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Escola Paulista de Contas Públicas Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Introdução ao Controle Interno Aplicado aos RPPS

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Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

Introdução ao Controle Interno Aplicado aos RPPS

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IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE CONTROLE INTERNO IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

ORIGEM DO DESPERDÍCIO DO DINHEIRO PÚBLICO NO BRASILORIGEM DO DESPERDÍCIO DO DINHEIRO PÚBLICO NO BRASIL

Má conduta: 07%Má conduta: 07%

Supressão dos controles pelos dirigentes: 13%

Situações peculiares da atividade estatal: 17%

Insuficiência de Sistema de Controle Interno: 63%

(Consultoria Internacional KPMG – Jornal Zero Hora, Porto Alegre, 2005)

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DESMISTIFICANDO O CONTROLE INTERNODESMISTIFICANDO O CONTROLE INTERNO

O Controle Interno não limita a via de autuação dos administradores públicos. Bem estruturado e ativo, constitui-se a própria presença do gestor público nos diferentes quadrantes de sua administração

É o “olho mágico” que visualiza simultânea e diariamente as variadas situações que envolvem a Administração, permitindo os ajustes necessários nas ações de governo.

Além de evitar o desperdício do dinheiro público, corrigi os rumos de suas prestações de contas à sociedade e ao TCE.

O controle interno não fiscaliza o gestor, mas sim fiscaliza para o gestor, evitando que possíveis erros sejam detectados fora do tempo”(Conselheiro Severiano Costandrade de Aguiar - TCE/Tocantins - Mensagem pronunciada no II Fórum de Controle do Tribunal de Contas, no dia 31 de março de 2011, referente à temática da oficina “Sistema de Controle Interno”.)

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DESMISTIFICANDO O CONTROLE INTERNODESMISTIFICANDO O CONTROLE INTERNO

BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DO S.C.I. Maior tranquilidade aos administradores e funcionários;

Contribui para o atingimento de resultados;

Permite a otimização das rotinas internas (aumento da eficácia)

Possibilita a identificação de pontos cruciais e de prioridades;

Diminui o risco de restrições por parte do TCE;

Reduz improvisos e influencia a qualidade.

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IMPLANTAÇÃO DO SCI. ALGUMAS QUESTÕESIMPLANTAÇÃO DO SCI. ALGUMAS QUESTÕES

O argumento do custo da implantação.

Conveniência do Administrador.

Não extrapolação das prerrogativas do C.I.

Ênfase no caráter preventivo.

Criação e regulamentação do S.C.I. Espécie normativa.

Entidades pequenas.

Formação acadêmica.

Forma de provimento. Ideal. Cargo efetivo e concurso.

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DIRETRIZES APLICÁVEIS AO CONTROLE INTERNO

Diretrizes para que o SCI atinja os seus objetivos e que ajudam a compreensão de sua estrutura:

Qualificação adequada e treinamento dos funcionários

Delegação de poderes e determinação de responsabilidades

Segregação de funções

Instruções devidamente formalizadas

Aderência às diretrizes e normas legais

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NORMAS APLICÁVEIS AO CONTROLE INTERNO

Constituição Federal/1988 : artigos 31, 70 e 74

Legislação Infraconstitucional

LF 4.320/64: Artigos 76 na 80

LF 8.666/93: Artigos 45; 102; 113, §§ 1º e 2º; 116, §3º, I e III

LF 10.180/01 (Lei de Organização do Sistema de Controle Interno

Federal)

LFC 101/00: Art. 54, parágrafo único; artigo 59.

DL 200/67: Artigos 19 a 29 (Supervisão Ministerial)

Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público:

NBC T 16.8 – Controle Interno

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NORMAS APLICÁVEIS AO CONTROLE INTERNO

Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público – NBC T 16.8 – Controle Interno

Objetivo (1)

Abrangência (2/3)

Classificação (4) Operacional Contábil Normativo

Estrutura e Componentes (5/12) Ambiente de controle Mapeamento e Avaliação de riscos Procedimentos de controle Informação e Comunicação Monitoramento

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Avaliação da estrutura de controle interno

Segundo NBC-T16.8ASPECTOS DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO Avaliação

AMBIENTE DE CONTROLE 1 2 3 4 51. Os altos dirigentes da UJ percebem os controles internos como

essenciais à consecução dos objetivos da unidade e dão suporte adequado ao seu funcionamento.

