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Crónicas da Matemática Pág. 14 Rock in Rio Lisboa da música Pág. 2 Pág. 12 crónicas... traços... escritas... da imaginação Escola S/3 de Amato Lusitano Av. Pedro Álvares Cabral 085-6000 Castelo Branco Tel. 272339280 Fax. 272329776 E-mail: [email protected] www.esal.edu.pt Ano III - Nº 2 Abril 2010 Jornal da Escola Secundária/3 de Amato Lusitano Que SAL? Que PICOS? ...para onde vai o planeta? Editorial da biblioteca António Fontinha na ESAL Págs. 6 e 7 A minha vida em números Com o apoio do Jornal Reconquista E nós? De costas viradas? Eu poluidor me confesso! O relacionamento da humanidade com a natureza culminou, nos dias de hoje, com uma forte pressão exercida sobre os recursos naturais. Actualmente é comum a contaminação dos cursos de água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, entre muitas outras formas de agressão do meio ambiente. Torna-se clara a necessidade de mudarmos o nosso comporta- mento em relação à natureza, no sentido de promover, sob um modelo de desenvolvimento sustentável, a compatibilização de práticas económicas, com reflexos positivos evidentes na nossa qualidade de vida. A Educação Ambiental constitui-se assim numa forma abrangente de educação, através de um processo que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a problemática ambiental. Assim começa a esboçar-se o que hoje é objecto de análise, discussão e tentativa de concretização em várias latitudes: o conceito de desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento sustentável é “um desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”. Traduz-se em desafios que colocam em parceria a administração e todos os outros sectores da sociedade, promovendo a qualidade de vida numa perspectiva integrada que engloba preocupações ambien- tais, sociais e económicas. A mudança começa em cada um de nós. “Seja a mudança que quer ver no mundo” (Mahatma Gandhi). João Belém

eSalpicos nº3

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Jornal escolar da Escola SEcundária/3 de Amato Lusitano

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Page 1: eSalpicos nº3

Crónicas da Matemática

Pág. 14

Rock in RioLisboa

da música

Pág. 2

Pág. 12

crónicas...traços...escritas...

da imaginação

Escola S/3 de Amato Lusitano Av. Pedro Álvares Cabral 085-6000 Castelo Branco

Tel. 272339280Fax. 272329776

E-mail: [email protected]

Ano III - Nº 2 Abril 2010

Jornal da Escola Secundária/3 de Amato Lusitano

Que SAL? Que PICOS?

...para onde vai o planeta?

Editorial

da biblioteca

AntónioFontinha naESAL

Págs. 6 e 7

A minhavida emnúmeros

Com o apoio do

Jornal Reconquista

E nós?De costas viradas?Eu poluidor me confesso!

O relacionamento dahumanidade com a naturezaculminou, nos dias de hoje, comuma forte pressão exercida sobreos recursos naturais. Actualmente é comum acontaminação dos cursos deágua, a poluição atmosférica, adevastação das florestas, entremuitas outras formas deagressão do meio ambiente.Torna-se clara a necessidade demudarmos o nosso comporta-mento em relação à natureza, nosentido de promover, sob ummodelo de desenvolvimentosustentável, a compatibilizaçãode práticas económicas, comreflexos positivos evidentes nanossa qualidade de vida. A Educação Ambientalconstitui-se assim numa formaabrangente de educação, atravésde um processo que procuraincutir no educando umaconsciência crítica sobre aproblemática ambiental. Assim começa a esboçar-se oque hoje é objecto de análise,discussão e tentativa deconcretização em várias latitudes:o conceito de desenvolvimentosustentável. O desenvolvimento sustentávelé “um desenvolvimento quesatisfaz as necessidades dopresente sem comprometer acapacidade das gerações futurassatisfazerem as suas própriasnecessidades”. Traduz-se emdesafios que colocam em parceriaa administração e todos os outrossectores da sociedade,promovendo a qualidade de vidanuma perspectiva integrada queengloba preocupações ambien-tais, sociais e económicas. A mudança começa em cadaum de nós. “Seja a mudança quequer ver no mundo” (MahatmaGandhi).

João Belém

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da música

do nossopropósito … Dando continuação à nossarubrica da música, divulgamos nestenúmero do eSalpicos algumainformação sobre o Rock in Rio,evento musical que se avizinha. Como não podia deixar de ser,trazemos também novidades danossa banda A Way to Disappear.

Alexandre Aparício eDaniel Figueiredo, 11ºB

Já cheira a Rock in Rio

2

Direcção

Colaboradores

Patrícia Marques, 8ºARita Rodrigues, 8ºASandra Nunes, 8ºAAntónio Pires, 9ºA

João Reis, 9ºAInês Silva, 9ºB

Oana Gabriela, 9ºBDaniela Rosindo, 10ºACristiana Gaspar, 10ºC

Pedro Roque, 10ºCAna Belo, 10ºE

Adriana Ribeiro, 10ºECatarina Patrocínio, 10ºE

Luís Mira, 10ºEInês Martins, 10ºGHugo Baptista, 10ºL

Solange Ascensão, 10ºGAlexandre Aparício, 11ºBDaniel Figueiredo, 11ºB

Bruna Pereira, 11ºDFilipa Oliveira, 11ºDAna Galvão, 11ºE

Elizabeth Rodrigues, 11ºEVânia Marques, 11ºLMarília Robalo, 11ºLFábio ntunes, 11ºL

Ana Rita Sequeira, 12ºACatarina Silva, 12ºACátia Marques, 12ºAMariana Picado, 12ºA

Bárbara Gonçalves, 12ºBCatarina Nunes, 12ºBCíntia Carrondo, 12ºBHelena Nunes, 12ºBSara Almeida, 12ºBPedro Alves, 12ºFRui Freire, 12ºF

Carlos Brown, 12ºGInês Martins, 12ºGJoão Gama, 12ºG

António Valente, 12ºHDiogo ferreira, 12ºH

Filipe Leal, 12ºHFrancisco Fontes, 12ºH

Prof. Ana FerreiraProf. Filipa SantosProf. João BelémProf. Otília Duarte

Prof. Conceição NevesProf. Etelvina Maria

Prof. Hélder RodriguesProf. Hermínia Pombo

Prof.Raquel AfonsoProf. Rui Duarte

O Rock in Rio é um festival demúsica idealizado pelo empresáriobrasileiro Roberto Medina, realizadopela primeira vez em 1985. Originalmente organizado no Riode Janeiro, de onde vem o nome, oRock in Rio tornou-se um evento derepercussão mundial e, em 2004,teve a sua primeira ediçãointernacional em Lisboa, Portugal. A quarta edição do Rock in RioLisboa irá realizar-se nos dias 21,22, 27, 29 e 30 de Maio de 2010,com cartaz praticamente completoe ainda algumas surpresas a seranunciadas. No primeiro dia, contamos comJohn Mayer para apresentar osmelhores temas das sua carreira,muito concretamente “BattleStudies”, o trabalho que editou emNovembro de 2009. Para alémdesta actuação, o palco mundo iráainda assistir à energia das artistasShakira, Ivete Sangalo e ouvirmaravilhado a voz de Mariza. No segundo dia, o britânicoElton John vem cantar os maioressucessos da sua carreira para opúblico português. Marcarão aindapresença 2 Many Djs Live, LeonaLewis, Trovante e João Pedro Pais. No terceiro dia, destaque para oregresso da banda alternativaMuse. Será a segunda actuação noRock in Rio-Lisboa, depois de, em2008, terem ajudado a esgotar a

capacidade da Cidade do Rock. O triobritânico, que começou de formadiscreta e aos poucos soubeconquistar o público, vai apresentar‘The Resistance’, o sétimo álbum dasua carreira. Subirão também aopalco as bandas Snow Patrol, e Sum41. É ainda importante sublinhar,também neste dia, a quartaparticipação de uma das maioresbandas portuguesas de rock noevento – os Xutos & Pontapés. No quarto dia, Miley Cyrus, umadas jovens estrelas preferidas daAmérica devido ao sucesso do seupapel em Hannah Montana, vemdeslumbrar o público português.Além de Miley contaremos tambémcom Mcfly e D’zrt. No último dia, iremos ter duasbombas do metal internacional, osMotorhead e os Megadeth. Lemmye Dave Mustaine já estãoconfirmados para agradar aosmetaleiros e rockeiros portugueses.Também os Rammstein vêm dar oseu contributo para que este eventotenha um final único. Aconselhamos todos a participarnesta iniciativa. Se a vossa bandapreferida vier a Portugal, nãopercam a oportunidade assistir aoconcerto. No site http://rockinrio.sapo.pt/ é dada toda a informaçãoassim como a possibil idade decomprar bilhetes.

Passatempo do DNoferece bilhetespara o Rock in Rio

A Way to Desappear, bandaformada pelos jovens RicardoGonçalves, Daniel Figueiredo, JoãoDuque, Francisco Fontes eAlexandre Aparício, lançou o seuprimeiro EP, denominado Rehearsal. Contendo três originais daautoria da banda e mais duasmúsicas bónus, os A Way ToDisappear esperam assim marcar ajuventude albicastrense com a suamúsica. Quem quiser adquirir um CD,basta procurar na escola um dosmembros da banda.

“Fazer de um eventoum acontecimento quefaça o mundo pararpara pensar e actuar,para construir ummundo melhor é oobjectivo do trabalhoda equipa do Rock inRio”.

A Way toDisappearlança CDpromocional

Pelo terceiro ano consecutivo, oDiário de Notícias lançou o projectoN@escolas, este ano subordinadoao tema “O DIA D “, que conta coma participação da turma do 10ºAda nossa escola. O desafio lançado consistiu napreparação de uma curta notabiográfica de uma personalidade àescolha dos alunos e enviada parao Diário de Notícias. Os trabalhosforam avaliados por um júri e asnotas biográficas mais criativaspremiadas com a visita do jornal DNaos estabelecimentos de ensino.Foram escolhidas trinta escolas,entre as quais a ESAL e, no dia 29de Abril, o DN trará à nossa escolaa escritora Maria João Lopo deCarvalho para ser entrevistadapelos nossos alunos. No pátio de entrada,paralelamente será realizada uma

Projecto N@escolas

actividade que envolverá todos osalunos que queiram participar. Os autores das três melhoresreportagens e entrevista serãoconvidados para a Grande EntrevistaFinal onde as equipas vão ter de,em simultâneo, entrevistar trêspersonalidades convidadas peloDiário de Notícias. Os vencedoresnesta final vão fazer uma viagem ea cobertura de um evento. A par do desafio principal, o DNlançou também um passatempo: oenvio, através do site de uma fraserelacionada com o DN, incluindo aspalavras: DN, Rock in Rio, entrevista,acção social, ou o envio de uma fotolegendada original. As frases oufotos legendadas mais originaisganharão um convite duplo para oRock in Rio! Existem seis convitesduplos para atribuir. Boa sorte para a ESAL!

