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ESPECIALIZAÇÃO EM
POLÍCIA E SEGURANÇA PÚBLICA
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Sumário
1 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO (PPC) .................................................................... 4
1.1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. 4
1.2 NOME DO CURSO E ÁREA DO CONHECIMENTO ........................................................... 4
1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 4
1.4 OBJETIVO ............................................................................................................................... 6
1.4.1 Objetivos Específicos ............................................................................................................ 6
1.5 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES .................................................................................... 7
1.6 CONCEPÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO ................................................................................. 8
1.7 PÚBLICO ALVO ...................................................................................................................... 9
1.8 COORDENAÇÃO .................................................................................................................... 9
1.9 CARGA HORÁRIA TOTAL .................................................................................................. 10
1.10 PERÍODO E PERIODICIDADE .......................................................................................... 10
1.11 ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO........................................................................ 10
1.12 CORPO DISCENTE E DOCENTE ...................................................................................... 11
1.13 METODOLOGIA ................................................................................................................. 11
1.14 INTERDISCIPLINARIDADE .............................................................................................. 11
1.15 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ............................................................................................... 12
1.16 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ..................................................................... 13
1.17 CERTIFICAÇÃO .................................................................................................................. 13
1.18 DOCUMENTOS PARA A INSCRIÇÃO E PROCESSO DE SELEÇÃO ........................... 14
1.19 APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS .......................................................................... 15
1.20 VAGAS ................................................................................................................................. 15
2 PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO ...................................................... 17
2.1 ANÁLISE DO CENÁRIO ...................................................................................................... 17
2.1.1 Análise do Ambiente Interno ............................................................................................... 17
2.1.2 Análise do Ambiente Externo .............................................................................................. 17
2.2 DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS ............................................................................................... 18
2.3 DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS ......................................................................................... 19
2.4 PROGRAMA DE AÇÕES ..................................................................................................... 19
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3 PERFIL DO CORPO DOCENTE ............................................................................................ 21
4 DISCIPLINAS, EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS ................................................................ 22
4.1 METODOLOGIA CIENTÍFICA APLICADA A SEGURANÇA PÚBLICA ................................................ 22
4.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ........................................................................... 28
4.3 SAÚDE E SEGURANÇA PÚBLICA ......................................................................................... 32
4.4 PROCESSO PENAL APLICADO A SEGURANÇA PÚBLICA .............................................. 41
4.5 SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA ............................................................................................. 47
4.6 ESTUDOS SOCIAIS DE POLÍCIA ........................................................................................... 54
4.7 CIÊNCIAS PENAIS ................................................................................................................... 61
4.8 FISCALIZAÇÃO E SEGURANÇA NO TRÂNSITO ................................................................ 66
4.9 ESTUDOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE ................................................................. 71
4.10 DIREITOS HUMANOS ........................................................................................................... 77
4.11 GESTÃO AMBIENTAL EM SEGURANÇA SEGURANÇA PÚBLICA ............................... 84
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1 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO (PPC)
1.1. APRESENTAÇÃO
O presente curso de especialização foi planejado e estruturado em conformidade com a
Resolução CES/CNE n° 1, de 8 de junho de 2007, que estabelece as normas para o
funcionamento de cursos de pós-graduação no Brasil e com a Resolução CEE/PLENO nº 6,
de 18 de setembro de 2015, que estabelece as normas para o credenciamento de Escolas de
Governo, visando à formação, à atualização, ao aperfeiçoamento e à especialização
profissional de agentes públicos junto ao Sistema Educativo do Estado de Goiás.
1.2 NOME DO CURSO E ÁREA DO CONHECIMENTO
Nome do Curso: Pós-graduação lato sensu em “Polícia e Segurança Pública”.
Área de Concentração: Sociais e Humanidades.
Área do Conhecimento: Interdisciplinar.
Modalidade de Oferta: Presencial.
1.3 JUSTIFICATIVA
Os discursos e agendas - nacionais e internacionais - existentes sobre formação e
capacitação dos profissionais da área de segurança pública “apontam a necessidade de se
formar profissionais capazes de lidar com as diferentes formas de violência, conflitos e
criminalidade, buscando garantir a qualidade de vida e a integridade das pessoas, por meio de
metodologias e técnicas fundamentadas nos princípios da legalidade, proporcionalidade e
necessidade”. (CORDEIRO, 2008).
As agendas, em geral, recomendam que os currículos das ações de treinamento
contemplem, dentre outros, os seguintes pontos:
a) Reconhecimento das características da sociedade contemporânea e das diversas formas
de violência e criminalidade encontradas nos espaços urbanos e rurais;
b) Compreensão das formas de organização do Estado Moderno e dos papéis das
instituições de segurança pública, dos seus profissionais e da sociedade na construção
de uma cultura de paz para a humanidade;
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c) Atuação a partir de metodologias que orientem o enfoque comunitário, a colaboração e
a integração das ações de justiça e segurança;
d) Desenvolvimento de competências e habilidades que favoreçam um perfil profissional
que seja capaz de comunicar-se de forma efetiva, relacionar-se com a comunidade,
mediar conflitos, atuar proativamente pautado nos princípios dos Direitos
Humanos, administrar o uso da força, utilizar técnicas e tecnologias não letais,
gerenciar crises, lidar com grupos vulneráveis, lidar com a complexidade, o risco e a
incerteza, utilizar tecnologias para planejar ações de prevenção, investigar crimes
e solucioná-los, utilizar metodologias que possibilitem identificar problemas, bem
como buscar, implementar e avaliar soluções.
Sob esse enfoque, a efetivação de um currículo exige uma relação de congruência
entre as intencionalidades contextuais expressas nos fatos do cotidiano (dimensão contextual),
os aportes legais e conceituais (dimensão política) e as condições adequadas para a sua
operacionalização no dia a dia (dimensão técnico-metodológica). Isso indica que as ações
realizadas nos espaços educativos devem estar voltadas para o desenvolvimento das
competências profissionais necessárias à atuação do profissional de segurança pública no
contexto em que as necessidades e as exigências sociais se estabelecem.
A especialização busca atender uma abordagem curricular pautada no paradigma da
complexidade que contemple a teoria e a prática articuladas pela inclusão da problematização,
tendo as metodologias de ensino ativo como modelos de referência para gerar situações de
aprendizagem que possibilitem a “transferência de conhecimento”, ou seja, a capacidade de
aplicar conhecimentos prévios em novos contextos, com o objetivo de identificar similitudes e
diferenças para agir na nova situação, gerando, portanto, adaptação a quaisquer situações
inerentes às competências profissionais e as novas competências que se fizerem necessárias.
Além disso, procura de “um modelo de segurança do cidadão”, que abranja políticas
sociais e projetos sociais preventivos, protagonizados pela articulação de diferentes forças
sociais: administrações públicas, associações, terceiro setor, escolas, etc., aliadas à idéia de
que a implantação do currículo abranja uma organização pautada em eixos e áreas de
aprendizagem, reunindo disciplinas afins que interagem e dependem umas das outras,
consolidando uma prática pedagógica com visão global e interdisciplinar, favorecendo a
construção do conhecimento e o desenvolvimento/aquisição de competências.
Dessa forma, para o CAPM é cada vez mais necessário pensar a intencionalidade das
atividades formativas, pois o investimento no capital humano e a valorização profissional
tornam-se imprescindíveis para atender as demandas, superar os desafios existentes e
contribuir para a efetividade das organizações de segurança pública.
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1.4 OBJETIVO
A pós-graduação busca formar especialistas em Polícia e Segurança Pública numa
perspectiva de análise reflexiva das problemáticas da aprendizagem e suas relações.
Desenvolve atitudes de pesquisa e curiosidade investigativa para a realização de uma prática
consciente, preventiva e responsável na área da Segurança Pública e em especial nas
atividades de polícia ostensiva. Incentivar a formação continuada aos profissionais que atuam
em nesse domínio, como meio de conhecer e compreender o processo de aprendizagem, os
fatores que interferem no sucesso e fracasso do profissional da área, as metodologias e
referenciais teóricos que subsidiam projetos de atuação.
Busca ainda, ações formativas para a compreensão do exercício da atividade de
segurança pública como prática da cidadania, da participação profissional, social e política
num Estado Democrático de Direito, estimulando a adoção de atitudes de justiça, cooperação,
respeito à Lei, promoção humana e repúdio a qualquer forma de intolerância.
1.4.1 Objetivos Específicos
As ações formativas de segurança pública deverão criar condições para que os
profissionais em formação possam posicionar-se de maneira crítica, ética, responsável e
construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como importante instrumento
para mediar conflitos, tomar decisões e;
a) perceber-se como agente transformador da realidade social e histórica do país,
identificando as características estruturais e conjunturais e as interações entre elas, a
fim de contribuir ativamente para a melhoria da qualidade da vida social, institucional
e individual;
b) conhecer e valorizar a diversidade que caracteriza a sociedade brasileira,
posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, classe
social, crença, gênero, orientação sexual, etnia e outras características individuais e
sociais;
c) utilizar diferentes linguagens, fontes de informação e recursos tecnológicos para
construir e afirmar conhecimentos sobre a realidade em situações que requerem a
atuação das instituições e dos profissionais de segurança pública.
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1.5 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
No transcorrer do referido da especialização serão colocadas em foco as competências
a serem desenvolvidas e ou adquiridas. Em linhas gerais, as competências servem para “dizer”
aos alunos quais habilidades primárias eles aprenderão no curso, podendo ser definidas como
uma perícia ou habilidade maior para realizar uma tarefa ou resolver um problema, de
maneira efetiva e eficiente. Para tanto, as competências dos alunos serão demonstradas por
algum tipo de atividade que o professor irá exigir que o aluno execute.
O conhecimento prévio das competências que serão desenvolvidas por meio do curso,
possibilita aos alunos uma noção clara e precisa do que irão aprender, sendo que cada
professor deve nomear as competências a serem desenvolvidas pela disciplina.
A estrutura da especialização se baseia em níveis de competência que devem
proporcionar a mobilização dos saberes para agir nas diferentes situações da prática
profissional. As reflexões antes, durante e após a ação devem estimular a formação de um
profissional capaz de interagir com o meio de forma ética e construtiva.
Neste contexto, esta especialização deverá impulsionar, por meio de processos
educacionais, a implantação das necessidades de transformação do saber-fazer e do fazer-
saber da segurança pública, a partir das demandas prementes da sociedade, preparando um
profissional critico, reflexivo e participativo, capaz de interagir com teoria e prática, por meio
de um processo voltado para a reflexão na ação profissional. As competências definidas neste
curso são:
a) Competências cognitivas: requerem o desenvolvimento do pensamento por
meio da investigação e da organização do conhecimento. Habilita o indivíduo a
pensar de forma crítica e criativa, posicionar-se, comunicar-se e estar
consciente de suas ações.
b) Competências operativas: preveem a aplicação do conhecimento teórico em
prática responsável, refletida e consciente.
c) Competências atitudinais: visam estimular a percepção da realidade, por meio
do conhecimento e do desenvolvimento das potencialidades individuais:
conscientização de sua pessoa e da interação com o grupo. Capacidade de
conviver em diferentes ambientes: familiar, profissional e social.
Assim sendo e considerando o perfil dos especialistas e seu papel na sociedade e
nas instituições, as atividades curriculares buscam enfatizar a necessidade de atualização e de
aperfeiçoamento profissional, possibilitando o acompanhamento das inovações nas diversas
áreas da segurança pública e trabalho policial e adotando uma metodologia que possibilite a:
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a) Habilitação para docência superior;
b) Complementação ou atualização do conhecimento preexistente; e
c) Formação humanística e atitudinal com ênfase na área da Segurança Pública e
Polícia Ostensiva;
Portanto, o profissional egresso do curso estará habilitado a:
a) Lecionar nas Instituições de Ensino Superior;
b) Atualizar seu conhecimento, tornando-se, assim, um profissional mais atrativo
para a sociedade;
c) Atuar de modo mais ativo, através de uma prestação de serviço especializado, na
comunidade de um modo geral, tendo em vista o desenvolvimento de uma visão crítica e
sistêmica voltada à concepção de soluções adequadas às necessidades da sociedade.
1.6 CONCEPÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO
O que fundamenta a criação do curso de especialização é a busca de uma melhor
qualificação dos policiais militares e operadores de segurança pública de Goiás. Isso porque
uma melhor formação profissional repercute no nível social através de um atendimento
baseado no critério da competência, ou seja, abandonando todo tipo de improvisação
exultante da não especialização.
Dessa forma, o CAPM pretende qualificar membros e servidores da Instituição, no
ramo da segurança púbica e polícia ostensiva, por acreditar que uma educação de alto nível
nessa seara é, antes de qualquer coisa, um instrumento imprescindível ao alcance da justiça
social, motivo pelo qual o presente curso de especialização é centrado na escolha de um corpo
docente altamente qualificado, oferecendo aos alunos um ambiente de estudo compatível para
o aprendizado.
Ao iniciar a especialização pretende-se começar a desenvolver o interesse pela
pesquisa entre os policiais militares pois o intuito é que num futuro breve seja possível
implementar o Mestrado Profissional em Segurança Pública. No Brasil o mestrado na área é já
uma realidade, uma vez que é ofertado em algumas instituições de Ensino Superior em
parceria com forças policiais militares.
Neste contexto foi planejada a especialização em “Polícia e Segurança Pública”. Para
tanto o discente desenvolverá durante a disciplina Metodologia Científica Aplicada a
Segurança Pública, seu projeto com a temática relacionada com uma ou mais linhas de
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pesquisa do Programa de Pós-Graduação e Extensão em Segurança Pública do CAPM
(PPESP).
As linhas de pesquisas do PPESP estão inseridas em quatro núcleos distintos,
vinculados a professores do programa com stricto sensu. O Núcleo de Estudos sobre Polícia e
Segurança Pública (NEPOS) tem como área de concentração as Ciências Sociais; o Núcleo
Interdisciplinar em Comunicação da Informação, Tecnologias e Gestão em Segurança Pública
(NINTER) está situado nas Ciências Sociais Aplicadas; o Núcleo de Estudos em Ciências da
Saúde e Segurança Pública (NECSSP) que está em Ciências da Saúde; e o Núcleo de Estudos
de Direito Aplicado à Segurança Pública (DASP) que tem com área de concentração o
Direito. O objetivo dos núcleos é desenvolver pesquisa de qualidade e produzir artigos de
qualidade para submissão a periódicos científicos listados no Qualis da Capes com estrato B2
ou superior.
1.7 PÚBLICO ALVO
Profissionais graduados em curso superior oriundos de diferentes áreas do
conhecimento, que desejam atuar na área de segurança pública através da carreira Policial
Militar, desenvolvendo atividades administrativas e operacionais.
1.8 COORDENAÇÃO
O curso de pós-graduação lato sensu em “Polícia e Segurança Pública” do CAPM será
coordenado pela professora Tatiane Ferreira Vilarinho, Doutora e Mestre em Ciência da
Informação pela Universidade de Brasília (UNB), especialista em Docência Superior pela
Fundação Educacional de Goiás (FacLions), graduada em Biblioteconomia pela Universidade
Federal de Goiás (UFG). É policial militar desde 1995 e atualmente é Chefe da Seção de Pós-
graduação e Extensão, professora e bibliotecária no CAPM e editora da Revista Brasileira de
Estudos de Segurança Pública. Participa do Grupo de pesquisa Comunicação Científica, do
Diretório de Grupos do Brasil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
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1.9 CARGA HORÁRIA TOTAL
O curso de pós-graduação lato sensu em “Polícia e Segurança Pública” do CAPM terá
uma carga horária de 360 (trezentas e sessenta) horas-aula, que serão cumpridas dentro do
programa previsto na organização curricular, além de 80 (oitenta) horas destinadas à
elaboração do TCC, totalizando 440 (quatrocentas e quarenta) horas-aula.
