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Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 QUALIDADE E SEGURANÇA CRITÉRIOS QUE DEVEM SER MANTIDOS EM TODAS AS AÇÕES

Espaço aberto nº 48

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Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014

QUALIDADE E SEGURANÇACRITÉRIOS QUE DEVEM SER MANTIDOS EM TODAS AS AÇÕES

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MURAL DE RECADOS

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE (HCPA)

Rua Ramiro Barcelos, 2.350 – CEP 90035-903 – Porto Alegre/ RS – www.hcpa.ufrgs.br

ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Presidente: Amarilio Vieira de Macedo Neto

Vice-presidente Médica: Nadine Clausell

Vice-presidente Administrativa: Tanira Torelly Pinto

Coordenadora do Grupo de Enfermagem: Ana Maria Müller de Magalhães

Coordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-graduação: Eduardo Pandolfi Passos

ESPAÇO ABERTO Publicação da Coordenadoria de Comunicação do HCPA

Coordenadora responsável: Elisa Kopplin Ferraretto – Reg. prof. 6784/RS

Jornalistas: Camila Schäfer e Raquel Schneider

Fotógrafo: Clóvis Prates

Planejamento gráfico: VERDI – www.verdi.com.br

EXPEDIENTE

De modo geral, vocês do HCPA prestam um atendimento excepcional. Meus agradecimentos a todos.

Paulo Afonso Floriani

Quando minha mãe foi internada nesse hospital no 9º andar, o atendimento foi muito bom em todos os sentidos. Só tenho a agradecer! Muito obrigada mesmo! Nota mil.

Raquel Furtado

Gostaria de agradecer a toda a equipe da área obstétrica pela rapidez e agilidade no atendimento. Foi o que salvou a vida do meu filhote. A todas as enfermeiras e técnicas que cuidaram da nossa recuperação com carinho e atenção, meus agradecimentos.

Camila B. Gomes

Eu só tenho a agradecer ao hospital, seus funcionários e médicos pelo atendimento que meu filho obteve no 4° Norte. Com a graça de Deus e o entendimento dos médicos, ele está super bem. Muito obrigada e que Deus abençoe a todos.Maristel Flores

Quero registrar aqui meu sincero agradecimento a toda a equipe do professor Collares e ao Hospital de Clínicas pelo atendimento que salvou meu filho, que nasceu com lábio leporino e fenda palatina. Graças a esse grande profissional meu filho está lindo e saudável. Além disso, a cirurgia superou todas as minhas expectativas, pois não achei que o resultado ficaria tão bom. Agradeço todos os dias por meu filho ter nascido nesse hospital. Se eu pudesse, daria um prêmio a esses profissionais! Parabéns também à Rosangela Alves e à equipe de Enfermagem noturna do 9º andar, que cuidam dos pós-operados.

Israel

Minha mãe deu o meu irmão Pedro Henrique à luz num parto de alto risco. Outro hospital a mandou pra casa, mesmo sem condições. Minha mãe resolveu então pegar um táxi e foi até o HCPA, onde foi realizada a cesariana e deu tudo certo.Amamos vocês, equipe do Clínicas.

Pietra Craco

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 3Jornal Espaço Aberto

ASSISTÊNCIAHOSPITAL DE CLÍNICAS IMPLANTA TIME DE RESPOSTA RÁPIDA

Garantir atendimento ágil a pa-cientes graves faz toda a diferença. Com este foco, o Clínicas imple-mentou uma nova estratégia no dia 1º de julho, quando iniciaram os trabalhos do Time de Resposta Rápida (TRR), equipe de médicos com conhecimentos de cuidados críticos, que atua no atendimen-to a intercorrências graves de pa-cientes adultos. Este grupo é res-ponsável por avaliar o paciente e definir as condutas apropriadas, transferindo–o para o CTI, quan-do necessário. A implantação da ação teve como objetivo aprimorar o atendimento de intercorrências graves, com consequente redução de paradas cardiorrespiratórias. Os resultados apareceram rápido: somente nos primeiros 15 dias do novo modelo de atuação, foram mais de 150 atendimentos realiza-dos e nenhum registro de paradas

Equipe avalia o paciente e define as condutas apropriadas em cada situação

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cardiorrespiratórias preveníveis.O atendimento a intercorrências

em pacientes adultos internados envolve também a atuação do Plan-tão Médico, constituído por equipe

única e integrada, composta por mé-dico contratado, residente da Medi-cina Interna, residente da Cirurgia e dois doutorandos. Confira no quadro abaixo a atuação em cada caso.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 20144 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Árvores foram retiradas do local

Ministério Público visitou o hospital

Primeira etapa da obra

Transplante das árvores

As obras de construção dos anexos I e II já iniciaram. O canteiro de obras foi cercado pelos tapumes e está recebendo as primeiras etapas da expansão. A preparação do solo para receber o maquinário foi re-alizada e agora a obra está na fase de fundações. Confira os principais acontecimentos deste período.

O estacionamento redondo (para visitantes externos) fechou no dia 20 de maio. Pacientes e familiares foram orientados a buscarem esta-cionamentos nas adjacências. Para minimizar os efeitos da falta de vagas para estacionar, outros locais dentro do pátio do HCPA foram adaptados para o público externo.

Para que o Hospital de Clínicas pu-desse remover as árvores e pros-seguir com a expansão, foi neces-sário assinar um compromisso de ajustamento de conduta junto ao Ministério Público. No documento, estão previstas ações como plantio de espécies nativas e ameaçadas de extinção, acompanhamento do plantio e transplantes das árvores,

A remoção de parte das árvores que estavam no local onde serão erguidos os anexos I e II iniciou no dia 13 de junho. Também houve transplante de três exemplares protegidos ou imunes ao corte, de acordo com legislações estadual e municipal. É o caso de um butiazeiro, uma figueira da folha miú-da e uma figueira de folha grande. As duas primeiras foram transplantadas

O Centro de Atenção Psicossocial (Caps), cujo prédio ficava no local hoje ocupado pelo canteiro de obras, mudou para um novo endereço. Desde o dia 10 de junho, o centro passou a funcionar na Rua São Manoel, 285.

ESTACIONAMENTO PARA VISITANTES FECHADO

CORTE E TRANSPLANTE DE ÁRVORESAJUSTAMENTO DE CONDUTA

CAPS MUDA DE ENDEREÇO

no dia 14 de junho e a última no dia 17. Segundo a bióloga Fernanda Sar-

torio, que acompanhou o processo de remoção e transplante das ár-vores, alguns passos precisaram ser seguidos para garantir o sucesso do procedimento. “Antes de retirar esses três espécimes, fizemos um estudo do local para onde seriam transplantados. Era necessário que fosse ensolarado e com vento. Após, para a remoção das árvores, a reco-mendação era que se escavasse a uma distância de um metro e meio de cada lado e abaixo, para não danificar muito as raízes. Assim, o vegetal é retirado juntamente com um torrão de terra.” A bióloga explicou ainda que, depois de colocada no novo lo-cal, a árvore precisa de fertilizante e cicatrizante de raiz com fungicida. Além disso, é necessário que se re-gue todos os dias, exceto em dias de chuva. “Durante aproximadamente um ano a árvore permanece fragili-zada, por isso acredito que seja um período bom para acompanhamento”, defende Fernanda.

As três árvores removidas foram transplantadas para a área que fica à margem da Rua Ramiro Barcelos, próximo à esquina com a Av. Protásio Alves. Já para compensar os vegetais removidos,serão plantadas 1.005 mudas, 100 delas na área interna do hospital.

AMPLIAÇÃOACOMPANHE O ANDAMENTO DAS OBRAS DE EXPANSÃO DO CLÍNICAS

destinação de recursos para recu-peração de prédios inventariados, promoção de eventos de cunho cultural e adoção da Praça Major Joaquim de Queiroz.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 5Jornal Espaço Aberto

REMODELAÇÃO DO PARQUE SOCIAL

Ação realizada em junho ouviu a comunidade interna sobre o projeto

Foi aprovado , em assembleia pe-los sócios da Associação dos Fun-cionários do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Ashclin), no início de julho o projeto para a remodelação do Parque Social. Para que a comu-nidade interna pudesse conhecer e opinar sobre a proposta, houve uma ação nos dias 9 de 10 de junho: em um espaço localizado no primeiro andar no hospital, colegas detalha-ram algumas das instalações em estudo e distribuíram materiais ex-plicativos, assim como uma pesquisa de opinião sobre o que as pessoas gostariam que fosse contemplado. Também foi exibido um vídeo em que era possível acompanhar uma animação de como ficaria o espaço. Confira abaixo a opinião de alguns colegas sobre o assunto.

Amarante Oliveira (Seção de Segu-rança): “Estou há 25 anos no hospital e sou sócio da Ashclin desde o início. Penso que a área precisa acompanhar o crescimento da instituição e ser re-modelada. Temos que pensar grande. Acredito que ficará melhor para os sócios e seus familiares”.

Vitor Leite Garcia (Seção de Proje-

A expansão do Parque Social está programada para ocorrer em dois momentos, conforme protocolo de intenções firmado entre HCPA e Ashclin.

Após captação de recursos, há o planejamento de um centro de eventos que deve abrigar diversas facilidades para os funcionários do HCPA.

• Três novos quiosques com depósito e sanitários.• Construção de um ginásio poliesportivo.• Criação de um espaço infantil junto aos novos quiosques.• Reforma dos vestiários.• Construção de campo de futebol sete cercado com tela.• Reformulação da pista de caminhada.

• Subsolo 1 e 2: estacionamento com 500 vagas cobertas.• Térreo: auditório/ área de comércio.• 2º pavimento: restaurante e terraço.• 3º pavimento: salões de festas/administração.• 4º pavimento: espaço de lazer e jogos.• 5º pavimento:academia ampliada e aprimorada.• 6º e 7° pavimentos: piscinas infantil e de adultos (semiolímpica).

MOMENTO 1

MOMENTO 2

tos), que trabalhou na concepção da proposta e atuou como um dos volun-tários do estande: “Tentamos abrir o espaço para toda a comunidade do hospital. Trata-se de uma área nobre e subutilizada. Com o prédio, ampliamos as possibilidades para mais atividades, contemplando outros programas e qualificando os que já existem”.