Ficha Técnica

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Salpicos da ESAL

A escola Secundária AmatoLusitano dinamizou, uma vez mais,a edição do REDEmat em CasteloBranco. Mas o que é o REDEmat,afinal? Um jogo, disponível emhttp://pmate.ua.pt, em que tem dese resolver 20 questõesmatemáticas em 30 minutos, tendo-se 2 “vidas” por nível. Esta actividade educativa é comouma lufada de ar fresco na rotinaescolar que nos comanda todos osdias. Promove o espírito de equipae inter-ajuda, bem como asocialização. A organização desteano deu-nos uma sala bastanteacolhedora e decorada na qual nãofaltaram bombons e os balões paraadoçar e colorir o momento. Este género de actividades deveser desenvolvida mais vezes, poisestimula o desenvolvimento dogosto pela matemática quando estadisciplina tende para provocar a

A Matemática não éuma má temática

Realizou-se no dia 12 de Marçode 2010 a final do 6º CampeonatoNacional de Jogos Matemáticos –CNJM, este ano organizado pelo Instituto Politécnico de Santarém eo Departamento de Matemática dasua Escola Superior de Educação,em conjunto com a Ludus, a APM ea SPM. Trata-se de um campeonatode jogos matemáticos de tabuleiro,distribuídos por diferentes níveis deescolaridade que abrangem os trêsciclos do Ensino Básico e o EnsinoSecundário. Neste campeonato são disputadosseis jogos: Semáforo, Ouri, Hex,Avanço, Konane e Rastros. Participaram neste evento cercade 2100 alunos oriundos de escolasde todo o País. A nossa Escolaesteve também representada nesteimportante evento pela alunainvisual Catarina Caio, da Turma

Campeonato Nacionalde Jogos Matemáticos

“criação de anticorpos” que só nossão prejudiciais. O REDEmat, mesmosendo apenas um jogo, ajuda-nosa “entrar no mundo da matemática”e a destruir esses “anticorpos” quenos impedem de desfrutar o gostopor esta ciência. De uma outra forma, poderíamosdizer que o objectivo deste jogonão passa só por ganhar, mastambém por perder, isto é, ganharo jogo, conseguindo chegar ao fimdentro do limite do tempo, e perdero medo pela matemática. É importante simplificar aMatemática e perceber que estapode ser mais divertida e útil do queaquilo que parece. Para nós é muitomais que uma disciplinaproblemática é uma ciênciafantástica.

Bruna Pereira,Filipa Oliveira, 11ºD

A surdocegueira é umadeficiência única que representa aperda da audição e visão de talforma que a combinação das duasdeficiências impossibilita o uso dossentidos na sua máxima capaci-dade, criando necessidades espe-ciais de comunicação. Está provado que a informaçãoprocessada pelo ser humano éprivilegiadamente recebida atravésdo estímulo visual e auditivo. Aprivação destas duas capacidadesprovoca alterações significativas noacesso da pessoa comsurdocegueira à informação e ao seudesenvolvimento. A dependência da pessoasurdocega é quase total, quer paraaceder a objectos e pessoas, querpara obter ajuda quanto àorganização e compreensão dainformação acerca do meio que orodeia. O objectivo da ajuda àpessoa surdocega é permitir queesta se relacione com o mundo,quebrando assim o isolamento.Assim, o tacto desempenha umpapel crucial na comunicação comestes indivíduos. Para ajudar umapessoa surdocega no quotidiano éessencial ter cuidados fundamen-tais, tais como: dê um simples toquequando se aproxima, de forma a queesta se aperceba da sua presença;combine um sinal para que esta oidentifique; informe-a que se vai

retirar, assegurando-se de que ficanum local confortável, seguro efamiliar; aprenda e use o método decomunicação que ela utiliza, mesmode forma elementar. Se julgar quehá um meio de comunicação maisadequado, tente que ela o aprenda;quando caminhar com umsurdocego, permita que ele segureo seu braço, caminhando ligeira-mente à sua frente; utilize umconjunto de sinais simples, de modoa que ele perceba quando vaidescer ou subir escadas, passaruma porta ou entrar num carro. Seele segurar o seu braço, serápossível sentir todas as alteraçõesno ritmo da marcha e de direcção. A ESAL é uma Escola deReferência de alunos cegos e baixa-visão e também de alunos surdos.Frequentam a ESAL dois alunoscegos com quem diariamente temoscontacto. Quando não há qualquertipo de deficiência auditiva, acomunicação está facilitada porquefalamos normalmente. No entanto,os alunos Surdos da ESAL apenasutil izam a LGP como forma decomunicação e, como tal, é funda-mental o recurso à Intérprete deLGP que traduz tudo o que é ditoentre os alunos. Sim... a comunicação é possível.Basta haver vontade de interagir ea ajuda de alguns recursos!!

Prof. Filipa Santos

Comunicação entresurdos e cegos

É possível?

Mini banco alimentarOperação Páscoa

Motivados pela experiêncialevada a cabo no primeiro período,os alunos do 12º ano de PsicologiaB, associados ao 9ºA da nossaescola, voltaram a desenvolver,durante o segundo período, oprojecto “Mini-Banco Alimentar”,agora com o subtítulo “OperaçãoPáscoa”. Este projecto dirigiu-se àcomunidade escolar e teve comoslogan: “Ajuda-nos a ajudar!”.Consistiu na angariação de bensalimentícios, entregues posterior-mente à Obra de Santa Zita, CIJE eCruz Vermelha. A humanidade e força de vontadede alguns membros da comunidadeescolar fizeram com que este projec-to ganhasse asas e distribuísse mui-

tos sorrisos pela nossa cidade. Semeles o projecto não teria dado frutos. A ideia foi muito bem recebidapelas instituições contempladas, queagradeceram o apoio prestado.Assim, na tarde do dia 26 de Março,alguns dos alunos envolvidosprocederam à entrega dos dona-tivos, contando com o apoio da Juntade Freguesia de Castelo Branco quedisponibilizou o transporte para adistribuição dos alimentos. Iniciativas como esta mostram--nos que , neste mundo egoísta emque vivemos, é sempre possívelfazer mais e melhor, contribuindopara a diminuição das lágrimas e oaumento dos sorrisos. Bárbara Gonçalves, 12ºB

10ºE, que disputou a prova deRastros no escalão do EnsinoSecundário. De forma exemplar, aCatarina soube partilhar com osoutros concorrentes uma atitudedesportiva saudável. Os jogos emque a Catarina participou foramdisputados com alunosnormovisuais. Prof. Ana Ferreira

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Salpicos da ESAL

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No dia 16 de Março, fomos visitara Escola Secundária de AvelarBrotero que, tal como a ESAL, é umaEscola de Referência de alunosSurdos e conhecemos uma turma dealunos do 10º ano do CursoProfissional Multimédia. Fomos recebidos pela professorade Educação Especial, Dina, e pelosalunos Surdos. Apresentamo-nosuns aos outros, dizendo os nomesgestuais e explicando o porquê decada um dos nomes gestuais. Os Alunos convidaram-nos paraassistir a uma aula de Multimédia e,naquele dia, eles receberam umprémio por terem participado noConcurso organizado pelaFaculdade de Economia. Depois,ainda na aula, estivemos a ver otrabalho que eles têm feito duranteo curso: tratamento de imagens nosprogramas. Aproveitámos estemomento para aprender um poucoe para comunicar, trocar emails, veras nossas páginas pessoais. À tarde, visitámos o JardimBotânico, a Universidade e

Alunos Surdos visitam Coimbra

Intercâmbio com aAvelar Brotero

ESAL no mapa da Árvore do Centenário No âmbito das comemorações docentenário da República, a ESALassociou-se ao programa da Árvoredo Centenário, plantando a “nossa”Árvore no recinto escolar. Foi escolhida a oliveira por serrepresentativa da flora autóctone,tendo sido plantada uma pequenaárvore desta espécie, gentilmentecedida pela Câmara Municipal deCastelo Branco. Nesta iniciativa, além dacomunidade escolar, contámos coma presença do Presidente da Juntade Freguesia, Eng. Jorge Neves, quecolocou junto da oliveira uma placacomemorativa do centenário daRepública com a identificação daespécie. Esta actividade foi formalizada napágina Web http://arvore.centenariorepublica.pt, ficando a ESALgeoreferenciada no mapa de

Portugal das Árvores do Centenário,onde estão assinaladas todas asespécies arbóreas plantadas noâmbito deste programa. Com este projecto pretende-seassinalar o Centenário da Repúblicanuma perspectiva integrada,articulando os ideais da Repúblicacom os princípios da conservação danatureza e da biodiversidade. É uma iniciativa da ComissãoNacional para as Comemorações doCentenário da República com oMinistério da Educação, da DGIDC,com o Ministério do Ambiente e doOrdenamento do Território, do ICNB,com o Ministério da Agricultura, doDesenvolvimento Rural e dasPescas, do AFN e com o apoio doCorpo Nacional de Escutas, daQuercus, do Museu de HistóriaNatural e da Câmara Municipal deLisboa.

descemos até à Baixa onde vimos ahomenagem ao poeta Miguel Torgaperto do rio Mondego. Adorámos conhecer os outrosalunos e comunicar com eles, porqueaqui na Escola só somos três alunosSurdos e é importante nóscomunicarmos com outros Surdospara podermos desenvolver a nossaLíngua e também a nossa Cultura. Brevemente, vamos convidar osnossos novos amigos para visitar anossa Escola e a nossa cidade. Atélá, vamos comunicando na internetatravés do ooVoo, um programaque permite realizar videocon-ferência e enviar mensagens ondequer que se esteja no mundo. Sendo a Língua Gestual o meiode comunicação utilizado no seio dacomunidade Surda e no contactocom a comunidade ouvinte, asnovas tecnologias facilitam essescontactos, criando momentos deconvivência mais personalizados,imediatos e à distância. Marília Robalo, Vânia Marques, Fábio Antunes, 11º L

No âmbito da disciplina de Áreade Projecto está a ser desenvolvidopelas alunas do 12ºB, CatarinaNunes, Cíntia Carrondo e SaraAlmeida, um trabalho conjunta-mente com a Universidade deCoimbra sobre a monitorização dosníveis de óxidos de ferro presentesno ar da cidade de Castelo Branco. O trabalho desenvolveu-se nasseguintes etapas: Investigaçãoteórica, realização prática,tratamento dos dados eapresentação do trabalho no VCongresso de Jovens Geocientistas.Em relação à actividade prática,distribuíram-se 63 fitas colectorasnuma área muito abrangente dacidade e posteriormente foramrecolhidas 39, pertencentes aalunos do 12º ano da nossa escola.De seguida, na Universidade deCoimbra, procedeu-se àmonitorização dos níveis de óxidosde ferro presentes nos colectores,

com a ajuda da Professora DoutoraCeleste Gomes. Dos resultados,concluímos que, a qualidade do arna nossa cidade é boa ou muitoboa. O objectivo de participar nocongresso foi inesperadamenteatingido e assim no dia 25 deFevereiro foi apresentado noAuditório da Reitoria daUniversidade de Coimbra o trabalhorealizado bem como exposto orespectivo poster. Foi uma experiência muitogratificante e enriquecedora para oselementos do grupo pelo facto depela primeira vez ter contactadocom uma Universidade. Paraacompanhar o desenvolvimentodeste trabalho podem consultar onosso blog em www.poluicaoatmcb.blospot.pt.