1.10 PERÍODO E PERIODICIDADE
O presente curso de especialização ocorrerá no período compreendido entre setembro
de 2017 a março de 2018, sendo que as aulas acontecerão de segunda à sexta-feira, das
07h00min às 17h15min e aos sábados das 08h00min às 18h00min. As aulas nos dias de
sábado acontecerão somente quando a instituição necessitar repor aulas que não aconteceram
durante a semana.
1.11 ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO
Devido a organização institucional tanto as disciplinas quanto as cargas horárias estão
sujeitas a alterações. No entanto a previsão é:
ÁREAS TEMÁTICAS DISCIPLINAS HORAS
AULAS
Sistemas, Instituições e Gestão Integrada em Segurança Pública 1) Sistema de Segurança Pública 30
Violência, Crimes e Controle Social 2) Estudos Sociais de Polícia 30
Conhecimentos Jurídicos
3) Ciências Penais 50
4) Processo Penal aplicado a Segurança Pública 30
5) Gestão e Segurança Ambiental 30
Modalidades de Gestão de Conflitos e Eventos Críticos 6) Estudos de Violência e Criminalidade 40
Valorização Profissional e Saúde do Trabalhador 7) Saúde e Segurança Pública 30
Comunicação, Informação e Tecnologias em Segurança Pública
8) Metodologia Científica Aplicada a Segurança
Pública 40
9) Trabalho de Conclusão de Curso 80
Cotidiano e Prática Reflexiva 10) Direitos Humanos 40
Funções, Técnicas e Procedimentos em Segurança Pública 11) Fiscalização e Segurança no Trânsito 40
CARGA HORÁRIA TOTAL 440
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1.12 CORPO DISCENTE E DOCENTE
O corpo discente será constituído de profissionais de nível superior oriundos de
diferentes áreas do conhecimento, que desejam atuar na área de segurança pública através da
carreira Policial Militar, desenvolvendo atividades administrativas e operacionais.
Devidamente aprovados no processo seletivo para o cargo e que tenham efetuado suas
respectivas matrículas junto ao Programa de Pós-Graduação e Extensão em Segurança Pública
(PPGESP) do CAPM.
Já o seu corpo docente será composto por professores especialistas pertencentes aos
quadros de servidores da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do
Estado de Goiás (SSPAP/GO), todos com reconhecida capacidade técnico-profissional, sendo
que 50% (cinquenta por cento) destes, pelo menos, deverão apresentar titulação de mestre ou
de doutor, obtida em programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido pelo Ministério
da Educação, nos termos do art. 4º da Resolução nº 1, de 08 de junho de 2007, do Conselho
Nacional de Educação ou em instituições de ensino superior credenciadas pelos Conselhos
Estaduais de Educação.
1.13 METODOLOGIA
O curso utilizará os diferentes métodos pedagógicos envolvidos no ensino da
segurança pública, como, por exemplo, aulas expositivas de conceitos e práticas, seminários e
palestras para apresentação e discussão em grupo com a utilização de casos práticos que
fazem parte da rotina das organizações de segurança pública e treinamento. Os alunos serão
avaliados através de provas e trabalhos a cada disciplina, a critério dos professores e da
coordenação.
1.14 INTERDISCIPLINARIDADE
A interdisciplinaridade se realiza como uma forma de ver e sentir o mundo, de
perceber, de entender as múltiplas implicações que se realizam, ao analisar um acontecimento,
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um aspecto da natureza, os fenômenos sociais, naturais ou culturais, ou seja, entender o
mundo de forma holística, em sua rede infinita de relações e em sua total complexidade.
Adotar a interdisciplinaridade como metodologia no desenvolvimento do currículo da
pós-graduação não significa o abandono das disciplinas tradicionais nem pressupõe que o
professor tenha uma “pluri-especialização” difícil de imaginar, com o risco do sincretismo e
da superficialidade. Na verdade, a interdisciplinaridade objetiva uma maior consciência da
realidade, para que os fenômenos complexos sejam observados, vistos, entendidos e descritos
por uma confrontação de olhares plurais.
1.15 SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Será aprovado, ao final do curso de especialização, o aluno que cumprir as seguintes
exigências:
a) Frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária total de cada
disciplina presencial, que será controlada mediante chamada nominal;
b) Aproveitamento aferido em processo de avaliação onde se obtenha um mínimo de
50% de aproveitamento em cada disciplina;
c) Será desligado do curso o aluno que for reprovado em qualquer disciplina;
d) Aproveitamento de, no mínimo 50% (cinquenta por cento), isto é, nota igual ou
superior a 50 (cinquenta) no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC);
e) Na disciplina com até 39 (trinta e nove) horas aulas será aplicada uma verificação da
aprendizagem;
f) Na disciplina com até 50 (cinquenta) horas aulas, serão aplicadas duas verificações de
aprendizagem, sendo que na verificação final será abordado todo conteúdo previsto.
Para cálculo da média desta disciplina a 1ª verificação terá peso 1 e a verificação final
peso 2, valores que irão compor a média ponderada que estabelecerá a nota final;
g) Serão considerados como anormais os resultados em que mais de 40% (quarenta por
cento) dos alunos de uma turma obterem a notas entre 0,00 a 4,99 pontos, ou quando
mais de 80% (oitenta por cento) dos alunos de uma turma obtiver conceito igual ou
superior a 8,00 pontos;
h) Se considerado anormal o resultado, será feita uma Pesquisa Pedagógica de Resultado
de Prova (PPRP), para verificar as causas de resultados anormais no rendimento da
aprendizagem, com base na qual a coordenação do curso decidirá por manter o
resultado ou pela aplicação de nova verificação;
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i) Tamanho das turmas: 42 alunos.
1.16 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da presente pós-graduação consiste em
pesquisa individual, apresentada sob a forma de um artigo científico, cuja temática tenha
relação com uma ou mais disciplinas ministradas ao longo do curso e vinculada a uma linha
de pesquisa dentre aquelas previstas pelos núcleos de pesquisa do CAPM.
O objetivo do referido TCC é propiciar aos alunos a ocasião de demonstrar o grau de
habilitação adquirido, o aprofundamento temático, o estímulo à produção científica e/ou à
elaboração de conhecimento mais complexo, à consulta de bibliografia especializada e o
aprimoramento da capacidade de interpretação e crítica.
Os alunos terão o prazo de 06 (seis) meses para a elaboração do TCC, sem prejuízo
das aulas normais. O referido documento deve ser protocolado na Seção do PPGESP do
CAPM, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar do encerramento das aulas, conforme
cronograma previamente apresentado ao corpo discente.
Ressalta-se que tal trabalho deverá ser elaborado em estrita observância às normas
vigentes da ABNT e será de caráter individual.
Em caso de não obtenção da nota mínima de 50 (cinquenta) pontos, o TCC será
devolvido ao aluno para a devida reformulação e ou reestruturação. Nesta hipótese, o prazo
máximo para o aluno protocolar a nova versão do TCC, na Seção do PPGESP do CAPM, é de
15 (quinze) dias, a contar da data em que ele recebeu a versão reprovada. Caso o artigo
científico reformulado e ou reestruturado não alcance novamente a nota mínima, o aluno será
considerado reprovado na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso.
1.17 CERTIFICAÇÃO
O certificado de conclusão de curso será emitido e registrado pelo CAPM, desde que o
aluno tenha cumprido com os requisitos exigidos para aprovação e documentação previstos
neste Projeto Pedagógico.
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Ressalta-se que o referido certificado de conclusão de curso mencionará a área de
conhecimento do curso e será acompanhado do respectivo histórico escolar, do qual deve
constar, obrigatoriamente:
a) Relação das disciplinas, carga horária, nota, nome e qualificação dos professores por
elas responsáveis;
b) Período em que o curso foi realizado e a sua duração total, em horas de efetivo
trabalho acadêmico;
c) Título do trabalho de conclusão de curso e nota obtida;
d) Declaração da instituição de que o curso cumpriu todas as disposições da Resolução
CNE/CES n° 1, de 08 de junho de 2007 e da Resolução CEE/PLENO nº 6, de 18 de
setembro de 2015; e
e) Citação do ato legal de credenciamento da Instituição.
1.18 DOCUMENTOS PARA A INSCRIÇÃO E PROCESSO DE SELEÇÃO
a) Formulário de inscrição devidamente preenchido;
b) Cópia autenticada (ou cópia simples acompanhada do original) do Diploma de curso
superior ou declaração de conclusão de curso;
c) Cópia autenticada (ou cópia simples acompanhada do original) do histórico das
disciplinas cursadas (caso não conste no diploma de curso superior);
d) Cópia autenticada (ou cópia simples acompanhada do original) da carteira identidade;
e) Cópia autenticada (ou cópia simples acompanhada do original) do CPF;
f) Cópia do título de eleitor;
g) Cópia do comprovante de endereço;
h) Cópia do curriculum vitae (no formato da Plataforma Lattes) acompanhado de cópia
de todos os comprovantes;
O processo de seleção para participação no curso de pós-graduação lato sensu em
“Polícia e Segurança Pública” do CAPM será feito por um desses quesitos conforme
determinação do Comandante:
a) Aprovação em concurso público para formação de praça a partir do ano de 2017;
b) Ser convocado para o curso destinado a ascensão funcional, com pós-graduação, a
partir do ano de 2017;
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c) Ser operador de segurança pública devidamente aprovado em concurso público com
no mínimo dois anos de efetivo serviço e apresentar projeto de pesquisa aprovado pelo
PPGESP do CAPM.
1.19 APROVEITAMENTO DE DISCIPLINAS
Para o presente curso de Especialização em “Polícia e Segurança Pública”, o
aproveitamento de estudos abrange apenas disciplinas já cursadas pelo candidato em de pós-
graduação lato ou stricto sensu realizados pelo CAPM.
As disciplinas que possuírem denominações diferentes, mas o mesmo conteúdo
programático serão aproveitadas atribuindo-se a denominação dada pelo CAPM, desde que a
carga horária de cada disciplina e a identidade de conteúdo não seja inferior a 75% da
equivalente considerada.
Cabe ao professor da disciplina e ou o coordenador do curso analisar, decidir e dar
parecer sobre o requerimento de aproveitamento de estudos, no prazo máximo de 7 (sete)
dias, a contar do recebimento do requerimento.
A solicitação de aproveitamento de estudos deve ser efetuada em uma única vez,
protocolada e encaminhada à Coordenação do Curso, incluindo todas as disciplinas já
cursadas e acompanhadas do requerimento do interessado indicando as disciplinas em que
deseja aproveitamento de estudos e da cópia autenticada do Histórico Escolar em que constem
as disciplinas objeto da análise.
1.20 VAGAS
Serão oferecidas vagas referente a quantidade de candidatos aprovados em seleção
pública para a formação de praças. Bem como aos inscritos em curso destinado a ascensão
funcional, com pós-graduação e ainda àqueles operadores de segurança pública, devidamente
aprovados em concurso público com no mínimo dois anos de efetivo serviço e apresentar
projeto de pesquisa aprovado pelo PPGESP do CAPM. O máximo de vagas disponibilizadas
por curso será de 2500 (duas mil e quinhentas) por ano.
Para atender as necessidades da Pós-Graduação em “Polícia e Segurança Pública” do
CAPM, a formação terá um polo principal de formação e gerenciador na capital do Estado de
Goiás, Goiânia, e mais 10 polos distribuídos nos municípios de Anápolis, Goiás, Luziânia,
16
Itumbiara, Iporá, Rio Verde, Uruaçu, Formosa, Goianésia e Posse. As vagas destinadas a
esses polos de formaçao se encontram distribuídas da seguinte forma:
Município Alunos Turmas
Goiânia 820 20
Trindade 40 1
Senador Canedo 40 1
Aparecida de Goiânia 40 1
Guapó 40 1
Anápolis 200 5
Goiás 40 1
Luziânia 120 3
Novo Gama 40 1
Valparaíso 40 1
Cidade Ocidental 40 1
Cristalina 40 1
Itumbiara 80 2
Morrinhos 40 1
Iporá 40 1
Rio Verde 120 3
Catalão 40 1
Pires do Rio 40 1
Uruaçu 40 1
Formosa 80 2
Porangatu 80 2
Posse 80 2
Jataí 40 1
Mineiros 40 1
Goianésia 40 1
Ceres 40 1
Águas Lindas 80 2
Alexânia 40 1
Total 2420 60
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2 PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO
A Polícia Militar de Goiás prevê em seu plano estratégico o ensino e aperfeiçoamento
do seu público interno. Já o presente plano estratégico serve para subsidiar o comando do CAPM no
desenvolvimento de uma gestão eficaz e assertiva do curso de pós-graduação lato sensu a ser
implementado. Para tanto, é imprescindível que o CAPM desenvolva seu conjunto de tarefas de
maneira disciplinada e organizada, visando a concretização de todos os objetivos a que se propõe.
E, tendo em vista a importância e abrangência do presente planejamento estratégico, deve ele ser
desenvolvido não só pela Direção do CAPM, mas pela participação conjunta de todos os envolvidos
no processo formativo.
Planejar estrategicamente significa compatibilizar as oportunidades oferecidas pelo
ambiente externo às condições internas (favoráveis ou não), de modo a satisfazer os objetivos
futuros da Instituição. Resumidamente, é possível dizer que o planejamento enseja responder a três
questões principais: Onde estamos? Para onde queremos ir? Como chegar lá?
Para responder a essas indagações é fundamental obedecer a uma linha de orientação
do trabalho, representada pelas seguintes etapas:
2.1 ANÁLISE DO CENÁRIO
2.1.1 Análise do Ambiente Interno
Em relação à análise do ambiente interno é possível destacar, como pontos fortes da
Instituição, além de sua infraestrutura, a vasta experiência na realização de cursos de capacitação
(tanto na modalidade presencial quanto na modalidade a distância), o comprometimento das pessoas
envolvidas na implementação do presente curso de pós-graduação lato sensu, e, notadamente, a
qualificação do corpo docente.
Por outro lado, sobre as limitações a serem corrigidas, o principal aspecto a ser levado
em conta é o que trata da falta de experiência no desenvolvimento de cursos de pós-graduação lato
sensu.
2.1.2 Análise do Ambiente Externo
A análise do ambiente externo tem relação direta com a compreensão das ameaças e
oportunidades que o macro ambiente propicia, ou seja, procura-se reconhecer e considerar a
18
influência de fatores econômicos, sociais, políticos, de mercado, etc., no desenvolvimento da
Instituição.
Partindo dessa premissa é possível afirmar que o momento atual é oportuno para a
implementação do curso de pós-graduação lato sensu em “Polícia e Segurança Pública” tanto pelo
fato de que a Polícia Militar de Goiás passou a exigir curso superior em seus concursos quanto pelo
cenário local e nacional de problemas crônicos de Segurança Pública e temas relacionados a área
que exigem um maior investimento em linhas de pesquisa sobre o tema.
2.2 DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS
É o momento em que a Instituição examina seus dados históricos e projeta suas metas
futuras. É a resposta ao questionamento de “para onde queremos ir”. Os objetivos devem ser
quantificáveis ou, no mínimo, constatáveis. Precisam ainda estar relacionados com o horizonte de
tempo.
Considerando a vasta experiência do CAPM, tanto na realização de cursos de
capacitação presenciais quanto de eventos realizados através da modalidade educação a distância
(EaD), chegou o momento de “alçar vôos mais altos”, o que será feito, inicialmente, com a efetiva
implementação do curso de especialização em “Polícia e Segurança Pública”, cujos principais
objetivos, já elencados no item 2.11.4.1 do presente PDI, consistem em:
a) perceber-se como agente transformador da realidade social e histórica do país,
identificando as características estruturais e conjunturais e as interações entre elas, a
fim de contribuir ativamente para a melhoria da qualidade da vida social, institucional
e individual;
b) conhecer e valorizar a diversidade que caracteriza a sociedade brasileira,
posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, classe
social, crença, gênero, orientação sexual, etnia e outras características individuais e
sociais;
c) utilizar diferentes linguagens, fontes de informação e recursos tecnológicos para
construir e afirmar conhecimentos sobre a realidade em situações que requerem a
atuação das instituições e dos profissionais de segurança pública.
