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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA PUCRS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRENATUREZAS 23 a 26 de abril de 2014 – Porto Alegre – RS - Brasil 25 Anais do II Seminário SobreNaturezas – “Ambientalização e Práticas Escolares” Escolas sustentáveis como proposta de política pública no Brasil 1 Sandra Lilian Silveira Grohe 2 Resumo O objetivo deste artigo é apresentar parte da pesquisa sobre a proposta de política pública para Escolas Sustentáveis (ES) do Ministério da Educação e Cultura (MEC) no Brasil. O princípio fundamental desta proposta é que as escolas de educação básica brasileira se transformem em espaços que eduquem para a sustentabilidade. Este estudo busca identificar as raízes conceituais em que esta política pública se fundamenta; analisar algumas políticas que basearam a elaboração e construção desta proposta, assim como apresentar como o programa para Escolas Sustentáveis vem se constituindo como política pública no Brasil. Palavras-chaves: Escolas Sustentáveis; Sustentabilidade; Política Pública. Abstract The purpose of this article is to present part of a research about the proposal of public policies for Sustainable Schools (ES) from Ministry of Education and Culture (MEC) in Brazil. The fundamental principle of this proposal is: Brazilian Elementary Schools are transfromed into spaces that educate for sustainability. This study seeks to identify the conceptual roots in which this public policy is based; analyze some policies which based the design and construction of this proposal, as well as to present how the program for sustainable schools is becoming a public policy in Brazil. Key-words: Sustainable Schools; sustainability; Public Policy. 1.Introdução O objetivo do presente artigo é analisar como o programa para Escolas Sustentáveis está se constituindo como política pública no Brasil. Este estudo partiu do interesse pela IV Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, iniciativa do Ministério da Educação e Cultura (MEC), na qual trouxe como tema “Vamos Cuidar do Brasil com 1 Texto enviado para a X ANPED SUL. 2 Pedagoga (URCAMP), Psicopedagoga (IBPEX), Educadora Ambiental (FURG) e Mestranda pela Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Email: [email protected]

Escolas sustentáveis como proposta de política pública no Brasil

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O objetivo deste artigo é apresentar parte da pesquisa sobre a proposta de políticapública para Escolas Sustentáveis (ES) do Ministério da Educação e Cultura (MEC)no Brasil. O princípio fundamental desta proposta é que as escolas de educaçãobásica brasileira se transformem em espaços que eduquem para a sustentabilidade.Este estudo busca identificar as raízes conceituais em que esta política pública sefundamenta; analisar algumas políticas que basearam a elaboração e construçãodesta proposta, assim como apresentar como o programa para Escolas Sustentáveisvem se constituindo como política pública no Brasil.

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    ANAIS DO II SEMINRIO SOBRENATUREZAS

    23 a 26 de abril de 2014 Porto Alegre RS - Brasil

    25 Anais do II Seminrio SobreNaturezas Ambientalizao e Prticas Escolares

    Escolas sustentveis como proposta de poltica pblica no Brasil1

    Sandra Lilian Silveira Grohe2

    Resumo

    O objetivo deste artigo apresentar parte da pesquisa sobre a proposta de poltica pblica para Escolas Sustentveis (ES) do Ministrio da Educao e Cultura (MEC) no Brasil. O princpio fundamental desta proposta que as escolas de educao bsica brasileira se transformem em espaos que eduquem para a sustentabilidade. Este estudo busca identificar as razes conceituais em que esta poltica pblica se fundamenta; analisar algumas polticas que basearam a elaborao e construo desta proposta, assim como apresentar como o programa para Escolas Sustentveis vem se constituindo como poltica pblica no Brasil.

    Palavras-chaves: Escolas Sustentveis; Sustentabilidade; Poltica Pblica.