Catarina Nunes, Cíntia Carrondo,Sara Almeida, 12ºB

Que ar respiramos?

No passado dia 10 de Março,pelas 10:30h, foi realizada umaconferência na nossa escola,subordinada ao tema a“Globalização” pelo professor daUniversidade da Beira Interior, Dr.Pedro Guedes. O professor conferencistaalertou-nos não só para o grandetema “globalização”, mas tambémpara os conceitos mais actuaisintrínsecos a esta temática. Devidoà forma simples e explícita comodecorreu o discurso foram colocadasalgumas questões a debate,tornando o diálogo simpático e

aprazível, ficando os alunosplenamente esclarecidos eincentivados para a actual “Era daGlobalização”. A palestra transmitiuinformação sobre o mundo global emque vivemos e permitiu consolidaros conhecimentos já adquiridos nadisciplina de Economia. Esta palestrafoi organizada pelas professorasMaria Manuela Trabulo e Maria OtíliaDuarte. O público-alvo foram osalunos do curso de Ciências Socio-económicas, cursos profissionais erespectivos professores. Estiverampresentes cerca de 80 alunos. Alunos 12ºF

A “Aldeia Global” aosolhos do Dr. Pedro Guedes

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Salpicos da ESALProjecto da ESAL, o mais votado na fase distrital

Deputados da ESAL vãorepresentar o distrito noParlamento dos Jovens

No passado dia 16 de Março, osalunos Pedro Alves e Rui Freirerepresentaram a nossa escola emBelmonte, local onde se realizou afase distrital do programaParlamento dos jovens (EnsinoSecundário), com a presença dasenhora deputada HortenseMartins. A primeira fase deste programadesenrolou-se no nosso estabele-cimento de ensino, estando inscritauma lista composta por 10 alunosque, após eleições, enviou o seuprojecto de recomendação para aorganização, de modo a ser aceiteà fase distrital. Na fase distrital, estiverampresentes 16 escolas do distrito,que, durante a sessão da manhã,apresentaram os seus projectos. Asmedidas propostas pela nossaescola foram um sistema decompromisso aluno-escola com agratuitidade dos livros escolares,numa primeira fase a nívelexperimental no ensino básico,mediante o pagamento inicial deuma verba que seria reembolsadano final do ano lectivo caso os livros

Livros grátis para oEnsino Básico ereorganização docalendário escolarforam as propostasdos deputados daESAL.

Rui Freire e Pedro Alves vão defender o distrito na Assembleia da República

Os alunos do 12ºH do CursoTecnológico de Desporto, da EscolaSecundária c/3º Ciclo de AmatoLusitano, levaram a efeito umTorneio de Futsal Inter-Escolas, nodia 12 de Janeiro de 2010, noPavilhão Municipal de CasteloBranco, destinado ao escalão dejúniores/séniores masculinos. Esteprojecto foi desenvolvido no âmbitoda disciplina de ProjectoTecnológico, na Área TecnológicaIntegrada, pelos alunos AldairLopes, António Valente, DiogoFerreira, Filipe Leal e FranciscoFontes, orientados pela Prof. PaulaEspírito Santo. A iniciativa contou com aparticipação de 12 equipas de trêsescolas da Cidade de CasteloBranco, ETEPA – Escola Técnica eProfissional Albicastrense; Escola

Profissional Agostinho Roseta eescola organizadora, perfazendoum total de 94 atletas, 8 atletas porcada equipa. Este torneio, com a duração deum dia, pretendeu incentivar aprática da modalidade, a promoçãodo Curso Tecnológico, a melhoriadas competências de organização ea promoção de intercâmbio entre asdiversas escolas da cidade. O torneio foi desenvolvido emduas fases para apuramento dasequipas que disputaram a fase final.O primeiro lugar foi para equipa “Osmais Fracos” da ESAL, o segundolugar para “United Futsal”, da EscolaProfissional Agostinho Roseta e oterceiro lugar para “Hawty Vyrus”,outra equipa da ESAL. O Torneio contemplava ainda oprémio para o melhor marcador, Taça

Esal ganha Torneio Inter-escolas

do desporto

Workshop:desportosde combatena escola Os alunos do 10ºH do CursoTecnológico de Desportoorganizaram no dia 17 de Março,um “Workshop de Desportos deCombate na Escola”, no âmbitoda disciplina de Organização eDesenvolvimento Desportivo,com o objectivo de se aprofundaro conhecimento de trêsmodalidades de desportos decombate. O Workshop abriu coma modalidade do kickboxing como Mestre Fernando Mota,seguindo-se o Karaté com FilipeLeal, aluno da Escola JoaquimSalgueiro e, por fim, o Jiu-Jitsucom o Mestre Hugo Riscado e oMestre Ricardo Martins. Nesta iniciativa, em queparticiparam cerca de 70 alunosda ESAL e da Escola Superior deEducação, demonstraram-se ascompetências aprendidas nonosso curso. O impacto foi muitopositivo porque aliou umavertente prática a conheci-mentos básicos de autodefesa.

O que é feitode ti?

A turma do 10ºG do CursoTecnológico de Desportoorganizou uma conferência, nopassado dia 10 de Março, com otema “O que é feito de ti?” com oobjectivo de mostrar o trabalhodesenvolvido por este curso e asdiferentes saídas profissionais. Os alunos ouviram deztestemunhos de figuras ligadasao desporto e ex-alunos destecurso: o Prof. Humberto Cadete,proprietário do ginásio “Zona In”,o Dr. Rui Agostinho, da Chutalbi eprofessor das AEC, a Dra. AnaPaula, proprietária da creche“Anas e Bebés”, que trabalha comidosos está também e ligada àárea do atletismo, o Dr. EdgarSaraiva, Técnico Superior da CMde Vila Velha de Ródão e ligadoao desporto, o Dr. Filipe Roque,Director Técnico da AFCB, TâniaAlves, aluna do Curso de Ciênciasdo Desporto na Universidade deCoimbra, Nuno “Pipas”, aluno daescola Superior de Artes, único ex-aluno que não ingressou numcurso de desporto, Nuno Martins,militar, Nuno Rosa que frequentao Curso de Desporto e EducaçãoFísica da ESE, e finalmente, JoãoMartinho, empregado, a tempoparcial na área do curso. A conferência terminou comduas ideias /conselhos aosactuais alunos: “aprender,fazendo” e “a vida é dura paraquem é mole”.

Solange Ascensão,Inês Martins, 10ºG

10ºH

“Rolando da Fonseca” patrocinadopelo jogador profissional do FutebolClube do Porto – Rolando daFonseca e que foi arrecadado pelojogador Daniel Sousa do 11ºI.

Aldair Lopes, António Valente, DiogoFerreira, Filipe Leal, Francisco Fontes, 12ºH

a devolver se encontrassem emcondições, bem como a reorga-nização do calendário escolar, vistoque o Estado é laico e actualmenteainda se organiza em torno deperíodos religiosos. A propostaapresentada integraria seis sema-nas de aulas e uma de descansosequenciadas entre Setembro eJunho de cada ano lectivo. Na sessão da tarde, decorreu odebate entre escolas, a votação doprojecto e deputados a repre-sentarem o distrito a nível nacional.A nossa escola, com umdesempenho muito positivo dosseus alunos, conseguiu a presençaa nível nacional não só comdeputados, bem como com o seuprojecto de recomendação, que foio mais votado a nível distrital. Assim, no dia 26 e 27 de Abril,os alunos Pedro Alves e Rui Freiredeslocar-se-ão à Assembleia daRepública com o intuito de defender

o distrito, juntamente com a EscolaSecundária do Fundão e oExternado Nossa Senhora dosRemédios do Tortosendo. O programa “Parlamento dosJovens” é uma iniciativadesenvolvida há vários anos pelaAssembleia da República com acolaboração de várias entidadescomo o Instituto Português daJuventude (IPJ). Pretende promovera participação política dos alunos, aeducação para a cidadania e ointeresse dos jovens pelo debate detemas de actualidade. Propicia umaexperiência muito enriquecedoravisto que desenvolve competênciasespecíficas, nomeadamente acapacidade de diálogo eargumentação. No presente ano lectivo o temaescolhido pela organização foi “aRepública”, aludindo ao centenárioque se comemora no próximo dia 5de Outubro. Pedro Alves 12ºF

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da imaginação

crónicas...traços...escritas...

