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EST-ICEx-UFMG 19/03/2012 08:05 Cap. 1 - O Papel da Estatística na Engenharia 1 EST-ICEx-UFMG Cap. 1 - O Papel da Estatística na Engenharia 1 1 ESQUEMA DO CAPÍTULO 1.1 O MÉTODO DE EGEHARIA E O JULGAMETO ESTATÍSTICO 1.1.1 Engenharia e resolução de problemas 1.1.2 Julgamento Estatístico 1.2 COLETA DE DADOS EM EGEHARIA 1.3 MODELOS MECAICISTAS E EMPÍRICOS 1.4 PLAEJAMETO DE IVESTIGAÇÕES EXPERIMETAIS 1.5 OBSERVAÇÃO DE PROCESSOS AO LOGO DO TEMPO O Papel da Estatística na Engenharia EST-ICEx-UFMG Cap. 1 - O Papel da Estatística na Engenharia 2 Objetivos de Aprendizagem Após estudo cuidadoso deste capítulo você deverá ser capaz de: 1. Identificar o papel que a estatística desempenha no processo de resolução de problemas de engenharia; 2. Discutir como a variabilidade afeta os dados coletados e utilizados para a tomada de decisão em engenharia; 3. Explicar a diferença entre estudos enumeradores e analíticos; 4. Discutir os diferentes métodos que os engenheiros utilizam para coletar dados; 5. Identificar as vantagens que os estudos planejados possuem sobre os outros métodos de coleta de dados de engenharia; 6. Explicar as diferenças entre os modelos mecanicistas e empíricos; 7. Discutir como a probabilidade e os modelos probabilísticos são utilizados na engenharia e na ciência. EST-ICEx-UFMG Cap. 1 - O Papel da Estatística na Engenharia 3 1.1 O Método de Engenharia e o Julgamento Estatístico Um engenheiro é alguém que resolve problemas de interesse da sociedade, pela aplicação eficiente de princípios científicos por: refinamento de produtos ou processos existentes; projeto de um novo produto ou processo.

Estatística - Cap01

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    Cap. 1 - O Papel da Estatstica na

    Engenharia 1

    EST-ICEx-UFMG Cap. 1 - O Papel da Estatstica na

    Engenharia

    1

    1ESQUEMA DO CAPTULO

    1.1 O MTODO DE EGEHARIA E O JULGAMETO ESTATSTICO

    1.1.1 Engenharia e resoluo de problemas

    1.1.2 Julgamento Estatstico

    1.2 COLETA DE DADOS EM EGEHARIA

    1.3 MODELOS MECAICISTAS E EMPRICOS

    1.4 PLAEJAMETO DE IVESTIGAES EXPERIMETAIS

    1.5 OBSERVAO DE PROCESSOS AO LOGO DO TEMPO

    O Papel da Estatsticana Engenharia

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    Objetivos de Aprendizagem

    Aps estudo cuidadoso deste captulo voc dever ser capaz de:

    1. Identificar o papel que a estatstica desempenha no processo de resoluo de problemas de engenharia;

    2. Discutir como a variabilidade afeta os dados coletados e utilizados para a tomada de deciso em engenharia;

    3. Explicar a diferena entre estudos enumeradores e analticos;

    4. Discutir os diferentes mtodos que os engenheiros utilizam para coletar dados;

    5. Identificar as vantagens que os estudos planejados possuem sobre os outros mtodos de coleta de dados de engenharia;

    6. Explicar as diferenas entre os modelos mecanicistas e empricos;

    7. Discutir como a probabilidade e os modelos probabilsticos so utilizados na engenharia e na cincia.

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    Um engenheiro algum que resolve

    problemas de interesse da sociedade, pela

    aplicao eficiente de princpios

    cientficos por:

    refinamento de produtos ou processos

    existentes;

    projeto de um novo produto ou processo.

