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ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng BRUNO LEMOS DIAS A APLICAÇÃO DO DIAGRAMA DE ISHIKAWA NO MAPEAMENTO DE PROCESSOS E A GESTÃO DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO REALIZADAS POR UMA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO. Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Ciências Militares. Orientador: Cel Eng André Cezar Siqueira RIO DE JANEIRO 2019

ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng BRUNO … COMPL… · 2 cap eng bruno lemos dias a aplicaÇÃo do diagrama de ishikawa no mapeamento de processos e a gestÃo das operaÇÕes

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ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS

Cap Eng BRUNO LEMOS DIAS

A APLICAÇÃO DO DIAGRAMA DE ISHIKAWA NO MAPEAMENTO DE PROCESSOS E

A GESTÃO DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO REALIZADAS POR UMA

COMPANHIA DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO.

Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Ciências Militares.

Orientador: Cel Eng André Cezar Siqueira

RIO DE JANEIRO

2019

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Cap Eng BRUNO LEMOS DIAS

A APLICAÇÃO DO DIAGRAMA DE ISHIKAWA NO MAPEAMENTO DE

PROCESSOS E A GESTÃO DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO

REALIZADAS POR UMA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO.

Dissertação de Mestrado apresentada à

Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

como requisito parcial para a obtenção do

Grau de Mestre em Ciências Militares.

Aprovado em: _______de_____________de 2019

BANCA EXAMINADORA

LUIZ CARLOS ENES DE OLIVEIRA – Cel

Presidente

CARLOS HENRIQUE NASCIMENTO BARROS – Cel

1º Membro

ANDRÉ CEZAR SIQUEIRA – Cel

2º Membro

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À minha esposa e meus filhos,

uma singela homenagem pelos momentos

que abdicaram de minha convivência e

atenção em prol do meu auto-

aperfeiçoamento; uma lembrança aos

meus pais pelos exemplos de disciplina e

educação que contribuíram para este meu

esforço.

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AGRADECIMENTOS

Ao Senhor dos Exércitos, por me dar forças e persistência na longa jornada

que foi esta pesquisa.

Ao meu orientador, Cel André por transmitir vários ensinamentos e

informações, que foram úteis não somente para este trabalho, mas também que

servirão como lição de vida na carreira das armas.

Aos oficiais do Curso de Engenharia da EsAO, principalmente ao Maj Ramos

Lemos, Maj David, ambos formados na turma de 2004 da Academia Militar das

Agulhas Negras (AMAN) e Cap Eng Sérvio da turma de 2006 por terem sacrificado

parte de seu tempo para emitir opiniões que foram decisivas para o rumo deste

trabalho.

Aos meus pais, João Fernandes Dias e Ana Maria Lemos Dias, pela sua

conduta sempre pautada na correção de atitudes e em bons exemplos em todos os

momentos de minha vida.

Aos capitães que se encontram ou se encontravam destacados nas Op Cnst

da Amazônia, e que puderam prestar valiosas informações para este estudo,

sobretudo aqueles que contribuíram com a resposta dos questionários emitidos (Cap

Vítor Lima, Cap Bruno Lima, Cap Moreira, Cap Ferreira, todos da turma de 2007 da

AMAN, Cap Diego da turma de 2008, Cap Yamashita da turma de 2011 e Cap

Gigolotti, da turma de 2012).

Aos militares da comunicação social do 5º BEC, 6º BEC, 7º BEC e do 8º BEC

que forneceram dados importantes das principais obras de Engenharia para o

desenvolvimento e conclusão deste trabalho.

À minha esposa, Tania e filhos Fernanda, Amanda e Caio, pelo apoio

constante na realização desta empreitada.

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“Árdua é a missão de defender

e desenvolver a Amazônia. Muito mais

árdua, porém, foi a de nossos

antepassados em conquistá-la e mantê-

la.” (Gen Rodrigo Octávio)

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é pesquisar os processos existentes nas Operações de

Construção. O mapeamento de processos das obras de engenharia será discutido

por meio do uso da ferramenta denominada Diagrama de Ishikawa e também serão

verificados outros métodos consagrados no controle da qualidade total. Outra

intenção deste estudo é instruir mais militares que estejam na função de

comandante de uma companhia de engenharia de construção e chefes das equipes

de uma Operação de Construção. O controle e gerenciamento em todas as

atividades de uma companhia de engenharia de construção podem ser melhor

organizados pelo seu mapeamento de processos em muitas tarefas. O resultado

desta pesquisa foi identificar oportunidades de melhoria que poderiam ser aplicadas

em alguns aspectos de padronização, pelo uso do Diagrama de Ishikawa. Existem

muitos chefes de equipe que podem aprender métodos e técnicas de administração

por intermédio da leitura deste trabalho e obter melhor produtividade para seu grupo.

Por exemplo, o bom comandante de uma companhia de engenharia de construção

deveria se preocupar com as dimensões do Diagrama de Ishikawa como mão de

obra, máquina, material e gerenciamento para obter resultados satisfatórios em uma

Operação de Construção. O conhecimento destas dimensões será estudado no 3º

capítulo deste trabalho, assim como as técnicas para planejar, fazer, checar e

gerenciar em certas situações encontradas numa operação. Primeiramente, para

atingir este objetivo, a bibliografia foi explorada permitindo o ganho de informações

importantes sobre a Doutrina da Engenharia do Exército Brasileiro, sobre as

Operações de Construção na Amazônia, processos logísticos e gerenciamento em

geral. Em segundo lugar, foi complementada por um questionário dirigido aos

comandantes de companhia de Engenharia de Construção, encarregados de

material e pelotão de engenharia e manutenção. Comparando a literatura com as

respostas recebidas nos questionários, conclui-se que a aplicação do Diagrama de

Ishikawa e outras ferramentas da administração utilizadas para mapear processos

contribuem para uma melhor gestão sobre as Operações de Construção.

Palavras-chave: Operação de Construção. Diagrama de Ishikawa. Mapeamento de

processos.

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ABSTRACT

The purpose of this work is to research about the process of Construction

Operations. The mapping of processes of engineering works will be discussed using

the tool called Ishikawa`s Diagram and other famous methods of total quality control.

Other intention of this study is to instruct more militaries in function of engineer

company commanders and team leaders, mainly. The control and management in all

activities of an engineer company of construction can be more organized by the their

mapping processes in several types of tasks. The result of this research was to

identify opportunities of improvement that they may be applied in some aspects of

standardization, by the use Ishikawa`s Diagram. There are many team leaders they

can learn methods and techniques of administration by means of reading this work

and get better productions for their group. For example, the good leader of a

engineer company of construction should concern with the dimensions of Ishikawa`s

Diagram like manpower, machine, material and management to get satisfactory

results in a Construction Operation. The knowledge of these dimensions were

studied in the third chapter of this work as well as techniques to plan, to do, to check

and to act on certain occasions found in these Operations. Firstly, to achieve this

objective, a bibliographical research was explored allowing the gain of important

information about Brazilian Army Engineer Doctrine, Construction Operations in

Amazon, logistics processes, management in general. Secondly, it was

complemented by a questionnaire answered by the engineer company commanders,

material support controllers and the maintenance platoon commanders. Comparing

the literature with the answers received in questionnaires concludes that the

application of Ishikawa`s Diagram and others tools of the administration to mapping

process of engineer contributes to a better management of Construction Operations.

Keywords: Construction operation. Ishikawa`s Diagram. Mapping processes.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 Sistema de Engenharia do Exército ................................................ 39

FIGURA 2 Organograma do DEC ..................................................................... 40

FIGURA 3 Organograma da DOC .................................................................... 40

FIGURA 4 Organograma do 2º Gpt E .............................................................. 41

FIGURA 5 Organograma do BEC...................................................................... 42

FIGURA 6 Organograma da Cia E Cnst............................................................ 44

FIGURA 7 Organograma do Destacamento Sena Madureira........................... 45

FIGURA 8 Fresagem na Op Nambu.................................................................. 47

FIGURA 9 Asfaltamento com CBUQ na Op Três Marias................................... 47

FIGURA 10 Op Cantá na BR-432 ....................................................................... 48

FIGURA 11 Trabalhos de desmatamento e terraplanagem da Op Cantá........... 49

FIGURA 12 Roçada mecanizada na Op Taquari................................................. 50

FIGURA 13 Desobstrução de bueiro na Op Taquari........................................... 51

FIGURA 14 Recomposição do revestimento asfáltico na Op Taquari................. 51

FIGURA 15 Terraplanagem na Op Xingu............................................................ 52

FIGURA 16 Imprimação na Op Xingu................................................................. 53

FIGURA 17 Compactação de aterro na Op Brigada da Foz............................... 54

FIGURA 18 Transporte de bloquetes fabricados............................................... 55

FIGURA 19 Extrato do P Trab............................................................................ 57

FIGURA 20 Extrato do OOG.............................................................................. 58

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FIGURA 21 Sistema de Pedido Eletrônico de Crédito......................................... 58

FIGURA 22 Sistema Informatizado de Obras de Cooperação............................ 59

FIGURA 23 O princípio da transparência na gestão de fluxos físicos................. 60

FIGURA 24 Ciclo PDCA...................................................................................... 62

FIGURA 25 Extrato do SISDOC.......................................................................... 67

FIGURA 26 Modelo de Diagrama de Ishikawa................................................... 78

FIGURA 27 Diagrama de causa e efeito ou Diagrama de Ishikawa................... 79

FIGURA 28 Diagrama de Ishikawa para o problema de baixa assertividade na sondagem do tanque de sebo..........................................................

82

FIGURA 29 Problemas identificados na empresa de tintas................................. 84

FIGURA 30 Diagrama de Ishikawa para o problema de estoques elevados...... 87

FIGURA 31 Matriz de causa e efeito................................................................... 88

FIGURA 32 Diagrama de Ishikawa com modelo 7M .......................................... 89

FIGURA 33 Círculo de controle PDCA ............................................................... 90

FIGURA 34 Diagrama de Ishikawa para o problema da indisponibilidade dos Cam Basc........................................................................................

91

FIGURA 35 Diagrama de Ishikawa para o problema de distribuição dos artigos da Subtenência................................................................................

93

FIGURA 36 Diagrama de Ishikawa para o problema da baixa extração de piçarra .............................................................................................

96

FIGURA 37 Diagrama de Ishikawa para o problema de baixa produtividade de brita..................................................................................................

96

FIGURA 38 Diagrama de Ishikawa para o problema de gestão do Cmt Dst....... 97

FIGURA 39 Diagrama de Ishikawa e fatores de causa numerados.................... 108

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 01 Definição operacional da variável independente............................. 28

QUADRO 02 Definição operacional da variável dependente................................

29

QUADRO 03 Definição de amostra.......................................................................

30

QUADRO 04 Cronograma de Gantt..................................................................... 68

QUADRO 05 Extrato de Cronograma de uma Op Cnst....................................... 69

QUADRO 06 Extrato da IN-05(colunas 1,2 e 3)...................................................

72

QUADRO 07 Extrato da IN-05 (colunas 1,4 e 5)..................................................

73

QUADRO 08 Extrato da IN-05 (colunas 1,6, 7 e 8) .............................................

73

QUADRO 09 Extrato da IN-05 (colunas 1,9,10,11,12,13,14 e 15) .....................

74

QUADRO 10 Extrato da FIS.................................................................................

76

QUADRO 11 Fatores de causa do problema e solução hipotética......................

83

QUADRO 12 Comparativo entre o sistema antigo e o sistema atual da

empresa estudada..........................................................................

85

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 Variação do estoque ..................................................................... 64

GRÁFICO 2 Consumo de produtos do estoque................................................

64

GRÁFICO 3 Consumo de produtos do estoque .............................................

65

GRÁFICO 4 Representação do IVC.................................................................

70

GRÁFICO 5 Representação do IVP..................................................................

71

GRÁFICO 6 Critérios utilizados para escolher o Enc Mat dos Dst na Amazônia.......................................................................................

100

GRÁFICO 7 Qualificações do Enc Mnt dos Dst situadas na Amazônia............

100

GRÁFICO 8 Preocupação com a eficiência no controle dos materiais no Dst..

101

GRÁFICO 9 Preocupação com a mnt das máquinas e equipamentos pelo Cmt Dst..........................................................................................

102

GRÁFICO 10 Preocupação com a mnt das máquinas e equipamentos pelo Cmt Pel Mnt...................................................................................

102

GRÁFICO 11 Opinião do Cmt Dst sobre mapeamento de processos da obra de Eng............................................................................................

103

GRÁFICO 12 Opinião do Enc Mat sobre mapeamento de processos da obra de Eng............................................................................................

103

GRÁFICO 13

Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento de custos da obra de Eng................................................................................................

104

GRÁFICO 14

Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento de prazo da obra de Eng................................................................................................

104

GRÁFICO 15

Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento de insumos da obra

de Eng...........................................................................................

105

GRÁFICO 16 Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento diário dos serviços..... 106

GRÁFICO 17 Opinião do Cmt Dst sobre observância da FIS.............................. 106

GRÁFICO 18 Recebimento de informações do Cmt Dst ao assumir a função.. 107

GRÁFICO 19 Opinião do Cmt Dst sobre a importância do recebimento de documentos..................................................................................

107

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LISTA DE TABELAS

TABELA 01 Solução proposta ao problema em estudo..................................... 91

TABELA 02 Solução proposta ao problema do Enc Mat Dst............................... 93

TABELA 03 Soluções para o problema de gestão do Cmt Dst........................... 97

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

5º BEC Quinto Batalhão de Engenharia de Construção

6º BEC Sexto Batalhão de Engenharia de Construção

7º BEC Sétimo Batalhão de Engenharia de Construção

8º BEC Oitavo Batalhão de Engenharia de Construção

1ª Cia E Cnst Primeira Companhia de Engenharia de Construção

2ª Cia E Cnst Segunda Companhia de Engenharia de Construção

AC Acre

AM Amazonas

Ape Atraso do período de entrega

BEC Batalhão de Engenharia de Construção

BR Rodovia federal

Cam Basc (CB) Caminhão Basculante

Cap Capitão

CAP Cimento Asfáltico de Petróleo

Cb Cabo

Cel Coronel

Cia C Ap Companhia de Comando e Apoio

Cia E Cnst Companhia de Engenharia de Construção

CMA Comando Militar da Amazônia

CMN Comando Militar do Norte

Cmt Comandante

Cmt Pel Comandante de Pelotão

Cmt Pel Mnt Comandante do Pelotão de Manutenção

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Cnsv

Conservação

CR Custo Real

CREMA Conservação, Restauração e Manutenção

D Demanda por unidade de tempo

DEC Departamento de Engenharia e Construção

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte

DOC Diretoria de Obras de Cooperação

DOM Diretoria de Obras Militares

DPE Diretoria de Projetos de Engenharia

DPIMA Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente

Dspn Disponível, disponibilidade

Dst Destacamento

EB Exército Brasileiro

ECEME Escola de Comando e Estado Maior do Exército

EM Estado Maior

Enc Mat Encarregado de Material

Eqp Equipamento, equipe

ES Estoque de Segurança

EsAO Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

Estr Estradas

EV Efetivo Variável

FA Forças Armadas

F Ter Força Terrestre

GFE Grupo Funcional Engenharia

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Gp Cmdo Grupo de Comando

Gpt E Grupamento de Engenharia

IN 05 Instrução Normativa 05

IVC Índice de Variação de Custo

IVP Índice de Variação de Prazo

Km Quilômetros

Maj Major

Mnt Manutenção

NBR Norma Brasileira

OM Organização Militar

OOG Orçamento por Objeto de Gasto

Op Cnst Operação de Construção

PA Pará

PATO Plano Anual de Trabalho e Orçamento

PDCA Plan, Do, Control, Act

PEC Pedido Eletrônico de Crédito

PEG EB Programa de Excelência Gerencial do Exército Brasileiro

Pel Pelotão

Pel Mnt Pelotão de Manutenção

Pel Eng Pelotão de Engenharia

Pel E Cnsv Pelotão de Engenharia de Conservação

P Trab Plano de Trabalho

PP/ PR Ponto de Pedido/ Ponto de ressuprimento

Rdv Rodovia

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RO Rondônia

RR Roraima

S4 4ª Seção

Sd Soldado

SEEx Sistema de Engenharia do Exército

Sec Tec Seção Técnica

SEG Sistema de Excelência Gerencial

Sgt Sargento

SIOC Sistema Integrado de Obras e Cooperação

SOC Sistema de Obras e Cooperação

ST Subtenente

SU Subunidade

Sv Serviço

Ten Tenente

Ton Tonelada

TR Tempo de Resposta

VE Valor Executado

VP Valor Planejado

Vtr Viatura

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 20

1.1 PROBLEMA .............................................................................................. 21

1.1.1 Antecedentes do Problema ................................................................... 22

1.1.2 Formulação do Problema ...................................................................... 22

1.2 QUESTÕES DE ESTUDO ........................................................................ 23

1.3 OBJETIVOS ............................................................................................... 23

1.3.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 23

1.3.2 Objetivo Específico ................................................................................. 24

1.4 JUSTIFICATIVAS ....................................................................................... 24

2. METODOLOGIA ............................................................................................... 26

2.1 OBJETO FORMAL DE ESTUDO...................................................................... 26

2.2 AMOSTRA.................................................................................................. 30

2.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA.............................................................. 31

2.3.1 Procedimentos para a revisão de literatura.......................................... 32

2.3.1.1 Fontes de busca....................................................................................... 32

2.3.1.2 Estratégia de busca para as bases de dados eletrônicos........................ 33

2.3.1.3 Critérios de inclusão................................................................................. 33

2.3.1.4 Critérios de exclusão................................................................................ 34

2.3.2 Procedimentos metodológicos............................................................ 34

2.3.3 Instrumentos ......................................................................................... 35

2.3.3.1 Ficha de coleta de dados........................................................................ 35

2.3.3.2 Observação do Autor em Op Cnst ......................................................... 35

2.3.3.3 Questionários.......................................................................................... 35

2.3.3.4 Pré-teste.................................................................................................. 36

2.3.4 Análise dos dados ……......................................................................... 36

3. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................. 38

3.1 O SISTEMA DE ENGENHARIA DO EXÉRCITO.................................... 38

3.1.1 Departamento de Engenharia e Construção ................................................. 39

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3.1.2 Diretoria de Obras de Cooperação...................................................... 40

3.1.3 O 2º Grupamento de Engenharia......................................................... 41

3.1.4 Os BEC da Amazônia .......................................................................... 41

3.1.5 A Companhia de Engenharia de Construção ................................... 43

3.1.6 O Destacamento .................................................................................. 44

3.2 ATIVIDADES OPERACIONAIS DAS CIA E CNST DA AMAZÔNIA..... 46

3.2.1 Op Nambu e Op Três Marias .............................................................. 46

3.2.2 Op Cantá................................................................................................ 48

3.2.3 Op Taquari............................................................................................. 49

3.2.4 Op Xingu e Op Radar........................................................................... 51

3.2.5 Op Brigada da Foz .............................................................................. 54

3.3 A LOGÍSTICA DA ENGENHARIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO........................ 55

3.3.1 O Grupo Funcional Engenharia ....................................................... 56

3.3.2 O Processo Logístico nas Op Cnst................................................... 57

3.3.3 O Fluxo Logístico nas Op Cnst.......................................................... 59

3.3.4 Gestão de estoques das Op Cnst...................................................... 62

3.4 FERRAMENTAS DE GESTÃO DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO ...... 66

3.4.1 Sistema da Diretoria de Obras de Cooperação................................ 67

3.4.2 Indicadores para controle da Op Cnst.............................................. 69

3.4.3 Orçamento por objeto de gasto......................................................... 71

3.4.4 Instrução Normativa Nr 05 ................................................................ 71

3.4.5 FIS e Diário de obra ........................................................................... 75

3.5 DIAGRAMA DE ISHIKAWA, UMA FERRAMENTA DE GESTÃO........ 77

3.5.1 Origem e evolução do Diagrama de Ishikawa ................................ 77

3.5.2 Levantamento das causas componentes do Diagrama.................. 79

3.5.3 Elaboração do Diagrama de Ishikawa ............................................. 80

3.5.4 Aplicabilidade do Diagrama de Ishikawa......................................... 81

3.6 ESQUEMATIZAÇÃO DE PROCESSOS MAPEADOS PELO DIAGRAMA DE ISHIKAWA ................................................................................

89

3.6.1 Processos do Cmt Pel Mnt de um Dst ............................................. 90

3.6.2 Processos do Enc Mat de um Dst .................................................... 93

3.6.3 Processos do Cmt Dst ...................................................................... 95

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................... 98

4.1 ANÁLISE DA VARIÁVEL INDEPENDENTE…………………………… 99

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4.2 ANÁLISE DA VARIÁVEL DEPENDENTE……………………………… 104

4.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PRODUTO FINAL.............................. 106

5. CONCLUSÃO........................................................................................ 109

REFERÊNCIAS …................................................................................. 113

GLOSSÁRIO ........................................................................................ 118

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO AOS CMT DESTACAMENTO..... 120

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO PARA O ENCARREGADO MAT.... 125

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO PARA O CMT PEL MNT................. 129

APÊNDICE D - PROCESSO APLICÁVEL A UM DST ........................ 132

APÊNDICE E - CONTROLE DE LUBRIFICAÇÃO................................ 146

APÊNDICE F - EXEMPLO DE QUADRO DE MISSÕES .......................... 147

APÊNDICE G - DISTRIBUIÇÃO DOS CAMINHÕES BASCULANTES. 148

ANEXO A - MODELO DE CAUTELA DE VTR ....................................... 149

ANEXO B - CONTROLE DE ABASTECIMENTO................................... 150

ANEXO C - MODELO DE FICHA DE ROMANEIO.................................

151

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20

1. INTRODUÇÃO

O Exército Brasileiro (EB), através dos Batalhões de Engenharia vem

executando obras ao longo de sua história que muito contribuíram para o

desenvolvimento do país, atualmente denominadas Operações de Construção (Op

Cnst). As Operações de Construção (Op Cnst) são operações militares típicas de

Engenharia (Eng) do Exército Brasileiro (EB) voltadas para a realização de projetos em

ações subsidiárias, voltadas para o desenvolvimento nacional (BRASIL, 2017a).

Observa-se, em várias regiões do país, Op Cnst que objetivam a reparação,

conservação e melhoramento de rodovias e estradas, entre outras obras de engenharia

(BRASIL, 2018a).

A ação da Força Terrestre, por intermédio da Engenharia de Construção,

atravessa séculos e seu primeiro amparo legal ocorreu com a Lei nº 2911 de 21 de

setembro de1880, a qual propunha o emprego da Engenharia em obras de utilidade

pública (BRASIL, 2017b).

Nos últimos vinte anos, verificamos legislações semelhantes sobre o tema como

no parágrafo único do Artigo 1º da Lei Complementar nº97, de 9 junho de 1999, o qual

afirma que as Forças Armadas podem atuar em ações subsidiárias e no Artigo 16, da

mesma Lei, complementa-se que estas atividades visam cooperar com o

desenvolvimento nacional (BRASIL, 1999b).

O Exército tem ainda como atribuições subsidiárias cooperar com diferentes

órgãos na execução de obras e serviços de engenharia (BRASIL, 2004).

Para bem administrar essas operações, é necessário ter o controle de várias

etapas do processo que abrange desde o planejamento inicial com a licitação dos

insumos até a execução da obra propriamente dita, com a medição dos serviços. O

sucesso de uma Op Cnst reside no fato de se cumprir a missão atribuída de forma

eficiente, ou seja, no menor prazo possível com o mínimo de gasto público.

O Departamento de Engenharia e Construção (DEC) é responsável pelo efetivo

emprego da Engenharia do EB. A Diretoria de Obras de Cooperação (DOC) é uma das

diretorias desse departamento, responsável pelo controle e assistência técnica aos

Grupamentos de Engenharia (Gpt E), ou seja, estes são vinculados à DOC. Os Gpt E,

dentre outras atividades, supervisionam, coordenam e controlam as atividades técnicas

de engenharia dos seus respectivos Batalhões de Engenharia (MARQUES, 2016).

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21

Os 5º, 6º, 7º e 8º Batalhões de Engenharia de Construção (BEC) são

subordinados ao 2º Gpt E, localizado na cidade de Manaus. Estes batalhões, devido

aos convênios celebrados com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte

(DNIT), ficaram responsáveis pela realização de Op Cnst na região Norte do país.

As Companhias de Engenharia de Construção, subordinadas aos BEC são as

responsáveis pela execução das OpCnst, as quais, muitas vezes atuam de forma

destacada de seus batalhões, utilizando-se de outras instalações para alojar o pessoal

denominadas Destacamentos.

O comandante do destacamento (Cmt Dst) é um dos principais atores no

controle do processo produtivo e dos processos logísticos, que evidenciam

necessidades físicas e financeiras. Para obter sucesso nesta missão o Cmt Dst deverá

ter a capacidade de gerenciar com eficiência os principais processos ligados à

produtividade de sua Cia, por intermédio de uma construção enxuta.

A definição de construção enxuta1 é a produção de conversão e o seu fluxo

logístico, envolvendo o transporte, a correta utilização do espaço, e o uso dos

processos mais transparentes e eficientes2. Todas essas ações possibilitam a redução

de perdas (ALVES, 2000, p. 2).

A Instrução Normativa 053 (IN 05), da DOC/EB, é uma ferramenta de gestão que

possibilita o acompanhamento dos principais insumos envolvidos na Op Cnst.

1.1 PROBLEMA

Para a realização de um estudo coerente e capaz de trazer contribuições úteis ao

EB, calcado na metodologia científica, faz-se necessária a definição do problema para

o qual será buscada uma das possíveis soluções. A seguir, serão apresentados itens

para definição e argumentação do problema.

1 Construção enxuta é a realização da atividade de construção, com o controle das fases do processo,

do seu resultado, bem como do fluxo logístico.

2 Ser eficiente consiste em atingir determinados objetivos com menor esforço, ou um menor gasto,

devido à economia gerada no processo.

3 A IN 05 é uma normatização feita pela DOC, cuja finalidade é controlar os insumos de maior valor

financeiro de uma Operação de Engenharia de Construção.

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1.1.1 Antecedentes do Problema

A definição de construção enxuta nos remete ao controle de insumos e seus

processos tendo como finalidade reduzir as perdas nos canteiros de trabalho. As Cia E

Cnst, por meio de ferramentas de controle empregadas por seu Cmt, buscam otimizar a

produtividade, reduzindo prováveis perdas de insumos nos diversos processos de uma

Op Cnst.

O autor teve experiências com Op Cnst no período em que serviu no 5º BEC

entre os anos de 2010 a 2014, ao trabalhar nas Op Tapajós III na BR163, no estado do

Pará, e na Op Asa Branca na BR319, entre os estados do Amazonas e de Rondônia.

