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ESCOLA DE APERFEiÇOAMENTO DE OFICIAIS CAP INF MARCELLO GUIMARÃES BREVES COMPARAÇÃO ENTRE AS VIATURAS BLINDADAS DE INFANTARIA (VBI) ADOTADAS PELO EXÉRCITO BRASILEIRO, VENEZUELANO E ARGENTINO EM RELAÇÃO A MOBILIDADE, PODER DE FOGO E PROTEÇÃO BLlNDADADA Rio de Janeiro 2018

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ESCOLA DE APERFEiÇOAMENTO DE OFICIAIS

CAP INF MARCELLO GUIMARÃES BREVES

COMPARAÇÃO ENTRE AS VIATURAS BLINDADAS DE INFANTARIA (VBI) ADOTADAS PELO EXÉRCITO BRASILEIRO,

VENEZUELANO E ARGENTINO EM RELAÇÃO A MOBILIDADE, PODER DE FOGO E PROTEÇÃO BLlNDADADA

Rio de Janeiro 2018

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ESCOLA DE APERFEiÇOAMENTO DE OFICIAIS

CAP INF MARCELLO GUIMARÃES BREVES

COMPARAÇÃO ENTRE AS VIATURAS BLINDADAS DE INFANTARIA (VBI) ADOTADAS PELO EXÉRCITO BRASILEIRO,

VENEZUELANO E ARGENTINO EM RELAÇÃO A MOBILIDADE, PODER DE FOGO E PROTEÇÃO BLINDADA

Trabalho acadêmico apresentado à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, como requisito para a especialização em Ciências Militares com ênfase em Gestão Operacional.

Rio de Janeiro 2018

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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx DESMiI

ESCOLA DE APERFEiÇOAMENTO DE OFICIAIS (EsAO/1919)

DIVISÃO DE ENSINO / SEÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO

FOLHA DE APROVAÇÃO

IAutor: Cap Inf MARCELLO GUIMARÃES BREVES

Título: COMPARAÇÃO ENTRE AS VIATURAS BLINDADAS DE INFANTARIA (VBI) ADOTADAS PELO EXÉRCITO BRASILEIRO, VENEZUELANO E ARGENTINO EM RELAÇÃO A MOBILIDADE, PODER DE FOGO E PROTEÇÃO BLINDADA

Trabalho Acadêmico, apresentado à Escola e Aperfeiçoamento de Oficiais, como requisito parcial para a obtenção da especialização em Ciências Militares, com ênfase em Gestão Operacional, pós-graduação universitária lato sensu.

MARCELLO G","wl,,,,,RÃES BREVES - Cap luno

IAPROVADO EM __ --=-....lI.L.....; _ ___;1~1 __ / J.p /1.

. CONCEITO:

ALEXSANDER F

IV AN MOACYR WEISS JUNIOR - Cap 1° Membro e

SAMUEL SC

Menção Atribuída

E

~

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COMPARAÇÃO ENTRE AS VIATURAS BLINDADAS DE INFANTARIA (VBI) ADOTADAS PELO EXÉRCITO BRASILEIRO, VENEZUELANO E ARGENTINO EM

RELAÇÃO A MOBILIDADE, PODER DE FOGO E PROTEÇÃO BLINDADA

Marcello Guimarães Breves* Ivan Moacyr Weiss Junior**

RESUMO O presente trabalho apresenta, de forma sucinta, uma comparação entre as viaturas blindadas de infantaria do Exército Brasileiro, Argentino e Venezuelano. O Objetivo principal deste artigo é questionarmos se a viatura da nossa infantaria blindada apresenta as condições necessárias para cumprir satisfatoriamente suas atribuições doutrinárias no contexto de defesa externa no teatro de operações da América do Sul. Para tanto, foi realizado uma comparação entre a VBTP M-113 BR do Exército Brasileiro, a VCTP T AM do Exército Argentino e a VBCI BMP-3 do Exército Venezuelano no tocante a mobilidade, poder de fogo e proteção blindada. O trabalho foi desenvolvido entre os meses de fevereiro a agosto de 2018, do tipo exploratório, de caráter bibliográfico e documental. O material foi selecionado no acervo dos sítios eletrônicos na internet, biblioteca de trabalhos e publicações do Centro de Instrução de Blindados "General Walter Pires" e da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, sendo selecionados somente artigos em português, espanhol e inglês.

