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ESCRAVOS, ROCEIROS E REBELDES ESCRAVOS, ROCEIROS E REBELDES Stuart B. Schwartz Stuart B. Schwartz Capítulo 5: Repensando Palmares: Resistência escrava na colônia Universidade Federal do Paraná Disciplina de História do Brasil I (HH060) Professor: Luiz Geraldo Silva Aluna: Hellen Cris Leite de Lima

Escravos, Roceiros e Rebeldes

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Page 1: Escravos, Roceiros e Rebeldes

ESCRAVOS, ROCEIROS E ESCRAVOS, ROCEIROS E REBELDESREBELDES

Stuart B. SchwartzStuart B. Schwartz

Capítulo 5: Repensando Palmares: Resistência escrava na colônia

Universidade Federal do ParanáDisciplina de História do Brasil I (HH060)

Professor: Luiz Geraldo SilvaAluna: Hellen Cris Leite de Lima

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Repensando Palmares: Repensando Palmares: resistência escrava na colôniaresistência escrava na colônia

Bahia: um mundo agrícola Medidas antimocambo Etnografia dos mocambos: o

caso do Buraco de Tatu Minas Gerais: economia

mineradora Repensando Palmares

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Bahia: um mundo agrícolaBahia: um mundo agrícola Uma zona de grande concentração da população

escrava Trabalho exaustivo, em terríveis condições Escassez de mulheres e dificuldade de estabelecer

famílias A fuga e a resistência representavam melhores

condições Sul da Bahia: Cairu, Camamu e Ilhéus (região

fronteiriça e militarmente instável), 40 a 60% da população é escrava

Proximidade dos mocambos das áreas populacionais ou engenhos, porém em locais de difícil acesso

Economia parasitária (assaltos, invasões, etc) Punições dentro da lei, agressão à ordem social:

escravo sujeito

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Medidas antimocamboMedidas antimocambo

Os ataques dos mocambeiros ameaçavam a ordem social e econômica

Captura dos fugitivos antes de se juntarem a um grupo

Capitães-do-mato e índios caçadores de escravos

Recompensa legal pela captura Em contra partida, índios que unem-se aos

negros escravos na resistência a sociedade escravista

Tropas expedicionárias agrupando índios, capitães-do-mato autoridades da Coroa, sociedade civil e bandeirantes

Dificilmente se faziam acordos legais

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Etnografia dos mocambos: o Etnografia dos mocambos: o caso do Buraco de Tatucaso do Buraco de Tatu

Fontes: descrições militares de campanha e uma planta desenhada

Ficava a leste-nordeste de Salvador, próximo à praia de Itapoã

Resistiu por 20 anos com ajuda de escravos, libertos e brancos

Referenciais na organização da senzala e em elementos africanos

Engenhosamente protegido por armadilhas Economia predatória Política: dois capitães, cada qual com sua rainha Religião: indício de dois feiticeiros, sendo uma

mulher Derrota pela superioridade numérica e fator

surpresa, em 1763 Os derrotados ou retornavam ao cativeiro ou sofriam

castigos exemplares

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Minas Gerais: economia Minas Gerais: economia mineradoramineradora

Os padrões de formação de quilombos e de reação da sociedade colonial são bastante parecidos aos da Bahia

A geografia montanhosa somada ao grande número de escravos favorece as fugas e as instalações de quilombos

Relativa liberdade de movimento nos garimpos Auxilio dos mestiços livres e até dos brancos

em troca de ouro Maior medo e insegurança em relação às

regiões de lavoura Decretos radicais contra os mocambos e

atitudes rígidas por parte das autoridades

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Repensando PalmaresRepensando Palmares Localizado no interior das Alagoas, resistiu entre

1605? a 1694, com cerca de 20 mil habitantes Conjunto de mocambos com organização interna

apresentando alguns elementos africanos e outros da colônia

Foi constantemente atacado por portugueses e holandeses

O “rei” Ganga Zumba foi morto pelo sobrinho Zumbi Índios guerreiros e escravos paulistas foram

contratados para eliminar o quilombo, o que se deu em 1694

Indícios da existência de um rei e subordinados e de uma linhagem real, indicam formas de monarquia africana

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Repensando PalmaresRepensando Palmares Utilizavam a agricultura prioritariamente, mas

também assaltavam Utilizavam a escravidão de capturados Protegido por um esquema semelhante ao do

Buraco de Tatu Sincretismo religioso, união étnica em oposição

comum a escravidão Etimologia da palavra quilombo: Mbundu,

significa acampamento de guerra, enquanto que mocambo, significa esconderijo

Relação entre a história da palavra ki-lombo, na África, com a organização de Palmares, onde as tradições de Angola eram predominates

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Repensando PalmaresRepensando Palmares Angola era um território turbulento, que sofria Angola era um território turbulento, que sofria

invasões de bandos guerreiros da África Centralinvasões de bandos guerreiros da África Central Invasão Invasão Imbangala/Jaga,Imbangala/Jaga, sociedade guerreira, no sociedade guerreira, no

século XVIIséculo XVII Fusão dos imbangalas com as linhagens nativasFusão dos imbangalas com as linhagens nativas Luta pelo rio Kwango, margem a maior escravizaçãoLuta pelo rio Kwango, margem a maior escravização Em contato com o povo Mbundu, adotam a instituição Em contato com o povo Mbundu, adotam a instituição

ki-lomboki-lombo Ki-lombo: sociedade de iniciação; status de adultos e Ki-lombo: sociedade de iniciação; status de adultos e

guerreirosguerreiros No ki-lombo imbangala a linhagem não era No ki-lombo imbangala a linhagem não era

importanteimportante Nganga a zumba: o sacerdote do ki-lomboNganga a zumba: o sacerdote do ki-lombo Liderança por aclamação popular, tal qual em Liderança por aclamação popular, tal qual em

PalmaresPalmares Uso da palavra “quilombo” não é acidentalUso da palavra “quilombo” não é acidental