Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Gesp.010.01
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Instituto Politécnico da Guarda
R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O
ANDRÉ FILIPE TEIXEIRA PINTO
RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO
EM GESTÃO
Outubro/2012
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
ii
Ficha de Identificação
Dados do discente:
Nome: André Filipe Teixeira Pinto
Número: 1009277
Curso: Licenciatura em Gestão
Contacto: 916 750 119
Estabelecimento de ensino:
Instituto Politécnico da Guarda (IPG)
Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG)
Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 50
6300-559 Guarda
Contacto: 271 220 120
Local de estágio:
Crédito Agrícola (CA), Delegação Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega (T.S.A.B.T.).
Balcão: 1320 – Av. Dr. Leonardo Coimbra,
4610-105 Felgueiras
Contacto: 255 310 480
Docente Orientador na ESTG-IPG:
Dra. Catarina Alves
Coordenador de estágio na organização:
Dra. Isabel Abreu
Início do estágio: 05 de Março de 2012
Conclusão do estágio: 31 de Maio de 2012
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
iii
Plano de Estágio Curricular.
O plano de estágio da licenciatura em gestão foi definido pela coordenadora de estágio do
Crédito Agrícola, a Dra. Isabel Abreu, tendo previsto realizar as seguintes atividades:
Caixa – Atendimento geral e personalizado;
Efetuar depósitos, levantamentos e transferências conta a conta;
Efetuar aberturas de contas à ordem, poupança e depósitos a prazo;
Emitir saldos, extratos de contas e atualizar cadernetas;
Efetuar encerramento e conferência de caixa;
Noções gerais de arquivo relacionado com o serviço diário;
Assegurar o atendimento e encaminhamento de chamadas telefónicas;
Análise da compensação diária de cheques e outros débitos nas contas dos clientes
(Idd´s e PSC’s);
Análise de mapas relacionados com descobertos em depósitos à ordem;
Noções de preparação de processos de crédito para análise de risco (recolha de
elementos e preenchimento de propostas), nomeadamente, descontos de letras;
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
iv
Resumo
Durante aproximadamente três meses, o estagiário teve a oportunidade de estagiar no
Crédito Agrícola de Felgueiras, onde a atividade era intensa e diversificada, tendo a
oportunidade de adquirir vários conhecimentos, em várias áreas. Foi, sem dúvida, uma
agradável experiência onde foi possível aplicar a teoria assimilada nas unidades
curriculares, assim como também, desenvolver novos conhecimentos para além dos já
adquiridos.
O estágio teve uma função relevante na evolução do estagiário, em todos os aspetos. O
contacto existente entre o estagiário e os clientes possibilitou o seu crescimento enquanto
pessoa, alterando um pouco os hábitos e a linguagem do mesmo dado que se está inserido
num contexto diferente do ambiente académico, em que se deve assumir uma postura
profissional e responsável.
Foram desenvolvidas atividades variadas, de entre as quais, se destacam as de Front Office
e de Back Office. Por sua vez, realizou pesquisas nos arquivos às mais variadíssimas
papeladas que, por vezes, eram necessárias facultar para o processo de auditoria. Observou
e operou com as funcionalidades dos sistemas informáticos para que, mais tarde, viesse a
ser capaz de prestar um bom atendimento aos clientes, quer através de chamadas
telefónicas, quer através do atendimento ao balcão.
Palavras-Chave: Crédito Agrícola; Atendimento; Clientes; Estágio; Felgueiras.
JEL Classification: M10 Business administration
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
v
Agradecimentos
Quero agradecer aos meus pais, que com todo o amor e carinho me incentivaram a tirar esta
licenciatura. Um grande obrigado, por tudo, pelo esforço, pelo incentivo, obrigado por me
proporcionarem a possibilidade de ter um futuro melhor.
Agradeço também à minha irmã e ao meu cunhado que sempre me ajudaram, sempre se
preocuparam com o meu desempenho ao longo destes anos e me apoiaram quando menos
esperava.
À minha namorada, que sempre e sempre esteve do meu lado, que me deu o apoio que
necessitava, os melhores conselhos possíveis e a possibilidade de seguir o seu exemplo.
Obrigado Virgínia Marques.
Quero agradecer também aos meus amigos de curso, aos meus colegas com quem tive o
prazer de trabalhar durante este estágio, especialmente aos colegas Alberto Miranda e
Natália Gonçalves e a todos aqueles que me foram ajudando.
Um grande obrigado para a professora Catarina Alves, pelo carinho, pela ajuda e pela
preocupação demostrada.
A todos, um grande Bem-haja.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
vi
Índice
Ficha de Identificação ............................................................................................................ ii
Plano de Estágio Curricular .................................................................................................. iii
Resumo ................................................................................................................................. iv
Agradecimentos ..................................................................................................................... v
Índice .................................................................................................................................... vi
Índice de Figuras .................................................................................................................. ix
Índice de Tabelas ................................................................................................................... x
Índice de Anexos ................................................................................................................... x
Glossário de Siglas ............................................................................................................... xi
Introdução ............................................................................................................................ 1
Capítulo 1 – O Crédito Agrícola .......................................................................................... 3
1.1. Enquadramento Histórico ............................................................................................... 3
1.2. O Grupo Crédito Agrícola .............................................................................................. 5
1.3. Empresas Participadas .................................................................................................... 6
1.4. Princípios do Grupo Crédito Agrícola .......................................................................... 13
1.4.1. Visão ................................................................................................................... 13
1.4.2. Valores ................................................................................................................ 13
1.4.3. Missão ................................................................................................................ 13
1.4.4. Objetivos ............................................................................................................ 13
1.5. A marca CA .................................................................................................................. 14
1.6. Balcões Crédito Agrícola ............................................................................................. 16
Capítulo 2 – Produtos e Serviços do Crédito Agrícola ...................................................... 18
2.1. Contas – Particulares .................................................................................................... 18
2.1.1. Depósitos à Ordem ............................................................................................. 19
2.1.2. Depósito a Prazo ................................................................................................ 20
2.1.3. Poupanças .......................................................................................................... 23
2.2. Contas – Empresas ...................................................................................................... 26
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
vii
2.2.1. Depósitos à Ordem ............................................................................................ 26
2.2.2. Apoio a Pagamentos e Recebimentos ............................................................... 27
2.3. Cartões Bancários ........................................................................................................ 28
2.3.1. Cartões de Débito .............................................................................................. 28
2.3.2. Cartões de Crédito ............................................................................................. 29
2.3.3. Cartão Misto ...................................................................................................... 30
2.4. Crédito ......................................................................................................................... 31
2.4.1. Crédito – Particulares ........................................................................................ 31
2.4.1.1. Crédito ao Consumo ............................................................................ 31
2.4.1.2. Crédito Habitação ................................................................................ 32
2.4.1.3. Solução Automóvel .............................................................................. 33
2.4.2. Crédito – Empresas ........................................................................................... 34
2.4.2.1. Crédito Tesouraria ............................................................................... 34
2.4.2.2. Linha de Crédito ao Investimento ......................................................... 34
2.4.2.3. Garantias Bancárias ............................................................................. 35
2.4.2.4. Leasing ................................................................................................. 35
2.5. Seguros ........................................................................................................................ 36
2.5.1. Seguros Vida ..................................................................................................... 36
2.5.2. Seguros Não Vida ............................................................................................. 37
Capítulo 3 – Atividades Desenvolvidas ............................................................................ 38
3.1. Localidade onde decorreu o Estágio ............................................................................ 38
3.2. O Crédito Agrícola de Felgueiras ................................................................................ 39
3.3. Estrutura do Balcão de Felgueiras ............................................................................... 40
3.4. Atividades desenvolvidas no estágio ........................................................................... 41
3.4.1. Atividades desenvolvidas em Front Office ....................................................... 43
3.4.2. Atividades desenvolvidas em Back Office ........................................................ 50
Conclusão .......................................................................................................................... 56
Bibliografia ........................................................................................................................ 58
Web Grafia ........................................................................................................................ 58
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
viii
Outras Referências ........................................................................................................... 58
Anexos ................................................................................................................................ 59
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
ix
Índice de Figuras
Figura 1 – Logótipo AGROCAPITAL .................................................................................. 6
Figura 2 – Logótipo FENACAM .......................................................................................... 7
Figura 3 – Áreas departamentais da FENACAM .................................................................. 8
Figura 4 – Logótipo CA Consult ........................................................................................... 9
Figura 5 – Logótipo CA Finance ........................................................................................ 10
Figura 6 – Logótipo CA Gest ............................................................................................. 10
Figura 7 – Logótipo CA Informática .................................................................................. 11
Figura 8 – Logótipo CA Serviços ....................................................................................... 11
Figura 9 – Logótipo CA Seguros ........................................................................................ 12
Figura 10 – Logótipo CA Vida ........................................................................................... 12
Figura 11 – Evolução dos logotipos do CA ........................................................................ 14
Figura 12 – Logótipo Atual do CA ..................................................................................... 15
Figura 13 – Logotipo Centenário ....................................................................................... 15
Figura 14 – Mapa de Portugal ............................................................................................ 16
Figura 15 – Balcão 24 ......................................................................................................... 17
Figura 16 – Operações disponíveis no Balcão 24 ............................................................... 17
Figura 17 – Cartão VISA Electron ..................................................................................... 28
Figura 18 – Cartão SuperJovem ......................................................................................... 28
Figura 19 – Cartão BeFree .................................................................................................. 29
Figura 20 – Cartão Classic .................................................................................................. 29
Figura 21 – Cartão Premier ................................................................................................ 29
Figura 22 – Cartão CA Mulher ........................................................................................... 30
Figura 23 – Cartão CA Companhia .................................................................................... 30
Figura 24 – Cartão Contacto ............................................................................................... 30
Figura 25 – Localização de Felgueiras em Portugal ........................................................... 38
Figura 26 – Sede do Crédito Agrícola delegação TSABT ................................................. 39
Figura 27 – Balcão Crédito Agrícola de Felgueiras ........................................................... 39
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
x
Figura 28 – Organograma do Crédito Agrícola de Felgueiras ........................................... 40
Figura 29– Documento Excel para registo de Créditos Liquidados ................................... 52
Índice de Tabelas
Tabela 1 – Depósito Super Crescente e Super Crescente Mais (Diferenças) ..................... 22
Tabela 2 – Poupança Máxima e Poupança Máxima Tradição (Diferenças) ....................... 24
Tabela 3 – Outras Finalidades de Crédito (Detalhes) ......................................................... 32
Índice de Anexos
Anexo I – Organograma do Grupo Crédito Agrícola ......................................................... 60
Anexo II – Organograma Institucional ............................................................................... 62
Anexo III – Talão de Depósito ........................................................................................... 64
Anexo IV – Talão de Depósito Manual .............................................................................. 66
Anexo V – Ordem Levantamento ....................................................................................... 68
Anexo VI – Ordem Levantamento Manual – Conta à Ordem ............................................ 70
Anexo VII – Ordem Levantamento Manual – Conta Poupança/Prazo .............................. 72
Anexo VIII – Ficha de Assinaturas – Pessoas Singulares .................................................. 74
Anexo IX – Ficha de Assinaturas – Pessoas Coletivas ...................................................... 77
Anexo X – Informação Clientes – Pessoas Singulares ....................................................... 80
Anexo XI – Informação Clientes – Pessoas Coletivas ....................................................... 83
Anexo XII – Condições Gerais de Contrato de Depósito – Pessoas Singulares ................ 86
Anexo XIII – Condições Gerais de Contrato de Depósito – Pessoas Coletivas ................. 95
Anexo XIV – Cheque Endossado ..................................................................................... 103
Anexo XV – Requisição de Cheques ............................................................................... 105
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
xi
Glossário de Siglas
ATM – Automatic Teller Machine (Caixa Automática)
CA – Crédito Agrícola
CCAM – Caixa de Crédito Agrícola Mútuo
CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
DO – Depósito à Ordem
DP – Depósito a Prazo
FENACAM – Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
PIN – Personal Identification Number
SAF – Serviço Administrativo e Financeiro
SATA – Serviço de Apoio Técnico
SIBAL – Sistema Integrado de Balcão
SICAM – Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo
TSABT – Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega
TPA – Terminal Pagamento Automático
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
1
Introdução
O estágio curricular é a etapa final de uma longa caminhada académica. É o culminar de
uma etapa da vida, para a obtenção do grau de licenciatura do curso de Gestão.
