão. Neste sentido, o professor poderá direcionar o estudo na

análise da imagem da: pintura, cinema e imagem do cotidiano como signo, mas seus

princípios também são aplicados na Dança, Música e Teatro.

A Estética é o estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade de sua

conceituação, quer quanto diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no ser

humano. Ela fará parte do cotidiano do professor de Arte, tanto no aspecto teórico, quanto

na sua prática em sala de aula.

A Arte é um processo de humanização. Como criador, o ser humano produz

novas maneiras de ver e sentir, em cada momento histórico e em cada cultura.

Ressaltar ainda, conceitos importantes para Arte, o ser humano e a sociedade,

de modo a indicar possibilidades de estudos, de organizaçao do currículo e da prática

pedagógica do professor de Arte.

E deve ser contemplada a educação ambiental, segundo a lei nº 9.795 de

27/04/1999; a história do Paraná segundo a lei nº 6134 de 18/12/2001 e a inserção dos

conteúdos de história e cultura afro-brasileira, segundo a lei nº 10.639 de 9/01/2003.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser diagnóstica e processual.

- Diagnóstica para ser a referência do professor para planejamento das aulas e da

avaliação.

- Processual: é necessário utilizar vários instrumentos de avaliação, pesquisa,

análise e percepção de obras artísticas, nas várias linguagens da Arte com seus códigos

específicos do processo produtivo.

Deve superar o papel de mero instrumento de medição, de apresentação de

conteúdos, e ser na observação e registros dos caminhos percorridos pelo aluno no seu

processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades.

Em Arte não cabe ao professor avaliar a expressão do aluno, mas sim como este

aprende e organiza os conteúdos em suas produções artísticas. O professor precisa

considerar o histórico de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na

escola, observando a qualidade dos trabalhos e registros dos alunos.

A avaliação em Arte não pode se basear apenas no gosto pessoal do professor,

mas deve estar fundamentada em critérios definidos e claros, e os conceitos emitidos pelo

professor não devem ser meramente quantitativos.

A avaliação será contínua e diagnóstica, todas as atividades serão consideradas

para a formulação da mídia, ampliando saberes sobre a produção, apreciação e história

expressas em música, artes visuais, dança, teatro e também artes audiovisuais.

O sentido cultural de Arte vai se desvelando na medida em que os educandos do

Ensino Médio participam de processos de ensino e aprendizagem criativos, que lhes

possibilitem continuar produzindo e apreciando obras artísticas; a experimentar o domínio

e a familiaridade com os códigos de expressão da linguagem a Arte. Além disso, esse

sentido cultural se revela em processos de educação escolar de Arte, que favorece aos

educandos a reflexão e a troca de ideias, de posicionamentos sobre as práticas artísticas

e a contextualização dos mesmos no mundo regional, nacional e internacional.

A avaliação em Arte vai além do papel de mero instrumento de mediação da

apreensão de conteéuos, e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para

o aluno. Ela visa não comparar um aluno com o outro, mas discute dificuldades e

progressos de cada um a partir da própria produão. É preciso levar em conta o

pensamento estético e a sistematização dos conhecimentos para a compreensão da

realidade.

O professor de Arte levará em conta as observações e o registro do processo de

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aprendizagem, com avanços e dificuldades percebidos em suas criações. Avaliará os

alunos que apresentam soluções para os problemas apresentados, a maneira que eles se

relacionam com os colegas nos trabalhos em grupo e a elaboração dos registros

sistematizados. Serão oportunizadas ao aluno ocasiões para apresentar, refletir e discutir

suas produções com os colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida na

aprendizagem dos conteúdos de Arte.

Alguns critérios de avaliação:

• percebe a função social das artes;

• relaciona a produção artística com o contexto social em diferentes

tempos e espaços;

• identifica a utilização da linguagem artísticas no cotidiano;

• reconhece e analisa a produção artística da humanidade, na busca da

compreensão dos seus modos de produção, em diferentes perspectivas culturais;

• percebe a si prrio e seus colegas como produtor, inserido em

determinado tempo e espa ;

• representa suas idéias utilizando os elementos formais das linguagens

artísticas;

• elabora crítica pessoal sobre diferentes manifestações artísticas;

• cria formas de expressão utilizando os elementos próprios de cada

linguagem;

• identifica e interpreta diferentes símbolos artísticos próprio de cada

linguagem artística.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Leis, Decretos. Lei nº 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB, Brasília, 1996.

GOMEZ, A. I. P. A cultura escolar na sociedade neoliberal. São Paulo: Artmed; 2001.

KANDELE, I. D. Jogos Teatrais. 4ª Ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.

MARQUE, I. Dan ndo na Escola. 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 2005.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005.

___________, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio. Versão preliminar, Curitiba: SEED, julho/2008.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e Grande Público: a distância a ser extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção Polêmica do nosso tempo, 84).

SANTOS, J. L. O que cultura. 6ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.

VYGOTSKI, Lev Semenovtch. Psicologia da Arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

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PLANO CURRICULAR DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A humanidade desde sempre estudou os seres vivos. Nos seus primórdios,

aprendeu a utilizar as plantas e os animais em seu proveito. Os conhecimentos na área

da biologia exercício prático do dia a dia, existem já desde a época da pré-história. Prova

disso são as representações de seres vivos em pinturas rupestre Assim o objeto de

estudo da biologia é a vida e surgiu a partir de civilizações e construção de culturas, ao

longo do tempo histórico.

Na Mesopotâmia, sabia-se já que o pólen podia ser utilizado para fertilizar plantas e

animais eram mantidos naquilo que hoje podemos considerar como sendo os primeiros

jardins zoológicos. Elementos do mundo vivo eram já utilizados como objetos de comércio

em 1800 a.C. Os povos orientais já tinham conhecimento do fenômeno de polinização em

palmeiras e do fenômeno de dimorfismo sexual em variadas espécies vegetais. Na Índia,

textos descrevem variados aspectos da vida das aves.

No Egito, a metamorfose de insetos e anfíbios são descritos. Egípcios e babilônios

tinham já um conhecimento apreciável de anatomia e fisiologia de várias formas de vida.

No Egito, eram usados baixos relevos e papiros para fazer a representação anatômico do

corpo humano e de outros animais. A prática do embalsamento utilizado pelo povo

egípcio requeria já um amplo conhecimento das propriedades de plantas e óleos de

origem vegetal. Aristóteles, um dos mais influentes e importantes naturalistas. Atingiu tal

estatuto, fruto do seu aturado trabalho de observação da natureza, sobretudo no que diz

respeito ao comportamento e características dos animais e plantas. Desenvolveu trabalho

relacionado com a categorização dos seres vivos, tendo sido o primeiro a formular um

sistema de classificação.

O sucessor de Aristóteles, Teofrasto o autor de inúmeros trabalhos sobre botânica,

que sobreviveram como sendo os mais importantes na contribuição a esta área até à

Idade Média. Na Roma antiga, Plinio o velho , destacou -se pelos seus conhecimentos em

botânica geral. Mais tarde, Galeno é um pioneiro na área da medicina e anatomia. A idade

média é considerada como a idade das trevas, no que também diz respeito ao avanço do

conhecimento científico. No entanto, e no que diz respeito às ciências biológicas, alguns

avanços verificaram -se neste período .

É precisamente no mundo árabe que as ciências naturais mais se desenvolveram.

Especificamente nas pesquisas com insetos (especialmente formigas)

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Durante o século XIII, Alberto Magno escreveu De Vegetabilis et Plantis (por volta

de 1260 e De animalibus. Este autor deu especial relevância à reprodução e sexualidade

das plantas e animais. Na primeira obra, há a destacar a diferenciação entre plantas

monodicotilodóneas e dicotiledóneas e entre plantas vasculares e não vasculares. Alberto

Magno Chega a afirmar que O objetivo da ciência natural não é simplesmente aceitar as

afirmações de outros, mas investigar as causas que operam na natureza,estudou

intensiva mente a natureza, utilizando de modo intensivo o método experimental. Deram-

se também avanços significativos em óptica que no futuro proporcionou o

desenvolvimento de um aparelho que iria revolucionar a maneira como os estudiosos

viam e interpretavam o mundo vivo.

Willian Harvey mostra que o sangue circula pelo corpo todo e que é bombeado

pelo coração. Com a descoberta do microscópio por Antony Van Leeuwenhoek por volta

de 1650 abre-se um pequeno grande mundo que até então havia escapado ao olhar

atento dos cientistas e curiosos Jan Swammerdam tornou-se o primeiro a observar os

eritrócitos, Leeuwenhoek, por volta de 1680, observou pela primeira vez protozoários e

bactérias .

Durante estes dois séculos, grande ênfase foi dada à classificação, nomeação e

sistematização dos seres vivos. O expoente máximo desta atividade foi Lineu Em 1735

publicou o seu sistema taxonómico, baseado nas semelhanças morfológicas entre seres

vivos e na utilização de uma nomenclatura binomial (nomes científicos) em latim A

descoberta e descrição de novas espécies tornou-se nessa época, uma ocupação

generalizada no meio científico .Em 1833, foi sintetizada artificialmente a primeira enzima,

é uma nova ciência, a bioquímica, começa a dar os primeiros passos.

Por volta de 1880, Robert Koch observa crescer culturas puras de

microorganismos, utilizando placas de Petri contendo agar e nutrientes específicos.Já

Louis Pasteur e Schwann propõem a sua teoria celular em 1839. Esta teoria tinha como

princípios basilares o fato de a célula ser a unidade básica de constituição dos

organismos e fato de que todas as células serem provenientes de células pré-preexistente

1866, a genética dá os seus primeiros passos graças ao trabalho de um monge austríaco

,Gregor Mendel e nesse ano, formulou as suas leis da hereditariedade. No entanto, o seu

trabalho permaneceu na obscuridade durante 35 anos.

Em 1869, Friedrich Miescher descobre aquilo a que ele chamou de nucleína. O

citologista Walther Flemming em 1882, tornou-se no primeiro a demonstrar que os

estágios diferenciados da mitose não eram fruto de artefatos de coloração das lâminas

para observação em microscopia. Assim, estabeleceu-se que a mitose ocorre nas células

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vivas e para além disso que o número cromossômico duplicava em número mesmo antes

da célula se dividir em duas. Em 1887 August Weismann propôs que o número

cromossômico teria pois que ser reduzido para metade, no caso das células sexuais

(gametas). Tal proposição tornou-se fato quando da descoberta do processo da meiose.

Mesmo no início do século XX em 1902 o cromossomo foi identificado com a estrutura

que alberga os genes desta forma, o papel central dos cromossomos na hereditariedade e

nos processos de desenvolvimento foi estabelecido.

O fenômeno de linhagem genético e a combinação de genes em cromossomos

durante a divisão celular foram explorados. Ainda no início do século, deu-se a unificação

da idéia de evolução por seleção natural com os processos da genética mendeliana,

produzindo a chamada síntese moderna. Estas idéias e processos continuaram a ser

investigados e aprofundados através de uma nova disciplina, a genética populacional.

Oswald Avery em 1943 mostrou que era o DNA e não as proteínas , que compunham

material genético dos cromossomos. Em 1953 James Watson e Francis Crick mostraram

que a estrutura do DNA era em forma de dupla hélice, Em paralelo, propuseram o

possível papel da estrutura assim apresentada no processo de replicação.

A natureza do código genético foi experimentalmente descortinado a partir do

trabalho de Nirenberg, Khorana e de outros, no final da década de 50.O estudo dos

organismos, da sua reprodução e da função dos seus órgãos, passou a ser efetuado a

nível molecular. Nos meados da década de 80, como consequência do trabalho pioneiro

de Woese (seqüenciarão RNA do ribanossoma tipo 16S), a própria árvore da vida tomou

nova forma de classificação.

Enquanto que o processo de clonagem em plantas já era já conhecido há milênios,

foi só em 1951 que o primeiro animal foi clonado pelo processo de transferência nuclear.

A ovelha Dolly tornou-se depois, em 1997, no primeiro clone de mamífero adulto, através

do processo de transferência de um núcleo de célula somática para o citoplasma de um

ovócito anucleado. Em 1965, foi demonstrado que células normais em cultura dividiam-se

apenas um número limitado de vezes envelhecendo e morrendo depois.

Por volta da mesma altura, descobriu -se que as células tronco eram uma exceção

a esta regra e começou -se o seu estudo exaustivo. O estudo das células tronco começou

a ser crucial para se entender a biologia do desenvolvimento, levando também à

esperança de aparecimento de novas aplicações médicas de importância relevante. A

partir de 1983 com a descoberta dos genes homeobox, muitos dos processos de

morfogênese dos organismos, do ovo até ao adulto, começaram a ser descobertos,

começando pela mosca-da-fruta, passando por outros insetos e animais, incluindo o

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homem.

É preciso levar -se em consideração os avanços científicos e a estreita relação entre a forma como a sociedade se encontra organizada e o modelo de educação prevalente num dado momento histórico. Assim a educação, entendida como prática social, não pode ser descrita – ou interpretada - deixando de lado os aspectos referentes ao contexto social, político e econômico de cada época, em que se encontra imersa (Veiga, 1978).

Observamos assim que embora a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDBEN), de 1996, expresse a urgência de reorganização da Educação Básica, a fim de

dar conta dos desafios impostos pelos processos globais e pelas transformações sociais e

culturais por eles geradas na sociedade contemporânea, na área das ciências biológicas,

o ensino de Biologia se organiza ainda hoje de modo a privilegiar o estudo de conceitos,

linguagem e metodologias desse campo do conhecimento no período pós-64 os rumos

tomados pela ideologia política fizeram -se sentir na educação. Na ocasião, o sistema

educacional brasileiro sofreu forte influência de educadores americanos, tendo em vista

os Estados Unidos passarem a prestar assistência técnica e financeira ao Ministério da

Educação e Cultura.

Tal cenário favoreceu o desenvolvimento da Pedagogia Tecnicista, que enfatiza a

aplicação de princípios científicos para resolver problemas educacionais. Segundo

Krasilchik (2004), nesse período o ensino de Ciências no país apresentou -se

contraditório. Primeiro porque, embora documentos oficiais (LDB/1971) valorizassem as

disciplinas científicas, o período de ensino a elas disponibilizado fora reduzido por força

de um currículo de viés tecnicista, fortemente impregnado por um caráter

profissionalizante. Segundo, porque, apesar de os currículos apresentarem proposições

que enfatizassem a “aquisição de conhecimentos atualizados” e a “vivência do método

científico”, o ensino de Biologia, na maioria das escolas brasileiras, continuou a ser

descritivo, segmentado e teórico.

Na continuidade, os anos 80 caracterizaram-se por proposições educacionais

desenvolvidas por diversas correntes educativas, todas elas refletindo os anseios

nacionais de redemocratizarão da sociedade brasileira. Crítica, emancipação, educação

como prática social, eram expressões presentes nos projetos educativos, denotando uma

perspectiva comum (Candau, 2000). A preocupação com a reconstrução da sociedade

democrática repercutiu também no ensino de Ciências e a gama de projetos

desenvolvidos nessa década apresentou grande variabilidade de concepções sobre o

ensino das ciências, mobilizando instituições de ensino de vários tipos e professores e

promover a busca de soluções locais para a melhoria do ensino .

Em 1998, o Ministério da Educação colocou à disposição da comunidade escolar,

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um documento Parâmetros Curriculares Nacionais O ensino de Biologia,

especificamente, é tratado nos Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio (1999),

complementado nos PCN+ Ensino Num mundo como o atual, de tão rápidas

transformações e de tão difíceis contradições, estar formado para a vida significa mais do

que reproduzir dados, determinar classificações ou identificar símbolos. Significa: saber

se informar, comunicar-se, argumentar, compreender e agir; enfrentar problemas de

diferentes naturezas; participar social mente, de forma prática e solidária; ser capaz de

elaborar críticas ou propostas; e, especialmente, adquirir uma atitude de permanente

aprendizado. (MEC, 2001, p.9).

O estudo de conceitos na área da biologia, quando envolve situações que dizem

respeito à saúde dos alunos, aos seus hábitos de lazer, as suas experiências de trabalho,

ou ainda, à sua explicação sobre fenômenos da natureza, torna-os mais motivados para

aprendizagens de caráter científico.

As Diretrizes Curriculares para biologia ,apresenta quatro modelos interpretativos

do fenômeno VIDA, como base estrutural para o currículo no Ensino Médio. Cada um

deles deu origem a um conteúdo estruturante que permite conceituar VIDA em distintos

momentos da história e, desta forma, auxiliar para que as grandes problemáticas da

contemporaneidade sejam entendidas como construção humana.

Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:

• organização dos seres vivos;

• mecanismos biológicos;

• biodiversidade;

• manipulação genética.

Organizados desta forma buscou -se que os conteúdos sejam abordados de forma

integrada, com ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina,

relacionados a conceitos oriundos das diversas ciências de referência da Biologia.

OBJETIVOS

Perceber os diversos aspectos da vida no planeta buscando ampliar e modificar a

visão do homem sobre si próprio e sobre seu papel no mundo.

Compreender as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento

tecnológico ,considerando a preservação da vida e as concepções de um

desenvolvimento sustentável.

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Envolver o aluno na compreensão do desenvolvimento de conhecimentos teóricos

práticos, contextualizados, que respondam às urgências da vida contemporânea.

Compreender que a vida se estabeleceu e se organizou, através do tempo, sob a

ação dos processos evolutivos, o que resultou numa diversidade de formas, sobre

as quais continuam atuando as pressões seletivas. Todos os seres, inclusive o

homem, estabelecem inter-relações necessárias que devem ser respeitadas e

preservadas.

Entender que que a questão da manipulação e exploração da natureza são

diretamente ligadas ao desenvolvimento da sociedade.

Desenvolver a curiosidade e o gosto por aprender, através do questionamento e a

investigação na busca de uma visão de mundo baseada na percepção da

complexidade da vida, que é fruto de permanentes interações simultâneas entre

muitos elementos.

Relacionar com a realidade em que se insere e com o conteúdo já adquirido com

toda a gama de informações que a mídia tem trazido a público sobre temas como:

biodiversidade, preservação de recursos naturais, descobertas de novas espécies

e outros.

CONTEÚDOS

Conteúdos

estruturantesConteúdos Básicos Conteúdos específicos

Organização dos seres

vivos

Classificação dos

seres vivos: critérios

taxonomicos e filo

genéticos,

Sistemas biológicos:

anatomia,morfologia,

fisiologia.

Classificação dos seres vivos e

suas estruturas e

características , morfologia

(reino plantae, animalia, fungi,

protisa e monera)

Vírus:Suas características e as

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doenças causadas por vírus.

Organização estrutural das

bactérias

Mecanismos biológicos

Mecanismos de

desenvolvimento

embriológico

Teoria celular:

mecanismos celulares

biofísicos e

bioquímicos

Teoria celular

Composição química das

células (água, sais minerais

carboidratos, ácido nucléico,

enzimas, síntese das proteínas ,

aspecto físico-químicos do

conteúdo celular.

Organização celular (célula

procarionte, eucarionte,

membrana ,citoplasma,núcleo e

a origem da vida em nível celular.

Fisiologia celular ( divisão

celular Mitose/meiose)

Fisiologia humana:

organização da estrutura (os

tecidos, sistemas ou aparelhos e

suas funções e embriologia

Biodiversidade

Dinâmica dos

ecossistemas,

relações ecológicas

entre os seres vivos e

a interdependência

com o ambiente.

Relações entre os seres vivos:

intra-específicas e interespecificas;

Relações harmônicas e

desarmônicas

Sociedades,

colônias,Mutualismo,

comensalismo...

Ciclos biogeoquimicos:

Ciclo do nitrogênio, carbono e

oxigênio

Problemas ambientais

(urbanização, efeito estufa,

chuva ácida,poluição...)

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Biomas

Manipulação genética

Transmissão das

características

hereditárias.

Organismos

geneticamente

modificados.

Teorias da evolução

(Lamarckismo/Darwinismo)

Genética

DNA e RNA

1ª lei de Mendel (Fenótipo e

genótipo)

2ª lei de Mendel

(Aglutinogênios / aglutininas

Sistema Rh de grupos sanguíneos

e a eritroblastose fetal.

Herança genética

Determinação do sexo

doenças ligadas a genética

Distrofia muscular

Daltonismo, Hemofilia.

Clonagem

Transgênicos

Células tronco

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade na disciplina de Biologia,

significa analisar uma ciência em transformação, cujo em cada momento histórico, social,

político, econômico e cultural.

Conforme Krasilchik (2004, p. 45), as ciências Biológicas tem apresentado uma

expansão em seus conteúdos no decorrer dos tempos. De uma ciência que se

concentrava na descrição e nos conhecimentos qualitativos, com o desenvolvimento na

bioquímica e na biofísica, de processos experimentais e de mensuração, bem como da

análise estática a biologia passou a ser um campo de conhecimento com leis gerais, o

que alargou e aprofundou suas dimensões, tornando muito difícil para o professor decidir

o que deve ser fundamental, portanto incluído em seu curso e o que deve ser necessário,

podendo conseqüentemente ser deixado de lado.

Assim tornou-se difícil a pratica de um currículo extenso, portanto pretende-se

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discutir o processo de construção do pensamento biológico presente na história ria da

Ciência e reconhece-la como uma construção humana, como luta de idéias,solução de

problemas e proposição de novos modelos interpretativos, não enfatizando somente seus

resultados mas a construção do conhecimento.

Entende-se que o objeto de estudo o fenômeno vida diante de sua complexidade

levem os alunos a pensar no estudo da biologia no seu mundo. Considerando o ensino

como instrumento de transformação e buscar entender todo o processo de

funcionamento dos mecanismos biológico dos seres vivos. As explicações para o

surgimento e a diversidade da vida levam o conhecimento científico os quais conviveram

e convivem com outros sistemas, mas a biologia enquanto produto histórico têm-se o seu

desenvolvimento através da biotecnologia e a compreensão dos conceitos científicos os

quais geram conflitos filosóficos, científicos e sociais , pois põe em discussão a

manipulação do material genético , alterando a concepção do fenômeno vida.

E para compreender o ensino da biologia o que tem que ser visto é o avanço e as

implicações e as consequências da ciência para a vida humana a saúde do homem e os

impactos ambientais.

No campo educacional, é bom salientar que não se recomenda a utilização do

método experimental para refazer o processo em busca de resultados perfeitos, utilizando

aparatos tecnológicos na realização experimento, envolvendo animais vivos domésticos

ou exóticos, ou ainda experimentos que causem danos à fauna nativa, ao ser humano a

biodiversidade, usá-lo para demonstração como recurso de ensino. Pois faz-se

necessária a atenção especial aos aspectos éticos da experimentação e as legislações

como as leis estaduais do Paraná que instituiu o Código Estadual de Proteção aos

Animais, a Lei da biosegurança, Resoluções do Conselho Nacional do Meio ambiente

,Política Nacional da biodiversidade e outros aspectos legais.

O laboratório de biologia passa a ser utilizado com maior freqüência e como

ferramenta metodológica através da observação, associando -se ao contexto da

descoberta e do experimento,após fazer relatório do que foi observado e a verificação do

conhecimento adquirido durante a observação. As aulas expositivas faze-se necessárias

para elaborar os conteúdos teóricos como base para a aula de laboratório.

Deverão fazer pesquisa sobre os assuntos emergentes como ,células tronco e

outros na ciência para participarem de debates e assim ir construindo seu conhecimento

diante dos problemas e benefícios que essa descoberta acarreta para a humanidade e

contribui para a formação de um sujeito investigativo, interessado. Que busca conhecer e

compreender a realidade. Através de atividades ligadas ao próprio meio ao qual o aluno

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está inserido descobrindo assim sua comunidade e integrar os conhecimentos para uma

transformação social.

AVALIAÇÃO

É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora, mas na disciplina

de biologia é necessária que as atividades avaliativas se caracterize com um processo de

compreensão dos conteúdos considerando o que foi exposto e verificar a aprendizagem a

partir do que é básico e essencial e que se processe de forma continua e de interação

entre professor e aluno onde o professor interage e participa do processo de avanço na

aprendizagem.

Os instrumentos avaliativos diversificados ( textos, aulas experimentais,

seminários ) propiciam aos alunos uma forma de expressar seus avanços na construção

do conhecimento.

