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S Escassez de água: Aspectos econômicos, sociais e ambientais Prof. Dr. Antonio Carlos Zuffo Campinas, 18 de Março de 2015

Escassez de água: Aspectos econômicos, sociais e ambientais¡gua-Aspectos-econômicos-sociais... · Aumento da população Multiplicidade de usos Crescente demanda de água Crises

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Escassez de água: Aspectos econômicos, sociais e ambientais

Prof. Dr. Antonio Carlos Zuffo

Campinas, 18 de Março de 2015

Conceitos Básicos

Figura 1. Gráfico de Crescimento Populacional e estimativa até 2050.

Bilhões 3 4 5 6 7 8 9

1974

1987

1999

2013

Conceitos Básicos

SEconomia de espaçonave

S A cada 20 anos dobram os volumes de água consumida pela humanidade (Freitas, 2000).

S Importante manter o equilíbrio entre oferta X demanda.

Economia de mercado X Economia de espaçonave

M.A.com capacidade de

assimilação > quantidade de

resíduos produzidos

pelo Homem

Resíduos usados como parte de um

processo de reaproveitamento

Base do Desenvolvimento Sustentável

Conceitos Básicos

Conceitos Básicos

Aumento da população

Multiplicidade de usos

Crescente demanda de água

Crises de escassez

Conflitos de interesse

Competição institucional

Perturbações sociais Impedimento ao

desenvolvimento econômico

Impedimento à

preservação ambiental

Conceitos Básicos

America do Norte11% América Central

2%

América do Sul21%

Brasil12%

Ásia28%

Europa13%

Oceania4% África

9%

Figura 2. Distribuição global de água

Conceitos Básicos

S Quantidade de água.

S Qualidade da água.

A água é um recurso natural renovável

porém não inesgotável.

Demanda > Oferta Conflitos pelo uso da água

Gestão dos Recursos Hídricos (Legislações e Métodos)

Conceitos Básicos

S Quantidade de água.

S Qualidade da água.

A água é um recurso natural renovável

porém NÃO INESGOTÁVEL.

Demanda > Oferta Conflitos pelo uso da água

Gestão dos Recursos Hídricos (Legislações e Métodos)

A DECLARAÇÃO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS

HÍDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992

A saúde e o bem-estar do homem, a garantia de

alimentos, o desenvolvimento industrial e o

equilíbrio dos ecossistemas estarão sob risco se

a gestão da água e do solo não se tornar

realidade, na presente década, de forma bem

mais efetiva do que tem sido no passado.”

Gerenciamento de Recursos Hídricos

A DECLARAÇÃO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS

HÍDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992

Princípios mais importantes da Declaração de Dublin:

1. A água doce é um recurso finito e vulnerável,

essencial para a conservação da vida, a

manutenção do desenvolvimento e do meio

ambiente.

Gerenciamento de Recursos Hídricos

A DECLARAÇÃO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS

HÍDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992

2. O desenvolvimento e a gestão da água devem

ser baseados em participação dos usuários,

dos planejadores e dos decisores políticos, em

todos os níveis.

3. As mulheres devem assumir papel essencial

na conservação e gestão da água.

Gerenciamento de Recursos Hídricos

A DECLARAÇÃO DE DUBLIN SOBRE RECURSOS

HÍDRICOS E DESENVOLVIMENTO, 1992

4. A água tem valor econômico em todos os

seus usos competitivos; deve-se

promover sua conservação e proteção.”

Gerenciamento de Recursos Hídricos

Lei 9433/97

(Política Nacional de RRHH)

S Planos de Recursos Hídricos;

S Enquadramento dos corpos de água em classes,

segundo os usos preponderantes da água;

S Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;

S Cobrança pelo uso de recursos hídricos;

S Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.

A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva (art. 19):

I. Reconhecer a água como bem econômico e dar ao

usuário uma indicação de seu real valor;

II. Incentivar a racionalização do uso da água;

III. Obter recursos financeiros para o financiamento dos

programas e intervenções contemplados nos Planos de

Recursos Hídricos.

Cobrança do Uso de Recursos Hídricos

A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva (art. 19):

I. Reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário

uma indicação de seu real valor;

II. Incentivar a racionalização do uso da água;

III. Obter recursos financeiros para o financiamento dos

programas e intervenções contemplados nos Planos de

Recursos Hídricos.

Cobrança do Uso de Recursos Hídricos

A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva (art. 19):

I. Reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário

uma indicação de seu real valor;

II. Incentivar a racionalização do uso da água;

III. Obter recursos financeiros para o financiamento dos

programas e intervenções contemplados nos Planos de

Recursos Hídricos.

