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ECONOMIA 22 de Dezembro de 2011 CLASSIFICADOS XVIII Novo projecto para dinamizar mercado municipal do Cartaxo O projecto da Câmara do Cartaxo ‘Dar Vida ao Mercado’, que visa trazer àquele espaço “novos produtos” e “negócios inova- dores”, arrancou no sábado com animação a cargo da Bandinha com Pinta. Em comu- nicado, a autarquia afirma que pretende “conferir ao espaço uma maior dinamiza- ção que permita atrair novos públicos e criar condições para a promoção e divulgação de novos produtos e tendências”. O mercado passará a contar com um “es- paço de artesanato” (onde artesãos e artis- tas do concelho poderão expor e vender os seus produtos), um “espaço empreendedo- rismo” (que dará oportunidade aos jovens de apresentar os seus projectos e negócios à comunidade) e um “mercado da troca”, destinado à entrega e requisição de produ- tos usados. “O ambiente tradicional do mercado será ainda reforçado com a presença de artesãos a trabalhar ao vivo, retratando as caracterís- ticas dos diferentes ofícios, e com animação musical e de rua”, afirma a nota. Alda Semedo Sara Fonseca Álvaro da Silva Santos Maria Luísa Avelino da Costa Carlos Antunes Francisco José Brandão Marques Etelvina Gaudêncio António Manuel Pedroso Leal Teresa Rosário Lídia Guilherme Tiago Ribeiro de Carvalho Ferreira Lígia André António Miguel P. Guedes Tomé Correia Cláudia Martinho Cláudio Há quem nunca tenha recebido uma prenda de Natal enquanto foi criança. Há quem não tenha uma única boa recordação de Natal. São excepções mas existem e devem ser mencionadas para que o Natal tenha a sua verdadeira dimensão. Jesus Cristo nasceu numa manjedoura e foi aquecido pelo bafo dos animais. Os seus pais estavam em fuga de um rei demente e cruel. Esta é a história que celebramos e não tem nada a ver com a outra da publicidade que falava do menino que foi com o Pai Natal ao circo. Em cada Natal pode nascer a esperança mas ela não nasce só porque é Natal. Nasce se nós a fizermos nascer nos nossos corações. ESPECIAL NATAL No Natal pode nascer a esperança desde que a façamos nascer Empresa da Semana Uma empresa dedicada ao bem- estar dos animais Clínica Veterinária de Aveiras de Cima foi criada em 2003 11 Identidade Profissional Começou como empregado e hoje é o patrão Manuel Martins é um electricista de automóveis de Vila Franca que adora a sua profissão 10 Três Dimensões Ainda há pessoas que em vez de irem ao médico vão ao farmacêutico Maria Isaura Galveia, 68 anos, Farmacêutica, Porto Alto 9 ApoiarMicro apresenta mais quatro empresas 7

ESPECIAL NATAL 2

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CLASSIFICADOS XVIII Manuel Martins é um electricista de automóveis de Vila Franca que adora a sua profissão 10 Empresa da Semana Clínica Veterinária de Aveiras de Cima foi criada em 2003 11 Maria Isaura Galveia, 68 anos, Farmacêutica, Porto Alto 9 Identidade Profissional Três Dimensões António Manuel Pedroso LealTeresaRosárioLídiaGuilhermeTiagoRibeirodeCarvalhoFerreiraLígiaAndréAntónioMiguelP.Guedes Tomé Correia Cláudia Martinho Cláudio

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ECONOMIA 22 de Dezembro de 2011

CLASSIFICADOS XVIII

Novo projecto para dinamizar mercado municipal do Cartaxo

O projecto da Câmara do Cartaxo ‘Dar Vida ao Mercado’, que visa trazer àquele espaço “novos produtos” e “negócios inova-dores”, arrancou no sábado com animação a cargo da Bandinha com Pinta. Em comu-nicado, a autarquia afirma que pretende “conferir ao espaço uma maior dinamiza-ção que permita atrair novos públicos e criar

condições para a promoção e divulgação de novos produtos e tendências”.

O mercado passará a contar com um “es-paço de artesanato” (onde artesãos e artis-tas do concelho poderão expor e vender os seus produtos), um “espaço empreendedo-rismo” (que dará oportunidade aos jovens de apresentar os seus projectos e negócios

à comunidade) e um “mercado da troca”, destinado à entrega e requisição de produ-tos usados.