         

2. Os mecanismos gerais de controle instituídos pela UJ são percebidos por todos os servidores e funcionários nos diversos níveis da estrutura da unidade.

         

3. A comunicação dentro da UJ é adequada e eficiente.          4. Existe código formalizado de ética ou de conduta.          5. Os procedimentos e as instruções operacionais são

padronizados e estão postos em documentos formais.         

6. Há mecanismos que garantem ou incentivam a participação dos funcionários e servidores dos diversos níveis da estrutura da UJ na elaboração dos procedimentos, das instruções operacionais ou código de ética ou conduta.

         

7. As delegações de autoridade e competência são acompanhadas de definições claras das responsabilidades.

         

8. Existe adequada segregação de funções nos processos da competência da UJ.

         

9. Os controles internos adotados contribuem para a consecução dos resultados planejados pela UJ.

         

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Avaliação da estrutura de controle interno

AVALIAÇÃO DE RISCO 1 2 3 4 510. Os objetivos e metas da unidade jurisdicionada estão formalizados.          

11. Há clara identificação dos processos críticos para a consecução dos objetivos e metas da unidade.

         

12. É prática da unidade o diagnóstico dos riscos (de origem interna ou externa) envolvidos nos seus processos estratégicos, bem como a identificação da probabilidade de ocorrência desses riscos e a consequente adoção de medidas para mitigá-los.

         

13. É prática da unidade a definição de níveis de riscos operacionais, de informações e de conformidade que podem ser assumidos pelos diversos níveis da gestão.

         

14. A avaliação de riscos é feita de forma contínua, de modo a identificar mudanças no perfil de risco da UJ, ocasionadas por transformações nos ambientes interno e externo.

         

15. Os riscos identificados são mensurados e classificados de modo a serem tratados em uma escala de prioridades e a gerar informações úteis à tomada de decisão.

         

16. Existe histórico de fraudes e perdas decorrentes de fragilidades nos processos internos da unidade.

         

17. Na ocorrência de fraudes e desvios, é prática da unidade instaurar sindicância para apurar responsabilidades e exigir eventuais ressarcimentos.

         

18. Há norma ou regulamento para as atividades de guarda, estoque e inventário de bens e valores de responsabilidade da unidade.

         

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Avaliação da estrutura de controle interno

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE 1 2 3 4 519. Existem políticas e ações, de natureza preventiva ou de detecção, para

diminuir os riscos e alcançar os objetivos da UJ, claramente estabelecidas.         

20. As atividades de controle adotadas pela UJ são apropriadas e funcionam consistentemente de acordo com um plano de longo prazo.

         

21. As atividades de controle adotadas pela UJ possuem custo apropriado ao nível de benefícios que possam derivar de sua aplicação.

         

22. As atividades de controle adotadas pela UJ são abrangentes e razoáveis e estão diretamente relacionados com os objetivos de controle.

         

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 1 2 3 4 5

23. A informação relevante para UJ é devidamente identificada, documentada, armazenada e comunicada tempestivamente às pessoas adequadas.

         

24. As informações consideradas relevantes pela UJ são dotadas de qualidade suficiente para permitir ao gestor tomar as decisões apropriadas.

         

25. A informação disponível à UJ é apropriada, tempestiva, atual, precisa e acessível.

         

26. A Informação divulgada internamente atende às expectativas dos diversos grupos e indivíduos da UJ, contribuindo para a execução das responsabilidades de forma eficaz.

         

27. A comunicação das informações perpassa todos os níveis hierárquicos da UJ, em todas as direções, por todos os seus componentes e por toda a sua estrutura.

         

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Avaliação da estrutura de controle interno

MONITORAMENTO 1 2 3 4 528. O sistema de controle interno da UJ é constantemente

monitorado para avaliar sua validade e qualidade ao longo do tempo.

         

29. O sistema de controle interno da UJ tem sido considerado adequado e efetivo pelas avaliações sofridas.

         

30. O sistema de controle interno da UJ tem contribuído para a melhoria de seu desempenho.

         

Considerações gerais: 

LEGENDANíveis de Avaliação:(1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da UJ.(2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua minoria.(3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ.(4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua maioria.(5) Totalmente válido. Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no contexto da UJ.