A avaliação define alguns critérios para a que essa construção acontece portanto

espera-se que os alunos diante dos conteúdos estruturantes da organização dos seres

vivos eles identifiquem, compare, estabeleça , reconheça, compreendam a organização

dos seres vivos desde suas características ate a extinção das espécies e o surgimento de

novos seres vivos. Os conteúdos estruturantes Mecanismos biológicos o aluno

compreenda a anatomia, morfologia e fisiologia identificando seu funcionamento e

reconheça a importância para manutenção da vida. Nos conteúdos estruturantes

Biodiversidade é necessário que o aluno busque identificar com o meio e compreenda a

importância e valorize a diversidade como construção da melhoria da qualidade de vida

da população e dos problemas sócios ambientais. Quanto a o conteúdo estruturante

manipulação genética é importante que se perceba e compreenda a origem, evolução e a

manipulação do material genético pelo homem.

REFERÊNCIAS

_______________Biologia/vários autores ._SEED -PR, 2006

HTTP://www.diaadiaeduacao.pr.gov.br

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

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Krasilchik, M. (2004). Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Universidade

de São Paulo, 4ª ed.

Veiga,I (1978). Didática: Uma retrospectiva histórica. En:Veiga (Ed.),

________________Repensando a Didática (pp. 82-95). Campinas: Papiros.

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PLANO CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As práticas pedagógicas escolares de Educação Física foram fortemente

influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX.

Os exercícios sistematizados nesses moldes foram reelaborados pelo conhecimento

médico numa perspectiva pedagógica, para atender aos objetivos de adquirir, conservar,

promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos.

A Educação Física continuou de caráter obrigatório na escola, com a

promulgação da Lei n. 5692/71, por meio de seu artigo 7º e pelo decreto n. 69450/71.

Assim, a disciplina passou a ter legislação específica e foi integrada como atividade

escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de

ensino. Ainda nesse período, aos olhos do regime militar, a Educação Física era vista

como importante recurso de formação do homem que serviria ao projeto de Brasil. A

disciplina estava, então, ligada à aptidão física, considerada importante para o

desenvolvimento da capacidade produtiva da classe trabalhadora, e ao desporto, pela

intenção de tornar o país uma potência olímpica.

Em meados da década de 1980, começou-se a formar uma comunidade científica

na Educação Física, de modo que passaram a existir tendências ou correntes, cujos

debates evidenciavam severas críticas ao modelo vigente até então. Em seus trabalhos,

muitos autores constituíram discursos e publicações sob a denominação de

“progressistas”, a fim de que se construísse um movimento renovador na disciplina.

A relação entre Educação Física e educação é evidenciada ao longo da história,

através da preocupação de vários educadores e pensadores, em caráter nacional e

internacional, em valorizar a Educação Física no contexto geral de educação.

Porém, raras vezes as escolas se preocupam em desenvolver ações educativas

para levar os jovens a adquirir hábitos de vida que favoreçam a prática de exercícios

físicos de forma continuada.

No documento “A Indispensabilidade da Educação Física”, divulgado pela

Associação Internacional das Escolas de Educação Física (AIESEP – 1999),

(...) coloca a Educação Física como única disciplina, na escola, que atua diretamente com o físico, movimento, jogos e esporte, oferecendo oportunidades às crianças e adolescentes para desenvolverem agilidade e harmonia de movimentos, identidades, desenvolver conhecimentos e

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percepções necessárias para um engajamento independente e crítico na cultura física, e por isso deve ter o mínimo de 2-3 horas semanais, e as aulas devem integrar um currículo longitudinal e ser dirigida por professores e Educação Física, preparados para esta função. (AIESEP – 1999).

O Ensino Médio compõe o ciclo de aprofundamento da sistematização do

conhecimento. O aluno começa a compreender a explicar que há propriedades comuns e

lida com a regularidade científica, podendo a partir dela, adquirir algumas condições para

ser produtor de conhecimento científico, quando submetido à atividade de pesquisa.

OBJETIVOS

Contribuir para a formação integral do ser humano, capacitá-lo a refletir sobre suas

possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e

culturalmente significativa e adequada;

Educar os seres humanos para um estilo de vida ativo, voltado para a aquisição de

uma qualidade de vida satisfatória;

Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos jogos,

lutas e dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não-violenta, pelo

diálogo;

Reconhecer e respeitar suas características físicas e de desempenho motor bem

como de seus colegas, sem discriminar por características pessoais, físicas,

sexuais ou sociais;

Reconhecer a relação existente entre as práticas corporais e questões sociais

relevantes como consumismo, corpolatria, drogas, competitividade, violência e

sexismo.

CONTEÚDOS

1º SÉRIE

ESPORTE

Esporte de rendimento X qualidade de vida

Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico

Regras oficiais e sistemas táticos

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Súmulas, noções e preenchimento

JOGOS E BRINCADEIRAS

Apropriação dos jogos pela indústria cultural

Organização de eventos

Dinâmica de grupo

DANÇA

Dança e expressão corporal e diversidade de culturas

Diversas manifestações, ritmos, dramatização,danças temáticas

Interpretação e criação de coreografias

GINÁSTICA

Função social da ginástica

Fundamentos da ginásticas

Ginástica no mundo do trabalho – laboral

Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida

Correções posturais

LUTAS

Lutas X Artes Marciais

Histórico, estilos de jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de

instrumentos, movimentação, roda, etc

2º SÉRIE

ESPORTE

Conhecimento popular X conhecimento científico

Relação esporte e lazer

Função social

Esporte e mídia

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Esporte e ciência

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de

lazer

Apropriação dos jogos pela indústria cultural

Organização de eventos

Dinâmica de grupo

DANÇA

Alongamento, relaxamento e consciência corporal

Apropriação da dança pela indústria cultural

Interpretação e criação de coreografias

GINÁSTICA

Grupos musculares, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos

de força; fontes energéticas

Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento de

treinos

Festival de ginástica

Apropriação da ginástica pela indústria corporal

LUTAS

Lutas X Artes Marciais

Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias

3º SÉRIE

ESPORTE

Doping e recursos ergogênicos

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Nutrição, saúde e prática esportiva

Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa

Apropriação do esporte pela indústria cultural

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de

lazer

Apropriação dos jogos pela indústria cultural

Organização de eventos

Dinâmica de grupo

DANÇA

Alongamento, relaxamento e consciência corporal

Apropriação da dança pela indústria cultural

Diferentes tipos de danças

Organizar festival de dança

GINÁSTICA

Frequência cardíaca

Fonte metabólica e gasto energético

Composição corporal

Ergonomia, DORT e Lesão por Esforço Repetitivo (LER).

Construção cultural do corpo

Desvios posturais

LUTAS

Histórico, filosofia e características da diferentes artes marciais

Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias

Apropriação da luta pela indústria cultural

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Educação Física tem avançado para preocupações pautadas por disciplinas

variadas, que permitem o entendimento do corpo em muito de sua complexidade, ou seja,

a Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica,

psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição

interdisciplinar.

O aprofundamento na história leva a compreender que a atividade prática do

homem, motivada pelos desafios da natureza, desde o erguer-se da posição quadrúpede

até o refinamento do uso da sua mão, foi motor da construção da sua materialidade

corpórea e das habilidades que lhe permitiram transformar a natureza. Este agir sobre a

natureza, para extrair dela sua subsistência, deu início à construção do mundo humano,

do mundo da cultura. Por isso, “cultura” implica apreender o processo de transformação

do mundo natural a partir dos modos históricos da existência real dos homens nas suas

relações na sociedade e com a natureza (ESCOBAR, 1995, p. 93).

O processo de aprendizagem será trabalhado dentro de uma concepção histórica,

levando em conta as vivências anteriores do educando e a troca de experiências entre

professor e aluno. A tecnologia presente cada vez mais em nossos dias, principalmente

na escola, colabora para uma aula mais atrativa e motivando os alunos tanto a conhecer

quanto mostrar seus conhecimentos.

MATTOS & NEIRA (2000) acreditam que os alunos constroem significados a

partir de múltiplas e complexas interações. Nesta concepção, cada aluno é sujeito de seu

processo de aprendizagem, enquanto o professor é o mediador na interação do aluno

com os objetivos do conhecimento. O processo de aprendizagem compreende também a

interação dos alunos entre si, essencial à socialização. Assim sendo, a metodologia

apresentada enfoca, fundamentalmente, a interação do professor na criação de situações

de aprendizagem coerentes com essa concepção.

Os conteúdos propostos não requerem pré-requisitos; devem ser abordados

segundo o princípio da complexidade crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser

discutido tanto na primeira como na terceira série do Ensino Médio, mudando, portanto, o

grau de complexidade que possivelmente o professor apresentará nas relações entre o

conteúdo e possíveis elementos articuladores.

Essa metodologia permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da

cultura corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

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esportivação das práticas corporais. Por exemplo: ao se tratar do histórico de determinada

modalidade, na perspectiva tecnicista, os fatos eram apresentados de forma anacrônica e

acrítica. Por sua vez, conforme a concepção crítico-superadora, esse mesmo

conhecimento é transmitido levando-se em conta o momento político, histórico,

econômico e social em que esta inserido.

Essa abordagem metodológica encontra sua referência na pedagogia histórico-

crítica, centrada no princípio de igualdade de condições entre os seres humanos, em

termos reais e não formais. Trata-se da educação como possibilidade de alcançar

transformações sociais, pois educação e sociedade se relacionam dialeticamente

(SAVIANI, 1991).

AVALIAÇÃO

Trata-se de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor

organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais – da

ginásticas, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas – cujo horizonte é a conquista de

maior consciência corporal e senso crítico em suas relações interpessoais e sociais.

Segundo COLETIVO DE AUTORES (1992), a avaliação apresenta em sua

variedade de eventos avaliativos, uma totalidade em que devem constar:

• Um sentido, onde se busca a concretização de um projeto político pedagógico

articulado com um projeto histórico de interesse das classes envolvidas;

• Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo

de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com

autonomia, e a valorizá-las como recurso para melhoria de suas aptidões físicas;

• Adotar um postura ativa de praticante de exercícios físicos, consciente da

importância dos mesmos na vida do cidadão.

Para que a aprendizagem se concretize será usado os seguintes instrumentos

avaliativos: pesquisas, debates, apresentações e trabalhos feitos em grupos ou

individuais, prática esportiva e vivência dos movimentos.

Já como critérios de avaliação observamos as questões a seguir:

ESPORTES

Compreender a função social do esporte

Aprofundar e compreender as diferenças entre esporte da escola, o esporte

rendimento e a relação entre esporte e lazer

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Compreender as questões sobre o dopping, recursos ergogênicos utilizados e

nutrição

Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte

JOGOS E BRINCADEIRAS

Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas

de superação

Organizar eventos e diferentes dinâmicas de grupos que possibilitem também uma

aproximação maior entre os estudantes, considerando suas individualidades

DANÇA

Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros

Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais,

por meio da dança

Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria cultural

Vivenciar a organização e participação de festivais, na qual sejam apresentadas as

diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos

GINÁSTICA

Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que

envolvem as ginásticas

Compreender a função social da ginástica

Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica

Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho

LUTAS

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características da diferentes

formas de lutas e se possível vivenciar algumas manifestações

Discutir a questão que se refere a diferença entre lutas e artes marciais

Vivenciar os diferentes estilos de jogo/lutas/dança

Discutir e aprofundar sobre a forma de apropriação das lutas pela indústria cultural

Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de

deslocamento, entre outros

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REFERÊNCIAS:

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2008

MATTOS, M. G.; NEIRA, M. G. Educação física na adolescência: construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte Editora, 2000.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.

ESCOBAR, Mº. Cultura Corporal na Escola: tarefa da Educação Física. In: Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.

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PLANO CURRICULAR DE FILOSOFIA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Num contexto histórico , a filosofia tem sua origem na Grécia antiga e é

constituída como pensamento há mais de 2600 anos, sendo a palavra filosofia de

origem grega derivada philo e sophia significando amor à sabedoria, nesse mesmo

sentido temos a palavra sophos que então dá origem a palavra Sábio. A filosofia surge

de uma derivação do mito com as reflexões e dúvidas que se produzem no meio social

daquele período. Num determinado momento o mito se torna incapaz de responder a

todas as questões, assim a filosofia aparece como forma de reflexão para responder o

que até então não se tinha resposta, “Por meio de um longo processo histórico, surge

promovendo a passagem do saber mítico ao pensamento racional, sem entretanto,

romper bruscamente com todos os conhecimentos do passado”. (COTRIM, 2002)

Os primeiros pensadores são conhecidos como naturalistas, ou, pré-socráticos,

estes vindos da cidade da Jônia, situada no litoral ocidental da Ásia menor. Esses

primeiros filósofos tinham como meta, descobrir na base da razão e não mais da

mitologia, o princípio substancial existente em todos os seres. Desses filósofos os mais

importantes são: Tales, Anaximandro e Anaxímenes.

No Período Clássico que se estende nos séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga

foi um marco de grande desenvolvimento cultural e científico. É a época dos sofistas e

do grande pensador Sócrates, onde os sofistas, defendiam uma educação, cujo objetivo

máximo seria a formação de um cidadão pleno, preparado para atuar politicamente no

desenvolvimento da cidade. Dentro desta proposta pedagógica, os jovens deveriam ser

preparados para falar bem (retórica), pensar e manifestar suas qualidades artísticas.

Sócrates começa a pensar e refletir sobre o homem, buscando entender o funcionamento

do Universo dentro de uma concepção científica. Na filosofia de Platão um dos aspectos

de mais importantes é sua teoria das ideias, onde para o filósofo, o processo de

conhecimento “se desenvolve por meio da passagem progressiva do mundo das sombras

e aparências para o mundo das ideias e essências” (COTRIM, 2002).

Quanto a Aristóteles, a filosofia acaba passando por uma nova fase produtiva,

além do seu pensamento estar voltado para o campo científico ele muda o que havia até

então em alguns pontos: “Aristóteles apresenta, nesse período, uma verdadeira

enciclopédia de todo o saber que foi produzido e acumulado pelos gregos em todos os

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ramos do pensamento e da prática considerando essa totalidade de saberes como sendo

a Filosofia. Esta, portanto, não é um saber específico sobre algum assunto, mas uma

forma de conhecer todas as coisas, possuindo procedimentos diferentes para cada

campo de coisas que conhece” (CHAUÍ, 2000).

O Pensamento Medieval, tem como influência o pensamento dos antigos gregos,

porém é voltada para uma filosofia que tem a Igreja Católica como mestre. Todo tipo de

investigação filosófica ou científica não poderia contrariar as verdades estabelecidas pela

fé católica. O que se tinha como meta, não era a busca do que era a verdade, pois está já

havia sido dada aos homens por Deus, o que se pretendia era demonstrar racionalmente

as verdades da fé. Pensadores como Santo Tomás de Aquino e Santo Agostinho,

marcam a filosofia desse período.

No Pensamento Filosófico Moderno as formas de pensar sobre o mundo e o

Universo ganha novos rumos. A definição de conhecimento deixa de ser religiosa para

entrar num âmbito racional e científico. A mudança que ocorre nesse período é quase

radical, agora a filosofia se volta para o “surgimento do sujeito do conhecimento, isto é, a

Filosofia, em lugar de começar seu trabalho conhecendo a Natureza e Deus, para depois

referir-se ao homem, começa indagando qual é a capacidade do intelecto humano para

conhecer e demonstrar a verdade dos conhecimentos. Em outras palavras, a Filosofia

começa pela reflexão, isto é, pela volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer

sua capacidade de conhecer” (CHAUÍ, 2000).

Época Contemporânea O marco principal está nas mudanças históricas, a

revolução industrial e a revolução francesa, por exemplo, trazem à tona o

questionamento de que se realmente a razão humana é capaz de tantas coisas boas

como diziam os otimistas iluministas. A tecnologia e a ciência parece assustar, e alguns

filósofos chegam a refletir a respeito da supremacia da razão, se ela é realmente capaz

de trazer a liberdade ou se na verdade ela aprisiona o homem cada vez mais em

ideologias.

Dos contemporâneos citamos como principais pensadores os filósofos: Augusto

Comte, Marx, Hegel, Nietzsche e Foucault, estes voltados aos estudos dos seres

humanos e a sociedade.

Diante do conhecimento dos filósofos ao longo da história, a filosofia busca se

ocupar de reflexões a respeito de objetos do dia -a dia, nesse caso destacamos a política

e a ciência, fundamentais no âmbito social. No entanto, a filosofia traz a ideia de ser

dinâmica e diante disso são muitas as possibilidades para construir um programa para o

ensino médio, cabe ressaltar que ela poderá ser trabalhada :

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Diante dessa perspectiva, a historia do ensino da Filosofia no Brasil e no mundo

tem apresentado inúmeras possibilidades de abordagem como:

a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia

Renascentista, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea;

a divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana, Filosofia Oriental, Filosofia

Latino-americana, dentre outras;

a divisão por conteúdos: Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política,

Estética, Filosofia da Ciência, Ontologia, Lógica, Filosofia da Linguagem, Filosofia

da História etc.

Cabe ressaltar a dificuldade em trabalhar com uma divisão geográfica ou

cronológica, assim as diretrizes de filosofia opta-se por trabalhar com os conteúdos

estruturantes que são base dos conhecimentos ao longo da historia da filosofia e de seu

ensino. Dada a amplitude da filosofia seus filósofos que se fazem necessários recortes

nos conteúdos, mas que está longe de esgotar as complexidades, onde apresenta como

conteúdos estruturantes :

Mito e Filosofia

Teoria do conhecimento

Ética

Filosofia Política

Estética

Filosofia da Ciência

Cabe lembrar que esses conteúdos estão presentes em todos os períodos da história

da Filosofia, assim trata-se de garantir que o ensino da filosofia não perca as

características essenciais da disciplina, e cabe também ao educador ter o domínio

necessário da matéria para não cair em um anacronismo.

Ensino da Filosofia no Brasil

A filosofia faz parte dos currículos no Brasil desde a criação da primeira escola de

ensino médio da Companhia de Jesus em Salvador, Bahia, em 1553 . Contudo, durante

praticamente 3 séculos, até meados do século XIX, a filosofia tem um caráter

marcadamente doutrinário, assinalada pela ideologia dos jesuítas. Predomina, então, o

Ratio Studiorum, uma filosofia letrada, humanista e, sobretudo, católica. Com o advento

da República e uma forte influência positivista, no final do século XIX, pela primeira vez

desde sua instauração, a filosofia é retirada dos currículos, já que para o positivismo a

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ciência – não a filosofia – constitui a base firme para a educação.

A partir desse momento, a filosofia se vê presa a uma série de movimentos político-

pedagógicos que alternadamente a incluem e a excluem dos currículos: volta em 1901

como a disciplina “Lógica”, para ser de novo retirada em 1911; regressa como matéria

optativa em 1915 e como obrigatória em 1925, com um caráter marcadamente

enciclopedista. As reformas educacionais de 1932 e 1942 mantém a filosofia como as

disciplinas “Lógica” e “História da Filosofia”. Com a instauração da ditadura militar, é

novamente excluída oficialmente dos currículos de ensino médio através da Lei 5.692 de

1971, sendo substituída pela matéria “Educação moral e cívica”, visando garantir a

transmissão da Doutrina da Segurança Nacional e atenuar o impacto “contra

revolucionário”, “crítico” e “comunista” do ensino da filosofia. A filosofia volta a ser optativa

com uma nova reforma em 1982. Por iniciativa do departamento do ensino médio inicia as

discussões sobre o estudo da filosofia e uma proposta curricular;

A (LDB, Lei 9394/96), de 1996, tinha determinado (Seção IV, art.36, parágrafo 1º):

que os estudantes, ao final do ensino médio, demonstrem “dominar os conhecimentos de

filosofia e de sociologia necessários ao exercício da cidadania”.

No caso da filosofia, ela perde seu papel de disciplina e é reduzida a uma

ferramenta necessária ao exercício da cidadania através da transdicisplinaridade.

A proposta de mudança da Resolução CNE/nº.03/98 foi para discussão e foi

aprovada em 07 de julho .Em agosto 2006, o parecer CNEn.º38/06 , que tornou a

filosofia e sociologia disciplinas obrigatórias no ensino médio através da resolução n.º 04

de 16 de agosto de 2006. A lei nº 15228 em julho de 2006 é publicado no diário oficial sob

nº 7276 de 26/07/2006 .Institui as Disciplinas de Filosofia e de Sociologia como disciplinas

obrigatórias na grade curricular do Ensino Médio do Estado do Paraná, Art. 1º. Ficam

instituídas as Disciplinas de Filosofia e de Sociologia como disciplinas obrigatórias na

grade curricular do Ensino Médio do Estado do Paraná.

Art. 2º. A disciplina de "Filosofia" tem por objetivo consolidar a base humanista da

formação do educando, propiciando-lhe capacidade para pensar e repensar de modo

crítico o conhecimento produzido pela humanidade na sua relação com o mundo e a

constituição de valores culturais, históricos e sociais, sendo, portanto, fundamental na

construção e aprimoramento da cidadania.

Ao pensar o ensino da filosofia, é preciso pensar que sujeitos são esses aos quais

esse ensino se dirige e por que a filosofia é uma disciplina indispensável ao currículo do

ensino médio, pois ela oferece aos jovens a oportunidade de desenvolver um

pensamento crítico e autônomo. Em outras palavras, a Filosofia permite experimentar um

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“pensar por si mesmo”, um pesar sobre o próprio pensamento .Visto que cada disciplina

tem suas características próprias e contribui para desenvolver habilidades específicas de

pensamento.

A Filosofia “desnaturaliza” nosso pensamento cotidiano, fazendo com que o

coloquemos sob suspeita. E, com isso, nos permite produzir um pensamento mais bem

elaborado, com fundamentos, mais crítico.

O filósofo francês Michel Foucault, por exemplo, caracterizou a atividade filosófica

como uma espécie de “exercício de si, no pensamento”. Isto é, como um trabalho de

pensar sobre si mesmo que faz com que cresçamos e nos modifiquemos como pessoas.

Sendo o Ensino Médio uma fase de consolidação do jovem, de sua personalidade, de

seus anseios, a Filosofia tem aí um importante papel e uma colaboração fundamental.

A disciplina de filosofia tem como objeto de estudo os textos filosóficos com suas

estruturas lógicas ,através de argumentos que fornece subsídios para entender os

problemas é o conteúdo que está sendo estudado isso acontece através do debate , da

reflexão, das atividades no processo proposto pela disciplina.

OBJETIVOS

O estudo da Filosofia é de possibilitar o desenvolvimento de um estilo próprio de

pensamento e do entendimento das coisas das pessoas e do meio em que vive, num

pensar histórico, critico e criativo, por meio dos textos filosóficos e assimilação dos

conteúdos propostos e a participação nos debates e nas pesquisas.

CONTEÚDOS

Ao pensar filosofia no ensino médio, a grade curricular deverá apresentar na

disciplina os seguintes conteúdos:

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1° SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Mito e Filosofia

• Saber místico e

filosófico

• Relação Mito e

Filosofia

• História e

atualidade do mito

e da filosofia

• O nascimento da Filosofia, estudo dos

primeiros filósofos: Tales,

Anaximandro e Anaxímenes.

• A vida na Sociedade grega

• Ironia e Filosofia em Sócrates.

• O mito origem de todas as coisas

numa visão histórica

Teoria do

conhecimento

• Possibilidade

do conhecimento

• As formas de

conhecimento

• O problema da

verdade

• A questão do

método

• Conhecimento

e lógica

• Questões do conhecimento

relacionando a teoria e a pratica, a

filosofia e história , filosofia e

matemática e as fontes do

conhecimento

• Filosofia e método:

• As críticas de Aristóteles a Platão

• A lógica Aristotélica

• Perspectivas do conhecimento.

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2° SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Ética

Ética Moral

Pluralidade ética

Ética e a violência

Razão, desejo e

vontade

Liberdade:autono

mia do sujeito e a

necessidade de

normas.

A busca do conhecimento do ser

A virtude (Sto. Agostinho)

Consciência moral e liberdade

Liberdade com responsabilidade

Amizade como questão para a ética

A violência nos dias atuais

Adolfo Sanchéz Vásquez

Filosofia Política

Liberdade e

Igualdade política

Política e

ideologia

Esfera publica e

privada

Cidadania formal

e/participação

O preconceito contra a política e a

Política de fato.

A política em Maquiavel

A política e a violência

A Democracia em questão

(Rousseau)

Orçamento Participativo dentro da

cidadania.

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3° SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Filosofia da Ciência

Concepções de

Ciência

A questão do

método científico

Contribuições e

limites da ciência

Ciência e

ideologia

Ciência e ética

O que é ciência? (Gilberto Cotrim)

Filosofia, ciência e o senso comum

Conhecimento científico.

As Revoluções científicas

As consequências e contribuições

sociais e políticas de uma nova ciência.

Análise científica em Rubem Alves.

Bioética.

Estética

Natureza da arte

Filosofia e arte

Categorias

estéticas (feio,belo,

sublime etc)

Estética e

Sociedade.

