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FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO DE PIRACICABA ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA CIVIL ESTÁTICA I MECÂNICA GERAL I FORÇAS MOMENTO DE FORÇAS

Estática 2011

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FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO DE PIRACICABA

ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA

ENGENHARIA MECÂNICA

ENGENHARIA CIVIL

ESTÁTICA I

MECÂNICA GERAL I FORÇAS MOMENTO DE FORÇAS

Prof. Otavio José Menegali

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ESTÁTICA DOS PONTOS MATERIAIS

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Espaço – É a região geométrica ocupada por corpos cujas posições são descritas por medidas lineares e angulares, tomadas em relação a um sistema coordenado.

Tempo – É a medida da sucessão de eventos e é uma quantidade básica em dinâmica. O tempo não está diretamente envolvido em problemas estáticos.

Massa – É a medida da inércia de um corpo, que por sua vez é sua resistência à mudança de velocidade. Massa também pode ser entendida como a quantidade de matéria em um corpo. É também a propriedade de todos os corpos através da qual eles experimentam atração mútua com outros corpos.

FORÇAS NO PLANO Padrões fundamentais – A partir de acordos internacionais, estabeleceram-se padrões fundamentais para as medidas de massa, comprimento e tempo, conforme apresentados a seguir.

Comprimento – O metro, originalmente definido como um décimo-milionésimo da distância entre o polo e o equador, medido pelo meridiano que passa por Paris e redefinido mais tarde com o comprimento de uma determinada barra de platina–iridiada que está guardada no Departamento Internacional de Pesos e Medidas. As dificuldades de acesso e acurácia na reprodução das medidas acarretaram a adoção de uma nova definição para o comprimento padrão do metro de modo a torna-la mais precisa e reproduzível. Atualmente, o metro é definido como 1.650.763,73 vezes o comprimento de onda de uma certa radiação do átomo de Criptônio–86.

Massa – O quilograma é definido como a massa de um determinado cilindro de platina–iridiada, que está guardado no Departamento Internacional de Pesos e Medidas (International Bureau of Weights and Measures) próximo a Paris, França. Uma cópia precisa desse cilindro está guardada nos Estados Unidos no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (National Institute of Standards and Technology – NIST – antigo Departamento Nacional de Padrões – National Bureau of Standards) e serve como o padrão de massa nesse país

Tempo – O segundo foi originalmente definido como a fração 1/86.400 do dia solar médio. Contudo, irregularidades na rotação da Terra, introduziram dificuldades no uso dessa definição, e uma definição mais precisa e reproduzível foi adotada. Atualmente o segundo é definido como sendo a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação de um certo estado do átomo e Césio 133.

GRANDEZAS ESCALARES E GRANDEZAS VETORIAIS

Uma grandeza é escalar quando necessita apenas de um número para quantificá-la, número este que é chamado de módulo ou valor numérico. Como exemplo temos o tempo, a massa, o volume, a densidade dos corpos, o trabalho, a quantidade de dinheiro, etc.

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Fornecendo apenas um número, é possível passar a idéia total da quantidade, em relação a um referencial.

Os escalares se somam pelos métodos comuns da álgebra: 4 kg + 5 kg = 9 kg.

Outras grandezas, para que sejam totalmente compreendidas, necessitam além deste número, mais características. Tomemos a velocidade por exemplo. Se dizemos que a velocidade de um carro é de 80 km/h, para formarmos o conceito geral do movimento, é necessário dizer em que direção o carro se move, por exemplo, direção leste-oeste e ainda dizer o sentido, por exemplo, de oeste para leste. Para isto, a Matemática criou o Vetor, que para ser totalmente conhecido necessita destas três características: módulo, direção e sentido. E para ajudar a Física a explicar fenômenos, operações próprias entre Vetores foram criadas, como Soma, Produtos, que diferem das mesmas operações entre os Escalares.

A soma entre dois vetores de módulo iguais a 4 e a 5 pode resultar qualquer valor entre 1 e 9.

Vetor – Ente matemático que possui intensidade, direção e sentido e que se somam de acordo com a lei do paralelogramo.

FORÇA

A força representa a ação de um corpo sobre o outro. É caracterizada por seu ponto de aplicação, sua intensidade, direção e sentido. Inicialmente estudaremos o efeito de forças sobre pontos materiais (significa que o tamanho e a forma dos corpos considerados não alteram a solução dos problemas). Consideraremos também que todas as forças atuantes sobre os corpos terão o mesmo ponto de aplicação.

Intensidade – É representada por um número de unidades, tendo como referência, um padrão adotado. Ex.: 3 N ; 5 Kgf, etc.

Existem diversos sistemas de unidades, que a partir das unidades de poucas grandezas fundamentais, podemos obter as unidades de outras grandezas chamadas de derivadas.

No MKS utilizamos Comprimento ( L ) , Massa ( M ) e Tempo ( T ) como grandezas fundamentais, sendo Comprimento expresso em Metros ( m ) , Massa expressa em Kilogramas ( kg ) e Tempo em Segundos ( s ) . A partir dessas grandezas, a unidade da Força será obtida pela Lei de Newton.

F = m a

No MKS, a força necessária para acelerar um corpo de massa igual a 1 kg à razão de 1 m/s 2 é

F = 1 kg . 1 m/s 2 = 1 kg.m/s 2 = 1 N (Newton)

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No MK*S ( MKS Técnico ) utilizamos Comprimento ( L ) , Força ( F ) e Tempo ( T ) como grandezas fundamentais, sendo Comprimento expresso em Metros ( m ) , Força expressa em Kilograma-força ( kgf ) e Tempo em Segundos ( s ) .

No MK*S, o peso de uma massa igual a 1 kg é igual a 1 kgf.

A unidade de Massa neste sistema (grandeza derivada) é chamada de u t m (unidade técnica de massa)

No CGS utilizamos Comprimento em Centímetros ( cm ) , Massa em gramas ( g ) e Tempo em Segundos ( s ) . A partir dessas grandezas, a unidade da Força será obtida pela Lei de Newton.

F = m a

No CGS, a força necessária para acelerar um corpo de massa igual a 1 g à razão de 1 cm/s 2 é

F = 1 g . 1 cm/s 2 = 1 g.cm/s 2 = 1 d (dina)

Direção – É definida pela sua linha de ação.

Sentido – Ao longo de cada direção podemos ter 2 sentidos.

Exemplo:

As três Leis Fundamentais de Newton

Primeira Lei – Uma partícula permanece em repouso, ou continua a mover-se em linha reta com uma velocidade constante, se não existir nenhuma força agindo sobre ela.

Segunda Lei – A aceleração de uma partícula é proporcional à Força resultante agindo sobre ela e possui a mesma direção dessa força..

F = m . a Terceira Lei – As forças de ação e reação entre os corpos em contato tem a mesma intensidade, mesma linha de ação e sentidos opostos.

Força é vetor pois quando um corpo age sobre o outro é necessário conhecermos a intensidade, direção e sentido desta ação.

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Soma de Vetores . Lei do Paralelogramo.

Podemos também somar vetores, colocando-se na extremidade de um vetor, escolhido como o primeiro, o início do escolhido como o segundo e repetindo-se o procedimento para os demais, formando-se desta maneira, um polígono, geralmente aberto. A resultante dos vetores será o vetor que “fecha" o polígono.

Decomposição de uma força em componentes

É a recíproca da soma de forças e é um processo que simplifica a resolução de problemas uma vez que escolheremos eixos no plano ou no espaço para o estudo de problemas envolvendo forças.

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A decomposição de um vetor pode ser feita sobre eixos que formem ângulos quaisquer entre si.

Porém, a escolha de eixos perpendiculares entre si irá simplificar a soma de vetores.

Desta maneira, ao decompor um vetor força P , teremos a componente sobre a direção x, chamada de P x e a segundo y, chamada de P y .

Vetores Unitários – São vetores que têm módulo ( intensidade ) igual a um ( 1 ) , têm direção segundo os eixos x e y e sentido, o positivo destes eixos.

Lembrando a definição de produto de um escalar por um vetor :

Assim como chamamos a soma P + P de 2P ou P + P + P de 3P e em geral se tivermos n vetores P , sua soma será nP , definimos o produto nP de um inteiro positivo n por um vetor P, como um vetor que tenha a mesma direção e sentido de P e intensidade, n vezes a intensidade de P." Para um vetor F podemos escrever:

F x = F x i F y = F y j

e o vetor F fica

F = F x i + F y j

F x e F y serão positivos se tiverem mesmo sentido de i e j e negativos se contrários. Poderão ser obtidos através do ângulo que F faz com os eixos, como mostra a figura.

F x = F cos F y = F sen

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Adição de forças pela soma de componentes segundo x e y

Quando se torna necessário a soma de 3 ou mais forças a lei do paralelogramo se torna trabalhosa. Para isso podemos aplicar o método a seguir. Cada força deve ser decomposta segundo x e y. Em seguida somamos as componentes em x, uma vez que são vetores que possuem a mesma direção, repetindo o raciocínio quanto a y. Exemplo: Sejam três forças P , Q e S. Pede-se a resultante R.

R = P + Q + S R x i + R y j = P x i + P y j + Q x i + Q y j + S x i + S y j R x i + R y j = ( P x + Q x + S x ) i + ( P y + Q y + S y ) j

R x = P x + Q x + S x R x = F x

R y = P y + Q y + S y R y = F y Exemplo numérico – Determinar a resultante.

F 1 = 100 cos 30o i + 100 sen 30o j = 86,60 i + 50 j

F 2 = 60 cos 40o i – 60 sen 40o j = 45,96 i – 38,57 j

F 3 = –70 sen 20o i + 70 cos 20o j = – 23,94 i + 65,78 j

R = 108,62 i + 77,21 j

R = 108,62 2 + 77,21 2 = 133,27 kgf tg = 77,21 / 108,62 = 0,71 = 35,41º

Equilíbrio de um ponto material

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Um ponto material estará em equilíbrio quando a resultante de todas as forças que nele atuam for igual a zero.

Normalmente nos problemas, pede-se determinada força para que o ponto material esteja em equilíbrio e o raciocínio a ser seguido é o de decompor todas as forças, inclusive a incógnita e igualar a zero a resultante delas nas duas direções.

Diagrama de Corpo Livre

Grande número de problemas que envolvem estruturas reais podem ser reduzidos a problemas referentes ao equilíbrio de um ponto material. Isto é feito escolhendo-se um ponto material conveniente e esquematizando-se num diagrama separado todas as forças que são aplicadas sobre ele. Tal diagrama é chamado Diagrama de Corpo Livre.