“O ambiente tradicional do mercado será ainda reforçado com a presença de artesãos a trabalhar ao vivo, retratando as caracterís-ticas dos diferentes ofícios, e com animação musical e de rua”, afirma a nota.

Alda Semedo Sara Fonseca Álvaro da Silva Santos Maria Luísa Avelino da Costa Carlos Antunes Francisco José Brandão Marques Etelvina Gaudêncio

António Manuel Pedroso LealTeresa RosárioLídia GuilhermeTiago Ribeiro de Carvalho FerreiraLígia AndréAntónio Miguel P. Guedes

Tomé Correia

Cláudia Martinho Cláudio

Há quem nunca tenha recebido uma prenda de Natal enquanto foi criança. Há quem não tenha uma única boa recordação de Natal. São excepções mas existem e devem ser mencionadas para que o Natal tenha a sua verdadeira dimensão. Jesus Cristo nasceu numa manjedoura e foi aquecido pelo bafo dos animais. Os seus pais estavam em fuga de um rei demente e cruel. Esta é a história que celebramos e não tem nada a ver com a outra da publicidade que falava do menino que foi com o Pai Natal ao circo. Em cada Natal pode nascer a esperança mas ela não nasce só porque é Natal. Nasce se nós a fizermos nascer nos nossos corações. ESPECIAL NATAL

No Natal pode nascer a esperança desde que a façamos nascer

Empresa da Semana

Uma empresa dedicada ao bem-estar dos animaisClínica Veterinária de Aveiras de Cima foi criada em 2003 11

Identidade Profissional

Começou como empregado e hoje é o patrãoManuel Martins é um electricista de automóveis de Vila Franca que adora a sua profi ssão 10

Três Dimensões

Ainda hápessoas que em vez de irem ao médico vão ao farmacêuticoMaria Isaura Galveia, 68 anos, Farmacêutica, Porto Alto 9

ApoiarMicro apresenta mais quatro empresas 7

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22 DEZEMBRO 2011 | O MIRANTEESPECIAL NATAL| 2

Na Póvoa de Santarém, até ao fim da quadra natalícia, uma família orgulhosa mostra a obra de louvor ao Menino Jesus a todos os visitantes. No presépio gigante de 370 figuras, há locais históricos e figuras representativas do concelho.

Ana Isabel Borrego

A placa à beira da Estrada Nacio-nal 3, no cruzamento principal de Póvoa de Santarém, indica o caminho a seguir. À entrada um anjo em cartão pintado a azul indica que chegámos ao presépio que Eurico Ribeiro monta todos os anos numa garagem em frente à sua casa. To-dos os anos o número de peças aumen-ta. Este ano são 370. O que começou por ser um presépio tornou-se uma espécie de mini museu com locais históricos ou figuras representativas, em miniatura, do concelho de Santarém.

A Torre das Cabaças, o castelo de Al-canede, as Portas-do-Sol, o pescador, o agricultor, uma réplica de Santa Iria co-mo a que está na Ribeira de Santarém ao lado do rio Tejo. Não falta nada. O musgo e o cascalho ajudam a compor o ‘quadro’. Ao centro o presépio com to-das as figuras. As imagens são todas feitas em barro por Eurico Ribeiro nos tempos livres. O presépio demora cerca de um mês a montar. Este ano demorou apenas uma semana porque o encarregado de uma firma de elevadores decidiu tirar férias só para aquela empreitada. “Isto dá muito trabalho. Foi uma semana in-teira a montar”, conta a O MIRANTE.

A paixão por presépios começou quando tinha três anos e a madrinha lhe mostrou um presépio. A partir daí nunca mais parou. Começou por criar as imagens principais do presépio e todos os anos ia fazendo mais. Expôs em sua casa, passou para o átrio e agora está na garagem à vista de toda a população e de quem quiser visitar.

