Upload
joao-carlos-pereira
View
221
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Os alunos criam uma imagem e produzem uma história.
Citation preview
1
OFICINA DE LIVROS
“Era uma vez uma imagem... e outras histórias”
2
3
Um sonho encantador
Um dia sonhei que estava na lua, a ver ET a trabalhar. Eu aproximei-‐me e disse-‐lhe
que estava perdida e que queria ir para Terra. Ele de início achou estranho ver um humano
na Lua, mas depois até aceitou a ideia. Depois de lhe explicar que precisava de uma nave
para ir para Terra, ele com muita gentileza disse-‐me logo que me levava de volta para o meu
planeta. Então, mandou-‐me subir para a sua nave, disse para eu pôr o cinto e logo de
seguida arrancou a alta velocidade. Parecia que estávamos a flutuar no espaço. A viagem foi
longa. Quando cheguei a Terra estava tão contente que até me esqueci de agradecer ao ET.
Já com os pés bem assentes na Terra, voltei à minha vida. Eu tinha 12 anos, ainda tinha que
continuar os estudos, portanto tinha que começar a estudar a sério e passar sempre todos
os anos para conseguir tirar o curso que eu queria. Queria ser médica. Então vi-‐me já alguns
anos mais velha, depois de muitos anos de longos estudos, chegar ao último ano da
universidade. De seguida arranjei logo emprego. Tinha conseguido …era mesmo médica.
Comecei por trabalhar no hospital distrital, horas, horas, horas... até que o meu chefe disse
que se ia reformar e eu iria ser a chefe de serviço. Já era uma das superiores, já sabia fazer
tudo que havia para fazer e até me tornei “famosa”. Fui convidada para participar numa
serie de televisão.
...
Entretanto acordei. Fiquei um bocado triste porque queria continuar a minha
aventura e descobrir um pouco mais acerca do meu futuro…
Catarina Delgado
4
5
A vida de uma Banda
Era uma vez dois grandes amigos chamados Firmino, um tucano e o Fredo, um touro. Eles
conheceram-‐se na PlayBoyMansion e cedo descobriram que partilhavam o mesmo sonho: serem
estrelas de rock. Eles achavam que esse sonho era impossível de se concretizar até que um manager,
conhecido a nível internacional, chamado D.j. Manucho, célebre por ter sido um dos managers dos
Beatles, viu uma das suas actuações num bar da zona. O D.j. Manucho gostou muito do concerto e foi
falar com eles no final da sua actuação, convidando-‐os para irem fazer uns castings ao seu auditório,
que ficava em Londres. Ficaram radiantes com o convite de um manager tão conceituado como o D.j.
Manucho. Aceitaram o convite de imediato e uma semana depois estavam em Londres a fazer as
“provas”.
O D.j. adorou-‐os e decidiu formar uma banda com eles e mais dois músicos mundialmente
conhecido: os grandiosos Synyster Gates e Mike Portnoy. Os quatro músicos formaram uma banda a
que chamaram YouJizz. Firmino era o vocalista dos YouJizz, Fredo era o baixista, Synyster Gates era o
guitarrista e Mike Portnoy o baterista.
De início não tiveram grande êxito, mas com o passar do tempo e com um tão bom
manager conseguiram actuar nos maiores palcos mundiais e também editaram vários discos de entre
os quais se destacou o álbum “Triple X”, o maior sucesso da banda e o que deu mais lucro.
Com o passar dos anos, este grupo ficou conhecido como uma das melhores bandas de
sempre, mas com o esforço que era necessário para actuar noites inteiras começaram a tomar
drogas.
No final do 10º aniversário da banda, o Fredo exagerou na dose de droga, heroína e
cocaína, e infelizmente, morreu em palco. Os restantes membros ficaram muito abalados com a
morte do seu amigo e pararam de tocar durante algum tempo. Infelizmente, para esquecer a morte
do amigo, não conseguiram deixar de consumir drogas até que Synyster Gates e Mike Portnoy
também morrem algum tempo depois de overdose.
Firmino, o último membro da banda, como entretanto tinha constituído família, resolveu
mudar radicalmente a sua vida: deixou a droga e a música para se dedicar inteiramente à família.
Ele ainda hoje está entre nós e é um embaixador da Paz. Costuma viajar pelo mundo,
dando palestras onde aconselha todos os jovens a não se meterem nas drogas e dá sempre o
exemplo dos seus grandes amigos da banda YouJizz.
Daniel Parente
André Rocha
André Rodrigues
6
7
O dragão e a árvore da vida.
Era uma vez um dragão e uma árvore muito especial. O Dragão era um animal estranho. O seu corpo
era formado de partes diferentes de diversos animais: a sua cauda era de um rato, a sua cabeça era
de um pavão, as suas asas eram de um belo dragão e o seu corpo era de um crocodilo.
E um dia ele viu uma nuvem que pairava nos céus e de repente surgiram à sua frente umas árvores
estranhas mas muito bonita, mas apenas uma delas era especial, a “Árvore da vida ”. Ele tinha de a
encontrar para se transformar num verdadeiro dragão.
Então começou por usar os seus olhos de lobo, mas nada aconteceu. Os seus olhos não eram a
solução. De seguida tentou usar todos os poderes que o seu corpo lhe oferecia, mas nada acontecia.
Até que de repente a “Árvore da vida ” apareceu do nada e perguntou ao dragão:
-‐Porque estás triste?
-‐É por causa do meu corpo, não gosto muito dele.
-‐Não te preocupes, eu ajudo-‐te.
Do nada surgiu um feitiço que cercou o dragão e, num instantes, este transformou-‐se numa linda
pomba branca.
André Novo Lourenço
8
9
O Pássaro do Amor
Era uma vez um flamingo que era muito, muito apreciado por pessoas de todo o mundo. Este
pássaro detinha “o dom do amor”. Sem se saber como, conseguia entrar no coração das pessoas e
juntar toda a gente. Bastava chegar perto dele para que o amor nascesse entre dois seres, humanos,
animais, ou fosse lá o que fosse.
Para provar o que estou a dizer, vou contar-‐vos a história de um casal de peixes, o Micas e a Pipinha
e, mais tarde, a de um casal de humanos, o Antunes e a Isabel.
Começando pela história dos peixinhos, convém desde já referir que o Micas e a Pipinha
nunca se tinham dado bem, mas eram da mesma turma e, por isso, não podiam deixar de estar
juntos. Diziam que se odiavam, gritavam-‐no aos quatro ventos, mas todos sabiam que lá no fundo o
que eles queriam era ser amigos. Numa aula em que a turma deveria desenvolver um trabalho em
grupo, a professora da Escola dos Peixes decidiu juntar os dois peixinhos, assim, aparentemente por
acaso.
