Estatuto Da Carreira Docente

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Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 encontrem a beneficiar de prestaes de desemprego, os limites mnimo e mximo da coima so elevados para E 400 e E 2500, respectivamente, sem prejuzo do disposto no nmero seguinte. 3 Os montantes da coima previstos no nmero anterior so reduzidos para metade nas situaes em que a entidade empregadora fundamente o desconhecimento da situao atravs da apresentao de uma das declaraes previstas no artigo 2.o-C. 4 Sem prejuzo da responsabilidade criminal que ao caso couber, as falsas declaraes dos beneficirios relativas sua situao perante o sistema de segurana social, designadamente no mbito da relao jurdica prestacional, previstas na alnea a) do n.o 2 do artigo 2.o-C, constituem contra-ordenaes punveis com coima de E 100 a E 700. Artigo 11.o-BSano acessria

501coce e melhorar a qualidade das aprendizagens. necessrio, por isso, que o Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de Infncia e dos Professores dos Ensinos Bsico e Secundrio seja, antes de mais, um instrumento efectivo de valorizao do trabalho dos professores e de organizao das escolas ao servio da aprendizagem dos alunos. O Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de Infncia e dos Professores dos Ensinos Bsico e Secundrio (adiante designado abreviadamente por Estatuto da Carreira Docente), aprovado pelo Decreto-Lei n.o 139-A/90, de 28 de Abril, e depois substancialmente alterado pelo Decreto-Lei n.o 1/98, de 2 de Janeiro, cumpriu a importante funo de consolidar e qualificar a profisso docente, atribuindo-lhe o reconhecimento social de que merecedora. Contudo, com o decorrer do tempo e pela forma como foi apropriado e aplicado, acabou por se tornar um obstculo ao cumprimento da misso social e ao desenvolvimento da qualidade e eficincia do sistema educativo, transformando-se objectivamente num factor de degradao da funo e da imagem social dos docentes. Para tanto, contribuiu em particular a forma como se concretizou o regime de progresso na carreira que deveria depender do desenvolvimento das competncias e da avaliao de desempenho dos professores e educadores. Contudo, a formao contnua, em que o Pas investiu avultados recursos, esteve em regra divorciada do aperfeioamento das competncias cientficas e pedaggicas relevantes para o exerccio da actividade docente. Do mesmo modo, a avaliao de desempenho, com raras excepes apenas, converteu-se num simples procedimento burocrtico, sem qualquer contedo. Nestas condies, a progresso na carreira passou a depender fundamentalmente do decurso do tempo, o que permitiu que docentes que permaneceram afastados da actividade lectiva durante a maior parte do seu percurso profissional tenham chegado ao topo da carreira. indiferenciao de funes, determinada pelas prprias normas da carreira, veio associar-se um regime que tratou de igual modo os melhores profissionais e aqueles que cumprem minimamente ou at imperfeitamente os seus deveres. Nestes termos, no foi possvel exigir dos professores com mais experincia e maior formao, usufruindo de significativas redues das suas obrigaes lectivas e das remuneraes mais elevadas, que assumissem responsabilidades acrescidas na escola. Pelo contrrio, permitiu-se at que as funes de coordenao e superviso fossem desempenhadas por docentes mais jovens e com menos condies para as exercer. Daqui resultou um sistema que no criou nenhum incentivo, nenhuma motivao para que os docentes aperfeioassem as suas prticas pedaggicas ou se empenhassem na vida e organizao das escolas. Por estes motivos, o Governo interpretou a necessidade de uma profunda alterao do Estatuto da Carreira Docente como um imperativo poltico que cumpre atravs do presente decreto-lei. Em primeiro lugar, trata-se de promover a cooperao entre os professores e reforar as funes de coordenao, pois o seu trabalho, para que produza melhores resultados, no pode ser atomizado e individualizado. Sendo impossvel organizar as escolas com base na indiferenciao, indispensvel proceder correspondente estruturao da carreira, dotando cada estabelecimento de ensino de um corpo de docentes reconhecido, com mais experincia, mais autoridade e mais formao, que assegure em per-

s entidades empregadoras que beneficiem da actividade profissional de trabalhadores que se encontrem a receber prestaes de desemprego, nos casos em que no comuniquem a sua admisso aos servios de segurana social ou, tendo-o feito, no os incluam nas declaraes de remuneraes, e tendo em conta a gravidade da infraco, pode ser aplicada, simultaneamente com a coima e por perodo at dois anos contado a partir da deciso condenatria definitiva, a sano acessria de privao do acesso a medidas de apoio contratao e a regimes especiais de iseno ou reduo da taxa contributiva global. Artigo 3.oEntrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no 1.o dia til do 2.o ms seguinte ao da sua publicao. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9 de Novembro de 2006. Jos Scrates Carvalho Pinto de Sousa Pedro Manuel Dias de Jesus Marques. Promulgado em 6 de Janeiro de 2007. Publique-se. O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA. Referendado em 8 de Janeiro de 2007. O Primeiro-Ministro, Jos Scrates Carvalho Pinto de Sousa.

MINISTRIO DA EDUCAODecreto-Lei n.o 15/2007de 19 de Janeiro

No Programa do XVII Governo Constitucional reafirma-se a noo de que os educadores e professores so os agentes fundamentais da educao escolar. O trabalho organizado dos docentes nos estabelecimentos de ensino constitui certamente o principal recurso de que dispe a sociedade portuguesa para promover o sucesso dos alunos, prevenir o abandono escolar pre-

502manncia funes de maior responsabilidade e que constitua uma categoria diferenciada. Em todas as outras profisses mais qualificadas e designadamente nas que constituem corpos especiais da Administrao Pblica, a norma a diferenciao, expressa em categorias funcionais, s quais esto geralmente associadas dotaes especficas nos respectivos quadros de pessoal. Em conformidade com estes princpios, a carreira docente passar a estar estruturada em duas categorias, ficando reservado categoria superior, de professor titular, o exerccio de funes de coordenao e superviso. Para acesso a esta categoria, estabelece-se a exigncia de uma prova pblica que, incidindo sobre a actividade profissional desenvolvida, permita demonstrar a aptido dos docentes para o exerccio das funes especficas que lhe esto associadas. Sendo indispensvel estabelecer um regime de avaliao de desempenho mais exigente e com efeitos no desenvolvimento da carreira que permita identificar, promover e premiar o mrito e valorizar a actividade lectiva, o presente decreto-lei introduz um novo procedimento que, tendo em conta a auto-avaliao do docente, no assenta exclusivamente nela. Nesse procedimento, a responsabilidade principal pela avaliao cometida aos coordenadores dos departamentos curriculares ou dos conselhos de docentes, assim como aos rgos de direco executiva das escolas que, para a atribuio de uma meno qualitativa, tero de basear-se numa pluralidade de instrumentos, como a observao de aulas, e de critrios, entre os quais o progresso dos resultados escolares dos alunos, ponderado o contexto scio-educativo. No sentido de assegurar que se trata de uma avaliao efectivamente diferenciadora, determina-se, em termos semelhantes aos do regime aplicvel aos funcionrios e agentes da Administrao Pblica, a existncia de cinco menes qualitativas possveis e uma contingentao das duas classificaes superiores que conferem direito a um prmio de desempenho. Os resultados da avaliao sero expressos bienalmente e, portanto, no estaro associados aos momentos de possvel progresso na carreira, nem por isso deixando de ter efectivas consequncias para o seu desenvolvimento. A definio de um regime de avaliao que distinga o mrito condio essencial para a dignificao da profisso docente e para a promoo da auto-estima e motivao dos professores, satisfazendo desse modo um dos objectivos expressos no Programa do XVII Governo Constitucional. Para o mesmo fim concorre a integrao no Estatuto da Carreira Docente de uma nova codificao de direitos e deveres que consagra, em termos inovadores, os direitos colaborao, considerao e ao reconhecimento da autoridade dos professores pelos alunos, suas famlias e demais membros da comunidade educativa, e especifica os seus deveres relativamente aos diferentes agentes e parceiros dessa comunidade. No respeito dos direitos laborais dos docentes, estabelecem-se tambm regras mais exigentes no sentido do cumprimento integral das actividades lectivas. As alteraes introduzidas pelo presente decreto-lei no Estatuto da Carreira Docente visam ainda estabelecer condies mais rigorosas para o ingresso na carreira, assegurando que aqueles que obtm provimento definitivo em lugar do quadro preenchem, sem margem para dvidas, todos os requisitos para o exerccio da profisso docente. Com esse objectivo, introduz-se uma

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 prova de avaliao de conhecimentos, enquanto requisito prvio candidatura aos procedimentos de recrutamento de pessoal docente, e estabelecem-se novas regras para a observncia de um perodo probatrio, realizado sob superviso e acompanhamento de um professor mais experiente. Para alm da alterao do Estatuto da Carreira Docente, o presente decreto-lei altera o regime jurdico da formao contnua de professores, de modo a assegurar que a formao no s no prejudica as actividades lectivas, mas contribui efectivamente para a aquisio e desenvolvimento de competncias cientficas e pedaggicas que sejam relevantes para o trabalho dos docentes e particularmente para a sua a actividade lectiva. Sem prejuzo dos objectivos enunciados, contempla-se um regime transitrio de integrao na nova estrutura da carreira que tem em considerao os direitos dos docentes que nela se encontram providos. Foram observados os procedimentos decorrentes da Lei n.o 23/98, de 26 de Maio. Assim: No desenvolvimento da Lei n.o 46/86, de 14 de Outubro (Lei de Bases do Sistema Educativo), alterada pelas Leis n.os 115/97, de 19 de Setembro, e 49/2005, de 30 de Agosto, e nos termos da alnea c) do n.o 1 do artigo 198.o da Constituio, o Governo decreta o seguinte: CAPTULO I Disposies gerais Artigo 1.oObjecto

O presente decreto-lei altera o Estatuto da Carreira dos Educadores de Infncia e dos Professores dos Ensinos Bsico e Secundrio, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 139-A/90, de 28 de Abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 105/97, de 29 de Abril, 1/98, de 2 de Janeiro, 35/2003, de 17 de Fevereiro, 121/2005, de 26 de Julho, 229/2005, de 29 de Dezembro, e 224/2006, de 13 de Novembro, bem como o regime jurdico da formao contnua de professores, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 249/92, de 9 de Novembro, e alterado pelos Decretos-Leis n.os 207/96, de 2 de Novembro, e 155/99, de 10 de Maio. Artigo 2.oAlterao ao Estatuto da Carreira dos Educadores de Infncia e dos Professores dos Ensinos Bsico e Secundrio

Os artigos 1.o, 2.o, 4.o, 5.o, 8.o, 9.o, 10.o, 11.o, 12.o, 13.o, 14.o, 15.o, 17.o, 22.o, 23.o, 24.o, 25.o, 26.o, 27.o, 28.o, 30.o, 31.o, 32.o, 34.o, 35.o, 36.o, 37.o, 38.o, 39.o, 40.o, 41.o, 42.o, 43.o, 44.o, 45.o, 46.o, 47.o, 48.o, 49.o, 54.o, 56.o, 57.o, 59.o, 61.o, 62.o, 63.o, 64.o, 65.o, 66.o, 67.o, 68.o, 69.o, 70.o, 71.o, 72.o, 73.o, 74.o, 76.o, 77.o, 78.o, 79.o, 80.o, 82.o, 83.o, 84.o, 85.o, 86.o, 87.o, 91.o, 94.o, 100.o, 101.o, 102.o, 103.o, 108.o, 109.o, 110.o, 111.o, 115.o, 119.o, 132.o, 133.o, 134.o e 135.o, todos do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infncia e dos Professores dos Ensinos Bsico e Secundrio, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 139-A/90, de 28 de Abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 105/97, de 29 de Abril, 1/98, de 2 de Janeiro, 35/2003, de 17 de Fevereiro, 121/2005, de 26 de Julho, 229/2005, de

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 29 de Dezembro, e 224/2006, de 13 de Novembro, passam a ter a seguinte redaco: Artigo 1.o[. . .]

