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Estado de Goiás Prefeitura Municipal de Cidade Ocidental Secretaria de Educação e Cultura 2015

Estado de Goiás Prefeitura Municipal de Cidade Ocidental ... · Raquel Cristina Pereira dos Santos Regiane Pereira de Assis Sandra Pereira Braga ... daí a origem do nome "Cidade

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Estado de Gois Prefeitura Municipal de Cidade Ocidental

Secretaria de Educao e Cultura

2015

Estado de Gois Prefeitura Municipal de Cidade Ocidental

Secretaria de Educao e Cultura

Giselle Cristina de Oliveira Arajo

Prefeita Municipal

Raimunda Ins Holanda Loiola

Secretria de Educao e Cultura

Comisso de Elaborao:

Alessandro Baio dos Reis

Alessandro Moura Lopes

Alexandra de Oliveira Sousa

Andr Luis Alves da Silva

Cristiane de Assis Pereira dos Santos

Cristiane Gonella

Dbora Rodrigues Soutelo

Eanes Martins Pacheco

Eloiza Cardoso Louzeira

Enia Benzio Pascoal Ribeiro

Eva Francisca Pereira

Fabiana Ferreira dos Santos Carvalho

Ftima Aparecida C.C. Cunha

Gleyce Ferreira e Silva

Joo Alves da Silva

Josefa Rodrigues de Matos

Jovaneide Gomes de Oliveira

Karine Kelly Faustino

Ktia Aparecida Soares

Kelly Susan Eliger Duarte

Ldia Maria Barboza Sena Arajo

Lisandra Barboza de Sena Arajo

Luana Jos da Costa

Manoel Barbosa Alves

Maria Aparecida de Queiroz Lima

Maria de Jesus Reis Silva

Maria do Socorro Ferreira dos Anjos

Maria Elisngela da S. Ramos

Maria Lindinalva Rgo dos Santos

Maria Lcia Martins de Oliveira

Maria Odete Aparecida Barbosa Mendes Santos

Matheus Barbosa dos Santos

Nilzamar Fraga Silva

Patrcia Sousa da Silva

Paulo Csar Ramos

Raquel Cristina Pereira dos Santos

Regiane Pereira de Assis

Sandra Pereira Braga

Silva Helena da Silva Cabral

Sueli Alves dos Santos

Vereador Fbio Corra

Virna-Lise Sousa Henrique

Wesley Santos de Oliveira

REVISO DA REDAO

Eliane Fernandes Limo

Raide Lilian Arajo Ferreira

COLABORADORES

Alunos

Equipe Tcnica da Secretaria de Educao e Cultura

Gestores Escolares

Pais

Professores

Profissionais da Educao

DIGITAO

Danielle Cristina Trindade

Ewerton Pereira Maia

Luana Arajo Rodrigues

SUMRIO

APRESENTAO ............................................................................................ 6

HISTRICO DO MUNICPIO .......................................................................... 7

DIAGNSTICO ............................................................................................... 16

Educao Infantil ....................................................................... 16

Ensino Fundamental, Educao Quilombola e do Campo ........ 20

Educao de Jovens e Adultos EJA ...................................... 24

Educao Inclusiva, Desigualdades, Discriminaes e

Diversidade ............................................................................... 26

Ensino Mdio e Educao Profissional ..................................... 28

Ensino Superior, Gesto Democrtica, Controle Social e

Participao .............................................................................. 30

Valorizao dos Profissionais da Educao ............................. 35

Financiamento, Gesto Educacional e Regime de Colaborao38

PROJETO DE LEI ........................................................................................... 40

METAS E ESTRATGIAS ............................................................................. 43

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................. 88

6

APRESENTAO

O presente documento um Plano Decenal de Educao do Municpio de

Cidade Ocidental, elaborado no perodo de junho de 2014 a abril de 2015, com a

finalidade de atender necessidade de um planejamento pblico e compartilhado.

Fundamenta-se na Lei n 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano

Nacional de Educao PNE, que definiu em seu art. 8 o prazo de um ano,

contado a partir da publicao da referida Lei, para a elaborao dos planos

municipais e estaduais em consonncia com as diretrizes, metas e estratgias

previstas no PNE.

O Plano Municipal de Educao PME foi elaborado a partir do alinhamento

ao Plano Nacional de Educao e considerando as peculiaridades de Cidade

Ocidental. O documento constitui-se a partir da definio de um diagnstico que

abrange todos os nveis de ensino, etapas e modalidades.

O processo de elaborao deste documento foi designado, por meio de

Decreto, a uma comisso composta por representantes de diversos segmentos da

sociedade organizada, das unidades escolares pblicas e particulares, do poder

executivo, legislativo e da sociedade civil.

Durante o processo de elaborao foram realizadas conferncias livres nas

unidades escolares da rede pblica municipal, diversas reunies de trabalho da

comisso de elaborao e duas conferncias a nvel municipal com a participao

de todos os segmentos da sociedade e poderes constitudos, onde foram aprovadas

as metas e estratgias constantes deste PME.

O PME apresenta 20 (vinte) metas e 254 (duzentos e cinquenta e quatro)

estratgias, que configuram plano de estado, em busca da consolidao de polticas

pblicas de gesto da educao no territrio de Cidade Ocidental.

7

HISTRICO DO MUNICPIO

Conforme pesquisa na Wikipdia, A Cidade Ocidental um municpio

brasileiro do Estado do Gois. Localizado no entorno do Distrito Federal. Tem,

segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, IBGE em 2010,

55.915 habitantes. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Gois, em junho de

2011 registram-se na Cidade Ocidental 30.171 eleitores ou 0,74% do eleitorado

de Gois.

Histria

Cidade Ocidental teve sua origem na implantao de um ncleo residencial

ao norte do municpio de Luzinia, quando em 1974, o Sr. Joo Batista de Souza,

proprietrio da Fazenda Aracati, onde se fabricava o aguardente Caninha Aracati

vendeu 5,04 km ao Sr. Cleto Campelo Meireles, ficando esta gleba pertencente

Zona Suburbana do municpio de Luzinia.

Em 15 de dezembro de 1976 deu-se a fundao do ncleo, cuja a

construo ficou a cargo da Construtora Ocidental - da a origem do nome "Cidade

Ocidental".

O projeto inicial previa a construo de 14.349 unidades habitacionais, mas

apenas 6.796 casas foram construdas. O restante, 7.533 lotes onde no foram

construdos, foram repassados ao Banco Regional de Braslia como forma de

pagamentos de dvidas da construtora junto quela instituio financeira. O banco,

por sua vez, repassou estes lotes para o Governo do Distrito Federal, que at hoje

detm a propriedade destes lotes.

Em 1989 o ncleo habitacional foi elevado condio de distrito de Luzinia

e em 9 de dezembro de 1990 deu-se a emancipao poltico-administrativa do

distrito e o primeiro prefeito municipal tomou posse em 1 de janeiro de 1993.

Localizada a uma distncia de 48 km de Braslia, por muitos considerada

ainda cidade dormitrio, sendo que grande parte de seus moradores se deslocam

at a capital federal para trabalhar. A cidade possui um traado urbano organizado,

a partir de seu ncleo original, sendo que os novos loteamentos foram sendo

adequados ao mesmo tipo de traado.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_do_Entorno_do_Distrito_Federalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Brasileiro_de_Geografia_e_Estat%C3%ADsticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Regional_Eleitoralhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1shttp://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1shttp://pt.wikipedia.org/wiki/Luzi%C3%A2niahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1974http://pt.wikipedia.org/wiki/1976http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Banco_Regional_de_Bras%C3%ADlia&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Loteamento

8

Trata-se de um avano poltico-administrativo que s foi possvel em

decorrncia da emancipao alcanada no final do ano de 1990 pela conscincia

social de seus habitantes. No entanto, no h mais controvrsia sobre a importncia

da emancipao de Cidade Ocidental, pois este vem tendo um significado

particularmente importante na concepo dos cidados deste municpio, devido ao

processo acelerado de desenvolvimento que vem alcanando.

Afinal temos um espelho muito forte que o prprio desenvolvimento Goiano

desde 1592, quando Sebastio Marinho descobriu as terras goianas no alto do rio

Tocantins e graas s primeiras povoaes em Gois. Devido tenacidade desse

povo e a luta de vrios parlamentares o progresso chegou nesta regio.

O municpio de Cidade Ocidental compe a RIDE - Regio Integrada de

Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. A RIDE foi criada em 1998 e tem

como objetivo principal implantar solues imediatas e a mdio prazo para os

problemas existentes nos municpios do entorno do Distrito Federal.

Subdiviso

A zona urbana de Cidade Ocidental composta pelo centro que se encontra

divido em Super Quadras: SQ 02, SQ 03, SQ 09, SQ 10, SQ 11, SQ 12, SQ 13, SQ

15, SQ 16, SQ 17, SQ 18, SQ 19 e por bairros: Ocidental Park, Parque Npolis,

Parque Nova Friburgo, Recreio Mossor, Parque Araguari, Parque Estrela D'alva 4,

Residencial Morada das Garas, Residencial So Mateus, Colina Verde, Residencial

Dom Bosco, Residencial Marisa, Tapera Flrida, Jardim Edite, Parque das Amricas,

Quintas Itapu, Jardim Braslia, Setor de manses Suleste e Jardim ABC.

Zona rural

A zona rural do municpio de Cidade Ocidental extensa e at mesmo

desconhecida por grande parte da populao urbana. Essa rea faz divisa com o

Distrito Federal e com os municpios goianos de Luzinia e Cristalina.

Compem a zona rural ocidentalense as seguintes reas: Garapa, Ferraz,

Chcaras Regina, gua Quente, Povoado Quilombola Mesquita e Mata da Fartura.

O Povoado Mesquita foi recentemente reconhecido pelo Governo Federal como rea

http://pt.wikipedia.org/wiki/Emancipa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tocantinshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tocantinshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1shttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bairrohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Parque_N%C3%A1polis&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Recreio_Mossor%C3%B3&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Residencial_S%C3%A3o_Mateus&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jardim_Edite&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_ruralhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Garapahttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%C3%81gua_Quente&action=edit&redlink=1

9

remanescente de quilombo, onde dedicam-se fabricao

de marmelada e aguardente.