    Abstract

    The purpose of this article is to present part of a research about the proposal of public policies for Sustainable Schools (ES) from Ministry of Education and Culture (MEC) in Brazil. The fundamental principle of this proposal is: Brazilian Elementary Schools are transfromed into spaces that educate for sustainability. This study seeks to identify the conceptual roots in which this public policy is based; analyze some policies which based the design and construction of this proposal, as well as to present how the program for sustainable schools is becoming a public policy in Brazil.

    Key-words: Sustainable Schools; sustainability; Public Policy.

    1.Introduo

    O objetivo do presente artigo analisar como o programa para Escolas Sustentveis

    est se constituindo como poltica pblica no Brasil. Este estudo partiu do interesse

    pela IV Conferncia Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, iniciativa do Ministrio da

    Educao e Cultura (MEC), na qual trouxe como tema Vamos Cuidar do Brasil com

    1 Texto enviado para a X ANPED SUL. 2 Pedagoga (URCAMP), Psicopedagoga (IBPEX), Educadora Ambiental (FURG) e Mestranda pela Pontifcia Catlica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Email: [email protected]

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    Escolas Sustentveis. A partir da anlise dos documentos da conferncia surgiram

    as primeiras reflexes norteadoras desta pesquisa: O que uma Escola

    Sustentvel? Quais os fundamentos da poltica para Escolas Sustentveis? Como o

    conceito de Escolas Sustentveis est se constituindo como poltica pblica no

    Brasil? Como esta poltica est se efetivando em nvel global (Nacional) e local

    (Estados e Municpios)?

    De acordo com Sato e Trajber (2010), o princpio fundamental da poltica para

    Escolas Sustentveis que as escolas de educao bsica brasileira se

    transformem em incubadoras de mudanas, onde devero encontrar possveis

    solues para as dificuldades encontradas. A proposta busca, a partir de espaos

    educadores sustentveis, incentivar a investigao, pesquisa, descoberta,

    autonomia, sonhos e possibilidades, assim como o pensamento crtico e inovador.

    uma proposta ousada que estimula a liberdade de escolhas, na qual cada instituio

    decidir com sua comunidade o melhor caminho em busca da sustentabilidade.

    A hiptese de que essa poltica proporcione movimentos locais de

    ambientalizao, assim como atitudes ecologicamente orientadas (CARVALHO,

    2002). Focalizada na educao ambiental, o conceito de ambientalizao, baseado

    no discurso de Henri Acselrad (2010) e Leite Lopes (2006), entendido como

    o processo de internalizao nas prticas sociais e nas orientaes individuais de valores ticos, estticos e morais em torno do cuidado com o ambiente. Estes valores se expressam na sociedade contempornea em preocupaes, tais como aquelas com a integridade, a preservao e o uso sustentvel dos bens ambientais. (CARVALHO; TONIOL, 2011)

    Acredita-se que os (as) alunos (as), assim como seus (as) professores (as),

    funcionrios (as) e comunidade, por estarem inseridos em uma escola que se props

    a educar para a sustentabilidade, passem a se sensibilizar pelas questes

    socioambientais, ampliando seu modo de ver e estar no mundo. A escola, guiada

    pelos princpios do programa, estar proporcionando a internalizao das questes

    ambientais, tanto dentro do espao escolar, assim como em seu entorno.

    Este artigo est dividido em trs momentos. No primeiro, apresentada a pesquisa

    referente ao conceito de ES, onde foram identificadas as razes conceituais. No

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    segundo, exposta a analise de algumas polticas que fundamentaram a construo

    e elaborao do programa para ES. E por fim, no terceiro momento, apresentado

    como o programa para ES vem se constituindo como poltica pblica no Brasil.

    2.Ecodesenvolvimento, Desenvolvimento Sustentvel e Sustentabilidade

    A poltica para escolas sustentveis est diretamente relacionada ao conceito de

    sustentabilidade. Este conceito vem sendo formulado no decorrer das ltimas quatro

    dcadas, a partir de eventos e movimentos sociais realizados para discutir questes

    relacionadas aos problemas ambientais e a preservao dos recursos naturais.