Paulo Kalil (médico, UTI Cardíaca): “Acho importante essa ampliação para que novos usuários possam utilizar os espaços. Eu, particularmente, hoje não frequento o Parque Social e fiquei surpreso com a proposta, que vejo com muito bons olhos”.

Rudinei Ribeiro da Silva (técnico em manutenção na área de eletrôni-ca): “Acho importante que seja feita uma proposta de cunho oficial, visto que é um projeto de longo prazo, que vai atravessar diversas gestões”.

Michel Arias Brentano (professor de Educação Física): “A expectativa é muito boa pelo que foi apresentado no projeto. Penso que qualquer for-ma de melhor utilização do espaço é bem-vinda. Se for para oferecer mais opções para os funcionários e asso-ciados, acho muito válido”.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 20146 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

HCPA CONECTAHOSPITAL PROMOVE AÇÕES DURANTE MIGRAÇÃO PARA PLATAFORMA GOOGLE

Desde o dia 4 de junho, o Clínicas passou a utilizar as ferramentas que a Google oferece, como e-mail, contatos, agenda, chat corporativo e documen-tos compartilhados. Todos os 8,5 mil usuários do HCPA migraram para esta nova plataforma, que tem o objetivo de facilitar e a comunicação e a colabora-ção entre todos no hospital. Com isso, o Outlook não recebe mais e-mails e agendas desde o dia 9 de junho.

Para garantir que a implantação das novas ferramentas ocorresse bem e que os usuários tivessem o suporte

necessário, diversas ações foram exe-cutadas. Confira!

- Antes do Google Apps, eram 3,5 mil usuários com caixa de entrada de e-mails no limite ou com capacida-de excedida. Depois do Google Apps, nenhum usuário teve problemas com caixa cheia.

- Mais de 200 mil e-mails foram migra-dos diariamente durante maio e junho.

- Mais de mil listas migradas.

CAMPANHA

NÚMEROS:

WAR ROOM QUIOSQUE GOOGLE GUIDES

Para alertar os usuários do HCPA sobre a mudança, uma intensa cam-panha de comunicação foi realizada. Ela incluiu materiais como adesivos de chão, almofadas, displays para relógios ponto e cancelas do esta-cionamento, cartazes, móbiles, ímã de geladeira, extensor para crachá e ba-las. Além disso, e-mails institucionais mantiveram a comunidade interna informada de cada passo do projeto.

De 4 a 11 de junho, foi criada uma war room (sala de guerra), que funcionou com nove profissionais dedicados exclusivamente para dar suporte aos usuários do HCPA via telefone.

Entre os dias 4 e 6 de junho, o grupo responsável pelo HCPA Conec-ta promoveu uma ação no saguão interno para divulgar as novidades, sanar dúvidas e distribuir brindes.

Quase 300 pessoas foram seleciona-das ou se voluntariaram como google guides, apoiando de forma estratégi-ca a etapa de implantação e o uso das ferramentas em seus setores. Além de passarem por capacitação, os guias re-ceberam um extensor para crachá na cor vermelha e displays para colarem em seus monitores. Esta foi a forma de identificá-

-los. Também foram realizadas reuniões para tirar dúvidas e resolver dificuldades surgidas no decorrer do uso diário das novas ferramentas. Agora estão sendo planejados outros momentos de capaci-tação, tanto para os google guides bem como para a comunidade geral do HCPA, buscando instrumentalizar os novos usu-ários e explorar o potencial de uso dos novos aplicativos.

- Ocorreram 18 turmas do Workshop Google Guides, que aconteceu entre abril e maio, totalizando 269 participantes.

Site exclusivo do projeto, contendo perguntas

frequentes e passo a passo para acessar as

ferramentas.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 7Jornal Espaço Aberto

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOIMPLANTAÇÃO DO AGHU INFORMATIZA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Medida modernizou sistema de agendamento e consultas na UBS

O AGHU ganha novidades a cada dia, com a implantação de funcio-nalidades que qualificam o trabalho nas mais diversas áreas do Clínicas e dos mais de 20 hospitais universitá-rios do país que compartilham desta tecnologia. Depois dos módulos de cirurgias e compras, chegou a vez da implantação do aplicativo na Unida-de Básica de Saúde, no mês de julho. A medida possibilitou a informati-zação da Unidade, modernizando o sistema de agendamento e aten-dimento de consultas. Além disso, possibilitou a unificação das bases de pacientes da UBS e do HCPA, permitindo o acesso aos históricos dos atendimentos nos dois locais. Para auxiliar os colegas com as no-vas ferramentas, os Agentes AGHU, profissionais envolvidos no projeto, ficaram à disposição na UBS, tirando dúvidas e coletando sugestões.

Outra modificação recente foi a unificação do AGHU e AGHWeb: dentro do grupo “Aplicativos” do AGHU podem ser encontradas aquelas telas do AGHWeb que ainda não foram desenvolvidas na tecnologia do AGHU. Isto permite que o login seja feito diretamente

UNIFICAÇÃO DOS SISTEMAS

no AGHU e, a partir dele, todas as funcionalidades necessárias pos-sam ser acessadas, independen-temente de estarem em formato AGHU ou AGHWeb.

Gradativamente, na medida em que o desenvolvimento do AGHU for se expandindo, as telas aos poucos

sairão de dentro do grande grupo “Aplicativos” para que se encontrem em um grupo de menus específicos do AGHU com as funcionalidades de cada segmento de usuários e processos, a exemplo do que já ocorre com os grupos “Pacientes”,

“Internação” e “Cirurgias/PDT”.

No mês de agosto, teve início a validação, por parte de alguns funcionários selecionados, do módulo da Prescrição de Enfermagem, que inclui as etapas do diagnóstico e prescrição. A implantação será expandi-da gradativamente para todos os enfermeiros a partir das unidades 7º Norte, 9º Norte e Unidade de Interna-ção Clínica da Unidade Álvaro Alvim. O módulo AGHU que inclui registro dos controles do paciente, sinais

PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEMvitais, monitorizações e anotações de cuidados já vem sendo implantado nas unidades de internação clinica, cirúrgica e obstétrica. A informatização do prontuário do paciente, no que se refere à documentação da En-fermagem, compreende ainda a anamnese, o exame físico, as consultorias de Enfermagem, as avaliações por escalas e os indicadores de qualidade assistencial

- aplicações que ainda serão desenvolvidas no sistema.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 20148 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

LEVANTAMENTO DE GOVERNANÇATCU RESSALTA DESEMPENHO DO HCPA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS QUALIFICADOS E SEGUROS

MAIORES & MELHORESHCPA É DESTAQUE NO RANKING DA REVISTA EXAME

TRANSPLANTE DE PULMÃOCINCO ANOS DO PRIMEIRO PROCEDIMENTO NO HCPA

Uma avaliação realizada pelo Tri-bunal de Contas da União atestou a liderança do Hospital de Clínicas no uso da Tecnologia da Informa-ção (TI) para a prestação de serviços cada vez mais qualificados e seguros aos cidadãos. De acordo com dados do Levantamento de Governanças de Tecnologia da Informação (iGo-

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre é destaque do levantamento Maiores & Melhores 2014 da Revista Exame, que relaciona as mil maiores empresas do Brasil. Entre empresas públicas e privadas de diferentes seg-mentos, o Clínicas figura na posição 502 na listagem, um salto importante em relação ao ano anterior, quando se posicionou na 540. Classificado no setor de Serviços, o hospital apresentou um crescimento de 14,3% em relação ao período de 2013.

No dia 14 de julho, foram come-morados os cinco anos do primeiro transplante de pulmão realizado no Clínicas. Em todo o Brasil, apenas sete hospitais fazem o procedimento, que é complexo e gera um alto custo. “O Clínicas é capaz de ter esse programa porque possui estrutura de recursos humanos e técnicos”, afirma o chefe do Serviço de Cirurgia Torácica, Mau-rício Guidi Saueressig.

A primeira paciente operada, diagnosticada com bronquiolite, teve seus dois pulmões substituídos, o que tornou a cirurgia ainda mais desafiadora. “Mas graças à com-Equipe que realizou o transplante

petência da equipe e estrutura do HCPA, o resultado foi excelente”, comemora o médico do Programa de Transplante Pulmonar, Fabio Munhoz Svartman. Entre a equipe que participou da cirurgia, estava o presidente do HCPA, Amarilio Vieira de Macedo Neto.

Atualmente, a paciente tem uma vida normal e seu tempo de sobrevi-da é considerado ótimo. Desde julho de 2009, outros sete transplantes já foram realizados no HCPA. “Só não fizemos mais procedimentos porque o número de doadores ainda é muito baixo”, lamenta Svartman.

Hospital está entre as mil maiores

Na região Sul, o HCPA é o hospital melhor posicionado, figurando entre as cem maiores empresas, na posição 71 – um avanço em relação à posição 79 em que se encontrava em 2012.

A empresa ainda está entre as 50 maiores estatais do país – único hospital nesta categoria - na posição de número 44 (acima da posição 50 em que estava em 2012). O levantamento da Revista Exame leva em consideração empresas e grupos públicos e privados, dos mais variados segmentos de atuação.

vTI2012) realizado pela Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da In-formação do Tribunal de Contas da União, entre as 337 instituições de todos o país que foram avaliadas, o Clí-nicas foi o quarto colocado entre as 50 sociedades de economia mista e em-presas públicas. O hospital alcançou, ainda, a posição de número seis entre

as 55 instituições pertencentes aos segmentos Executivo/Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais e ficou em oitavo lugar na classificação geral.