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ESTRUTURA. COMPETÊNCIAS. ATRIBUIÇÕES

UMA BOA ESTRUTURAÇÃO

Estrutura de pessoal: em cada Poder e órgão dependerá da estrutura administrativa e do volume das atividades a serem controladas

Designação: servidores efetivos e bem treinados.

Perfil do Controlador: ético, bem relacionado, independente.

Instituição do S.C. I.: Lei Prerrogativas: de acesso a quaisquer documentos e

informações para o desempenho das funções e para encaminhamentos necessários ao cumprimento da legislação.

Ligado a mais alta instância de governo.

ATUANTE: Não pode ser uma mera folha de papel.

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ESTRUTURA. COMPETÊNCIAS. ATRIBUIÇÕES

COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES

Avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA, a execução dos programas de governo e dos orçamentos (CF)Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos públicos, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado (CF)Apoiar o Controle Externo (CF)Efetuar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial de todas as entidades da Administração Direta e Indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, finalidade, motivação, moralidade, publicidade e interesse público, aplicação de subvenções e renúncia de receitas (CE)Assinar o Relatório de Gestão Fiscal (LRF)Acompanhar o atingimento das metas da LDO (LRF)Cumprir os limites e condições de operações de crédito e inscrição em RP (LRF)Acompanhar as medidas de recondução para o retorno ao limite legal das despesas com pessoal, dívida consolidada e mobiliária (LRF)

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ESTRUTURA. COMPETÊNCIAS. ATRIBUIÇÕES

COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES

Acompanhar a destinação de recursos obtidos com a alienação de ativosAcompanhar o cumprimento do limite dos gastos totais do legislativoEfetuar, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicosCertificar a regularidade da tomada de contas antes do pronunciamento dos responsáveis da AdministraçãoElaborar relatórios e pareceres, mantê-los arquivados, à disposição do Tribunal de ContasEncaminhar ao TCE, no caso de ocorrência de ofensa aos princípios consagrados no artigo 37 da CF, em até 03 (três) dias da conclusão do relatório ou parecer Acompanhar os setores da administração na observância dos procedimentos e prazos regulamentares.

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PLANEJAMENTO DO CONTROLE INTERNO

Riscos e Cenários

Tamanho da entidade

Riscos operacionais: avaliação da probabilidade de riscos de seu impacto, entre os quais:

Risco humano: ocorrência de erro não intencional, incapacidade técnica, fraude.

Risco de processo: afeto à forma que determinada ação é realizada (modelagem, transação, conformidade, controle, técnico).

Riscos tecnológicos: qualidade de equipamentos, sistemas, confiabilidade da informação produzida).

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AVALIAÇÃO DE RISCOS

BAIXA/ALTO MÉDIA/ALTO ALTA/ALTO

BAIXA/MÉDIO MÉDIA/MÉDIO ALTA/MÉDIO

BAIXA/BAIXO MÉDIA/BAIXO ALTA/BAIXO

PROBABILIDADE

IMPA

CTO

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RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

FINALIDADES BÁSICAS

Fornecer ao gestor dados para tomada de decisões sobre a política de área supervisionada.

Atendimento, pela gerências executivas, das recomendações sobre as operações de sua responsabilidade.

Correção de erros detectados pelos responsáveis pela execução das tarefas.

Atendimento de outras autoridades interessadas, dependendo do tipo ou forma de procedimento realizado.

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RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

Materialidade: avaliação do caráter relativo dos valores envolvidos

Relevância: importância e consequência de um ato ou fato para Administração e gestores.

Exemplo: Dispensa ou fracionamento licitatório: embora sem danos materiais, a prática tem alto potencial ofensivo (crime, improbidade)

Criticidade: precariedade dos pontos de controle com riscos operacionais latentes.

Exemplo: Controle interno sem estrutura ou insuficiente; servidores não-treinados.

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RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

Redação clara e simples: objetividade e possibilidade de entendimento por qualquer pessoal. Informações tem que ser:

Precisa: afastar subjetividade ou obscuridade que possa levar à interpretação não pretendida.