503b) O direito a participar na definio das orientaes pedaggicas ao nvel do estabelecimento de ensino ou das suas estruturas de coordenao; c) O direito autonomia tcnica e cientfica e liberdade de escolha dos mtodos de ensino, das tecnologias e tcnicas de educao e dos tipos de meios auxiliares de ensino mais adequados, no respeito pelo currculo nacional, pelos programas e pelas orientaes programticas curriculares ou pedaggicas em vigor; d) O direito a propor inovaes e a participar em experincias pedaggicas, bem como nos respectivos processos de avaliao; e) O direito de eleger e ser eleito para rgos colegiais ou singulares dos estabelecimentos de educao ou de ensino, nos casos em que a legislao sobre a sua gesto e administrao o preveja. 3 O direito de participao pode ainda ser exercido, atravs das organizaes profissionais e sindicais do pessoal docente, em rgos que, no mbito nacional, regional autnomo ou regional, prevejam a representao do pessoal docente. Artigo 8.o[. . .]

1 O Estatuto da Carreira dos Educadores de Infncia e dos Professores dos Ensinos Bsico e Secundrio, adiante designado por Estatuto, aplica-se aos docentes, qualquer que seja o nvel, ciclo de ensino, grupo de recrutamento ou rea de formao, que exeram funes nas diversas modalidades do sistema de educao e ensino no superior, e no mbito dos estabelecimentos pblicos de educao pr-escolar e dos ensinos bsico e secundrio na dependncia do Ministrio da Educao. 2 O presente Estatuto ainda aplicvel, com as necessrias adaptaes, aos docentes em exerccio efectivo de funes em estabelecimentos ou instituies de ensino dependentes ou sob tutela de outros ministrios. 3 Os professores do ensino portugus no estrangeiro bem como os docentes que se encontrem a prestar servio em Macau ou em regime de cooperao nos pases africanos de lngua oficial portuguesa ou outros regem-se por normas prprias. Artigo 2.o[. . .]

1........................................ a) A preveno e reduo dos riscos profissionais, individuais e colectivos, atravs da adopo de programas especficos dirigidos melhoria do ambiente de trabalho e promoo das condies de higiene, sade e segurana do posto de trabalho; b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2........................................ Artigo 9.oDireito considerao e colaborao da comunidade educativa

Para efeitos de aplicao do presente Estatuto, considera-se pessoal docente aquele que portador de habilitao profissional para o desempenho de funes de educao ou de ensino, com carcter permanente, sequencial e sistemtico, ou a ttulo temporrio, aps aprovao em prova de avaliao de conhecimentos e de competncias. Artigo 4.o[. . .]

1........................................ 2........................................ a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e) Direito considerao e ao reconhecimento da sua autoridade pelos alunos, suas famlias e demais membros da comunidade educativa; f) Direito colaborao das famlias e da comunidade educativa no processo de educao dos alunos. Artigo 5.o[. . .]

1 O direito considerao exerce-se no plano da relao com os alunos, as suas famlias e os demais membros da comunidade educativa e exprime-se no reconhecimento da autoridade em que o docente est investido no exerccio das suas funes. 2 O direito colaborao das famlias e dos demais membros da comunidade educativa compreende o direito a receber o seu apoio e cooperao activa, no quadro da partilha entre todos da responsabilidade pelo desenvolvimento e pelos resultados da aprendizagem dos alunos. Artigo 10.oDeveres gerais

1 O direito de participao exerce-se no quadro do sistema educativo, da escola e da relao com a comunidade. 2 O direito de participao, que pode ser exercido a ttulo individual ou colectivo, nomeadamente atravs das organizaes profissionais e sindicais do pessoal docente, compreende: a) O direito a emitir opinies e recomendaes sobre as orientaes e o funcionamento do estabelecimento de ensino e do sistema educativo;

1 O pessoal docente est obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos para os funcionrios e agentes da Administrao Pblica em geral. 2 O pessoal docente, no exerccio das funes que lhe esto atribudas nos termos do presente Estatuto, est ainda obrigado ao cumprimento dos seguintes deveres profissionais: a) Orientar o exerccio das suas funes pelos princpios do rigor, da iseno, da justia e da equidade;

504b) Orientar o exerccio das suas funes por critrios de qualidade, procurando o seu permanente aperfeioamento e tendo como objectivo a excelncia; c) Colaborar com todos os intervenientes no processo educativo, favorecendo a criao de laos de cooperao e o desenvolvimento de relaes de respeito e reconhecimento mtuo, em especial entre docentes, alunos, encarregados de educao e pessoal no docente; d) Actualizar e aperfeioar os seus conhecimentos, capacidades e competncias, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, de desenvolvimento pessoal e profissional e de aperfeioamento do seu desempenho; e) Participar de forma empenhada nas vrias modalidades de formao que frequente, designadamente nas promovidas pela Administrao, e usar as competncias adquiridas na sua prtica profissional; f) Zelar pela qualidade e pelo enriquecimento dos recursos didctico-pedaggicos utilizados, numa perspectiva de abertura inovao; g) Desenvolver a reflexo sobre a sua prtica pedaggica, proceder auto-avaliao e participar nas actividades de avaliao da escola; h) Conhecer, respeitar e cumprir as disposies normativas sobre educao, cooperando com a administrao educativa na prossecuo dos objectivos decorrentes da poltica educativa, no interesse dos alunos e da sociedade. Artigo 11.o[. . .]

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 Artigo 14.o[. . .]

A formao especializada visa a qualificao dos docentes para o desempenho de funes ou actividades educativas especializadas e ministrada nas instituies de formao a que se refere o n.o 2 do artigo 36.o da Lei de Bases do Sistema Educativo. Artigo 15.o[. . .]

1 A formao contnua destina-se a assegurar a actualizao, o aperfeioamento, a reconverso e o apoio actividade profissional do pessoal docente, visando ainda objectivos de desenvolvimento na carreira e de mobilidade nos termos do presente Estatuto. 2 A formao contnua deve ser planeada de forma a promover o desenvolvimento das competncias profissionais do docente. Artigo 17.o[. . .]

1 A formao do pessoal docente desenvolve-se de acordo com os princpios gerais constantes do artigo 33.o da Lei de Bases do Sistema Educativo, competindo ao membro do Governo responsvel pela rea da educao o respectivo planeamento, coordenao e avaliao global. 2........................................ Artigo 12.o[. . .]

1 O concurso o processo de recrutamento e seleco, normal e obrigatrio, de pessoal docente para nomeao em lugar do quadro de ingresso ou acesso. 2 O regime do concurso para pessoal docente rege-se pelos princpios reguladores dos concursos na Administrao Pblica, nos termos e com as adaptaes previstas no decreto-lei a que se refere o artigo 24.o Artigo 22.o[. . .]

1 So requisitos gerais de admisso a concurso: a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) Possuir as habilitaes profissionais legalmente exigidas para a docncia no nvel de ensino e grupo de recrutamento a que se candidatam; c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . f) Obter aprovao em prova de avaliao de conhecimentos e competncias, tratando-se de concurso para lugar de ingresso. 2........................................ 3 A existncia de deficincia fsica no impedimento ao exerccio de funes docentes se e enquanto for compatvel com os requisitos exigveis para o exerccio de funes no grupo de recrutamento do candidato ou do docente, nos termos de adequado atestado mdico. 4........................................ 5 A verificao dos requisitos fsicos e psquicos necessrios ao exerccio da funo docente e da inexistncia de alcoolismo ou de toxicodependncias de qualquer natureza realizada nos termos da lei geral. 6 A existncia de alcoolismo ou de toxicodependncias, comprovadas nos termos do nmero anterior, constitui motivo impeditivo do exerccio da funo docente pelo perodo de dois anos.

A formao do pessoal docente compreende a formao inicial, a formao especializada e a formao contnua, previstas, respectivamente, nos artigos 34.o, 36.o e 38.o da Lei de Bases do Sistema Educativo. Artigo 13.o[. . .]

1 A formao inicial dos educadores de infncia e dos professores dos ensinos bsico e secundrio a que confere habilitao profissional para a docncia no respectivo nvel de educao ou de ensino. 2 A formao inicial visa dotar os candidatos profisso das competncias e conhecimentos cientficos, tcnicos e pedaggicos de base para o desempenho profissional da prtica docente nas seguintes dimenses: a) Profissional e tica; b) Desenvolvimento do ensino e da aprendizagem; c) Participao na escola e relao com a comunidade; d) Desenvolvimento profissional ao longo da vida.

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 7 A prova de avaliao de conhecimentos e de competncias prevista na alnea f) do n.o 1 visa demonstrar o domnio dos conhecimentos e das competncias exigidas para o exerccio da funo docente, na especialidade da respectiva rea de docncia, e organizada segundo as exigncias da leccionao dos programas e orientaes curriculares da educao pr-escolar e dos ensinos bsico e secundrio. 8 As condies de candidatura e de realizao da prova de avaliao de conhecimentos e competncias so aprovadas por decreto regulamentar. Artigo 23.oVerificao de alterao dos requisitos fsicos e psquicos

505nam-se a satisfazer as necessidades permanentes dos respectivos estabelecimentos de educao ou de ensino. 2 A dotao de lugares dos quadros de agrupamento ou dos quadros de escola, discriminada por ciclo ou nvel de ensino e grupo de recrutamento e categoria, fixada por portaria conjunta dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas e da educao. 3 A dotao dos lugares da categoria de professor titular corresponde, por quadro de agrupamento ou de escola no agrupada, a um tero do nmero total de lugares do respectivo quadro. Artigo 27.o[. . .]