Nestas Op Cnst, o autor exerceu as funções de Cmt Cia E Cnst e de Cmt Dst, nas

quais a preocupação com os insumos da obra é algo constante.

Os principais insumos de uma Op Cnst são normatizados pela IN-05 da DOC,

devendo ser objeto de controle por seu Cmt Cia, pelo Oficial de Logística do Batalhão

ou S4 e dos seus escalões superiores. Existem, contudo, outras variáveis que

influenciam as obras de engenharia que somente os militares que se encontram nas

frentes de serviço podem atuar para modificá-las.

Como exemplo destas variáveis, pode-se citar a manutenção de uma máquina

de construção nas épocas corretas pelo seu mecânico e/ou operador, evitando-se uma

pane por desgaste, ou ainda, a realização correta dos ensaios de um laboratorista ao

medir a qualidade de serviços executados ou ao avaliar a qualidade dos insumos

recebidos no canteiro de obras.

Esses exemplos supracitados, assim como inúmeros outros, são de gerência

dos Cmt Dst, e podem influenciar a construção enxuta da Op Cnst através de dados e

variáveis importantes que não são contempladas pela IN-05.

O Diagrama de Ishikawa, surge nesse contexto, como uma importante

ferramenta de auxílio ao Cmt Dst pois identifica as causas relacionadas a um

determinado problema, agrupando-as em sete famílias distintas, conhecidas como 7M:

Mão de obra;Máquinas e equipamentos; Método;Materiais;finanças (Money);

gerenciamento(Management) e Meio ambiente (BRASIL, 2006).

1.1.2 Formulação do Problema

A identificação dos problemas da obra, por meio do emprego do Diagrama de

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Ishikawa, e o estudo destes pelo Cmt Dst com sua Subunidade ou com o comando do

batalhão, por exemplo, pode gerar soluções que vão beneficiar o contexto da Op Cnst.

Assim, formulou-se o seguinte problema: Em que medida a aplicação do

Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de engenharia pode

contribuir para a gestão de uma Operação de Construção realizada por uma

Companhia de Engenharia de Construção?

Com base no exposto no parágrafo anterior, apresentaremos a seguir as

questões de estudo, bem como o objetivo geral e os objetivos específicos do trabalho.

1.2. QUESTÕES DE ESTUDO

As questões de estudo serão respondidas na seguinte sequência:

a. Como é estruturado o Sistema de Engenharia do Exército?

b. Quais as atividades operacionais de construção exercidas atualmente

pelas Cia E Cnst/Dst na região Norte brasileira?

c. Como é feita a logística de Engenharia?

d. Quais são as ferramentas de gestão utilizadas por seus Cmt Cia E

Cnst/Dst nas Op Cnst?

e. O que é o Diagrama de Ishikawa?

f. Quais processos podem ser mapeados pela utilização do Diagrama de

Ishikawa como instrumento de gestão dos Cmt Dst em uma Op Cnst ?

g. Como deve ser feita a gestão de uma Cia E Cnst?

1.3. OBJETIVOS

Em seguida, foram definidos os objetivos geral e específicos deste estudo,

estabelecendo a forma como foi estudada a aplicação do Diagrama de Ishikawa no

mapeamento de processos comuns aos Cmt Dst nas OpCnst.

1.3.1. Objetivo Geral

O presente estudo tem por objetivo geral investigar como os Cmt Cia E Cnst dos

destacamentos poderiam aumentar a eficiência da gestão das OpCnst, ao aplicar o

Diagrama de Ishikawa para identificar problemas e mapear seus processos das obras

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de engenharia, encontrando soluções para resolvê-los de forma rápida.

1.3.2. Objetivos Específicos

Com a finalidade de permitir a consecução do objetivo geral, foram formulados

os objetivos específicos abaixo descritos, os quais possibilitarão o desenvolvimento do

raciocínio argumentativo do presente estudo.

a. Identificar a estrutura do Sistema de Engenharia do Exército, DEC,

Grupamento, Batalhão e Cia E Cnst;

b. Identificar as atividades operacionais desenvolvidas pelos destacamentos

na região amazônica;

c. Identificar a logística da Engenharia de Construção do EB;

d. Identificar as ferramentas de gestão empregadas pelos Cmt Cia E Cnst/

Cmt Dst para administrar suas Op Cnst na Amazônia;

e. Identificar a ferramenta Diagrama de Ishikawa e seus componentes;

f. Esquematizar processos relacionados às soluções de problemas de

gestão das Op Cnst usando o Diagrama de Ishikawa;

g. Propor um modelo de processo para a gestão de uma Op Cnst por um

Cmt Cia E Cnst/ Cmt Dst.

1.4. JUSTIFICATIVAS

Os processos de gestão utilizados pela Engenharia de Construção do Exército

Brasileiro, especialmente os verificados na região Norte brasileira, não se utilizam do

Diagrama de Ishikawa para solucionar problemas das Op Cnst.

Estes processos incluem, entre outras coisas, o controle dos insumos da obra, a

gestão das pessoas nos diversos trabalhos, a administração das finanças recebidas

para execução dos serviços de Engenharia bem como o correto uso e manutenção dos

equipamentos e máquinas de construção.

O Diagrama de Ishikawa pode constituir em uma ferramenta de grande utilidade

ao Cmt Dst,já que, pela sua própria definição e proposta, torna possível a rápida

identificação de todas as causas relacionadas a um problema (BRASIL, 2006).

Consequentemente, a solução de vários problemas em pequena escala

identificados pelo Cmt Dst, ao empregar o referido Diagrama, pode melhorar a gestão

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da obra como um todo.

Esta pesquisa se caracteriza por promover uma coleta de dados junto aos

destacamentos e Cia E Cnst localizados na região amazônica, embasada em

procedimentos científicos, avaliando a aplicação do Diagrama de Ishikawa na

identificação dos problemas por meio de seus comandantes.

A partir dos problemas apontados pelo Diagrama, pretende-se estudá-los pelo

mapeamento do processo. Cada fluxograma terá como ponto de partida um problema

que se deseja resolver, seguido pelo registro da trajetória a ser percorrida, registrando-

se as etapas e metas intermediárias que se deve alcançar, até sua solução completa.

Este trabalho visa, dessa forma, contribuir para a resolução rápida de alguns

problemas mapeando os processos mais comuns às obras de engenharia de maneira a

melhorar a gestão das Op Cnst realizadas pelos Cmt Cia E Cnst. Espera-se, com esta

pesquisa, que militares sejam estimulados a desenvolver outros estudos semelhantes,

mapeando processos das obras de engenharia.

Neste sentido, o presente estudo se justifica, principalmente, pela intenção de se

tornar mais eficiente a gestão das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst,

proporcionando rapidez na resolução de problemas de ordem pessoal, material ou

financeira e possibilitando economia de recurso público, projetando uma imagem

positiva da Força para a sociedade.

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2. METODOLOGIA

A fim de apresentar, de forma detalhada, como o problema elencado no item 1.1

pode ser solucionado, serão descritos quais critérios, estratégias e instrumentos de

coleta de dados que irão ser utilizados no decorrer desta pesquisa científica para

seleção das amostras. Almeja-se também detalhar os procedimentos metodológicos

empregados para análise dos questionários e das pesquisas bibliográficas.

Para alcançar uma melhor compreensão desta seção, ela foi dividida da

seguinte forma: objeto formal de estudo; delimitação da amostra, com a seleção do

grupo de pesquisa, estabelecimento de critérios de amostragem; delineamento da

pesquisa, ressaltando as suas fases, critérios de inclusão e exclusão das fontes

bibliográficas, além da estratégia de utilização dos instrumentos previstos para a coleta

e análise dos dados, que possibilitará a condução e às conclusões acerca do tema

proposto.

2.1 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente estudo tem a intenção de analisar a gestão das OpCnst realizadas

por uma Cia E Cnst através da aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de

processos das obras de engenharia, avaliando sobre a eficiência de se utilizar esta

ferramenta.

Assim, pretendeu-se estabelecer uma padronização dos processos de

verificação por parte do Cmt Dstnos diversos aspectos necessários à execução das

obras de engenharia. Dessa forma, a sistematização dos procedimentos, ou a

padronização do processo, foi o verdadeiro objeto de estudo.

As questões de estudo relacionadas ao objeto formal de estudo foram

apresentadas no item 1.2. A pesquisa bibliográfica abordará sobre o Sistema de

Engenharia do Exército e seus respectivos desdobramentos até chegarmos na “ponta

da linha” com a definição de Destacamento; na sequência, a mesma irácitar as

atividades operacionais de Destacamentos da região amazônica em andamento;

explicará como é a Logística da Engenharia, com o Grupo Funcional de Engenharia, o

Fluxo logístico e o Controle de estoque; apresentará a gestão das Op Cnst com o uso

do Sistema de Informações de Operações de Construção (SIOC) e tabelas de controle;

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explicará a utilidade da ferramenta Diagrama de Ishikawa na eficiência da gestão, bem

como sua aplicabilidade no mapeamento de processos comuns aos Cmt Dst.

Conforme referencial teórico que será apresentado na revisão de literatura,

verificar-se-á que algumas empresas ao aplicarem o Diagrama de Ishikawa para

mapeamento dos processos voltados a resolução de problemas administrativos tiveram

resultados positivos para a gestão da organização.

Nesse contexto, diante das diversas Op Cnst desenvolvidas pelos BEC, através

de suas Cia E Cnst destacadas, evidencia-se a necessidade de estudar a aplicação

deste Diagrama no mapeamento de processos das obras de engenharia para se

conseguir maior eficiência na gestão destas Op.

A análise objetiva deste estudo calcou-se na observação das dimensões e

indicadores da coleta de dados provenientes da literatura, da pesquisa em documentos

e sítios eletrônicos. De maneira similar, a análise subjetiva baseou-se em questionários

e na busca de diferentes pontos de vista.

A fim de responder o problema e atingir os objetivos propostos, delimitou-se

variáveis que abordam os conceitos e as relações do que se pretende explicar.Assim,

através de uma analogia de dependência, as variáveis foram definidas. Identifica-se

como variável dependente (VD) a “gestão das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst”,

que espera-se, sofrer a influência da “aplicação do Diagrama de Ishikawa no

mapeamento de processos das obras de engenharia”, a variável independente (VI).

Para a VI, delimitou-se ao estudo de quatro dimensões, a saber: mão de obra,

materiais, máquinas/equipamentos e gerenciamento, as quais visam delimitar as

possibilidades da ferramenta em questão para os Cmt Dst da região Norte brasileira,

conforme tabela abaixo:

Variável

Independente (V.I)

Dimensão Indicadores Forma de medição

A aplicação do Diagrama

de Ishikawa no

mapeamento de

processos das obras de

engenharia

Mão de obra

Qualificação dos

Gerentes das

equipes

Revisão de Literatura,

Questionário (pergunta 01 do

CmtDst e 03 do PelMnt)

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V.I Dimensão Indicadores Forma de medição

A aplicação do

Diagrama de

Ishikawa no

mapeamento de

processos das

obras de

engenharia

Mão de obra

Experiência dos

Gerentes das equipes

Revisão de

Literatura,

Questionário

(pergunta 05 do

Cmt Dst; 03 do

EncMat e do

PelMnt)

Materiais

Qualificação dos

Gerentes de materiais

Revisão de

Literatura,

Questionário

(pergunta 06 e 07

do Cmt Dst e 04 e

05 do Enc Mat)

.

Experiência dos

Gerentes de materiais

Máquinas

/equipamentos

Qualificação dos

Gerentes da frota

Revisão de

Literatura,

Questionário

(pergunta 11 do

Cmt Dst e 07 do

Pel Mnt)

.

Experiência dos

Gerentes da frota

Gerenciamento

Qualificação dos

Gerentes da obra

Revisão de

Literatura,

Questionário

(perguntas 8 do

Cmt Dst/ 06 do Enc

Mat e 04 do Pel

Mnt)

Experiência dos

Gerentes da obra

QUADRO 01 - Definição Operacional da Variável Independente Fonte: o autor

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Para a VD, “Gestão das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst”, delimitou-se

ao estudo de apenas duas dimensões, a saber: gerenciamento da obra e

gerenciamento de serviços em execução direta, as quais serão analisadas por meio de

indicadores aplicados diretamente aos Cmt Dst que trabalham em Op Cnst na região

amazônica.

O Quadro 2 apresenta a VD, nas suas respectivas dimensões, indicadores e

formas de medição, a serem estudados no presente trabalho:

V. D Dimensão Indicadores Forma de medição

Gestão das Op

Cnst realizadas por

uma Cia E Cnst

Gerenciamento da

obra

Custos (IVC) Revisão de Literatura

e Questionário

(Pergunta 13 do Cmt

Dst e 08 do EncMat)

Cronograma e

Prazo (IVP)

Revisão de Literatura

e Questionário

(Pergunta 14 do Cmt

Dst e 10 do EncMat)

Planilha de

Controle dos

Principais

Insumos da curva

ABC

(Anexo 1/ IN05)

Revisão de Literatura

e Questionário

(pergunta 15 do Cmt

Dst e 11 do EncMat)

Gerenciamento de

Serviços em

execução direta

Produção Diária

(Diário de obra x

Tabela SICRO)

Revisão de Literatura

e Questionário

(Pergunta 16 do Cmt

Dst e 12 do EncMat)

ProduçãoSemanal

(FIS)

Revisão de Literatura

e Questionário

(Pergunta 17 do Cmt

Dst e 13 do EncMat)

QUADRO 02 - Definição Operacional da Variável Dependente (V.D) Fonte: o autor

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Dessa maneira, a aplicação do diagrama de Ishikawa no mapeamento de

processos das obras de engenharia foi realizada mediante a comparação e análise

dos processos utilizados pela 1ª Cia E Cnst/ 5º BEC; pela 1ª e 2ª Cia E Cnst/6º BEC;

pela 1ª Cia E Cnst/7º BEC; e pela 1ª e 2ª Cia E Cnst/ 8º BEC.

2.2 AMOSTRA

A pesquisa bibliográfica e documental foi complementada por um estudo de

campo.Este se fundamentou em uma aplicação de questionários aos militares

envolvidos diretamente com a gestão das Op Cnst nos destacamentos da região

amazônica, cujos processos comuns às obras de engenharia seriam analisados à luz

da influência do Diagrama de Ishikawa como forma de se concluir sobre a eficiência do

uso dessa ferramenta. Assim, foram enviados questionários aos militares que

desempenham as seguintes funções na gestão de suas atividades: o Encarregado de

Material (EncMat), o Comandante do Pelotão de Manutenção (Cmt Pel Mnt) e o Cmt

Dst. Todos eles da 1ª Cia E Cnst/5º BEC, da 1ª e 2ª Cia E Cnst/ 6º BEC, da 1ª Cia E

Cnst/ 7º BEC e da 2ª Cia E Cnst/8º BEC. Estes profissionais são os informantes

envolvidos no processo. Em outras palavras, são os verdadeiros responsáveis pela

gestão das Op Cnst na quase totalidade das tarefas inerentes aos Destacamentos.

Desta forma, buscou-se quem pudesse responder aos questionamentos:

militares que tiveram forte gestão sobre as dimensões das variáveis independente e

dependente do presente estudo.

Portanto, essa amostra é caracterizada como não aleatória e intencional,

oferecendo ótimas condições de apresentar aspectos de relevância para o estudo,

inclusive, com relativo grau de inovação e visão de futuro nas sugestões que possam

realizar.

Para isso foram enviados 21 questionários, conforme o Quadro 3:

SU/OM Pesquisadas Quantidade Funções

1ª Cia E Cnst/5º BEC 3

Cmt Dst, Enc Mat eCmt Pel Mnt

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SU/OM Pesquisadas Quantidade Funções

1ª Cia E Cnst/6º BEC 3 Cmt Dst, EncMateCmtPelMnt

2ª Cia E Cnst/6º BEC 6 Cmt Dst (2), EncMat (2) eCmtPelMnt(2)

1ª Cia E Cnst/7º BEC 3 Cmt Dst, EncMat eCmtPelMnt

1ª Cia E Cnst/8º BEC 3 Cmt Dst, EncMat eCmtPelMnt

2ª Cia E Cnst/8º BEC 3 Cmt Dst, EncMat eCmtPelMnt

QUADRO 3- Definição da amostra Fonte: o autor

Observa-se, ainda, que o número de sujeitos do estudo no questionário foi

baseado em indivíduos que tenham vinculação significativa com o objeto de estudo.

Seu tamanho foi considerado suficiente na medida em que o ponto de redundância foi

atingido (NEVES; DOMINGUES, 2007, p. 57).

2.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa abrangerá as seguintes etapas: busca e seleção da

bibliografia existente; coleta e análise dos processos utilizados pelos destacamentos da

Amazônia nas respectivas obras de engenharia e questionários aos Cmt Cia E Cnst

para levantar dados específicos de cada Cia estudada; leitura para aprofundamento do

tema; estudo do Diagrama de Ishikawa para mapeamento de processos aplicáveis à

uma Cia E Cnst; discussão dos resultados obtidos por meio dos indicadores e formas

de medição apresentados no quadro de variáveis.

A pesquisa foi desenvolvida conforme as classificações usuais. Quanto à

natureza, a pesquisa é do tipo aplicada, já que tem por finalidade a produção de

conhecimentos com aplicação prática, voltados para a resolução de um problema real e

específico.

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32

A pesquisa possui uma abordagem do tipo qualitativa, porque há uma

participação do pesquisador no campo de trabalho, buscando-seprimeiramente as

informações de forma exploratória, de forma a definir o objeto de estudo (NEVES;

DOMINGUES, 2007, p. 54); em seguida, se dirige aos responsáveis pela gestão das

Op Cnst nos Dst da região norte brasileira a fim de se aprofundar nos objetivos do

estudo.

Os objetivos da pesquisa são exploratórios e explicativos. Primeiro por buscar

informações mediante questionários; em segundo lugar por se utilizar da pesquisa

bibliográfica para buscar conceitos e respostas; e finalmente pela observação ativa do

autor durante a sua vivência como Cmt Destacamento.

2.3.1 Procedimentos para a revisão de literatura

A revisão de literatura será apresentada no item 3 do presente trabalho, cujo

embasamento obedecerá aos critérios abaixo apresentados, que permitirão a

elaboração de um referencial teórico visando a solução do problema levantado, de

acordo com um processo teórico-científico.

Para se definir alguns conceitos, desenvolver adequada fundamentação teórica

e propiciar base argumentativa para esta pesquisa foi realizada uma revisão de

literatura nos seguintes moldes:

2.3.1.1 Fontes de busca

As fontes de busca para a pesquisa bibliográfica e documental foram obtidas de

fontes conceituadas e fidedignas.

a. manuais militares do exército brasileiro, uruguaio e estadunidense;

b. Legislações do Ministério da Defesa e Governo Federal;

c. Dissertações de mestrado em instituições de ensino conceituadas,

universidades e/ou o autor, fosse mestre civil ou militar relacionadas à gestão de fluxo

logístico, gestão de estoque, sistema de excelência gerencial (SEG) ou que

abordassem ferramentas de gestão de processos;

d. trabalhos científicos oriundos da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

(EsAO), da Escola de Comando e Estado Maior (ECEME) ou de outras instituições de

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33

ensino conceituadas, relacionados a SEG, mapeamentos de processos e suas

ferramentas de gestão, fluxo logístico e gestão de estoques;

e. livros, sítios eletrônicos ou documentos versando sobre a ferramenta

Diagrama de Ishikawa ou assuntos relacionados à solução de problemas de processos;

f. manuais rodoviários do DNIT;

g. notas de aula do Centro de Instrução de Engenharia (CIEng);

h. observação participante do autor como Cmt da 1ª e 2ª Cia E Cnst/5º BEC.

2.3.1.2 Estratégia de busca para as bases de dados eletrônicos

Utilizaram-se os seguintes termos descritores: "Diagrama de Ishikawa e gestão”,

“empresas que utilizaram Diagrama de Ishikawa”, “eficiência na gestão usando o

Diagrama de Ishikawa”, “mapeamento de processos usando Diagrama de Ishikawa",

respeitando as peculiaridades de cada base de dados.

Após a pesquisa eletrônica, as referências bibliográficas dos estudos

considerados relevantes foram revisadas, com o objetivo de encontrar outras fontes

não localizadas pelo autor em suas buscas por meio físico ou eletrônico.

2.3.1.3 Critérios de inclusão

Os critérios a serem utilizados para incluir os diversos tipos de textos dentre as

fontes de consulta deste estudo encontram-se elencados abaixo:

a. Livros ou trabalhos científicos publicados nos idiomas português,

espanhol ou inglês;

b. Artigos, trabalhos, documentos, livros, ou dissertações relacionados a

gestão de processos e controle da qualidade publicados a partir da década de 1990 até

os dias atuais;

c. Artigos, trabalhos, documentos, dissertações ou livros publicados que

abordem sobre o fluxo logístico em canteiros de obras e gestão de estoques, a partir da

década de 1990 até os dias atuais;

d. Documentos referentes às OpCnst dos Dst da Amazônia;

e. Artigos, trabalhos, documentos, livros, ou dissertações que abordem

sobre excelência gerencial e análise e melhoria de processos, de 1990 até 2019, que

possam contribuir para o presente estudo;

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34

f. Manuais doutrinários relacionados à Logística Militar Terrestre e a

Engenharia;e

g. Manuais do DNIT referentes a trabalhos rodoviários.

2.3.1.4 Critérios de exclusão

Como critérios de exclusão de fontes de consulta, serão adotados:

a. Estudos com a falta de reconhecido valor científico;

b. Estudos com ausência de metodologia científica para a obtenção de seus

resultados e conclusões;

c. Estudos publicados antes de 1990 (exclusive);

d. Estudos cujas fontes sejam duvidosas; e

e. Manuais militares não relacionados a Engenharia Militar, Gestão ou à

Logística Militar.

2.3.2 Procedimentos Metodológicos

O presente estudo foi desenvolvido de acordo com procedimentos

metodológicos de modo que os resultados obtidos fossem confiáveis e embasados em

explícita argumentação. O item 2.3.1 proporcionou os procedimentos adotados para a

execução da revisão de literatura do presente trabalho. As fontes utilizadas como

referência constam no final desta pesquisa.

A experiência do autor nas atividades de Eng Cnst na região Norte brasileira foi

somada à revisão da literatura pelas informações estarem, de acordo com o contexto

das Op Cnst.Os questionários foram também aplicados como instrumentos nesta

metodologia de modo a complementar a revisão de literatura.Depois de elaborados os

questionários, estes foram submetidos a apreciação do orientador e testados em

pequena amostra de forma simulada. Na sequência, foram observadas oportunidades

de melhoria no direcionamento do questionário ao tema tratado.

Em seguida, os questionários foram remetidos para a amostra pré-estabelecida

com a finalidade de preenchimento e retorno. As informações coletadas por meio da

revisão de literatura e dos questionários foram organizadas de forma lógica,

categorizadas e tabuladas, para permitira sua análise e aproveitá-las para as

conclusões do trabalho.

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35

2.3.3 Instrumentos

Os seguintes instrumentos foram empregados no transcurso das diferentes

fases da pesquisa:

2.3.3.1 Ficha de coleta de dados

A fase inicial da pesquisa, como dito anteriormente, foi exploratória, com o

objetivo de aprofundar o conhecimento sobre as questões de estudo deste trabalho. O

preenchimento de fichas de coleta de dados colaborou para consolidar as informações

depreendidas a partir da análise das fontes bibliográficas.

2.3.3.2 Observação do Autor em Op Cnst

O autor, ao exercer as funções de Cmt Dst da 2ª Cia E Cnst/5º BEC na Op

Tapajós III e também ao trabalhar como Cmt 1ª Cia E Cnst/ 5º BEC na Op Asa Branca

coletou informações importantes que contribuíram com a pesquisa realizada nas atuais

Op Cnst.

2.3.3.3 Questionários

Diante da impossibilidade de realização de entrevistas com todos os envolvidos

no processo, utilizou-se o recurso do questionário como instrumento de pesquisa.

Em relação aos questionários, estes foram estruturados com perguntas fechadas

e mistas. Nas perguntas fechadas, as alternativas de respostas foram dadas pelo

pesquisador, enquanto nas perguntas mistas, o informante teve opções para marcar e

acrescentar, caso fosse necessário, algo não pensado pelo pesquisador (NEVES;

DOMINGUES, 2007, p. 59, 60).

Os questionários foram construídos em blocos temáticos com perguntas

relacionadas à mão de obra, aos materiais, às máquinas/ equipamentos e ao

gerenciamento para tratar da aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de

processos das obras de engenharia; num segundo momento foram feitas perguntas

relacionadas ao gerenciamento da obra e ao gerenciamento dos serviços em execução

direta, para investigar sobre a gestão atual dos Cmt Dst nas OpCnst da Amazônia.

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Foram feitos 03 (três) tipos de questionários, sendo o primeiro para os militares

na função de Cmt Destacamento ou das Cia E Cnst, que possuem uma visão ampla

dos processos realizados no controle das etapas da obra. Já o segundo questionário foi

para os Enc Mat citados no trabalho, pois refere-se ao controle das quantidades de

cada insumo. O terceiro questionário foi para o Pel Mnt do Destacamento, pois refere-

se a dados técnicos (de manutenção) das Op Cnst.

Em todos os questionários foram coletados os dados dos participantes, tais

como a função e o período que o militar permaneceu na função. Os três questionários

supracitados se encontram nos Apêndices A, B e C deste trabalho.

2.3.3.4 Pré-teste

Antes de ser enviado para a amostra escolhida e aplicado definitivamente, o

questionário passou por um pré-teste, cuja finalidade foi verificar, possíveis falhas, na

redação das perguntas. A aplicação do pré-teste como um instrumento de coleta de

dados teve por finalidade principal garantir a validade e precisão do teste.

O questionário, antes de ser enviado para os seus destinatários, foi testado

pelos militares do Curso de Engenharia da EsAO. Após a realização do teste, foram

feitos ajustes no questionário de forma a facilitar a compreensão por parte dos

informantes.

O questionário foi enviado via e-mail ou por meio do Whats App aos

destinatários e o acesso a ele foi usando a ferramenta do Google Forms. Este recurso

permite que ao término do preenchimento do questionário, o seu resultado já fique

disponibilizado para o autor.

2.3.4 Análise dos dados

A análise dos dados se dará, de forma qualitativa, com a finalidade de se

compreender a temática e responder o problema. As respostas dos questionários serão

valiosas para balizar a formulação de um modelo de processo direcionado aos Cmt Cia

E Cnst da amostra, a respeito da gestão das Op Cnst.

