Upload
others
View
5
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
GGOOVVEERRNNOO DDOO EESSTTAADDOO DDEE MMAATTOO GGRROOSSSSOO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA
SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA
ANÁLISE DA RECEITA PÚBLICA - 2012 1º Semestre (jan-jun)
Cuiabá – Agosto - 2012
SILVAL BARBOSA Governador do Estado de Mato Grosso
EDMILSON JOSÉ DOS SANTOS Secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso
BENEDITO NERY GUARIM STROBREL Secretário Adjunto Executivo do Núcleo Fazendário - SENF
AVANETH ALMEIDA DAS NEVES Secretária Adjunta do Tesouro Estadual – SATE
MARCEL SOUZA DE CURSI Secretário Adjunto da Receita Pública - SARP
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
3
Sumário
Resumo executivo - receita pública ................................................................................................ 7 Aspectos legais ............................................................................................................................. 16 Aspectos metodológicos ............................................................................................................... 17 Códigos das Atividades Econômicas (CNAE´s) .......................................................................... 20
Comportamento da receita tributária ............................................................................................ 24 Gráficos ........................................................................................................................................ 24 Tabelas .......................................................................................................................................... 29 Eficácia Tributária – 2011 ............................................................................................................ 32 Analise do Inconverso .................................................................................................................. 34
Resumos ....................................................................................................................................... 37 Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos ........................................................ 40 Modelo econométrico de previsão da arrecadação de ICMS ....................................................... 58
ICMS per capita ............................................................................................................................ 61 Ranking Carga ICMS por Unidade da Federação ........................................................................ 63 Transferências Constitucionais per capita .................................................................................... 67
Transferências Constitucionais e Legais - CIDE .......................................................................... 69 Transferências Voluntárias. .......................................................................................................... 71 Multas, juros e dívida ativa........................................................................................................... 72
Créditos tributários “sub judice”. ................................................................................................. 73 Valores transferidos a fundos. ...................................................................................................... 76
PTA da receita pública – 2008 - 2011 .......................................................................................... 77 Sítios consultados pela Secretaria de Fazenda ............................................................................. 90
Anexos.............................................................................................................................89
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
4
EQUIPE DA SECRETARIA ADJUNTA DA RECEITA PÚBLICA - SARP
SECRETÁRIO ADJUNTO DA RECEITA PÚBLICA Marcel Souza de Cursi - Fiscal de Tributos Estaduais
UNIDADE TÉCNICA DE NEGÓCIO DA RECEITA PÚBLICA - UNRP
Nardele Pires Rotherbarth – Fiscal de Tributos Estaduais/Assessor
Marly Aparecida Tavares Pauletti - Agente de Tributos Estaduais
Maira Cristina de Santana Alves – Fiscal de Tributos Estaduais
Paulo César da Silva - Técnico em Processamento
UNIDADE DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA - UPEA
Jonil Vital de Souza – Agente de Tributos Estaduais/Assessor
Eliézer Pereira da Silva - Técnico da Área Instrumental do Governo
Elizeu Gomes de Souza - Técnico da Área Instrumental do Governo
Greice Caroline Guerro - Técnica da Área Instrumental do Governo
Jacildo Souza – Agente de Tributos Estaduais
Emanuel Jesus Daubian Costa – Fiscal de Tributos Estaduais
Luiz Gonçalo Pereira Ormond – Agente de Tributos Estaduais
Paulo Cezar de Souza – Gestor Governamental
Valdi Simão de Lima - Fiscal de Tributos Estaduais
UNIDADE DE RELAÇÕES FEDERATIVAS FISCAIS - URFF
Lucymar Regina Padoan S.Froés – Agente de Tributos Estaduais
Iara Xavier – Fiscal de Tributos Estaduais
Lucas Elmo Pimentel Filho – Fiscal de Tributos Estaduais
Polyanna Maria de Alcântara Ribeiro Lima – Fiscal de Tributos Estaduais
Thelniza Vieira de Araújo – Agente de Administração Fazendária
Zilanda Sorai de Oliveira – Agente da Área Instrumental do Governo
UNIDADE EXECUTIVA DA RECEITA PÚBLICA - UERP
Alexandre Paulino Monea – Fiscal de Tributos Estaduais
Carlos Henry Dantas de Souza – Fiscal de Tributos Estaduais
Janete Sichoski Ferro – Fiscal de Tributos Estaduais
José Ortega – Fiscal de Tributos Estaduais
Paulo da Silva Nardes – Técnico da Área Instrumental do Governo
Halex Maciel Silva Vieira – Agente de Tributos Estaduais
UNIDADE DE POLÍTICA E TRIBUTAÇÃO - UPTR
Jorge Luiz da Silva – Fiscal de Tributos Estaduais
Carlos Alberto Eitaró Oshiro – Agente de Tributos Estaduais
Edgar Dias Correa – Fiscal de Tributos Estaduais
Valéria Isaac Marques - Técnica da Área Instrumental do Governo
José Humberto Oliveira de Holanda – Agente de Tributos Estaduais
Moisés de Campos Ferreira – Técnico da Área Instrumental do Governo
Tayná Jully Ferreira Costa – Estagiária
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
5
UNIDADE DE INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DO NEGÓCIO – UISN
Luciney Martins de Almeida Moreira – Fiscal de Tributos Estaduais
José Serra Neto - Fiscal de Tributos Estaduais
Carlos Alberto Eitaró Oshiro - Agente de Tributos Estaduais
Nadir Sumie Yoshida Minakami - Fiscal de Tributos Estaduais
Luciana Martins Dornas - Agente de Tributos Estaduais
PRÓ-FISCO César Henrique Ruivo Gatti – Agente de Tributos Estaduais
Edson Fontana de Oliveira - Fiscal de Tributos Estaduais
APOIO DIRETO AO GABINETE Valéria Cristina Cunha Cintra – Assistente Técnica
Maria Alves da Silva – Agente da Área Instrumental do Governo
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
6
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho avalia o comportamento da receita pública do Estado de
Mato Grosso no primeiro Semestre/2012, cumprindo assim o dispositivo do Art. 12 da
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Parte do conteúdo deste documento compara as
receitas efetivamente ingressadas no erário estadual com os montantes de receitas que
foram previstas pela Secretaria de Estado de Fazenda.
Art. 12 As previsões de receita observarão as normas
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas (LRF, 2000)
As análises da receita visam prevenir riscos futuros, além de permitirem
correções de eventuais desvios das metas legais e econômicas. Desse modo, o esforço
em antecipar as distorções das metas pode ser corrigido em tempo como tentativa de
evitar desequilíbrios das contas públicas.
Uma visão geral de receita como a elaborada neste documento é uma tentativa
de sintetizar informações e evidenciá-las a todos os gestores, possibilitando a estes o
cumprimento da gestão fiscal (acompanhamento e avaliação permanente através de
análises, estudos e diagnósticos da receita) como estabelecido no Art. 67 da LRF, inc.4.
Ao auferir resultados obtidos referentes ao ano anterior pretende-se motivar
todos os gestores públicos a realizarem as receitas cabíveis ao Estado de Mato Grosso
de acordo com os princípios tributários e com o potencial da economia.
Procurou-se identificar o potencial de algumas das Receitas Tributárias e suas
componentes (IRRF, IPVA, ITCD, ICMS e TAXAS) como também, o FETHAB que,
no presente trabalho foram denominadas “receitas analisadas”.
A distância entre a receita realizada e a analisada representa possibilidades de o
Estado avançar na arrecadação sem aumentar alíquotas dos tributos de sua competência.
A diferença entre a arrecadação realizada e a analisada representa também um desafio
para os respectivos gestores dessas contas (IRRF, IPVA, ITCD, ICMS e TAXAS).
Procura-se, assim, contribuir tanto para o aperfeiçoamento das atividades fiscais como
melhorar os mecanismos ou processos para a operacionalização das receitas.
MARCEL SOUZA DE CURSI
Secretário Adjunto da Receita Pública
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
7
RESUMO EXECUTIVO - RECEITA PÚBLICA
Tabela 1 – Código, Especificação e Comparação entre
Receita Prevista e Realizada no 1º Sem/2012.
A tabela 1 ressalta o peso de três contas na composição da receita. As receitas
Tributárias, de Contribuições e Transferências Correntes responderam no 1º
Semestre/2012 por 84,15 % de toda a receita estadual.
Receita Patrimonial
A receita patrimonial foi de R$ 37,43 milhões, destacando-se neste grupo as
receitas de valores mobiliários, remuneração de depósitos bancários e outras receitas de
valores mobiliários.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
8
RECEITA AGROPECUÁRIA
A receita Agropecuária no período foi de apenas R$ 110,8 mil reais,
possuindo pouca representatividade do total das receitas, participando com apenas 0,002
%. As receitas que compõem este grupo são: Receita da produção animal e derivados e
Outras receitas agropecuárias.
RECEITA INDUSTRIAL
A receita Industrial foi de R$ 1,3 milhões de reais, sendo composta
basicamente pela receita da indústria de transformação.
RECEITA DE SERVIÇOS
A receita de Serviços foi de 180,96 milhões, representando 2,85 % do
total das Receitas do estado. Dentre as receitas deste grupo destacam-se os serviços
relativos ao trânsito, saúde e agropecuários.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
9
Tabela 2 - Especificação da Receita Prevista, Realizada e
Participação Percentual das Receitas no 1º Quadrimestre/2012 (em
milhões de reais).
A Receita Pública Total realizada no 1º Sem/2012 foi de R$ 6,35 bilhões,
ficando 8,2% abaixo da prevista na LOA, fato este que pode ser explicado pela pouca
realização da receita de capital no período, haja vista que algumas operações de crédito
previstas na LOA serão liberadas durante o decorrer do exercício.
A tabela 2 permite verificar que pelo potencial (analisada), a receita pública
total, poderia ter alcançado R$ 7,47 bilhões no período, ou seja, 7,9 % acima da
prevista.
A tabela mostra que as receitas tributárias realizadas no período obtiveram um
valor acima do projetado na LOA em 9,2 %.
TAXAS Quanto às taxas (Segurança Pública, Serviços Estaduais e Judiciárias),
estimou-se na LOA um montante para o período de R$ 45,09 milhões, no entanto, o
valor realizado foi de R$ 60,36 milhões, ou seja, 33,9 % superior ao previsto. O que
justifica o bom desempenho no período foi a mudança no valor da UPF-MT que serve
de base para o cálculo de várias taxas de serviços estaduais.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
10
IPVA
A previsão de arrecadação do IPVA para o período foi de R$ 233,93 milhões,
sendo realizado R$ 269,87 milhões, ficando 15,4% acima do previsto. Analisando o
comportamento desta receita no período, concluiu-se que poderia ter atingido o
montante de R$ 285,26 milhões.
ICMS
O valor do ICMS projetado na LOA para o período foi de R$ 2,4 bilhões,
sendo realizado R$ 2,6 bilhões, portanto 8 % superior ao previsto, em valores nominais.
Imposto sobre transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens e Direitos
(ITCD)
Houve uma significativa melhoria nos índices de recolhimento do ITCD,
especialmente devido à ação fazendária de vistoria de imóveis sujeitos ao fato gerador.
Anteriormente, o ITCD era recolhido tendo como base o valor cadastral informado
pelas prefeituras e nem sempre esses imóveis tinham seus preços regularmente
atualizados. Agora, há um esforço para recolher o ITCD com base numa avaliação do
imóvel feita por servidor fazendário, o que permitiu uma arrecadação de R$ 22,42
milhões, contra uma previsão de R$ 10,23 milhões, incremento de 119,1 %.
Transferências Correntes (Constitucionais e Legais) Estava prevista uma receita de R$ 1,6 bilhões de transferências correntes para o
período, no entanto, a realização foi de R$ 1,57 bilhões, ficando 2,6% abaixo do valor
orçado. A realização abaixo do previsto na LOA pode ser explicado pelo fato de não ter
sido repassada nenhuma parcela do FEX – Fundo de Fomento às Exportações, no
período analisado.
Multas e juros
Os valores efetivamente recebidos a título de Multas e Juros ficaram abaixo do
valor orçado em 30,2%, totalizando 63,09 milhões ante os R$ 90,32 milhões previstos
na LOA.
Receita da Dívida Ativa A Receita orçada da Dívida Ativa para o período foi de R$ 28,63 milhões,
realizando-se R$ 23,08 milhões, portanto, 19,4% abaixo do previsto.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
11
RECEITAS DE CAPITAL
As receitas de capital apresentaram um resultado inferior em relação ao
estimado na LOA para o período, ou seja, estava prevista uma receita de R$ 974,54
milhões, realizando-se, apenas, R$ 120,92 milhões.