1 A verificao de alterao dos requisitos fsicos e psquicos necessrios ao exerccio da funo docente e da existncia de alcoolismo ou de toxicodependncias de qualquer natureza realizada pela junta mdica regional do Ministrio da Educao, mediante solicitao do rgo de direco executiva da escola. 2 (Revogado.) 3 (Revogado.) 4 Para verificao das condies de sade e de trabalho do pessoal docente realizam-se aces peridicas de rastreio, nos termos da legislao sobre segurana, higiene e sade no trabalho, aprovadas anualmente pelo rgo de direco executiva da escola. Artigo 24.oRegulamentao dos concursos

A regulamentao dos concursos previstos no presente Estatuto objecto de decreto-lei, garantida a participao das organizaes sindicais representativas de pessoal docente. Artigo 25.oEstrutura

1 Os quadros de zona pedaggica destinam-se a facultar a necessria flexibilidade gesto dos recursos humanos no respectivo mbito geogrfico e a assegurar a satisfao de necessidades no permanentes dos estabelecimentos de educao ou de ensino, a substituio dos docentes dos quadros de agrupamento ou de escola, as actividades de educao extra-escolar, o apoio a estabelecimentos de educao ou de ensino que ministrem reas curriculares especficas ou manifestem exigncias educativas especiais, bem como a garantir a promoo do sucesso educativo. 2........................................ 3 O mbito geogrfico dos quadros de zona pedaggica e a respectiva dotao de lugares, a definir por ciclo ou nvel de ensino e grupo de recrutamento, so fixados por portaria conjunta dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas e da educao. Artigo 28.o[. . .]

1 Os quadros de pessoal docente dos estabelecimentos de educao ou de ensino pblicos estruturam-se em: a) Quadros de agrupamento de escolas; b) Quadros de escola no agrupada; c) Quadros de zona pedaggica. 2 Os quadros de pessoal docente dos estabelecimentos de educao e ensino abrangidos pelo presente Estatuto fixam dotaes para a carreira docente, discriminadas por nvel ou ciclo de ensino, grupo de recrutamento e categoria, consoante o caso, de modo a conferir maior flexibilidade gesto dos recursos humanos da docncia disponveis. 3 As referncias feitas no presente Estatuto a escolas ou a estabelecimentos de educao ou de ensino reportam-se ao agrupamento de escolas ou a escolas no agrupadas, consoante o caso, salvo referncia em contrrio. Artigo 26.oQuadros de agrupamento e quadros de escola no agrupada

A reviso dos quadros de pessoal docente feita por portaria conjunta dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas, da Administrao Pblica e da educao ou por portaria apenas deste ltimo, consoante dessa alterao resulte ou no aumento dos valores totais globais. Artigo 30.o[. . .]

O primeiro provimento em lugar de ingresso reveste a forma de nomeao provisria e destina-se realizao do perodo probatrio. Artigo 31.oPerodo probatrio

1 Os quadros de agrupamento de escolas, bem como os quadros das escolas no agrupadas, desti-

1 O perodo probatrio destina-se a verificar a capacidade de adequao do docente ao perfil de desempenho profissional exigvel, tem a durao mnima de um ano escolar e cumprido no estabelecimento de educao ou de ensino onde aquele exerce a sua actividade docente. 2 O perodo probatrio corresponde ao primeiro ano escolar no exerccio efectivo de funes da categoria de professor, sem prejuzo do disposto nos n.os 8 a 10.

5063 O perodo probatrio do professor acompanhado e apoiado, no plano didctico, pedaggico e cientfico, por um professor titular, detentor, preferencialmente, de formao especializada na rea de organizao educacional e desenvolvimento curricular, superviso pedaggica e formao de formadores e com meno igual ou superior a Bom na ltima avaliao do desempenho, a designar pelo coordenador do departamento curricular ou do conselho de docentes respectivo. 4 Compete ao professor titular a que se refere o nmero anterior: a) Apoiar a elaborao e acompanhar a execuo de um plano individual de trabalho para o docente em perodo probatrio que verse as componentes cientfica, pedaggica e didctica; b) Apoiar o docente em perodo probatrio na preparao e planeamento das aulas, bem como na reflexo sobre a respectiva prtica pedaggica, ajudando-o na sua melhoria; c) Avaliar o trabalho individual desenvolvido; d) Elaborar relatrio circunstanciado da actividade desenvolvida, incluindo os dados da observao realizada; e) Participar no processo de avaliao do desempenho do docente em perodo probatrio. 5 O docente em perodo probatrio fica impossibilitado de acumular outras funes, pblicas ou privadas. 6 A componente no lectiva de estabelecimento neste perodo fica adstrita, enquanto necessrio, frequncia de aces de formao, assistncia a aulas de outros professores ou realizao de trabalhos de grupo indicadas pelo professor de acompanhamento e apoio. 7 A avaliao do desempenho do docente em perodo probatrio objecto de regulamentao especfica, nos termos previstos no n.o 5 do artigo 40.o 8 O perodo probatrio suspenso sempre que o docente se encontre em situao de ausncias ao servio legalmente equiparadas a prestao de trabalho efectivo por um perodo superior a seis semanas consecutivas ou interpoladas, sem prejuzo da manuteno dos direitos e regalias inerentes continuidade do vnculo laboral. 9 Finda a situao que determinou a suspenso prevista no nmero anterior, o docente retoma ou inicia, consoante o caso, o exerccio efectivo das suas funes, tendo de completar o perodo probatrio em falta. 10 Para alm dos motivos referidos no n.o 8, o perodo probatrio do docente que faltar justificadamente por um perodo correspondente a 15 dias de actividade lectiva repetido no ano escolar seguinte. 11 O docente em nomeao provisria que conclua o perodo probatrio com avaliao do desempenho igual ou superior a Bom nomeado definitivamente em lugar do quadro. 12 Se o docente obtiver avaliao do desempenho de Regular ser facultada a oportunidade de repetir o perodo probatrio, sem interrupo funcional, devendo desenvolver o projecto individual de formao e a aco pedaggica que lhe forem indicados, em termos idnticos aos previstos no n.o 7 do artigo 48.o

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 13 Se o docente obtiver avaliao de desempenho de Insuficiente , no termo do perodo probatrio, automaticamente exonerado do lugar do quadro em que se encontra provido. 14 A atribuio da meno qualitativa de Insuficiente implica a impossibilidade de o docente se candidatar, a qualquer ttulo, docncia no prprio ano ou no ano escolar seguinte, a menos que demonstre ter completado a formao prevista no n.o 7 do artigo 48.o 15 O tempo de servio prestado pelo docente em perodo probatrio contado para efeitos de acesso e progresso na categoria de ingresso da carreira docente, desde que classificado com meno igual ou superior a Bom. 16 Para efeitos de converso da nomeao provisria em nomeao definitiva, considera-se dispensado do perodo probatrio o docente que tenha exercido funes docentes em regime de contrato, no mesmo nvel de ensino e grupo de recrutamento, por tempo correspondente a um ano escolar, desde que cumprido com horrio igual ou superior a vinte horas e avaliao de desempenho igual ou superior a Bom. Artigo 32.oNomeao definitiva

1 A nomeao provisria converte-se em nomeao definitiva em lugar do quadro, independentemente de quaisquer formalidades, no incio do ano escolar subsequente concluso do perodo probatrio com avaliao de desempenho igual ou superior a Bom. 2 A converso da nomeao provisria em nomeao definitiva promovida pelo rgo de direco executiva do agrupamento ou escola no agrupada at 20 dias antes do termo daquela nomeao e produz efeitos, em qualquer caso, a partir de 1 de Setembro. 3 Em caso de prorrogao do perodo probatrio prevista nos n.os 8 a 10 do artigo anterior, a converso da nomeao provisria em nomeao definitiva produz efeitos reportados ao incio do ano escolar em que ocorra a sua concluso. 4 A nomeao do docente que observe os requisitos previstos no n.o 16 do artigo anterior automaticamente convertida em nomeao definitiva. Artigo 34.oNatureza e estrutura da carreira docente

1 O pessoal docente que desempenha funes de educao ou de ensino, com carcter permanente, sequencial e sistemtico, constitui, nos termos da lei geral, um corpo especial da Administrao Pblica dotado de uma carreira prpria. 2 A carreira docente desenvolve-se pelas categorias hierarquizadas de: a) Professor; b) Professor titular. 3 categoria de professor titular, alm das funes de professor, correspondem funes diferenciadas pela sua natureza, mbito e grau de responsabilidade.