Exercícios

1 ) Dois cabos são ligados juntos em C e carregados como está ilustrado. Determinar a tração em AC e BC

Resolução 1) a)

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F CB = F CB . cos 20o i + F CB . sen 20o j F CB = 0,940 F CB i + 0,342 F CB j

F CA = – F CA . cos 40o i + F CA . sen 40o j F CA = –0,766 F CA i + 0,643 F CA j

P = 0 i – 1,5 j P = 0 i – 1,5 j

Equilíbrio R = 0

F x = 0 0,940 F CB – 0,766 F CA + 0 = 0

F y = 0 0,342 F CB + 0,643 F CA – 1,5 = 0

0,766 F CA F CB = ------------------ = 0,8152 F CA 0,940

0,766 F CA

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0,342 ------------------ + 0,643 F CA = 1,5 F CA = 1,6276 kN F CB = 1,3265 kN 0,940

Resolução 1) b) a a b c sen = -------- ; sen = -------- ; b + c = 1,3 ; cos = -------- ; cos = -------- 1,2 0,5 1,2 0,5 a 2 = 1,2 2 – b 2 e a 2 = 0,5 2 – c 2 1,44 – b 2 = 0,25 – c 2

b 2 – c 2 = 1,19 ( b + c ) ( b – c ) = 1,19 1,3 ( b – c ) = 1,19

b – c = 0,9154 b + c = 1,3 2 b = 2,21542 b = 1,1077

c = 0,1923 a = 0,4615 sen = 0,3846 = 22,62o ; sen = 0,9230 = 67,38o

+ = 90o cos = 0,3846 cos = 0,9230 F CB = F CB . cos i + F CB . sen j F CB = 0,3846 F CB i + 0,9230 F CB j

F CA = – F CA . cos i + F CA . sen j F CA = – 0,9230 F CA i + 0,3846 F CA j

P = 0 i – 260 x 9,81 j P = 0 i – 2550,6 j

Equilíbrio R = 0

F x = 0 0,3846 F CB – 0,9230 F CA + 0 = 0

F y = 0 0,9230 F CB + 0,3846 F CA – 2550,6 = 0

0,9230 F CA F CB = -------------------- 0,3846

0,9230 F CA 0,9230 ------------------ + 0,3846 F CA = 2550,6 F CA = 981,11 kN e F CB = 2354,57 kN 0,3846

Resolução 1) c) F CB = F CB . cos 20o i – F CB . sen 20o j F CB = 0,9397 F CB i – 0,3420 F CB j

F CA = – F CA . cos 60o i + F CA . sen 60o j F CA = –0,5000 F CA i + 0,8660 F CA j

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P = 0 i – 50 x 9,81 j P = 0 i – 490,5 j

Equilíbrio R = 0

F x = 0 0,9397 F CB – 0,5000 F CA + 0 = 0

F y = 0 –0,3420 F CB + 0,8660 F CA – 490,5 = 0

0,5000 F CA F CB = -------------------- 0,9397

0,5000 F CA –0,3420 ------------------- + 0,8660 F CA = 490,5 F CA = 717,07 N e F CB = 381,54 N 0,9397

2 ) Um bloco de 3 kN é suportado pelos dois cabos AC e BC.

a ) Para que valor de a tração no cabo AC é mínima ? Quais os valores correspon-dentes das trações nos cabos AC e BC ?

b ) O valor de para o qual a maior das trações nos cabos é tão pequena quanto possível.

Quais os valores correspondentes das trações nos cabos AC e BC ?

Resolução 2) a)

F CB = F CB . cos 60o i + F CB . sen 60o j

F CA = –FCA . cos i + FCA . sen j

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P = 0 i – 3 j

FCB = 0,5 F CB i + 0,8660 F CB j

F CA = –FCA . cos i + FCA . sen j

P = 0 i – 3 j

Equilíbrio R = 0

F x = 0 0,5 FCB + –FCA . cos = 0

F y = 0 0,8660 FCB + FCA . sen – 3 = 0

FCA . cos FCB = ------------------ FCB = 2 FCA . cos 0,5

F x = 0 0,8660 FCB + FCA . sen – 3 = 0

F y = 0 0,8660 . 2 FCA . cos + FCA . sen – 3 = 0

1,732 FCA . cos + FCA . sen = 3

FCA ( 1,732 cos + sen ) = 3

A expressão acima mostra um produto de dois números variáveis, resultando uma constante.Se uma das variáveis for pequena, a outra deverá assumir um valor alto. Portanto, para que FCA seja mínimo é necessário que ( 1,732 cos + sen ) seja máximo . Portanto sua derivada primeira deverá ser igual a zero .

d------- ( 1,732 cos + sen ) = 0 d

1,732 (–sen ) + cos = 0 –1,732 sen + cos = 0

1,732 sen 1 sen cos = 1,732 sen 1 = -------------------- ------------ = ----------- cos 1,732 cos

sen ------------ = 0,577 tg = 0,577 = 30o cos

Substituindo em F CA ( 1,732 cos + sen ) = 3

F CA ( 1,732 cos 30o + sen 30o ) = 3 F CA = 1,5 kN

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e em F CB = 2 F CA . cos F CB = 2 x 1,5 x cos 30o F CB = 2,598 kN

Analisando a derivada segunda, para conclusão se se trata de ponto de máximo ou de mínimo, teremos: d 2 d---------- ( 1,732 cos + sen ) = --------- (–1,732 sen + cos ) = d 2 d

= – 1,732 cos – sen = –1,732 cos 30o – sen 30o = –2

Portanto, 1,732 cos + sen realmente passa por máximo para = 30o pois a derivada primeira é nula e a derivada segunda é negativa. Resolução Gráfica

Resolução 2) b) A resolução é idêntica ao 2) b) até

F CA ( 1,732 cos + sen ) = 3 e F CB = 2 F CA . cos

Para que a maior das trações seja tão pequena quanto possível é necessário que não exista “a maior das trações” pois enquanto uma for maior que a outra deveremos tentar diminuí-la. Teremos então que as duas deverão ser iguais entre si.

F CA = FCB F CA = 2 F CA . cos cos = 0,5 = 60o F CA ( 1,732 cos + sen ) = 3 F CA ( 1,732 cos 60o + sen 60o ) = 3

F CA = 1,73 kN Como F CA = F CB F CB = F CA = 1,73 kN

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Forças no Espaço

Consideremos uma força F aplicada no ponto O e um sistema de eixos cartesianos. Como no caso plano tínhamos i e j associados às direções x e y respectivamente, definiremos agora, o vetor unitário k associado a direção z. A força F pode ser escrita como:

F = F x + F y + F z

F = F x i + F y j + F z k

F y = F . cos y

F H = F . sen y

F x = F H . cos e F z = FH . sen

F = F sen y . cos i + F cos y j + F sen y . sen k

F = ( F x ) 2 + ( F x ) 2 + ( F x ) 2

Todavia esta forma de escrever F não é a mais utilizada. O mais comum é imaginar o vetor F como a diagonal de um paralelepípedo e de maneira análoga ao que se fez com F y , deve-se fazer com F x e F z . F x = F . cos x

F y = F . cos y

F z = F . cos z

F = F . cos x i + F . cos y j + F . cos z k

Podemos escrever F como

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F = F ( cos x i + cos y j + cos z k )

que mostra que a força F é o produto do escalar F pelo vetor F = F

= cos x i + cos y j + cos z k

é um vetor de módulo unitário segundo a direção de F

x = cos x y = cos y z = cos z ( x ) 2 + ( y ) 2 + ( z ) 2 = 1

cos 2 x + cos 2 y + cos 2 z = 1

Força definida por seu módulo e dois pontos de sua linha de ação

Neste caso devemos encontrar o vetor de módulo 1 (um) e multiplicá-lo pelo módulo da força, pois F = F . . Para isso, encontramos o vetor MN e iremos dividi-lo pelo seu módulo .

Sendo M e N dois pontos por onde passa a linha de ação da força M ( x 1 ; y 1 ; z 1 ) N ( x 2 ; y 2 ; z 2 ) MN = N – M = ( x 2 ; y 2 ; z 2 ) – ( x 1 ; y 1 ; z 1 ) MN = ( x 2 – x 1 ) i + ( y 2 – y 1 ) j + ( z 2 – z 1 ) k d x = ( x 2 – x 1 ) d y = ( y 2 – y 1 ) d z = ( z 2 – z 1 )MN = d x i + d y j + d z k

MN = MN = d x 2 + d y

2 + d z 2 = d

MN d x d y d z = ----------- = ------- i + -------- j + ------- k MN d d d

d x d y d z

F = F x i + F y j + F z k = F . = F ( -------- i + -------- j + -------- k ) d d d F d x F d y F d z

F = ----------- i + ----------- j + ----------- k d d d

Portanto: F d x F d y F d z F x = ---------- F y = ---------- F z = ----------

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d d d Como F x = F cos x F y = F cos y F z = F cos z temos:

d x d y d z

cos x = ------- cos x = ------- cos x = ------- d d d

Adição de Forças Concorrentes no Espaço

Os métodos gráficos e trigonométricos não são práticos no caso da adição de forças no espaço. O mais usado é decompor as forças nas direções x , y e z através dos vetores i , j e k e somá-las :

R = F

R = R x i + R y j + R z k = F x i + F y j + F z k

Equilíbrio de um Ponto Material no Espaço Um ponto material estará em equilíbrio quando a resultante das forças que nele atuam for igual a zero. Para isso é necessário que

F x = 0 , F y = 0 e F z = 0

Exercícios

1 ) Determine as componentes x, y e z da força de 250 N e os ângulos x , y

e z que a força forma com os eixos coordenados.

2 ) Idem para a força de 300 N.

Resolução 1) F = F x i + F y j + F z k

F H = 250 . cos 60o F H = 125 N

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F y = 250 . sen 60o F y = 216,51 N

F x = F H . cos 25o = 125 . cos 25o F x = 113,29 N

F z = –F H . sen 25o = –125 . sen 25o F z = –52,83 N

F = 113,29 i + 216,51 j – 52,83 k F x 113,29cos x = ------- = ------------- = 0,4532 x = 63,05o

F 250

F y 216,51cos y = ------- = ------------- = 0,8660 y = 30o

F 250

F z –52,83cos z = ------- = ------------- = –0,2113 z = 102,20o

F 250

Resolução 2) F = F x i + F y j + F z k

F H = 300 . sen 40 º F H = 192,84 N

F y = 300 . cos 40 º F y = 229,81 N

FX = FH . sen 20 º = 192,84 . sen 20 º F X = 65,95 N

FZ = FH . cos 20 º = 192,84 . cos 20 º F Z = 181.21 N

F = 65,95 i + 229,81 j + 181,21 k

F x 65,95cos x = ------- = ------------- = 0,22 x = 77,30 o

F 300

F y 229,81cos y = ------- = ------------- = 0,7660 y = 40 o

F 300

F z –52,83cos z = ------- = ------------- = 0,6040 z = 52,84 o

F 300

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3 ) Sabendo que a tração em AB é 2250 N e que no cabo BC é 1125 N, determinar:

a ) As componentes da força exercida sobre a placa em A e os ângulos que definem esta força.

b ) As componentes da força exercida sobre a placa em C e os ângulos que definem esta força.