    O primeiro grande evento realizado foi a 1 Conferncia das Naes Unidas sobre o

    Meio Ambiente, em Estocolmo, Sucia, em 1972 (ONU, 2013). Nesta poca ainda

    no havia aluso ao termo sustentabilidade e sim ao ecodesenvolvimento,

    apresentado por Maurice Strong3 em 1973 e, posteriormente, na dcada de 80

    apropriado por Ignacy Sachs. Segundo Layrargues (1997, p.3) o conceito de

    ecodesenvolvimento consistia na definio de um estilo de desenvolvimento

    adaptado s reas rurais do Terceiro Mundo, baseado na utilizao criteriosa dos

    recursos locais, sem comprometer o esgotamento da natureza. O

    ecodesenvolvimento, mesmo sem abandonar as preocupaes econmicas,

    priorizava a preservao dos recursos naturais e o respeito s individualidades

    locais, culturais e ambientais.

    Alguns documentos foram elaborados a partir da Conferncia de Estocolmo. Um

    deles foi o relatrio Nosso Futuro Comum, tambm denominado Relatrio

    Brundtland, de 1987 (BRUNDTLAND, 1991). Neste documento d-se prioridade ao

    conceito denominado desenvolvimento sustentvel. Este conceito apresentado

    como:

    um processo de transformao no qual a explorao dos recursos, a direo dos investimentos, a orientao do desenvolvimento tecnolgico e a mudana institucional se harmonizam e reforam o potencial presente e futuro, a fim de atender s necessidades e aspiraes humanas.

    3 Na poca, Diretor Executivo do PNUMA - Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente.

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    Segundo o livro Desenvolvimento Sustentvel (SCOTTO, 2009, p.34), o documento

    aposta no apelo ao meio ambiente como uma preocupao comum que poder

    reorientar as relaes internacionais, no sentido de uma mudana global rumo a

    uma economia sustentvel. De acordo com este pensamento orientado pela lgica

    econmica, a natureza passa a ser um bem de capital numa economia ecologista

    de mercado. (SCOTTO, 2009, p.35)

    No Brasil, durante a Cpula da Terra ou ECO 92, os movimentos sociais e ONGs,

    preocupados com os problemas sociais e ambientais do planeta Terra, reuniram-se

    para refletir sobre os documentos existentes e propor novas polticas que se

    afastassem das voltadas para o desenvolvimento econmico. Um dos documentos

    produzidos durante este evento foi o Relatrio do Frum de ONGs Brasileiras para a

    Conferncia da Sociedade Civil sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, na qual o

    conceito de desenvolvimento sustentvel colocado em pauta e depois de inmeros

    debates substitudo por sociedade democrtica, mais justa e ecologicamente

    equilibrada.

    Tambm foi criado o Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis

    e Responsabilidade Global. Neste documento foi compartilhada a mesma ideia do

    Relatrio das ONGs Brasileiras, mas a critica foi mais efervescente em relao ao

    conceito de desenvolvimento sustentvel. Este documento procurou deslocar a

    noo de desenvolvimento sustentvel trazida no Relatrio Brundtland para a noo

    de sociedade sustentvel.

    Os debates da sociedade civil, aps criticarem o acento ainda desenvolvimentista do conceito, buscaram diferenciar sua posio, demarcando uma nova preocupao que com a sustentabilidade da sociedade, mais do que com o desenvolvimento. Desta forma, buscam apontar para o sujeito social da sustentabilidade e no apenas para o desejo de durao de um modelo de desenvolvimento. (SCOTTO, 2009, p.48)