Foram obtidos dados com o uso de pesquisa bibliográfica, da observação

participante do autor, dos questionários, aplicados aos militares participantes das Op

Cnst na Amazônia no corrente ano.

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Os dados recebidos dos questionários serão tabulados através de gráficos

percentuais do Google Forms para seu melhor entendimento. Essa tabulação foi feita

para todos os quadros de perguntas.

A análise dos dados relativos aos questionários, aplicado aos militares, foi, em

sua maioria, com o uso da estatística descritiva formada por meio de gráficos

possibilitando quantificar o conteúdo das respostas e identificar, de forma subjetiva, o

objeto de estudo em cada pergunta realizada e compará-lo com a gestão de empresas

civis que já aplicaram a ferramenta Diagrama de Ishikawa para gerenciar seus

processos.

As respostas fornecidas pelos questionários dos comandantes de destacamento,

dos encarregados de material e dos comandantes dos Pel Mnt das Op Cnst da

Amazônia foram estudadas a luz da literatura referenciada, com a finalidade de se

obter uma conclusão sobre a eficiência da gestão das Op Cnst de uma Cia E Cnst com

a aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de

Engenharia.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

Neste tópico, abordar-se-á os assuntos segundo uma sequência lógica

constante no sumário da presente dissertação. Dividiu-se esta seção da seguinte

maneira: a estrutura do Sistema de Engenharia do Exércitodo mais alto escalão, o

Departamento de Engenharia e Construção (DEC), até os elementos responsáveis pela

execução das missões de Engenharia, os Destacamentos; as atividades operacionais

em realização pelas Cia E Cnst na região amazônica; a logística de engenharia, com

fluxo logístico e gestão de estoques; as ferramentas de gestão das Op Cnst, abordando

o Sistema de Informações de obras e cooperação (SIOC) e outros processos

existentes; os componentes e utilidades do Diagrama de Ishikawa; a esquematização

de processos produzidos com a utilização do Diagrama de Ishikawa; e a proposta do

autor de um processo aplicável à uma Cia E Cnst destacada em Op Cnst na região

Norte do país.

3.1 O SISTEMA DE ENGENHARIA DO EXÉRCITO

A Engenharia de Construção é uma vertente do Exército Brasileiro (EB) dotada

de maquinário e equipamentos, típico das obras de infraestrutura e transportes, que é

responsável pelo adestramento de pessoal nessa área para emprego em uma eventual

situação de combate e por desenvolver atividades subsidiárias em tempo de paz que

visam contribuir com o desenvolvimento nacional.

Essa característica de realizar obras em prol do progresso do país é enquadrada

em uma das missões da Engenharia do EB conhecida como apoio geral de engenharia

que, em tempo de paz, abrange inúmeros trabalhos conforme consta no manual C5-1,

Emprego da Engenharia:

Em tempo de paz, inclui também trabalhos em apoio às ações subsidiárias ou de interesse sócio-econômico para a Nação. Algumas dessas tarefas podem ser realizadas em combinação com a Eng de outras forças ou com empresas civis especializadas. São exemplos, entre outros, o estudo do terreno, a navegação em vias interiores, a produção de cartas e de água tratada, a construção, a reparação, o melhoramento e a conservação de hidrovias, rodovias e ferrovias,deinstalações logísticas ou de comando, de campos de pouso e de sistemas de abastecimento de serviços essenciais.

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Fruto dessa missão, muitas rodovias e estradas foram lançadas no país. Esta

Seção divide as características do Sistema de Engenharia do Exército (SEEx) em:

Departamento de Engenharia e Construção (DEC), Departamento de Obras de

Cooperação (DOC), Grupamento de Engenharia (Gpt E), Batalhão de Engenharia de

Construção (BEC), Companhia de Engenharia de Construção (Cia E Cnst) e

Destacamento (Dst).

O SEEx pode ser representado de acordo com a figura que se segue:

FIGURA 01 - Visualização do Sistema Engenharia do Exército Fonte: BRASIL (1999a, p.1-2)

3.1.1 Departamento de Engenharia e Construção

O DEC é o escalão superior pertencente ao SEEx e sua origem é de 1915,

quando foi criada a Diretoria de Engenharia. Daquela época até os dias atuais, esta

Diretoria sofreu diversas mudanças para se adequar às necessidades de modernização

da Força Terrestre nas suas missões, estrutura organizacional e passou a receber a

denominação atual de Departamento de Engenharia e Construção em 13 de março de

1998 (FIGUEIREDO et al., 2014, p. 31).

Desde 1º de abril de 2013, o Departamento passou a ter em sua estrutura

organizacional as seguintes Diretorias: a DOC, a DOM, a DPIMA e a DPE

(FIGUEIREDO et al., 2014, p. 32).Essas diretorias contribuem com a gestão de obras,

patrimônio, meio ambiente, material, operações típicas de Eng e respectivos projetos

para o DEC, que é o responsável por gerenciar os recursos destinados às mesmas,

cuja relação de subordinação pode ser representada conforme figura a seguir:

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(1) Diretoria de Obras de Cooperação; (2) Diretoria de Obras Militares; (3) Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente; (4) Diretoria de Projetos de Engenharia. FIGURA 02: Organograma do DEC Fonte: FIGUEIREDO, et al. (2014, p. 31)

3.1.2 Diretoria de Obras de Cooperação

A Diretoria de Obras de Cooperação (DOC) é o órgão de apoio técnico-

normativo do DEC incumbida de superintender (dirigir, inspecionar e supervisionar) a

execução de obras e serviços de engenharia pelas Organizações Militares de

Engenharia (OM Eng), realizadas em proveito doExército ou em cooperação com

outros órgãos, mediante a celebração de convênios ou mecanismos equivalentes

(parcerias).

Tais atividades visam ao adestramento da tropa e à cooperação com o

desenvolvimento nacional, através de ações subsidiárias, como as Op Cnst, em

tempos de paz, através dos seus Gpt E,em cumprimento à Política e à Diretriz

Estratégica de Construção do Exército Brasileiro (FIGUEIREDO et al., 2014, p. 38).

Assim, a DOC tem a seguinte estrutura:

FIGURA 03: Organograma da DOC Fonte: o autor

DOC

1ºGpt E 2ºGpt E 3ºGpt E 4ºGpt E 5ºGpt E

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3.1.3 O 2º Grupamento de Engenharia

Uma das peculiaridades da Engenharia do EB, particularmente dos Batalhões de

Engenharia de Construção, é o canal técnico. As Organizações Militares de

Engenhariade Construção (OMEC) possuem uma subordinação técnica devido às

características técnicas de suas atividades. Nesse caso, o Escalão Superior (Esc Sup)

exerce a supervisão e controle das atividades de Engenharia (Eng) do seu respectivo

Escalão de Engenharia subordinado (BRASIL, 1999a, p.1-7).

O 2º Grupamento de Engenharia (2º Gpt E), localizado na cidade de Manaus-

AM, fica no Comando Militar da Amazônia, que compreende os estados do Amazonas,

Acre, Rondônia e Roraima, é o canal técnico de Eng para os batalhões deste Comando

Militar de área, a saber: 5º, 6º e 7º BEC, localizados respectivamente em Porto Velho

(RO), Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC).

O Comando Militar do Norte, que compreende os estados do Pará, Amapá, parte

do Tocantins e Maranhão, por não possuir Gpt E e devido à proximidade do 2º Gpt E,

faz com que este também seja o canal técnico de Eng para o 8º BEC, que fica

localizado em Santarém (PA).

Desta maneira, o 2º Gpt E tem ascendência sobre quatro batalhões de Eng de

Cnst podendo ser representado de acordo com o organograma que se segue:

II II II II

5º BEC 6º BEC 7º BEC 8º BEC

FIGURA 04: Organograma do2º Gpt E Fonte: o autor

3.1.4 Os BEC da Amazônia

Os Gpt E e os BEC são os elementos mais aptos ao cumprimento do trabalho de

construção de maior porte, nos quais se exige maior durabilidade e prazo de execução

(CARVALHO, 2009, p. 112),como ocorre na construção de rodovias e estradas.

2º GPT E

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Para isso, os BEC empregam suas Subunidades (SU4) em missões ligadas

diretamente às atividades de construção, de apoio logístico e ao sistema de comando e

controle, sendo que estas podem ter o apoio de outras frações do próprio Batalhão

(MARQUES, 2016, p.35).

Os BEC contam com pessoal e equipamento especializado para planejar e

executar as atividades de construção, manutenção e a reparação de rodovias e

estradas, porém as características regionais podem determinar regimes de trabalho

diferentes.

Na Amazônia, existem características próprias como o clima equatorial,

caracterizado pela elevada umidade, pelo regime pluviométrico concentrado na estação

denominada “inverno amazônico”5. Isso faz com que o trabalho dos BEC ali situados,

seja executado predominantemente na estação seca, denominada verão.

As grandes distâncias dos principais pólos industriais do país, rodovias em

condições precárias e presença de diversos cursos d`água obstáculo6 fazem com que

os BEC localizados no interior da Amazônia (5º, 6º, 7º e 8º BEC), tenham uma série de

dificuldades logísticas, para receber insumos e materiais necessários às OpCnst, o que

pode gerar um longo tempo no transporte destes, impactando significativamente na

produtividade7 local, fazendo com que a maior parte dos cronogramas8 das obras de

engenharia destes BEC tenham um acréscimo de tempo em relação aos BEC de

outras regiões do país.

O BEC é composto por uma Companhia de Comando e Apoio, uma Companhia

de Engenharia de Equipamento e Manutenção e por até 03 (três) Companhias de

Engenharia de Construção, de acordo com o organograma que se segue:

FIGURA 05: Organograma do BEC Fonte: Brasil (2005) 4 SU significa Subunidade, ouseja, parte de umaUnidade. Esta é conhecida como Companhia. 5 Inverno amazônico compreende o período chuvoso da Amazônia, normalmente entre os meses de dezembro a maio 6 Cursos d`água obstáculo são rios de grande porte. 7 Produtividade é a capacidade de produzir. 8 Cronograma é o tempo planejado para execução da obra de engenharia.

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Em tempos de paz, os BEC podem ser empregados em missões subsidiárias,

tais como: cooperar com o desenvolvimento nacional, apoiar a defesa civil e de

participar da garantia da lei e da ordem. Entretanto, sua missão mais comum é a de

realizar trabalhos de construção de estradas (Estr), em atividades de cooperação

voltadas para o desenvolvimento nacional cujo amparo legal se encontra no Art 16 da

Lei Complementar (LC) nº 97 de 09 de junho de 1999: “Cabe às Forças Armadas

(FFAA), como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e

a defesa civil, na forma determinada pela Presidência da República” (BRASIL, 2005, p.

10-1).

Mais tarde, em 02 de Setembro de 2004, foi criada outra lei complementar, a LC

nº117, na qual se encontram no seu inciso II do Art 17, algumas obrigações das

organizações: “cooperar com órgãos públicos federais, estaduais e municipais e,

excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de

engenharia, sendo os recursos advindos do órgão solicitante” (BRASIL, 2004). Para

todas estas atividades previstas nas legislações supracitadas, os BEC empregam suas

Cia E Cnst e respectivas frações de emprego peculiar para execução destas

atribuições.

3.1.5 A Companhia de Engenharia de Construção

A Cia E Cnst é o elemento básico de emprego do BEC e pode atuar de forma

independente, com organização variável e ser auto-suficiente em suprimentos de

unidade, comunicações, manutenção orgânica, transporte, serviço de subsistência e

administração do pessoal (MARQUES, 2016, p.36).

A Cia E Cnst tem a competência de planejar, coordenar e executar os trabalhos

de engenharia (ALENCAR JÚNIOR, 2011, p. 22).

A composição básica da Cia E Cnst é de um grupo de comando (GpCmdo) e

três pelotões de engenharia de construção (Pel E Cnst). O Pel E Cnst é a unidade

básica de trabalho.

A Cia E Cnst pode ser representada conforme a figura 06 que se segue:

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FIGURA 06: Organograma da Cia E Cnst Fonte: BRASIL (2005, p. 7-1)

Esta SU, quando está em uma OpCnst, conta com meios diversos em pessoal e

material provenientes do BEC, fazendo com que ela esteja apta a cumprir as mais

variadas missões relacionadas às obras de engenharia.

Em tempos de guerra, a Cia E Cnst fica com a responsabilidade de construção,

conservação e reparação das vias de transporte para dar mobilidade ao movimento da

tropa amiga.

Assim, estas Companhias, em tempos de paz, ao desempenhar as atividades

subsidiárias de construção de rodovias e estradas, além de proporcionarem o

desenvolvimento nacional, possibilitam o adestramento de seu efetivo para uma

eventual situação de combate.

Quando isso ocorre, geralmente as Cia E Cnst são destacadas da sede9 do BEC, ou

seja, seus efetivos e respectivos materiais de dotação são carreados para as

proximidades das frentes de serviço10 em instalações para serem ocupadas

temporariamente. Por isso, estas SU, ao ficarem nesta situação, são denominadas

Destacamentos.

3.1.6 O Destacamento

A decisão para desdobrar destacamentos é do comandante do BEC, após a

coordenação com o Gpt E. Ocorrerá em função da missão, das condições e do tipo de

trabalho, dos meios disponíveis, da distância da sede do batalhão e das condições de

segurança, dentre outros fatores. Via de regra são desmobilizados após o cumprimento

das suas missões (BRASIL, 2005,p. 9-3).

Será constituído por meio de uma organização flexível, segundo a missão a ser 9 Sede do BEC é o local onde fica construído as instalações fixas do batalhão, onde geralmente permanece o Cmt e todo centro administrativo da Unidade. 10 Frente de serviço: local onde estão sendo realizados trabalhos de construção.

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cumprida, sendo essa a sua principal característica.O destacamento terá um comando

designado, podendo abarcar uma estrutura de manutenção de suprimento, de

transporte, de saúde, administrativa, técnica, de apropriação, de frações de emprego e

de equipes especializadas, sendo essas formadas por elementos constituídos em

equipes avançadas (BRASIL, 2005, p. 9-2).

A 1ª Cia E Cnst/7º BEC, por exemplo, possui constituição específica para a

missão do PATO11 da BR364, ou seja, ela foi adaptada de acordo com o projeto da

obra e o planejamento do Estado Maior12 do 7º BEC e está destacada em Sena

Madureira, onde desenvolve trabalhos de conservação desta rodovia. Recebeu assim a

denominação de Destacamento Sena Madureira, ou simplesmente, D Sena:

FIGURA 07: Organograma do Dst de Sena Madureira (D Sena) Fonte: Lima (2018)

Neste caso, este Dst foi organizado em: Grupo de Comando (Gp Cmdo), Grupo

da Seção Técnica (Gp Sec Tec), o Pelotão de Apoio (Pel Ap), o Pel de Terraplenagem,

o Pel de Asfalto e o Pelotão de Manutenção e Transporte (Pel Mnt Trsp).

Assim, o destacamento, como fração de engenharia de emprego peculiar, é

organizado, normalmente, em tempo de paz e será constituído por elementos do

batalhão, normalmente no nível subunidade (BRASIL, 2005, p. 9-1).

Sua principal missão é contribuir com o emprego da Força Terrestre no esforço

de integração e do desenvolvimento nacionais, no adestramento das unidades e

11 PATO é o plano anual de trabalho e orçamento. 12 Estado Maior se refere aos elementos que prestam assessoramento direto ao Cmt do batalhão.

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quadros de engenharia, como elemento executante do batalhão, realizando missões ou

tarefas específicas, como trabalhos em estradas, ferrovias, aeroportos, instalações e

demais obras de engenharia (BRASIL, 2005, p. 9-2).

Os trabalhos e o funcionamento do destacamento serão fiscalizados pelo

comandante do Batalhão, por meio do Estado-Maior da unidade e da Seção Técnica,

segundo as diretrizes, as normas e o Plano de Trabalho em vigor, atendendo à

característica do canal técnico (BRASIL, 2005, p. 9-4).

3.2 ATIVIDADES OPERACIONAIS DAS CIA E CNST DA AMAZÔNIA

As atividades operacionais ou os trabalhos da Engenharia de Construção são

denominados Operações de Construção (Op Cnst). Estas Op são executadas pelos

Destacamentos e Companhias de Engenharia de Construção.

Na Amazônia, atualmente, temos diversas Op Cnst em curso, entre as quais

pelo efetivo, quantidade de equipamentos e valor do Plano de Trabalho podemos

destacar as seguintes: Op Nambu e Op Três Marias, sendo executadas pelo 5º BEC;

Op Cantá em realização pelo 6º BEC; Op Taquari no 7ºBEC; Op Xingu, Op Radar e Op

Brigada da Foz, encabeçadas pelo 8º BEC.

3.2.1 Op Nambu e Op Três Marias

A Op Nambu e a Op Três Marias são operações realizadas, simultaneamente,

pela 1ª Cia E Cnst do 5º BEC, batalhão conhecido como o Pioneiro da Amazõnia.

A primeira Op consiste no Plano Anual de Trabalho e Orçamento (PATO), na

qual o 5° BEC em convênio com o DNIT irá fazer a manutenção da BR-364 através de

fresagem13, asfaltamento com concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ)14 e

roçada15 em diversos pontos da rodovia, os quais exigem sua manutenção. (MORAES,

2018a)

No plano de trabalho está previsto o orçamento de R$ 7.970.297,16 para a Op

Nambu e um valor de R$ 25.337.143,64 para a Op Três Marias e para cumprir estas

13 Fresagem é utilizada para desagregar o material que constitui a estrutura do pavimento existente 14 Concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ): massa alfáltica produzida sob elevadas temperaturas em usinas de alfalto 15 Roçada: consiste no corte da vegetação de pequeno porte, na faixa de domínio e no canteiro central com a finalidade de tornar as áreas marginais livres de vegetação daninha, facilitar a drenagem e evitar o fogo.

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missões, a 1ª Cia E Cnst formou um Destacamento no bairro Mariana, o Dst Três

Marias,e conta com efetivo de 199 militares, utilizando-se para tal de 32 viaturas e 30

equipamentos. (LIMA FILHO, 2019)

FIGURA 08 - Fresagem da Op Nambu na BR-364 Fonte: LIMA FILHO (2019)

Já na Operação Três Marias, o 5º BEC por intermédio de um convênio com a

Prefeitura Municipal de Porto Velho-RO, irá asfaltar 27 km das ruas dos Bairros de

Mariana e São Francisco, utilizando o CBUQ (MORAES, 2018b).

FIGURA 09 - Asfaltamento com CBUQ na Op Três Marias Fonte: MORAES (2018a)

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3.2.2 Op Cantá

No dia 18 de janeiro de 2018, a Superintendência Regional do Departamento

Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) realizou a cerimônia de assinatura da

Ordem de Início da Execução dos Serviços de Implantação e Pavimentação da BR-

432/RR, objeto de um Termo de Execução Descentralizada (TED) entre o Exército

Brasileiro e o DNIT, no qual o 6º Batalhão de Engenharia de Construção, o Batalhão

Simón Bolívar, é o executante (SOARES JUNIOR, 2018).

FIGURA 10 – Op Cantá na BR-432 no estado de Roraima. Fonte: Seção de Comunicação Social do 6ºBEC (2018).

A obra constante desse TED compreende um trecho de 12,7 Km de serviços de

terraplenagem, drenagem, obras de artes correntes e celulares16, pavimentação,

sinalização, obras complementares e proteção ambiental, no subtrecho localizado entre

Vila Central e a sede do município de Cantá-RR, que deverão ser executados em um

prazo estimado de 840 dias e com um orçamento inicial de R$ 12.697.099,49

(SOARES JUNIOR, 2018).

Os trabalhos na BR-432 irão beneficiar os comerciantes, produtores e população

local, ao facilitar o acesso da região por uma via alternativa e segura à rede viária que

liga o Estado de Roraima com o Estado do Amazonas.

16 Obras de arte correntes e celulares: bueiros e galerias.

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A obra que tem como objetivo a implantação e pavimentação da BR-432/RR,

conta com o emprego de cerca de 100 militares da 2ª Companhia de Engenharia e

Construção e 21 equipamentos de engenharia. A missão teve início em janeiro de 2018

e previsão para término em junho de 2020. (SOARES JUNIOR, 2018)

FIGURA 11 - Trabalhos de desmatamento e terraplenagem da OpCantá. Fonte: Comunicação Social do 6º BEC (2018).

Atualmente, o Dst Cantá do 6º BEC está na fase de execução de serviços de

terraplenagem, abrangendo trabalhos de destocamento de árvores, escavação, carga e transporte

de materiais, com uma produção aproximada de 1.000 m³ diários de aterro compactado

(SOARES JUNIOR, 2019).

3.2.3 Op Taquari

A Op Taquari é a principal operação do 7º BEC, denominado historicamente

como Batalhão Barão do Rio Branco, e consiste no trabalho de conservação da BR-

364, no trecho entre os Km 179,4 e 274,3, nos municípios de Bujari e Sena Madureira,

situados no estado do Acre (PRADO, 2018).

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No contexto da Op Taquari, está prevista a conservação da rodovia, o que inclui

serviços como roçada manual e mecanizada com poda de árvores e destocamento de

árvores; serviços de drenagem17 como desobstrução de bueiros e construção de

valetas; recuperação de áreas degradadas18 com solo ensacado; terraplanagem19,

imprimação20, fresagem e recomposição do revestimento asfáltico (SIOC, 2019).

O plano de trabalho da obra teve início em 22 de junho de 2017 e o seu término

está previsto para 22 de junho de 2019 (SIOC, 2019).

Conta com efetivo de 112 (cento e doze) militares, da 1ª Cia E Cnst, os quais

formaram um Destacamento em Sena Madureira, o D Sena. Além do pessoal, o Dst se

utiliza de 35 (trinta e cinco) viaturas e 35 equipamentos para realização dos diversos

serviços da Op (LIMA, 2019).

FIGURA 12 - Roçada mecanizada na Op Taquari Fonte: PRADO (2019).

17 O sistema de drenagem tem por objetivo a captação, a condução e o deságüe das precipitações sobre a pista de rolamento. 18 A recuperação de áreas degradadas visa realizar atividades de cunho ambiental a fim de amenizar o dano causado ao meio ambiente pela implantação da obra rodoviária. 19 Terraplenagem ou terraplanagem: conjunto de operações de escavação, carga, transporte, descarga, compactação dos solos, aplicadas na construção de aterros e cortes, dando à superfície do terreno a forma projetada para construção de rodovias. 20 Imprimação: preparação da última camada do terreno (base) para recebimento do asfalto, através do lançamento de CM-30 ou emulsão asfáltica.

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FIGURA 13 -Desobstrução de bueiro na Op Taquari Fonte: PRADO (2019)

FIGURA 14 - Recomposição do revestimento asfáltico na Op Taquari Fonte: PRADO (2019)

3.2.4 Op Xingu e Op Radar

A Operação Xingu é a principal obra do 8º BEC, o Batalhão Rondon, e tem como

missão principal a construção rodoviária em execução direta do Lote 1.4 da BR-163,

trecho que perfaz 65 km entre o município de Novo Progresso e o Distrito de Moraes

Almeida, ambos localizados no estado do Pará (SIOC, 2019).

O Destacamento Xingu ficou encarregado do cumprimento desta missão,

constituída por militares da 1ª Cia E Cnst do 8º BEC, sendo esta reforçada por militares

das outras SU do batalhão e até mesmo de outras OM (MENEZES, 2019).

A mobilização da Op iniciou a partir da assinatura do Termo de Execução

Descentralizada (TED), ocorrida em 08 de agosto de 2017. O período de conclusão da

obra é de 29 meses e tem como Orgão concedente o DNIT (NERY, 2017).

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A Op contará no ápice da obra com uma equipe de 366 pessoas, composta por

militares e servidores civis, com apoio de 210 equipamentos e viaturas. Para isso, o 8º

BEC já foi reforçado com pessoal e meios diversos de Unidades do 1º Gpt E (1º BEC,

2º BEC, 3º BEC e 4º BEC); 2º Gpt E (5º e 6º BEC) e 3º Gpt E (9º BEC e 9º BECmb)

(NERY, 2017).

FIGURA 15 - Terraplenagem na Op Xingu Fonte: Seção de Comunicação Social do 8º BEC (2019).

O principal desafio desta missão se dá pela realidade logística da área, pois a

localidade dificulta a chegada dos equipamentos e insumos da obra, já que, além da

BR-163, não existem outras rodovias de acesso ao Distrito, o qual fica a uma distância

de 1172 Km de Cuiabá e a 597 Km de Santarém, cidade sede do batalhão (GOOGLE

MAPS, 2019).

No plano de trabalho está previsto orçamento de R$134.544.079,36, dos quais

cerca de 72 milhões de reais estão destinados a serviços por empresas terceirizadas e

o restante para execução direta do 8º BEC, com trabalhos de terraplenagem,

imprimação e pavimentação, principalmente (SIOC, 2019).

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FIGURA 16 - Imprimação na Op Xingu Fonte: Seção de Comunicação Social do 8º BEC (2019).

A visita do ministro da infraestrutura, Tarcício Gomes, à BR-163, em 01 de

fevereiro de 2019, reforçou a importância desta Op, ao afirmar que a conclusão da

pavimentação da BR-163 no Pará é um grande compromisso, a ser realizado até o final

deste ano (SANTOS, 2019).

Em razão do alto volume pluviométrico na região nos primeiros meses do ano, o

Dst Xingu fica impossibilitado de fazer os serviços de terraplanagem e pavimentação, já

que as chuvas comprometem a qualidade dos serviços.

Dessa forma, o Dst concentrou seus esforços até maio do corrente ano na

perfuração de rocha para realizar a detonação de pedreira, objetivando a produção de

brita, um dos insumos de maior necessidade na Operação.

O planejamento da aquisição dos demais insumos também foi cuidadosamente

estudado a fim de iniciar a Op Xingu com a máxima produtividade na estação seca.

Como existem aproximadamente 45 km de estrada não pavimentada e o tráfego

na referida rodovia é muito intenso, a Op Radar se fez necessária, e consiste na

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administração do fluxo de trânsito e da realização de trabalhos de conservação da

rodovia, com o objetivo de melhorar a sua trafegabilidade.

Para isso, o Dst Xingu fcou responsável por mobiliar as equipes destinadas a

essas tarefas.

3.2.5 Op Brigada da Foz

A Op Brigada da Foz é outra operação do 8º BEC que consiste nos trabalhos de

construção da infraestrutura necessária para implantação da 22ª Brigada de Infantaria

de Selva, a Brigada da Foz do Amazonas. (LINHARES, 2018)

Os principais trabalhos incluem supressão vegetal, destocamento21, escavação,

compactação de aterros22, regularização do subleito23 e fabricação debloquetes para

fins diversos (SIOC, 2019).