Ode à Essência

Pensam-Te submissa, serviçal, apagada.Poucos sabem que não o És… sendo.Dizem-Te importante, casta, amada.Poucos sabem que o És… não sendo.Sabem, contudo, que a Tua força é Tua,Como é Teu o brilho da lua.Força essa, que quando quer tudo pode.Força essa, que és Tu.És tanto e ainda tão pouco!És assim… tal como o loucoQue ousa sonhar com a utopia.Aquilo que só Tu poderias realizar,Como por magia…E, no fundo, é o que És:Um truque de magia enigmático,Um passo de dança, o aroma do mar,És o canto da floresta, o pássaro a voar.Todavia matam-Te, Alma, os tiranos.E não Te fitam, olhando-Te;E não Te escutam, ouvindo-Te…Enfim… ignoram, Casta minha, queÉs o esplendor da vida!És perfeita na tua imperfeição!És tudo isto, Mãe, e muito mais…És a Mãe Natureza!A Mãe de todas as coisas vivas ou mortas.A Mãe que tudo cria e tudo cuida.Sei que nem todos sabem ou reconhecemQue És a rainha soberana:Pensam-Te dócil, se não conhecem Teu vigor;Pensam-Te relevante, se Te respeitam;Amam-Te, se Te sentem como eu.Mãe, És vida!És essência!És tudo. Helena Nunes, 12ºB

Quem sai à rua pelas sete horasde manhã encontra inevitavelmenteos varredores que nos começam alimpar a cidade, que nos limpam acidade, que preparam a cidade parareceber os nossos percursosquotidianos. Quem sai à rua agora manhã foravai encontrando, aqui e ali, quem,displicentemente, vai deixando cairo guardanapo que protegia o pastel,o saco de batatas fritas que atécomeu por desfastio, a caixa do maçode tabaco que terminou… Quem olha para a rua pela tardeadiante vai notando que alguémdeixou o saco de lixo mesmo ali aoladinho do contentor, que alguémesqueceu a carcaça velha de umcomputador quase no meio daestrada, que outro alguém que nãoreparou no cocozinho que o cãodeixou consoladamente sobre arelva, por vezes tão verdinha que atédá desgosto… Quem anda pela rua durante anoite, nos fins-de-semanaprincipalmente, encontra quem sededica a entornar contentores dolixo, a partir caixotes, a pendurar-seliteralmente nas árvores pararealizar a façanha de lhes esgarçaros ramos ou, proeza suprema, partirdesalmadamente os troncos pelabase… Quem sai à rua, a uma qualquerhora do dia, arrisca-se a descobrir,na entrada do prédio, a publicidade

que talvez tenha estado numa dascaixas do correio, arrisca-se a que,da janela do carro que vai à frente,voe um saco plástico jádesnecessário ou, se segue a pé,arrisca-se a deparar-se com umaslatas de sumo, por aqui, unspapelitos, por ali, ou umas pastilhasplásticas esborrachadinhas eagarradinhas ao chão como lapas…. E tudo está certo assim porqueo guardanapo, o saco das batatasfritas e o maço de tabaco até revelamuma sociedade de prazeres, o lixouma sociedade de consumo, osrestos do computador umasociedade tecnológica e o cocozinhouma sociedade amiga dos animais… E tudo está realmente perfeitoporque, se podemos fazer o que nosdá na gana, é sinal de que vivemosnum país de liberdade… E tudo continua a bater certoquando os vizinhos denotam umatão soberba personalidade que nãoligam patavina à publicidade, ocondutor manifesta grande zelo pelalimpeza do seu carro e pelaeducação do filho que vai sentadoatrás na cadeirinha…… Quem sai à rua de manhã pelassete horas encontra inevitavelmenteos varredores… De Castelo Branco, no início doséculo XXI, eu, homem, declaro-meanimal racional e dono do universo!

Prof. Etelvina Maria

Quem sai à rua...

Inês Martins, 12ºG

João Gama, 12ºG

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Uma hora para o planetaUma vida para a indiferença

Vem este título a propósito dofilme 2012 que estreou em Portugalno final do ano passado. Trata-sede um filme de ficção, baseadonuma profecia dos Maias que apontao fim do mundo para o dia 21 deDezembro de 2012. O fi lme começa com aconstatação, por parte de doiscientistas, de que estão a ocorreraumentos substanciais datemperatura do núcleo terrestreprovocados por uma tempestadesolar. Desenrola-se, a partir daqui,com uma sucessão de terramotosque implodem as principais cidadesdo mundo, começando na Califórniae estendendo-se ao resto doplaneta. A par dos tremores deterra, ocorrem grandes tsunamis,que tudo submergem, chegando aágua aos Himalaias. Enquantomilhões de seres humanosdesaparecem nesta calamidade,existe um grupo de 400.000pessoas e alguns animais queembarcam numa espécie de “Arcasde Noé” gigantes, curiosamentefabricadas na China, e ondeaguardam que a catástrofe terminee a água regresse aos oceanos. Ofilme termina quando as arcasaportam ao Cabo da Boa Esperança,em África, onde se supõe que osseus passageiros iniciarão umanova vida. As últimas imagensmostram o planeta terra visto doespaço, com os continentes

Alterações climáticasDa ficção à realidade

completamente alterados relati-vamente à forma e tamanhoactuais. Trata-se, como referi, de umaficção mostrada nos cinemas nosúltimos dias de 2009. Mas nosprimeiros meses de 2010, foi arealidade que nos entrou portasadentro através de imagenstelevisivas como os terramotos noHaiti e no Chile, os deslizamentosde terra na Itália, as chuvastorrenciais da Madeira… Enfim umasérie de desastres naturais querivalizam em espectacularidade coma ficção, com a diferença de que aquias vítimas são reais. A cada vez maior frequência e amaior gravidade destas situaçõesdevem levar-nos a tomar cons-ciência da vulnerabilidade da Terrae de como a vida no planeta podeestar ameaçada pelos constantesatropelos e agressões ao meioambiente, embora haja cientistasque afirmam nada estar provadoquanto às consequências dasemissões de CO2 e dos GEE (gasescom efeito de estufa) e que nãoexiste qualquer correlação entreestas e as catástrofes naturais.Ainda assim, é essencial que todosnós adoptemos um comportamentoecológico e de defesa do meioambiente, para que a ficção não setorne tão cedo realidade…

Prof. Otília Duarte

O passado dia 27 de Março foi odia da “Hora do Planeta”. Estainiciativa do Fundo Mundial para aNatureza tinha como objectivo deixaro mundo às escuras. Literalmente.Assim, o que as pessoas deveriamfazer era desligar as luzes duranteuma hora, entre as 20:30 e as 21:30.Tudo isto, é claro, em defesa doplaneta. Na minha opinião, a ideia foi boae é agradável saber que, por essemundo, vai havendo pessoas quetêm a noção de que a vida é maisdo que aquilo que gira à volta dosseus umbigos. É preciso fazer ver aomundo que o nosso planeta está, defacto, doente. Não basta esperarque os governos façam algo para ocurar! Temos que ser nós, cidadãoscomuns, a começar o trabalho.Lamentavelmente, se os governosnão estão muito interessados natarefa, os cidadãos parecem reflectiresse mesmo desinteresse. Destaforma, tem-se vindo a construir umasociedade surda, cega e egocêntrica.Este tipo de iniciativa vem acordar,de tempos a tempos, a nossacomunidade qual brisa fresca queinterrompe uma sesta no Verão. Ideias como esta despertam emmim emoções contrárias. Por umlado, fico feliz por saber que ainda

há gente preocupada com o nossomeio ambiente. Por outro,entristece-me o facto de ter de haver“Dias da Água”, ou “Horas doPlaneta”. A necessidade destas“comemorações” só vem provar queainda precisamos de umdespertador que nos vá acordandopara o facto de estarmos a magoaro planeta Terra. Para concluir, quero apenas dizerque, na minha opinião, anecessidade de usar um“despertador” para esta situaçãoequivale a termos necessidade deum despertador que nos avisa deque temos de comer. É uma situaçãoridícula, que temos que alterarurgentemente! Nós não nos lembramos da nossamãe só quando ela comemora o diados seus anos, pois não? Entãoporque é que só nos lembramos doPlaneta, da Natureza ou do Ambientequando são comemorados? Será queé esta forma de vida que queremospassar às gerações seguintes?Queremos mesmo cultivar a plantada insensibilidade e da indiferença?Eu não quero… Espero que em brevehaja um só dia para a indiferença etoda uma vida para o respeito peloPlaneta. Helena Nunes, 12ºB

da imaginação

Rui Pedro Tavares, 12ºG

Carlos Brown, 12ºG

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Reportagem

Centro de InterpretaçãoAmbiental aberto a visitantes

O Centro deInterpretação

Ambiental de CasteloBranco é uma

estrutura protocoladaentre a Sociedade Polis

Castelo Branco, oMunicípio de CasteloBranco e Instituto de

Conservação daNatureza e

Biodiversidade

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Castelo Branco já conta com umCentro de Interpretação Ambiental,inaugurado no dia 27 de Julho de2009. Funciona junto ao Governo Civil,num edifício recuperado para o efeitoe abre as suas portas aos visitantesdas 9:00h às 18:00h. Este Centro integra os serviçoslocais do Instituto de Conservaçãoda Natureza e Biodiversidade (ICNB)e pretende divulgar o territórioconhecido como Parque Natural doTejo Internacional e as suas diversasvalências. Assim, distribuída por trêspisos, uma exposição interactivaconstituída por catorze equipa-mentos dá-nos a possibilidade deconhecer o património natural doTejo Internacional. Com efeito, asnovas tecnologias oferecem-nosuma visita virtual, conseguida pormeio de écrans tácteis, livrosvirtuais, consolas de jogos, câmarasfotográficas e até um simulador deuma viagem fluvial. Foi esta exposição que a nossaturma, 10ºE, visitou no dia 9 deMarço no âmbito da disciplina deGeografia. Acompanharam-nostambém três alunos surdos do 11ºL

e respectivas professoras de LínguaGestual Portuguesa. Fomos acolhidos pela assistentedo Centro, Cristina Chamusca, quenos deu todas as informaçõesnecessárias para nos orientarmosdurante a visita já que esta não éguiada. Referiu que o Centro é ainda

pouco conhecido, sendo os seusvisitantes, na sua maioria, “alunosde escolas e infantários que vêm cácom o objectivo de conhecer asdiferentes características do Parque,servindo esta visita muitas vezes demotivação para uma futuradeslocação ao Parque InternacionalTejo”. Acrescentou também que paraa divulgação do Centro ser maisefectiva “estão preparadospanfletos informativos e vão serenviados convites a várias

instituições escolares e outras”. Começámos então a nossa visita,percorrendo os vários pisos doedifício, utilizando as catorzeaplicações interactivas que nospermitiram explorar a riqueza dafauna, flora existente nos diversosecossistemas do Parque. Cadaaplicação tem uma designação,relacionada com o tema a explorar,a saber: Fauna, Viagem pelo Rio Tejo,Flora, Interpretar a Paisagem, MeiosAquáticos e Vales Fluviais, Rio,Escarpa, Áreas Classificadas, Conhecera Região, Explorar para Conhecer, Rotase Percursos, Plano de Ordenamento,

Geologia e Solos e, por fim, Cascata. Ficámos, assim, a conheceralgumas características dapaisagem, as principais estruturasgeológicas, as espécies endémicasda flora e as espécies animais. Uma das partes mais atraentesdesta visita foi uma viagem virtualpelo Rio Tejo. Sentados num caiaqueem tamanho real, colocado diantede uma projecção vídeo do Rio Tejo,vivemos uma simulação da descidapelo rio. Utilizámos um removerdadeiro para manobrar o caiaqueao longo do rio, sentindo que láestávamos verdadeiramente. Estaviagem foi sempre acompanhada porinformação multimédia que iaaparecendo ao longo do vídeo. Um dos equipamentos temáticostambém interessante, principal-mente para quem gosta de viajar decarro, foi o das Rotas e Percursosque nos permitiu explorar três rotasautomóveis e seus principais pontosde paragem no Parque Natural doTejo Internacional. Em suma, este Centro ofereceaos visitantes a possibilidade deconhecer, através da sua exposiçãopermanente, todas as valências doterritório do Tejo Internacional,desde o seu património natural(fauna, flora, geologia e hidrologia),

ao património construído assim comoactividades de turismo de natureza. Não deixem de visitar o Centrode Interpretação ambiental, (aentrada é grátis), e deleitem-senesta viagem por escarpas e valesfluviais, observando répteis,mamíferos, aves e peixes, passean-do virtualmente por olivais, sobros,azinhos e cursos de água, caracte-rísticas específicas desta paisagem. Desejamo-vos uma boa viagempelo Tejo Internacional.