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 4 Cada categoria integrada por escales a que correspondem ndices remuneratrios diferenciados, de acordo com o anexo I do presente Estatuto, que dele faz parte integrante. Artigo 35.oContedo funcional

507b) A direco de centros de formao das associaes de escolas; c) A coordenao de departamentos curriculares e conselhos de docentes; d) O exerccio das funes de acompanhamento e apoio realizao do perodo probatrio; e) A elaborao e correco das provas nacionais de avaliao de conhecimentos e competncias para admisso na carreira docente; f) A participao no jri da prova pblica para admisso ao concurso de acesso categoria de professor titular. Artigo 36.oIngresso

1 As funes do pessoal docente so exercidas com responsabilidade profissional e autonomia tcnica e cientfica, sem prejuzo do nmero seguinte. 2 O docente desenvolve a sua actividade profissional de acordo com as orientaes de poltica educativa e observando as exigncias do currculo nacional, dos programas e das orientaes programticas ou curriculares em vigor, bem como do projecto educativo da escola. 3 So funes do pessoal docente em geral: a) Leccionar as disciplinas, matrias e cursos para que se encontra habilitado de acordo com as necessidades educativas dos alunos que lhe estejam confiados e no cumprimento do servio docente que lhe seja atribudo; b) Planear, organizar e preparar as actividades lectivas dirigidas turma ou grupo de alunos nas reas disciplinares ou matrias que lhe sejam distribudas; c) Conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos de avaliao das aprendizagens e participar no servio de exames e reunies de avaliao; d) Elaborar recursos e materiais didctico-pedaggicos e participar na respectiva avaliao; e) Promover, organizar e participar em todas as actividades complementares, curriculares e extracurriculares, includas no plano de actividades ou projecto educativo da escola, dentro e fora do recinto escolar; f) Organizar, assegurar e acompanhar as actividades de enriquecimento curricular dos alunos; g) Assegurar as actividades de apoio educativo, executar os planos de acompanhamento de alunos determinados pela administrao educativa e cooperar na deteco e acompanhamento de dificuldades de aprendizagem; h) Acompanhar e orientar as aprendizagens dos alunos, em colaborao com os respectivos pais e encarregados de educao; i) Facultar orientao e aconselhamento em matria educativa, social e profissional dos alunos, em colaborao com os servios especializados de orientao educativa; j) Participar nas actividades de avaliao da escola; l) Orientar a prtica pedaggica supervisionada a nvel da escola; m) Participar em actividades de investigao, inovao e experimentao cientfica e pedaggica; n) Organizar e participar, como formando ou formador, em aces de formao contnua e especializada; o) Desempenhar as actividades de coordenao administrativa e pedaggica que no sejam exclusivamente cometidas ao professor titular. 4 Alm das previstas no nmero anterior, so funes especficas da categoria de professor titular: a) A coordenao pedaggica do ano, ciclo ou curso;

1 O ingresso na carreira docente faz-se mediante concurso destinado ao provimento de lugar do quadro da categoria de professor de entre os docentes que satisfaam os requisitos de admisso a que se refere o artigo 22.o 2 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, o ingresso na carreira docente faz-se no 1.o escalo da categoria de professor. 3 O ingresso na carreira dos docentes portadores de habilitao profissional adequada faz-se no escalo da categoria de professor correspondente ao tempo de servio prestado em funes docentes e classificado com a meno qualitativa mnima de Bom, independentemente do ttulo jurdico da relao de trabalho subordinado, de acordo com os critrios gerais de progresso. Artigo 37.oProgresso

1 A progresso na carreira docente consiste na mudana de escalo dentro de cada categoria. 2 O reconhecimento do direito progresso ao escalo seguinte da categoria depende da verificao cumulativa dos seguintes requisitos: a) Na categoria de professor, da permanncia de um perodo mnimo de servio docente efectivo no escalo imediatamente anterior, com, pelo menos, dois perodos de avaliao de desempenho em que seja atribuda a meno qualitativa mnima de Bom; b) Na categoria de professor titular, da permanncia de um perodo mnimo de servio docente efectivo no escalo imediatamente anterior, com, pelo menos, trs perodos de avaliao de desempenho em que seja atribuda a meno qualitativa mnima de Bom; c) Frequncia, com aproveitamento, de mdulos de formao contnua que, no perodo em avaliao, correspondam, em mdia, a vinte e cinco horas anuais. 3 Para os efeitos previstos neste artigo, a obteno de meno qualitativa inferior a Bom no perodo em avaliao, determina o acrscimo de idntico perodo com avaliao qualitativa mnima de Bom ou superior. 4 Os mdulos de tempo de servio docente nos escales de cada categoria tm a seguinte durao: a) Professor cinco anos, excepto nos 4.o e 5. escales, cuja durao de quatro anos; b) Professor titular seis anos.o

5085 Progridem ao 6.o escalo da categoria de professor os docentes que cumpram cumulativamente os seguintes requisitos: a) Completem o mdulo de tempo de servio no escalo anterior; b) Obtenham no mesmo perodo de tempo avaliao de desempenho no inferior a Bom; c) Tenham sido opositores ao concurso de acesso a que se refere o artigo seguinte e no tenham sido providos na categoria por inexistncia de vaga. 6 O tempo de servio prestado no 6.o escalo da categoria de professor conta, para efeitos de progresso, como tempo de servio efectivo prestado no 1.o escalo da categoria de professor titular, at ao limite de seis anos, aps o provimento nesta ltima categoria. 7 O direito remunerao correspondente ao escalo seguinte da categoria vence-se a partir do 1.o dia do ms subsequente quele em que se verificarem todos os requisitos previstos no n.o 2 e reporta-se data em que se encontre preenchida a condio de tempo de servio prevista. 8 A listagem dos docentes que progrediram de escalo afixada semestralmente nos estabelecimentos de educao ou de ensino. Artigo 38.oAcesso

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 pela rea da educao, bem como os docentes portadores de formao especializada nos domnios da administrao escolar, orientao educativa, organizao e desenvolvimento curricular, superviso pedaggica ou formao de formadores. 6 No acesso categoria de professor titular, a integrao na respectiva escala indiciria faz-se no 1.o escalo dessa categoria. 7 As normas reguladoras do concurso de acesso, da prova pblica, bem como os instrumentos de recrutamento e provimento a adoptar caso o concurso fique deserto, so definidos por decreto-lei. Artigo 39.oExerccio de funes no docentes

1 O recrutamento para a categoria de professor titular faz-se mediante concurso documental aberto para o preenchimento de vaga existente no quadro do agrupamento ou escola no agrupada e destinada categoria e departamento ou grupo de recrutamento respectivo. 2 Podem ser opositores ao concurso de acesso categoria de professor titular os professores que, cumulativamente, preencham os seguintes requisitos: a) Detenham, pelo menos, 18 anos de servio docente efectivo, com avaliao de desempenho igual ou superior a Bom durante o referido perodo; b) Tenham sido aprovados em prova pblica que incida sobre a actividade profissional desenvolvida pelo docente com vista a demonstrar a sua aptido para o exerccio das funes especficas da categoria de professor titular. 3 A prova a que se refere a alnea b) do nmero anterior realizada a pedido do docente a partir do momento em que preencha os demais requisitos para acesso categoria de professor titular ou complete 15 anos de servio docente com avaliao de desempenho igual ou superior a Bom. 4 O nmero de lugares a prover nos termos do n.o 1 no pode ultrapassar a dotao a fixar anualmente por despacho do membro do Governo responsvel pela rea da educao, ponderados os resultados da avaliao externa do estabelecimento escolar e ainda as perspectivas de desenvolvimento de carreira dos docentes. 5 Na ordenao dos candidatos ao concurso de acesso preferem, em caso de igualdade de classificao, os docentes titulares do grau de mestre ou doutor em especialidade reconhecida para o efeito por despacho do membro do Governo responsvel

1 Na contagem do tempo de servio docente efectivo para efeitos de progresso na carreira, so considerados os perodos referentes a requisio, destacamento e comisso de servio no exerccio de funes no docentes que revistam natureza tcnico-pedaggica, desde que no excedam dois anos do mdulo de tempo de servio que for necessrio para os referidos efeitos com avaliao de desempenho igual ou superior a Bom durante o referido perodo. 2 Os perodos referentes a requisio, destacamento e comisso de servio no exerccio de funes que revistam natureza tcnico-pedaggica e que excedam o limite considerado no nmero anterior relevam na contagem do tempo de servio docente efectivo para efeitos de progresso na carreira se o docente obtiver na primeira avaliao de desempenho posterior ao regresso ao servio docente efectivo meno qualitativa igual ou superior a Bom. 3 Para efeitos do disposto nos nmeros anteriores, entende-se por funes de natureza tcnico-pedaggica as que, pela sua especializao, especificidade ou especial relao com o sistema de educao e ensino, requerem, como condio para o respectivo exerccio, as qualificaes e exigncias de formao prprias do pessoal docente. 4 Por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao so fixadas as funes ou cargos a identificar como de natureza tcnico-pedaggica. 5 O disposto nos nmeros anteriores no prejudica a aplicao de legislao prpria que salvaguarde o direito estabilidade no emprego de origem bem como promoo e progresso na carreira pelo exerccio de determinados cargos ou funes. Artigo 40.oCaracterizao e objectivos da avaliao do desempenho

1 A avaliao do desempenho do pessoal docente desenvolve-se de acordo com os princpios consagrados no artigo 39.o da Lei de Bases do Sistema Educativo e no respeito pelos princpios e objectivos que enformam o sistema integrado de avaliao do desempenho da Administrao Pblica, incidindo sobre a actividade desenvolvida e tendo em conta as qualificaes profissionais, pedaggicas e cientficas do docente. 2 A avaliao do desempenho do pessoal docente visa a melhoria dos resultados escolares dos alunos e da qualidade das aprendizagens e propor-

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 cionar orientaes para o desenvolvimento pessoal e profissional no quadro de um sistema de reconhecimento do mrito e da excelncia. 3 Constituem ainda objectivos da avaliao do desempenho: a) Contribuir para a melhoria da prtica pedaggica do docente; b) Contribuir para a valorizao e aperfeioamento individual do docente; c) Permitir a inventariao das necessidades de formao do pessoal docente; d) Detectar os factores que influenciam o rendimento profissional do pessoal docente; e) Diferenciar e premiar os melhores profissionais; f) Facultar indicadores de gesto em matria de pessoal docente; g) Promover o trabalho de cooperao entre os docentes, tendo em vista a melhoria dos resultados escolares; h) Promover a excelncia e a qualidade dos servios prestados comunidade. 4 A regulamentao do sistema de avaliao do desempenho estabelecido no presente Estatuto definida por decreto regulamentar. 5 O decreto regulamentar previsto no nmero anterior regula ainda o processo de avaliao do desempenho dos professores titulares no exerccio efectivo das respectivas funes, dos docentes em perodo probatrio ou em regime de contrato, bem como dos que se encontrem no exerccio efectivo de outras funes educativas. 6 Os docentes que exeram cargos ou funes cujo enquadramento normativo ou estatuto salvaguarde o direito de promoo e progresso na carreira de origem e no tenham funes lectivas distribudas podem optar, para efeitos dos artigos 37.o e 38.o, por uma das seguintes classificaes: a) A meno qualitativa que lhe tiver sido atribuda na ltima avaliao do desempenho em exerccio efectivo de funes docentes; b) A primeira avaliao do desempenho que lhe for atribuda aps o regresso ao servio docente efectivo. 7 Podem ainda beneficiar da opo prevista no nmero anterior os docentes que permaneam em situao de ausncia ao servio equiparada a prestao efectiva de trabalho que inviabilize a verificao do requisito de tempo mnimo para avaliao do desempenho. 8 Em caso de opo pela avaliao a que se refere a alnea b) do n.o 6, a progresso opera para o escalo da categoria correspondente ao tempo de servio prestado, de acordo com os critrios fixados no artigo 37.o Artigo 41.oRelevncia

509c) Renovao do contrato; d) Atribuio do prmio de desempenho. Artigo 42.ombito e periodicidade

