ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE e alterações

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ESTATUTO DOS FUNCIONRIOS PBLICOS DO MUNICPIO DE PORTO ALEGRE e alteraes: Disposies Preliminares: arts. 1 a 6 e 8 a 10; Do provimento: art. 11; Da Nomeao: arts. 20 e 21; Da Posse: arts. 22 a 26; Da Lotao: art. 27; Do Exerccio: arts. 28 a 34; Do Regime de Trabalho: arts. 35 a 41; Do Estgio Probatrio: arts. 42 a 45; Da Estabilidade: arts. 46 e 47; Da Funo Gratificada: art. 68; Da Substituio: art. 69; Da Vacncia: arts. 70 a 73; Do Tempo de Servio: art. 76; Das Frias: arts. 81 a 88; Das Vantagens do Funcionrio Estudante: arts. 90 a 92; Das Licenas: arts. 141 a 164; Da Disponibilidade: art. 167; Do Direito de Petio: arts. 184 a 190; Dos Deveres: art. 196; Das Proibies: art. 197; Da Responsabilidade: arts. 198 a 202; Das Penas e sua Aplicao: arts. 203 a 215; Da Apurao de Irregularidades: arts. 220 e 221.

TTULO I DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 - Este Estatuto regula o regime jurdico entre o Municpio e os seus funcionrios. Art. 2 - Funcionrio, para os efeitos deste Estatuto , a pessoa legalmente investida em cargo pblico municipal. Art. 3 - Cargos pblicos municipais so criados por Lei, em nmero certo e com denominao prpria, consistindo em conjuntos de atribuies cometidas a funcionrios mediante retribuio pecuniria padronizada. Art. 4 - Os cargos pblicos municipais so de provimento efetivo ou em comisso. Art. 5 - Classe o agrupamento de cargos da mesma profisso ou atividade e do mesmo nvel de dificuldade. Art. 6 - Quadro o conjunto de cargos e funes gratificadas. Art. 8 - So requisitos para ingresso no servio pblico municipal: I - ser brasileiro; II - ter dezoito anos de idade; III - estar quite com as obrigaes militares e eleitorais; IV - ter boa conduta; V - gozar de boa sade fsica e mental; VI - ter atendido as condies prescritas para o cargo. Art. 9 - Preceder o ingresso no servio pblico municipal, a inspeo de sade, realizada por rgo competente do Municpio, exceo dos cargos em comisso que tero trinta (30) dias para realiz-la. Pargrafo nico - A inspeo de sade para ingresso vlida por noventa dias, podendo ser repetida durante este perodo, no caso de candidato julgado temporariamente incapaz. Art. 10 - Alm da inspeo de sade ser realizado exame psicolgico para ingresso, que ter carter informativo. Pargrafo nico - De acordo com a natureza das respectivas atribuies, sero indicados em lei os cargos para os quais ser realizado exame psicolgico para ingresso, em carter seletivo CAPTULO I Do provimento Art. 11 - O provimento dos cargos efetivos dar-se- por:

I. nomeao; II. promoo, transferncia e readaptao, como formas de movimentao de detentor de cargo efetivo; III.reintegrao, reverso e aproveitamento, como formas de retorno ao exerccio de cargo. Pargrafo nico - Para o provimento por nomeao, alm dos requisitos enumerados no artigo 8, deve o candidato ter obtido habilitao em concurso pblico, cujo o prazo de validade no haja expirado. CAPTULO III Da nomeao Art. 20 - Nomeao o ato de investidura em cargo de provimento efetivo ou em comisso, de acordo com a forma indicada em lei. Pargrafo nico - Do ato de nomeao em carter efetivo, constar a expresso para cumprir estgio probatrio, exceto quando se tratar de funcionrio estvel do Municpio. Art. 21 - A nomeao em carter efetivo obedecer ordem de classificao dos candidatos. CAPTULO IV Da posse Art. 22 - Posse a aceitao expressa do cargo pelo nomeado. Art. 23 -So competentes para dar posse: I. o Prefeito, aos titulares de postos de sua imediata confiana; II. o rgo de recursos humanos, nos demais casos. Art. 24 - A posse processar-se- mediante assinatura de termo, podendo ser tomada por procurao. Art. 25 - A autoridade a quem couber dar posse verificar previamente, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitos os pressupostos legais para o provimento. Art. 26 - A posse dar-se- no prazo de at quinze dias contados da data da publicao do ato de nomeao no rgo de divulgao oficial. 1 - O prazo para a posse poder ser prorrogado: a) a pedido, por igual perodo; b) ex-officio, quando ocorrer impossibilidade dos rgos competentes em executar os exames biomtricos e psicotcnicos no prazo previsto. 2 - Se a posse no se der dentro do prazo, a nomeao ser tornada sem efeito. CAPTULO V Da lotao Art. 27 - Lotao, observados os limites numricos fixados, a distribuio dos funcionrios nas Reparties em que devam ter exerccio. 1 - A indicao da repartio atender, sempre que possvel, relao entre as caractersticas demonstradas pelo funcionrio, as atribuies do cargo e as atividades do rgo 2 - Tanto a lotao como a relotao podero ser feitas, a pedido ou ex-officio, no interesse da Administrao. 3 - A lotao, no caso de nomeao em cago em comisso ou de designao para funo gratificada, ser compreendida no prprio ato.

CAPTULO VI Do exerccio Art. 28 - Exerccio o desempenho das atribuies do cargo pelo funcionrio nele provido. Art. 29 - O exerccio ter incio no prazo de at cinco dias contados da data da posse. 1 - Se o empossado no entrar em exerccio dentro do prazo, ser tornado sem efeito o ato de nomeao. 2 - A promoo, a transferncia e a readaptao no interrompem o exerccio. 3 - Nos casos de reintegrao, reverso e aproveitamento, o prazo referido neste artigo ser contado da data da publicao do ato. Art. 30 - O incio do exerccio e as alteraes que nele ocorram sero comunicados ao rgo de recursos humanos, que os registrar. Pargrafo nico - A efetividade do funcionrio ser comunicada mensalmente e por escrito. Art. 31 - O funcionrio que, por prescrio legal ou regulamentar, deva prestar cauo como garantia, no poder entrar em exerccio sem a prvia satisfao dessa exigncia. 1 - A cauo poder ser feita por uma das modalidades seguintes: I. depsito em moeda corrente; II. garantia hipotecria; III. ttulos da dvida pblica da Unio, do Estado ou do Municpio, pelo valor nominal; IV. aplices de seguro de fidelidade funcional, emitidas por instituio legalmente autorizada. 2 - No caso de seguro, as contribuies referentes ao prmio sero descontadas do funcionrio segurado, em folha de pagamento. 3 - No poder ser autorizado o levantamento da cauo antes de tomadas as contas do funcionrio. 4 - O responsvel por alcance ou desvio de material no ficar isento da ao administrao e criminal que couber, ainda que o valor da cauo seja superior ao montante do prejuzo causado. Art. 32 - Dependem da autorizao do Prefeito, os afastamentos de funcionrios, nos seguintes casos: I. colocao disposio; II. estudo ou misso cientfica, cultural ou artstica; III. estudo ou misso especial no interesse do Municpio; IV. exerccio em reparties diferentes daquelas em que estiverem lotados; V. convocao para integrar representao desportiva de carter regional. 1 - Dever constar, expressamente, da autorizao o objeto do afastamento, o prazo de sua durao e, quando for o caso, se ou sem nus para o Municpio. 2 - O funcionrio poder ser posto disposio de outra entidade governamental ou da Administrao Indireta do Municpio, quando o pedido tiver fundamentao e houver pareceres favorveis dos rgos respectivos. 3 - Tambm ser admitida a cedncia de professores municipais a entidades educacionais particulares que, mediante convnio, coloquem disposio do Municpio vagas em seus estabelecimentos, na forma que a Lei dispuser.