Ana Belo, Catarina Patrocínio, Luís Mira, 10ºE

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Entrevista

Monitorização ambiental na ESAL O projecto ENEAS começou a ser implementado na escola em 2007-2008 e tem como objectivos a obtenção de registos e mediçõesde parâmetros ambientais. Além dos professores responsáveis pelo projecto, todos os anos, grupos de alunos asseguram ocumprimento dos protocolos assumidos pela escola no âmbito da disciplina de Área de Projecto. Este ano, a continuação destetrabalho está a cargo do 12º B.

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Projecto ENEAS

Fomos falar com os doisgrupos de alunos envolvidos

no ENEAS. O primeiro éconstituído pelas alunas Ana

Vilela e Ana Teixeira quetem a a seu cargo a medição

dos níveis de ozonotroposférico da nossa cidade

e o segundo, compostopelos alunos Bruno Santos,Bárbara Gonçalves e Helena

Nunes, tem a tarefa demedir o pH da precipitação

em Castelo Branco.

eSalpicos - Como surgiu a ideia derealizar este trabalho?Ana V. – A proposta de tratarmoseste tema na Área Projecto foiapresentada pelo professor RuiDuarte e surgiu no âmbito doprojecto ENEAS.

– Em que consiste o vossotrabalho?Ana V. – O nosso trabalho tem comoobjectivo medir os níveis de ozonotroposférico na nossa cidade econcluir se deve ser consideradopoluente.

– Porquê “ozono troposférico”? Hávários tipos de ozono?Ana T. – O ozono troposférico éaquele que está mais próximo denós, da Terra, e que, em excesso,pode ser muito prejudicial. O ozonoestratosférico está mais distante doplaneta e é um ozono “bonzinho”,que se conhece como camada deozono. Mas não é esse que nósmedimos.

– Como se processa a medição doozono troposférico?Ana V. – A medição é feita com umasfitas de registo que são colocadasna estação meteorológica e que sedestinam a absorver o ozonoexistente nesse local. Passada umahora, recolhemos a fita que éinserida num medidor e que revelaos níveis de ozono troposférico.

– E que valores têm obtido nasmedições que têm sido feitas?Ana V. – Variam bastante. Já temosregistado valores muito baixos (0, 1,2), mas, nos dias mais quentes, osníveis são bastante superiores e játêm chegado a 20.

– Que conclusões permite tiraressa diferença tão acentuada?Ana T. – Esta diferença permite-nosconcluir que há uma relação directa

entre a temperatura e os níveis doozono troposférico.

– Sabemos que o vosso trabalhofoi recentemente apresentado emCoimbra, no “V Congresso deJovens Cientistas“. Falem-nos umpouco dessa experiência.Ana T. – Elaborámos um “poster”que descrevia o essencial do nossotrabalho e que foi apresentado nocongresso. O facto de termosparticipado neste encontro foi muitoimportante, porque foi umaexperiência diferente e, entre outrosaspectos, permitiu-nos conhecer umpouco de uma instituição tão

importante como é a Universidadede Coimbra.

– E, agora, qual é a fase que sesegue?Ana T. – O nosso trabalho deveráser apresentado à turma e, talvez,a toda a escola, bem como todos osoutros que estão a ser desenvolvi-dos pelos restantes grupos nadisciplina de Área de Projecto. De acordo com os resultados quejá obtivemos, pensamos poderconcluir que o ozono troposfériconão deve ser considerado umpoluente na nossa região, porque osvalores são relativamente baixos.

– Que trabalho está o vosso grupoa desenvolver?Bruno – O nosso trabalho consisteem medir o pH da pluviosidaderegistada em Castelo Branco, isto é,fazemos a monitorização daprecipitação. Este ano houve até umdia de neve, mas não tivemosoportunidade de medir o seu pH emedimos apenas a respectivaaltura: registámos o valor de 15cm.

– O que medem então na chuva ou

na neve é o pH. O pH avaliaexactamente o quê?Helena – Neste caso, avalia a acidezda precipitação, quer dizer,procuramos determinar se a chuvaque cai em Castelo Branco é umachuva ácida ou não.

– “Chuva ácida” é uma expressãojá conhecida por todos. Queremexplicar-nos o que quer dizer?Bárbara– Consideramos que achuva é ácida quando tem um pH

inferior a 5,6. Aqui temos que dizerque, como não há consenso nacomunidade científica sobre o valora partir do qual a chuva é ácida, nósadoptámos o valor defendido peloDepartamento de Fisica del Aire daUniversidad Complutense de Madrid.

– Que fazem para medir o pH?Helena – Quando chove, a água ficaarmazenada num recipiente, opluviómetro, que está na estaçãometeorológica da escola. Medimos aquantidade de precipitação em mmde altura e depois levamos opluviómetro para o laboratório deFísico-Química. Aí vertemos o seuconteúdo para um gobelé edeterminamos o pH da águautilizando um sensor electrónico.

– Há chuva ácida em CasteloBranco?Bruno – Pelas médias registadas,concluimos que ocorre chuva ácidaem Castelo Branco, pois, por vezes,os valores estão abaixo dos 5,6.

- E quais serão as causas?Bárbara – As causas das chuvasácidas são as mesmas em qualquerlugar. A chuva ácida forma-segeralmente nas nuvens altas ondeo dióxido de enxofre – o SO2 – e o

nitrato de azoto - NO3 - reagem coma água e o oxigénio e formam umasolução diluída de ácido sulfúrico eacido nítrico. Além de outras causas,as indústrias, as centrais termo-eléctricas e os veículos são emgrande parte responsáveis por estefenómeno. No entanto, o facto deaqui haver uma fábrica não querdizer que haja chuva ácida… O vaporde água e os ácidos que estão naatmosfera viajam de cidade paracidade, de país para país …

– O facto de, por vezes, ocorreremchuvas ácidas em Castelo Brancopode trazer consequências para aregião?Helena – Provoca sempre alteraçõesna biosfera. Afecta, por exemplo, aacidez dos lagos e dos rios comconsequências na vida dos seresque aí habitam e resulta daí umaalteração da cadeia alimentar… Odano nas pessoas não é imediato,sendo mais imediato o efeito doscontaminantes que produzem essachuva que chegam ao organismoquando os respiramos, afectando anossa saúde. Afecta também asárvores e, por vezes, destrói mesmoflorestas. Os monumentos e edifíciossão também susceptíveis à acção dachuva ácida…

Chuvas ácidas em Castelo Branco?

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Na minhaopinião, a ESAL éuma escola ami-ga do ambiente.Por exemplo, dá-nos a oportuni-dade de recliclar-mos lixo e é comagrado que notoque o tipo de

torneiras das instalações sanitáriasprevine gastos desnecessários deágua. O passo seguinte é daresponsabil idade de cada um,colocando o lixo no seu devido lugar. Penso que a responsabilidade decuidar do meio que nos envolve nãoé só da escola, mas de cada um denós. Helena Nunes, 12º B

A nossaescola poderiaser mais amigado ambiente seutilizasse painéissolares paraaquecimento eprodução deenergia, poden-

do vender-se a energia exce-dentária. Além disso, as lâmpadasencandescentes deveriam sersubstituidas por lâmpadaseconomizadoras. Deveriam aindaser colocados mais mini ecopontosem vários locais da escola. E pensotambém que poder-se-ia pedir àCâmara Municipal a instalação deum ecoponto nas imediações daescola a fim de tornar mais fácil areciclagem.

Pedro Roque, 10ºC

Opinião

Esal: escola amiga do ambiente?

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Penso que osp r o f e s s o r e spoderiam usar osrecursos de quea escola dispõe eevitar o uso dasfichas de traba-lho em suportepapel. A escolatambém deveria

ter mais ecopon-tos a fim de se fazera correcta separação do lixo.Poderia também apostar em painéissolares e outras energiasrenováveis.

Catarina Patrocínio, 10ºE

A nossaescola não émuito amiga doambiente. É uma escolasecundária commuitos cursostécnicos queutilizam muitosequipamentos e

gasta-se muita electricidade. Temtambém várias salas muitopequenas onde entra pouca luzsolar, sendo necessário ligar a luzartificial durante todo o dia. Paratentar melhorar esta situação,poderiam ser instalados painéissolares.

Adriana Ribeiro, 10ºE

Pode dizer-seque a nossaescola é amigado ambiente,mas não é, comose costuma di-zer, uma amigado coração. Sebem que, nosc o r r e d o r e s ,

encontremos uns pequenosecopontos, estes nunca devem terconhecido um papel, plástico ouvidro na vida. Sem dinheiro pouco se faz, masuns painéis solares para rentabilizaro Sol da Beira Baixa não era malpensado. Rui Freire, 12º F

Consideroque a ESALdesenvolve algu-mas acções nosentido de setornar ambien-tal, nomeada-mente atravésda estaçãometeorológica.

Mas, de facto, não existem outrasacções significativas. Logo, pensoque a escola podia incentivar osseus alunos a participar em acçõesambientalistas. Além disto, asdisciplinas de Formação Cívica eÁrea de Projecto podiam desen-volver com os alunos projectos derecolha de lixo, construção deecopontos e estabelecer parceriascom entidades no domínioambiental.

Pedro Alves, 12ºF

Na minhaopinião, a escolaapresenta condi-ções “amigas” doambiente bási-cas, como, porexemplo, caixo-tes do lixo paracada tipo de

resíduos recicláveis. Contudo, sãoas pessoas que não fazem aseparação própria do seu lixo, peloque , neste caso, a culpa recai maisnas pessoas individualmente do quena instituição. É claro que se poderia investirem projectos mais alargados, comopainéis fotovoltaicos, mas tal ébastante caro e requer muitadisponibilidade de espaço.

Ana Rita Sequeira, 12ºA

Observandoatentamente anossa escola,reparamos naexistência demini ecopontose pilhões. Assimsendo, podedizer-se que aESAL é, ou pelo

menos tenta ser, uma escola amigado ambiente. Contudo, por maistentativas que sejam feitas, quasenunca se consegue alterar amentalidade e a consciênciaecológica dos estudantes que afrequentam. Temos de nos esforçartodos por reflectir acerca do pesodas nossas acções e chegar àconclusão que qualquer acto actopraticado contra o ambiente irá terconsequências num futuro mais oumenos próximo, tal como qualqueracção praticada a favor do mesmo.Apenas possuimos este planetacomo casa, por isso devemosestimá-lo para que tenha um prazode validade mais alargado. Nãopodemos ser egoistas ao ponto dearruinarmos o local onde irão viveras próximas gerações. Assim, deverá haver por parte dainstituição escolar uma tentativa deconsciencialização para osproblemas ambientais e dealteração dos hábitos de cadaestudante desta escola.