Geografia

Localizado na mesorregio do Leste Goiano e na microrregio do entorno do

Distrito Federal, a 48 km de Braslia (DF) e a cerca de 192 km de Goinia (GO), faz

divisa com Santa Maria (DF), So Sebastio (norte) DF, Cristalina (sudeste),

Luzinia (sul) e Valparaso de Gois (oeste). O relevo do municpio levemente

ondulado com vales nos cursos de rios e crregos. A altitude nas margens do lago

de 951 metros acima do nvel do mar, j na praa central chega a 1.014 metros.

Sendo o ponto culminante localizado na divisa com o Distrito Federal, no

Monumento s rvores no final do loteamento Dom Bosco a 1.115 metros de

altitude. Ao sul do municpio o relevo torna-se mais baixo e ondulado com formaes

serranas nos vales que descem a menos de 830 metros no extremo sul do

municpio.

Caracterizao Fsica

Localizao

Localizao de Cidade Ocidental em Gois

http://pt.wikipedia.org/wiki/Marmeladahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aguardentehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Maria_(Distrito_Federal)http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristalinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Luzi%C3%A2niahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Valpara%C3%ADso_de_Goi%C3%A1shttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Goias_Municip_CidadeOcidental.svg

10

Caractersticas Geogrficas

rea:388,162 km2

Populao:61.552 hab. (GO: 19) IBGE/2013

Densidade:158,57 hab./km2

Altitude: 1014 m

Clima: Tropical de altitude Cwa

Fuso horrio: UTC-3

Indicadores

IDH-M: 0,717 alto PNUD/2010

PIB: R$ 268,359 milhes IBGE/2010

PIB per capita: R$ 4,80215 IBGE/2010

Composio do PIB (2010)

Valor adicionado bruto da agropecuria: R$ 13,742 milhes

Valor adicionado bruto da indstria: R$ 43,594 milhes

Valor adicionado bruto dos servios: R$ 197,219 milhes

Impostos sobre produtos lquidos de subsdios: R$ 13,803 milhes

Pgina Oficial: Prefeitura: www.cidadeocidental.go.gov.br

Hidrografia

Ribeiro Saia Velha: serve de linha limtrofe entre o municpio e os municpios

de Luzinia e Valparaso de Gois. Sendo tambm o principal curso d'gua de

Cidade Ocidental, pois abastece o centro da cidade e os bairros prximos. Em

1970, a construtora Ocidental criou a barragem do crrego Jacob, um espelho

d'gua na entrada da cidade, conhecido pelos nomes de Lago Jacob ou Lago

Saia Velha e a transformou no Clube Recreativo de Lazer.

http://www.cidadeocidental.go.gov.br/

11

Ribeiro Mesquita: afluente do brao direito do Rio So Bartolomeu, banha

parte do povoado Mesquita; apresenta-se com forte poluio, oriunda do centro

urbano que est bem prximo. Isso prejudica muito as atividades relacionadas

pecuria, que necessita das guas do Ribeiro Mesquita.

Rio So Bartolomeu: Recebe as guas do Ribeiro Mesquita e do Ribeiro Saia

Velha e desgua no Rio Corumb. Suas bacias abrigam intensa atividade

agrcola e em seu curso extrada areia para construo civil. Servindo tambm

de limite entre Cidade Ocidental e o municpio de Cristalina.

Ribeiro gua Quente: Localizado a norte do municpio, numa regio que

recebe seu nome,este crrego possui guas termais.Suas origens ainda esto

sendo investigadas.

Poes e cachoeiras: Localizados a menos de 30 minutos de caminhada do

centro da cidade pode-se encontrar crregos com guas lmpidas entre matas de

galeria, mas somente entre os meses de dezembro e maio.

Clima

O clima de cidade Ocidental, de acordo com a classificao de Kppem

do tipo Cwa tropical de altitude, em altitudes prximas a 1.000m, com veres

chuvosos e quentes e invernos frios e secos. Sendo comum temperatura de 28C de

mximas no vero e de 12C de mnimas no inverno. Porm j foram registradas

temperaturas entre 35C e 3C. Nas partes baixas pode ocorrer o tipo AW (tropical

chuvoso de inverno seco). De todos os componentes climticos, a precipitao um

dos fatores mais importantes do ecossistema da regio dos cerrados. Apesar da

variabilidade, o padro de precipitao verificado apresenta dois perodos bem

marcantes, um chuvoso de outubro abril e outro seco de maio setembro.

A altitude do municpio constitui uma determinante para atenuao trmica

no ms de janeiro, bem como mdia inferior a 18C no ms de julho.

A regio no inverno, perodo de estiagem, est sob o domnio dos ventos de

leste, nordeste e sudeste. Enquanto os dois primeiros encontram-se vinculados ao

domnio da massa Tropical Atlntica, nesse perodo dissecado e, portanto

responsvel por estabilidade atmosfrica, o terceiro refere-se as ingresses do fluxo

extra tropical, caracterizado pela massa polar.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pecu%C3%A1riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Corumb%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Climahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tropical_de_altitudehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Invernohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estiagemhttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Massa_polar&action=edit&redlink=1

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A baixa umidade absoluta reduz a possibilidade de

ocorrncia pluviomtrica frontal no referido perodo, constituindo se como a principal

causa da queda da temperatura. Nesse momento, a posio altimtrica da rea

contribui para o aumento da velocidade dos ventos, e pode implicar em desconforto

trmico.

Economia

A economia ocidentalense baseia-se na criao de gado bovino de corte e

leite, do plantio de soja e da produo de doces de marmelo. Na zona rural do

municpio est localizado um frigorfico que abastece toda a regio.

O comrcio varejista de Cidade Ocidental bem diversificado sendo

composto pelos ramos de: confeco, bares e restaurantes, hotis, panificao,

supermercados, lojas de informtica, oficinas mecnicas etc. Todos os Sbados,

pela manh, ocorre a Feira Livre da Cidade Ocidental, na Av. Principal na altura da

Super Quadra 10, ao lado da CELG e a Feira do Produtor que rene apenas os

produtores rurais do municpio, s teras-feiras, noite, Ocorre na Av. Principal na

rua larga entre as quadras 15 e 17 e s quintas-feiras, noite, ocorre na Av.

Principal na altura da Super Quadra 10, ao lado da CELG.

Recentemente a AGETUR - Agncia Goiana de Turismo - classificou o

municpio de Cidade Ocidental como sendo de potencial turstico, o que pode

alavancar a economia municipal.

No municpio est localizada a primeira usina hidreltrica da regio,

fornecedora de energia eltrica para a construo de Braslia, a Usina Saia Velha.

Atualmente a cidade recebe macios investimentos imobilirios. Tais

investimentos ocorrem devido a instalao dos condomnios Alphaville Braslia

Residencial e do Damha Residencial Braslia no bairro Jardim ABC. O municpio

contempla ainda muitas reas que podem servir como base para outros

empreendimentos imobilirios e/ou voltados para o turismo rural.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pluviometriahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Frigor%C3%ADficohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rciohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Panifica%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_hidrel%C3%A9tricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alphaville_(empresa)http://pt.wikipedia.org/wiki/Alphaville_(empresa)

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Infraestrutura

Todo o centro da Cidade Ocidental tem coleta de esgoto, que

devidamente tratado em uma Estao de Tratamento de Esgoto da

SANEAGO. Cidade Ocidental foi um dos primeiros municpios goianos a

oferecer este tipo de servio aos cidados e situam-se entre os cinquenta

e sete municpios que oferecem esse servio no estado.

Aspectos Populacionais

Ano Cidade Ocidental Gois Brasil

1991 - 4.018.903 146.825.475

1996 33.028 4.478.143 56.032.944

2000 40.377 5.003.228 169.799.170

2007 48.589 5.647.035 183.987.291

2010 55.915 6.003.788 190.755.799

Fonte: IBGE: Censo Demogrfico 1991, Contagem Populacional 1996, Censo Demogrfico 2000, Contagem

Populacional 2007 e Censo Demogrfico 2010.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Esgoto

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Populao por Faixa Etria

Idade Cidade Ocidental Gois Brasil

Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres

0 a 4 anos 2.094 2.022 178.818 172.600 5.638.154 5.444.151

5 a 9 anos 2.833 2.626 241.633 231.094 7.623.749 7.344.867

10 a 14 anos 2.922 2.837 269.952 261.006 8.724.960 8.440.940

15 a 19 anos 2.640 2.624 268.462 265.128 8.558.497 8.431.641

20 a 24 anos 2.592 2.629 279.238 274.901 8.629.807 8.614.581

25 a 29 anos 2.627 2.952 277.270 279.332 8.460.631 8.643.096

30 a 34 anos 2.528 2.766 262.570 269.702 7.717.365 8.026.554

35 a 39 anos 2.197 2.348 232.644 240.988 6.766.450 7.121.722

40 a 44 anos 1.854 1.892 211.499 219.502 6.320.374 6.688.585

45 a 49 anos 1.356 1.579 181.350 190.374 5.691.791 6.141.128

50 a 54 anos 1.126 1.224 148.258 157.108 4.834.828 5.305.231

55 a 59 anos 784 898 117.043 125.245 3.902.183 4.373.673

60 a 64 anos 501 571 90.235 95.602 3.040.897 3.467.956

65 a 69 anos 324 423 67.274 71.156 2.223.953 2.616.639

70 a 74 anos 252 267 49.891 53.961 1.667.289 2.074.165

75 a 79 anos 128 198 31.327 35.252 1.090.455 1.472.860

80 a 84 anos 84 86 17.904 20.824 668.589 998.311

85 a 89 anos 46 60 8.130 10.097 310.739 508.702

90 a 94 anos 12 25 3.032 4.008 114.961 211.589

95 a 99 anos 6 6 879 1.378 31.528 66.804

Mais de 100

anos 3 4 262 413 7.245 16.987

Fonte: IBGE: Censo Demogrfico 2010

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A Educao em Cidade Ocidental apresenta as seguintes instituies

educacionais:

TIPO DE

ESTABELECIMENTO

TOTAL MUNICIPAL ESTADUAL PRIVADO

Urbano Campo Urbano Campo

Educao Infantil 27 05 - - - 22*

Ensino Fundamental 36 12 01 03 - 20*

Ensino Mdio 07 - - 03 - 04

Educao de Jovens

Adultos- Ensino

Fundamental

04

04

-

-

-

-

Educao de Jovens

Adultos- Ensino

Mdio

01

-

-

01

-

-

Educao Superior 03 - - - - 03

O quantitativo de matriculas, conforme Censo Escolar 2014 composto por:

Instituio

Creche

Pr Escola

Ensino Fundamental

Ensino

Mdio

EJA

Presencial

Anos

Iniciais

Anos

Finais

Fundamental

Mdio

Estadual

0

0

0

1110

2426

0

225

Municipal

18

1213

5039

2800

0

814

-

Privada

216

448

1024

525

191

0

-

Total

234

1661

6.063

4435

2617

814

225

16

Instituio

Educao Inclusiva

Creche Pr

Escola

Anos

Iniciais

Anos

Finais

Mdio EJA

Fundamental

EJA

Mdio

Estadual

0

0

0

6

10

0

0

Municipal

0

27

262

117

0

23

0

Privada

4

3

17

6

2

0

0

Total

4

30

279

129

12

23

0

DIAGNSTICO

Educao Infantil

A Educao Infantil obteve um avano significativo nas ltimas dcadas com

a legislao reformulada em 1971 (LDB n 5.692) que determinava que crianas

menores de sete anos deveriam receber educao em escolas maternais ou jardim

de infncia.

No final da dcada de 90, a educao infantil estava presente na maioria dos

municpios brasileiros. Desde ento, essa modalidade de ensino vem se

fortalecendo, j que a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (Lei 9394/96)

trata a mesma de forma especfica em sua seo II, a qual reconhece a Educao

Infantil como a primeira etapa da Educao Bsica a ser oferecida para criana at

trs anos em creche e para crianas de quatro e cinco anos em classe de pr-

escola.

A Constituio Federal de 1988 e o Estatuto da Criana e Adolescente (Lei

n 8.069/90) trouxeram novos paradigmas, permitindo que muitas pessoas

comeassem a lutar pelas conquistas dos espaos pblicos destinados ao

atendimento infantil, que passou a ser reconhecido como dever do Estado e de cada

municpio.

17

A Resoluo Conselho Municipal de Educao n 002, de 20 de abril de

2010 fixa norma para Educao Infantil no Sistema Municipal de Ensino de Cidade

Ocidental-GO, que autoriza, nos termos da lei, o funcionamento da Educao Infantil

mantida pelo poder publico municipal e por instituies privadas. No captulo II,

artigo 3, a educao infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da

criana nos aspectos, fsicos, afetivos, cognitivos, sociais e culturais, respeitando a

expresso e as competncias infantis, garantindo a identidade, a autonomia e a

cidadania da criana completando a ao da famlia e da comunidade.

O grfico abaixo representa o quantitativo de alunos matriculados na rede

municipal de ensino no ano de 2010 a 2014.

Fonte: Educacenso 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Obs.: O Centro de Ensino Municipal Infantil Jusclia Pereira Batista foi

inaugurado no ano de 2011.

O grfico abaixo demonstra o quantitativo de alunos atendidos na rede

municipal de ensino e rede privada. A rede estadual no oferta esta modalidade de

ensino.

0 50

100 150 200 250 300 350 400 450

Centro de Educao

Infantil Heraldo Tavares

Carvalho

Centro de Educao

Infantil Benedito Antonio

Centro de Educao

Infantil Criana Esperana

Centro de Educao

Infantil Clovis Pereira

Fernandes

Centro de Ensino

Municipal Infantil Juscelia Pereira Batista

Alunos matriculados na rede municipal de 2010 a 2014

2010

2011

2012

2013

2014

18

Fonte Educacenso - 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Pode-se afirmar ainda, com base nos dados do IBGE que o percentual de

alunos atendidos na educao infantil com idade entre quatro e cinco anos no

municpio, est acima dos atendidos pelo Estado de Gois e um pouco abaixo do

percentual em relao ao nvel Brasil e busca-se alcanar o ndice de 100% que a

meta do Pas.

Dados confirmados pelo site Construindo as Metas e dados disponibilizados

pelo MEC, conforme grfico abaixo.

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

REDE PUBLICA MUNICIPAL REDE PUBLICA ESTADUAL REDE PRIVADA

QUANTIDADE DE ALUNOS ATENDIDOS NA EDUCAO INFANTIL

2010

2011

2012

2013

2014

Brasil alunos que frequentam a escola de 4 e 5 anos

alunos que

no

frequentam a escola de 4 e

5 anos

Cidade Ocidental

Alunos que frequentam a

escola de 4 e 5 anos

Alunos que no

frequentam a escola de 4 e 5 anos

Gois

Alunos que

frequentam a escola de 4 e 5

anos

19

200

4.745

0

1000

2000

3000

4000

5000

quantidade de crianas de 0 a 3 anos que frequenta a escola

quantidade de crianas de 0 a 3 anos que no frequenta a escola

CIDADE OCIDENTAL

Em 2010 o total de crianas de 0 a 3 anos no municpio era de 4.012 de

acordo com IBGE censo 2000 e 2010. Atualmente no municpio de Cidade

Ocidental, conforme dados do educacenso 2014 e do SUS 2014, o quantitativo de

crianas de 0 a 3 anos de 4.745 e as que estudam na rede municipal pblica e

privada um total de 202 crianas perfazendo um total de 4,25% do total.

Fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?siab/cnv/SIABSGO.def e

http://educacenso.inep.gov.br/relatorio/index/index.

Em 2015 o total de crianas de trs anos no municpio de 3.348 conforme

dados do DATASUS (sistema de banco de dados do SUS) e as que estudam na

rede municipal pblica e privada de 202 crianas perfazendo um total de 6,3% do

total.

Fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?popestim/cnv/popgo.def

3.348

202

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Crianas de 3 anos residentes em Cidade Ocidental

Crianas de 3 anos estudam nas Escolas Pblica Municipais de Cidade Ocidental

Cidade Ocidental

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?siab/cnv/SIABSGO.defhttp://educacenso.inep.gov.br/relatorio/index/indexhttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?popestim/cnv/popgo.def

20

Ensino Fundamental, Educao Quilombola e do Campo

A Constituio Federal, no seu art.208, preceitua que o ensino fundamental,

obrigatrio e gratuito, inclusive para os que a ele no tiveram acesso na idade

prpria, dever do Estado e direito pblico subjetivo de todos os cidados, o seu

no oferecimento ou sua oferta irregular pode configurar a prtica de crime e importa

responsabilidade da autoridade competente, que, na esfera estadual, representada

pelo governador e pelo secretrio de educao e na esfera municipal o (a) prefeito

(a) e o(a) secretria de educao (PEE GO 2008-2017).

Atualmente, no que diz respeito s matrculas das crianas de 6 (seis) a

14(quatorze) anos, neste nvel de ensino, o municpio de Cidade Ocidental est

perto de alcanar sua universalizao, j sendo atingido o percentual de 97,2% do

total dessa faixa etria.

A tabela abaixo demonstra o crescimento de matrcula da rede estadual e

municipal entre os anos de 2008 a 2014.

Tabela 1 Cidade Ocidental: Matrcula- 1 ao 9 ano do ensino fundamental-2008 a 2014

ANO

TOTAL

%

REDE PBLICA

PRIVADA

ESTADUAL MUNICIPAL

Total % Total % Total %

2008 9221 100 882 9,56 6876 74,57 1463 15,87

2009 9014 100 998 11,07 6926 73,83 1090 12,09

2010 9086 100 1108 12,19 6731 74,08 1248 13,74

2011 9512 100 1108 11,65 7073 74,36 1331 13,99

2012 9496 100 1141 12,01 7301 76,89 1054 11,10

2013 10508 100 1145 10,90 7736 73,62 1627 15,48

2014 10589 100 1127 10,64 7880 74,42 1582 14,94

Fonte: http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-matricula

21

Quanto s pessoas de 16 anos com, no mnimo, o ensino fundamental concludo,

registra-se ainda um percentual desanimador, visto que o municpio registrou em

2010 aproximadamente 56,9% da populao dessa faixa etria que j concluram o

ensino fundamental. (Fonte: MEC/Construindo as Metas).

Alfabetizar as crianas, no mximo at o final do 3 (terceiro) ano do ensino

fundamental, o que preceitua o Pacto Nacional pela Alfabetizao na Idade Certa.

O municpio de Cidade Ocidental conta com uma taxa de alfabetizao de crianas

que concluram o 3 ano do ensino fundamental de 84,0% (MEC/Construindo as

Metas).

No que concerne permanncia na escola, ao aproveitamento satisfatrio,

correspondncia entre a idade srie/ano e qualidade do ensino h muito a ser

feito, pois no se pode esquecer que conforme a Lei de Diretrizes e Bases da

Educao Nacional LDB 9394/96, o direito educao no se refere apenas

matrcula, mas garantia de padres mnimos de qualidade de ensino (art. 4 inciso

IX). A lei estabelece a indissociabilidade entre o acesso, a permanncia e a

qualidade do ensino neste nvel at sua concluso.

Tabela 2 Cidade Ocidental: Taxas de aprovao, reprovao e abandono 2012 Ensino Fundamental Escolas Pblicas e Privadas. ETAPA ESCOLAR REPROVAO ABANDONO APROVAO

TOTAL % TOTAL % TOTAL %

Anos Iniciais 582 10,6 49 0,9 4842 88,5

Anos Finais 675 15,06 113 2,5 3719 82,5

Ensino Mdio 207 8,3 199 8,0 2075 83,7

Fonte: www.qedu.org.br

http://www.qedu.org.br/

22

Tabela 3 Cidade Ocidental: Taxas de aprovao, reprovao e abandono 2013 Ensino Fundamental Escolas Pblicas e Privadas.