Resolução 3) a) AB = B – A = ( 0 ; 1,20 ; 0,60 ) – ( 1,20 ; 0 ; 2,70 ) AB = –1,20 i + 1,20 j – 2,10 k | AB | = ( –1,20 ) 2 + ( 1,20 ) 2 + ( –2,10 ) 2 = 2,70 m

AB –1,20 i + 1,20 j – 2,10 k AB = --------- = ----------------------------------------- | AB | 2,70

FAB = FAB . AB

–1,20 i + 1,20 j – 2,10 k FAB = 2250 ( ----------------------------------------- ) FAB = –1000 i + 1000 j – 1750 k 2,70

F x –1000cos x = ------- = ------------ = –0,44 x = 116,39 o

F 2250

F y 1000cos y = ------- = ------------- = 0,44 y = 63,61 o

F 2250

F z –1750cos z = ------- = ------------- = –0,78 z = 141,06 o

F 2250

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Resolução 3) b) CB = B – C = ( 0 ; 1,20 ; 0,60 ) – ( 1,20 ; 0 ; 0 ) AB = –1,20 i + 1,20 j + 0,60 k | CB | = ( –1,20 ) 2 + ( 1,20 ) 2 + ( 0,60 ) 2 = 1,80 m

CB –1,20 i + 1,20 j + 0,60 k CB = --------- = ----------------------------------------- | CB | 1,80

FCB = FCB . CB

–1,20 i + 1,20 j + 0,60 k FCB = 1125 ( ----------------------------------------- ) FCB = –750 i + 750 j – 375 k 1,80

F x –750cos x = ------- = ------------ = –0,67 x = 131,81 o

F 1125

F y 750cos y = ------- = ------------- = 0,67 y = 48,19 o

F 1125

F z 375cos z = ------- = ------------- = –0,33 z = 70,53 o

F 1125

4 ) Sabendo que a tração em AB é 39 kN, determine os valores requeridos para a tração em AC e AD de tal forma que a resultante das três forças aplicadas em A seja vertical.

5 ) Sabendo que a tração em AC é 28 kN, determine os valores requeridos para a tração em AB e AD de tal forma que a resultante das três forças aplicadas em A seja vertical.

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Resolução 4) A ( 0 ; 48 ; 0 )B ( 16 ; 0 ; 12 )C ( 16 ; 0 ; –24 )D ( –14 ; 0 ; 0 )

AB = B – A = ( 16 ; 0 ; 12 ) – ( 0 ; 48 ; 0 ) AB = 16 i – 48 j + 12 k | AB | = ( 16 ) 2 + ( –48 ) 2 + ( 12 ) 2 = 52 m

AB 16 i – 48 j + 12 k AB = --------- = --------------------------------- | AB | 52

FAB = FAB . AB

16 i – 48 j + 12 k FAB = 39 ( --------------------------------- ) FAB = 12 i – 36 j + 9 k ( kN ) 52

AC = C – A = ( 16 ; 0 ; –24 ) – ( 0 ; 48 ; 0 ) AC = 16 i – 48 j – 24 k | AC | = ( 16 ) 2 + ( –48 ) 2 + ( –24 ) 2 = 56 m

AC 16 i – 48 j – 24 k AC = --------- = --------------------------------- | AC | 56

16 48 24 AC = -------- i – -------- j – -------- k 56 56 56

FAC = FAC . AC

16 48 24 FAC = FAC ( -------- i – -------- j – -------- k ) 56 56 56 16 FAC 48 FAC 24 FAC FAC = ---------- i – ---------- j – ---------- k 56 56 56

AD = D – A = ( –14 ; 0 ; 0 ) – ( 0 ; 48 ; 0 ) AD = –14 i – 48 j + 0 k

19

Page 21: Estática 2011

| AD | = ( –14 ) 2 + ( –48 ) 2 + ( 0 ) 2 = 50 m

AD –14 i – 48 j + 0 k AD = --------- = --------------------------------- | AD | 50

–14 48 AD = -------- i – -------- j + 0 k 50 50

FAD = FAD . AD

–14 48 FAD = FAD ( -------- i – -------- j + 0 k ) 50 50 –14 FAD 48 FAD FAD = ----------- i – ----------- j + 0 k 50 50

Para que a resultante das forças em A seja vertical é necessário que

F x = 0 e F z = 0

16 FAC 14 FAD F x = 0 12 + ----------- – ----------- = 0 56 50 24 FAC F z = 0 9 + ----------- + 0 = 0 56

24 FAC F z = 0 9 – ----------- + 0 = 0 56

24 FAC ----------- = 9 FAC = 21 kN 56

Substituindo em

16 FAC 14 FAD F x = 0 12 + ----------- – ----------- = 0 56 50

16 x 21 14 FAD 12 + ----------- – ----------- = 0 FAD = 64,29 kN

20

Page 22: Estática 2011

56 50

Resolução 5) A ( 0 ; 48 ; 0 )B ( 16 ; 0 ; 12 )C ( 16 ; 0 ; –24 )D ( –14 ; 0 ; 0 )

AB = B – A = ( 16 ; 0 ; 12 ) – ( 0 ; 48 ; 0 ) AB = 16 i – 48 j + 12 k | AB | = ( 16 ) 2 + ( –48 ) 2 + ( 12 ) 2 = 52 m

AB 16 i – 48 j + 12 k AB = --------- = --------------------------------- | AB | 52

16 48 12 AC = -------- i – -------- j + -------- k 52 52 52

FAB = FAB . AB 16 48 12 FAB = FAB ( -------- i – -------- j + -------- k ) 52 52 52 16 FAB 48 FAB 12 FAB FAB = ---------- i – ---------- j + ---------- k 52 52 52

AC = C – A = ( 16 ; 0 ; –24 ) – ( 0 ; 48 ; 0 ) AC = 16 i – 48 j – 24 k | AC | = ( 16 ) 2 + ( –48 ) 2 + ( –24 ) 2 = 56 m

AC 16 i – 48 j – 24 k AC = --------- = --------------------------------- | AC | 56

FAC = FAC . AC

16 i – 48 j – 24 k FAC = 28 ( --------------------------------- ) 56

FAB = 8 i – 24 j – 12 k ( kN )

AD = D – A = ( –14 ; 0 ; 0 ) – ( 0 ; 48 ; 0 ) AD = –14 i – 48 j + 0 k

21

Page 23: Estática 2011

| AD | = ( –14 ) 2 + ( –48 ) 2 + ( 0 ) 2 = 50 m

AD –14 i – 48 j + 0 k AD = --------- = --------------------------------- | AD | 50

–14 48 AD = -------- i – -------- j + 0 k 50 50

FAD = FAD . AD

–14 48 FAD = FAD ( -------- i – -------- j + 0 k ) 50 50 –14 FAD 48 FAD FAD = ----------- i – ----------- j + 0 k 50 50

Para que a resultante das forças em A seja vertical é necessário que

F x = 0 e F z = 0

16 FAB 14 FAD F x = 0 ----------- + 8 – ----------- = 0 52 50 12 FAB F z = 0 ----------- – 12 + 0 = 0 52

12 FAB F z = 0 ----------- = 12 FAB = 52 kN 52 Substituindo em

16 FAB 14 FAD F x = 0 ----------- + 8 – ----------- = 0 52 50

16 x 52 14 FAD ------------- + 8 – ----------- = 0 FAD = 85,71 kN 52 50

22

Page 24: Estática 2011

6 ) A carga P de módulo 2775 N é suportada por três cabos como está ilustrado. Determine a tração em cada cabo.

Resolução 6) A ( –1,80 ; 0 ; 1,20 )B ( 0 ; 0 ; –1,50 )C ( 2,70 ; 0 ; 0 )D ( 0 ; –3,60 ; 0 )

DA = A – D = ( –1,80 ; 0 ; 1,20 ) – ( 0 ; –3,60 ; 0 ) DA = –1,80 i + 3,60 j + 1,20 k | DA | = ( –1,80 ) 2 + ( 3,60 ) 2 + ( 1,20 ) 2 = 4,20 m

DA –1,80 3,60 1,20 DA = --------- = ---------- i + ---------- j + ---------- k | DA | 4,20 4,20 4,20

–1,80 3,60 1,20 FDA = FDA . ( ---------- i + ---------- j + ---------- k ) 4,20 4,20 4,20

–1,80 FDA 3,60 FDA 1,20 FDA FDA = ---------------- i + ---------------- j + ---------------- k 4,20 4,20 4,20

DB = B – D = ( 0 ; 0 ; –1,50 ) – ( 0 ; –3,60 ; 0 ) DB = 0 i + 3,60 j – 1,50 k | DB | = ( 0 ) 2 + ( 3,60 ) 2 + ( –1,50 ) 2 = 3,90 m

DB 3,60 1,50 DB = --------- = 0 i + ---------- j – ---------- k | DB | 3,90 3,90

3,60 1,50 FDB = FDB . ( 0 i + ---------- j – ---------- k ) 3,90 3,90

3,60 FDB 1,50 FDB FDB = 0 i + ---------------- j – ---------------- k 3,90 3,90 DC = C – D = ( 2,70 ; 0 ; 0 ) – ( 0 ; –3,60 ; 0 ) DC = 2,70 i + 3,60 j + 0 k

23

Page 25: Estática 2011

| DC | = ( 2,70 ) 2 + ( 3,60 ) 2 + ( 0 ) 2 = 4,50 m

DC 2,70 3,60 DC = --------- = ---------- i + ---------- j + 0 k | DC | 4,50 4,50

2,70 3,60 FDC = FDC . ( ---------- i + ---------- j + 0 k ) 4,50 4,50

2,70 FDC 3,60 FDC FDC = ---------------- i + ---------------- j + 0 k 4,50 4,50 P = 0 i – 2775 j + 0 k –1,80 FDA 3,60 FDA 1,20 FDA FDA = ---------------- i + ---------------- j + ---------------- k 4,20 4,20 4,20

3,60 FDB 1,50 FDB FDB = 0 i + ---------------- j – ---------------- k 3,90 3,90

2,70 FDC 3,60 FDC FDC = ---------------- i + ---------------- j + 0 k 4,50 4,50 P = 0 i – 2775 j + 0 k Equilíbrio R = 0

–1,80 FDA 2,70 FDA F x = 0 ---------------- + 0 + --------------- + 0 = 0 4,20 4,50 3,60 FDA 3,60 FDB 3,60 FDC F y = 0 ------------- + --------------- + -------------- – 2775 = 0 4,20 3,90 4,50

1,20 FDA 1,50 FDB F z = 0 ------------- – --------------- + 0 + 0 = 0 4,20 3,90

1,80 x 4,50 FDC = ------------------ FDA

4,20 x 2,70

1,20 x 3,90

24

Page 26: Estática 2011

FDB = ------------------ FDA

4,20 x 1,50

3,60 FDA 3,60 x 1,20 x 3,90 3,60 x 1,80 x 4,50 F y = 0 ---------------- + -------------------------- FDA + --------------------------- FDA = 2775 4,20 3,90 x 4,20 x 1,50 4,50 x 4,20 x 2,70 FDA = 1312,5 N 1,80 x 4,50 1,80 x 4,50 FDC = ------------------ FDA = ------------------ x 1312,5 FDC = 937,5 N 4,20 x 2,70 4,20 x 2,70 1,20 x 3,90 1,20 x 3,90 FDB = ------------------ FDA = ------------------ x 1312,5 FDB = 975 N 4,20 x 1,50 4,20 x 1,50

7 ) Três cabos são unidos em D, onde uma força de 15,60 kN é aplicada, como está ilustrado. Determine a tração em cada cabo.