Oportuna: divulgada em tempo hábil para medidas corretivas tempestivas e efetivas.

Imparcial: fiel aos fatos; neutra; sem juízo de valor.

Completa: embora objetiva, deve estar inteira, sem omissões ou supressões.

Conclusiva: deve permitir a formação de opinião sobre os fatos relatados.

Construtiva: visa melhorar a gestão financeira e operacional; sem expressões duras, depreciativas ou inoportunas.

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RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

Periodicidade: dependerá de vários fatores, que devem ser levados em conta no planejamento das atividades do Controle Interno.

Licitações: atuação prévia (edital); concomitante ou posterior (habilitação, julgamento); execução contratual (concomitante, posterior)

Operação de crédito: atuação concomitante

Limite de despesas com pessoal: atuação quadrimestral

Operações da contabilidade, conciliação bancária: atuação mensal e/ou diária

Contratações: por amostragem, prazo depende dependerá dos riscos,

da materialidade e dos pontos fracos.

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RELACIONAMENTO COM O CONTROLE EXTERNO

Apoio ao Tribunal de Contas no exercício de missão institucional

Coordenação da preparação e do encaminhamento das prestações de contas, das respostas às diligências e de todas as peças recursais ao TCE

Encaminhamento ao TCE dos relatórios finais dos processos de tomada de contas especiais

Comunicação ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo sobre irregularidades ou ilegalidades apuradas, para as quais a Administração não tomou providencias visando à apuração de responsabilidades e ao ressarcimento de eventuais danos ou prejuízos ao erário

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ALERTAS DO TCE E A FICHA LIMPA

Em 21.12.2012, o TCESP noticiou em sua página eletrônica:

“O Tribunal Superior Eleitoral - TSE, no julgamento do Recurso Especial RESPE nº 8502, considerou que a inobservância aos alertas emitidos pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCESP configura dolo a ensejar a declaração de inelegibilidade de candidato à prefeitura municipal por improbidade administrativa, nos termos do art. 1º, inciso I, alínea g, da Lei Complementar nº 64/1990.

A decisão monocrática, proferida pelo ministro Marco Aurélio, consignou que “(...) o dolo fica evidenciado pelo desrespeito às leis e princípios administrativo, como também pela inobservância à alerta do próprio Tribunal de Contas (fl. 1.580)”. ”

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O TCE E O CONTROLE INTERNO

DADOS DO TCE-SP DE 2010:

Dos 644 municípios fiscalizados, 141 receberam pareceres desfavoráveis

A maior incidência de irregularidades formais de natureza grave ocorre por deficiência, ou pela própria inexistência, do controle interno

O Controle Interno exerce papel preponderante, tanto na prevenção, quanto na descoberta de fraudes ou erros na repartição, devendo ser, periodicamente, revisto e fortalecido, para estar sempre apto a atender os fins estabelecidos na Constituição.

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O TCE E O CONTROLE INTERNO

O que verá o TCE:

O Controle Interno produz relatórios? Qual o conteúdo dos relatórios?

Qual a periodicidade? Um por ano parece pouco.

Foi encaminhado ao Ordenador e aos setores relacionados à falha?

O Ordenador determinou providências?

Etapas de responsabilização

Num primeiro momento: Advertência

Depois: responsabilização solidária e recusa da Conta

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

CONTEÚDO

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ALGUNS ITENS

Análise operacionalDéficit atuarialReceitas. Gestão dos investimentosReceitas. Compensação PrevidenciáriaReceitas. Dívida ativaPrecatórios judiciaisEncargos sociaisDespesas administrativasEditais de licitações e contratosTesourariaCargos em comissãoControle internoTransparência e Lei de Acesso à Informação

RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Relatório sem parâmetros confiáveis, sem convergência aos objetivos da entidade, sem possibilidade de aferir os níveis de metas, eficiência e resultados