Salientamos que este comportamento pode ser explicado pelo fato de existirem
Operações de Crédito em andamento, principal componente de receita deste grupo, que
serão liberadas no decorrer do exercício.
Tabela 3 - Arrecadação ICMS, Nominal e Corrigido, para o Período entre jan e
abr/2003 a 2012 (em Milhões de Reais)
Observando-se o valor do ICMS, no intervalo de nove anos (2003 – 2012),
verificamos uma variação nominal de 144 % e corrigida de 46 % na arrecadação do
referido tributo.
Comparando-se em termos nominais os valores arrecadados no 1º Sem/2012
com os do mesmo período do ano anterior, observa-se uma variação positiva de 13,62%.
Já em termos reais houve variação positiva de 9,14%.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
12
Tabela 4 – Tributos (ICMS, IRRF, IPVA, ITCD e Taxas), Valores
Projetados na Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Receita Realizada 1º Sem/2012.
Os dados mostram que o montante de arrecadação da receita tributária ficou
9,2% acima das projeções iniciais, resultando uma receita superior à prevista em R$
267,2 milhões de reais.
A análise do efetivo comportamento da economia no período indica que essa
arrecadação poderia ter sido 7,4 % (R$ 234,7 milhões) maior do que a realizada, o que
indica que há espaço para incremento da receita tributária.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
13
Tabela 5 - Análise da Receita Projetada e Analisada obtida com o IPVA no
1º Sem/2012.
O valor do IPVA previsto na LOA para o 1º Sem/2012 foi de R$ 233,93
milhões, no entanto foi realizado a importância de R$ 269,87 milhões, ou 15,4% acima,
todavia analisando o potencial dessa receita, estima-se que poderia ter alcançado o valor
de R$ 285,26 milhões, portanto aproximadamente 15,3 milhões acima do arrecadado.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
14
Tabela 6 - Transferências Correntes – 1º Sem/2012.
A tabela acima demonstra as Transferências Correntes para o Estado de Mato
Grosso no 1º Sem/2012. Há que se destacar como positivos as Transferências de: FPE;
IOF-Ouro; Transfer.Comp.Financ; Transf.do FNAS; Transf.Rec.Fund.Nac.Des.Educ;
Transf.Fundeb; Tansf.Convênios – Negativos: IPI-LC 61/89; CIDE; Tansf.Rec.Sus;
Contr.Inativos e Pension; FEX; Cota Parte Conc.Prognósticos; Transf.do Estado
(Encargos Inativos MS);
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
15
Tabela 7 – Receita potencial, Inconverso, FETHAB efetivo e índice de Inconverso
para soja, gado, diesel, algodão, e madeira. Valores realizados no 1º Sem/2012.
Observa-se para o período uma receita potencial de R$ 422,17 milhões para o
Fundo Estadual de Transporte e Habitação (FETHAB). A receita realizada foi de R$
390,97 milhões, sendo destinados R$ 117,89 milhões para a SECOPA e R$ 39,31
milhões para a SECID, para fomentar obras de infra-estrutura visando à Copa do Mundo
de 2014. Quando comparamos o valor efetivo com o valor potencial, em princípio,
poderíamos presumir que as bases econômicas sob as quais incide a contribuição para o
Fundo (Soja, Gado, Diesel, Algodão e Madeira) poderiam gerar um montante de
FETHAB total superior em 7,98%.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
16
ASPECTOS LEGAIS E METODOLÓGICOS
ASPECTOS LEGAIS
1. DISPOSIÇÕES LEGAIS
Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/2000
A Lei de Responsabilidade Fiscal determina a realização, a cada dois meses, de
uma avaliação de desempenho da receita.
Uma das vantagens dessa análise é que ela propicia um contexto mais amplo
das causas que estão influenciando o comportamento das receitas. Naturalmente que a
observação das causas permite correção de rumos. Entre as mudanças possíveis,
destaca-se a atuação do aparelho fiscal movido pela necessidade de desdobramento e
cumprimento de metas bimestrais de receitas.
O acompanhamento da arrecadação visa garantir as metas estabelecidas na Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas
técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação,
da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de
cálculo e premissas utilizadas.
Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas
serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das
medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores
de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da
evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança
administrativa.
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos,
nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolso.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a
realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas
de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato
próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes,
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
17
limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda
que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram
limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que
constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive
aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 3º No caso de o Poder Legislativo e Judiciário e o
Ministério Público não promoverem a limitação no prazo
estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os
valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o
Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas
fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão
referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas
Legislativas estaduais e municipais.
(Constituição Federal, art. 166, § 1º... Comissão
permanente de Senadores e Deputados).
A LRF prevê também a prestação de contas periódicas à sociedade das
realizações do Poder Executivo no campo tributário. Trata-se da divulgação do seu
programa de melhoria da arrecadação e de sua política tributária.
Conforme se interpreta o Art. 12 da LRF, caso a receita própria venha mostrar-
se declinante, o Estado poderá:
Adotar medidas para atualização do cadastro de contribuintes;
Focar o aparelho fiscalização para evitar sonegação de tributos;
Rever as isenções concedidas;
Adequar taxas ao custo real dos serviços e outras medidas.
Decidir sobre outras ações recuperadoras de créditos.
Nesse sentido, a LRF estabelece: Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho
da arrecadação em relação à previsão, destacando as providências
adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à
sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias
administrativa e judicial, bem como as demais medidas para
incremento das receitas tributárias e de contribuições.
ASPECTOS METODOLÓGICOS
METODOLOGIA
Projeção da Receita do ICMS
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
18
A metodologia de estimativa da receita de ICMS adotada pela SEFAZ/MT, em
março de 2001, considerou a dinâmica macroeconômica atual e futura da base produtiva
do Estado, ao invés da tendência histórica de comportamento da receita. O acelerado
processo de crescimento e transformação produtiva da economia local, a partir da
segunda metade da década de 90, motivou essa decisão. Entendeu-se que o ritmo e a
trajetória do ICMS de hoje não guardava aderência com o verificado nos últimos 10
anos.
Assim, a previsão de receita de ICMS deu-se a partir de informações sobre o
potencial de consumo e de estimativas do comportamento do PIB setorial, em
agrupamentos denominados SEGMENTOS.
Esse agrupamento poderia ser feito sob a ótica do produto ou da sua cadeia
produtiva. Optou-se pelo agrupamento da cadeia produtiva, pois tal procedimento
guarda sintonia com a abordagem adotada pelo Governo do Estado em sua Política de
Desenvolvimento Regional. Além disso, essa estruturação contribui para a padronização
do Sistema de Administração Tributária, em consonância com o modelo de gestão da
SEFAZ/MT e permite maior eficácia na projeção e acompanhamento da receita. Permite
ainda mensurar e avaliar o efeito multiplicador da renda e de tributos decorrentes da
produção.
Apesar desse entendimento, não foi possível enquadrar todos os Segmentos no
conceito de cadeia produtiva, de modo que alguns ainda permanecem sob a ótica do
produto. Adotou-se, portanto, o conceito misto, conforme demonstrado na tabela 8.
Tabela 8 - Segmentos da Economia Mato-Grossense e seu
Respectivo Conceito Misto (sob a Ótica de Cadeia Produtiva e da
Ótica de Produto)
SEGMENTO
CONCEITO MISTO
1. Algodão Produção, Indústria, Comercialização
2. Arroz Produção, Indústria, Comercialização (exclusive comercialização alcançada por outros segmentos)
3. Atacado Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos
4. Bebidas Indústria, Distribuição e Comercialização
5. Combustíveis
Diesel, Álcool, Gasolina, GLP, GNV, Querosene
6. Comunicação
Telefonia, Rádio Difusão, TV, TV a Cabo, Correios, Internet
7. Energia Elétrica
Consumo
8. Madeira Extração, Beneficiamento, Indústria Moveleira
9. Medicamentos
Distribuidores e Farmácia
10. Pecuária
Produção, Indústria, Exportação, Comercialização (inclusive frigoríficos, casas de carnes, etc)
11. Soja Produção, Indústria, Exportação e Comercialização Mercado Interno
12. Supermercados
Hiper, Super, Produtos Alimentícios, bebidas, fumos, outros (inclusive substituição tributária)
13. Transportes
Aéreo, rodoviário de cargas e passageiros, ferroviário, fluvial
14. Varejo Exclusive mercadorias contempladas nos segmentos e inclusive substituição tributária
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
19
15. Veículos
Automóveis, Motos, Ônibus, Caminhões, Auto-Peças, Pneus e Acessórios
16. Outros Outras receitas de ICMS (inclusive outros produtos agrícolas não alcançados pelos segmentos)
Os critérios para definir produto ou cadeia produtiva como Segmento foram
sua representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado, de modo que o
conjunto dos Segmentos representasse, no mínimo, 90% da arrecadação total.
Para os diversos PIBs setoriais – PIB dos Segmentos - adotou-se a hipótese de
elasticidade unitária PIB - receita tributária, ou seja, para cada ponto de
crescimento/redução no PIB registra-se um incremento/queda de um ponto na receita de
ICMS.
Como Proxy do PIB considerou-se a estimativa do faturamento de cada
Segmento, com base em informações sobre a demanda local, obtida a partir de
indicadores de consumo per capta e do volume de produção do Segmento. Essa
informação permitiu identificar a capacidade contributiva potencial dos agentes
econômicos.
O ICMS potencial, obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do
segmento no valor do faturamento, refere-se ao valor da arrecadação em uma situação
ideal (ausência de externalidades na gestão tributária, tais como, renúncia,
inadimplência, medidas judiciais que anulem a obrigação tributária, contencioso
administrativo e sonegação).
A renúncia por segmento foi calculada a partir de levantamento das concessões
de incentivos fiscais isolados (redução de base de cálculo, crédito presumido, crédito
outorgado, isenção, diferimento) e de programas de incentivos fiscais.
O ICMS potencial menos a renuncia, o aproveitamento de crédito é igual ao
ICMS efetivo. O Inconverso por sua vez é composto de quatro variáveis: contencioso
administrativo, contencioso judicial, conta corrente ou inadimplência e um valor
residual configurado como fraude (ver ilustração 1).
ICMS efetivo é obtido com base no registro das receitas recolhidas ao erário.