Cobrança do Uso de Recursos Hídricos

ANALOGIA ENTRE BACIA E

PRÉDIO DE CONDOMÍNIOS

Dados da Palestra de ontem dia 17 de março de 201:

Dr. Rui Brasil

Foram arrecadados entre 2007 a 2014

R$ 222,4 milhões no Estado de São Paulo

Média de R$ 27,8 milhões/ano

Cobrança do Uso de Recursos Hídricos

Autos n.º 52.839

Respostas aos questionamentos formulados durante a Audiência

Pública realizada em 18-09-2014 para a Construção das Barragens

Pedreira e Duas Pontes

“6. Qual o valor estimado para cada barragem?

Resposta: Os valores estimados dos investimentos para os Empreendimentos,

conforme os projetos básicos, são: Barragem Duas Pontes: R$ 264 milhões

(data-base: Jun/2013); e Barragem Pedreira: R$ 348 milhões (data-base:

Jun/2013).

TOTAL: R$ 612 milhões (data-base: Jun/2013).

Cobrança do Uso de Recursos Hídricos

Transparência

20

Conceitos Básicos

A água é um recurso

natural, variável no tempo

e no espaço!!!

Conceitos Básicos

SVariabilidade Climática deve

ser levada em conta no

PLANEJAMENTO sem viés

ideológico!

Diário da Noite 24 de março de 1953 -

Invasão de flagelados da seca no comércio de

Surubim.

1953 Brasil - Nordeste

Diário da Noite 24 de março de 1953 -

Invasão de flagelados da seca no comércio de

Surubim.

1953 Brasil -Nordeste

1953 Brasil - Sudeste

26

1953 Brasil – AM

27

1953 Brasil – AM

1953 Europa

UK

1953 Europa

1953 Europa - England

1953 Europa

Ho

lan

da

1953 Europa

Ho

lan

da

1953 Europa

Itália

1953 Europa - Itália

35

1953 Califórnia – USA

36

1953

Califórnia

USA

37

1953 Califórnia – USA

China em 1953

38

1953 CHINA

39

19

53

JA

O

40

19

53

JA

O

2014 Brasil – Sudeste / Centro

Oeste / Nordeste

2014 Brasil – Sudeste / Centro

Oeste / Nordeste

2014 Brasil – SE / CO / NE

2014 Brasil – SE / CO / NE

45

2014 Brasil – AM

46

2014 Brasil – AM

47

2014 Brasil – AM

2014 Europa

2014 Europa

Itália 2014

2014 Europa

England 2014

2014 Europa England 2014

2014 Europa

2014 Europa

2014 Europa

2014 Europa

56

2014 Califórnia – USA

57

2014 Califórnia – USA

58

2014 Califórnia – USA

59

2014 Califórnia – USA

China em 1953

60

20

14

CH

INA

61

20

41

4 J

AP

ÃO

62

Macr

o C

lim

a G

lob

al

Alta Pressão = ar seco

Baixa

Pressão = ar

úmido

Alta Pressão = ar seco

Baixa Pressão = ar úmido

Mudanças

Climáticas

63

Mudanças

Climáticas

64

19 de outubro de 1987

Aquecimento Global!

Mudanças

Climáticas

65

19 de outubro de 1987

Aquecimento Global!

Mudanças Climáticas

66

19 de outubro de 1987

Aquecimento Global!

1880 1963

Período 35 anos com severa

estiagem nas bacias

67

Aquecimento Global ou

Variações Climáticas Naturais?

Fonte: http://www.bbc.com/news/science-environment-24173504

Série Histórica de Vazões

69 -50

0

50

100

150

200

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Conclusões

S Melhorar a HIGIDEZ do ambiente! > disponibilidade de água

por qualidade, por meio do tratamento de efluentes, proteção de nascentes, recomposição de matas ciliares;

S PARTICIPAÇÃO do usuários no gerenciamento dos recursos hídricos (Descentralização);

S INSTRUMENTOS DE GESTÃO – Cobrança pelo uso da água;

S PLANEJAMENTO dos RRHH considerando-se as variações cíclicas naturais do clima;

Conclusões

S Marco Regulatório (LEI 9433/97);

S Transparência (Sistema de Informações sobre os Recursos

Hídricos) – Instituição Isenta e com credibilidade Pública.

Muito Obrigado!

Prof. Dr. Antonio Carlos Zuffo

Professor Associado da Área de Hidrologia e Gestão de

Recursos Hídricos

DRH – FEC - UNICAMP

e-mail: [email protected]

Fone: (19) 3521-2357 72