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Plano de ação no âmbito das Necessidades Educativas Especiais 2015 “Coaching”- Ferramenta Para a Melhoria do Desempenho O coaching pode ser definido como um processo sistemático de aprendizagem, centrado na situação presente e orientado para a mudança, onde se facultam recursos e ferramentas de trabalho específicos que permitem a melhoria do desempenho na área que as pessoas procuram”. Juan Fernando Bou Pérez, 2009 Coaching para docentes- motivar para o sucesso Portefólios Educativos Digitais Vera Lúcia Ferreira Martins

Eportefólio plano de ação coaching vera m

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Eportefólio plano de ação coaching vera m

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“O coaching pode ser definido como um processo

sistemático de aprendizagem, centrado na situação

presente e orientado para a mudança, onde se

facultam recursos e ferramentas de trabalho

específicos que permitem a melhoria do desempenho

na área que as pessoas procuram”.

Juan Fernando Bou Pérez, 2009

Coaching para docentes- motivar para o sucesso

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INTRODUÇÃO

Tendo como base os pressupostos do coaching e tendo em conta que as

relações positivas entre professores-alunos; alunos-alunos… podem fazer a

diferença na melhoria de diferentes competências e aprendizagens,

desenvolvi este plano de ação, direcionado para uma aluna com problemas

de motivação e baixa autoestima.

O e-Portefólio surge como um instrumento de facilitação e transparência

para as técnicas e ferramentas de coaching utilizadas, constituindo um

instrumento inacabado, que vai permitir atualizar informação e corrigir erros

(tendo em conta o decorrer da aplicação com a aluna, no próximo ano

letivo).

Clica aqui para perceberes o que é um e-Portefólio.

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PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE RELAÇÃO

POSITIVA COM A ALUNA

BREVE CARACTERIZAÇÃO SOCIOFAMILIAR:

No que diz respeito ao historial clínico, a D nasceu às 37 semanas (gravidez

mal vigiada/mãe alcoólica) e apresenta um quadro de Síndrome Fetal

Alcoólico, com alguns compromissos cognitivos.

Perante a completa negligência dos progenitores, a D foi entregue aos

cuidados de uma família de acolhimento, com quem vive atualmente. Esta

família é extremamente preocupada com a D e contribui para o contínuo e

progressivo desenvolvimento da criança.

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RELAÇÃO COM OS PARES:

A D é uma criança tímida, tem dificuldade em relacionar-se com os colegas e

reage mal às frustrações (choro, ansiedade).

RELAÇÃO COM AS PROFESSORAS:

Apresenta um comportamento dócil e estabelece um relacionamento de

confiança com as docentes (titular/educação especial).

Neste momento a D tem 8 anos e frequenta o 2º ano de escolaridade

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QUADRO DE REFLEXÃO

Problema Comportamentos de baixa autoestima, desmotivação e

ansiedade.

Consequências

Dificuldade no relacionamento interpessoal;

desmotivação pelas tarefas escolares; chora e fica

ansiosa perante as frustrações.

Causas

Poucas situações de êxito em atividades/contextos

anteriores; pouca valorização do que a aluna consegue

fazer.

Comportamentos

alternativos

Desenvolver comportamentos de confiança, motivação e

bem-estar.

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Objetivo SMART

Modelo GROW

Promover uma atitude mais positiva

e confiante, de modo a melhorar a

autoestima da criança.

Intervenientes na

implementação Docentes; pares/turma; família.

Local e recursos

materiais

Escola; casa.

Computador.

Cronograma

Sessões mensais, utilizando como instrumento de

apoio o e-Portefólio (sendo possível o acesso às

atividades na escola e em casa).

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IMPLEMENTAÇÃO DE TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE COACHING

COM A ALUNA

SESSÃO 0 (setembro de 2015) – Juntos no desafio!

OBJETIVOS:

• Envolvimento e articulação entre a Escola e a Família, no

alcance do objetivo SMART;

• Clicar para realização de um Contrato Escola-Família.

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SESSÃO 1 (setembro de 2015) – O meu contrato de comportamento!

OBJETIVOS:

• Envolvimento da aluna. Propor-lhe o desafio!

• Clicar para a realização de um Contrato de Comportamento.

Uma das técnicas mais utilizadas num processo de coaching é o Modelo

GROW. Visualiza o vídeo com os teus pais e analisa-o com eles.

Este modelo pode ser usado para a resolução de problemas ou definição

de objetivos, trazidos pelo próprio aluno.

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SESSÃO 2 (outubro de 2015) – Autocontrolo/Autoinstruções

OBJETIVO:

Promover a capacidade de Autocontrolo sobre o comportamento,

através de Autoinstruções.

Desenvolvimento de Autoinstruções:

m

construir um pensamento planeado na execução das tarefas.

necessitar de regras estruturadas.

nstruções apresentada corresponde a um passo/etapa para

resolver um problema/tarefa.

Clica para poderes acederes à folha de autoinstruções.

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SESSÃO 3 (outubro de 2015) –Autogestão/Planeamento

OBJETIVOS:

através de alguns recursos, como “Plano Semanal”; “Plano Diário”.

(Cartões

Tarefa, Cartazes, Listas de Tarefas).

Quadro Caderno

Diário).