Essa metodologia permitiu identificar um importante indicador de desempenho da
receita pública, que é o de eficácia tributária, o qual estabelece uma relação entre a
receita efetiva e receita potencial, revelando o espaço ainda existente para avançar em
termos de arrecadação.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
20
Códigos das Atividades Econômicas (CNAE´s)
Segmento: Algodão
CNAES Descrição
1321-9/00 Tecelagem de fios de algodão
1311-1/00 Preparação e fiação de fibras de algodão
0112-1/01 Cultivo de algodão herbáceo
4623-1/03 Comércio atacadista de algodão
Segmento: Arroz
1061-9/02 Fabricação de produtos do arroz
0111-3/01 Cultivo de arroz
4632-0/01 Comércio atacadista de cereais e leguminosas beneficiados
1061-9/01 Beneficiamento de arroz
Segmento: Atacado
0114-8/00 a 1749-4/00
2011-8/00 a 2829-1/01
3050-4/00 a 3329-5/99
4623-1/04 a 4693-1/00
Com 212 atividades
Segmento: Bebidas
1112-7/00 Fabricação de vinho
1033-3/02 Fabricação de sucos de frutas, hortaliças e legumes, exceto concentrados
1033-3/01 Fabricação de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes
1122-4/01 Fabricação de refrigerantes
1122-4/03 Fabricação de refrescos, xaropes e pós para refrescos, exceto refrescos de frutas
1122-4/99 Fabricação de outras bebidas não-alcoólicas não especificadas anteriormente
1111-9/02 Fabricação de outras aguardentes e bebidas destiladas
1113-5/01 Fabricação de malte, inclusive malte uísque
1122-4/02 Fabricação de chá mate e outros chás prontos para consumo
1113-5/02 Fabricação de cervejas e chopes
1121-6/00 Fabricação de águas envasadas
1111-9/01 Fabricação de aguardente de cana-de-açúcar
4723-7/00 Comércio varejista de bebidas
4635-4/02 Comércio atacadista de cerveja, chope e refrigerante
4635-4/99 Comércio atacadista de bebidas não especificadas anteriormente
4635-4/03 Comércio atacadista de bebidas com atividade de fracionamento e acondicionamento associada
4635-4/01 Comércio atacadista de água mineral
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
21
Segmento Bebidas
3520-4/01 Produção de gás; processamento de gás natural
1922-5/01 Formulação de combustíveis
2021-5/00 Fabricação de produtos petroquímicos básicos
1921-7/00 Fabricação de produtos do refino de petróleo
2099-1/99 Fabricação de outros produtos químicos não especificados anteriormente
1922-5/99 Fabricação de outros produtos derivados do petróleo, exceto produtos do refino
1931-4/00 Fabricação de álcool
0600-0/02 Extração e beneficiamento de xisto
0600-0/03 Extração e beneficiamento de areias betuminosas
0600-0/01 Extração de petróleo e gás natural
3520-4/02 Distribuição de combustíveis gasosos por redes urbanas
1910-1/00 Coquerias
4732-6/00 Comércio varejista de lubrificantes
4784-9/00 Comércio varejista de gás liqüefeito de petróleo (GLP)
4731-8/00 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores
4681-8/05 Comércio atacadista de lubrificantes
4682-6/00 Comércio atacadista de gás liqüefeito de petróleo (GLP)
4681-8/02 Comércio atacadista de combustíveis realizado por transportador retalhista (TRR)
4681-8/03 Comércio atacadista de combustíveis de origem vegetal, exceto álcool carburante
4681-8/04 Comércio atacadista de combustíveis de origem mineral em bruto
4681-8/01 Comércio atacadista de álcool carburante, biodiesel, gasolina e demais derivados de petróleo, exceto lubrificantes, não realizado por transportador retalhista (TRR)
0500-3/02 Beneficiamento de carvão mineral
Segmento: Comunicação
6120-5/01 Telefonia móvel celular
6130-2/00 Telecomunicações por satélite
6110-8/01 Serviços de telefonia fixa comutada - STFC
6120-5/99 Serviços de telecomunicações sem fio não especificados anteriormente
6110-8/99 Serviços de telecomunicações por fio não especificados anteriormente
6110-8/02 Serviços de redes de transporte de telecomunicações - SRTT
6110-8/03 Serviços de comunicação multimídia - SCM
6120-5/02 Serviço móvel especializado - SME
6190-6/02 Provedores de voz sobre protocolo internet - VOIP
6190-6/01 Provedores de acesso às redes de comunicações
6022-5/01 Programadoras
6190-6/99 Outras atividades de telecomunicações não especificadas anteriormente
6143-4/00 Operadoras de televisão por assinatura por satélite
6142-6/00 Operadoras de televisão por assinatura por microondas
6141-8/00 Operadoras de televisão por assinatura por cabo
6022-5/02 Atividades relacionadas à televisão por assinatura, exceto programadoras
6021-7/00 Atividades de televisão aberta
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
22
Segmento: Energia
3512-3/00 Transmissão de energia elétrica
3511-5/00 Geração de energia elétrica
3514-0/00 Distribuição de energia elétrica
3513-1/00 Comércio atacadista de energia elétrica
Segmento: Medicamentos
1610-2/02 Serrarias sem desdobramento de madeira
1610-2/01 Serrarias com desdobramento de madeira
0210-1/09 Produção de casca de acácia-negra - florestas plantadas
0210-1/08 Produção de carvão vegetal - florestas plantadas
0220-9/02 Produção de carvão vegetal - florestas nativas
1622-6/99 Fabricação de outros artigos de carpintaria para construção
3101-2/00 Fabricação de móveis com predominância de madeira
1621-8/00 Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada e aglomerada
1622-6/02 Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações industriais e comerciais
1622-6/01 Fabricação de casas de madeira pré-fabricadas
1629-3/01 Fabricação de artefatos diversos de madeira, exceto móveis
2219-6/00 Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente
0210-1/07 Extração de madeira em florestas plantadas
0220-9/01 Extração de madeira em florestas nativas
0210-1/04 Cultivo de teca
0139-3/06 Cultivo de seringueira
0210-1/03 Cultivo de pinus
0210-1/01 Cultivo de eucalipto
0210-1/05 Cultivo de espécies madeireiras, exceto eucalipto, acácia-negra, pinus e teca
0210-1/02 Cultivo de acácia-negra
4744-0/02 Comércio varejista de madeira e artefatos
4671-1/00 Comércio atacadista de madeira e produtos derivados
0230-6/00 Atividades de apoio à produção florestal
Segmento: Pecuária
0151-2/01 0322-1/99
1011-2/01 1529-7/00
1012-1/02 1012-1/01
4623-1/01 4722-9/01
63 Atividades
Segmento: Soja 1042-2/00 Fabricação de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho
1041-4/00 Fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho
0115-6/00 Cultivo de soja
4622-2/00 Comércio atacadista de soja
4637-1/03 Comércio atacadista de óleos e gorduras
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
23
Segmento: Supermercado
4721-1/02 Padaria e confeitaria com predominância de revenda
4721-1/01 Padaria e confeitaria com predominância de produção própria
4711-3/02 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - supermercados
4712-1/00 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns
4711-3/01 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados
4724-5/00 Comércio varejista de hortifrutigranjeiros
4637-1/99 Comércio atacadista especializado em outros produtos alimentícios não especificados anteriormente
4639-7/02 Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral, com atividade de fracionamento e acondicionamento associada
4639-7/01 Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral
4637-1/01 Comércio atacadista de café torrado, moído e solúvel
4621-4/00 Comércio atacadista de café em grão
Segmento: Transporte
4911-6/00 4950-7/00
5011-4/01 5320-2/02
48 atividades
Segmento: Varejo
1932-2/00
2029-1/00 2869-1/00
3102-1/00 3299-0/04
4615-0/00 4789-0/99
5611-2/01 5620-1/04
168 Atividades
Segmento: Outros
0170-9/00 a 1811-3/01 a 1830-0/03
0210-1/06 a 0220-9/99 1922-5/02
0311-6/03 a 0322-1/07 2019-3/01 a 2541-1/00
0500-3/01 a 3211-6/01 a 3900-5/00
0710-3/01 a 0729-4/05 4110-7/00 a 4618-4/99
0810-0/01 a 0899-1/99 5211-7/01 a 5920-1/00
0910-6/00 a 0990-4/03 6010-1/00 a 6920-6/02
1099-6/04 a 1340-5/99 7020-4/00 a 7990-2/00
1531-9/02 8011-1/01 a 8800-6/00
1741-9/02 9001-9/01 a 9900-8/00
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
24
COMPORTAMENTO DA RECEITA TRIBUTÁRIA
Gráficos
Gráfico 1 – Total do ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º
Sem/2012 – Algodão, Arroz, Atacado e Bebidas (em Milhões de Reais)
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
25
Gráfico 2 – Total do ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º
Sem/2012 – Combustível, Comunicação e Energia (em Milhões de Reais)
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
26
Gráfico 3 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º Sem/2012,
segmentos de Madeira, Medicamentos, e Pecuária (em Milhões de Reais)
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
27
Gráfico 4 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º Sem/2012,
segmentos de Soja, Supermercado e Transporte (em Milhões de Reais)
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
28
Gráfico 5 – ICMS, Projeção Inicial, Realizado e Analisado no 1º Sem/2012,
segmentos de Varejo, Veículos e Outros (em Milhões de Reais).
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
29
TABELAS
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
30
Tabela 9 – Potencial, Efetivo e Eficácia Tributária do ICMS por Segmentos – 1º Sem/2012.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
31
Tabela 10 – Comparação entre Receita Projetada, Realizada e Analisada – 1º Sem/2012.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
32
Eficácia Tributária
Na última Análise de 2010, a Assessoria Econômica incorporou mudanças
para obter a eficácia da arrecadação de ICMS. Para manter a uniformidade da
série, ajustes parciais foram feitos para os anos de 2007, 2008 e 2009 e os
resultados (juntamente com 2010) estão apresentados na Tabela 11. As referidas
mudanças no procedimento de cálculo da eficácia constam do Quadro 01.
Quadro 01 – Mudanças introduzidas no cálculo da eficácia, antes e depois de
2010.
Eficácia antes Eficácia atual
E =
E = –
A eficácia consistia numa divisão entre o ICMS arrecadado e o ICMS potencial.
Soma-se ao ICMS arrecadado, os valores do FESP, FETHAB e FUNGEFAZ.
Motivo: os fundos derivam do ICMS que integram o esforço fiscal de arrecadação. Já a renúncia caracteriza uma escolha de política tributária, portanto, não está ao alcance do erário. O agente arrecadador não tem governabilidade sobre as renúncias e nem sobre os créditos usufruídos já que estes integram a atividade operacional de aquisição de insumos inerente à mediação econômica.
E = eficácia
Como se observa no quadro 01 acima, a eficácia tributária do ICMS é uma
relação entre o ICMS arrecadado e ICMS potencial. A eficácia representa o
percentual de realização que o Estado arrecada em relação àquilo que seria
possível, ou seja, um valor denominado de ICMS potencial. O ICMS potencial é
montante teórico de arrecadação dimensionado num ambiente sem qualquer
desvio tributário.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
33
Tabela 11 - Eficácias Tributárias por segmentos.
A Eficácia Tributária Realizada no 1º Sem/2012 nos diversos segmentos que
compõem o ICMS ficou em torno de 84%.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
34
Analise do Inconverso
Tabela 12 – Comparação do Inconverso do ICMS entre Original,
Realizado e Analisado por Segmento – 1º Sem/2012.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
35
INDICADORES DE QUALIDADE DA DÍVIDA - (Inconverso)
a) Gestão da Redução do Inconverso – 6,00%.
São ações no âmbito da SEFAZ, que utilizam o aparato fiscal e administrativo para
redução do Inconverso. É de nossa governabilidade. Composição: Contencioso Administrativo
(SARE), Contencioso Administrativo (SUIC) e Fraudes autuadas (TAD e NAI).
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
36
b) Gestão da realização do Inconverso – 20,78%
No total de Inconverso apurado, através das análises econômicas, encontramos esse
percentual em nossas bases de dados. Engloba esfera administrativa e judicial. (TADS, NAIS,
Contenciosos, CCF, Ordens Judiciais)
c) Índice de Gestão da rotação do Inconverso – 4,81
A análise do período mostra que considerando o prazo decadencial da dívida, 5 anos,
detectamos o débito em aproximadamente 4 anos e 9 meses.
d) Dimensão potencial da lacuna do Inconverso – 15,07%
Diferença entre a eficácia de 100% (esperada) e a realizada 84,93%. Essa lacuna
existente é o percentual do Inconverso com relação ao ICMS possível de se arrecadar com base
no potencial de realização da receita.
e) Eficácia tributária de exploração da base – 84,93%
Eficácia atual ao explorar a base tributável, deduzidas as exportações, as Renúncias e
os Créditos Usufruídos.
f) Dimensão potencial da redução da lacuna do Inconverso – 3,13%
Considerando um percentual de detecção do Inconverso de 20,78%, presume-se que,
dos 15,07% de Inconverso, são potencialmente realizáveis, 3,13%, ou seja, o produto de 15,07%
por 20,78%. Esse patamar representa a margem de conversão dos 15,07% em receita do ICMS
tendo como base a detecção 20,78%.
g) Eficácia tributária com Gestão da redução da lacuna – 88,06%
Incorporação da lacuna de redução do Inconverso, 3,13%, a eficácia realizada 84,93%.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
37
Resumos
Tabela 14 – Resumo
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
38
Tabela 15 - Resumo
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
39
Tabela 16 - Resumo
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
40
Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos
Tabela 17 – Arrecadação de ICMS com Valores Nominais e Corrigidos – 1º Sem
(2006-2012).
Nom= nominal, Cor = corrigido
Na tabela 17, comparando o 1º Sem/2012 com o mesmo período de 2011,
verificamos que os piores desempenhos em termos de arrecadação são atribuíveis aos
segmentos de madeira, arroz, soja e atacado. Os melhores desempenhos foram observados em
algodão, energia, bebidas e combustível.
A arrecadação do ICMS no 1º Sem/2012, foi de R$ 2,6 bilhões, em valores nominais,
enquanto que no mesmo período de 2011 foi de R$ 2,29 bilhões, registrando uma variação
positiva de 13,62%. Já em termos reais a variação positiva foi de 9,14%.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
41
PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NA RECEITA DO ICMS
Tabela 18 – Segmento Econômico, Faturamento Total, Faturamento Tributável,
Renúncia Fiscal ICMS realizado – 1º Sem/2012.
A tabela 18 mostra que não há conversão proporcional do faturamento do
agronegócio em arrecadação de ICMS. São destacados os percentuais referentes à
participação relativa no faturamento e no ICMS efetivo: Agropecuária 29,1% do faturamento
tributável e 12,7% da arrecadação do ICMS efetivo; comércio 53,7% do faturamento e 62,5%
do mesmo tributo, já para os segmentos que integram os serviços, esses percentuais são 14,5
% e 22,6%, respectivamente.