O levantamento é realizado a cada dois anos e, no final de 2014, devem ser divulgados os resultados do novo ciclo de avaliação.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 9Jornal Espaço Aberto

Jogos foram exibidos no AnfiteatroFachada recebeu decoração temática

Recreação de adultos teve programação especial

TORCIDACLÍNICAS EM CLIMA DE COPA DO MUNDO

O Brasil não levou a taça na Copa Mundial que sediou, mas, enquanto foi possível, a torcida embalou a seleção. E no Clínicas não foi di-ferente. A fachada do hospital foi decorada nas cores verde e amare-la. No refeitório, a decoração com bandeiras do Brasil e itens ligados ao futebol deu o tom da torcida desde o início do campeonato, no dia 12 de junho. Já no que se refere às partidas, além da exibição dos

“Nossa ideia era que todos pudessem vivenciar este momento. Para isto, fizemos oficinas para fabricar chocalhos, óculos, cartazes, diversos enfeites e até uma gincana sobre a Copa. Acompanhamos os jogos com a sala cheia.”Regina Sikilero, profissional de Educação Física do Serviço de Educação Física e Terapia Ocupacional

“Pelas características da nossa unidade, não tínhamos como acompanhar o jogo no Anfiteatro e houve pouca alteração na rotina, mas tentamos acompanhar a partida sem atrapalhar, ouvindo a transmissão pelo rádio – acabei ficando como uma espécie de ‘correspondente’, informando os acontecimentos para quem passava por ali.”Bruno Krigger da Silva, assistente administrativo II no 5º Sul.

“Acompanhei uma das partidas no Auditório, por volta da metade do segundo tempo. O telão estava ótimo, o áudio excelente, foi uma opção muito confortável para acompanhar.” Vera Lúcia Alves Braga, supervisora do Serviço de Higienização

“Dentro do possível, conseguimos nos organizar. Apesar do espaço reduzido e do ambiente, foi até mesmo divertido poder contar com a presença dos colegas e residentes para acompanhar a partida.” José Augusto Pellegrini, médico da UTI

“Não achava que estaria internada na abertura, mas aqui o clima foi como estar em casa: todos foram muito parceiros – deu para comemorar bastante.” Leilane Reis, paciente internada, assistiu na Recreação de Adultos

“Foi um dia normal de trabalho, de cuidado com os pacientes, mas também tentamos, na medida do possível, acompanhar o jogo. Além de uma televisão instalada na sala de prescrição, havia televisões junto a alguns leitos de pacientes.”Alexsandro Plácido Barro, técnico em enfermagem do CTI

jogos do Brasil no Anfiteatro Car-los César de Albuquerque, houve também iniciativas como a do Ser-viço de Educação Física e Terapia Ocupacional, que reuniu pacientes internados na sala de recreação de adultos para acompanhar os jogos em meio a uma série de atividades. Confira ao lado os depoimentos de colegas de diferentes áreas e pacientes relatam como acompa-nharam os jogos do Brasil.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201410 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

CBACHCPA PARTICIPA DO CONGRESSO BRASILEIRO DE ANÁLISES CLÍNICAS

RESPONSABILIDADE SOCIALCURSO DE LIBRAS CAPACITA PRIMEIRA TURMA

O laboratório do Serviço de Patologia Clínica (SPC) do Hos-pital de Clínicas participou do 41º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas (CBAC), entre os dias 1º e

Foi concluído em junho o mó-dulo inicial da primeira turma de capacitação em Libras, composta por 24 alunos. As aulas, realizadas com a contratação da empresa Fundatec, tiveram início no mês de março. O curso é composto de três módulos: básico, intermediário e avançado, com carga horária to-

4 de junho, no Centro de Eventos da Fiergs. No local foi montado um estande, onde houve divulgação dos exames laboratoriais especiais e dos cursos de capacitação que o laboratório oferece.

O CBAC é conhecido por ser o maior encontro da especialidade realizado na América Latina. Cerca de 1,8 mil inscritos e mais de 4 mil visitantes participaram do evento, que se destaca também pela maior feira de exposição, divulgação de novos produtos e negociação de empresas na área de diagnóstico laboratorial.

Já o laboratório do Clínicas tem um dos mais modernos parques

tal de 140 horas. A conclusão está prevista para o final do ano.

Mãe de uma filha que tem sur-dez, Rita de Cássia Souza Oliveira trabalha na Seção Administrativa das Unidades de Especialidades Clínicas e enfatizou a importância da iniciativa. “Eu já tinha conheci-mento prévio, mas foi proveitoso

entrar em contato com a língua oficial. Percebi em todos os cole-gas uma evolução muito grande. É emocionante ver pessoas que não tinham conhecimento nenhum conseguindo se comunicar bem”, afirma. A comprovação do fato veio através de uma situação vivenciada no próprio hospital. “Há alguns dias minha filha precisou vir ao hospital e foi atendida por um dos colegas de curso. Ficou muito feliz pelo fato de ele conseguir se comunicar di-retamente com ela”, relata.

Para quem lida com o público, trata-se de um diferencial, con-forme observa a assistente admi-nistrativa do Setor de Convênios Jaqueline Vasconcellos da Silva. “Já prestei um atendimento desde que comecei o curso e pude ajudar uma pessoa, explicar o procedimento e a sala que procurava, além de enten-der o que ela expressava também. É muito gratificante”, aponta.

Estande apresentou exames e cursos

Alunos concluíram módulo inicial

tecnológicos do Sul do país. Seu estande no congresso recebeu muitas visitas e a equipe se surpre-endeu com a procura pelos exames e treinamentos oferecidos. “Nosso espaço foi muito elogiado pela iniciativa em divulgar e oferecer os serviços, visto que somos um hospital público de referência. Os visitantes mostraram muito inte-resse em realizar os exames labo-ratoriais conosco, pois confiam na qualidade. Os cursos também tiveram muita procura, com soli-citações de treinamentos online inclusive”, disse o chefe do Servi-ço de Patologia Clínica, professor Galton de Campos Albuquerque.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 11Jornal Espaço Aberto

Cirurgia robótica é tema da conferência de abertura

Tradicional mostra de pôsteres é uma das marcas do evento

SEMANA CIENTÍFICAO ESTADO DA ARTE É TEMA DA EDIÇÃO DE 2014

Com foco na devolução de resul-tados para a sociedade, está prevista a atividade Encontro com as escolas: obesidade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Na oca-sião, o professor Rogério Friedman relatará os resultados de pesquisas

O ponto em que algo deixa de ser um projeto técnico para se tornar uma obra-prima: assim se define o estado da arte, conside-rado o nível mais alto de desen-volvimento, seja de um aparelho, procedimento ou área científica. É este o tema da 34ª Semana Cien-tífica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que acontece entre os dias 1 e 5 de setembro. Entre as novidades desta edição está a premiação da melhor apresenta-ção de trabalho, que acontece no último dia do evento. Na ocasião,

cios do ensino simulado no treina-mento de futuros médicos.

Outro assunto de destaque en-volve a Medicina Personalizada, programa do HCPA inicialmente voltado para hemato-oncologia, mas com potencial aplicação para outras áreas. A ideia é, através de testes moleculares, determinar o melhor tratamento para os pacien-tes. No caso do câncer de pulmão, por exemplo, é possível descobrir quais pacientes se beneficiarão de drogas mais efetivas. O curso irá abordar os testes em realização e as novas aplicações, como farma-cogenômica e uso de sequencia-mento de nova geração.

UM RETORNO PARA A SOCIEDADEdo Programa de Pós-graduação de Ciências Médicas. Ainda o profes-sor Luis Augusto Rohde detalha os resultados do seu trabalho sobre hiperatividade e déficit de atenção para os alunos que foram tema da sua pesquisa.

que correlacionam obesidade e de-sempenho escolar, em uma palestra voltada a profissionais da Educação. Durante o intervalo, os alunos da Escola Estadual Anne Frank apre-sentam os trabalhos desenvolvi-dos em parceria com os alunos

jornalistas convidados escolhe-rão o trabalho científico melhor apresentado entre os cinco elei-tos nos dias anteriores.

A conferência que abre a programação destaca a Cirur-gia Robótica, com a participa-ção do professor da Universidade de Washington (EUA), Richard Satava, especialista no uso de simulação para o ensino médi-co. Simulação e realidade virtual estão entre os tópicos a serem abordados pelo professor, que deve ressaltar ainda os benefí-

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201412 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

QUALIFICAÇÃOCURSO CAPACITA GESTORES E FISCAIS DE CONTRATOS

VÍDEO INSTITUCIONALÉ HORA DE CONFERIR O RESULTADO DA PRODUÇÃO

Chefe da Controladoria-Geral da União/ Regional RS, Claudio Moacir Marques Corrêa

Vídeo mostra a tradição do hospital e sua visão de futuro

Com foco em atualizar os gestores e fiscais de contrato que trabalham no Clínicas, foi realizado no dia 9 de junho o curso Gestão de Contratos no HCPA: atualização para gestores e fiscais de contrato, no Auditório José

Depois de quase seis meses de trabalho da Coor-denadoria de Comunicação, que acompanhou uma produtora contratada, o novo vídeo institucional do hospital ficou pronto. Os colaboradores puderam con-ferir o resultado no dia 5 de agosto, quando o material foi exibido no Anfiteatro Carlos César de Albuquerque, em três horários distintos. Com dez minutos de duração, o vídeo mostra a tradição do Clínicas em assistência, ensino e pesquisa, além de sua visão de futuro, com a construção do novo complexo hospitalar. Quem ainda não assistiu, pode acessar na intranet, no link Vídeo Institucional. Também estão disponíveis cópias nos idiomas espanhol e inglês, que podem ser utilizadas em eventos e visitas a outras instituições.

Baldi. Conforme destacou a vice-pre-sidente administrativa, Tanira Torelly Pinto, na abertura do evento, atual-mente a instituição conta com cerca de 260 contratos vigentes. Destes, 40% são centrados na área de ser-

viços. “Nosso hospital não para de crescer e esta expansão nos obriga a, cada vez mais, contratar recursos externos. Os órgãos fiscalizadores e a Acreditação Internacional são alguns fatores que, com regras cada vez mais complexas, reforçam a ne-cessidade de uma gestão ainda mais qualificada dos contratos”, afirmou.

A programação teve início com a apresentação do chefe da Con-troladoria-Geral da União/Regional RS, Claudio Moacir Marques Corrêa. Ele retratou aspectos e experiências de fraudes em licitações e contratos administrativos.