A elaboração deste relatório tem como finalidade dar a conhecer uma perspetiva sobre o
estágio curricular desenvolvido, que revelou ser um instrumento fundamental que
possibilitou desenvolver competências num ambiente profissional e técnico, através da
aplicação prática dos conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares do curso.
Pretende ser o relato de um estágio realizado no Crédito Agrícola de Felgueiras, que teve a
duração de quatrocentas horas, e que se iniciou no dia 5 de Março, terminando no dia 31 de
Maio de 2012.
É importante destacar o grande privilégio de trabalhar ao lado de grandes profissionais com
bastantes anos de experiência, que em diversas ocasiões transmitiram o seu vasto
conhecimento, ajudando na aquisição de competências-chaves imprescindíveis para um
futuro de sucesso do estagiário.
Este relatório está dividido em três capítulos:
No primeiro capítulo, encontra-se a essencialmente a apresentação do Grupo
Crédito Agrícola, a sua dimensão, um pouco da sua história ao longo dos seus cem
anos de existência, bem como os seus princípios.
No segundo capítulo, abordam-se os produtos e serviços disponibilizados pelo
Crédito Agrícola aos seus clientes, nomeadamente, contas à ordem, contas a prazo,
poupanças, créditos, seguros, entres outros.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
2
No terceiro capítulo, dá-se a conhecer a localidade onde decorreu o estágio, bem
como a sede e o balcão do Crédito Agrícola. Neste capítulo serão também
enumeradas as diversas atividades desenvolvidas ao longo do estágio.
Para finalizar, apresenta-se uma breve conclusão sobre o estágio realizado.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
3
CAPÍTULO 1 - O CRÉDITO AGRÍCOLA
1.1. Enquadramento Histórico
A origem histórica1 das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo está associada às Santas Casas
da Misericórdia, fundadas pela Rainha D. Leonor e pelo Frei Miguel Contreiras, no ano de
1498, bem como nos Celeiros, criados em 1576 por D. Sebastião.
Em 1778, a Misericórdia de Lisboa foi a primeira a fazer empréstimos aos agricultores.
Várias outras Misericórdias lhe seguiram o exemplo, o que levou Andrade Corvo a publicar
leis destinadas a transformar Irmandades, Confrarias e Misericórdias em Instituições de
crédito agrícola e industrial.
Quanto aos Celeiros Comuns, fundados por iniciativa particular ou por intervenção dos reis,
dos municípios ou das paróquias, eram estabelecimentos de crédito destinados a socorrer os
agricultores em anos de escassa produção, adiantando-lhes as sementes por determinado
juro, que seria pago, tal como o empréstimo, em género. As taxas de juro foram
aumentando e a importância dos Celeiros Comuns foi diminuindo, tendo-se procedido em
1862 à sua reforma com a qual se deu a substituição gradual do pagamento em géneros por
pagamento em dinheiro, assimilando-os a verdadeiras instituições de crédito.
Coube ao Ministro do Fomento, Brito Camacho, em 1911, fundar o verdadeiro Crédito
Agrícola em Portugal, por Decreto de 1 de Março, para cuja implantação trabalharam
conjuntamente monárquicos e republicanos uma vez que o projeto se havia iniciado ainda
na vigência da Monarquia. Mas seria através da Lei n.º 215, de 1914, regulamentada, em
1919, pelo Decreto n.º 5219, que, finalmente ficaram definidas as atividades das Caixas de
Crédito Agrícola Mútuo. Nos anos 20, o número de Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
1 A elaboração deste capítulo foi efetuada com base em informação recolhida no site: www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
4
aumentou, graças ao esforço de inúmeros agricultores, mas a crise bancária e económica
dos anos 30 provocou uma estagnação no ritmo da evolução e a consequente passagem das
Caixas para a tutela da Caixa Geral de Depósitos. Posteriormente, com a transformação do
sistema político português, a partir de Abril de 1974, contribui para o aparecimento de um
movimento das Caixas existentes no sentido de se autonomizarem, expandirem a respetiva
implantação e alargarem a atividade nos moldes em que o Crédito Agrícola Mútuo se
desenvolvera em muitos países europeus.
Em 1978, foi criada a Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
(FENACAM), cuja missão principal era o apoio e representação, nacional e internacional,
das suas Associadas. Um dos principais objetivos envolvia a revisão da legislação aplicável
ao Crédito Agrícola Mútuo, nessa altura já com mais de 60 anos de vigência. Publicou-se
em 1982 o Decreto-Lei nº 231/82, de cujo anexo consta um Regime Jurídico Específico
para o Crédito Agrícola Mútuo, deixando as Caixas de estar sujeitas à tutela da Caixa Geral
de Depósitos, e ficando prevista a constituição de uma Caixa Central com o objetivo de
regular a atividade creditícia das Caixas suas associadas. O novo regime legal abriu
caminho a uma considerável expansão do Crédito Agrícola durante a década de 80 e dois
anos depois surge a criação da Caixa Central, a 20 de Junho de 1984 e com a finalidade de
assegurar a solvabilidade do sistema, foi instituído, em 1987, um Fundo de Garantia do
Crédito Agrícola Mútuo em que participam todas as caixas associadas. Com a criação de
um novo regime jurídico, o Crédito Agrícola adotou um modelo organizativo assente no
conjunto formado pela Caixa Central e pelas suas associadas, o qual se denomina "Sistema
Integrado do Crédito Agrícola Mútuo" (SICAM). A Caixa Central passou a ter funções e
poderes em matéria de orientação, fiscalização e representação financeira do SICAM.
Em 1998, o Crédito Agrícola assiste a uma maior unificação entre as Caixas Associadas e a
Caixa Central, com a introdução de uma única plataforma informática. Afirmou-se assim
como um “banco completo”, canais de distribuição diversificados e com ofertas
diferenciadas de acordo com os segmentos em que pretende aumentar a sua penetração,
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
5
potenciando o aumento da quota de mercado no seio de um sector cada vez mais
competitivo.
No ano de 2004 o Grupo Crédito Agrícola iniciou a implementação de um extenso
Programa de Modernização tecnológica onde compreendeu três vetores principais, sendo
um deles a inovação tecnológica, que visou dotar o Grupo com plataformas operativas e
ferramentas de negócio com nível de integração mais elevado. Um segundo vetor, que
assentou em aspetos organizativos e funcionais com destaque para os modelos
organizacionais de referência para as Caixas Agrícolas. E ainda um terceiro que teve a ver
com a imagem Institucional do Grupo, que compreendeu o lançamento de uma campanha
de promoção da imagem institucional do Crédito Agrícola.
Posteriormente, no ano de 2006, inspirada nas suas origens, mas com uma visão
contemporânea que lhe permitiu antecipar o futuro, o Crédito Agrícola apostou numa nova
Imagem corporativa e numa nova comunicação, reafirmando a sua mensagem “Um Grupo
ao lado das pessoas”. Três anos mais tarde, o Grupo adota a assinatura “Juntos Somos
Mais” para fazer referência aos valores de ajuda mútua e solidariedade.
Por fim, o Grupo Crédito Agrícola, comemorou em 2011 a chegada aos 100 anos de
atividade. Criado em 1911, data do Decreto-lei que regulava a criação e funcionamento das
Caixas Agrícolas, o Crédito Agrícola é uma instituição enraizada em toda a sociedade
portuguesa que conta, atualmente, com uma rede de cerca de 700 Balcões, 5.000
Colaboradores, mais de 400.000 Associados e cerca de 1.200.000 Clientes.
1.2. O Grupo Crédito Agrícola
O Crédito Agrícola é um Grupo financeiro (Anexo I) com base cooperativa enraizado nas
comunidades locais, com solidez, confiança, proximidade e modernidade, dotado de uma
oferta de soluções, produto e serviços capaz de satisfazer todas as necessidades financeiras
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
6
e expectativas das Famílias, Pequenos Negócios e Empresas, que constituem fatores
críticos de sucesso numa relação de parceria privilegiada com os seus Clientes. É uma
Instituição que valoriza o relacionamento com o cliente, que se empenha e participa no
desenvolvimento socioeconómico de todo o país, suportada pela atuação de cada uma das
suas Caixas a nível dos respetivos mercados regionais e canalizando os depósitos neles
recolhidos para o apoio creditício às iniciativas das famílias e das empresas e no apoio às
Instituições sem fins lucrativos.
O Crédito Agrícola é uma referência em Portugal, pois possui um competitivo portefólio,
pontuado pela diversidade de soluções, promove a captação de novos Clientes, sobretudo
Jovens. Integrado por um vasto número de bancos locais – Caixas Agrícolas – e por
empresas especializadas, tendo como estruturas centrais a Caixa Central de Crédito
Agrícola Mútuo, instituição bancária dotada igualmente de competências de supervisão,
orientação e acompanhamento das atividades das Caixas Associadas e a FENACAM,
instituição de representação cooperativa e prestadora de serviços especializados ao Grupo.
1.3. Empresas Participadas
Através das nove empresas participadas é possível ao Grupo Crédito Agrícola apresentar
uma ampla oferta de produtos e serviços para todos os segmentos e adaptadas às realidades
locais e ao mercado em geral.
Figura 1: Logótipo da AGROCAPITAL
Fonte: www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
7
Foi constituída em 8 de Março de 2005;
Está registada na CMVM e tem como acionistas a Caixa Central de Crédito
Agrícola Mútuo;
Tem como objeto principal a realização de investimentos em capital de risco
traduzidos na aquisição, por período de tempo limitado, de instrumentos de capital
próprio e de instrumentos de capital alheio em sociedades com elevado potencial de
desenvolvimento, como forma de beneficiar da respetiva valorização.
Figura 2: Logótipo FENACAM
Fonte: www.creditoagricola.pt
FENACAM
Fundada em 29 de Novembro de 1978, com o objetivo de defender os interesses das
Caixas Agrícolas e de as representar nos mais diversos níveis;
Promoveu a criação da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, cúpula financeira
do Crédito Agrícola;
Promove o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do Crédito Agrícola por todos os
meios ao seu alcance;
Realiza e coordena atividades de comum interesse das suas associadas, ativando o
seu espírito de cooperação, prosseguindo o seu constante aperfeiçoamento técnico;
Presta serviços que se encontram agrupados em quatro áreas departamentais:
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
8
Figura 3: Áreas departamentais da FENACAM
Fonte: www.creditoagricola.pt
Serviço Administrativo e Financeiro – O Serviço Administrativo e
Financeiro (SAF) tem como principal função o apoio aos vários serviços,
bem como, à direção da FENACAM. Tem como principais funções o registo
e controlo da contabilidade, cumprimento das obrigações fiscais e legais,
tesouraria, secção de pessoal, faturação de serviços, apoio informático, entre
outros. É responsável pela manutenção, património e segurança do edifício
“Sede”, bem como manutenção da rede de comunicações.