FIGURA 17 - Compactação de aterro na Op Brigada da Foz Fonte: Seção de Comunicação Social do 8º BEC (2019).

Para realização destes trabalhos, a 2ª Cia E Cnst do 8º BEC foi destacada para

a cidade de Macapá, no estado do Amapá, formando o Dst Oiapoque com efetivo de

21 Destocamento: compreende a escavação e retirada de obstruções naturais existentes na faixa de domínio tais como tocos, vegetação, árvores, arbustos, etc. 22 Compactação de aterros: ação de imprimir às camadas de aterro lançadas sobre a pista maior resistência e durabilidade, através do uso de equipamento pesado. 23 Regularização do subleito: preparação da plataforma de terraplanagem não pavimentada quanto aos aspectos da compactação e declividade adequadas.

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144 (cento quarenta e quatro) militares e servidores civis utilizando-se para tal de 34

equipamentos e 14 viaturas (KIKUTI, 2018).

FIGURA 18 - Transporte de bloquetes fabricados na Op Bda da Foz Fonte: Seção de Comunicação Social do 8º BEC (2019)

3.3 A LOGÍSTICA DA ENGENHARIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO

Para a execução de uma Op Cnst, é necessário que o Dst encarregado da

missão receba meios em pessoal, viaturas,equipamentos, recursos, insumos e demais

materiais que serão empregados em uma obra de Eng. Em outras palavras o Dst

precisa de uma logística adequada para realizar a Op Cnst.

Segundo Oliveira (2017), a logística é o processo de planejar, implementar e

controlar, o fluxo de suprimentos e produtos, sua armazenagem e o fluxo de

informações correspondentes a todo o sistema, da origem ao destino final.

De modo similar alogística militar terrestre é definida pelo conjunto de atividades

relativas à previsão e à provisão de meios necessários ao funcionamento

organizacional do Exército e às operações da F Ter. (BRASIL, 2003)

Dessa forma, a logística torna-se um fator essencial para o planejamento e

execução de uma Op Cnst, pois ela define a viabilidade do seu Plano de Trabalho.

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A Engenharia, como corpo de tropa do Exército, realiza ações e presta apoios

em operações da F Ter tanto técnicas como táticas. Essas operações são realizadas

por um sistema denominado grupo funcional de engenharia (GFE) composto de uma

doutrina, pessoal e material, seja em situações de guerra e de não guerra (BRASIL,

1999a, p 1-2).

Essa Seção abordará sobre este grupo, além do processo logístico, fluxo

logístico e da gestão de estoques, necessários às Op Cnst.

3.3.1 O Grupo Funcional Engenharia

O material de engenharia, o qual faz parte do SEEx, é gerenciado pelo GFE, de

acordo com a Logística Militar Terrestre. O GFE é o responsável pela previsão e

provisão da logística dos materiais de fortificação e construção (materiais classe IV) e

dos materiais de engenharia (material classe VI), bem como obter, manter e reparar a

infraestrutura física que atenda à Força Terrestre (F Ter), além de realizar a gestão

ambiental e o tratamento de água (BRASIL, 2014, p. 3-13).

As OM Eng, em particular, os BEC da Amazônia, dispõem de capacidades

necessárias à execução das atividades relativas a esse grupo funcional (BRASIL, 2014,

p. 3-14, grifo nosso).

Esses batalhões coordenam, desde as fases iniciais do planejamento até a

execução, as disponibilidades em equipamentos, mão de obra e materiais, bem como a

possibilidade de máxima utilização da infraestrutura e das instalações existentes

visando o cumprimento da missão (MARQUES, 2016, p.39).

As obras e serviços de Eng incluem conjuntos de processos, técnicas e

procedimentos, que almejam suprir às demandas do escalão apoiado quanto à

avaliação, construção, manutenção, ampliação e reparação da infraestrutura física.

Podem ser usados como exemplos: as rodovias, bueiros, pontes e bases logísticas,

tanto no contexto de guerra como na paz (BRASIL, 2014, p. 3-15).

A Diretoria de Material de Engenharia (DME) é um órgão técnico-normativo,

vocacionado à logística de material de engenharia, subordinada ao DEC, tendo a

incumbência de gerir os processos de identificação, catalogação, obtenção,

suprimento, manutenção e desfazimento de materiais da Classe VI e da Classe IV. Foi,

portanto, ultrapassada a barreira das organizações militares do Sistema de Engenharia,

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passando, então, a incluir a DME no contexto do Sistema de Logística do Exército

Brasileiro a partir de 2015 (BRASIL, 2018).

3.3.2 O Processo Logístico nas Op Cnst

Segundo Oliveira (2017), “o processo logístico inicia nas Op Cnst com o

levantamento das aquisições necessárias à execução do projeto”.

Essas informações são encontradas no Plano de Trabalho (P Trab) da Op Cnst,

conforme extrato modelo que se segue:

FIGURA 19 - Extrato do P Trab Fonte: CIEng (2016a)

A primeira etapa de um processo logístico é informar as necessidades

planejadas no OOG para a Seção de Licitações e Contratos do BEC que realizará os

processos licitatórios, possibilitando as aquisições dos insumos.

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FIGURA 20 - Exemplo de Extrato do OOG Fonte: CIEng (2016b)

A segunda etapa do processo é a solicitação de crédito ao escalão superior

através do Pedido Eletrônico de Crédito (PEC) pela 4ª seção do Batalhão. Deve ser

executada com a participação do comandante de destacamento, das suas equipes, do

chefe da 4ª seção e do chefe da Seção Técnica (OLIVEIRA, 2017, p.25).

FIGURA 21 - Sistema de Pedido Eletrônico de Crédito Fonte: SIOC (2019)

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Ao receber o crédito, os empenhos são realizados conforme a necessidade

apresentada na memória de cálculo e enviados aos fornecedores. O S4 e Cmt Dst

devem acompanhar cada empenho por item do OOG, servindo de base para o

controle financeiro da operação.

Essa solicitação é realizada através do SIOC e deve ter anexada uma memória

de cálculo, que deve apresentar um planejamento coerente com OOG e o cronograma

do projeto justificando o valor solicitado. No caso dos BEC da Amazônia, tal solicitação

é analisada pelo 2º Grupamento de Engenharia, pela DOC e pelo DEC, podendo ser

aprovado, parcialmente aprovado ou negado, por alguma inconsistência na memória de

cálculo.

A seguir, veremos a tela do SIOC, abrangendo outros sistemas de controle das

obras de cooperação, como o PEC:

FIGURA 22 - Sistema Informatizado de Obras de Cooperação

Fonte: SIOC (2019)

A terceira etapa do processo logístico é o recebimento, armazenamento e

distribuição do insumo, que ocorre na sede do Btl ou no destacamento, na qual são

realizadas a conferência do material, a sua inclusão no estoque, além da conferência

da nota fiscal e consequente envio para pagamento (OLIVEIRA, 2017, p.25).

3.3.3 O Fluxo Logístico nas Op Cnst

Em qualquer Op Cnst deve haver um controle constante do fluxo de materiais e

insumos das classes IV e VI, pois sem esses materiais não há como se realizar os

trabalhos de Eng. Assim para que o SEEx funcione, deve haver um controle do fluxo

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logístico desses materiais e insumos o qual vai possibilitar a redução de perdas

ocasionadas por inúmeras situações (MARQUES, 2016, p. 39).

Como exemplo de uma situação de perda de material, pode-se citar a

ocorrência de chuva imediatamente após o lançamento da massa asfáltica sobre a

rodovia ou ainda o vencimento de parte de um insumo cujo uso não foi possível dentro

do tempo previsto.

O controle do fluxo permite diagnosticar o momento e local onde ocorrem as

perdas (MARQUES, 2016, p. 39). A execução de uma atividade de construção

minimizando as perdas nos remeteao conceito de produção enxuta, a qual se preocupa

com a correta gestão dos processos envolvidos (ALVES, 2000, p. 2).

A observação das operações, conhecida também como princípio da

transparência, pode resultar na eliminação das perdas existentes nos fluxos através do

melhor planejamento e controle do processo, o que possibilita implementar ações num

processo de melhoria contínua, o qual pode ser ilustrado na figura a seguir:

FIGURA 23- O princípio da transparência na gestão de fluxos físicos Fonte: ALVES (2000)

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A ideia de produção enxuta surgiu com os japoneses a fim de conseguirem

competir com os Estados Unidos no mercado internacional e consistiu basicamente na

atenção aos detalhes do processo produtivo buscando a eliminação dos desperdícios

(ALVES, 2000, p. 11).

A análise dos diferentes tipos de desperdícios permite a identificação dos pontos

onde as perdas estão ocorrendo no processo e direciona as ações de melhoria na

busca pelo aumento da eficiência das operações (ALVES, 2000, p. 13).

Com relação ao fluxo de insumos de uma obra de Eng, principalmente nos Dst,

verifica-se a necessidade do planejamento da aquisição, do armazenamento, a

distribuição e a movimentação desses materiais no canteiro de obra e nas frentes de

serviço, bem como o controle da sua utilização dentro de cada processo (MARQUES,

2016, p.40).

O uso dos princípios da produção enxuta exige planejamento e controle dos

fluxos logísticos ao realizar as tarefas da Op Cnst. Após observar uma falha de

processo ou oportunidade de melhoria, o bom gerente, que pode ser o comandante do

Dst ou chefe de determinada equipe de trabalho, aplica ações corretivas de modo a

aumentar a produção ou reduzir perdas.

As etapas descritas no parágrafo anterior fazem parte do ciclo PDCA24. Esse

ciclo possui quatro etapas: o Planejamento, execução, controle e ações de correção

para melhoria do processo (PERIARD, 2011, p. 01).

O planejamento vai facilitar a execução das atividades diárias enquanto o

controle possibilita o seu acompanhamento e o registro das informações.

Com essas informações, há como realizar uma previsão da realização das

atividades priorizando as mais importantes e estabelecendo metas. Isto possibilita a

identificação de melhores métodos para se atingir os objetivos (MARQUES, 2016,

p.41).

Portanto, a ferramenta “Ciclo PDCA” permite identificar a causa dos problemas

no fluxo logístico de uma Op Cnst que resultam em desperdícios ou perdas na

produção e deve ser usada pelos gerentes dos processos da obra, entre eles o Cmt

Dst e chefes de equipe, com base no princípio da produção enxuta.

24 O PDCA é uma sigla no idiomaInglês, no qual P: Plan, significaPlanejar; D: Do, significafazer; C:

control, significacontrolar; A: act, significaação (correção).

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FIGURA 24 - Ciclo PDCA Fonte: PERIARD (2011)

Em contrapartida, a falta de planejamento e controle adequados resulta em uma

maior variabilidade de problemas, a qual possui diversos exemplosou

consequênciascomo: as diferenças de padrão entre os operadores no manuseio de

máquinas e/ou equipamentos ou ainda dos indivíduos na manipulação de ferramentas

podem provocar quebras aleatórias, esgotamento dos recursos de manutenção e

utilização de mão de obra para retrabalhos.

Deve-se destacar que “a variabilidade é mais nociva quando ocorre no início de

uma sequência de atividades, portanto os esforços para a sua redução devem estar

concentrados no início dessa sequência” (ALVES, 2000, p. 35).

3.3.4 Gestão de estoques das Op Cnst

Conforme vimos no item anterior o planejamento do armazenamento dos

insumos é um dos fatores para o sucesso da produção enxuta. Em outras palavras,

para se produzir com economicidade é importante que se faça uma adequada gestão

dos estoques dos insumos a serem empregados nos serviços.

A gestão dos estoques no contexto da colaboração na cadeia de suprimentos é

um fator crucial para a administração da efetividade dos recursos materiais, pois o

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excesso ou a falta de insumos que afetem o funcionamento da cadeia de suprimentos

pode implicar em significativos prejuízos, uma vez que podem gerar investimentos de

capital desnecessários (SCANFONE, 2014, p.12).

Assim, cresce de importância controlar os estoques para poder realizar uma boa

administração da Op Cnst. As funções básicas para o controle de estoque são:

determinar o que se deve ter em estoque; determinar quando e o quanto comprar;

acionar o setor de compras para aquisição; receber, armazenar, distribuir e controlar os

materiais estocados; manter inventários periódicos e identificar e retirar os itens

obsoletos e danificados do estoque (DIAS, 2010).

De forma semelhante, para ocorrer a adequada gestão de estoques deve-se

responder primeiramente as seguintes perguntas:

Quanto pedir e quando pedir? Onde localizar os estoques da cadeia de suprimento? Quais indicadores de desempenho serão considerados? Quanto manter em estoque de segurança25? (SCANFONE, 2014, p. 23)

Uma Op Cnst possui muitos insumos ligados a execução do projeto, não sendo

possível gerenciar a todos eles com a mesma riqueza de informação. Para melhor

gerenciá-los, os insumos da Op Cnst podem ser classificados como pertencentes das

curvas A, B ou C, levando-se em consideração o custo que determinado item

representa em função do custo total do projeto.

Os insumos da curva A, representam aproximadamente 20% dos itens com 80%

do custo do projeto, os insumos da curva B representam aproximadamente 50% dos

itens e 15% do custo do projeto, enquanto os insumos da curva C representam 30%

dos itens e 5% do custo do projeto (OLIVEIRA, 2017, p. 15).

Assim, é necessário priorizar os insumos da curva A, pois se trata dos itens que

representam maior impacto na obra referente a execução do projeto.De forma geral, o

chefe da 4ª Seção do BEC, conhecido como Oficial de Logística ou S4, assim como o

Cmt do Dst devem saber a capacidade máxima de estocagem destes insumos em

função do espaço dos depósitos, containeres ou tanques de armazenamento.

Estes oficiais deverão, ainda, planejar as mudanças necessárias em função das

variações no volume de produção da Op Cnst. No verão amazônico, por exemplo,

ocorre aumento na produção dos serviços de pavimentação asfáltica, o que implica em

25Estoque de segurança é o estoquereserva, pois o mesmo é utilizadoemcaso de atraso de entrega dos

materiais por parte do fornecedorouemoutrassituaçõesimprevistas.

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uma necessidade maior de estocagem de insumos para atender a demanda sem

interrupção dos serviços.

A medida que um determinado insumo é consumido, seu estoque em função do

tempo pode ser representado conforme gráfico que se segue:

GRÁFICO 01: Variação do estoque Fonte: SCANFONE (2014)

A figura ainda mostra o momento em que ocorre a reposição do estoque, o que

deve ser objeto de atenção aos Cmt Dst, para que o ressuprimento do insumo não

ultrapasse a capacidade de armazenamento existente.

A gestão dos estoques deve ocorrer levando-se em conta o cronograma de

execução do plano de trabalho, ou seja, analisando-se quais serviços estão previstos e

em que momento numa linha do tempo da Op Cnst como um todo.

Outras informações importantes para o gerenciamento do estoque é o momento

ou ponto de pedido (PP) em que se deve realizar a solicitação do insumo, uma vez que

nem sempre é vantajoso manter grandes estoques, seja pela estrutura física, validade

do insumo ou pelo custo da manutenção do estoque (OLIVEIRA, 2017, p.27).

GRÁFICO 02 – Consumo de Produtos do Estoque Fonte: OLIVEIRA (2017)

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Já o estoque de segurança (ES) é a quantidade em que se espera estar

recebendo uma nova entrega do insumo. Essa quantidade visa permitir a continuidade

do trabalho caso haja algum imprevisto no processo de suprimento por parte do

fornecedor. Pra se determinar este estoque, é preciso conhecer a produtividade da

equipe, que emprega o insumo calculando uma previsão média de consumo com base

no cronograma (OLIVEIRA, 2017, p.27).

O estoque de segurança deve existir para impedir que as variações de produção

oudo tempo que o fornecedor leva para realizar a entrega do insumoinfluenciem na

disponibilidade do mesmo (MARQUES, 2016, p. 45).

O ponto do pedido presente na figura, é calculado com base no estoque de

segurança, pois este deve antecipar no tempo o prazo de entrega e execução do

processo de aquisição do insumo de acordo com a fórmula abaixo:

PP= (D x TR) + ES, onde:

PP: ponto de pedido;

D: demanda por unidade de tempo;

TR: tempo de ressuprimento;

ES: estoque de segurança. (SCANFONE, 2014, p.37-38)

A demanda por unidade de tempo é o consumo médio do insumo em questão e

o tempo de ressuprimento é o prazo médio que o fornecedor consegue entregar o

produto. O gráfico a seguir ilustra a aplicação da fórmula anterior:

GRÁFICO 03 – Consumo de Produtos do Estoque. Fonte: SCANFONE (2014).

No gráfico anterior, o estoque vai diminuindo a cada dia com a produção. Em PR

(ponto de ressuprimento), o qual tem o mesmo significado de PP (ponto de pedido),

solicita-se novo lote do insumo. A partir de PR, inicia-se o tempo de entrega ou de

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ressuprimento do fornecedor (TR), o qual termina com a chegada do lote de compra

(LC), o qual vai reabastecer os estoques dos locais de armazenamento.

No contexto das Op Cnst, a gestão de estoques pode ser feita através da

fórmula supracitada em conjunto com a IN-05, uma das ferramentas de gestão mais

utilizadas pela DOC para supervisão das Op Cnst dos BEC.

3.4 FERRAMENTAS DE GESTÃO DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO

A gestão é a ação de gerirou administrar. Os militares responsáveis por

administrar algum proceso deverãoagirpreocupando-se com os meios, métodos e

procedimentos organizados, a fim de assegurar a otimização dos recursos disponíveis

(BRASIL, 2006).

Assim, o planejamento se torna peça importantíssima para o sucesso financeiro

da obra de engenharia e não apenas um documento necessário para aprovação formal

de um orçamento.

A DOC possui indicadores como IVC e IVP para controlar respectivamente custo

e prazo de execução das obras de engenharia realizadas pelos BEC e monitoram

assim o planejamento e execução das Op Cnst.

O emprego de ferramentas de gestão nas Op Cnst é algo que vem aumentando

com o avanço da tecnologia da informação, dos conceitos de produção enxuta, das

teorias relacionadas à administração e também com a maior conscientização sobre o

controle de qualidade.

Mediante a utilização do Sistema de Excelência Gerencial do Exército Brasileiro

(SEG-EB), as OMEC priorizaram a qualidade como fator indispensável nas suas

diversas atividades, inclusive nas Op Cnst,ao realizar a sistematização dos diferentes

processos, nos diversos escalões.

Conforme vimos na seção anterior, o SIOC é uma ferramenta de sistema que

engloba outras ferramentas de gestão como PEC/REM, fundamental nos processos

logísticos das Op Cnst. A seguir, veremos outra ferramenta derivada do SIOC, o

SISDOC.

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3.4.1 Sistema da Diretoria de Obras de Cooperação (SISDOC)

O SISDOC é uma ferramenta de gestão pertencente ao SIOC. Nela são

encontradas as informações necessárias para serem utilizadas no planejamento,

acompanhamento e controle das obras de cooperação em andamento.

FIGURA 25 – Extrato do SISDOC Fonte: SIOC (2019)

Conforme se observa no extrato acima muitas informações são disponibilizadas

para registro do planejamento (colunas “Previsto no PTrab”) e da execução (colunas

“Produção acumulada” e “Falta Executar”).

Por meio dessa ferramenta, os BEC realizam o monitoramento de três variáveis

independentes nas diversas Op Cnst: o valor executado ou agregado, o valor planejado

e o custo real, cujas definições encontram-se a seguir:

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a) Valor executado ou agregado (VE): representa a quantidade total dos

serviços já realizados até a data de refeerência. Para calcular VE, realiza-se a soma

dos produtos entre os quantitativos totais de cada serviço executado e seus preços

unitários correspondentes, expressos no orçamento inicial da obra através da medição.

b) Valor planejado (VP): representa os quantitativos que deveriam estar

executados até a data de referência do cronograma da obra,podendo ser definido

também como a soma do produto entre serviços planejados e custos unitários do

orçamento inicial.

c) O custo real (CR): representa o gasto executado para a OpCnst

descontando-se o quantitativo de estoques existentes na obra.(OLIVEIRA, 2017, p.16)

Com base em outras informações que podem ser obtidas no Sistema como

indicadores, tais como o Índice de Variação de Prazo (IVP) e o Índice de Variação de

Custo (IVC), que permitem controlar como está a produção e os custos da OpCnst em

relação ao que foi planejado no P Trab, consegue-se fazer um estudo das ações a

serem tomadas com o objetivo de corrigir erros e alinhar a produção e seus custos de

acordo com o cronograma e projeto da OpCnst.

Na figura a seguir, temos três trabalhos aleatórios de uma Op Cnst (A, B e C)

iniciando simultaneamente. Os serviços D e E somente iniciarão após a conclusão das

três tarefas anteriores. A atividade F será a última a começar, porém a tarefa D será a

última a terminar, conforme Cronograma de Gantt:

QUADRO 04 – Exemplo de Cronograma de Gantt Fonte: Estágio de Gerenciamento de Obras (2016a)

Com isso, percebe-se que o SISDOC está alinhado com o ciclo PDCA, no qual,

os gerentes da Op Cnst que possuem acesso a este sistema poderão auditar os dados

da Op de modo organizado e tomar decisões ou assessorar em atitudes importantes

para avaliar o processo de produção.

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As planilhas do Orçamento por Objeto de Gasto (OOG) e do Plano de Trabalho

(P Trab), já comentadas em seções anteriores deste trabalho, também são

disponibilizadas neste Sistema e auxiliam na obtenção das informações da Op Cnst.

Conclui-se, portanto, que o SISDOC reúne as atividades de planejamento,

execução, controle e ação para um Dst em OpCnst.

Essa ação é normalmente uma retificação de procedimento apoiada em

indicadores da obra.

3.4.2 Indicadores para controle da Op Cnst

O IVP e o IVC são indicadores macros de desempenho que retratam o

desenvolvimento de uma obra. Entretanto, são necessárias análises mais detalhadas

para que a interpretação dos resultados seja a mais próxima possível da realidade.

(Estágio de Gerenciamento de Obras, 2016)

Segundo Marques (2016), o IVC é o indicador que representa a variação de

custo, ou seja, se o mesmo está de acordo, ou não com que foi planejado inicialmente

e o IVP representa um indicador no qual pode ser verificado se o prazo da obra está

conforme o previsto no planejamento inicial.

O planejamento dos diversos trabalhos de uma Op Cnst é manifestado através

do cronograma, definido como sendo uma ferramenta para orientar e controlar o

momento e o tempo de execução das atividades previstas para o projeto e visa garantir

que o mesmo seja finalizado em uma data planejada e controlada (BRASIL, 2003,

p.40).

QUADRO 05 –Extrato de Cronograma de uma OpCnst Fonte: STRYMPL (2019)

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No quadro anterior, observa-se um exemplo de cronograma de uma Op Cnst

que possui serviços de terraplanagem, regularização, subbase, base e binder (asfalto).

O IVC, índice de variação de custo, pode ser representado pela fórmula:

IVC=CR/VE, onde CR é o custo real e VE é o valor executado. Na hipótese de o

resultado da fórmula apresentada for igual a 1(um), temos uma OpCnst com os custos

conforme previsto. Se for menor que 1(um), a obra está dando lucro, ou seja, gastando

menos que o planejado. Ao contrário, se a razão da fórmula for maior que 1 (um), a

OpCnst estará gastando mais que o planejado, isto é, dando prejuízo.

Assim, o IVC indica se a Op Cnst está ou não com custos equilibrados, ou seja,

se está cumprindo o cronograma físico-financeiro da obra.

GRÁFICO 04: Representação do IVC Fonte: Estágio de Gerenciamento de Obras (2016)

O IVP, índice de variação de prazo, pode ser representado pela fórmula:

IVP=VP/VE, onde VP é o valor planejado e VE é o valor executado na obra. Se esta

razão for igual a 1(um), significa que a obra está exatamente dentro do prazo

planejado; caso seja maior que 1 (um), a obra estará atrasada; e sendo menor que

1(um), significa que a obra está adiantada (MARQUES, 2016).

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GRÁFICO 05: Representação do IVP Fonte: Estágio de Gerenciamento de Obras (2016)

Dessa forma, conclui-se que o IVP é um indicador de que a obra está ou não de

acordo com o cronograma planejado.

3.4.3 Orçamento por objeto de gasto (OOG)

O orçamento por objeto de gasto (OOG), conforme visto anteriormente, é a

orçamentação do produto, ou seja, o resultado final da obra. É uma importante

ferramenta de controle dividida em vários subprodutos, itens e/ou serviços necessários

para obtenção do produto final, servindo para planejar e regular os gastos da obra.

(BRASIL, 2013).

Nele encontramos os valores para cada objeto de gasto com a obra de Eng,

como por exemplo, gastos com alimentação, EPI (equipamento de proteção individual),

manutenção, diárias, passagens, etc.

3.4.4 Instrução Normativa Nr 05/2011 (IN – 05)

Segundo Marques (2016), a IN 05 é “uma ferramenta de gestão, que visa

controlar os principais insumos da obra, ou seja, os da curva A”. A IN quando possui o

gasto de até ±5% em relação ao valor previsto no P Trab, a obra está com o uso dos

seus recursos materiais equilibrados, ou dentro de uma faixa de perdas aceitável. Caso

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esse controle apresente dados acima (+) 5% ou abaixo (–) 5%, o processo deverá ser

revisto, pois esse pode apresentar falhas no controle. Esses itens são tabulados e

acompanhados, mensalmente pelo 2º Gpt E, possibilitando verificar o estado físico-

financeiro da obra, como o exemplo do Quadro abaixo:

QUADRO 06 – Extrato da IN-05 (colunas 1, 2 e 3) Fonte: Estágio de Gerenciamento de Obras (2016b)

A coluna 1 apresenta os principais insumos a serem controlados. Os únicos itens

que são discriminados na IN-05 e não são insumos são despesas com manutenção e

os serviços terceirizados de grande relevância financeira para a OpCnst. Os insumos

classificados como pertencentes à curva A sempre estarão representados na IN -05

(OLIVEIRA, 2017).

A coluna 2 é a quantidade do insumo ou serviço previsto no P Trabe a coluna 3

visa ajustar a teoria com a prática dentro da fase de planejamento. Como exemplo

dessa situação podemos citar o óleo diesel que na coluna 2 consta a necessidade de

161.724,22 L para a Op como um todo. Como a entrega deste insumo, são carretas

com volume mínimo de 5000L a quantidade ajustada ao mercado será de 165.000 L,

expressa na coluna 3.

