Upload
luisa-abdo
View
318
Download
12
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Apresentação em PPT do texto freudiano "Escritores Criativos e Devaneios"
Citation preview
ESCRITORES CRIATIVOS E
DEVANEIO (1907/8)Sigmund Freud -Vol. IX, Edio Standard
DER DICHTER UND DAS PHANTASIERENo poeta fantasiar
artigo neutro
O POETA E O FANTASIAR ESCRITORES CRIATIVOS E DEVANEIO
X
THE RELATION OF THE POET TO DAY-DREAMINGsonhar
acordadoa relao
do poeta ao
* fantasia x sonho
NOTA DO EDITOR
1907:
LITERATURA CRIATIVA
INTERESSE PRINCIPAL (apontado pelo tradutor):
conferncia para 90 pessoas
exame das fantasias
gradiva e tipos psicopticos no palco
Verso publicada em 1925
Tema j abordado em
TEXTO
Intensa CURIOSIDADE em saber de que fontes o escritor criativo
retira seu material e como consegue impressionar-nos com o mesmo e
despertar-nos emoes das quais talvez nem nos julgssemos
capazes;
o escritor no nos oferece uma
explicao satisfatria;
sabemos que nem a mais clara compreenso
interna (insight) dos determinantes da
escolha de material dos escritores e da
natureza da arte de criao imaginativa
contribuir para nos tornar escritores
criativos;
Possibilidade de encontrar
em ns mesmos
uma atividade afim
criao literria? para obter explicaes do trabalho criador do escritor;
Somos todos poetas
A ocupao favorita e mais intensa da criana o brinquedo ou os jogos. Acaso no poderamos dizer
que ao brincar toda criana se comporta como um escritor criativo, pois cria um mundo prprio, ou
melhor, reajusta os elementos de seu mundo de uma nova forma que lhe agrade? Seria errado supor
que a criana no leva esse mundo a srio; ao contrrio, leva muito a srio a sua brincadeira e dispende
na mesma muita emoo. A anttese de brincar no o que srio, mas o que real. Apesar de
toda a emoo com que a criana catexiza seu mundo de brinquedo, ela o distingue perfeitamente da
realidade, e gosta de ligar seus objetos e situaes imaginados s coisas visveis e tangveis do mundo
real. Essa conexo tudo o que diferencia o brincar infantil do fantasiar.
Escritores criativos afirmam que
O escritor criativo faz o
mesmo que a criana
que brinca
DESTAQUES
DA TRADUO
D [em alemo] o nome de Spiel [pea] s formas literrias que so
necessariamente ligadas a objetos tangveis e que podem ser representadas. Fala em
Lustspiel ou Trauerspiel [comdia e tragdia: literalmente, brincadeira prazerosa e
brincadeira lutuosa], chamando os que realizam a representao de Schauspieler
[atores: literalmente, jogadores de espetculo].
Lembrar de: A anttese de brincar no o que srio, mas o que real.
quem compreende a mente
humana sabe que nada to
difcil para o homem quanto
abdicar de um prazer que j
experimentou
A criana no oculta seu
brinquedo.
O adulto, ao contrrio, envergonha-
se de suas fantasias,
escondendo-as das outras pessoas
A diferena entre o comportamento
da pessoa que brinca e da
fantasia explicada pelos
motivos dessas duas atividades,
que, entretanto, so subordinadas
uma outra
como os conhecemos o
fantasiar to bem? vtimas
de doenas nervosas, obrigadas a
revelar suas fantasias
As foras motivadoras das
fantasias so os
desejos insatisfeitos,
e toda fantasia a realizao de um desejo,
uma correo da realidade
insatisfatria
No devemos supor que
os produtos dessa
atividade imaginativa
sejam estereotipados ou
inalterveis
A relao entre a fantasia e o
tempo muito importante. como
se ela flutuasse entre trs
tempos os trs momentos
abrangidos pela nossa ideao
O que se cria ento um
devaneio ou fantasia,
que encerra traos de sua origem a partir da ocasio que
o provocou e a partir da lembrana.
Dessa forma o passado, o presente e o
futuro so entrelaados
pelo fio do desejo que os une
Quando as fantasias se tornam exageradamente
profusas e poderosas, esto assentes
as condies para o desencadeamento da
neurose ou da psicose.
As fantasias tambm so precursoras mentais imediatas dos penosos sintomas
que afligem nossos pacientes, abrindo-se aqui um amplo
desvio que conduz patologia
devemos estabelecer uma
distino, separando os escritores
que utilizam temas preexistentes,
daqueles que parecem criar o
prprio material
a anlise psicolgica de indivduos que
no so escritores criativos, e que em
alguns aspectos se afastam da norma, mostrou-
nos variaes anlogas do devaneio,
nos quais o ego se contenta com o
papel de espectador
Para relacionar obra desses autores a nossa tese anterior referente relao entre a
fantasia e os trs perodos de tempo, e o desejo que o entrelaa;
Uma poderosa experincia no presente desperta no
escritor criativo uma lembrana de uma experincia
anterior (infncia), da qual se origina ento um
desejo que encontra realizao na obra criativa.
A prpria obra revela elementos da ocasio motivadora do presente e da
lembrana antiga
No se esqueam que a nfase colocada
nas lembranas infantis da vida do
escritor nfase talvez desconcertante
deriva-se basicamente da suposio de que a obra literria, como
o devaneio, uma continuao, ou um
substituto, do que foi o brincar infantil
muito provvel que os mitos, por
exemplo, sejam vestgios
distorcidos de fantasias plenas de
desejos de naes inteiras,
os sonhos seculares da humanidade jovem.
o indivduo que devaneia oculta cuidadosamente
suas fantasias dos demais, porque sente ter
razes para se envergonhar das mesmas.
Mesmo que ele as comunicasse para ns, o relato no nos causaria
prazer. Sentiramos repulsa, ou permaneceramos indiferentes
ao tomar conhecimento de tais fantasias
a verdadeira satisfao que usufrumos de uma obra literria
procede de uma libertao de tenses em nossas mentes
Por fim,
VIDEO
PONETTE
ESCRITORES CRIATIVOS E
DEVANEIO (1907/8)Sigmund Freud -Vol. IX, Edio Standard