Palavras-chave: Viatura Blindada de Fuzileiros. Viatura Blindada de Transporte de Pessoal. Viatura Blindada de Combate de Infantaria. Força-tarefa.

ABSTRACT This work presents, in a concise way, a comparison between Armored Infantry Vehicle of Brazilian, Argentine and Venezuelan Armies. The main objective of this article is to ask if the Brazilian's Armored Infantry Vehicle has ali the conditions for satisfactorily accomplish the doctrinal attributions in an external defense context during a possible confrontation in the South America. For this, it was realized a comparison among Armored Personnel Carrier M-113 BR (APC M-113 BR) from Brazilian army, Infantry Fighting Vehicle TAM (IFV TAM) from Argentine army, and Infantry Fighting Vehicle BMP-3 (IFV BMP-3) from Venezuelan army; analyzing three factors: mobility, fire power and armored protection. This research was developed in the year of 2018, between the rnonths February and August, in an exploratory type, of a bibliographic and documentary character. The material was selected from the collections of electronic sites of internet, from the researches and publications of Library of Armored Trainning Center "General Walter Pires" and from the Officials Perfectioning's School, selecting only articles in Portuguese, Spanish and English languages.

Keywords: Armored Infantry Vehicle, Armored Personnel Carrier, Infantry Fighting Vehicle, Task Force.

* Capitão da Arma de Infantaria. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 2008.

**Capitão da Arma de Infantaria. Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 2006. Aperfeiçoado em Ciências Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) em 2015.

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BR

CC

EB

EUA

FT

Km

Km/h

PIB

PR

VBCCC

VBCI

VBTP

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Brasil

Carros de Combate

Exército Brasileiro

Estados Unidos da América

Força-tarefa

Quilômetro

Quilômetro por hora

Produto Interno Bruto

Paraná

Viatura Blindada de Combate Carro de Combate

Viatura Blindada de Combate de Infantaria

Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01

Figura 02

Figura 03

Figura 04

Força-tarefa Blindada

VBTP -113 B

BMP-3

VBCT

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sUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1

1.1 Problema 1

1.2 Objetivos 1

1.3 Justificativas e contribuições 2

2.METODOLOGIA 4

2.1 Revisão de literatura 4

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6

3.1 Força-tarefa blindada e suas características 6

3.2 Viatura blindada de infantaria 8

3.3 Viatura blindada de infantaria utilizada pelo Exército Brasileiro 8

3.4 Viatura blindada de infantaria utilizada pelo Exército Venezuelano 10

3.5 Viatura blindada de infantaria utilizada pelo Exército Argentino 12

3.6 Quadro comparativo 13

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS 15

REFERÊNCIAS 16

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1 INTRODUÇÃO

Na década de 60, o Exército Brasileiro adquiriu 584 (quinhentas e oitenta e

quatro) viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP) M 113 dos Estados Unidos

da América. O objetivo principal na aquisição desses blindados era equipar os

Batalhões de Infantaria Blindado e os Regimentos de Cavalaria Blindado.

No entanto, o emprego desses blindados pelos fuzileiros blindados em território nacional difere da finalidade original de seu projeto, que é o emprego dessas viaturas

no apoio ao combate e no transporte de tropas, como traz o seu próprio nome. Nosso exército as utilizam na formação de Força-tarefa (FT) junto aos recém adquiridos carros de combate (CC) alemães Leopard 1A5. Em outras palavras, mudou a natureza

da missão original da viatura proporcionando a ela outras atribuições.