Ao longo do dia, diferentes pa-lestrantes abordaram os temas: contratos sob a ótica da Acredita-ção Internacional; visão sistêmica do processo licitatório e gerencia-mento de contratos; procedimentos prévios à contratação; fiscalização e gerenciamento; perfil dos fiscais e do gestor do contrato; reajuste, repactuação e reequilíbrio e audi-toria na execução de contratos. As apresentações foram intercaladas com perguntas e debates.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 13Jornal Espaço Aberto

CONSCIENTIZAÇÃOAÇÕES CELEBRAM DIA MUNDIAL SEM TABACO

JORNADAS PNEUMOLÓGICAS ASPECTOS LIGADOS À ENDOSCOPIA E AO SONO FORAM DESTAQUES

Hugo Goulart falou sobre experiência na tragédia de Santa Maria

Atividades comemorativas foram realizadas no dia 30 de maio

Para comemorar o Dia Mundial sem Tabaco (celebrado em 31 de maio), a Comissão de Tabagismo preparou ações voltadas para pa-cientes e para a comunidade inter-

A 17ª edição das Jornadas Pneumológicas Mario Rigatto foi realizada no dia 6 de junho. Na abertura da programação, o chefe do Serviço de Pneumologia, Sergio Pinto Ribeiro, ressaltou a tradição do evento, que tem como público-alvo médicos, alu-nos, residentes, ex-professores e egressos dos Serviços de Pneu-mologia e Cirurgia Torácica do HCPA. “É uma oportunidade de rever aqueles que realizaram no Clínicas sua formação e trocar informações e experiências para melhorar a saúde no Sul do país”, ressaltou.

Durante a sexta-feira, o tema central da programação foi a

na. No dia 30, sexta-feira, profis-sionais orientaram os funcionários fumantes com intenção de largar o cigarro, das 11h às 14h, no estande localizado no 2º andar. Das 10h às

14h, no espaço montado no Ambu-latório, o foco de atenção foram os pacientes.

Entre os profissionais que atu-aram na ação esteve a enfermei-ra Solange Klockner Boaz. “Com a atividade, procuramos mostrar que, assim como o hospital, postos de saúde da Capital e do interior oferecem orientações e programas para quem deseja parar de fumar”, explica ela.

A professora da Escola de Enfer-magem Isabel Cristina Echer, inte-grante da Comissão Controle de Tabagismo, ressalta a importância da ação. “Percebemos uma quan-tidade grande de pessoas que se interessam pelo tema, que desejam parar de fumar, mas têm dificulda-de. Alertamos que se trata de um problema de saúde e que cabe a cada um decidir parar e que podem contar com a gente para ajudar.”

endoscopia. Já no sábado, foram tratados tópicos relacionados ao sono.

A palestra inicial, proferida pelo médico pneumologista Hugo Goulart de Oliveira, abordou o manejo e seguimento da lesão inalatória das vítimas da tragé-dia da boate Kiss, de Santa Maria. Foram detalhados procedimentos do atendimento prestado na épo-ca e acompanhamento atual dos pacientes. “O levantamento dos dados é muito importante para a construção de conhecimentos que podem nos auxiliar na pres-tação de um melhor atendimento em situações futuras semelhan-tes”, ressaltou na apresentação.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201414 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

FORMAÇÃO PROFISSIONALEVENTO TIRA DÚVIDAS SOBRE RESIDÊNCIA MÉDICA NOS ESTADOS UNIDOS

CAPACITAÇÃOPROFISSIONAIS RECEBEM ORIENTAÇÃO SOBRE COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS

As expectativas e desafios de se candidatar a um programa de resi-dência médica nos Estados Unidos foram temas do encontro promovi-do pela Liga do Centro Acadêmico Sarmento Leite (Casl), no dia 10 de junho. Quem palestrou foi o médico Denis Maltz Grutcki, certificado pela Educational Commission for Foreign Medical Graduates (ECFMG), entida-de competente nos Estados Unidos para certificar estudantes de Medi-cina de fora do país.

Grutcki explicou que em algumas especialidades é mais difícil entra-rem estrangeiros, como Otorrinola-ringologia e Oftalmologia, e outras possuem mais vagas, como Medicina de Família e Medicina Interna. Para ingressar na residência médica dos EUA, é necessário que se cumpram

Já tradicional no Hospital de Clí-nicas, o Curso de Comunicação de Más Notícias chegou à sua oitava edição no dia 11 de junho. Minis-

três steps, ou passos, incluindo testes teóricos sobre temas como patologia, diagnóstico e epidemiologia, além de uma prova prática, com pacientes fictícios. Para se sair bem nos steps é necessário acertar questões de dife-

Grutcki explicou os passos para quem deseja se especializar no exterior

Goldim mostrou as opiniões teóricos

rentes áreas. “Alguns programas vão preferir alunos de acordo com a nota na área desejada”, disse o médico.

Após a explanação dos passos, os estudantes puderam tirar dúvidas específicas com Grutcki.

trada pelo chefe do Serviço de Bioética, José Roberto Goldim, a capacitação é importante para os profissionais de saúde, que preci-sam lidar frequentemente com a comunicação de más notícias, mas também para que os funcionários entendam as estratégias utilizadas no hospital. “Na verdade, em qual-quer área, existem esses momentos, como no Direito ou em Recursos Humanos, por exemplo”, disse.

O curso iniciou com as bases teóricas e práticas da comunicação de más notícias. Goldim mostrou as opiniões diversas que existem entre os teóricos. Alguns defendem que o médico deve falar a verdade a qualquer custo e outros acham que ele deve mentir ou omitir por caridade, como ato heróico.

No artigo 34 do Código de Éti-ca Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), está definido que é vedado ao médico deixar de in-formar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os obje-tivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal. O chefe do Serviço de Bioética recordou casos em que a má notícia foi dada no momento errado ou para pessoas erradas, gerando transtornos tanto ao hospital quanto a familiares e pacientes. Goldim ressaltou, ainda, que a comunicação de más notícias sempre tem uma consequência e que isso deve ser ponderado pelo profissional da saúde.

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Nº 48 –Agosto/ Setembro de 2014 | 15Jornal Espaço Aberto

QUALIDADE E SEGURANÇACRITÉRIOS QUE DEVEM SER MANTIDOS EM TODAS AS AÇÕES

A qualidade nos serviços prestados pelo Clí-nicas, tanto na assistência ao paciente, quanto no ensino e na pesquisa, foi reconhecida em novembro do ano passado, quando o hospital recebeu o selo de Acreditação da Joint Commis-sion International ( JCI) para hospitais que são também centros médicos acadêmicos. O reco-nhecimento da JCI veio depois de quase quatro anos de preparação.

METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

A adesão a este processo de Acreditação é um trabalho que busca continuamente a melhoria assistencial no HCPA.

Entre os dias 15 e 19 de setembro, o hospital passará por uma avaliação de manutenção, na qual precisa mostrar que continua apto a manter o selo. A avaliação será feita pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA). Confira nas próximas páginas os principais itens avaliados.

1

2

IDENTIFICAR OS PACIENTES CORRETAMENTE

MELHORAR A COMUNICAÇÃO EFETIVA

Para que o paciente certo receba o tratamento correto.

Verifique a identificação do paciente presente na pulseira de identificação:• ANTES DE administrar sangue e hemocomponentes;• ANTES DE administrar medicamentos;•ANTES DE procedimentos invasivos e outros tratamentos (incluindo administração de dietas);• ANTES DE coletar exames.Acesse o Portal EAD e realize o curso Identificação do paciente como medida de segurança, caso ainda não o tenha realizado.

Falhas na comunicação são causa frequente de erros na assistência. A comunicação efetiva é importante em dois momentos de maior risco à segurança do paciente no processo assistencial:1) Na prescrição verbal de medicamento em situações de urgência, confirme a ordem antes de administrar o medicamento, assegurando que o nome do paciente, do medicamento, a dose e a via de administração estejam corretos.2) Nas comunicações de

resultados alarmantes de exames via ligação telefônica, o receptor da informação escreve as informações recebidas e “lê de volta” ao informante, incluindo o nome completo do paciente, número de prontuário e resultado do exame fornecido.Fique atento - a comunicação clara e objetiva também deve acompanhar as trocas de plantão entre equipes, nas transferências do paciente entre unidades internas ou externas, e em todos os registros do prontuário do paciente.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201416 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

34MELHORAR A

SEGURANÇA DOS MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA (MAV)

ASSEGURAR CIRURGIAS COM PACIENTE CORRETO, PROCEDIMENTO CORRETO E LOCAL DE INTERVENÇÃO CORRETO

Medicamentos de Alta Vigilância (MAV) são aqueles que apresentam risco aumentado de causar danos significativos aos pacientes em decorrência de falhas durante o processo de utilização (prescrição, dispensação, preparo e administração). Os MAV são diferenciados dos demais medicamentos através da identificação por etiquetas coloridas e pelo local de armazenagem. Eletrólitos, insulinas, varfarina e nutrição parenteral com etiquetas amarelas, com exceção do cloreto de potássio 10%, que além da etiqueta amarela, é embalado em saco marrom; quimioterápicos parenterais e orais, com etiqueta vermelha.Fique atento – ações para atender esta meta: identificar o cartaz que contém a informação sobre os MAVs na unidade assistencial, manter as etiquetas coloridas de identificação dos MAV, manter estoque de MAV compatível com a necessidade dos pacientes e armazenar os MAV no local definido!

São 60 segundos que podem salvar uma vida.Na lista de verificação da cirurgia, as equipes devem reforçar a descrição da lateralidade, quando indicado. Aplique a lista de verificação em três momentos:

1) Entrada (sign in) – quando o paciente entra na sala do procedimento.2) Pausa (time out) – imediatamente antes do início do procedimento.3) Saída (sign out) - antes de o paciente sair da sala.Além do Bloco Cirúrgico, a aplicação da lista de verificação também é obrigatória nas seguintes áreas:

•Centro Cirúrgico

Ambulatorial

•CTI

•Hemodiálise

•Hospital-dia

•Radioterapia

•Hemodinâmica

•CPDA

•Unidade de Centro

Obstétrico

•Unidades Pediátricas

•UTI Neo

•UTIP

•Radiologia

• Zona 18 (odontologia)

•CTI •Unidades Pediátricas

•Centro Cirúrgico

Ambulatorial

•Unidade de Centro

Obstétrico

•CTI

•Hospital-dia

•Unidades Pediátricas

•UTIP

•Hemodiálise •UTI Neo

•Hospital-dia

•Hemodinâmica

•UTIP

• Zona 18 (odontologia)

•Radioterapia •Radiologia

•Hemodinâmica • Zona 18 (odontologia)

•CPDA

A marcação do sítio cirúrgico deve ser realizada pelo médico, com a participação do paciente, na unidade de internação ou na sala de preparo do procedimento.