DÍVIDA ATIVA

Ausência de inscrição dos débitos e parcelamentos na dívida ativa

Encargos moratórios não reconhecidos ou não atualizados

Erros na escrituração contábil

Falta de providências administrativas e/ou judiciais para cobrança

ATENDIMENTO ÀS INSTRUÇÕES

Inobservância dos prazos previstos nas Instruções

RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

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DEFICIT E PASSIVO ATUARIAL

Déficit atuarial e ausência de providências recomendadas no parecer atuarial

Base cadastral incompleta e/ou desatualizada

Ausência de plano de custeio suplementar

Ausência ou insuficiência de aportes financeiros

Retorno dos rendimentos financeiros abaixo do patamar da meta atuarial

Ausência ou não implementação do Plano de Amortização do Déficit

atuuarial

Ausência da Segregação de Massa

Inexecução do plano financeiro e do plano previdenciário

Ausência de contabilização da provisão matemática previdenciária

RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

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RECEITAS

Ausência de repasses das contribuições patronais e das parcelas retidas

Compensação previdenciária não solicitada ao RGPS

RECEITAS – GESTÃO DOS INVESTIMENTOS

Depósitos em carteiras de alto risco e acima do limite legal

Falta de conhecimento aprofundado sobre o mercado financeiro

Ausência de Comitê de Investimento

Investimento em carteiras de alto risco sem aprovação do Comitê, do Conselho

de Administração e da Diretoria

Política de investimentos não autorizada pela Diretoria e Conselho

Perdas decorrentes de depósitos em fundos ou instituições financeiras

inidôneas e sem patrimônio

RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

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ENCARGOS SOCIAIS

Pagamento de inativos e pensionistas de responsabilidade da Prefeitura Municipal

Recolhimento dos encargos patronais e Repasse da parcela retida ao RPPS

Cumprimento dos parcelamentos previdenciários e fiscais

Cautela na contratação de assessorias e consultorias com base em cláusula de êxito ou sucesso e com pagamento antecipado sem solução definitiva de mérito e trânsito em julgado. (Utilizar-se dos servidores próprios)

Obs.: Item considerado capital para atendimento, caso contrário, a conta será rejeitada por este motivo

RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

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Escola Paulista de Contas Públicas

CARGOS EM COMISSÃO

cargos em comissão referem-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento

Quantidade de cargos em comissão em relação aos cargos efetivos são desproporcionais

Há norma regulamentadora com as descrições das atividades dos cargos em comissão

CARGOS EM COMISSÃO

Despesas administrativasGastos efetuados acima do limite permitido pela legislação geral

RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

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TRANSPARÊNCIA E LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

Foi instituído no site o Portal de Transparência? É de fácil localização no site do órgão? A execução orçamentária é divulgada em tempo real? O conteúdo de receita e despesa é divulgado? O sistema integrado de administração financeira atende aos requisitos técnicos, de

qualidade e de segurança? A Lei de Acesso à informação está sendo obedecida?

Os direitos mínimos do cidadão estão assegurados? As informações de interesse públicos, independente de requerimento, estão divulgadas?Os sítios atendem os requisitos legais: ferramentas de pesquisa com linguajar claro, fácil, objetivo; gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos; acesso automatizado em formato aberto; os formatos utilizados são divulgados em detalhes; as informações são atualizadas, as medidas às pessoas portadores de deficiência estão sendo adotadas para acesso à informação?O Serviço de Informação ao Cidadão – SIC foi instituído e regulamentado? Há possibilidade de atendimento eletrônico?

RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNO

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SISTEMA AUDESP

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

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SISTEMA AUDESP

Um dos principais meios de recebimento da prestação de contas – órgãos municipais – anual e periódicos

Responsável pela análise dos seguintes assuntos:

Cumprimento das Instruções

Gestão Fiscal

Ensino

Saúde

Ordem Cronológica de Pagamentos

O Controle Interno pode se valer dos resultados analisados pelo Sistema AUDESP (Processo de Acompanhamento da Gestão Fiscal – Acessório 1)