Pensar a Beleza (Belo em Kant)

Universalidade do gosto

A arte e a sociedade (Hegel)

Relação entre arte e consumo.

(Horkheimer)

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de

Filosofia é garantir que os métodos de ensino não deturpem o conteúdo.

No Ensino Médio a prática da filosofia deve acontecer um espaço para a

problematizarão criada pelo aluno e que deve ser mediada pelo professor, não como

solução e resposta pronta, mas como meia investigação, possibilitando o aluno a

organizar os fatos acontecidos, as ideias e articulação da teoria e prática apoiados nos

textos filosóficos e mobilização para o estudo da filosofia sem doutrinação ou

dogmatismo.

Deverá dialogar os problemas cotidianos, relacionados com as ciências, arte,

historia e cultura, a fim de problematizar e investigar os conteúdos propostos, tendo como

objeto de estudo os textos filosóficos clássicos e seus comentadores. E será abordado

dessa forma todos conteúdos estruturantes tendo como critérios o desenvolvimento do

pensamento através da crítica reflexiva e sua capacidade de argumentar filosoficamente,

por meio de raciocínio lógico e ser construtor de ideias e de expor seus pensamentos

num processo de discussão. E como recursos didáticos além do quadro negro e giz será

utilizado o livro didático, filmes de acordo com cada momento, utilizando a tecnologia com

ferramenta quando se fizer necessário e o estudo da pesquisa.

É importante que o professor não deixe que os alunos “divagando”, pois é comum que se

pense que o processo de filosofar seja o simples fato de “pensar em algo”, portanto é

função do professor auxiliar o aluno, ajudando-o a encontrar um sentido lógico em suas

reflexões. Para isso deve-se utilizar recursos como a produção de texto, que faz que a

ideia do aluno apareça mais claramente. Questionamento a respeito de textos clássicos e

a leitura em voz alta pelo aluno gera melhoras de comportamento, de escrita e de fala,

não somente na disciplina de filosofia como nas demais disciplinas.

Também, é função do professor dentro da sua metodologia de ensino avaliar o aluno com

diversos métodos diferentes, uma vez que, o processo de filosofar pode causar muitas

dúvidas e medos no aluno.

AVALIAÇÃO De acordo com a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, por avaliação devemos entender

como uma função diagnóstica e processual, ela tem a função de subsidiar e mesmo

redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem.

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A filosofia como ensino é um grande desafio na complexidade do mundo

contemporâneo e como prática de discussão com o outro e como construção de

conceito, o professor devera ter respeito pelas posições do aluno, pois o que está em

questão é a capacidade de argumentar

Assim ela deve ser diagnostica para redimensionar a ação no processo de ensino

aprendizagem, onde o aluno desenvolverá atitude filosófica e poderá formular suas

respostas tanto numa forma escrita, como oral com possibilidade de construtor de ideias

numa forma criativa que será avaliado tanto por ele como pelo professor.

O aluno deverá:

Apropriar de conhecimentos e modos discursivos específicos da filosofia

Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas

científicos,tecnológicos,políticos, sócio-culturais e vivenciais;

Desenvolver procedimentos próprios do pensamento critico,apreensão e

construção de conceitos e,argumentação e problematização.

Analisar e discutir textos de conteúdos filosóficos;

Debater sobre os vários conhecimentos;

Incorporar novas visões a respeito do assunto em debate;

Perceber e valorizar a diversidade

Elaborar textos que foi apropriado de modo reflexivo.

O professor por sua vez deverá avaliar:

qual discurso tinha antes;

qual conceito trabalhou;

qual discurso tem após;

qual conceito trabalhou.

REFERÊNCIAS:

ARANHA, M. Lúcia de Arruda e Martins, M. Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo :Moderna, 1998.

BRASIL. Orientações curriculares do ensino médio. Brasília MEC/SEB, 2006.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2000.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia. Histórias e grandes temas. 15° ed. São Paulo: Saraiva, 2000.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia para Educação Básica. Curitiba 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino de filosofia no 2º grau . Curitiba, 1994.

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PLANO CURRICULAR DE FÍSICA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo da física está relacionado à várias situações da nossa vida. A física tem

como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade Desde a Grécia Antiga o

homem procura entender o funcionamento das coisas e buscou explicações através de

vários experimentos. Hoje em dia, a física serve de base para a tecnologia atuando em

vários ramos da indústria, de tecnologia, de geração de energia entre outros.

A História da Física nos mostra que até o período do Renascimento a maior parte

da Ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia

Geocêntrica de Ptolomeu e a Física de Aristóteles (384 – 322 ª C.), muito divulgada na

Idade média.

De acordo com as DCEs (Diretrizes Curriculares da Educação Básica), Aristóteles

elaborou um sistema filosófico para a explicação do movimento dos corpos e do mundo

físico que o cercava,para ele toda e qualquer matéria era composta de quatro elementos:

Terra, Água, Ar e Fogo, e esses elementos tinham posições determinadas no Universo. O

lugar natural do fogo e do ar era sempre acima do lugar natural da água e da terra. Desse

modo explicava porque uma pedra e a chuva caem: seus lugares naturais eram terra e

água. Analogamente, a fumaça e o vapor sobem em busca de seus lugares naturais

acima da terra. Aristóteles também elaborou várias outras teorias sobre ciências naturais

que foram aceitas até a renascença. Ainda na Grécia, menos de um século depois de

Aristóteles, um outro grego Aristarco (310-230a.C.), propôs uma teoria sobre o movimento

dos corpos celestes ele teve a idéia de que a Terra e os planetas giravam em torno do

Sol, e por isso foi acusado de perturbar o descanso dos deuses e contradizer as idéias de

Aristóteles do movimento celeste. Para Aristóteles, os planetas, o Sol e a Lua giravam em

torno da Terra em órbitas circulares e a Terra não se movimentava; esses movimentos

não eram regidos pelas leis ordinárias da Física.

Quatro séculos depois da morte de Aristarco, já depois de Cristo, as idéias

aristotélicas do movimento celeste foram aperfeiçoadas pelo greco-romano Ptolomeu

(100-170) de Alexandria. Para Ptolomeu, a Terra continuou no centro da esfera celeste, e

o Sol, a Lua, os planetas e as estrelas continuaram movendo-se ao seu redor. Na

Renascença, Jean Buridan (1300-1360), grande estudioso e reitor da Universidade de

Paris, colocou-se contra as teorias de Aristóteles e suas idéias espalharam-se pela

Europa, permitindo que nos séculos seguintes Copérnico e Galileu iniciassem a ciência

moderna. Nicolau Copérnico (1473-1543) desenvolveu sua teoria sobre o movimento

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celeste. Propôs um sistema análogo ao de Aristarco: os planetas e a Terra giram em torno

do Sol (sistema heliocêntrico, hélio = Sol). Copérnico localizou corretamente as posições

relativas dos planetas conhecidos e determinou seus períodos de rotação em torno do

Sol.

Através de registros históricos sabemos que a Física foi inaugurada por Galileu

Galilei (1562 – 1643), no século XVI, como uma nova forma de se conceber o universo,

pela descrição matemática dos fenômenos físicos. Através do estudo de um fenômeno

buscava-se expĺicar “ o cair de uma maçã de uma árvore sob ação da gravidade” até a

complexidade das estruturas atômicas. Querendo saber como uma lâmpada se acende,

partimos para os conhecimentos da Física e mesmo como a luz se comporta é necessário

observar e respeitar cada lei que as regem.

Johannes Kepler (1571-1630), astrônomo e matemático alemão foi contemporâneo

de Galileu. Estabeleceu, após 17 anos de árduo trabalho, as três leis básicas do

movimento planetário. Isaac Newton (1642-1727) foi um gênio completo em todos os

ramos do conhecimento científico de sua época. Partindo das teorias de Galileu e Kepler

e dotado de uma capacidade notável de sistematização, chegou a lei da Gravitação

Universal, que discute o tipo de forças de atração de massas. Estabeleceu as leis

fundamentais de Dinâmica e deixou trabalhos em várias áreas do conhecimento

(Matemática, Mecânica, Calor, Óptica, Astronomia, Filosofia).Depois de Newton, durante

os séculos XVIII e XIX, a Física sofreu avanços notáveis, em especial no domínio da

Eletrostática e do Eletromagnetismo: Coulomb (1738-1806) deu grandes contribuições à

Eletrostática; Faraday (1791-1867) e Henry (1797-1879) contribuíram muito para o

desenvolvimento do Eletromagnetismo. James Clerk Maxwell (1831-1879) reuniu os

fenômenos Magnéticos e Elétricos numa teoria geral, de onde nasceu nosso

conhecimento de ondas e forças Eletromagnéticas.No século atual, a Física

extraordinariamente, e está desenvolvendo o conhecimento do universo atômico.

Desde 1808, com a vinda da família real ao Brasil, conhecimento da física no

currículo visava atender os anseios da corte para a formação dos intelectuais, os

primeiros cursos foram os de engenheiros e médicos .

Em 1837 o Colégio Pedro II era modelo e servia de padrão para os demais

colégios da época, através de uma física quantitativa com ênfase na transmissão dos

conhecimentos nos mesmos moldes utilizados pelas escolas francesas segundo LORENZ

(1986) Essa predominância por materiais didáticos traduzidos ou adaptados dos

manuais europeus perdurou até meados do século XX, quando começar aram a surgir

outras produções, inclusive nacionais. (DCEs, 2008)

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Em 1946, no Brasil, foi criado o Instituto Brasileiro de Educação o, Ciência e

Cultura,Sua atividade mais importante foi construir material para laboratório, livros

didáticos e paradidáticos. A partir de 1959 surgiram projetos para melhoria do ensino da

ciência em todo o mundo como o Physical Science Study Committee (PSSC) nos Estados

Unidos e esse projeto teve apoio da Agência Americana de Desenvolvimento

Internacional, mas tornou-se inadequado para a educação brasileira. A LDB nº 4.024, de

21 de dezembro de 1961, deu liberdade à s escolas quanto à escolha dos conteúdos de

ensino. Os projeto nacionais começaram então a ser desenvolvidos o Projeto de Ensino

de Física, pelo Instituto de Física da USP; e o Projeto Brasileiro de Ensino de Física pela

Fundação Brasileira de Educação e Cultura (Funbec). Por meio desses projetos eram

produzidos os materiais didáticos. Em 1964 o ensino da ciência era valorizado, já 1971 o

ensino deveria preparar o aluno para o trabalho encaminhando os alunos para os cursos

técnicos.

O surgimento da sociedade comercial tornou favorável a mudanças econômicas,

políticas e culturais, abrindo caminho para revoluções industriais no século XVIII levando

ao desenvolvimento da ciência.

A Física abrange infinita relação em nossa vida, como a incorporação da ciência ao

sistema fabril, como força produtiva reduziu o trabalho do homem através da tecnologia

das máquinas. A revolução industrial abriu as portas da educação gratuita para todos,

porque precisava firmar-se como classe dominante.

De acordo com os novos moldes de ensino, pretende-se criar condições para a

inserção do educando num mundo em mudanças estruturais, decorrentes da chamada

revolução do conhecimento.

É necessário repensar o papel da Física no ensino, possibilitando uma melhor

compreensão do mundo e uma formação mais adequada voltada à construção da

cidadania.

Objeto de estudo da Física

O conhecimento da Física deve começar pela inquietação, pela existência de

problemas e pela curiosidade. Para que o aluno sinta-se mais familiarizado com essa

ciência, é necessário que o ponto de partida, sejam situações concretas da vida e do

cotidiano, como, por exemplo, a origem do universo e sua evolução, os gastos com a

conta de luz, o funcionamento de aparelhos usados no dia-a-dia.

Muitos dos conceitos abordados no ensino da Física, como força, movimento,

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velocidade, temperatura, etc; já têm um significado para o educando, pois são frutos de

suas experiências diárias.

Os alunos do Ensino Médio têm acesso a uma tecnologia totalmente nova e que

está em constante aperfeiçoamento. Os meios de comunicação já não são mais os

mesmos, há muitas novidades. A cada dia o ser humano faz parte de uma sociedade

mais globalizada, com acesso a qualquer tipo de informação. Novos desafios são

impostos à vida cotidiana e torna-se necessário desenvolver capacidades que

possibilitem, a qualquer indivíduo buscar soluções criativas e inteligentes para resolver

seus problemas.

Conforme Lopes (1999) observou a partir de Bachelard, a Física é um campo de

conhecimentos específicos, em construção e socialmente reconhecidos, eis porque não é

aceitável generalizá-lo. De fato, essa cultura de busca de princípios gerais e abrangentes,

tal qual o espírito positivista, é obstáculo ao desenvolvimento do conhecimento científico e

pode levar o espírito científico a se prender a soluções fáceis, imediatas e aparentes.

As diretrizes buscam construir um ensino de Física centrado em conteúdos e

metodologias capazes de levar aos alunos uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob

a perspectiva de que não é somente fruto racional da ciência.

Os conteúdos estruturantes propostos nas diretrizes Curriculares são indicados sob

a evolução histórica das idéias e conceitos da Física, a prática docente e o entendimento

de que o Ensino Médio deve estar voltado a formação de sujeitos, que em sua formação e

cultura, agreguem a visão da natureza, das produções e das relações humanas. os

conteúdos estruturantes indicam campos de estudo da Física que a partir de

desdobramentos em conteúdos específicos possibilitam abordar objetos de estudo da

disciplina em sua complexidade.

OBJETIVO

O ensino de Física deve proporcionar ao aluno o ato de pensar, refletir, buscando a

formação de uma consciência mais crítica, tornando possível a aproximação de outras

formas de ver, conceber e interpretar problemas comparando as diferentes soluções, a

partir de idéias e fenômenos que façam parte da vida do aluno, possibilitando analisar o

senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes. Compreender e

utilizar leis e teorias físicas. entender o funcionamento de máquinas e aparelhos.

Conhecer a definição operacional e o significado das grandezas físicas mais

importantes, e familiarizar-se com suas unidades. Identificar essas grandezas em

situações concretas.

Reconhecer que a definição de uma grandeza física não é arbitrária, mas tem raízes

em experiências e idéias prévias, e é justificada por sua utilidade.

Estar familiarizado com procedimentos básicos de medida e registro de dados, e com

os instrumentos de medida mais comuns.

Compreender que a medida de uma grandeza física tem sempre um grau de incerteza,

e ser capaz de estimar este erro em situações simples.

Ser capaz de estimar o valor de grandezas físicas em situações práticas.

Saber ler e interpretar expressões matemática, gráficos e tabelas. Ser capaz de

descrever uma relação quantitativa nessas formas, e de passar de uma representação

para outra.

Compreender como modelos simplificados podem ser úteis na análise de situações

complexas.

Reconhecer que teorias científicas devem ser consistentes com evidências

experimentais, levar a previsões que possam ser testadas, e estar abertas a

questionamento e modificações.

Compreender em que sentido os princípios da Física são provisórios e mutáveis, e

perceber como essas estruturas são aperfeiçoadas e estendidas em um processo de

aproximações sucessivas.

Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados. E

Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos de sua

representação simbólica. Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento

apreendido, através de tal linguagem.

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Construir e investigar situações-problema, identificar a situação física, utilizar modelos

físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar, analisar previsões.

CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTEMOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS• Conservação de quantidade de

movimento (momentum);

• Variação da quantidade de

movimento = impulso;

• 2ª Lei de Newton;

• 3ª Lei de Newton e condições de

equilíbrio;

• Gravidade;

• Energia e o Princípio da

Conservação da energia;

• Variação / transformação da

energia de parte de um sistema –

trabalho e potência;

• Fluídos;

• Oscilações.

• Conceitos Fundamentais do

movimento/ ponto material corpo

extenso, repouso, movimento

referencial e trajetórias;

• Velocidades e seus

componentes;

• Movimento uniforme;

• Queda livre;

• Trajetórias de movimentos;

• Freqüência e período;

• Função horária;

• Acoplamento.

CONTEÚDO ESTRUTURANTETERMODINÂMICA

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Leis da Termodinâmica: Lei

Zero da Termodinâmica; 1ª, 2ª e 3ª

Lei da Termodinâmica.

• Conceitos fundamentais da

termodinâmica, calor e entropia;

• A Teoria Cinética dos gazes;

• Construção de escalas

termodinâmica;

• Processos reversíveis e

irreversíveis de energia da segunda

lei;

• Dilatação, linear, volumétrica e

dos líquidos;

• Modelos de calor;

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• Pressão e volume.CONTEÚDO ESTRUTURANTE

ELETROMAGNETISMOCONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Carga, corrente elétrica, campo;

• Força eletromagnética;

• Equações de Maxwell: (lei de

Gauss (lei de Coulomb para

eletrostática), lei de Ampère, Lei de

Gauss magnética, Lei de Faraday);

• Óptica.

• Princípios da eletrostática;

• Carga elétrica;

• Processos de eletrização;

• Força elétrica;

• Campo elétrico de um condutor

esférico;

• Energia potencial;

• Diferença de potencial;

• Superfície equipotencial;

• Variação de energia elétrica;

• Princípios fundamentais da

óptica;

• Reflexão da luz;

• Refração da luz;

• Fenômenos luminosos, reflexão

difusa, dispersão e absorção da luz;

• Geração e conservação da

energia;

• As quatro equações de Maxwell.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Tendo em vista os pressupostos do ensino da física,os conteúdos são abordados

considerando a inserção do homem na realidade, buscando deixar claro que teoria é

sempre a reflexão que se faz do contexto , isto é, deve-se partir sempre de experiências

do homem com a realidade na qual está inserido, cumprindo também a função de analisar

e refletir essa realidade, no sentido de apropriar-se de um caráter crítico sobre ela para

assumir um caráter transformador, pois só assim estará cumprindo sua função de reflexão

sobre a realidade concreta. Sendo a Física um conjunto de conceitos, leis, princípios e

teorias sistematizados de forma a propiciar explicações para os fenômenos naturais, ao

mesmo tempo buscando suas regularidades. O ensino de Física deve enfatizar a

compreensão de conceitos e a aplicação destes à situações concretas, e desestimular

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práticas como a memorização de fórmulas e sua utilização repetitiva em exercícios

numéricos artificiais. Esse rompimento tem que começar em relação ao real imediato.

Para o senso comum, a realidade é aquilo que pode ser tocado, manejado; mas, para

aprender o conhecimento científico atual são necessária a ruptura com essa realidade

imediata e adentrar num mundo onde o real é uma construção e não se constitui num

mundo dado.(CARVALHO FILHO, 2006,p. 4).Os alunos aprendem de forma muito mais

eficiente se o que lhes for ensinado estiver baseado no que eles já sabem, será planejado

de forma que o conhecimento dos estudantes possa crescer de forma lógica e ordenada,

tornando-se mais profundo, e não apenas mais extenso, a cada passo. Ao entrar em

contato com a Física, os estudantes já trazem concepções sobre o mundo natural que são

razoáveis e úteis a eles.

A introdução de conceitos abstratos deve partir da análise de situações concretas,

de preferência ligadas à experiência cotidiana dos alunos. Isto não apenas facilita a

aprendizagem desses conceitos, mas principalmente estabelece uma ponte entre o

mundo da teoria e aquele vivenciado pelos estudantes. Assim as demonstrações em sala

de aula e atividades de laboratório permitem que os estudantes compreendam melhor os

conceitos físicos e os fenômenos aos quais eles se aplicam, e façam experimentos que

coloquem em teste as teorias que lhes foram apresentadas. Estas atividades dão aos

alunos familiaridade com aparelhos e procedimentos de medida, desenvolvendo

habilidades que são de grande importância para estudos. Simulações em computador

para ajudar os estudantes a formar modelos mentais de conceitos abstratos ou de

fenômenos de difícil visualização, desenvolver e explorar seus próprios modelos de

fenômenos físicos, tornando-se participantes mais ativos na construção de seu

conhecimento. O Quadro de giz, textos e o material de estudo dos alunos utilizam em de

sala de aula como os livro didático cadernos para anotações é essencial a uma

aprendizagem sólida de Física. Outras fontes serão os vídeos numa situação

demonstrativa dos fenômenos da física. Jogos e brincadeiras serão utilizados no contexto

social dos alunos e no seu cotidiano. Pois o importante que os alunos tenham uma

perspectiva histórica do desenvolvimento da Física, de modo a perceber como estruturas

sociais, econômicas e culturais podem influenciar, e ser influenciadas, pela evolução da

Ciência. Outro principio educativo da física para a construção do conhecimento é a

pesquisa estabelecendo a relação entre essa ciência e as demais. Esses aspectos serão

abordados em todos os conteúdos estruturantes tendo a construção científica como um

produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época.

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AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser uma avaliação formativa, num processo permanente e com a

finalidade de desenvolver toda a potencialidade do aluno, de reorientá-lo em algum

conteúdo e de encaminhá-lo ao próximo estágio de seu desenvolvimento, ou seja, deve

apresentar novos desafios a serem superados.

Avaliar levando em consideração a forma de como o aluno apreende, interpreta,

entende, compreende o fenômeno mostrado pela ciência Física.

Assim, a avaliação será flexível de acordo com seu momento, poderá ter aspecto

qualitativo como quantitativo sobre o que o aluno pensa, demonstra e como lida com o

que apreendeu.

Serão instrumentos de avaliação: provas, pesquisas de campo (podendo

contemplar ou não outras áreas do saber), coleta de dados, trabalhos escritos, orais,

apresentações e pesquisas e elaboração de materiais em laboratórios, sendo diagnostica

e cumulativa.

De acordo com a LDB n. 9.394/1996 Art.12 e 13. Promover meios e estabelecer

estratégias de recuperação para as avaliações formais aos alunos de baixo rendimento,

com participação efetiva nas atividades desenvolvidas em sala aula.

REFERENCIAS:

CARVALHO F., J. E. C. Educação Científica na perspectiva Bachelardiana: Ensaio Enquanto Formação o. In: Revista Ensaio, Belo Horizonte, v. 8, n. 1, 2006.

Diretrizes curriculares de física para o Ensino Médio Curitiba: SEED,2008

Física / Vários autores._ Curitiba: Seed -Pr, 2006.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio – Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED, 1994.BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.

LDB – Lei de Diretrizes e Bases

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PLANO CURRICULAR DE GEOGRAFIA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As sociedades desde o inicio se relacionam com a natureza e o espaço geográfico

em beneficio próprio para os primeiros agricultores foi essencial conhecer as variações

climáticas para poder retira o seu sustento esse e outros conhecimentos permitiam às

sociedade se relacionarem com a natureza e modifica-la em benefícios próprios.

Através do saber prático, das experiências realizadas, da mitologia e das crenças

os povos primitivos contribuíram para o desenvolvimento da ciência geográfica Na

antiguidade muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos e na idade média o

pensamento geográfico foi influenciado pela organização socioespacial

Nesse contexto, desenvolveram-se outros conhecimentos, como os relativos a

elaboração de mapas, discussão a respeito da forma e do tamanho da Terra, da

distribuição de terras e águas, bem como a defesa da tese da esfera da Terra,cálculos

sobre latitude e definições climáticas, entre outros.

Na Idade Média, o pensamento geográfico foi influenciado pela visão de mundo

imposta pelo poder e pela organização socioespacial então estabelecida, a forma do

planeta voltou a ser discutida a partir do século XII quando os mercadores precisavam

representar o espaço com detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e as

distâncias entre os continentes.

Até o século XIX, contudo, não havia sistematização da produção geográfica. Os

estudos relativos a esse campo do conhecimento estavam dispersos em obras diversas,

desde literárias até relatórios administrativos e, por isso, “os temas geográficos estavam

legitimados como questões relevantes, sobre as quais cabia dirigir indagações científicas”

(DCE,2008, apud, MORAES, 1987, p.41).

As transformações históricas relacionadas com o espaço geográficos, após a

segunda guerra mundial houve mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na

ordem mundial que veio a interferir na sociedade, as mudanças que marcaram o período

pós guerra mundial desencadearam novas abordagens para o estudo desta ciência.

A partir do século XIX, quando a geografia surge como ciência, a escola e a

escolarização se firmam também ao longo do mesmo século, no momento em que se dá

a consolidação do Estado Nacional e do capitalismo, sob a hegemonia da burguesia De

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fato, em certos Estados europeus, primeiro na Prússia, depois na França, os meios

dirigentes foram levados a pensar que era preciso ensinar certos conhecimentos

geográficos, não somente aos homens de ação – o que tinha sido o caso até então – mas

também a largas categorias sociais e sobretudo aos jovens. A geografia se torna, então,

disciplina de ensino destinada, primeiro aos jovens da burguesia, que iam ao liceu, depois

a todos os alunos das escolas primárias, e esse ensino tinha por finalidade fazer com que

conhecessem melhor sua pátria e os países que a cercavam. (Lacoste, 1988, p. 217).