Serviço de Apoio Técnico (SATA) - O SATA foca a sua atividade em duas
áreas chave: avaliações imobiliárias, onde através de um sistema de gestão
de avaliações permite recolher os pedidos diretamente das CCAM, e
assistência técnica que se traduz no apoio técnico e económico prestado aos
colaboradores das Caixas Agrícolas e seus associados/clientes, ao nível dos
regulamentos comunitários e outros incentivos, referentes ao mundo rural,
bem como nas linhas de crédito específicas para o sector agrícola.
Serviço de Auditoria - Foi criado em Setembro de 1983, entrando em
funcionamento no início de 1984. Audita quase todas as Caixas Agrícolas do
Sistema. Analisa periodicamente os elementos de escrituração de natureza
financeira das Caixas.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
9
Serviço de Produção Documental e Aprovisionamento - Iniciou a sua
atividade em 1991, dedicando-se à produção e fornecimento de impressos
bancários utilizados pelas Caixas Agrícolas. Com o passar dos anos e por
força do notável crescimento do Crédito Agrícola, teve de alargar a gama de
produtos a disponibilizar às CCAM, passando a fornecer consumíveis de
papelaria e informáticos, equipamentos de escritório e de tratamento de
dinheiro e ainda brindes institucionais.
Figura 4: Logótipo Ca Consult
Fonte: www.creditoagricola.pt
CA CONSULT - Assessoria Financeira e de Gestão, S.A.
É a empresa especializada em Banca de Negócios do Grupo Crédito Agrícola;
Presta serviços de assessoria financeira;
É dotada de competências técnicas e conhecimento setorial o que constitui fatores
críticos de sucesso para a gestão e desenvolvimento económico e empresarial;
Suporta o processo de tomada de decisão dos clientes, com independência,
qualidade e rigor visando a otimização do binómio potencial de criação de valor
acionista e risco do negócio.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
10
Figura 5: Logótipo CA Finance
Fonte: www.creditoagricola.pt
CA FINANCE - Gestão de Ativos, S.A.
A CA Finance é especializada na gestão de ativos financeiros;
Assegura uma informação permanente através de serviços como:
Gestão de carteiras de investidores institucionais;
Gestão de carteiras de investidores particulares;
Gestão de fundos de Private Equity e Capital de Risco, em estreita
colaboração com a CA Consult;
Gestão de fundos de investimento imobiliário.
Figura 6: Logótipo da CA Gest
Fonte: www.creditoagricola.pt
CA GEST - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.
Tem por objeto principal a atividade de gestão de um ou mais organismos de
investimento coletivo e a gestão discricionária e individualizada de carteiras por
conta de outrem;
Orienta a gestão e a seleção dos investimentos com base na procura de valor, tendo
em vista a rentabilização a médio/longo prazo do património dos seus clientes;
Impõe que a gestão de ativos compreenda o aproveitamento de oportunidades de
investimento à escala mundial.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
11
Figura 7: Logótipo CA Informática
Fonte: www.creditoagricola.pt
CA INFORMÁTICA – Sistemas de Informação, S.A.
Otimiza a utilização das infraestruturas que servem de suporte às tecnologias de
informação;
Presta serviços de informática, incluindo consultadoria em matéria de seleção de
software e hardware;
Desenvolvimento e apoio ao desenvolvimento das aplicações;
Processamento de dados;
Formação de pessoal e prestação de serviços de consultadoria em organização e
gestão, bem como a comercialização de equipamento e produtos informáticos.
Figura 8: Logótipo CA Serviços
Fonte: www.creditoagricola.pt
CA SERVIÇOS – Centro de Serviços Partilhados, ACE
Proporciona ao Grupo Crédito Agrícola o máximo de eficácia e eficiência na
prestação de serviços partilhados ao universo das Caixas Associadas;
Presta serviços informáticos, operacionais e de gestão;
Contribui para maior eficiência operativa e flexibilidade de atuação dos seus
membros nas respetivas áreas de negócio, promovendo a concentração de
competências, a racionalização de meios, a otimização de estruturas e o alinhamento
de procedimentos.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
12
Figura 9: Logótipo da CA Seguros
Fonte: www.creditoagricola.pt
CA SEGUROS – Companhia de Seguros de Ramos Reais, S.A.
Tem como objetivo oferecer produtos para proteção e segurança dos Associados e
Clientes das Caixas Agrícolas;
Assume-se como uma empresa de clientes culturalmente focalizada para o serviço
apresentando soluções mais adequadas às suas exigências de proteção e segurança;
É uma empresa totalmente vocacionada para o serviço ao Cliente, com um
atendimento personalizado nos mais de 680 Balcões do Crédito Agrícola.
Figura 10: Logótipo da CA Vida
Fonte: www.creditoagricola.pt
CA VIDA – Companhia de Seguros do Ramo Vida
Nasceu em 1998;
É uma companhia de seguros do ramo vida;
Pretende apoiar a proteção da vida e o desenvolvimento económico dos clientes e do
agregado familiar;
Tem como lema “Quem lhe quer bem”, com o objetivo de proteger o cliente durante
o seu ciclo de vida.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
13
1.4. Princípios do Grupo Crédito Agrícola
1.4.1. Visão
O Crédito Agrícola pretende ser referência de conhecimento, solidez e proximidade com os
clientes, pensando em novas formas, economicamente sustentáveis, de promover o bem-
estar dos mesmos.
1.4.2. Valores
O Crédito Agrícola é uma instituição que valoriza o relacionamento com o cliente,
afirmando-se como um grupo financeiro com solidez, confiança, proximidade e
modernidade, dotado de uma oferta de soluções, produtos e serviços capaz de satisfazer
todas as necessidades financeiras das famílias.
1.4.3. Missão
O Crédito Agrícola contribui unicamente para o desenvolvimento económico, social,
cultural e desportivo de muitas regiões do País. Conhecedor do tecido empresarial das
várias regiões onde atua, tem por missão oferecer as melhores soluções, apostando na sua
diversidade para melhor satisfazer a globalidade das necessidades financeiras dos seus
clientes. Harmoniza as suas origens de forma a manter com os seus Clientes uma relação
muito próxima.
1.4.4. Objetivos
“Valorizar o relacionamento com os Clientes, potenciando o conceito de banca de
proximidade”;
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
14
“Oferecer produtos e serviços de qualidade sempre crescentes e sempre adaptados
às necessidades dos seus Associados e Clientes, visando um elevado grau de
satisfação”;
“Contribuir para o progresso e elevação do nível de vida das comunidades locais,
através do apoio ao desenvolvimento das economias das respetivas regiões”;
“Assegurar a acessibilidade efetiva a serviços bancários ao maior número possível
de particulares e empresas”
1.5. A marca CA
O logotipo de qualquer instituição é a identificação imediata dessa mesma instituição, e
pela sua evolução no tempo é importante referir alguns aspetos importantes do logótipo do
Crédito Agrícola.
Na Figura 10 é fácil perceber as diferenças ocorridas. Os tons mais claros mas que nunca
deixam de pertencer ao património CA, seja verde ou laranja, o símbolo e letra
rejuvenescida, a designação CA, tudo isto, torna o CA mais jovem e moderno. Acima de
tudo, mais apelativo.
Figura 11: Evolução dos logótipos do CA
Fonte: www.creditoagricola.pt
O logótipo é um dos elementos de maior importância de qualquer identidade que deverá
identificar a marca que representa. Este representa o “cartão de visita”, o primeiro contacto
e a primeira impressão.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
15
Figura 12: Logótipo atual do CA
Fonte: www.creditoagricola.pt
O atual símbolo do Crédito Agrícola baseia-se na folha da árvore estilizada. A sua nova
forma e posicionamento apontam para o futuro. O verde reforça os valores existentes sendo
que o laranja reflete uma atitude de mudança e modernização.
Para finalizar, resta referir o logótipo desenvolvido especialmente para assinalar o
centenário do Grupo Crédito Agrícola.
Figura 13: Logótipo Centenário
Fonte: www.creditoagricola.pt
Este logótipo foi criado com base em duas premissas fundamentais: códigos gráficos que
representam a Marca e os Valores Cooperativos2 da Instituição. O entrelaçado dos dígitos
zero representa a génese Cooperativista do Grupo. Os códigos gráficos do CA estão ainda
presentes nas folhas, laranja e verde, que formam o número do centenário.
2 Valores Cooperativos: Ajuda Mútua, Esforço Próprio, Democracia, Igualdade, Equidade, Responsabilidade
e Solidariedade.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
16
1.6. Balcões Crédito Agrícola
O Crédito Agrícola conta com cerca de 700 balcões distribuídos por todo o território
nacional.
Açores (Caixas: 1; Balcões: 17)
Aveiro (Caixas: 10; Balcões: 38)
Beja (Caixas: 5; Balcões: 31)
Braga (Caixas: 6; Balcões: 28)
Bragança (Caixas: 6; Balcões: 34)
Castelo Branco (Caixas: 3; Balcões: 34)
Coimbra (Caixas: 5; Balcões: 39)
Évora (Caixas: 7; Balcões: 38)
Faro (Caixas: 4; Balcões: 64)
Guarda (Caixas: 1; Balcões: 15)
Leiria (Caixas: 6; Balcões: 61)
Lisboa (Caixas: 9; Balcões: 61)
Portalegre (Caixas: 5; Balcões: 23)
Porto (Caixas: 7; Balcões: 63)
Santarém (Caixas: 9; Balcões: 46)
Setúbal (Caixas: 3; Balcões: 34)
Viana do Castelo (Caixas: 1; Balcões: 24)
Vila Real (Caixas: 1; Balcões: 16)
Viseu (Caixas: 8; Balcões: 48)
Em alguns locais, o Crédito Agrícola possui ainda para os seus Clientes, detentores de
Cartões de Débito e Crédito e Cadernetas da Conta à Ordem ou Poupança, a rede interna de
ATM (Caixa Automática), denominada Balcão 24.
Figura 14: Mapa de Portugal
Fonte: www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
17
A rede ATM está Disponível 24 horas por dia, 7 dias por
semana;
Tem disponível a versão em inglês, basta que selecione a
bandeira disponível, antes de inserir o código PIN;
Levantamentos até ao montante de 500€ por dia e permite
selecionar o tipo de notas e a quantia que pretender;
Tem ainda disponíveis as operações
visualizáveis na imagem ao lado.
Figura 15: Balcão 24
Fonte: www.creditoagricola.pt
Figura 16: Operações disponíveis no Balcão
24
Fonte: www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
18
CAPÍTULO 2 - PRODUTOS E SERVIÇOS DO CRÉDITO
AGRÍCOLA3
Se é certo que os utentes dos serviços bancários têm preferência por um ou outro banco,
esta escolha tem a ver com a qualidade e variedade dos produtos e serviços prestados por
cada instituição.
A eficácia dos serviços e uma vasta gama de produtos disponíveis são componentes
essenciais para a captação e fidelização de clientes.
O Grupo Crédito Agrícola coloca ao dispor dos seus clientes um vasto leque de produtos e
serviços. Procura através dos mesmos cativar não só os seus clientes, como também
potenciais clientes. Assim, o Crédito Agrícola oferece produtos e serviços apropriados para
Particulares e para Empresas. Este capítulo tem como finalidade realizar uma breve
abordagem sobre os produtos com maior relevância.
2.1. Contas – Particulares
As contas podem ser de três tipos:
Depósitos à Ordem;
Depósitos a Prazo;
Poupanças.
3 A elaboração deste capítulo foi efetuada com base em informação recolhida no site: www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
19
2.1.1. Depósitos à Ordem
Uma conta à ordem é um dos produtos oferecidos pelos bancos que possibilita que os
clientes guardem dinheiro mas estando sempre disponível para os gastos diários. O Crédito
Agrícola disponibiliza cinco tipos de Contas à Ordem diferentes.