Países sul-americanos, fronteiriços com o Brasil, com Produto Interno Bruto

(PIB) menor do que o brasileiro, têm investido em viaturas blindadas de ponta, como

a Venezuela, que na década passada adquiriu a Viatura Blindada de Combate de

Infantaria (VBCI) BMP-3, de origem soviética, e a Argentina, que através sua indústria

nacional produziu a sua viatura de combate de fuzileiros: Veículo de Combate de

Transporte de pessoal (VCTP), a VBCI da família TAM.

1.1 Problema

Em que medida os Batalhões de Infantaria Blindados do Exército Brasileiro estão

devidamente equipados e atualizados com suas viaturas blindadas no tocante a poder

de fogo, mobilidade e proteção blindada em comparação a países sul-americanos, como, por exemplo, o Exército Venezuelano e o Exército Argentino?

1.2 Objetivos

O objetivo geral deste trabalho é apresentar um panorama sobre a viatura

blindada que equipa os Batalhões de Infantaria Blindada do Exército Brasileiro e as viaturas blindadas que equipam os batalhões blindados dos Exércitos venezuelano e argentino, e, desta forma, realizar uma comparação entre o poder de combate das

nossas viaturas blindadas de infantaria frente aos vizinhos sul-americanos, como

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nesse caso a Venezuela e a Argentina, e oferecer subsídios aos planejamentos

estratégicos do Exército Brasileiro.

Para viabilizar a consecução do objetivo geral de estudo, foram formulados os

objetivos específicos, os quais permitiram o encadeamento lógico do raciocínio

descritivo apresentado neste estudo:

a) Descrever o que é uma Força-tarefa Blindada e quais são suas características;

b) Descrever o que é uma viatura blindada de infantaria;

c) Descrever a viatura blindada de infantaria utilizada pelo Exército Brasileiro;

d) Descrever a viatura blindada de infantaria utilizada pelo Exército Venezuelano;

e) Descrever a viatura blindada de infantaria utilizada pelo Exército Argentino; e

f) Comparar, tecnicamente, qual é a melhor viatura blindada para equipar os

batalhões de infantaria blindada.

1.3. Justificativas e contribuições

Destaca-se que a tropa blindada é a tropa com maior poder de combate da

força terrestre.

É observado que o ritmo de modernização dos Exércitos está cada vez mais

acelerado e com as tropas blindadas não é diferente. A infantaria blindada vem

evoluindo com a criação de blindados cada vez mais ágeis, com maior blindagem e

maior letalidade, aumentando de sobremaneira seu poder de combate. Tudo isso a

fim de acompanhar a velocidade do combate moderno.

Conforme o manual C 17-20 (p. 1-18), os fuzileiros blindados são empregados para:

(1) acompanhar, quando embarcados, o deslocamento dos Esqd CC; (2) destruir pequenos bolsões de resistência pelo fogo de suas armas automáticas; (3) abrir ou remover obstáculos AC, dentro de suas possibilidades; (4) cooperar na neutralização ou destruição das armas AC; (5) designar alvos para os CC; (6) realizar a limpeza e auxiliar na consolidação dos objetivos; (7) proteger os CC contra o Ini a pé e contra medidas AC individuais; (8) proporcionar segurança; (9) liderar a ação, quando necessário;

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(10) ser empregado a pé a fim de:

(a) esclarecer a situação em 'áreas de bosques ou florestas e em 'áreas edificadas; (b) conduzir infiltrações; (c) participar de operações aeromóveis limitadas; (d) prover a guarda de prisioneiros;

(e) organizar e manter o terreno contra ataques do inimigo;

(f) realizar patrulhas de Rec e Seg e ocupar P Obs; (g) realizar ações de emboscada contra o inimigo.

Nos dias atuais, países de alto poder bélico, como os EUA, continuam utilizado

a VBTP M113 em suas tropas blindadas, porém, com emprego voltado ao transporte

de tropa e apoio ao combate. Não é comum a utilização desta viatura como meio de

combate de infantaria, na formação de Força-tarefa, como é utilizada pelo Exército

Brasileiro.