Resolução 7)

A ( 0 ; 3 ; 3 )B ( 0 ; 3 ; -3 )C ( 0 ; 0 ; 0 )D ( 1,5 ; 2 ; 0 )E ( 7,5 ; 0 ; 1,5 )

DA = A – D = ( 0 ; 3 ; 3 ) – ( 1,5 ; 2 ; 0 ) DA = –1,50 i + 1 j + 3 k | DA | = (–1,50 ) 2 + ( 1 ) 2 + ( 3 ) 2 = 3,50 m

DA –1,50 1 3 DA = --------- = ---------- i + --------- j + --------- k | DA | 3,50 3,50 3,50

–1,50 1 3

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Page 27: Estática 2011

FDA = FDA . ( --------- i + -------- j + --------- k ) 3,50 3,50 3,50

–1,50 FDA 1 FDA 3 FDA

FDA = --------------- i + ------------- j + ----------- k 3,50 3,50 3,50

DB = B – D = ( 0 ; 3 ; –3 ) – ( 1,5 ; 2 ; 0 ) DB = –1,50 i + 1 j – 3 k | DB | = (–1,50 ) 2 + ( 1 ) 2 + ( –3 ) 2 = 3,50 m

DB –1,50 1 3 DB = --------- = ---------- i + --------- j – --------- k | DB | 3,50 3,50 3,50

–1,50 1 3FDB = FDB . ( --------- i + -------- j – --------- k ) 3,50 3,50 3,50

–1,50 FDB 1 FDB 3 FDB

FDB = --------------- i + ------------- j – ----------- k 3,50 3,50 3,50

DC = C – D = ( 0 ; 0 ; 0 ) – ( 1,5 ; 2 ; 0 ) DC = –1,50 i – 2 j + 0 k | DC | = (–1,50 ) 2 + ( –2 ) 2 + ( 0 ) 2 = 2,50 m

DC –1,50 2 DC = --------- = ---------- i – --------- j + 0 k | DC | 2,50 2,50

–1,50 2 FDC = FDC . ( --------- i – -------- j + 0 k ) 2,50 2,50

–1,50 FDC 2 FDA FDC = --------------- i – ------------- j + 0 k 2,50 2,50

DE = E – D = ( 7,5 ; 0 ; 1,5 ) – ( 1,5 ; 2 ; 0 ) DE = 6 i – 2 j + 1,5 k | DE | = ( 6 ) 2 + ( –2 ) 2 + ( 1,5 ) 2 = 6,50 m

DE 6 i – 2 j + 1,5 k DE = --------- = -------------------------------- | DE | 6,50

6 i – 2 j + 1,5 k FDE = 15,60 . ( -------------------------------- ) 6,50

26

Page 28: Estática 2011

FDE = 14,40 i – 4,8 j + 3,6 k

–1,50 FDA 1 FDA 3 FDA

FDA = --------------- i + ------------- j + ----------- k 3,50 3,50 3,50

–1,50 FDB 1 FDB 3 FDB

FDB = --------------- i + ------------- j – ----------- k 3,50 3,50 3,50

–1,50 FDC 2 FDA FDC = --------------- i – ------------- j + 0 k 2,50 2,50

FDE = 14,40 i – 4,8 j + 3,6 k

FDA = – 0,4286 FDA i + 0,2857 FDA j + 0,8571 FDA k FDB = – 0,4286 FDB i + 0,2857 FDB j – 0,8571 FDB k

FDC = – 0,6000 FDC i + 0,8000 FDC j + 0 FDB k

FDE = 14,40 i – 4,8 j + 3,6 k

Equilíbrio R = 0 F x = 0 –0,4286 FDA – 0,4286 FDB – 0,6000 FDC + 14,40 = 0 F y = 0 0,2857 FDA + 0,2857 FDB – 0,8000 FDC – 4,80 = 0 F z = 0 0,8571 FDA – 0,8571 FDB + 0 FDC + 3,60 = 0

F x = 0 –0,4286 FDA – 0,4286 FDB – 0,6000 FDC = –14,40 F y = 0 0,2857 FDA + 0,2857 FDB – 0,8000 FDC = 4,80 F z = 0 0,8571 FDA – 0,8571 FDB + 0 FDC = –3,60

Resolveremos o sistema pela Regra de Cramer

–0,4286 – 0,4286 – 0,6000 –0,4286 – 0,4286 0,2857 0,2857 – 0,8000 0,2857 0,2857

27

Page 29: Estática 2011

0,8571 – 0,8571 0 0,8571 – 0,8571 = 0,881632653

–14,40 – 0,4286 – 0,6000 –14,40 – 0,4286 4,80 0,2857 – 0,8000 4,80 0,2857 – 3,60 – 0,8571 0 – 3,60 – 0,8571

FDA = 10,49142857

FDA 10,49142857 FDA = ---------- = ------------------- FDA = 11,90 kN 0,881632653

Substituindo em

F z = 0 0,8571 FDA – 0,8571 FDB + 0 FDC = –3,60 0,8571 x 11,90 – 0,8571 FDB = –3,60 FDB = 16,10 kN Substituindo em F x = 0 ou em F y = 0 teremos

F x = 0 –0,4286 FDA – 0,4286 FDB – 0,6000 FDC = –14,40

–0,4286 x 11,90 – 0,4286 x 16,10 – 0,6000 FDC = –14,40 FDC = 4,00 kN

8 ) Dois arames estão ligados ao topo do poste CD. Sabe-se que a força exercida sobre o poste é vertical e que a força de 2500 N, aplicada ao ponto C é horizontal. Se a força de 2500 N é paralela ao eixo z ( = 90° ), determine a tração em cada cabo.

9 ) No problema anterior, determine o valor do ângulo para o qual a tração no cabo AC é máxima e os valores das forças em cada cabo para esta situação.

Resolução 8) e 9)

28

Page 30: Estática 2011

FCA = –FCA cos 60º i – FCA sen 60º j + 0 k

FCA = –0,5 FCA i – 0,8660 FCA j + 0 k

FCB = FCB cos 30º cos 40º i – FCB sen 30º j + FCB cos 30º sen 40º k

FCB = 0,6634 FCB i – 0,5 FCB j + 0,5567 FCB k

29

Page 31: Estática 2011

F = 2500 cos i + 0 j – 2500 sen k

F X = 0 –0,5 FCA + 0,6634 FCB + 2500 cos = 0

F Y = 0 –0,8660 FCA – 0,5 FCB = –R

F Z = 0 0,5567 FCB – 2500 sen = 0

Isolando FCB em F Z = 0

F Z = 0 0,5567 FCB – 2500 sen = 0 0,5567 FCB = 2500 sen

2500 sen FCB = -------------------- FCB = 4490,99 sen 0,5567

e substituindo em F X = 0

F X = 0 –0,5 FCA + 0,6634 FCB + 2500 cos = 0

–0,5 FCA + 0,6634 x 4490,99 sen + 2500 cos = 0

0,6634 x 4490,99 sen + 2500 cos = 0,5 FCA

30

Page 32: Estática 2011

0,5 FCA = 0,6634 x 4490,99 sen + 2500 cos

0,6634 x 4490,99 sen + 2500 cos FCA = ----------------------------------------------------------- 0,5

FCA = 5958,77 sen + 5000 cos

d FCA Para que a tração em AC ( FCA ) seja máxima é necessário que ------------ = 0 d d FCA d ---------- = ------- ( 5958,77 sen + 5000 cos ) = 0 d d 5958,77 cos – 5000 sen = 0 5958,77 cos 5958,77 cos = 5000 sen sen = ------------------------- 5000 sen 5958,77-------------- = ---------------- tg = 1,1918 = 50º cos 5000

Substituindo em

FCB = 4490,99 sen F CB = 4490,99 sen 50º FCB = 3440,30 N

e em FCA = 5958,77 sen + 5000 cos FCA = 5958,77 sen 50o + 5000 cos 50o FCA = 7778,62 NAnálise da derivada segunda de FCA

d 2 FCA d ---------- = ------- 5958,77 cos – 5000 sen = – 5958,77 sen – 5000 cos d 2 d d 2 FCA ---------- = – 5958,77 sen – 5000 cos d 2

Para = 50o teremos

d 2 FCA ---------- = – 5958,77 sen 50o – 5000 cos 50o = –7778,62 d 2

por ser negativo, concluímos que se trata de ponto de máximo

31

Page 33: Estática 2011

Resolução 8)

Substituindo = 90o em

FCB = 4490,99 sen F CB = 4490,99 sen 90º FCB = 4490,99 N

e em

FCA = 5958,77 sen + 5000 cos FCA = 5958,77 sen 90o + 5000 cos 90o FCA = 5958,77 N

Corpos Rígidos – Sistema Equivalente de Forças

Nem sempre é possível considerarmos os corpos como pontos materiais. No caso geral o corpo deve ser tratado como um conjunto de grande número de pontos materiais. Consideramos Corpo Rígido como sendo aquele que não se deforma quando submetido à ação de forças. As estruturas e máquinas reais no entanto, não são absolutamente rígidas e deformam-se quando solicitadas, porém estas deformações são pequenas e não alteram sensivelmente as condições de equilíbrio da estrutura.

Forças Externas – Representam a ação de outros corpos sobre o corpo rígido considerado, sendo responsáveis pelo comportamento externo do corpo rígido. Causarão o movimento ou assegurarão a permanência em repouso.

Forças Internas – São as que mantêm unidos os pontos que formam o corpo rígido. Se o corpo rígido é estruturalmente composto de diversas partes, as forças que mantêm estas partes unidas são também chamadas de forças internas.

32

Page 34: Estática 2011

Estudaremos inicialmente as forças externas.

Princípio da Transmissibilidade

As condições de equilíbrio ou de movimento de um corpo rígido permanecem inalteradas se uma força F que atua num determinado ponto do corpo for deslocada para um outro ponto do corpo desde que ambos os pontos pertençam à linha de ação da força .

Produto Vetorial de dois vetores

Dados dois vetores P e Q definimos como produto vetorial de P por Q como sendo V

V = P Q

A linha de ação (direção) de V é perpendicular ao plano que contem P e Q O módulo (ou intensidade) de V é V = P . Q . sen

V = P . Q . sen

O sentido de V é dado pela Regra da Mão Direita: Girando com os quatro dedos da mão direita o vetor P em cima do vetor Q o sentido de V será dado pelo polegar.