4 - Quando houver interesse do Municpio, poder ser admitida cedncia de funcionrios estveis s Sociedades de Economia Mista do Municpio, desde que com nus para o Municpio, assegurando-se desta forma a contagem do tempo de servio pblico. Art. 33 - Nenhum funcionrio poder permanecer afastado do servio pblico municipal por mais de 4 (quatro) anos. 1 - O funcionrio no poder se ausentar novamente seno aps decorrido prazo igual ao do afastamento, contado da data do regresso. 2 - O disposto neste artigo no se aplica nas seguintes hipteses: a) ocorrncia de reciprocidade de cedncia de professores com outra entidade pblica; b) para prestao de servios Justia Eleitoral; c) para o exerccio de postos de confiana na forma do inciso VII, do artigo 76; d) para o desempenho de mandato eletivo nos termos do inciso VII do artigo 76. CAPTULO VII Do regime de trabalho Art. 35 - O Prefeito determinar, quando no discriminado em lei ou regulamento, o horrio de trabalho das reparties. Art. 36 - O horrio normal de trabalho de cada cargo ou funo o estabelecido na legislao especfica. Art. 37 - O funcionrio poder ser convocado para prestar: I. regime especial de trabalho, nos termos da lei, podendo ser: a) de tempo integral, quando sujeitar a maior nmero de horas semanais do que o estabelecido por lei para seu cargo; b) de dedicao exclusiva, quando alm do tempo integral, assim o exijam condies especiais ao desempenho das atribuies do cargo; c) suplementar ou complementar, para integrante do magistrio municipal em atividades vinculadas ao sistema de ensino e para a rea mdica; II. servio extraordinrio; III.servio noturno. Pargrafo nico - Somente podero ser convocados para regime de dedicao exclusiva, os titulares de cargos para cujo provimento seja exigida formao universitria ou habilitao legal equivalente. Art. 38 - Para efeitos desta Lei, consideram-se extraordinrias as horas de trabalho realizadas pelo funcionrio, alm das normais estabelecidas por semana para o respectivo cargo. Pargrafo nico - Considerar-se- ainda extraordinrio o trabalho realizado em horas ou dias em que no houver expediente, quando no compensado por folga, facultada a opo do servidor no limite do art. 40. Art. 39 - O servio extraordinrio, excepcionalmente, poder ser realizado sob a forma de plantes para assegurar o funcionamento do complexo hospitalar mantido pelo Municpio e a vigilncia do patrimnio Municipal - Vetado. Pargrafo nico - O planto extraordinrio visa a substituio do plantonista titular legalmente afastado ou em falta ao servio. Art. 40 - O servio extraordinrio de que tratam os artigos 38 e 39 no poder exceder a vinte e cinco por cento do nmero de horas ou plantes mensais estabelecidos com base na carga horria do cargo.

Pargrafo nico - O limite de que trata este artigo no se aplica na hiptese de necessidade de prestao de servio, caracterizada pela excepcionalidade e emergncia, para atividade de natureza essencial, observado o procedimento previsto no artigo 118 Art. 41 - Considera-se servio noturno o realizado entre s vinte e duas horas de um dia e s cinco horas do dia seguinte. Pargrafo nico - A hora de trabalho noturno ser computada como de cinqenta e dois minutos e trinta segundos. CAPTULO VIII Do estgio probatrio * Art. 42 - Estgio probatrio o perodo de dois anos de exerccio do funcionrio nomeado em carter efetivo, durante o qual apurada a convenincia de sua confirmao no servio pblico municipal, mediante verificao dos seguintes requisitos: I. idoneidade moral; II. disciplina; III.dedicao ao servio; IV.eficincia. Pargrafo nico - Os requisitos estabelecidos neste artigo podero ser desdobrados na forma em que dispuser o regulamento. Art. 43 - O estagirio ser submetido a treinamento e acompanhamento, sob a orientao e controle do rgo de recursos humanos, sempre que julgado necessrio. Art. - 44 - A aferio peridica dos requisitos do estgio probatrio processar-se- no perodo mximo de at vinte meses, servindo o perodo restante para aferio final, nos termos do regulamento. 1 - Verificado, em qualquer fase do estgio, seu resultado totalmente insatisfatrio, ser processada a exonerao do funcionrio. 2 - Sempre que se concluir pela exonerao do estagirio, ser-lhe- aberta vistas do processo pelo prazo de cinco dias teis, para apresentar defesa. 3 - Apresentada defesa, o rgo encarregado da aferio do estgio probatrio providenciar no esclarecimento das alegaes levantadas. 4 - Instrudo, o processo ser encaminhado ao rgo colegiado de pessoal para apreciao. Art. 45 - O funcionrio dever cumprir estgio probatrio no exerccio do cargo para o qual foi nomeado em carter efetivo, salvo quando, antes de complet-lo. Pargrafo nico - For provido, em virtude de concurso pblico, em outro cargo no qual ter continuidade o estgio. CAPTULO IX Da estabilidade Art. 46 - O funcionrio ocupante de cargo de provimento efetivo adquire estabilidade aps dois anos de exerccio. Pargrafo nico - A estabilidade diz respeito ao servio pblico e no ao cargo. Art. 47 - O funcionrio estvel no poder ser demitido seno em virtude de inqurito administrativo, em que se lhe tenha assegurado ampla defesa, ou de sentena judicial condenatria passada em julgado. CAPTULO XVI Da funo gratificada