    A inteno dos movimentos sociais foi a de demarcar um novo posicionamento e a

    constituio de um novo modelo de sociedade e no de desenvolvimento. O

    conceito de desenvolvimento sustentvel pensado dentro de uma lgica de mercado

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    foi apontado como insustentvel. Na introduo do Tratado reconhecido o papel

    central da educao na formao de valores e na ao social e firmado um

    compromisso com o processo educativo transformador atravs de envolvimento

    pessoal, das comunidades e naes para criar sociedades sustentveis e

    equitativas.4

    A partir de ento, o conceito de sustentabilidade e o conceito de desenvolvimento

    sustentvel passaram a ser vistos como conceitos em disputa pelo modelo

    econmico vigente. O intuito dos movimentos sociais foi de incluir outra lgica aos

    documentos de Educao Ambiental, mas infelizmente o conceito de

    sustentabilidade tambm no conseguiu escapar da armadilha do capitalismo que o

    utiliza ou incorpora para legitimar suas aes. A sustentabilidade atualmente

    percebida como um conceito polissmico que por si mesmo no define um nico

    marco interpretativo e ideolgico, mas transita entre diferentes matrizes discursivas

    sendo disputado ideolgica e semanticamente. (CARVALHO, 2007.p.5).

    Acselrad (2013, p. 6), um dos grandes crticos sobre a temtica, ressalta que o

    sentido do termo sustentabilidade foi deslizando, tornando-se cada vez menos

    explcito e mais ambguo. Para ele a palavra sustentabilidade [...] passou a servir

    para apresentar como durveis e sustentveis justamente as prticas mais suspeitas

    de serem no durveis. Acselrad chama a ateno para a formulao do conceito

    apenas como retrico e como definio genrica, referindo-se ao Relatrio

    Brundtland, colocando em jogo a concentrao do poder sobre os recursos por um

    pequeno nmero de grandes corporaes. O que se percebe o predomnio do

    discurso esvaziado com o objetivo de beneficiar apenas o mundo dos negcios.

    3.Poltica para escolas sustentveis

    Na esfera das disputas pelo conceito de sustentabilidade foi identificado o contexto

    particular onde a poltica para Escolas Sustentveis se localiza: a poltica para a

    4Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global. Ver em: . Acesso em: 15 ago 2013.

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    sustentabilidade. Gestores que contriburam para sua criao, como parte dos

    representantes de movimentos sociais, ONGs, Relatrio das ONGs, Tratado da

    Educao Ambiental, entre outros; foram firmes nesta posio.

    Essa poltica foi fundamentada em documentos e polticas pblicas de educao

    ambiental, principalmente brasileira. Como vimos no tpico anterior, um dos

    documentos importantes, criado na dcada de 1990, foi o Tratado de Educao

    Ambiental para Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global. Outro

    documento, que cabe aqui ressaltar, a Agenda 21. Este documento foi um dos

    acordos importantes que foi definido pelo Ministrio do Meio Ambiente (2013) como

    um instrumento de planejamento para a construo de sociedades sustentveis, em

    diferentes bases geogrficas, que concilia mtodos de proteo ambiental, justia

    social e eficincia econmica. Mesmo que em seu documento seja dado maior

    respaldo ao termo desenvolvimento sustentvel, em sua apresentao explicitado

    que a Agenda 21 o mapa e o roteiro para a construo de uma sociedade

    sustentvel. 5

    A partir da Agenda 21 criado pelo governo federal o Programa Nacional de

    Educao Ambiental ProNEA, que ressalta a importncia de uma educao

    voltada para a sustentabilidade. Um de seus objetivos o de promover processos

    de educao ambiental voltados para valores humanistas, conhecimentos,

    habilidades, atitudes e competncias que contribuam para a participao cidad na

    construo de sociedades sustentveis. (BRASIL, 2005)

    A Lei n 9.795, que institui a Poltica Nacional de Educao Ambiental (PNEA), foi

    outro documento importante. Trouxe como um de seus princpios bsicos para a

    educao ambiental: a concepo do meio ambiente em sua totalidade,

    considerando a interdependncia entre o meio natural, o scio-econmico e o

    cultural, sob o enfoque da sustentabilidade. Assim como um de seus objetivos

    fundamentais o estmulo cooperao entre as diversas regies do Pas, em

    nveis micro e macrorregionais, com vistas construo de uma sociedade

    5 Ver em: Agenda 21. . Acesso em: 20 fev 2014. Pag.8.

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    ambientalmente equilibrada, fundada nos princpios da liberdade, igualdade,

    solidariedade, democracia, justia social, responsabilidade e sustentabilidade.