ETAPA

ESCOLAR

REPROVAO ABANDONO APROVAO

TOTAL % TOTAL % TOTAL %

Anos Iniciais 641 10,2 56 0,9 5599 88,9

Anos Finais 515 10,9 124 2,6 4093 86,5

Ensino Mdio 197 7,5 235 9,0 2193 83,5

Fonte: www.qedu.org.br

A distoro entre a idade e o ano escolar da rede municipal de ensino,

segundo listagem da Secretaria de Educao e Cultura no ano de 2014

considerada alta, visto que do 2 ao 5 ano corresponde ao percentual de 16,40% e

de 6 ao 9 ano 28,57%, conforme descrito na tabela 4.

Tabela 4 Cidade Ocidental: Distoro idade/ano escolar do ensino fundamental do 1 ao 9 ano.

SRIE/ANO ALUNOS

MATRICULADOS

DISTORO PERCENTUAL

2 1179 94 7,97

3 1274 179 14,05

4 1124 189 16,81

5 1093 304 27,81

Totais 4670 766 16,40

6 852 291 34,15

7 867 237 27,34

8 706 195 27,62

9 498 112 22,49

Totais 2923 835 28,57

Fonte: Listagem 2014

http://www.qedu.org.br/

23

O ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica IDEB calculado com base

no aprendizado dos alunos em Lngua Portuguesa e Matemtica (Prova Brasil) e no

fluxo escolar (taxa de aprovao).

Tabela 5 Cidade Ocidental: IDEB ndice de Desenvolvimento da Educao

Bsica.

CIDADE

OCIDENTAL

IDEB OBSERVADO IDEB PROJETADO

ANO 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Estadual

(9 ano)

3.0 3.6 3.9 4.4 4.8 3.1 3.2 3.5 3.9 4.3 4.5 4.8 5.1

Municipal

(5 ano)

3.8 4.1 4.1 4.4 4.6 3.8 4.2 4.6 4.9 5.2 5.4 5.7 6.0

Municipal

(9 ano)

3.3 3.5 3.4 3.2 3.7 3.3 3.5 3.8 4.2 4.5 4.8 5.1 5.3

Analisando a tabela 5 referente ao ano de 2013 percebe-se que a rede

estadual de ensino no municpio apresenta um IDEB 4,8, que est acima do

projetado para a rede que de 3,9. J a rede municipal de ensino nos anos iniciais

demonstra crescimento, porm o IDEB observado de 4,6 est abaixo do projetado

que de 4,9. Nos anos finais observa-se que no existe uma constncia de

crescimento e sim uma oscilao entre altas e baixas, apresentando o IDEB de 2013

igual a 3,7 sendo que o esperado era 4,2.

Conforme anlise das tabelas 1, 2, 3, 4 e 5 percebe-se a necessidade de

melhoria na qualidade da educao oferecida, tanto na rede estadual como

municipal.

Concernente permanncia de alunos pelo menos 7h em atividades na

escola, os dados mostram que o municpio de Cidade Ocidental no oferece tal

atendimento (MEC/Construindo as Metas).

O municpio de Cidade Ocidental atende ainda s especificidades de uma

escola do campo e uma escola localizada em uma comunidade de remanescentes

de quilombo, conforme certido de autorreconhecimento do Ministrio da Cultura por

meio da Fundao Cultural Palmares, de 19 de maio de 2006. Desta forma, a

24

educao do municpio requer meios de atendimento adequado legislao

nacional s essas comunidades.

O municpio de Cidade Ocidental atende hoje a 13 escolas de ensino

fundamental, que carecem de melhorias de infraestrutura fsica e de material para

atender s necessidades da comunidade e ao crescimento de matrculas da rede

como demonstra a tabela 1. Essas escolas carecem de salas de aulas adequadas

ao quantitativo de alunos da rede, bibliotecas, reas para a prtica de esportes,

recreao, atividades artsticas e culturais, laboratrios e equipamentos de

informtica e acesso adequado s pessoas com necessidades educacionais

especiais e/ou deficientes e implantao da escola integral.

Sem dvida alguma, existe a necessidade de investimentos especficos em

programas que solucionem o problema da reprovao, permanncia, abandono,

distoro idade/ srie/ ano e aumento do ndice de Desenvolvimento da Educao

Bsica - IDEB, que venha colaborar com a melhoria da qualidade da educao do

municpio, bem como do Pas.

Educao de Jovens e Adultos EJA

A Resoluo CME n 002, de 19 de abril de 2012, com base na LDB n

9394/96, diz que a Educao de Jovens e Adultos destina-se to somente queles

que no tiveram acesso escola, na idade prpria, legalmente prevista ou que nela

no puderam permanecer, tendo como objetivo precpuo proporcionar-lhes

oportunidade para faz-lo, respeitando-se suas condies sociais e econmicas, seu

perfil cultural e seus conhecimentos j adquiridos, visando seu pleno

desenvolvimento, seu preparo para o exerccio da cidadania e para o trabalho.

A Educao de Jovens e Adultos um campo carregado de complexidade

que carece de definies e posicionamentos claros. um campo muito denso que

carrega o rico legado da educao multicultural, ou seja, uma educao que

desenvolve o crescimento e a integrao na diversidade cultural. Percebemos que o

nmero de jovens e adolescentes nesta modalidade de ensino cresce a cada ano,

modificando o cotidiano escolar e as relaes que se estabelecem entre os sujeitos

que ocupam este espao.

Os jovens, quando entram nesta modalidade de ensino, em geral, esto

desmotivados, desencantados com a escola regular, com histrico de repetncia e

25

evaso escolar. Muitos se sentem perdidos no contexto atual, principalmente em

relao ao emprego e insero no mercado de trabalho.

Grande parte das pessoas que procuram a EJA so trabalhadores em busca

do sonho de concluir o ensino fundamental e mdio. Porm, muitos so os

obstculos enfrentados por eles, os quais contribuem para o afastamento

momentneo ou definitivo do ambiente escolar.

Hoje, no municpio de Cidade Ocidental, a rede municipal e estadual de

ensino oferta a Educao de Jovens e adultos, o municpio oferece as etapas do 1

segmento que corresponde de 1 a 4 srie e tambm a do 2 segmento que

corresponde da 5 a 8 srie, a rede estadual oferece tambm o ensino mdio do 1

ao 3 ano.

Fonte: Educacenso 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

No municpio de Cidade Ocidental 04 Escolas Municipais oferecem o 1 e o 2

segmento da modalidade EJA, so elas: a Escola Municipal Nova Friburgo, Escola

Municipal Jos Fernandes da Silva Neto, Escola Municipal Hlio Jones Branquinho e

a Escola Municipal Aleixo Pereira Braga II.

0

200

400

600

800

1.000

1.200

Rede Municipal Rede Estadual Rede Privada

Alunos da modalidade EJA atendidos pela rede municipal e estadual de ensino.

2010

2011

2012

2013

2014

26

O Plano Municipal de Educao tem como meta para o Pas, elevar a

escolaridade da populao de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a

alcanar, no mnimo, 12 (doze) anos de estudos no ltimo ano de vigncia desse

plano para as populaes do campo e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais

pobres, e igualar a escolaridade mdia entre negros e no negros declarados

Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE. Nesses termos, a

escolaridade mdia da populao de 18 a 29 anos em Cidade Ocidental hoje de 9

anos, dos residentes em zona rural de 7,6 anos e dos 25% mais pobres de 7,5%.

A razo entre a populao negra e no negra de 18 a 29 anos de 93,8.

Educao Inclusiva, Desigualdades, Discriminaes e Diversidade

O Plano Municipal de Educao vem de encontro com a necessidade social

vigente garantindo que todas as crianas e adolescentes de 04 (quatro) a 17

(dezessete) anos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotao tenham acesso educao bsica e ao atendimento

educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a

garantia do sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais,

classes, escolas ou servios especializados, pblicos ou conveniados.

A Lei n 9.394 de 20 de dezembro de 1996 sobre o Direito Educao e do

Dever de Educar no seu artigo 4 descreve o dever do Estado com educao escolar

pblica que ser efetivado mediante a garantia de atendimento educacional

especializado gratuito aos educandos com deficincia, transtornos globais de

0 50

100 150 200 250 300 350 400 450

Escola Municipal Nova Friburgo

Escola Municipal Jos Fernandes da

Silva Neto

Escola Municipal Helio Jones Branquinho

Escola Municipal Aleixo Pereira Braga

II

Alunos atendidos pela rede municipal

2013

2014

27

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, transversal a todos os nveis,

etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino.

Conforme fonte do IBGE/ Censo Populacional de 2010, o municpio de Cidade

Ocidental em relao meta nacional e estadual tem como percentual de 86,7% de

alunos matrculas na rede municipal de ensino enquanto a meta estadual est com

85,9% de alunos matriculados, sendo que a meta nacional est em 85,8%.

Em Cidade Ocidental pelo Censo de 2013 tivemos 124 alunos atendidos nas

salas de recursos multifuncionais, sendo 122 alunos com deficincias diversas, 02

alunos com transtornos globais de desenvolvimento, nenhum aluno com altas

habilidades ou superdotao e 204 alunos com necessidades educacionais

especiais atendidos no setor de Orientao Educacional na rede municipal de

ensino.

Pelo Censo Escolar de 2014 na rede municipal de ensino foram atendidos

263 alunos nas salas de recursos multifuncionais, sendo 238 alunos com

deficincias diversas, 13 alunos com transtornos globais de desenvolvimento, 12

alunos com altas habilidades ou superdotao e 1029 alunos com necessidades

educacionais especiais atendidos no setor de Orientao Educacional.

Atualmente o Sistema Municipal de Ensino de Cidade Ocidental possui 18

escolas com espao fsico adequado para as Salas de Recursos Multifuncionais,

com os professores de atendimento educacional especializado e salas para o setor

de orientao educacional com os orientadores educacionais por instituio.

O Censo Escolar demonstra uma crescente demanda de alunos no municpio

de Cidade Ocidental com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotao, esses alunos necessitam de diversos atendimentos

com profissionais da rea da sade, assistncia social e educacional o que mostra a

necessidade de que seja criado um Centro de Reabilitao Educacional, bem como

um Centro de Atendimento Educacional Especializado que promova apoio com

excelncia para essa demanda social.