Conta à Ordem - Oferece flexibilidade de movimentação, de consulta e maior
tranquilidade para efetuar pagamentos. Permite associar diversos produtos e
serviços. Esta conta possibilita ter acesso a uma facilidade de descoberto, bastando
para isso a domiciliação do salário ou que seja dada uma ordem de transferência
permanente. O montante mínimo de abertura é de 100€. Possui despesas de
manutenção de conta, pagos ao trimestre.
Conta Completa – É uma conta à ordem, remunerada por escalões que também
possibilita ter acesso a uma facilidade de descoberto. Destina-se a clientes
particulares, maiores de 18 anos, que sejam trabalhadores por conta de outrem e que
aceitem domiciliar ou transferir, com permanência, o seu salário e rendimentos. Está
isenta de despesas de manutenção e quantos mais produtos e serviços utilizar, mais
alta será a taxa de juro que remunera os saldos.
Conta 1, 2, 3 - A conta 1, 2, 3 destina-se apenas a jovens até aos 12 anos, inclusive.
Permite o acesso a produtos vocacionados para jovens com condições atrativas:
Poupança Futuro, Poupança Geração Jovem, Poupança Habitação Jovem e
Poupança CA Aforro. É uma conta fácil de movimentar, isenta de despesas de
manutenção. Para a abertura da conta, os representantes legais do menor terão que
efetuar um depósito mínimo de 50€.
Conta BeFree – É uma conta semelhante à conta 1, 2, 3, onde o valor mínimo a
depositar para a sua abertura é também de 50€. Destina-se a clientes particulares
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
20
entre os 13 e os 17 anos, inclusive. Isenta de despesas de manutenção e facilidade
no controlo da movimentação: caderneta ou extrato mensal gratuito ou com a
periodicidade desejada.
Conta SuperJovem - É uma conta à ordem com condições especiais para os jovens
adultos entre os 18 anos e os 30 anos, sem despesas de manutenção, com taxas de
juro atrativas e remuneração por escalões de saldo e permite acesso a um descoberto
autorizado, possibilitando a antecipação do ordenado. É possível abrir a conta com
apenas 100€ e poderá ser movimentada com facilidade. Permite também o acesso a
produtos vocacionados para jovens com condições atrativas.
2.1.2. Depósitos a Prazo
O depósito a prazo representa um compromisso entre o banco e o cliente relativamente aos
fundos por estes disponibilizados por um determinado período de tempo, sem que exista
qualquer risco sobre o capital. Constituir um depósito a prazo caracteriza-se pelo simples
facto de o banco poder dispor do capital depositado por um período de tempo determinado,
tendo o cliente a certeza que o seu capital está seguro e a rentabilizar, segundo condições
previamente acordadas com o banco a nível de prazo, remuneração, mobilização e
fiscalidade.
Sendo assim, o Crédito Agrícola fornece vários e diferenciados produtos a prazo, como
vamos ver de seguida.
Depósito a Prazo Normal - São contas de curto prazo sem risco, cujas entregas e
mobilizações de fundos, sem penalização, só são possíveis na data do seu
vencimento. Estas contas permitem os seguintes prazos: 30, 60, 90, 120, 181, 270,
365, 455, 545, 635, 730 ou 731 dias. O depósito a prazo normal destina-se
essencialmente a clientes particulares, maiores de 18 anos, a empresários em nome
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
21
individual e a profissionais liberais. Para a constituição deste depósito a prazo é
necessário o montante mínimo de 250€. O cliente poderá escolher se quer
capitalizar ou não os juros.
DP Net Super - Depósito dirigido a clientes, maiores de 18 anos, sendo a sua
constituição e movimentação exclusiva através do canal on-line particulares. É
necessário um montante mínimo de 500€, não podendo, no entanto, ultrapassar o
montante máximo de 10.000€. O prazo do DP Net Super é de 3 meses. Os juros não
são capitalizáveis e são pagos no final do contrato.
DP Net - O DP Net é contudo muito idêntico ao DP Net Super, sendo que apenas
existe um capital mínimo de 250€ para a sua constituição. O cliente pode também
escolher entre prazos de 1, 3, 6 ou 12 meses.
Depósitos a Prazo L - É um depósito a prazo com taxa variável indexada à Euribor
e com atribuição de prémios de permanência. Tem o prazo de 1 ano, com juros
mensais e com um montante mínimo obrigatório de 2.500€. Destina-se a clientes
particulares maiores de 18 anos, empresários em nome individual, empresas,
administração regional e local e instituições sem fins lucrativos.
Depósitos a Prazo XL - Destina-se aos mesmos clientes que o Depósito a Prazo L e
é igualmente um produto que não envolve qualquer risco sobre o capital. Tem o
prazo de 2 anos, com juros trimestrais e com um montante mínimo obrigatório de
2.500 € para a abertura.
Depósito a Prazo XXL - O Depósitos a Prazo XXL tem o prazo de 3 anos, e os
juros, neste caso são pagos semestralmente. O montante mínimo de 2.500€ mantém-
se, sendo que também não existe qualquer risco sobre o capital.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
22
Depósito Super Crescente e Depósito Super Crescente Mais - Estamos perante
dois produtos muito semelhantes, mas que em alguns aspetos diferem. São duas
soluções disponíveis que garantem o retorno de Capital e a certeza de investir, sem
riscos e sempre com a garantia de uma remuneração atrativa com taxas crescentes.
Não há capitalização de juros. Destina-se a clientes maiores de 18 anos.
Depósito Super Crescente Depósito Super Crescente Mais
Montante mínimo de abertura: 500€ Montante mínimo de abertura: 750€
Prazo: 2 anos Prazo: 3 anos
Tabela 1: Depósito Super Crescente e Super Crescente Mais (Diferenças)
Fonte: Elaboração própria baseada no site www.creditoagricola.pt
Depósitos a Médio e Longo Prazo de Taxa Fixa - É necessário o montante
mínimo de 1.250€ para constituir um depósito a prazo deste tipo. Permite os
seguintes prazos: 3, 5 ou 8 anos. Não permite fazer reforços nem mobilizar
antecipadamente. O cliente pode ou não optar pela capitalização dos juros. Se não
optar pela capitalização de juros, o pagamento de juros processa-se da seguinte
forma:
DP 3 e 5 anos: pagamento semestral de juros por crédito na conta de
depósitos à ordem do cliente;
DP 8 anos: pagamento anual de juros por crédito na conta de depósitos à
ordem do cliente.
CA Depósito a Prazo 100+ - Destina-se a clientes com idade superior a 18 anos.
Tem o prazo de 1 ano, com taxa de juro trimestral crescente, permite reforços em
caso de renovação e é necessário 2.500€ para a sua subscrição. Não permite
mobilizações e é renovável automaticamente num DP Normal a 365 dias.
CA Depósitos Juros à sua medida - É um investimento a curto prazo. O cliente
pode escolher entre o prazo de 6 meses ou 1 ano, sendo necessário um montante
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
23
mínimo de 2.500€ para a sua constituição. Renova automaticamente pelo prazo
igual ao da sua constituição. O cliente pode ou não optar pela renovação automática.
Caso opte renovação automática, esta permite reforços na data do vencimento com
um depósito mínimo de 500€.
Depósito CA Mulher - O Depósito CA Mulher destina-se essencialmente a
mulheres, clientes particulares ou empresárias. Pode ser constituído com um
montante mínimo de 250€ e renova automaticamente pelo prazo igual ao da sua
constituição. Se a Cliente optar pela renovação automática da conta, esta permite
reforços na data do vencimento com um depósito mínimo de 250€. Trata-se de um
produto sem qualquer risco, com remuneração atrativa, com a opção de prazos
diversos.
2.1.3. Poupanças
A poupança representa o montante que não é gasto no período em que é recebido, e por
consequência, é guardado para ser usado no futuro. O Crédito Agrícola oferece 11 tipos de
contas poupança, que iremos ver a seguir.
Poupança Futuro - Destina-se a clientes até 30 anos de idade, titulares de contas
DO jovens. Pode ser subscrita com apenas 25€ e permite reforços sempre que o
cliente desejar, com um montante mínimo de 10€. O prazo é de 1 ano, renovável
automaticamente por igual período de tempo e com capitalização de juros, sendo
um produto com taxas crescentes consoante a permanência do jovem. Existem
penalizações aplicáveis à mobilização antecipada.
Poupança Geração Jovem - Destina-se aos mesmos clientes que a Poupança
Futuro, podendo o cliente escolher entre o prazo de 6 meses ou 1 ano. As condições
de subscrição são idênticas. É uma conta remunerada por escalões de saldo e admite
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
24
levantamentos em qualquer altura, no montante mínimo de mobilização de 25€,
com penalização. A possibilidade de renovação no vencimento é uma opção.
Poupança Habitação Jovem - Destina-se a jovens com idade até 30 anos, em que o
montante mínimo de constituição é de 50€. Permite efetuar reforços com um valor
mínimo de 25€. É uma conta poupança a 1 ano, renovável automaticamente por
igual período de tempo, que se for utilizada para os fins legalmente previstos,
permite a obtenção de benefícios relacionados com a habitação.
Poupança CA Aforro - Destina-se a todos os clientes incluindo os menores de
idade. Tem o prazo de 1 ano, renovável automaticamente por igual período de
tempo, e é necessário o valor mínimo de 250€ para a constituição do produto.
Mensalmente é obrigatório efetuar reforços mínimos fixos de 25€. Os juros
capitalizam ao semestre, podendo optar pelo crédito de juros na conta de depósitos à
ordem.
Poupança Máxima e Poupança Máxima Tradição – São produtos com taxas de
juro atrativas e garantidas para cada período. Não há obrigatoriedade de entregas,
assim, estas são efetuadas à medida da conveniência do cliente, no montante
mínimo de 50€, caso sejam entregas pontuais, ou no montante mínimo de 25€, caso
sejam entregas programadas.
Poupança Máxima Poupança Máxima Tradição
É uma conta poupança a 3 meses, renovável
automaticamente por igual período de
tempo e com opção de capitalização de
juros trimestral.
É uma conta poupança a 6 meses, renovável
automaticamente por igual período de
tempo e com opção de capitalização de
juros semestral.
Montante mínimo de abertura: 125 € Montante mínimo de abertura: 250 €
Tabela 2: Poupança Máxima e Poupança Máxima Tradição (Diferenças)
Fonte: Elaboração própria baseada no site www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
25
Poupança Crédito - A Poupança Crédito pode ser constituída com 100€, desde que
os clientes tenham idade superior a 18 anos. O prazo é de 3 meses e sempre que o
cliente desejar poderá fazer entregas pontuais ou programadas, de 50€ ou 25€,
respetivamente. Neste produto é possível a mobilização antecipada, com
penalização. A capitalização de juros é trimestral, podendo o cliente optar pelo
crédito de juros na conta de depósitos à ordem.
Poupança Habitação Geral - Esta conta poupança a 1 ano, renovável
automaticamente por igual período de tempo, permite a obtenção de benefícios
relacionados com a habitação. Destina-se a titulares com idade superior a 30 anos
em que o montante mínimo de constituição é de 100€, permitindo efetuar reforços.
É uma conta muito semelhante à conta Poupança Habitação Jovem, nomeadamente
no que diz respeito aos benefícios relacionados com a habitação.
Poupança Condomínio - Foi criada apenas para administrações de prédios em
regime de propriedade horizontal. O prazo desta conta é de 1 ano, renovável por
igual período de tempo e com capitalização de juros. Esta poupança poderá ser
constituída com 250€ e poderão ser efetuados reforços a qualquer momento com um
montante mínimo de 50€.