Alguns países da América do Sul adquiriram e produziram modernas viaturas

blindadas de combate de infantaria buscando atualizar seus exércitos com as novas

demandas do campo de batalha.

Nesse sentido, é lícito questionar-se se a viatura da nossa infantaria blindada

apresenta as necessárias condições de cumprir satisfatoriamente suas atribuições

doutrinárias.

Foram escolhidos, como referência na comparação, os países Argentina e

Venezuela, pelas razões a seguir: I) Ambos os países são fronteiriços com o Brasil e

investiram na infantaria blindada; lI) A Argentina desenvolveu através da sua indústria

nacional a sua viatura; já a Venezuela adquiriu uma das mais reconhecidas VBCI da

atualidade, que é a VBCI BMP-3.

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2 METODOLOGIA

o caminho desenvolvido pelo presente trabalho teve seu início na revisão

teórica do tema, por meio de consulta a manuais doutrinários, documentos e trabalhos

científicos (artigos, trabalhos de conclusão de curso e dissertações), a qual prosseguiu

até a fase de análise dos resultados de vários estudos, de forma a consubstanciar um

material de literatura atualizado e compreensível. Pretende-se comparar as viaturas blindadas das infantarias dos exércitos

brasileiro, argentino e venezuelano, por meio das suas características fundamentais,

que é a proteção blindada, a mobilidade e o poder de fogo. O delineamento de

pesquisa contemplou as fases de levantamento e seleção da bibliografia, leitura

analítica e fichamento das fontes, argumentação e discussão dos resultados. Quanto à natureza, caracteriza-se por ser uma pesquisa do tipo aplicada, por

ter por objetivo gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos, valendo-se para tal do método indutivo como forma de

viabilizar a tomada de decisões acerca do alcance da investigação, das regras de

explicação dos fatos e da validade de suas generalizações. O estudo bibliográfico terá por método a leitura exploratória e seletiva do

material de pesquisa, bem como sua revisão integrativa, contribuindo para o processo

de síntese e análise dos resultados de vários estudos, de forma a consubstanciar um corpo de literatura atualizado e compreensível.

2.1 Revisão de literatura

A revisão de literatura foi realizada com o intuito de reunir, expor conceitos e

abordar de forma crítica e sucinta, dentro daquilo que interessa ao trabalho, as viaturas

blindadas da infantaria do Exército brasileiro, venezuelano e argentino. Para direcionar

a pesquisa, procurou-se definir termos, conceitos e expressões, a fim de viabilizar a

solução do problema de pesquisa, sendo baseada em uma revisão de literatura sobre viaturas blindadas de infantaria dos referidos países.

Foram utilizadas as palavras-chaves viatura blindada de infantaria, viatura blindada de transporte de pessoal (VBTP), viatura blindada de combate de infantaria (VBCI), infantaria blindada e força tarefa blindada, e, de igual forma, as suas correspondentes em outros idiomas, em sítios eletrônicos na internet, biblioteca de

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trabalhos e publicações do Centro de Instrução de Blindados "General Walter Pires"

e da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, sendo selecionados somente artigos em

português, espanhol e inglês. A busca foi complementada pela pesquisa em

publicações militares e em diversos manuais.

a) Critério de inclusão:

Trabalhos publicados em português, espanhol e inglês relacionados à viatura blindada de combate de infantaria, à viatura blindada de transporte de pessoal, à infantaria blindada e a Força-tarefa Blindada;

Publicações do Exército Brasileiro sobre viaturas blindadas; e Manuais do Exército Brasileiro sobre Força-tarefa.

b) Critério de exclusão:

Publicações que não contemplam os países estipulados como delimitação do tema; e

Trabalhos que tenham como enfoque viaturas blindadas com outras características.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a coleta das informações bibliográficas quanto a apresentação das

viaturas utilizadas pelas infantarias blindadas dos Exércitos brasileiro, venezuelano e

argentino, delimitando nas suas características básicas (mobilidade, proteção

blindada e poder de fogo), o presente estudo chegou aos seguintes resultados

abordados nos tópicos a seguir.