Relação entre faturamento e ICMS
Na Tabela 18, observamos que o faturamento total da agropecuária representa
48,8 %, mas a parte que se converte em ICMS é de apenas 12,7 %. Isso ocorre devido à
imunidade dos produtos exportados e ao expressivo valor da renúncia que é concedida para os
segmentos componentes da agropecuária. Uma das maiores renúncia, de 53,2%, está na
pecuária, seguida do combustível com 15,4% e do varejo, com 12,7%. O argumento
justificador da renúncia, geralmente leva em consideração os efeitos multiplicadores dessas
atividades em toda a economia, já que, em termos de arrecadação direta, o ICMS é bem
menor do que em outros segmentos.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
42
As atividades ligadas ao comércio, embora tenham contribuído com 38% do
faturamento total neste período, apresentaram um peso de quase 62,5% na arrecadação efetiva
do ICMS.
Agrupando-se os segmentos de serviços - comunicação, energia e transportes –
cujo faturamento total representou 11,3% , em termos de participação na arrecadação do
ICMS, tais segmentos contribuíram com 22,6% do total.
Segmentos econômicos
Segmento Algodão
Tabela 19 – Memória de Cálculo do ICMS projetada para o algodão – 1º Sem/2012.
No segmento algodão, o faturamento tributável realizado foi inferior ao previsto na
LOA em 5,45%, pois, foi projetado para o período R$ 1,023 bilhões e o valor efetivamente
realizado foi de R$ 967,7 milhões. Quanto ao ICMS efetivo, a LOA previu para o período R$
10,61 milhões, realizando R$ 19,58 milhões, ou seja, 84,47 % acima.
É verificável também que houve um aumento significativo na eficácia tributária
realizada em relação a projetada, ficando em 83,5% ante a projeção inicial de 65,1%, bem
como uma redução no mesmo patamar do índice de Inconverso em relação ao original. A
renúncia fiscal refere-se ao Proalmat agricultura, Prodei, Prodeic e remissão/anistia (Lei
9434/2010). Os créditos renunciados referem-se à utilização de créditos decorrentes da
aquisição de insumos.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
43
Segmento Arroz
Tabela 20 – Memória de Cálculo do ICMS do Arroz – 1º Sem/2012.
O faturamento tributável no segmento de arroz realizou-se 26,07% abaixo do
previsto na LOA para o período, no entanto a arrecadação prevista praticamente se confirmou,
cerca de R$ 30,2 milhões, efetivando-se em R$ 30,9 milhões. A eficácia do segmento ficou
25,4 pontos percentuais maior que a prevista na LOA, enquanto que o inconverso reduziu na
mesma proporção.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
44
Segmento Atacado
Tabela 21 - Memória de Cálculo do ICMS para o Atacado – 1º Sem/2012.
Para o segmento de Atacado previa-se um faturamento de R$ 1,344 bilhões, o que
praticamente se confirmou na análise do segmento no período, ficando em R$ 1,349 bilhões. s
em função do aumento do PIB (4,5%) e do IPA-DI (5,73%) esperado para 2012. A
arrecadação do período, R$ 145,08 milhões, ficou 10,22% abaixo da prevista na LOA. Em
função do desempenho do segmento , a eficácia tributária ficou 10,13 pontos percentuais
abaixo da esperada para o período, ou seja, 85,93% contra previsão de 96,06%.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
45
Segmento: Bebidas
Tabela 22 - Memória de Cálculo ICMS do segmento de Bebidas- 1º Sem/2012.
O faturamento do segmento de Bebidas previsto na LOA para o período foi de R$
694,9 milhões, sendo realizado no período o montante de R$ 748,1 milhões. Houve um
aumento de 7,66% no valor do faturamento tributável em relação à LOA, que somado ao
baixo índice de inconverso no período, propiciou um aumento no valor do ICMS arrecadado
em relação ao previsto na LOA de 24,68%. A alta eficácia tributária, 94,73%, reflete o bom
desempenho do segmento no período.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
46
Segmento: Combustíveis
Tabela 23 – Memória de Cálculo ICMS dos Combustíveis – 1º Sem/2012.
O faturamento tributável no segmento de combustíveis no período obteve uma
variação positiva de 12,12% em relação ao orçado, impactando diretamente na arrecadação.
Foi prevista na LOA uma arrecadação para o período de R$ 671 milhões, realizando-se R$
777 milhões, ou seja R$ 107 milhões acima (com a composição dos repasses ao fundo
Fethab-diesel). A Renúncia fiscal refere-se ao PRODEIC, crédito presumido - diferença de
estimativa segmentada - RICMS, art. 87-C, § 3º. (açúcar e álcool), redução de alíquota do
diesel de 17% para 12% até 2015 (1% ao ano) e remissão/anistia (Lei nº. 9434/2010).
Analisando o comportamento do segmento no 1º Sem/2012, conclui-se que a eficácia
tributária foi superior à prevista na LOA, ou seja, 90,8 % contra previsão de 88,9%, e o
inconverso inferior , 9,2% contra previsão de 11,1%, o que justifica o bom desempenho do
segmento no período.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
47
Segmento: Comunicação
Tabela 24 – Memória de Cálculo ICMS de Comunicação – 1º Sem/2012.
A lei Orçamentária Anual previu para o segmento de Comunicação para o
período uma receita de R$ 193,8 milhões, sendo realizados R$ 204,1 milhões, portanto,
5,29% acima da previsão. A eficácia tributária realizada ficou 26,28% pontos percentuais
acima da prevista, ou seja 96,79% contra uma previsão de 70,51%. Cabe salientar que estava
previsto na LOA repasses para o Fungefaz , referentes a créditos outorgados às
Concessionárias de Serviços de Comunicação, no valor de R$ 70,4 milhões e que estes
números praticamente se confirmaram na realização, ficando em 70,31 milhões. Somando-se
os créditos ao ICMS realizado temos R$ 274,4 milhões, contra previsão/LOA de R$ 264,2
milhões, portanto uma realização 3,83% acima da previsão.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
48
Segmento Energia Elétrica
Tabela 25 – Memória de cálculo ICMS da Energia Elétrica – 1º Sem/2012.
A receita do ICMS deste segmento prevista para o período foi de R$ 208,29 milhões, no
entanto, efetivou-se em R$ 285,95 milhões, ou 37,29% acima. Convém ressaltar que há
parcelamento em curso por parte das empresas de energia, o que de certa forma ajuda a
justificar a alta eficácia tributária realizada no período, que ficou em 94,33%, portanto, acima
da prevista que foi 80,93%. Foram, também, recolhidos ao FESP e ao Fundo de Fomento à
Cultura pela Rede Cemat valores que totalizaram R$ 50,35 milhões, gerando crédito de ICMS
neste valor,enquanto na LOA tais créditos foram previstos em R$ 53,31 milhões. A soma dos
créditos repassados ao Fesp com o ICMS realizado totalizaram R$ 336,3 milhões.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
49
Segmento Madeira
Tabela 26a – Memória de cálculo ICMS da Madeira – 1º Sem/2012.
A projeção da Lei Orçamentária para o período, deste segmento, foi de R$ 45,2
milhões, realizando-se R$ 37,5 milhões, portanto, 17,11% abaixo da LOA.
Oportuno observar, que no período analisado, aproximadamente 11,24% da madeira
foi destinada à exportação, portanto, não constitui base de cálculo para o ICMS. Com o
advento do Super Simples muitas empresas migraram para este regime, contribuindo para
redução do valor arrecadado. A análise do segmento no período mostra que o índice de
inconverso foi alto, 59% contra previsão de 22,6%, o que justifica o fato de a eficácia
tributária ter ficado abaixo da previsão.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
50
Segmento Medicamentos
Tabela 27 – Memória de Cálculo ICMS do Segmento Medicamentos- 1º Sem/2012.
O valor do faturamento tributável no segmento de Medicamentos, previsto para o
período, foi de R$ 798,6 milhões, realizando-se R$ 862,4 milhões, portanto 7,98% acima. O
ICMS efetivo atingiu R$ 58,2 milhões, ficando 10,31% acima do previsto na LOA, R$ 52,7
milhões. A eficácia realizada foi de 77,8%, ou seja, ligeiramente inferior à prevista na LOA
que foi de 76,4%, enquanto que o índice de inconverso foi de 22,2%, ficando abaixo da
previsão , que foi de 23,6%. Analisando o comportamento do segmento no período,
constatou-se que a eficácia poderia ter atingido 79,2%.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
51
Segmento: Pecuária
Tabela 28 – Memória de Cálculo ICMS da Pecuária – 1º Sem/2012.
O segmento da pecuária engloba a cadeia produtiva dos bovinos, das aves e dos
suínos. O faturamento tributável analisado foi idêntico ao realizado.
Houve queda nas exportações do segmento, principalmente em razão da diminuição
das importações feitas pelo Oriente Médio. No ano passado, a região foi o destino de 44,5%
dos embarques de carne in natura mato-grossense, ante 13,0% neste ano.
A renúncia de R$ 281 milhões refere-se aos programas de incentivo do Programa de
Desenvolvimento da Política Industrial e Comercial (PRODEIC), do Programa de
Desenvolvimento Industrial (PRODEI) e Crédito Presumido e diferença de estimativa
segmentada – RICMS, art.87-C, § 3º e remissão/anistia (Lei 9434/2010).
Devido ao alto índice de inconverso do segmento no período, a eficácia tributária foi
baixa, 50,45%, mas ficou próxima à prevista na LOA, 49,24%.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
52
Segmento Soja
Tabela 29 – Memória de Cálculo do ICMS da soja- 1º Sem/2012
.
Para o 1º Sem/2012 foi previsto na LOA um faturamento total de R$ 9,05 bilhões, no
entanto o valor realizado atingiu o montante de R$ 12,84 bilhões. Já o ICMS efetivo foi de R$
110,1 milhões, ante um valor previsto de R$ 130,9 milhões. A renúncia fiscal prevista na
LOA, para o período, foi de aproximadamente R$ 1,7 milhões, o que se confirmou na análise
do segmento no período. A eficácia tributária do período foi de 76,9%, portanto, praticamente
a mesma da LOA e da análise. A tabela acima demonstra que as exportações realizadas
ficaram 66,4% acima da previsão/LOA e corresponderam a 82,21% do faturamento total,
demonstrando que as mesmas ficaram subestimadas na LOA para o período. A renúncia fiscal
refere-se ao PRODEI e remissão/anistia (Lei 9434/2010).
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
53
Segmento Supermercados
Tabela 30 – Memória de Cálculo do ICMS dos Supermercados- 1º Sem/2012.
O faturamento tributável previsto para o período foi de R$ 1,51 bilhões, entretanto,
realizou-se em R$ 1,59 bilhões, 5,29% acima, o que justifica parte do bom desempenho do
segmento no 1º Sem/2012. A eficácia tributária prevista foi de 71,5%, efetivando-se em
67,2%. O índice de inconverso do segmento no período foi de 32,8 %, acima da previsão
LOA de 28,5%. A Renúncia fiscal refere-se a crédito presumido - diferença de estimativa
segmentada - RICMS, art. 87-C, § 3º e remissão/anistia (Lei 9434/2010). O ICMS efetivo foi
de R$ 104,9 milhões, ficando ligeiramente inferior ao valor previsto na LOA, R$ 105,5
milhões. Importante registrar as tendências de altas dos preços em diversos gêneros
alimentícios, para as quais concorrem vários fatores: especulação com as commodities de
alimentos nos mercados futuros, crescimento do consumo das famílias, entre outros.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
54
Segmento: Transporte Tabela 31 - Memória de Cálculo do ICMS do Transportes – 1º Sem/2012.
No Segmento de Transporte, o faturamento realizado no período foi de R$ 1,85
bilhões, ficando 5,19% maior que o valor previsto na LOA, R$ 1,76 bilhões
O ICMS efetivamente arrecadado foi de R$ 98,1 milhões, ficando 5,37%
acima das projeções iniciais para o período, cerca de R$ 93,1 milhões. O Índice de
inconverso, que foi estimado em 36,51%, praticamente se confirmou na análise do período, o
mesmo acontecento com a Eficácia, que foi prevista em 63,49% e realizando-se em 63,64%.
A renúncia fiscal refere-se à remissão/anistia (Lei 9434/2010).
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
55
Segmento Varejo
Tabela 32 – Memória de Cálculo do ICMS do Varejo – 1º Sem/2012.