São muitos os que têm conhecimen-to deste original presépio e passam pela Póvoa de Santarém para observarem. O gradeamento branco permite ver as peças de arte por fora mas se Eurico Ribeiro não está presente os seus pais abrem as grades a quem quiser ver melhor os por-menores. Este ano já teve a ajuda dos dois filhos, Samuel e Daniel, de 19 e 12 anos,

Um presépio em que a história do nascimento de Cristo decorre em SantarémUm universo de surpresas de uma Belém escalabitana na garagem de Eurico Ribeiro

e a esposa também dá uma ajudinha.Depois das peças estarem moldadas

são levas a um oleiro em Muge, concelho de Salvaterra de Magos, onde são cozi-das num forno. Eurico Ribeiro começa a preparar novas figuras para o próximo Natal em Setembro. Por causa desta pai-xão o carro da família tem que ficar três meses na rua. Mas a família não se im-porta. Esta é a paixão do ex-presidente da junta de freguesia local que garante sempre que ‘este’ é o último ano mas depois volta com a palavra atrás. “Este ano disse que já não tinha vontade de fa-zer o presépio mas depois chega a hora e não consigo não fazer. É mais forte do que eu. Adoro fazê-lo, dá-me muito pra-zer”, justifica com um sorriso rasgado.

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Oferecer uma garrafa ou um con-junto de garrafas de um vinho de qua-lidade aos amigos e familiares aprecia-dores e servir um bom vinho na ceia de Natal ou no almoço do dia seguinte é um ponto de honra para quem gosta de festejar com requinte a quadra festiva que atravessamos. A Adega Cooperati-va de Alcanhões tem um leque variado de vinhos com uma relação qualidade/preço digna de realce, desde os vinhos DOC com a marca “Cardeal Dom Gui-lherme”, passando pelos vinhos regionais com a marca “Terras do Paço”, até aos vinhos “Adiafa” , “Encostas do Cirne”, os vinhos leves da marca “Ribaleve” e o vinho licoroso “Adiafa”, que lhe dão ga-rantia de uma boa escolha.

Na sequência do processo de moder-nização a Adega Cooperativa de Alca-nhões, em laboração desde 1962 e a úni-ca do concelho de Santarém, continua a apostar na qualidade dos seus vinhos com o reconhecimento em concursos nacionais e internacionais. Actualmente com cerca de 100 associados continua a ser uma referência no mercado nacional e além fronteiras na produção de vinhos com características únicas desta zona vi-tivinícola do país.

A Adega Cooperativa de Alcanhões tem loja aberta ao público no Mercado Municipal de Santarém, com o horário das 9h00 ás 13h00 de terça a sábado.

A Adega Cooperativa de Alcanhões sugere-lhe os melhores vinhos para oferta de Natal ou para a consoadaLoja aberta de terça-feira a sábado no Mercado Municipal de Santarém

Presépio em movimento com mais de 40 figuras exposto na Serra de Mação

Um presépio gigante traz a magia do Natal à Serra, no concelho de Mação, até ao dia 8 de Janeiro. Numa área de 17 metros quadrados estão expostas mais de quarenta figuras, das quais 20 em movimento, que retratam as gen-tes e os costumes da terra. O moinho, a associação, a igreja, os fontanários e tantos outros locais característicos da

aldeia estão retratados nesta represen-tação, onde também não faltam as tra-dicionais figuras do presépio natalício.

A ideia de construir este presépio em movimento surgiu depois de José Pires, o autor desta construção, ter vi-sitado o presépio em movimento de Penela, que o deixou “impressionado com a sua espectacularidade”. Assim,

“olhando para tamanha obra, pensei para comigo porque não tentar fazer algo também desta natureza para a minha terra”, afirmou na cerimónia de inauguração.

Com uma vocação especial para as artes e ofícios, José Pires começou por apresentar o projecto à associação lo-cal, que abraçou de imediato a ideia.

Seguiram-se alguns meses de intenso trabalho e um grande investimento em materiais, que ascendeu aos 2 mil euros.

Para construir este presépio gigante foram necessários 33 motores, 17 me-tros quadrados de madeira, 17 metros quadrados de alcatifa, 100 metros de tubo de ferro, 13 metros quadrados de serapilheira, 62 metros quadrados de pano, 50 metros de tubo para canali-zação, mais de 150 metros de fio eléc-trico, mais de 800 parafusos e muitos mais materiais. No final José Pires dei-xou o desejo de que este projecto “leve bem longe o nome da aldeia da Serra”.

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Francisco José Brandão Marques, Engenheiro - Sócio Gerente da Clínica Médica de Pernes - Ciência & Experiência, Lda. - Pernes

Uns pós de honestidade para os políticos em geral

Onde vai passar o natal?No Entroncamento, em casa

da minha filha, genro e neta. Vamos reunir toda a família.