O trabalho deles consistia em pesquisar dados sobre o Flamingo mais conhecido do mundo, o
Flamingo do Amor, como era mais conhecido. Pensaram então na melhor maneira de fazer aquele
trabalho, de uma forma original, sem recorrer à Net, mas as ideias teimavam em não surgir. Então,
com muito sacrifício, lá concordaram em escolher o caminho mais fácil: pesquisar no “Google”. E quis
o destino que, logo ao começarem a pesquisa sobre o Flamingo, descobrissem que ele ia estar na
semana seguinte numa praia muito próxima da pequena cidade onde moravam. Concordaram, de
imediato, pela primeira vez, que iriam a essa praia para fazer uma entrevista ao flamingo.
Com muito trabalho dos dois, a entrevista ficou rapidamente pronta. Só lhes restava partir
rumo à aventura. Com um mapa e uma mochila lá foram os dois peixinhos, até que chegaram à praia.
Estava tudo numa grande agitação. Focos, luzes, flashes das máquinas fotográficas de milhares de
pessoas que estavam ali para ver aquele pássaro maravilhoso. Tudo andava de um lado para o outro
como os grandes cardumes de peixes.
Os peixinhos esperaram bastante tempo na esperança de que o flamingo os pudesse atender.
Esperaram, esperaram até ser noite. Finalmente o flamingo foi falar com eles. Fizeram a entrevista e
,antes de partir, o flamingo dirigiu-‐se a eles e disse: “ Sinto que há algo entre vocês. Não consigo
explicar, mas é forte.” Os peixinhos ficaram horrorizados. Eles não se suportavam como é que o
flamingo podia sentir qualquer química entre eles?
Os peixinhos voltaram para a sua cidade, ainda um pouco intrigado com as palavras do Flamingo. A
verdade é que, sem notarem, começaram a passar cada vez mais tempo um com o outro e sentiam
que alguma coisa os estava a juntar cada vez mais. Aconteceu então, que numa tarde o Micas foi à
10
casa da Pipinha para um trabalho de grupo e algo inesperado aconteceu, algo mágico. Um ambiente
estranho pairava no ar. O amor estava lá e disso ninguém podia duvidar. E foi assim que terminou a
história dos nossos peixinhos que acabaram por casar e ter um grande cardume de peixes bebés.
Agora vou contar-‐vos a história do nosso casal humano, O Antunes e a Isabel. Eles, ao contrário dos
peixes, eram os melhores amigos do mundo, mas algo estava prestes a separá-‐los. O Antunes ia
mudar-‐se para a Rússia e não havia maneira de depois a Isabel o poder ir visitar. Esta separação era
inaceitável, por isso os dois amigos decidiram fugir, pelo menos até que os pais do Antunes
mudassem de ideias.
Fugiram para Espanha onde andaram a vaguear pelas ruas à procura de um sítio onde descansar. Até
que chegaram a uma praia onde tudo estava calmo e onde o ar era quente e macio, o que os fazia
sentir-‐se bem. Procuram para ver se encontravam algum abrigo que os protegesse do frio e dos
predadores da noite e acabaram por encontrar uma gruta. Adormeceram. No dia seguinte, ao
acordar, viram que a praia calma em que eles tinham pernoitado já não parecia a mesma. Agora tudo
estava numa confusão. De repente um grande pássaro cor-‐de-‐rosa escuro surge à frente deles e diz-‐
lhes “ Vocês…, nunca na minha vida senti tal amor!” Os dois melhores amigos olharam um para o
outro e pensaram que o pássaro era maluco, eles eram simplesmente amigos, como é que poderia
haver amor? Mas nesse preciso momento parece que a magia aconteceu. O amor desvendou-‐se. O
sentimento já existia dentro deles só que ainda não tinha vindo cá para fora, tinha ficado preso nos
pequenos corações do Antunes e da Isabel, que acreditavam ser apenas “os melhores amigos”.
No dia seguinte decidiram voltar para Portugal e anunciar a todos que estavam apaixonados e que
nada os podia separar. Os pais do Antunes foram para Rússia, mas deixaram-‐no ficar. Ficou com a sua
amada, que no futuro se tornaria esposa e depois mãe dos seus filhos.
Estas duas histórias são espantosas, e parecem irreais…Mas acreditem! Estas relações que se foram
desvendando nasceram por obra e graça mágica do
Flamingo do Amor...
Ariana Rodrigues
11
12
O Pica-‐Pau
Era uma vez um pica-‐pau que passava o dia a picar o Pinheiro do Sº João.
Ele era vermelhinho e as suas patas e o seu bico eram amarelos.
O Sº João andava sempre a chutá-‐lo, mas o pica-‐pau era casmurro e não saía de lá.
Um dia o Sº João saturou-‐se daquelas picadas irritantes e, com muita pena, decidiu deitar a
árvore abaixo, cortando-‐a com a sua motosserra.
Então, sem perder mais tempo, pega na sua máquina e começa a cortar a árvore.
Quando o pica-‐pau se apercebe do barulho e sente a árvore a tremer, procura levantar voo,
para não lhe cair nenhum ramo na cabeça. Mas repara que o seu bico ficara preso no ramo. Ele
tentou, tentou, tentou vezes sem fim, até que de repente ele diz:
-‐ Alto lá! Estou salvo, o meu bico saiu do ramo.
Então, sem mais demoras começou a voar e conforme ia batendo as asas, ia olhando para
todos os lados, a ver se encontrava uma nova árvore grande e cheia de ramos, para se instalar, pois a
outra encontrava-‐se derrubada.
Catarina Delgado
13
14
O meu sonho é ser actriz
Um dos meus maiores sonhos é ser actriz de cinema.
Quando era pequena, a minha mãe levava-‐me muitas vezes ao cinema e eu imaginava como
seria bom estar atrás de muitas de câmaras, de representar outra personagem, de poder mostrar-‐me
ao mundo, de ter jornalistas à porta de casa sempre que tivesse êxito nas minhas representações, de
ter centenas de pessoas a pedir autógrafos…
Em casa adoro vestir os fatos da minha irmã mais velha e de calçar os sapatos de salto alto
da minha mãe, depois faço de conta que sou outra pessoa e que milhares de pessoas estão a ver-‐me.
Gostava de representar num teatro, mas um teatro verdadeiro, não um de coelhinhos e de princesas
ou um teatrinho de fantoches. Gostava de viver aventuras de verdade.