O faturamento tributável previsto para o período foi de R$ 3,8 bilhões, sendo
realizado R$ 4,2 bilhões, 8,46 % acima. O ICMS previsto de R$ 391,7 milhões, efetivou-se
em R$ 396,2 milhões , ou seja, 1,15% acima. Analisando o comportamento do segmento no
período, conclui-se que o ICMS poderia ter atingido o valor de R$ 435,7 milhões. A eficácia
tributária efetivou-se em 90%, portanto 8 pontos percentuais abaixo da prevista na LOA.
Vale ressaltar as diversas ações implementadas pela SEFAZ tanto a nível administrativo,
quanto fiscal , que permitiram o bom desempenho do segmento no período.
Existem, aproximadamente, 170 atividades com CNAE’s - Código Nacional da
Atividade Econômica inseridas no segmento de varejo, entre elas: lanchonetes, produtos de
limpeza, vestuário, calçados, azulejos, pisos, móveis e material elétrico, que devem
proporcionar um acréscimo de um bilhão de reais no faturamento anual do segmento, em
relação ao ano anterior.A renúncia Fiscal do período refere-se aos programas: PRODEI,
PRODEIC, PRODECIT, Cartão de Crédito (Lei 9.208/2009) e remissão/anistia (Lei
9434/2010).
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
56
Segmento Veículos
Tabela 33 – Memória de Cálculo do ICMS do segmento Veículos -1º Sem/2012.
O segmento de veículos mostra percentuais que ratificam um consumo
aquecido, sendo responsável por 7,21% do PIB estadual em 2011 (dados da SEFAZ), e um
dos principais indicadores de que a tendência é o equilíbrio econômico é a redução do IPI
para veículos novos, que acaba de ser aprovada pelo governo até outubro/2012. O faturamento
realizado, de R$ 2,79 bilhões, ficou 1,32% superior ao previsto que foi de R$ 2,75 bilhões.
A projeção do ICMS deste segmento para o período foi de R$ 216,74 milhões
o que praticamente se confirmou na análise do período, ou seja, R$ 216,41 milhões. A
estabilidade do mercado, um Inconverso relativamente baixo e uma eficácia de 92,4%,
justificam os bons resultados do segmento no período.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
57
OUTROS
Tabela 34 – Memória de Cálculo ICMS do segmento Outros- 1º Sem/2012.
A UPEA, por orientação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas,
trabalha com a seguinte premissa: quando o faturamento do segmento Outros apresentar um
ICMS cujo percentual ultrapasse 5% do valor do ICMS total, a atividade dentro do segmento
Outros que for identificada pelo desempenho será desagregada e se transformará em novo
segmento. Desse modo o segmento Outros continuará existindo como um resíduo inferior a
5%. No segmento Outros estão inseridas mais de 600 atividades em todo o Estado de Mato
Grosso.
O ICMS efetivo, no período, foi de R$ 56,1 milhões, ficando 27,45 % acima do
previsto, R$ 44,02 milhões. Analisando o comportamento do segmento, constatou-se que
arrecadou-se o potencial. A eficácia tributária no 1º Sem/2012 ficou 17,5 pontos percentuais
acima da previsão na LOA, 86,7% contra 69,1% , enquanto que o inconverso ficou abaixo na
mesma proporção, 13,3% ante 30,9% nas projeções iniciais, o que garantiu o bom
desempenho do segmento no período. Vale ressaltar que a renúncia fiscal do segmento refere-
se aos programas: Prodeic, Promineração, Prodetur, Proder ,Porto Seco (Trading, Indústria,
Comércio), Convênio ICMS 66/2010 e remissão/anistia (Lei 9434/2010).
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
58
MODELO ECONOMÉTRICO DE PREVISÃO DA ARRECADAÇÃO DE
ICMS
No ano de 2003 a Secretaria de Fazenda, visando testar sua metodologia de projeção
da receita do ICMS, contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE para
desenvolver um modelo econométrico de previsão da arrecadação. O relatório foi feito com
base nos valores históricos da receita do ICMS dos anos de 1992 a 2001.
Optou-se por essa alternativa porque, embora os problemas de economia
possam ser analisados de diversas formas, uma das mais importantes dentre elas é a
econometria, que é, segundo a literatura, a aplicação de métodos matemáticos e estatísticos a
problemas de economia.
A econometria é o ramo da Economia que trata da mensuração de relações
econômicas, isto é, das relações entre variáveis de natureza econômica.
O método mais importante da econometria é a análise de regressão. Ela serve para
estimar valores não conhecidos de uma variável dependente (comumente chamada de y) a
partir de uma série de valores conhecidos de uma variável independente (geralmente
denominada x).
Um das técnicas mais difundidas da econometria consiste em encontrar uma equação
que melhor descreva a relação entre os pontos distribuídos num sistema de eixo ortogonais
(uma reta horizontal e vertical). Entretanto, é comum trabalhar com um terceiro eixo, ou seja,
três variáveis independentes. Quando há mais de três variáveis, os cálculos são apenas
algébricos – sem representação gráfica.
As variáveis dependentes são aquelas que recebem influência de outras variáveis, das
independentes. As primeiras também são chamadas de variáveis endógenas, variáveis-efeitos
ou explicativas. O conjunto de variáveis explicativas mais o termo constante (não captado nas
equações) são chamados de regressores.
As etapas metodológicas para a pesquisa em economia com uso de modelos
econométricos são três:
Formulação de hipóteses sobre o comportamento da realidade. Nessa etapa aplicam-
se conhecimentos sobre a teoria econômica e/ou da observação do mundo real. A seguir essas
hipóteses estão reunidas em um modelo matemático, utilizando-se uma função definida, com
o acréscimo de um termo aleatório;
A segunda etapa consiste na coleta de dados estatísticos e estimação dos parâmetros;
A terceira e última etapa é a avaliação. No presente caso, a avaliação foi feita
comparando-se a arrecadação anual resultante da aplicação do modelo com arrecadações já
realizadas em determinado ano (valores previstos x valores observados).
As pressuposições de um modelo de regressão linear, ou seja, as premissas a serem
satisfeitas, foram atendidas no modelo. (São elas: Relação linear entre Y e X; erro aleatório
com média zero; erro aleatório com variância constante - presença de homocedasticidade;
erros aleatórios independentes; variáveis não aleatórias – fixas; os erros apresentaram
distribuição normal, com média zero e variância constante; ausência de relação linear exata
entre as variáveis explicativas).
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
59
RESULTADOS
Tabela 35 – Previsão de Arrecadação Conforme Modelo
Econométrico Desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (FIPE) comparado com o Método da SARP por segmento
econômico- Projeção no 1º Quad/2012.
Como foi mostrado na tabela 35, o ICMS para o 1º Sem/ 2.012, tanto projetado pelo
método econométrico, quanto pelo método SARP, na análise 1º Sem de 2012, ficou muito
próximo ao previsto na LOA (R$ 2,41 bilhões). O valor obtido pelo método SARP difere do
valor econométrico da FIPE em apenas 3%.
O modelo econométrico é considerado robusto quando a comparação entre os valores
analisados pela APEA e gerados pelo modelo (FIPE) não supere 5%. Então, pode-se
considerar que o percentual de 3% assegura uma consistência às previsões para o período
analisado.
Evidente que toda estimativa define variáveis e comportamentos relativamente
estáveis da economia, de modo que, conjunturas e movimentos imprevisíveis podem distorcer
as previsões.
As diferenças geralmente observáveis entre o modelo e as análises devem-se a
fatores que o modelo econométrico não consegue captar como: variações na produção
agrícola; quantidade exportada; flutuação de preços; ajustamentos dos CNAE’s1 e alterações
significativas da eficácia tributária em alguns segmentos. Adicionalmente, convém mencionar
que o Modelo econométrico formulado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(FIPE), define a seguinte relação funcional para o ICMS estadual. A relação [(1 + ).(1 + )-
1 CNAE – A Classificação Nacional das Atividades Econômicas foi construída para uso federal e amplamente
difundida a partir de 1994 após sua publicação do Diário Oficial. Todos os segmentos econômicos utilizados
pela SEFAZ (16 ao todo) são compostos por inúmeras atividades, e todas essas atividades têm um CNAE
específico. A vinculação das atividades do CNAE a um Segmento não é algo estático, ela muda com o tempo e
conforme a necessidade de atualização da economia. Esses ajustamentos dos CNAE não são padrões que possam
ser mensurados numa variável e, portanto, não é possível inserir seus efeitos no modelo econométrico.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
60
1], onde significa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Estadual e (gama) reflete
o IGP-DI acumulado.
Quando o PIB do Estado de Mato Grosso aumenta em 1% em termos reais, a
arrecadação do ICMS aumenta nas proporções na coluna c. Quando a inflação medida pelo
IGP-DI se eleva em 1%, as arrecadações nominais de cada segmento (coluna a) aumentam nas
proporções na coluna d.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
61
ICMS per capita
Tabela 36 – Classificação dos Estados Brasileiros, População, Ranking ICMS per
capita – 1º Sem/2012.
A tabela mostra que a arrecadação de ICMS média per capita (Estadual) no Brasil no
período analisado foi de R$ 761 reais - Como é de se esperar, geralmente as médias tendem a
distorcer os valores extremos, no caso em tela, temos um limite inferior de ICMS per capta de
R$ 172 para o Estado do Roraima e um limite superior de R$ 1.286 reais para o Espírito
Santo. Outro fator importante é que as médias além de ocultarem as disparidades de uma série
não dizem muito a respeito do quadro econômico e social do Estado. Obviamente que a
avaliação do ICMS per capita sem qualquer outro dado adicional, como por exemplo, a
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
62
qualidade e a quantidade de serviços públicos providos por esses impostos, não favorecem
uma análise mais aprofundada.
O Estado de Mato Grosso está nas primeiras posições em termos de ICMS per capita,
4º lugar, abaixo dos Estados de ES, DF e SP.
Tabela 37 – Classificação PIB per capita
A tabela 37 demonstra que a Renda média per capita anual no
Brasil é de R$ 16.982 mil. O Estado de Mato Grosso classifica-se um pouco acima dessa
média, com R$ 18.877, na sétima posição a nível nacional. O Distrito Federal ocupa a
primeira colocação com R$ 51.159 , enquanto que o Estado do Maranhão ocupa a última
colocação com R$ 6.062 anual.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
63
Ranking Carga ICMS por Unidade da Federação
Tabela 38 – Ranking Carga ICMS por Unidade da Federação.
A tabela demonstra que a Carga ICMS/PIB no Brasil no período analisado,
tomando-se como base o PIB de 2.009 (última publicação do IBGE), ficou em 4,48%. Os
Estados com percentuais abaixo ou acima dessa participação podem avançar ou regredir na
condução da eficácia de arrecadação do ICMS. Mato Grosso possui a 12ª colocação a nível
nacional no período em análise, com 5,55% de carga.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
64
Tabela 39 – Ranking do ICMS por Unidade da Federação.
A tabela acima mostra o Estado de Mato Grosso na 13ª posição em relação ao valor
de arrecadação do ICMS a nível nacional. Convém ressaltar que os valores são fornecidos pela
COTEPE e que os números referentes aos estados de Acre, Bahia, Rio Grande do Sul, Goiás e
Distrito Federal são provisórios.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
65
Ranking transferências constitucionais
Tabela 40 – Ranking dos Estados Brasileiros, FPE, IOF, IPI-EXP,
FUNDEB, LC 87/96, CIDE – 1º Sem/2012.
Considerando todas as rubricas da tabela 40, Mato Grosso foi o vigésimo
primeiro em recebimento de FPE, IOF, IPI-EXP, FUNDEB, Lei Constitucional 87/96, CIDE .
Um esclarecimento adicional deve ser feito quanto ao IPI-EXP. O critério para compor o
montante do IPI-EXP é originado de uma fração de 10% do IPI. Após a apuração desses 10%,
os Estados receberão uma parcela conforme a participação deles na exportação de produtos
industrializados. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os Estados que mais
receberam essa modalidade de transferência constitucional.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
66
Tabela 41 – Especificação das Transferências Correntes e sua Comparação
entre o valor previsto na Lei Orçamentária e o Realizado – 1º Sem/2012.
As Transferências Correntes efetivadas para Mato Grosso no primeiro
Sem/2012 ficaram 2,63 % inferior ao valor consignado na LOA para o período.
O Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(FUNDEB) são os valores mais representativos da Tabela. O FUNDEB realizou-se 10,28%
acima da previsão. Já o FPE ficou 3,83% acima do previsto na LOA para o período.
Nota-se que o valor de R$ 778,44 milhões do FPE recebido por Mato Grosso
(conforme tabela 41) está acima do montante de R$ 622,75 milhões (conforme tabela 40).