O que é a sua noite de natal? A noite de Natal é a data co-

memorativa da natividade do Menino Jesus. O Natal vai além da própria religião e é simboli-zado pelo Pai Natal, São Nico-lau ou Santa Claus, um persona-gem inspirado num bispo grego a quem compete levar presen-tes aos meninos. Isto depois da reunião de toda a família na celebração da consoada.

Tem alguma recordação es-pecial da noite de natal?

Sim. Sempre à espera das doze badaladas para ir ao sa-patinho ver as prendas que nos calhavam.

O Natal é um dia especial sempre ou de vez em quando? É quando um homem quiser,

Há quem nunca tenha recebido uma prenda de Natal enquanto foi criança. Há quem não tenha uma única boa recordação de Natal. São excepções mas existem e devem ser mencionadas para que o Natal tenha a sua verdadeira dimensão. Jesus Cristo nasceu numa manjedoura e foi aquecido pelo bafo dos animais. Os seus

pais estavam em fuga de um rei demente e cruel. Esta é a história que celebramos e não tem nada a ver com a outra da publicidade que falava do menino que foi com o Pai Natal ao circo. Em cada Natal pode nascer a esperança mas ela não nasce só porque é Natal. Nasce se nós a fizermos nascer nos nossos corações.

No Natal pode nascer a esperança desde que a façamos nascer

como diz o poema?Todos os dias, são dias de

Natal porque cada dia é espe-cial e especial é aquele dia do perdão e da solidariedade para com os outros.

Lembra-se de ter recebido uma prenda em criança e qual era a prenda?

Sim, lembro-me, recebi um barco com motor e fui expe-rimentá-lo, logo pela manhã, num charco de água que ha-via na rua.

Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem?

A todos os políticos dava--lhes dois presentes: um enve-lope com pós de honestidade e outro com solidariedade para com os mais idosos;

E a um amigo seu?A um amigo escolhia o espíri-

to natalício em vez do cartão de crédito e oferecia-lhe amizade.

Álvaro da Silva Santos - Ribasport - Santarém

Nunca recebi prendas em criança

O Natal é sinónimo de par-tilha e de família. Sempre que

isso acontece é Natal mas é ainda mais Natal nesta altura em que todos celebram esses valores. A principal recorda-ção que tenho de natais passa-dos é essa reunião da família, até porque em criança nunca recebi prendas. Se tivesse que dar uma prenda a um político, dava uma máquina de calcular ao Vítor Gaspar (Ministro das Finanças). A um amigo, se pu-desse, dava-lhe a chave vence-dora do euromilhões.

Sara Fonseca - Solicitadora - Alpiarça

A doce recordação dos natais na companhia dos avós

Passa o Natal em casa dos pais com a família. É uma reunião familiar onde reina a harmonia e a partilha a lembrar as noites de Natal passadas na compa-nhia dos avós. Declara-se contra o consumismo desenfreado da época mas não é contra a troca de prendas. Quando era criança a melhor prenda que recebeu foi uma bicicleta vermelha BMX. A sua primeira bicicleta. Na brin-

cadeira diz que se tivesse que dar uma prenda a um político, dava o DVD do Pinóquio ao Pre-sidente da Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim. A um amigo, talvez porque o tem-po é de poupança, oferecia um porquinho mealheiro.

Tomé Correia - Proprietário da Ribatintas - Santarém

Gosto muito de ver as crianças a abrir as prendas

A melhor prenda que posso dar aos meus amigos é a minha amizade. Amizade de peito. Aos políticos não dou prendas mas se fosse obrigado dava ao ex-Primeiro Ministro José Só-crates dois cursos, um de boas maneiras e outro de economia para ele aprender a não gastar o que não é dele, de qualquer maneira. Vou passar o Natal em casa, com a família. A mi-nha noite de Natal vale pela confraternização e pela alegria das crianças a abrir as prendas. Em miúdo, as prendas que me calhavam não eram muitas e daí a ansiedade com que eu as aguardava naquela noite.

Carlos Antunes - Cabeleireiro - D&C Studio Cabeleireiros - Vila Franca

Fiquei sem mãe ainda novo e um Natal sem mãe...

Onde vai passar o Natal?Em casa, com a família.Que significado tem a sua

noite de Natal?Não dou muita importância

à noite de Natal. Sempre traba-lhei de noite. Vivo mais o dia de Natal que a noite.

Tem alguma recordação es-pecial da noite de Natal?

