As 11 Escolas de Professores do Futuro

(EPF) da ADPP Moçambique começaram

o Novo Ano de 2014 com entusiasmo e

energia. As EPFs começaram a avaliar os

candidatos para o início do novo ano

escolar submetendo-os aos exames de

admissão nacionais, realizados sob a

tutela do Ministério da Educação de

Moçambique. Um total de 12.886 novos

professores já foram formados pelas

Escolas de Professores do Futuro da

ADPP desde 1993.

Mais de um milhar de novos inscritos nas

11 EPF da ADPP em todas as Províncias

de Moçambique preparam-se, assim,

para iniciar, neste novo ano de 2014, uma

vida nova a caminho de um futuro como

professores dedicados às crianças das

comunidades rurais mais pobres de

Moçambique.

As Escolas de Professores do Futuro da

ADPP, foram criados para contribuir

para o Programa de Formação de

Professores do Governo de

Moçambique. Ao aumentar o número de

professores qualificados no país, as EPFs

desempenham um papel importante na

melhoria da qualidade do ensino

primário.

Além de formação de educadores

altamente qualificados e motivados, o

objectivo das EPFs é preparar os futuros

professores para trabalhar em contextos

rurais e para actuar como mobilizadores

comunitários e agentes de mudança e de

desenvolvimento junto das

comunidades em que trabalham.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Em 1993, a ADPP Moçambique assinou

um acordo com o Governo de

Moçambique para a construção de

Escolas de Professores do Futuro no

país. A primeira foi criada em 1993 no

distrito de Machava, Província de

Maputo.

BBimestral Ano 1 no. 1 F2014

EPFs da ADPP- Ano novo, vida nova

Hope, com Tavola e Exprivia, forma

crianças no plantio de Árvores.

A Hope Maputo recebeu uma doação de Tavola Valdese e de Exprivia, de Itália, para apoiar 150 crianças órfãs em Djonasse, uma vila nos arredores de Maputo.

Juntamente com os 150 órfãos, o projeto organizou uma acção de plantação de árvores. Um total de 1.600 árvores foram plantadas, entre elas mangueiras, casuarinas, moringas, abacateiras e árvores de mamão.

As crianças, quando aprendem a plantar árvores no início de suas vidas, serão capazes de continuar essa actividade na idade adulta, ao mesmo tempo que ficam sensibilizadas para evitar o corte de árvores sem replantio.

Bimestral - Ano 1 No. 1 - 2014

www.adpp-mozambique.org

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Com 31 anos de actividade ao serviço do

desenvolvimento do povo moçambicano, a ADPP inicia

2014 em pleno crescimento nos sectores de actividade

cruciais para a criação das condições que garantam uma

vida melhor aos mais pobres.

Na educação, o reforço e a consolidação das EPF, com a

implementação de uma estrutura curricular ainda mais

moderna, reforçando as componentes da língua

portuguesa, da matemática e das ciências naturais e

sociais; o alargamento das actividades dos Colégios

Vocacionais para a formação de um importante número

de membros das comunidades na aprendizagem de

curta duração em especialidades profissionais que lhes

garantam um futuro no mercado de trabalho; e a

consolidação das escolas primárias e secundárias,

traduzem a continuada e duradoura aposta da ADPP

num Moçambique com cada vez mais cidadãos formados

e aptos para uma integração social plena e para o

contributo para o crescimento e desenvolvimento do

País.

No sector da agricultura, os Clubes de Agricultores,

atingem mais de 16.000 agricultores em 8 províncias do

País, treinando-os para melhorar o rendimento das

culturas, utilizar a irrigação de baixo custo, diversificar as

culturas, unificar os custos de transporte e

comercialização e gerar renda dos excedentes.

2014: ADPP com vitalidade

em todas as frentes

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Graduados da EPF

O programa Clubes dos Agricultores permite,

presentemente, duplicar a área de cultivo e triplicar o

rendimento por agregado familiar. A ADPP prevê

duplicar o número de agricultores abrangidos pelo

Programa Clube de Agricultores ao longo de 2014,

constituindo uma força incontornável na melhoria da

vida das populações em Moçambique.

O programa TCE, de combate ao HIV/SIDA ao nível da

comunidade, alcança presentemente 1 milhão de

pessoas nas províncias de Gaza, Maputo e Nampula.

Neste domínio, cerca de 2.150.000 pessoas foram já

beneficiadas pelos programas TCE. A ADPP trabalha

também nos cuidados de saúde e na prevenção da

Tuberculose, implementando o CB DOT (Tratamento e

Observação Directa Baseada na Comunidade) nas

províncias de Sofala e Manica.

Por fim, na área das energias renováveis a ADPP está a

intervir com novos projectos focados na produção de

biocombustível e energia solar, ajudando a fornecer luz

em áreas onde não há electricidade, com destaque para

as Províncias de Cabo Delgado (Quissanga e Ancuabe) e

Maputo (Namaacha). Também os pequenos agricultores

dos Clubes dos Agricultores de 36 comunidades de Cabo

Delgado foram mobilizados para cultivar plantas de

jatrofa ricas em óleo e resistentes à seca para a produção

de biocombustível, sabão e biopesticidas, ao mesmo

tempo que a ADPP reforçou a actividade do “BBC -

Centro de Biocombustível de Bilibiza”.