Todas as actrizes que conheço e que vejo na televisão são lindas e perfeitas, e eu sempre que
me vejo ao espelho reparo que não tenho nada a ver com essas pessoas, tenho umas orelhas
enormes, um nariz pequeno, uma boca larga, que esconde o meu sorriso.
Mas um dia pensei e cheguei à conclusão que o importante na nossa vida é lutar pelos
nossos sonhos. Gostar daquilo que fazemos, procurar atingir os nossos objectivos, pôr de parte os
preconceitos, aproveitar o nosso talento natural é a base dos nossos sucessos.
Catarina Moreira
15
16
A coroa perdida
Numa manhã de Outono, a rainha Sofia do reino de Catamura, estava sentada no seu trono,
mas lamentava-‐se porque lhe faltava alguma coisa. Não tinha a sua coroa. Ela estava muito aflita.
Tinha procurado por todo o lado e não havia maneira de encontrar a coroa. Uma rainha sem coroa
não era Rainha!
A rainha como era muito aventureira, decidiu sair do seu castelo para continuar à procura da
sua coroa. Pegou na sua mota e partiu à procura da coroa.
Pensou em todos os sítios onde tinha estado, mas estava a ser um pouco difícil, porque ela
andava sempre de um lado para o outro. Foi então que se lembrou que, na véspera, tinha passado a
noite no campo de futebol a assistir ao jogo do Porto contra o Benfica.
No caminho para o campo de futebol pareceu-‐lhe ver um fantasma, mas pensou que só
podia ser imaginação sua e continuou a sua viagem.
Uns quinhentos metros à frente apareceu-‐lhe uma curva e desta vez o fantasma mete-‐se à
sua frente e… Bumm! Esbarra contra uma árvore. O fantasma ri-‐se e a Rainha Sofia pergunta:
-‐ O que queres? Porque te meteste à minha frente?
-‐ Meti-‐me à tua frente porque não quero ninguém na minha floresta – disse o fantasma
-‐ Esta bem, vamos fazer um acordo, eu deixo aqui a moto, passo a floresta a correr, e tu
nunca mais me vais ver – disse a Rainha Sofia
-‐ Está bem, então adeus, e já podes ir.
A Rainha desatou a correr e em dois minutos já tinha chegado ao campo de futebol.
Quando chega às bancadas aparece-‐lhe desta vez um OVNI. Desta vez não houve nenhum
entendimento, foi feita prisioneira, e foi levada para Marte onde foi morta e depois passado uns dias
o seu corpo veio novamente para o castelo onde foi sepultada.
Catarina Calheiros
17
18
Revolução da Vida
Quando eu tinha 22 anos não passava de um pequeno marginal, que só andava pelas ruas a
fazer asneiras. Eu não queria trabalhar, não queria fazer esforços para ter o meu dinheiro ao fim do
mês. Apenas queria passar o dia a vadiar e arranjar dinheiro sujo. Eu tinha bastantes amigos na
verdade, mas nenhum tinha um passado limpo. Para dizer a verdade eu não era feliz. Apenas fazia
aquilo por não ter estudos para arranjar um trabalho e ganhar honestamente o meu dinheiro.
Um dia estava a assaltar uma caixa multi-‐banco, mas, infelizmente para mim alguém me
estava a observar e não hesitou em chamar a polícia, que chegou rapidamente …Eu ainda tentei fugir,
mas não tive hipóteses e fui parar à esquadra. O comandante da esquadra tinha de tomar uma
decisão difícil: mandar-‐me para tribunal ou dar-‐me mais uma oportunidade. Acontece que eu já tinha
sido libertado várias vezes, tinha prometido dezenas de vezes emendar, mas eu fraquejava sempre.
Isto tornava a sua decisão ainda mais difícil. Talvez com pena da minha triste sorte, fui mais uma vez
ilibado, mas seria a minha última oportunidade e desta vez seria diferente. Disseram-‐me que tinha
que arranjar um emprego honesto até ao final do mês.
Eu estava aflito, ninguém me ia aceitar num trabalho com as minhas poucas qualificações e o
meu historial. Pensei até em sair do país, mas não tinha dinheiro para tal.
Já voltamos a mim…Agora vou falar-‐vos de um tubarão. Era um tubarão branco com uns
dentes afiados como serras. Este tubarão era um matador nato, como qualquer outro tubarão, mas
ele não matava para se poder alimentar. Não era uma questão de sobrevivência. Ele matava por
satisfação. Era o rei dos oceanos e foi criando alguns inimigos, dos quais se destacam um grupo de
baleias que há muito se queria vingar de tal monstro. Numa noite muito fria, este grupo de baleias
atacou de surpresa o malvado tubarão. Este era forte, e até deu bastante luta, mas as baleias eram
muitas e o tubarão acabou por ser derrotado. Inconsciente e ferido de morte, foi parar, levado pela
corrente, à costa de uma praia.
Voltando a mim. Um dia recebi a informação de que um primo meu de segundo grau que eu
nunca tinha conhecido, tinha falecido. Este primo não tinha nenhuma família directa, pelo que eu era
o seu único herdeiro. Fiquei surpreendido com a notícia, mas feliz pois, pela primeira vez na minha
vida, tinha conseguido dinheiro de uma forma honesta. Ainda mal refeito da notícia, fui até à praia
passear. Sentado na areia pensava na minha sorte, mas também sabia que isto não resolvia o meu
problema…ainda tinha de descobrir uma forma de conseguir emprego. Andando pela praia, deparei-‐
me com um tubarão…aquele tubarão….o que era um assassino nato. Vi que ele estava bastante
ferido, e senti um aperto no coração…Ver um animal tão poderoso neste estado!... Os animais eram
uma paixão para mim, tinha de fazer algo. Decidi começar a investir o meu dinheiro herdado numa
19
causa justa. Chamei logo um veterinário, o qual tratou excelentemente do tubarão, mas ele tinha que
ficar uns dias a recuperar. Foi aí que me surgiu uma ideia! Como tinha dinheiro, decidi criar uma
associação de ajuda aos animais. E a minha ideia concretizou-‐se. Criei o meu próprio emprego…
Comecei por comprar uma casa, numa grande quinta onde poderia guardar e tratar os
animais feridos. De seguida mandei construir aquários, jaulas, gaiolas ….e comecei a recolher animais
feridos ou abandonados. Tornei-‐me famoso nas redondezas, uma coisa que nunca tinha esperado na
minha vida inteira. Como tinha finalmente um emprego também a polícia me deixou em paz.