Art. 68 - A Funo gratificada instituda por lei para atender a encargos de chefia, assessoramento e outros de confiana, sendo privativa de funcionrio pblico detentor de cargo de provimento efetivo, observados os requisitos estabelecidos para o exerccio 1 - Excepcionalmente, para viabilizar a implantao do Sistema nico de Sade, podero ser atribudas funes gratificadas da Secretaria Municipal de Sade a funcionrios pblicos detentores de cargo de provimento efetivo, de outra esfera governamental que estejam cedidos ao municpio. 2 - As funes gratificadas atribudas aos funcionrios de outra esfera governamental, nos termos do pargrafo anterior, no sero incorporveis aos vencimentos ou proventos. 3 - Poder ser atribuda funo gratificada especial pelo desempenho de atribuies de chefia, direo e assessoramento a servidores detentores de cargo de provimento efetivo do Municpio ou de outra esfera governamental, cedidos para o Municpio, com nus para o rgo de origem, com ou sem ressarcimento pelo Municpio. 4 - Poder ser atribuda funo gratificada especial aos ocupantes de postos de confiana lotados no Gabinete de Planejamento Estratgico do Gabinete do Prefeito, pelo desempenho de atribuies de coordenao do modelo de gesto da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, baseados nos processos gerais de planejamento estratgico, gerenciamento e assessoria execuo de programas estratgicos, por meio da articulao com rgos do Executivo Mun (includo pela LC 668/11) CAPTULO XVII Da substituio Art. 69 - Dar-se- a substituio de titular de cargo em comisso ou de funo gratificada durante o seu impedimento legal. 1 - A substituio de que trata este artigo poder ser automtica na forma do regulamento. 2 - O substituto perceber o vencimento ou a gratificao durante o perodo de afastamento do titular. 3 - Para efeitos deste artigo podero ser considerados como de impedimento os trinta dias que se seguirem vacncia do cargo em comisso ou da funo gratificada. CAPTULO XVIII Da vacncia Art. 70 - A vacncia do cargo decorrer de: I. II. exonerao; demisso;

III. promoo; IV. transferncia; V. readaptao;

VI. aposentadoria; VII. excluso por falecimento.

Art. 71 - Dar-se- exonerao: I. a pedido; II. ex-officio quando: a) se tratar de cargo em comisso; b) no forem satisfeitas as condies de estgio probatrio; c) ocorrer posse em outro cargo, ressalvados os casos de cargo em comisso e acumulao permitida em lei. Art. 72 - A abertura de vaga ocorrer na data da publicao da lei que criar o cargo ou do ato que formalizar qualquer das hipteses previstas no artigo 70. Art. 73 - A vacncia da funo gratificada dar-se- por dispensa, a pedido ou ex-officio, ou por destituio. Dos Direitos e Vantagens CAPTULO I Do tempo de servio Art. 74 - A apurao do tempo de servio ser feita em dias. Art. 75 - Sero computados os dias de efetivo exerccio vista dos comprovantes de pagamento. Art. 76 - Ser considerado de efetivo exerccio o afastamento em virtude de: I. II. III. IV. V. VI. frias; casamento, at oito dias; luto por falecimento de cnjuge, ascendentes, descendentes, sogros e irmos, at oito dias; exerccio de outro cargo no Municpio, de provimento em comisso; convocao para o servio militar obrigatrio; jri e outros servios obrigatrios por lei;