Catarina Silva, 12ºA

Noscorredores, nobar dos alunos edos professorespodemos encon-trar contentorespara reciclar. Noentanto, elesnão são usadospor nós. É altura

de mudar de atitude, não deitar lixopara chão e reciclar. Ajudemos aESAL a ser ainda mais amiga doambiente.

Oana Gabriela, 9ºB

Para mim, aESAL é amiga doambiente. Porvezes, nós, osalunos, é quesomos irrespon-sáveis ao deitar olixo para o chão.

A nossa ideia de “poupar” o meioambiente ainda está verde. Estamospouco cientes das consequênciasdas nossas irresponsabilidades.

Inês Silva, 9ºB

A nossaescola não émuito amiga doambiente, poisos alunos deitamdemasiado lixopara o chão.Deveríamos per-ceber a impor-

tância de usar o caixote do lixo.Melhorávamos o ambiente etornávamos a escola mais limpa emais vistosa.

Sandra Nunes, 8ºA

Podemosafirmar que aESAL é umaescola amigado ambiente,já que, portodo o lado,são visiveisp e q u e n a si n i c i a t i v a snesse sentido

como é o caso dos recipientes dereciclagem que encontramos norecinto escolar. No entanto, emboraas tentativas sejam muitas, amentalidade, a educação e aconsciência ecológica de cada um éque não ajudam. Para que estasituação melhore, as pessoas têmque mudar. É necessário apelar àcomunidade escolar, aos cidadãosem geral para que tomemconsciência e se tornem maisresponsáveis pelas suas atitudes. Vivemos num mundo em que oegoismo e o individualismoprevalecem. Há que apelar aosvalores que são a base de todas asnossas acções.

Mariana Picado, 12ºA

A nossaescola é amigado ambiente.Tem diversasárvores, plantase relvados queestão tratados ebem cuidados. No entantoos alunos deve-

riam ter mais cuidado com estesespaços verdes e com o espaçoescolar em geral. É inadmissível olixo que se acumula nos pátios e àvolta dos campos.

Patrícia Marques, 8ºA

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das viagens

Impressões dasvisitas de estudo

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Já imaginaram uma casa que,em vez do uso comum da chave,abre as suas portas por meio daintrodução de um código e daimpressão da mão do seuproprietário? Esta é a Casa do Futuro, um dosgrandes pólos de atracção do Museudas Comunicações em Lisboa, quevisitámos no âmbito das disciplinasde Inglês e Electricidade do CursoProfissional de Mecatrónica. Esta casa foi desenvolvida,visando o bem estar dos cidadãose o desenvolvimento sustentável dopaís. Além da novidade do sistemade abertura, integra equipamentosinteligentes como aspiradoresautomáticos, controlos paternais,controlos de luzes (para surdosmudos), janelas de aquecimento. Aonível da segurança, encontramossensores de incêndio e deinundação, câmaras de vigilância,botões de emergência. Na casa de

Bem-vindo àCasa do Futuro

banho, encontramos banheiras esanitas com suportes paradeficientes motores. Vêem-setambém pela casa quadros comtelevisão. A ida a Lisboa não acabou poraqui e, no período da tarde,visitámos o Museu da Electricidade.Aí conhecemos o trajecto do carvão,do seu estado natural até àobtenção de electricidade. Oprocesso inicia-se com a subida docarvão até à torre, depoistransportam-no até à caldeira quevai ser aquecida para o fabrico devapor de água que, de seguida, vaipara as turbinas, onde a altapressão as faz girar a grandesvelocidades, produzindo assimelectricidade que alimenta cidade. Dois locais muito interessantespara visitar, se a oportunidade voslevar a Lisboa.

Hugo Baptista, 10ºL

Monólogo de D. João VApós visita de estudo no seu palácio

Há quem acredite que osespíritos não existem, que provêmda imaginação do Homem, daloucura, da desordem intelectual. Euvivi, mandei, reinei, existi e morri,mas, não sei como, o meu espíritovagueia e habita este gélido eenorme edifício: o Palácio Nacionalde Mafra. Adoro olhar para a minhagrandiosa obra e orgulho-me todosos dias de ter submetido Portugalao meu capricho. Agora, estemaravilhoso monumento faz deMafra uma cidade turística.Enquanto por aqui ando, delicio-mea ouvir o que os guias turísticosdizem de mim quando contam aminha vida aos jovens queaparecem em catadupas. Observoos rostos destes jovens cheios decovinhas e oiço o som estridentedas suas gargalhadas. Vejo osolhares maravilhados e os sonhosestampados nos seus rostos comose desejassem ter vivido neste meupalacete. Um aspecto que me fazimensa confusão é o cheiro deles.Eles riem-se porque nós nãotomávamos banho. Eu juro que fazmal à pele e é um meio de poten-ciais doenças. Mas esta gente...comos poros abertos a todo o contágio!Até admira como não há mais

mortes entre os jovens, tão lavadosque parecem que querem desafiaro destino. No meu tempo não eraassim. As mulheres tinham aquelesvestidos compridos e vistosos eusavam aquelas perucas e aquelescorpetes. E nós tínhamos lençosperfumados, para afastar o cheiroque, dizem estes, devia ser horrível.Como se o cheiro deles seja melhor.Avante! Os tempos mudam. Poracaso já tive oportunidade de veras casas de banho deles. Naverdade, agora que conheço estarealidade, invejo-os. Não tinhanenhum pudor em fazer as minhasnecessidades à frente de toda agente e sentia como muito naturalque os criados me limpassem depoisde feitas… Era o rei, era eu quemmandava, pensava que era umahonra… Lá estão eles a rir… Estão afalar de “cumprir”. Nesse aspecto fuium grande homem e fiz a minhaobrigação. Não me interessou oprazer ou o desejo. Na busca de umherdeiro, fui as vezes necessáriasà “fonte” que me esperava. Minhamulher, D. Maria Ana e euentendíamo-nos. E os jovens dehoje, dia 10 de Dezembro 2010depois de Cristo, não entendem anaturalidade que era, para mim epara a rainha, cumprir o nosso

dever de deixar descendência assimmais ou menos em público. Este grupo está a marcar aminha vida de rei fantasma. Não seiexplicar, mas gostaram mesmo desaber estas curiosidades. Foram vera peça “Memorial do Convento” e via admiração no rosto deles. A peçaé magnífica! Vale a pena ir vê-la.Depois segui-os quando foramalmoçar ao quartel. Parece que oalmoço estava um pitéu. No meutempo, havia mais variedade, maispratos, muitas sobremesas etínhamos espectadores. Por último, vieram visitar-me!Fascinaram-se com minhaesplêndida biblioteca, o chão emmármore, as estantes em estilorococó e uma colecção de mais de40.000 livros com encadernaçõesem couro gravadas a ouro.Passearam-se pelos meusaposentos, imaginaram-me,espantaram-se, deslumbraram-se….E salvaram-me. Já presenciei asmais belas emoções que o meupalácio poderia provocar e sei queficará para sempre nos corações dosportugueses, por mal ou por bemmas ficará. Fui liberto por estegrupo, da Escola Secundária/3Amato Lusitano de Castelo Branco,pelo interesse demonstrado, pela

paixão pelo barroco e pelospormenores, pela compaixão pelosque me ajudaram a construir estepalácio de espanto, até por essaraiva estreme que, em algunsmomentos, sentiram por mim…Jovens que vêem para lá do queobservam. Subiram, ao alto daminha grande capela, ao sítio ondeeu, representante de Deus, assumiaa minha superioridade e aprendo ahumanidade através dos seuscomentários. Vivi até este séculopara sentir nos olhos dos jovens aimportância de mudar e a sede decultura e de viver sem tirania. Eumudei com eles e, agora, estou empaz porque sou mais lúcido. Hoje,posso partir e deixar o meu palácio.Escrevo-vos porque me vou e queroapelar, uma última vez, à cultura, àsartes, à inteligência e à força devontade. Fui má pessoa porcapricho. Cometi erros e nuncapensei estar a admiti-los, aqui, tãovulnerável. Penso que me deixeicontaminar pela luz dos olhos delese pela honestidade dos seuscorações puros e castos e sincerose humanos.

Quando estiverem a ler, jáparti. Sintam e sejam felizes!

Mariana Picado, 12º A

A Lisboa d’ Os Maias A Lisboa d’Os Maias já não é oque era! No Local onde dantes seerigia o Hotel Central, ponto deencontros, desencontros e boémia,estabeleceu-se hoje uma agênciade viagens. Como se pode imaginaro local onde Carlos da Maia viuMaria Eduarda pela primeira vez? Demos conta deste aspectonuma visita de estudo querealizámos no âmbito da disciplinade Português a fim de conhecer aLisboa d’ “Os Maias”. Continuandoa visita, no cimo da rua, deparámo-nos com Eça de Queirós e a suamusa representados numa estátua.Contemplámos o Largo de Camõese quase ouvimos Carlos da Maiaregrssado de Paris a lamentar-se,enquanto constatava a imobilidadede Portugal… mas, se fosse hoje,será que constataria o mesmo?! Encarnação e Loreto, duasigrejas que, frente a frente,parecem lutar pela atenção dostranseuntes que já as esqueceram,bem como aos seus tempos deglória. Subindo a rua da Misericór-

dia, vê-se o restaurante Tavaresque ainda se mantém um ícone daLisboa d’Os Maias. Ao cimo, o Teatroda Trindade, ponto de encontro dearistocracia que pouco se interes-sava pelo espectáculo que ia ver,mas que não deixava de levar asmelhores roupas para ver e servista. Há coisas que teimam em nãomudar! “Quatro portas adiante” daRua Ivens ficava a casa onde MariaEduarda se encontrava hospedadae onde a paixão entre esta e Carlossurgiu. Caminhámos ainda mais e oantigo Teatro de S. Carlos irrompefrente aos nossos olhos… e pensarque aqui se “gouvarinhava”. O Rossio finalizou o trajecto e atépode não ter mudado muito desdeo tempo em que os pais de Eça deQueirós viviam por cima do CaféNicola… mas eles andavam a cavaloenquanto nós tivemos que esperarpelos autocarros. Nunca elesimaginariam tal coisa!

Ana Galvão, Elizabeth Rodrigues, 11ºE

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Os Filhos da Drogade Christiane F.