3.1 Força-tarefa blindada e suas características

Segundo Aurélio, Força-tarefa é

"grupamento operativo de unidades de diferentes tipos, estabelecido temporariamente, sob comando único, com o fim de realizar uma tarefa específica, cuja execução exige que o grupamento proceda com certa independência" .

Seguindo nessa direção semântica, pode-se definir como Força-tarefa Blindada

uma junção entre tropas blindadas de diferentes naturezas em prol de uma missão

comum. No Exército Brasileiro, é comum a constituição de Força-tarefa na união dos

fuzileiros blindados com os carros de combate.

Naturalmente, as unidades que formam as forças-tarefas são os batalhões de

infantaria blindado e os regimentos de carros de combate, que são as unidades

possuidoras de tropas dessas naturezas, fuzileiros blindados e carros de combate,

respectivamente.

O grande objetivo ao juntar tropas blindadas de diferentes naturezas é

maximizar as possibilidades e reduzir as vulnerabilidades, como destaca o Manual C

17-20:

Nas FT Bld deve-se buscar sempre a sinergia entre todos os elementos subordinados, de forma que as deficiências de uns sejam anuladas pelas possibilidades e características dos outros, fazendo com que o resultado final das ações do conjunto seja maior que a soma das ações individuais das frações que o integram.

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A Forças-tarefas podem ser fortes em fuzileiros, em carros de combate ou

equilibradas. O que varia nesses casos é a forma como são constituídas: se possuem

em maior número frações de fuzileiros blindados, são fortes em fuzileiros. De forma

contrária, são fortes em CC caso possuam maior número de frações de carros de

combate. Caso tenham frações de fuzileiros e carros de combate em igual número,

são chamadas de equilibradas.

Diante, segue imagem de FT Blindada:

Figura 1 - Força-tarefa Blindada

Fonte: Disponível em: <www.forteJor.br>. Acesso em: 15 jul. 2018.

Segundo o mesmo manual, as principais características das Forças-tarefas

blindadas são: a) Mobilidade: Resultante de serem todos os seus elementos transportados

em viaturas, cujas possibilidades técnicas permitem grande raio de ação,

deslocamento em alta velocidade em estradas, bom rendimento através campo e boa

capacidade de transposição de obstáculos, inclusive de cursos de agua, já que muitas

das suas viaturas são anfíbias. b) Flexibilidade: Produto, particularmente, da mobilidade, estrutura e

constituição, em pessoal e meios, que Ihes confere uma possibilidade de mudar

rapidamente a organização para o combate, o dispositivo e a direção de atuação,

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bem como Ihes concedem desenvolvida capacidade de evitar ou romper o

engajamento em combate.

c) Potência de fogo: Função do armamento orgânico, notadamente os carros

de combate, os morteiros, as armas automáticas e os mísseis anti-carro.

d) Proteção blindada: Proporcionada pela blindagem dos seus carros de

combate e de suas viaturas blindadas. e) Ação de choque: Resultante do aproveitamento simultâneo de suas

características de mobilidade, potência de fogo e proteção blindada. f) Sistema de comunicações amplo e flexível: Ensejado, particularmente,

pelo material rádio de que são dotadas, que assegura ligações rápidas e continuadas com o escalão superior e os elementos subordinados.

3.2 Viatura blindada de infantaria

Viatura Blindada de Infantaria são as viaturas utilizadas pelas infantarias blindadas ao redor do mundo. São basicamente de dois tipos: viatura blindada de

combate de infantaria (VBCI) e a Viatura blindada de transporte de pessoal (VBTP).