O tubarão ficou com alguns ferimentos graves, irrecuperáveis e eu, claro, acabei por ficar
com ele.
Eu agora era feliz…e tinha o meu coração a palpitar de alegria.
Dois anos depois, eu tinha salvo tantos animais que não podia sequer contá-‐los. Era uma
sensação maravilhosa! Eu tinha passado de marginal a boa pessoa. Sentia-‐me útil!
Agora tenho 78 anos e já não posso tratar dos meus queridos animais sozinho…. Mas estou
descansado, pois sei que o meu filho ( Sim, entretanto casei e tive um filho, imaginem!) continuará o
meu trabalho e sei que ele não me desiludirá porque partilha do meu amor pelos animais.
Filipe Pereira
Diogo Araújo
20
21
Flamingos
Tudo começou numa tarde de Primavera. O Sol irradiava por entre as entranhas da janela da
cozinha que me iluminava enquanto fazia as lidas da casa. A brisa sussurrava por entre as cortinas
brancas. Os pássaros assobiavam ao som da música que eu estava a cantar. Os meus pés dançavam
ao ritmo da mesma melodia. E toda a minha preocupação desaparecia durante estes curtos
momentos. Mas tudo isto acabava por desaparecer num abrir e fechar de olhos. Quando a minha
mãe entrava pela porta dentro, a queixar-‐se sem parar, o mundo maravilhoso antes vivido deixava de
existir. Era complicado aturá-‐la. Nunca se calava, passava a vida a dizer que eu nunca fazia nada
enquanto era completamente o contrário. Eu tratava de tudo, comida, lavandaria, compras… A minha
mãe fazia de mim uma escrava.
Nessa tal tarde, tinha saído e estava muito descansada a olhar para o rio que passava à
frente da minha casa, e a pensar na minha vida desgraçada, quando ouvi um barulho que fez
estremecer o chão. O objecto passou à minha frente e vi que era um carro. Só conhecia “a coisa” dos
livros pois nunca tinha visto nenhum de verdade. Eu era uma jovem flamingo do campo, e achava que
nada na vida me iria tirar de lá.
Dentro desse tal carro encontravam-‐se, três flamingos. Uma fêmea, que provavelmente seria
a mãe, um macho que deveria ser o pai e um flamingo mais novo, logicamente o filho. A minha mãe
que também tinha ouvido o barulho do carro, foi imediatamente ver o que se passava lá fora. Soube
que estavam perdidos e sem gasolina. Aquela família não tinha para onde ir, e a minha mãe não
conseguia ser tão cruel ao ponto de não os ajudar. Aproximei-‐me e meti-‐me na conversa. Ao fim de
algum tempo, chegámos à conclusão que eles poderiam ficar alojados em nossa casa até
encontrarem uma solução.
O filho deles era maravilhoso. Muito querido, mas, pensava eu com muita certeza, que ele
nunca na vida iria olhar para uma campónia como eu. Os seus pais eram chiques e faziam questão de
não fazer as suas necessidades nem tomar banho na nossa casa-‐de-‐banho pois diziam que éramos
desarrumados e que não limpávamos. Tinham uma lata!
Mas o meu interesse era sem dúvida o jovem flamingo. Por mais que eu tentasse falar com
ele, faltava-‐me sempre a coragem. Até que um dia, o encontrei no rio, e decidi, a medo, começar com
um “olá”. Ele respondeu-‐me muito carinhosamente, com uma voz muito doce. Começamos a falar e
entretanto ficámos amigos. Ao despedirmo-‐nos, ele deu-‐me um beijo muito suave, na minha
bochecha, e eu fiquei tão contente que sentia as penas a bater! Eu estava a apaixonar-‐me, mas eu
sabia que não devia pois nunca na vida teria hipóteses. Passaram duas semanas, ou talvez mais, e
ainda não tínhamos arranjado uma solução para esta família. Por enquanto, teriam de continuar
connosco. Estava nas nuvens, claro! Eu gostava imenso que ele estivesse lá em casa, e todas as
22
quintas-‐feiras, começamos a ir juntos para o rio. A nossa amizade crescia cada vez mais. E um dia,
decidi declarar-‐me. Eu amava-‐o e queria que ele soubesse. Nesse tal dia, ele também me queria
contar uma qualquer novidade, mas pensei que teria a ver com os seus pais ou outro assunto
desinteressante, e não liguei muito. Quando chegou o tal momento, estava a tremer em tudo o que
era sítio. Que medo que eu tinha. Cheguei à beira dele, e ia começar a falar quando ele me
interrompeu e disse que gostava de mim! Eu fiquei contentíssima! Beijei-‐o com toda a minha paixão!
Ficámos namorados, mas achamos cedo de mais para contar aos nossos pais. Esperámos, esperámos,
e quando contámos, foi a pior coisa do mundo. Os pais dele não gostaram nada da ideia, claro, pois
eu era uma “rapariga do campo”. Foi a pior coisa que podiam ter dito. A partir daí passava os dias a
chorar. Chorei, chorei, até que um dia a mãe dele me apanhou sozinha e disse:
– Olha a campónia a chorar, como não tem mais nada que fazer, o entretenimento dela deve
ser chorar!
Nesse momento não aguentei. Sem dar nas vistas, peguei nas minhas roupas, no meu
essencial, e decidi sair de casa. Não suportava mais ver aquelas pessoas. Ainda por cima eram intrusos
na minha casa! Esperei pela noite, muito ansiosa para me ver livre daquele inferno. Quando a minha
mãe me chamou para jantar, só me apetecia recusar, mas já sabia que teria de ouvir um sermão, por
isso, fui, mas não olhei ninguém nos olhos. Fiz de conta que ninguém estava lá. Quando acabei, fui
direitinha para o telhado, reflectir na minha vida. A minha decisão estava tomada, e nem o medo me
impediria. Às 10 horas da noite, já todos estavam a sonhar. Fui para a cozinha, e pela janela saí de
casa. Nem pensei nas consequências que teria a minha acção, simplesmente queria ver-‐me livre
daquele mundo e começar uma vida nova.