Essa diferença ocorre porque os dados da tabela 40 originam-se da STN e, deles estão
deduzidos os 20% referente aos repasses do FUNDEB, cálculo não efetuado na tabela 41.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
67
Transferências Constitucionais per capita
Tabela 42 - Transferências Constitucionais per capita – 1º Sem/2012.
A tabela mostra que as Transferências Correntes no Brasil no 1º Sem/2012 chegaram
a R$ 54,74 bilhões. Em valores absolutos, São Paulo foi à unidade da federação que recebeu
o maior valor, cerca de R$ 8,2 bilhões. Já em termos per capita, Roraima recebeu R$ 1.836,78
reais por pessoa, sendo a unidade da federação que recebeu a maior fração per capita das
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
68
transferências. Mato Grosso, com uma população de, aproximadamente, 3 milhões, recebeu
R$ 381,82 reais por pessoa, ficando na 13º posição do ranking nacional.
As transferências têm por finalidade amenizar as desigualdades regionais, na
busca incessante de promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e Municípios. Esse
mecanismo provê recursos adicionais aos governos subnacionais, de modo a manter os
serviços públicos sob suas competências. As transferências não constituem fonte primária de
receita, mas alteram a receita disponível dos tesouros subnacionais.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
69
Transferências Constitucionais e Legais - CIDE
Tabela 43 – Ranking dos Estados e o Percentual da CIDE- 1º Sem/2012.
A Lei 10.866/2004 acrescentou os artigos 1-A e 1-B à lei 10.336/2001, com o
objetivo de regulamentar a partilha da CIDE com os Estados, o Distrito Federal e os
municípios. A CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incide sobre a
importação e a comercialização de petróleo e gás natural, e também se aplica às operações
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
70
realizadas com o álcool etílico. Mato Grosso recebeu no 1º Sem/2012 o total aproximado de
R$ 17 milhões, o que o coloca na décima segunda posição do ranking nacional no
recebimento dessa modalidade de transferência.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
71
Transferências Voluntárias.
Tabela 44 – Transferências de Convênios da União – 1º Sem/2012.
As receitas de Transferências de Convênios estavam previstas para o período em
análise no valor de R$ 66,66 milhões, sendo realizados R$ 83,67 milhões, ou seja, 25,51%
acima do previsto na LOA.
Transferências voluntárias são os recursos financeiros
repassados pela União aos Estados, Distrito Federal e
Municípios em decorrência da celebração de convênios,
acordos, ajustes ou outros instrumentos similares cuja
finalidade seja a realização de obras e/ou serviços de interesse
comum às três esferas de Governo. Conforme a Lei de
Responsabilidade Fiscal, entende-se por Transferência
Voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro
ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência
financeira, que não decorra de determinação constitucional,
legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
72
Multas, juros de mora.
Tabela 45 – Especificação multas e juros: ICMS, IPVA, ITCD,
Taxa Fisc.Vig.Sanitária, Contribuições, Dívida Ativa e Outros Tributos –
1º Sem/2012.
A receita realizada decorrente de Multas e Juros de ICMS, ITCD, IPVA,
TAXA Fisc.Vig. Sanitária, Contribuições, Dívida Ativa e Outros Tributos alcançou, no
período, o total de R$ 63,09 milhões, ante uma previsão LOA de R$ 90,32 milhões, ou seja,
30,15 % inferior à prevista.
Dívida ativa
Tabela 46 – Código, Especificação (Receita da Dívida Ativa),
Valor Previsto, Realizado e Analisado – 1º Sem/2012.
A receita da Divida Ativa no período alcançou o montante de R$ 23,08 milhões, ou
seja, 19,41 % inferior ao valor previsto na LOA, que foi de R$ 28,63 milhões.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
73
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS “SUB JUDICE”.
Tabela 47 – Segmentos, Quantidades de Processos, Valor e Participação
percentual do Valor Econômico Sobre o Valor da Operação – 1º Sem/2012.
Em R$.
Fonte: Coordenadoria Geral de Normas da Receita Pública - Gerência de Controle de Processos Judiciais
A tabela 47 mostra que os contribuintes ligados aos segmentos de varejo e veículos
foram os que mais questionaram os débitos tributários no 1º Sem/2012, com 79 e 36
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
74
processos, respectivamente. O valor econômico do ICMS atualizado foi de R$ 102,77
milhões.
Tabela 48 – Objetos de Processo Judicial, Quantidades de Processos, Valor e
Participação percentual do Valor Econômico Sobre o Valor da Operação- 1º
Semestre/2012.
Em R$
Fonte: Coordenadoria Geral de Normas da Receita Pública - Gerência de Controle de Processos Judiciais
A tabela 48 quantifica em 406 a totalidade de processos judiciais no período
analisado. Repetindo situações anteriores, a liberação de mercadorias com 190 processos é o
objeto que tem causado maior quantidade de litígios. A soma de tributos em questionamento
alcança mais de R$ 102,77milhões em ICMS.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
75
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS A RECUPERAR
Tabela 49 – Créditos Tributários a Recuperar (ICMS), Correção Monetária, Juros,
Multas – 1º Bim/2012.
A tabela 49 mostra, no período analisado, o valor de R$ 17 milhões no c/c fiscal
ICMS a recuperar. Somando-se correção monetária, Juros e Multas (R$ 1 milhão), o valor
atinge R$ 19 milhões acumulados no 1º Bim/2012. Vale ressaltar que em função da mudança
do CCF e ausência de informações até a data desta análise, mantivemos os valores do 1º
Bimestre.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
76
Valores transferidos a fundos.
Tabela 50 – Valores Transferidos a Fundos (FUNGEFAZ, FUPIS, E FESP),
Previstos e Realizados – 1º Sem/2012.
Como evidenciado na tabela 50, o FUNGEFAZ realizado no 1º Sem/2012
praticamente confirmou o valor previsto na LOA R$ 70,4 milhões, FUPIS 122,6% acima ,
FESP 7,3% abaixo e Fundo da Cultura 6% acima do previsto. Vale ressaltar que a receita do
Fundo da cultura refere-se às contribuições das empresas interessadas em participar do
programa, podendo deduzir até 30% do saldo devedor do ICMS, apurado em cada período, os
valores efetivamente depositados em benefício do referido fundo.
A Secretaria de Estado de Fazenda editará portaria para determinar os
segmentos/setores econômicos autorizados a optarem pela efetivação da contribuição ao
Fundo Estadual de Fomento à Cultura . Até que seja editada a portaria, constituirão receita do
fundo os valores advindos de créditos outorgados às concessionárias de energia elétrica, os
quais serão utilizados, exclusivamente, como dedução do valor do ICMS devido ao Estado de
Mato Grosso, conforme percentual já mencionado anteriormente.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
77
PTA DA RECEITA PÚBLICA – 2010 - 2012
O Plano de Trabalho Anual da Receita Pública – PTA foi elaborado visando atender
ao objetivo proposto no Programa de Gestão da Receita Pública - “Democratização e aumento
da eficiência da gestão pública do Estado e dos municípios e da excelência dos serviços
públicos prestados à sociedade, com base na melhoria da estrutura do Estado e controle
sistemático dos recursos governamentais”.
O PTA (metas, medidas, tarefas e respectivos indicadores) foi construído para
harmonizar-se com as disposições da Lei do Plano Plurianual de Investimentos – PPA, da Lei
das Diretrizes Orçamentárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA.
No triênio 2010/2012 e a área da Receita Pública, com base nos fatores críticos de
sucesso definidos na Política Econômica e Tributária, formulou e promoveu a execução de
medidas voltadas para a eficácia da arrecadação da Receita Pública Estadual.
A Política Econômica e Tributária propõe uma nova forma de gerir a organização.
Tem como foco alcançar os resultados projetados para atender as partes interessadas
(clientes/usuários, fornecedores, servidores, sociedade, etc) e os objetivos de Governo.
Para tanto, foi necessário introduzir mudanças nas práticas de gestão, inclusive, no
que diz respeito às fases de planejamento, que anteriormente estavam direcionadas para a
orçamentação. Atualmente as práticas adotadas consideram possíveis cenários de futuro e elas
estão articuladas em torno de diretivas que abrangem estratégias, atendimento às partes
interessadas e busca de melhoria contínua do desempenho das ações pública.
Neste contexto de significativas reformulações no processo da área da receita pública
descrito acima, foi possível alcançar as metas propostas para o programa nos anos de 2010 e
2011.
As mudanças introduzidas em 2010 estão contempladas em 2011/2012. O
acompanhamento e controle dos indicadores do programa são efetuados em reuniões
sistemáticas de acompanhamento realizadas mensalmente.
A medição é feita por meio do Sistema de Gestão e Acompanhamento da Execução
– SIGPEX, que possibilita o monitoramento dos progressos efetuados na execução do
planejado através do seu conjunto de indicadores: financeiros, clientes, processos internos,
aprendizagem contínua e responsabilidade social. Em seguida, é feito um acompanhamento
das medidas vinculadas ao programa da Receita Pública.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
78
PROGNÓSTICOS E CIRCUNSTÂNCIAS RELEVANTES
Em relação ao Cenário internacional e o nacional, decidimos reproduzir abaixo as
análises da 168ª Reunião do Comitê de Política Monetária – COPOM realizada em 10 e
11/07/2012.
Sumário dos dados analisados pelo COPOM:
Cenário Internacional
Desde a última reunião do Copom, as perspectivas para a economia mundial se
deterioraram, haja vista a continuidade da crise europeia, a desaceleração na China e a
incerteza sobre a sustentabilidade do crescimento nos EUA. Nesse contexto, a avaliação dos
gerentes de compra, expressa pelo PMI global, recuou pelo quarto mês consecutivo, atingindo
50,3 pontos em junho, o menor patamar dos últimos três anos. Nos EUA, a última revisão do
PIB do primeiro trimestre apontou crescimento anualizado de 1,9%, após alta de 3,0% no
trimestre anterior. Dentre os riscos de baixa, destacam-se a recuperação do mercado de
trabalho local em ritmo abaixo do esperado, com a criação líquida de 80 mil postos em junho,
e os recuos da produção industrial e das vendas no varejo em maio, 0,1% m/m e 0,2% m/m,
respectivamente. Na Área do Euro, os riscos de recessão se acentuaram, conforme indica o
recuo mensal da produção industrial de abril, 0,8% m/m, e a continuidade da contração da
atividade, com o PMI composto do bloco tendo registrado 46,4 pontos em junho, nona
contração nos últimos dez meses, a taxa de desemprego atingiu 11,1% em maio, o maior
percentual desde a instituição da união monetária. No Japão, após crescimento de 4,7% do
PIB anualizado no primeiro trimestre, prevê-se desaceleração do ritmo da atividade,
sinalizado pelo PMI composto, que recuou a 49,1 pontos em junho e marcou a primeira
contração no ano. Na China, prossegue a tendência de desaceleração, o PMI composto de
junho apresentou nova diminuição, influenciado, principalmente, pelo desempenho do setor
manufatureiro.
Nos mercados financeiros, em que pese o ambiente de elevada incerteza, observou-se
redução da aversão ao risco no período. O fim do processo eleitoral na Grécia e as medidas
anunciadas pela Cúpula da União Europeia ao final de junho – flexibilização de regras
permitindo o uso do European Financial Stability Facility (EFSF) e, posteriormente, do
European Stability Mechanism (ESM), para capitalização direta de bancos e compra de títulos
soberanos no mercado secundário – mais do que compensaram os sinais de fragilidade do
sistema bancário na Espanha. O alívio nos mercados favoreceu a valorização do euro e das
moedas de países emergentes ante o dólar, ao mesmo tempo em que os rendimentos anuais
dos papéis de 10 anos dos EUA e Alemanha aumentaram em relação aos mínimos históricos
de maio.
Os preços internacionais das commodities mostraram alguma recuperação nas duas
semanas que precederam a reunião do Copom, refletindo, em especial, problemas climáticos
que atingem regiões produtoras de grãos nos Estados Unidos. Adicionalmente, o preço do
barril de petróleo tipo Brent, após recuar a US$89,61 em 21 de junho, menor valor desde
dezembro de 2010, passou, desde então, a mostrar recuperação sob influência das restrições à
oferta na Noruega e das incertezas quanto às consequências do embargo europeu ao petróleo
iraniano, sanção que vigora desde 1º de julho.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
79
Desde a última reunião do Copom, constatou-se continuidade do processo de desinflação
global, em especial nas economias avançadas, em que, sob o impacto do recuo dos preços da
energia, os índices anuais de preços ao consumidor (IPCs) declinaram, pela ordem, para 1,7%,
2,4%, 2,8% e 0,2%, em maio, nos Estados Unidos, Área do Euro, Reino Unido e Japão. Em
razão do quadro de deterioração do cenário macroeconômico global, os bancos centrais das
principais economias optaram pela adoção de novas medidas de afrouxamento monetário. Em
20 de junho, o Federal Reserve dos EUA prorrogou por seis meses a Operação Twist, o que
significou a compra adicional de cerca de US$267 bilhões de Treasuries até o final do ano.