Acesse o Portal EAD e realize o curso Cirurgia Segura.

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Nº 48 –Agosto/ Setembro de 2014 | 17Jornal Espaço Aberto

6

5

REDUZIR O RISCO DE LESÕES DECORRENTES DE QUEDAS DE PACIENTES

REDUZIR O RISCO DE INFECÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE

Para diminuir a lesão decorrente de quedas, todos os pacientes são avaliados e reavaliados quanto ao risco de quedas. Pacientes com risco são identificados com pulseiras de cor amarela e recebem medidas de prevenção. A avaliação do risco é feita pelo enfermeiro, que aplica a Escala de Morse (em pacientes adultos) e ficha de avaliação do risco para quedas (em pacientes pediátricos). Nos pacientes internados no 4º Norte, 4º Sul, 7º Sul, Unidade de Internação em Adição da UAA, são aplicados critérios adicionais à Escala de Morse, para detecção do risco para quedas relacionadas a determinados medicamentos.Fique atento – as principais

A higiene de mãos pelos profissionais de saúde é importante ação para a prevenção de infecções.O aumento do tempo de internação, o custo associado ao cuidado e os riscos de complicações maiores ao paciente estão entre as

consequências das infecções hospitalares relacionadas à falha na higienização correta das mãos.Fique atento – a higienização correta das mãos requer a retirada dos adornos de mãos e punhos e os sete passos indicados.

medidas preventivas para pacientes com risco para quedas são:•Manutenção das grades da cama elevadas e da cama baixa;•Estímulo para presença de acompanhante 24 horas;•Colocação da campainha ao alcance do paciente, para chamada de auxílio;•Transporte seguro em cadeira de rodas ou maca com grade elevada;•Deambulação sempre acompanhados. Quando necessário, ofertar muletas ou andadores para a deambulação auxiliada;•Ambiente livre de obstáculos; • Educação dos familiares e do paciente sobre seu risco de quedas, e como diminuir este risco.Todo paciente menor de três

anos é considerado com risco de quedas. Todos os pacientes são considerados de risco para quedas quando internados nas unidades CTI adulto, UTIP, UTI Neo, UBC, CCA, URPA, UCC, Hemodinâmica, UCO, UV e UIO (para recém nascidos). Estes pacientes não utilizam a pulseira amarela, pois as medidas preventivas devem ser implementadas para todos.Acesse o Portal EAD e realize o curso Quedas de pacientes internados: porque a prevenção

deste evento é tão importante?.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201418 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Este foi nosso padrão com pior desempenho na avaliação. Vamos mudar este panorama!

O Hospital de Clínicas defen-de que a assistência qualificada e segura só é efetivada quan-do acompanhada de re¬gistros sistemáticos e adequados no prontuário do paciente. Por isto, os profissionais têm sido mo-bilizados e sensibilizados para que preencham todos os itens obrigatórios.

Registrando de forma comple-ta, clara, objetiva e compreensível o prontuário, você:

•Evidencia que presta assistên-cia qualificada e segura;

•Facilita a comunicação entre os integrantes da equipe multi-profissional;

•Age como cidadão, pois a lei assegura ao paciente o direito de ter seu prontuário elaborado de forma legível e completa;

•Garante que, na ocorrência

A NR 32, norma do Ministério do Trabalho, tem por objetivo a prote-ção do profissional e dos pacientes.

•Nas áreas assistenciais, retire anéis, alianças, pulseiras, relógio, colares ou brincos grandes.

•Utilize calçados fechados e os cabelos presos.

O descarte adequado dos perfurocortantes é necessá-rio para se evitar acidentes. O profissional que realiza qual-quer procedimento a beira do leito é o responsável pelo en-caminhamento de todo mate-rial imediatamente após sua

de um evento adverso, as infor-mações possam ser verificadas.

Fique atento•Na avaliação da dor, registre: CA-

racterística, LOcalização e Intensida-de (CALOI).

•Registre e justifique mudanças de esquemas terapêuticos e outras ações do planejamento de cuidado ao paciente.

•Ao aplicar o termo de consenti-mento, não se esqueça de preencher todos os campos, inclusive seu nome completo e registro profissional.

•Ao realizar a Evolução, o abuso do “copiar/colar” torna os registros ex-tensos e de difícil consulta. Privilegie a informação nova, que acrescenta algo sobre a evolução do paciente.

•As orientações dadas ao pa-ciente devem ficar documentadas, inclusive as repassadas aos fami-liares. Isto integra o processo as-sistencial. Assim, registre na Evolu-ção, em Conduta de Educação. No

caso de recusa a receber orienta-ção, deve-se registrar no prontuá-rio. Importante que seja avaliado e registrado a compreensão das orientações dadas ao paciente e/ou familiar.

•Registre no Sumário de Alta: principais diagnósticos e exames, procedimentos, consultorias, me-dicamentos utilizados na interna-ção e medicamentos prescritos na alta, condições do paciente na alta e plano terapêutico.

•Evite siglas! E se utilizar, lembre-se que valem somente as descritas no siglário oficial do HCPA, disponível na intranet.

•Avental deverá ser utilizado sempre fechado e somente no ambiente hospitalar, devendo ser retirado toda vez que o profissional sair em via pública. Recomenda-se não utilizá-lo no refeitório/cantina.

•O uso de luvas não substitui a higiene das mãos.

REGISTRO NO PRONTUÁRIO

NR 32

PERFUROCORTANTES utilização: perfurocortantes (mesmo os que possuem dis-positivo de segurança) em potes de papelão ou plástico rígido e demais materiais no expurgo, a fim de evitar sua exposição e de terceiros a acidentes com material biológico.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 19Jornal Espaço Aberto Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 19Jornal Espaço Aberto

REDUÇÃO NO CONSUMO DE FOLHAS: FAÇA O SEU PAPEL!

O papel é essencial no dia a dia de empresas como o Clínicas, mas há maneiras de evitar seu desperdí-cio e contribuir para uma importan-te economia de recursos ambientais e financeiros. Conforme ressalta a coordenadora da Comissão de Ges-tão Ambiental do HCPA, Ana Lucia Kern Thomas, a relação impressão/funcionário tem crescido nos úl-timos anos, apesar de o hospital ter investido na informatização de diversos processos. “Trata-se de um item consumido em todas as áreas da instituição e parece que falta uma reflexão sobre a real neces-sidade da utilização de papéis. Há diversos relatos de pessoas que so-licitam impressões e sequer buscam os materiais nas máquinas."

Com foco em reverter o quadro,e contribuir para a consolidação de uma cultura de sustentatbilidade, a ideia é reduzir o consumo de folhas de papel por funcionário em todo o hospital. Além da realização de uma campanha de conscientização sobre o assunto, há intenção de se abordar o tema em curso de Ensi-no a Distância de Ações Ambien-tais, com implementação prevista para o mês de setembro. A questão,

Dois lados: use os dois lados das folhas. É uma forma de aproveitar ao máximo o material e evitar gastos desnecessários, já que a fabricação do produ-to exige uma grande quantidade de água e energia. Impressão consciente: pense bem antes de mandar um texto ou arquivo do computador para a impressora. Faça uma revisão e evite a impressão errada, que leva ao gasto desneces-sário de papel.

conforme aponta Ana, envolve a revisão de processos nas áreas, de modo a ajustar rotinas e avaliar a real necessidade da quantidade de folhas de papel no trabalho de cada equipe, assim como questões cul-turais. “É algo que passa muito pela cultura das pessoas e por atitudes individuais como a de não imprimir

COMO VOCÊ PODE AJUDAR :

desnecessariamente determinados materiais e utilizar os dois lados do papel, por exemplo.”

Uma ação em estudo envolve ainda a implementação de relató-rios com foco nas chefias de cada área do hospital, em que seriam mo-nitoradas as impressões solicitadas por cada funcionário.

HCPA SUSTENTÁVEL

Campanha tem objetivo de reduzir consumo de folhas por funcionário

Lixo no lugar certo: na hora de descartar, lem-bre-se de jogar o papel limpo no coletor ade-quado, destinado à reciclagem. Consumindo menos papel você: economiza água; economiza energia; evita o desmatamento de florestas; produz menos lixo; diminui a quan-tidade de CO2 na atmosfera; evita o aumento da temperatura do planeta; preserva recursos para as próximas gerações.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201420 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

ACOLHIMENTO HOSPITAL RECEPCIONA E ORIENTA ESTUDANTES QUE COMEÇAM NOVA ETAPA

ENSINONOVOS PROFESSORES RECEBEM BOAS-VINDAS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Ao iniciarem o ciclo final de sua graduação na Faculdade de Medicina da Ufrgs, os estudantes do nono semestre participaram de evento de acolhimento orga-nizado pelo Hospital de Clínicas. Esta última etapa, correspondente ao internato, é livre de disciplinas acadêmicas: o foco é no treina-mento intensivo e contínuo, sob supervisão docente. Trata-se de um momento em que o estudante intensifica sua atuação no hospital e, portanto, precisa conhecer a fundo os direitos e deveres que lhe cabem, bem como as normas e rotinas da instituição.

Durante as atividades do aco-lhimento, realizadas em 2 de ju-nho, os estudantes receberam orientações indispensáveis, em áreas como segurança do trabalho, controle de infecção hospitalar, prontuário eletrônico, privacida-

Um novo time de professores da Ufrgs chegou para integrar o corpo clínico do HCPA. Os docentes foram recepcionados no dia 11 de junho, As boas-vindas e a entrega foram realizadas pela vice-presidente Médica do hospital, Nadine Clau-sell. Ingressaram no corpo docente os professores Andrea Lúcia Corso (Serviço de Neonatologia), Cristina Karohl (Medicina Interna), Edimárlei Gonsales Valério (Ginecologia e Obs-tetrícia), Gustavo Adolpho Moreira Faulhaber (Medicina Interna), Janete Vettorazzi (Ginecologia e Obstetrí-cia), Luciana Paula Cadore Stefani (Anestesia), Márcia Luiza Montalvão Appel Binda (Oncologia Genital–Gi-necologia), Paulo Antonio Barros

de, sigilo, NR 32, biossegurança e interdisciplinaridade. Além disso, a vice-presidente Médica, Nadine Clausell, realizou uma avaliação sobre o atual momento vivido pelo Clínicas, que iniciou as obras de expansão da área física. Quando as obras estiverem concluídas, en-

de Oliveira (Medicina Ocupacional), Simone Magagnin Wajner (Medicina

Interna) e Patrícia Miranda do Lago (Unidade de Emergência Pediátrica).