VII. exerccio de funo ou cargo de governo ou administrao por nomeao, ou designao do Presidente da Repblica, de Governador de Estado, de Presidente dos poderes Legislativo e Judicirio ou de Prefeito Municipal; VIII. desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal; IX. X. XI. exerccio de presidncia de entidade representativa de todas as classes de cargos que congregue no mnimo cinqenta por cento de funcionrios do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo; misso ou estudo noutros pontos do territrio nacional ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Prefeito e sem prejuzo da retribuio; convocao para representaes esportivas, de carter nacional;

XII.

freqncia a aulas para realizao de provas na forma do artigo 90;

XIII. prestao de provas em concurso pblico; XIV. doao de sangue, mediante comprovao; XV. assistncia a filho excepcional, na forma do artigo 94; XVI. licenas: a) prmio; b) funcionria gestante; c) ao funcionrio e funcionria adotantes, na forma dos arts. 154 e 154-A; por acidente em servio, agresso no provocada no exerccio de suas atribuies ou doena profissional; e) f) para tratamento de sade; nos casos dos incisos I, II e III do art. 151;

g) para concorrer a mandato eletivo federal, estadual ou municipal; h) i) paternidade; ao funcionrio adotante.

XVII. desempenho de mandato eletivo de Presidente, Secretrio-Geral e Tesoureiro-Geral, ou funes correspondentes da entidade superior de representao do conjunto da categoria dos municiprios. XVIII. participao em reunio de avaliao do desempenho escolar dos filhos menores, regularmente matriculados, desde que devidamente atestada pela escola. Pargrafo nico - constitui tempo de servio municipal, para todos os efeitos legais, o anteriormente prestado ao Municpio pelo funcionrio, que tenha ingressado sob a forma de nomeao ou contratao. Das frias Art. 81 - O funcionrio gozar, anualmente, trinta dias de frias. 1 - proibido levar conta de frias qualquer falta ao servio. 2 - Somente depois do primeiro ano de exerccio adquirir o funcionrio direito frias. 3 - Ao funcionrio em estgio probatrio o gozo de frias somente ser concedido aps cada doze meses de efetivo exerccio. 4 - facultado o gozo de frias em dois perodos de quinze dias, desde que no prejudiquem o servio.