Produto Vetorial em termos de Coordenadas Cartesianas

Há nove produtos possíveis entre os três vetores unitários i , j e k que definem as três direções do espaço.

1º ) i j Módulo = 1 x 1 x sen 90º = 1

33

Page 35: Estática 2011

Direção = perpendicular aos eixos x e y, Sentido = o positivo de z. O vetor resultante com estas características é o vetor k i j = k 2º ) i i Módulo = 1 x 1 x sen 0º = 0 i i = 0

3º ) j j Módulo = 1 x 1 x sen 0º = 0 j j = 0

4º ) k k Módulo = 1 x 1 x sen 0º = 0 k k = 0

5º ) i k Módulo = 1 x 1 x sen 90º = 1 Direção = perpendicular aos eixos x e z, Sentido = o negativo de y. O vetor resultante com estas características é o vetor – j i k = – j

6º ) j i Módulo = 1 x 1 x sen 90º = 1 Direção = perpendicular aos eixos y e x . Sentido = o negativo de z. O vetor resultante com estas características é o vetor – k j i = – k 7º ) j k Módulo = 1 x 1 x sen 90º = 1 Direção = perpendicular aos eixos y e z, Sentido = o positivo de x. O vetor resultante com estas características é o vetor i j k = i

8º ) k i Módulo = 1 x 1 x sen 90º = 1 Direção = perpendicular aos eixos z e x, Sentido = o positivo de y. O vetor resultante com estas características é o vetor j k i = j 9º ) k j Módulo = 1 x 1 x sen 90º = 1 Direção = perpendicular aos eixos z e y, Sentido = o negativo de x. O vetor resultante com estas características é o vetor – i k j = – i Podemos resumir como :

i i = 0 j i = – k k i = j i j = k j j = 0 k j = – i i k = –j j k = i k k = 0

34

Page 36: Estática 2011

Desenvolvendo o Produto Vetorial em coordenadas cartesianas temos: V = P Q = ( P x i + P y j + P z k ) ( Q x i + Q y j + Q z k ) = = P x Q x ( i i ) + P x Q y ( i j ) + P x Q z ( i k ) + + P y Q x ( j i ) + P y Q y ( j j ) + P y Q z ( j k ) +

+ P z Q x ( k i ) + P z Q y ( k j ) + P z Q z ( k k )

V = P Q = P x Q x ( 0 ) + P x Q y ( k ) + P x Q z (– j ) + + P y Q x (– k ) + P y Q y ( 0 ) + P y Q z ( i ) +

+ P z Q x ( j ) + P z Q y (– i ) + P z Q z ( 0 )

V = P x Q y k – P x Q z j – P y Q x k + P y Q z i + P z Q x j – P z Q y i

V = ( P y Q z – P z Q y ) i + ( P z Q x – P x Q z ) j + ( P x Q y – P y Q x ) k

O mesmo resultado seria obtido em forma do determinante da matriz

i j k

V = P x P y P z Q x Q y Q z

i j k i j

V = P x P y P z P x P y Q x Q y Q z Q x Q y

V = P y Q z i + P z Q x j + P x Q y k – P y Q x k – Pz Q y i – P x Q z j V = ( P y Q z – Pz Q y ) i + ( P z Q x – P x Q z ) j + ( P x Q y – P y Q x ) k

Momento de uma Força em relação a um ponto

Consideremos que uma força F atua num ponto A de um corpo rígido. O efeito desta força sobre o corpo depende da posição do ponto A. Para defini-lo, colocamos o vetor r que une os pontos O (origem do nosso sistema cartesiano) e A, que é chamado de Vetor Posição de A.

35

Page 37: Estática 2011

Definimos o Momento de F, em relação a O como sendo o produto vetorial de r e F .

MO = r F

MO = r . F . sen

d sen = ----- d = r sen r MO MO = F d d = ------- F Como M O = r F temos

M O = r F = ( r x i + r y j + r z k ) ( F x i + F y j + F z k )

Fazendo o produto, temos:

M x i + M y j + M z k = ( r y F z – r z F y ) i + ( r z F x – r x F z ) j +

+ ( r x F y – r y F x ) k

M x = r y F z – r z F y

M y = r z F x – r x F z

M z = r x F y – r y F x

Ou utilizando o determinante da matriz

i j k MO = r F = r x r y r z F x F y F z

i j k i j

36

Page 38: Estática 2011

MO = r F = r x r y r z r x r y

F x F y F z F x F y

MO = ( r y F z – r z F y ) i + ( r z F x – r x F z ) j + ( r x F y – r y F x ) k

Produto Escalar de dois Vetores

Dados dois vetores P e Q, definimos como Produto Escalar entre os dois, a expressão:

P . Q = P . Q . cos

o resultado da expressão acima não é vetor e sim escalar. Da mesma maneira que foi feito no produto vetorial, faremos os produtos escalares dos 3 vetores i , j e k entre si: 1º ) i . i = 1 x 1 x cos 0° = 1 2º ) i . j = 1 x 1 x cos 90° = 0 3º ) i . k = 1 x 1 x cos 90° = 0 4º ) j . i = 1 x 1 x cos 90° = 0 5º ) j . j = 1 x 1 x cos 0° = 1 6º ) j . k = 1 x 1 x cos 90° = 0 7º ) k . i = 1 x 1 x cos 90° = 0 8º ) k . j = 1 x 1 x cos 90° = 0 9º ) k . k = 1 x 1 x cos 0° = 1

Em resumo, teremos:

i . i = 1 j . i = 0 k . i = 0 i . j = 0 j . j = 1 k . j = 0 i . k = 0 j . k = 0 k . k = 1

Portanto

P . Q = ( P x i + P y j + P z k ) . ( Q x i + Q y j + Q z k )

P . Q = P x Q x + P y Q y + P z Q z

Produto Misto de três Vetores

É definido pela expressão

S . ( P Q )

Colocando em coordenadas cartesianas teremos:

S . ( P Q ) = S . V = S x V x + S y V y + S z V z

37

Page 39: Estática 2011

Sendo V o vetor já obtido no estudo do Produto Vetorial

V = ( P y Q z – Pz Q y ) i + ( P z Q x – P x Q z ) j + ( P x Q y – P y Q x ) k

Portanto:

S . ( P Q ) = S x (P y Q z – Pz Q y ) + S y (P z Q x – P x Q z) + S z (P x Q y – P y Q x )

Desenvolvendo, temos:

S . ( P Q ) = S x P y Q z + S y P z Q x + S z P x Q y – S z P y Q x –

S y P x Q z – S x P z Q y

Esta expressão representa o desenvolvimento do determinante

S x S y S z

S . (P Q) = P x P y P z

Q x Q y Q z

S x S y S z S x S y

S . (P Q) = P x P y P z P x P y

Q x Q y Q z Q x Q y

S . ( P Q ) = S x P y Q z + S y P z Q x + S z P x Q y – S z P y Q x –

S y P x Q z – S x P z Q y

Momento de uma Força em relação a um eixo dado

Consideremos a figura abaixo:

38

Page 40: Estática 2011

Já sabemos calcular o Momento da força F em relação ao ponto O. Imaginemos passar por O o eixo OL cuja direção será dada por e projetarmos o vetor Momento de F em relação a O sobre o eixo OL . O resultado obtido é chamado Momento da força F em relação ao eixo OL.

Então

MOL = MO . cos = MO . cos

Faremos aqui as seguintes considerações:

1 ) A obtenção do ângulo entre duas retas no espaço é bastante trabalhosa;

2 ) MO é um vetor obtido pelo Produto Vetorial : MO = r F

3 ) O conceito de Produto Escalar entre dois vetores envolve o cosseno do ângulo formado entre os dois vetores e pode ser encontrado sem determinar este ângulo. Associaremos então ao eixo OL, um vetor , de modulo igual a 1 (vetor unitário) e utilizaremos o conceito de Produto Misto entre três Vetores. Assim,

MOL = MO . cos

MOL = . M O = . MO . cos MOL = 1 . M O . cos = MO . cos

Como: MO = r F

MOL = . M O = . ( r F)

que é o Produto Misto de três Vetores, e pode ser calculado através do determinante da matriz:

x y z

MOL = . M O = . ( r F) = x y z F x F y F z

Deve-se observar que a origem do sistema de eixos coordenados sempre deverá estar sobre o eixo em torno do qual se calcula o Momento. Em função disto o vetor posição r confunde-se com as coordenadas do ponto de aplicação da força, pois r = OA = A – O = ( x ; y ; z) – ( 0 ; 0 ; 0 ) Ou seja: r = ( x – 0 ) i + ( y – 0 ) j + ( z – 0 ) k = x i + y j + z k

Daí a 2º linha da matriz ser ( x ; y ; z ) , coordenadas do ponto de aplicação da Força , pois é o mesmo que r x , r y e r z , componentes do vetor r .

Exercícios

39

Page 41: Estática 2011

1 ) Uma força de 450 N é aplicada em A. Determine:

a ) O momento da força em relação a D b ) A menor força que aplicada em B provoca o mesmo momento em relação a D .

Resolução 1) a)

F = – 450 sen 30º i – 450 cos 30 º j + 0 k

F = – 225 i – 389,71 j + 0 k

r 1 = DA = 300 i + 125 j + 0 k

i j k i j

M D = r 1 F = 300 125 0 300 125

–225 –389,71 0 –225 –389,71

M D = – 300 x 389,71 k + 125 x 225 k M D = – 88788,43 k N . mm

Resolução 1) b)

40

Page 42: Estática 2011

M D = r 1 F 1 M D = r 1 x F 1 x sen

M D ------------- = F 1 x sen = Constante r 1

Para que F 1 seja mínimo, é necessário que sen seja máximo . Como – 1 sen 1 , o máximo valor será sen = 1 e consequentemente = 90 º . Ou seja, F 1 deve ser perpendicular a r 1 . tg = 225 / 300 = 0,75 = 36,87º sen = 0,6 cos = 0,8

F 1 = –F 1 sen i – F 1 cos j + 0 k F 1 = –0,6 F 1 i – 0,8 F 1 j + 0 k

r 1 = DB = 300 i – 225 j + 0 k

i j k i j

M D = r 1 F 1 = 300 –225 0 300 –225

–0,6 F 1 –0,8 F 1 0 –0,6 F 1 –0,8 F 1

M D = –300 x 0,8 F 1 k – 225 x 0,6 F 1 k = – 88788,43 k

375 F 1 = 88788,43 F 1 = 236,77 N

2 ) Uma seção de parede de concreto pré-fabricado é sustentada temporariamente por cabos, como está ilustrado. Sabendo que a tração no cabo BC é 4,5 kN, determinar o momento em relação à origem O das coordenadas da força exercida sobre a seção da parede em C.