Em 5 de julho, o BCE reduziu as taxas de juros das principais operações de refinanciamento
em 25 p.b., para 0,75%, com vigência a partir de 11 de julho. Anteriormente, em 22 de junho,
o BCE havia relaxado as condições para elegibilidade de colaterais, a fim de ampliar o acesso
do sistema bancário às operações do Eurossistema. Ainda em 5 de julho, o Banco da
Inglaterra (BoE) ampliou o programa de compra de ativos com emissão de reservas em £50
bilhões, para £375 bilhões, e na China, o Banco do Povo da China (BPC) reduziu as taxas de
depósito e de empréstimo de um ano em 25 p.b. e 31 p.b., respectivamente, para 3% e 6%.
Comércio exterior e reservas internacionais
A balança comercial brasileira registrou superavit de US$806 milhões em junho, resultado
de exportações de US$19,4 bilhões e importações de US$18,5 bilhões. O saldo acumulado no
ano totalizou US$7,1 bilhões ante US$13 bilhões em igual período de 2011, refletindo queda
de 0,9% nas exportações e elevação de 4,6% nas importações. A corrente de comércio cresceu
1,7% no ano, somando US$227,4 bilhões, ante US$223,6 bilhões em igual período de 2011.
As reservas internacionais atingiram US$373,9 bilhões em junho, aumento de US$1,5
bilhão em relação a maio e de US$21,9 bilhões comparativamente a dezembro de 2011. No
mês, não houve atuação do Banco Central no mercado doméstico de câmbio a vista.
Cenário Nacional
Inflação e Evolução Recente da Economia
O IPCA variou 0,08% em junho, ante 0,36% em maio, acumulando alta de 2,32% no ano e
de 4,92% em doze meses, ante 4,99% em maio, de acordo com os dados divulgados pelo
IBGE. O resultado de junho refletiu desaceleração dos preços livres e monitorados. Em
relação aos preços livres, que variaram 0,06% em junho ante 0,37% em maio, o movimento
decorreu exclusivamente do comportamento dos preços de bens comercializáveis, de 0,49%
para -0,31%, e os preços de produtos não comercializáveis aceleraram de 0,27% para 0,39%,
fortemente influenciados pela elevação dos preços dos serviços, com variação de 0,52% ante
0,21% em maio. Os preços monitorados apresentaram alta de 0,15% em junho ante 0,32% em
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
80
maio. O grupo Transportes foi o principal responsável pela desaceleração do índice em junho,
com contribuição de -0,24 p.p., ante -0,12 p.p. em maio. O índice de difusão situou-se em
61,64% em junho, ante 64,93% em maio.
Considerados períodos de doze meses até junho, os preços livres apresentaram
desaceleração em relação a maio, de 5,55% para 5,34%, e os preços monitorados aceleraram
no mesmo período, de 3,49% para 3,77%. A evolução dos preços livres refletiu o maior efeito
da desaceleração nos preços dos produtos comercializáveis, de 3,49% para 2,97%, e os preços
dos produtos não comercializáveis registraram ligeira aceleração, de 7,45% para 7,52%. Os
preços do segmento de serviços aumentaram 7,50% no acumulado de doze meses até junho,
ante 7,59% e 8,00%, em períodos correspondentes até maio e abril.
O IGP-DI variou 0,69% em junho, após alta de 0,91% em maio, de acordo com a FGV,
com desaceleração em todos os seus componentes. O indicador acumula elevação de 3,59%
no ano e de 5,66% em doze meses.
O IPA-DI variou 0,89% no mês, ante 0,91% em maio, acumulando alta de 3,62% no ano e
de 5,54% em doze meses. Os preços dos produtos agropecuários variaram 0,99% em junho,
após elevação de 0,67% no mês anterior, acumulando aumento de 5,10% no ano e de 7,86%
em doze meses. Os preços dos produtos industriais variaram 0,86% no mês, ante 0,99% em
maio, acumulando 3,10% no ano e 4,72% em doze meses. O desempenho mensal dos preços
dos produtos agropecuários repercutiu, principalmente, a variação do preço da soja, de 6,39%,
com contribuição de 0,35 p.p. para o IPA-DI. Entre os preços dos produtos industriais, a
principal influência foi exercida por óleos e gorduras vegetais, e minerais metálicos, com altas
respectivas de 4,59% e 2,62% e contribuições individuais para o índice mensal de 0,14 p.p.
O IPC-DI registrou elevação de 0,11% em junho, ante 0,52% em maio, acumulando
aumento de 2,83% no ano e de 5,37% em doze meses. A variação do IPC-DI em junho foi
influenciada, em especial, pela alta de 0,74% no grupo alimentação, com contribuição de 0,17
p.p. para o índice mensal, e pelo recuo registrado no grupo transportes, com variação e
contribuição para o índice de -0,73% e -0,13 p.p., respectivamente. O INCC-DI variou 0,73%
no mês, ante 1,88% no mês anterior, resultado da desaceleração dos custos de mão de obra, de
3,38% para 1,03%, e da aceleração dos preços de materiais, equipamentos e serviços, de
0,35% para 0,41%. O INCC-DI acumulou alta de 5,16% no ano e de 7,04% em doze meses.
O IPP/IT variou 1,65% em maio após alta de 1,46% em abril. O IPP/IT acumulou elevação
de 3,32% no ano, ante 1,22% no mesmo período do ano passado, e expansão de 4,73% em
doze meses encerrados em maio ante 2,55% no mês anterior. O resultado mensal do IPP/IT
foi influenciado, principalmente, pelas altas nos preços dos segmentos referentes à fabricação
de produtos alimentícios, de outros produtos químicos, de metalurgia e de coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis, com contribuições para o índice de 0,59 p.p., 0,34
p.p., 0,14 p.p., e 0,13 p.p, respectivamente. A variação do índice no período de doze meses
encerrado em maio refletiu, sobretudo, elevações associadas às contribuições das indústrias de
produtos alimentícios, 2,33 p.p., e de outros produtos químicos, 0,57 p.p., contrabalançadas
pelas contribuições das divisões de metalurgia, -0,23 p.p., e de fabricação de produtos têxteis,
-0,17 p.p.
O Índice Commodities – Brasil (IC-Br) recuou 1,40% em junho, refletindo desvalorização
de 0,20%, 2,00% e 6,83% dos subíndices agropecuária, metal e energia, respectivamente. No
ano, o índice acumula valorização de 0,83%, com avanços de 0,50% no subíndice formado
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
81
por produtos agrícolas e de 7,14% no de commodities metálicas, enquanto o de energia recuou
4,91% no período. Em doze meses, o índice acumula valorização de 2,59%, com avanços de
3,43% e 0,26% nos subíndices agropecuária e energéticas, enquanto o de metálicas recuou
0,13%.
Atividade econômica
O IBC-Br registrou alta de 0,22% em abril ante março, considerados dados
dessazonalizados. No trimestre encerrado em abril, o índice apresentou elevação de 0,15% em
relação ao terminado em janeiro, quando havia crescido 0,89% no mesmo tipo de
comparação. Pela série com dados observados, o IBC-Br registrou estabilidade no mês em
relação a abril de 2011 ante alta de 0,91% registrada em março na mesma base de
comparação. O IBC-Br acumula elevação de 0,78% no ano e de 1,65% nos últimos doze
meses finalizados em abril.
As vendas do comércio ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, recuaram
em maio em relação ao mês anterior, de acordo com dados dessazonalizados da PMC do
IBGE, após variações de 0,5% em abril e de 0,6% em março. Com o resultado, o trimestre
finalizado em maio apresentou crescimento de 0,7% em relação ao trimestre encerrado em
fevereiro. Por segmento, observou-se elevação mensal nas vendas de seis dos dez segmentos
pesquisados, com destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e
comunicação, 3,5%; e veículos, motocicletas, partes e peças, 1,5%. Em oposição, as maiores
retrações foram registradas nas vendas de material de construção, 11,3%, e móveis e
eletrodomésticos, 3,1%. No ano, o comércio ampliado cresceu 5,8%. As vendas do comércio
varejista recuaram 0,8% em maio comparativamente ao mês anterior, utilizando dados com
ajuste sazonal, após altas de 0,7% e 0,2% em abril e março, na mesma base de comparação.
Observou-se expansão de 1,3% no trimestre em relação ao trimestre anterior, considerados
dados dessazonalizados, de 9% no ano e de 7,3% no acumulado de doze meses.
Considerados os dados observados, as vendas do comércio ampliado apresentaram aumento
interanual de 4,2% em maio, com expansão em oito segmentos, com ênfase em equipamentos
e materiais para escritório, informática e comunicação, 17,3%; artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 10,9%; móveis e eletrodomésticos, 9,3%; e
hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 9,0%. No período de
doze meses encerrado em maio, o comércio ampliado registrou crescimento de 5,3%, com
destaque para o aumento das vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática
e comunicação, 26,4%; móveis e eletrodomésticos, 14,9%; artigos farmacêuticos, médicos,
ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 9,9%; e material de construção, 8,7%.
As vendas de autoveículos pelas concessionárias, incluindo-se automóveis, comerciais
leves, caminhões e ônibus, registraram elevação mensal de 35,8% em junho, após alta de
2,8% em maio e redução de 3,6% em abril, de acordo com dados da Fenabrave,
dessazonalizados pelo Banco Central. O resultado, o melhor para o mês de junho e o terceiro
melhor da série histórica, repercutiu a desoneração tributária implementada pelo governo
federal no final de maio. No segundo trimestre, o crescimento atingiu 4,5% ante a queda de
1% no trimestre anterior. No acumulado do ano, as vendas de autoveículos declinaram 1,1%,
resultado de queda nas vendas de caminhões, 16%; ônibus, 10,2%; e comerciais leves, 1,7%;
e as de automóveis aumentaram 0,1%.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
82
O índice de quantum das importações de bens de capital, divulgado pela Fundação Centro
de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) e ajustado sazonalmente pelo Banco Central,
registrou elevação mensal de 3,2% em junho. A análise dos dados observados indicou
retração de 5% em relação a junho do ano anterior e elevação de 3,7% no acumulado do ano e
de 3,3% em doze meses.
A produção de bens de capital decresceu 1,8% em maio, acumulando retração de 0,7% no
trimestre, relativamente ao finalizado em fevereiro, de acordo com dados dessazonalizados da
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE. Contribuíram para o
desempenho da categoria no mês o recuo da produção de bens de capital para fins industriais
seriados, 4,5%, e de equipamentos para o setor de energia elétrica, 3,3%, em oposição à
elevação de 8,6% na produção de equipamentos agrícolas.
A produção de insumos típicos da construção civil registrou elevação mensal de 2,3% em
maio, acumulando aumento de 1% no trimestre, em relação ao finalizado em fevereiro,
considerados dados dessazonalizados. Em relação a iguais períodos de 2011, a produção do
segmento registrou alta de 3,4% no mês e no acumulado do ano e de 4% em doze meses.
Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
somaram R$139,4 bilhões no acumulado em doze meses encerrados em abril, 16,3% inferior
ao resultado de igual período de 2011, repercutindo a retração de 48,2% nos recursos
destinados à indústria de transformação. No período, o setor de infraestrutura absorveu 40%
do total dos recursos liberados, seguido pela indústria, 31%; comércio e serviços, 22%; e
agropecuária, 7%.
A produção física da indústria geral apresentou variação mensal de -0,9% em maio, de
acordo com dados dessazonalizados do IBGE, após retração de 0,4% (revisada) em abril,
refletindo recuo de 1,1% na indústria de transformação e crescimento de 1,5% na indústria
extrativa. Por categorias de uso, registrarou-se queda na produção de bens de consumo
duráveis, 2,2%; de bens de consumo semi e não duráveis, 2,1%; e de bens de capital, 1,8%; e
a de bens intermediários cresceu 0,2%. Das 26 atividades da indústria de transformação
consideradas na pesquisa, quatorze apresentaram queda no mês, com destaque para os
segmentos de material eletrônico e equipamento de comunicação, 10,9%; calçados e couro,
5,3%; e veículos automotores, 4,5%. Em oposição, o setor de produtos de metal apresentou a
maior expansão mensal, de 13,2%. A produção da indústria recuou 1,2% no trimestre
encerrado em maio em relação ao terminado em fevereiro, quando havia decrescido 0,6%,
repercutindo retração de 1,5% na indústria de transformação, e a indústria extrativa cresceu
1,8%. A evolução trimestral foi influenciada pela retração das indústrias de fumo, 11,5%;
equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, 10,8%; e material eletrônico e
equipamentos de comunicação, 8,9%. Considerados dados observados, a produção física da
indústria recuou 4,3% no mês ante igual período do ano anterior, 3,4% no acumulado do ano,
e 1,8% em doze meses, refletindo desempenho desfavorável, sobretudo, das indústrias de bens
de capital e de bens de consumo duráveis.