19
2.3 DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS
As estratégias podem ser definidas como sendo as formas pelas quais os objetivos
serão atingidos. Estão, por isso, intimamente ligadas aos objetivos, uma vez que definem o “como”
o CAPM caminhará em direção às suas metas. Para cada estratégia estabelecida deverá haver, no
mínimo, um objetivo ao qual ela servirá.
Como pode ser notado, o planejamento se desenvolve de maneira racional, de tal
forma que as etapas venham a ser cumpridas organizadamente, permitindo que revisões periódicas
sejam realizadas sempre que o cenário assim exigir.
Sua materialização, no entanto, somente se realizará com a criação de um comitê
interno de acompanhamento, que também se ocupará com a elaboração de um “Programa de
Ações” que representa, em última análise, a efetivação do detalhamento de cada uma das
estratégias.
A fim de garantir a exequibilidade das ações, o comitê deve prover o programa de
indicadores de responsabilidade, explicitando data limite e eventuais custos necessários à execução
de cada uma das ações propostas.
É também de sua responsabilidade a revisão permanente de cenários, como forma de
evitar qualquer descompasso entre objetivos e estratégias propostos no plano, relativamente aos
indicadores oferecidos pelo ambiente.
2.4 PROGRAMA DE AÇÕES
CE
NÁ
RIO
Pontos Fortes Limitações Ameaças Oportunidades
Infraestrutura;
- Vasta experiência na
realização de cursos de
capacitação nas modalidades
presencial e a distância;
- Experiência com cursos de
capacitação descentralizados;
- Comprometimento das pessoas
envolvidas na concretização
deste curso de especialização;
- Qualificação do corpo Docente
- Falta de
experiência no
desenvolvimento de
cursos de pós-
graduação lato
sensu próprio.
- Falta de especialização
dos operadores de
Segurança Pública de
Goiás quanto ao cenário
nacional de Segurança
Pública, podendo
comprometer sua
atuação institucional.
- Com o advento da
Resolução
CEE/PLENO nº 06,
de 18 de setembro de
2015, a qual
estabelece normas
para o
credenciamento de
Escolas de Governo,
a certificação dos
cursos de pós-
graduação lato sensu
poderá ser feita pelas
próprias instituições
credenciadas, ou
seja, sem intermédio
de instituições de
ensino superior, o
que implica em
significativa redução
de gasto de dinheiro
Público.
20
OB
JE
TIV
OS
- Capacitar os operadores de segurança pública em relação às novas dinâmicas da sociedade, o que implica
em modificações e especialização na atuação dos integrantes da PMGO;
- Possibilitar a especialização do operador de segurança pública visando o aprimoramento profissional e
cultural da instituição, de seus auxiliares e funcionários, bem como a melhor execução de seus serviços e
racionalização de seus recursos materiais;
- Atualizar o Regimento do CAPM com objetivando a inclusão da especialização.
ES
TR
AT
ÉG
IAS
- Identificação de professores servidores ativos da SSPAP renomados na área de Segurança Pública, com
reconhecida capacidade técnico-profissional;
- Estruturação de grade curricular com disciplinas atrativas e que reflitam diretamente na atuação
profissional dos operadores de segurança pública.
PR
OG
RA
MA
DE
AÇ
ÕE
S
Descrição Responsabilidade Custo Data
Contato com os professores e
especificação dos detalhes
referentes às aulas e
documentação do dossiê dos
docentes.
- Tenente Tatiane Ferreira Vilarinho
- Soldado Fernanda do Carmo R. Alves
A definir A partir de maio de
2017
Leitura e reestruturação do da
documentação do CAPM em
especial o Regimento Interno.
- Tenente Coronel Clives Pereira Sanches
- Tenente Janssen Augusto das Graças
Nunes A definir A partir de maio de
2017
- Análise e seleção de tópicos
para compor as ementas das
disciplinas do curso
- Tenente Coronel Clives Pereira Sanches
- Capitão Leon Deniz da Costa
- Tenente Tatiane Ferreira Vilarinho A definir A partir de maio de
2017
21
3 PERFIL DO CORPO DOCENTE
Conforme já mencionado, o corpo docente deste curso de pós-graduação será composto
por professores especialistas convidados, todos com reconhecida capacidade técnico-profissional,
sendo que 50% (cinquenta por cento) destes, pelo menos, deverão apresentar titulação de mestre ou
de doutor, obtida em programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido pelo Ministério da
Educação, nos termos do art. 4º da Resolução nº 1, de 08 de junho de 2007, do Conselho Nacional
de Educação ou em Instituições de Ensino Superior credenciadas pelos Conselhos Estaduais de
Educação.
DISCIPLINA PROFESSORES
TITULARES
TITULAÇÃO
ACADÊMICA
CURRÍCULO
LATTES
1) Metodologia Científica Aplicada a
Segurança Pública Científica Tatiane Ferreira Vilarinho
Doutorado em Ciência da
Informação
http://lattes.cnpq.br/407
9367488470809
2) Saúde e Segurança Pública (EaD) Talita Souza Dantas Doutorado em
Odontologia
http://lattes.cnpq.br/436
1655633310338
3) Processo Penal aplicado a
Segurança Pública
Anderson Luiz Brasil
Silva Mestrado em Direito
http://lattes.cnpq.br/531
2374941044971
4) Sistema de Segurança Pública
(EaD) Alex Jorge das Neves
Mestrado em Estudos
Fronteiriços
http://lattes.cnpq.br/833
6835256084102
5) Estudos Sociais de Polícia Leon Denis da Costa Mestrado em Sociologia http://lattes.cnpq.br/606
1682489349264
6) Ciências Penais Simone Marques Rosa Mestrado em História http://lattes.cnpq.br/241
6817890767910
7) Fiscalização e Segurança no
Trânsito Clives Pereira Sanches
Especialização em
Transportes Urbanos
http://lattes.cnpq.br/399
1170280650906
8) Estudos de Violência e
Criminalidade
Jhonatha Junio Lopes
Costa
Mestrado em Tecnologia
de Processos Sustentáveis
http://lattes.cnpq.br/910
3082741770380
9) Direitos Humanos Sullyvan Garcia da Silva Mestrado em Educação http://lattes.cnpq.br/288
7155346566309
10) Gestão e Segurança Ambiental Gabriel Eliseu Silva Mestrado em Geografia http://lattes.cnpq.br/464
4867133120922
22
4 DISCIPLINAS, EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS
4.1 METODOLOGIA CIENTÍFICA APLICADA A SEGURANÇA PÚBLICA
Carga horária: 40 horas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
Grande parte da sociedade concorda que o modo de testar a validade de uma afirmação
é submete-la a exame. A aceitação de determinada afirmação depende da corrente científica e
seus supostos que a caracterizam. Muitos deles referem-se ao processo de produção do
conhecimento, à estrutura e organização da sociedade e ao papel da ciência. E, a ciência é
uma poderosa ferramenta de convicção. Existem outras como, intuição, misticismo,
autoridade; no entanto a ciência, talvez pela aparente objetividade eficiência, proporciona a
informação mais conveniente. Porém a ciência não é a “dona” da verdade; pois toda
“verdade” científica tem caráter probabilístico.
Tendo em vista os sinais que demonstram o início da ciência “Segurança Pública”, tais
como eventos científicos, patentes, programas de pós-graduação e os periódicos científicos,
todos nesta área, faz-se necessário utilizar do rigor científico para o estudo dos temas
relacionados à Segurança Pública. Tal área, é interdisciplinar e por tratar a sociedade é
aproximar-se da Ciência Social Aplicada.
Para tanto é preciso entender a produção do conhecimento neste contexto, seja para
resolver problemas, formular teorias ou testar teorias. No entanto para que tal entendimento
seja alcançado é necessário conhecer o método cientifico utilizado na área a ser pesquisada.
Compreender o exercício da escrita como elemento constitutivo da produção e
expressão do conhecimento.
Utilizar as normas científicas para apresentar trabalhos e textos acadêmicos.
Compreender os princípios de Metodologia Científica e utilizar o Manual de trabalhos
acadêmicos
Desenvolver habilidades essenciais para a percepção científica, leitura crítica e
elaboração de projetos acadêmicos.
23
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- compreender o exercício da escrita como elemento constitutivo da
produção e expressão do conhecimento;
- conhecer e correlacionar os fundamentos, os métodos e as técnicas de
análise presentes na produção do conhecimento científico em Segurança
Pública;
- identificar questões de pesquisa;
- pesquisar as áreas de Segurança Pública;
- reconhecer cada etapa para o desenvolvimento do artigo científico;
- interpretar as normas da comunicação científica;
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- incentivar a produção científica na área de Segurança Pública;
- percepção científica;
- leitura crítica;
- elaborar projetos de pesquisa em Segurança Pública;
- elaborar artigo científico.
- fortalecer atitudes para:
- desenvolver a pesquisa científica em Segurança Pública respeitando a
bioética e direitos autorais;
- aplicar o conhecimento científico com responsabilidade refletida e
consciente.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
- Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
- Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de
responsabilidade;
- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de
avaliação de risco relativos à ordem pública para a instalação ou
funcionamento de estabelecimentos públicos ou privados;
24
- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de
avaliação de risco relativos à ordem pública para a realização ou continuidade
de eventos públicos ou privados;
- Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e
infrações administrativas definidas em lei;
- Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas
específicas onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
- Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial
ofensivo, assim definidas em lei;
- Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações
administrativas de interesse policial, destinados a orientar o planejamento e a
execução de suas atribuições;
- Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a
instrumentar o exercício da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem
pública;
- Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à
Polícia Ostensiva, à ordem pública e pânico a esta pertinente;
- Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade.
d) Conteúdos
UD I - CONHECIMENTO, COMUNICAÇÃO E MÉTODO CIENTÍFICO
APLICADOS A SEGURANÇA PÚBLICA
- método científico;
- características do método científico;
- método científico na Ciências Sociais;
UD II - ROTEIRO DE UM PROJETO DE PESQUISA EM SEGURANÇA
PÚBLICA
- justificativa;
- definição do problema;
- objetivos da pesquisa;
UD III - MÉTODOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS
- métodos quantitativos;
- métodos qualitativos;
25
- critérios científicos que devem cumprir ambos os métodos;
- complementaridade de ambos os métodos;
UD IV –VARIÁVEIS
- princípios para definição de variáveis;
- tipos de variáveis;
- formas de determinar as relações entre variáveis;
UD V - ELEMENTOS DA TEORIA DA AMOSTRAGEM
- necessidade de realizar estudos por amostras;
- definições;
- tipos de amostras;
- tamanho das amostras;
UD VI - CONFIABILIDADE E VALIDADE
UD VII – QUESTIONÁRIO
- funções e características;
- construção de questionário;
UD VIII – ENTREVISTA
- tipos de entrevistas;
- formulação de perguntas;
- normas para entrevista;
UD IX - ESTUDO DE CASO
UD X – FONTES DE PESQUISA CIENTÍFICA EM SEGURANÇA PÚBLICA
- periódicos de Segurança Pública;
- biblioteca digital de Segurança Pública;
- bibliotecas especializadas em Segurança Pública.
UD XI - REDAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO
- criação de texto científico;
- a originalidade;
- redação de artigo original
- redação de artigos de revisão (tradicional, narrativa e integrativa)
- levantamento bibliográfico alinhado ao Tema;
- normas ABNT.
26
e) Instruções metodológicas
Apresentar o conteúdo teórico através de aulas expositivas dialogadas.
f) Avaliação de aprendizagem
A verificação da aprendizagem será aplicada em duas fases: produção do projeto de
pesquisa com o tema conforme as linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação e
Extensão do CAPM e que será desenvolvido no TCC. Atendendo as normas dos métodos
científicos estudados; e uma avaliação teórica (prova escrita presencial) que contemple todos
os aspectos abordados na disciplina. A cada fase será atribuída uma nota de 0 a 5,0 pontos.
g) Avaliação da aprendizagem
Verificação corrente (prova escrita presencial) ........................ 02 horas aulas;
Verificação final (avaliação do pré-projeto de pesquisa) ............................... 02 horas aulas.
h) Referências Bibliográficas
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. NBR 6022: artigo
em publicação periódica científica impressa - apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
BOOTH, Wayne C. A arte da pesquisa. São Paulo, SP: Martins Fontes.
CANO,cio. Introdução à avaliação de programas sociais. Rio de Janeiro, RJ: FGV.
CORDEIRO, Darcy. Ciência, pesquisa e trabalho científico: Uma abordagem
metodológica. Goiânia, Go: UCG.
CRUZ, Aparecida Gimenes da. Pesquisa em educação. São Paulo, SP: Pearson education.
FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre, RS: Artmed.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia cientifica. 6. ed. São Paulo: Atlas.
27
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, SP: Atlas.
MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: Procedimentos
básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório publicações e trabalhos científicos. 6. ed.
São Paulo, SP: Atlas.
POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. São Paulo, SP: Cultrix.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo, SP: Atlas.
RUIZ, Alvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo, SP:
Atlas.
SALOMON,lcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo, SP: Martins Fontes.
SEVERINO, Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, SP: Cortez.
TRIVINUS, Augusto N. S. Introdução pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa
em educação. São Paulo, SP: Atlas.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
NETO, Miranda. Pesquisa para o Planejamento: Métodos e Técnicas. Rio de Janeiro, RJ:
FGV.
i) Bibliografia complementar
TOMANIK, Eduardo Augusto. O olhar no espelho: conversas sobre pesquisa em Ciências
Sociais. 2. Ed. Maringá: UEM, 2004.
28
4.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Carga horária: 80 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
A globalização e os avanços das tecnologias da informação e da comunicação
causam a necessidade de repensar, dentre tantos outros aspectos, os processos de Segurança
Pública utilizando métodos científicos. Assim, desenvolver o problema de pesquisa elaborado
no decorrer da disciplina em Metodologia da Pesquisa Científica Aplicada a Segurança
Pública, permitirá ao operador de segurança o contato com os textos, dados, informações
entre outras fontes científicas para desenvolvimento do seu artigo. Para tal o TCC será
elaborado sob a orientação de um docente do PPGE da PMGO e apoio do Núcleo de Pesquisa
relacionado à linha e tema previamente delimitados.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- avaliar o cotidiano policial cientificamente;
- investigar soluções de demandas institucionais;
- pesquisar questões impactam a segurança pública;
- compreender a necessidade de produzir pesquisa e documentos científicos com
clareza, objetividade e concisão;
- reconhecer cada etapa para o desenvolvimento do artigo científico;
- interpretar as normas para a comunicação científica;
- compreender o problema de estudo.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- realizar pesquisa de campo;
- coletar dados de pesquisa;
- analisar dados coletados na pesquisa;
- redigir redação científica com cessão, coerência e precisão;
- elaborar artigo científico.
- fortalecer atitudes para:
- desenvolver a pesquisa científica respeitando a bioética e direitos autorais;
29
- aplicar o conhecimento científico de forma responsável, refletida e consciente.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de
responsabilidade;
– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações
administrativas de interesse policial, destinados a orientar o planejamento e a execução
de suas atribuições;
– Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a
instrumentar o exercício da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;
– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;
- Prestar ao público serviços de qualidade elevada, destinados a manter a
segurança, a paz e a ordem na comunidade, através de ações empreendedoras e
integradas junto à sociedade;
- Identificar os problemas setorizados de crime e de desordem e verificar as suas
causas, para assegurar uma intervenção rápida nos incidentes, principalmente onde há
perigo de vida;
- Ter comprometimento ético e moral para desenvolver suas ações visando
aplicação dos direitos humanos, frente às necessidades da pessoa humana, a fim de
garantir o exercício pleno da cidadania.