Resolução 2)

FCB F CB = ---------- ( 3,6 i – 1,8 j + 3,6 k )

41

Page 43: Estática 2011

5,4

FCB = 4,5 kN

F CB = 3 i – 1,5 j + 3 k

r = OC = 0 i + 1,8 j + 0 k

M O = r F

M O = ( 0 i + 1,8 j + 0 k ) ( 3 i – 1,5 j + 3 k)

i j k i j

MO = r F = 0 1,8 0 0 1,8

3 –1,5 3 3 –1,5

MO = 5,4 i + 0 j – 5,4 k

3 ) A barra ABC consiste em uma parte reta AB e outra circular BC. Sabendo que = 30º e que a tração no cabo AD é 300 N, determine:

a ) o ângulo formado pelos cabos AC e AD.

b ) a projeção sobre AC da força exercida sobre o ponto A pelo cabo AD.

Resolução 3)

A ( 0 ; a ; a ) C ( a ; 0 ; 0 ) D ( a 3 / 2 ; a / 2 ; 0 )

AC = C – A = ( a ; 0 ; 0 ) – ( 0 ; a ; a ) AC = a i – a j – a k

AD = D – A = ( a 3 / 2 ; a / 2 ; 0 ) – ( 0 ; a ; a )

AC = a 3 / 2 i – a / 2 j – a k

AC = a2 + a2 + a2 = 3 a2 = a 3

AD = 3 a2 / 4 + a2 / 4 + a2 = 2 a2 = a 2

AC . AD = AC x AD x cos

42

Page 44: Estática 2011

AC . AD = a 3 x a 2 x cos = a2 6 cos

AC . AD = ( a i – a j – a k ) . (a 3 / 2 i – a / 2 j – a k )

AC . AD = ( a x a 3 / 2 ) ( i . i ) + (–a x –a / 2 ) ( j . j ) + (–a x –a ) ( k . k )

AC . AD = a2 3 / 2 + a2 / 2 + a2 = a2 ( 3 + 3 ) / 2

a2 6 cos = a2 ( 3 + 3 ) / 2

cos = ( 3 + 3 ) / ( 2 6 ) = 0,9659 = 15º

FAC = FAD cosFAC = 300 cos 15º=300 x 0,9659

FAC = 289,78 N

4 ) O guindaste é orientado de tal modo que a lança DA seja paralela ao eixo x. Determine o valor da máxima tração permissível no cabo AB sendo que os valores absolutos dos momentos em relação aos eixos coordenados da força exercida em A devem ser:

M x 10 k N . m M y 6 k N . m

M z 16 k N . m

Resolução 4)

O Momento de uma Força em relação a um eixo (Torque) é calculado pelo Produto Misto de 3 vetores

M OL = OL ( r F ) cujo resultado é igual ao determinante da matriz

x y z

M OL = x y z

FX FY FZ

3a Linha

AB = B – A = ( 3,20 ; 0 ; 2 ) – ( 3,20 ; 4,80 ; 0 )

43

Page 45: Estática 2011

AB = 0 i – 4,80 j + 2 k | AB | = ( 0 ) 2 + ( –4,80 ) 2 + ( 2 ) 2 = 5,20 m

AB 0 i – 4,80 j + 2 k AB = ---------- = --------------------------------- | AB | 5,20

4,80 2 AB = 0 i – ---------- j + --------- k 5,20 5,20

FAB = FAB . AB

4,80 2 FAB = FAB [ 0 i – ---------- j + --------- k ] 5,20 5,20

4,80 FAB 2 FAB FAB = 0 i – --------------- j + ------------ k ( kN ) 3a Linha das 3 matrizes 5,20 5,20

Cálculo de M X ( o eixo OL da teoria é o eixo x ) . Na 1a Linha teremos as componentes do vetor unitário na direção do eixo x . É o vetor i , que escrito de forma completa fica

OL = x = 1 i + 0 j + 0 k 1a Linha ( 1 0 0 )

2a Linha Coordenadas do ponto de aplicação da força , sendo que a origem do sistema de eixos cartesianos deve pertencer ao eixo em torno do qual se calcula o Momento. Verificamos que O pertence ao eixo x , não sendo necessário mudá-la.

Assim A ( 3,20 ; 4,80 ; 0 ) 2a Linha

Substituindo na matriz, teremos :

1 0 0 1 0 M X = 3,2 4,8 0 3,2 4,8 4,80 FAB 2 FAB 4,80 FAB 0 – --------------- ------------ 0 – --------------- 5,20 5,20 5,20

2 FAB 10 x 5,20M X = 1 x 4,8 x -------------- 10 FAB ------------------ FAB 5,42 kN 5,20 1 x 4,80 x 2

44

Page 46: Estática 2011

Cálculo de M Y ( o eixo OL da teoria é o eixo y ) . Na 1a Linha teremos as componentes do vetor unitário na direção do eixo y . É o vetor j , que escrito de forma completa fica

OL = y = 0 i + 1 j + 0 k 1a Linha ( 0 1 0 )

2a Linha Coordenadas do ponto de aplicação da força , sendo que a origem do sistema de eixos cartesianos deve pertencer ao eixo em torno do qual se calcula o Momento. Verificamos que O pertence ao eixo y , não sendo necessário mudá-la. Assim A ( 3,20 ; 4,80 ; 0 ) 2a Linha

Substituindo na matriz, teremos :

0 1 0 0 1 M Y = 3,2 4,8 0 3,2 4,8 4,80 FAB 2 FAB 4,80 FAB 0 – --------------- ------------ 0 – --------------- 5,20 5,20 5,20

2 FAB M Y = – ------------ x 3,2 x 1 5,20

2 FAB 6 x 5,20 M Y = ------------ x 3,2 x 1 6 FAB ------------------ FAB 4,875 kN 5,20 2 x 3,20 x 1

Cálculo de M Z ( o eixo OL da teoria é o eixo z ). Na 1a Linha teremos as componentes do vetor unitário na direção do eixo z. É o vetor k , que escrito de forma completa fica

OL = z = 0 i + 0 j + 1 k 1a Linha ( 0 0 1 )

2a Linha Coordenadas do ponto de aplicação da força , sendo que a origem do sistema de eixos cartesianos deve pertencer ao eixo em torno do qual se calcula o Momento. Verificamos que O pertence ao eixo z , não sendo necessário mudá-la.

Assim A ( 3,20 ; 4,80 ; 0 ) 2a Linha

Substituindo na matriz, teremos :

0 0 1 0 0 M Z = 3,2 4,8 0 3,2 4,8 4,80 FAB 2 FAB 4,80 FAB 0 – --------------- ------------ 0 – --------------- 5,20 5,20 5,20

– 4,80 FAB

45

Page 47: Estática 2011

M Z = 1 x 3,2 x ------------------ 5,20

4,80 FAB 16 x 5,20 M Z = 1 x 3,2 x ---------------- 16 FAB ------------------ FAB 5,42 kN 5,20 1 x 3,2 x 4,80

Analisando as 3 condições teremos:

FAB 5,42 kN FAB 4,875 kN

FAB 5,42 kN

Prevalece FAB 4,875 kN e como resposta escrevemos FAB = 4,875 kN

5 ) Duas hastes são soldadas para formar uma alavanca em forma de T, que está sujeita a uma força de 650 N. Determine o momento da força em relação à haste AB.

6 ) Resolva o problema anterior supondo que a força de 650 N é dirigida ao longo da reta CO.

Resolução 5)

O Momento de uma Força em relação a um eixo (Torque) é calculado pelo Produto Misto de 3 vetores

M OL = OL ( r F ) cujo resultado é igual ao determinante da matriz

x y z

M OL = x y z

FX FY FZ

3a Linha

CD = D – C = ( 0 ; 0,25 ; 0 ) – ( 0,30 ; 0,125 ; 0 )

CD = – 0,30 i + 0,125 j + 0 k | CD | = (– 0,30 ) 2 + ( 0,125 ) 2 + ( 0 ) 2 = 0,325 m

46

Page 48: Estática 2011

CD – 0,30 i + 0,125 j + 0 k CD = ---------- = ---------------------------------------- | CD | 0,325

FCD = FCD . CD

– 0,30 i + 0,125 j + 0 k FCD = 650 [ ---------------------------------------- ] 0,325

FCD = – 600 i + 250 j + 0 k 3a Linha

Haste AB

AB = B – A = ( 0,30 ; 0 ; 0,15 ) – ( 0 ; 0,10 ; 0 ) AB = 0,30 i – 0,10 j + 0,15 k | AB | = ( 0,30 ) 2 + ( –0,10 ) 2 + ( 0,15 ) 2 = 0,35 m

AB 0,30 i – 0,10 j + 0,15 k AB = ---------- = ---------------------------------------- | AB | 0,35

0,30 0,10 0,15 AB = ----------- i – ----------- j + ----------- k 1a Linha 0,35 0,35 0,35 Na 2a Linha da matriz teremos as coordenadas do ponto de aplicação da força ( ponto C ), porém é obrigatório que a origem do sistema de eixos esteja sobre o eixo em torno do qual se calcula o Momento. Observando a figura, notamos que a origem O não pertence ao eixo AB, sendo necessário mudá-la para qualquer ponto sobre AB.

Escolheremos para nova origem, o ponto A

A partir disso as novas coordenadas do ponto C serão :

C ( 0,30 ; 0,025 ; 0 ) 2a Linha

0,30 –0,10 0,15 0,30 –0,10 ---------- ---------- ---------- ---------- ---------- 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35M AB = 0,30 0,025 0 0,30 0,025

–600 250 0 –600 250

0,15 0,15 M AB = ---------- x 0,30 x 250 + ( –600 ) x 0,025 x ---------- 0,35 0,35

47

Page 49: Estática 2011

M AB = 38,5714 N m

Se escolhermos para nova origem o ponto B , as novas coordenadas do ponto C serão : C ( 0 ; 0,125 ; –0,15 ) 2a Linha

0,30 –0,10 0,15 0,30 –0,10 ---------- ---------- ---------- ---------- ---------- 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35M AB = 0 0,125 –0,15 0 0,125

–600 250 0 –600 250

–0,10 0,15 M AB = ---------- x ( –0,15 ) x ( –600 ) – ( –600 ) x 0,125 x ---------- – 0,35 0,35

0,30 250 x ( –0,15 ) x ---------- 0,35

M AB = 38,5714 N m

Devemos ressaltar que o fato de mudarmos a origem, não alterará os vetores CD e AB, não alterando a 1a e 2a Linhas como se pode ver abaixo

Com origem em A, teremos

CD = D – C = ( 0 ; 0,15 ; 0 ) – ( 0,30 ; 0,025 ; 0 )

CD = – 0,30 i + 0,125 j + 0 k

AB = B – A = ( 0,30 ; – 0,10 ; 0,15 ) – ( 0 ; 0 ; 0 )

AB = 0,30 i – 0,10 j + 0,15 k

Com origem em B,

CD = D – C = ( –0,30 ; 0,25 ; –0,15 ) – ( 0 ; 0,125 ; –0,15 )

CD = – 0,30 i + 0,125 j + 0 k

AB = B – A = ( 0 ; 0 ; 0 ) – ( –0,30 ; 0,10 ; –0,15 )

AB = 0,30 i – 0,10 j + 0,15 k

Momento de um Binário

48

Page 50: Estática 2011

Duas forças F e – F que tenham a mesma intensidade, linhas de ação paralelas e sentidos opostos formam um Binário. A soma das componentes das duas forças em qualquer direção é zero. A soma dos momentos das duas forças em relação a um dado ponto, no entanto, não é zero. Apesar de as duas forças não transladarem o corpo no qual atuam, causarão a tendência de fazê-lo girar. A partir da expressão do momento de uma força em relação a um ponto M = r F Como temos duas forças, F e – F, escrevemos

M = r A F + r B – F

M = r A F – r B F M = ( r A – r B ) F M = r F

M = r . F . sen = F r sen = F d

M é um vetor perpendicular ao plano formado por F e – F sendo que seu sentido é dado pela Regra da Mão Direita.