1 A avaliao realiza-se segundo critrios previamente definidos que permitam aferir os padres de qualidade do desempenho profissional, tendo em considerao o contexto scio-educativo em que se desenvolve a sua actividade. 2 A avaliao do desempenho concretiza-se nas seguintes dimenses: a) Vertente profissional e tica; b) Desenvolvimento do ensino e da aprendizagem; c) Participao na escola e relao com a comunidade escolar; d) Desenvolvimento e formao profissional ao longo da vida. 3 A avaliao do desempenho dos docentes realiza-se no final de cada perodo de dois anos escolares e reporta-se ao tempo de servio nele prestado. 4 Os docentes s so sujeitos a avaliao do desempenho desde que tenham prestado servio docente efectivo durante, pelo menos, metade do perodo em avaliao a que se refere o nmero anterior. 5 A avaliao dos docentes em perodo probatrio feita no final do mesmo e reporta-se actividade desenvolvida no seu decurso. 6 A avaliao do pessoal docente contratado realiza-se no final do perodo de vigncia do respectivo contrato e antes da sua eventual renovao, desde que tenha prestado servio docente efectivo durante, pelo menos, seis meses. 7 Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores, os avaliadores procedem, em cada ano escolar, recolha de toda a informao relevante para efeitos de avaliao do desempenho. Artigo 43.oIntervenientes no processo de avaliao do desempenho

1 Intervm no processo de avaliao do desempenho: a) Os avaliados; b) Os avaliadores; c) A comisso de coordenao da avaliao do desempenho. 2 So avaliadores: a) O coordenador do conselho de docentes ou do departamento curricular ou os professores titulares que por ele forem designados quando o nmero de docentes a avaliar o justifique; b) Um inspector com formao cientfica na rea departamental do avaliado, designado pelo inspector-geral da Educao, para avaliao dos professores titulares que exercem as funes de coordenao do conselho de docentes ou do departamento curricular; c) O presidente do conselho executivo ou o director da escola ou agrupamento de escolas em que o docente presta servio, ou um membro da direco executiva por ele designado.

A avaliao do desempenho obrigatoriamente considerada para efeitos de: a) Progresso e acesso na carreira; b) Converso da nomeao provisria em nomeao definitiva no termo do perodo probatrio;

5103 A avaliao global atribuda em reunio conjunta dos avaliadores. 4 Compete ao presidente do conselho executivo ou ao director da escola ou agrupamento de escolas: a) Garantir a permanente adequao do processo de avaliao s especificidades da escola; b) Coordenar e controlar o processo de avaliao de acordo com os princpios e regras definidos no presente Estatuto. 5 Em cada escola ou agrupamento de escolas funciona a comisso de coordenao da avaliao constituda pelo presidente do conselho pedaggico, que a coordena, mais quatro membros do mesmo conselho com a categoria de professor titular. 6 Compete comisso de coordenao da avaliao: a) Garantir o rigor do sistema de avaliao, designadamente atravs da emisso de directivas para a sua aplicao; b) Validar as avaliaes de Excelente, Muito bom e Insuficiente; c) Proceder avaliao do desempenho nos casos de ausncia de avaliador e propor as medidas de acompanhamento e correco do desempenho insuficiente; d) Emitir parecer vinculativo sobre as reclamaes do avaliado. 7 No quadro das suas competncias, incumbe Inspeco-Geral da Educao, em articulao com o conselho cientfico para a avaliao de professores previsto no artigo 134.o, o acompanhamento global do processo de avaliao do desempenho do pessoal docente. Artigo 44.oProcesso de avaliao do desempenho

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 4 A validao das propostas de avaliao final correspondentes meno de Excelente ou Muito bom implica confirmao formal do cumprimento das correspondentes percentagens mximas atravs de acta da comisso de coordenao da avaliao. Artigo 45.oItens de classificao

1 A avaliao efectuada pelo coordenador do departamento curricular ou do conselho de docentes pondera o envolvimento e a qualidade cientfico-pedaggica do docente, com base na apreciao dos seguintes parmetros classificativos: a) Preparao e organizao das actividades lectivas; b) Realizao das actividades lectivas; c) Relao pedaggica com os alunos; d) Processo de avaliao das aprendizagens dos alunos. 2 Na avaliao efectuada pelo rgo de direco executiva so ponderados, em funo de elementos disponveis, os seguintes indicadores de classificao: a) Nvel de assiduidade; b) Servio distribudo; c) Progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e taxas de abandono escolar, tendo em conta o contexto scio-educativo; d) Participao dos docentes no agrupamento ou escola no agrupada e apreciao do seu trabalho colaborativo em projectos conjuntos de melhoria da actividade didctica e dos resultados das aprendizagens; e) Aces de formao contnua concludas; f) Exerccio de outros cargos ou funes de natureza pedaggica; g) Dinamizao de projectos de investigao, desenvolvimento e inovao educativa e sua correspondente avaliao; h) Apreciao realizada pelos pais e encarregados de educao dos alunos, desde que obtida a concordncia do docente e nos termos a definir no regulamento interno da escola. 3 A classificao dos parmetros definidos para a avaliao do desempenho deve atender a mltiplas fontes de dados atravs da recolha, durante o ano escolar, de todos os elementos relevantes de natureza informativa, designadamente: a) Relatrios certificativos de aproveitamento em aces de formao; b) Auto-avaliao; c) Observao de aulas; d) Anlise de instrumentos de gesto curricular; e) Materiais pedaggicos desenvolvidos e utilizados; f) Instrumentos de avaliao pedaggica; g) Planificao das aulas e instrumentos de avaliao utilizados com os alunos. 4 Para efeitos do disposto na alnea c) do nmero anterior, deve o rgo de direco executiva calendarizar a observao, pelo avaliador referido nas alneas a) e b) do n.o 2 do artigo 43.o, de, pelo menos, trs aulas leccionadas pelo docente por ano escolar.

1 O processo de avaliao do desempenho compreende as seguintes fases: a) Preenchimento de uma ficha de avaliao pelo coordenador do departamento curricular ou do conselho de docentes respectivo; b) Preenchimento de uma ficha de avaliao pelo presidente do conselho executivo ou pelo director da escola ou agrupamento de escolas; c) Preenchimento pelo avaliado de uma ficha de auto-avaliao sobre os objectivos alcanados na sua prtica profissional, na qual identificar a formao contnua realizada; d) Conferncia e validao dos dados constantes da proposta de classificao, quando esta apresente as menes de Excelente, Muito bom e Insuficiente, pela comisso de coordenao da avaliao; e) Entrevista dos avaliadores com o avaliado para conhecimento da proposta de avaliao e apreciao do processo, em particular da ficha de auto-avaliao; f) Reunio conjunta dos avaliadores para atribuio da classificao final. 2 O processo de avaliao implica a utilizao de instrumentos de registo normalizados. 3 Os modelos de impressos das fichas de avaliao e de auto-avaliao so aprovados por despacho do membro do Governo responsvel pela rea da educao.

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 5 Para efeitos do disposto na alnea e) do n.o 2 so consideradas as aces de formao contnua que incidam sobre contedos de natureza cientfico-didctica com estreita ligao matria curricular que lecciona, bem como as relacionadas com as necessidades da escola definidas no respectivo projecto educativo ou plano de actividades. Artigo 46.o

5113 Da deciso final sobre a reclamao cabe recurso administrativo para o director regional de educao respectivo, a interpor no prazo de 10 dias teis contado do seu conhecimento. 4 A deciso do recurso proferida no prazo de 10 dias teis contado da data da sua interposio. Artigo 48.oEfeitos da avaliao

Sistema de classificao

1 A avaliao de cada uma das componentes de classificao e respectivos subgrupos feita numa escala de avaliao de 1 a 10, devendo as classificaes ser atribudas em nmeros inteiros. 2 O resultado final da avaliao do docente corresponde classificao mdia das pontuaes obtidas em cada uma das fichas de avaliao e expresso atravs das seguintes menes qualitativas: Excelente de 9 a 10 valores; Muito bom de 8 a 8,9 valores; Bom de 6,5 a 7,9 valores; Regular de 5 a 6,4 valores; Insuficiente de 1 a 4,9 valores. 3 Por despacho conjunto dos membros do Governo responsveis pelas reas da educao e da Administrao Pblica so fixadas as percentagens mximas para a atribuio das classificaes de Muito bom e Excelente, por escola no agrupada ou agrupamento de escolas, as quais tero por referncia os resultados obtidos na avaliao externa da escola. 4 A atribuio da meno de Excelente deve ainda especificar os contributos relevantes proporcionados pelo avaliado para o sucesso escolar dos alunos e para a qualidade das suas aprendizagens, tendo em vista a sua incluso numa base de dados sobre boas prticas e posterior divulgao. 5 A atribuio de meno qualitativa igual ou superior a Bom fica dependente do cumprimento de, pelo menos, 95 % das actividades lectivas em cada um dos anos do perodo escolar a que se reporta a avaliao. 6 O perodo normal de avaliao, a que se refere o n.o 3 do artigo 42.o, prolongado pelo nmero de anos escolares em que no se verifique a condio prevista no nmero anterior. 7 Para o cmputo do servio lectivo a que se refere o n.o 5, considerada a actividade lectiva registada no horrio de trabalho do docente, como tambm aquela que resulte da permuta de servio lectivo com outro docente. 8 As ausncias legalmente equiparadas a servio efectivo nos termos do artigo 103.o relevam para o cumprimento das actividades lectivas a que se refere o n.o 5. Artigo 47.oReclamao e recurso

1 A atribuio da meno qualitativa de Excelente durante dois perodos consecutivos de avaliao do desempenho determina a reduo de quatro anos no tempo de servio docente exigido para efeitos de acesso categoria de professor titular. 2 A atribuio da meno qualitativa de Excelente e Muito bom durante dois perodos consecutivos reduz em trs anos o tempo mnimo de servio docente exigido para efeitos de acesso categoria de professor titular. 3 A atribuio da meno qualitativa de Muito bom durante dois perodos consecutivos reduz em dois anos o tempo mnimo de servio docente exigido para efeitos de acesso categoria de professor titular. 4 A atribuio da meno qualitativa de Bom determina: a) Que seja considerado o perodo de tempo a que respeita para efeitos de progresso e acesso na carreira; b) A converso da nomeao provisria em nomeao definitiva no termo do perodo probatrio. 5 A atribuio da meno qualitativa de Regular ou da meno qualitativa de Insuficiente implica a no contagem do perodo a que respeita para efeitos de progresso e acesso na carreira. 6 A atribuio da meno qualitativa de Insuficiente implica: a) A no renovao ou a celebrao de novo contrato; b) A impossibilidade genrica de acumulao de funes nos termos previstos no artigo 111.o; c) A cessao da nomeao provisria do docente em perodo probatrio, no termo do referido perodo; d) A impossibilidade de nova candidatura, a qualquer ttulo, docncia, no mesmo ano ou no ano escolar imediatamente subsequente quele em que realizou o perodo probatrio. 7 A atribuio das menes qualitativas de Regular ou Insuficiente deve ser acompanhada de uma proposta de formao contnua que permita ao docente superar os aspectos do seu desempenho profissional identificados como negativos no respectivo processo de avaliao. 8 A atribuio ao docente provido em lugar do quadro de duas classificaes consecutivas ou de trs interpoladas de Insuficiente determina a no distribuio de servio lectivo no ano imediatamente subsequente e a sujeio do mesmo ao regime de reclassificao ou de reconverso profissional nos termos da lei. Artigo 49.oGarantias do processo de avaliao do desempenho

1 Atribuda a avaliao final, nos termos do n.o 3 do artigo 43.o, esta imediatamente dada a conhecer ao avaliado, que dela pode apresentar reclamao escrita no prazo de 10 dias teis. 2 A deciso de reclamao proferida no prazo de 15 dias teis, ouvida a comisso de coordenao da avaliao.