Experiência de leitura porCristiana Gaspar, 10ºC

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da biblioteca

Bendito e louvado, está o conto contado

António Fontinha anima a Semana da Leitura

« Eu, Christiane F., 13 anos,drogada e prostituta..». Esta é afrase que popularizou o livro “OsFilhos da Droga” onde aprotagonista, com apenas 13 anos,se envolve no mundo das drogas. Após uma mudança de cidade, ofracasso profissional do pai e oconsequente divórcio dos seus pais,Christiane F. sofre uma mudançapsicológica radical. Conhece aspessoas erradas e a curiosidadeleva-a para o mundo das drogas.Experimenta substâncias leves eapaixona-se. Tempos depois, ela eo namorado decidem experimentarheroína e ficam completamentedependentes dela, o que os conduzao mundo da prostituição e daprisão. Apesar da ajuda incansável

da mãe e as infinitas tentativas dedesintoxicação, Christiane não seconsegue libertar, tentando inclusivéo suicídio. Uma obra que relata toda umaadolescência perdida e quiçá umavida e que aconselho a ler. Todosos dias, há relatos de jovens quemorrem devido à sua dependênciada droga, o que revela que esteproblema não tende a desaparecer.Ao lermos este livro com atenção eseriedade, apercebemo-nos de quequalquer um está sujeito a cairnesta situação, sem se dar conta.Esta leitura ajuda-nos a tomarconsciência de que há momentos davida em que devemos ser maisfortes e não nos devemos deixarinfluenciar por ninguém.

O Alquimistade Paulo Coelho

Experiência de leitura porDaniela Rosindo, 10ºA

Aconselho a leitura d’ “OAlquimista” de Paulo Coelho, um dosmuitos livros mais emocionantes quejá li. Fala de magia e da lealdade,dos sonhos e do coração. Tem umahistória envolvente de um pastorchamado Santiago que abandonatudo o que tem por causa de umsonho repetido sobre as Pirâmidesdo Egipto e tenta seguir a sua“Lenda Pessoal”. É daqueles livros que, depois deiniciada a leitura, é difícil parar deler. Gosto especialmente daestrutura simples desta obra e dalinguagem igualmente simples, masque traduz sentimentos muitoprofundos. Algumas frases que registei:- “É preciso não relaxar nunca,mesmo tendo chegado tão longe.”;

mesmo tendo chegado tão longe.”;- “O caminho da Sabedoria é nãoter medo de errar.”;- “Às vezes um acontecimento semimportância é capaz de transformartoda a beleza em um momento deangústia. Insistimos em ver o ciscono olho, e esquecemos as monta-nhas, os campos e as oliveiras”;- “No bom combate, atacar ou fugirfazem parte da luta. O que não fazparte da luta é ficar paralisado demedo.”;- “Os sentimentos devem estarsempre em liberdade. Não se devejulgar o amor futuro pelo sofrimentopassado.”;- “A busca da felicidade é pessoal,e não um modelo que possamos darpara os outros.”

histórias. O seu repertório éconstituído pelos contos popularestradicionais. Além desta actividade, temparticipado em projectos de recolhadeste tipo de literatura junto dapopulação mais envelhecida queainda guarda na memória ashistórias que outros lhes contaram.

Com as sessões que dinamiza portodo o país, tem contribuído deforma ímpar para a difusão donosso património oral. O seu currículo é muito vastoneste âmbito. Tem trabalhado combibliotecas, escolas, autarquias,instituições de reinserção social, temorientado acções de formação sobre

o conto popular, tem representadoPortugal em encontros decontadores de histórias noestrangeiro. Em suma, ninguém consegue ficarindiferente à sua arte, pois contacontos como ninguém.

Prof. Raquel Afonso

António Fontinha baixa a cabeça,une as mãos à frente do rosto... etudo fica em silêncio. Mentalmenteselecciona um conto do seu vastorepertório e inicia a sessão de contos - “Diz-se que havia um homem...”- começa de mansinho, num tom devoz grave e calmo e, sem nos darmosconta, inteiramente envolvidos nahistória, seguimos as andanças daspersonagens do imaginário daliteratura da nossa tradição oral. De repente, somos sacudidospor uma voz de trovão e, numturbilhão de palavras e , com gestosque abarcam toda a sala, abre-seum palco na nossa imaginação evemos diante dos nossos olhos omorgado avarento, o diabotraiçoeiro, o abade guloso, asaventuras e desventuras da galeriade personagens que habitam noimaginário popular. Bocas abertas, sorrisos no rosto,gargalhadas, silêncio total... aolongo da sessão, são várias asatitudes e os sentimentos dosouvintes fixados na magia dasimagens que escorrem das palavras. - “Bendito e louvado, está o contocontado” - e assim termina anarração com esta fórmula popularque aprendeu com os mais velhos.Aplausos, muitos aplausos, maisaplausos... Mas quem é António Fontinha?Contador de histórias de profissão,tem formação de actor, já passoupelo teatro, mas há muitos anos,desde 1995, que se dedicaexclusivamente à arte de contar

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iblioteca

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da biblioteca

Sessão de poesia com Teresa Duarte Reis

Encontro com o escritor Bruno Soares

Teresa Duarte Reis, autora delivros para crianças e obras poéticas,veio à ESAL no âmbito dacomemoração do Dia da Poesia. Num primeiro momento, osalunos da Esal declamaram algunspoemas de uma das obras daescritora, “Ecos do meu pensar”,sendo a declamação acompanhadapela projecção de ilustrações dessespoemas, elaboradas por alunos dos

No dia 10 de Março, a nossaescola contou com a presença doautor de “Alex 9”, Bruno MartinsSoares, no âmbito das actividadesdesenvolvidas na semana da leitura. Respondendo à curiosidade deuma aluna, o autor começou porexplicar aos presentes porqueassinou o seu livro com opseudónimo Martin S. Braun. Opseudónimo Braun está associadoa várias coisas. Quando era novotinha um colega de turma que emvez de Bruno lhe chamava Braun.

Tem também na sua mesinha decabeceira um despertador da marcaBrawn que o desperta dos seussonhos. Também explicou que nãoassinou com o seu verdadeiro nomeporque quando escreve ficçãoencarna uma pessoa diferente,sentindo-se ele próprio umapersonagem. No decorrer da sessão, contouainda como começou a escrever. Emmiúdo, gostava muito de fantasiare tinha sonhos muito estranhos,mas engraçados. Aos doze anos de

idade, para não se esquecer,resolveu escrever tudo aquilo queimaginava e sonhava. A sua comunicação foi muitointeressante. A propósito do livrofalou dos temas que o fascinam eque o levaram à escrita, como aHistória da Humanidade, aAstronomia, os mistérios do espaçoe o choque de culturas. Foiexactamente o choque de culturasque esteve na base da criação daobra “Alex 9”. A história deste livrocomeça com um estranhofenómeno. Vinda do espaço, umaestrela despenha-se no meio de umlago junto ao qual estava reunidoum grupo de guerreiros e das águassai uma estranha mulher. Antes da vinda de Bruno Soares,a biblioteca lançou um passatemposobre este livro. A partir da leiturado prólogo, pela professora biblio-tecária que se deslocou às váriasturmas, os alunos foram desafiadosa imaginar quem seria estamisteriosa mulher emergida do lago. Os textos dos 17 concorrentesforam muito bons e cheios deimaginação e o vencedor foi o textode Carla Aziago do 9º A que recebeu

como prémio o livro “Alex 9”,autografado pelo autor. Bruno Soares recebeu tambémum presente, o seu retratodesenhado a carvão pela alunaSílvia Silva do 11ºG. No final, o escritor levantou umpouco o véu sobre o segundovolume desta história, e informou-nos que a acção se vai passar noplaneta Saturno e que Alex e oPríncipe Dael se vão apaixonar.

Oana Gabriela, 9ºB

Biblioteca assinala Dia da Poesia

emocionada com a actividadeorganizada e adorou ouvir outros lerpoemas seus. Num segundo momento, a autorafalou um pouco de si e da sua obra,referindo que a poesia é a sua maiorpaixão, e para o mostrar, tambémela declamou algumas das suas

composições poéticas, duas delasem colaboração com alguns alunos.A comunicação da escritora terminoucom a apresentação de alguns dosseus livros infantis. No final, voltámos a ouvirMargarida Goulão cantaracompanhada à guitarra por FábioRamalho.

Oana Gabriela, 9º B

vários anos, na sua maioria do cursode Artes Visuais. Seguiu-se um momento musical.Fábio Ramalho e Raúl Santos do10ºG musicaram um poema daautora e Margarida Goulão do 10ºFinterpretou a canção. Teresa Reis ficou bastante

Bruno Martins Soares com alunas do 9ºano

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A minha vida em núm3r0s

Crónicas da MatemáticaConcurso

desenvolvido noâmbito do Plano da

Matemática II

Números! Sem nos darmosconta, a sua presença nas nossasvidas tem uma importância e,sobretudo, uma presençafundamentais. No meu caso, o 23, o 7 e o 1995são especiais porque representamo dia, o mês e o ano em que a minhavida teve início. É engraçado comoposso ordená-los de tantas formase conseguir tantos númerosdiferentes! O 7 é também importante porqueo considero, tal como o 13, um dosmeus números da sorte. Não seiquando tomei esta decisão, mas averdade é que, quando penso emnúmeros importantes para mim,estes dois surgem sempre numaposição privilegiada. Também,combinando estes números,conseguimos multiplicá-los e, quemsabe, descobrir episódiosinteressantes. Haverá com certezapessoas cujas histórias estãoassociadas ao 713, ao 317, ao 137,ao 713… O 25 cheira a Liberdade!Combinando-o com o 4 e com o1974, traduz-se numa data

Na minha vida há muitosnúmeros. Não os vou mencionartodos porque como é óbvio nãome lembro de todos. Vou começarpelos mais pequenos. O primeiro número em questãoé o 0 porque se pode atribuir àscoisas que ainda não fiz como, porexemplo, viagens à lua. A seguir, o 1 porque, se nãoestou em erro, é o número inteiroímpar mais pequeno que há, muitoutilizado no dia a dia. Eu tenho 1plasma, 1 jogo, 1 cão, 1 gato com1 ano, 1 cachorrinho com 1 mês.É encarado como o líder e figuranas camisolas dos guarda-redes.É o meu número preferido nopódio. De seguida vem o 2. Eu, porexemplo, já queimei 2motherboards de 2 portáteis; tive2 acidentes graves de mota;estamos no mês 2 o mês em que1 dos meus melhores amigos fazanos. Passemos ao 3. Dia 3 do 3,faleceu o meu avô paterno; tenho3 motos nacionais que o meu paime comprou e uma delas só tem3 velocidades; é o número quemenos gosto no pódio, e ouvi queo 3 “é a conta que deus fez”,simbolizando o número perfeito. Logo a seguir vem o meunúmero favorito o 4. Só me lembrode factos a partir dessa idade;tenho uma zündapp 4; sempre fuio número 4 nas turmas dasescolas; nasci com cerca de 4 kg;no dia 4 de Agosto é a festa naminha terra; com 4 anos fui parao infantário e já subia para cimada mota do meu pai. Relativamente ao 5, o meu 1ºcarro vai ser um super 5 GTi tuning. Quanto ao 6, é o número domês em que nasci e um dos meusmelhores amigos faz anos a 6 do