Não. Fiquei sem mãe ainda novo. Deixei de dar muita im-portância à ocasião. Isolei-me mais. O conceito de família fi-cou posto de parte. Sem mãe não é a mesma coisa.

O Natal é sempre um dia especial ou só o é de vez em quando? É quando um homem quiser, como diz o poema?

É sempre especial.Lembra-se de ter recebido

uma prenda em criança? E que prenda foi essa?

Não. Não me lembro.Se tivesse que dar uma

prenda a um político o que daria? E a quem?

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Daria mais inteligência ao nosso Primeiro-Ministro.

E a um amigo seu? O que daria?

Amizade.

Lígia André - Gerente da empresa “Embate Seguro Ld.ª Glória do Ribatejo

Um Natal com dois filhos é uma pequena loucura

Vou passar o Natal em casa com a família. A minha noite de Natal é simples. Um jantar tradicional , aqueles doces de fazer crescer água na boca e a parte mais esperada da noite pelas crianças, a abertura das prendas. A noite de Natal é sempre especial e com dois filhos é mesmo uma pequena loucura. Quando eu tinha 4 ou 5 anos recebi um piano que queria muito. A minha mãe comprou-o com moedas que foi juntando. Se tivesse que dar uma prenda a um político da-va ao nosso Primeiro Ministro o ordenado mínimo para ele sobreviver durante um mês. A uma amiga ...se eu pudesse, dava-lhe uma oportunidade para ser feliz!

António Miguel P. Guedes - Administrador Pitorro - Alcanena

Uma noite única e diferente de ano para ano

Onde vai passar o natal?Em casa, como todos os anos

desde do dia em que nasci.Com quem?Com a minha família desde

que me lembro...O que é a sua noite de natal?Uma noite única e diferente

de ano para ano.

Tem alguma recordação es-pecial da noite de natal?

Nem por isso...O Natal é um dia especial

sempre ou de vez em quando? É quando um homem quiser, como diz o poema?

Para mim o natal é apenas um vez por ano, porque é aquele dia muito especial em que toda a família se junta, aqueles fami-liares que já não se vêem à anos põem a conversa em dia e prin-cipalmente não se fala de traba-lho, que é o mais importante!

Lembra-se de ter recebido uma prenda em criança e qual era a prenda?

Sim, o meu primeiro com-putador.

Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem?

Dava um comboio de brincar ao Eng.º. Sócrates e Submarinos ao Dr. Durão Barroso.

E a um amigo seu?Uma bola de Rugby, ao meu

grande amigo Tiago Tenreiro.

Lídia Guilherme - Casa Lídia - Torres Novas

Nem me lembro da data

Lídia Guilherme nasceu a 21 de Novembro de 1931. É a pro-prietária da Casa da Lídia em Torres Novas. Diz não ter boas recordações de qualquer Natal. Nunca. Para ela o Natal é di-nheiro gasto à toa em presentes, muitas vezes inúteis. Dinheiro que muitas vezes faz falta para comer ou pagar a casa. Aos oi-tenta anos tem uma visão muito crítica da humanidade. Diz que falta amizade e sinceridade to-do o ano e não apenas no Na-tal. Por vezes dá por si a pensar em certos comportamentos e lembra-se dos animais que só procuram as pes-soas quando precisam de algo. Diz nunca ter recebido uma prenda de Natal, nem mesmo depois de casada. Nem de Natal nem de aniver-sário. Gostaria de dar ao Primeiro-Ministro um Menino Jesus com a Nossa Senhora, em es-tanho, que tem na sua loja, pois ele tem feito

o mais correcto e tem-se manti-do no caminho certo, mostran-do que a ex-presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, é que tinha razão quando dizia que Portugal não tinha dinheiro pa-ra megalomanias. Para os ami-gos diz que devemos dar amor, carinho e que devemos ter a capacidade de lhes abrirmos a porta hoje e sempre desde que sintamos que esse seria o trata-mento que receberíamos deles.

Tiago Ribeiro de Carvalho Ferreira - Perito avaliador - Torres Novas

E a mensagem de Cristo?

É mais um das muitas pes-soas que vive o Natal repartido por duas famílias. A consoada é em Alcanena com a família da esposa. O almoço do dia de Natal é no Pombalinho com a sua família, nomeadamen-te pais, avó materna, irmãos, sobrinhos, tios e primos. “No Natal aproveito para celebrar a família e a mensagem que Jesus Cristo quis deixar aos homens que tanto parece esquecida nos dias de hoje”, refere. Quando era criança o Natal também era em família. “Organizáva-mos espectáculos musicais e de teatro para todos. Era uma noite inesquecível porque sem-pre houve o hábito de juntar os primos todos em casa da minha avó”, conta.