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SISTEMA AUDESP

ACESSÓRIO 1: GESTÃO FISCAL. ITENS PERÍODO DA ANÁLISE

Pontos de Controle

Análise Ordem Cronológica de Pagamentos................................................................................................ semestralCI01 - Cumprimento das entregas da documentação exigida pelo TCE ................................................................... mensalAE02 - Planejamento Atualizado de Aplicação em Ensino...................................................................................... trimestralAE04 - Aplicação de Recursos Próprios em Ensino com base na Despesa Empenhada ................................... trimestralAE05 - Aplicação de Recursos do FUNDEB.............................................................................................................. trimestralAE06 - Aplicação de Recursos do FUNDEB na remuneração do Magistério........................................................ trimestralAE07 - Aplicação dos Recursos do FUNDEF de Exercícios Anteriores................................................................. trimestralAE08 - Repasses Decendiais – Estimado.................................................................................................................. trimestralGF15 - Análise da Receita - Execução Orçamentária............................................................................................... bimestralGF16 - Análise da Despesa- Execução Orçamentária ............................................................................................ bimestralGF20 - Análise do Resultado Primário - LOA Atualizada X Meta da LDO............................................................... bimestralGF22 - RPPS - Previsão X Realização das Receitas Previdenciárias..................................................................... bimestralGF23 - RPPS - Análise das Disponibilidades Financeiras do Regime Previdenciário......................................... bimestralGF26 - Análise dos Restos a Pagar - Movimentação até o Bimestre...................................................................... bimestralGF27 - Despesas com Pessoal............................................................................................................................ quadrimestralGF28 - Dívida Consolidada.................................................................................................................................. quadrimestralGF29 - Análise das Operações de Crédito - exceto ARO.................................................................................. quadrimestralGF30 - Análise das Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária – ARO......................quadrimestralGF31 - Análise de Concessão de Garantias...................................................................................................... quadrimestralGF32 - Análise da Aplicação de Recursos decorrentes da Alienação de Ativos.......................................................... anualGF36 - Despesas com Pessoal - Ano eleitoral.................................................................... a partir de junho / ano eleitoralGF37 - Análise das despesas assumidas nos últimos quatro bimestres - Art. 42, LRF.....a partir de maio / ano eleitoralGF38 - Operações de Crédito X Despesas de Capital - Regra de Ouro......................................................................... anualAS02 - Planejamento Atualizado de Aplicação em Saúde....................................................................................... trimestralAS04 - Aplicação de Recursos Próprios em Saúde com base na Despesa Empenhada..................................... trimestral

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SISTEMA AUDESP

GF22 - RPPS - Previsão X Realização das Receitas Previdenciárias.....................................................................bimestralGF23 - RPPS - Análise das Disponibilidades Financeiras do Regime Previdenciário.........................................bimestral

ITENS DE ANÁLISE – ACESSÓRIO Fev Abril Junho AgoOut Dez Total Geral

GF22 - RPPS - Previsão X Realização das Receitas Previdenciárias 221 221 220 221 218 221 1322

Desfavorável 158 154 165 161 153 152 943

Favorável 63 67 55 60 65 69 379

GF23 - RPPS - Análise das Disponibilidades Financeiras do Regime Previdenciário 221 221 220 221 218 221 1322

Desfavorável 33 16 58 47 42 37 233

Favorável 188 205 162 174 176 184 1089

Total Geral 442 442 440 442 436 442 2644

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SISTEMA AUDESP

ANÁLISES DO ACESSÓRIO 1: ONDE CONSULTAR

Público em geral: sítio TCE (www.tce.sp.gov.br)/ Seção Transparência/ Portal do Cidadão/ Pastas Cumprimento das Instruções- Alertas e Entrega de Balancetes

Para o jurisdicionado – Acesso Restrito – Por meio de login ou senha: sítio TCE (www.tce.sp.gov.br) / Seção JURISDICIONADO/ AUDESP

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Escola Paulista de Contas Públicas 39

Coletor SISTEMA AUDESP

USO DO LOGIN E CONSULTAS

Altamente recomendável que o Gestor ou servidor do órgão detenha login e senha

Consulta sobre documentos enviados, erros acusados, análises, Instruções, demonstrativos, relatórios gerenciais, situações de entrega, alertas

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Escola Paulista de Contas Públicas 40

SISTEMA AUDESP

Acesso ao Sistema AUDESP no perfil de Controle Interno:

COMUNICADO SDG nº 011/2014. DOE de 29.04.14

Comprovação da função ou cargo relacionado ao Controle Interno

Solicitação à Divisão AUDESP

Após a análise, a carta com login e senha será encaminhada a uma das Divisões de Fiscalização para retirada pessoal.

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Escola Paulista de Contas Públicas 41

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Paulo Massaru Uesugi Sugiura

<[email protected] >