Poupança Reforma – É apenas para clientes particulares reformados que aufiram
pensões cujo valor mensal não exceda o valor equivalente a 3 vezes o salário
mínimo nacional em vigor à data da constituição do produto e que não sejam
titulares de nenhuma conta poupança reformados na Caixa ou em outras instituições
de crédito. Pode ser constituída com apenas 50€ e permite reforços a todo o
momento com um depósito mínimo de 50€. Existe ainda um montante máximo de
subscrição de 10.500€. Pode ainda o cliente optar pelo prazo de 6 meses ou 1 ano.
Os juros estão isentos de IRS até ao montante definido anualmente no Orçamento
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
26
de Estado e as transmissões gratuitas do saldo desta conta não estão sujeitas a
imposto do selo.
Poupança Sénior - Destina-se a clientes com mais de 55 anos e a clientes que não
têm direito a beneficiar do regime fiscal da Conta Poupança Reforma. Destina-se
também a clientes que têm uma Conta Poupança Reforma mas que pretendem fazer
poupanças para além do valor máximo permitido para a Conta Poupança Reforma.
Pode ser constituída com apenas 250€ e permite reforços a todo o momento com um
depósito mínimo de 50€. O prazo é de 6 meses.
2.2. Contas – Empresas
O Crédito Agrícola disponibiliza um conjunto de produtos especializados para as empresas
de modo a dar o apoio necessário às mesmas. Neste subponto irei abordar 2 temas que
considero serem os mais importantes. Sendo eles:
Depósitos à Ordem;
Apoio a Pagamentos e Recebimentos.
2.2.1. Depósitos à Ordem
Conta Depósitos à Ordem Empresas - É a conta que permite fazer a gestão
corrente das disponibilidades da empresa com liquidez total. Oferece diversas
vantagens, tais como flexibilidade de movimentação e de consulta, através de
cheques, cartões e ordens de pagamento. É necessário o montante mínimo de
abertura de 250€. Pode ser movimentada através de cheques, cheques visados,
ordens de transferência, depósito de dinheiro ou valores, cartão visa electron e CA
on-line.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
27
Conta Negócio - É uma conta de depósitos à ordem, especialmente vocacionada
para as empresas e empresários em nome individual. Para a sua subscrição é preciso
efetuar um depósito de 500€. Além de ser remunerada por escalões, também
possibilita ter acesso a uma facilidade de descoberto, que lhe permite cobrir
necessidades pontuais de tesouraria e proporcionar uma gestão quotidiana do
negócio. Esta conta está isenta de despesas de manutenção.
2.2.2. Apoio a Pagamentos e Recebimentos
Transferências - O Crédito Agrícola disponibiliza este serviço através do qual
qualquer Empresa pode criar e gerir planos de transferências, facilitando assim as
transferências nacionais e sobre o estrangeiro, pontuais ou periódicas.
Pagamento de Ordenados - Este serviço permite efetuar o débito automático à
conta da empresa, creditando as contas dos colaboradores domiciliadas no Crédito
Agrícola ou em outros bancos de uma forma segura.
Pagamento a Fornecedores - O Crédito Agrícola disponibiliza esta solução como
forma de reduzir a carga administrativa, fazendo os pagamentos, com total
fiabilidade e controlo.
Domiciliação de Pagamentos - Através de uma simples autorização de débito em
conta as empresas podem proceder, de uma forma fácil e cómoda, ao pagamento das
suas despesas periódicas. Sem qualquer custo, este serviço permite evitar
deslocações, economizar tempo, dispensar o controlo dos montantes e respeitar
prazos de pagamento.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
28
Sistema de Débitos Diretos - Sistema que permite à empresa centralizar a
totalidade das cobranças dos seus serviços na Caixa independentemente do banco
em que os seus clientes tenham domiciliado a conta a debitar.
2.3. Cartões Bancários
Cada vez mais, os cartões multibanco fazem parte do dia-a-dia de qualquer cidadão. Por
isso o Crédito Agrícola disponibiliza vários tipos de cartões, de forma a garantir a maior
comodidade aos seus clientes. Estes estão desagregados da seguinte forma:
2.3.1. Cartões de Débito
Cartão VISA Electron (Figura 17)
Este é um cartão associado à Conta à Ordem, aceite em todo o
mundo, com o qual poderá efetuar compras em
estabelecimentos que possuam TPA (Terminal Pagamento
Automático), levantamentos e depósitos de numerário nas ATM, pagamentos de
serviços, carregamento de telemóveis, transferências bancárias e interbancárias,
consulta de saldos e movimentos de conta, entre outros.
Cartão SuperJovem (Figura 18)
Este cartão destina-se apenas aos jovens com idade compreendida
entre os 18 e os 30 anos. Apresenta uma facilidade de movimentação
da conta de depósitos à ordem, juntamente com uma fácil adaptação às
necessidades do cliente. O seu novo design cristalino é uma das suas
principais formas de atrair os clientes.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
29
Cartão BeFree (Figura 19)
O BeFree é um cartão recarregável, que não está associado a qualquer
conta bancária. Qualquer pessoa tem acesso a este tipo de cartão,
mesmo sendo cliente de outro banco. O cartão de débito BeFree pode
ser carregado a qualquer momento, através da utilização de uma conta
de depósitos à ordem ou através de depósito em numerário, pelo
montante mínimo de 10€. Não tem carregamentos obrigatórios.
2.3.2. Cartões de Crédito
Cartão Classic (Figura 20)
O cartão Classic é emitido com a marca VISA e é um meio de
pagamento internacional, sempre disponível para qualquer
necessidade. É aceite em todo o mundo e concede crédito até
50 dias, sem juros. Devolve 3% sobre o montante de compras
efetuadas em gasolineiras. Para além das compras e levantamentos a crédito, pode-se
efetuar levantamentos a débito, em ATM, diretamente de uma conta de depósitos à
ordem, sem o pagamento de qualquer taxa.
Cartão Premier (Figura 21)
É também um cartão emitido com a marca VISA e aceite em
todo o mundo com crédito até 50 dias, sem juros. O Cartão
Premier possibilita a qualquer momento, o pagamento do
saldo em dívida através de percentagem: 15%, 30%, 50%, 75% ou 100% do saldo em
dívida. Tem também vários seguros associados dos quais o cliente pode beneficiar.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
30
Cartão CA Mulher (Figura 22)
Estamos perante um produto exclusivo para mulheres com
características semelhantes aos cartões de crédito anteriores.
Oferece um vale de desconto de 50€ em viagens e descontos
até 70% nos parceiros do Crédito Agrícola. A primeira
anuidade é grátis.
Cartão CA & Companhia (Figura 23)
Este cartão pode ser adquirido em qualquer balcão do Crédito
Agrícola, assim como em lojas aderentes à Solução CA &
Companhia. Este cartão é aceite em Portugal e no Estrangeiro,
em todos os estabelecimentos comerciais, Caixas Automáticos
e Agências bancárias aderentes à rede Visa e Multibanco. Não existe anuidade e o
crédito é imediato.
2.3.3. Cartão Misto
Cartão Contacto (Figura 24)
Estamos perante uma nova geração de cartões. O cartão Contacto não é de débito nem
de crédito. Possui uma nova tecnologia, denominada “CHIP”, que permite que as
transações sejam mais seguras. Com a capacidade de armazenar informação e gerir
dados pessoais, foi o Crédito Agrícola o seu grande pioneiro.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
31
2.4. Crédito
Neste ponto irei abordar os vários tipos de crédito fornecidos pelo Crédito Agrícola,
nomeadamente:
Crédito para Particulares;
Crédito para Empresas.
2.4.1. Crédito – Particulares
O Crédito Agrícola oferece vários tipos de créditos a particulares, para qualquer que seja a
finalidade, de modo a responder às necessidades de cada cliente.
Os créditos estão divididos em três grupos:
Crédito ao Consumo;
Crédito à Habitação;
Crédito Automóvel.
2.4.1.1. Crédito ao Consumo
O crédito ao consumo está preparado para fornecer as melhores soluções de financiamento
e comporta os seguintes tipos:
Ensino - Financia cursos médios e superiores, incluindo inscrições/matrículas,
propinas, entre outros. O valor mínimo de financiamento são de 5.000€ e o valor
máximo são de 60.000€, existindo prazos entre 24 e 120 meses.
Crédito Universitário com Garantia Mútua – Entre 1.000€ e 5.000€ por ano de
curso, sem reprovação, num máximo de 25.000€, financia inscrições/matrículas,
propinas, material didático, aluguer de casa fora da zona de residência, estadias no
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
32
estrangeiro no âmbito do programa ERASMUS, entre outras. As taxas de spread4
aplicadas variam consoante a média do aluno.
Crédito à Saúde - Financia a aquisição de bens ou serviços destinados a satisfazer
necessidades de saúde, sendo que o montante mínimo de financiamento é de
10.000€ com prazos entre 36 e 60 meses.
Outras Finalidades de Crédito - Financia viagens, eletrodomésticos,
mobiliário/recheio e outros destinos sem finalidade específica.
Finalidade Montante Prazo
Viagens 1.000€ a 20.000€ 12 a 36 meses
Eletrodomésticos 1.000€ a 20.000€ 12 a 60 meses
Mobiliário/Recheio 1.000€ a 25.000€ 12 a 60 meses
Crédito ao Consumo 2.500€ a 30.000€ 24 a 120 meses
Tabela 3: Outras Finalidades de Crédito (Detalhes)
Fonte: Elaboração própria baseada no site www.creditoagricola.pt
Crédito Pessoal Dinâmico – Pode ser usado em qualquer finalidade de consumo.
Montante mínimo do empréstimo de 2.500€ e montante máximo de 30.000€.
Crédito EcoSolução - Financia a aquisição de bens que utilizem energias
renováveis. Financiamento entre 5.000€ e 30.000€.
2.4.1.2. Crédito Habitação
4 Spread é a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder
um empréstimo.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
33
O Crédito Agrícola oferece variadas alternativas de financiamento para simplificar a vida
de quem necessita adquirir uma nova casa.
Prestações Constantes – Empréstimo a médio e longo prazo onde o montante das
mensalidades é o mesmo durante toda a duração do empréstimo. Destina-se para
aquisição, construção, recuperação ou ampliação de prédio, realização de obras de
conservação e para aquisição de terreno para construção de habitação própria
permanente.
Prestações Fixas - Modalidade cuja prestação constante de capital e juros manterá
o mesmo valor ao longo de toda a vida do empréstimo. Apenas está disponível para
quem pretende adquirir uma habitação própria.
Imóveis Fundos CA - Tem como finalidades a aquisição e construção de habitação
para imóveis que pertençam ao Fundo CA Imobiliário, ao Fundo CA Arrendamento
Habitacional e à CA Imóveis.
2.4.1.3. Solução Automóvel
Crédito Automóvel - Financia a aquisição de ligeiros de passageiros, motociclos e
outros de uso particular, novos ou usados.
CA Leasing Automóvel - Destina-se à aquisição de viaturas ligeiras novas para uso
particular. O Crédito Agrícola só adquire e paga a viatura ao fornecedor após o
cliente declarar a sua conformidade com as negociações que estabeleceu com o
mesmo.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
34
2.4.2. Crédito – Empresas
2.4.2.1. Crédito Tesouraria
O Crédito de Tesouraria destina-se a financiar necessidades pontuais de tesouraria, ligadas
à atividade corrente de uma empresa. O prazo é apenas de um ano.
Esta pode adotar três modalidades:
Conta Corrente Caucionada - Ajuda a gerir as necessidades da tesouraria, através
de um crédito que é limitado. Pode ser utilizado de forma flexível com um custo
proporcional à utilização dos fundos.
Descoberto Autorizado - É uma operação de crédito concedida pelo banco, na
utilização da conta à ordem até um determinado montante, sem que a mesma esteja
provisionada para o efeito. Destina-se a fazer face às dificuldades momentâneas de
tesouraria da empresa.