Grupo iniciou período de atuação mais intensa no hospital

Docentes foram recepcionados pela vice Médica, Nadine Clausell (centro)

fatizou Nadine, será possível falar em ampliação da produtividade.

“Hoje, estamos atingindo um grau de superlotação nas mais diver-sas áreas. Nossa preocupação no momento é prestar atendimento com a preservação da qualidade e do ensino”, destacou.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 21Jornal Espaço Aberto

OBSTETRÍCIATEMAS CONTROVERSOS NA GRAVIDEZ DE RISCO INTEGRAM CAPACITAÇÃO

REUNIÃO CIENTÍFICAESPECIALISTAS ESTADUNIDENSES DEBATEM O FUTURO DA NEUROIMAGEM

Segundo dados divulgados em maio deste ano pela Organização Mundial da Saúde, o Brasil registrou uma queda de 43% na proporção de mortes de mulhe-res vítimas de complicações durante a gravidez ou o parto entre 1990 e 2013, em linha com a redução da mortalidade materna no mundo. Os avanços na área e tópicos polêmicos em diagnóstico e tratamento de grávidas com risco de morte integraram a programação do Curso de Controvérsias em Obstetrícia, realizado nos dias 18 e 19 de julho, no HCPA, que é referência para gestações de risco.

Para o chefe do Serviço de Gineco-logia e Obstetrícia do Hospital de Clíni-cas, Sergio Hofmeister Martins-Costa, a capacitação teve como objetivo atu-alizar médicos especialistas como gi-necologistas-obstetras, intensivistas e residentes em situações de morbidade materna grave. Na abertura do evento, ele ressaltou duas intervenções com

O tema O futuro da Neuroi-magem: integrando conceitos de embriologia, genética e imagem foi assunto da Reunião Científica Mensal do Serviço de Radiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, realizada no dia 18 de ju-nho, no Auditório José Baldi. Parti-ciparam do evento os convidados estadunidenses A. James Barkovich, da Universidade da Califórnia, e William Dobyns, da Universidade de Seattle.

Na ocasião, os médicos apre-sentaram casos relacionados a malformações do cérebro. Barko-

resultados efetivos na redução da mortalidade e morbidade grave. “Uma é a adequação do atendimento ao parto, o investimento neste momento. A outra é desenvolver expertise entre os obstetras em normas de terapia intensiva e, entre intensivistas, desen-volver conhecimento de patologias

vich destacou a importância da interpretação dos resultados de ressonância magnética e da mul-tidisciplinaridade na atuação dos casos. “É fundamental que embrio-logistas, geneticistas, radiologistas e neurologistas trabalhem juntos.”

Já Dobyns abordou as causas genéticas da síndrome de Dandy-

-Walker, malformação congênita que afeta o cerebelo e os fluidos que o rodeiam. O professor e pes-quisador reforçou a importância da integraçāo entre a Radiologia e as demais especialidades no desen-volvimento de projetos de pesquisa

em neuroimagem.

Atualização abordou situações de morbidade materna grave

Dobyns falou da síndrome de Dandy-Walker

obstétricas graves.”Além da discussão de pontos como

infecções graves e choque séptico, insuficiência respiratória aguda e infarto agudo do miocárdio (entre outros), a programação incluiu curso teórico-prático para ressuscitação cardiorrespiratória.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201422 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

INTERLÚDIODUO DE VIOLÕES APRESENTA COMPOSIÇÕES BRASILEIRAS

SARAU NO HOSPITALPROJETO TRAZ APRESENTAÇÕES MUSICAIS A PACIENTES INTERNADOS

Obras de compositores brasilei-ros como Marlos Nobre, Radamés Gnatalli, Heitor Villa-Lobos e Sérgio Assad deram o tom da apresenta-ção do dia 3 de junho do projeto Interlúdio, promovido no hospital pela Fundação Médica do RS. O duo de violões constituído pelos músi-cos Lucas Ferreira Piccoli e Miguel Besnos apresentou-se no Auditório José Baldi do Hospital de Clínicas. Os violonistas são estudantes de graduação do Departamento de Música do Instituto de Artes da Ufr-gs, onde estudam sob orientação dos professores Paulo Inda e Flávia Domingues Alves.

A sonoridade de cordas – vocais e de violões – o ritmo da percussão, repertórios que vão do popular ao erudito: com esses ingredientes, o Projeto Sarau no Hospital periodica-mente transforma as salas de Recrea-ção da Oncopediatria, Pediatria e sala para Adolescentes, Adultos e Idosos do Clínicas em um palco interativo. A ação teve início em 2006 e traz musicistas, acadêmicos ou profes-sores do Instituto de Artes da Uni-versidade Federal do Rio Grande do

Sul para realizar apresentações para os pacientes internados no HCPA. O violonista, compositor erudito de renome internacional e coordenador do projeto, Daniel Wolff, relata como tudo começou. “A ideia teve origem em iniciativas semelhantes que ob-servei no exterior, na época em que morei fora do Brasil”, relata.

A proposta deu tão certo que, se-gundo o músico, despertou outras ações. “Ao saber da experiência, em minhas viagens, outras pessoas se

interessaram e hoje sei de outros hospitais que implantaram projetos parecidos”, comenta. Ele afirma que, embora não seja uma iniciativa tera-pêutica na sua essência, é possível observar benefícios. “É uma atividade lúdica que acaba tendo um efeito terapêutico. Ao longo do trabalho, já tivemos relatos de pacientes que observaram menor incidência de dor e redução nos chamados a enfermei-ros durante e logo após a execução da atividade, por exemplo.” A ação também tem efeitos positivos para os voluntários em sua performance artística. “Ajuda a diminuir a ansie-dade de se tocar em público além de desenvolver a filantropia, o olhar para o outro”, ressalta.

Desde o início das atividades, es-tima-se que mais de 3 mil pacientes já tenham sido beneficiados. “Essa ação de cunho humanizador apro-xima realidades, inserindo a música erudita no ambiente hospitalar”, de-fine a chefe do Serviço de Educação Física e Terapia Ocupacional do HCPA, Michele Casser Csordas.

Performance do projeto aconteceu em junho

Daniel Wolff coordena ação pelo Instituto de Artes da Ufrgs

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 23Jornal Espaço Aberto

No dia 2 de setembro se comemoram os 44 anos da publicação da Lei 5.604, que criou a Empresa Pública de Direito Privado Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Utilizando a data

Falecido no ano de 2000, o médico Mário Rigatto foi um dos precursores da luta contra o tabagismo no Brasil. Nesta imagem, ele aparece com a sua tradicional gravata borboleta, que se tornou uma espécie de marca registrada. Em sua homenagem, as Jornadas Pneumológicas realizadas pelo Hospital de Clínicas foram designadas com seu nome.

No ano de 1996, o Clínicas foi roteiro de vi-sita da apresentadora Maria da Graça “Xuxa” Meneghel. A atriz, modelo e empresária esteve no hospital para conhecer as insta-lações do Instituto do Câncer Infantil, que fica localizado no terceiro andar.

Você também pode contribuir com este espaço: basta enviar a sugestão de foto junto da descrição do momento a que ela se refere para o e-mail [email protected], com o assunto “Foto para o Espaço Aberto”.

Quem passa diariamente pelos corredores do hospital e registra a entrada e saída do horário de trabalho no ponto eletrônico pode não saber, mas no passado a estrutura toda era bem diferente: além do relógio que registrava mecanicamente o momento de

“bater o ponto”, havia funcionários respon-sáveis pelo armazenamento e controle das folhas. A foto é de 1979.

como gancho, o Espaço Aberto criou uma nova seção, que vai resgatar os registros de diversos momentos dos mais de 40 anos de história do HCPA. Confira!

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201424 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

G R A N D RO U N DCom sessões interativas e novo horário, o tradicional

evento das quartas-feiras iniciou a temporada de 2014 com temas diversificados

Acidentes de trânsito, homicídios e drogas são responsáveis por aproximadamente 135 mil mortes por ano no Brasil. Isso representa mais do que as mortes causadas por câncer no homem ou pelos maiores conflitos do mundo, como a Guerra do Iraque. Estes dados fo-ram apresentados no Grand Round com o tema Guerra urbana. Abrindo as palestras, o chefe do Serviço de Psiquiatria de Adição do Clínicas, Flavio Pechansky, confirmou que a curva de acidentes de trânsito vem aumentando a cada ano. Uma das

Cada vez mais frequentes na im-prensa, as dietas sem glúten, sem lactose e ricas em fibras são consi-deradas o novo “conceito” em dieta saudável. No entanto, os profissio-nais de saúde alertam que nem to-das as pessoas precisam segui–las. O Grand Round que abordou este assunto teve como primeira pales-tra O conceito da intolerância ali-mentar, com o professor do Serviço de Gastroenterologia, Carlos Fer-nando de Magalhães Francesconi. Ele explicou que as prescrições die-téticas nas intolerâncias precisam ser baseadas em evidências clínicas confiáveis. Na segunda explanação, a médica do Serviço de Gastroente-rologia, Helenice Pankowski Breyer, afirmou que, para cada pessoa diag-nosticada com a doença celíaca,

Professores se mostraram preocupados

Ainda existem muitas pessoas com doença celíaca não diagnosticada

GUERRA URBANA EM FOCO

MÉDICOS E NUTRICIONISTAS DEBATEM AS INTOLERÂNCIAS ALIMENTARES

devem existir sete não diagnosti-cadas, seja porque têm poucos sin-tomas ou porque eles são atípicos. Por fim, a nutricionista do Serviço de Nutrição e Dietética do HCPA, Thais Ortiz Hammes, falou que a dificuldade em elaborar uma dieta

explicações, para o professor do Ser-viço de Ortopedia e Traumatologia do HCPA, Carlos Alberto Souza Ma-cedo, seria “a imprudência, apoiada pela ineficiência do poder público e a imperícia, que gerou um exército de mal educados no trânsito”. Finalizan-do, o coordenador do Programa de Atenção aos Problemas de Bioética do HCPA, Carlos Fernando de Maga-lhães Francesconi, disse que vê com muita preocupação esse momento da sociedade. “Nas festas de adoles-centes, os próprios pais patrocinam a bebida alcoólica. Isso só se agrava

na vida adulta. Já vi e soube de vá-rios doutorandos que morreram em acidente de carro, saindo da festa de cem dias”, confessou.

livre de glúten reside no fato de que os próprios produtos não são bem classificados. “Em uma pesquisa realizada aqui no hospital com 72 alimentos, constatou-se que 12,5% deles não poderia ser considerado livre de glúten.”