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    Fig. 1.1 O mtodo de soluo de um problema

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    O campo da estatstica lida com a coleta,

    apresentao, anlise e uso dos dados para:

    Tomar decises;

    Resolver problemas;

    Planejar produtos e processos.

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    Mtodos estatsticos so usados para nos ajudar a

    entender a variabilidade;

    Por variabilidade, queremos dizer que sucessivas

    observaes de um sistema ou fenmeno no

    produzem exatamente o mesmo resultado;

    A Estatstica nos fornece uma estrutura para

    descrever essa variabilidade e para aprender sobre

    as fontes de variabilidade potenciais.

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    Exemplo de engenharia: Um engenheiro est projetando um conector de nylon

    para uma aplicao em um motor automotivo. O engenheiro considera estabelecer como especificao do projeto uma espessura de parede de 3/32 polegadas, mas est inseguro sobre o efeito desta deciso na fora de remoo do conector. Se a fora for muito baixa, o conector pode falhar quando instaldo no motor. Oito (8) unidades do prottipo so produzidas e suas foras de remoo so medidas, resultando nos seguintes dados (em libras-p):

    12,6; 12,9; 13,4; 12,3; 13,6; 13,5; 12,6; 13,1.

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    Exemplo de engenharia: O diagrama de pontos um grfico bastante til para exibir uma

    pequeno conjunto de dados, isto , cerca de 20 observaes;

    Este grfico nos permite ver facilmente duas caractersticas dos dados; a localizao, ou o meio, e o espalhamento ou a variabilidade.

    Fig. 1.2 Diagrama de pontos dos dados de fora de remoo, para uma espessura de 3/32 polegadas

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    Exemplo de engenharia: O engenheiro considera um projeto alternativo e oito (8) prottipos

    so construdos e as foras de remoo so medidas;

    O diagrama de pontos pode ser utilizado para comparar estas duas alternativas.

    Fig. 1.5 Diagrama de pontos dos dados de fora de remoo para duas espessura de parede

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    Exemplo de engenharia:

    Como as foras de remoo exibem

    variabilidade, elas so uma varivel aleatria;

    Uma varivel aleatria, X, pode ser modelada

    por:

    X = + ,

    onde uma constante e um distrbio aleatrio.

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    Fig. 1.6 Inferncia estatstica um tipo de raciocnio

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    1.1 O Mtodo de Engenharia e oJulgamento Estatstico

    Fig. 1.7 Estudo enumerativo versus estudo analtico

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    1.2 Coleta de Dados de Engenharia

    Maneiras bsicas de coleta de dados:

    Estudo observacional: obteno de dados medida que se tornem

    disponveis;

    por meio de dados histricos, ou estudo

    retrospectivo;

    Experimento planejado: Exemplo: Estudo da fora de remoo do conector

    de nilon.

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    1.3 Modelos Mecanicistas e Empricos Um modelo mecanicista construdo a partir de

    nossos conhecimento do mecanismo fsico bsico que relaciona essas variveis;

    Exemplo, Lei de Ohm:

    corrente = tenso / resistncia,

    ou

    I = E/R;

    Modelo melhor:

    I = E/R +

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    1.3 Modelos Mecanicistas e Empricos

    Um modelo emprico construdo do uso da nossa engenharia e do nosso

    conhecimento cientfico do fenmeno,

    porm no diretamente desenvolvido a

    partir de nosso conhecimento terico ou

    dos princpios fundamentais do mecanismo

    bsico.

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    1.3 Modelos Mecanicistas e Empricos Exemplo:

    Suponha que estejamos interessados no peso molecular mdio (Mn) de um polmero. Agora, sabemos que Mn est relacionado viscosidade (V) do material e tambm depende da quantidade de catalizador (C) e da temperatura (T ) no reator de polimerizao, quando o material fabricado. A relao entre Mn e essas variveis :

    Mn = f(V,C,T),em que a forma da funo f i desconhecida.

    Um modelo de trabalho via expanso em srie de Taylor pode ser:

    em que os s so parmetros desconhecidos.