Desconto Comercial - É também conhecido por desconto de letras, pois é através
do desconto das mesmas que o cliente pode antecipar receitas de forma a gerir
liquidez.
2.4.2.2. Linha de Créditos ao Investimento
É uma linha de crédito de medio e longo prazo, superior a um ano, com o intuito de
financiar projetos de investimento, de construção, de aquisição de edifícios, maquinas e
equipamentos.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
35
2.4.2.3. Garantias Bancárias
O Crédito Agrícola assume-se como fiador da execução de uma obrigação constituída pelo
cliente, perante um terceiro. A garantia bancária torna-se mais vantajoso para a empresa,
pois o seu custo é inferior à obtenção de financiamento.
2.4.2.4. Leasing
A função do Crédito Agrícola nesta modalidade é adquirir e pagar o bem ao fornecedor,
após o cliente ter negociado as condições. Durante o prazo do contrato, o bem é
propriedade do Crédito Agrícola, tendo o cliente o direito a adquirir o bem mediante o
pagamento do valor residual acordado no contrato.
CA Leasing Equipamentos – Este produto destina-se a financiar tratores,
autocarros, camiões, máquinas industriais ou agrícolas, retroescavadoras, gruas,
entre outras.
CA Leasing Imobiliário – Destina-se a empresas, a empresários em nome
individual ou a profissionais liberais que pretendem adquirir ou construir um imóvel
para o desenvolvimento de uma atividade comercial.
Ca Leasing Automóvel – Financia, na modalidade de leasing, viaturas ligeiras
novas, de passageiros, de mercadorias ou mistas e destinadas a utilização no âmbito
de uma atividade comercial ou profissional.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
36
2.5. Seguros
2.5.1. Seguros de Vida
Proteção Crédito Habitação - É um seguro para quem necessita de Crédito
Habitação. Serve de salvaguarda para toda a família e para o património. Garante
em caso de morte ou invalidez das pessoas seguras, a amortização do capital em
divida.
Proteção Crédito Pessoal – Para quem pretende investir com segurança, para fins
pessoais, o Crédito Agrícola possui este seguro que garante o pagamento do capital
subscrito em caso de morte ou invalidez total e definitiva.
Proteção Família – Garante a segurança e o futuro da família em caso de ausência
ou redução do rendimento do agregado familiar. Reforça a segurança num período
de instabilidade. Em caso de morte ou invalidez total e definitiva, garante a
amortização do montante em divida.
CA Mulher – Destina-se a mulheres entre os 18 e os 55 anos de idade, garantindo
desde logo o pagamento do capital seguro, caso exista um diagnóstico de doença
grave. Este seguro possui garantia de estabilidade financeira, perante a redução ou
ausência de salario, suporte financeiro e emocional, entre outros.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
37
2.5.2. Seguros Não Vida
Os seguros do ramo Não Vida estão classificados da seguinte forma:
Acidentes e doença: CA Saúde, CA Clinicard, CA Proteção Financeira, CA
Acidentes Pessoais, CA Acidentes de Trabalho Domestica. Alguns destes seguros
destinam-se a pagar indeminizações em caso de morte ou invalidez. Outros dão
acesso a descontos em diversos tipos de consultas.
Patrimoniais e diversos: Suportam os danos derivados de riscos reais a que estão
sujeitas as construções, as habitações, embarcações de recreio, entre outros. Assim,
subdividem-se: CA Seguro Habitação, CA Energias Renováveis, CA Construção e
CA Embarcações de Recreio.
Responsabilidade Civil: São acautelados os prejuízos que envolvam a
responsabilidade, em relação a terceiros, de determinados atos praticados pela
pessoa Segura – CA Responsabilidade Civil Familiar e CA Caçadores e Portadores
de Armas.
Automóvel: CA Automóveis, Motociclos e Ciclomotores, CA Tratores e Maquinas
Agrícolas.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
38
CAPÍTULO 3 - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.1. Localidade onde decorreu o estágio
Passados quatro anos, surgiu a oportunidade de regressar à minha terra natal para realizar o
estágio curricular. Foi então que, no dia 5 de Março, me apresentei no Balcão do Crédito
Agrícola, na cidade de Felgueiras.
Felgueiras é uma cidade que se localiza na região
Norte e sub-região do Tâmega. Pertence ao distrito do
Porto e conta com cerca de 15.525 habitantes. É um
concelho densamente povoado com 501,68
habitantes/km². Existem duas cidades englobadas no
município: Felgueiras e Lixa. O município é limitado
a norte pelo município de Fafe, a nordeste
por Celorico de Basto, a sueste por Amarante, a
sudoeste por Lousada e a noroeste
por Vizela e Guimarães.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Felgueiras).
Figura 25: Localização de Felgueiras em
Portugal
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Felgueiras
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
39
3.2. O Crédito Agrícola de Felgueiras
O Crédito Agrícola de Felgueiras pertence à Delegação Terras do Sousa, Ave, Basto e
Tâmega (TSABT). É também em Felgueiras que se localiza a Sede dessa mesma
Delegação, que gere os balcões de Amarante, Barrosas, Celorico de Basto, Fafe, Felgueiras,
Guimarães, Lixa, Lousada, Ponte, Torrados e Vizela.
A Sede localiza-se na Praça da República, mesmo no
centro de Felgueiras, junto à Câmara Municipal. É aqui
que se encontra o segredo para o sucesso do Crédito
Agrícola da região TSABT. O Edifício Sede, que é
assim chamado por todos, foi recentemente remodelado,
contando com três andares, com vários escritórios que
possuem todas as comodidades necessárias para o bom
funcionamento da instituição. Aqui se tomam as
decisões mais importantes e mais difíceis, por vezes.
Tudo o que se passa nos balcões é do conhecimento dos órgãos máximos que aqui se
encontram (Anexo II).
O Balcão do Crédito Agrícola de Felgueiras localiza-se na Av. Dr. Leonardo Coimbra. É
uma das principais e mais movimentadas avenidas de Felgueiras, onde existe bastante
comércio e se situam várias entidades bancárias. Localiza-se no centro da cidade, ficando
muito próximo da Sede.
Embora com autonomia própria, os objetivos e
as normas de procedimento são emanadas pela
Sede, que coordena e avalia a atividade de
todas as agências.
Figura 26: Sede do Crédito Agrícola
TSABT
Fonte: www.creditoagricola.pt
Figura 27: Balcão do Crédito Agrícola de
Felgueiras
Fonte: www.creditoagricola.pt
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
40
3.3. Estrutura do Balcão de Felgueiras
A estrutura das agências, no que respeita ao tamanho e dotação de pessoal, tem variado ao
longo dos anos, acontecendo que no passado adotava-se o modelo de grandes espaços e
muito pessoal, ao contrário de hoje onde se pretende agências pequenas e com poucos
efetivos.
O balcão 13205 do Crédito Agrícola é composto por 6 funcionários, inseridos num espaço
amplo, com excelentes condições de trabalho.
De seguida apresenta-se o organograma do balcão:
Figura 28: Organograma do Crédito Agrícola de Felgueiras
Fonte: Elaboração própria, com base na informação dada pela agência.
O Gerente, o Dr. Júlio Magalhães é responsável pelo bom funcionamento do balcão,
cabendo-lhe a distribuição de tarefas e a sua supervisão. É da sua responsabilidade
5 Numero interno pelo qual é conhecido o balcão do Crédito Agrícola de Felgueiras.
Gerente da
Agência
Subgerente da
Agência
Assistente de
Clientes
Gestor de
Caixa
Caixa Comercial
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
41
incentivar e motivar os funcionários, com a finalidade de garantir a satisfação dos
clientes.
O Subgerente, Dr. Rui Adão é o responsável pelo crédito vencido, tratando também
do planeamento comercial. É ele quem mais interage com os clientes na venda de
produtos e serviços.
A Dra. Natália Gonçalves é a assistente de clientes que trata da elaboração de
processos de crédito, nomeadamente financiamentos, desconto de letras e desconto
de cheques. É também responsável pela gestão de balcão.
A Gestora de Caixa, a Dra. Glória Leal tem a responsabilidade da caixa e da
tesouraria, efetua os depósitos, levantamentos e pagamentos efetuados pelo cliente.
Para além disso, tem a responsabilidade da abertura e fecho do cofre. É também
responsável pela máquina ATM.
O Caixa, Dr. Alberto Miranda, para além de desempenhar funções de caixa,
assume-se como responsável pela compensação e pela gestão de arquivo.
A Dra. Fernanda Castro é a Comercial responsável pelos seguros, apoiando também
na compensação e na elaboração de processos de crédito.
3.4. Atividades desenvolvidas no estágio
No primeiro dia de estágio, o estagiário deslocou-se à Sede do Crédito Agrícola conforme o
combinado, para conhecer a coordenadora de estágio na organização, a Dra. Isabel Abreu.
Nesse instante, foram apresentadas algumas pessoas e esclarecidas algumas dúvidas
relativamente ao funcionamento do estágio. De seguida, partiu para o local onde viria a
realizar o estágio, o balcão de Felgueiras.
Já no balcão foi recebido pelo Dr. Júlio Magalhães, o gerente, que apresentou os futuros
colegas de trabalho durante o estágio.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
42
O primeiro dia de estágio foi de observação e começou-se por acompanhar a Dra. Natália
Gonçalves no seu trabalho como assistente de clientes. Inicialmente o estagiário recebeu
uma breve explicação sobre o funcionamento dos sistemas informáticos. Sendo eles os
seguintes:
Intranet – É a página oficial do Crédito Agrícola destinada apenas aos funcionários
do banco, onde estão inseridos vários documentos disponíveis para impressão. Aqui
é possível encontrar informações mais específicas acerca dos produtos e serviços
disponíveis, ou até um manual de balcão, onde explica os procedimentos a tomar
para efetuar qualquer tipo de operação.
Central – Para aceder ao sistema Central é necessário colocar o “username” e a
“password”. Cada funcionário possui os seus próprios dados e com eles está apto
para trabalhar. O sistema central permite consultar todas as contas do cliente, sendo
elas contas à ordem, a prazo ou poupanças. É ainda possível consultar os titulares
das mesmas, bem como os seus dados. É através deste sistema que se procede à
criação de novas contas, ou modificação de contas já existentes.
SIBAL (Solução Integrada de Balcão) – Este sistema é o mais importante de
todos, pois sem ele não é possível efetuar qualquer tipo de transação. É aqui que se
processam todas a transações, como depósitos, levantamentos, transferências e
muitas mais.
Este foi o primeiro passo que consistiu em conhecer algumas das funcionalidades dos
sistemas, o que é considerado fundamental para iniciar a aprendizagem.
Estes sistemas bancários estão ligados a uma base de dados centralizada na sede do banco.
Atualmente, as instituições investem valores significativos na modernização e
aperfeiçoamento dos sistemas informáticos, no sentido de rentabilizarem os circuitos
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
43
existentes e sobretudo para os operadores disporem de mais informação para realizarem
com maior rapidez e maior qualidade o atendimento dos clientes.
A agência do Crédito Agrícola de Felgueiras funciona numa configuração de postos de
trabalho dispostos da seguinte forma:
Front office – Atendimento geral de clientes, pagamento de cheques, recebimento
de valores, venda de produtos, operações diversas.
Back office – Tarefas efetuadas na retaguarda, ou seja, manuseamento e tratamento
de documentação após o atendimento dos clientes.
Atendimento personalizado – Os clientes são atendidos em espaços próprios, onde
se pretende uma certa privacidade, pois os negócios a efetuar são de valores
superiores aos habituais. Daqui se conclui a necessidade e o interesse num bom
atendimento.