O quadro a seguir representa um extrato da IN-05 representando três insumos

utilizados na Op Bda da Foz:

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CONTROLE DA EXECUÇÃO

Discriminação (1)

Und

Referencial de Quantitativos que

Deveriam ser Aplicados nos Sv

Executados c(4)

Quantidade Efetivamente

Aplicada nos Sv Executados

(5) (10)+(11)+(12)-(14)

ÓLEO DIESEL L 161.724,22 165.000,00

AREIA LAVADA M3 6.954,46 6.783,60

BRITA M3 3.761,48 4.145,57

QUADRO 07 – Extrato da IN-05 (colunas 1, 4 e 5) Fonte: SIOC (2019)

O controle da execução de uma Op Cnst é uma responsabilidade muito grande

para os gerentes do processo produtivo.

A coluna 4 manifesta o cálculo da quantidade do insumo, constante na coluna 1,

que deveria ser usada ao realizar os serviços que o consomem, de acordo com o

projeto. A quantidade planejada para os serviços é calculada com o software Compor

90 pelos engenheiros da Seção Técnica do BEC.

A coluna 5 representa os quantitativos reaisutilizados nos serviços executados

até a atualização da planilha. As informações lançadas nessa coluna correspondem ao

cálculo obtido pela 4ª seção levando em consideração os empenhos, liquidações e

dados enviados pelo destacamento (controle de estoque e notas fiscais).

ANÁLISE DA EXECUÇÃO

Discriminação (1)

Und

Diferença (6)

(4) - (5)

% da Diferença (7)

(6)x100÷(4)

Conclusão (8)

>5% ou <-5% (JUSTIFICAR)

EMULSÃO ASFÁLTICA RR-2C T 0,20233 0,603% OK

CIMENTO PORTLAND CP-32 Kg 20789,4 9,175% JUSTIFICAR

ASFALTO DILUÍDO CM-30 T -0,2583 -0,26% OK

QUADRO 08 – Extrato da IN-05 (colunas 1, 6, 7 e 8)

Fonte: OLIVEIRA (2017)

A coluna 6 representa a diferença entre a quantidade planejada para a

quantidade real aplicada dos principais insumos nos serviços executados até o

momento da atualização da planilha. Já a coluna 7 representa o percentual dessa

diferença.

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Se for superior a 5% (positiva ou negativa) haverá que se justificar os motivos

pelos quais está ocorrendo o desequilíbrio, e esse registro é feito na coluna 8 da IN-05.

Caso não seja maior que 5%, coloca-se a palavra “OK” na célula correspondente

conforme quadro acima (CENTRO DE INSTRUÇÃO DE ENGENHARIA, 2016b).

Discriminação (1)

Quantidade a Receber

Baseada na Quantidade

Total Empenhada

(9)

Quantidade

Total Liquidada

(SIAFI) (10)

Qnt Recebida na Obra

ainda não

Liquidada no

SIAFI (11)

Quantitativode

Insumos Provenient

es de Outras Fontes

(12)

Quantidade a

Empenhar (13)

(3)-(9)-(12)

Estoque Disponív

el (14)

Limites de Empenho

para Concluir a

Obra (15)

BLOQUETE DE

CONCRETO 16

FACES E=10

CM 200.000,00 71.200,00 -

480.000,0

0

480.000,0

0

ÓLEO DIESEL 216.990,00 179.507,15 - 1.511,00

-

53.501,00 6.696,00

-

44.047,16

AREIA LAVADA 5.640,00 6.880,73 -

2.295,07 97,13 2.295,07

QUADRO 09 – Extrato da IN-05 (colunas 1,9,10,11,12,13,14 e 15) Fonte: SIOC (2019)

A coluna 9 se refere a quantidade total que a OpCnst poderá receber em função

da quantidade empenhada do insumo cujo planejamento de aquisição foi autorizado

pelo escalão superior. Já nas colunas 10 e 11 encontramos os quantitativos de

insumos que já foram recebidos, com o diferencial de que na coluna 10 mostra-se

aquilo que já foi liquidado no Sistema de Administração Financeira (SIAFI), um

programa usado pelos órgãos da administração pública.

Na coluna 12, temos a quantidade de insumos recebidos na Op Cnst que não

foram adquiridos com o recurso do referido projeto. A coluna 13 representa a subtração

da quantidade total planejada ajustada pelo total já adquirido e também pelo total

recebido de outras fontes, o que resulta na provável quantidade necessária para

empenhar.

A coluna 14 representa a quantidade fisicamente recebida que ainda não foi

utilizada, ou seja, o estoque do insumo. Por fim, a coluna 15 da IN-05 representa a

previsão de demanda dos principais insumos para a conclusão do projeto. A IN – 05,

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por todos os dados que possui sobre o planejamento, execução, de supervisão ou

controle e de atuação é um exemplo prático de aplicação ciclo PDCA, sendo a base

para o processo de melhoria continuada (OLIVEIRA, 2017).

Embora a IN-05 apresente o controle dos principais insumos, a mesma não

mostra as possíveis falhas nos processos e sim que esses devem ser analisados pelos

seus gestores, como os Cmt Dst, para encontrar uma ou mais justificativas e/ou

soluções para otimizar o processo produtivo de uma OpCnst, representando uma

ferramenta de análise de todo o processo.

Assim, outras ferramentas são utilizadas para esse tipo de acompanhamento

como apropriação26, medição dos trabalhos descritos nos Diários de obra e na Ficha

Informativa Semanal (FIS), além do constante controle de estoque, do fluxo logístico e

do processo de produção.

O constante acompanhamento dos dados relacionados aos insumos permitiu o

aperfeiçoamento dos diversos processos (MARQUES, 2016, p.50).

3.4.5 FIS e Diário de obra

A utilização da medição27 dos serviços através da Ficha Informativa Semanal

(FIS)28 ou do diário de obra nas Op Cnst evidenciam a etapa “Controle” do ciclo PDCA

e do emprego dos princípios da transparência.

A medição levanta dados do que foi produzido e auxilia no processo de tomada

de decisão. Esses dados disponibilizam indicadores, como gráficos ou símbolos, que

facilitam a compreensão e gerenciamento dos processos (ALVES, 2000, p. 48).

26Aapropriação é umaatividade de controle de material empregadonarealização de determinadoserviço.

Estainformaçãopoderá ser útilcomo ferramenta de controle e análise do que foiproduzido e

utilizadonasatividadesrelacionadas à uma Op Cnst. 27A medição é a quantificação de determinadaatividade. No caso de umaobrapodeter a comparação entre o que

estáprevisto no projeto e o que foiexecutado.

28A FIS é uma ferramenta de informações que visa facilitar o planejamento, a coordenação e o controle das

atividades de uma Op Cnst. Existeuma FIS da Op CREMA da BR 116 no anexo “A” desta dissertação.

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QUADRO 10 – Extrato da FIS Fonte: ASSUNÇÃO (2017)

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A FIS proporciona informações de diversos aspectos da operação como:

pessoal, medição, insumos estocados, principais necessidades, dentre outras. A

análise destes documentos pode elucidar o Cmt Dst a realizar uma correção de atitude

para otimizar sua produção.

3.5 DIAGRAMA DE ISHIKAWA, UMA FERRAMENTA DE GESTÃO

Conforme vimos no item anterior, a Engenharia de Construção do EB possui

várias ferramentas de controle de seus processos de produção.

As ferramentas, em questão, não só são usadas pelos setores de qualidade

como também são fundamentais para auxiliar as análises de causa de problemas

relacionados a outros setores, como é o caso do setor do planejamento e controle da

produção (PCP), onde essas ferramentas podem expor melhor os problemas de gestão

(VENTOSO NETO, 2011).

A fim de aperfeiçoar, ainda mais, o sistema de gestão do EB, seria interessante

que os militares em função de comando, cujas responsabilidades são amplas e

variadas como é o caso dos Cmt Dst ao gerenciar uma Op Cnst, adotem o Diagrama

de Ishikawa como ferramenta alternativa para melhorar a sua gestão.

Nos capítulos subsequentes, veremos algumas curiosidades dessa ferramenta,

como elaborá-la e como aplicá-la em uma organização a fim de padronizar seus

processos.

3.5.1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO DIAGRAMA DE ISHIKAWA

Para investigar as causas prováveis de um problema de qualidade, existe uma

ferramenta chamada Diagrama de Ishikawa. Conhecido também como Diagrama

“Espinha de Peixe”, pelo seu desenho, é um instrumento gráfico desenvolvido pelo

japonês Dr Kaoru Ishikawa em 1943, tendo por finalidade identificar, organizar e

apresentar de modo estruturado as causas de diversos problemas, ou seja, apresentar

claramente as várias causas que afetam o processo. O sucesso no controle da

qualidade depende, em grande parte do sucesso que se tem no uso dessa ferramenta

(EPG, 2009).

O Dr Kaoru Ishikawa utilizou o referido diagrama em ambientes industriais para

verificar a dispersão na qualidade dos produtos e processos, fazendo com que diversas

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empresas conseguissem se destacar no mercado mundial, pela padronização dos

processos sob rígido controle de qualidade, como foi o caso da IBM e Ford

(ISHIKAWA, 1993).

Trata-se de uma ferramenta de gestão e qualidade que, desde então, permitiu a

identificação e análise das potenciais causas de variação do processo ou da ocorrência

de um fenômeno, bem assim como da forma como essas causas interagem entre si. O

Diagrama de Ishikawa, por sua utilidade na organização de processos,é também

largamente utilizado para análise de problemas organizacionais (BAZONI, 2015).

Segundo Ishikawa (1993), a análise de processo é aquela que esclarece a

relação entre os seus fatores de causa e os efeitos como qualidade, custo e

produtividade, quando se está engajado no controle deste processo. Assim, tenta-se

descobrir quais seriam os fatores de causa que impedem ou dificultam o funcionamento

do processo de forma a possibilitar agir de modo preventivo aos problemas e obter

como resultado ou efeito o mínimo de custo com o máximo de qualidade e

produtividade.

Para atingir esta meta, todos integrantes da organização precisam participar e

promover o controle da qualidade, incluindo todos os setores do processo produtivo,

desde aqueles que possuem os cargos mais altos de gerência até aqueles

responsáveis pela execução propriamente dita (ISHIKAWA, 1993, p.43).

O Diagrama é uma das ferramentas mais eficazes nas ações de melhoria e

controle de qualidade nas empresas, pois permite visualizar de uma forma simples e

organizada as causas que estão na origem de qualquer problema ou buscar resultados

que se pretenda melhorar (EPG, 2009).

FIGURA 26 - Modelo de Diagrama de Ishikawa Fonte: IX EPG (2009)

A figura representa a relação entre o efeito e todas as possibilidades de causa,

simbolizadas pelas várias setas, que podem contribuir para esse efeito. Ao estabelecer

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uma relação de causa e efeito, não se pode analisar apenas uma causa que leva ao

acontecimento de determinado efeito, mas sim todas que podem levar àquele

determinado resultado (EPG, 2009).

O Diagrama de Ishikawa simplifica processos considerados complexos dividindo-

os em processos mais simples e, portanto, mais controláveis. Esta ferramenta é um

método bastante efetivo na busca das raízes do problema, utilizada para expor a

relação existente entre o resultado de um processo, e as causas que tecnicamente

possam afetar esse resultado, sendo considerada uma alternativabastante útil para

análise dos processos de forma a identificar as possíveis causas de um problema

(ENEGEP, 2009).

3.5.2 LEVANTAMENTO DAS CAUSAS COMPONENTES DO DIAGRAMA

Todo problema a ser resolvido numa organização possui uma ou mais causas

que o deram origem a ele. Em outras palavras, as causas de um problema determinam

um resultado ou efeito. Essas causas e o respectivo efeito são componentes

importantes do Diagrama de Ishikawa. Por essa razão, o Diagrama de Ishikawa

também é denominado Diagrama de causa e efeito.

O número de causas encontradas pode ser bastante extenso. Estas podem ser

divididas em categorias ou famílias de causas. De acordo com Ventoso Neto (2011),

são compostas por 6M: matéria-prima, mão de obra, máquina, método, meio e

medição.A representação do Diagrama de causa e efeito com 6Msegue na figura

abaixo:

FIGURA 27 – Diagrama de causa e efeito ou Diagrama de Ishikawa Fonte: VENTOSO NETO (2011)

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Na figura anterior observamos as seis diferentes categorias de causas

apontando para um único efeito ou problema (seta central). Para o levantamento das

diversas causas, costuma-se empregar uma técnica conhecida como “Brainstorming”.

Do inglês, “brain” significa cérebro, enquanto que “storming”, tempestade.

Passando para o português, seria uma “tempestade cerebral”, ou seja, o Brainstorming

pode ser traduzido como uma técnica de geração de ideias.

Assim, o Brainstorming pode ser aplicado numa reunião de uma equipe de

trabalho, quando os diversos integrantes desse grupo lançam diferentes ideias e

opiniões para a resolução de um problema, compartilhando informações e gerando um

maior entendimento do efeito como um todo. Diante do exposto, fica evidenciada a

utilidade e a importância, tanto da construção do Diagrama de Ishikawa para

apresentação das causas de problemas, assim como a realização do brainstorming, na

busca pela identificação destas causas (ENEGEP, 2009).

3.5.3 ELABORAÇÃO DO DIAGRAMA DE ISHIKAWA

Segundo BAZONI (2015) devem ser seguidas as etapas enumeradas abaixo:

1. Definir o problema a ser estudado e o que se deseja obter;

2. Estudar o processo que gera o problema através de observação,

documentação e troca de ideias com pessoas envolvidas;

3. Fazer uma reunião com as pessoas envolvidas no processo para discutir o

problema, levantando ideias e informações para solucioná-lo (utilizar o “brainstorming”);

4. Organizar as ideias e informações em causas principais, secundárias,

terciárias, eliminando as que não tiverem importância;

5. Montar o diagrama de Ishikawa, conferindo com todos participantes a

representação da situação problemática atual;

6. Marcar aquilo que é mais importante para obtenção do objetivo que se

pretende alcançar.

A elaboração do Diagrama de Ishikawa possibilita organizar hierarquicamente as

causas potenciais de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como

seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. Permite também estruturar qualquer

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situação que necessite de resposta de forma gráfica e sintética, isto é, com melhor

visualização (VENTOSO NETO, 2011).

Ao identificar os fatores de causa das diversas naturezas de problemas nos

processos é fundamental priorizar a sua solução, ou seja, utilizar técnicas para

estabelecer prioridades solucionando primeiramente aqueles mais importantes

(MARQUES, 2016, p.52).

3.5.4 APLICABILIDADE DO DIAGRAMA DE ISHIKAWA

A identificação de problemas possibilita a melhoria de um processo. Os

problemas poderão ser identificados através de pesquisas, inspeções, entrevistas,

acompanhando-seindicadores e utilizando-se de métodos já consagrados pela prática

de outros elementos (MARQUES, 2016).

Num estudo apresentado no XXIX Encontro Nacional de Engenharia de

Produção (ENEGEP) no ano de 2009, verificou-se que numa indústria de fabricação de

sabão, na cidade de Recife, havia o problema da diferença de medição entre o

estoque físico e contábil da sua matéria-prima principal, o sebo, para o qual se

desejava encontrar uma explicação e/ou uma solução. Para isso, o gerente da

empresa resolveu estudar melhor o processo com vários funcionários da empresa,

entre eles um técnico de qualidade e um especialista em sebo e processo de

saponificação.

O referido estudo foi executado através de uma reunião, na qual foi realizado

um brainstorming. As diversas ideias e informações, obtidas pelo brainstorming, foram

organizadas em um Diagrama de Ishikawa, representado abaixo:

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FIGURA 28- Diagrama de Ishikawa para o problema de baixa assertividade na sondagem do tanque de sebo Fonte: XXIX ENEGEP (2009)

Como pode ser observado no diagrama da figura 28, seguiu-se a categorização

segundo os 6M, explorados no Cap 3.5.2 e ilustrado na figura 27, na qual as possíveis

causas identificadas foram organizadas no Diagrama de Ishikawa. A exposição do

problema pela construção do Diagrama de Ishikawa mostra, portanto, as possíveis

causas de forma estruturada, permitindo uma melhor visualização e compreensão do

cenário que envolve o problema exposto.

Assim, as possíveis causas levantadas foram investigadas a fim de identificar a

contribuição de cada uma delas no problema em questão e chegou-se a conclusão que

as causas principais, isto é, aquelas que influenciavam mais significativamente a

assertividade do estoque de sebo eram:

-Falta de drenagem dos tanques de sebo;

-Necessidade de melhoria na manutenção dos tanques de sebo;

-Variação de temperatura do sebo nos tanques;

-Serpentinas de aquecimento dos tanques de sebo quebradas (ENEGEP, 2009)

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Conhecidas as causas principais, possibilitaria à empresa agir sobre elas de

forma a solucionar o problema. O estudo em questão, entretanto, não afirma quais

soluções foram escolhidas.

Segundo Marques (2016), todo o problema tem uma causa que caso seja

sanada, o mesmo deixará de existir. A ferramenta do Diagrama de Ishikawa ou

Diagrama de Causa e Efeito possibilita identificar as causas de um determinado

problema (efeito) e possibilita uma gestão eficiente. A fim de preencher esta lacuna,

pode-se montar um quadro com as seguintes soluções hipotéticas para resolução do

problema:

Causa Solução hipotética

Falta de drenagem dos tanques de sebo Realizar a drenagem dos tanques de sebo

Necessidade de melhoria na manutenção dos tanques de sebo

Realizar a manutenção dos tanques de sebo

Variação de temperatura do sebo nos tanques

Padronização da medição conforme normas do aparelho

Serpentinas de aquecimento dos tanques de sebo quebradas

Aquisição e substituição de novas serpentinas de aquecimento

QUADRO 11 - Fatores de causa do problema e solução hipotética Fonte: o autor

Para cada causa elencada, foi proposta uma solução hipotética, a qual deveria

ser mais estudada, sobretudo nos aspectos de “quando”, “como” e “quem”

implementaria cada ação, tudo isso avaliando os custos para adotar estas ações.

Levando isso em consideração, a solução ideal proposta, para ser completa,

deve responder aos seguintes questionamentos:

- O que será feito?

- Por que será feito?

- Onde será feito?

- Quando?

- Por quem será feito?

- Como será feito?

- Quanto vai custar?

Segundo ENDEAVOR (2018), estas perguntas traduzem a ferramenta conhecida

como 5W 2H: 5W: What (o que será feito?) – Why (por que será feito?) – Where (onde

será feito?) – When (quando?) – Who (por quem será feito?) e 2H: How (como será

feito?) – How much (quanto vai custar?).

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Essa ferramenta ajuda a pormenorizar os detalhes da solução levantada. Outras

soluções diferentes daquelas do Quadro nº 29 poderiam ser levantadas pela empresa

de fabricação de sabão, de forma a resolver o problema supracitado.

O Diagrama de Ishikawa possui esta função, cuja construção organiza o

raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema prioritário, a ser solucionado

(MAXIMIANO, 2000).

Já uma outra empresa, localizada no interior de São Paulo, atuante no segmento

de tintas e materiais de construção foi estudada por Bazoni (2015). Nesse estudo,

foram encontrados 07 (sete) problemas principais que impediam uma boa

produtividade por parte dela. Esses problemas foram levantados por meio do

brainstorming numa reunião da empresa e estão listados a seguir:

1- Mão de obra desqualificada na função;

2- Atraso na entrega dos produtos (logística interna);

3- Falta de mão de obra;

4- Estoque mal organizado e com avarias;

5- Sistema informatizado da empresa não adequado às suas necessidades;

6- Divergências no estoque;

7- Atraso no fornecimento (Centro de Distribuição).

Esses problemas, em função do impacto sobre o que causavam, foram

classificados em 04 (quatro) naturezas distintas (Matéria-prima, Método, Máquina e

Mão-de-obra). Os problemas nº 1 e nº 3, mão de obra desqualificada e falta de mão de

obra, respectivamente, acarretavam problemas na operação e manutenção das

máquinas de produção, sendo por esse motivo classificados na categoria “MÁQUINA”.

De maneira análoga, os demais problemas (2, 4, 5, 6 e 7) também foram agrupados

nas outras categorias, gerando o seguinte diagrama:

FIGURA 29 – Problemas identificados na empresa de tintas Fonte: BAZONI (2015)

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Após essa esquematização, foram considerados que os problemas mais

importantes eram as divergências e desorganização do estoque, bem como a mão de

obra desqualificada e sem função específica. Os principais tipos de problemas foram

descritos no quadro a seguir, na qual consta também a solução encontrada pela

empresa para cada situação:

Tipo de problema Descrição do problema Solução encontrada

Divergências no estoque

Furos constantes no

estoque, além de erros nas

separações dos pedidos e

trocas, gerando a

necessidade de inventários

mensais e muitas vezes

até semanais.

Implementação de um

novo processo de Gestão

de estoque, que gerencia

toda a movimentação dos

produtos, com inventários

realizados a cada seis

meses.

Conferência manual no

recebimento dos materiais.

Conferência digital através

de leitor de código de

barras da mercadoria, com

atualização constante do

novo estoque.

Estoques mal organizados

e com avarias

Os materiais quando

chegavam ficavam

empilhados no chão e

misturados.

Os materiais chegam e são

imediatamente conferidos e

estocados nos devidos

locais.

Tipo de problema Descrição do problema Solução encontrada

Mão de obra

desqualificada na função

Funcionário sem

qualificação exercia a

função no recebimento de

materiais.

Qualificação total e

constante do funcionário

nesta função.

Qualquer funcionário podia

fazer a troca e as

movimentações de

mercadorias do estoque, o

que geravam erros.

Apenas um funcionário é

responsável por

determinada função da

empresa, gerando assim

senso de responsabilidade.

QUADRO 12 - Comparativo entre o sistema antigo e o sistema atual da empresa estudada Fonte: BAZONI (2015)

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Através do quadro acima, ficam nítidas as melhorias na gestão da empresa que

foram conseguidas, a partir da aplicação do Diagrama de Ishikawa. A implantação do

Diagrama de Ishikawa foi muito relevante no sentido de identificar as causas de

variações do processo e de atacá-las do melhor modo possível.

O estudo de BAZONI (2015) revelou como esta empresa do segmento de tintas

e materiais de construção otimizou suas práticas de gestão:

“Com a utilização do Diagrama de Ishikawa, houve maior detalhamento dos problemas, por conseguinte, melhor ênfase ao atacar as desconformidades. A padronização de processos também foi de grande relevância para a empresa, que passou a ter resultados mais satisfatórios no que tange a produtividade e qualidade. Sendo isto justificado pelo fato de que a uniformização e formalização de ferramentas relacionadas à padronização possibilitaram à empresa um maior controle sistemático e contínuo das operações e, consequentemente em um gerenciamento mais eficiente dos seus processos”(BAZONI, 2015).

Um outro caso de aplicação do Diagrama de Ishikawa é com a empresa da

Votorantim, que é reconhecida mundialmente como referência em gestão e qualidade.

O Setor de PCP da Votorantim é o responsável por fazer a programação da

produção, assim como garantir o seu bom andamento sem interrupções não

programadas. Para isso é de responsabilidade do PCP a gestão dos estoques de

insumos e matérias-primas para que a produção nunca pare por falta desses itens, mas

ao mesmo tempo para que não se tenha grandes quantidades em estoque e dessa

forma prejudicar o capital de giro da empresa (VENTOSO NETO, 2011).

Segundo Ventoso Neto (2011), “as causas mais indicadas para se atacar

primeiro são aquelas que apresentarem maior impacto para o projeto e tiverem que

fazer um menor esforço para serem alcançadas”. Depois deve-se buscar eliminar as

outras causas que também sejam consideradas críticas para se conseguir o efeito

desejado e que tem que ser resolvidas de toda maneira, mesmo que tenha que haver

algum investimento financeiro.

A figura seguinte ilustra o diagrama de Ishikawa, utilizado pela Votorantim, para

combater o problema de alto volume de estoques dos produtos:

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FIGURA 30 - Diagrama de Ishikawa para o problema de estoques elevados Fonte: Votorantim Metais (VENTOSO NETO, 2011)

A fim de determinar quais entre as diversas causas seriam as principais a

afetarem o problema em questão, a Votorantim se utilizou da Matriz de Causa e Efeito.

A matriz foi enviada a cada responsável pelos setores envolvidos e cada um pontuou

cada causa individualmente para que não fosse influenciado. A pontuação foi a

seguinte: 5 para correlação forte, 3 para moderada e 1 para fraca. Então cada causa

era multiplicada pelo peso e no fim somam-se as notas de todas as partes envolvidas

para analisar quais as mais impactantes. As causas com maior pontuação foram

consideradas as principais.

Segue a matriz consolidada com as pontuações de todos os participantes:

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FIGURA 31 - Matriz de Causa e Efeito Fonte: Votorantim Metais

Numa etapa seguinte, soluções práticas foram discutidas e definidas de forma

que o problema foi resolvido. Assim como a Votorantim Metais, muitas empresas têm

obtido uma gestão eficiente pela aplicação do Diagrama de Ishikawano mapeamento

de seus processos e monitoramento dos principais fatores de causas que geram o

problema.

Nos três exemplos citados, verifica-se que o Diagrama de Ishikawa foi uma

ferramenta utilizada para mapear os processos das empresas em estudo para melhorar

a eficiência da gestão.

Da mesma maneira que as empresas supracitadas, os problemas encontrados

em uma Op Cnst podem ser identificados pelos seus gerentes, entre eles o Cmt Dst e

Cmt PelMnt, que deverão buscar cumprir sua metas, através de constantes estudos e

se utilizando de experiências vivenciadas em outras OpCnst.

Identificar e listar problemas que são comuns às Op Cnst são formas de se

evitar que outros Cmt Dst, chefes de equipe, Cmt PelMnt ou qualquer outro gerente

integrante de uma obra de Engcometa erros ao experimentar resolvê-los.

Conforme Marques (2016), esse diagrama pode ser composto por 7M, cujos “M”

correspondem às iniciais das seguintes palavras: material, mão de obra, máquina,

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finanças (money), gestão (management), meio ambiente e método. Cada “M”

representa uma categoria de causa que contribui para o problema em estudo. A

representação do Diagrama de Ishikawa com o modelo de 7M, consta na figura a

seguir:

FIGURA 32 – Diagrama de Ishikawa com modelo de 7M Fonte: MARQUES (2016, p. 53)

Numa Op Cnst, o mesmo tem relação com a grande variedade de causas que

interferem no processo de produção da obra de Eng (efeito). Os BEC, quando estão

em Op Cnst, dependem da gestão de seus Cmt Cia E Cnst e/ou Cmt Dst (CENTRO DE

INSTRUÇÃO DE ENGENHARIA, 2016a).

A aplicação do Diagrama de Ishikawa para o mapeamento dos processos das

obras de engenharia será analisada nas Cia E Cnst destacadas na Amazônia.