Segundo Saul (2011), a diferença básica entre uma VBCI e uma VBTP está em

sua blindagem e poder de fogo que deve ser maior que esta última. Uma VBCI deve possibilitar que seus homens combatam a maior parte do tempo embarcado e em um

conflito armado de nível médio a intenso. Já uma VBTP, tem por finalidade transportar

tropas, feridos e equipamentos até o campo de batalha de forma segura, todavia, sem

a capacidade de combater embarcado. Normalmente utilizada em conflitos de baixa intensidade.

3.3 Viatura blindada de infantaria utilizada pelo Exército Brasileiro

Como retro mencionado, na década de 60 do século passado, o Brasil adquiriu

584 (quinhentas e oitenta e quatro) viaturas blindadas M-113 do Estados Unidos da

América. Desde então, mobília os batalhões de infantaria blindada, os regimentos de cavalaria blindados e as unidades de apoio das grandes unidades blindadas.

Ainda hoje, diversos países do mundo mantem essas viaturas em seus quadros. No entanto, não é comum a utilização desta viatura diretamente no combate

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como faz o Exército Brasileiro. Por ela possuir uma fraca blindagem (duralumínio),

pela falta de uma visão noturna eficiente e seu armamento ter reduzido poder de fogo,

ela diminui a capacidade de sobrevivência da guarnição desse blindado em um

combate embarcado, além de ter dificuldades de acompanhar os Leopard 1 A5 nos

deslocamentos através do campo (SOUZA JUNIOR, 2009).

Nessa toada, segue a imagem da VBTP M-113 BR:

Figura 2 - VBTP -113 B

Fonte: Disponível em: <www.proelasi.org>. Acesso em: 15 jul. 2018.

Atualmente, o Exército Brasileiro no Parque Regional de Manutenção 5, em

Curitiba-PR, vem realizando um projeto de modernização de sua viatura, transformando a antiga VBTP M113 B na versão M113 BR. Esse projeto teve início em 2012, através de um acordo internacional entre os governos brasileiro e

americano, com a participação da empresa BAE Systems.

Conforme Aguilar (2017), nesse processo de modernização, a VBTP M113 BR

recebe outro conjunto de força e um reforço na suspensão, além de alterações de

sistemas e componentes que permitem suportar a potência adicional de cerca de 90cv, característica técnica desejável para acompanhar a Viatura Blindada de Combate Carro de Combate (VBCCC) Leopard 1A5 BR, em uma Força-tarefa. O

projeto conta ainda com modificações no Sistema de Comunicações, através da adoção do equipamento rádio FALCON 111 e do Intercom SOTAS1 (site eb.mil.br).

1 Disponível em: <www.eb.mil.br>. Acesso em: 15 jul. 2018.

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São características da VBTP M 113- BR: Quanto à mobilidade, a viatura tem o

motor Detroit 265 HP, 6V53T. Atinge para frente uma velocidade de 61 Km/h. Apresenta uma autonomia de 540 km (BRASIL,2015). Já quanto à proteção blindada,

blindagem de alumínio, com espessura máxima de 38 mm em sua parte frontal

(BRASIL, 2015). Essa proteção lhe confere uma massa mais leve, favorecendo

economia de combustível e maior f1utuabilidade. Porém, suporta apenas projéteis de

7,62mm (Saul, 2014). Uma problemática da proteção de alumínio é que se incendeia

quando atingida por armas anti-carros como os famosos RPGs (Jane's, 2010). No que diz respeito ao poder de fogo, o M-113 BR no Brasil tem hoje como armamento

principal a metralhadora Browning M2HB 50. Este armamento é capaz de tirar de combate veículos blindados leves e ideais para uso contra tropas a pé de infantaria. Está alocada em uma torre manual não estabilizada e de difícil emprego durante o

movimento do carro e seu atirador fica exposto ao fogo inimigo durante sua operação (Saul, 2014).