Os geógrafos que se iniciam no estudo da geografia, estavam a serviço dos

dominadores, ou seja, o ensino estava direcionado ao adestramento de indivíduos que

garantissem a perpetuação da exploração. Neste contexto, a Geografia é a única

disciplina no âmbito escolar capaz de repassar os conhecimentos da burguesia

consolidando assim sua hegemonia sobre a sociedade da época. Esta disciplina tinha

como objetivos na escola atender a interesses militares, descrevendo os lugares e dando

ênfase aos assuntos que estivessem ligados a determinação de pontos paralelamente ao

que ocorria no ensino da Geografia, desenvolvia-se a chamada “escolarização da

sociedade” com a expansão do ensino público atingindo todas as classes sociais. A rede

pública de ensino passa a ter uma grande dimensão depois da urbanização e da

concentração populacional nas cidades.

No Brasil as idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar no século XIX,

e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No Ensino Médio, o

Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua estrutura curricular definida pelo artigo 3º

do decreto de 02 de dezembro de 1837, que previa, como um dos conteúdos

contemplados, os chamados princípios de Geografia, que tinha como objetivo enfatizar a

descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais. (Vlach,2005).

A disciplina da Geografia no Brasil consolidou-se apenas a partir da década de

1930, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o território

brasileiro com o objetivo de servir aos interesses polííticos do Estado. Após a segunda

guerra mundial desencadeou reformulações teóricas na geografia e no Brasil foi afetado

pelas tensões políticas da década de 60, quando houve modificações na organização

curricular da escola.

Em 1964 com o golpe militar todos os setores sofreram mudanças e a educação

para suprir a demanda do surto industrial, passou a valorizar a formação profissional onde

passou dar a atenção a disciplina de Estudos Sociais onde envolveria a história e a

geografia com isso as disciplinas juntas ficou as disciplinas empobrecidas dada a

importância a formação técnica.

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Nos anos 80 houve movimentos para o retorno da geografia e história como

disciplinas e no Paraná iniciou-se com um documento enviado a secretária da educação

(Parecer 332/84) onde as escolas pudessem fazer a opção da disciplina de geografia e

história, mas que só veio acontecer em 1986 através da resolução n.º06 do Conselho

Federal da Educação.

Os movimentos centraram-se na geografia crítica onde o tema da discussão era

baseado no livro de Yves Lacoste, A Geografia:”Isso serve antes de mais nada para fazer

a guerra”.Onde a geografia critica apresentava uma ruptura com a geografia tradicional,

mas a proposta de ruptura não foi compreendida imediatamente no entanto na década de

90 aconteceram as reformas políticas e econômicas no pensamento neoliberal onde a

educação foi atingida por novas propostas através da LDB 9394/96 onde a geografia

crítica e a tradicional suas linhas de pensamento estariam negligenciando as questões

geográficas.

O sistema educacional brasileiro vem sofrendo várias modificações nos últimos

anos. Assim dentro do contexto educacional o ensino de Geografia também passa por

momentos de questionamento como a prática de ensino.

A complexidade do Ser humano na Terra, o planeta da “morada do homem”, não é

passível de entendimento sem a Política, sem o Político: vinculados ao território (aí

incluídos os desafios da questão ambiental).

Entretanto, a Geopolítica mais um desafio a ser enfrentado pelo ensino de nossa

disciplina, em prol da construção de uma cidadania plena, democrática e cosmopolita. E,

se se acredita que o papel da Geografia é cada vez mais relevante na gestão de uma

cidade, de um Estado, e que o papel do Ensino de Geografia é o de compreender

problemas do mundo atual.

Desta forma é necessário que o objeto de estudo ( espaço geográfico) e os

conteúdos estruturantes resgate a produção de conhecimento e interpretação do aluno

na sociedade, transformando-o em agente ativo deste meio.

OBJETIVOS

Contribuir para que o aluno possa compreender melhor o frenético e fascinante

mundo em que vive e sentir-se estimulado a intervir voluntariamente na realidade em

construção, com a disposição de se constituir num agente da transformação social.

Capacidade de relacionar, interpretar e analisar os fatos geográficos, e as formas de

produção e organização do espaço mundial e brasileiro permitindo uma visão

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crítica do mundo;

Reconhecer as contradições e os conflitos econômicos, sociais e culturais e as

dimensões socioambiental.

Desenvolver a capacidade de aprender a aprender, num processo contínuo de

ampliação e aperfeiçoamento do conhecimento.

Compreender o meio ambiente como um patrimônio que deve ser usufruído por toda

a humanidade.

Desenvolver no aluno a capacidade de posicionar diante de situações reais ,

transformando o estudo da geografia num exercício da cidadania

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dimensão política do espaço geográfico

• Dimensão cultural demográfica do espaço

geográfico

• Dimensão Econômicas do Espaço Geográfico

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas e

organização do espaço geográfico

A formação, localização, exploração e utilização dos

recursos naturais.

A revolução técnico-científica-informacional e os novos

arranjos no espaço da produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e

comunicação na atual configuração o territorial.

A circulação de mão de obra, do capital, das

mercadorias e das informações

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Formação da mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios

As relações entre o campo e a cidade na sociedade

capitalista

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e urbanização recente.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da

população e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

O comércio e as implicações socioespaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações socioespaciais do processo de

mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o

papel do estado

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A ocupação territorial do Brasil e a dimensão

ambiental.

Representação do espaço geográfico ( cartografia)

Posição geográfica do Brasil

Paisagens naturais do Brasil (Relevo, hidrografia,

clima, vegetação.

Impactos ambientais e desenvolvimento sustentável.

Regionalização do espaço brasileiro

Aspectos geográficos do Paraná

Cartografia

Crescimento demográfico da população brasileira

O Brasil imigrante e o Brasil emigrante e as

migrações internas.

O espaço Brasileiro antes da industrialização.

O processo de industrialização.

A distribuição geográfica das e a interiorizarão das

indústrias.

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Matérias primas, meios de transportes, energia, mão

de obra das indústrias

As indústrias pós modernidade .

Urbanização e metropolização do Brasil. Condições

de vida nas metrópoles. (Moradia, saúde, educação,

violência, rede urbana)

A concentração fundiária no passado e no presente.

As relações de trabalho e conflito no campo.

Atividades desenvolvidas no campo,

A urbanização do campo

Evolução da economia mundial.

O impacto da produção do capitalismo sobre o

espaço geográfico.

As desigualdade no espaço geográfico

Globalização a nova ordem mundial.

A formação dos blocos supranacionais

O subdesenvolvimento em busca de soluções

Os conflitos internacionais e a organização do

espaço

A Forma e a função das paisagens .

Paisagem e o espaço

O espaço geográfico na história.

Os lugares como objeto de consumo

Os domínios morfoclimáticos

Paisagens climabotânicas

( ou naturais ) mundiais

Problemas ambientais do planeta,

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O sistema educacional brasileiro vem sofrendo várias modificações nos últimos

anos, Assim dentro do contexto educacional o ensino de Geografia também passa por

momentos de questionamento como a prática de ensino, onde se deve estabelecer

relações entre os conteúdos e a realidade do aluno. Para que os alunos observem,

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analisem e compreendam o espaço geográfico. Serpa proporcionado alternativas para a

elaboração de raciocínios geográficos na perspectiva de contribuir na compreensão do

mundo atual e seus problemas.

Lembrando que a terra é o planeta vivo que estende-se com a convivência do

indivíduo-sociedade-natureza e isso comporta as diversidades

sociais,culturais,ambientais, econômicas e política. Diante disso a complexidade do ser

humano não é passível sem a política, no sentido da atividade humana que busca

elaborar dinâmicas de relações sociais de seus indivíduos reconhecidos como cidadão

vinculados ao território. Diante disso temos o desafio a ser enfrentado pelo ensino de

nossa disciplina, em prol da construção de uma cidadania plena, democrática e

cosmopolita através da Geopolítica para compreender o mundo atual.

Durante as aulas em diferentes momentos e situações, serão desenvolvidas

(individualmente e/ou em equipes de estudo) as seguintes atividades, as quais configuram

a estrutura do processo de ensino/aprendizagem: leitura e interpretação de textos;

construção e aplicação de conceitos; análise e interpretação de quadros, tabelas, gráficos

e mapas; elaboração de quadros comparativos; desenvolvimento de tema discutido em

sala de aula, envolvendo conteúdo específico e posicionamento pessoal; avaliações

contínuas dos assuntos específicos a cada unidade do conteúdo; pesquisas bibliográficas

e de campo; elaboração e apresentação de seminários envolvendo recursos multimídia;

leitura de jornais e revistas para elaboração de trabalhos, além das aulas expositivas.

AVALIAÇÃO

Avaliar a ação é uma atividade necessária e permanente na escola, devendo ser

entendida como parte integrante do processo de ensino aprendizagem. Ela deve ser

diagnostica,processual e continua ,porque considera que os alunos mantêm ritmos e

processos de aprendizagens diferentes que aponta dificuldades e possibilita que a

intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Avaliação será por meio de provas

escritas além de outros instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de

expressão, como:leitura e interpretação de textos, imagens, gráficos etc, pesquisas

bibliográficas, seminários e construção de maquetes.

Em cada atividade desenvolvida terá como critério a capacidade do aluno ler,

analisar, interpretar e produzir textos, mapas, tabelas e gráficos; anotar, sistematizar,

problematizar informações e desenvolver argumentos; aplicar os conceitos aprendidos;

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dissertar; pesquisar, coletar, organizar dados (identificando, descrevendo, comparando,

classificando e concluindo); trabalhar em equipe, empreender iniciativas, empenhar-se na

busca de soluções aos desafios propostos, expressar oralmente suas idéias com clareza

e objetividade; expor oralmente assuntos em público; respeitar opiniões divergentes;

socializar a produção do conhecimento.

REFERENCIAS:

Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2006

JAMES & Mendes .Geografia Geral e do Brasil : Um estudo para a compreensão do espaço: Ensino Médio/Volume Único- São Paulo :FTB ,2005,

LACOSTE, Yves. 1988. A Geografia – Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus.

SEED : Vários autores : Geografia para o Ensino Médio. Curitiba- SEED, 2007

VLACH, Vânia. 2005. O Ensino de Geografia no Brasil: uma perspectiva histórica. In Vesentini, José William (org.). O Ensino de Geografia no século XXI. Campinas: Papirus.

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PLANO CURRICULAR DE HISTÓRIA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Não nos enganemos: a imagem que fazemos de outros povos e de nós mesmos

está associada à História que nos ensinaram quando éramos crianças. Ela nos marca

para o resto da vida. Sobre essa representação, que é para cada um de nós a descoberta

do mundo e do passado das sociedades, enxertam-se depois opiniões, idéias fugazes e

duradouras, como um amor... mas permanecem indeléveis as marcas das nossas

primeiras curiosidades, das nossas primeiras emoções. (FERRO, 1983, p.11).

A história tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e

as relações humanas praticadas no tempo. O conhecimento do homem e das sociedades

nos diversos tempos e lugares e nas suas múltiplas vivências e dimensões

(políticas,econômicas,sociais,culturais).

A história que fascina, que perturba, que desperta, que questiona e que se coloca

como instrumento na construção do conhecimento e essa que deve estar presente no

currículo escolar. E para compreender o estudo da história é necessário que a vejamos

sob duas perspectivas: uma que entende como servidora dos interesses do Estado e a

outra que trabalha com as contradições entre o que dizem os currículos e os livros

didáticos e a historia ensinada na cultura escolar.

Essas contradições são analisadas desde a década de 70 até os dias de hoje. A

diretriz curricular de história apresenta o caminho histórico que a disciplina percorreu, no

inicio como a disciplina apresentava forte influência positivista, onde as regras da

sociedade prevaleciam sobre o sujeito valorização dos heróis usando apenas documentos

oficiais, priorizavam as datas comemorativas esse era usados como conservador

baseado no modelo europeu , onde as pessoas eram excluídas do contexto histórico e

não eram entendidas como produtores e sujeitos históricos.

Para que este futuro, que ora se constrói, possa atender as reais necessidades do

individuo é preciso que ele (re)aprenda andar; traçar o seu próprio roteiro. Propomos que

a história como disciplina didática não seja mais imposta de fora para dentro, pois o saber

universal, sistematizado ou não, é essencial ao desenvolvimento humano, porém a

trajetória desta apropriação deve ter início no individuo, a partir de suas necessidades,

interpretações e expectativas. É necessário estimular a aprendizagem significativa “que

possibilita ao aluno relacionar com sentido o conteúdo a ser aprendido com o que ele já

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domina”.

Num período longo de nossa história a disciplina servia somente para manter o

caráter estritamente político e militar, continuando a ser pautado num modelo , que

mantinha uma sociedade hierarquizada e nacionalista sem espaço para o ensino baseado

nas análises criticas e interpretação dos fatos. Com a intenção de empobrecer a disciplina

de história, a mesma foi englobada por outra disciplina (OSPB), pois servia ao modelo de

Estado da época, que ajustava ao comprimento dos deveres patriotas, na busca de um

ideal de nação.

Com o fim da era militar volta-se a discutir e restaurar o ensino de história nas

escolas, essas discussões geraram novas propostas curriculares e novos olhares para o

estudo da história. A partir dessas reflexões é imprescindível trabalhar com os alunos

saberes históricos que organiza e aproxima a história e seus objetos, tendo como ponto

de partida a investigação da história política, sócio-econômica e cultural, esses

conhecimentos serão fundamentais, para uma perspectiva de construção de uma

sociedade democrática e de inclusão social. Darcy Ribeiro que considera como “fatores

fundamentais de mudança cultural (...) a criatividade através de invenções e descobertas”

e “a difusão através de contatos entre povos e a inovação através de movimentos sociais

revolucionários”.

Nota-se também que Paulo Freire já condenava uma educação tradicional em que só o

professor é sujeito e o aluno objeto, como um passo à frente, implantando então como

contraponto à visão tradicional a libertadora, que visasse a problematizarão e tivesse o

diálogo como elemento central.

OBJETIVOS

Captar as diferentes formas como os homens concebem a vida e transformam-na

em diversos momentos históricos, como se relacionam entre si e com a natureza são

objetivos do ensino de História, que permite ao aluno ter uma maior compreensão da sua

realidade, pelo confronto com as demais, percebendo as rupturas e permanência s e

reconhecendo-se como sujeito histórico, ativo no processo de aprendizagem. enquanto

protagonistas da construção de suas histórias, e não meras sombras dos feitos heróicos

dos grandes personagens. Entendendo por sujeitos históricos indivíduos, grupos, classes

sociais, participantes de acontecimentos de repercussão coletiva ou situações cotidianas

na busca pela transformação da sociedade.

passar aos alunos a concepção de mundo, a visão de realidade que imperava nas

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diversas épocas;

fazer os alunos entenderem que as relações sociais de produção, as relações de

trabalho e as relações com o mundo, são responsáveis por impulsionar uma

determinada época na busca de alternativas;

fazer com que percebam que foram as condições da época que permitiram

determinadas ações;

captar as conseqüências dos fatos históricos em termos do desdobramento do

conhecimento científico e técnico que o mundo conheceu a partir destas ações.

Contribui para estimular o enriquecimento da capacidade de reflexão, do espírito

crítico e da sensibilidade através do contato com as diversas manifestações

históricas da cultura;

proporciona o respeito pelos diferentes valores e culturas e o desenvolvimento do

espírito de tolerância e da capacidade de diálogo;

reforça a cultura democrática indispensável ao exercício responsável da cidadania;

promove a capacidade de interpretação do mundo atual através da compreensão

da evolução das sociedades;

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CONTEÚDOS

Conteúdos estruturantes

Conteúdos básicos Conteúdos específicos

Relações de Trabalho Conceito,

mundo,transição e

experiências do trabalho

e o trabalho escravo,

servil, assalariado e o

livre

Os trabalhos

existentes na

comunidade local.

Conceito de trabalho;

O trabalho e sua

valorização.

Divisão de trabalho

Relações de trabalho:

O trabalho em diferentes

sociedades. Egito antigo, os

astecas, os maias, A civilização

inca, O trabalho e a arte nas

sociedade pré colombianas.

O mundo do trabalho nas

sociedades Antigas: Grécia e

Roma.

Nas sociedades Feudal.

O trabalho escravo no

mundo, a abolição da

escravidão nos Estados Unidos

da América e no Brasil. A

escravidão no mundo

contemporâneo

Transição do trabalho

escravo para o trabalho livre

A construção do trabalho

assalariado: De artesãos

independentes a tarefeiros

assalariado.

O trabalho na sociedade

contemporânea.

O trabalho assalariado

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como mercadoria ( Taylorismo

e Fordismo)

O mundo do trabalho no

Brasil desde o inicio da

colonização ate os dias atuais.

O trabalho como garantia do

progresso brasileiro.

A urbanização e a

industrialização no Paraná

Brasil e no mundo no contexto

da expansão do capitalismo.

A organização do tempo do

trabalho.

Trabalho Infantil

Trabalho feminino

Trabalho na comunidade do

Barro Preto.

Relações de Poder O Estado e as

Relações de poder.

Os Estados

Teocráticos

Os Estados na

Antiguidade Clássica.

O Estado e as

igrejas medievais.

A formação dos

Estados Nacionais.

As metropoles

européias, as relações

de poder sobre as

colônias e a expansão

do capitalismo

O Paraná no

Conceito de Estado

O Estado na Antiguidade

Oriental ( Mesopotâmia, O

Egito, hebreus,

O Estado na Grécia Antiga,

As relações entre o Império

Persas, Romanos e

Macedônicos .

O Estado na Idade Média

O Estado na Europa

Ocidental, O Estado Islâmico e

a religião

A formação dos regimes

totalitário uma ameaça à

liberdade.

O estado e bipolarização no

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contexto da sua

emancipação.

O Estado e as

doutrinas sociais

(anarquismo,

socialismo, positivismo).

O nacionalismo nos

Estados ocidentais.

O populismo e as

ditaduras na América

Latina

Os sistemas

capitalista e socialista.

Estados da América

Latina e o

neoliberalismo

Influências do

capitalismo na

comunidade

socialismo e capitalismo no

mundo contemporâneo.

O Estado e o sistema

socialista e o capitalista.

As relações de Poder na

Formação do Estado

moderno

Téoricos do Estado

Nacional absolutista.

Teóricos do Estado Nação.

Independência do Brasil e a

formação do Estado Nacional

As guerras Nacionais e

Revolucionárias .

Símbolos Nacionais

Brasileiro.

Relações de poder e formas

de violência

Urbanização e

industrialização no Paraná .As

primeiras vilas e cidades do

Paraná, a diversidade da

agropecuária , o contexto da

expansão do capitalismo, a

economia no território

Paranaense

Relações Culturais Movimentos sociais,

políticos e culturais.

As revoluções

democráticas liberais no

Ocidente Inglaterra,

França e EUA

Movimentos Sociais

no mundo do trabalho

A colonização da América

A Luta por direitos da plebe

na sociedade romana.

A revolta dos escravos e o

movimento Negro e a luta por

seus direitos

Sociedades Medievais e a

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nos séculos XVIII e

XIX : o surgimento do

sindicalismo

A América

portuguesa e as

revoltas pela

independência

As revoltas

federalista no Brasil

Imperial e republicano .

As guerras mundiais

no século XX e a

Guerra fria,

As revoluções

socialistas na Ásia,

África e América Latina.

Os movimentos de

resistência no contexto

das ditaduras da

América Latina.

Os Estados

Africanos e as guerras

étnicas

A luta pela terra e a

organização de

movimentos pela

conquista do direito a

Terra na América Latina

A mulher e suas

conquistas de direito na

sociedade

contemporânea.

Cultura e

religiosidade.

sociedade feudal

A manifestações de

dominação e resistência entre

os camponeses e nas cidades.

As mudanças políticas,

culturais e religiosas na

sociedades européias .

Reforma protestante

A idade média e algumas

reflexões: Exclusão social,os

hereges, as mulheres, as

doenças ( peste negra,

hanseniase)

Transformações no mundo

moderno

Absolutismo, Iluminismo.

As revoluções e a luta pela

igualdade.

Os camponeses e a luta

pela terra. Reforma agrária, os

sem terras no Brasil

A organização dos

operários

A busca da cidadania e a

participação política,

Manifestações femininas no

mundo

A formação religiosa dos

povos africanos, americanos,

asiáticos e europeus.

As diferentes religiões no

mundo: hinduísmo,

budismo,confusionismo,

judaísmo,cristianismo e

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A formação religiosa

dos povos africanos,

americanos, asiáticos,

europeus:

neolítico,xamanismo,tot

ens,animismo.

Os mitos e a arte

grego romana e a

formação das grandes

religiões : hinduísmo,

budismo,

confusionismo,

judaísmo,cristianismo e

islamismo.

Teocentrismo versus

antropocentrismo na

Europa Renascentista

Reforma e contra

reforma seus

desdobramento

culturais

O modernismo

brasileiro.

Cultura e ideologia

no governo de Vargas.

Representações dos

movimentos sociais,

políticos e culturais da

arte brasileira .

As etnias indígenas

e africanas e suas

manifestações

religiosas, artísticas e

culturais.

islamismo, Catolicismo

Europa renascentista:

Teocentrismo versus

antropocentrismo

Reforma e contra reforma

O Brasil e a república dos

coronéis.

A Era Vargas

As manifestações religiosas

e culturais das etnias indígenas

e populares no Brasil:

congadas, cavalhadas,

fandango, folia de reis, boi de

mamão, romaria de São

Gonçalo

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As manifestações

populares: congadas,

cavalhadas, fandango,

folia de reis, boi de

mamão, romaria de São

Gonçalo

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para uma educação voltada para a construção do conhecimento coletivo e

democrático os métodos devem articular com as tecnologias e assim define sua

metodologia utilizada nas aulas de história como abrangente de uma variedade de formas

didáticas.

Neste sentido a aula de história deve envolver o Tempo Presente, ou seja, a

realidade vivida pelo sistema educacional, professor, estudante e a quem fizer parte dele.

Também essa idéia possibilita a reconciliação da história vivida com a

história/conhecimento, a partir de uma relação ativa entre os tempos presente e passado,

entre o próximo e o distante, além de propiciar a educação para a cidadania. Hoje para

as aulas de história sabe que não basta falar, para que os alunos aprendam. O trabalho

em sala de aula exige um trabalho em permanente situação de investigação,

despertando a curiosidade, a criatividade e o interesse pelo ensino que tem como

pressuposto a descoberta, o que nos apresenta a grande importância de ensinar e

aprender. Os alunos buscam ampliar seu grau de consciência crítica do mundo,e a

compreensão de que, por trás de um fato relatado, existem as relações sociais,

econômicas, políticas e culturais que o produzem, recorre-se a uma multiplicidade

documental que abrange não só o escrito e institucional, mas também os filmes, os

artigos de jornais e revistas, as imagens, os relatos orais, os objetos e os registros

sonoros.

O contato com esta diversidade de fontes possibilita ao aluno perceber as

diferentes temporalidades existentes simultaneamente e/ou ao longo da história,

reconhecendo também sua realidade como múltipla, conflituosa e complexa, encarando o

conhecimento histórico não como uma sucessão de fatos no tempo, mas sim como ações

humanas organizadas transformadoras de um dado momento. Através da análise, o aluno

desenvolva a capacidade de interpretar características da sua realidade e relacione-as

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com às informações históricas. Desta forma, o aluno passa a ter uma dimensão mais

ampla e significativa dos conteúdos específicos da área, enriquecendo o seu

conhecimento e passando a ter subsídios para construir o seu próprio saber .Os saberes

devem atender a nesse cidade humana de construção permanente do futuro, afinal “a

história não é uma imagem acabada”. E se é o futuro que nos interessa, necessitamos do

presente para moldá-lo conforme as nossas necessidades, e do passado para extrair as

informações que darão consistência e segurança a este processo. As aulas serão

desenvolvidas através da pesquisa , da atualização e articulados com a comunidade na

qual a escola está inserida. As atividades que deverão ser realizadas pelos alunos e que

constituem a estrutura da disciplina serão feitas através da leitura e análise de textos;

resumos, pesquisas e redações; discussões em painéis; transposições de linguagem;

testes de revisão e avaliações.