Dirigi-‐me para Sul, com o meu pequeno saco rosa às costas. Procurei sobreviver sozinha
durante dias e dias, até que um dia fui parar à porta de uma casa verde, muito colorida. Estava
exausta e já não me aguentava em pé. Tinha de pedir ajuda a alguém. Os donos da casa acolheram-‐
me de uma maneira muito carinhosa. Aquela família tinha algo de especial. Era uma família tão
amável. Deixaram-‐me estar lá cerca de dois meses, e em seguida, parti. Procurei uma escola, pois não
tinha idade para trabalhar. Encontrei uma escola de artes. Era espectacular. Inscrevi-‐me, e para
surpresa minha, fui aceite. O primeiro dia de aulas foi estranhíssimo, não sabia o que fazer pois nunca
tinha andado numa escola. Tentei fazer amizades, mas toda a gente me ignorava, pois as minhas
roupas eram estranhas, eram roupas do “campo”. Deixei as amizades para trás, e concentrei-‐me
unicamente na minha tarefa, estudar, para ter um bom emprego.
Passei semanas e meses sem um tecto, dormia na rua junto ao teatro municipal, e algumas
vezes, a menina da limpeza até me deixava dormir lá dentro, mas pedia-‐me que não desse nas vistas
para não lhe arranjar chatices. A escola oferecia-‐me o almoço, e o resto das refeições eram pequenas
merendas que comprava com o subsídio que a escola me dava. Durante anos, vivi assim. As minhas
notas eram altíssimas, e os professores gostavam imenso de mim.
23
No décimo segundo ano, ofereciam uma bolsa a quem ganhasse o concurso de teatro que ia
haver no teatro municipal. Dediquei-‐me intensamente à preparação da peça. Mal comia. Durante
semanas só pensava em treinar, repetir, ensaiar. No final, a minha peça teve um resultado acima das
minhas expectativas. Eu tinha feito tudo sozinha, e os júris valorizaram muito isso. Lembro-‐me tão
bem, de estar entre os vinte concorrentes, todos bem juntos no palco, à espera que anunciassem o
nome do vencedor. E na hora em que o júri diz o meu nome, a minha cabeça explode de alegria. Tinha
ganho a bolsa e o concurso. Com a bolsa, a escola ainda me ofereceu mais dez mil euros como
prémio. Com os dez mil euros, arranjei um apartamento de luxo, até, porque naquela altura, tudo era
muito mais barato. Fui para a universidade e tudo me corria bem. Fiz amizades com algumas
raparigas muito talentosas e mais velhas, que me ajudavam em tudo. Quando acabei o curso, arranjei
logo um emprego numa empresa de design gráfico. Ganhava milhares por dia. Certo dia, propuseram-‐
me um trabalho importantíssimo, e como é óbvio aceitei. Tinha de fazer uma imagem e um slogan
para uma empresa de móveis. Inicialmente não fazia ideia do que iria fazer, então pus-‐me a inventar
e até saiu um desenho bonito, embora ainda faltassem uns pequenos retoques. Quando acabei, fui
até à empresa entregá-‐lo. Quando cheguei à empresa imaginem quem lá encontrei. A “mulher a
quem a minha mãe tinha dado casa” e o marido. Fiquei boquiaberta! “Só me faltava agora aparecer
também o filho...” pensava eu naqueles momentos de raiva, e repentinamente, quem aparece? Ele!
Fiquei triste, ao mesmo tempo que sentia o meu coração a bater furiosamente. Era verdade…
passados tantos anos longe daquelas pessoas e daquela vida, eu ainda o amava. Fiz de conta que não
os conhecia, mas o grande problema era que eu tinha de lhe entregar o trabalho a ele. Cheguei lá,
entreguei o trabalho, e ele ficou a olhar para mim durante muito tempo e disse:
-‐És muito bonita! Fazes-‐me lembrar alguém que conheci há muito tempo atrás…Eu
envergonhada nem respondi e saí do edifício a correr. Chorei durante noites e dias... esperando que a
dor passasse. Mas o destino teimava em magoar-‐me e alguns dias depois tinha na caixa-‐de-‐correio
uma carta dessa mesma empresa. Abri e dizia “Gostamos imenso do trabalho que a senhora nos
entregou. Vamos com certeza utilizá-‐lo. E gostaríamos de a convidar para um convívio, onde estarão
presentes as pessoas que contribuíram para o crescimento da empresa. Contamos com a sua
presença. Os nossos sinceros agradecimentos.
Estava sem fala. E a minha primeira reacção foi recusar o convite. Mas pensei nas
possibilidades que este convívio me ofereceria.
Quando cheguei à festa, fiz de conta que não conhecia ninguém, até que a mãe do meu
amado veio ter comigo, e disse:
-‐ Parece que a conheço. A menina não é a filha daquela simpática família que nos deu abrigo
quando nos perdemos, há uns anos atrás?
Fui apanhada de surpresa e respondi:
– Sim, sou a “campónia” …
24
Ela ficou a olhar para mim durante muito tempo, vi a minha transformação e começou a
pedir desculpa! Eu disse-‐lhe que já não tinha mal, pois se não fosse ela, nunca teria a vida que tinha
actualmente. Ela levou-‐me até ao filho, e a reacção dele, foi dar-‐me um beijo. Eu fiquei tão... Sei lá!
Uma sensação estranhíssima, mas no fundo muito agradável! Nunca na vida tinha estado assim. Ele
pediu-‐me em namoro, e depois de três anos de um namoro feliz, casamo-‐nos e fomos viver com a
minha mãe, que faleceu pouco tempo depois. Sofri, pois claro, mas não muito, porque apesar de ser
minha mãe, nunca tinha actuado como tal.
Inês Fernandes
Marta Sousa
25
26
Especial
Como já era hábito, Mariana acordava de manhã com pelo menos uns vinte pássaros a
cantar na sua janela. Ela já não se sentia bem ao acordar sem os ouvir . Quando se levantava, abria as
cortinas de cor fúscia para observar as criaturas maravilhosas a cantar aquela linda melodia. Havia
pássaros de todas as cores, azul, roxo , rosa , etc . Mas havia um que se destacava. Era um pequeno
pássaro, de uma cor muito bela, um castanho com manchas verdes, até fazia lembrar os fatos
militares. Mariana gostava imenso desse passarinho, era único para ela. Um dia , com tanta pena
daqueles pobres passarinhos sem uma gaiola para se resguardar do frio, pediu à mãe que deixa-‐se
construir uma gaiola para os pássaros com as ferramentas de carpinteiro do pai. A mãe, com certeza
não achou muita piada à ideia, mas Mariana explicou-‐lhe que não se sentia bem com tantos pássaros
em sua janela, sem lar. A mãe claramente compreendeu e deixou que a filha construísse a gaiola.