3.4 Viatura blindada de infantaria utilizada pelo Exército Venezuelano

A Venezuela comprou em 2009, em um projeto que visava ao aumento do seu

poderio militar, 123 (cento e vinte três) unidades da famosa viatura blindada de combate de infantaria BMP-3, produzidos no final da década de 80 do último século.

O BMP-3 é um aprimoramento de suas versões anteriores BMP-1 e BMP-2.

O BMP-3 foi projetado e produzido pela Kurganmashzavod ("Kurgan Machine

Building Plant") e é a viatura de infantaria blindada com o maior poder de fogo

atualmente, com um canhão de 100 mm (Tank Encyclopedia, 2018), conforme percebe-se com a imagem abaixo.

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Figura 3 • BMP - 3

Fonte: Disponível em: <military-today.com>. Acesso em: 15 jul. 2018.

Quanto à mobilidade, o peso é de 18.700 kg, velocidade máxima de 70 km/h

com autonomia de 600 km. Boa mobilidade tática provida pelas lagartas de aço. Sua

relação peso/potência é de 26,7 hp/ton, é explicada pelo forte motor UTO-29 de 500

hp (JANE'S, 2010). Tem boa ação anfíbia, de onde pode disparar seus armamentos

estabilizados mesmo dentro da água (JANE'S, 2010). No que se refere à proteção blindada, é blindagem de aço na parte frontal e

em alguns pontos com alumínio, com espessura máxima de 35mm em sua parte frontal. Suporta munições 30mm perfurantes e tem em seu interior a proteção Spall

Uner (JANE'S, 2010). Quanto ao poder de fogo, Jane's afirma que esta viatura possui como

armamento principal um canhão de 100mm de baixa pressão com poder de

penetração de 600mm e alcance útil de 4.000m. Possibilita o fogo em movimento. Seu

armamento secundário é um canhão coaxial de 30mm e 02 (duas) metralhadoras coaxiais 7,62mm, podendo apenas realizar disparos à luz. Uma particularidade da

VBCI BMP-3 é que o canhão 100mm pode ser utilizado como lançador do míssil Bastíons, feito para ser lançado através de canhões.

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3.5 Viatura blindada de infantaria utilizada pelo exército argentino

No final da década de 1970, o governo argentino, por intermédio da sua

empresa estatal Tanque Argentina Mediano Sociedad dei Estado (TAMSE), realizou

uma parceria com a empresa alemã Thyssen-Henschel (Rheinmetall a partir de 1999),

no intuito de fortalecer sua indústria nacional de defesa, e consequentemente, das suas forças armadas. Desse projeto, nasceu a Viatura Blindada de Combate e Transporte (VBCT TAM), que foi baseado no veículo blindado alemão Marder,

conforme imagem.

Figura 4 - VBCT

Fonte: Disponível em: <veiculosmilitaresdomundo.com>. Acesso em: 15 jul. 2018.

Foram produzidos 216 (duzentos e dezesseis) VBCT TAM, que ainda hoje

equipam os batalhões de infantaria blindada e mecanizada do Exército argentino. No entanto, devido a seguidas crises econômicas, o governo argentino

extinguiu a empresa TAMSE, ainda na década de 90, deixando de produzir esse

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blindado. Atualmente, existem projetos de modernização da frota, aguardando aportes

financeiros.

De acordo com as suas características, tem-se como mobilidade, peso de

28.000 kg, velocidade máxima de 75 km/h, com autonomia de 570 km. Possui boa

mobilidade tática provida pelas lagartas de aço. Sua relação peso/potência é de 24

vc/ton, consequência do MB 833 Ka M-500, seis cilindros a diesel (MILlT ARY

FACTORY,2018). A blindagem é de 30 a 50 mm de aço na parte frontal (MILlTARY FACTORY,

2018). Para poder de fogo, essa viatura possui como armamento principal um canhão

de 20mm. Seu armamento secundário são duas metralhadoras 7,62mm (MILlTARY FACTORY,2018).