AVALIAÇÃO

Portanto, podemos avaliar a prática educativa do século XXI que também

contempla os Movimentos Sociais os quais fazem parte da política democrática de

reivindicação educacional no que tange o direito de todos pela educação. A avaliação

deverá acontecer durante o processo e diante das ações políticas, sociais e culturais, pois

ela nunca deve ter fim em si mesma, sendo o seu objetivo maior sanar as dificuldades

do ensino aprendizagem para isso faz-se necessário que alguns critérios como :

• analisar a época em que vive, situando-se diante dos problemas atuais, com base numa visão de evolução econômica, política, social e cultural da humanidade;

• identificar o sentido dos diversos aspectos de nossa herança cultural;

• aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade brasileira, a fim de melhor

interpretá-la, e nela atuando;

• expor idéias de forma clara e compreensível nas atividades e avaliações propostas.

REFERÊNCIAS:

Diretrizes Curriculares do Ensino de História do PARANÁ.

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

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BOURDÉ. As escolas históricas. Lisboa: Publicações Europa-América, (s. d.).

BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo 1989.

DUBY, Georges. Guerreiros e Camponeses. Lisboa , Estampa, 1999

FERRO, Marc. A Manipulação da História no Ensino e nos Meios de Comunicação. São Paulo: Ibasa, 1983.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis, Vozes, 2001.

HOBSBAWN,Eric. Sobre a História. São Paulo, 1998

HOBSBAWN,Eric. A Era da Revoluções: Rio de Janeiro, 2005

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, 1992.

RIBEIRO, Darcy. Os Brasileiros, Livro 1 – Teoria do Brasil. 8ª ed. Vozes. Petrópolis, 1985

THOMPSON, Edward. Costumes em Comum. São Paulo,1998.

WACHOWISCZ, Ruy. História do Paraná. Curitiba. Imprensa Oficial., 2002.

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PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

PARA O ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa, no século XIX, relacionava-se somente com a

análise das raízes, embasada na filosofia grega. A linguagem era usada somente como

expressão de pensamento. Somente no início do século XX , através das novas teorias

linguísticas, começava-se a ouvir os “ecos” da mudança.

No princípio, o ensino da língua destinava-se a uma elite que valorizava a

gramática normativa e abordava a norma padrão. As pessoas humildes não tinham

acesso à escola.

A Língua Portuguesa passou por diversas mudanças e manteve suas

características até o século XX.

A Lei n 5692/71 propunha que o ensino da língua deveria preparar o aluno para o

trabalho, os estudos eram pautados nas teorias de Jakobson. Na década de 70, passou a

ser produzido industrialmente o livro didático e o ensino resumia-se na prática de um

ensino reprodutivista. Os textos em sua maioria eram fragmentados e focados na

historiografia literária.

“Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos, é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas. A este respeito a influencia do povo é decisiva.” (Machado de Assis)

A disciplina na LDB nº 5692/71 vinha dicotomizada em Língua e Literatura (com

ênfase na Literatura Brasileira). A divisão repercutiu na organização curricular: a

separação entre gramática, estudos literários e redação. Os livros didáticos, em geral, e

mesmo os vestibulares, reproduziram o modelo de divisão. Muitas escolas mantêm

professores especialistas para cada tema e até mesmo, aulas específicas como se

leitura/literatura, estudos gramaticais e produção de texto não tivessem relação entre si.

Presenciamos situações em que o caderno do aluno era assim dividido.

A perspectiva dos estudos gramaticais na escola até hoje se centra, em grande

parte, no entendimento na nomenclatura gramatical como eixo principal; descrição e

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norma se confundem na análise da frase; essa deslocada do uso, da função e do texto. O

estudo gramatical aparece no planos curriculares de português, desde as séries iniciais,

sem que os alunos, até as séries finais do ensino médio, dominem a nomenclatura.

Estaria a falha nos alunos? Será que a gramática ensinada faz sentido para aqueles que

sabem gramática por que são falantes nativos? A confusão entre norma e

gramaticalidade é o grande problema da gramática ensinada pela escola. O que deveria

ser um exercício para o falar/escrever/ler melhor se transforma em uma camisa de força

incompreensível.

Os estudos literários seguem o mesmo caminho. A história da literatura costuma

ser o foco da compreensão do texto; uma história que nem sempre corresponde ao texto

que lhe serve de exemplo. O conceito de texto literário é discutível.

As DCEs sugerem como encaminhamento metodológico para o trabalho com a

Literatura o Método Recepcional (elaborado pelas profesoras Maria da Glória Bordini e

Vera Teixeira de Aguiar) que consiste em atribuir papel ao leitor (sujeito ativo no processo

de leitura, com direito a voz) e também porque proporciona momentos de debates,

reflexões sobre a obra lida, permitindo a ampliação dos horizontes de expctativas do

aluno.

Esse trabalho divide-se em cinco etapas:

Determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor (o professor deve tomar

conhecimento da realidade sócio-cultural dos educandos);

Atendimento ao horizonte de expectativas (o professor apresenta textos que sejam

próximos ao conhecimento de mundo e às experiencias de leitura dos alunos);

Ruptura do horizonte de expectativas (as leituras ofertadas permitem um

rompimento nas certezas, senso comum dos alunos);

Questionamento do horizonte de expectativas (essa etapa permite uma

autoavaliação por parte dos alunos, aquisição de novos conhecimentos);

Ampliação do horizonte de expectativas (leituras ofertadas possibilitaram reflexões,

mudanças e aquisições – ampliação de conhecimentos).

Segundo as autoras, o primeiro olhar para o texto literário deve ser de sensibilidade,

de identificação. Após esse reconhecimento o professor deve trabalhar as estruturas de

apelo presentes no texto e em textos poéticos, estimular a sensibilidade estética, análise

contextualidada das obras lidas.

O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o Conteúdo

Estruturante da Língua Portuguesa ( o Discurso como prica social) e constitui forte influxo

capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.

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Segundo Antunes (2007, p. 130) o texto é a única forma de se usar a língua, por

isso cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos o

estudo do texto e da sua organização sintático-semântica, permitindo a exploração das

categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas o que vale não é a categoria

em si: mas a função que ela desempenha para os sentidos do texto. Como afirma

Antunes, “mesmo quando se está se fazendo a análise linguística de categorias

gramaticais, o objeto de estudo é o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).

O professor precisa considerar a interlocução como ponto de partida para o

trabalho com o texto, e os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus

aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados.

Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das

práticas de oralidade, leitura e escrita , compreendemos que o texto não serve apenas

para o aluno identificar ou classificar normas gramaticais, mas que permite uma reflexão

sobre os recursos que o texto usa e o sentido que ele expressa, numa dimensão dialógica

da linguagem.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a

reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou

refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos

gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar.

Os professores, portanto, farão ver aos alunos que a escola é o espaço onde ele

pode errar para que, a partir dessa consciência sob uma dinâmica de tentativas, acertos,

comparações, deduções, construa o aprendizado do fato linguístico. Levar em conta

o erro e a dúvida como elementos constitutivos do processo de trabalho em análise

linguística deve ter por efeito propiciar que o aluno se capacite a construir metáforas, a

transformar conceitos, a ser afirmativo de seus valores e compreensivo dos valores do

outro, concordando ou não com tais diferenças, porém, discernindo-as para que possa

fazer suas próprias escolhas.

Sabendo que essa perspectiva educacional, não vem contemplando a necessidade

linguística dos nossos alunos propomos que o processo de ensino/aprendizagem de

Língua Portuguesa, priorize uma visão sobre o que é linguagem verbal, pois a mesma se

caracteriza como construção humana e histórica de um sistema linguistico e comunicativo

em determinados contextos. Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes os

homens, seus sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sócio-cultural.

As expressões humanas incorporam todas as linguagens, mas, para efeito didático,

a linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua

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materna, ela é prioritária como instrumento de trabalho. O caráter socio-interacionista da

linguagem verbal aponta para uma opção metodológica de verificação do saber linguístico

do aluno, como ponto de partida para a decisão daquilo que será desenvolvido, tendo

como referência o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais.

A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala e o

discurso que se produz, e a função comunicativa, o principal eixo de sua atualização e a

razão do ato linguístico.

Sendo assim o estudo da Língua Portuguesa/Literatura precisa pautar-se na

interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a

expressão oral e escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos

diferentes contextos e situações. Essas ações estão pautadas no domínio do discurso

enquanto prática social.

OBJETIVOS

• Aprimorar a capacidade comunicativa do aluno, tornando-o mais participativo e

questionador, desenvolvendo e melhorando seus recursos de expressão oral e

escrita, aumentando os conhecimentos e o domínio linguístico nas mais variadas

e diferentes situações de uso;

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, os

gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura;

• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o gênero e

tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua

organização;

• Ampliar o domínio ativo do discurso nas diversas ações comunicativas, de modo a

possibilitar sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas

possibilidades de participação social no exercício da cidadania e que

compreenda e faça uso das informações contidas nos textos, possibilitando

reconstruir, organizar e praticar a escrita e a oralidade na linguagem padrão;

• Desenvolver o domínio das atividades verbais, uma vez que é direito de todo

cidadão a educação linguística para a dimensão da cidadania;

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• Garantir o domínio da leitura, escrita, fala e compreensão da realidade social;

• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da oralidade,

da leitura e da escrita;

• reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar acesso

aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como

condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que

está inserido e para a afirmação de sua cidadania, como sujeito singular e

coletivo;

• Utilizar a linguagem na escrita de produção de texto de modo a atender as

múltiplas demandas sociais.

É, também, de responsabilidade dos estabelecimentos de ensino acabar com o

modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus

descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu

interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo

de que são vítimas. Sem dúvida, assumir estas responsabilidades implica compromisso

com o entorno sociocultural da escola, da comunidade onde esta se encontra e a que

serve, compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos, capazes de

compreender as relações sociais e étnico-raciais e ajudam a manter e/ou a reelaborar,

capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de

desempenhar-se em áreas de competências que lhes permitam continuar e aprofundar

estudos em diferentes níveis de formação.

As organizações escolares devem promover espaços para que todos se vejam

incluídos, e onde tenham o direito de aprender e de ampliar conhecimentos, sem serem

obrigados a negar sua cultura, ao grupo étnico-racial a que pertencem e a adotar

costumes, ideias e comportamentos que lhes são adversos.

Para conduzir nossas ações tomaremos como referência, entre outros às bases

filosóficas e pedagógicas que assumem os seguintes princípios :

CONSCIÊNCIA POLÍTICA E HISTÓRICA DA DIVERSIDADE:

Este princípio deve conduzir:

À igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos;

À compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem aos

grupos étnicos-raciais distintos, que possuem cultura e histórias próprias, igualmente

valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua história;

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Ao conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da cultura afro-

brasileira na construção histórica e cultural brasileira;

À superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros, os povos

indígenas e também as classes populares às quais os negros, no geral, pertencem,

são comumente tratados;

À desconstrução, por meio de questionamentos e análises críticas, objetivando

eliminar conceitos, ideias, comportamentos veiculados pela ideologia do

branqueamento, e pelo mito da democracia racial, que tanto mal têm feito aos negros

e branco;

À busca, da parte de pessoas, em particular de professores não familiarizados com a

análise das relações étnico-raciais e sociais com o estudo de história e cultura afro-

brasileira e africana, de informações e subsídios que lhes permitam formular

concepções não baseadas em preconceitos e construir ações respeitosas;

Ao diálogo, via fundamental para entendimento entre diferentes, com a finalidade de

negociações, tendo em vista objetivos comum, visando a uma sociedade justa.

FORTALECIMENTO DE IDENTIDADES E DE DIREITOS:

Este princípio deve orientar para:

O desencadeamento de processo de afirmação de identidades, de historicidade

negada ou distorcida;

O rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de comunicação,

contra os negros e os povos indígenas;

O esclarecimento a respeito de equívocos quanto a uma identidade universal;

O combate à privação e violação de direitos;

A ampliação do acesso a informações sobre a diversidade da nação brasileira e sobre

a recriação das identidades, provocada por relações étnico-raciais;

As excelentes condições de formação e de instrução que precisam ser oferecidas, nos

diferentes níveis e modalidades de ensino, em todos os estabelecimentos, inclusive os

localizados nas chamadas periferias urbanas e nas zonas rurais.

AÇOES EDUCATIVAS DE COMBATE AO RACISMO E A DISCRIMINAÇÕES

O princípio encaminha para:

A conexão dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com a experiência de

vida dos alunos e professores, valorizando aprendizagens vinculadas ás suas

relações com pessoas negras, brancas, mestiças, assim como as vinculadas às

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relações entre negros, indígenas e brancos no conjunto da sociedade;

A crítica pelos coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais,

professores, das representações dos negros e de outras minorias nos textos,

materiais didáticos, bem como providências para corrigi-las;

Condições para professores e alunos pensarem, decidirem, agirem, assumindo

responsabilidade por relações étnico-raciais positivas, enfrentando e superando

discordâncias, conflitos, contestações, valorizando os contrastes das diferenças;

Valorização da oralidade, da corporeidade e da arte, por exemplo, como a dança,

marcas da cultura da raiz africana, ao lado da escrita e da leitura;

Educação patrimonial, aprendizado a partir do patrimônio cultural afro-brasileiro,

visando a preservá-lo e a difundi-lo;

O cuidado para que se dê um sentido construtivo à participação dos diferentes

grupos sociais, étnico-raciais, às alianças sociais;

Participação de grupos do Movimento Negro, e de grupos culturais negros, bem

como da comunidade em que se insere a escola, sob a coordenação dos

professores, na elaboração de projetos político-pedagógicos que contemplem a

diversidade étnico-racial.

Estes princípios e seus desdobramentos mostram exigências de mudança de

mentalidade, de maneiras de pensar e agir dos indivíduos em particular, assim como das

instituições e de suas tradições culturais.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES – LEI 10.639/2003

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua

portuguesa. O que os une? Quais as razões? Atualmente como estão esses

países? Qual a composição étnica? Apurar diferenças do português falado e

escrito entre eles. Exemplos: na alimentação, na música, na religião.

Após debates sobre textos propostos aos alunos, solicitar que produzam textos

sobre temas como: o racismo no Brasil; a presença do negro na mídia; políticas

afirmativas, cotas; mercado de trabalho etc.

Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras

expressões do vocabulário;

Realizar com os alunos estudos das obras literárias de escritores negros como

Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, Solano Trindade etc., destacando

a contribuição do povo negro á cultura nacional;

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Incluir nos conteúdos de literatura o estudo do teatro experimental de negro,

iniciado no Rio de Janeiro em 1944, e a pesquisa sobre a imprensa negra brasileira

no início da década de 1920. Alguns jornais produzidos por afrodescendentes que

circularam semanalmente durante até mais de cinquenta anos .

Utilizar pesquisas e revistas produzidas pela comunidade afrodescendente do seu

município;

Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial;

Propiciar acesso aos gêneros musicais do samba e rap;

Propor que os alunos produzam poesias relacionadas ao povo afrodescendente e

sua cultura. A partir dessa literatura, a criança afrodescendente constrói uma

imagem da realidade social que não a inclui;

Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, aborde as questões

relacionadas à cultura afro-brasileira.

Na pintura, interpretar obras de Di Cavalcanti, Lazar Segall e de outros artistas que

retratam a figura do negro.

Filmes (sugeridos no caderno temático: Educando para as Relações Étnico-Ra-

ciais II)

Também é de obrigatoriedade dos estabelecimentos de ensino abordar a Lei nº

9,795, de 27 de abril de 1999, que trata sobre a Política Nacional de Educação Ambiental.

Por isso abordaremos o tema através de debates, leituras de textos, discussões,

apresentação de propostas para a conscientização de toda a comunidade e/ou sociedade.

Trabalho com os filmes e livros sugeridos no caderno temático – Educação

Ambiental.

Apresentaremos aos alunos conteúdos que abordem a Lei nº 13.381, de

18/12/2001, que promove a incorporação dos elementos formadores da cidadania

paranaense conforme as sugestões de atividades propostas no caderno pedagógico –

História Paranaense, por permitir problematizar com os alunos um conteúdo específico a

partir das memórias, experiências e histórias dos sujeitos que viveram aquele contexto.

Possibilita também uma abordagem da História, não como uma verdade pronta e

definitiva, mas como uma constante análise e reconstrução, em torno das ações e

relações dos sujeitos no tempo e no espaço.

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CONTEÚDOS1ª SÉRIE

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE

LINGUÍSTICA

Debates sobre

temas atuais

veiculados pela

imprensa: jornais,

rádio, tevê, internet

etc.;

Análise de

características de

textos lidos ou

ouvidos, letras de

músicas etc.;

Narração de

experiências

pessoais;

Seminários (a

respeito de obras

literárias lidas ou

pesquisas sobre

autores);

Representação

teatral;

Declamação de

poemas.

Compreensão de

textos e livros (contexto

de produção,

intencionalidade e

momento histórico);

Diferenciação de

textos de gêneros: lírico,

épico e dramático;

Ritmo e fluência na

declamação de poemas

e entonação da voz na

apresentação de peças

teatrais;

Leitura de livros de

Literatura como

compreensão e fruição;

Busca de textos para

leitura como fruição;

ler e interpretar letras

de musicas relacionadas

à questão racial (rap,

samba etc);

Produção

de textos

considerando

o desti-natário,

finalidade,

características

do gênero

como unidade

temática e

estrutural;

dramáticos

(peças

teatrais);

em verso

(rima, métrica,

figuras de

linguagem);

Descrição.

Os

conteúdos

gramaticais

serão

estudados

tomando como

base os textos

lidos e/ou

produzidos e

para isso

considerará o

uso das

seguintes

gramáticas:

normativa,

descritiva,

internalizada e

reflexiva.

A seguir

alguns dos

conteúdos

gramaticais

que poderão

ser abordados

na oralidade:

variação

lingüística,

marcas

lingüísticas,

diferenças

lexicais,

conectivos

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ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE

LINGUÍSTICA

como

mecanismos

de coesão e

coerência.

Leitura:

particularidade

s

(lexicais,

sintáticas e

textuais); a

repetição de

palavras); o

efeito do uso

das figuras de

linguagens e

de

pensamento;

léxico,

progressão

referencial do

texto; os

discursos

direto, indireto

livre.

Escrita:

análise dos

aspectos

discursivos,

textuais,

estruturais e

normativos.

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2ª SÉRIE

ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE LINGUISTICA

Seminários a

respeito de obras

literárias lidas;

Declamação

de poe-mas;

Relatos de

entrevistas

realizadas;

Reprodução e

debates sobre

assuntos de

textos lidos, livros

e filmes,

programas de

rádio, tevê e

outros;

júri simulado;

apresentação

de paródias.

Leitura de textos

literários e não literários

e de livros (intenciona-

lidade, contexto

histórico);

Artigos científicos;

Romances;

Contos e poesias;

Reportagens;

Análise de textos

verbais e não verbais

(outdoors,

propagandas, imagens

digitais e virtuais,

charges, tiras

cômicas...)

Intertextualidade;

Estudo do teatro

experimental de

negro, iniciado no

Rio de janeiro em

1944, e a pesquisa

sobre a imprensa

negra brasileira no

início da década de

1920.

Leitura de jornais

produzidos por

afrodescendentes

que circulam

semanalmente.

Produção de

textos: prosas e

em versos

(ficcionais e não

fic-cionais);

informativos;

resumos,

sinopses...

Os conteúdos

gramaticais serão

estudados tomando

como base os

textos lidos e/ou

produzidos e para

isso considerará o

uso das seguintes

gramáticas:

normativa,

descritiva,

internalizada e

reflexiva.

A seguir alguns

dos conteúdos

gramaticais que

poderão ser

abordados na

oralidade: variação

lingüística, marcas

lingüísticas,

diferenças lexicais,

conectivos como

mecanismos de

coesão e

coerência.

Leitura:

particularidades

(lexicais, sintáticas

e textuais); a

repetição de

palavras); o efeito

do uso das figuras

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ORALIDADE LEITURA ESCRITA ANÁLISE LINGUISTICA

de linguagens e de

pensamento;

léxico, progressão

referencial do texto;

os discursos direto,

indireto livre.

Escrita: análise

dos aspectos

discursivos,

textuais, estruturais

e normativos.

3ª SÉRIE

ORALIDADE LEITURA ESCRITAANÁLISE

LINGÜÍSTICA

Seminários

(abordando

obras literárias

lidas ou

pesquisas sobre

autores atuais);

Defesa de ponto

de vista quanto a

questionamentos

realizados em

classe;

Declamação de

poemas;

Apresentação de

júri simulado ou

programas de

rádio e tevê para

a classe;

Debates sobre

Leitura de textos e

livros (contexto de

produção,

intencionalidade e

mo-mento

histórico);

Realização de

inferências para

busca de sentidos,

intenção ou

finalidade dos

textos lidos;

Leitura em voz alta

revelando fluência,

ento-nação e

ritmos adequados

aos diferentes

textos e propósitos;

Paráfrase de

textos;

Produção de

textos:

dissertativos,

manuais,

publitários,

questionários

,

reportagens,

resumos,

resenhas...

Os

conteúdos

gramaticais

serão estudados

tomando como

base os textos

lidos e/ou

produzidos e

para isso

considerará o

uso das

seguintes

gramáticas:

normativa,

descritiva,

internalizada e

reflexiva.

A seguir

alguns dos

conteúdos

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ORALIDADE LEITURA ESCRITAANÁLISE

LINGÜÍSTICA

assuntos

polêmicos ou

questões de

interesse da

turma;

Apresentação de

paródias.

Apresentação de

fragmentos de

obras que

abordem

questões

relacionadas à

cultura afro-

brasileira.

Intertextualidade;

Busca de

informações

através de

consultas a fontes

de diferentes tipos:

jornais, revistas,

enciclopédias,

internet etc.;

Busca de textos

lidos para leitura

como fruição;

gramaticais que

poderão ser

abordados na

oralidade:

variação

lingüística,

marcas

lingüísticas,

diferenças

lexicais,

conectivos como

mecanismos de

coesão e

coerência.

Leitura:

particularidades

(lexicais,

sintáticas e

textuais); a

repetição de

palavras); o

efeito do uso das

figuras de

linguagens e de

pensamento;

léxico,

progressão

referencial do

texto; os

discursos direto,

indireto livre.

Escrita:

análise dos

aspectos

discursivos,

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ORALIDADE LEITURA ESCRITAANÁLISE

LINGÜÍSTICA

textuais,

estruturais e

normativos.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia para o ensino de Língua Portuguesa e Literatura deve proporcionar

situações em que os alunos possam refletir sobre a heterogeneidade linguística,

analisando suas variantes, já que o falante se apropria da linguagem e dos

conhecimentos em interações sociais. Cabendo aos professores o papel de aprimorar as

possibilidades do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita,

proporcionando aos alunos a oportunidade de conceberem suas opiniões acerca da

sociedade.

A linguagem é um instrumento indispensável para aquisição e transmissão de

conhecimento em qualquer área do saber; parte integrante da vida dos indivíduos, pois se

por um lado o domínio dela favorece o desenvolvimento do conhecimento do mundo, por

outro é condição para o exercício da cidadania.

O trabalho com a leitura deverá propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica

por parte dos alunos, permitindo que o mesmo atribua sentidos ao que está lendo. Cabe

ao professor selecionar os gêneros a serem trabalhados e considerar o contexto de

produção e circulação para planejar as suas atividades.

As atividades com a escrita devem ser realizadas de modo interlocutivo e os alunos

devem se assumir como locutores e dessa forma possam ter o que dizer; razão para

dizer; como dizer.

O trabalho com os aspectos formais da língua (gramática e ortografia) deve ser um

elemento de apoio linguístico, e como suporte para as demais disciplinas, priorizando a

reflexão sobre a língua, para uma melhor compreensão de suas leituras e para a

elaboração de textos claros, sem os corriqueiros problemas com a utilização da norma

culta.

A literatura deve ser trabalhada e usada como elemento imprescindível na vida

escolar, potencializando uma prática diferenciada com a oralidade, a leitura e a escrita,

pois através da seleção de obras, o professor possibilitará aos alunos o aprimoramento do

pensamento, trazendo, dessa forma, prazer ao saber.

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Para BAKTHIN (1992), o enunciado - seja ele constituído de uma palavra, uma

frase, ou uma sequência de frases – é a unidade de base da língua, é o próprio discurso,

já que é no enunciado que o discurso se constrói. O discurso, por sua vez, materializa-se

em práticas discursivas no texto. Daí a necessidade de o texto ser entendido e trabalhado

em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações

sociais.

Em síntese, a ação pedagógica referente ao trabalho com a linguagem precisa

pautar-se na interlocução, e em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura

e a produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes

situações, ou seja, um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais.

A abordagem teórico-metodológica acontecerá da seguinte forma.

Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológica

LEITURA

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

Leitura de informações implícitas nos textos;

Discussão sobre: finalidade do texto, fonte,

interlocutor...