- Desenvolver comportamento profissional que estabeleça a confiança e o respeito
ao público, através da adoção de normas profissionais, éticas e morais, que assegurem
a imparcialidade na aplicação das leis;
- Liderar de forma plena e positiva o público interno e externo, na esfera de sua
competência, para o fiel cumprimento de suas atividades;
- Compreender os diversos assuntos humanísticos e sociais para o
desenvolvimento do auto-conhecimento de suas capacidades técnica, cognitiva,
emocional e de inter-relações com o objetivo de favorecer o desempenho de suas
atribuições na resolução dos problemas sociais de forma pacífica e na aplicação da lei
dentro dos parâmetros aceitáveis.
e) Instruções Metodológicas:
1 – ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
30
Para elaboração do TCC serão observadas as seguintes diretrizes:
a) Os alunos receberão as instruções para a elaboração do TCC por meio das aulas
de disciplina de Metodologia Científica, que informará as linhas de pesquisa existentes e
adequadas ao desenvolvimento de cada pesquisa;
b) As Linhas de Pesquisa e os Núcleos de Pesquisa disponíveis na Seção de Pós-
Graduação e Extensão serão apresentados aos alunos pelo professor de Metodologia;
c) Durante a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. O aluno receberá
suporte de referencial teórico e metodológico de um professor vinculado ao Núcleo de
Pesquisa, que poderá ser indicação do professor de Metodologia, e, caso o professor indicado
não tenha os requisitos para tal orientação, o Coordenador da Pós-Graduação apresentará
outro orientador para o aluno;
2 – ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO PELO DOCENTE E O NÚCLEO DE
PESQUISA
Para a orientação e supervisão da elaboração da pesquisa ou do Trabalho de
Conclusão de Curso devem ser observadas as seguintes diretrizes:
a) O aluno receberá a orientação de um dos professores credenciados no Programa
de Pós-Graduação e Extensão da PMGO e de um co-orientador que pode ser ou não do
programa;
b) Os requisitos da 1ª Avaliação estão especificados em Formulário. O aluno
deverá preencher o Requerimento com a anuência do Professor Orientador que encaminhará
para a Seção de Pós-Graduação e Extensão;
c) A 2ª Avaliação ou avaliação final do TCC será realizada após o depósito do
TCC em três vias impressas e uma digital, acompanhado do Formulário de Encaminhamento
Para Avaliação Final devidamente assinado pelo Orientador. A avaliação final do TCC será
feita pelo Orientador e um segundo professor, co-orientador ou não, conforme Formulário de
Avaliação de TCC;
d) as demais regras estão previstas no Regimento do CAPM e da Pós-Graduação.
f) Avaliação da aprendizagem
1ª Verificação: Conforme o Formulário da 1ª Avaliação;
2ª Verificação ou Verificação Final: Conforme o Formulário da 2ª Avaliação.
g) Referências Bibliográficas
31
BOOTH, Wayne C. A arte da pesquisa. São Paulo, SP: Martins Fontes.
CANO,cio. Introdução à avaliação de programas sociais. Rio de Janeiro, RJ: FGV.
CORDEIRO, Darcy. Ciência, pesquisa e trabalho científico: Uma abordagem
metodológica. Goiânia, Go: UCG.
CRUZ, Aparecida Gimenes da. Pesquisa em educação. São Paulo, SP: Pearson education.
FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre, RS: Artmed.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas.
GOIÁS. POLÍCIA MILITAR. Regimento de Ensino da Polícia Militar de Goiás. Goiânia,
31 de maio de 2017.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia cientifica. 6. ed. São Paulo: Atlas.
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, SP: Atlas.
POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. São Paulo, SP: Cultrix.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo, SP: Atlas.
RUIZ,o Alvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo, SP:
Atlas.
SALOMON,lcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo, SP: Martins Fontes.
SEVERINO, Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, SP: Cortez.
TRIVINUS, Augusto N. S. Introdução pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa
em educação. São Paulo, SP: Atlas.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
32
4.3 SAÚDE E SEGURANÇA PÚBLICA
Carga horária: 30 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
O tema saúde do profissional de segurança pública vem ocupando lugar de destaque
no planejamento operacional e estratégico destas organizações. As peculiaridades das funções
e as características vinculadas ao “perigo” do ponto de vista da saúde física e psíquica são
fatores preponderantes para se estabelecer uma política voltada a prevenção.
No contexto diário de risco, pode ser observado ainda, disposições desfavoráveis ao
desempenho das funções inerentes a estes profissionais, em especial quando observamos um
país carente de uma revisão objetiva da legislação penal e processual penal que, em uma
lógica de convivência em sociedade, deve favorecer a manutenção da ordem pública e não
fomentar a insegurança social.
A importância de adequadas condições de trabalho aos profissionais de segurança
pública, tanto no âmbito social quanto institucional, devem perpassar pela seleção, formação
(elevar os níveis de escolaridade dos policiais, investir em formação e em ciência), plano de
carreira, estrutura física das instalações (ambientes limpos, ventilados e móveis ergonômicos),
equipamentos adequados a demandas das atividades e programas de assistência que primem
pela qualidade de vida pessoal e profissional.
b) Objetivos gerais da disciplina
- Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar os principais aspectos relacionados às condições físicas do trabalho
realizado na segurança pública;
- compreender a relação existente entre as condições de trabalho e as principais doenças
profissionais;
- enumerar as doenças do trabalho encontradas mais comumente entre os profissionais
de segurança pública;
- Conceituar qualidade de vida e conhecer os fatores que nela interferem.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
33
- identificar as características especiais das atividades desenvolvidas na segurança
pública, que trazem consequências físicas e psicológicas;
- reconhecer os indicadores físicos e mentais das doenças que podem ser adquiridas no
exercício de profissões com atividades estressantes;
- utilizar procedimentos e técnicas que tornem o ambiente de trabalho mais saudável;
- aplicar ações que possam auxiliar na prevenção e na profilaxia dos estados patológicos
mais comuns.
- fortalecer atitudes para:
- priorizar o cuidado com as saúdes física e mental, como forma de prevenção de
algumas patologias que possam ser adquiridas no percurso profissional;
- desenvolver ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida dos profissionais da
área de segurança pública.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
- Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
- Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a
prevenir ou neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem
pública;
- Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de
responsabilidade;
- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação
de risco relativos à ordem pública para a instalação ou funcionamento de
estabelecimentos públicos ou privados;
- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação
de risco relativos à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos
públicos ou privados;
- Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações
administrativas definidas em lei;
- Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas
específicas onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
- Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas
específicas onde ocorra a perturbação da ordem pública;
- Executar o policiamento ostensivo ambiental;
34
- Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo,
assim definidas em lei;
- Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações
administrativas de interesse policial, destinados a orientar o planejamento e a
execução de suas atribuições;
- Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a
instrumentar o exercício da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;
- Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às
necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;
- Executar o cumprimento das ordens judiciais.
d) Conteúdos
UD I – MEDICINA
- Medicina Preventiva e Educação em Saúde
- Educação em saúde
- Emergências Médicas
UD II- NUTRIÇÃO
- Princípios da alimentação e nutrição
- A escolha dos alimentos
- Dez passos para uma alimentação adequada e saudável
- Hidratação
- Avaliação antropométrica
UD III - ODONTOLOGIA
- Princípios de higiene oral
- Doenças bucais mais prevalentes
- Urgências odontológicas
- Traumatismo dentário
UD IV – ATIVIDADE FÍSICA
- Educação Física Militar
- Saúde
- Atividade Física, Exercício Físico, Aptidão Física E Seus Benefícios
- Orientações sobre a Legislação PM (Portaria 042/2008-PM/1)
UD V – PSICOLOGIA
- Síndrome de Burnout
35
- Transtorno de estresse pós-traumático
- Dependência química
- Suicídio
- Conceitos e princípios em saúde mental
- Estresse e estratégias de enfrentamento
UD VI– SAÚDE DO TRABALHADOR DE SEGURANÇA PÚBLICA
- Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho
- Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT)
- Política De Segurança E Saúde No Trabalho Dos Servidores Públicos Do Poder
Executivo E Dá Outras Providências.
- Serviço Especializado Em Engenharia De Segurança E Medicina Do Trabalho E Dá
Outras Providências
- Comissão Interna De Prevenção De Acidentes
- Procedimento Operacional De Segurança
- Normas Para Inspeções De Saúde Na Polícia Militar Do Estado De Goiás.
- Ambiente Trabalho E Saúde
- Qualidade De Vida No Trabalho
e) Instruções metodológicas
Conteúdo apresentado pela plataforma de Ensino da Distância na qual o discente
deverá efetivar a leitura do material apresentado em módulos, realizar as atividades previstas
no plano de tutoria, incluindo a avaliação via sistema que exige aproveitamento mínimo de
70%, a fim de validar a aplicação da prova escrita presencial referente ao conteúdo
ministrado.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial) ........................ 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
36
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4.4 PROCESSO PENAL APLICADO A SEGURANÇA PÚBLICA
Carga horária: 30 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
Direito Processual é o “conjunto de princípios e normas que regulam a aplicação
jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária, e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e respectivos auxiliares”.
Constitui-se em ciência autônoma no campo da dogmática jurídica, uma vez que tem
objeto e princípios que lhe são próprios.
O Processo Penal tem como característica ser um instrumento para a realização do
Direito Material.
Tendo assim duas finalidades presentes: a) mediata ou indireta: se confunde com a
própria finalidade do Direito Penal, que é a manutenção da paz social, ou ainda, atingir a
resolução do conflito; b) imediata ou direta: realizabilidade da pretensão punitiva derivada de
um delito, através da utilização da garantia jurisdicional. É a efetiva aplicação da lei penal, ou
seja, da pena.
O Direito processual penal brasileiro é regulado por inúmeras normas jurídicas, sendo
os mais importantes a CF/88 e o Código de Processo Penal, que dita as regras-base e os
princípios gerais de todo o Direito processual penal.
O processo penal é instrumento da jurisdição penal. A Constituição da República
Federativa do Brasil afirma que "ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal" (art. 5º, LIV). Por meio do processo, verifica-se se a ação ou omissão
que estão abstratamente descritas na lei penal como proibidas (tipo penal) ocorreram, se sim
se houve uma justificação, ou uma exculpante.
Um dos objetivos é a aplicação de pena aos culpados, absolvição dos inocentes e/ou
aplicação de medidas de segurança aos autores de injustos penais (típicos e ilícitos) não
imputáveis e perigosos, até que cesse sua periculosidade.
42
O processo procura a verdade real, e o faz mediante constante atividade das partes, que
se manifestam e produzem provas. O processo penal, no século XXI, em países de regime
democrático, tem a característica do contraditório ou bilateralidade da audiência (informação
necessária ao réu e possibilidade da reação possível), ou seja, inicia-se por acusação formal
que descreve o fato criminoso e suas circunstâncias, imputando conduta criminosa a certa
pessoa, chamada a dar sua versão e produzir defesa. Sem a ampla defesa, não há devido
processo legal, princípio fundamental do processo.
E é neste contexto jurídico, no qual a lei passa a ser foco norteador de todas as ações
processuais, fazendo com que quem passe a exercer a atividade policial tenha que ter contado
com toda a estruturaçao processual, para melhor nortear suas acões em meio a sociedade.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- compreender o que vem a ser o Auto de Prisão em Flagrante, Inquérito Policial, Ação
Penal, as Provas no Processo Penal e as Prisões Provisórias.
- compreender as normas legais que regem o processo penal brasileiro.
- Entender as principais reformas no Sistema processual brasileiro e suas implicações no
serviço policial.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- aplicar as normas legais que regem o processo penal brasileiro;
- lavrar o Termo Circunstanciado de Ocorrências - TCO.
- fortalecer atitudes para:
- pautar sua conduta militar dentro dos padrões da ética e legalidade.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim
definidas em lei;
– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às
necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;
– Executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;
– Executar o cumprimento das ordens judiciais;
– Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade.
43
d) Conteúdos
UD I - Direito Processual Penal
- Conceito, Evolução histórica, princípios e fontes
- A lei processual no tempo e no espaço
- Persecução Penal
a. Notícia do crime
b. Conceito
c. Classificação
d. Formas de apresentação
- Poder de Polícia e investigação policial
- Jus Puniendi, Jus Libertatis, Lide Penal, Jus Persequendi
- Fases da Persecução Penal: Investigação (Inquérito Policial e Ação Penal)
UD II - Inquérito Policial
- Inquérito Policial I - Parte teórica
a. Conceito
b. Finalidade
c. Inquisitoriedade
d. Natureza
e. Valor probatório
f. Nulidade
g. Desnecessidade
h. Indiciado
i. Devolução
j. Arquivamento
k Reabertura
l. Prazos
m. Incomunicabilidade
n. Sigilo
o. Indeferimento
p. Relatório
- Inquérito Policial II - Parte prática
a. Forma de instauração
b. Meios de provas ou indícios carreados para os autos
c. Auto de prisão em flagrante
d. Portaria e os despachos ordenatórios.
44
- Ação Penal
a. Pública
b. Privada
UD III - Juizados Especiais Cíveis e Criminais
- Dos Juizados Especiais Cíveis;
- Dos Juizados Especiais Criminais
a) Da Competência e dos Atos Processuais;
b) Da Fase Preliminar;
c) Do Procedimento Sumaríssimo;
d) Da Execução;
e) Das Despesas Processuais;
f) Disposições Finais.
UD IV – Prisões Provisórias
- Prisão em flagrante;
a) Espécies;
b) Sujeitos;
c) Prisão em flagrante por apresentação espontânea;
d) Audiência de custódia.
- Prisão temporária.
- Prisão preventiva.
- Liberdade provisória.
- Inovações da nova lei de prisões (12.403/11).
e) Instruções metodológicas
Trabalhar os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica do
conhecimento produzido, visando à compreensão do Direito Processual Penal através de aulas
expositivas e estudo de textos pertinentes ao tema.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
45
ARAÚJO, Bruna Conceição Ximenes de. A “audiência de custódia” na República Federativa do
Brasil. Teresina: Teresina, 17 fev. 2017. Mensal. Revista Jus Navigandi. Disponível em:
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Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>.
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BRASIL. Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Decreto. Rio de Janeiro, Código de Processo
Penal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>.
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BRASIL. Presidência da República Casa Civil. Constituição da República Federativa do
Brasil nº 91. Brasília, DF de 2016. Casa Civil. Brasília. Disponível em:
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BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Decreto. Brasília,
DF, Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Disponível em:
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BRASIL. Lei nº 12.403, de 4 de maio de 2011. Decreto. Da Prisão, das Medidas Cautelares
e da Liberdade Provisória. Brasília, DF, Disponível em:
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BRASIL. Lei nº 7210, de 11 de julho de 1984. Do Objeto e da Aplicação da Lei de
Execução Penal. Brasília, DF, Disponível em:
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BRASIL. Lei. nº 7.960 nº Brasília, DF, Disponível em:
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46
BRASIL. Lei. nº 11719 Brasília , DF, Disponível em:
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BRITO, Alexis Couto de, FABRETTI, Humberto Barrionuevo, LIMA, Marco Antônio
Ferreira. Processo Penal Brasileiro, 3º ed., São Paulo, Atlas, 2015.
CAPEZ, Fernando, OLNAGO, Rodrigo Henrique. Código de Processo Penal Comentado.
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BRASIL. CNJ. Levantamento dos presos provisórios do país e plano de ação dos tribunais.
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JÚNIOR, Aury Lopes. Direito Processual Penal. 12ª ed. São Paulo. Saraiva, 2015.
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OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 17ª ed. rev. e ampl. São Paulo.
Atlas, 2013.
47
4.5 SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA
Carga horária: 30 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
O Sistema de Segurança Pública brasileiro exige uma visão sistêmica das organizações
que tratam das questões da criminalidade e violência, especialmente quando analisamos a
estrutura pública vinculada em suas instâncias federal, estadual e municipal.
Este sistema é composto por uma estrutura interligada de instituições, com certo nível
de autonomia, que possuem suas competências definidas e estrutadas pelo Direito
Constitucional e Administrativo.