    (BRASIL, 1999).

    Outras resolues foram firmadas como a Implementao do Programa Parmetros

    em Ao: meio ambiente na escola, pelo MEC no ano de 2001, na qual se

    fundamentou na Poltica Nacional de Educao Ambiental (PNEA), retomando os

    princpios e objetivos da educao ambiental para a sustentabilidade. Assim como

    houve a Regulamentao da Poltica Nacional de Educao Ambiental (Lei n. 9.795)

    no ano de 2002, na qual criado o rgo Gestor da Poltica Nacional de Educao

    Ambiental, que compartilha da mesma misso do Programa Nacional de Educao

    Ambiental e do Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e

    Responsabilidade Global: a construo de sociedades sustentveis.

    4.Escolas sustentveis como proposta de poltica pblica no Brasil

    A primeira manifestao para a poltica para Escolas Sustentveis ocorreu aps a

    participao de especialistas no colquio denominado Sustentabilidade, Educao

    Ambiental e Eficincia Energtica: um Desafio para as Instituies de Ensino e para

    a Sociedade", realizado no dia 26 de junho de 2009, em Braslia (TRAJBER; SATO,

    2010). Neste encontro, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econmico e

    Social (CDES), discutiu-se sobre os rumos da educao, especificamente, os rumos

    da educao ambiental.

    Os temas apresentados foram to profundos e tocantes que geraram as primeiras

    reflexes para a construo da proposta que hoje se denomina Escolas

    Sustentveis. Segundo Trajber e Sato (2010), os temas abordados no primeiro

    momento do evento foram os mais instigantes. Estavam entre os conferencistas

    Moacir Gadotti, representado o Instituto Paulo Freire, na qual abordou os temas

    sustentabilidade, educao ambiental e construes sustentveis; Roberto Lamberts

    da Universidade Federal de Santa Catarina que apresentou modelos de construes

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    de casas solares e Marco Antonio Saidel da Universidade de So Paulo, que trouxe

    alternativas para o uso eficiente de energia. (CDES, 2014).

    Aps o colquio os representantes da Coordenao Geral de Educao Ambiental

    (CGEA) do Ministrio da Educao (MEC), Universidades Federal de Ouro Preto

    (UFOP), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade

    Federal de Mato Grosso (UFMT)6 passaram a pensar em uma proposta de educao

    que contemplasse o que acreditavam e sonhavam, e que viesse ao encontro das

    polticas j existentes.

    A proposta inicial, alm de receber o incentivo do evento, necessitou de um rduo

    estudo e pesquisa. O Plano Nacional sobre Mudana do Clima foi uma das leituras

    essenciais dando suporte ao projeto, na qual prope a implementao de

    programas de espaos educadores sustentveis com readequao de prdios

    (escolares e universitrios) e da gesto, alm da formao de professores e da

    insero da temtica nos currculos e materiais didticos. (BRASIL, 2008).

    Tambm contribui para a proposta da poltica para Escolas Sustentveis o Decreto

    n 7.083/2010. Este decreto prope a ampliao do tempo de permanncia dos

    alunos (as) na escola, atravs do Programa Mais Educao e tambm determina, no

    inciso V, o incentivo criao de espaos educadores sustentveis (BRASIL,

    2010).