Passados alguns meses, Mariana ainda só tinha feito algumas grades, então percebeu que
necessitaria da ajuda do seu pai. Ao jantar, um pouco receosa perguntou ao pai se a poderia ajudar, e
é evidente que o pai teve a mesma reacção que a mãe, mas por fim, concordou. Demoraram quatro
semanas de trabalho intenso para concluir a construção. No dia da conclusão, Mariana adormeceu
muito feliz e bem-‐humorada. Na manhã do dia seguinte, pôs-‐se de pé, levantou os braços no ar,
bocejou, e fez o costume. Abriu as cortinas muito cuidadosamente e de repente começou correr
deseperada pelas escadas a chorar, a reclamar que os pássaros que praticamente já lhe pertenciam,
tinham fugido. Ficou arrasada. Durante semanas questionou o porquê de eles fugirem naquele
preciso dia, até que uma noite, depois de estar horas sentada no baloiço cor-‐de-‐rosa, a reflectir um
pouco sobre o que tinha acontecido há meses atrás , se apercebeu que eles viram que ela estava a
construir uma gaiola para eles, e que nela não seriam felizes , entretanto decidiram mudar-‐se .
Ninguém, nem mesmo um animal irracional são felizes fechados em gaiolas , jaulas ou seja o que for ,
e essa foi a conclusão que a Mariana tirou , e simplesmente ficou feliz ao pensar que naquele
momento estariam num sítio melhor do que uma.
Marta Sousa
27
O Flamingo Doente
Era uma vez uma região como outra qualquer, mas tinha uma coisa de especial viviam lá
flamingos não humanos como é normal.
Nessa região vivia o flamingo João que tinha uma vida normal como outro flamingo
qualquer.
A certo dia o flamingo João foi dar um passeio á cidade havia uma brisa refrescante que a
achava muito boa. A certo momento começaram-‐lhe a aparecer coisas tipo borbulhas no corpo
inteiro e a coisa que lhe passou pela cabeça foi atirar-‐se para o chão e esfregar-‐se todo a ver se
desaparecia.
Os outros flamingos começaram a aperceberem-‐se da confusão e chamaram a ambulância.
Ficou eternado porque podia contaminar os outros flamingos. Devido á doença tive morrer,
mas ficou para a história a sua doença.
Assim ficou famoso depois de morrer.
Miguel Vieito
28
29
Rita no país das maravilhas
Estamos no início da Primavera, sopra um vento fresco, umas folhas dançam pelo ar e um sol
envergonhado dá um ar da sua graça. Numa pequena aldeia, abrigada entre montanhas, morava a
família Arieira, numa grande casa com vista para o parque. Essa família era constituída pelo pai o
senhor Leonardo, pela mãe, a senhora Margarida e pela filha de cinco anos que se chamava Rita.
Havia outro membro importante nessa família, o cão Max.
A Rita só tinha cinco anos e gostava muito de passear no parque em frente a sua casa,
sempre acompanhada pelo seu melhor amigo. O Max, como era um cão bem comportado não
necessitava de usar coleira pois nunca saía da beira da sua dona.
O parque era fascinante. Havia uma macieira diferente, pois dava maças todo o ano, e eram
bem docinhas e vermelhinhas. Um regalo para as crianças!
Flores de todas as cores tornavam este espaço multicolor. A relva verdinha e o grande lago
onde patos brincalhões se refrescavam, as rãs coaxavam alegremente, os peixes nadavam ao som
dessa melodia, e os nenúfares boiavam preguiçosamente, contribuíam para tornar este recinto
mágico. A Rita sentia-‐se como a “Alice no País das Maravilhas”. Mas a sua grande tentação era a
macieira. Sempre que passava junto da árvore não resistia àquele aroma, aquele vermelho tentador.
E caía na tentação de comer aquelas maças vermelhinhas. Como era uma menina muito asseada,
nunca esquecia de as lavar antes de meter à boca, como lhe ensinara sua mãe. Então, dirigia-‐se a uma
fonte que ficava ali juntinho à árvore, de onde saía uma água limpa e transparente.
A família Arieira não podia ter escolhido melhor sítio para morar.
Mónica Parente
30
31
Um rapaz americano
Era uma vez um rapaz americano chamado Richard. Richard era um menino inteligente,
persistente e curioso que procurava concretizar o seu maior sonho que era conseguir realizar cinco
dos seus maiores desejos.
Um dia quando regressava da escola teve a curiosidade de entrar numa gruta que já há
muito tempo queria explorar. Já lá dentro, reparou num homem vestido de azul com uma pequena
varinha numa mão e na outra um livro de feitiços. Richard, assustado, tentou fugir, mas o feiticeiro
impediu-‐o. O rapazinho ficou ainda mais assustado quando viu que o feiticeiro não o deixava sair.
Depois de muito falar Richard apercebeu-‐se que era um bom feiticeiro e até ficaram amigos.
O rapaz perguntou-‐lhe o que estava a preparar. O feiticeiro respondeu-‐lhe que estava a
preparar uma poção para o congresso mundial de feiticeiros que se ia realizar no Japão. O feiticeiro
perguntou-‐lhe se queria ir com ele pois sabia que os miúdos iam entrar de férias. Richard aceitou logo
pois sabia que lá iria encontrar um mundo maravilhoso onde todos os desejos se realizavam.
Agora só faltava mesmo o transporte. Richard lembrou-‐se do seu comboio de brincar que
estava na sua pasta, e pediu que o aumentasse e o pusesse em andamento. Já com o comboio a
apitar, partiram para o congresso.
A meio do caminho deram de caras com uma grande tempestade e como se não bastasse
apareceram uns robots maléficos que pertenciam ao maior rival do feiticeiro que não queria que este
chegasse ao congresso. Depois de muito combater, Richard lembrou-‐se que tinha um Homem-‐Aranha
na pasta. O feiticeiro deu-‐lhe vida e pouco tempo depois ele já tinha acabado com os robots. Mas os
nossos heróis passaram por um grande susto.
Já no congresso apareceu mais um dos seus inimigos, mas desta vez, Richard e o feiticeiro
não conseguiram escapar. Foram aprisionados numa caverna. Até que aparece um outro feiticeiro
que , quando os viu naquele estado, usou a sua magia para os salvar. Já libertado o feiticeiro entrou
no congresso e o rapaz entrou no mundo maravilhoso onde conseguiu concretizar os desejos.
Renato Viana
Tiago Torre
32
33
A missão
Numa tarde de sol, um jovem rapaz estava a trabalhar no zoo marinho em Lisboa. Foi dar
uma vista de olhos pelos animais do aquário, entretanto reparou que num deles havia uma
lagosta que parecia muito doente. O jovem tinha de ver o que a lagosta tinha. Vestiu o fato
de mergulho e entrou no tanque, pegou nela e levou-‐a para um tanque especial, onde
ficavam os animais doentes ou feridos. Fez várias análises à lagosta e descobriu que esta
tinha uma doença extremamente rara, e ficou desolado pois sabia que o zoo não teria
dinheiro suficiente para comprar os remédios necessários para a curar.