Lamenta que o Natal não seja todos os dias para que o Mundo fosse dominado pelos valores da solidariedade, partilha e amor. Lembra-se de um certo Natal ter feito a brincadeira de lhe dar a ele e aos irmãos pedaços de uma nota de cem escudos que tiveram de colar para poderem comprar algo para todos. Preo-

cupado com a situação económi-ca e social das associações e fre-guesias do seu concelho, Torres Novas, diz que a melhor prenda para o Presidente da Câmara era o livro “Conversas que tive Comigo” de Nelson Mandela. A um amigo ofereceria uma cana de pesca, “Com a crise que esta-mos a atravessar pode vir a dar jeito!”, brinca.

Cláudia Martinho Cláudio - Licenciada em Ciências Farmacêuticas - Farmácia Central Almeirim

Uma energia que nos preenche

“Nesta época que passamos, tudo se desenvolve à volta do festejo do nascimento de Jesus Cristo. Para mim, o Natal é em família. Trata-se de uma épo-ca especial, celebrada em casa, num ambiente de festa, com o presépio e a lareira como pano de fundo. Efectivamente, na nos-sa família a reunião é feita ao longo do ano inteiro no entanto no Natal é diferente. Nesta data quase todos os povos procuram unir-se e nós sentimos que faze-mos parte desse movimento, que produz energia sob a forma de amor. No fundo quase todo o mundo está em sintonia, sente--se uma união dos povos, felici-dade a pairar no ar e, o calor do amor de todos, como se de uma fonte de energia e de luz se tra-tasse. Energia essa, que surge nas nossas vidas e que nos dá força para enfrentarmos as ad-versidades de mais um ano que se aproxima.

É uma altura em que se con-tam e recontam histórias de fa-mília, se relembram episódios engraçados e se voltam a soltar gargalhadas como se da primeira

vez as ouvíssemos. Este conví-vio, como não poderia deixar de ser, ocorre em volta de uma mesa grande e repleta de igua-rias deliciosas e características da época.

O desembrulhar das prendas é feito na noite de Natal e por norma é um processo longo e animado. As prendas são esco-lhidas com carinho de forma a agradar a pessoa presenteada, por norma coisas úteis ou ne-cessidades que sabemos haver. Ainda me recordo num Natal em que os meus pais ofereceram um cavalo de baloiço ao meu ir-mão João. Foi uma loucura, ele ficou feliz, mas acho que eu e a minha irmã Mafalda ainda fi-cámos mais. De facto, o cavalo foi bastante resistente pois an-dávamos todos em simultâneo, ainda hoje é uma história que recordamos.

“Para finalizar gostaria mui-to que este sentimento se per-petuasse no tempo e que todos pudessem senti-lo de igual for-ma. Festas Felizes!”

Teresa Rosário - Administrativa da empresa Ribatubos - Santarém

Está-se a perder a magia

O Natal está cada vez mais a deixar de ser um dia especial. Perdeu-se muita da magia que tinha a começar pelo facto de as crianças terem deixado de acreditar no Pai Natal. No meu tempo de criança os presentes eram tão poucos que para nós o Natal era efectivamente uma noite cheia de magia. Mas o pior foi termos deixado que as tra-dições abafassem o verdadeiro sentido do Natal. Damos aten-ção às prendas, ao bacalhau ao doces mas esquecemos o verda-

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nadas pela mãe. As filhoses eram feitas por todos ao serão e bebía-mos cevada. A prenda que mais recordo foi um urso de plástico verde que era um mealheiro. Incentivou-me a fazer poupan-ças. Tive-o muitos anos. Se me perguntam se era capaz de dar uma prenda a um político direi que não. Peço-lhe é respeito e responsabilidade para com os cidadãos. A um amigo dou um sorriso e um abraço.

Alda Semedo, Assistente Administrativa, Cartaxo _ Escritório Dr.ª Teresa Carreira

Uma noite igual às outras

“Vou passar o Natal em casa com a família e amigos. É uma noite que não difere muito de outras noites de convívio por-que o Natal pode ser todos os dias. A excepção é a troca de prendas que, para desespero dos mais novos, só se faz à meia noi-te. Da minha infância recordo principalmente o convívio com os familiares e os fritos que se faziam durante a tarde. De to-das as prendas que recebi não recordo nenhu-ma em especial. Se tivesse que

deiro sentido de Natal. Ligamos a tudo e a todos, menos a Jesus.