    Segundo o blog do Grupo Pesquisador em Educao Ambiental, Comunicao e

    Arte (GPEA), o programa tambm buscou inspirao em outras propostas

    existentes. Seguindo as pistas deixadas no artigo de TRAJBER e SATO (2010), a

    proposta inglesa a que o blog se refere a desenvolvida pelo Projeto Escola

    Sustentvel7. O projeto tem como filosofia a educao para a sustentabilidade,

    integrando currculo, comunidade e prticas. Tambm citado o trabalho realizado

    pelo EcoCentro IPEC - Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado e o livro

    6 Entre eles Rachel Trajber(CGEA); Iclia Albuquerque de Vargas (UFMS), Glauce Viana de Souza e Michle Sato (UFMT), Dulce Maria Pereira e Jorge Luiz Brescia (UFOP). 7 Ver em: http://www.sustainableschoolsproject.org./

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    produzido pelo instituto denominado Criando Habitats na Escola Sustentvel, tendo

    como autoria Lucy Legan (LEGAN, 2009).

    Aps um perodo de estudos, pesquisas, construes, desconstrues e acatando

    as orientaes do Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e

    Responsabilidade Global e a Avaliao Ecossistmica do Milnio8, entre outros

    documentos (TRAJBER; SATO, p.72, 2010), lanado em agosto de 2010, no Sesc

    Pantanal, em Pocon (MT), o Programa Escolas Sustentveis. Ocorreu atravs do

    processo formativo em Educao Ambiental denominado Escolas Sustentveis e

    Com-Vida, vinculado a Universidade Aberta do Brasil (UAB). Este curso9 foi

    oferecido para representantes de 180 escolas, destinado a 2800 cursistas (alunos,

    professores e gestores) e envolveu dezoito Secretarias de Educao (SEDUC) de

    dezoito estados. Contou com o apoio do MEC e de algumas universidades, entre

    elas Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal de Mato Grosso,

    Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, assim como contou com o apoio da

    Coordenao Geral de Educao Ambiental. O objetivo inicial foi o de implementar

    o projeto em escolas de Ensino Mdio, juntamente com o Programa Mais Educao.

    O programa se vinculou a trs pressupostos pedaggicos: cuidado, integridade e

    dilogo. Esses pressupostos articulados a trs elos: espao, currculo e gesto.

    Segundo TRAJBER e SATO (2010),

    [] as escolas sustentveis querem envolver escola e comunidade em pequenos projetos ambientais escolares comunitrios, considerando o sujeito [estudante] percebido no mundo, suas relaes no mosaico social da escola e seu entorno [comunidade] e no desenvolvimento de atividades, projetos e planos que se entrelacem com o local [bairro, municpio educador sustentvel], promovendo dilogos entre os conhecimentos cientficos, culturais e saberes locais.

    8 O documento teve por objetivo avaliar as consequncias que as mudanas nos ecossistemas trazem para o bem-estar humano e as bases cientficas das aes necessrias para melhorar a preservao e uso sustentvel desses ecossistemas e sua contribuio ao bem-estar humano. Disponvel em: http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/content/avaliacao-ecossistemica-do-milenio. Acesso em: 20 fev 2014. 9 Curso oferecido at o ano de 2014, nos estados de Alagoas, Amap, Bahia, Esprito Santo, Minas Gerais, Par, Rio de Janeiro e So Paulo. Um exemplo o caso da Universidade Federal de Ouro Preto. Ver em: . Acesso em: 10 fev 2014.

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    Em 2012, para fortalecer a implementao do programa, foi assinada pelos ministros

    de Estado da Educao e ministra de Estado do Meio Ambiente a PORTARIA

    INTERMINISTERIAL N 883, DE 5 DE JULHO DE 2012. Com os objetivos de:

    Propiciar atitude responsvel e comprometida da comunidade escolar com as questes socioambientais locais e globais, com nfase na participao social e nos processos de melhoria da relao ensinoaprendizagem, em uma viso de educao para a sustentabilidade e o respeito diversidade de modo a:

    Fortalecer a educao ambiental nos sistemas de ensino;

    Fortalecer a participao da comunidade escolar na construo de polticas pblicas de educao e de meio ambiente;

    Apoiar as escolas na transio para a sustentabilidade, contribuindo para que se constituam em espaos educadores sustentveis a partir da articulao de trs eixos: gesto, currculo e espao fsico;