O municpio de Cidade Ocidental possui bairros distantes, o que configura a

necessidade de transportes adaptados para alunos com deficincia, garantindo

maior acessibilidade e permanncia dos alunos nas escolas.

28

Todas as instituies escolares esto progressivamente se adequando ao que

se refere parte arquitetnica conforme os recursos recebidos direcionados a

acessibilidade.

A formao continuada acontece em todos os segmentos da educao,

primando pela incluso social e sensibilizao para o combate as desigualdades e

discriminaes, porm temos que intensificar essa ao de informaes e

esclarecimentos sobre as deficincias, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotao, necessidades educacionais especiais e

transtornos de aprendizagem, bem como formao na educao bilngue Lngua

Brasileira de Sinais e sistema Braille, fortalecendo a incluso social e educacional.

A aprendizagem e os cuidados com excelncia dos alunos deficientes mais

comprometidos se dar mediante a criao do cargo de auxiliar de sala, que apoiar

o professor no contexto pedaggico e social desse aluno.

Com o aumento dos alunos com deficincias e ou necessidades educacionais

especiais, a educao de Cidade Ocidental necessita da criao do Conselho

Municipal das Pessoas com Deficincia para deliberar sobre toda a temtica que

envolve a incluso social e educacional neste municpio.

Ensino Mdio e Educao Profissional

O ensino mdio a ltima etapa da Educao Bsica e no Brasil tem a

durao mnima de 03 (trs) anos.

A Constituio Federal no seu art. 208 preceitua que o ensino mdio,

obrigatrio e gratuito, inclusive para os que a ele no tiveram acesso na idade

prpria, dever do Estado e direito pblico subjetivo de todos os cidados.

De acordo com os dados do site Construindo as Metas, o percentual da

populao de 15 a 17 anos que frequenta a escola em Cidade Ocidental

corresponde a 85,9% e a taxa de escolarizao lquida da mesma populao de

47,3%.

A LDB no art. 35 estabelece que o ensino mdio tenha como finalidades:

I. A consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

29

II. A preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com

flexibilidade a novas condies de ocupao ou aperfeioamento

posteriores;

III. O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formao tica e desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crtico;

IV. A compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria prtica, no ensino de cada

disciplina.

O Ensino Mdio em Cidade Ocidental/GO ofertado por 3 (trs) escolas

pblicas e 4 (quatro) particulares, no entanto este quantitativo no atende com xito

a populao, pois 17,4% da mesma entre 16 ou 17 anos no frequentam a escola e

h ainda o grupo de jovens que se deslocam at o Distrito Federal para cursar o

Ensino Mdio. O municpio tambm tem um dficit de escolas nos bairros, o de

maior carncia o bairro Jardim ABC que hoje atende alguns alunos em uma

extenso do Colgio Jorge Amado, no perodo noturno, utilizando o espao da

Escola Municipal Albino Pereira Batista.

Tabela 1 Cidade Ocidental: Taxas de aprovao, reteno e abandono

2012 e 2013 Ensino Mdio Escolas Pblicas e Privadas.

ETAPA

ESCOLAR

ANO RETENO ABANDONO APROVAO

Total % Total % Total %

Ensino Mdio 2012 207 8,3 199 8,0 2075 83,7

Ensino Mdio 2013 197 7,5 235 9,0 2193 83,5

30

Em relao ao Ensino Profissionalizante o municpio no oferta esta

modalidade, alunos que cursam o ensino profissionalmente e residem em Cidade

Ocidental se descolam para o polo mais prximo que em Valparaso - Gois,

ofertado pelo IFG Instituto Federal de Gois.

Ensino Superior, Gesto Democrtica, Controle Social e Participao

O Centro Universitrio mais prximo do municpio de Cidade Ocidental a

UNIDESC e atende um bom percentual da nossa populao que se encontra no

nvel superior, j que o municpio no contempla uma instituio presencial.

Segundo informaes da UFG a previso para instalao e funcionamento dos

cursos ser em 2016.

A educao superior no municpio de Cidade Ocidental-GO atualmente conta

com a instituio Universidade Norte do Paran - UNOPAR com polo localizado na

Rua Jacob lotes 14/17, Setor de Manses Suleste.

A instituio oferece servios educacionais no sistema de ensino presencial

conectado, direcionados a cursos superiores de graduao e ps-graduao, cursos

de extenso, treinamento e atualizao profissional, conforme portaria n 3.496, de

13 de dezembro de 2012, do Ministrio da Educao, com base na Constituio

Federal e Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional LDB 9394/96.

31

Dados UNOPAR/2005 a 2010

ANO

SEMESTRE

Vestibular Matrcula Desistentes Concluintes

2005/1 70 53 02 -

2005/2 14 53 02 -

2006/1 40 83 04 -

2006/2 36 102 06 -

2007/1 161 231 11 12

2007/2 83 228 20 12

2008/1 121 284 27 17

2008/2 50 257 24 06

2009/1 70 262 25 14

2009/2 41 256 18 06

2010/1 135 330 20 38

2010/2 55 253 23 50

2011/1 95 308 20 18

2011/2 76 287 36 38

2012/1 138 329 41 28

2012/2 64 265 57 30

2013/1 221 446 36 07

2013/2 85 376 47 40

2014/1 285 557 47 34

TOTAL GERAL 1.823 4.960 466 350

A FICEPE Fraga Instituto de Educao e Pesquisa foi fundada em 2013.

Oferece extenso universitria, complementao universitria e ps-graduao. Por

no ser uma Faculdade, atua como polo/convnio com a Faculdade Albert Einstein

FALBE, localizada em Taguatinga DF.

A Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin FTED mantida pela ADEPE -

Associao Darwin de Educao e Pesquisa sob a inscrio no CNPJ

05.563.315/0001-60 tem autorizao do MEC- portaria n 222/234/235/236: de

25/01/2005 e resoluo n 01 de 08 de junho de 2007, CES-CNE. Ofereceu cursos

de Ps Graduao de 2008 a 2013.

32

Cursos ofertados:

Docncia do ensino superior

Educao infantil

Filosofia da educao

Gesto de pessoas

Gesto de recursos humanos

Gesto e orientao educacional

Gesto pblica

Libras lngua brasileira de sinais

Lngua portuguesa com nfase em gramtica e literatura

Matemtica e estatstica

Psicopedagogia clnica com nfase em ensino especial e educao inclusiva

Ps Graduao 2008 Matriculados Desistentes Certificados

Gesto e Orientao Educacional 50 alunos - 50

Lngua Portuguesa com nfase em

gramtica e literatura

21 alunos 4 17

Psicopedagogia Clnica 19 alunos - 19

Ps Graduao 2009 Matriculados Desistentes Certificados

Docncia do Ensino Superior 16 alunos 4 12

Gesto e Orientao Educacional 33 alunos 5 28

Neuropedagogia 19 alunos 9 10

33

Ps Graduao 2012 Matriculados Desistentes Certificados

Docncia do Ensino Superior 22 alunos 2 20

Educao Ambiental 01 aluno - 01

Educao Infantil 19 alunos 1 18

Gesto e Orientao Educacional 61 alunos 2 59

Gesto Pblica 02 alunos - 02

Psicopedagogia Clnica 10 alunos - 10

Ps Graduao 2013 Matriculados Desistentes Certificados

Docncia do Ensino Superior 08 alunos - 08

Gesto e Orientao Educacional 37 alunos 2 35

Psicopedagogia Clnica 13 alunos 3 10

Durante a vigncia do contrato tiveram 331 alunos matriculados, sendo 32

alunos desistentes e 299 alunos certificados nos cursos descritos acima.

O INSCIEB - Instituto Superior de Cincias e Educao Brasiliense/ UNICIEB -

Unio Universitria de Cincias e Educao Brasiliense tem SEDE: QS 07 RUA 400

Lote 01 - GUAS CLARAS/DF e Inscrita do CNPJ-MF N 08.039.327/0001-89 tem

um polo em Cidade Ocidental e vem oferecendo desde 2014 at a atualidade os

seguintes cursos de Ps-Graduao:

Cursos ofertados:

Docncia do ensino superior

Educao infantil

Gesto e orientao educacional

Gesto pblica

Libras lngua brasileira de sinais

Psicopedagogia clnica com nfase em ensino especial e educao inclusiva

34

Ps Graduao 2014 Matriculados Desistentes Certificados

Gesto e Orientao Educacional 48 alunos 4 44

Psicopedagogia Clnica 15 alunos 2 13

Os cursos ofertados so atravs de Instituies de Ensino Superior

reconhecidas pelo MEC.

Durante o ano de 2014 foram 63 alunos matriculados, sendo 6 alunos

desistentes e 57 alunos certificados nos cursos descritos acima.

A populao de Cidade Ocidental em idade escolar para o ensino superior (18

a 24 anos) em 2010 foi de 7.242 pessoas. Desse montante, 1.718 frequentaram

graduao em instituies privadas e 271 frequentaram instituies pblicas, 46

frequentam mestrado sendo 32 em instituies particulares e 14 em pblicas.

Segundo fonte do IBGE, no consta nenhum habitante deste municpio cursando

doutorado. E acima dos 25 anos, 823 pessoas possuem curso superior completo.

Em relao gesto democrtica, no municpio de Cidade Ocidental, j

acontecem as eleies diretas para gestores nas instituies estaduais pblicas e,

nas instituies municipais, o gestor indicado pelo poder executivo, porm j existe

conselho escolar nessas instituies com funo administrativa, pedaggica e

financeira, composto por representantes de pais, alunos, professores, profissional

administrativo e o diretor como membro nato.

A gesto democrtica est prevista nos artigos 14 e 15 da Lei de

Diretrizes e Bases da Educao.

Art. 14. Os sistemas de ensino definiro as normas da

gesto democrtica do ensino pblico na educao bsica, de

acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes

princpios:

I - participao dos profissionais da educao na

elaborao do projeto pedaggico da escola;

II - participao das comunidades escolar e local em

conselhos escolares ou equivalentes.

35

Art. 15. Os sistemas de ensino asseguraro s unidades

escolares pblicas de educao bsica que os integram

progressivos graus de autonomia pedaggica e administrativa e

de gesto financeira, observadas as normas gerais de direito

financeiro pblico.

