Upload
ralf-hermes-siebiger
View
99
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Conjunto de slides preparados para a disciplina "Estudos em Gestão Educacional", ministrada pelo Prof. Paulo Gomes Lima, no Programa de Pós-graduação - Mestrado em Educação da UFGD. Mestrando: Ralf Hermes Siebiger
Citation preview
Estado, políticas educacionais e gestão democrática da escola no Brasil
Paulo Gomes Lima
Maria Lúcia de Miranda Aranda
Antônio Bosco de Lima
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO Slides elaborados para a disciplina “Estudos em Gestão Educacional” Prof. Dr. Paulo Gomes Lima Mestrando Ralf Hermes Siebiger
Painel – 3 pesquisas
Paulo Gomes Lima ESTADO, POLÍTICAS EDUCACIONAIS E ESCOLA NO BRASIL
Maria Lúcia de Miranda Aranda A PARTICIPAÇÃO COMO PONTO DE CONVERGÊNCIA NA GESTÃO DA POLÍTICA EDUCACIONAL DOS ANOS INICIAIS DO SÉCULO XXI
Antônio Bosco de Lima GESTÃO DEMOCRÁTICA: A DECOMPOSIÇÃO DO CONCRETIZADO
Paulo Gomes Lima
• Intervenção de organismos de financiamento multilaterais na trilogia:
• Análise de macropolíticas neoliberais > desmonte de instrumentos de soberania nacional e de direitos fundamentais do cidadão;
• Educação numa perspectiva de solidarização econômica, social e política > sociometabolismo do capital;
• Contestação da teoria social do capital necessária – transformação social qualitativa no processo de universalização de direitos fundamentais = educação
Escola
Políticas Educacionais
Estado
Trilogia Estado – Políticas Educacionais - Escola
Lógica
internacionalização e solidariedade mercado
Estado
reunir intelectuais, políticos e empresários para projeto de escola públic
ratificar os pressupostos dos organismos internacionais
Anos 80-90
ideário neoliberal na economia homem necessário para a sociedade do
conhecimento
Trilogia Estado – Políticas Educacionais - Escola
Escola = processo dissimulado e metamorfoseado de solidariedade
Expansão da Educação Básica e preparo para o mercado de trabalho
Contingência no acesso à Educação Superior (mérito – atendimento elitista)
FHC (1994)
Programa ‘Mãos à Obra, Brasil’ Melhoria das condições de pesquisa e de
formação de pesquisadores
Estado e Escola no Brasil
Estado regulador da economia (1990) Atender mercado internacional
Anos 90
Reestruturação produtiva
Reforma do estado
Políticas educacionais
Preocupação com a qualidade do ensino e com alunos excluídos da escola (analfabetismo
funcional)
Políticas educacionais no Brasil
• Consensualidade e naturalização;
• Conservação da consecução de parâmetros que sustentem a teoria social neoliberal;
Ideário neoliberal nas políticas educacionais
Constituição de 1998
LDB 9394/96
EC 14/96
Intervenção de agências internacionais de financiamento Educação de acordo com a classe social a que se destina Educação como responsabilidade de todos = solidariedade universal
Políticas educacionais no Brasil
• LDBEN 9394/96 = políticas do Banco Mundial > educação e políticas assistencialistas enquanto equivalentes
• FHC > políticas educacionais como medidas corretivas; ações compensatórias; não identificáveis como responsabilidade do próprio Estado ou do mercado
• LULA > continuidade de medidas paliativas para injustiças sociais que não mudam a estrutura de acesso a direitos fundamentais
• Princípio contingenciado e utópico de equidade: legal, mas não de fato
Quadro crítico
• Políticas públicas sociais pretensamente compensatórias > alijadoras do direito civil
• Medidas compensatórias que mantém estrutura de injustiça social = doses homeopáticas com percentuais de atendimento delimitados
• Social democracia (1995-2002): ideário neoliberal prescrito por organismos internacionais = preocupação social por meio de interesses do mercado
• Banco Mundial: sujeição das esferas à política econômica = universalização das exceções > transformações pontuais sem romper com sistema capitalista
Alternativas?