6. 7 é o numero da sorte da maioriados portugueses, segundo fontesda TVI. Salto o 8 e passo para o 9.Ando no 9ºano, ou seja, 9 anos daminha curta vida a estudar ou afingir. Com 10 anos, o meu paiensinou-me a andar de mota;espero passar para o 10º anosenão vou ganhar 10 euros porsemana nas obras durante asférias de verão; tenho 10 pares deténis da Nike. A 11 de Setembro,morreram uns familiares dunsamigos da namorada do meu tio noatentado das torres gémeas. 12 éo dia do aniversário da minha irmã.13 é o meu número da sorte; nascidia 13; ignoro as sextas-feiras 13. Tenho 14 anos; 14 é o dia dosnamorados e dia em que um dosmeus melhores amigos e o meu paifazem anos. A 15 começam as aulase faço 15 anos este ano. Com 16anos já posso andar nas minhasmotas e caçar com o meu pai semprecisar fugir à polícia; 16 é oaniversário da minha mãe e do meuavô. 17 anos, a idade ideal, menorde idade, mas com carta na mão.18 anos, maior e vacinado, mascom as responsabil idades àscostas. 20 é a idade da minha irmã.37, a nova série da tvi. 46 é onúmero do Valentino Rossi, um dosmeus motociclistas preferidos e éa idade de minha mãe. 1995, o meuano de nascimento. 2010, aspróximas férias de verão quedemoram 2010 milénios a chegare passam a 2010km/h. E, por fim, o último númeroque tem mais destaque é o do anode 2012, mas este nem é precisoexplicar, só o filme 2012 diz tudo.Estes são os números maisimportantes na minha vida.

António Pires, 9ºA, nº4

Os números acompanham-nosdesde que nascemos. Há algunsque nos marcam e, quando se falaneles, “deixam-nos” a recordargrandes momentos. O 1 faz-me recuar ao 1º ano, àminha festa do 1º aniversário. O 4 faz-me lembrar o 4º ano,último ano do 1º ciclo, quando mudeide escola e “abandonei” a ama etodos os amigos que lá tinha. O 8 relembra-me Julho do anoanterior e o magnífico dia quepassei na barragem de Sta. Luziacom os meus padrinhos e com aminha prima e o escaldão que eu ea minha prima apanhámos. O 9 remonta ao dia em que fiz a1ª comunhão, juntamente comtodos os meus amigos da primária,em que estiveram presentes osmeus tios e os meus primos. O 10 faz-me lembrar o dia 10 deJaneiro deste ano, o dia em que,pela primeira vez, vi Castelo Bancoficar coberta de neve. O 11 faz-me recordar os meus11 anos, quando organizei a minhaprimeira festa de aniversário e ondejuntei família e amigos.O 13 é sem dúvida o meu númeroda sorte. O 15, o dia em que a minhamãe faz anos. O 21 é referente ao21 de Junho, o primeiro dia deverão, sem dúvida o melhor dia detodos os anos. O 24 é a véspera de Natal, aunião, a confraternização e a alegriacom que é vivida a consoada nacasa dos meus avós maternos,sendo mais uma “ desculpa” parajuntar toda a família.

fundamental para todosportugueses e, por isso, tambémpara mim. Quanto mais aprendosobre o que era Portugal antesdaquele dia 25, mais e maiorimportância lhe atribuo. Ainda bemque os dias têm uma sequência,porque nada seria igual se, a seguirao 24, não tivesse acontecido o 25! O 1, com o ordinal que lhe estáassociado, ocupa também um lugarimportante para mim. Simboliza aambição, o querer, o sucesso! Exigetrabalho, esforço e empenho! Masvale a pena porque, ambicionandoo impossível, poderemos conseguiro possível. São estes os números da minhavida. Vejamos: 23, 7, 1995, 13, 25,4, 1974, 1. Juntemos-lhe o 14, queé a minha idade, adicionemos o 6,porque não foi falado e também o8, pelo mesmo motivo echegaremos ao 28 que é o dobroda minha idade actual. Será umaboa altura para fazer um novobalanço dos números da minhavida! João Reis, 9ºA (1ª Menção honrosa)

O 25 é o dia em que o meu paifaz anos. Este número/dia éimportante, para mim, por estarassociado ao meu pai que é umgrande homem, o meu herói, pelaforça com que agarra à vida. O 200 talvez seja o númeroexacto de primos e tios maternos(julgo que sejam mais), no entanto,este número é importante não pora família ser grande, mas sim porquesão todos grandes amigos. Écurioso o facto da família aumentara cada ano e mesmo assimcontinuamos a conhecer-nos todos. O 2000 representa todas asfotos que tenho em álbuns. Paramim, a fotografia é muito mais queum passatempo, é uma arte. Achoque cada momento deve serguardado não só na nossa mente,mas sim numa verdadeira fotografia. O 2008 remonta ao ano de 2008,até agora o melhor ano da minhavida, pelo reencontro com a minhamelhor amiga, prima e “irmã” etambém o ano que mais me custouter de lhe dizer adeus e vê-la denovo partir para a Suíça. O 2009 foi o ano que passou,mas como todos os anos tem Agostoe é em Agosto que se realiza a festada terra da minha mãe e, para mim,é sempre o mês “alto” do ano,quando reencontro amigos, primose tios que vêm de França.Estes são alguns dos números maisimportantes para mim.

Inês Silva, 9ºB (2ª Menção honrosa)

Texto vencedor

António Pires, João Reis e Inês Silva, autores dos textos vencedores

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eSalpicos recebe 2ºprémio na Futurália

do eSalpicos

Foram muitos, alunos eprofessores de todo o país, os quese juntaram na Futurália, uma feirasobre emprego e formação que serealizou na FIL, em Lisboa, no dia10 de Março, para a sessão deentrega de prémios do ConcursoNacional dos Jornais Escolares queo projecto PÚBLICO na Escolapromove todos os anos. O eSALPICOS ficou em 2º Lugarno Concurso, no 2.º escalão: prémiopara jornais de escolas secundáriase profissionais. Um prémio que é uma motivaçãoacrescida para a continuação deste

Concurso Nacional de jornais escolares do Público

projecto. Obrigado a todos os queo tornam possível. A sessão, presidida pela ministrada Educação, Isabel Alçada,premiou cerca de 30 publicaçõesescolares em diferentes categoriase escalões. Para Isabel Alçada, oconcurso é um estímulo à promoçãoda leitura e da escrita e aodesenvolvimento do espírito críticoe dos valores da cidadania. O eSALPICOS foi representadopelo nosso Director e pela nossaPresidente do Conselho de Escolaque receberam o prémio no valor de2500 euros.

Concurso Jovensjornalistas da ESAL

O eSalpicos está a promover oconcurso “Jovens jornalistas daESAL” dirigido aos alunos colabo-radores das três edições doeSalpicos deste ano lectivo. Todos os alunos poderão participar,basta escrever um artigo para ojornal sobre o tema da edição ou

qualquer outro que seja relevantee de interesse geral. Os alunos que escreveramartigos para o primeiro e para estesegundo número do eSalpicos sãojá candidatos a este concurso. Há três prémios para atribuir: aomelhor texto jornalístico, ao melhortexto de opinião e ao melhor textocriativo das três edições deste ano. Se a qualidade dos trabalhos ojustificar, os prémios serão insti-tuídos em dois escalões, 3º ciclo doensino básico e ensino secundário. O júri é constituído pelo Directorda ESAL e pelos seis professores dadirecção do eSalpicos.

Se ainda não participaste,escreve um artigo para apróxima edição. Podesser um dos vencedores doconcurso.

Passatempo do

E agora, que leste este 2º número do eSalpicos diz:

1. Quantos artigos fazem referência a livros? _________________

2. Quantas visitas de estudo foram notícia? __________________

3. Quem escreveu “Alex 9”?_______________________________

4. Quem é o Dr. Filipe Roque? _____________________________

5. “A minha vida em números” é o título de algumas crónicas damatemática. Escolhe tu também um número e em duas linhas dizporque o escolheste ou porque é importante para ti.(pergunta para desempate)______________________________________________________

_____________________________________________________

À Procura de...

O vencedor deste passatempo receberá comoprémio o livro “Alex 9, a guardiã da espada”

A tua leitura do

Resultados da edição anterior

O título mais apelativo: Dos Blues ao Rock

O título que levou a ler o artigo completo: Dos Blues ao Rock

O que gostaram mais de ler: Que lugar ocupam os livros na tua vida

Texto jornalístico preferido: Reportagem - Das bibliotecas itinerantes...

Texto de opinião preferido: Que lugar ocupam os livros na tua vida

Texto criativo preferido: Do outro lado da janela

O desenho mais apreciado: Soraia Luís, 11ºG

Sugestões mais frequentes feitas ao eSalpicos:

- Mais artigos sobre desporto- Inclusão de mais desenhos dos alunos

Dias das Línguas

11 e 12 de Maio

Participa nos concursos

Tema dos concursos“Eu, poluídor, me confesso”

Concurso I - Português

- Elabora um poema, uma crónica,um conto sobre o tema.

Concurso II- Francês/Inglês

- Fotografia legendada em francêsou inglês sobre o tema.

Entrega dos trabalhos:até 7 de Maio

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Uma lâmpada

sem pó = +40%

de luminosidade

suplementar

MURAL INTERACTIVO*“Apago a luz, acendo a consciência”

Que desafios aceito?

Como me desloco? Como como?Como me aqueço? Como consumo? Como..?

*Bons GESTOS,por um planeta sem fim,também são gestos por mim:- Que outros, tantos, posso ter? Não me posso esquecer....

1. Consumir luz natural exageradamente.

E os teus gestos?

2._______________________________________________________________

3._______________________________________________________________

4._______________________________________________________________

Deixar correr a

água enquanto

lavo os dentes =

12 litros/minuto

Uma tonelada de

plástico reciclado

= 700kg de

petróleo

economizado

Um testo no

recipiente para

ferver água = 4

vezes menos

energia gasta

1 lata de cerveja

= várias

dezenas de anos

para se degradar

Uma pastilha

elástica = 5 anos

para se degradar

naturalmente