Referente à literatura, seleção de obras que

contemplem os diversos movimentos literários;

Leitura de vários textos para a observação das

relações dialógicas.

ORALIDADE

Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

Dramatização de textos;

Narração de fatos reais ou fictícios;

Seleção de discurso de outros, como: filme,

entrevista, cena de novela/programa, debate, mesa

redonda, reportagem;

Análise dos recursos próprios da oralidade;

Orientação sobre o contexto social de uso do

gênero trabalhado.

ESCRITA Discussão sobre o tema a ser produzido;

Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;

Orientação sobre o contexto social de uso do

gênero trabalhado;

Produção textual;

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Revisão textual;

Reestrutura e reescrita textual.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:

de gêneros selecionados para leitura ou escrita;

de textos produzidos pelos alunos;

das dificuldades apresentadas pela turma.

AVALIAÇÃO

A avaliação se efetivará durante todo o processo de aprendizagem vivido pelos

alunos ao longo de uma proposta de trabalho. O aluno deverá ser avaliado de diversas

maneiras - alterando-se as modalidades, os suportes, os interlocutores - de forma a

constituir um verdadeiro processo de aferição de conhecimentos.

Na contramão das práticas tradicionais – em que se buscava encontrar os “erros”,

mais que os “acertos” dos alunos, o professor de Língua Portuguesa deve valorizar os

ganhos que os estudante obteve ao longo do seu processo de aprendizagem.

A avaliação tradicional não satisfeita em criar o fracasso, empobrece as aprendizagens, e induz, nos professores, didáticas conservadoras, e, nos alunos, estratégias utilitaristas. O professor, outrora dispensador de aulas e lições... se torna o criador de situações de aprendizagens portadoras de sentido. (PERRENOUD, 1992).

A oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do

discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate,

numa troca informal de idéias, numa entrevista, numa contação de história, as exigências

de adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da

produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o aluno se posicione como

avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas

televisivos etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o

resultado esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído

para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa

avaliação precisa considerar as diferenças de leituras de mundo e repertório de

experiências dos alunos.

Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação

do texto escrito são as circunstâncias da sua produção e o resultado dessa ação. É a

partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal

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como na oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar-se como avaliador tanto dos

textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.

O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é

essencial para que ele adquira autonomia. È necessário que o professor perceba a

dimensão deste posicionamento:

Porque escrever [e falar] com clareza implica automático compromisso com as palavras transmitidas, pois os outros vão entendê-las. E vão reagir a elas favorável ou desfavoravelmente. [...] Pois facilitar a leitura do outro representa facilitar seu acesso às nossas idéias, em última instância, a nós mesmos. (BERNARDO, 1988, p. 20).

Como é no texto que a língua (fala/escrita) se manifesta em todos os seus

aspectos, a análise lingüística ocorrerá mediante os textos produzidos e interpretados

pelos alunos.

As questões gramaticais relevantes serão abordadas durante o processo de

reestruturação e análise textual. Assim, não se descarta a gramática, apenas ocorre que a

mesma está aliada às produções textuais, não sendo trabalhada a forma tradicional,

fragmentando o conhecimento.

Utilizaremos instrumentos avaliativos que priorizem a qualidade e o desempenho

do aluno ao longo do ano letivo, abordando os aspectos da oralidade, da leitura, escrita e

da análise linguística; respeitando as diferenças e promovendo uma ação pedagógica de

qualidade para todos os alunos, construindo relações sociais mais generosas e

includentes.

REFERÊNCIAS:

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro; José Olympio,

1981.

BAKTHIN, Mikhail M. Marxismo e filosofia da linguagem – São Paulo: Martins Fontes,

1986 - Estética da criação verbal.- São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BECHARA, N. B.; CASAGRANDE, N. Dos S. Ensino de Língua Portuguesa e políticas

lingüísticas: séculos XVI e XVII. In Bastos, N. B. (org.) Língua Portuguesa: uma visão em

mosaico. São Paulo: EDU, 2002.

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DIRETRIZES CURRICULARES, julho de 2006 – Secretaria de Estado da Educação,

Superintendência da Educação.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. In: João W. (org.). O

texto na sala de aula. 2 ed. São Paulo: Ática, 1997. __ Portos de passagem. São

Paulo: Martins Fontes, 1991.

GRANATIC, Branca. Técnicas básicas de redação. São Paulo: Scipione, 1988.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. Campinas, SP:

Pontes, 2000. ___ Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola.

Campinas: Mercado de Letras, 1999.

KOCH, I. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: contexto, 1995. - A coesão textual. 3

ed. São Paulo: contexto, 1991.

KOCH, I.; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. São Paulo: contexto, 1990.

MAIA, João Domingues. Gramática – teoria e exercícios. São Paulo: Ática, 1993.

MARCUSCHI, L. A - Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2001.

MORENO, Claudio & GUEDES, Paulo. Curso básico de redação. 2ª ed. São Paulo:

Ática, 1984.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública

do estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.

PÉCORA, A. Problemas de redação. São Paulo: martins Fontes, 1992.

PERRENOUD, hilippe. Dez novas competências para ensinar. Porto alegre. Artemed,

2000.

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POSSENTI, S. Por que não ensinar gramática na escola. 4 ed. Campinas: Mercado

das Letras, 1996.

SOARES, M. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002

SUASSUNA, L. Ensino de língua portuguesa: uma abordagem pragmática. Campinas:

Papirus, 1995.

TEZZA, C. Entre a prosa e a poesia: Bakthin e o formalismo russo. Rio de Janeiro:

Rocco, 2003.

TUFANO, Douglas. Estudos de língua portuguesa: gramática. São Paulo: Moderna,

1990.

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PLANO CURRICULAR DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao considerar a matemática como uma das áreas que compõe o currículo da

escola constata-se que ela está presente na vida das pessoas.

As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do homem

primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. De fato, ao longo do processo de

desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo desenvolvido a partir das

necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens, gradativamente,

elaborassem códigos de representações, sejam de quantidades ou dos objetos por ele

manipulados.

A História da matemática constitui um dos capítulos mais interessantes do

conhecimento. Permite compreender a origem das idéias que deram forma a nossa

cultura e observar também os aspectos humanos do seu desenvolvimento: enxergar os

homens que criaram essas idéias e estudar as circunstâncias em que elas se

desenvolveram.

Assim, esta História é um valioso instrumento para o ensino/aprendizado da própria

matemática. Podemos entender porque cada conceito foi construído historicamente

conforme o desenvolvimento da ciência e porque, no fundo, ele sempre era algo natural

no seu momento. Permite também estabelecer conexões com a história, a filosofia, a

geografia e várias outras manifestações da cultura.

Conhecendo a história da matemática percebemos que as teorias de hoje

aparecem acabadas e elegantes resultam sempre de desafios que os matemáticos

enfrentaram, que foram desenvolvidas com grande esforço e, quase sempre, numa ordem

bem diferente daquela em que são apresentadas após todo o processo de descoberta.

A humanidade, em seu processo de transformação, foi produzindo conceitos, leis e

aplicações que compõem a matemática como ciência universal, um bem cultural da

humanidade. Sendo organizada por meio de signos, torna-se uma linguagem de

instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas e necessidades

sociais dentro de cada contexto. Esses conhecimentos são considerados como

instrumento de compreensão e intervenção para a transformação da sociedade: nas

relações de trabalho, na política, na economia, nas relações sociais e culturais.

A matemática foi, é e será uma grande necessidade humana. Nossos ancestrais

também necessitavam de conhecimento dentre os quais poderiam se comunicar,

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comerciar e trocar. Desde aí, os princípios básicos do início da matemática foram se

aperfeiçoando.

Poucos milênios A.C. , a inteligência humana se desenvolveu mais e a

necessidade de uma ciência complicada para resolver desde os mais simples problemas

até grandes vendas também.

Os grande matemáticos surgiram por esses meios, antes de Cristo e Depois de

Cristo, inventando novas fórmulas, soluções e cálculos.

A inteligência do humano era algo tão magnífico para a natureza que a matemática

se evoluiu mais rápido do que as próprias conclusões e provas matemáticas do homem.

O Ensino Médio é a etapa final de uma educação de caráter geral, que situa o

educando como sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho,

onde criatividade, autonomia e capacidade de solucionar problemas têm um destaque

muito importante.

Propõe-se o desenvolvimento das capacidades de pesquisar, buscar, analisar,

selecionar e aprender informações, criar e formular estratégias de resolução para

problemas, em vez de realizar exercícios e técnicas de memorização. Sobre a formação

matemática desejável, apresentamos a seguir uma citação de MIALARET:

Uma formação matemática completa deve também ter em conta as possibilidades de imaginação dos alunos e deve cultivar sistematicamente uma certa forma de intuição e uma necessidade de criação sem as quais o dinamismo da evolução não atinge o seu ritmo ótimo. Partir do real, da observação e da experimentação das coisas para se levantarem problemas de Matemática, tornar a encontrar na realidade os terrenos de aplicação e assim compreender melhor os fenômenos reais, inventar problemas nos quais a originalidade não é procurada à custa da gravidade e da solidez racionais constituem atividades altamente educativas e desenvolvem, no adolescente, uma confiança no estudo da matemática inteiramente favorável e fecunda para a sua posterior evolução (MIALARET).

A Matemática propicia o desenvolvimento dessas capacidades necessárias no

educando, além de desenvolver o raciocínio lógico. Por isso a inclusão dessa disciplina no

currículo.

Além disso, a Matemática desempenha um papel instrumental, é uma ferramenta

que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as

atividades humanas.

Entretanto, para conseguir uma situação de equilíbrio entre as necessidades

práticas e a ultrapassagem da experiência concreta, tanto no que se refere às

ferramentas conceituais quanto às concepções, a maior e a mais difícil tarefa do professor

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de matemática, temos que ter uma atitude de questionamento frente a certas concepções

pedagógicas historicamente difundidas, bem como a própria concepção que se tem no ato

de conhecer. As diversidades de métodos de encaminhamentos de conteúdos e de

interação em sala de aula representam facilitadores para o convívio e para a construção

de conhecimentos a respeito de conteúdos diversos para alunos heterogêneos de

diferentes bagagens culturais.

“(...) nem sempre queremos dizer o que dizemos, nem sempre dizemos o que queremos. Da mesma forma, nem sempre compreendemos o que os outros querem dizer e nem sempre percebemos o que os outros dizem.” (MATOS).

Assim, é fundamental a comunicação do significado na aprendizagem.

Somente um desempenho satisfatório de tal tarefa pode situar adequadamente a

Matemática nos currículos, servindo tanto ao estabelecimento de uma continuidade entre

escola e vida, quanto à fundamentação das rupturas necessárias com o senso comum, no

caminho para a construção de uma autonomia intelectual.

OBJETIVOS

Feita às considerações sobre a importância da Matemática no Ensino Médio deve

estabelecer-se os objetivos para que o ensino dessa disciplina tenha uma aprendizagem

real e significativa levando o aluno a:

• Compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que

permitam adquirir uma formação científica geral e avançar em estudos posteriores;

• Aplicar seus conhecimentos matemáticos nas atividades cotidianas, na atividade

tecnológica e na interpretação da ciência;

• Desenvolver a capacidade de raciocínio, de resolver problemas, de comunicação,

bem como seu espírito crítico e sua criatividade;

• Estabelecer conexões e integração entre diferentes temas matemáticos e entre

esses temas e outras áreas do currículo;

• Expressar-se em linguagem oral, escrita e gráfica diante de situações

matemáticas;

• Usar e reconhecer representações equivalentes de um conceito;

• Analisar e interpretar criticamente dados provenientes de problemas

matemáticos, de outras áreas do conhecimento e do cotidiano;

• Desenvolver atitudes positivas em relação à Matemática, como autonomia,

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confiança quanto às capacidades matemáticas, perseverança na resolução de

problemas e prazer no trabalho cooperativo;

• Desenvolver o gosto pela Matemática e o prazer em “fazer matemática”.

CONTEÚDOS1 ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

- Números Reais

- Equações/ Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

- Conjuntos: o que é, igualdade, universo,

unitário, vazio, subconjuntos, operações,

conjuntos numéricos, intervalos.

- Resoluções de equações com artifícios,

sistemas de equações e inequações,

exponenciais, logarítmicas e modulares.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

- Medidas de Área;

Medidas de Volume.

- Determinação de grandezas e

compeensão das relações matemáticas.

FUNÇÕES

Função Afim;

Função Polinomial;

Função Quadrática;

Função Exponencial;

Função Logarítmica;

Função Modular

- Relação entre grandezas variáveis,

função como uma relação especial,

definição, gráfico de uma função, função

afim, estudo do sinal, sistemas,

inequação, gráfico de uma inequação do

2º. Grau, sistema de inequações de 2º.

Grau, função exponencial, inequaçõe

exponenciais, função Logarítmica,

inequações logarítmicas, função modular,

equações e inequações modulares, uso

de calculadoras.

GEOMETRIAS Geometria Plana - Segmentos proporcionais, Teorema de

Tales, bissetriz, semelhança, relações

métricas de um triângulo retangulo,

Circunferência, coordenadas de um

ponto.

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Geometrias Não Euclidianas

- Necessidades ds geometrias não-

Euclidianas para o avanço das teorias

científicas.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Matemática Financeira - Porcentagem, lucro e prejuízo,

acréscimo e descontos sucessivos, juros

simples e compostos, valor atual e futuro,

uso dos logarítmos para juros compostos.

2 ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Matrizes;

Determinantes;

Sistemas Lineares.

- Conceito, matriz quadrada, igualdade de

matrizes, adição, subtração e

multiplicação de matrizes, inversa de uma

matriz.

- Determinantes de uma matriz quadrada,

de 2ª ordem, de 3ª ordem , propriedades

e teoremas, simplificação do cálculo de

um determinante.

- Equação linear, classificação sistema

linear, matrizes associadas.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de Grandezas Vetoriais;

Trigonometria.

FUNÇÕES

Função Trigonométrica;

Progressão Aritmética;

Progressão Geométrica

GEOMETRIAS

Geometria Plana

Geometrias Não Euclidianas

TRATAMENTO DA Análise Combinatória;

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INFORMAÇÃOBinômio de Newton

3 ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Números Complexos;

Polinômios

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de Informática;

Medidas de Energia.

GEOMETRIAS

Geometria Espacial;

Geometria Analítica

Geometrias Não Euclidianas

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Estudo das Probabilidades;

Estatística.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Levando em conta as funções da Matemática e a presença da tecnologia, permite-

se afirmar que aprender Matemática no ensino médio deve ser mais do que memorizar

resultados dessa ciência, e que a aquisição do conhecimento matemático deve estar

vinculada com o domínio de um fazer Matemática e de um saber pensar matemático.

Uma reflexão sobre o ensino matemático exige que se explicite as relações

existentes entre o conhecimento historicamente construído e a Matemática como saber

difundido pela escola. Não se pode perder de vista que a construção de um conceito

matemático deve ser iniciada através de situações significativas que possibilitem ao aluno

“perceber” que já tem algum conhecimento sobre o assunto. Dentro desse contexto,

apresentam-se os conteúdos estruturantes – estes entendidos como saberes mais amplos

da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo

estruturado de conhecimento construído e acumulados historicamente:

• Números e Álgebra: Conhecer os problemas que impulsionam a necessidades de

ampliação dos conjuntos numéricos e dominar os conceitos básicos que surgiram a

partir de sua ampliação proporciona ao indivíduo, uma inserção mais completa na

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cultura universal ao longo da história. Na resolução de problemas exige-se a

manipulação de constantes e incógnitas. Neste caso, as propriedades das

operações com números reais e com os polinômios é fundamental nesta

manipulação. Deve-se enfatizar que a álgebra não deve-se reduzir apenas a

memorização de fórmulas e expressões. Deve-se enfatizar, o que significam estas

propriedades, possibilitando o estudo das relações entre as grandezas. Sistemas

lineares e matrizes são instrumentos de linguagem matemática na modelação de

situações-problemas, além de representarem técnicas de grande utilidade para

outros domínios da matemática.

• Funções: Funções como conteúdos estruturantes têm um papel de grande

destaque na modelagem de problemas reais e por fornecerem formas eficientes de

estuda-las. O estudo de funções permite a resolução de uma quantidade

significativa de situações a partir da construção de modelos matemáticos,

estabelecendo uma correspondência entre os domínios de duas variáveis.

Fenômenos periódicos são descritos principalmente for função trigonométrica;

algumas situações que envolvem crescimento ou decrescimento rápido podem ser

representadas por funções exponenciais; que distancias podem ser expressas

usando a representação de função modular; a função logaritmo permite

simplificações no cálculo das potencias dos números com muitos dígitos. A

linguagem gráfica das funções, apresentada sob várias formas, por sua

comunicação direta e global, ganha cada vez mais destaque na sociedade global.

O estudo das funções ganha relevância especial não apenas pela capacidade de

leitura e interprestação de gráficos funcionais, são significados às variações de

grandezas envolvidas, mas também pela possibilidade de análise para estimular

resultados de fazer previsões. Os gráficos são importantes instrumentos para

tornar mais significativa as resoluções de equações e inequações algébricas.

• Geometria: A utilização de conhecimentos geométricos para leitura, compreensão

e ação sobre a realidade tem longa tradição na história da humanidade. É inegável

a importância de saber caracterizar as diferentes formas geométricas e espaciais,

presentes na natureza, através de seus elementos e propriedades, bem como de

poder representa-las por meio de desenho geométrico. Na resolução de diferentes

situações-problemas, seguramente se faz necessária uma boa capacidade de

visão geométrico-espacial, o domínio das idéias de proporcionalidade e

semelhança, a compreensão dos conceitos de comprimento, área e volume, bem

como saber calcula-los. Deve-se salientar que semelhança de triângulos permitiu o

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desenvolvimento da trigonometria no triangulo retângulo, criada para solucionar

problemas práticos de cálculo de distancias inacessíveis. Por outro lado, as noções

de semelhanças e congruência nos remetem também aos fundamentos da própria

geometria. Saber utilizar as coordenadas cartesianas de ponto no espaço

possibilita a descrição de objetos geométricos numa linguagem algébrica,

ampliando consideravelmente os horizontes da modelagem e da resolução de

problemas geométricos, por meio da interação entre essas duas áreas da

matemática.

• Tratamento da Informação: Propõe-se Tratamento da Informação pelas

possibilidades de entender e participar das dinâmicas da sociedade, englobando

neste contexto a estatística e a matemática financeira. O desenvolvimento do

espírito crítico, da capacidade de analisar e de tomar decisões, diante de diversas

situações da vida em sociedade, exige informação. O estudo de estatística e

probabilidade estão cada vez mais presentes nos meios de comunicação como

forma de apresentação de dados. Pesquisas de opinião, de preços, estudos sobre

doenças e epidemias e outros temas de interesse social, ambiental ou econômico

estão presentes nos noticiários diariamente, permeadas de porcentagens ou

indicadores, como gráficos e tabelas, muitas vezes induz conseqüências prováveis

e manipula opiniões nos mais diversos assuntos. Para interpretar com autonomia e

crítica deve-se compreender a linguagem presentes nos gráficos e tabelas, ou seja,

a linguagem pictográfica, compreender a importância da amostra para as

conclusões de uma pesquisa a ter claro que a atribuição de probabilidade é,

sobretudo, uma forma de quantificar a incerteza do resultado de probabilidade é,

sobretudo, uma forma de quantificar a incerteza do resultado a ser obtido. Em

diferentes campos, áreas e atividades profissionais, são de grande utilidade as

capacidades de reconhecer o caráter aleatório de fenômenos, utilizar processos de

contagem em situações-problemas, calcular probabilidade, representar freqüências

relativas e construir espaços amostrais. Na resolução de problemas de contagem,

o importante é a habilidade de raciocínio combinatório. É fundamental valorizar o

desenvolvimento da capacidade de formular estratégias para a organização dos

dados apresentados em agrupamentos que possam ser contados corretamente,

tendo em vista que a mera aplicação de fórmulas não permite a resolução da maior

parte dos problemas de contagem. A importância da matemática Financeira com

suas aplicações práticas são importantes nas atividades cotidiana de quem precisa

lidar com dívidas ou crediários, interpretar descontos, entender reajustes salariais,

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escolher aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter financeiro.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem como objetivo fundamental fornecer informações sobre o processo

de ensino e aprendizagem como um todo. Para isso precisa de encaminhamentos

metodológicos que perpassem uma aula, que abram espaço à interpretação e à

discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte do

aluno. E para que isso aconteça, é fundamental o diálogo entre professores e alunos, na

tomada de decisões, nas questões relativas aos critérios utilizados para se avaliar, na

função da avaliação e nas constantes retomadas avaliativas, se necessários. A avaliação

informará não apenas ao aluno sobre seu desempenho em matemática, mas também ao

professor, sobre sua prática em sala de aula. A avaliação deve subsidiar o trabalho

pedagógico, redirecionando o processo de ensino-aprendizagem, sempre que for

necessário. Quando os resultados forem insatisfatórios, cabe ao professor buscar as

causas desse fracasso, corrigindo as possíveis falhas e distorções observadas ao longo

do processo.

A avaliação deve ser essencialmente formativa e processual, vista como um

instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho do

professor.

Os instrumentos de avaliação serão provas, trabalhos em classe e extra classe,

trabalhos em grupo, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente, o

desenvolvimento do aluno.

REFERÊNCIAS:

BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

________ Matemática e realidade: análise dos pressupostos filosóficos que

fundamentam o ensino da matemática. São Paulo: Cortez, 1994.

MATOS, José Manuel; SERRAZINA, Maria de Lurdes. Didática da Matemática. Lisboa:

Universidade Aberta, 1996.

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MIALARET, G. A aprendizagem da matemática. Portugal: Livraria Almedina, 1975, p.

36.

PARANÁ. Secretaria de estado da Educação. Departamento do Ensino Médio. Diretrizes

Curriculares de Matemática para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.

__________ Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola

Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 2. ed. São Paulo:

Cortez, 1991.

289

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PLANO CURRICULAR DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A química como ciência é usada por todas as pessoas de forma direta ou indireta,

estuda as estruturas das substâncias fazendo relações entre ela e as suas propriedades .

O fato químico, porém, talvez devido à própria complexidade, não era objeto de

investigação, tal como ocorreu com o fato físico, o que não impediu, todavia, a formação

de respeitável corpo de conhecimentos práticos. Esses conhecimentos passam aos

árabes e retornam à Europa, por volta do século XIV. O século XVI encontra, então, sólido

terreno para desenvolver uma química técnica apurada, com procedimentos e métodos

bastante semelhantes aos atuais.

A balança instala-se na química, para se tornar instrumento decisivo de

investigação aprofundada de relações. Descreve a metalúrgica do chumbo, do bismuto,

do ferro, do cobalto, do cobre, do ouro, da prata, do estanho, do mercúrio, do antimônio. A

obtenção do enxofre, do óxido de arsênio. A obtenção e/ou do uso de grande número de

compostos e ligas: alúmen, álgamas, ácido nítrico, bronze, latão, óxidos de chumbo, ácido

sulfúrico, cloreto de sódio, cloreto de amônio, vinagre e etc. Sobre essa sólida base,

continua a evolução do conhecimento científico das substâncias, no século XVII.O alemão

Johann Rudolf Glauber (1603 ou 1604 - 1668 ou 1670) faz do sulfato de sódio quase de

uma panaceia (até hoje é ele conhecido como sal de Glauber).

Século XVIII é época de vigoroso desenvolvimento do conhecimento empírico. A

descoberta da técnica de manipulação de gases permite identificar o dióxido de carbono,

o nitrogênio (ar mefítico) e o hidrogênio (ar inflamável). Joseph Priestlay (1733-

1804)aumenta os conjuntos dos gases conhecidos, numa sequência de experiências

memoráveis; identifica o óxido de nítrico, o dióxido de enxofre, o gás clorídrico, o

amoníaco e finalmente o oxigênio.

As formulações teóricas da química até o século XVIII e a diversidade das

modificações das substâncias - aparente na variedade ampla de propriedades, formas e

comportamentos - constituiu sempre um motivo básico para a procura de uma teoria

unificadora, capaz de interpretá-la coerentemente A princípio, naturalmente, a

interpretação só poderia ser feita por via racional, consoante o desenvolvimento histórico

do pensamento humano. Foi o que fez, por exemplo, Aristóteles, no século IV a.C., com

os seus quatro elementos ( aguá, fogo, terra, e ar) em que estavam nas qualidades

elementares - frio, quente, seco e úmido - combinadas aos pares. As propriedades das

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substâncias decorriam de variações do grau dessas elementares, das modificações das

suas proporções.