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 25Jornal Espaço Aberto

A ideia do “conhece-te a ti mesmo”, relacionada aos testes genéticos e à possibilidade de prever certas doenças, foi outro tema do Grand Round. O chefe

Também chamados de órgãos artificiais, os equipamentos que substituem fun-ções orgânicas em pacientes críticos foram tema do evento intitulado Mem-branas que salvam vidas. O professor do Serviço de Nefrologia, Fernando Saldanha Thomé, abordou Métodos de depuração extracorpórea e ressal-tou alguns pontos importantes sobre insuficiência renal aguda, referentes a diagnóstico, prognósticos e indicações para terapia renal substitutiva. “Em todo o mundo, observa-se aumento

Transformar a informação clínica em dado epidemiológico que possa ser re-vertido em ações concretas ainda é um desafio no país. Esta foi uma das con-clusões do Grand Round que abordou a Cura do câncer infantil. A professora do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Alice de Medei-ros Zelmanowicz, ressaltou o papel dos profissionais para a composição de in-formações epidemiológicas que possam

Testes devem ser realizados com cuidado

Tema foi membranas que salvam vidas

Alice ressaltou papel dos profissionais

TESTES GENÉTICOS PARA O CONSUMIDOR

EQUIPAMENTOS QUE SUBSTITUEM ÓRGÃOS

DESAFIO PARA CÂNCER INFANTIL

do Serviço de Genética Médica, Roberto Giugliani, iniciou falando sobre o projeto Genoma Humano. “Foram descobertos 23 mil genes e 3 bilhões de letras, o que equivale a 200 listas telefônicas de mil páginas. Isso significa que existem 3 milhões de diferenças entre duas pes-soas e é isso o que nos torna únicos.” A coordenadora do Centro de Terapia Gênica do HCPA, Ursula Matte, por sua vez, palestrou sobre os testes genéti-cos oferecidos por empresas privadas. De acordo com ela, entre 2005 e 2008

nos casos de insuficiência renal aguda”, afirmou. O professor do Serviço de Gastroenterologia, Mário Reis Álvares da Silva, falou sobre Sistema de ad-sorção de moléculas – MARS, que é o mais estudado e principal disponível em relação a sistema de diálise apli-cado ao fígado. Já o tema Oxigenação extracorpórea – ECMO foi tópico de José Augusto Santos Pellegrini, médico do Serviço de Medicina Intensiva do HCPA, que abordou a evolução desta técnica e as tendências para o futuro.

embasar ações de controle do câncer. “É fundamental que o médico registre a informação no prontuário do paciente de modo adequado e correto, uma vez feito o diagnóstico”, afirma. Já o profes-

este serviço foi oferecido ao consumi-dor, informando sua pré-disposição para cerca de 100 doenças. Porém, muitas dessas empresas não ofereciam o acon-selhamento genético adequado, o que levou ao seu fechamento pelos órgãos reguladores. Para a chefe do Centro de Pesquisa Experimental do HCPA, Patricia Prolla, “os dados genéticos com certeza ajudam a pensar nos tratamentos, porém, caminhamos sobre uma linha tênue e é muito importante não cairmos em um determinismo genético”, alertou Patricia.

“Observou-se uma virada importante, com resultados positivos, após a epide-mia de H1N1, a partir de 2009”, relatou.

sor do Serviço de Oncologia Pediátrica do HCPA, Lauro José Gregianin, apontou a redução da taxa de mortalidade por câncer infantil no mundo, destacando os aspectos envolvidos na melhoria des-tes índices. “O diagnóstico precoce, o surgimento de novas drogas, modernos métodos de detecção da doença e o tratamento em centros de referência, com protocolos assistenciais e equipe multidisciplinar estão entre as razões para a melhoria na sobrevida”, destacou.

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“Nossas emoções são expressas pela respiração.” Com essa frase, o coor-denador do Grand Round, professor James Fleck, iniciou o evento que tra-tou do enfisema pulmonar. A doença é a terceira causa de morte no mundo,

Em uma apresentação conjun-ta, os professores do Serviço de Atenção Primária à Saúde do HCPA/Ufrgs, Marcelo Rodrigues Gonçal-ves e Erno Harzheim, abordaram o tema Avaliação crítica do check up. Gonçalves apontou os casos de ras-treamento baseado em evidências, nos quais é válida a avaliação como obesidade, sedentarismo, tabagismo, álcool, diabetes, dislipidemia, fatores de risco cardiovasculares, doenças sexualmente transmissíveis, osteo-porose, entre outros. “É interessante observar a tendência da substitui-ção da prevenção oportunística pela atuação em programas estrutura-dos”, afirmou. Já Harzheim ressaltou as situações em que o rastreamento não tem indicação baseada em evi-dência ou em que esta é indetermi-nada, tais como a anemia em adultos não-gestantes, hipotireoidismo, vita-mina D, câncer de próstata, pulmão

Profissionais devem encorajar os pacientes a pararem de fumar

Apresentação tratou do rastreamento baseado em evidências

ENFISEMA PULMONAR ESTÁ ENTRE AS TRÊS MAIORES CAUSAS DE MORTE NO MUNDO

AVALIAÇÃO CRÍTICA NOS EXAMES DE ROTINA

ou ovário. “Uma importante lacuna nas pesquisas reside justamente em ponderarmos a questão do rastrea-mento populacional geral em rela-

de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), perdendo apenas para o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e para o infarto do miocárdio.

Ministrando a primeira palestra, o professor do Serviço de Pneumologia do HCPA, Sergio Pinto Ribeiro, falou que esta é uma doença comum e passiva de ser prevenida. Portanto, o que considera mais importante ainda é encorajar os pacientes a pararem de fumar. A segunda palestra foi mi-nistrada por Hugo Goulart de Olivei-ra, também professor do Serviço de Pneumologia. O docente falou sobre o tratamento endoscópico e mostrou o software Volumetric Imaging Display and Analysis (Vida), que reproduz a

anatomia traqueobrônquica a partir de imagens tomográficas. Finalizando o Grand Round, o professor do Serviço de Cirurgia Torácica Maurício Guidi Saueressig fez uma avaliação crítica da cirurgia redutora de volume pulmonar. De acordo com o palestrante, apesar de este tipo de cirurgia ser antigo, ele ainda gera muitas controvérsias entre os profissionais da Medicina. “Neste procedimento, as áreas pouco fun-cionantes do pulmão são ressecadas. Apesar de estudos mostrarem que há um aumento da sobrevida dos pa-cientes submetidos a este tratamen-to, somente de 10% a 15% podem ser considerados candidatos à cirurgia”, finalizou Saueressig.

ção a um rastreamento estratificado em uma população que possui maior risco em relação a determinados problemas”, ressaltou.

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AUTISMOCURSO NO CLÍNICAS ABORDOU ESSA DOENÇA AINDA MISTERIOSA E QUE MERECE ATENÇÃO

O Transtorno do Espectro do Au-tismo (TEA) é uma doença que atinge aproximadamente 2% da população, ainda não tem causa definida nem for-ma única de tratamento. Por isso, quem convive com o autista também preci-sa de atendimento e orientação, que devem ser passados por profissionais capacitados. Foi com este objetivo que o Hospital de Clínicas promoveu nos dias 23 e 24 de maio o curso Autismo: abor-dagem transdisciplinar e translacional.

Com o Anfiteatro Carlos César de Albuquerque lotado e transmissão si-multânea para o Auditório José Baldi, o coordenador do curso, professor Rudimar Riesgo, abriu os trabalhos mostrando que o desenvolvimento do cérebro ao autista ocorre de forma mais lenta que o de uma criança não-autista, desmitificando a ideia de que a doença seria de fundo emocional.

Riesgo defendeu a pesquisa trans-lacional, ou seja, que envolve clínica e laboratório. De acordo com ele, hou-ve uma mudança na abordagem nos últimos anos. “Percebe-se, hoje, que não são só neurônios. As células gliais também são importantes e participam de muitas coisas, como do neurodesen-volvimento”, disse.

A professora Newra Rotta, criadora da Unidade de Neuropediatria do HCPA, ficou feliz em ver o Anfiteatro lotado, pois o TEA, há alguns anos, era pouco estudado. Segundo ela, esta é a primeira patologia neurológica em prevalência, sendo mais frequente que epilepsia, do-ença de Parkinson, demência e Síndrome de Down. O problema, no entanto, está no diagnóstico. Raramente ele acontece antes dos dois anos de idade e pouco se sabe sobre os sintomas iniciais. “Mesmo assim, sabemos que eles existem antes do primeiro ano de vida do bebê. É muito importante estar atento a isso, porque depois dos cinco anos, o impacto da intervenção é muito menor”, explicou Newra. Entre as comorbidades citadas pela professora estão as altas taxas de

Professor Riesgo desmitificou a ideia de que o autismo seria uma doença de fundo emocional

Marlene Sotelo apresentou o método TEACCH

convulsão, transtornos psiquiátricos e gastrointestinais.

Da Universidade de Miami (EUA), Marlene Sotelo participou do curso ex-plicando o método TEACCH (Treatment and Education of Autistic and related Communication handicapped Children). Segundo ela, o método tem obtido su-cesso tanto com crianças quanto com

adultos. Ele iniciou em 1972, na Univer-sidade da Carolina do Norte, focado no trabalho com os pais. Entre os objetivos está tornar o ambiente mais previsível para o estudante com TEA, focando no arranjo do ambiente físico e em elemen-tos visuais. A proposta é permitir que a pessoa realize independentemente as tarefas com a mínima supervisão.