3.6 Quadro comparativo

A seguir, quadro comparativo das viaturas supracitadas:

M-113 BR BMP-3 VBCTTAM

PAís DE ORIGEM - --

EUA URSS ARGENTINA

MOTOR Detroit 265 H P, UTD -29 de 500 hp MB 833 Ka M-500,

6V53T 6 cilindros a diesel.

AUTONOMIA 540 km 600 km 570 Km

VELOCIDADE 61 km/h 70 km/h 75 km/h MÁXIMA

TRENS DE Lagartas de aço Lagartas de aço Lagartas de aço ROLAMENTO

ARMAMENTO Mtr .50 Canhão de 20 mm Canhão de 20 mm

PRINCIPAL

A RMA NEN TO Mtr 7,62 mm Mtr 7,62 mm

SECUNDÁRIO

BLINDAGEM Alumínio 35 mm de aço na 30 a 50 mm de parte frontal aço na parte

frontal

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme o exposto na presente pesquisa e os estudos realizados, verificou-se

o que é uma Força-tarefa Blindada, apresentou-se as viaturas blindadas adotadas

pelas infantarias dos Exércitos do Brasil, da Venezuela e da Argentina, destacando

suas características básicas: mobilidade, proteção blindada e poder de fogos, chegando, por fim, a um quadro comparativo entre elas.

Após análise do resultado desse trabalho, ficou evidenciado que o M 113- BR, viatura blindada adotada pelo Exército Brasileiro, encontra-se muito defasada tecnologicamente em relação as viaturas de infantaria dos países vizinhos, estando

abaixo nas três características analisadas.

Observa-se um esforço nacional em melhorar a qualidade dos blindados brasileiros, como a compra dos carros de combate Leopard 1A5 e da modernização

dos M-113 B. Contudo, em se tratando do objeto específico desse estudo, essa

modernização em nada vai alterar o estado em que se encontra nossa infantaria

blindada. Continuará utilizando uma viatura blindada para transporte de pessoal como se de combate fosse.

Dessa forma, torna-se necessária uma busca emergencial na adoção de uma VBCI para compor os BIB do EB para fazer frente aos exércitos vizinhos. Segundo

Saul, pode-se afirmar que a VBTP M-113 BR está muito ultrapassada

tecnologicamente para o seu emprego no Teatro de Operações da América Latina, Como solução, pode-se adquirir uma nova VBCI já existente no mercado internacional,

como fez a Venezuela, ou mesmo estimular a indústria bélica nacional para criar e desenvolver uma nova VBCI, assim como a Argentina. Tudo com a finalidade de

aposentar o já desatualizado M-113 BR do emprego de Viatura Blindada de Combate de Infantaria Blindada do Exército Brasileiro.

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de Aperfeiçoamento de Oficiais, 2017.

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DA ROSA, Saul Isaias. A ausência da VBCI nas Brigadas Blindadas as mantém

nos "status quo" da 28 Guerra Mundial. Revista DefesaNet, 2012.

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Do Sul. Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, 2014.

Disponível em: <military-today.com>. Acesso em: 15 jul. 2018.

Disponível em: <veiculosmilitaresdomundo.com>. Acesso em: 15 jul. 2018.

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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da língua portuguesa. 5. ed.

Curitiba: Positivo, 2010. Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2015.

SITE MILlTARY FACTORY. The TAMSE VCTP is the infantry fighting version of the base TAM tank developed by Thyssen-Henschel for the Argentine Army. Disponível em: <https://www.militaryfactory.com/armor/detaiLasp?armor_id=639>

Acesso em: 13 de julho de 2018.

SITE TANK ENCYCLOPEDIA. BMP-3. Disponível em: http://www.tanks­

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SOUZA JÚNIOR, Jorge Francisco de. As Forças Blindadas do Exército Brasileiro: Atualização, Modificação e Modernização: uma proposta. Escola de Comando e

Estado Maior do Exército, 2010.

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