Deve-se notar que o vetor Força sempre deve ser relacionado com seu ponto de aplicação, isto é, se mudarmos o ponto de aplicação para outro não pertencente à sua linha de ação, o efeito da força sobre o corpo será outro. Com o Momento de um Binário isto não ocorre pois o mesmo não precisa de ponto de aplicação. Seu efeito sobre o corpo é sempre o mesmo.

Binários equivalentes

Consideremos os três binários representados a seguir

Notamos que o único movimento dado à caixa é o de rotação. Como os três binários provocam movimentos iguais, podemos esperar que sejam equivalentes.

Adição de Binários

Consideremos a figura abaixo que mostra a intersecção de planos onde atuam as forças indicadas

M = r R49

Page 51: Estática 2011

M = r ( F 1 + F 2 )

M = r F 1 + r F 2

M = M 1 + M 2

Binários representados por Vetores

Não há necessidade de desenhar as forças reais que formam um dado binário com o objetivo de definir seu efeito sobre um corpo rígido. É suficiente representá-lo como um vetor, podendo ou não acrescentar seu sentido de giro .

O binário não necessita de ponto de aplicação, mas podemos representá-lo na origem do sistema coordenado se assim o desejarmos, como também escrevê-lo através de suas componentes sobre os eixos x , y e z. M = M x i + M y j + M z k

Decomposição de uma Força dada em umaForça e um Binário

A figura abaixo mostra a translação de uma Força de sua linha de ação para outra e pelo raciocínio seguido, esta Força é decomposta em uma Força aplicada num outro ponto e um Binário.

Portanto no ponto O temos

F = F x i + F y j + F z k e

M = r F = M = M x i + M y j + M z k Devemos notar que M é perpendicular ao plano formado por r e F , daí a condição necessária para o procedimento inverso: dado um sistema composto por uma força e um binário, só será possível substituí-lo por uma única força se F e M forem perpendiculares entre si.

Redução de um Sistema de Forças a umaForça e um Binário

50

Page 52: Estática 2011

Já sabemos transladar uma força de um ponto a outro, isto é, basta acrescentar um Momento dado por M = r F. Com um sistema de forças, o procedimento anterior deve ser repetido para cada força. Como as forças são concorrentes, depois de deslocadas para o mesmo ponto, podemos somá-las, obtendo uma resultante e o mesmo pode ser feito para o Momento.

Casos Particulares de Redução de um Sistema de Forças

a) Forças Coplanares – Consideremos que várias forças atum sobre um corpo porém todas no mesmo plano. Podemos levá-las ao ponto O, por exemplo, acrescentando os respectivos momentos. Como esses momentos são perpendiculares ao plano da figura, sua resultante também será e teremos em O apenas uma força R e um M R que são perpendiculares entre si .

Podemos então levá-los a um outro ponto particular, de tal forma que o momento que surgirá, anule o que temos. Desta forma teremos uma única força R aplicada num ponto especial que substituirá o sistema dado .

Forças Paralelas – Podem ter o mesmo sentido ou não. Supondo-as paralelas ao eixo y, por exemplo, provocarão Momentos em plano perpendicular a elas, quando transladadas até a origem. Estes Momentos terão componentes i e k , uma vez que F é j . Somando-os teremos na origem, R e M perpendiculares entre si e portanto possíveis de serem substituídas por uma única força.

Torsor

No caso geral, um sistema de forças no espaço transladado para um sistema força-binário equivalente na origem O, consiste em uma força resultante R e um momento resultante M R não perpendiculares entre si e não nulos. Então o sistema não pode ser reduzido a uma única força ou um único binário .

O momento resultante, no entanto, pode ser substituído por outros momentos, obtidos pela decomposição de M R em uma componente M 1 na direção de R e em outra M 2 num plano perpendicular a R. O momento M 2 e a força R podem então ser substituídos por uma única força R que atua ao longo de uma nova linha de ação. O sistema original reduz-se então a R e M 1 , ambos na mesma linha de ação. Este sistema chama-se Torsor .

51

Page 53: Estática 2011

O efeito sobre o corpo tende, simultaneamente a transladá-lo na direção de R e a girá-lo em torno da linha de ação de R pela ação de M 1 . Esta linha de ação é conhecida como Eixo do Torsor (ou eixo central) e a razão M 1/R é chamada de Passo do Torsor.

Exercícios

1 ) Três eixos estão ligados a uma caixa de engrenagens como está ilustrado. O eixo A é horizontal, e os eixos B e C se situam em um plano yz vertical . Determine as componentes do momento resultante aplicado sobre a caixa de engrenagens.Resolução 1)

M A = 3,6 i M B = 0 i + 6 . sen 40º j + 6 . cos 40º k

M B = 0 i + 3,8567 j + 4,5963 k

M C = 0 i + 6 . sen 40º j – 6 . cos 40º k

M C = 0 i + 3,8567 j – 4,5963 k

M R = M A + M B + M C

M R = 3,6 i + 7,7135 j + 0 k

2 ) Sabendo que = 60º, substitua a força e o binário ilustrados por uma única força aplicada em um ponto localizado ( a ) sobre a reta AB , ( b ) sobre a reta CD. Determine em cada caso a distância do centro O ao ponto de aplicação da força.

Resolução 2)

O binário citado é dado pelo par de forças iguais a 120 N, que chamaremos de F1 .Para escrevê-lo como um vetor M deveremos fazer o Produto Vetorial M = r1 F1 onde r1 é o vetor que liga os pontos de aplicação do par de forças. Podemos utilizar r1 = CD = –200 j e o vetor força a ser utilizado é o aplicado em D cujo valor é F1 = +120 i ou utilizar r1 = DC = +200 j e o vetor força a ser utilizado é o aplicado em C cujo valor é F1 = –120 i

52

Page 54: Estática 2011

M = r1 F1 = CD F1 = (–200 j ) (+120 i)

M = 24000 k (N x mm)

M = r1 F1 = DC F1 = (+200 j ) (–120 i)

M = 24000 k (N x mm)

O vetor M não tem ponto de aplicação definido. Podemos utilizar o centro do círculo como origem de um sistema de eixos cartesianos, a reta AB como eixo x e a reta CD como eixo y. Representaremos ainda M neste ponto O .

A força dada será chamada de F . Decompondo-a teremos:

F = 960 cos i + 960 sen j + 0 k ( = 60o)

F = 960 cos 60o i + 960 sen 60o j + 0 k

F = 480 i + 831,38 j + 0 k

Como a linha de ação de F passa pela origem O podemos representá-la neste ponto.

Assim sendo, teremos em O, F e M (sistema Força Binário) .

F = 480 i + 831,38 j + 0 k (N)

M = 24000 k (N x mm)

Para que possam ser substituídos por uma única força é necessário que sejam perpendiculares entre si . É visível que são, porém num caso geral devemos fazer o Produto Escalar entre eles e se o resultado for igual a zero significa que são perpendiculares.

F . M = ( 480 i + 831,38 j + 0 k ) . ( 24000 k ) = 0

F e M são perpendiculares entre si

Devemos encontrar um ponto desconhecido G (x ; y ; 0) onde apenas F seja equivalente a F e M em O

O raciocínio mais simples é imaginar que F “estava” em G e que levado até O fez surgir o Momento M

Desta forma o vetor r será OG = G – A = (x ; y ; 0) – (0 ; 0 ; 0)

53

Page 55: Estática 2011

r = OG = x i + y j + 0 k

M = r F

M = ( x i + y j ) ( 480 i + 831,38 j + 0 k)

M = ( 831,38 x – 480 y ) k = 24000 k

831,38 x – 480 y = 24000

a) Ponto sobre a reta AB (eixo x) y = 0

831,38 x = 24000 x = 28,87 mm

b) Ponto sobre a reta CD (eixo y) x = 0

– 480 y = 24000 y = – 50 mm

3 ) Cinco sistemas força-binário atuam separadamente nos cantos de uma caixa retangular conforme ilustrado. Encontre os sistemas força-binário que sejam equivalentes .

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Page 56: Estática 2011

Resolução 3)

r F M SURGE M DADO M TOTAL

A 0 i + 0,06 j + 0 k 0 i – 75 j + 0 k 0 i + 0 j + 0 k 3 i + 0 j – 6 k 3 i + 0 j – 6 kB 0,12 i + 0,06 j + 0 k 75 i + 0 j + 0 k 0 i + 0 j – 4,5 k 0 i + 3 j + 0 k 0 i + 3 j – 4,5 kC 0,12 i + 0,06 j + 0,08 k 0 i – 75 j + 0 k 6 i + 0 j – 9 k 3 i + 0 j + 0 k –9 i + 0 j – 9 kF 0,12 i + 0 j + 0,08 k 75 i + 0 j + 0 k 0 i + 6 j + 0 k 0 i – 3 j – 4,5 k 0 i + 3 j – 4,5 kG 0 i + 0 j + 0,08 k 75 i + 0 j + 0 k 0 i + 6 j + 0 k 0 i – 3 j – 6 k 0 i + 3 j – 6 k

Resp.: Os sistemas equivalentes são os em B e em F.

4 ) Determine a dimensão a para a qual o sistema força-binário ilustrado possa ser substituído por uma única força equivalente . Se F = 200 N e M = 25 N . m , determine o ponto onde a linha de ação da única força equivalente, intercepta o plano yz.

5 ) A força F de módulo 200 N e o binário de momento M de módulo 25 N . m atuam na cunha como está ilustrado. Sabendo que a dimensão a é igual a 0,30 m, determine um sistema força-binário equivalente no ponto E.