A unificação teórica era completa e as idéias de Aristóteles, sob uma forma ou

outra, mantiveram sua integridade essencial até o século XVIII. Daí surgiu a alquimia, não

apenas como cura especulação intelectual, mas como consequência de uma forma

racional do pensamento, embora não factual. Para o químico moderno a alquimia e

obscura, nebulosa, talvez o seja, nos seus aspectos esotéricos; mas como forma de

pensar em química, como tentativa de elaboração teórica, é coerente com uma filosofia e,

portanto, não lhe falta sustentação intelectiva.

O alquimista vem do artesão, que tentava purificar, transformar, alterar substâncias

e se guiava pela existência das qualidades elementares. Os alquimistas europeus

buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal. Dedicavam-se a esses

procedimentos, mas agiam de modo ocultista, uma vez que a sociedade da época era

contra essas praticas por acreditar tratar-se de bruxaria:

[...] eles buscavam no elixir da longa vida o que hoje se busca por meio de

remédios: melhorar a qualidade de vida e até prolonga-la. A busca de novos materiais

para o fabrico de vestuário e para construção de habitações se assemelha ao que faziam

os alquimistas, que com a evaporação dos líquidos ou com a recalcitração de sólidos

procuravam melhorar a qualidade das substancias. (CHASSOT, 2004, p. 119).Então,

para conseguir modificações essenciais ( hoje se diriam estruturais ) era necessário levar

a substância à forma primeira, mas indiferenciado, para depois imprimir-lhe, mediante

adições apropriadas, as qualidades desejadas. Assim se desenvolveram escolas de

alquimia em Alexandria, em Bizâncio, no mundo árabe.

A sistematização da alquimia no Islã - Ao lado do seu envolvimento no pensamento

místico - foi importante por sua ocasião de sua transmissão aos países europeus.

Organizar as teorias da constituição das substâncias, partindo da teoria de Aristóteles,

segundo a qual as qualidades podiam ser exteriores ou interiores. Seria possível modificar

uma substância se as suas qualidades interiores fossem exteriorizadas, o que se

conseguia mediante um elixir. As qualidades elementares eram materiais que podiam ser

manipulados, desde que houvesse um veículo apropriado. As substâncias eram

classificadas segundo as suas propriedades: espíritos (voláteis), metais (fusíveis), corpos

(pulverizáveis).

A evolução do conhecimento levou à formulação da teoria dualista da constituição

das substâncias ( fenilmercúrio) e à possibilidade teórica da transmutação das

substâncias, que se traduziu em vigoroso esforço experimental. É importante não

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esquecer a elaboração teórica, que ficou mais ou menos renegada ao segundo plano até

o século XVIII, das ideias atomicistas de Leucipo e Demócrito, dos epicuristas e de

Lucrécio. É interessante também que outras tivessem sido as condições do

desenvolvimento do mundo Romano, se a ideia atômica poderia ou não ter ganho mais

cedo a aceitação do mundo ilustrado. É possível que se tivesse mais cedo chegado às

concepções modernas da química.

A preocupação teórica é de explicar como uma substância passa a outra, pela

modificação dos seus princípios. .Em 1860, foi realizado o primeiro Congresso Mundial de

Química, em Karlsruhe, no território da atual Alemanha. A partir de uma proposta de

Friedrich August Kekulé, apoiado por Charles Adolphe Wurtz, 140 eminentes químicos se

reuniram para discutir os conceitos de átomo, molécula, equivalente, atomicidade e

basicidade. Nessa ocasião o, Stanislao Cannizzaro apresentou um artigo que diferenciava

átomo de molécula a partir de uma leitura da hipótese de Avogadro.

Como consequência, vários químicos tentaram organizar e sistematizar os

elementos químicos, dentre eles, destacaram-se Julius Lothar Meyer e Dimitri Ivanovitch

Mendeleev. Esse último organizou uma classificação dos elementos químicos seguindo o

mesmo principio da periodicidade de propriedades em função dos pesos atômicos.

Mendeleev, porém, chegou a um grau de precisão científica que seu contemporâneo não

atingiram e talvez por isso a “lei periódica das propriedades dos elementos” e a respectiva

tabela ficaram indelevelmente ligados a seu nome.

A surpreendente exatidão da tabela de Mendeleev dos nossos dias, o que para

não era algo habitual, esconde o intenso esforço do cientista para compreender tudo o

que já era conhecido no seu tempo acerca a transformação da matéria. Foi graças a esse

gigantesco trabalho que a grandiosa e intuitiva hipótese acerca da existência da lei da

periodicidade das propriedades dos elementos químicos se tornou uma realidade [...]

(BELTRAN & CISCATO 1991, p.133).

Aparecem, também, no século XVII, as primeiras formulações da descontinuidade

da matéria. O filósofo e matemático francês Pierre Garsend ( 1582 - 1655) retoma a ideia

dos átomos, atribuindo-lhes pequeninos ganchos para constituírem os corpos. Para

Boyle, a matéria em movimento seriam os conceitos fundamentais, para o entendimento

das propriedades químicas. A matéria seria constituídas por pequeninos blocos

indivisíveis com forma próprias que se justa poriam agregando-se nos compostos. O calor

seria também uma espécie de substância, com partículas em rápida movimentação .É

controvertido se Boyle concebia as substâncias elementares como imutáveis, ou se

admitia a possibilidade de transmutação.

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Por outro lado, os êxitos do pensamento mecânico, expostos de uma forma

superior e magistral dos princípios de Newton (1687), mostraram aos químicos um

caminho novo para unificar teoricamente a massa de fatos. Ao terminar o século XVII, as

idéias de átomo, de movimento, de interação mecânica, já eram subjacentes ao

pensamento químico, embora ainda não formulara-se com clareza. Ao término deste

período, estavam maduras asa condições para uma formulação unificadora dos

fenômenos da química. Essa tarefa coube ao fundador da química moderna o francês

Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794).Em 1881, Dalton defendeu a constituição da

matéria por partículas denominadas átomos que o filósofo Demócrito já havia descrito por

volta de 400 a.C.

O ensino do química ocorreu, inicialmente, na França, no governo de Napoleão III,

no período de 1863 a 1869, quando Victor Dury foi ministro e aprovou um dispositivo legal

que prolongou a escola primária .

Nesse período, os adolescentes que já trabalhavam podiam voltar a escola para

seguir o curso noturno, no qual eram reforçados os conhecimentos de base. Onde o

conhecimento de química era incorporado para suprir as necessidades dos alunos,como

exemplo a correção do solo.

No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo em Química surgiram no

início do século XIX, em função das transformações políticas e economias que ocorriam

na Europa. A disciplina de Química no ensino secundário no Brasil foi implantada em

1862 Segundo Schnetzler (1981) em 1875 foi publicado6 no Brasil o primeiro livro didático

de química para o ensino secundário. A construção o dos currículos nessa época tinha

por base os documentos históricos produzidos em Portugal, na França e no Brasil após

recomendações de Coimbra sobre o que seria ensinado e os textos de Lavoisier que foi

adotado nas escolas militares brasileiras.

As diretrizes para a cadeira de química, elaboradas pelo Conde da Barca,

influenciadas por uma carta do rei de Portugal, reconheciam a importância da química

para o progresso dos estudos da medicina e outros.

Em (1914 -1918) com o impulso da indústria Brasileira houve aumento da demanda

da atividade dos químicos.(SCHWARTZMAN, 1979).

Em 1916, foi fundada a Sociedade Brasileira de ciências que, Esta, por sua vez,

impulsionou a criação o de outras comunidades científicas.

No Brasil diante da crise do café fez mudar o cenário que era agrário passou a ser

industrializado , a partir de 1931 a disciplina de química passou a ser regular no currículo

do ensino secundário no Brasil Já o Curso de química no Paraná teve seu inicio em 1938,

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incluso na Faculdade de Filosofia ,Ciências e Letras.

Década de 1950 e 1970 O ensino da Química tem por fim proporcionar aos alunos

o conhecimento da composição da estrutura e das propriedades que delas decorrem e

das leis que regem as suas transformações sob principio da construção dos saberes por

meio das atividades dirigidas relacionando os conceitos científicos já estabelecidos.

Em 1980 a Secretaria de Estado da Educação no Paraná elaborou um currículo

básico Para o Ensino de 1º grau, tem como base a pedagogia histórico-crítica de

Demerval Saviani, o documento apresentava conteúdos essenciais para a disciplina. A

reestruturação aconteceu em 1988 com o objetivo do ensino como condição de

oportunidades de acesso ao conhecimento. Em 1990 os currículos brasileiros passaram a

ter outro enfoque, o currículo como espaço de poder, mas a organizações internacionais

passaram a exigir mudanças nas questões políticas. Neste contexto é apresentada na

Nova LDB 9394/96 onde surgiu os PCN como um documento norteador para as

reformulações curriculares na busca do conhecimento escolar.

O Estado do Paraná passa adotar os PCN sem discussão alguma e só em 1988 o

Ensino Médio foi orientado a elaborar suas propostas curriculares de acordo com os PCN.

A preocupação é resgatar a importância da disciplina de química no currículo escolar

onde o objetivo é formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e ser

capaz de refletir criticamente sobre o momento atual.

Por se tratar de uma disciplina com uma gama de assuntos, houve necessidade de

uma delimitação dos conteúdos dentro de uma totalidade que é a ciência química, De

acordo com a concepção teórica dos conteúdos o ensino da química tem como objeto de

estudo as substâncias e materiais. Para que o aluno possa Compreender a importância

das propriedades de uma substancia e ser capaz de aplicar esse conhecimento.

Reconhecendo tendências e relações à partir de dados experimentais ou outros dados

como a classificação e correspondência química

Os conteúdos selecionados representa o alicerce para construir uma visão básica

da química que serão apresentados em conteúdos estruturantes, básicos e específicos.

A seleção o dos conteúdos estruturantes foi fundamentada no estudo da história da

Química e da disciplina escolar e são recortes de conteúdos mais amplos da disciplina.

OBJETIVOS

O objetivo do ensino de química para formar o cidadão para compreende a

abordagem de informações químicas fundamentais que permitam ao aluno participar

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ativamente na sociedade, tomando decisões com consciência.

Condicionar a formação dos conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos

químicos, considerando o que o aluno traz do seu cotidiano.

Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de

homens em busca do conhecimento para a compreensão do mundo, valorizando-o

como instrumento para o exercício da cidadania.

Valorizar progressiva mente a aplicação do vocabulário científico como forma

precisa e sintética de representar e comunicar os conhecimentos sobre o mundo

natural e tecnológico

Relacionar descobertas e invenções humanas com mudanças sociais, políticas,

ambientais e vice-versa;

Compreender a tecnologia como recurso para resolver as necessidades humanas ,

diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais ao equilíbrio da

natureza e ao ser humano.

Perceber a construção histórica do conhecimento científico

Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do cotidiano;

Compreender e utilizar conceitos químicos e os dados quantitativos estimadas e

medidas proporcionais presentes na química.

Reconhecer tendências e relações à partir de dados experimentais ou de outros

dados na classificação química

CONTEÚDOS

Conteúdos

estruturantesConteúdos Básicos Conteúdos específicos

Matéria e sua Natureza • Constituição da

matéria

• Estado de

agregação

• Propriedades da matéria

(Massa e extensão)

• Estrutura da matéria e a

divisibilidade

• Transformação da matéria

• Modelos atômicos e seus

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• Natureza elétrica

• Modelos

atômicos

• Tabela periódica

conceitos.

• Energia

• Elementos químicos nomes e

símbolos.

Biogeoquímica • Substâncias :

simples e composta

• Misturas

• Métodos de

separação

• Solubilidade

• Concentração

• Forças

intermoleculares

• Temperatura e

pressão

• Densidade

• Dispersão e

suspensão

• tabela periódica

• Substancias simples e

compostas e suas propriedades

• Misturas homogêneas e

heterogêneas, Suspensão

• Separação das misturas:

• Filtração,destilação,

decantação, cristalização ou

dessalinização.

• Soluto e solvente e sua

concentrações.

• Forças intermoleculares sua

origem, transformação e ligação.

• Conceito, unidades, medição

da temperatura e capacidade

térmica.

• Conceito e Unidade para

medir pressão.

• Conceito e unidade de

medida da densidade.

• Tabela periódica.

Propriedades e distribuição

eletrônica

• O diagrama de Linus

Paulingo objetivo básico do ensino

de química para formar o cidadão

compreende a

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• abordagem de informações

químicas fundamentais que

permitam ao aluno participar

• ativamente na sociedade,

tomando decisões com

consciência de suas

conseqüências.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O Estudo da química ira buscar o cotidiano do aluno numa abordagem em que no

primeiro momento identifiquem os materiais existentes em sala de aula ,para elucidar os

fundamentos dos princípios básicos em que a ciência química se apóia. Dentro do

contesto histórico da química a nível mundial, nacional e regional. A Química constitui

uma área de conhecimentos de grande importância para se compreender a constituição

de tudo o que nos cerca e os processos de transformação da matéria.

As implicações tecnológicas, econômicas e sociais decorrentes da produção de

conhecimentos nesta área justificam a necessidade de pessoas com um nível de

compreensão suficiente para assumirem posicionamentos críticos diante de sua utili-

zação. Espera-se que o aluno conheça não só os modelos teóricos em um nível atômico-

molecular como também saiba relacioná-los com seus domínios empíricos

correspondentes.

Além disso é preciso que saiba aproximar estes conhecimentos e os aspectos de

sua aplicação mais imediata em seu cotidiano e, numa dimensão mais abrangente, em

termos da utilização em que ele faz para a sociedade Por sua vez, a concepção científica

envolve um saber social mente construído e sistematizado, que requer metodologias

especificas para ser disseminado no ambiente escolar. A escola é , por excelência, o

lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente produzido.

Entretanto, quando os estudantes chegam a escola, não estão o desprovidos de

conhecimento. Assim o trabalho didático em sala de aula ira trabalhar com artigos e

noticias de jornais pertinente ao tema em estudo. Texto que forneçam informações sobre

os temas, aulas de vídeos, aulas experimentais no laboratório de química e sempre que

possível visitação a uma unidade onde seja possível desenvolver a observação .

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AVALIAÇÃO

Em Química, o principal critério de avaliação formação de conceitos científicos.

Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos” (MALDANER, 2003, p.144). Valoriza-se, assim uma ação pedagógica que

considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os

conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens

histórica, sociológica, ambiental e experimental dos conceitos químicos. Pretende-se que

a avaliação ocorra diariamente, de modo que possibilite analisar o desenvolvimento do

aluno dentro de uma visão contextualizada e critica ,pois pretende-se levar o aluno a

perceber que não cabe a ele reproduzir o mundo, mas transformá-lo.

Por isso em lugar de avaliar apenas por meio de provas , será contemplado outros

instrumentos de avaliação onde o aluno busque outras formas de expressão de seus

conhecimentos como: leitura e interpretação de textos, tabelas,pesquisas bibliográficas,

relatos de aulas experimentais, apresentação de seminários, debates sobre as questões

da química. Em cada conteúdo terá como critério elucidar os fundamentos dos princípios

básicos da química. Compreensão de leitura de texto e tabelas, organização dos

materiais nas aulas experimentais.

Ser capaz de compreender a importância das propriedades físicas e químicas na

identificação de uma substância e aplicar esse conhecimento. Conhecer algumas

transformações que o homem aprendeu a fazer em beneficio próprio.

REFERÊNCIAS:

BELTRAN, N. O.; CISCATO, C. A .M Química. São Paulo: Cor tez, 1991.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

Fonseca ,Marta Reis Marques da. Química Geral .São Paulo:FTD,1992.

Química /Vários autores. 2.ed. Curitiba:SEED-PR,2006.

Paraná. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química.

Curitiba :SEED ,2008.

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PLANO CURRICULAR DE SOCIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia surge com a necessidade de pensá-la como parte das transformações

que surgem em consequências de três grandes Revoluções: a Revolução Francesa, uma

revolução política; a Industrial, uma revolução social e a Revolução da Ciência.

A partir desses acontecimentos a Sociologia passa a ser considerada como ciência

da sociedade.

A mudança dos modos de produção, o crescimento da população, o surgimento de

classes sociais com princípios absolutistas, geram uma nova classe social, a dos

operários. Essa classe manifesta seus anseios, as insatisfações, procurando seus

direitos, sua emancipação enquanto cidadãos. O mundo começa sentir os efeitos

dessas diferenças surgidas com o aparecimento de uma consciência social acerca das

condições de vida, embora não fique explícita. O Iluminismo, que aspira a libertação do

homem através das luzes da razão e acredita no progresso da civilização tem sido a

chama que caracterizou como movimento filosófico, literário, moral, político, na Europa no

final do século XVIII.

A ameaça que representava para a “ordem” da sociedade esses movimentos,

surge com Auguste Comte, o positivismo, que devia restabelecer a ordem social, frear os

impulsos, que estavam também desestruturando as tradições, a igreja.

No entanto, diante de tantas mudanças significativas e até contraditórias, pois de

um lado a tentativa da volta a “obediência” “servidão”, de outro, trabalhadores e

empresários estabelecem relações de trabalho mediadas por sindicatos e associações, os

quais representavam e defendiam os diferentes interesses da sociedade. E essa ousadia

no pensar e a transformação intelectual favoreceu a incorporação do pensamento de uma

sociedade mais igualitária.

E é assim, passando a Sociologia a ser Ciência que a mesma chega às escolas

como parte das disciplinas curriculares a serem ministradas, em nível médio e superior.

A disciplina de Sociologia se insere no contexto educacional brasileiro na medida

em que discute temáticas de relevância social e política, na busca de uma compreensão

das modificações nas relações sociais decorrentes de novos processos de produção

econômica e novas maneiras de convivência humana em sociedade.

Um dos primeiros sociológicos brasileiros foi Gilberto Freyre que começa analisar a

origem africana e europeia do brasileiro, assumindo a miscigenação como algo positivo.

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Vários outros sociólogos como Florestan, Ianmi pesquisaram, analisaram e escreveram

sobre a sociedade brasileira. Sobre suas políticas, cultura e economia.

Durante o período da ditadura militar a disciplina de Sociologia permaneceu

excluída das grades curriculares, especialmente nos anos 70, voltando somente na

década de 80 em alguns Estados Brasileiros. Com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) a

disciplina de Sociologia ganha certo destaque, retornando a fazer parte do currículo de

Ensino Médio.

O momento vivido na década de 80, de redemocratização do país, tem contribuído

para mobilizações dos Sociólogos do Paraná, envolvendo sindicatos, órgãos estaduais de

educação e universidades num esforço de superação do modelo curricular herdado do

período da ditadura militar.

A disciplina teve idas e vindas, discussões, diminuição de carga horária chegando

quase novamente a extinção pela falta de candidatos no concurso público realizado em

2004. no entanto 50% das escolas paranaenses mantiveram a disciplina. A

obrigatoriedade da disciplina surge em 2007 pelo Conselho Nacional de Educação, levou

à inclusão da Sociologia em todas as escolas do Ensino Médio do estado.

E é neste contexto que o Colégio Estadual Barro Preto oferece aos seus alunos 2

aulas semanais para o Ensino Médio na disciplina de Sociologia, com intuito de oferecer

conteúdos que o façam compreender-se sujeitos da sociedade em que vive, aprendendo

o exercício de sua cidadania.

A escola se propõe a propor a proporcionar a seus alunos subsídios para que

possam compreender a própria realidade num mundo real, com suas implicações nos

diversos campos da vida: ético-moral, sócio-político, religioso, cultural e econômico.

Após pesquisa realizada com a comunidade da escola, a sociedade na qual a

mesma está inserida, foi constatado que a maioria das famílias são de operários, na

busca de um futuro melhor. Futuro este almejado por maior escolaridade para seus filhos.

Conscientes de que a escola não é capaz de transformação a sociedade por si só, porém

sem ela, fica inatingível.

Portanto, a Sociologia tem muito a contribuir com a formação dos jovens, no

desenvolvimento do pensamento crítico, aproximando-os de outras realidades distantes e

culturalmente diferentes. Mas que sem dúvida tem influência no seu modo de vida e como

buscar a melhoria da qualidade de vida de toda sua comunidade.

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OBJETIVOS

Compreender os conceitos da disciplina que possa contribuir para a formação

humana na medida em que aproxime a teoria da realidade em que o aluno se encontra.

Contribuir para a reflexão sobre os modos mais amplos do fenômeno educativo, na

sociedade que está inserida.

Proporcionar a aprendizagem do modo próprio de pensar de uma área do saber

aliada à compreensão de sua historicidade e do caráter provisório do conhecimento.

Refletir e tomar consciência da realidade que os cerca e sua contribuição para a

formação humana.

Compreender a sociologia como parte de discernimento para o entendimento da

sociedade que vive e sua contribuição na transformação da mesma.

CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Formação e consolidação da sociedade

capitalista e o desenvolvimento do pensamento

social;

• Pensamento científico e senso comum;

• Teorias sociológicas clássicas: Comte,

Durkheim, Engels e Marx, Weber.

• O desenvolvimento da sociologia no Brasil.

• Como a Consolidação

do capitalismo atingiu a

comunidade em que mora.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Processo de Socialização e as Instituições Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Processo de Socialização;

• Grupos Sociais;

• “Barro Preto” e a

globalização;

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• Instituições sociais: Familiares, Escolares,

Religiosas;

• Instituições de Ressocialização: prisões,

manicômios, educandários, asilos, etc.

• A família e a escola

Barro Preto: suas origens,

modo de vida, que

instituições pertencem...

• A escola apresenta

evasão, porque?

CONTEÚDO ESTRUTURANTECultura e Indústria Cultural

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Desenvolvimento antropológico do conceito de

cultura e sua contribuição na análise das diferentes

sociedades;

• Diversidade cultural;

• Identidade;

• Indústria Cultural;

• Meios de comunicação de massa;

• Sociedade de Consumo;

• Indústria cultural no Brasil;

• Preconceito;

• Questões de gênero;

• Cultura afro-brasileira e africana;

• Cultura indígena.

• Manifestações

culturais da comunidade

• Consumismo

• Preconceito

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Trabalho, Produção e Classes Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• O conceito de trabalho e o trabalho nas

diferentes sociedades;

• desigualdades sociais: estamentos, castas,

classes sociais;

• Desempregos do

bairro;

• Tipos de Empregos.

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• Trabalho nas sociedades capitalistas e suas

contradições;

• Globalização;

• Relação de Trabalho;

• Neoliberalismo;

• Trabalho no Brasil

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Poder, Política e Ideologia

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Formação e desenvolvimento do Estado

Moderno;

• Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

• Estado no Brasil;

• Conceitos de Poder;

• Conceitos de Ideologia;

• Conceitos de dominação e legitimidade;

• As expressões da violência nas sociedades

contemporâneas.

• A democracia no

Bairro.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Direitos: civis, políticos e sociais;

• Direitos Humanos;

• Conceito de Cidadania;

• Conceito de Movimentos Sociais;

• Movimentos Sociais urbanos e rurais;

• Que movimentos

sociais existem na

comunidade?

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• Movimentos Sociais no Brasil;

• Movimentos ambientalistas;

• ONG's;

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia da disciplina de Sociologia busca especialmente a proposição de

problematizações dos processos sociais, reflexões sobre textos críticos da sociedade,

levantamento das questões que permitam que o aluno reflita sobre a comunidade em que

está inserido.

Proporcionar aos alunos a realização de pesquisas de campo, de maneira que

possam articular os dados à teoria estudada, propiciando a compreensão e crítica de

elementos da realidade social do aluno.

O professor fará também uso de textos didáticos, jornalísticos e obras literárias.

Além destes recursos, as aulas podem ser enriquecidas com recursos audiovisuais, a

utilização de filmes, imagens, músicas e charges, que irão contribuir para a construção

coletiva de novos saberes.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se

necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,

problematizações e contextualizações propostas.

Esse trabalho deverá permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem

constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com

os conhecimentos específicos das outras disciplinas.

AVALIAÇÃO

Para que a avaliação cumpra seus objetivos que é o de diagnosticar e repensar as

práticas, que o aluno seja capaz de pensar com autonomia, de forma crítica e reflexiva. O

quanto é capaz de agir politicamente e o quanto é capaz de relacionar-se de forma

equilibrada e enriquecedora e transformadora na sociedade em que vive.

Os instrumentos utilizados serão, trabalhos de forma escrita, individuais e em

grupo, provas, debates, apresentações orais, representações teatrais de

problematizações cotidianas.

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REFERÊNCIAS:

ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: martins Fontes,

2003.

CARVALHO, Lejeune Mato Grosso de (org). Sociologia e ensino em debate:

experiências e discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Sociologia

para o Ensino Médio, 2008.