Através deste estudo, ficou evidente queos Destacamentos precisam se

preparar para realizar o trabalho de uma OpCnst,revendo sempre seus conceitos,

processos e técnicas utilizados para gerenciá-la. Estratégias, planos de ação e metas

devem ser elaborados, entendidos e praticados por todos a fim de se atingir os

resultados almejados. .

3.6 ESQUEMATIZAÇÃO DE PROCESSOS MAPEADOS PELO DIAGRAMA DE

ISHIKAWA

Ao se elaborar o diagrama de Ishikawa, identificamos vários fatores de causa

gerando um problema para a organização ou equipe de trabalho. Quando identificamos

qualquer problema nos processos é importante se buscar a sua solução, ou seja,

utilizar técnicas para estabelecer prioridades para resolvê-lo. (MARQUES, 2016)

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Assim, após diagnosticar as causas, as mesmas devem ser priorizadas. Para

isso, pode-se utilizar a matriz de causa e efeito, analisando a opinião dos integrantes

da organização para encontrar as causas principais e, na sequência, implantar a

solução necessária.

Esta solução preferencialmente procura responder aos questionamentos da

ferramenta 5W2H para não haver nenhuma lacuna na execução da mesma.

Segundo Ishikawa (1993), um processo deve ser constantemente monitorado

pelo ciclo do PDCA. Para tal, ele fez uma divisão deste ciclo em seis etapas:

1 Determinar objetivos e metas

2 Determinar métodos para alcançar os objetivos

3 Engajar-se em educação e treinamento

4 Pôr em prática o trabalho

5 Verificar os efeitos da prática (Controlar)

6 Agir apropriadamente

FIGURA 33 – Círculo de controle PDCA Fonte: Ishikawa (1993, p. 60)

A seguir, veremos alguns processos comuns a alguns gerentes de uma Op Cnst,

tais como o Cmt Pel Mnt, o Enc Mat e, principalmente, ao Cmt Dst.

3.6.1 PROCESSOS DO CMT PEL MNT DE UM DST

O Cmt Pel Mnt é aquele militar responsável pela manutenção e disponibilidade

da frota de equipamentos e viaturas que serão empregados no destacamento. Para

1

2

3

4

5

6

Planejar

Fazer (Do) Controlar

Agir

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isso, conta com um efetivo composto por mecânicos, operadores de máquinas de Cnst,

motoristas, eletricistas de automóvel, entre outras habilidades específicas.

Seguindo as seis etapas da Figura 33 determinadas por Ishikawa (1993), um dos

objetivos do Cmt PelMnt do Dst poderia ser aumentar a disponibilidade de 05 (cinco)

dos Caminhões Basculantes (CamBasc) de sua frota total.

No Dst Xingu, a frota atual de CamBasc são 26 (vinte e seis), sendo que

20(vinte) encontram-se disponíveis e 6 (seis) indisponíveis, cuja disponibilidade (Dspn)

desta frota pode ser obtida pelo seguinte cálculo: Dspn = 20/26= 76,92%

Consertando 05 (cinco) CamBasc, totalizariam 25 CamBasc disponíveis e a

meta seria atingida. Dessa forma, a Dspn ficaria: Dspn= 25/26= 96,15%, um aumento

de quase 20% da disponibilidade atual.

Para isso, ele deverá traçar o método, ou seja, como ele pretende atingir esta

meta, o que corresponde à segunda etapa. Nela, o brainstorming poderá ser usado

para levantar as ideias principais. Dentro daquilo que o presente estudo propõe, o Cmt

Pel Mnt montará o diagrama de Ishikawa para estudar o problema da indisponibilidade

dos caminhões basculantes (Cam Basc):

FIGURA 34 – Diag. de Ishikawa para o problema da indisponibilidade dos Cam Basc Fonte: o autor

A partir dessa visualização que o Diagrama de Ishikawa proporciona, podemos

listar os fatores de causa do problema numa tabela e propor uma solução, ou seja,

determinando os métodos para se alcançar a meta estipulada:

Dimensão Fatores de causa Solução proposta

Máquina Motorista inexperiente Instruções práticas com

motoristas experientes

Indisponibilidade

dos Cam Basc

Motorista inexperiente

Falta de um fornecedor eficiente de

peças nas proximidades do Dst

Impossibilidade de

verificação da mnt

de todos Cam Basc

Máquina Mão de obra

Método Material

Rotatividade dos motoristas

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Dimensão Fatores de causa Solução proposta

Mão de obra Rotatividade dos motoristas Destinar um motorista por

CamBasc

Método

Impossibilidade de

verificação da mnt de todos

CamBasc

Designar um sargento para

fiscalizar e conferir a

manutenção dos CamBasc

Material

Falta de um fornecedor

eficiente de peças nas

proximidades do Dst

Buscar outros fornecedores

TABELA 01 - Solução proposta ao problema em estudo Fonte: o autor

Essas duas primeiras etapas correspondem ao planejar do ciclo PDCA, visto

anteriormente. Na sequência, temos outras duas etapas que correspondem ao Fazer

(ou “Do”, em inglês). Segundo Ishikawa (1993), a terceira etapa é “Engajar-se em

educação e treinamento”. Esta se aplica ao caso do motorista inexperiente (dimensão

“Máquina”), que por não conhecer completamente sobre os cuidados na direção e na

manutenção do Cam Basc, acaba por desgastar ou “baixar” a Vtr mais frequentemente

do que aqueles mais experimentados e cuidadosos na direção.

A quarta etapa exposta por Ishikawa refere-se a “Pôr em prática o trabalho”, ou

seja, realizar as soluções que foram planejadas: Destinar um motorista por cada

caminhão basculante, designar um sargento para fiscalizar e conferir a manutenção

dos Cam Basc, assim a ação de se buscar outros fornecedores.

Isto envolve um esforço não somente do Cmt Pel Mnt, mas também de todos os

envolvidos com a Mnt e com a direção dos Cam Basc. Por vezes, é necessária uma

intervenção do comando do Dst e também do Cmt BEC, para atingir os objetivos

propostos, principalmente quando o problema sai da esfera de atuação do Cmt PelMnt,

envolvendo outros responsáveis.

Na etapa seguinte, deve-se “Verificar os efeitos da prática”, ou seja, controlar o

processo. Se for identificada alguma falha ou oportunidade de melhoria do mesmo,

realiza-se a sexta e última etapa “Agir apropriadamente”, na qual, se buscam ações

melhores que as executadas anteriormente. (ISHIKAWA, 1993, p.68 -71)

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3.6.2 PROCESSOS DO ENC MAT DE UM DST

Já o Enc Mat poderá encontrar uma diversidade de problemas para serem

solucionados. Entre eles pode-se citar a distribuição de itens como equipamentos de

proteção individual (EPI), além de roupa de cama, armário, beliche e colchão, que até o

determinado momento podem estar sem solução definida. Para estudar o problema,

montou-se o diagrama de Ishikawa abaixo:

FIGURA 35 – Diag. de Ishikawa para o problema da distribuição dos artigos da Subtenência Fonte: o autor

Da mesma forma que aconteceu com o Cmt PelMnt, o EncMat pode obter uma

visualização do problema e suas causas no Diagrama de Ishikawa, organizando o

raciocínio para auxiliar na sua solução. De maneira análoga, pode-se também listar os

fatores de causa do problema numa tabela e propor sua solução, conforme tabela a

seguir:

Dimensão Fatores de causa Solução proposta

Máquina Ausência da Ferramenta

SISCOFIS

Implantar a instalação e o

uso do SISCOFIS no Dst

Mão de obra

Efetivo previsto no Dst

maior que o nº leitos

existentes

Construir um galpão ou

alojamento que comporte

mais beliches ou camas

Problema da distribuição

dos artigos da Subtenência.

Ausência da

ferramenta SISCOFIS

Falta de armários, camas e EPI

para todos militares previstos no

efetivo planejado na Op

Ausência de tempo

para medidas

administrativas

Máquina Mão de obra

Método Material

Efetivo previsto no Dst maior que o efetivo de leitos

Meio

o

Deficiência de internet

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Dimensão Fatores de causa Solução proposta

Método Ausência de tempo para

medidas administrativas

Determinar dias e horários

para distribuição dos

artigos da subtenência

Material Militares sem armário, sem

cama e sem EPI.

Realizar o transporte dos

materiais em falta.

Meio Deficiência de internet

Fazer uma licitação para

contratação do serviço de

internet no Dst

TABELA 02 - Solução proposta ao problema do Enc Mat Dst Fonte: o autor

Em todos os casos das soluções propostas, deve-se priorizar quais serão

escolhidas imediatamente e quais ficarão para outra oportunidade, definindo datas e

prazos.

Para organizar as soluções é aconselhável detalhá-las com mais informações,

com o uso da ferramenta 5W2H. Exemplificando a última solução proposta “Realizar o

transporte dos materiais em falta”, teríamos que responder aos seguintes

questionamentos:

- O que transportar?

- Por que transportar?

- Onde será feito o transporte?

- Quando transportar?

- Por quem será feito o transporte?

- Como transportar?

- Quanto vai custar o transporte?

Respondendo às sete questões, poderíamos ter as seguintes informações:

Serão transportados 10 (dez) armários metálicos com duas portas para 20

(vinte) militares do efetivo variável29 (EV), 12 (doze) beliches com estrado e colchões

para 24 (vinte quatro) militares do EV, 6 (seis) luvas de raspa para os Sd do Pelotão de

29 Efetivo variável é o militar conhecido como recruta e se refere aos soldados incorporados pelo serviço militar obrigatório.

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obras e outras 3 (três) para os Sd da Usina de asfalto, totalizando 9 (nove) luvas de

raspa a fim de resolver o problema de distribuição dos artigos da subtenência.

O transporte ocorrerá em um caminhão carroceria (CC), saindo do Almoxarifado

do Batalhão até o Almoxarifado do Destacamento Xingu na próxima 4ª feira, às 7h, cujo

motorista será o Cb Xavier, acompanhado pelo Ten Ramalho de chefe de vtr.

Os armários, beliches, estrados e colchões serão devidamente amarrados na

carroceria do caminhão, enquanto que as luvas serão transportadas numa sacola na

boléia. Não haverá custos adicionais para tal, já que este caminhão estava previsto sair

do Btl para o Dst com o propósito de apanhar 3 (três) toras de madeira e levá-las à

carpintaria do batalhão.

3.6.3 PROCESSOS DO CMT DST

O Cmt Dst em uma Op Cnst, normalmente encontra processos mais complexos

que o Cmt Pel Mnt e que o Enc Mat, envolvendo a atuação de um maior número de

pessoas, meios e materiais para se conseguir a meta proposta. Assim, o Cmt Dst deve

possuir ascendência ou posição de chefia sobre o Cmt Pel Mnt e sobre o Enc Mat do

Dst.

O chefe tem a incumbência de educar seus subordinados, compartilhando seu

conhecimento e experiência com os mesmos. No momento em que esse ensinamento

é transmitido, a administração principal poderá delegar autoridade aos subordinados,

que usarão plenamente suas capacidades e crescerão em seus trabalhos, tornando-se

autosuficientes nesta execução (ISHIKAWA, 1993, p.137).

De forma análoga, o Cmt Dst, ao educar seus chefes de equipe (administração

intermediária) deverão delegar a autoridade para comandar cada membro de sua

equipe. Segundo Ishikawa (1993, p.138), “administradores intermediários e os que

estão abaixo deles são responsáveis pela obtenção da versão correta dos fatos

relativos ao local de trabalho.”

Ilustramos abaixo um processo enfrentado pelo chefe da equipe de

terraplanagem da Op Xingu, ao realizar o transporte de piçarra para o bota espera30:

30 Bota espera é o local ao lado da rodovia destinado ao armazenamento de insumos

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FIGURA 36 – Diagrama de Ishikawa para o problema da baixa extração de piçarra Fonte: o autor

Já em relação ao chefe de equipe do britador da mesma Op, encontramos os

seguintes fatores de causa principais ao problema da baixa produtividade de brita

representados abaixo:

FIGURA 37 – Diagrama de Ishikawa para o problema da baixa produtividade de brita Fonte: o autor

O Cmt Dst irá gerenciar melhor seus chefes de equipe quando ele se organiza,

levantando os principais pontos que ele irá cobrar nos diversos processos existentes de

uma Op Cnst, podendo se valer desta ferramenta administrativa, o Diagrama de

Ishikawa, tão utilizada por empresas que são referência na gestão da qualidade,

conforme figura abaixo:

Baixa extração

de piçarra

Manutenção realizada

incorretamente

Falta de Cam Basc , pneus e

outras peças

Sobrecarga do uso

dos Cam Basc para

missões secundárias

Máquina Mão de obra

Método Material

Baixa produtividade de brita

Usina de Britagem

velha e carente de mnt

Uso excessivo da Usina de

Britagem, provocando quebras

Falta de peças de

reposição para Op

Máquina Mão de obra

Material Método

Falta de qualificação (curso e instrução )

Intensas chuvas na região da piçarreira

Meio

o

Efetivo com pouca

experiência na direção e

mnt

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FIGURA 38 – Diagrama de Ishikawa para o problema de gestão do Cmt Dst. Fonte: o autor

O Cmt Dst após a montagem do Diagrama anterior, deve buscar uma solução do

problema. A seguir, será demonstrada uma tabela com possíveis soluções a cada

problema:

Dimensão Fatores de causa Solução proposta

Máquina Controlar a manutenção

e abastecimento

Designar o Cmt PelMnt

para ministrar instruções

práticas com os militares

do Pel e preenchimento

da mnt no respectivo livro

da vtr

Mão de obra

Grande efetivo para

controlar e orientar

-Designar o Sargenteante

para montar uma planilha

de controle de pessoal.

- Explorar orientações na

formatura do Dst.

Gestão do Cmt Dst

Controlar a

manutenção e

abastecimento

Ampla gama de materiais para

adquirir em toda a OpCnst

Executar trabalhos

previstos conforme

cronograma da Op

Máquina Mão de obra

Método Material

Grande efetivo para controlar e orientar

Diversos locais das diferentes equipes

Meio

o

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Dimensão Fatores de causa Solução proposta

Método

Executar trabalhos

previstos conforme

cronograma da Op

-Designar um militar da

Seção Técnica

(engenheiro residente31)

para planejar as ações

Material

Ampla gama de materiais

para adquirir em toda a

OpCnst

- Designar o EncMat e

militares de logística para

intermediar a aquisição e

controle dos materiais

- Ligar-se com o chefe da

4ª Seção32 do Batalhão

TABELA 03- Soluções para o problema de gestão do Cmt Dst Fonte: o autor

Assim, o Cmt Dst deverá ter a capacidade de gerenciar os chefes de equipe

para conseguir o cumprimento da missão. Quanto maior for o conhecimento do Cmt

Dst em relação aos processos de seus chefes de equipe, melhor será o seu

gerenciamento.

As soluções para a questão da gestão de processos por parte do Cmt Dst, na

grande maioria dos casos, foi a delegação de autoridade a outros militares para

resolução de causas ligadas a sua vocação funcional, conforme defende Ishikawa. O

diagrama de Ishikawa se mostrou bastante útil nesta esquematização e facilitou

determinar as soluções propostas na tabela.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este capítulo tem por objetivo apresentar os resultados e as discussões obtidas

através da revisão da literatura, dos questionários e da observação do autor,

possibilitando-se identificar o atual procedimentode gestão das Cia E Cnst destacadas

31 Engenheiro residente é o militar dotado de CREA (Conselho Regional de Engenharia), responsável por acompanhar a OpCnst conforme plano de trabalho. 32 Chefe da 4ª seção ou Oficial de Logística é o militar responsável pelos principais insumos da obra.

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e as possíveis contribuições obtidas com a aplicação do Diagrama de Ishikawa nessa

gestão.

Assim, espera-se realizar uma abordagem ampla do objeto formal de estudo e

contribuir para a evolução dessa linha de pesquisa, já que o assunto em pauta poderá

servir de fonte para outros trabalhos e estudos relacionados ao presente tema.

4.1 ANÁLISE DA VARIÁVEL INDEPENDENTE

A aplicação do diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos de uma

organização envolve a participação de todos os seus integrantes empenhados no

controle da qualidade, conforme verificamos no Cap 3.5 Diagrama de Ishikawa, uma

ferramenta de gestão, contida no presente estudo.

Ao discorrer sobre a variável independente, “a aplicação do Diagrama de

Ishikawa no mapeamento de processos das obras de engenharia”, abordar-se-á

04(quatro) dimensões conforme consta no item 2. Metodologia.

Assim, considerando a dimensão Mão de obra desta variável independente, os

integrantes de uma obra de engenharia precisam ser qualificados para tal. O 3º passo

do ciclo do PDCA, explicitado no Cap 3.6 – Esquematização de processos mapeados

pelo Diagrama de Ishikawa, fala exatamente sobre a importância da qualificação, ao

defender o engajamento na educação e treinamento do pessoal, especialmente seus

gerentes, já que eles irão direcionar o mapeamento dos processos inerentes às obras

de engenharia.

Quando verificamos os pré-requisitos para a escolha de um Enc Mat de uma Cia

E Cnst destacada, sua qualificação para exercer essa função de gerência muitas das

vezes é desconsiderada na amostra selecionada já que nenhum EncMat foi

selecionado pelos seus cursos de qualificação, sendo mais comum a escolha pela sua

graduação, conforme se observa nas respostas da pergunta 1 do questionário emitido

aos Cmt Dst na Amazônia:

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GRÁFICO 06 - Critérios utilizados para escolher o Enc Mat dos Dst na Amazônia

Fonte: o autor

Em contrapartida, verifica-se que para a função de Cmt Pel Mnt, outro cargo

importante de gerência do Dst, essa qualificação aliada à experiência é identificada em

aproximadamente 71% dos casos, os quais possuem o Curso de Equipamento de

Engenharia e experiência na função, conforme respondido na questão nº 3 do Cmt Dst:

GRÁFICO 07 - Qualificações do encarregado da Mnt dos Dst situadas na Amazônia Fonte: o autor

No tocante à dimensão “Material”, observou-se no Capítulo 3.5 do presente

estudo que a aplicação do Diagrama de Ishikawa foi essencial para que uma empresa

produtora de sabão identificasse problemas de ordem material nos seus processos,

quando se descobriu que não se conseguia obter a temperatura do sebo no tanque, o

que prejudicava o processo de controle da produção e de estoque.

De forma semelhante, ainda que parcialmente em 57% dos casos e totalmente

em 43%, verifica-se que existe uma conscientização do Enc Mat do Dst em zelar pelo

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recebimento, estocagem e controle dos materiais e insumos da Cia E Cnst, nas obras

de Engenharia, conforme observado na pergunta 6 do questionário ao Cmt Dst:

GRÁFICO 08 - Preocupação com a eficiência nocontrole dos materiais no Dst Fonte: o autor

Esse acompanhamento da dimensão Material deve ser orientado através da

esquematização de um processo para identificar todas as etapas do fluxo logístico dos

materiais, conforme estudado no Cap 3.3.3 - Fluxo Logístico nas Op Cnst, nas quais se

identifica possíveis perdas e nos fornece subsídios para agir contra estes desperdícios.

Já na dimensão “máquinas/equipamentos”, verificou-se na literatura estudada

que uma empresa de saponificação identificou um problema relacionado à falta de

drenagem e de manutenção dos tanques de sebo. Esse problema da “máquina” estava

prejudicando o processo de controle de estoque de sebo e foi identificado graças ao

mapeamento do processo de sondagem do tanque de sebo pelo Diagrama de

Ishikawa.

De modo semelhante, essa dimensão das “máquinas e equipamentos” é

fundamental ser monitorada nas obras de engenharia, preocupação que já foi

constatada junto ao Cmt Dst na pergunta de nº 11 e junto ao Cmt PelMnt na pergunta

de nº 7, conforme gráficos que se seguem:

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GRÁFICO 09 - Preocupação com a manutenção das máquinas e eqp pelo Cmt Dst Fonte: o autor

GRÁFICO 10 - Preocupação com a mnt das máquinas e eqp pelo Cmt Pel Mnt Fonte: o autor

Essa unanimidade das respostas acima demonstra o que foi visto no Capítulo

3.6.1 - Processos do Cmt Pel Mnt de um Dst, o qual mostra a importância de se manter

a disponibilidade da frota.

Analisando a dimensão “Gerenciamento”, vimos no Cap 3.5 deste estudo que o

setor de PCP da Votorantim elaborou o diagrama de Ishikawa para mapear o processo

cujo problema consistia no elevado estoque de produtos acabados. Essa elaboração

do Diagrama de Ishikawa contribuiu para o bom gerenciamento do processo.

Numa obra de Engenharia, o Cmt Dst pode se valer do mapeamento de

processos para gerenciar a obra de Eng. Sobre o assunto em pauta, formulou-se a

seguinte pergunta ao Cmt Dst e ao EncMat:

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GRÁFICO 11 - Opinião do Cmt Dst sobre mapeamento de processos da obra de Eng Fonte: o autor

GRÁFICO 12 - Opinião do Enc Mat sobre mapeamento de processos da obra de Eng Fonte: o autor

Em ambos os casos, a resposta é de que o mapeamento de processos pode

contribuir na conjuntura da obra seja na sua concepção total ou parcial.

Conclui-se parcialmente, à luz do que foi apresentado, que a aplicação do

Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de Eng contribui para o

seu gerenciamento na medida em que existe a qualificação da sua mão de obra, o

recebimento e armazenamento correto dos materiais da obra, assim como quando se

realiza e controla a manutenção das máquinas, viaturas e equipamentos que serão

empregados.

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4.2 ANÁLISE DA VARIÁVEL DEPENDENTE

Ao discorrer sobre a variável dependente do presente estudo, “Gestão das

OpCnst realizadas por uma Cia E Cnst”, levar-se-á em conta as duas dimensões

expostas no item 2.1 - Objeto formal de estudo do Cap 2. Metodologia: gerenciamento

da obra e gerenciamento de serviços em execução direta.

O gerenciamento da obra é um dos fatores mais importantes para o Cmt de

Destacamento à medida que informa se o que foi produzido e o que se gastou para

essa produção estão de acordo com os parâmetros do que foi planejado no projeto da

OpCnst, conforme verificamos no Cap 3.4 Ferramentas de gestão das OpCnst, onde

são abordados os indicadores IVC e IVP.

Verifica-se nas perguntas 13 e 14 do questionário ao Cmt Dst que esse

gerenciamento é importante tanto em relação aos custos quanto em relação aos

prazos, conforme se observa nos gráficos a seguir:

GRÁFICO 13 - Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento de custos da obra Fonte: o autor

GRÁFICO 14 - Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento de prazo da obra Fonte: o autor

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Especificamente no Cap 3.4.4 Instrução Normativa Nr 05/2011, que aborda

sobre as colunas da planilha da IN-05, encontra-se na coluna 8 a obrigatoriedade de se

justificar os gastos que ultrapassem o valor de ±5% do previsto no P Trab.

Assim, o Cmt Dst, auxiliado pelo Engenheiro residente e chefes de equipe,

poderá descobrir possíveis erros no planejamento ou mesmo na execução, a partir da

análise dos processos de recebimento de insumos e de execução de serviços.

Observa-se através da pergunta 15 ao Cmt Dst que os insumos devem ser

controlados rigorosamente:

GRÁFICO 15 - Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento dos insumos da obra Fonte: o autor

A partir do momento em que o Cmt Dst realiza a conferência da IN-05 com o

Engenheiro residente, EncMat, militares de logística e principais chefes de equipe

ligados à utilização dos insumos fica mais fácil controlar os processos e

consequentemente entender onde ocorrem os principais desperdícios ou gastos

imprevistos.

Verificou-se ainda no Cap 3.4.4 que “o constante acompanhamento dos dados

relacionados aos insumos permitiu o aperfeiçoamento dos diversos processos”.

Já em relação à dimensão “Gerenciamento de serviços em execução direta”,

pode-se dizer que é o que permitirá a identificação dos erros na execução a partir do

momento que se acompanha e se mede, por intermédio do diário de obras ou pela FIS,

conforme visto no Cap 3.4.5 deste estudo.

Observou-se por meio dos questionários aos Cmt Dst que todos concordam que

o gerenciamento dos serviços deve ocorrer no mínimo semanalmente com a utilização

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da FIS e aproximadamente 71% acredita que esse gerenciamento deve ser diário,

conforme mostram os gráficos:

GRÁFICO 16 - Opinião do Cmt Dst sobre o gerencimento diário dos sv Fonte: o autor

GRÁFICO 17 - Opinião do Cmt Dst sobre a observância da FIS Fonte: o autor

Conclui-se parcialmente que as ferramentas de gestão existentes no Exército

contribuem para a Gestão das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst destacada.

4.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PRODUTO FINAL

Considerando a pesquisa junto aos Cmt Cia E Cnst destacadas em Op Cnst na

região amazônica, verificou-se que apesar das ferramentas de gestão do EB serem

eficazes no controle das obras de Eng, existem algumas oportunidades de melhoria no

tocante ao mapeamento de processos, conforme se observa pelo resultado das

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respostas das perguntas 19 e 20, principalmente no momento do recebimento da

função de Cmt Dst:

GRÁFICO 18 - Recebimento de informações do Cmt Dst ao assumir a função Fonte: o autor

GRÁFICO 19 - Opinião do Cmt Dst sobre o recebimento de documentos Fonte: o autor

Fruto dessa necessidade de recebimento de documentos para melhor

desempenho da função, elaborou-se uma lista de tarefas, ou “Check List”, que

atenderá, principalmente, aos novos Cmt Dst, cuja experiência pode ser nula ou

pequena em OpCnst. Já com relação aos Cmt Dst mais experientes, este checklist

poderá auxiliar no cumprimento das suas missões.

Vimos anteriormente no Cap 3.5 que o Diagrama de Ishikawa é composto de

diversos fatores de causa, de diferentes famílias ou categorias iniciadas pela letra “M”

tais como Material, Máquina, Mão de obra, Método, Meio ambiente, Finanças (“Money”)

e Gerenciamento (“Management”).

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O conjunto dos fatores de causa é chamado processo. (ISHIKAWA, p.64). No

Cap 3.6 verificamos a esquematização do Diagrama de Ishikawa para determinados

processos encontrados pelo Cmt Pel Mnt, Enc Mat e Cmt Cia E Cnst ou Cmt Dst.

Observamos no Cap 3.5 que o Diagrama de Ishikawa organiza o raciocínio e

facilita a resolução do problema. Os fatores de causa de determinado problema (efeito)

podem ser representados por setas.

Como podem existir vários fatores de causa em cada categoria (dimensão) que

contribuem para determinado efeito, pode-se numerá-los para servir como uma lista de

tarefas a ser seguida pelo Cmt Cia E Cnst (Cmt Dst) ao gerenciar a Op Cnst.