Breves

Isso será feito através da criação de postos de carregamento solares de pequena escala, da distribuição de lanternas solares e da construção de fogões economizadores de lenha.

Os beneficiários também serão treinados no seu uso e manutenção, promovendo atividades sustentáveis geradoras de renda e o empoderamento das mulheres locais. Além disso, mais de 10.000 árvores serão plantadas como uma forma de combater a erosão e outros efeitos negativos das mudanças climáticas. O projeto será implementado em estreita colaboração com as comunidades locais e com a One World University (OWU), estabelecimento universitário da ADPP, onde será uma parte integrante do Plano de Estudos para os alunos do 3 º ano. Espera-se que o projeto iniciado com este Acordo beneficie mais de 10.000 pessoas.

Graças ao contrato recentemente assinado com o Fundo Sul-Coreano (KFSO), a ADPP Moçambique irá em breve dar um novo impulso às suas iniciativas ambientais relacionadas com as energias renováveis e a mitigação das mudanças climáticas. Trata-se de um projeto de 1 ano, através do qual ADPP vai melhorar o acesso a fontes de energia sustentáveis para a população rural no distrito de Changalane (Província de Maputo); promover a utilização e gestão sustentável dos recursos naturais na área; e aumentar a consciência ambiental da população local.

Realizou-se no final de Janeiro a cerimónia de lançamento do Programa “Centro Climático e de Recursos de Conhecimentos”, a decorrer na OWU/ISET, da ADPP, no âmbito do Projecto EDULINK financiado pela União Europeia. Ao longo de 3 anos, com início já em 2014, este Programa irá ser liderado pelos Estudantes da licenciatura em Desenvolvimento Comunitário – Lutando ao Lado do Pobre. O “Centro Climático e de Recursos de Conhecimentos” é uma iniciativa conjunta da OWU, do Instituto Superior de Agronomia, de Lisboa, e da Stellenbosch University, da África do Sul. No 1º ano, o Programa irá contemplar a realização de seminários e workshops sobre técnicas de fazer, estudos de viabilidade, novas técnicas de uso de energias renováveis (para bombear ou purificar água, por exemplo), agricultura

de conservação e conservação de Alimentos.. Além de uma viagem anual de estudos, os participantes no Programa irão experimentar tecnologias associadas às energias renováveis junto com as comunidades locais. No 2º e 3º ano, a atenção deste Programa estará centrada no desenvolvimento do Centro Climático e de Recursos de Conhecimento, integrado no Campus da OWU. Aí, entre outras actividades, prevê-se o estudo e o desenvolvimento de tecnologias para a recolha e o aquecimento de água a partir de energias renováveis, em particular fotovoltaicas. Estão ainda previstas novas viagens de estudo, tendo os estudantes da OWU a responsabilidade de divulgar e partilhar os conhecimentos adquiridos junto das comunidades onde irão trabalhar. O EDULINK, no âmbito do qual decorre este Programa, é uma iniciativa destinada a promover a realização de projectos de cooperação entre Institutos Superiores nos

Estados ACP (África, Caraíbas e Pacífico) e Institutos Superiores seus congéneres nos Estados da União Europeia. Estiveram presentes na cerimónia de lançamento, dirigida por Thomas Hojmark, director-geral da OWU, representantes das comunidades, de instituições universitárias e de Empresas, além do Ministério da Educação.

Soluções energéticas inovadoras para as zonas rurais de Moçambique

- A ADPP Moçambique assina um contrato com a KFSO

Duas empresas sedeadas em Moçambique assinaram recentemente um contrato de Financiamento de Bolsas de Estudo para a Escola de Professores do Futuro (EPF) de Tete. Nos Contratos celebrados com a ADPP Moçambique, a Capitol Resources Lda. e a Eqstra Moçambique Lda., assumem o seu papel e responsabilidade sociais para com o desenvolvimento da Educaçao em Moçambique, em particular com os alunos das escolas primárias das zonas rurais, a quem os graduados pela EPF se destinam. No total, 10 estudantes irao receber, ao longo de 2014, o valor dos custos anuais

dos seus estudos, incluindo propinas, alimentação e outros encargos escolares. A Capitol Resources Limitada é uma empresa de origem australiana que opera na área da exploração mineira, sendo subsidiária da Baobab Resources Plc., um consórcio moçambicano de exploraçao de recursos como o ferro, sobretudo no centro e norte do País, sendo Tete um dos polos principais da sua actividade. A Eqstra Moçambique é uma empresa de mineração e de recursos energéticos, pertencente ao Grupo sul-africano MCC que recentemente completou 40 anos de actividade

.

Capitol Resources e Eqstra patrocinam os Professores do Futuro.

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OWU lançou o “Centro Climático e de Recursos de Conhecimentos”

em parceria com EDULINK