Rompimento com a lógica capitalista
Rompimento do trabalho como
atividade humana auto-realizadora
Emancipação concreta da
sociedade e do homem
Libertação, justiça social, humanização e universalização das construções sociais
Rompimento com o sociometabolismo
do capital > neoliberalismo
Maria Alice de M. Aranda
- • Analisa o princípio da Participação no
Plano Pluri-anual (PPA) 2004-2007
- • Foco: Programa Nacional de
Fortalecimento de Conselhos Escolares
- • Fruto de Tese de Doutorado
Participação e Políticas Educacionais
Participação
• Categoria histórica construída nas relações sociais
• É princípio orientador de todas ações que dão corpo à política educacional
Política social = política pública
• Refere-se ao Estado como garantidor de direitos, de leis
• “Pública” tem o sentido de universalidade e totalidade
• Área de atividade que tem como objetivo o bem estar
• Deve ser regida pelo princípio da justiça social
Política educacional
Educação
• Política pública de corte social: é ação de responsabilidade do Estado, mas extrapola os limites do Estado, pois necessita de outros setores para se efetivar
• É social: representa a necessidade de proteção da sociedade pelo Estado no que tange à diminuição das desigualdades sociais/estruturais
Política educacional
• É de responsabilidade do Estado
Política educacional
• “Brasil de Todos: inclusão e participação”: busca concretizar a política educacional com participação de todos brasileiros
• Gestão pública participativa por meio de conselhos
PPA 2004-2007
Programas
Democratização da Gestão dos Sistemas de Ensino
Gestão da Política de Educação
Sistema de participação na
gestão da educação pública
Programa Nacional de fortalecimento dos Conselhos Escolares
• Objetivo: promover e fortalecer a gestão democrática nos estados e municípios
• Legitimar mecanismos de participação por meio de colegiados
Secretaria de Educação Básica/MEC
• Responsável pelo Programa
• Há mais de 60 mil conselhos escolares em escolas públicas do pais
• São constituídos de professores, pais, alunos, técnicos, diretores e comunidade local
• Funções deliberativas, consultivas, fiscais de mobilização
• Cuidam da gestão administrativa, financeira e pedagógica da escola
• SEB lançou ‘kit’ para os Conselhos Escolares de escolas com mais de 250 alunos
Análise do Caderno Introdutório
• Objetivo: oferecer subsídios teóricos e práticos para ação colegiada e gestão democrática da educação pública e para a compreensão do significado dos conselhos nesse universo
Caderno Introdutório
• Contextualização histórica dos conselhos no processo de gestão dos sistemas e instituições de ensino
• Destaca papel de assessoria dos conselhos em relação ao governo (quanto à políticas públicas)
• Ressalta, nos anos 90, a reivindicação de participação efetiva na gestão pública > criação de conselhos
Análise do Caderno Introdutório
Considerações finais
Modo de participação da sociedade e do estado nas políticas públicas
• Refletem concepção de sociedade que sustenta essa participação
• Perceptível nas ações, tais como a política educacional
PPA 2004-2007
• Continua vigente a participação política fundamentada na democracia neoliberal
Estudos sobre relação entre educação e democracia devem ser orientados para superar perspectiva que enquadra a democracia nos limites das
demandas do capitalismo e da administração estatal
Antônio Bosco de Lima
• Analisa gestão democrática atual a partir do processo de redemocratização da década de 80, por sua vez desconstruído na década de 90
Referencial: Marx e Bakunin
• Quando se quer superar um projeto, é porque já se tem outro projeto substituto
Gestão democrática
• Tratar a gestão democrática com base em 3 postulados:
• Tese (ideia), antítese (real) e síntese (o que se pretende)
• Gestão democrática é processo
• É constituída de autonomia, descentralização e participação
Destaque para o termo PARTICIPAÇÃO: discussão sobre efetividade, possibilidade e necessidade da gestão democrática
Efetividade
Está relacionada à infalibilidade: equívoco ao associar capitalismo e democracia; igualdade (justiça) e liberdade (mercado)
Entender a gestão democrática como processo, e não reduzida a canais de participação (Conselhos Escolares, APM, PPP, etc.)
Princípios da autonomia, descentralização e participação > democratização > socialização do poder
Possibilidade e Necessidade
Possibilidade
• Gestão democrática implica em condições democrático-participativas
• Querer participar implica em condições de participação
Necessidade
• Dimensão real da participação implica em considerar as demandas locais (questões sociais e culturais) e tomada de decisão
Não se observa modelo participativo que consiga deslocar a Gestão Democrática do eixo da centralização para o eixo da participação coletiva
Enquete - 4 questões
• Público: professores e diretores de Escolas Públicas Estaduais e Municipais e Supervisores, Assessores e Analistas de Educação da Superintendência Regional de Educação da Região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais.
1) O que é Gestão Democrática hoje?
• Evidenciou-se os canais (CE, ED, PPP) na perspectiva de obrigatoriedade
2) Para você, o que deveria ser Gestão Democrática?
• Duas posições distintas:
• a) Necessidade de articulação de todos em torno da escola mas que esbarra no individualismo
• b) Operacionalidade da manutenção da escola (instrumental)
Enquete - 4 questões
3) Como tem sido implementada a Gestão Democrática na instituição na qual você trabalha?
• Constata-se morosidade na construção da Gestão democrática, em que a participação esbarra na centralidade da tomada de decisão
2) Para você, o que deveria ser Gestão Democrática?
• Evidencia-se a oscilação entre operacionalidade instrumental (manutenção da escola) e um modelo solidário, porém, numa dimensão entre a informação e a deliberação, ou seja, uma consulta.
Considerações finais
Real
• Centralização das decisões substantivas;
• Comunidade escolar não tem identidade coletiva, prevalecendo necessidades individuais diferentes;
• Caráter redentor como princípio individualista
Curvar a vara
Retomar princípios de democratização,
participação e autonomia
Cada um é sujeito da e responsável pela
história
Bibliografia
• LIMA, Paulo Gomes; ARANDA, Maria Alice de Miranda; LIMA, Antonio Bosco de. Estado, políticas educacionais e gestão democrática da escola no Brasil. [PAINEL/CD-ROM]. In Anais do XV Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (ENDIPE). Belo Horizonte/MG: UFMG, 2010.