O Nuci da indústria de transformação atingiu 83,8% em junho, com queda de 0,2 p.p. em
relação a maio, segundo dados dessazonalizados da FGV. A retração mensal decorreu de
queda de 0,3 p.p. em bens de consumo duráveis, de 0,2 p.p. em material de construção e em
bens de capital e de 0,1 p.p. em bens intermediários, e bens de consumo não duráveis
registrou expansão de 0,6 p.p. Considerada a série observada, o Nuci apresentou queda de 0,5
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
83
p.p. em relação a junho de 2011, resultado de decréscimo nos indicadores das indústrias de
bens de capital, 1,8 p.p.; material de construção, 1,5 p.p.; bens intermediários, de 0,8 p.p.; e
bens de consumo, 0,1 p.p.
A produção de autoveículos atingiu 273,6 mil unidades em junho, representando aumento
de 1,3% em relação a maio e de 0,8% no trimestre encerrado em junho, de acordo com dados
da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea),
dessazonalizados pelo Banco Central. Considerando dados observados, a produção apresentou
retração de 7,6% em relação a junho de 2011, de 9,2% no acumulado do ano e de 5,8% em
doze meses.
Ainda segundo a Anfavea, o licenciamento de autoveículos nacionais cresceu 36,9% em
relação a maio e 5,1% no trimestre, de acordo com dados dessazonalizados pelo Banco
Central. Considerados dados observados, ocorreram variações de 19,9% em relação a junho
de 2011, -1,8% no acumulado do ano e -5,3% em doze meses. As exportações de autoveículos
montados alcançaram 36 mil unidades em junho, representando variações de -3,3% em
relação a igual mês do ano anterior, -11% no acumulado do ano, e 0,8% no acumulado em
doze meses. Considerada a série dessazonalizada pelo Banco Central, as exportações
cresceram 53% no mês e recuaram 13,9% no trimestre.
De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE,
referente a junho, a safra de grãos do país deverá totalizar 160,7 milhões de toneladas em
2012, representando elevação de 0,4% em relação à de 2011 e de 0,3% em relação à
estimativa de maio. O novo levantamento apresentou perspectiva mais favorável para as
safras de milho e trigo, com acréscimo de 0,8% e 3,2%, respectivamente, em comparação à
estimativa do mês anterior, contrastando com as previsões para os cultivos do feijão e arroz,
que projetam retrações respectivas de 8,2% e 1,5%, em igual base de comparação. Em relação
à safra de 2011, o novo levantamento estima expansão de 22,7% para o milho, repercutindo
exclusivamente expectativa de aumento de 59,6% para a 2ª safra, em oposição aos
decréscimos respectivos de 17,6%, 14,8%, 12,3% e 8% nas colheitas de feijão, arroz, soja e
trigo. Projeta-se, adicionalmente, queda de 7,4% na safra de cana de açúcar em relação ao ano
anterior, resultado 11,2% menor do que o projetado na estimativa anterior.
Expectativas e sondagens
O ICC, considerados os dados dessazonalizados da Sondagem de Expectativas do
Consumidor, da FGV, de abrangência nacional, registrou retração de 2,8% em junho, em
relação a maio, alcançando 123,5 pontos, refletindo redução de 4,4% no Índice da Situação
Atual (ISA) e de 1,8% no Índice de Expectativas (IE). Em relação a junho de 2011, o ICC
registrou alta de 4,6%, resultado de elevação de 0,7% no ISA e de 7,3% no IE.
O ICS, calculado pela Sondagem de Serviços da FGV, recuou 1,8% em junho
relativamente a maio, ao passar de 125,4 para 123,1 pontos, dados com ajuste sazonal. O
resultado decorreu de retrações de 2,7% no Índice de Situação Atual (ISA-S) e de 1,1% no
Índice de Expectativas (IE-S).
O ICOM, calculado pela Sondagem Conjuntural do Comércio da FGV, atingiu 126,2
pontos em junho, representando queda de 4,1% relativamente a igual mês do ano anterior. O
resultado decorreu de retrações de 7,4% no Índice de Situação Atual (ISA-COM) e de 1,9%
no Índice de Expectativas (IE-COM). No trimestre finalizado em junho, o ICOM registrou
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
84
contração de 3,7% comparativamente ao mesmo período de 2011, influenciado pelas retrações
de 2,7% no ISA-COM e de 4,3% no IE-COM.
60. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), considerados dados dessazonalizados da
Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, da FGV, apresentou queda de 0,2%
em junho em relação a maio, situando-se em 103,2 pontos, resultado do aumento de 0,9% no
ISA e da redução de 1,4% no IE. Em relação a junho de 2011, o ICI recuou 3,5%, resultado
de retração de 3,4% no ISA e de 3,8% no IE.
61. O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Sondagem Conjuntural da
Construção, da FGV, atingiu 124,1 pontos em junho, 9,4% inferior ao resultado de igual mês
do ano anterior. O resultado refletiu retrações de 10,5% no Índice de Situação Atual (ISA-
ICST) e de 8,4% no Índice de Expectativas (IE-ICST). No segundo trimestre do ano, o ICST
registrou contração de 9,5%, comparativamente a igual período de 2011, repercutindo recuo
de 10,5% no ISA-ICST e de 8,6% no IE-ICST.
Cenário Estadual
Em relação à análise para o Cenário Estadual reproduzimos o Artigo abaixo
publicado no site cenariomt.com.br.
AGRICULTURA
Renda deve atingir R$ 18 bi em Mato Grosso Previsão aponta aumento de 29% no Valor Bruto de Produção para as duas culturas este ano
Cenário Agrícola
O ano de 2012 será de recordes na agricultura. Além da produção e preços pagos pelas
commodities, o Valor Bruto da Produção (VBP) será o maior.
Somente para as culturas de soja e milho as projeções é um incremento de 29% este ano,
frente a 2011, um salto de R$ 14,1 bilhões para R$ 18,2 bilhões proporcionados pelo aumento
da produção e preço médio da saca de 60 quilos. As estimativas são do Instituto Mato-
grossense de Economia Agropecuária (Imea), que revela perspectiva de que 2013 não será
diferente.
As projeções da entidade, visto que nem toda a produção de soja e milho foram
comercializadas, mostram ainda que caso estas se concretizem, ao se comparar com 2007, o
Estado terá um aumento de 163,7%.
"O incremento, ante 2011, é devido a dois fatores: o aumento da produção e o preço
elevado. Ano passado tivemos um mercado aquecido para a soja e o milho o que fez com que
os produtores aumentassem a área e consequentemente a produção", explica o gestor do Imea,
Daniel Latorraca. Os preços atuais aquecidos e considerados recordes deve-se aos baixos
estoques mundiais de ambas as commodities, ocasionadas pelas quebras de safra no sul do
Brasil, Argentina e Estados Unidos.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
85
Segundo ele, o VBP são os ganhos brutos dos produtores com a atividade, obtidos a partir
da multiplicação da produção com o preço médio ao qual é vendida a saca da cultura. "É
importante frisar que esse montante não significa a totalidade que ficará nas mãos dos
produtores".
O VBP da soja projetado para 2012 é de R$ 14,4 bilhões, volume 21% superior aos R$ 11,9
bilhões de 2011 e 148,2% maior que os R$ 5,8 bilhões de 2007. Conforme o Imea, o preço
médio da saca de 60 quilos do grão teve acréscimos de 11%, saltando de R$ 36,47 para R$
40,34. Na safra 2011/2012, Mato Grosso colheu 21,3 milhões de toneladas de soja, 4% a mais
que as 20,6 milhões da safra 2010/2012.
Para o milho, cuja colheita inicia em julho, a previsão é de R$ 3,9 bilhões o VBP. O
montante esperado é 72% superior aos R$ 2,3 bilhões de 2011 e 254,4% que o total de R$ 1,1
bilhão alcançado em 2007. Na safra 2011/2012 estima-se uma produção de milho safrinha de
11,7 milhões de toneladas, 68% a mais que a safra 2010/2011. O preço médio da saca
aumentou 5%, com alta de R$ 18,85 em 2011 para R$ 19,82 este ano.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
86
A N E X O
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
87
GLOSSÁRIO
Alíquota média Alíquota resultante da ponderação de cada alíquota com o respectivo faturamento num mesmo segmento econômico
Analisada (Receita)
Dummy (Variable)
Receita obtida a partir da atualização das hipóteses utilizadas na projeção inicial da receita.
Uma variável que considera as alterações exógenas ou mudanças de inclinação de uma curva numa relação econométrica. Por exemplo: as variáveis dummy podem ser utilizadas para estimação das influências sazonais sobre um conjunto de dados. Administrando a uma dummy o valor 1 para os meses de inverno e “zero” para os demais, ela indicará em que medida uma relação econométrica (preços de produtos agrícolas e quantidades produzidas, por exemplo) se alterará durante o inverno, em relação aos demais meses do ano
Eficácia tributária Relação entre a receita efetiva e a potencial.
Elasticidade Mede a reação/sensibilidade de uma variável a uma mudança em outra, sendo as duas variações expressas em termos percentuais. A elasticidade mede um aumento ou diminuição no ICMS dos segmentos econômicos ocasionados por acréscimo ou redução do PIB.
Evasão Fuga ou subtração do contribuinte ao pagamento do tributo, que lhe é atribuído, usando para isso de meios que evitem a incidência tributária a seu cargo.
Execução Cobrança ajuizada
Faturamento tributável Faturamento do segmento econômico sobre o qual incide a alíquota média
ICMS efetivo
ICMS potencial, menos renúncia, créditos e Inconverso do ICMS.
ICMS potencial Valor obtido a partir da aplicação da alíquota média do ICMS do segmento sobre o valor do faturamento.
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
88
Inconverso
Inconverso do ICMS
Não convertido; inconvertido. ICMS que poderia ser ou ter sido
arrecadado, mas deixou de sê-lo em virtude de contencioso administrativo, contencioso judicial, inadimplência e fraudes.
Índice de Inconverso
Relação entre o Inconverso e o
ICMS efetivo.
Renúncia A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, isenção de caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado (LRF, Art. 14, Inciso II, § 1º). Os Programas de incentivos fiscais (PROALMAT, PRODEIC, PROARROZ, etc.) são
Isenção Dispensa legal do pagamento do
tributo. Segmento
econômico/Segmento Produto ou cadeia produtiva com
representatividade na receita tributária e/ou na economia do Estado.
Sonegação Sonegação simples: Falta de
pagamento do tributo sem qualquer malícia, ou sem o emprego de ardil, ou fraude, com que o contribuinte procura furtar-se ao cumprimento da imposição fiscal.
Sonegação dolosa (ou fraudulenta): Decorrente da fraude ou da má-fé do contribuinte, usando meios, manobras ou ardis para se furtar, ou se subtrair ao pagamento do tributo.
PIB – Produto Interno Bruto
Proxy
Valor monetário total de todos os
bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras de uma Nação, mesmo que tenham sido produzidos por estrangeiros.
Variável utilizada para substituir
outra teoricamente mais satisfatória, nos casos
em que não se dispõe de dados para esta última ou estes não podem ser
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
89
obtidos.
Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 3415 A
Cuiabá – MT – CEP: 78.055-500
Telefone SARP 0xx65 – 3617-2201
www.SEFAZ.mt.gov.br
Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso
90
Sítios consultados pela Secretaria de Fazenda www.bc.gov.br
www.imf.org
www.worldbank.org/
www.ibge.gov.br
www.imea.com.br
www.tesouro.fazenda.gov.br
www.famato.org.br
www.detran.mt.gov.br
www.fiemt.com.br
www.aprosoja.com.br
www.ampa.com.br
www.seplan.mt.gov.br www.portaldoagronegocio.com.br
www.esalq.usp.br
www.agricultura.gov.br/
aliceweb.desenvolvimento.gov.br
www.uba.org.br
www.indea.mt.gov.br/