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Iara Pinheiro Geiza Rocha (de azul) pretende discutir a inovação no Rio com o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia JORNAL DA ALERJ Jornal 291 - página 10 D esde 2008, a Fun- dação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Esta- do do Rio (Faperj) disponibilizou mais de R$ 80 milhões em forma de subvenção econômica, recurso não reembolsável, para empresas voltadas para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços frutos de inovação tecnológica. Mas apesar do investimento, muitas empresas encontram dificuldades para vender seus produtos. A afir- mação foi feita pelo especialista em Projetos Tecnológicos da Fe- deração das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Fabiano Gallindo, nesta sexta-feira (24/10), durante reunião do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado. Segundo ele, apesar do apoio da Faperj, o problema ocorre por falta de comunicação, principalmente por parte do Governo. De acordo com Fabiano, apesar de o Rio de Janeiro ser o único estado cuja legislação determina prioridade para empresas inovadoras venderem sua produção para o setor público estadual, entre os 17 estados que possuem leis de incentivo à pesquisa científica e tecnológica, na prática isso não acontece. “Hoje, temos percebido que mesmo se esse produto ou serviço for concluído com sucesso, não se sabe para quem vender. Esse projeto poderia ser iniciado já com um pedido. Isso é impor- tantíssimo”, opinou Gallindo. Durante o encontro, Gallindo também assegurou que a orien- tação e capacitação são uma saída, principalmente para as microempresas. “Fizemos uma ação conjunta com o Sebrae e o Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Rio, por exemplo, onde capacitamos 25 pequenos empresários que se interessavam em produzir papel reciclado para o Comitê Olímpico Brasileiro. Hoje, 21 desses participam do processo de licitação”, concluiu. Fórum e Firjan discutem melhorias em retornos de investimentos em inovações INDÚSTRIA Concorrências devem priorizar inovação LUCAS LIMA Para a secretária-geral do Fó- rum, Geiza Rocha, o caminho para melhorar essa situação passa pelo Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, previsto na Lei, para identificar as prioridades do es- tado junto com as secretarias de governo. Ela pretende convidar a entidade para discutir o tema nas próximas reuniões do Fórum. “O Conselho é uma demons- tração de que o estado está, de forma organizada, pensando em como trazer a inovação para dentro do próprio governo”, afirmou ela, acrescentando que o edital da Faperj é fundamental, mas precisa acontecer de maneira sincronizada com o mercado: “À medida que o empresário inova um produto, que será usado pelo estado em um primeiro momento, ele também inova para o mercado. Já vimos isso acontecer na área da saúde, por exemplo, que tem uma política industrial mais clara e definida”. Sincronia entre edital e mercado

Errata do Jornal da Alej 291 (16/10/14 - 31/10/14)

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Page 1: Errata do Jornal da Alej 291 (16/10/14 - 31/10/14)

Rio de Janeiro, 16 a 31 de outubro de 201410

Iara Pinheiro

Geiza Rocha (de azul)

pretende discutir a

inovação no Rio com

o Conselho Estadual de

Ciência e Tecnologia

JORNAL DA ALERJJornal 291 - página 10

Desde 2008, a Fun-dação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Esta-

do do Rio (Faperj) disponibilizou mais de R$ 80 milhões em forma de subvenção econômica, recurso não reembolsável, para empresas voltadas para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços frutos de inovação tecnológica. Mas apesar do investimento, muitas empresas encontram dificuldades para vender seus produtos. A afir-mação foi feita pelo especialista em Projetos Tecnológicos da Fe-deração das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Fabiano Gallindo, nesta sexta-feira (24/10), durante reunião do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado.

Segundo ele, apesar do apoio da Faperj, o problema ocorre por falta

de comunicação, principalmente por parte do Governo. De acordo com Fabiano, apesar de o Rio de Janeiro ser o único estado cuja legislação determina prioridade para empresas inovadoras venderem sua produção para o setor público estadual, entre os 17 estados que possuem leis de incentivo à pesquisa científi ca e tecnológica, na prática isso não acontece. “Hoje, temos percebido que mesmo se esse produto ou serviço for concluído com sucesso, não se sabe para quem vender. Esse projeto poderia ser iniciado já com um pedido. Isso é impor-tantíssimo”, opinou Gallindo.

Durante o encontro, Gallindo também assegurou que a orien-tação e capacitação são uma saída, principalmente para as microempresas. “Fizemos uma ação conjunta com o Sebrae e o Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Rio, por exemplo, onde capacitamos 25 pequenos empresários que se interessavam em produzir papel reciclado para o Comitê Olímpico Brasileiro. Hoje, 21 desses participam do processo de licitação”, concluiu.

Fórum e Firjan discutem melhorias em retornos de investimentos em inovações

INDÚSTRIA

de comunicação, principalmente por parte do Governo. De acordo com

Fórum e Firjan discutem melhorias em retornos de

Concorrências devem priorizar inovação

LUCAS LIMA Para a secretária-geral do Fó-rum, Geiza Rocha, o caminho para melhorar essa situação passa pelo Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, previsto na Lei, para identifi car as prioridades do es-tado junto com as secretarias de governo. Ela pretende convidar a entidade para discutir o tema nas próximas reuniões do Fórum.

“O Conselho é uma demons-tração de que o estado está, de forma organizada, pensando em como trazer a inovação para dentro do próprio governo”, afi rmou ela, acrescentando que o edital da Faperj é fundamental, mas precisa acontecer de maneira sincronizada com o mercado: “À medida que o empresário inova um produto, que será usado pelo estado em um primeiro momento, ele também inova para o mercado. Já vimos isso acontecer na área da saúde, por exemplo, que tem uma política industrial mais clara e defi nida”.

Sincronia entre edital e mercado