    Estimular a incluso de propostas de sustentabilidade socioambiental no Projeto Poltico Pedaggico (PPP) a partir da gesto, currculo e espao fsico;

    Criar e fortalecer as COM-VIDAS - Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida10 nas escolas, como espaos de debate sobre questes sociais e ambientais na escola e na comunidade e perceber como eles se relacionam com a sade, a qualidade de vida, os direitos humanos e preveno de riscos e emergncias ambientais;

    Contribuir para a Dcada da Educao para o Desenvolvimento Sustentvel11 e para a consecuo das Metas do Milnio12, ambas iniciativas das Organizaes das Naes Unidas, em uma perspectiva da Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis;

    Fortalecer a participao da juventude na implementao da Poltica Nacional de Educao Ambiental e incentiv-la a contribuir com a soluo dos problemas socioambientais.

    Desde 2003, a juventude brasileira vem recebendo o incentivo, atravs dos

    Ministrios da Educao e Meio Ambiente, para a participao nas decises polticas

    relacionadas educao ambiental. Atravs de conferencias com os coletivos

    10 A Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida - Com-Vida - uma nova forma de organizao na escola, que cria conselhos de meio ambiente, articulado aos Crculos de Aprendizagem e Cultura (Conforme definio de Paulo Freire). Os principais articuladores da Com-Vida so os estudantes, assim como pessoas da comunidade escolar e representantes de outras organizaes interessados na proposta. Disponvel em: . Acesso em: 15 fev 2014. 11 De 2005 a 2014. tambm uma rede de responsabilidades pela qual os governos, organizaes internacionais, sociedade civil, setor privado e comunidades locais ao redor do mundo podem demonstrar seu compromisso prtico de aprender a viver sustentavelmente. 12 Um de seus objetivos o de garantir a sustentabilidade ambiental.

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    (alunos, professores, funcionrios, pais, representantes da comunidade, enfim todos

    os envolvidos direta ou indiretamente com a escola), dedica-se tempos a refletir

    sobre os problemas encontrados na escola/comunidade e buscam-se possveis

    solues atravs da construo de projetos.

    A ltima Conferncia Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, em 2013, envolveu

    muitos jovens de diversos estados e municpios. O tema desta conferncia foi

    Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentveis. O livreto referente a est

    conferncia retoma o conceito de Escola Sustentvel, referindo-se a ela como

    um local onde se desenvolvem processos educativos permanentes e continuados, capazes de sensibilizar o indivduo e a coletividade para a construo de conhecimentos, valores, habilidades, atitudes e competncias voltadas para a construo de uma sociedade de direitos, ambientalmente justa e sustentvel. (BRASIL,2012)

    Tambm foram disponibilizadas no site do MEC, as Webs Conferncias, na qual em

    seu 2 encontro, Jos Vicente de Freitas, coordenador Geral de Educao

    Ambiental, define Escola Sustentvel como uma proposta que incentiva a

    possibilidade de reflexo sobre outra forma de sermos no mundo. Assim como

    Neusa Helena Rocha Barbosa, assessora tcnica do Ministrio da Educao (MEC),

    no mesmo espao refora que uma escola sustentvel precisa ser sustentvel

    tambm nas relaes com as pessoas.13. Uma escola sustentvel no pode ser

    reduzida as atividades prticas, ela precisa ter um olhar holstico. As prticas so

    importantes, podendo muitos projetos partir delas, mas devero ir alm, provocando

    e proporcionando a transformao do sujeito e seu meio.

    Para fortalecer essa poltica, no ano de 2013 foi lanado o Programa Dinheiro Direto

    na Escola (PDDE)14 Escola Sustentvel, com o propsito de garantir recursos para

    que as escolas desenvolvam projetos de aes voltados para a sustentabilidade.