Considera-se a Magna Carta o documento que esboçou o que posteriormente seria
chamado de constituição. Foi assinada pelo Príncipe João Sem-Terra face à pressão dos
barões da Inglaterra medieval, e apesar da notícia histórica de que os únicos que se
beneficiaram com tal direito foram os barões ingleses, o documento não perde a posição de
elemento central na história do constitucionalismo ocidental.
A partir da moderna doutrina constitucionalista, a interpretação dada à Magna Carta
sofre um processo de mutação, denominado mutação constitucional, de onde novos
personagens ocupam, as posições originalmente ocupadas pelos participantes daquele contrato
feudal, de maneira que as prerrogativas e direitos que foram concedidos aos barões passam a
ser devidos aos cidadãos, e os deveres e limitações impostos ao Príncipe João Sem Terra
passam a limitar o poder do Estado.
Contudo, foi a partir das "Revoluções Liberais" (Revolução Francesa, Revolução
Americana e Revolução Industrial) que surgiu o ideário constitucional, no qual seria
necessário, para evitar abusos dos soberanos em relação aos súditos, que existisse um
48
documento onde se fixasse a estrutura do Estado, e a conseqüente limitação dos poderes do
Estado em relação ao povo.
Com o passar do tempo, em especial com as teorias elaboradas por Hans Kelsen,
grande jurista da Escola Austríaca da primeira metade do Século XX, passou-se a considerar a
Constituição, não como apenas uma lei limitadora e organizativa, mas como a própria fonte
de eficácia de todas as leis de um Estado.
No Brasil com o advento da Constituição de 1988, instaura-se em nosso país, um novo
período de nossa História, etapa esta que é marcada por um Estado Democrático de Direito.
Estado este em que as garantias individuais e coletivas são levadas a um primeiro plano, onde
as ações e políticas públicas sofrem influência direta do Direito Constitucional. Neste
contexto é imperioso que quem adentre ao serviço público tenha total consciência de todo este
ordenamento jurídico, sabendo movimentar-se e atuar, em uma estrutura jurídica, criada e
mantida pela Constituição da República Federativa do Brasil. Assim as diversas Instituições
de Segurança Pública existentes se consolidam através de suas competências legais instituídas
pelas normas brasileiras vigentes. Vale ressaltar que os conhecimentos específicos e
aprofundados de cada ramo do direito se direcionam para o cotidiano destas instituições que
compõem o sistema de segurança pública.
Neste contexto a administração está subordinada ao Direito. É assim em todo o mundo
democrático, a Administração aparece vinculada pelo Direito, sujeita as normas jurídicas
obrigatórias e públicas, que têm como destinatários tanto os próprios órgãos e agentes da
administração como os particulares, os cidadãos em geral. É o regime da legalidade
democrática.
Tal regime, na sua configuração atual, resulta historicamente dos princípios da
Revolução Francesa, sendo este o ponto marcante do nascimento e do desenvolvimento
histórico do Direito Administrativo. Numa dupla perspectiva: por um lado, ele é uma
consequência do princípio da separação de poderes; por outro lado, a sua existência decorre
da lei, como expressão da vontade geral, donde decorre o caráter subordinativo da
Administração Pública à lei.
Sendo assim, vemos que o Direito Administrativo é o ramo de Direito Público
constituído pelo sistema de normas jurídicas que regulam a organização, o funcionamento e o
controle da Administração Pública e as relações que esta, no exercício da atividade
administrativa de gestão pública, estabelece com outros sujeitos de Direito.
A característica mais peculiar do Direito Administrativo é a procura de permanente
harmonização entre as exigências da ação administrativa e as exigências de garantia dos
particulares.
49
Desta forma, com a vigência do atual Estado Democrático de Direito, pedra
fundamental de nosso ordenamento jurídico, o qual foi preconizado em nossa Constituição,
incuti na administração pública e em seus administrados a necessidade de atuar em
conformidade aos princípios da Legalidade, Moralidade, Impessoalidade, Publicidade e
Eficiência, fatores estes que tornam imprescindível, a quem ingressa no serviço público,
aplicar de forma direta e correta o Direito Administrativo, buscando com isto uma atitude
regular frente ao Estado.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- conhecer o organograma e funcionamento das polícias bem como o funcionamento
da justiça;
- identificar a importância da sua organização no âmbito do sistema de segurança
pública;
- identificar a Constituição Federal como fonte de direitos;
- conhecer a forma de organização do Estado brasileiro, suas competências através
dos poderes constituídos, organização e funcionamento, deveres em relação à
sociedade e direitos dos cidadãos;
- conhecer os princípios constitucionais;
- compreender a organização e funcionamento da justiça, não apenas do judiciário
como também do Ministério Público e da advocacia pública e privada;
- conhecer o conjunto de princípios que regem as atividades públicas tendentes e
realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.
- ampliar conhecimentos para:
- ter a capacidade de interagir com órgãos e integrantes do sistema judiciário,
penitenciário e de defesa social;
- atuar dentro dos princípios constitucionais;
- compreender a lógica do ordenamento jurídico constitucional, e a sua influência
nas ações da Polícia Militar;
- desenvolver, compreender e contextualizar-se dentro da administração pública.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
50
- desenvolver a cultura institucional de respeito, à estrutura constitucional vigente
com base na ética e moral, que visa o respeito à cidadania;
- reconhecer a importância da formulação de políticas públicas e da elaboração de
planejamento na área de segurança pública;
- auxiliar de maneira ética no funcionamento da estrutura administrativa da Polícia
Militar.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
- executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
- executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a prevenir
ou neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
- executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas
onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
- executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas específicas
onde ocorra a perturbação da ordem pública;
- executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além de
outras ações destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;
- executar o policiamento ostensivo ambiental;
- lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo, assim
definidas em lei;
- fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à polícia
ostensiva, à ordem pública e pânico a esta pertinente;
- executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às
necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;
- executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e presos;
- executar o cumprimento das ordens judiciais;
d) Conteúdos
UD I – Sistemas, Instituições e Gestão Integrada em Segurança Pública
- Sistema de segurança pública no Brasil;
- Panorama e Planos Nacionais e Estadual de Segurança Pública;
- Atribuições das instituições de segurança pública;
- Controle interno e externo das instituições de segurança pública;
51
- Conceitos de circunscrição, região e área de abrangência de outras instituições;
- Relação entre o sistema de justiça criminal no Brasil e em Goiás e seus respectivos
subsistemas policial, de justiça criminal e de execução penal;
- O sistema de segurança pública e defesa social estadual e organograma da corporação.
- Estruturas de governança e integração das instituições de segurança pública no Brasil e
em Goiás.
UD II – Introdução ao Direito Constitucional
- O conceito do direito Constitucional e sua relação com as demais disciplinas jurídicas
UD III – Divisão, Organização e Funcionamento dos Poderes
- O Poder Legislativo e seus Órgãos
- Atribuições do Poder Legislativo
- Inviolabilidade de Imunidade dos Parlamentares
- O Poder Executivo
- Atribuições do Poder Executivo
- O Poder Judiciário
- A Justiça Militar
- O Ministério Público
- Panorama geral sobre a Advocacia
UD IV - A Constituição do Brasil
- Fundamentos da Constituição Federal de 1988: Os direitos fundamentais
- Instrumentos e garantia dos direitos fundamentais; Mandado de Segurança, “Hábeas
Data” e “Hábeas Corpus”
- Organização dos Estados, Distrito Federal e Territórios e Municípios
- A Intervenção Federal e Estadual
- A Segurança Pública (Polícias Militares, Civil e Federal)
- O Estado de Emergência e o Estado de Sítio
UD V - Do Direito Administrativo e Atos Administrativos
- Conceito
- Poderes administrativos e Poderes Políticos
- Poderes e deveres do administrador público
- Uso e abuso do poder
52
- Conceitos gerais sobre os atos administrativos
UD VI - Dos Serviços Públicos
- Conceito e classificação
- Formas e meios de prestação do serviço
UD VII - Servidores Públicos
- Conceitos gerais
- Deveres e direitos dos servidores
- Responsabilidades
- Servidores Públicos Militares
e) Instruções metodológicas
Conteúdo apresentado pela plataforma de Ensino da Distância na qual o discente
deverá efetivar a leitura do material apresentado em módulos, realizar as atividades previstas
no plano de tutoria, incluindo a avaliação via sistema que exige aproveitamento mínimo de
70%, a fim de validar a aplicação da prova escrita presencial referente ao conteúdo
ministrado.
Trabalhar os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica do
conhecimento produzido, visando à compreensão do Sistema de Segurança Pública brasileiro
e suas fundamentações legais vinculadas ao Direito Constitucional e Administrativo através
de aulas expositivas e estudo de textos pertinentes ao tema.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação única (prova escrita presencial) ........................ 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 30.ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
BRANDÃO, Adelino. Direito racial brasileiro: teoria e prática. São Paulo, 2002 / Juarez de
Oliveira.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Constituicao/Constituicao.htm >.
53
BRASIL. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Gabinetes de gestão integrada em
segurança pública: coletânea 2003 – 2009 / Secretaria Nacional de Segurança Pública;
elaboração: Wilquerson Felizardo Sandes, João Bosco Rodrigues, Eraldo Marques Viegas. –
Brasília: Secretaria Nacional de Segurança Pública, 2009.
BRASIL. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Arquitetura Institucional do Sistema
Único de Segurança Pública. SENASP-MJ, 2004.
CUNHA, Sérgio Sérvulo da. Princípios constitucionais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
DI PIETRO, Marie Sylvia Zanella. Direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2001.
FABRETTI, Humberto Barrionuevo. Segurança Pública: fundamentos jurídicos para uma
abordagem constitucional. Atlas. 2013.
GARCIA, Emerson. Discricionariedade administrativa. Lumen Juris. 2. ed. Belo
Horizonte: Arraes, 2013.
GOIÁS. Constituição (1989). Disponível em: <http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/
constituicoes/constituicao_1988.htm >.
GOMES, Fábio Bellote. Elementos de direito administrativo. Saraiva. 2014.
KUMPEL, Vitor Frederico. Teoria geral do direito. Saraiva. 2009. (Coleção os 10 +)
LENZA, Pedro. Direito constitucional. Saraiva. 2015.
MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo. 5. ed. SARAIVA. 2015.
SCATOLINO, Gustavo. Direito administrativo objetivo: teoria e questões. Alumnus. 2015.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 23. ed. São Paulo:
Malheiros, 2004. 900 p.
VITTA, Heraldo Garcia. Soberania do Estado e poder de polícia. Malheiros. 2011.
(Coleção temas de direito administrativo)
54
4.6 ESTUDOS SOCIAIS DE POLÍCIA
Carga horária: 30 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
“Estudos Sociais de Polícia” é uma disciplina constituída de conteúdos essenciais
aos policiais militares para compreender a complexidade do exercício da função policial e
para a compreensão histórica, política e sociológica da instituição policial. A compreensão da
essência da concepção de polícia e das teorias de policiamento, bem como de suas outras
dimensões, tais como a profissão, a função policial, a cultura policial, o trabalho policial, a
formação policial, as mistificações e representações sobre a polícia entre outros aspectos e
dimensões são fundamentais para aprofundar no conhecimento teórico e prático do fazer
policial a fim de capacitar para o exercício legítimo da atividade policial em uma sociedade
democrática.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- compreender o trabalho, a cultura e a prática policial;
- identificar e analisar a vasta legislação ambiental na esfera federal, no Estado de
Goiás e seus municipais.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- atuar conscientemente no exercício da atividade policial e compreender as
relações entre a polícia e a comunidade a que ela serve;
- fortalecer atitudes para:
55
- demonstrar conhecimento da prática profissional e do seu papel enquanto
policial perante a sociedade.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a
prevenir ou neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de
responsabilidade;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de
avaliação de risco relativos à ordem pública para a instalação ou funcionamento de
estabelecimentos públicos ou privados;
– Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de
avaliação de risco relativos à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos
públicos ou privados;
– Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações
administrativas definidas em lei;
– Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas
específicas onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
– Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas
específicas onde ocorra a perturbação da ordem pública;
– Executar o policiamento ostensivo ambiental;
– Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo,
assim definida em lei;
– Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações
administrativas de interesse policial, destinados a orientar o planejamento e a execução de
suas atribuições;
– Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a
instrumentar o exercício da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;
– Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às
necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;
– Executar o cumprimento das ordens judiciais;
– Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.
56
d) Conteúdos
UD I – Concepções teóricas de polícia e policiamento
- Criando uma teoria de policiamento;
- Sociologia da força pública;
- As dimensões da polícia;
- Uma teoria da polícia;
UD II – Função e trabalho policial
- O trabalho policial;
- A função policial;
- As funções da polícia na sociedade moderna;
UD III – Cultura e profissão policial
- A cultura policial;
- A profissão policial;
- Desmitificando a polícia – pesquisa e prática policial;
- Questões policiais emergentes;
UD IV – Policiamento: teoria e prática
- Policiamento em áreas deterioradas;
- Policiamento comunitário e orientado para a solução de problemas;
- As funções da polícia moderna;
- Avaliação do desempenho policial.
e) Instruções metodológicas
Aplicar aulas expositivas; debates em sala de aula; elaboração de relatório de leitura;
estudo de caso e produção de textos.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial)........................ 02 horas aulas.
g) Bibliografia Básica
BAYLEY, David H. Padrões de policiamento: uma análise comparativa internacional. Trad.
Renê Alexandre Belmonte. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2006.
BITTNER, Egon. Aspectos do trabalho policial. Trad. Ana Luísa Amêndola Pinheiro. São
Paulo: EDUSP, 2003.
57
BRODEUR, Jean-Paul. Como reconhecer um bom policiamento. Trad. Ana Luísa
Amêndola Pinheiro. São Paulo: EDUSP, 2003.
GOLDSTEIN, Herman. Policiando uma sociedade livre. Trad. Marcello Rollemberg,
revisão Maria Cristina P. da Cunha Marques. São Paulo: EDUSP, 2004.
TONRY, Michael; MORRIS, Norval. Policiamento moderno. Trad. Trad. Jacy Cardia
Ghirotti. 1. ed. São Paulo: EDUSP, 2003.
MONET, Jean-Claude. Polícias e sociedades na Europa. Trad. Mary Amazonas Leite de
Barros. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2006.
MONJARDET, Dominique. O que faz a polícia: sociologia da força pública. Trad. de Mary
Amazonas Leite de Barros. São Paulo: EDUSP, 2012.
REINER, Robert. A política da polícia. Trad. Jacy Cardia Ghirotti e Maria Cristina Pereira
da Cunha Marques. São Paulo: EDUSP, 2004.
h) Bibliografia Complementar
ADANG, Otto. M. J. Mantenimiento del orden público: teoría, práctica y educación del
policiamiento de los campeonatos europeos de fútbol de 2000 y 2004. Cadernos CRH,
Salvador, v. 23, n. 60, p. 475-483, set./dez. 2010.
ALTHUSSER, Louis. Sobre a reprodução. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. 2. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
BRETAS, M. L; ROSEMBERG, André. História da polícia no Brasil: balanços e
perspectivas. Topoi, v.14, n. 26, p. 162-173, jan. /jul. 2013.
BRODEUR, Jean-Paul. Por uma sociologia da força pública: considerações sobre a força
policial e militar. Cadernos CRH, Salvador, v. 17, n. 42, p.481-489, set. /dez. 2004.
58
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. A polícia: uma longa história de abusos. In: Cidade de
muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. Trad. Frank de Oliveira e Henrique
Monteiro. 3. ed. São Paulo: EDUSP, 2011.
CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da
internet. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
COSTA, Arthur Maranhão. Entre a lei e a ordem: violência e reforma nas polícias do Rio de
Janeiro e Nova York. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
DELLA PORTA, Donatella. O movimento por uma nova globalização. São Paulo: Loyola,
2007.
______. DIANI, Mario. Social Movements: and introduction. 2. ed. United Kingdom:
Blackwell Publishing, 2006.