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HOMENAGEMNADIR ALMA JAEGER

ELIANA TROT TA

PRESIDÊNCIA DA SOCITORS

Familiares e amigos de Nadir Alma Jaeger estiveram no Clínicas no mês de maio para realizar o último desejo da ex-funcionária: espalhar suas cin-zas em uma das árvores do hospital. Nadir trabalhou como auxiliar de En-fermagem no 11º Sul, na Internação Obstétrica. Deixou a instituição no ano de 2009, depois de 29 anos de dedicação ao Clínicas. Sua chefe na época e amiga até então, enfermeira Ana Beatriz Trindade, manifesta seus sentimentos à colega: “Querida Nadir, tenha a certeza de que sua passa-gem foi de grande valor junto aos bebês, mãezinhas e colegas. Uma Nadir pequenininha, sempre com sorriso no rosto e de boa vontade! Onde estiver, lembre-se do quanto foi importante para nós.”

A professora da Ufrgs e chefe da UTI Pediátrica, Eliana Trotta, faleceu no dia 30 de julho, vítima de morte súbita. Pessoa incansável, trabalha-dora e dedicada, Eliana acompanhou desde o início a implantação do Nú-cleo de Treinamento em Reanimação Cardiorrespiratória do HCPA, segun-do a chefe do Serviço de Medicina Intensiva, Silvia Regina Vieira. “A Eliana merece sempre ser sempre lembrada e valorizada pelo seu tra-balho, tanto no hospital, quanto na Ufrgs, pois era uma pessoa muito engajada no que fazia.”

Cristiano Feijó Andrade, médico contratado do Serviço de Cirurgia Torácica do HCPA, foi eleito pre-sidente da Sociedade de Cirurgia Torácica do Rio Grande do Sul (So-citors). A votação ocorreu no dia 6 de junho. O novo representante da entidade ficará no cargo pelos próximos dois anos.

O professor da UTI Pediátrica, Paulo Carvalho, também prestou sua homenagem à colega, que convivia com ele há mais de 35 anos. “A Eliana era frequentemente homenageada pelos alunos. Seu relacionamento com eles era de parceria. Foi sempre uma pessoa muito solícita, tanto com alunos, quanto com colegas e pacientes.” O professor Carvalho destacou ainda a dedicação de Eliana em todas as instâncias do hospital e da universidade, sendo, atualmente, chefe substituta do Departamento de Pediatria da Ufrgs.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 2014 | 29Jornal Espaço Aberto

HÁ VAGASPARA

Seja um doador de órgãos.

Comunique à sua família a decisão.

Seja um doeja um doador ador de órde órgãos. gãos.

Comunique à sua Comunique à sua família a decisão.

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201430 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

DESTAQUES

O médico psiquiatra do Servi-ço de Dor e Medicina Paliativa do HCPA Alexandre Annes Henriques apresentou duas palestras e co-ordenou uma mesa-redonda em evento internacional de atualização na área da dor em Buenos Aires, nos dias 8 e 9 de maio.

O trabalho científico intitulado Is interictal EEG activity a biomarker for mood disorders in temporal lobe epilepsy?, dos autores José Augusto Bragatti, Carolina Machado Torres, Pedro Abrahim Cherubini, Sandra Leistner Segal e Marino Muxfeldt Bianchin – todos do Hospital de Clí-nicas –, recebeu o prêmio de melhor trabalho no 35º Congresso da Liga Brasileira de Epilepsia. O evento foi realizado em Foz do Iguaçu (PR), entre os dias 3 e 5 de abril.

O chefe do Serviço de Emergên-cia e Medicina Intensiva Pediátrica, professor Jefferson Piva, participou como convidado internacional do 7th World Congress on Pediatric Inten-sive and Critical Care, realizado em Istambul (Turquia), entre os dias 4 e 7 de maio. Na ocasião, ele palestrou em três mesas-redondas, discor-rendo sobre os seguintes assuntos: Morte encefálica e cuidados com o doador no Brasil; Aspectos éticos do manejo de pacientes terminais em UTI pediátrica no Brasil e Simpósio em emergência pediátrica. Além disso, foram apresentados oito temas livres realizados pela Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (Utip) do Clínicas, que tiveram como coautores os pro-fessores Paulo Carvalho, Eliana Trotta e Patrícia Lago; os quatro residentes

ATUALIZAÇÃO NO TEMA DA DOR

TRABALHO PREMIADO

MEDICINA INTENSIVA PEDIÁTRICA

CONGRESSO MUNDIAL DE ENDOMETRIOSE

de Programa de Utip (Flávia Pinheiro, Roberta Ferlini, Kaylene Serena e De-nise Lima); e médicos contratados da Utip e Emergência Pediátrica (Cinara Andreolio, Elisa Baldasso, Helena Mul-ler, Carla DiGiorgio, Graziele Librelato, Ana Paula Pereira, Antonio Thomé e Ruy Alencastro).

O professor do Serviço de Gine-cologia e Obstetrícia do HCPA João Sabino Lahorgue da Cunha Filho foi convidado a palestrar sobre infertili-dade e endometriose durante o 12 º Congresso Mundial de Endometriose realizado entre os dias 30 de abril e 3 de maio, em São Paulo.

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Anfiteatro, auditórios e sala 160 receberão melhorias

CALENDÁRIO DE EVENTOS

OBRASAMBIENTES DE EVENTOS SERÃO REFORMADOS

As obras de modernização dos am-bientes de eventos do HCPA iniciarão em novembro deste ano. As áreas de melhorias serão o Anfiteatro Carlos César de Albuquerque, o Auditório José Baldi e a sala 160. Os ambientes passarão por reforma geral, incluindo melhorias de climatização, sonoriza-ção, iluminação, forração e mobiliário; criação de novas áreas de apoio (copa, slide desk); e adaptação a questões de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais. Também está incluído no cronograma das obras o au-ditório da Unidade Álvaro Alvim (UAA). Com isso, a agenda fica fechada para eventos a partir de novembro.

data evento

1° a 534ª Semana Científica do HCPALocal: Auditório José Baldi e Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

913h - Encontro de Saúde Mental e Inclusão SocialLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

10, 17 e 2411h30 - Grand RoundLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

10 e 247h30 – Grand Round de PediatriaLocal: Auditório José Baldi

138h - The Best of Asco 2014 Local: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

158h - Jornada de Prevenção e Tratamento de FeridasLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

1619h - VIII Jornada do Serviço Social do HCPALocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

1618h30 - Eventos da Liga CASLLocal: Auditório José Baldi

1614h30 - Estudo Clínico do Processo de EnfermagemLocal: Auditório José Baldi

17 e 1819h - III Simpósio de Cuidados PaliativosLocal: Auditório José Baldi

198h30 - Simpósio de Osteogenese ImperfeitaLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

19 e 208h - Curso Controvérsias Endocrinopatias na GravidezLocal: Auditório José Baldi

22 e 2313h30 – 1ª Jornada de Gestão de Pessoas do HCPALocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

2516h - IX Curso de Comunicação de Más NotíciasLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

26 e 27 8h - Colegiado das Maternidades e 1° Encontro Estadual de Enfermagem ObstétricaLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

29,30 e 1º/10

8h - Simpósio Internacional de Via Aérea Pediátrica do HCPALocal: Auditório José Baldi

SETEMBRO

data evento

1°,8,15,22,2911h30 - Grand RoundLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

3 e 4 1ª Jornada do Serviço de Fisioterapia HCPA/UFRGS

68h - III Encontro de Brigadas de Emergência de HospitaisLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

710h - Estudo Clínico do Processo de EnfermagemLocal: Auditório José Baldi

7 e 2118h30 - Eventos da Liga CASLLocal: Auditório José Baldi

8 e 227h30 – Grand Round de PediatriaLocal: Auditório José Baldi

10 e 11

8h - Jornada de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre V Jornada de Arritmias Cardíacas e III Jornada de Insuficiência CardíacaLocal: Auditório José Baldi

13 e 148h - Transformações e Re-significações da Pratica do Cuidado em Pediatria: 35 Anos Pediatria HCPALocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

1514h - Seminário de Aniversário da Unidade Básica de Saúde do HCPALocal: Auditório José Baldi

16 a 188h30 - VIII Encontro Fani Job de HematologiaLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

1619h - Simpósio Controle do Câncer na MulherLocal: Auditório José Baldi

17 e 1818h - 3º Simpósio sobre Morte e ImortalidadeLocal: Auditório José Baldi

20 e 248h - Semana Acadêmica da Medicina UfrgsLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

2113h - XV Encontro de Voluntários LAAPACLocal: Auditório José Baldi

2319h - Evento Cultural Fundação MédicaLocal: Auditório José Baldi

2413h - 1ª Jornada de Integração Multiprofissional - A saúde e seus edifíciosLocal: Auditório José Baldi

258h - X Jornada de Técnicos de Laboratório do Serviço de Patologia Clínica do HCPALocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

258h - I Encontro Rotinas em OtorrinolaringologiaLocal: Auditório José Baldi

27 e 288h - Gestão Ambiental como Ferramenta para Hospitais Saudáveis Região SulLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

278h – Abertura da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho

29 e 3014h - II Simpósio sobre Qualidade no Diagnóstico e Terapia da MamaLocal: Auditório José Baldi

3014h30 - Distinção por Tempo de ServiçoLocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

31 e 1°/118h - 1º Simpósio de Cirurgia Robótica Urológica do HCPALocal: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque

OUTUBRO

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Nº 48 – Agosto/ Setembro de 201432 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

POTENCIALIZE

SEUS RESULTADOS,

AGHUseAGHUseChegou a sua hora de desfrutar de uma

tecnologia que nasceu aqui no HCPA.

Como você já sabe, o AGHU está em funcionamento em 20 hospitais universitários e também está sendo utilizado no HCPA, com o lançamento da

Já estão em fase de implantação os módulos de Compras, Cirurgias, UBS e Prescrição de Enfermagem.

Em breve, mais novidades virão por aí.

versão 5.0 do aplicativo.