Ao longo deste percurso vários clientes eram reencaminhados para serem atendidos pelo
estagiário, nomeadamente quando pretendiam saber os saldos ou os extratos da conta, o que
oferecia a oportunidade de explorar os sistemas informáticos.
3.4.1. Atividades desenvolvidas em Front Office
Atendimento ao Público
Uma das prioridades do Crédito Agrícola é a necessidade constante de dotar os seus
efetivos de pessoal eficaz, profissionalizado e que satisfaçam as necessidades dos clientes.
É importante que os funcionários tenham presente algumas regras:
Todos os elementos do balcão devem conhecer os serviços e produtos disponíveis
para maximizarem as oportunidades de negócio.
Toda a equipa deve transmitir ao cliente uma imagem positiva de personalidade e
conhecimentos.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
44
O cliente deve ser ouvido, aconselhado, mas terá sempre que decidir sobre as
opções apresentadas.
O cliente deve sentir que os seus interesses estão a ser salvaguardados.
No diálogo com a clientela não deve utilizar como argumento dizer mal da
concorrência, mas sim evidenciar um bom conhecimento dos produtos disponíveis
nas outras instituições e salientar as vantagens comparativas do produto ou serviço
que está a negociar com os clientes.
Um bom atendimento ao público é muito importante. É o fator determinante para a
manutenção, fidelização e captação de clientes. Portanto, é necessário também cuidar da
imagem e aliar à boa aparência um comportamento educado, isto é, devemos desenvolver a
simpatia e a delicadeza, demonstrar boa vontade na prestação de qualquer serviço.
Tudo isto foi em todas as ocasiões de elevada importância. Estavam sempre em mente estes
aspetos e talvez por isso, ao fim de algum tempo, o estagiário conseguiu níveis de
confiança elevados com clientes que por ali passavam diariamente. É sempre gratificante
sentir a satisfação do cliente, sobretudo quando o mesmo não tem qualquer problema em
recorrer ao serviço de um estagiário com pouca experiência.
Depósitos
Efetuar depósitos era a tarefa que mais frequentemente o estagiário fazia quando estava ao
balcão. Os depósitos podiam ser em cheque ou em numerário na conta à ordem, conta
poupança ou na conta a prazo. Para isso, o estagiário assimilou os procedimentos a seguir
em cada caso, como se explica a seguir:
No depósito em Cheque: Colocar obrigatoriamente no verso do cheque o número da
conta a creditar; verificar sempre se o valor escrito em numerário corresponde ao
escrito em extenso e por fim carimbar os cheques frente e verso.
No depósito em Numerário: Verificar a quantia, se necessário usar a máquina para
contar o dinheiro e verificar a veracidade das notas.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
45
Sempre que necessário o estagiário acedia ao Sistema Central para identificar qual o
número da conta do cliente, bastando para isso colocar no sistema o nome do mesmo. Pode
ser consultada também através do número de identificação civil ou do número de
contribuinte.
Depósito na Conta à ordem: É um processo relativamente simples realizado através
do programa informático SIBAL, onde basta colocar o número da conta e o
montante a depositar. Feito isto, deve-se confirmar o processo e inserir o talão de
depósito (Anexo III) na certificadora para que esta imprima o comprovativo da
transação, onde o original é guardado pelo caixa e o duplicado é devolvido ao
cliente, depois de este ter assinado.
Depósito na Conta Poupança/Prazo: neste caso, deve ser efetuado, primeiramente,
um depósito na conta à ordem e de seguida a transferência desse montante para a
conta poupança/prazo, onde é impresso um formulário que deve ser assinado pelo
cliente.
Há também a possibilidade de efetuar depósitos manuais (Anexo IV), nomeadamente, nos
momentos em que ocorra falhas no sistema.
Levantamentos
Existem várias formas de levantamentos. O cliente pode levantar da sua conta à ordem ou
da conta de poupança/prazo.
Levantamento na Conta à Ordem: Depois de solicitado pelo cliente é necessário
verificar se a conta se encontra com saldo disponível, pois caso contrário não é
permitido efetuar esta operação. Caso tudo esteja em conformidade, procedemos
então à ordem de levantamento (Anexo V) a qual o cliente tem que assinar.
Levantamento na Conta Poupança/Prazo: É possível efetuar um levantamento
parcial ou total da conta poupança/prazo, tendo obrigatoriamente que passar para a
conta à ordem. É impresso um documento comprovando o montante que foi retirado
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
46
da conta poupança/prazo para a conta à ordem. Este documento deve ser assinado
pelo cliente e de seguida efetuada uma ordem de levantamento da conta à ordem.
Os levantamentos podem ser efetuados manualmente, quer os da conta à ordem, quer os da
conta poupança/prazo, preenchendo os modelos 12501/02 (Anexo VI) e modelo 12300
(Anexo VII), respetivamente.
Nestas duas situações de levantamento é necessário pedir sempre a identificação ao cliente
que por sua vez deve corresponder sempre ao titular da conta. Os levantamentos ao balcão
envolvem um pequeno custo suportado pelo cliente.
Transferências
As transferências são efetuadas mediante o pedido dos clientes. Estas apenas podem ser
executadas se pedidas pelo titular da conta. São processadas no sistema SIBAL que no final
imprime um comprovativo da transferência.
Aliado ao processo de transferências, está o processamento de salários, o qual o estagiário
se encarregava de realizar sempre que necessário, mas em back office e não ao balcão.
Processamento de salários: Consiste basicamente na transferência de dinheiro da
conta da empresa ou instituição para a conta dos seus funcionários. A empresa ou
Instituição fornece todos os dados necessários para proceder ao pagamento dos
salários dos seus funcionários. Após cada transferência, o comprovativo é
automaticamente imprimido. No final deve ser verificado se tudo está em
conformidade.
Abertura de Contas
No site do Crédito Agrícola estão disponíveis os procedimentos a seguir para a abertura de
conta, bem como os respetivos documentos.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
47
A abertura de contas era realizada tanto para particulares, como para empresas.
Documentos necessários a apresentar pelos Particulares:
Bilhete de identidade/Cartão de cidadão;
Número de Identificação Fiscal;
Comprovativo de morada (por exemplo, fatura da água ou eletricidade, carta
de condução ou declaração de rendimentos);
Comprovativo de profissão e entidade patronal (por exemplo, recibo de
vencimento/pensão, cartão profissional emitido por ordem profissional ou
entidade patronal, cartão de estudante).
Caso sejam Empresários em Nome Individual é necessário apresentar ainda a
seguinte documentação:
Cartão de pessoa coletiva;
Certidão de Registo Comercial ou outro documento público comprovativo
do qual conste os elementos: Denominação, Sede e Objeto do empresário.
Documentos necessários a apresentar pelas Empresas:
Cartão de Pessoa Coletiva;
Titulares dos órgãos de gestão, e para cada um deles: Declaração Pessoa
Coletiva, ou Bilhete de Identidade do próprio, ou documento que o substitua,
e o número de contribuinte;
Procuradores: Têm que apresentar comprovativos documentais como se uma
Pessoa Física se tratasse;
Procurações originais ou certidões notariais com menção de que o original
está arquivado em Notário (quando se adapte).
Denominação das contas:
Singular – Constituída por um único titular, seja pessoa singular ou coletiva.
Coletiva – Constituída por mais de um titular, seja pessoa singular ou coletiva.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
48
Movimentação das contas:
Conjunta – A movimentação a débito é feita com a assinatura de todos os titulares.
Solidária – A movimentação a débito pode ser efetuada com a assinatura de um
qualquer titular.
Mista – A movimentação a débito pode ser efetuada com a assinatura de alguns dos
titulares, conforme ficou estipulado na abertura de conta.
Procedimentos:
1º Fotocopiar todos os documentos apresentados pelo cliente.
2º Verificar no Central se o cliente ou empresa já possui ficha criada no sistema. Caso se
confirme essa situação, devemos atualizar os dados. Caso contrário, introduzimos os dados
no sistema, criando a ficha de cliente ou empresa.
3º De seguida o sistema imprime uma série de propostas devidamente preenchidas que o
cliente terá que assinar, mais concretamente, a ficha de assinaturas (Anexos VIII e IX), a
ficha dos elementos informativos (Anexos X e XI) e ainda as condições gerais (Anexos XII
e XIII).
4º O cliente deve efetuar um depósito, no montante que a conta assim o exigir, para validar
a abertura da mesma, recebendo o respetivo comprovativo de depósito.
5º Juntar toda a papelada inerente à abertura de conta e arquivar junto dos demais
processos.
Requisição e Entrega de Cheques
O cheque é uma ordem de pagamento dada pelo titular da conta ao seu banco, para que este
efetue a entrega de uma determinada quantia ao beneficiário.
O cheque pode ser emitido:
À ordem – Contém o nome da pessoa a quem deve ser pago.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
49
Não à ordem – Contém o nome da pessoa a quem deve ser pago seguido da
cláusula: “não à ordem”. Neste caso o cheque não pode ser transmitido por endosso6
(Anexo XIV).
Ao portador – Não contém o nome da pessoa a quem deve ser pago, podendo sê-lo a
qualquer que se apresente a cobrá-lo. É pagável por simples apresentação.
Sempre que um cliente pretende um novo módulo de cheques é necessário verificar, através
do sistema se o cliente tem em sua posse cheques por utilizar. Caso seja detentor de uma
considerável quantidade de cheques por utilizar não é possível fazer uma nova requisição.
Deve então o cliente em situações oportunas, caso um cheque não se encontre em
condições de circulação, pedir a inutilização do mesmo junto do balcão, para evitar esta
situação considera indesejável.
Requisição de Cheques: Quando feita pela primeira vez, é efetuada através de um
impresso próprio para a requisição dos mesmos (Anexo XV). Caso o cliente já tenha
levado um módulo de cheques anteriormente, basta levar um impresso próprio que
consta no mesmo.
Levantamento de Cheques: Quando se trata de um cliente novo que requisitou um
módulo de cheques pela primeira vez, este só os poderá levantar após receber em
casa uma notificação que deverá apresentar no balcão. Em qualquer situação deverá
ser o titular da conta a levantar os cheques, caso contrário não será permitido a
entrega dos mesmos.
Posto isto é imprescindível dar baixa dos cheques no sistema, caso contrário se o cliente
passar um cheque ele será devolvido, pois consta no sistema que aqueles cheques ainda não
foram entregues ao cliente.
6 Endosso é uma propriedade dos cheques em que se pode transmitir a outra pessoa diferente da que consta no
campo “à ordem de”.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
50
Fecho de Caixa
O fecho de caixa acontece no final do dia depois de todo o trabalho estar feito. Através do
sistema SIBAL é possível imprimir uma lista com os cheques depositados, para
conferência, com o correspondente número e valor. De seguida é necessário contar todo o
dinheiro existente no caixa, sabendo que o limite é de 2.500€. Caso o valor em caixa seja
superior, deve-se efetuar uma remessa. Feito isto, procedemos ao fecho de caixa que nos
indicará se tudo está correto.
3.4.2. Atividades desenvolvidas em Back Office
Desconto Comercial
O estagiário colaborou na elaboração de processos de crédito, mais concretamente, no
desconto comercial ou desconto de letra. Esta cooperação por parte do estagiário, permitiu
que este estivesse em contacto direto com um tema que abordou com bastante intensidade
na disciplina de Matemática Financeira, sendo então motivo de grande interesse.
A letra é um título de crédito pelo qual uma pessoa (o sacador) ordena a outra (sacado) que
lhe pague a si próprio ou a um terceiro, uma determinada importância numa determinada
data.
O desconto de letra consiste numa forma imediata de gerir liquidez, antecipando receitas,
mediante a apresentação a desconto de letras decorrentes de transações comerciais.