1 Sem prejuzo das regras de publicidade previstas no presente Estatuto, o processo de avaliao

512tem carcter confidencial, devendo os instrumentos de avaliao de cada docente ser arquivados no respectivo processo individual. 2 Todos os intervenientes no processo, excepo do avaliado, ficam obrigados ao dever de sigilo sobre a matria. 3 Anualmente, e aps concluso do processo de avaliao, so divulgados na escola os resultados globais da avaliao do desempenho mediante informao no nominativa contendo o nmero de menes globalmente atribudas ao pessoal docente, bem como o nmero de docentes no sujeitos avaliao do desempenho. Artigo 54.oAquisio de outras habilitaes

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 Sistema Educativo, adquire-se pela frequncia, com aproveitamento, de cursos de formao especializada realizados em estabelecimentos de ensino superior para o efeito competentes nas seguintes reas: a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) ......................................... ......................................... ......................................... ......................................... ......................................... ......................................... ......................................... ......................................... ......................................... .........................................

1 A aquisio por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grau acadmico de mestre em domnio directamente relacionado com a rea cientfica que leccionem ou em Cincias da Educao confere: a) Para os docentes com a categoria de professor, direito reduo de dois anos no tempo de servio legalmente exigido para acesso categoria de professor titular, desde que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com meno igual ou superior a Bom; b) Para os docentes com a categoria de professor titular, direito reduo de um ano no tempo de servio legalmente exigido para progresso ao escalo seguinte, desde que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com meno igual ou superior a Bom. 2 A aquisio por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grau acadmico de doutor em domnio directamente relacionado com a rea cientfica que leccionem ou em Cincias da Educao confere: a) Para os docentes com a categoria de professor, direito reduo de quatro anos no tempo de servio legalmente exigido para acesso categoria de professor titular, desde que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com meno igual ou superior a Bom; b) Para os docentes com a categoria de professor titular, direito reduo de dois anos no tempo de servio legalmente exigido para progresso ao escalo seguinte, desde que, em qualquer caso, tenham sido sempre avaliados com meno igual ou superior a Bom. 3........................................ 4 As caractersticas dos mestrados e doutoramentos a que se referem os n.os 1 e 2 so definidas por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao. Artigo 56.o[. . .]

2........................................ 3 Podem ainda ser definidas outras reas de formao especializada, tomando em considerao as necessidades de desenvolvimento do sistema educativo, por despacho do membro do Governo responsvel pela rea da educao. 4........................................ Artigo 57.o[. . .]

1........................................ 2 A recusa pelo docente que se encontre qualificado para o exerccio de outras funes educativas, nos termos do n.o 1 do artigo anterior, do desempenho efectivo dessas mesmas funes, quando para tal tenha sido eleito ou designado, determina, na primeira avaliao do desempenho a ela subsequente, a atribuio da meno qualitativa de Insuficiente. 3 (Revogado.) 4 (Revogado.) Artigo 59.ondices remuneratrios

1 A carreira docente remunerada de acordo com as escalas indicirias constantes do anexo ao presente Estatuto, que dele faz parte integrante. 2 O valor a que corresponde o ndice 100 das escalas indicirias e ndices referidos nos nmeros anteriores fixado por portaria conjunta do Primeiro-Ministro e do membro do Governo responsvel pela rea das finanas. Artigo 61.oClculo da remunerao horria

A remunerao horria normal calculada atravs da frmula (Rb12)/(52n), sendo Rb a remunerao mensal fixada para o respectivo escalo e n o nmero 35, nos termos do n.o 1 do artigo 76.o Artigo 62.oRemunerao por trabalho extraordinrio

1 A qualificao para o exerccio de outras funes ou actividades educativas especializadas por docentes integrados na carreira com nomeao definitiva, nos termos do artigo 36.o da Lei de Bases do

1 As horas de servio docente extraordinrio so compensadas por um acrscimo da retribuio horria normal de acordo com as seguintes percentagens: a) 25 % para a 1.a hora semanal de trabalho extraordinrio diurno;

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 b) 50 % para as horas subsequentes de trabalho extraordinrio diurno. 2 A retribuio do trabalho extraordinrio nocturno calculada atravs da multiplicao do valor da hora extraordinria diurna de servio docente pelo coeficiente 1,25. Artigo 63.oPrmio de desempenho

513Artigo 67.o[. . .]

1........................................ 2........................................ a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g) O exerccio de funes docentes no ensino e ou divulgao da lngua e cultura portuguesas em instituies de ensino superior; h) O exerccio de funes em associaes exclusivamente profissionais de pessoal docente. 3........................................ 4........................................ Artigo 68.o[. . .]

1 O docente do quadro em efectividade de servio docente tem direito a um prmio pecunirio de desempenho, a abonar numa nica prestao, por cada duas avaliaes de desempenho consecutivas com meno qualitativa igual ou superior a Muito bom, de montante a fixar por despacho conjunto dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas e da educao. 2 O prmio de desempenho a que se refere o nmero anterior processado e pago numa nica prestao no final do ano em que se verifique a aquisio deste direito. 3 A concesso do prmio promovida oficiosamente pela respectiva escola ou agrupamento nos 30 dias aps o termo do perodo de atribuio da avaliao. Artigo 64.o[. . .]

............................................ a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) (Revogada.) d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e) (Revogada.) Artigo 69.o[. . .]

1........................................ 2 Constitui ainda uma forma de mobilidade a transio entre nveis ou ciclos de ensino e entre grupos de recrutamento. 3 Por iniciativa da Administrao, pode ocorrer a transferncia do docente para a mesma categoria e em lugar vago do quadro de outro estabelecimento escolar, independentemente de concurso, com fundamento em interesse pblico decorrente do planeamento e organizao da rede escolar, caso em que se aplica, com as devidas adaptaes, o regime de transferncia por ausncia da componente lectiva previsto no Decreto-Lei n.o 20/2006, de 31 de Janeiro. 4 As regras de mobilidade especial aplicveis aos docentes dos quadros sem componente lectiva atribuda so as definidas em diploma prprio. 5 O disposto no presente artigo, com excepo do n.o 3, aplica-se apenas aos docentes com nomeao definitiva em lugar do quadro de agrupamento de escolas, de escola no agrupada ou de zona pedaggica. Artigo 65.o[. . .]

1 Os docentes podem ser requisitados ou destacados por um ano escolar, eventualmente prorrogveis at ao limite de quatro anos escolares, incluindo o 1.o 2........................................ 3 Findo o prazo previsto no n.o 1, o docente: a) Regressa escola de origem, no podendo voltar a ser requisitado ou destacado durante o prazo de quatro anos escolares; b) reconvertido ou reclassificado em diferente carreira e categoria, de acordo com as funes que vinha desempenhando, os requisitos habilitacionais detidos, as necessidades dos servios e o nvel remuneratrio que detenha, aplicando-se com as devidas adaptaes o disposto na lei geral; ou c) Requer a passagem situao de licena sem vencimento de longa durao. 4 Nas situaes da alnea b) do nmero anterior, o docente integrado no servio onde se encontra requisitado ou destacado em lugar vago do respectivo quadro ou mediante a criao de lugar, a extinguir quando vagar. 5 O docente que regresse ao servio aps ter passado pela situao de licena prevista na alnea c) do n.o 3, fica impedido de ser requisitado ou destacado antes de decorrido um perodo mnimo de quatro anos escolares aps o regresso.

O concurso visa o preenchimento das vagas existentes nos quadros de agrupamento, escola no agrupada ou de zona pedaggica, podendo constituir ainda um instrumento de mudana dos docentes de um para outro quadro. Artigo 66.o[. . .]

1 A permuta consiste na troca de docentes pertencentes mesma categoria, nvel e grau de ensino e ao mesmo grupo de recrutamento. 2........................................

514Artigo 70.o[. . .]

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 belecimento de educao ou de ensino pblicos, ao abrigo do disposto no artigo 12.o do Decreto-Lei n.o 184/89, de 2 de Junho, s permitida nas situaes de contratao previstas no artigo 33.o do presente Estatuto. Artigo 76.o[. . .]

A comisso de servio destina-se ao exerccio de funes dirigentes na Administrao Pblica, de funes em gabinetes dos membros do Governo ou equiparados ou ainda de outras funes para as quais a lei exija esta forma de provimento. Artigo 71.o[. . .]

1 A autorizao de destacamento, requisio, comisso de servio e transferncia de docentes concedida por despacho do membro do Governo responsvel pela rea da educao, aps parecer do rgo de direco executiva do estabelecimento de educao ou de ensino a cujo quadro pertencem. 2........................................ 3 Por despacho do membro do Governo responsvel pela rea da educao fixado o perodo durante o qual podem, em cada ano escolar, ser requeridos o destacamento e a requisio de pessoal docente. 4 O destacamento, a requisio, a comisso de servio e a transferncia s produzem efeitos no incio de cada ano escolar. 5 O disposto nos n.os 1 a 4 no aplicvel em caso de nomeao para cargo dirigente, ao exerccio de funes em gabinetes dos membros do Governo, ou a outras funes na Administrao Pblica para as quais a lei exija a mesma forma de provimento, situao em que se aplica a legislao prpria. Artigo 72.oTransio entre nveis de ensino e grupos de recrutamento

1........................................ 2........................................ 3 No horrio de trabalho do docente obrigatoriamente registada a totalidade das horas correspondentes durao da respectiva prestao semanal de trabalho, com excepo da componente no lectiva destinada a trabalho individual e da participao em reunies de natureza pedaggica, convocadas nos termos legais, que decorram de necessidades ocasionais e que no possam ser realizadas nos termos da alnea c) do n.o 3 do artigo 82.o Artigo 77.o[. . .]