No dia seguinte, a caminho do zoo, reparou num poster afixado numa parede que anunciava
um concurso de graffiti: o melhor graffiti ganhava um prémio de dois mil euros. Então como
ele tinha jeito para o desenho, em especial com latas de tinta, decidiu inscrever-‐se. Faltavam
dois dias para o concurso e a lagosta estava a ficar cada vez pior. No dia do concurso, ele deu
o seu melhor pois sabia que esta era a grande oportunidade para salvar a sua tão amada
lagosta. Quando chegou a hora de anunciar o vencedor, todos estavam nervosos, mas ao
mesmo tempo ansiosos. Finalmente o júri anunciou o nome do vencedor. Ao ouvir o seu
nome, o jovem rapaz explodiu de contente e, muito emocionado, foi receber o seu tão
desejado, mas merecido prémio. Pegou no prémio e, no seu grande e bonito camião de
transporte de animais e dirigiu-‐se para o zoo marinho. Pegou na lagosta, pô-‐la num aquário
e foi ao veterinário com a lagosta. Pagou o tratamento com o dinheiro do prémio e esperou
pela recuperação da lagosta. Esta, ao ver o quanto o rapaz gostava dela, começou a
melhorar e em pouco tempo estava de pé. O rapaz ficou todo contente, claro, pois sentiu
que o concurso não tinha sido em vão já que tinha conseguido salvar a lagosta. A partir
desse dia o rapaz e lagosta tornaram-‐se inseparáveis.
André Lourenço
Ruben Lajoso
Telmo Borlido
34
35
Cogui e o Cogumelo
Era uma vez um caracol chamado Cogui. Cogui tinha nascido há pouco tempo por isso não
tinha experiências da vida na floresta!
No dia em que saiu de casa dos pais sozinho pela primeira vez, estes estavam muito
orgulhosos do seu protegido, e o Cogui, estava radiante por, finalmente, viver na responsabilidade de
se sustentar! Estava ansioso por saber que perigos a floresta escondia! Estava ansioso para sentir o
cheiro das ervas daninhas a crescer em sítios inesperados. Estava ansioso para passear por sítios
desconhecidos e descobrir todos os seus segredos. Os seus pais tinham-‐lhe falado de tudo o que ele
poderia encontrar na floresta , incluindo os perigos! Por isso, Cogui não tinha nada a temer!
Certo dia, enquanto dava o seu habitual passeio da manhã, pensou:
«Estou farto disto! É sempre a mesma rotina! Vou mudar a minha rota!»
Se assim pensou, assim fez! Em vez de ir até à Praça do Feto e voltar pela Rua do Papagaio
Cantor, decidiu ir até à Avenida do Mocho e passar pela casa do seu amigo escaravelho, Thomas.
Então lá foi todo contente! Ao passar pela Avenida do Mocho, encontrou a D. Borboleta
caída no chão!
-‐ D. Borboleta! Está bem? Olhe só o que lhe foi acontecer!
-‐ Aí menino Caracol. Você nem imagina. Os bandidos dos mosquitos bateram contra mim, eu
caí, magoei-‐me numa asa, e eles fugiram! Ai quando eu os apanhar! – resmungou a D. Borboleta com
o punho erguido.
-‐ Acalme-‐se, não está em condições de se exaltar! Olhe só, eu hoje decidi mudar de rumo, e
dou por mim a encontrá-‐la magoada, sozinha no chão! Isto, só o destino!
Com cuidado, o Cogui levantou a D. Borboleta e levou-‐a até o centro de cuidados florestais
mais próximo. Por sorte, encontraram lá o Dr. Lagartino, que era amigo do Cogui, e iria cuidar,
certamente muito bem, da pequena ferida de D.Borboleta.
Deixando, então, a D. Borboleta em boas mãos, o Cogui continuou o seu passeio. De repente,
sentiu um ligeiro toque no dorso. De seguida sentiu outro, e outro, e outro, até que começou a sentir
muitos ao mesmo tempo! Quando deu por si, estava debaixo de um chuvada repentina. O Cogui
dirigiu-‐se, o mais rapidamente que pode , para o abrigo mais próximo.
36
-‐ Ufa, quem diria que ia chover assim tão repentinamente! Parece que hoje, a vida não quer
que eu dê o meu passei matinal! Mas, que é isto?
Cogui não fazia a menor ideia do local onde estava abrigado. Era uma espécie de chapéu-‐de-‐
chuva esponjoso. Apalpou-‐o bem, para sentir a textura! Cheirou-‐o para ver se conseguia descobrir de
que é que se tratava, mas não obteve sucesso. Na verdade, o que o Cogui estava a observar era um
Cogumelo, mas, por estranho que pareça, Cogui não fazia a menor ideia do que é que aquilo era!
Alguns metros à sua frente, avistou um outro cogumelo mais pequeno, e esperou que a chuva
parasse para o poder observar também, de mais perto.
Algum tempo depois, a chuva abrandou, e o Cogui teve a possibilidade de apalpar e cheirar
também a outra espécie de Cogumelo, para ter a certeza que eram coisas semelhantes! Ao fim de
alguns segundo, lá estava o Cogui às voltas e a pensar que espécie de planta era aquilo e para que é
que servia ! De repente, passa junto de Cogui o seu amigo grilo!
-‐ Grilo, Grilo! – chamou Cogui – anda aqui se faz favor!
-‐ Bom dia Cogui! Então, que problemas te atormentam?
-‐ Alguma vez viste isto? – disse, apontando para o Cogumelo
-‐ Já, é um Cogumelo, serve para os insectos se abrigarem da chuva! Não sabias disso? Oh,
Cogui, não andas a ver televisão – dizendo isto, foi-‐se embora!
Cogui continuou a pensar:
«Se fosse só para a chuva, não teria esta textura esponjosa! Não, tem que ter outra
ultilidade!»
As horas começam a pesar, então, o Cogui arranca o Cogumelo e leva-‐o consigo para sua
casa. Lá, almoçou, descansou e pensou muito acerca do estranho objecto, e decidiu fazer um
pequeno inquérito pela vizinhança. Começou pelo seu vizinho mais próximo: o Caracolito.
-‐ Bom dia Caracolito, sabes o que é isto? – disse, apontando para o Cogumelo.