Resolução 4)

Para que o sistema Força Binário possa ser substituído por uma única força, é necessário que F e M sejam perpendiculares entre si , ABCD deve ser um paralelogramo, trapézio, retângulo, quadrado ou losango.

a = 0,15 2 + 0,20 2 a = 0,25 m

Supondo F e M aplicados em B ( ou em C )

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Page 57: Estática 2011

F = ( 0,25 . 200 i + 0,15 . 200 j – 0,20 . 200 k ) / 0,3535 M = (– 0,25 . 25 i + 0,15 . 25 j – 0,20 . 25 k ) / 0,3535

F = 141,42 i + 84,85 j – 113,14 k M = – 17,68 i + 10,61 j – 14,14 k em B ( 0,25 ; 0,15 ; 0 )

Levando para o ponto G ( x ; y ; z ) consideraremos que F estava em G e que levado para B fizesse surgir o Momento dado

r = BG = G – B

r = ( x – 0,25 ) i + ( y – 0,15 ) j + z k

M = [–113,14 ( y – 0,15 ) + 84,85 z ] i + [ 141,42 z + 113,14 ( x – 0,25 ) ] j +

+ [ 84,85 ( x – 0,25 ) – 141,42 ( y – 0,15 ) ] k

–113,14 ( y – 0,15 ) + 84,85 z = –17,68

141,42 z + 113,14 ( x – 0,25 ) = 10,61

84,85 ( x – 0,25 ) – 141,42 ( y – 0,15 ) = –14,14 Intercepta o plano yz x = 0

141,42 z + 113,14 ( 0 – 0,25 ) = 10,61

84,85 ( 0 – 0,25 ) – 141,42 ( y – 0,15 ) = –14,14

z = 0,275 m e y = 0,10 m

Resolução 5)

F = ( 0,30 . 200 i + 0,15 . 200 j – 0,20 . 200 k ) / 0,3905 M = (–0,30 . 25 i + 0,15 . 25 j – 0,20 . 25 k ) / 0,3905

F = 153,64 i + 76,82 j – 102,43 k M = –19,21 i + 9,60 j – 12,80 k

em B ( 0,30 ; 0,15 ; 0 )

Levando para o ponto E ( 0,30 ; 0 ; 0 ) teremos

r = EB = B – E

r = 0 i + 0,15 j + 0 k

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Page 58: Estática 2011

i j k

M 1 = r F = 0 0,15 0

153,64 76,82 –102,43

M 1 = –15,36 i + 0 j – 23,05 k

M + M 1 = –34,57 i + 9,60 j – 35,85 k

F = 153,64 i + 76,82 j – 102,43 k

6 ) Reduza o sistema de forças ilustrado a um torsor.

Resolução 6)

r F M 0 i + 0 j + 0 k 0 i + 0 j – 200 k 0 i + 0 j + 0 k 150 i – 200 j + 0 k 0 i + 0 j + 200 k –40 i – 30 j + 0 k 150 i + 0 j + 0 k 0 i – 50 j + 0 k 0 i + 0 j – 7,5 k 0 i – 200 j + 100 k 0 i + 50 j + 0 k –5 i + 0 j + 0 k 150 i – 200 j + 100 k – 50 i + 0 j + 0 k 0 i – 5 j – 10 k

– 50 i + 0 j + 0 k – 45 i – 35 j – 17,5 k

Em O temos:

R = – 50 i + 0 j + 0 k

M = – 45 i – 35 j – 17,5 k

que não são perpendiculares entre si pois

R . M = (– 50 i + 0 j + 0 k ) . (– 45 i – 35 j – 17,5 k ) = 2250 (diferente de zero)

Levando para o ponto G ( x ; y ; z )

r = OG = G – O

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Page 59: Estática 2011

r = x i + y j + z k

i j k

M = r R = x y z

– 50 0 0

M = 0 i – 50 z j + 50 y k = – 45 i – 35 j – 17,5 k

– 50 z = – 35 z = 0,7 m

50 y = – 17,5 y = – 0,35 m

7 ) O esquema abaixo ilustrada consiste em uma laje suportando quatro pilares com as cargas indicadas. Determine o módulo e a posição da resultante das cargas .

Resolução 7) Transladando todas as forças para o ponto O , teremos :

Ponto Vetor posição Força Momento A 0 i + 2,10 k – 80 j 168 i + 0 k B 1,20 i + 0 k – 120 j 0 i – 144 k C 4,50 i + 0 k – 160 j 0 i – 720 k D 3,50 i + 3,30 k – 180 j 594 i – 630 k

– 540 j 762 i – 1494 k

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Page 60: Estática 2011

Em O temos:

R = 0 i – 540 j + 0 k e M = 762 i + 0 j – 1494 k

que são perpendiculares entre si pois

R . M = ( 0 i – 540 j + 0 k ) . (762 i + 0 j – 1494 k ) = 0

Levando R e M = para o ponto G ( x ; 0 ; z )

r = OG = G – O r = x i + 0 j + z k

i j k i j

M = r R = x 0 z x 0

0 –540 0 0 – 540

M = 540 z i + 0 j – 540 x k = 762 i – 0 j – 1494 k

540 z = 762 z = 1,4111 m

– 540 x = – 1494 x = 2,7667 m Sistemas compostos de cabos e polias

A resolução destes problemas é feita utilizando-se a 3ª Lei de Newton , Diagrama de Corpo Livre e equilíbrio das estruturas e de sua várias partes .

3ª Lei de Newton – As forças de ação e reação entre os corpos em contato tem a mesma intensidade , mesma linha de ação e sentidos opostos .

Como o cabo é continuo e as polias não possuem atrito , o cabo está sujeito a uma tração constante P atuante ao longo de seu comprimento .

As polias e roldanas mudam a direção e o sentido das forças porém o módulo permanece constante .

Diagrama de Corpo Livre – Esquema representando todas as forças que são aplicadas sobre ele .

Equilíbrio de um ponto material – Um ponto material estará em equilíbrio quando a resultante de todas as forças que nele atuam for igual a zero .

Exercícios

1 ) Uma caixa de 600 N é suportada por vários arranjos de cordas e roldanas , como mostra a figura . Determine para cada arranjo o valor da força no cabo .

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Page 61: Estática 2011

a) F V = 0 2 T = 600 T = 300 N

b) F V = 0 2 T = 600 T = 300 N

c) F V = 0 3 T = 600 T = 200 N

d) F V = 0 3 T = 600 T = 200 N

d) F V = 0 4 T = 600 T = 150 N

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Page 62: Estática 2011

2 ) Determine a força que atua nos cabos e a força P necessárias para suportar a carga de 600 N utilizando o sistema de polias mostrado na figura.

Resolução

Um diagrama de corpo livre para cada polia, incluindo seu pino e uma parte do cabo em contato é esquematizado . Uma vez que o cabo é continuo e as polias não possuem atrito , o cabo está sujeito a uma tração constante P atuante ao longo de seu comprimento . O elemento de ligação entre as polias B e C é um elemento de duas forças e portanto , está sujeito a uma força de tração incógnita T . Note que o principio de ação igual e oposta à reação deve ser cuidadosamente observado para as forças P e T ao construirmos os diagramas de corpo livre separadamente

Equações de equilíbrio

Para a polia A

+ F y = 0 3 P – 600 = 0 P = 200 N

Para a polia B

+ F y = 0 T – 2 P = 0 T = 2 P T = 400 N

Para a polia C

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Page 63: Estática 2011

+ F y = 0 R – 2 P – T = 0 R = 2 P + T

R = 2 x 200 + 400 R = 800 N 3 ) Um homem pesando 700 N sustenta-se por meio do sistema de cabos e polias mostrado na figura . Se o assento tem um peso de 70 N , determine a força que ele deve aplicar sobre o cabo A e a força que ele exerce sobre o assento na condição de equilíbrio . Despreze o peso dos cabos e das polias .

Resolução

Os diagramas de corpo livre do homem , do assento , e da polia C são mostrados . Os dois cabos estão sujeitos às forças de tração T A e T E respectivamente O homem está sujeito a três forças : seu peso , a tração T A do cabo AC e a reação N B do assento

Equações de equilíbrio

Para o homem

+ F y = 0 T A + N B – 700 = 0

Para o assento

+ F y = 0 T E – N B – 70 = 0

Para a polia C

+ F y = 0 2 T E – T A = 0 T A + N B – 700 = 0

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Page 64: Estática 2011

T E – N B – 70 = 0

T A + T E – 770 = 0 T A + T E = 770

2 T E – T A = 0 T A = 2 T E

3 T E = 770 T E = 256,67 N

T A = 2 T E T A = 2 x 256,67 T A = 513,33 N

T E – N B – 70 = 0 256,67 – N B – 70 = 0 N B = 186,67 N

4 ) Um homem pesando 750 N tenta elevar a si próprio e seu assento de 50 N utilizando o sistema de cordas e polias mostrado na figura . Determine a força a ser aplicada em A e a reação o assento na condição de equilíbrio . Despreze o peso dos cabos e das polias .

Resolução

Os diagramas de corpo livre das polias B e C , do homem e do assento são mostrados .

Equações de equilíbrio

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Page 65: Estática 2011

Para a polia C

+ F y = 0 T + T + T – R = 0 R = 3 T

Para a polia B

+ F y = 0 R + R + R – P = 0 P = 3 R

R = 3 T P = 3 x 3 T P = 9 T

Para o homem

+ F y = 0 T + N B – 750 = 0 T + N B = 750

Para o assento

+ F y = 0 P – N B – 50 = 0 N B = P – 50

T + N B = 750

N B = P – 50 T + P – 50 = 750 T + P = 800

Como P = 9 T T + P = 800 T + 9 T = 800

10 T = 800 T = 80 N

P = 9 T P = 720 N

R = 3 T R = 240 N

N B = P – 50 N B = 720 – 50 N B = 670 N

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Page 66: Estática 2011

2 ) Uma seção de parede de concreto pré-fabricado é sustentada temporariamente por cabos, como está ilustrado. Sabendo que a tração no cabo BC é 4,5 kN, determinar o momento em relação à origem O das coordenadas da força exercida sobre a seção da parede em C.

CB = B – C

CB = ( 3,60 ; 0 ; 3,60 ) – ( 0 ; 1,80 ; 0 )

CB = 3,60 ; 0 ; 3,60 ) – ( 0 ; 1,80 ; 0 )

CB = 3,60 i – 1,80 j + 3,60 k CB = 3,60 2 + (–1,80) 2 + 3,60 2 = 5,40 m

CB 3,60 i – 1,80 j + 3,60 k CB = ----------- = --------------------------------------- | CB | 5,40

3,60 i – 1,80 j + 3,60 kF CB = F CB . CB = 4,5 . ( ----------------------------------------- ) 5,40

F CB = 3 i – 1,5 j + 3 k r = OC = 0 i + 1,8 j + 0 k

M O = r F

M O = ( 0 i + 1,8 j + 0 k ) ( 3 i – 1,5 j + 3 k)

i j k i j

MO = r F = 0 1,8 0 0 1,8

3 –1,5 3 3 –1,5

MO = 5,4 i + 0 j – 5,4 k

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Page 67: Estática 2011

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