1 A componente lectiva do pessoal docente da educao pr-escolar e do 1.o ciclo do ensino bsico de vinte e cinco horas semanais. 2 A componente lectiva do pessoal docente dos restantes ciclos e nveis de ensino, incluindo a educao especial, de vinte e duas horas semanais. Artigo 78.o[. . .]

1 Os docentes podem transitar, por concurso, entre os diversos nveis ou ciclos de ensino previstos neste Estatuto e entre os grupos de recrutamento estabelecidos em legislao prpria. 2 A transio fica condicionada existncia das qualificaes profissionais exigidas para o nvel, ciclo de ensino ou grupo de recrutamento a que o docente concorre. 3 (Revogado.) 4 A mudana de nvel, ciclo ou grupo de recrutamento no implica por si alteraes na situao jurdico-funcional j detida, contando-se, para todos os efeitos, o tempo de servio j prestado na carreira. Artigo 73.o[. . .]

1........................................ 2 A componente lectiva do horrio do docente corresponde ao nmero de horas leccionadas e abrange todo o trabalho com a turma ou grupo de alunos durante o perodo de leccionao da disciplina ou rea curricular no disciplinar. 3 No permitida a distribuio ao docente de mais de seis horas lectivas consecutivas, de acordo com os perodos referidos no n.o 2 do artigo 94.o Artigo 79.o[. . .]

1 A componente lectiva do trabalho semanal a que esto obrigados os docentes dos 2.o e 3.o ciclos do ensino bsico, do ensino secundrio e da educao especial reduzida, at ao limite de oito horas, nos termos seguintes: a) De duas horas logo que os docentes atinjam 50 anos de idade e 15 anos de servio docente; b) De mais duas horas logo que os docentes atinjam 55 anos de idade e 20 anos de servio docente; c) De mais quatro horas logo que os docentes atinjam 60 anos de idade e 25 anos de servio docente. 2 Os docentes da educao pr-escolar e do 1.o ciclo do ensino bsico em regime de monodocncia, que completarem 60 anos de idade, independentemente de outro requisito, podem requerer a reduo de cinco horas da respectiva componente lectiva semanal. 3 Os docentes da educao pr-escolar e do 1.o ciclo do ensino bsico que atinjam 25 e 33 anos

1 O exerccio a tempo inteiro em estabelecimentos de educao ou de ensino pblicos das funes docentes previstas no artigo 33.o do presente Estatuto pode ser assegurado por outros funcionrios pblicos que preencham os requisitos legalmente exigidos para o efeito. 2 As funes docentes referidas no nmero anterior so exercidas em regime de requisio ou outro instrumento de mobilidade geral. Artigo 74.o[. . .]

A acumulao de cargo ou lugar da Administrao Pblica com o exerccio de funes docentes em esta-

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 de servio lectivo efectivo em regime de monodocncia podem ainda requerer a concesso de dispensa total da componente lectiva, pelo perodo de um ano escolar. 4 As redues ou a dispensa total da componente lectiva previstas nos nmeros anteriores apenas produzem efeitos no incio do ano escolar imediato ao da verificao dos requisitos exigidos. 5 A dispensa prevista no n.o 3 pode ser usufruda num dos cinco anos imediatos quele em que se verificar o requisito exigido, ponderada a convenincia do servio. 6 A reduo da componente lectiva do horrio de trabalho a que o docente tenha direito, nos termos dos nmeros anteriores, determina o acrscimo correspondente da componente no lectiva a nvel de estabelecimento de ensino, mantendo-se a obrigatoriedade de prestao pelo docente de trinta e cinco horas de servio semanal. 7 Na situao prevista no n.o 3, a componente no lectiva de estabelecimento limitada a vinte e cinco horas semanais e preenchida preferencialmente pelas actividades previstas nas alneas d), f), g), i), j) e n) do n.o 3 do artigo 82.o Artigo 80.oExerccio de outras funes pedaggicas

515situao de ausncia de curta durao, nos termos do n.o 5; f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . g) A assessoria tcnico-pedaggica de rgos de administrao e gesto da escola ou agrupamento; h) O acompanhamento e apoio aos docentes em perodo probatrio; i) O desempenho de outros cargos de coordenao pedaggica; j) O acompanhamento e a superviso das actividades de enriquecimento e complemento curricular; l) A orientao e o acompanhamento dos alunos nos diferentes espaos escolares; m) O apoio individual a alunos com dificuldades de aprendizagem; n) A produo de materiais pedaggicos. 4 A distribuio de servio docente a que se refere o nmero anterior determinada pelo rgo de direco executiva, ouvido o conselho pedaggico e as estruturas de coordenao intermdias, de forma a: a) Assegurar que as necessidades de acompanhamento pedaggico e disciplinar dos alunos so satisfeitas; b) Permitir a realizao de actividades educativas que se mostrem necessrias plena ocupao dos alunos durante o perodo de permanncia no estabelecimento escolar. 5 Para os efeitos do disposto na alnea e) do n.o 3, considera-se ausncia de curta durao a que no for superior a 5 dias lectivos na educao pr-escolar e no 1.o ciclo do ensino bsico ou a 10 dias lectivos nos 2.o e 3.o ciclos do ensino bsico e no ensino secundrio. 6 O docente incumbido de realizar as actividades referidas na alnea e) do n.o 3 deve ser avisado, pelo menos, no dia anterior ao incio das mesmas. 7 A substituio prevista na alnea e) do n.o 3, tem lugar nos seguintes termos: a) Preferencialmente, mediante permuta da actividade lectiva programada entre os docentes da mesma turma ou entre docentes legalmente habilitados para a leccionao da disciplina, no mbito do departamento curricular ou do conselho de docentes; b) Mediante leccionao da aula correspondente por um docente do quadro com formao adequada e componente lectiva incompleta, de acordo com o planeamento dirio elaborado pelo docente titular de turma ou disciplina; c) Atravs da organizao de actividades de enriquecimento e complemento curricular que possibilitem a ocupao educativa dos alunos, quando no for possvel assegurar as actividades curriculares nas condies previstas nas alneas anteriores. Artigo 83.o[. . .]

1 O desempenho de cargos de natureza pedaggica, designadamente de orientao educativa e de superviso pedaggica, d lugar a reduo da componente lectiva. 2 Ao nmero de horas de reduo da componente lectiva a que os docentes tenham direito pelo exerccio de funes pedaggicas so subtradas as horas correspondentes reduo da componente lectiva semanal de que os mesmos beneficiem em funo da sua idade e tempo de servio. 3 A reduo da componente lectiva prevista no n.o 1 fixada por despacho do membro do Governo responsvel pela rea da educao. Artigo 82.o[. . .]

1........................................ 2........................................ 3 O trabalho a nvel do estabelecimento de educao ou de ensino deve ser desenvolvido sob orientao das respectivas estruturas pedaggicas intermdias com o objectivo de contribuir para a realizao do projecto educativo da escola, podendo compreender, em funo da categoria detida, as seguintes actividades: a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . d) A participao, devidamente autorizada, em aces de formao contnua que incidam sobre contedos de natureza cientfico-didctica com ligao matria curricular leccionada, bem como as relacionadas com as necessidades de funcionamento da escola definidas no respectivo projecto educativo ou plano de actividades; e) A substituio de outros docentes do mesmo agrupamento de escolas ou escola no agrupada na

1 Considera-se servio docente extraordinrio aquele que, por determinao do rgo de administrao e gesto do estabelecimento de educao ou de ensino, for prestado alm do nmero de horas das componentes lectiva e no lectiva registadas no horrio semanal de trabalho do docente.

5162 (Revogado.) 3........................................ 4........................................ 5 (Revogado.) 6........................................ 7 No deve ser distribudo servio docente extraordinrio aos docentes que se encontrem ao abrigo do Estatuto de Trabalhador-Estudante e apoio a filhos deficientes, e ainda queles que beneficiem de reduo ou dispensa total da componente lectiva nos termos do artigo 79.o, salvo nas situaes em que tal se manifeste necessrio para completar o horrio semanal do docente em funo da carga horria da disciplina que ministra. Artigo 84.[. . .]o

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 pedaggica ou organizacional, designadamente as de avaliao e planeamento, consta de um plano elaborado pelo rgo de direco executiva do estabelecimento de educao ou de ensino do qual deve ser dado prvio conhecimento aos docentes. 2 Na elaborao do plano referido no nmero anterior deve ser tido em conta que os perodos de interrupo da actividade lectiva podem ainda ser utilizados pelos docentes para a frequncia de aces de formao e para a componente no lectiva de trabalho individual. Artigo 94.o[. . .]

1 Considera-se servio docente nocturno o que estiver fixado no regime geral da funo pblica. 2 Para efeitos de cumprimento da componente lectiva, as horas de servio docente nocturno so bonificadas com o factor 1,5, arredondado por defeito. Artigo 85.o[. . .]

1 Falta a ausncia do docente durante a totalidade ou parte do perodo dirio de presena obrigatria no estabelecimento de educao ou de ensino, no desempenho de actividade das componentes lectiva e no lectiva, ou em local a que deva deslocar-se no exerccio de tais funes. 2 As faltas dadas a tempos registados no horrio individual do docente so referenciadas a: a) Perodos de uma hora, tratando-se de docentes da educao pr-escolar e do 1.o ciclo do ensino bsico; b) Perodos de quarenta e cinco minutos, tratando-se de docentes dos 2.o e 3.o ciclos do ensino bsico e do ensino secundrio. 3 A ausncia do docente totalidade ou a parte do tempo til de uma aula de noventa minutos de durao, em qualquer dos casos, obrigatoriamente registada como falta a dois tempos lectivos. 4 Em casos excepcionais, devidamente fundamentados, e desde que o docente leccione pelos menos um dos tempos, pode o rgo de direco executiva decidir a marcao de falta apenas a um tempo. 5 considerado um dia de falta a ausncia a um nmero de horas igual ao quociente da diviso por cinco do nmero de horas de servio docente que deva ser obrigatoriamente registado no horrio semanal do docente. 6 ainda considerada falta a um dia: a) A ausncia do docente a servio de exames; b) A ausncia do docente a reunies que visem a avaliao sumativa de alunos. 7 A ausncia a outras reunies de natureza pedaggica convocadas nos termos da lei considerada falta do docente a dois tempos lectivos. 8 As faltas por perodos inferiores a um dia so adicionadas no decurso do ano escolar para efeitos do disposto no n.o 5. 9 As faltas a servio de exames, bem como a reunies que visem a avaliao sumativa de alunos, apenas podem ser justificadas por casamento, por maternidade e paternidade, por nascimento, por falecimento de familiar, por doena, por doena prolongada, por acidente em servio, por isolamento profilctico e para cumprimento de obrigaes legais, tal como regulado na lei. 10 A falta ao servio lectivo que dependa de autorizao apenas pode ser permitida quando o docente tenha apresentado direco executiva da escola o plano da aula a que pretende faltar.