    Este recurso, num total de R$100 milhes, disponibilizado pelo Fundo Nacional de

    Desenvolvimento da Educao (FNDE), com o objetivo de dar assistncia financeira

    s escolas da rede pblica de ensino. A meta para o ano de 2013 foi de atingir

    13Disponvel em:http://www.youtube.com/watch?v=a0npUJ06PQU 14PDDE Disponvel em: . Acesso em: 15 jan 2014.

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    10.000 escolas de educao infantil, ensino fundamental e mdio. O Objetivo da

    Resoluo CD/FNDE n 18, de 21 de maio de 2013 consiste:

    no repasse financeiro, por meio de transferncia de recursos de custeio e de capital, para promover aes voltadas melhoria da qualidade de ensino e apoiar as escolas pblicas das redes distrital, municipais e estaduais na adoo de critrios de sustentabilidade socioambiental, considerando o currculo, a gesto e o espao fsico, de forma a torn-las espaos educadores sustentveis.

    Tambm, durante a IV Conferncia Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, a

    presidenta Dilma Rousseff declarou que "O Ministrio da Educao (MEC) est se

    empenhado em assegurar um apoio crescente a essa questo das escolas

    ecolgicas e escolas sustentveis. Ns teremos uma meta de chegar a 10 mil

    escolas ainda em 2014. (PORTAL BRASIL, 2013).

    A partir da CD/FNDE n 18, algumas escolas que j haviam participado da III

    CNIJMA e que apresentaram toda a documentao necessria, passaram a receber

    a verba do PDDE- Escolas Sustentveis. Um ganho positivo para a educao

    ambiental brasileira e fortalecimento da proposta da poltica para Escolas

    Sustentveis.

    5.Consideraes Finais

    Foi possvel constatar que o programa para Escolas Sustentveis est

    fundamentado em polticas e documentos que tentam se afastar do modelo de

    desenvolvimento vigente. uma proposta que refora as polticas existentes sobre

    educao ambiental caminhando em direo sustentabilidade socioambiental.

    O processo de ambientalizao, como a promoo da internalizao de valores

    ticos, estticos e morais em torno do cuidado com meio ambiente, um dos fins

    intrnsecos da poltica para ES, pois busca contribuir para a construo de espaos

    educadores sustentveis, atravs do incentivo a ambientalizao do currculo, a

    gesto democrtica e o espao fsico repensado com a comunidade escolar, assim

    como, um programa que incentiva a prxis reflexiva e prioriza o dilogo entre os

    conhecimentos cientficos, culturais e saberes locais.

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    O processo formativo Escolas Sustentveis e Com-Vida foi identificado como

    essencial para o fortalecimento da poltica para ES. Infelizmente esta formao no

    est presente em todos os estados do Brasil. No ano de 2014, apenas os estados de

    Alagoas, Amap, Bahia, Esprito Santo, Minas Gerais, Par, Rio de Janeiro e So

    Paulo, aderiram. Um nmero muito significativo, mas ainda pouco, se relacionado ao

    nmero de estados brasileiros.

    A CNIJMA, principalmente a ltima edio, foi apresentada como o elo entre a

    poltica para ES e as escolas de educao bsica brasileira. Cada estado teve um

    nmero expressivo de escolas participantes, sendo que na primeira etapa

    (conferncias nas escolas), 16.945 enviaram seus projetos para o MEC.

    A poltica para Escolas Sustentveis est aos poucos sendo difundida no Brasil com

    a proposta de transformar as escolas em espaos educadores sustentveis. O que

    se espera que esta prtica seja sistmica, fortalecida pelos processos formativos,

    legislaes, conferncias, assim como outros movimentos e, com isso, provocadora

    de mudanas locais (escola e comunidade) e, consequentemente, globais

    (educao brasileira).

    Referncias

    ACSELRAD. H. Ambientalizao das lutas sociais. Revista estudos avanados 24 (68), p. 103-119,2010. _____________. Sustentabilidade: a retrica esvaziada. Revista Cincia Hoje. Edio

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    ________. Plano Nacional e Mudanas Climticas, Decreto n 6.263 (21 / 11 / 2007), Braslia, 2008.

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