Material Máquina

Mão de obra Método

FIGURA 39 - Diagrama de Ishikawa e fatores de causa numerados

Fonte: o autor

Sugere-se que esse Check List seja checado pelo Cmt Cia E Cnst (Cmt Dst) e,

assim, contribuirão para a boa gestão de uma Op Cnst. Ele deve ser pautado sempre

no ciclo do PDCA, estudado no Cap 3.6, de forma que o planejamento e execução das

tarefas sejam controlados e constantemente reavaliados, possibilitando novas ações.

Esse Check List consta no Apêndice D e constitui o produto final deste trabalho,

sendo baseado no estudo profundo da literatura, na experiência de outros militares

destacados e na do próprio autor, dividida em 04 (quato) dimensões ou categorias

distintas do Diagrama de Ishikawa: Máquinas/Equipamentos, Mão de obra, Material e

Gerenciamento (Management), na qual o Cmt Cia E Cnst destacada poderá checar

suas tarefas, sendo auxiliado pelos seus principais gerentes como o Cmt Pel Mnt, Enc

Mat do Dst e outros julgados necessários.

EFEITO 1

2 1

2

1

2

1

3

3

2

4

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5. CONCLUSÃO

Ao concluir o presente estudo, serão revistos os procedimentos metodológicos

que nortearam a pesquisa desenvolvida, de tal maneira que se possa validar os

resultados obtidos por meio dos instrumentos de coleta de dados utilizados.

O problema que deu origem ao trabalho foi: “Em que medida a aplicação do

Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de engenharia pode

contribuir para a gestão de uma Operação de Construção realizada por uma

Companhia de Engenharia de Construção?”

Com o objetivo de responder ao problema supracitado foram levantadas as

seguintes questões de estudo:

a. Como é estruturado o Sistema de Engenharia do Exército?

b. Quais as atividades operacionais de construção exercidas atualmente pelas

Cia E Cnst/Dst na região Norte brasileira?

c. Como é feita a logística de Engenharia?

d. Quais são as ferramentas de gestão utilizadas por seus Cmt Cia E Cnst/Dst

nas Op Cnst da região amazônica?

e. O que é o Diagrama de Ishikawa?

f. Quais processos podem ser mapeados pela utilização do Diagrama de

Ishikawa como instrumento de gestão dos Cmt Dst em uma Op Cnst ?

g. Como deve ser feita a gestão de uma Cia E Cnst?

Para avaliar a contribuição que o Diagrama de Ishikawa pode trazer para gestão

das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst, buscou-se inicialmente a base teórica que

ampara a referida proposta de uso desta ferramenta gerencial, bem como os relatos e

experiências registradas em artigos científicos de empresas que aplicaram o referido

Diagrama e obtiveram excelentes resultados na gestão dos processos e no controle da

qualidade.

Na sequência, realizou-se uma criteriosa pesquisa de campo, sendo observado

o que prescreve a metodologia científica, possibilitando validar a amostra utilizada

nesta pesquisa. Foram elaboradas as seguintes ferramentas para coleta de dados:

- Questionário para levantamento de dados referentes ao gerenciamento dos

Cmt Dst junto às suas Op Cnst, constante do apêndice A;

- Questionário para levantamento das opiniões dos Cmt Dst, Enc Mat e Cmt Pel

Mnt destacados em Op Cnst na região Norte do país;

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O produto final dos instrumentos empregados bem com todo conteúdo

pesquisado e assimilado, foi apresentado e confrontado no capítulo 4 deste trabalho,

sendo elaboradas conclusões parciais sobre cada dimensão definida para as variáveis

apresentadas no item 2.1.

Ao terminar os resultados da pesquisa, identificou-se que a variável dependente,

gestão das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst, pode sofrer influência da

variável independente, a aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de

processos das obras de engenharia, sendo constatado que isso teria ocorrido em

várias organizações.

Na intenção de definir melhor a pesquisa, estabeleceu-se como objetivo geral

“investigar como os Cmt Cia E Cnst dos destacamentos da Amazônia poderiam

aumentar a eficiência da gestão das Op Cnst, ao aplicar o Diagrama de Ishikawa para

identificar problemas e mapear seus processos das obras de engenharia, encontrando

soluções para resolvê-los de forma rápida”.

Desta maneira, os objetivos intermediários foram atingidos da seguinte forma:

- o objetivo intermediário “a” (Identificar a estrutura do Sistema de Engenharia do

Exército, DEC, Gpt, Btl e Cia E Cnst;) foi alcançado através da revisão de literatura e

desenvolvido no item 3.1;

- o objetivo intermediário “b” (Identificar as atividades operacionais

desenvolvidas pelos destacamentos na região amazônica) foi atingido no item 3.2, o

qual abordou as principais Op Cnst em curso na Amazônia;

- o objetivo intermediário “c” (Identificar a logística da Engenharia de Construção

do EB) foi atingido pelo item 3.3 da Revisão de Literatura, no qual foram explorados

conceitos diversos da logística da Eng Cnst;

- o objetivo intermediário “d.” (Identificar as ferramentas de gestão empregadas

pelos Cmt Cia E Cnst/ Cmt Dst para administrar suas Op Cnst na Amazônia) foi

alcançado a medida que foram exploradas diversas ferramentas de controle e de

sistema no âmbito do EB através do item 3.4 deste trabalho;

- o objetivo intermediário “e” (Identificar a ferramenta Diagrama de Ishikawa e

seus componentes) foi atingido no momento em que ela foi explorada no item 3.5;

- o objetivo intermediário “f” (Esquematizar processos relacionados às soluções

de problemas de gestão das Op Cnst usando o Diagrama de Ishikawa) foi alcançado já

que foram esquematizados processos nos Diagramas do item 3.6; e

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- por fim, o objetivo intermediário “g” (Propor um modelo de processo para

gestão de uma Op Cnst por um Cmt Cia E Cnst/ Cmt Dst) foi atingido e esboçado no

Cap 4.

A padronização dos processos através da ferramenta denominada Diagrama de

Ishikawa contribuiu para o sucesso na gestão e aumento na produtividade de várias

empresas que o adotaram, uma vez que as desconformidades e variabilidades na

forma de execução de suas atividades foram excluídas, conforme observamos na

literatura apresentada no Cap 3.5 - Diagrama de Ishikawa, uma ferramenta de gestão.

Essa questão se justifica pelo fato de que a uniformidade dos métodos através

de procedimentos padronizados, pautados no controle de qualidade, possibilitou a

estas empresas um maior controle sistemático e contínuo dos processos e,

consequentemente, um gerenciamento mais eficiente de suas atividades.

O presente estudo teve por objetivo estudar a aplicação dessa ferramenta no

âmbito das Cia E Cnst destacadas em Op Cnst na Amazônia, concluindo sobre sua

viabilidade e eficiência na gestão destas operações.

A implantação do Diagrama de Ishikawa foi muito importante no sentido de

identificar as causas de variações dos processos existentes nas Op Cnst e para a

elaboração do Check List dos “4M” (Máquinas/equipamentos, Mão de obra, Material e

Management), que consiste no produto final deste trabalho, abordado no Apêndice D.

Ao seguir o Check List, o Cmt Dst ou qualquer gerente dosdiversos processos

(EncMat, Cmt PelMnt, Engenheiro residente, militares de Logística, etc) poderão estar

descobrindo soluções aos problemas comumente encontrados nas Cia E Cnst

destacadas, responsáveis por realizar as OpCnst.

Com isso, os Cmt Dste seus gerentes auxiliares poderão administrar melhor os

recursos a sua disposição, proporcionando um incremento na qualidade, eficiência e

economia da realização das tarefas, a partir do momento em que existirá o

monitoramento constante dos processos e correção dos fatores de causa que originam

o problema de cada processo, conforme estudado no Cap 3.5.

Para isso, recomenda-se também utilizar a ferramenta do ciclo PDCA, seguindo

seus seis passos verificados no Cap 3.6 – Esquematização de processos mapeados

pelo Diagrama de Ishikawa, pois várias ações corretivas são constantemente

implementadas, a partir do momento em que se controla a execução dos serviços.

Sugere-se também a esquematização dos processos por cada gerente, que

poderá se utilizar da ferramenta do brainstorming na construção do Diagrama de

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Ishikawa, o qual apoiará a confecção de uma tabela, na qual uma solução é proposta

para cada fator de causa do problema, conforme os modelos apresentados no Cap 3.6.

As consequências da falta de padronização podem ser erros no fluxo logístico

que, por sua vez, acarretam em perdas de material ou falhas na operação pela falta de

treinamento da equipe, entre outros motivos.

Com a utilização do Diagrama de Ishikawa, houve maior detalhamento dos

problemas e melhor enfoque no ataque às desconformidades, observando-se as

prioridades estabelecidas através de uma consulta aos gerentes do Dst, mediante

aplicação da matriz de causa e efeito de acordo com o que foi exposto no Cap 3.5.4.

Pelos motivos expostos ao longo do trabalho, espera-se que a aplicação do

Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de engenharia

contribua para melhorar a gestão das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst.

Enfim, vale ressaltar que este trabalho além de proporcionar um maior

conhecimento das ferramentas administrativas para a produção enxuta nas Op Cnst,

por parte das Cia E Cnst destacadas, servirá de subsídio para outros estudos

relacionados ao mapeamento de processos das obras de engenharia, inclusive para

pesquisas de outras categorias do Diagrama de Ishikawa, como Método, Meio

Ambiente e Finanças que não foram explorados no Apêndice D deste trabalho.

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GLOSSÁRIO

APROPRIAÇÃO – é o controle do insumo utilizado em uma obra de engenharia.

Essa é uma das atividades desenvolvidas pela Seção Técnicado Batalhão.

CANAL TÉCNICO DE ENGENHARIA – é a característica da Arma de Engenharia,

cuja subordinação técnica a OM de Engenharia fica ligada ao seu escalão superior

de Engenharia.

CONSERVAÇÃO, RESTAURAÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODOVIA (CREMA) – é

um tipo de trabalho de manutenção realizado em rodovias com a finalidade de

aumentar a sua vida útil.

CONSTRUÇÃO ENXUTA – é a realização da atividade de construção, com o

controle do resultado, das fases do processo, bem como o seu fluxo logístico. O

controle do processo gera um fluxo de informações que proporciona transparência e

eficiência. Isto visa a redução de perdas nas etapas no processo.

DESTACAMENTO - é uma SU destacada para uma finalidade específica, como é o

caso da Op Cnst em estudo. Essa SU apesar de destacada, ou seja, separada de

sua OM de origem em termos físicos, permanece subordinada.

EFICIÊNCIA - É obter os resultados esperados em determinada atividade utilizando-

se deuma quantidade menor de insumos, ou seja, corresponde ao trabalho

executado com economicidade e no tempo previsto ou até mesmo antes.

ESTOQUE DE SEGURANÇA – é o estoque reserva, pois o mesmo é utilizado em

caso de atraso de entrega por parte do fornecedor.

FIS – é a Ficha Informativa Semanal. Esta é uma ferramenta de gestão que

disponibiliza as informações sobre os itens considerados mais importantes da

Operação, tais como: a medição, o pessoal, equipamentos, estoque dentre outros.

Esta ficha servirá para realizar o planejamento, a coordenação e o controle das

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atividades ao longo de uma semana de trabalho.

FRESAGEM – é m processo de remoção de camadas superficiais de um pavimento

existente conferindo-lhe um novo asfalto.

GRUPAMENTO DE ENGENHARIA (Gpt E) – é o canal técnico das OM de

engenharia. Supervisiona, coordena e controla as atividades de Engenharia das suas

respectivas OM subordinadas.

LIQUIDAÇÃO – é o trâmite de um processo da administração pública, que permite

verificar o cumprimento contratual por parte do fornecedor e permite, logo em

seguida, o pagamento do mesmo. Geralmente ocorre quando se recebe o produto ou

insumo e certifica-se sobre sua qualidade.

MEDIÇÃO - é a quantificação daquilo que foi executado seja por uma equipe de

Engenharia ou por uma empresa.

SEÇÃO TÉCNICA – Seção responsável pela supervisão e o controle técnico e

financeiro da obra. Esta seção é composta pela Topografia, Laboratório e a

Apropriação.

SISTEMA DE ENGENHARIA (SEEx) – é o sistema composto de doutrina, pessoal e

material da Eng Militar. Esse sistema é utilizado nos diversos apoios e atividades de

Eng.

SUPRIMENTO CLASSE IV – são os materiais de construção, cuja a logística é de

responsabilidade da arma de Engenharia.

SUPRIMENTO CLASSE VI - são as peças, materiais relacionados com/ou mesmo os

equipamentos de Engenharia, cuja a logística é de responsabilidade da arma de

Engenharia.

TAPA BURACO – reparação de buraco ou depressão no pavimento com a utilização

de asfalto.

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APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO AOS COMANDANTES DE DESTACAMENTO

Prezado senhor respondente, Sou o Capitão do Exército da Arma de Engenharia BRUNO LEMOS DIAS, formado

no ano de 2006 na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e encontro-me

realizando o Mestrado Profissional na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO).

O presente questionário constitui-se em instrumento de pesquisa parte de trabalho

acadêmico, requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Ciências

Militares, cujo tema é: a aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de

processos das obras de engenharia e a gestão das Operações de Construção

realizadas por uma Cia E Cnst. Gostaria de agradecer-lhe a disponibilidade em

respondê-lo, salientando que a sua participação será importante para a consecução

dos objetivos propostos por esta pesquisa. A principal finalidade desta atividade é

coletar dados, provenientes de experiências pessoais e profissionais de pessoas com

conhecimento sobre a área de estudo, que forneçam informações relevantes sobre a

gestão das Op Cnst, especialmente junto aos Cmt Destacamento, possibilitando,

assim, uma comparação entre os processos existentes sobre o mesmo em diferentes

obras do Sistema de Engenharia do Exército. A partir desse estudo, pretende-se

determinar, ainda, um procedimento operacional padrão para os processos comuns a

uma Cia E Cnst quando se encontra atuante em uma Op Cnst, de forma que se

possalevantar os principais pontos em que se deve atacar e priorizar. Em última

instância, este estudo pode contribuir para a padronização de procedimentos internos

à administração militar das OM de Eng Cnst, neste tema atual e relevante para o

país. Desde já, coloco-me à disposição para dúvidas, sugestões e críticas ao

presente questionário. Cap EB Eng BRUNO LEMOS DIAS (91) 991701-8661 ou por

email: [email protected].

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1. Qual a qualificação exigida para o desempenho da função de EncMat no

Dst?

o Experiência o Voluntariado o Antiguidade o Cursos de qualificação o Outro:_____________

2. O Sr concorda que as qualificações selecionadas no item anterior são

suficientes para que o Enc Mat desempenhe de maneira eficiente, eficaz e

efetiva a sua função?

o Concordo totalmente o Concordo parcialmente o Discordo

3. Quais as qualificações possui o CmtPelMnt do Dst ou o militar encarregado

da manutenção para manter a disponibilidade das máquinas, vtr e

equipamentos do Dst?

o Curso de Equipamento de Engenharia o Experiência na função o Curso de Gerencimento de Frota o Voluntariado o Outro: _____________

4. O Sr concorda que as qualificações selecionadas no item anterior são

suficientes para que o PelMnt desempenhe de maneira eficiente, eficaz e

efetiva sua função?

o Concordo totalmente o Concordo parcialmente o Discordo

5. Qual a experiência na sua função para conduzir os seus subordinados ao

cumprimento da missão?

o Menos de 3 meses. o De 3 meses a 6 meses, inclusive. o Mais de 6 meses e até um ano, inclusive. o Mais de um ano.

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6. O Enc Mat faz o acompanhamento do recebimento, estocagem e controle

dos materiais do Dst de forma eficiente?

o Sim, totalmente. o Sim, parcialmente. o Não.

7. O Sr utiliza de ferramentas de sistema ou aplicativos para controlar o

recebimento e estoque dos materiais e insumos da obra?

o Sim. o Não.

8. O Sr realiza o acompanhamento das suas tarefas da obra por meio de

indicadores, tabelas, checklist, procedimentos operacionais padrão (POP) ou

gráficos?

o Sim, sempre.

o Sim, na maioria das vezes.

o Sim, algumas vezes.

o Não, nunca realizo este acompanhamento.

9. Considera este acompanhamento importante para gerenciar bem a OpCnst?

o Sim, sempre.

o Sim, na maioria das vezes.

o Sim, algumas vezes.

o Não.

10. O responsável pelo PelMnt se utiliza de ferramentas de sistema, programas

ou aplicativos para controlar a manutenção das Vtr, máquinas e equipamentos

da obra?

o Sim. o Não.

11. O Sr considera a mnt das vtr, máquinas e equipamentos realizada de modo

preventivo e preditivo importante para a disponibilidade da frota?

o Sim. o Não.

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12. O Sr concorda que se utilizar do mapeamento de processos da obra pode

contribuir no controle das etapas das OpCnst?

o Sim, totalmente. o Sim, parcialmente. o Não

13. O Sr concorda que é importante calcular minuciosamente os custos dos

materiais empregados em uma obra de engenharia?

o Sim, totalmente. o Sim, parcialmente. o Não.

14. O Sr concorda que é importante calcular minuciosamente os prazos de uma

obra de engenharia?

o Sim, totalmente. o Sim, parcialmente. o Não.

15. O Sr concorda que é importante controlar rigorosamente os insumos da

curva ABC?

o Sim, sempre.

o Sim, na maioria das vezes.

o Sim, algumas vezes.

o Não.

16. O Sr concorda que é importante gerenciar diariamente os serviços

realizados pelas equipes destacadas ao longo do trecho?

o Sim. o Não.

17. O Sr concorda que é importante gerenciar os serviços semanalmente

através da Ficha Informativa Semanal (FIS) preenchida pelas equipes

destacadas ao longo do trecho?

o Sim. Concordo plenamente. o Sim. Concordo parcialmente. o Não. Discordo.

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18. Ao assumir a função de Cmt Dst o Sr recebeu as informações necessárias

para dar continuidade à Op Cnst?

o Sim, totalmente. o Sim, parcialmente. o Não.

19. A fim de facilitar o controle da sua rotina de trabalho, no momento em que o

Sr assumiu a função de Cmt Dst, recebeu planilhas, mapas, relações do tipo

POP ou checklist que descrevessem as principais tarefas pertinentes à sua

missão?

o Sim, recebi todos os documentos citados.

o Sim, recebi a maioria dos documentos citados.

o Sim, recebi alguns documentos citados.

o Não recebi nenhum documento citado.

20. Considera o recebimento dos documentos da questão anterior importantes

para facilitar a continuidade e gerenciamento do trabalho?

o Sim, sempre.

o Sim, na maioria das vezes.

o Sim, algumas vezes.

o Não.

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APÊNDICE B

QUESTIONÁRIO AOS ENCARREGADOS DE MATERIAL DE

DESTACAMENTO

Prezado senhor respondente, Sou o Capitão do Exército da Arma de Engenharia BRUNO LEMOS DIAS,

formado no ano de 2006 na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e

encontro-me realizando o Mestrado Profissional na Escola de

Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). O presente questionário constitui-se em

instrumento de pesquisa parte de trabalho acadêmico, requisito parcial para a

obtenção do Grau de Mestre em Ciências Militares, cujo tema é: a aplicação

do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de

engenharia e a gestão das Operações de Construção realizadas por uma Cia

E Cnst. Gostaria de agradecer-lhe a disponibilidade em respondê-lo,

salientando que a sua participação será importante para a consecução dos

objetivos propostos por esta pesquisa. A principal finalidade desta atividade é

coletar dados, provenientes de experiências pessoais e profissionais de

pessoas com conhecimento sobre a área de estudo, que forneçam

informações relevantes sobre a gestão das Op Cnst, especialmente junto aos

Cmt Destacamento, possibilitando, assim, uma comparação entre os

processos existentes sobre o mesmo em diferentes obras do Sistema de

Engenharia do Exército. A partir desse estudo, pretende-se determinar,

ainda, um procedimento operacional padrão para os processos comuns a

uma Cia E Cnst quando se encontra atuante em uma Op Cnst, de forma que

se possa levantar os principais pontos em que se deve atacar e priorizar. Em

última instância, este estudo pode contribuir para a padronização de

procedimentos internos à administração militar das OM de Eng Cnst, neste

tema atual e relevante para o país. Desde já, coloco-me à disposição para

dúvidas, sugestões e críticas ao presente questionário. Cap EB Eng BRUNO

LEMOS DIAS (91) 99170-8661 ou por email:

[email protected].

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1. Qual a qualificação exigida para o desempenho da sua função no Dst?

o Cursos ou estágios na área de Gestão e excelência gerencial

o Antigüidade do militar

o Experiência na função ou em atividades destacadas (trecho)

o Outro conhecimento : __________________

2. O sr concorda que as qualificações selecionadas no item anterior são

suficientes para que o EncMat desempenhe de maneira eficiente, eficaz e

efetiva a sua função?

o Sim, totalmente.

o Sim, parcialmente.

o Não.

3. Qual a experiência na sua função para conduzir os seus subordinados ao

cumprimento da missão?

o Menos de 3 meses. o De 3 a 6 meses. o De 6 meses a 1 ano. o Mais de 1 ano.

4. O Enc Mat faz o acompanhamento do recebimento, estocagem e controle

dos materiais do Dst de forma eficiente?

o Sim, plenamente. o Sim, parcialmente. o Não.

5. O Sr utiliza de ferramentas de sistema ou aplicativos para controlar o

recebimento e estoque dos materiais e insumos da obra?

o Sim. o Não.

6. O Sr realiza o acompanhamento das suas tarefas da obra por meio de

indicadores, tabelas, Check List, POP ou gráficos?

o Sim, sempre.

o Sim, na maioria das vezes.

o Sim, algumas vezes.

o Não.

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7. O Sr concorda que se utilizar do mapeamento de processos da obra pode

contribuir no controle das etapas das Op Cnst?

o Sim, sempre.

o Sim, na maioria das vezes.

o Sim, algumas vezes.

o Não.

8. O Sr concorda que é importante calcular minuciosamente os custos dos

materiais empregados em uma obra de engenharia?

o Sim. o Não.

9. O Sr possui uma média dos custos semanal, mensal ou anual dos materiais

para uma obra de engenharia?

o Sim para todos os períodos. o Sim, para um ou dois períodos. o Não.

10. O Sr concorda que é importante calcular sistematicamente os prazos de

uma obra de engenharia?

o Sim, sempre. o Sim, na maioria das vezes. o Sim, algumas vezes. o Não.

11. O Sr concorda que é importante controlar rigorosamente os insumos da

curva ABC?

o Sim, concordo plenamente. o Sim, concordo parcialmente. o Não.

12. O Sr concorda que é importante gerenciar diariamente os serviços

realizados pelas equipes destacadas ao longo do trecho?

o Sim, concordo plenamente. o Sim, concordo parcialmente. o Não.

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13. O Sr concorda que é importante gerenciar os serviços semanalmente

através da Ficha Informativa Semanal (FIS) preenchida pelas equipes

destacadas ao longo do trecho?

o Sim. o Não.

14. Ao assumir a função de Enc Mat você recebeu as informações necessárias

para dar continuidade à reposição dos materiais e insumos necessários ao

andamento da obra?

o Sim, recebi todas as informações.

o Sim, recebi a maioria das informações.

o Sim, recebi algumas informações.

o Não recebi nenhuma informação.

15. A fim de facilitar o controle da sua rotina de trabalho, no momento em que o

Sr assumiu a função, recebeu planilhas, mapas, relações do tipo

procedimentos operacional padrão (POP) ou do tipo Check List que

descrevessem as principais tarefas pertinentes à sua função?

o Sim, recebi todos estes dados e documentos.

o Sim, recebi a maioria destes dados e documentos.

o Sim, recebi alguns documentos.

o Não recebi nenhum documento.

16. Considera o recebimento dos documentos da questão anterior importantes

para facilitar a continuidade e gerenciamento do trabalho?

o Sim, sempre. o Sim, na maioria das vezes. o Sim, algumas vezes o Não.

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APÊNDICE C

QUESTIONÁRIO AOS COMANDANTES DE PELOTÃO DE MANUTENÇÃO

DOS DESTACAMENTOS

Prezado senhor respondente, Sou o Capitão do Exército da Arma de Engenharia BRUNO LEMOS DIAS,

formado no ano de 2006 na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e

encontro-me realizando o Mestrado Profissional na Escola de

Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). O presente questionário constitui-se em

instrumento de pesquisa parte de trabalho acadêmico, requisito parcial para a

obtenção do Grau de Mestre em Ciências Militares, cujo tema é: a aplicação

do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de

engenharia e a gestão das Operações de Construção realizadas por uma Cia

E Cnst. Gostaria de agradecer-lhe a disponibilidade em respondê-lo,

salientando que a sua participação será importante para a consecução dos

objetivos propostos por esta pesquisa. A principal finalidade desta atividade é

coletar dados, provenientes de experiências pessoais e profissionais de

pessoas com conhecimento sobre a área de estudo, que forneçam

informações relevantes sobre a gestão das Op Cnst, especialmente junto aos

Cmt Destacamento, possibilitando, assim, uma comparação entre os

processos existentes sobre o mesmo em diferentes obras do Sistema de

Engenharia do Exército. A partir desse estudo, pretende-se determinar,

ainda, um procedimento operacional padrão para os processos comuns a

uma Cia E Cnst quando se encontra atuante em uma Op Cnst, de forma que

se possa levantar os principais pontos em que se deve atacar e priorizar. Em

última instância, este estudo pode contribuir para a padronização de

procedimentos internos à administração militar das OM de Eng Cnst, neste

tema atual e relevante para o país. Desde já, coloco-me à disposição para

dúvidas, sugestões e críticas ao presente questionário. Cap EB Eng BRUNO

LEMOS DIAS (91) 99170-8661 ou por email:

[email protected].

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1. Quais as qualificações o Sr possui para manter a disponibilidade das

máquinas, viaturas e equipamentos do Dst?

o Curso de Equipamento de Engenharia o Curso de Gerenciamento de Frota o Experiência na missão o Voluntariado o Outro: ______________

2. O Sr. concorda que as qualificações selecionadas no item anterior, são

suficientes para que o Pel Mnt desempenhe de maneira eficiente, eficaz e

efetiva a sua função?

o Sim, concordo plenamente. o Sim, concordo parcialmente. o Não concordo.

3. Qual a experiência na sua função para conduzir os seus subordinados ao

cumprimento da missão?

o Menos de 3 meses. o De 3 a 6 meses. o De 6 a 12meses. o Mais de 1 ano.