Sem prejuzo do disposto no n.o 1 do artigo 79.o, o pessoal docente dos 2.o e 3.o ciclos do ensino bsico e do ensino secundrio pode exercer funes em regime de tempo parcial, nos termos previstos para os demais funcionrios e agentes da Administrao Pblica. Artigo 86.o[. . .]

1........................................ 2........................................ a) Servio os agrupamentos de escolas ou as escolas no agrupadas; b) Dirigente e dirigente mximo o rgo de direco executiva da escola ou do agrupamento de escolas. 3........................................ Artigo 87.o[. . .]

1........................................ 2 O pessoal docente contratado em efectividade de servio data em que termina o ano lectivo e com menos de um ano de docncia tem direito ao gozo de um perodo de frias igual ao produto do nmero inteiro correspondente a dois dias e meio por ms completo de servio prestado at 31 de Agosto pelo coeficiente 0,833, arredondado para a unidade imediatamente superior. 3........................................ Artigo 91.o[. . .]

1 Durante os perodos de interrupo da actividade lectiva, a distribuio do servio docente para cumprimento das necessrias tarefas de natureza

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 Artigo 100.o[. . .]

517d) Prestao de provas de avaliao por trabalhador-estudante abrangido pelo n.o 1 do artigo 101.o; e) Licena sabtica e equiparao a bolseiro; f) Dispensas para formao nos termos do artigo 109.o; g) Exerccio do direito greve; h) Prestao de provas de concurso. Artigo 108.o

1........................................ 2 H ainda lugar a interveno da junta mdica da direco regional de educao nas situaes de licena por gravidez de risco clnico prevista no n.o 3 do artigo 35.o do Cdigo do Trabalho. Artigo 101.o

[. . .]

Condio de trabalhador-estudante

1 trabalhador-estudante para efeitos do presente Estatuto, o docente que frequente instituio de ensino superior tendo em vista a obteno de grau acadmico ou de ps graduao e desde que esta se destine ao seu desenvolvimento profissional na docncia. 2 Aos docentes abrangidos pelo Estatuto do Trabalhador-Estudante pode ser distribudo servio lectivo extraordinrio no incio do ano escolar, sendo obrigatrio o respectivo cumprimento, excepto nos dias em que beneficiem das dispensas ou faltas previstas na legislao sobre trabalhadores-estudantes. 3 Na organizao dos horrios, o rgo competente deve, sempre que possvel, definir um horrio de trabalho que possibilite ao docente a frequncia das aulas dos cursos referidos no n.o 1 e a inerente deslocao para os respectivos estabelecimentos de ensino. Artigo 102.o[. . .]

1 Ao docente nomeado definitivamente em lugar do quadro, com avaliao do desempenho igual ou superior a Bom e, pelo menos, oito anos de tempo de servio ininterrupto no exerccio efectivo de funes docentes, pode ser concedida licena sabtica, pelo perodo de um ano escolar, nas condies a fixar por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao. 2 A licena sabtica corresponde dispensa da actividade docente, destinando-se formao contnua, frequncia de cursos especializados ou realizao de investigao aplicada que sejam incompatveis com a manuteno de desempenho de servio docente. Artigo 109.o[. . .]

1 O docente pode faltar um dia til por ms, por conta do perodo de frias, at ao limite de cinco dias teis por ano. 2 As faltas previstas no presente artigo quando dadas por docente em perodo probatrio apenas podem ser descontadas nas frias do prprio ano. 3 O docente que pretenda faltar ao abrigo do disposto no presente artigo deve solicitar, com a antecedncia mnima de trs dias teis, autorizao escrita ao rgo de direco executiva do respectivo estabelecimento de educao ou de ensino, ou se tal no for comprovadamente possvel, no prprio dia, por participao oral, que deve ser reduzida a escrito no dia em que o docente regresse ao servio. 4 As faltas a tempos lectivos por conta do perodo de frias so computadas nos termos previstos do n.o 5 do artigo 94.o, at ao limite de quatro dias, a partir do qual so consideradas faltas a um dia. Artigo 103.oPrestao efectiva de servio

1 Ao pessoal docente podem ser concedidas dispensas de servio docente para participao em actividades de formao destinadas respectiva actualizao, nas condies a regulamentar por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao, com as especialidades previstas nos nmeros seguintes. 2 As dispensas para formao da iniciativa de servios centrais, regionais ou do agrupamento de escolas ou escola no agrupada a que o docente pertence so concedidas preferencialmente na componente no lectiva do horrio do docente. 3 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, a formao de iniciativa do docente autorizada durante os perodos de interrupo da actividade lectiva. 4 Quando for comprovadamente invivel ou insuficiente a utilizao das interrupes lectivas, a formao a que se refere o nmero anterior pode ser realizada nos perodos destinados ao exerccio da componente no lectiva nas seguintes condies: a) Tratando-se de educadores de infncia; b) Nos restantes casos, at ao limite de dez horas por ano escolar. 5 A dispensa a que se refere o presente artigo no pode exceder, por ano escolar, cinco dias teis seguidos ou oito interpolados. Artigo 110.oEquiparao a bolseiro

Para efeitos de aplicao do disposto no presente Estatuto, consideram-se ausncias equiparadas a prestao efectiva de servio, para alm das consagradas em legislao prpria, ainda as seguintes: a) Assistncia a filhos menores; b) Doena; c) Doena prolongada;

1 A concesso da equiparao a bolseiro ao pessoal docente rege-se pelo disposto nos Decretos-Leis n.os 272/88, de 3 de Agosto, e 282/89, de 23 de Agosto, com as especialidades constantes de portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao.

5182 O perodo mximo pelo qual for concedida a equiparao a bolseiro, incluindo a autorizada a tempo parcial, deduzido em 50 % na reduo de tempo de servio prevista no artigo 54.o 3 A concesso de equiparao a bolseiro no pode anteceder ou suceder licena sabtica sem que decorra um perodo mnimo de dois anos escolares de intervalo. 4 O docente que tiver beneficiado do estatuto de equiparado a bolseiro obrigado a prestar a sua actividade efectiva no Ministrio da Educao pelo nmero de anos correspondente totalidade do perodo de equiparao que lhe tiver sido concedido. 5 O no cumprimento do estabelecido no nmero anterior retira a possibilidade de concesso de nova equiparao e obriga reposio de todos os vencimentos percebidos pelo docente durante o perodo em que beneficiou desta condio. Artigo 111.o[. . .]

Dirio da Repblica, 1.a srie N.o 14 19 de Janeiro de 2007 5 A instaurao do processo disciplinar, nos termos do n.o 1, comunicada imediatamente respectiva delegao regional da Inspeco-Geral da Educao, qual pode ser solicitado o apoio tcnico-jurdico considerado necessrio. 6 Excepcionalmente, pode a entidade que mandar instaurar processo disciplinar solicitar respectiva delegao regional da Inspeco-Geral da Educao, a nomeao do instrutor, com fundamento na manifesta impossibilidade da sua nomeao. 7 (Anterior n.o 4.) 8 (Anterior n.o 5.) Artigo 119.o[. . .]

So aplicveis ao pessoal docente os Estatutos da Aposentao e das Penses de Sobrevivncia dos Funcionrios e Agentes da Administrao Pblica. Artigo 132.o[. . .]

1 Aos docentes integrados na carreira pode ser autorizada a acumulao do exerccio de funes docentes em estabelecimentos de educao ou de ensino com: a) Actividades de carcter ocasional que possam ser consideradas como complemento da actividade docente; b) O exerccio de funes docentes ou de formao em outros estabelecimentos de educao ou de ensino. 2 Consideram-se impossibilitados de acumular outras funes os docentes que se encontrem em qualquer das seguintes situaes: a) Em perodo probatrio; b) Nas situaes a que se refere o n.o 5 do artigo 48.o; c) Em situao de licena sabtica ou de equiparao a bolseiro. 3 O regime de acumulao a que se referem os nmeros anteriores igualmente aplicvel aos docentes em regime de contrato e horrio completo. 4 Por portaria conjunta dos membros do Governo responsveis pelas reas da educao e da Administrao Pblica so fixados os termos e as condies em que permitida a acumulao referida nos nmeros anteriores. Artigo 115.o[. . .]

1 Sem prejuzo do disposto nos n.os 3 e 4, a contagem do tempo de servio do pessoal docente, incluindo o prestado em regime de tempo parcial, considerado para efeitos de antiguidade, obedece s regras gerais aplicveis aos restantes funcionrios e agentes da Administrao Pblica. 2 (Revogado.) 3 A contagem do tempo de servio para efeitos de progresso e acesso na carreira docente obedece ainda ao disposto nos artigos 37.o, 38.o, 39.o, 48.o e 54.o 4 A contagem do tempo de servio do pessoal docente feita por ano escolar. Artigo 133.o[. . .]

1 O ingresso na carreira dos docentes oriundos do ensino particular e cooperativo efectua-se para o escalo da categoria de professor que lhes competiria caso tivessem ingressado nas escolas da rede pblica, desde que verificados os requisitos de tempo de servio nos termos do presente Estatuto. 2 O perodo probatrio realizado no ensino particular e cooperativo vlido para efeitos de provimento definitivo na carreira docente quando realizado mediante acreditao do Ministrio da Educao, nos termos e condies a definir por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao. Artigo 134.oConselho cientfico para avaliao de professores

1........................................ 2........................................ 3 A instaurao de processo disciplinar em consequncia de aces inspectivas da Inspeco-Geral da Educao da competncia do inspector-geral da Educao, com possibilidade de delegao nos termos gerais. 4 A nomeao do instrutor da competncia da entidade que mandar instaurar o processo disci