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    1.3 Modelos Mecanicistas e Empricos Exemplo 2:

    Na Tab. 1.2, h dados referentes a um planta de fabricao de semicondutores. O semicondutor um arame colado a uma estrutura. As variveis reportadas so a resistncia trao y (uma medida da quantidade de fora requerida para romper a cola), o comprimento do arame x1 e a altura da matriz x2. Gostaramos de encontrar um modelo relacionando a resistncia trao ao comprimento do arame e altura da matriz (note que esse um exemplo de um estudo observacional).

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    1.3 Modelos Mecanicistas e Empricos

    Em geral, este tipo de modelo emprico

    denominado modelo de regresso:

    O modelo de regresso estimado dado por:

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    1.3 Modelos Mecanicistas e Empricos A figura representa um grfico tridimensional de todas as 25

    observaes da resistncia trao, comprimento do arame e altura da matriz.

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    1.3 Modelos Mecanicistas e Empricos A figura representa um grfico dos valores previstos da resistncia

    trao versus o comprimento do arame e altura da matriz, obtidos a partir da equao do modelo de regresso estimado.

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    1.4 Planejamento de Investigaes Experimentais

    Fig. 1.10 Experimento fatorial para o problema da espessura do conector

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    1.4 Planejamento de Investigaes Experimentais

    Fig. 1.11 Interao de segunda ordem entre tempo e temperatura de cura

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    1.4 Planejamento de Investigaes Experimentais

    Fig. 1.12 Experimento fatorial com quatro fatores

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    1.4 Planejamento de Investigaes Experimentais

    Fig. 1.13 Experimento fatorial fracionrio

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    1.5 Observao de Processos ao Longo do Tempo Sempre que dados so coletados ao longo do tempo,

    importante graf-los ao longo do tempo. Fenmenos que possam afetar o sistema ou o processo tornam-se mais visveis em um grfico com uma escala de tempo. Assim, o conceito de estabilidade pode ser melhor julgado.

    Fig. 1.14 O diagrama de pontos ilustra a variao, mas no o problema

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    1.5 Observao de Processos ao Longo do Tempo Nesse caso, um grfico temporal prov mais informaes:

    Fig. 1.15 Grfico temporal da concentrao

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    1.5 Observao de Processos ao Longo do Tempo O experimento do funil de Deming traz importantes

    concluses sobre o controle de processos:

    Fig. 1.16 Experimento do funil de Dening

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    1.5 Observao de Processos ao Longo do Tempo

    Fig. 1.17 Ajustes aplicados a variaes aleatrias sobrecontrolam o processo e aumentam os desvios do alvo

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    1.5 Observao de Processos ao Longo do Tempo

    Fig. 1.17 Mudana na mdia do processo detectada na observao 57 e um ajuste (decrscimo de duas unidades) reduz os desvios do alvo

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    1.5 Observao de Processos ao Longo do Tempo

    Fig. 1.15 Carta de controle para os dados do processo qumico

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    1.6 Probabilidade e Modelos Probabilsticos

    Os modelos de probabilidade auxiliam na quantificao do risco envolvido na

    inferncia estatstica, ou seja, o risco

    envolvido nas decises tomadas

    diariamente;

    A probabilidade fornece uma estrutura para o estudo e a aplicao da estatstica.

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    TERMOS E COCEITOS IMPORTATESEstudo analtico

    Causa e efeito

    Experimento planejado

    Modelo emprico

    Mtodo de engenharia

    Estudo enumerativo

    Experimento fatorial

    Experimento fatorialfracionado

    Teste de hipteses

    Interao

    Modelo mecanicista

    Estudo observacional

    Sobrecontrole

    Populao

    Modelo de probabilidade

    Mtodo de soluode problemas

    Aleatorizao

    Estudo retrospectivo

    Amostra

    Inferncia estatstica

    Controle estatstico deprocessos

    Julgamento estatstico

    Ajuste no processo

    Sries temporais

    Variabilidade