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PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: ESPANHOL DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O currículo não é algo estático, e por seu aspecto dinâmico se justificam as

diversas mudanças que acontecem na oferta de Línguas Estrangeira Moderna na escola.

Historicamente percebemos que houve uma preocupação, desde a colonização,

com o ensino de uma outra língua, o latim. Mais tarde foi acrescentado no currículo o

grego.

Somente em 1809, com o objetivo de melhorar a instrução pública, D. João VI,

criou as disciplinas de Inglês e Francês, e o ensino de línguas modernas começa a ser

valorizado.

Durante um longo período, os ideais nacionalistas prevaleceram, não permitindo o

ensino da língua estrangeira para crianças menores de dez anos.

Com a Reforma de 1931, além de outras mudanças na educação estabeleceu-se

um método oficial de ensino de língua estrangeira: o Método Direto, que veio para suprir

as necessidades de comunicação oral, anteriormente se privilegiava somente a escrita.

Com a segunda Guerra Mundial volta o forte sentimento nacionalista e os alemães

são perseguidos no Brasil.

Mais tarde, porém, o MEC passou a instituir oficialmente no currículo o Espanhol,

no curso secundário.

[...] o espanhol, que até então não havia figurado como componente curricular, é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. Na época, os conteúdos privilegiados pelos professores de línguas vivas eram a literatura consagrada e noções de civilização, ou seja, história e costumes do país onde se fala a língua estrangeira. O espanhol, naquele momento, era indicado como a língua de autores consagrados, como Cervantes, Becker e Lope de Vega. Ao mesmo tempo, era a língua de um povo que [...] (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO, 2003, p.33)

Após trabalho com diferenciadas teorias sobre a aquisição de linguagem,

educadores brasileiros passaram a estudar a concepção de Vygotsky, para ele “o

desenvolvimento da língua ocorre em duas instâncias, primeiramente externa ao indivíduo

e depois interna. A primeira acontece nas trocas sociais, e a segunda num processo

mental, no qual as trocas sociais exercem um movimento de interiorização.”

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No Estado do Paraná, a partir da década de 70, professores se manifestaram e

criaram o Centro de Línguas Estrangeiras, no contraturno, no Colégio Estadual do

Paraná. A Universidade Federal do Paraná também passou a incluir no vestibular as

línguas Espanhola, Italiana e Alemã.

Uma década seguinte a Secretaria de Estado da Educação criou o CELEM como

forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica, esta oferta ainda hoje está

presente na educação.

O Brasil precisava destacar-se no Mercosul e por isso tornou obrigatória a oferta de

Língua Espanhola para o Ensino Médio. O estabelecimento de ensino tinha cinco anos

para implantar a disciplina, a partir de 2005.

Hoje todos os colégios são obrigados a oferecer a disciplina em no mínimo uma

série.

Para o ensino de língua espanhola a proposta deste estabelecimento de esta

pautada na pedagogia crítica. Pois valoriza a escola como espaço, social e democrático

responsável pela compreensão e aprendizagem da língua espanhola de maneira crítica e

historicamente construída, revelando-se como meio de compreender as relações sociais e

para a transformação da realidade.

O objeto de estudo de língua estrangeira, que é a língua,enquanto prática que se

efetiva, abordando leitura, oralidade e comunicação contempla as relações de cultura, o

sujeito e a identidade.

O ensino da língua ultrapassa o livro didático ou as palavras a serem

compreendidas e usadas para comunicar-se, a língua deve ser concebida como discurso,

segundo Baktim:

[...] o essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma linguística utilizada, mas compreendê-la num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação particular. Em suma, trata-se de perceber seu caráter de novidade e não somente sua conformidade à norma. Em outros termos, o receptor, pertencente à mesma comunidade linguística, também considera a forma linguística utilizada como um signo variável e flexível e não como um sinal imutável e sempre idêntico a si mesmo (BAKHTIN, 1992).

O ensino de LEM, se justifica com prioridade, pelo objetivo de desenvolver a

competência comunicativa (linguística, textual, discursiva e sociocultural), ou seja, este

desenvolvimento deve ser entendido como a progressiva capacidade de realizar a

adequação do ato verbal às situações de comunicação.

Se a comunicação sempre ocorre por meio detextos, pode-se dizer que o objetivo

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do ensino de LEM corresponde ao desenvolvimento da capacidade de produzir e

compreender textos nas mais diversas situações de comunicação.

Contudo,

um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam o uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo (DCE, 2008,p. 57).

Conhecer outra língua, saber usá-la, faz com que os sujeitos se sintam partes

integrantes da sociedade e do mundo.

OBJETIVOS

Ao oferecer o curso do CELEM – Língua Espanhola, busca-se capacitar o aluno,

para que possa compreender que a comunicação ocorre através de textos que estão no

mundo, pode-se afirmar que o objetivo do ensino de LEM é desenvolver a capacidade de

ler, interpretar e produzir nas mais variadas situações de comunicação. Para que haja

concretização desta ação objetiva-se proporcionar situações significativas e relevantes

para o alno, sentindo-se construtor de seu conhecimento e possa:

• Ampliar a visão de mundo de nossos alunos, tornando-os cidadãos, mais críticos e

reflexivos e que sejam capazes de conhecer o contexto histórico;

• Fazê-los comparar a língua materna com a língua estrangeira.

• Refinar a percepção de sua própria cultura por meio do conhecimento da cultura de

outros povos.

• Reconhecer a diversidade cultural e linguística bem como seus benefícios para o

desenvolvimento cultural do país.

• Compreenda que os significados sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação da prática social;

CONTEÚDOS

Caberá ao professor adequar ao nível de complexidade a cada série os conteúdos

trabalhados no CELEM, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de

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Trabalho Docente.

1º SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSPRÁTICAS DISCURSIVAS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOSGÊNEROS TEXTUAIS

DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

Oralidade

- entonação

- pausas

- gestos

- coesão, coerência, gírias

- pronúncia

- contar causos

- notícias locais, regionais,

mundiais

- dramatização

- descrição

- relatos de filmes

- conversação

Leitura

- identificação do tema

- léxico

- coesão e coerência

- recursos líguísticos

- interlocutor

- temporalidade

- referencia textual

- discurso direto e indireto

- marcas línguísticas:

pontuação, aspas, travessão

- ortografia

- acentuação gráfica

- pronúncia

- entonação

- contos

- histórias em quadrinhos

- carta

- álbum de família

- imagens

- fábulas

- e-mail

- advinhas

- provérbios

- parodias

- poema

- cartão

- bilhetes

- jornal

Escrita

- tema e finalidade do texto

- intencionalidade

- produção de textos com

marcas linguísticas:

pontuação e coesão e

coerência

- ortografia

- contos

- histórias em quadrinhos

- carta

- álbum de família

- imagens

- fábulas

- e-mail

- romances

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- acentuação gráfica

- informalidade

- emprego conotativo e

denotativo

- variedade linguística

- advinhas

- provérbios

- parodias

- artigos de opinião

- poema

- biografia

- cartão

- bilhetes

- jornal

2º SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOSPRÁTICAS DISCURSIVAS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOSGÊNEROS TEXTUAIS

DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

Oralidade

- entonação

- pausas

- gestos

- coesão, coerência, gírias

- pronúncia

- adequação do discurso

- níveis de fala

- variações linguísticas

- marcas linguísticas

- contar causos

- notícias locais, regionais,

mundiais

- dramatização

- descrição

- relatos de filmes

- conversação

- relatos de filme

- análise slogan

- charge

Leitura

- identificação do tema

- léxico

- coesão e coerência

- recursos líguísticos

- interlocutor

- temporalidade

- referencia textual

- discurso direto e indireto

- marcas línguísticas:

pontuação, aspas, travessão

- ortografia

- contos

- histórias em quadrinhos

- carta

- álbum de família

- imagens

- fábulas

- e-mail

- advinhas

- provérbios

- parodias

- poema

- cartão

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- acentuação gráfica

- pronúncia

- entonação

- intertextualidade

- bilhetes

- jornal

- romances

- legenda de filmes

- biografia

- obras de arte

- artigos de opinião

Escrita

- tema e finalidade do texto

- intencionalidade

- produção de textos com

marcas linguísticas:

pontuação e coesão e

coerência

- ortografia

- acentuação gráfica

- informalidade

- emprego conotativo e

denotativo

- variedade linguística

- funções das classes

gramaticais

- contos

- histórias em quadrinhos

- carta

- álbum de família

- imagens

- fábulas

- e-mail

- romances

- advinhas

- provérbios

- parodias

- artigos de opinião

- poema

- biografia

- cartão

- bilhetes

- jornal

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Estudar língua estrangeira é poder fazer uso de instrumentos que ofereçam

oportunidades de conhecer, expressar e contatar com o mundo em constante

transformações e avanços tecnológicos. Isto dá oportunidade ao aluno de entrar em

contato com outras culturas confrontando-as e enriquecendo seu aprendizado.

Para Jordão (2004a, p. 164:

[...] (ao) aprender uma língua estrangeira [...] eu adquiro procedimentos de construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua (e cultura) materna; eu aprendo que há outros dispositivos, além daqueles que me apresenta a língua materna, para construir sentidos, que há outras possibilidades de construção do mundo diferentes daquelas a que o

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conhecimento de uma única língua me possibilitaria. Nessa perspectiva, quantas mais [...] línguas estrangeiras eu souber, potencialmente maiores serão minhas possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transformá-lo.

É nesta perspectiva que o ensino de língua estrangeira espanhola deve ser

apresentada aos alunos, como forma de interação com a língua, com as pessoas e suas

culturas.

Como ponto de partida da aula de espanhol deve ser o uso do texto, verbal ou não-

verbal e assim as práticas do ensino de língua estrangeira estarão subsidiadas pela

apropriação dos vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a

função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de

informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coersivos, a coerência e somente

depois de tudo isso, agramática em si, como estabelecido nas Diretrizes Curriculares.

Desse modo o papel do professor é de suma importância na construção dos

significados com o trabalho de textos. Que a interpretação possa levar o aluno a pensar

sobre o texto e que permita que argumente sobre o mesmo.

Proporcionar os mais variados tipos de gêneros discursivos para que o aluno

consiga fazer a leitura e a reeleitura do mundo. Os textos a serem trabalhados devem dar

oportunidades ao educando de se tornar um leitor crítico e não ingênuo, percebendo que

atrás do mesmo há um contexto histórico, ideológico e de valores particulares.

Oportunizar momentos de conversação com os grupos da escola e fora da mesma.

A comunicação via carta ou e-mail, as pesquisas para ampliar o que foi estudado,

promoção de debates para o uso efetivo da língua estrangeira, produção de textos,

cartazes, cartões, poemas, charges, histórias em quadrinho, assisteir e comentar filmes,

analisar fotos e documentos, proporcionar visitas à feiras de origem espanholas entre

outras.

Cabe ao professor ser o mediador neste processo de aprendizagem fazendo uso

de tecnologias que despertem interesse e o prazer em realizar as atividades

compreendendo-as como parte fundamental na construção do ser humano de maneira

integral e transformadora, possibilitando ainda significados em diferentes contextos

inclusive os que são desconhecidos pelos alunos.

AVALIAÇÃO

Avaliar, implica, valorizar, apreciar, no entanto wm educação, avaliação é um

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processo amplo de ensino aprendizagem.

Segundo a análise de Luckesi (1995, p.166)

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isto aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assume o papel de auxiliar o crescimento.

Para que se alcance este patamar no processo de avaliação é preciso que ela

permita o engajamento do professor e aluno no processo de forma que o discurso na sala

de aula se faça pela interação verbal, a interação com material didático de forma

consciente e responsável nas conversações e na língua espanhola e uso da mesma como

forma de adqueirir conhecimento e desenvolvimento das ideias.

A avaliação qualitativa prevalecerá sobre a quantitativa, será contínua e

permanente, com o objetivo de revelar o aproveitamento e o grau de desenvolvimento

atingido pelo aluno. Deverão ser utilizados diferentes instrumentos avaliativos durante o

processo: escrita, oral, leitura, provas, seminários, debates, dramatizações e outras, com

o caráter diagnóstico, para que se possa retomar os conteúdos nos quais ainda se

perceba dificuldades apresentadas pelos alunos.

Os critérios avaliativas estabelecidos são:

Que os alunos consigam realizar leituras identificando o tema, localizar informação

e interpretar o que leu; tanto na leitura como na escrita espera-se que o aluno consiga,

elaborar e reelaborar textos; que expresse com clareza suas ideias; saiba fazer uso das

linguagens formale não-formal; use recursos de coesão e coerência; que utilize recursos

linguísticos como: ponto, vírgula, pronome, numeral, entre outros.

Na oralidade que o aluno saiba utilizar o discurso de acordo com a situação; que

utilize as pausas, entonação, gestos, e repeite os turnos de fala.

Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral) bem como outras

atividades extraclasse de cada bimestre será atribuído notas formando a média de acordo

com o projeto político pedagógico.

Conforme a Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008, a

avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escla de 0,0

(zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os alunos do CELEM que apresentarem

frequencia mínima de 75% do total de horas letivas e a média anual ou superior a 6,0

(seis vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo.

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REFERÊNCIAS:

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

JORDÃO, C.M. A língua Estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, Mimeo, 2004.

LUCKESI, C.C. A avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna Inglês para o Ensino Médio .

Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2008.

PICANÇO, D. C. L. História, memória e ensino de espanhol (1942-1990). Curitiba:

UFPR, 2003.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989b.

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PLANO CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação

social, pois é através dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa

e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento...

Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui

à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos

saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania - direito inalienável de

todos. Nesse contexto, a aprendizagem de línguas estrangeiras tornaram-se

indispensáveis, seja dentro e/ou fora do ambiente escolar. A sociedade brasileira

reconhece um valor educacional formativo na experiência de aprender outras línguas na

escola. Nesse aspecto, este tipo de trabalho significa desenvolver conhecimentos

suficientes a fim de que o aluno possa participar do processo de construção de sentidos,

utilizando não apenas seu conhecimento da língua – estrutura e vocabulário – mas

também seu conhecimento de mundo e do contexto sócio-histórico em que vive. Com

isso, pretende-se um aluno ativo e participante que possa utilizar a língua como

instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.

“(...) ao aprender uma língua estrangeira (...) eu adquiro procedimentos de

construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua ( e cultura)

materna (...) quantas mais línguas eu souber, potencialmente maiores serão minhas

possibilidades de construir sentidos, entender o mundo e transforma-lo” (JORDÃO, 2004,

p. 164). O ensino de Língua Estrangeira, contempla como objeto de estudo dessa

disciplina relações com a cultura, o sujeito e a identidade.

Em determinados momentos da história do ensino de idiomas, valorizou-se o

conhecimento do latim e do grego e o consequente acesso à literatura clássica, enquanto,

em outras ocasiões, privilegiou-se o estudo das línguas modernas. O marco inicial na

história do ensino de línguas estrangeiras no Brasil ocorreu através do Decreto de 22 de

junho de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal D. João VI, recém chegado

ao Brasil, que mandava criar uma cadeira de língua francesa e outra de inglesa. A

década de 1930 representou um impulso no ensino de inglês no Brasil devido às tensões

políticas no mundo que vieram a culminar na Segunda Guerra Mundial. Assim, em 1935

surgiu o primeiro acordo de cooperação entre a "Escola Paulista de Letras Inglesas" e o

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Consulado Britânico, dando origem à "Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa",

precursora da atual Cultura Inglesa. Em 1938 surgiu, também em São Paulo, o primeiro

instituto binacional com o apoio do consulado norte-americano: o "Instituto Universitário

Brasil-Estados Unidos" que mais tarde foi renomeado "União Cultural Brasil-Estados

Unidos". Foi só a partir da década de 1960 que iniciou a proliferação dos cursos

comerciais operando em redes de franquia. Nas escolas do ensino médio embora a

legislação da primeira metade deste século já indicasse o ensino das línguas estrangeiras

vivas nem sempre isso ocorreu. Pois em lugar de capacitar o aluno a falar, ler e escrever

em um novo idioma , as aulas de Língua Estrangeira Moderna as escolas acabaram por

deixar de valorizar conteúdos relevantes à formação educacional dos estudantes.

Portanto, mesmo quando a escola manifestava o desejo de incluir a oferta de outra língua

estrangeira, esbarrava na grande dificuldade de não contar com profissionais qualificados.

Agravando esse quadro, o país vivenciou a escassez de materiais didáticos que, de fato,

incentivassem o ensino e a aprendizagem de Línguas Estrangeira No Estado do Paraná,

a partir década de 1970, uma das formas, para manter a oferta de línguas estrangeiras

na escolas públicas foi o parecer n. 581/76, bem como a tentativa de superar a

hegemonia de um idioma ensinado nas escolas. O Centro de Línguas Estrangeiras no

Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual passou a oferecer aulas de inglês,

espanhol, francês e alemão , aos alunos no contra turno. O reconhecimento da

importância da diversidade de idiomas também ocorreu na Universidade Federal do

Paraná (UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no vestibular a língua

espanhola, italiana e alemão. Esse fato estimulou a demanda de professores dessas

línguas

Hoje Línguas Estrangeiras Modernas está inseridas numa grande área —

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias assumem a sua função intrínseca que, durante

muito tempo, esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação entre

os homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas

funcionam como meios para se ter acesso ao conhecimento e, portanto, às diferentes

formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao

indivíduo uma formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólidas. As relações

que se estabelecem entre as diversas formas de expressão e de acesso ao conhecimento

justificam essa junção. Não nos comunicamos apenas pelas palavras; os gestos dizem

muito sobre a forma de pensar das pessoas, assim como as tradições e a cultura de um

povo esclarecem muitos aspectos da sua forma de ver o mundo e de aproximar-se dele.

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OBJETIVOS

Ao conferir ao ensino médio a disciplina de Línguas Estrangeiras moderna e

através dos seus conteúdos busca capacitar o aluno a compreender e a produzir

enunciados corretos no novo idioma, propicie ao aluno a possibilidade de atingir um nível

de competência lingüística capaz de permitir-lhe acesso a informações de vários tipos, ao

mesmo tempo em que contribua para a sua formação geral enquanto cidadão.

Comparando assim os procedimentos de construção de significados na língua materna e

na língua estrangeira, têm a oportunidade de alargar horizontes e expandir suas

capacidades interpretativas e cognitivas.

• Ampliar a visão de mundo de nossos alunos, tornando-os cidadãos, mais

críticos e reflexivos e que sejam capazes de conhecer o contexto histórico;

• Fazê-los comparar a língua materna com a língua estrangeira.

• Refinar a percepção de sua própria cultura por meio do conhecimento da

cultura de outros povos.

• Reconhecer a diversidade cultural e linguística bem como seus benefícios para

o desenvolvimento cultural do país.

• Compreenda que os significados sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação da prática social;

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CONTEÚDOS

LEITURA (READING)

TIPOLOGIAS TEXTUAIS:

Textos literários;

Textos publicitários

Textos informativos;

Textos argumentativos;

Textos instrucionais;

Textos humorísticos;

Textos de correspondência comercial e informal;

Leitura de textos.

Oralidade(speaking)

Entrevistas;

Diálogos;

Atos da fala (dramatização);

Debates;

Narração de fatos;

Argumentações;

Cantos;

Leitura de textos;

Contos;

Poesia;

Escrita (writing

PRODUÇÃO DE TEXTOS;

Narração de fatos;

Ditado;

Produção de diálogos;

Pronomes possessivos;

Tempos verbais:

Análise lingüística

present continuous tend;

Verbos: to have;

(simple present / present contínuous;

simple past tense (regular verbs);

simple past tense (irregular verbs);

simple past tense (negative e interrogative forms)

past contínuous tense;

simple futures / immediate future;

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Verbs: there will be; there was / there were

Prepositions.

Present continuous.

Questions formation.

There + to be.

Can and could - hability.

Subject and object pronouns.

Possessive forms.

Possessive adjectives and pronouns.

Whose.

Past simple.

Regular and irregular verbs.

To be + going to.

Will.

Modal verbs.

Auxiliares verbs.

Agreeing and disagreeing.

Phrasal verbs.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula precisa partir do

entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros

instrumentos de acesso à informação.

O envolvimento do aluno na matéria e na abordagem de temas do cotidiano são os

fatores que vão definir o procedimento metodológico, pois os dois estão interligados. Com

isso, os eixos articuladores serão baseados neles, salientando que o aluno é parte

integrante do processo e deve ser considerado como agente ativo da aprendizagem. Por

isso, o ensino não pode ser considerado apenas transmissão de conhecimentos, mas,

acontecimentos nas interações sociais. E será desenvolvido através de exercícios de

consolidação e revisão gramatical; leitura e compreensão de textos variados, produção

de textos; compreensão oral (fitas de áudio e vídeo); pesquisas, trabalhos e exercícios

individuais e/ou grupos. A língua manifestada oralmente ou por escrito, permite interagir

com textos de vários gêneros e isso possibilitará ao aluno uma consciência crítica e

transformadora da realidade, subsidiada pelos elementos integradores e pelas práticas

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que compõem a aprendizagem. De acordo com esta perspectiva, os alunos poderão ser

envolvidos em tarefas diversificadas, que exijam negociação de significados; onde poderá

ser privilegiada uma ou mais das habilidades linguísticas (ler, falar, ouvir, escrever).

Para se chegar a um trabalho com a língua que encaminha o aluno a se

comunicar de forma adequada, será utilizada a seguinte estratégia de ensino:

Leitura individual e/ ou em grupos;

Perguntar sobre os textos, sequência ordenada, escrevendo no quadro-negro as

respostas dadas, de modo a formar em resumo do texto;

Resolução de exercícios, individualmente;

Correção de exercícios, coletivamente;

Pesquisas em revistas, jornais, dicionários, Internet;

Confecção e exposição de cartazes relacionando com o tema apresentado;

Debates;

Trabalhos em grupo, principalmente para a resolução dos exercícios de

vocabulário e compreensão dos textos;

Trabalhos em Grupo visando a produção parcial de textos, com auxílio de

dicionários, orientação do professor;

Reprodução escrita, falada e cantada de canções atuais;

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem de L.E. está intrinsecamente atrelada à concepção e

aos objetivos para o ensino de L.E. Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas,

objetiva-se favorecer a coerência entre tais aspectos (Avaliação, Concepção de língua e

objetivos de ensino) e o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deverá ser

diagnóstica, formativa, continua e diversificada, contribuindo como subsídio para a

aprendizagem do aluno.

Segundo Luckesi

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isto aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assume o papel de auxiliar o crescimento (2005,p.166)

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Diante do exposto, o aluno envolvido no processo de avaliação, uma vez que

também é construtor do conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de

ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu desempenho e o entendimento

do “erro” como parte integrante da aprendizagem. Assim, tanto o professor quanto os

alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades,

bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das

dificuldades constatadas. A explicação dos propósitos da avaliação e do uso de seus

resultados pode favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado do LE e permitir

que toda a comunidade, não apenas a escolar, reconheça o valor desse conhecimento.

Além das atividades básicas no ensino de línguas, ler e compreender, ouvir e

compreender, escrever e falar, o aluno deverá desenvolver estratégias de comunicação

baseadas em seu conhecimento prévio na língua materna, fazendo uso de comparações,

transferências, inferências, argumentações etc...isso será através de textos, exercícios,

pesquisa. Diante do exposto espera que o aluno para prosseguir compreender em que

medida os enunciados refletem a forma de ser, pensar, agir e sentir de quem os produz.

Saiba escolher o registro adequado à situação, na qual se processa a comunicação,

encontrar vocábulo que melhor reflita a ideia que pretenda comunicar e que compreenda

de que forma determinada expressão pode ser interpretada em razão de aspectos sociais

e /ou culturais. Que saiba usar seus recursos com clareza, coerência e coesão,

elaborando e reelaborando textos de acordo com os ensinamentos do professor,

conforme situações propostas. Também espera-se que aluno saiba utilizar

adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome,

numeral...

A recuperação será realizada paralela, após diagnosticar as maiores dificuldades

dificuldades encontradas pelos alunos. Se necessário, serão revistos os conteúdos,

refazendo a avaliação valendo-se de instrumentos diferenciados, objetivando a

aprendizagem dos conteúdos pelo s educandos.

REFERÊNCIAS:

______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.

Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998

CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos

currículos da escola pública. São Paulo: Claritas, 1994.

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JORDÃO, C.M. A língua Estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, Mimeo, 2004.

LUCKESI, C.C. A avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna Inglês para o Ensino Médio .

Secretaria de Educação do Estado do Paraná. 2006

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