______. HERBERT, Reiter. Policing protest: the control of mass demonstrations in western
democracies. United States of America: University of Minnesota, 1998.
DUPUIS-DERI, Francis. Black blocs. Trad. Guilherme Miranda. São Paulo: Veneta, 2014.
FERNANDES, Heloisa Rodrigues. Política e segurança.São Paulo: Alfa Ômega, 1974.
FOCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão.40. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2012.
FREUD, Sigmund. Psicologia das massas e análises do eu e outros textos (1920-1923). São
Paulo: Companhia das Letras, 2011.
GARLAND, David. A cultura do Controle: crime e ordem social na sociedade
contemporânea. Rio de Janeiro: Revan, 2008.
GOHN, Maria da Glória. Teoria dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e
contemporâneos. São Paulo: Loyola, 1997.
59
______. Manifestações de junho de 2013 no Brasil e praças dos indignados no mundo.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2014a.
______. Sociologia dos movimentos sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2014b.
GOIÁS. POLÍCIA MILITAR. Procedimento Operacional Padrão. 3. ed. PMGO, Goiânia:
2014.
GREENE, Jack R. A administração do trabalho policial. Trad. Ana Luísa Amendola
Pinheiro. São Paulo: EDUSP, 2004.
HUGGINS, Martha K. Polícia e política: relações Estados Unidos e América Latina. Trad.
Lólio Lourenço de Oliveira. São Paulo: Cortez, 1998.
LIMA, Renato Sérgio de, SILVA, Guilherme Amorim Campos da, OLIVEIRA, Priscila
Soares. Segurança pública e ordem pública: apropriação jurídica das expressões à luz da
legislação, doutrina e jurisprudência pátrios. RBSP, São Paulo v. 7, n. 1, p.58-82, fev/mar
2013.
LUDD, Ned. (Org.) Urgência das ruas: Black Block, Reclaim The Streets e os dias de ação
global.São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2002.
MUNIZ, J. O, PAES-MACHADO, E. Polícia para quem precisa de polícia: contribuições aos
estudos sobre policiamento. Cadernos CRH, Salvador, v.23, n.60, set./dez. 2010.
OLIVEIRA, Antônio. Uma polícia em uma sociedade democrática. Cadernos CRH,
Salvador, v. 18, n. 44, p.281- 298, mai. /ago. 2005.
OLIVEIRA JÚNIOR, Almir de. Uma sociologia das organizações policiais. Revista
Brasileira de Ciências Policiais. Brasília, n. 2, v. 2, p. 65-87, jul. /dez, 2011.
PAIXÃO, Luís Antônio. A Distribuição da Segurança Pública e a Organização Policial.
In: A Instituição Policial. Revista OABRJ n° 22, pp. 167-185, julho de 1985.
60
PEDROSO, Regina Célia. Estado Autoritário e Ideologia Policial. São Paulo: Associação
Editorial Humanitas: Fapesp, 2005.
PINHEIRO, Paulo Sérgio. Polícia e a crise política: o caso das polícias militares. In: DA
MATTA, Roberto, PAOLI, Maria Célia, PINHEIRO, Paulo Sérgio, BENEVIDES, Maria
Victória. A violência brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1982.
PONCIONI, Paula. O modelo policial profissional e a formação profissional do futuro policial
nas academias de polícia do estado do Rio de Janeiro. Sociedade e Estado, Brasília, n. 3, v.
20, p. 585-610, set. /dez. 2005.
PORTO, M.S.G. Sociologia da violência: do conceito as representações sociais. Brasília:
Francis, 2010.
_______. Representações sociais e violência. In: LIMA, Renato Sérgio; RATTON, José Luiz
e AZEVEDO, Rodrigo G. (Org.) Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto,
2014.
_______. Condutas Policiais e códigos de deontologia: um estudo comparativo sobre as
relações entre polícia e sociedade. Brasília, Ministério da Justiça, 2005.
_______. Polícia e Violência: representações sociais de elites policiais do Distrito Federal.
São Paulo em Perspectiva. v.18, São Paulo, p. 132-141 jan. /mar. 2004.
ROVER, Cees de. Para servir e proteger: direitos humanos e direito internacional
humanitário para forças policiais e de segurança. 4. ed. Genebra, Comitê Internacional da
Cruz Vermelha: 2005.
SAPORI, Luís Flávio. Segurança Pública no Brasil: Desafios e perspectivas. Rio de Janeiro:
FGV, 2007.
SLAKMON, Katherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs).
Novas direções na governança da justiça e da segurança pública. Brasília, DF: Ministério
da Justiça, 2006
61
SOUZA, Robson Sávio Reis. Quem comanda a segurança pública no Brasil? Belo
Horizonte, MG: Letramento, 2015.
TARROW, Sidney. O Poder em movimento: Movimentos sociais e confronto político.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
VIANA, Nildo. Os Movimentos Sociais. Curitiba, Prismas, 2016.
WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações.18. ed. São Paulo: Cultrix, 2011.
4.7 CIÊNCIAS PENAIS
Carga horária: 50 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
Através de nosso desenvolvimento histórico, o homem sempre tem estado
organizado em grupos ou sociedades. No entanto, a interação social nem sempre é harmônica,
pois nela o homem revela o seu lado instintivo: a agressividade.
Podemos afirmar que através dos tempos o homem tem aprendido a viver numa
verdadeira "societas criminis". É aí que surge o Direito Penal, com o intuito de defender a
coletividade e promover uma sociedade mais pacífica.
Se houvesse a certeza de que se respeitaria à vida, a honra, a integridade física e
os demais bens jurídicos do cidadão, não seria necessária a existência de um acervo normativo
punitivo, garantindo por um aparelho coercitivo capaz de pô-lo em prática. Não haveria,
assim, o "jus puniendi", cujo titular exclusivo é o Estado.
Por isso é que o Direito Penal tem evoluído junto com a humanidade, saindo dos
primórdios até penetrar a sociedade hodierna. Diz-se, inclusive, que "ele surge com o homem
e o acompanha através dos tempos, isso porque o crime, qual sombra sinistra, nunca dele se
afastou" (Magalhães Noronha).
Sendo assim, a gama de atividades desenvolvidas pela Polícia Militar,
especificamente no combate à criminalidade e na manutenção da ordem pública, dando
62
efetiva aplicação ao poder coercitivo do Estado, o qual é devido ao exercício do Poder
constitucional de Polícia Ostensiva, exige do militar, conhecimentos que façam frente ao
entendimento da tipificação e qualificação dos crimes que pretende reprimir.
Neste contexto, o Direito Penal, deve dar um conhecimento geral, na matéria
penal, a todos os indivíduos que adentram a corporação.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- entender a legislação penal com vistas as suas futuras atividades de execução do
policiamento ostensivo.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- identificar ações que se enquadrem na legislação penal vigente e que por isso
exijam a interferência policial;
- aplicar a legislação penal vigente no exercício de suas atividades policiais
militares.
- fortalecer atitudes para:
- pautar sua conduta policial militar dentro dos padrões da ética e legalidade.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
– executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
– executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a
prevenir ou neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem pública;
– executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas
específicas onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
– executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas
específicas onde ocorra a perturbação da ordem pública;
– executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além
de outras ações destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;
– executar o policiamento ostensivo ambiental;
– lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo,
assim definidas em lei;
– fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à polícia
ostensiva, à ordem pública e pânico a esta pertinente;
63
– executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às
necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;
– executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e
presos;
– executar o cumprimento das ordens judiciais;
e) Conteúdos
1ª PARTE – PARTE GERAL
UD I – Noções fundamentais
1) Introdução
2) Conceito e Características
3) Fontes do Direito Penal
4) Princípios do Direito Penal
5) Tempo e Lugar do Crime
6) Lei Penal no Espaço
7) Lei Penal em relação às Pessoas
8) Disposições Finais da Aplicação da Lei Penal
9) Interpretação da Lei Penal
10) Redação Jurídica
11) Sujeito Ativo e Sujeito Passivo da Infração Penal
12) Teoria do Crime
a. Fato Típico
b. Crime Impossível
c. Dolo e Crime Doloso
d. Culpa/Crime Culposo
e. Preterdolo
f. Iter Criminis (caminho do crime)
g. Forma Tentada (conatus)
h. Ilicitude
i. Culpabilidade
j. Imputabilidade Penal
k. Potencial Consciência da Ilicitude
l. Exigibilidade de Conduta Diversa
13) Das Penas
64
2ª PARTE – PARTE ESPECIAL
UD I - Crimes contra a pessoa
UD II - Contra o patrimônio
UD III - Crimes contra os costumes
UD IV - Contra a administração pública
UD V - Crimes hediondos
3ª PARTE – LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE
UD VI - Lei de tóxicos
UD VII - Lei das contravenções penais
UD VIII – Estatuto do desarmamento
UD IX – Lei Maria da Penha
e) Instruções metodológicas
Trabalhar os aspectos procedimentais e atitudinais dando ênfase na análise crítica
do conhecimento produzido, visando à compreensão do Direito Penal através de aulas
expositivas e estudo de textos pertinentes ao tema.
f) Avaliação da aprendizagem
1ª Verificação (prova escrita presencial) ............................ 02 horas aulas.
Verificação Final (prova escrita presencial) ......................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ARANHA FILHO, Adalberto Jose Queiroz Telles de Camargo. Direito penal: crimes contra a
pessoa- arts. 121-154. 3. ed. Atlas, 2009.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. Parte Especial. v.2-5. Saraiva.
2014.
BRASIL. Código penal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/Del2848.htm>.
BRASIL. Constituição (1988). Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm >.
65
CAPEZ, F. Curso de direito penal: parte especial. São Paulo: Saraiva, 2004.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: legislação penal especial. 4 vol. Saraiva. 2014.
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação Penal Especial. 24 vol. Saraiva 2007.
GRECO, Rogério. Curso de direito penal. Parte especial. v. 4. Impetus. 2015.
MARCÃO, Renato Flávio. Tóxicos: lei n. 11.343 de 23 de agosto de 2006, lei de drogas,
anotada e interpretada. 10. Ed. Saraiva, 2015.
MOLINA, Antonio García-Pablo de; GOMES, Luiz Flávio. Criminologia: uma introdução a
seus fundamentos teóricos. São Paulo: Revista dos Tribunais.
ZAFFARONI, Eugênio Raul. Em busca das penas perdidas: a perda da legitimidade do
sistema penal. Revan. 2001.
______, Eugênio Raul; PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal brasileiro:
parte geral. 8. ed. São Paulo: RT, 2009.
h) Bibliografia Complementar
BIANCHINI, Alice. Política Criminal, Direito de punir do Estado e finalidades do Direito
Penal.
FALEIROS, José Luiz de Moura. Crimes Ambientais. Disponível em:
http://www.uvb.com.br/main/posgraduacao/CienciasCriminais/AulasImpressas/CCTD_Aula0
5_Extra.pdf.
JUNQUEIRA, Gustavo Octaviano Diniz; MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. O perdão
judicial em lesão corporal e homicídio culposo. Boletim do IBCCRIM, São Paulo, n. 169,
dez. 1996.
LEAL, João José. O CTB e o homicídio culposo de trânsito – duas penas e duas medidas.
Boletim do IBCCRIM, São Paulo, n. 65, abr. 1998, p. 03-04.
66
LEAL, João José. Cruzada doutrinária contra o homicídio passional: análise do pensamento
de Leon Rabinowicz e de Nelson Hungria. Disponível em:
<http://ultimainstancia.uol.com.br/ensaios/ler_noticia.php?idNoticia=1875>.
TRAD, Fábio. A pena do homicídio privilegiado-qualificado – uma leitura garantista à luz do
princípio da proporcionalidade. Boletim do IBCCRIM, São Paulo, n. 138, maio 2004.
4.8 FISCALIZAÇÃO E SEGURANÇA NO TRÂNSITO
Carga horária: 40 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
O trânsito é um tema multidisciplinar e envolve de forma direta quatro vetores:
educação, engenharia, uso do solo e fiscalização, os quais exigem investimentos contínuos e
coerentes.
A educação de trânsito proposta no CTB visa orientar a população, desde a criança em
fase pré-escolar, até as fases compreendidas como 1º, 2º e 3º graus, instruindo a respeito dos
riscos do trânsito, às causas e consequências dos acidentes e, principalmente, sobre as atitudes
corretas frente ao tráfego de veículos. Seu objetivo maior é formar um cidadão consciente de
seus deveres e direitos, bem como comprometido, moralmente, em cumprir as normas de
trânsito. Infelizmente observamos em nossa sociedade uma séria inversão de valores, em que
os atuais condutores brasileiros se comprometem a cumprir as normas apenas quando
observam a possibilidade da imposição de penalidades oriundas da fiscalização.
A engenharia de tráfego é de fundamental importância para se dirigir com segurança.
Engenheiros, planejadores, administradores e muitos outros técnicos projetam e implantam
nas vias públicas, dispositivos de segurança do trânsito; criam normas e regras desta
67
segurança; aperfeiçoam a mecânica, a estabilidade dos veículos, a resistência a choques e
capotagens, os freios, etc., para permitir aos usuários a maior segurança possível.
O uso do solo surge como elemento primordial para a efetivação de um trânsito seguro
e digno, pois estabelece, planeja e adéqua à utilização do espaço seja ele rural ou urbano. Este
planejamento tem enfoque sobre o controle: de estacionamentos em relação à demanda de um
polo atrativo; do crescimento vertical e horizontal de uma cidade, em especial de grandes
centros urbanos; e dos comércios localizados, quanto as suas vias de acesso, tanto para
pedestres como para veículos. Sua abordagem também objetiva uma maior descentralização
dos grandes centros.
A fiscalização de trânsito tem como objetivo fiscalizar, vigiar ou zelar pelo
cumprimento da lei. É deste modo que o agente de transito exerce sua função no sentido de
fazer com que os condutores e pedestres cumpram a legislação de trânsito em vigor, coibindo
os abusos e punindo os infratores a fim de assegurar a tranquilidade e paz social. Nas
situações de emergência, os órgãos de fiscalização atuam, de modo a auxiliar e socorrer
acidentados. Em resumo a fiscalização torna-se um elemento essencial na segurança do
trânsito. Neste contexto é imprescindível que o agente de trânsito possua um profundo
conhecimento sobre a legislação de trânsito que se apresenta dinâmica, tal qual o conjunto de
deslocamentos de pessoas e veículos nas nossas vias urbanas e rurais. Contudo, o dinamismo
da legislação tem, não raras às vezes, deixado tantas autoridades públicas, como estudantes e
a comunidade, de uma forma geral, à margem do conhecimento e da aplicação dos preceitos
legais concernentes a importante matéria.
Nesta disciplina se busca apresentar ao agente de trânsito policial militar os conceitos
elementares sobre cargas perigosas, sistema nacional de trânsito, regras de circulação,
habilitação, veículos, registro, licenciamento, medidas administrativas, penalidades, infrações
e crimes de trânsito, além do procedimento operacional padrão relativo ao atendimento de
acidente de trânsito e ocorrência de veículo localizado, para que ao final ele esteja apto a
identificar e compreender as ações vinculadas ao exercício da atividade de polícia ostensiva
de trânsito.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar os aspectos que envolvem a legislação de trânsito;
- identificar as normas estabelecidas pelo Procedimento Operacional Padrão
(POP) da PMGO, quanto ao policiamento de trânsito.
68
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- desempenhar sua função conforme o Procedimento Operacional Padrão (POP)
da PMGO, atuando na fiscalização de trânsito, no controle de roubo e furto de
veículos e prevenção de acidentes.