4. O Sr realiza o acompanhamento das suas tarefas da obra por meio de

indicadores, tabelas, checklist, procedimentos operacionais padrão (POP) ou

gráficos?

o Sim, sempre. o Sim, na maioria das vezes. o Sim, algumas vezes. o Não, nunca.

5 O Sr acredita ser importante este acompanhamento para o gerenciamento e

controle da frota?

o Sim. o Não.

6. O Sr utiliza de ferramentas para controlar a manutenção das viaturas,

máquinas e equipamentos da obra?

o Sim. o Não.

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7. Considera a manutenção das viaturas, máquinas e equipamentos feita de

modo preventivo e preditivo importante para a disponibilidade da frota?

o Sim, sempre.

o Sim, na maioria das vezes.

o Sim, algumas vezes.

o Não.

8. Ao assumir a função de Cmt Pel Mnt você recebeu as informações

necessárias para dar continuidade à reposição de peças e insumos

necessários à mnt da frota?

o Sim, recebi todas as informações.

o Sim, recebi a maioria das informações.

o Sim, recebi algumas informações.

o Não.

9. A fim de facilitar o controle da sua rotina de trabalho, no momento em que o

Sr assumiu a função, recebeu planilhas, mapas, relações do tipo

procedimentos operacionais padrão (POP) ou do tipo Check List que

descrevessem as principais tarefas pertinentes à sua função?

o Sim, recebi todos os documentos.

o Sim, recebi alguns documentos.

o Não recebi nenhum documento,

10. Considera o recebimento dos documentos da questão anterior importantes

para facilitar a continuidade e gerenciamento do trabalho?

o Sim, sempre.

o Sim, na maioria das vezes.

o Sim, algumas vezes. o Não.

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APÊNDICE D

PROPOSTA DE CHECK LIST AO CMT DST

A. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

1) Elencar um responsável pelas máquinas/ eqp e vtr: O Cmt Dst deverá

designar um militar responsável pelo gerenciamento da frota de máquinas,

viaturas eequipamentos do Destacamento: Este elemento, denominado Cmt

PelMnt, será o grande gerente da frota do Destacamento. Será responsável por

implementar medidas para realizar e fiscalizar o processo de manutenção. Para

isso, deverá contar com uma equipe especializada em mecânicos, eletricistas

de automóvel, borracheiros, funileiros, etc;

2) Verificar e acompanhar o Índice de disponibilidade: O Cmt Pel Mnt

deverá estar sempre preocupado com o índice de disponibilidade de suas

viaturas e equipamentos, dado pela razão entre o número de viaturas e

equipamentos disponíveis pelo efetivo total da frota. Melhorar este índice pode

significar que o Pel Mnt está desempenhando bem o seu papel, sobretudo

quando a frota encontra-se operante. Quando uma viatura ou equipamento

encontra-se indisponível, deve-se procurar saber o(s) motivo(s) - peça ou

insumo que levaram à situação de indisponibilidade – para buscar sanar o

problema no mais curto prazo;

3) Controlar a manutenção: o Cmt Pel Mnt deverá ser capaz de utilizar

ferramentas de controle que avisem-no sobre a próxima mnt preventiva do

equipamento ou vtr bem como que haja o registro de todas as mnt que foram

executadas em sua frota. Para tal, pode-se utilizar de um Sargento responsável

por uma Seção responsável por realizar esse registro, a Seção de Controle. As

ferramentas normalmente utilizadas são o Livro Registro de Viatura ou planilha

do Quadro de disponibilidade de Equipamento (QDE) ou do Quadro de

Disponibilidade de Viatura (QDV);

4) Contato com a Companhia de Engenharia de Equipamento e

Manutenção (CEEM) do Batalhão: várias aquisições de peças e insumos são

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realizadas pela CEEM pelas licitações e pregões existentes para atender as

demandas de manutenção do batalhão. No destacamento é interessante haver

um estoque para reposição rápida das principais demandas como óleo, filtros,

pneus, etc, principalmente quando o Dst fica localizado longe da sede. Será

necessário o contato do Cmt Pel Mnt ou do Cmt Dst com o Cmt CEEM para ser

constantemente suprido e manter seu estoque em condições de atender as

necessidades da mnt;

5) Contato com a SALC da sede: quando se trabalha destacado, nem

sempre a CEEM conseguirá apoiar o Destacamento com facilidade. Nesse

caso, o Cmt Dst deverá solicitar apoio da SALC do batalhão para contactar

fornecedores aptos a atender a demanda do Dst para fornecimento de peças

através do processo licitatório;

6) Contato com a S4 do batalhão: a 4ª Seção ou S4 é responsável por

planejar e atender as necessidades logísticas para as OpCnst. A S4 gerencia

recursos, através de pedidos eletrônicos de crédito (PEC) para atender as

necessidades gerais, inclusive de manutenção de equipamentos e viaturas.

Assim, os Destacamentos ou Cia E Cnst quando estão em Op Cnst precisam

informar suas necessidades à 4ª Seção para que haja um planejamento destes

recursos. Deverá ser avaliada a questão do uso de suprimentos de fundos para

melhor atender às necessidades de mnt do Dst;

7) Inspeção diária das Vtr e eqp: As máquinas, equipamentos, viaturas

devem ser inspecionados diariamente por intermédio do que prescreve a ficha

de vtr ou manual. O Cmt Dst, Cmt Pel Mnt e chefes de Vtr deverão estar

constantemente orientando, instruindo e fiscalizando seus motoristas nesse

procedimento;

8) Designar um operador ou motorista por equipamento ou viatura por

meio de cautela: Ao realizar este procedimento, os usuários se preocuparão

em conservar e zelar seu eqp/vtr já que qualquer dano ali encontrado será de

responsabilidade de quem assinou a cautela do uso do eqp/vtr (ANEXO A--

Modelo de Cautela Vtr do Pel Mnt);

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9) Dar conhecimento dos manuais dos equipamentos e viaturas aos

operadores e motoristas, bem como instruções sobre a operação, direção

defensiva e manutenção preventiva de sua vtr ou equipamento;

10) Verificar o controle dos orímetros e odômetros realizados pela Seção

de Controle do Pel Mnt. Esse controle será fundamental para estimar a data da

próxima mnt do equipamento ou vtr;

11) O Cmt Dst deverá designar um Sgt para abastecimento, o qual

deveráfazer a anotação criteriosa dos abastecimentos. Esses dados de

abastecimento quando levados para a Seção de Apropriação serão analisados

se estão de acordo com o consumo médio por Km ou hora trabalhada dos

equipamento ou vtr (ANEXO B- Ficha de controle de abastecimento);

12) O Cmt Pel Mnt deverá designar e instruir o pessoal responsável pela

mnt com graxa (lubrificação) do material rodante das máquinas/equipamentos.

O livro registro da lubrificação (livro da melosa) deverá ser preenchido por

quem a executou (APÊNDICE E – Ficha de controle de lubrificação);

13) Organizar e controlar um cronograma para visualizar a mnt de todos

os eqp e vtr;

14) Designar um Sgt auxiliar do Pel Mnt responsável para zelar pelo

Depósito de peças e insumos de mnt. O militar receberá as guias com os

respectivos materiais e dará entrada no depósito. Também deverá registrar a

saída de tudo que for empregado para conserto das vtr/eqp;

15) Os motoristas deverão ler o manual da vtr e responder os itens que

seguem:

a) Pneus: Qual previsão de troca? Quando devo realizar o rodízio de

pneus?

b) Bateria: Qual previsão de troca?

c) Óleo do motor: Qual a previsão de troca?

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d) Filtro de óleo: Qual a previsão de troca?

e) Filtro de combustível: Qual a previsão de troca?;

f) Filtro de ar: Qual a previsão de troca?;

g) Quando será a próxima revisão? O que deverá ser trocado?

h) Essas peças e insumos da próxima revisão existem no depósito?

i) Em caso positivo da letra “h”, esses itens já estão reservados para

essa Vtr?

j) Em caso negativo da letra “h” e/ou “i”, os itens da próxima revisão já

foram solicitados?

l) Quando deverei fazer o alinhamento e balanceamento da Vtr?

16)Os operadores deverão ler o manual do equipamento e responder os

seguintes itens:

a) Pneus: Qual previsão de troca? Quando devo realizar o rodízio de

pneus?

b) Bateria: Qual previsão de troca?

c) Óleo do motor e óleo do hidráulico: Qual a previsão de troca?

d) Filtros de óleo: Qual a previsão de troca?

e) Filtro de combustível: Qual a previsão de troca?;

f) Filtro de ar: Qual a previsão de troca?;

g) Quando será a próxima revisão? O que deverá ser trocado?

h) Essas peças e insumos da próxima revisão existem no depósito?

i) Em caso positivo da letra “h”, esses itens já estão reservados para

essa Vtr?

j) Em caso negativo da letra “h” e/ou “i”, os itens da próxima revisão já

foram solicitados?

17) O Cmt PelMnt deverá antecipar os pedidos para atender as próximas

revisões dos eqp e vtr de tal forma que não venha faltar peças ou insumos de

reposição, levando em consideração o tempo de entrega e raciocinando

sempre em manter um estoque de segurança para não ser prejudicado por

atrasos do fornecedor;

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18) Caso seja necessário que o equipamento fique na frente de serviço,

o Cmt Dst deverá escalar uma Guarnição de Serviço para vigiar

constantemente essas máquinas, evitando furtos ou depredação;

19) O Cmt Dst deverá informar ao Cmt do batalhão suas dificuldades em

relação à logística de apoio à Cia E Cnst . Assim, o Cmt Btl tomará decisões

para acionar o S4, Cmt CEEM, Chefe da SALC ou algum outro militar, se

necessário;

20) Cobrar do Cmt Pel Mnt o controle dos destinos e situação de todos

os equipamentos e viaturas do Dst, inclusive da previsão para o conserto

daqueles que se encontram em manutenção ou indisponíveis;

21) Cobrar do Cmt CEEM e do Cmt Pel Mnt a existência e o

cumprimento de um plano de manutenção. A manutenção nas vtr e eqp dos

destacamentos da Amazônia deverá aproveitar ao máximo o período de

inverno amazônico, caracterizado por muitas chuvas e pouca produtividade nas

frentes de serviço.

B. MÃO DE OBRA

1) O Cmt Dst deverá distribuir o efetivo da Cia E Cnst de forma a

empregá-lo de forma enxuta e eficiente para as missões existentes, utilizando-

se do Sargenteante para realizar controles de apresentação, férias, dispensas,

etc (APÊNDICE F – Controle de missões por equipe e APÊNDICE G -

Distribuição de Cam Basc por motorista e missão )

2) Observar se as equipes estão enxutas nas frentes de sv e também

nas atividades internas do Dst como rancho e subtenência, verificando lacunas

ou excesso de pessoal em cada equipe, fazendo os ajustes necessários de

forma a aumentar a produtividade e reduzir os gastos desnecessários;

3) Verificar quais cursos, qualificações e treinamentos devem ser feitos

para o cumprimento das missões da OpCnst. A situação ideal é que os

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militares realizem os cursos e treinamentos antes de seguir para o

Destacamento. Algumas especializações poderão ser exercidas por civis

contratados e para tal deve ser planejada essa necessidade pelo Batalhão,

cujo processo de contratação será através de Edital;

4) Comunicar com os chefes de equipe e identificar suas necessidades,

cobrando que realizem seus pedidos de material e pessoal de forma a conferir

produtividade, segurança, qualidade nos serviços e economia de gastos;

5) Conferir se as necessidades do pessoal são plenamente atendidas

quanto ao descanso (alojamento, cama ou beliche, colchão em condições, etc),

quanto à alimentação ( no aspecto da quantidade e qualidade das refeições),

na questão de saúde (apoio médico, farmacêutico e odontológico), na questão

lúdica (oportunidades de recreação e diversão), na questão física (tempo e

espaço para realizar atividades físicas), e também se há meios para comunicar

com a família (telefone ou internet);

6) Observar as condições de higiene no manuseio dos alimentos,

lavagem dos talheres, panelas e pratos. Cobrar que o responsável pelo rancho

inspecione diariamente essas práticas, bem como se as condições de

armazenamento dos gêneros alimentícios são boas;

7) Inspecionar se a água para consumo é potável, solicitando

verificações nos bebedouros, filtros, condições de limpeza das caixas d`água.

Empregar militares da Seção de Saúde nessa verificação;

8) Solicitar que o chefe da Seção de saúde faça uma inspeção sanitária

no Dst e que liste os procedimentos a serem adotados para existir boas

condições de higiene e limpeza no local;

9) Cobrar a permanência do médico e de uma equipe de saúde em

condições de prestar socorro, realizar atendimento médico, receitando e

distribuindo remédios e aplicando injeções (SFC) seja no destacamento ou nas

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frentes de serviço, devendo para isso possuir uma ambulância em condições

de realizar uma evacuação para posto de saúde ou hospital;

10) Incentivar a prática de atividade física e recreativa separando

espaços apropriados como quadras ou campos, aparelhos para executar

exercícios de musculação e mesas de jogos;

11) Verificar se existe a opção de se realizar uma atividade religiosa ou

espiritual no Dst;

12) Planejar arejamentos que possibilitem o descanso do pessoal e que

na ocasião existam substitutos para que não se perca a produtividade nem a

continuidade dos trabalhos;

13) Viabilizar meios de contato diário com a família por meio de internet

ou telefone;

14) Realizar formaturas diárias com toda a tropa a fim de dar avisos e

orientar sobre questões diversas;

15) Cultuar o patriotismo e civismo através do hasteamento do pavilhão

nacional e discorrendo sobre os valores pregados pela Força;

16) Orientar o pessoal do Dst nas formaturas ou em instruções sobre a

higiene pessoal (barba, uniforme, corte do cabelo, lavagem das mãos, corte

das unhas) e também sobre a higiene coletiva (uso do banheiro, do alojamento,

manutenção das instalações) ;

17) Observar se existem problemas sociais como alcoolismo ou dívida,

orientando a tropa para evitar situações de embriaguez ou endividamento, por

meio das formaturas diárias ou instrução;

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18) Planejar instruções sobre a importância do uso de EPI, sobre

prevenção de acidentes e combate à incêndio nas atv e trabalhos do Dst;

19) Planejar instrução de liderança para os chefes de equipe. De acordo

com Hunter (2004): “O líder tem o dever de fazer com que as pessoas se

responsabilizem por suas tarefas, apontando suas deficiências. No entanto, há

várias maneiras de fazer isso, sem ferir a dignidade dos outros.”;

20) Verificar se existem necessidades pessoais específicasno âmbito do

Dst (presença de hipertensos, diabéticos, asmáticos ou outras enfermidades

que precisam de cuidados especiais);

21) Realizar reunião ao fim dos trabalhos para avaliar o que foi

executado pelas equipes de trabalho e retificar ou ratificar as ações previstas

para o dia seguinte (Reunião pôr-do-sol);

22) Verificar se os alojamentos necessitam de melhorias para dar melhor

conforto ao pessoal quanto ao espaço, ventilação e/ou refrigeração, qualidade

dos colchões, travesseiros e existência de roupas de cama, acionando o

EncMat para exercer controle cerrado sobre a organização e limpeza destas

instalações;

23) Verificar se os banheiros oferecem condições de uso ao pessoal do

Dst e uma escala de faxina deverá ser realizada pelo Sgtte e fiscalizada pelo

EncMat e/ou GuSv a fim de manter as condições de limpeza.

C. MATERIAIS E INSUMOS DIVERSOS

1) Verificar se os materiais e insumos necessários à obra estão no OOG

da OpCnst ou se já encontram no almoxarifado do Dst ou do Batalhão,

reunindo para isso os chefes de equipe , encarregado de material, almoxarife e

militares de logística;

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2) Checar em qual etapa se encontram os insumos necessários à Op

Cnst (licitação, empenho, recebimento, armazenamento, liquidação,

pagamento, transporte e recebimento no Dst, acionando militares responsáveis

pela Logística do Dst e também do batalhão;

3) Determinar que um militar de logística do Dst acompanhe os insumos

da curva A, verificando o seu consumo, previsão de quando acabará cada

insumo, mantendo no Dst seus respectivos estoques de segurança e

antecipando os pedidos junto à 4ª Seção do Batalhão e/ou fornecedores, para

não acabar nenhum insumo durante a realização dos serviços e tampouco

solicitar mais insumos que a capacidade de estocagem ;

4) Determinar um ou mais militares responsáveis pelo suprimento de

fundos para compra de materiais que não estão contidos nos pregões33 do

batalhão;

5) Verificar qual tempo necessário para a chegada dos principais

insumos e materiais do Dst, acionando os militares de logística e Enc Mat;

6) Inspecionar se a Seção técnica e o pessoal de logística acompanham

a IN-05 no controle de estoques e aplicação dos insumos nos serviços

executados;

7) Planejar o uso de rádios para comunicação entre as equipes e destas

com o Dst;

8) Comunicar-se constantemente com S4 para tratar sobre a entrega ou

aquisição de materiais ou insumos necessários ao cumprimento das missões

do Destacamento, designando, se possível, um oficial pelo contato cerrado

nessa logística de entrega dos principais insumos ( especialmente, os insumos

da curva A) da Cia E Cnst;

33 Pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns em que a disputa pelo fornecimento é feita em sessão pública, por meio de propostas e lances, para classificação e habilitação do licitante com a proposta de menor preço.

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9) Acionar o Enc Mat para auxiliar no controle da entrada e saída dos

insumos e materiais da subtenência e almoxarifado;

10) Organizar um almoxarifado, caso não haja no Dst, e se possível

colocar um almoxarife para exercer esta função sob supervisão constante do

EncMat, para centralizar o recebimento e distribuição dos materiais, envidando

esforços para a utilização da ferramenta SISCOFIS;

11) Fiscalizar o responsável pelo rancho, o qual deverá estar

constantemente ciente do efetivo a alimentar e da próxima chegada dos

gêneros alimentícios, antecipando problemas para que não faltem suprimentos

que venham a prejudicar a qualidade e/ou quantidade das refeições;

12) Estudar se existem depósitos, tanques e locais apropriados para

armazenamento dos insumos e materiais, planejando as ações necessárias

para atender a demanda do Dst, raciocinando sempre em se manter estoque

de segurança para evitar problemas com fornecedores;

14) Inspecionar se existe balança aferida para recebimento de insumos

que necessitem ser pesados. O caminhão que realiza a entrega da carga

deverá ser pesado antes e depois da referida entrega nos tanques ou locais

determinados para tal;

15) Fiscalizar se os insumos asfálticos são submetidos aos ensaios de

qualidade, acionando o Engenheiro residente34 do Dst para realizar esse

acompanhamento;

16) Cobrar o uso e a existênciade EPI para todos os militares, acionando

os chefes de equipe para sua distribuição e constante fiscalização do uso.

34 Engenheiro residente é o militar formado em Engenharia Civil ou em Fortificação de Construção, oriundo da Seção técnica do Batalhão, que é destacado para chefiar a equipe da Seção técnica que se encontra no Destacamento.

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Devem ser usados sempre que a atividade ou trabalho assim o exigir, conforme

norma em vigor;

17) Verificar a existência de placas de sinalização e equipamentos de

proteção coletiva (EPC) , visando proteger o pessoal de acidentes nas frentes

de serviço, designando para tal, um oficial de prevenção de acidentes na

instrução, o qual estará sempre preocupado com as medidas protetivas

individuais e coletivas;

18) Cobrar que as ferramentas de trabalho sejam manutenidas e

guardadas após o uso, acionando os chefes de equipe para exercer esse

controle cerrado junto da sua equipe;

19) Levantar juntamente com o médico do Dst e o farmacêutico da OM

se os principais remédios e materiais de saúde se encontram no Dst;

20) Verificar a existência do protetor solar no almoxarifado ou

subtenência, recomendando o seu uso nas frentes de sv, a fim de se evitar

problemas como o câncer de pele;

21) Checar se existem repelentes no almoxarifado ou subtenência para

situações de pernoite acampado ou nas frentes de serviço que seja necessário

seu uso. Em algumas situações, é interessante se adquirir mosquiteiros pra

prevenir o pessoal de doenças transmitidas por mosquitos e também para

preservar o descanso da tropa.

D. GERENCIAMENTO (MANAGEMENT)

01) Estudar junto do Engenheiro residente o Plano de trabalho, bem

como o cronograma da Op Cnst, analisando os principais serviços e missões a

serem cumpridas dentro do prazo que foi estipulado com a assinatura do

convênio;

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02) Checar o preenchimento da IN-05 pelos integrantes da SecTec e

militares de logística. O acompanhamento dos estoques, da produção e análise

dos gastos a maior ou a menor através das justificativas apresentadas pelos

militares poderão levar a uma correção dos procedimentos tomados até o

momento, ou ainda, a realização de uma revisão do projeto em fase de obra

(RPFO);

03) No caso de haver uma RPFO, estudar com o engenheiro residente

os novos quantitativos de insumos que serão utilizados no novo projeto,

concluindo sobre alteração ou não do cronograma inicial, cobrando esse

controle do Engenheiro residente;

04) Verificar quem são os fiscais de contrato e se estão fiscalizando e

medindo os serviços das empresas contratadas no aspecto quantitativo e

qualitativo. Caso haja alguma divergência entre o serviço executado e aquilo

que foi contratado, o fiscal de contrato deverá notificar a empresa;

05) Verificar nas frentes de sv se as medições estão sendo executadas

de forma correta, bem como o trabalho dos apontadores35 ao escriturar a ficha

de romaneio (ANEXO C – Ficha de Romaneio). Este trabalho será essencial

para quantificar os insumos que estão sendo transportados, estocados

eempregados;

06) Observar junto da equipe de apropriação as Fichas de

abastecimento, o controle dos orímetros, odômetros e consumo dos

equipamentos e viaturas lançados, analisando o motivo da existência de

algumas anormalidades e corrigindo procedimentos;

07) Estabelecer normas e procedimentos do serviço ao Destacamento e

das frentes de serviço de modo a preservar a segurança do pessoal e do

material do Dst, fiscalizando o seu cumprimento;

35 Apontador é o militar responsável por conferir a quantidade e o tipo de material do serviço de transporte executado, cujo registro é lançado numa ficha de romaneio.

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08) Solicitar ao engenheiro residente um planejamento semanal dos

trabalhos para que os chefe de equipe determinem e incentivem o cumprimento

da meta de sua equipe;

09) Determinar ao Sargenteante a tarefa de controlar o fluxo de pessoal

no Dst (arejamentos, licenças, cursos, férias, etc), fiscalizando essa missão;

10) Determinar ao Cmt Pel Mnt que exerça controle total sobre os

equipamentos e viaturas do Destacamento, providenciando a cautela aos

usuários e planejando a manutenção, inclusive no período do inverno

amazônico;

11) Inspecionar o controle do preenchimento do diário de obra e da ficha

informativa semanal (FIS) junto das equipes;

12) Verificar o correto uso do SISCOFIS, para as entradas e saídas de

material no depósito do Dst (Almox) e a redistribuição de materiais para outras

dependências doDst;

13) Determinar a colocação de lacres nos tanques armazenamento e

também nos postos de combustível, evitando desvios e reforçando o controle

dos insumos;

14) Verificar com o Engenheiro residente como está o IVC da Op Cnst,

concluindo se os custos e gastos da OpCnst se encontram dentro do esperado

até então. Caso os gastos de determinado insumo apresentem uma diferença

maior que 5% para mais ou para menos dentro daquilo que havia sido previsto

em projeto, o Engenheiro residente deverá justificá-lo;

15) Checar também com o Engenheiro residente o IVP da Op Cnst,

concluindo sobre o cumprimento do cronograma e prazos da Op Cnst;

16) Determinar que os militares de logística realizem os pedidos

necessários de insumos para o andamento da Op Cnst. Esses pedidos devem

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sempre levar em consideração a produção da Op Cnst, que implicará no

consumo de materiais, o tempo de chegada do insumo e a capacidade de

estoque do Dst;

17) Estudar junto do Engenheiro residente e equipe da apropriação

como os serviços estão sendo apropriados. Esse estudo é importante para

saber se os estoques estão sendo atualizados a medida que existe o consumo

dos insumos para a produção dos diversos serviços;

18) Determinar que o Enc Mat planeje os materiais, espaços e as

instalações do Dst para comportar o efetivo do Destacamento, elaborando os

pedidos que sejam necessários para sua execução;

19) Determinar que os chefes de equipe monitorem os processos

existentes na sua equipe e que implantem medidas para melhorá-los com o

objetivo de se conseguir economia e qualidade nos serviços bem como maior

produtividade;

20) Determinar que um militar realize acompanhamento diário e semanal

da previsão do tempo, expondo na reunião do pôr do sol, de forma a planejar a

execução de alguns trabalhos e medidas preventivas para o dia seguinte e

para a semana seguinte;

21) Ligar-se constantemente com o Cmt do Batalhão para apresentar as

linhas de ação para a realização dos trabalhos, expondo as dificuldades (se

houver) de meios no cumprimento das diversas missões e propondo possíveis

soluções aos problemas encontrados;

22) Seguir constantemente as orientações do escalão superior.

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APÊNDICE E

MODELO DE CONTROLE DE LUBRIFICAÇÃO

NR

ORD VTR/EQP

HORÍMETRO

OU

ODÔMETRO

DA ÚLTIMA

GRAXA

DATA

DA

ÚLTIMA

GRAXA

DATA DA

PRÓXIMA

GRAXA

HORÍMETRO

OU

ODÔMETRO

ATUAL

OBS

1

2

3

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APÊNDICE F

EXEMPLO DE QUADRO DE MISSÕES DA OP ___________ PARA O DIA: ___ /____ .

Equipe Chefe Eqp Eqp/vtr Responsável Terraplanagem Sgt Juan TA 121

TA 122

MN 140

MN 141

KC 110

KC 111

CTA 150

ES 01

CB 570

Subbase ST E, Jorge TA 123

TA 124

MN 142

MN 143

KC 112

KC 113

KC 114

CTA 151

ES 02

CB 571

CB 572

Base Ten J. Roberto TA 125

TA 126

MN 144

MN 145

KC 115

KC 116

KC 117

CTA 152

ES 03

CB 573

CB 574

CB 575

CB 576

RM 001

CR 220

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APÊNDICE G

DISTRIBUIÇÃO DOS CAM BASC PARA MISSÕES DIVERSAS

Nr ord Cam Basc

Tipo/ Capacidade

Motorista Missão Diurna (8:00 – 18:00h)

Motorista Missão Noturna (20:00 – 04:00h)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

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ANEXO A

MODELO DE CAUTELA DE VTR

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ANEXO B

CONTROLE DE ABASTECIMENTO

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ANEXO C

MODELO DE FICHA DE ROMANEIO