Para a formalização deste processo é necessário que conste em cada letra os seguintes
dados:
Importância a pagar.
A época de pagamento-vencimento.
O mandato puro e simples de pagar a quantia determinada.
O nome de quem deve pagar.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
51
A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento.
O nome da pessoa a quem a letra deve ser paga.
A indicação da data e do lugar onde a letra é emitida.
A assinatura de quem emite a letra.
Contribuinte de todos os intervenientes
Deve ser apresentada a letra assinada pelos intervenientes juntamente com uma proposta de
desconto de letra, devidamente preenchida.
Para finalizar o processo, através do SIBAL é possível imprimir as responsabilidades que o
sacador tem perante o banco. A partir disso, elabora-se uma informação com todos os dados
onde se emite um pequeno parecer. O passo seguinte consiste em juntar toda a informação e
reencaminhar o processo para a sede, para que seja avaliado por um analista de risco.
Conta Corrente Caucionada
No que toca à conta corrente caucionada, como mencionado no capítulo 2, este tipo de
conta destina-se a financiar necessidades pontuais de tesouraria.
O banco compromete-se a fazer adiantamentos a uma entidade em período determinado,
ficando as utilizações e liquidações por parte do beneficiário obrigadas ao contrato
estabelecido com o banco.
Este tema já tinha sido abordado em sala de aula, sendo que após o contacto direto com
uma situação real, o estagiário aperfeiçoou e melhorou as suas capacidades neste contexto.
A situação vivida prendia-se com a necessidade de um nosso cliente pretender criar uma
conta caucionada com um plafond de 5.000€, para poder pagar os salários aos seus
trabalhadores, nos meses em que não recebesse atempadamente dos seus clientes. Mas, para
que este tipo de crédito seja concedido é necessário consultar as capacidades financeiras da
empresa. É necessário fazer um processo idêntico ao do desconto comercial. Contudo, neste
caso, existe a possibilidade de o cliente, caso tenha disponível algum dinheiro efetuar um
depósito a prazo para ajudar na concessão deste crédito.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
52
Créditos Liquidados
No que diz respeito aos créditos liquidados, todos os meses era tarefa do estagiário
proceder ao seu registo num documento Excel, como mostra a figura seguinte.
Figura 29: Documento Excel para registo de Créditos Liquidados
Fonte: Elaboração própria
Este registo simplifica a pesquisa dos processos. Neste documento é obrigatório registar o
nome do cliente ou empresa, o número da conta, o montante, o tipo de crédito, com ou sem
livrança e qual o destino do processo.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
53
Análise da Compensação
A análise da compensação consiste na verificação dos clientes que no dia em questão têm a
conta à ordem a descoberto7. É necessário entrar em contacto com os mesmos, para os
informar da situação. O objetivo é forçá-los a regularizar a conta. Caso os clientes não o
façam até ao final do dia, os cheques ou os débitos que originaram esse descoberto são
devolvidos. Salvo em situações especiais é possível autorizar os pagamentos. Ambas as
situações envolvem um custo para o cliente.
No decorrer do estágio, coube ao estagiário, consultar e imprimir a lista de contas a
descoberto, o que se revelou uma tarefa simples, mas que implicava saber lidar com o
sistema, principalmente com o sistema Central. Era necessário consultar o saldo da conta, o
nome dos titulares e os contactos, para depois os informar da situação em que a conta se
encontrava. Fazia também parte desta tarefa, quando existiam cheques de elevado valor
passados pelos clientes do Crédito Agrícola, verificar se o valor do cheque escrito em
numerário correspondia ao valor escrito em extenso. Era necessário também comprovar
através da ficha de assinaturas, se estas eram iguais.
Análise de Mapas relacionados com Descobertos
Estes mapas resultam do não cumprimento dos clientes para com o banco. Aqui constam
todas as contas com saldo negativo e o número de dias em que se encontram nessa situação.
Em situações em que se verifica que não há intenção de regularizar a conta, o caso é
entregue ao departamento jurídico.
Este tema está relacionado com o tema anterior e é necessário também ir contactando os
clientes que já não regularizam a conta há vários dias, semanas ou até meses. Em alguns
7 Por descoberto entende-se toda a divida resultante de uma utilização excessiva de um crédito concedido. De
maneira geral, emprega-se o termo de descoberto para indicar que uma conta à ordem é devedora.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
54
casos, a divida é considerada incobrável, devido ao facto do cliente já ser devedor há
bastante tempo.
Cheques Devolvidos
Por vezes, chegavam à agência cheques devolvidos, a maioria por falta de provisão. O
estagiário era responsável por registar num documento Excel todos os dados do cheque,
como o nome do cliente que passou o cheque, o número do cheque, o número da conta, a
importância e de dependência bancária do cheque.
Atendimento Telefónico
Em momentos de maior confusão eram muitas as chamadas que não eram atendidas porque,
por vezes, todos os funcionários do banco estavam ocupados. O estagiário ofereceu-se
então para atender os telefonemas e tentar ser útil. Recebeu uma breve explicação do que
deveria dizer ao atender o telefone. Identificar o banco, saudar o cliente e identificar-se,
designadamente: “Crédito Agrícola Felgueiras, bom dia/boa tarde fala o André”. Em
algumas ocasiões, quando eram situações que ultrapassavam os seus conhecimentos, apenas
informava o cliente de que de momento não era possível ajudá-lo, e que quando algum
colega estivesse disponível, entraria em contacto com ele. É uma experiência positiva e
enriquecedora, pois a oportunidade de estar em contacto com o cliente e tentar solucionar
os seus problemas é gratificante.
Arquivo e Correspondência
À medida que o tempo foi passando, o estagiário começou a organizar documentos nas
respetivas pastas. Tornou-se, então, responsável pelo arquivo de todos os documentos
rececionados e emitidos no balcão de Felgueiras. No final de cada dia, guardava o serviço
numa caixa devidamente identificada com o dia e mês e com o número do balcão. Este
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
55
processo é importante para a preservação dos documentos, que ainda poderão ser precisos
no futuro. Foi uma forma de se ir ambientando, de ir conhecendo onde se encontravam
certos documentos. Todos os dias tinha a função de organizar os livros de cheques que
chegavam pelo correio.
Enviava por correio interno propostas de seguros, enviava por correio normal
comprovativos de depósitos, de transferências, entre outros. Coisas simples que parecem
pouco importantes, mas que são fundamentais para se ir percebendo como as coisas
funcionam. Foi importante para se familiarizar e ambientar com a disposição das pastas.
Uma boa forma de conhecer os “cantos à casa”.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
56
Conclusão
Com o fim deste trabalho, torna-se pertinente refletir e analisar de forma conclusiva o
desempenho do estagiário ao longo do estágio. Foi bastante gratificante poder integrar uma
equipa com pessoas experientes, que em diversas ocasiões se revelaram fundamentais na
evolução do estagiário, tanto a nível profissional como pessoal.
Durante o estágio, o estagiário passou por diversas dificuldades. No início tudo era novo e
confuso e as tarefas atribuídas presumiam-se de carater rotineiro, o que com o passar do
tempo viria a desvanecer. O ambiente era diferente daquele a que estava habituado. A
pressão e o consequente stress, a multiplicidade dos assuntos, todos estes fatores foram
observados e vividos. Como qualquer pessoa, tinha as suas expectativas, que acabaram por
não corresponder à realidade e o plano de estágio proposto não foi cumprido integralmente.
O acompanhamento nem sempre foi o melhor, em diversas ocasiões não me era solicitado
efetuar qualquer tipo de trabalho ou até mesmo acompanhar o trabalho de um colega, mas a
persistência do estagiário traduziu-se na possibilidade de cooperar mais frequentemente
com os colaboradores. Apesar das dificuldades iniciais, a realidade vivida foi bastante
positiva.
Numa retrospetiva, a aprendizagem foi uma constante e foi deveras enriquecedor do ponto
de vista das competências do estagiário. Começou por perceber o que se fazia num banco,
observava, perguntava e oferecia-se para fazer. Queria sentir-se útil. Para além de querer
aprender, queria demonstrar que era competente o suficiente para que, no futuro, isso o
favorecesse numa situação de recrutamento. Sempre empenhado em demostrar ambição,
disponibilidade para fazer qualquer coisa que fosse solicitada. Durante o estagio foi
cumpridor dos horários, chegava sempre antes do tempo e só se ia embora depois de
perguntar se havia algo mais em que pudesse ajudar.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
57
Em diversos momentos, existiu a possibilidade de aperfeiçoar e adaptar conhecimentos
adquiridos ao longo do curso de Gestão. Em situações escolares não nos é possível ter uma
clara noção de certos pormenores abordados nas aulas, sendo sem dúvida uma mais-valia a
possibilidade de realizar um estágio curricular. Esta etapa é gratificante na medida em que
existe uma enorme vontade de colocar em prática os temas abordados ao longo do curso,
com o intuito de demonstrar os nossos conhecimentos aos que nos rodeiam, e se oportuno
contribuir para a melhoria do funcionamento da organização.
Para concluir, a atitude do estagiário foi de encontro aos seus objetivos. Dar boa impressão,
vontade em aprender, mostrar ser responsável, cumpridor e ambicioso. Foram estes os
objetivos que traçou e pensa ter cumprido. A sua motivação estava, por um lado,
intrinsecamente relacionada com a sua sede de conhecimento e, por outro lado, com a
possibilidade de uma oportunidade futura de emprego. Para além disso, juntamente com a
boa vontade dos seus colegas evoluiu muito ao longo do estágio. É sempre uma fantástica
experiência, para consolidar e aperfeiçoar os conhecimentos.
Contudo, lamenta apenas não ter tido a possibilidade de aprofundar, como pretendia, as
competências ao nível do saber fazer.
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
58
Bibliografia
Costa, Domingos Vilaça, A Gestão de uma Agência Bancária, Edições
CETOP,1996
Rivoire, Jean, As Técnicas Bancárias, Publicações Europa-América, 1986
Web Grafia
Intranet do Crédito Agrícola (Consultado durante o período de estágio)
http://www.bportugal.pt, última consulta no dia 12/10/2012
http://www.cm-felgueiras.pt, última consulta no dia 28/09/2012
http://www.creditoagricola.pt, última consulta no dia 02/10/2012
http://www.wikipédia.org, última consulta no dia 28/09/2012
Outras Referências
Manual do balcão do Grupo Crédito Agrícola
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
59
Anexos
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
60
Anexo I – Organograma do Grupo Crédito
Agrícola
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
62
Anexo II – Organograma Institucional
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
64
Anexo III – Talão de Depósito (Modelo
12402)
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
66
Anexo IV – Talão de Depósito Manual
(Modelo 12404/02)
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
68
Anexo V – Ordem de Levantamento
(Modelo 12500)
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
70
Anexo VI – Ordem de Levantamento
Manual – Conta à Ordem (Modelo
12501/02)
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
72
Anexo VII – Ordem de Levantamento
Manual – Conta Poupança/Prazo (Modelo
12300)
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
74
Anexo VIII – Ficha de Assinaturas-Pessoas
Singulares (Modelo 12200/05)
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
77
Anexo IX – Ficha de Assinaturas-Pessoas
Coletivas (Modelo 12201/05)
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
80
Anexo X – Informação de Clientes –
Pessoas Singulares
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
83
Anexo XI – Informação de Clientes –
Pessoas Coletivas
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
86
Anexo XII – Condições Gerais de Contrato
de Depósito – Pessoas Singulares
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
95
Anexo XIII - Condições Gerais de
Contrato de Depósito – Pessoas Coletivas
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
103
Anexo XIV – Cheque Endossado
Relatório de Estágio (2012) – André Pinto
105
Anexo XV – Requisição de Cheques