- fortalecer atitudes para:
- exercer sua atividade operacional especializada, tendo como foco o
Procedimento Operacional Padrão (POP), através de uma conduta compatível
com a ética e os valores institucionais, visando à melhoria da imagem de nossa
Corporação;
- reconhecer a segurança no trânsito depende de um comportamento ético por
parte de todos seus usuários.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar Ostensiva:
- Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
- Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a
prevenir ou neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem
pública;
- Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de
responsabilidade;
- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação
de risco relativos à ordem pública para a instalação ou funcionamento de
estabelecimentos públicos ou privados;
- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação
de risco relativos à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos
públicos ou privados;
- Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações
administrativas definidas em lei;
- Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas
específicas onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
- Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas
específicas onde ocorra a perturbação da ordem pública;
- Executar o policiamento ostensivo de trânsito urbano e rodoviário estadual, além
de outras ações destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;
69
- Executar o policiamento ostensivo ambiental;
- Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo,
assim definidas em lei;
- Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações
administrativas de interesse policial, destinados a orientar o planejamento e a
execução de suas atribuições;
- Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e normativos atinentes à Polícia
Ostensiva, à ordem pública e pânico a esta pertinente;
- Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às
necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;
- Executar o cumprimento das ordens judiciais;
- Executar as ações voltadas para uma gestão de qualidade;
- Executar as ações de pessoal administrativas necessárias para o desempenho da
atividade fim;
- Cultuar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de
competência;
- Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.
d) Conteúdos
UD I – Cargas Perigosas
- Conceito de produtos perigosos
- Identificação de cargas perigosas: Rótulo de risco; e Painel de segurança
- Procedimentos em caso de acidente
UD II – Legislação de trânsito
- Sistema Nacional de Trânsito
- Processo Administrativo
- Regras de circulação
- Vias, velocidade e sinalização: Sonora e Horizontal
- Documentação do condutor
- Documentação e identificação do veículo
- Penalidades
- Medidas Administrativas
- Infrações e crimes de trânsito
- Preenchimento do auto de infração
70
UD III – Procedimento Operacional Padrão
- Atendimento de ocorrência de acidente de trânsito
e) Instruções metodológicas
- Apresentar o conteúdo teórico através de aulas expositivas.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação corrente (prova escrita presencial) ........................ 02 horas aulas;
Verificação final (prova escrita presencial) ............................... 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ABIQUIM. Manual para atendimento de emergências com produtos.
BEM, Leonardo Shimitt de. Direito penal de trânsito. 3. ed. ampl. atual. e rev. Saraiva.
2015.
CRISTO, Fábio de. Psicologia e trânsito: reflexões para pais, educadores e futuros
condutores. Casa do Psicólogo. 2013.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3. ed. rev. e amp.
Goiânia: PMGO, 2014.
GOMES, Ordeli Savedra. Código de trânsito brasileiro comentado e legislação
complementar. Jurua. 2015.
JESUS, Damasio E. De. Crimes de trânsito. Saraiva. 2014.
KLEINUBING, Rodrigo; Negrine Neto, Osvaldo. Dinâmica dos acidentes de trânsito:
análises, reconstruções e prevenção. Millennium. 2012.
LEITE DE ALMEIDA, Lino. Manual de perícias em acidentes de trânsito. Millennium.
2015.
71
MARCÃO, Renato. Crimes de trânsito: anotações e interpretação jurisprudencial da
parte criminal da Lei 9.503, de 23-9-1997. 5. ed. rev., ampl. e atual. de acordo com a Lei n.
12.971/2014.
MARTINS, Sidney. Multas de trânsito: defesa prévia e processo punitivo. Juruá. 2010.
NETO, Osvaldo Negrini; KLEINÜBING, Rodrigo. Dinâmica dos acidentes de trânsito:
análises, reconstruções e prevenção. 4. ed. Campinas, SP: Millennium Editora, 2012.
4.9 ESTUDOS DE VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
Carga horária: 30 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
A temática da disciplina possui fundamental importância para a formação do
profissional de segurança pública, pois abrange o estudo crítico e reflexivo dos fenômenos da
violência, do crime e do controle social, fomentando o debate acerca da complexidade do
cenário social, possibilitando o desenvolvimento de habilidades necessárias para o
enfrentamento de questões da sociedade contemplando as estruturas de segurança pública a
fim de contribuir para o ajustamento das políticas públicas de segurança ao axioma
constitucional vigente.
Uma das vertentes que possibilita tal compreensão é o estudo da Criminologia,
pois esta é uma ferramenta interdisciplinar que trabalha com a biologia, medicina, direito,
sociologia, psicologia, em busca de explicações do fato delituoso, tendo como objetos, o
crime, o criminoso, o controle social e a vítima.
Nesse contexto, a análise criminal se apresenta como importante instrumento de
captação de dados e construção da informação que balizarão as políticas pública de segurança.
72
Entretanto se faz mister a consolidação de uma perspectiva crítica capaz de elucidar a
natureza das estatísticas e das interpretações oficialmente fornecidas.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o profissional da área de Segurança Pública possa:
- Ampliar conhecimentos para:
- Compreender as teorias que envolvem o criminoso, o crime e a vítima e a sua
aplicação no processo de análise criminal;
- Interpretar os dados e fatores que influenciam a criminalidade e violência
contemporâneas;
- Analisar criticamente as informações geradas pela análise criminal.
- Desenvolver e exercitar habilidades para:
- Interpretar dados que subsidiem a tomada de decisão inerente à atividade
policial;
- Avaliar os sistemas de controle social e as políticas públicas de segurança.
- Posicionar-se demonstrando conhecimento teórico acerca das formas de
violência e criminalidade, durante o atendimento de ocorrências policiais.
- Fortalecer atitudes para:
- Valorizar uma prática profissional voltada para as balizas constitucionais de
respeito aos direitos e garantias fundamentais;
- Identificar o agente de segurança pública como elemento do controle social
com potencial para contribuir no cenário social.
b) Conteúdo Programático:
UD I – VIOLÊNCIA, CRIME E SEGURANÇA PÚBLICA
- tipologia da violência e do crime;
- Condição humana: agressividade, violência e crime;
- A mídia como fomentadora de criminalidade violenta;
- Violência Policial.
UD II – ESTUDO DA CRIMINOLOGIA COMO FUNDAMENTO PARA A
COMPREENSÃO DOS FENÔMENOS DA VIOLÊNCIA E DA CRIMINALIDADE
- Escola Clássica e Escola Positivista
- Escolas sociológicas do crime (Escola de Chicago – Ecologia criminal)
- Teorias criminológicas: Anomia e Associação diferencial
73
UD III – ANÁLISE CRIMINAL
- Perspectiva crítica da produção estatística da segurança pública;
- Análise Criminal no Brasil e em Goiás;
- Fontes de dados para Análise Criminal;
- Mapeamento Criminal
c) Instruções metodológicas
Aplicar aulas expositivas; debates em grupo; elaboração de relatório de leitura; estudo
de caso e produção de textos.
d) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial) ........................ 02 horas aulas.
e) Referência Básica
BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do Direito Penal: introdução à
Sociologia do Direito. Rio de Janeiro: Revan, 1997.
CANO, Ignacio. Violência letal, renda e desigualdade no Brasil. Rio de Janeiro: 7 Letras,
2007.
COSTA, Arthur Trindade Maranhão. Entre a lei e a ordem: violência e reforma nas
polícias do Rio de Janeiro e Nova York. Rio de Janeiro, 2004.
Crime, polícia e justiça no Brasil. Organização de Renato Sérgio de Lima, José Luiz Ratton
e Rodrigo Ghringhelli de Azevedo. São Paulo: Contexto, 2014
DANTAS, G. F. de L., SOUZA, N. G.. As bases introdutórias da Análise Criminal na
Inteligência Policial. Brasília: Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), 2004.
José Luiz Ratton (org.). Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014.
LIMA, Renato Sérgio de (org.). Segurança pública e violência: o Estado está cumprindo
seu papel? São Paulo, 2014.
74
MORIN, Edgar; BAUDRILLARD, Jean. A violência do mundo. Lisboa: Instituto Piaget,
2007;
OLIVEIRA, Dijaci David de (coord). Violência policial: tolerância zero? UFG, Goiânia,
2001.
OLIVEIRA, Nilson (org). Insegurança Pública: Reflexões sobre a Criminalidade e a
Violência Urbana. São Paulo, SP: Ed. Nova Alexandria, 2002.
SHECAIRA, Sergio Salomão. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2014.
ZAFFARONI, Eugenio Rául. A questão criminal. Rio de Janeiro: Revan. 2015.
f) Referência Complementar
Beato, Cláudio. Fontes de Dados Policiais em Estudos Criminológicos: Limites e Potenciais.
In: Fórum de Debates - criminalidade, violência e segurança pública no Brasil: uma
discussão sobre as bases de dados e questões metodológicas, 1° Encontro: Conceituação do
Sistema de Justiça Criminal, Crime e Relato I: As bases de dados policiais. Diretoria de
Estudos Sociais - IPEA e CESec, Universidade Cândido Mendes, 2000.
CERQUEIRA, Daniel. Atlas da Violência 2017. Disponível em:<
http://www.ipea.gov.br/portal/images/170602_atlas_da_violencia_2017.pdf>. Acesso em 05
de jul. de 2017.
CLARKE, Ronald Victor. Situational Crime Prevention, In: Environmental Criminology
and Crime Analysis. Portland: Willian Publishing, 2008.
FERREIRA, H., FONTOURA, N. de O.; Sistema de Justiça Criminal no Brasil: Quadro
Institucional e um diagnóstico de sua atuação. Brasília: SENASP/MJ, 2008.
FURTADO, Vasco. Tecnologia e Gestão da Informação na Segurança Pública. Local: Rio
de Janeiro: Garamond, 2002.
GOIÁS. Secretaria de Estado da Segurança Pública e Justiça. Manual de Interpretação
Estatística. Goiânia, 2010.
75
MALCOM, J. L. Violência e Armas: a experiência inglesa. Vide Editorial. 2011.
MICHEL, M.; WERNECK, A. Conflitos de (grande) interesse: estudos sobre crimes,
violências e outras disputas conflituosas. Garamond. 2012.
ODALIA, Nilo. O que é violência. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. SOS criminologia. Saraiva. 2010. V. 38 SANCTIS,
Fausto Martin de. Responsabilidade penal das corporações e criminalidade moderna.
Saraiva. 2014.
POSTERLI, Renato. Temas de criminologia. Belo Horizonte: Del Rey, 2001.
POSTERLI, Renato. Violência Urbana. Belo Horizonte: Inédita, 2000.
RAMOS, Silvia. Mídia e violência o desafio brasileiro na cobertura sobre violência,
criminalidade e segurança pública. , , p. , 2009.
RAUTER, Cristina. Criminologia e subjetividade no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 2003.
SENTO-SÉ, João Trajano (org.). Prevenção da violência: o papel das cidades. Rio de
Janeiro, 2005.
ZIZEK, Slavoj. Violência: seis reflexões laterais. São Paulo: Boitempo, 2014.
WESTPHAL,cia Faria. Violência e juventude. São Paulo, SP: Hucitec, 2010.
WIEVIORKA, Michel. O novo paradigma da violência. Tempo Social; Rev. Sociol. USP,
S. Paulo, 9(1): 5-41, maio de 1997.
ADORNO, Sérgio. Monopólio estatal da violência na sociedade brasileira contemporânea. O
que ler na ciência social brasileira, v. 2002, p. 267-307, 1970.
http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/02/34bbcf74ba03ae8937993b54b50f2739.
76
Luís Antonio Machado da Silva Criminalidade violenta: por uma nova perspectiva de
análise. Dossiê cidadania e violência revista de sociologia e política Nº 13: 115-124 NOV.
1999. http://www.scielo.br/pdf/rsocp/n13/a09n13.pdf
MESQUITA NETO, Paulo de. Violência policial no Brasil: abordagens teóricas e práticas de
controle. In: PANDOLFI, Dulce Chaves et al.(org.). Cidadania, justiça e violência. Rio
Janeiro: Editora Getúlio Vargas, 1999, p.129-148. -
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000142&pid=S1517-
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ZALUAR, Alba. Oito temas para debate: violência e segurança pública. Sociologia,
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http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-
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SILVA, Luiz Antonio Machado da. Sociabilidade violenta: por uma interpretação da
criminalidade contemporânea no Brasil urbano. Soc. estado. [online]. 2004, vol.19, n.1,
pp.53-84. ISSN 0102-6992. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69922004000100004.
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WIEVIORKA, Michel. Violência hoje. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 11, supl.
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http://dx.doi.org/10.1590/S0103-20701997000100002.
77
4.10 DIREITOS HUMANOS
Carga horária: 40 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
O Estado, enquanto Instituição surgiu numa concepção em que o ser humano abriu
mão de certa parcela de seus direitos, mormente de sua liberdade, atribuindo-a ao Estado
para que em troca fosse lhe garantida a segurança em seu mais amplo sentido, da patrimonial
à jurídica.
Eis, portanto, a função precípua do Estado, garantir o convívio harmonioso entra as
pessoas, valendo para esse fim do poder que lhe foi conferido pelo cidadão. Historicamente,
no entanto, o Estado assoberbou-se, e por vezes excedeu-se em suas atribuições, culminando
com a Revolução Francesa em 1789, que invocava de volta ao homem à liberdade tolhida
deturpadamente pelos agentes estatais. Não negando o Estado Democrático de Direito, mas,
ressaltando que só se justifica pelo povo e para o povo, verdadeiro detentor do poder.
Assim é que os policiais enquanto agentes estatais, não rara as vezes, subservientes às
vontades políticas eleitoreiras nos mais altos escalões e irreflexíveis nos mais baixos,
também acabam por inverter a lógica da existência do Estado e por consequência ofendem
78
mais gravemente o cidadão criminoso, do que a própria nocividade deste para a sociedade,
em absoluta falta de ponderação entre o legitimamente esperado do agente de segurança
frente à prática de ilícitos.
É necessário que não se incuta mais no policial que os problemas de segurança
pública e a criminalidade são culpa sua ou que se deva combatê-los com as ações enérgicas
de polícia. Os Direitos Humanos devem, portanto, permear toda a formação acadêmica dos
policiais, de módulo o a torná-los reflexivos muito mais além da simples constatação da
falência do sistema de execuções penais, da morosidade fatídica da justiça ou da senilidade e
ineficiência de nosso ordenamento jurídico.
O papel da Polícia Militar do futuro, que urge à nossa porta, é de inspirar confiança,
segurança e mais que isso, fazer com que a sociedade se indigne com a desídia do aparato
estatal anterior à atuação de polícia, na gênese da criminalidade, onde as soluções não serão
paliativas, mas, duradouras e definitivas.
Sintética e ao mesmo tempo holisticamente, previne-se a delinquência mais
exitosamente com infraestrutura de transporte, educação, políticas sérias de moradia,
educação, com a devida utilização do solo urbano e rural, educação, com uma guinada de
qualidade no Sistema Único de Saúde, educação, emprego, lazer, cultura e educação, cada
um desses Direitos Humanos que se cerceados dos indivíduos trazem dissabores à Segurança
Pública.
b) Objetivos gerais da disciplina
- Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- identificar o conceito de Direitos Humanos e sua importância;
- assimilar os principais instrumentos jurídicos internacionais para a proteção dos
Direitos Humanos e as regras dirigidas à Segurança Pública.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- conduzir as suas ações sob a ótica dos Direitos Humanos;
- demonstrar a relação entre a cidadania e o fortalecimento da sua identidade social,
profissional e institucional.
- fortalecer atitudes para:
- internalizar os valores básicos da dignidade humana, visando uma melhoria da
prestação de serviço junto à comunidade;
79
- interagir com os diversos atores sociais e institucionais que atuam na proteção e
defesa dos direitos humanos.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
- executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
- executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a
prevenir ou neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem
pública;
- executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e
infrações administrativas definidas em lei;
- executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas
específicas onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
- executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas
específicas onde ocorra a perturbação da ordem pública;
- lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo,
assim definidas em lei;
- executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às
necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da
cidadania;
- executar as ações relativas à segurança de dignitários e escolta de detidos e
presos;
- executar o cumprimento das ordens judiciais;
- executar os princípios morais, éticos, cívicos e militares na sua esfera de
competência;
- conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.
f) Conteúdos
UD I – Noções básicas dos Direitos Humanos
- Evolução dos Direitos Humanos;
- Significação da expressão “direitos humanos”;
- Aplicação da lei nos Estados democráticos, aspectos éticos e jurídicos na
conduta da polícia;
80
- Desmistificação da expressão direitos humanos;
- As 13 Reflexões sobre Polícia e Direitos Humanos;
- A dignidade da pessoa humana.