-‐ Olá Cogui, claro que sei, é um trampolim! Basta ires para cima dele, saltas o mais alto que
podes e depois escorregas!
-‐ Parece divertido, e isso explica a sua textura esponjosa! O Grilo disse-‐me que era um abrigo
para a chuva!
-‐ O Grilo? Oh, o Grilo não sabe nada!
37
Cogui agora confundiu-‐se! Não sabia em qual deles acreditar. Então decidiu perguntar ao
próximo vizinho. Este disse ao Cogui que o Cogumelo servia para comer. Mas preveniu-‐o que havia
alguns cogumelos que eram venenosos, e podiam matá-‐lo. Portanto, o Cogui nem sequer tentou dar
uma trinca no Cogumelo. Mas agora estava ainda mais confuso! Tinha três opções, e não sabia qual
delas era a certa. Então continuou o seu inquérito. E as respostas eram as mais mirabolantes! Uns
diziam que era uma peça de decoração! Outros diziam que era uma espécie de árvore, e ainda havia
animais que diziam que era um sinal de trânsito!
Cogui achava que nunca ia encontrar a verdadeira resposta para a sua questão!
Cogui continuava assim, dia e noite, a pesquisar, a procurar, a elaborar respostas…
E foi assim que Cogui descobriu a sua paixão e o seu talento para a procura e a investigação!
Graças a um cogumelo insignificante, o Cogui tornou-‐se um dos mais conceituados cientistas da “Era
Animal”.
Ah, e o nosso pequeno caracol, Cogui, nunca chegou a saber o verdadeiro nome e para que é
que o Cogumelo servia!
Susana Lage
38
39
A amizade não tem limites
Esta é uma história de sucesso, entre um porco e um E.T…
Aconteceu no ano de 1947, tinha acabado de haver a pior guerra de sempre. A segunda
guerra mundial marcara para sempre toda a Humanidade…
Nessa altura ainda ninguém sabia, ou sequer acreditava, que estávamos a ser observados por
seres de outro planeta e de outra dimensão, e que esses mesmos seres queriam mudar de planeta
pois não estavam satisfeitos com o seu império.
Então querendo os E.T’s saber realmente com o que estavam a lidar decidiram mandar para
a Terra Mark, um potencial criminoso que matara a sua família apenas com uma lata de Spray…
Quando chegou à Terra foi recebido por um estranho ser que nunca vira. Era um porco, um
porco vulgar na sua pocilga, na sua quinta, no seu lugar. Mas eis que o porco começou a falar com o
ET, sim a falar, não a nossa língua , mas a mesma que o ET. Ambos se entendiam perfeitamente, mas
eis que surge uma questão: Como é que o porco o entendia sendo de um mundo completamente
diferente e distante? Talvez tivesse a mesma origem ou talvez puro e simplesmente a língua dos
porcos fosse igual a dos E.T’s.
Contudo era um pouco estranho, mas eles começam a falar:
-‐Olá!-‐ começou por dizer o porco -‐Nunca vi ninguém como tu por aqui!
-‐Não posso falar com estranhos! Estou numa missão fundamental para o meu pais. Adeus,
estranho ser cor-‐de-‐rosa! E virando a sua cara estranha, disse-‐lhe que iria seguir caminho por terra
que nunca antes pisara.
Então o Porco pensou nos locais por onde o ET teria inevitavelmente de passar: terras
desconhecidas, terras onde era possível ver sepulturas da guerra, terras onde muita gente sofria ou
morrera pela pátria.
Então o porco que estava farto de ver gente sofrer e morrer disse:
-‐Espera, chega de mortes, eu vou contigo! Conheço muito bem esta zona e sei onde estão os
maiores perigos.
40
E lá foram os dois, correndo os montes cheios de campas, passando por casas em ruína que
outrora foram habitadas, por árvores agora mortas no meio da solidão.
Entretanto o Capitão dos E.T’s começava a preocupar-‐se e questionou-‐se: Onde estaria
Mark que há 3 dias tinha partido e ainda não dera notícias?
Foi então que decidiu contactá-‐lo por teleston, uma espécie de comunicador dos ETs.
-‐Está lá, escuto? Recluso responda…
-‐Daqui recluso…Diga! -‐respondeu ele.
-‐Qual é o relatório que faz do espaço?
-‐Ainda não consegui descobrir nada, mas há vida neste planeta…Over ! Logo que tenha mais
novidades, informo-‐o.
Terminando assim a conversa o porco perguntou:
-‐Porque é que não lhe disseste que era seguro atacar?
E Mark ouvindo aquilo virou costas e seguiu caminho… Não sabia o seu destino, apenas
queria descansar e poder pensar para ele mesmo.
No dia seguinte saiu bem cedo deixando um bilhete em cima da mesa:
«Eu tinha como objectivo explorar o teu mundo para os meus superiores o conquistarem,
mas eis que te encontrei e percebi que não o podia fazer. Porquê? Porquê tirar a vida a estes seres se
eles merecem viver…? Foi graças a ti ou por ti que eu consegui acordar para a realidade e perceber
que o que estava a fazer era errado. Reparei que ainda há pouco houve um terrível confronto entre
vós que causou um número assustador de baixas e vos marcará para sempre. Sei que já sofrestes
demasiado . Decidi que não vos iremos atacar…
Despeço-‐me dizendo:
Obrigado meu amigo, obrigado por tudo. Não te preocupes, estarás sempre comigo, mas
noutra dimensão…»
Mal acabou de ler o bilhete, o porco , muito comovido, olhou para o céu e viu uma nave
estranha a sobrevoar o planeta, rumo ao infinito espaço do desconhecido.
Cláudia Ferreira
41
Nome dos alunos 7º C que participaram neste projeto:
1 André Rodrigues
2 André Rocha
3 André Lourenço
4 Ariana Rodrigues
5 Catarina Delgado
6 Catarina Moreira
7 Catarina Calheiros
8 Daniel Parente
9 Diana Sequeira
10 Diogo Alexandre
11 Diogo Filipe
13 Filipe Pereira
14 Ines Fernandes
16 Marta Sousa
18 Miguel Vieito
19 Mónica Parente
20 Rafael Viana
21 Renato Viana
22 Ruben Lajoso
24 Susana Lage
25 Telmo Borlido
26 Tiago Torre
27 Claúdia Ferreira
Nome dos professores responsáveis deste projeto:
• Isabel Sá (grupo 300) Língua Portuguesa e Área de Projeto_____________________ • João Carlos Pereira(grupo 600) Educação Visual______________________________