Com os conselhos escolares implantados a participao dos profissionais da

educao e das comunidades escolares assegurar que esta gesto democrtica

acontea.

Valorizao dos Profissionais da Educao

O tema: formao e valorizao dos profissionais em educao nos remete

a uma luta histrica de toda a categoria do municpio de Cidade Ocidental, pensando

na qualidade e eficincia da educao pblica, no somente pela necessidade de

aprimoramento do processo educativo e pela concretizao de direitos vinculados a

um princpio cidado, presente na CF/88, em seu Art. 205, que assegura o pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua

qualificao para o trabalho.

A formao dos profissionais em educao comporta aspectos mais amplos

vinculados prtica pedaggica, vivenciada na realidade da sala de aula, como a

continuidade da formao profissional, proporcionando novas reflexes sobre a ao

profissional, e novos meios para desenvolver e aprimorar o trabalho pedaggico.

um processo de construo permanente do conhecimento e desenvolvimento

profissional, a partir da formao inicial.

O tema da valorizao esbarra em impasses conjunturais, a exemplo da

Lei n. 11.738/2008, do Piso Salarial Nacional que vem sendo questionada pela

Unio dos Dirigentes Municipais e por alguns governadores, dificultando sua

implantao. Para que a escola conte com trabalhadores preparados e motivados

para a tarefa de educar, o Plano Municipal de Educao precisa incluir os

trabalhadores da atividade-meio (servidores de apoio administrativo, merendeiras,

servios gerais, entre outros).

36

No entanto, preciso destacar que os problemas relacionados formao e

valorizao dos trabalhadores em educao so sempre complexos e,

historicamente, de lenta e gradual soluo, a exemplo de uma antiga reivindicao

do movimento educacional, como nos lembra Saviani (2008) que, em sua anlise da

proposta da ANPED para o texto do PNE, afirma que:

Um fator de interrupes nas polticas de formao dos profissionais da

escola, em todos os mbitos dos poderes pblicos, deve-se s mudanas de

gestores e aos escassos espaos para a formao, o que dificulta no melhor

aproveitamento do tempo destinado sua realizao e a aproximao da mesma

realidade da sala de aula, ainda que essa modalidade de formao continuada no

resolva toda a problemtica escolar, por no atender s especificidades das

modalidades e de todos os segmentos. Por isso mesmo, importa definir uma poltica

concreta de Estado, que no flutue ao sabor das vontades e prioridades

estabelecidas por este ou aquele governo, que se materialize em um Plano que leve

em considerao os anseios da categoria e possibilitem ganhos para toda a

sociedade, uma vez que a melhoria das condies de vida e trabalho dos

profissionais da educao representaria um importante crescimento do nvel de

qualidade da educao pblica. Como afirma Fusari (1998), a formao inicial e a

formao contnua so percebidas como dois momentos de um mesmo processo, de

tal forma que ambas se interpenetrem e se complementem, oferecendo qualidade,

quantidade e dignidade de ensino e aprendizagem formao do educador. Trata-

se, pois, de um novo paradigma para a formao dos professores.

A Educao a Distncia (EAD) surgiu no Brasil ainda no incio do sculo XX

como uma alternativa para atender s demandas educativas de jovens e adultos

excludos do acesso e permanncia na escola regular.

A valorizao do magistrio inclui, entre outras coisas, jornada

de trabalho organizada de acordo com a jornada escolar dos alunos,

concentrada num nico estabelecimento de ensino e que inclua o tempo

necessrio para as atividades complementares ao trabalho em sala de aula e

um salrio condigno, competitivo em termos de outras posies no

mercado de trabalho, abertas a candidatos com nvel equivalente de

formao (SAVIANI, 2008, p. 190).

37

Hoje, com o advento das Tecnologias de Informao e Comunicao (TICs), a

Educao a Distncia uma estratgia regular de ampliao democrtica do acesso

educao de qualidade, direito do cidado e dever do Estado e da sociedade. A

Lei n. 9.394/96, em seu art. 80, no Ttulo VIII das Disposies Gerais, trata da

Educao a Distncia - EAD como uma alternativa de reforo aos processos de

aprendizagem presencial, que deve ser incentivada pelo Poder Pblico.

O Municpio conta com o PROINFO, que um programa do MEC,

desenvolvido pela Secretaria de Educao Distncia - SEED, em parcerias com as

secretarias estaduais e municipais e que foi introduzido nas escolas atravs da

Secretaria de Educao e Cultura de Cidade Ocidental. O programa funciona de

forma descentralizada e sua principal atribuio introduzir o uso das tecnologias da

informao e da comunicao nas escolas da rede pblica de ensino fundamental e

mdio e, fomentar a produo nacional de contedos digitais educacionais.

A rede pblica municipal de ensino de Cidade Ocidental tem 13(treze) escolas

que ministram o Ensino Fundamental, das quais apenas 10(dez) possuem

laboratrios de informtica. Destas, apenas 9 (nove) tem conexo com Internet,

atravs da OI Banda Larga (Governo Federal). O municpio ainda no possui um

Ncleo de Tecnologia Municipal (NTM), o que faria um acompanhamento

pedaggico das atividades desenvolvidas nos laboratrios de informtica e poderia

ser responsvel pela formao de professores para o uso das tecnologias da

informao e comunicao (TICs) nas escolas.

No sentido de executar a poltica de informtica educativa do MEC, a

Secretaria Municipal de Educao oferece os cursos de: Educao Digital (40h);

Ensinando e Aprendendo com as TIC (60h); Redes de Aprendizagem (40h) e

Elaborao de Projetos (40h) direcionados para os diretores das escolas municipais,

professores e demais funcionrios da rede de ensino.

De acordo com o demonstrativo da Secretaria de Educao datado

11/11/2014, a rede pblica municipal de Cidade Ocidental possui 12 professores

com nvel mdio, 480 professores graduados e 291 ps-graduados lato sensu e 2

mestres stricto sensu. J a rede particular conta com 135 professores com nvel

superior.

38

Financiamento, Gesto Educacional e Regime de Colaborao

Na classificao dos municpios do entorno do Distrito Federal, Cidade

Ocidental est entre as trs cidades com o melhor ndice de Desenvolvimento

Humano Municipal IDHM que em 2010 subiu de 0,638 para 0,717. O valor do

Produto Interno Bruto PIB municipal em 2014 foi de R$ 427.113.81, a mdia do

IPCA 6,0% e a mdia do PIB Municipal do ano de 2000 a 2011 de 13,15%.

Viabilizar condies de exerccio pleno de cidadania e criar possibilidades

para que todos tenham acesso aos bens, historicamente produzidos, so tarefas que

precisam ser realizadas e estimuladas, inadiavelmente, pelo Poder Pblico.

Na Constituio Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases de 1996 foi

atribuda Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios a

responsabilidade pela administrao do Sistema Educacional Brasileiro, tendo como

fundamento o regime de colaborao entre essas instncias federadas.

O financiamento da educao, para o municpio, analisa o valor a ser

estimado para a rea de educao e o desempenho geral da economia, como por

exemplo, o PIBM (Produto Interno Bruto Municipal), a carga tributria, dentre outros.

Uma questo que no pode deixar de ser evidenciada, quando se fala em

oramento para a educao, o fato de que a capacidade de financiamento pblico

e do gasto educacional convive com um respaldo legal inscrito na Constituio

Federal, na Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, na Lei de Licitaes n 8.666/93,

na Lei do Prego n. 10.520/2002, nas Resolues do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educao FNDE. Prev ainda o salrio-educao, como fonte

adicional de financiamento na educao bsica.

O Sistema Municipal de Educao possui um importante instrumento para a

gesto responsvel dos recursos financeiros que o Fundo Municipal de Educao -

FME criado pela Lei Orgnica do Municpio de Cidade Ocidental GO, vinculado

Secretaria Municipal de Educao e Cultura. O FME tem por finalidade propiciar

apoio e suporte financeiros implantao de programas e projetos educacionais no

mbito municipal, relacionados capacitao; desenvolvimento do programa de

alimentao escolar e execuo de programas de auxlio ao educando; criao e

aperfeioamento de mecanismos que conduzam autonomia das escolas

municipais.

O Fundo Municipal de Educao - FME constitudo das receitas previstas no

39

artigo 212 da Constituio Federal e aplicadas em atividades e projetos sob a

responsabilidade da Secretaria Municipal de Educao e Cultura. Porm, no basta

alocar recursos para a educao; preciso gerenci-los e fiscaliz-los de maneira

eficaz. Por isso, o Custo Aluno Qualidade QAC mostra-se como uma ferramenta

importante, uma vez que aponta objetivamente os insumos a serem investidos na

Educao Bsica Pblica.

A ideia original dos movimentos sociais, acerca da Lei de Responsabilidade

Educacional (LRE), consiste em aprimorar o controle institucional do Estado sobre a

correta aplicao dos recursos da educao, garantindo os insumos necessrios

para a qualidade do ensino nas escolas pblicas. Assim, a LRE objetiva garantir a

eficcia das leis e das normativas que regem o Sistema Municipal de Educao.

Assim sendo, entende-se importante o acompanhamento da gesto do Plano

Municipal de Educao PME, visto que as necessidades ocorreram ao longo de

todo o processo. Por isso, as atividades devem ser feitas com a finalidade de

garantir o cumprimento das metas estabelecidas para a sociedade ocidentalense,

sobretudo para os prximos 10 (dez) anos.

Desde o ano de 2007, a Lei de Diretrizes Oramentria - LDO anual de

Cidade Ocidental obriga o Municpio a investir em educao. Justificam-se os

investimentos, na rea da educao, a partir dos indicadores de qualidade

alcanados pelo Municpio, na capacitao de pessoal, na qual representa uma

medida importante para garantir uma melhor qualidade e mais efetividade nas aes

desenvolvidas.