UD II – Tratamento a vulneráveis
- Grupos vulneráveis e minorias;
- Atuação policial a pessoas idosas;
- Segurança Pública e população em situação de rua;
- Atendimento policial às pessoas com deficiência;
- Atendimento policial às crianças e aos adolescentes;
- O papel do profissional de segurança pública no enfrentamento à Homofobia.
UD III – Aspectos da legislação internacional e normas constitucionais
- Declaração Universal dos Direitos Humanos;
- Pacto Internacional dos Direitos Civis Políticos;
- Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais;
- Convenção Americana sobre os Direitos Humanos;
- Constituição da República Federativa do Brasil.
a) Princípios fundamentais;
b) Dos Direitos e Garantias Fundamentais;
c) Instituições Democráticas;
d) Da ordem social.
UD IV – Aspectos da legislação infraconstitucional
- Lei nº 4.898/65 (Abuso de autoridade);
- Lei nº 9.455/97 (Crimes de tortura);
- Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
- Lei nº 10.741/2003 (Estatuto do Idoso);
- Lei nº 11.340/2006 (Maria da Penha).
UD V – Direitos Humanos e PMGO
- Policiamento no cumprimento do dever legal;
- Policial defensor da dignidade humana;
- O Procedimento Operacional Padrão;
- A abordagem a indivíduo com necessidade especial auditiva, usuário de droga,
homossexual, travesti ou transexual;
- Portarias 35 e 40/09 – PM/1 (Comitê de Direitos Humanos).
UD VI – Filosofia dos Direitos Humanos aplicada à atuação policial
81
- Arcabouço jurídico;
- Premissas básicas na aplicação da lei;
- Responsabilidades básicas da atividade policial;
- Poderes básicos da aplicação da lei;
- Comando, gestão e investigação de violações de direitos humanos.
UD VII – Atuação policial frente aos grupos vulneráveis
- Introduzindo a questão;
- Conceituando o tema: grupos vulneráveis e minorias;
- Atuação policial e grupos vulneráveis: pessoas idosas;
- Segurança Pública e população em situação de rua;
- Atendimento policial às pessoas com deficiência;
- Atendimento policial às crianças e adolescentes.
UD VIII – Segurança Pública sem homofobia
- Conceitos e contextualização histórica;
- A homossexualidade no contexto jurídico: amparo legal sobre o tema;
- O papel do profissional de segurança pública no enfrentamento à
homolesbotransfobia.
e) Instruções metodológicas
Discutir de forma prática o conteúdo de Direitos Humanos, visando uma análise real e
crítica dos temas;
Coordenar palestras sobre violência doméstica; diversidade sexual; abuso contra
idosos; conselho tutelar; e proteção da criança e adolescentes.
f) Avaliação da aprendizagem
Ao final de cada unidade didática aplicar uma verificação da aprendizagem escrita:
Filosofia dos Direitos Humanos Aplicados à Atuação Policial – até 4,0 pontos; Atuação
policial frente a grupos vulneráveis – até 3,0 pontos; e Segurança Pública sem Homofobia –
até 3,0 pontos, sendo o somatório destas avaliações a nota da verificação corrente. Ao
término da apresentação de todo o conteúdo aplicar uma verificação final da aprendizagem
escrita, com o valor máximo de 10,0 pontos.
g) Referências Bibliográficas
82
CÂMARA DOS DEPUTADOS. A polícia e os direitos humanos: instrumentos legais para
uma atuação policial com respeito aos direitos humanos. Brasília.
ALMEIDA, Maria Isabel Mendes de. Criatividade, juventude e novos horizontes
profissionais. Rio de Janeiro: Zahar, 2012. 294p.
BALESTRERI, Ricardo Brisola. Direitos humanos: coisa de polícia. 3.ed. Passo Fundo:
Gráfica Editora Berthier, 2003.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 15.ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
806 p.
BRASIL. Lei nº 10741, de 1 de outubro de 2003. Estatuto do Idoso. Brasilia, DF, Disponível
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm>. Acesso em : 29 jun
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BRASIL. Constituição (1988). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Constituicao/Constituicao.htm>.
BRITO, Laura Souza Lima e. Liberdade e direitos humanos: fundamentação justifilosófica
de sua universalidade. São Paulo. Saraiva. 2014.
CRAMI (Centro Regional aos Maus Tratos na Infância) – Campinas. Abuso Sexual
doméstico: atendimento as vítimas e responsabilização do agressor. 3. ed. São Paulo: Cortez,
2009.
CASTILHO, Ricardo; GUERRA, Sidney. Direitos humanos. Saraiva. 2015.
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. São Paulo:
Saraiva. 2014.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Moderna. 2015.
LIMA, R. B.. Direitos humanos e cotidiano. São Paulo: Bandeirantes, 2001.
MARTY, Mireille Delmas. A imprecisão do direito: do código penal aos direitos humanos.
São Paulo: Manole, 2005.
83
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fundamentais. Saraiva. 2014.
FEFERBAUM, Marina. Proteção internacional dos direitos humanos: análise do discurso
africano. Saraiva. 2014.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos humanos fundamentais. Saraiva. 2012.
GARCIA, Maria, Piovesan, Flávia Cristina. Direitos humanos. Revista dos tribunais. 2011. 7
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Brigada Militar e os Direitos Humanos no Estado Democrático de Direito. Curitiba. Juruá.
2004.
MALHEIRO, Emerson. Direito internacional e direitos humanos. Atlas. 2011.
MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais: teoria geral. (Coleção Temas
Jurídicos). São Paulo: Atlas. 2013.
PENTEADO FILHO, Nestor Sampaio. Direitos humanos: doutrina, legislação. (Série
concursos públicos). Método. 2011.
84
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional. Saraiva. 2014.
PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. Saraiva. 2015.
PAICA (org.). Meninos e meninas em situação de rua: Políticas integradas para a garantia
de direitos – Série Fazer Valer os Direitos. vol. 2. São Paulo: Cortez, 2002.
ROVER, Cees de. Para servir e proteger: direitos humanos e direito internacional
humanitário para forças policiais e de segurança, manual para instrutores. 4. ed. Suíça,
Genebra: CICV – Comitê Internacional da Cruz Vermelha, 2005. trad. Sílvia Backes e outros.
SÃO PAULO (ESTADO). Procuradoria Geral do Estado. Grupo de Trabalho de Direitos
Humanos. Sistema interamericano de proteção dos direitos humanos: legislação e
jurisprudência. <http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/
bibliotecavirtual/interamericano/sumario.htm >.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos.
Almedina. 2013.
4.11 GESTÃO AMBIENTAL EM SEGURANÇA SEGURANÇA PÚBLICA
Carga horária: 30 horas aulas
Descrição da Disciplina
a) Contextualização
A humanidade caminha a passos largos para a conscientização da necessidade de
preservar o Meio Ambiente, uma vez que problemas ambientais relevantes, como a poluição
de recursos hídricos e a exploração da biota terrestre, têm colocado em risco o equilíbrio
ecológico do planeta. Neste contexto, o Brasil não distancia desta realidade, o que leva à
necessidade de evolução constante para conhecer melhor sobre proteção ambiental e políticas
nacionais e internacionais do meio ambiente.
Por estes e outros motivos, é visível a necessidade daqueles que venham a integrar os
quadros profissionais de Segurança Pública, o conhecimento sobre gestão e proteção
ambiental. Para isto, é necessário conhecer os conceitos sobre o meio ambiente, para que este
seja tutelado e garanta qualidade de vida a todos. Outro componente importante neste
aprendizado é a educação ambiental, tratada como essencial e permanente na educação
85
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do
processo educativo, em caráter formal e não formal.
Neste contexto, a educação ambiental nos faz refletir sobre a necessidade de manter as
condições da vida humana na Terra, por meio de processos onde os indivíduos e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente. Dessa forma, a conscientização se demonstra
valorosa no uso regular dos recursos naturais através do emprego de técnicas de manejo
ambiental, de combate ao desperdício e à poluição. Assim, se define que as ações humanas
devem ser dirigidas para a produção de coisas necessárias à reprodução da vida e devem
evitar a destruição do planeta. Em que pese o reconhecimento destas duas premissas e de que
elas envolvem a promoção de ajustes globais, nos quais os vários atores do sistema
internacional certamente devem contribuir para que metas comuns sejam alcançadas, os
países, principais interlocutores na ordem ambiental internacional, por meio de seus
negociadores, têm procurado salvaguardar o interesse nacional.
Diante desta temática o Direito Ambiental se torna relevante, já que é a área do
conhecimento jurídico que estuda as interações do homem com a natureza e os mecanismos
legais para proteção do meio ambiente, além de ser uma ciência holística que estabelece
relações intrínsecas e transdisciplinares entre campos diversos, como antropologia, biologia,
ciências sociais, engenharia, geologia e os princípios fundamentais do direito internacional,
dentre outros.
Neste aspecto, torna-se fundamental, reconhecer a relevância do Direito e da Gestão
Ambiental aplicadas à Segurança Pública, uma vez que as constantes transformações e
degradações ambientais, tornam imperativas atitudes de preservação e regulação das
atividades as quais envolvam o meio ambiente. Diante desse cenário, em que a demanda por
ações que visam o bem-estar do meio ambiente é alta, o profissional responsável por orientar
e fiscalizar através de conduta legal, é essencial. Com isso, ao fornecer ao policial o
conhecimento em questão, é possível que este haja com prudência e respeitando os aspectos
legais, em ocorrências policiais que envolvem o meio ambiente.
b) Objetivos gerais da disciplina
Criar condições para que o Praça Policial Militar possa:
- ampliar conhecimentos para:
- áreas do Direito Ambiental, Educação Ambiental e Sustentabilidade;
- reconhecer a importância de preservar o meio ambiente e as ações de proteção
ambiental
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- identificar os aspectos gerais relativos a fiscalização ambiental;
- identificar e analisar a legislação ambiental na esfera federal, no Estado de
Goiás e seus municípios.
- desenvolver e exercitar habilidades para:
- atuar efetivamente nas situações reconhecidas como flagrantes de abuso e
desrespeito às normas e leis ambientais;
- aplicar legislação ambiental a fim da preservação da flora, da fauna e dos
demais recursos naturais;
- fortalecer atitudes para:
- demonstrar o devido comprometimento com a preservação do meio ambiente
através de ações preventivas e repressivas, o seu pleno desenvolvimento
sustentável, contribuindo para a construção de um ambiente natural mais
saudável e equilibrado.
c) Vínculo com o perfil profissiográfico
Compete ao Praça Policial Militar:
- Executar as atividades de Polícia Ostensiva e preservação da ordem pública;
- Executar o policiamento ostensivo fiscalizando o ambiente social, de forma a
prevenir ou neutralizar os fatores de risco que possam comprometer a ordem
pública;
- Conhecer os aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais de sua área de
responsabilidade;
- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação
de risco relativos à ordem pública para a instalação ou funcionamento de
estabelecimentos públicos ou privados;
- Fiscalizar o cumprimento das condições exigidas nos laudos técnicos de avaliação
de risco relativos à ordem pública para a realização ou continuidade de eventos
públicos ou privados;
- Executar ações de prevenção e repressão imediata dos ilícitos penais e infrações
administrativas definidas em lei;
- Executar ações preventivas, como força de dissuasão, em locais ou áreas
específicas onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública;
- Executar ações repressivas, como força de contenção, em locais ou áreas
específicas onde ocorra a perturbação da ordem pública;
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- Executar o policiamento ostensivo ambiental;
- Lavrar termo circunstanciado nas infrações penais de menor potencial ofensivo,
assim definidas em lei;
- Executar a coleta e busca de dados sobre a criminalidade e infrações
administrativas de interesse policial, destinados a orientar o planejamento e a
execução de suas atribuições;
- Executar as ações de inteligência destinadas a prevenir a criminalidade e a
instrumentar o exercício da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública;
- Executar as ações policiais visando aplicação dos direitos humanos, frente às
necessidades da pessoa humana, a fim de garantir o exercício pleno da cidadania;
- Executar o cumprimento das ordens judiciais;
- Conhecer a legislação militar pertinente à atividade policial militar.
d) Conteúdos
UD I - CONCEITUAÇÕES
- Meio ambiente;
- Desenvolvimento sustentável;
- Educação ambiental;
- Impacto ambiental;
- Poluição;
UD II – POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE O MEIO AMBIENTE.
- Legislação Constitucional;
- Os Crimes Ambientais mais recorrentes;
- A Política Nacional do Meio Ambiente;
- A Política Nacional de Educação Ambiental;
- As Infrações Administrativas Ambientais principais;
- O Controle de Poluição do Meio Ambiente em Goiás;
- A Educação Ambiental no Estado de Goiás;
UD III – PERMISSÕES E PROIBIÇÕES NA PESCA GOIANA
- A pesca a nível nacional e a legislação no Estado de Goiás;
- Normas para a comercialização de pescados;
- A Cota zero em Goiás;
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- A regulação da pesca amadora;
UD IV - A PROTEÇÃO DA FAUNA E DA FLORA BRASILEIRA
- Proteção Nacional à Fauna;
- Criadouros conservacionistas;
- As exigências para o transporte de animais silvestres;
- Plano de exploração florestal em Goiás;
- A Política de Proteção Florestal do Estado de Goiás, o uso de motosserra e o
transporte de produto florestal;
UD V – FISCALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS
- Conferência da Autorização para Transporte de Pescado
- Conferência do Cadastro e da Lista de Espécimes de Criadores Conservacionistas
- Conferência da Nota Fiscal e do Documento de Origem Florestal – DOF ou Selo
- Conferência da Autorização para Transporte de Animais Silvestres
- Conferência da Licença Ambiental Prévia (LP), Instalação (LI) e Operação (LO)
- Conferência da Licença de Desmatamento e Funcionamento de Indústrias de
Produtos e Subprodutos da Flora.
UD VI - PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP 504).
- Atuação de ente não especializado em infrações penais ambientais.
e) Instruções metodológicas
Aplicar aulas expositivas, com aplicação de estudo de caso e resolução de problemas.
f) Avaliação da aprendizagem
Verificação Única (prova escrita presencial) ........................ 02 horas aulas.
g) Referências Bibliográficas
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental, 7. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2004.
BERNA, Vilmar. Como fazer educação ambiental. São Paulo: Paulus, 2001. 142p.
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BRASIL. Estatuto da terra. São Paulo: Saraiva, 2009.
BRASIL. MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE. Lei da vida: a lei dos crimes ambientais.
São Paulo: Saraiva: 2000.
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CANOTILHO, Jose Joaquim Gomes; LEITE, Jose Rubens Morato. Direito constitucional
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FREITAS, Vladimir Passos de; FREITAS, Gilberto Passos de. Crimes contra a Natureza. 6
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FURLAN, Anderson; Fracalossi, William. Elementos de direito ambiental: noções básicas,
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GOIÁS. Constituição (1989). Disponível em: <http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/
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Goiânia: PMGO, 2014.
LEGISLAÇÃO de Direito Ambiental. Col. Saraiva de Legislação. 8. ed. Saraiva, 2015.
MACHADO, P. Direito ambiental. São Paulo: Malheiros, 2009.
MEDEIROS, Fernanda Luiza Fontoura de. Direito dos animais. Livraria Advogado
MELO, Raimundo Simão de. Direito ambiental do trabalho e a saúde do trabalhador. 5.
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MILARE, Edis. Direito do Ambiente: a gestão ambiental em foco. RT.
VAZ, Paulo Afonso Brum. O direito ambiental e os agrotóxicos. Livraria do Advogado.
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