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SESSÃO 4 (nov./dez. de 2016) – Reforço Positivo

OBJETIVO:

Promover a utilização do Reforço Positivo para aumentar a

autoconfiança e os comportamentos adequado da aluna.

Aumentar a colaboração e motivação da aluna através

de algumas técnicas:

-Prestar atenção e elogiar a aluna, quando apresenta

comportamentos adequados/êxitos.

-Dar-lhe oportunidades de êxito perante os pares.

-Fazer pedidos / dar instruções de uma forma clara e amável (ex. por favor

podes dar-me aquele lápis), para que a criança se sinta mais confiante.

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Utilizar Recompensas. Além do elogio e da atenção positiva, é importante

proporcionar-lhe coisas que lhe dão prazer, ou privilégios que esta deseje

obter, em resultado por exemplo de um bom comportamento.

Porquê Recompensar?

As crianças parecem permanecer até mais tarde dependentes de fontes

externas de motivação para realizarem tarefas menos atrativas – necessitam

de um feedback constante (elogios, afeto físico ou recompensas materiais).

Serão necessárias diferentes recompensas dependendo da idade da criança.

O “Truque” é manter a criança motivada atribuindo-lhe pontos pelos seus

comportamentos adequados/positivos, criando a consciência de que estes

pontos poderão ser trocados mais tarde por privilégios.

Cria na escola, com a ajuda da tua professora, esta tabela de

recompensas. Clica aqui!

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Tempo Especial - Interação pais/filhos!

Mediante um determinado comportamento/atitude positiva,

os pais atribuem à criança um tempo especial à sua escolha

(ex: ir ao parque, passear na praia, ir ao cinema…).

VANTAGENS DESTA TÉCNICA:

-Ajuda a perceber que a forma como o adulto se relaciona com a

criança influencia fortemente a motivação para fazer rotinas e

tarefas exigidas (ex. fazer a cama, deixar de bater no irmão…);

-Ajuda a apreciar a criança e a valorizar o tempo que passam juntos.;

-Ajuda a que a criança tome consciência das consequências das suas

ações/decisões.

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SESSÃO 5 (jan. de 2016) – Forças/Fraquezas;

Oportunidades/Receios

OBJECTIVO:

Autoconhecimento emocional.

Clica aqui para acederes às atividades:

- Questionário autoconhecimento;

- Lista de felicidade;

- Expulsa os intrusos.

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SESSÃO 6 (fevereiro de 2016) – Zona de Desconforto

OBJETIVO:

Registar emoções/comportamentos que causam desconforto.

Os pais e professores serão interlocutores privilegiados no processo de

autoavaliação e compreensão das emoções disfuncionais da aluna, ajudando-

a a utilizar pensamentos e comportamentos mais funcionais e positivos.

Constroi uma tabela com a ajuda dos teus pais/professores onde

possas registar os teus “pontos de explosão”. Clica aqui para veres

um exemplo.

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SESSÃO 7 (fevereiro de 2016) – Zona de Conforto

OBJETIVOS:

Regulação Emocional - capacidade para regular impulsos e

emoções desagradáveis.

Exemplo de uma estratégia para regulação emocional

Como pode ser implementada:

-Recorrer à história “O ponto” de Peter H. Reynolds;

-A criança poderá visualizar a história em power point com a turma e

propor uma atividade de desenho de diferentes pontos, para expor na escola.

Isto poderá dar-lhe autoconfiança e reconhecimento por parte dos colegas da

turma.

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-Treinar a criança para que em situações de ansiedade recorra à essência da

história e verbalize para si própria as palavras “sou capaz”. Contar até 10 e

em seguida relaxar todos os seus músculos.

-Reforçar ou premiar este treino para que a criança se motive a aplicá-lo

sozinha sempre que se sinta inquieta ou ansiosa.

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SESSÃO 8 (março de 2016) – Avaliação Conjunta

OBJETIVOS:

•Pretende-se que a Escola e a Família façam uma reavaliação do seu papel

como educadores, mas também do comportamento da criança.

•Análise dos resultados obtidos (ponto da situação).

•Possível Re/formulação de novos objetivos e do e-portefólio.

•Esta avaliação tem um caracter qualitativo.

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CONCLUSÃO

O professor pode ser um excelente “coach” para cada um dos seus

alunos, porque para além de oferecer as ferramentas que melhor se

adequam ao aluno e ao seu objetivo, ele poderá explorar recursos (internos)

no mesmo. O seu papel não é fazer julgamentos, criticas ou dar instruções,

mas sim, escutar conscientemente, fazer perguntas e inspirar para a ação.

Colocar o “coachee”/aluno numa perspetiva diferente da sua realidade

é proporcionar outra experiência que convertida em ação, conduz a uma

nova aprendizagem. Tornar consciente as emoções é compreender os

sentimentos em relação às coisas e às pessoas que nos rodeiam.

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O controlo das emoções passa por uma compreensão do nosso próprio

comportamento e dos outros: fundamental no trabalho em equipa. Cada vez

mais o trabalho é uma tarefa de equipa que implica uma série de

competências emocionais e relacionais que podem determinar o êxito da

organização escolar.

A chave para tomar boas decisões pessoais é ouvir os

sentimentos

Daniel Goleman