Em termos de financiamento da educao torna-se importante ressaltar que,

no mbito da educao bsica, destaca-se o Fundo de Manuteno e

Desenvolvimento da Educao Bsica e de valorizao dos Profissionais da

Educao-FUNDEB. Este constitui-se de 20% de fontes advindas de impostos e

transferncias constitucionais como o Fundo de Participao dos Estados FPE;

Fundo de Participao dos Municpios FPM; Imposto sobre Circulao de

Mercadorias e Servios ICMS; Imposto sobre Produtos Industrializados, relativo s

exportaes IPI-EXP; Parcela do produto da arrecadao do Imposto sobre a

Propriedade Territorial RuralITR, relativamente a imveis situados nos Municpios,

Imposto sobre Transmisso Causa Mortis e Doao de quaisquer bens ou direitos

ITCMD; Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores IPVA.

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PROJETO DE LEI

PROJETO DE LEI N ____/2015 Aprova o Plano Municipal de Educao para o decnio 2015-2025 e d outras

providncias.

Autor: Poder Executivo

A CMARA MUNICIPAL DE CIDADE OCIDENTAL, ESTADO DE GOAS, aprovou e Eu, PREFEITA MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o aprovado o Plano Municipal de Educao - PME, com vigncia por 10

(dez) anos, a contar da publicao desta Lei, na forma do Anexo, com vistas ao

cumprimento do disposto no art. 8o da Lei n 13.005/2014.

Art. 2o So diretrizes do PME:

I- reduo do analfabetismo;

II- universalizao do atendimento escolar;

III- superao das desigualdades educacionais, com nfase na promoo da

cidadania e na erradicao de todas as formas de discriminao;

IV- melhoria da qualidade da educao;

V- formao para o trabalho e para a cidadania, com nfase nos valores morais

e ticos em que se fundamenta a sociedade;

VI- promoo do princpio da gesto democrtica da educao pblica;

VII- promoo humanstica, cientfica, cultural e tecnolgica;

VIII- estabelecimento de meta de aplicao de recursos pblicos em educao

como proporo do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento s

necessidades de expanso, com padro de qualidade e equidade;

IX- valorizao dos (as) profissionais da educao;

X- promoo dos princpios do respeito aos direitos humanos, diversidade e

sustentabilidade socioambiental.

Art. 3o As metas previstas no Anexo desta Lei sero cumpridas no prazo de

vigncia deste PME, desde que no haja prazo inferior definido para metas e

estratgias especficas.

Art. 4o As metas previstas no Anexo desta Lei devero ter como referncia a

Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios - PNAD, o censo demogrfico e os

41

censos nacionais da educao bsica e superior mais atualizados, disponveis na

data da publicao desta Lei.

Pargrafo nico: O poder pblico buscar ampliar o escopo das pesquisas

com fins estatsticos de forma a incluir informao detalhada sobre o perfil das

populaes de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficincia.

Art. 5o A execuo do PME e o cumprimento de suas metas sero objeto de

monitoramento contnuo e de avaliaes peridicas, realizados pelas seguintes

instncias:

I- Secretaria de Educao e Cultura - SEC

II- Comisso de Educao da Cmara Legislativa;

III- Conselho Municipal de Educao- CME;

IV- Frum Municipal de Educao.

Pargrafo nico: Compete, ainda, s instncias referidas no caput:

I- divulgar os resultados do monitoramento e das avaliaes nos respectivos

stios institucionais da internet;

II- analisar e propor polticas pblicas para assegurar a implementao das

estratgias e o cumprimento das metas;

III- analisar e propor a reviso do percentual de investimento pblico em

educao.

Art. 6o O Municpio promover a realizao de pelo menos 2 (duas)

conferncias municipais de educao at o final do decnio, precedidas de

conferncias locais, articuladas e coordenadas pelo Frum Municipal de Educao,

institudo nesta Lei, no mbito da Secretaria de Educao.

1o O Frum Municipal de Educao, alm da atribuio referida no caput:

I- acompanhar a execuo do PME e o cumprimento de suas metas;

II- promover a articulao da conferncia municipal de educao com as conferncias locais que as precederem.

2o As conferncias municipais de educao realizar-se-o com intervalo de

at 4 (quatro) anos entre elas, com o objetivo de avaliar a execuo deste PME e

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subsidiar a elaborao do plano municipal de educao para o decnio subsequente.

Art. 7o O Municpio, o Estado e a Unio atuaro em regime de colaborao,

visando ao alcance das metas e implementao das estratgias objeto deste

Plano.

Art. 8o O plano plurianual, as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais

do Municpio sero formulados de maneira a assegurar a consignao de dotaes

oramentrias compatveis com as diretrizes, metas e estratgias deste PME a fim

de viabilizar sua plena execuo.

Art. 9o O ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica IDEB ser

utilizado para avaliar a qualidade do ensino a partir dos dados de rendimento escolar

apurados pelo censo escolar da educao bsica, combinados com os dados

relativos ao desempenho dos estudantes apurados na avaliao nacional do

rendimento escolar.

Pargrafo nico: O IDEB calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira INEP -, vinculado ao Ministrio da

Educao.

Art. 10 At o final do primeiro semestre do nono ano de vigncia deste PME, o

Poder Executivo encaminhar ao Poder Legislativo, sem prejuzo das prerrogativas

deste Poder, o projeto de lei referente ao Plano Municipal de Educao a vigorar no

perodo subsequente, que incluir diagnstico, diretrizes, metas e estratgias para o

prximo decnio.

Art. 11 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao, revogando-se as

disposies em contrrio.

GABINETE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CIDADE OCIDENTAL GO, aos

_____ dias do ms de _____ de 2015.

GISELLE CRISTINA DE OLIVEIRA ARAJO

Prefeita Municipal de Cidade Ocidental

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METAS E ESTRATGIAS

Meta 1: universalizar at 2016 a Educao Infantil na escola para crianas

de 04 (quatro) a 05 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta da educao infantil em

creches de forma a atender, no mnimo 50% (cinquenta por cento) das crianas de

03 (trs) anos at o final da vigncia desse PME.

Estratgias:

1.1) definir, em regime de colaborao entre a Unio, o Estado, o Distrito

federal e o Municpio, metas de expanso das respectivas redes pblicas

de educao infantil segundo padro nacional de qualidade, considerando

as peculiaridades locais;

1.2) garantir que, ao final da vigncia deste PME, a diferena entre as taxas de

frequncia educao infantil das crianas de at 3 (trs) anos oriundas do

quinto de renda familiar per capita mais elevado e as do quinto de renda

familiar per capita mais baixo seja inferior a 10%;

1.3) realizar, a cada dois anos em regime de colaborao, levantamento da

demanda por creche para a populao de at 3 (trs) anos, como forma de

planejar a oferta, verificar e garantir o atendimento da demanda manifesta;

1.4) estabelecer, no primeiro ano de vigncia de PME, normas, procedimentos

e prazos para definio de mecanismos de consulta pblica da demanda

das famlias por creches;

1.5) manter e ampliar, em regime de colaborao e respeitadas as normas de

acessibilidade, conforme a demanda, programa municipal de construo e

reestruturao de escola, bem como de aquisio de equipamentos,

visando expanso e a melhoria da rede fsica de escolas pblicas de

educao infantil;

1.6) Implantar avaliao municipal at o segundo ano de vigncia deste PME,

intercalando com a nacional da educao infantil, a ser realizada a cada 2

(dois) anos, com base em parmetros nacionais de qualidade, a fim de

aferir a infraestrutura fsica, o quadro de pessoal, as condies de gesto,

os recursos pedaggicos, a situao de acessibilidade, entre outros

indicadores relevantes;

44

1.7) garantir um auxiliar de sala de aula por turma de criana at 5 (cinco) anos

de idade, independente da quantidade de alunos em sala a partir do

primeiro ano de vigncia desse PME;

1.8) promover a formao inicial e continuada dos (as) profissionais da

educao infantil com formao superior e garantir a aplicabilidade de

cursos de capacitao ao auxiliares de sala, primar pelo melhor

atendimento e consolidar a qualidade nos atos de cuidar e educar,

conforme a art. 29 da LDB;

1.9) estimular e garantir a articulao entre ps-graduao, ncleos de

pesquisa e cursos de formao continuada para profissionais da educao,

de modo a garantir a elaborao de currculos e propostas pedaggicas

que incorporem os avanos de pesquisas ligadas ao processo de ensino-

aprendizagem e s teorias educacionais no atendimento da populao de 0

(zero) 5 (cinco) anos;

1.10) fomentar o atendimento das populaes do campo, das comunidades

quilombolas e itinerantes, garantindo atendimento na educao infantil por

meio do redimensionamento da distribuio territorial da oferta, limitando a

nucleao de escolas e o deslocamento de crianas, de forma a atender s

especificidades dessas comunidades, garantido consulta prvia e

informada;

1.11) garantir no primeiro ano de vigncia, o acesso educao infantil e

fomentar a oferta do atendimento educacional especializado complementar

e suplementar aos (s) alunos (as) com necessidades educacionais

especiais, com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotao, assegurando a educao bilngue para

crianas surdas e a transversalidade da educao especial nessa etapa da

educao bsica;

1.12) implementar, em carter complementar, programas de orientao e apoio

s famlias, por meio da articulao das reas de educao inclusiva,

sade e assistncia social, com foco no desenvolvimento integral das

crianas de at 3 (trs) anos de idade;

45

1.13) preservar as especificidades da educao infantil na organizao das

redes escolares, garantindo o atendimento da criana de 0 (zero) 5

(cinco) anos em estabelecimentos que atendam a parmetros nacionais

de qualidade, e a articulao com a etapa escolar seguinte, visando ao

ingresso do (a) aluno (a) de 6(seis) anos de idade no ensino fundamental;

1.14) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da

permanncia das crianas na educao infantil, em especial dos

beneficirios de programas de transferncia de renda, em colaborao

com as famlias e com os rgos pblicos de assistncia social, sade e

proteo infncia;

1.15) promover a busca ativa de crianas em idade correspondente educao

infantil, em parceria com rgo pblicos de assistncia social, sade e

proteo infncia, preservando o direito de opo da famlia em relao

s crianas de at 3 (trs) anos;

1.16) o Municpio com a colaborao da Unio e do Estado realizar e

publicar, a cada ano, levantamento da demanda manifesta por educao

infantil em creches e pr-escola, como forma de planejar e verificar o

atendimento;

1.17) garantir o acesso educao infantil em tempo integral, para o mnimo de

60% (sessenta por cento) para as crianas de 4 (quatro) 5 (cinco) anos,

conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educao Infantil;

1.18) garantir a reduo de alunos por turma em caso de insero de crianas

com necessidades educacionais especiais e ou deficincia, conforme

regulamentao do sistema de ensino, visando melhor atendimento e

desenvolvimento do educando, de acordo com a LDB nos artigos 58 e 59.

Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a

populao de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa

e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, at o

ltimo ano de vigncia deste PME.

Estratgias:

46

2.1) colaborar com a Unio at o final do 1 ano de vigncia deste PME, com a

elaborao, precedida de consulta Pblica Municipal, da proposta de

direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os alunos do

ensino fundamental;

2.2) atuar em regime de colaborao com Unio e Estado no mbito da

instncia permanente de que trata o 5 do art. 7 da Lei n 13005 de 2014

na implantao dos direitos e objetivos de aprendizagem e

desenvolvimento que configuraro a base nacional comum curricular do

ensino fundamental;

2.3) definir e implementar os direitos e objetivos da aprendizagem e

desenvolvimento municipal, alinhados aos definidos pelo CNE, no 1 ano

de vigncia aps essa definio.

2.4) criar mecanismos e oferecer condies adequadas, espao fsico e

materiais pedaggicos, at o final do 2 ano de vigncia deste PME para o

acompanhamento individualizado dos (as) alunos (as) do ensino

fundamental;

2.5) construir escolas suficientes a partir do 3 ano de vigncia desse PME, em

regime de colaborao com a Unio e o Estado, para atender

progressivamente toda demanda do ensino fundamental e garantir a

adequao do nmero de alunos, professores e m2 por sala conforme

regulamentao do Sistema de Ensino;

2.6) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da

permanncia e do aproveitamento escolar dos beneficirios de programas

de transferncia de renda, bem como das situaes de discriminao,

preconceito e violncia na escola, visando ao estabelecimento de

condies adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em

colaborao com as famlias e com rgos pblicos de assistncia social,

sade e proteo infncia, adolescncia e juventude;

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm#art75

47

2.7) promover a busca ativa de crianas e adolescentes fora da escola e as

infrequentes, em parceria com rgos pblicos de assistncia social,

sade e proteo infncia, adolescncia e juventude;

2.8) prover tecnologias pedaggicas que combinem, de maneira articulada, a

organizao do tempo e das atividades didticas entre a escola e o

ambiente comunitrio, considerando as especificidades da educao

especial, da escola do campo, da quilombola e comunidades itinerantes e

oferecer suporte pedaggico ao profissional de educao por meio de

formao continuada e especializao para este segmento da educao;

2.9) disciplinar, no mbito dos sistemas de ensino, a organizao flexvel do

trabalho pedaggico, incluindo adequao do calendrio escolar de

acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condies

climticas da regio;

2.10) promover a relao das escolas com instituies e movimentos culturais,

com apoio financeiro da Secretaria Estadual e Municipal de Educao e

Cultura a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a

livre fruio dos (as) alunos (as) dentro e fora dos espaos escolares,

assegurando ainda que as escolas se tornem polos de criao e difuso

cultural a partir do 2 ano de vigncia deste PME;

2.11) a partir do primeiro ano de vigncia deste PME, realizar bimestralmente

atividades escolares que promovam o envolvimento dos pais ou

responsveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por

meio do estreitamento das relaes entre as escolas e as famlias, bem

como buscar parceria com o Ministrio Pblico para garantir esse

acompanhamento;

2.12) estimular a oferta do ensino fundamental, em especial dos anos iniciais,

para as populaes do campo e quilombola, nas prprias comunidades;

2.13) normatizar e desenvolver a partir do 1 ano de vigncia deste PME, formas

alternativas de oferta do ensino fundamental, garantida a qualidade, para

48

atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de

carter itinerante;

2.14) oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos (s) estudantes e de

estmulo a habilidades, inclusive mediante participao em certames e

concursos nacionais;

2.15) promover atividades de desenvolvimento e estmulo a habilidades

esportivas nas escolas, com auxlio de material bsico, custeado pela

Secretaria Estadual e Municipal de Educao e Cultura, interligadas a um

plano de disseminao do desporto educacional e de desenvolvimento

esportivo nacional;

2.16) construir em regime de colaborao com a Unio e o Estado at o 5 ano

de vigncia deste PME, um Centro Poliesportivo para atendimento no

contra turno dos alunos matriculados na rede municipal de ensino;

2.17) garantir e construir at o final do terceiro ano de vigncia deste plano,

material pedaggico especfico educao quilombola, do campo e

itinerante, para uso de alunos e profissionais da educao;

2.18) aderir at o 2 ano de vigncia desse plano, o Programa Nacional de

Educao do Campo (PRONACAMPO), em parceria com o Governo

Federal.

Meta 3: universalizar, at 2016, o atendimento escolar para toda a populao

de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, at o final do perodo de vigncia

deste PME, a taxa lquida de matrculas no ensino mdio para 60% (sessenta por

cento).

Estratgias:

3.1) participar de programa nacional de renovao do ensino mdio, a fim de

incentivar prticas pedaggicas com abordagens interdisciplinares

estruturadas pela relao entre teoria e prtica, por meio de currculos

escolares que organizem, de maneira flexvel e diversificada, contedos

obrigatrios e eletivos articulados em dimenses como cincia, trabalho,

49

linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a aquisio de

equipamentos e laboratrios, a produo de material didtico especfico, a

formao continuada de professores e a articulao com instituies

acadmicas, esportivas e culturais;

3.2) colaborar com a Unio at o final do 2 ano de vigncia do PME, com a

elaborao da proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e

desenvolvimento para os alunos do ensino fundamental e mdio;

3.3) participar da implementao e definio dos direitos e objetivos da

aprendizagem e desenvolvimento estadual, alinhados aos definidos pelo

CNE, no 1 ano de vigncia aps essa definio;

3.4) garantir a fruio de bens e espaos culturais, de forma regular, bem como

a ampliao da prtica desportiva, integrada ao currculo escolar;

3.5) implementar e manter programas e aes de correo de fluxo do ensino

fundamental, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno

(a) com rendimento escolar defasado e pela adoo de prticas como

aulas de reforo no turno complementar, estudos de recuperao e

progresso parcial, de forma a reposicion-lo no ciclo escolar de maneira

compatvel com sua idade;

3.6) estimular a participao no Exame Nacional do Ensino Mdio - ENEM,

em matriz de referncia do contedo curricular do ensino mdio e em

tcnicas estatsticas e psicomtricas que permitam comparabilidade de

resultados, articulando-o com o Sistema Nacional de Avaliao da

Educao Bsica - SAEB, e promover sua utilizao como instrumento de

avaliao sistmica, para subsidiar polticas pblicas para a educao

bsica, de avaliao certificadora, possibilitando aferio de

conhecimentos e habilidades adquiridos dentro e fora da escola, e de

avaliao classificatria, como critrio de acesso educao superior;

3.7) fomentar a expanso das matrculas gratuitas de ensino mdio integrado

educao profissional, observando-se as peculiaridades das populaes

do campo, quilombolas e das pessoas com deficincia;

50

3.8) estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e

da permanncia dos e das jovens beneficirios (as) de programas de

transferncia de renda, no ensino mdio, quanto frequncia, ao

aproveitamento escolar e interao com o coletivo, bem como das

situaes de discriminao, preconceitos e violncias, prticas irregulares

de explorao do trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce, em

colaborao com as famlias e com rgos pblicos de assistncia social,

sade e proteo adolescncia e juventude;

3.9) promover a busca ativa da populao de 15 (quinze) a 17 (dezessete)

anos fora da escola, em articulao com os servios de assistncia social,

sade e proteo adolescncia e juventude;

3.10) garantir a oferta de programas de educao e de cultura para a populao

urbana, do campo e quilombola de jovens, na faixa etria de 15 (quinze)

a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificao social e profissional

para aqueles que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo

escolar;

3.11) redimensionar a oferta de ensino mdio nos turnos diurno e noturno, bem

como a distribuio territorial das escolas de ensino mdio, de forma a

atender a demanda, de acordo com as necessidades especficas dos (as)

alunos (as);

3.12) desenvolver formas alternativas de oferta do ensino mdio, garantida a

qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se

dedicam a atividades de carter itinerante;

3.13) implementar polticas de preveno evaso motivada por preconceito ou

quaisquer formas de discriminao, criando rede de proteo contra

formas associadas de excluso;

3.14) estimular a participao dos adolescentes nos cursos das reas

tecnolgicas e cientficas.

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3.15) potencializar o ingresso ao ensino superior, estimulando a preparao

remota e prvia aos exames de seleo, por meio de estratgias prprias

nas unidades do ensino mdio.

Meta 4: universalizar, para a populao de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos

com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotao, o acesso educao bsica e ao atendimento educacional

especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de

sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas

ou servios especializados, pblicos ou conveniados.

Estratgias:

4.1) informar no Censo Escolar as matrculas para fins do repasse do Fundo de

e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais

da Educao - FUNDEB, as matrculas dos (as) estudantes da educao

regular da rede pblica que recebam atendimento educacional

especializado complementar e suplementar, sem prejuzo do cmputo

dessas matrculas na educao bsica regular, e as matrculas efetivadas,

conforme o censo escolar mais atualizado, na educao especial oferecida

em instituies comunitrias, confessionais ou filantrpicas sem fins

lucrativos, conveniadas com o poder pblico e com atuao exclusiva na

modalidade, nos termos da Lei no11.494, de 20 de junho de 2007;

4.2) promover, no prazo de vigncia deste PME, a universalizao do

atendimento escolar demanda manifesta pelas famlias de crianas de 0

(zero) a 3 (trs) anos com deficincia, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, observado o que

dispe a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as

diretrizes e bases da educao nacional;

4.3) implantar, ao longo deste PME, salas de recursos multifuncionais e a

formao continuada de professores e profissionais da educao para o

atendimento educacional especializado nas escolas urbanas, do campo,

comunidades quilombolas e itinerantes;

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11494.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm

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4.4) destin