Vou passar o Natal perto de Santarém em casa dos meus pais com o meu filho, tios e pri-mos. É uma noite passada em família, mais ou menos igual as outras, com a diferença da troca de presentes. Recordo me quando era pequena de por o sapatinho na chaminé e ir me deitar a espera que o Pai Na-tal passasse para deixar os pre-sentes. No dia seguinte eu e o meu irmão acordávamos muito cedo e íamos a correr desem-brulhar as prendas. E por falar em prendas há uma classe que não merece receber nada, que é a classe política. A um amigo que quisesse ver feliz no Natal oferecia um perfume.

Maria Luísa Avelino da Costa - Esteticista - Carla&Luísa - Vila Franca

No Algarve ou na Serra da Estrela

Contrariamente ao que é habitual este ano passa o Natal em casa, com a família. Normal-mente vai para o Algarve ou pa-ra a Serra da Estrela. Diz que a parte religiosa do Natal já teve mais significado para si e que actualmente considera apenas que se trata de uma festa de fa-mília e de uma quadra especial pelo espírito mais tolerante e amigo que se sente. Dos na-tais da infância lembra-se de acordar de ma-drugada para ir à chaminé ver os presentes. A prenda que mais a marcou foi a sua primei-

ra boneca. “Era de plástico com um vestido azul e rosa. Naquela altura eram mais comuns as bo-necas de papelão mas eu recebi uma de plástico”. Se tivesse di-nheiro para dar grandes prendas a amigos oferecia-lhes viagens. Depois de pensar num político a quem dar uma prenda diz que dava mais vergonha na cara ao Presidente da República, Ca-vaco Silva. “Disse que este ano não iria dar prendas aos filhos dos funcionários da Presidência da República. Se desse presen-tes estimulava a economia. Um livro, por exemplo. Não é assim tão caro e é feito em Portugal!”

Etelvina Gaudêncio - TOC Scalconta - Almeirim

O meu urso mealheiro

Vou passar o Natal em ca-sa, com a família. É uma noite simples, tradicional, com o ba-calhau e o peru, filhoses, doces e outros mimos. O que conta mesmo é o poder ter a família junta, as conversas, os sorrisos, as histórias, a alegria que renas-ce naquela noite. As trocas de pequenas prendas são mimos que fazem parte daquela noite.

Tenho boas recordações dos natais da minha infância. As prendas eram roupas confeccio-

dar uma prenda a um político iria ter dificuldades com o em-brulho. Dava-lhe uma boa dose de bom senso e honestidade. E como sou generosa oferecia a mesma prenda a todos os polí-ticos. Quanto aos meus amigos sabem que têm sempre garan-tida a minha amizade e dispo-nibilidade”.

António Manuel Pedroso Leal - Solicitador - Torres Novas

No Natal é tudo especial

Onde vai passar o Natal? Em casa, como é habitual, na

companhia do maior número possível de familiares. No Na-tal costumo recordar os que já partiram e lembrar-me dos amigos e dos desfa-vorecidos. Daqueles que procuram todos os dias um Pai Natal. Devemos olhar o Natal como um tempo de solidariedade e responder a esse apelo. Um tempo assim deve-ria ser o quotidiano do

homem e assim, na afirmação do poeta, saberíamos distinguir os homens bons.

Tem alguma recordação es-pecial da noite de Natal?

Era um tempo em que eu acreditava no Pai Natal, nas re-nas...nos presentes na chaminé. Todas as prendas que recebi em cada Natal, independentemen-te da sua simplicidade, tiveram igual importância para mim. Desde a roupa aos chocolates ou ao carrinho de brincar.

Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem?

A todos os políticos, sem ex-cepção, uma enciclopédia com-pleta sobre a história de Portu-gal, porque é verdade a afirma-ção de que temos de conhecer o passado para com ele encon-tramos o nosso futuro. E por-que todos recolhemos na nossa história de Portugal motivos e motivação para sermos um po-vo mais solidário.

E a um amigo seu? Um livro que comecei agora

a ler e que acho interessantíssi-mo e que se chama:Ética para o Novo Milénio - Dalai Lama (Editorial Presença)