5 - O funcionrio que opere direta e continuamente com Raios X e substncia radioativas, prximo s fontes de irradiao, ter direito, quando no efetivo exerccio de suas atribuies, a vinte dias consecutivos de frias por semestre, no acumulveis e intransferveis. 6 - As frias dos integrantes do Magistrio Pblico Municipal, na forma deste artigo, coincidiro com o perodo de frias escolares. Art. 82 - facultado ao funcionrio optar pela converso, em pecnia, de um tero do perodo de frias a que tiver direito, no valor da retribuio que lhe seria devida nos dias correspondentes. Art. 83 - A escala de frias ser organizada anualmente, no ms de novembro, podendo ser alterada de acordo com a convenincia do servio ou do funcionrio. Art. 84 - Ao entrar em gozo de frias, ser antecipado o valor correspondente a um ms de retribuio pecuniria, por exerccio, ao funcionrio que o desejar. 1 - Quando se tratar de funcionrio estvel, a antecipao de que trata este artigo, poder ser descontada em parcelas mensais, at o mximo de dez, iguais e consecutivas. 2 - Caso o funcionrio no tenha liquidado o valor da antecipao anterior ser abatido o saldo devedor anterior. 3 - Se o funcionrio vier a falecer quando j implementado o perodo de um ano que lhe assegura o direito frias, ser paga ao conjugue sobrevivente ou, na falta deste, aos dependentes, a retribuio relativa ao perodo, descontadas eventuais parcelas correspondentes antecipao. Art. 85 - proibida a acumulao de frias, salvo por absoluta necessidade de servio ou motivo justo, at o mximo de dois perodos consecutivos. Art. 86 - O funcionrio que, em um exerccio, gozar licena nos casos do artigo 141, inciso I e II, por perodo superior a cento e oitenta dias consecutivos ou no, ter protelado, por igual perodo, o direito ao gozo de frias no ano seguinte. Pargrafo - O disposto neste artigo no se aplica nos casos de licena decorrente de acidente no servio, agresso no provocada no exerccio de suas atribuies ou molstia profissional. Art. 87 - O funcionrio que tiver gozado mais de trinta dias de licena para tratar de interesses particulares, ou no caso do artigo 141, inciso VIII, somente aps um ano da apresentao far jus frias. Art. 88 - Perder o direito s frias o funcionrio que, no ano antecedente quele em que deveria goz-las, tiver mais de trinta dias de faltas ao servio. CAPTULO III Das vantagens ao funcionrio estudante Art. 90 - assegurado o afastamento do funcionrio efetivo, sem prejuzo de sua retribuio pecuniria, nos seguintes casos: I. durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino superior, 1 e 2 graus; II. durante os dias de provas em exames supletivos e de habilitao a curso superior;

III. para assistir aulas obrigatrias, em nmero de hora at um tero do regime semanal de trabalho estabelecido para o cargo, em curso: a) tcnico ou superior; b) de especializao ou de ps-graduao, desde que relacionado s atribuies do cargo ou funo. 1 - A existncia, no municpio de Porto Alegre, de curso equivalente em horrio diverso do de trabalho, exclui o direito do funcionrio vantagem prevista no inciso III, deste artigo. 2 - O funcionrio, sob pena de ser considerado faltoso ao servio, dever comprovar perante a chefia imediata: I. previamente, a freqncia mnima obrigatria exigida para cada disciplina e respectivo horrio semanal; II. mensalmente, o comparecimento s aulas; III.as datas em que se realizaro as diversas provas e seu comparecimento. 3 - O funcionrio que estiver cumprindo estgio probatrio somente poder fruir a vantagem prevista nos itens I e II deste artigo. Art. 91 - O funcionrio que usufruir das vantagens previstas no artigo anterior fica obrigado a trazer em dia suas obrigaes. Art. 92 - Ao funcionrio estudante que for indicado pelo estabelecimento de ensino em que estiver cursando, ou pela respectiva organizao estudantil para participar de viagem oficial de estudo e intercmbio cultural ou competies esportivas, poder ser concedida autorizao sem prejuzo da retribuio. Das licenas SEO I Disposies Gerais Art. 141 - O funcionrio ter direito licena: I. II. III. IV. V. VI. para tratamento de sade; por motivo de doena em pessoa da famlia; para repouso gestante e purpera; para fins de adoo; para concorrer a cargo pblico eletivo e exerc-lo; para prestao de servio militar obrigatrio;

VII. para tratar de interesses particulares; VIII. para acompanhar cnjuge; IX. em carter especial, como prmio;

X.

paternidade.

Pargrafo nico - Ao funcionrio em comisso s ser concedida licena: II. nos casos dos incisos II e IX. Art. 142 - O funcionrio no poder permanecer em licena por prazo superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos do inciso V do art. 141, quando a licena ter a durao do mandato, e do inciso VIII do mesmo artigo, quando poder ser prorrogada por at igual perodo. SEO II Da licena para tratamento de sade Art. 148 - Ser integralmente assegurada a retribuio pecuniria ao funcionrio licenciado para tratamento de sade, acidentado em servio, vtima de agresso no-provocada no exerccio de suas atribuies ou acometido de molstia profissional. 1 - Para concesso da licena e tratamento do funcionrio, em razo de acidente em servio ou agresso no-provocada no exerccio de suas atribuies, indispensvel a comprovao detalhada da ocorrncia, no prazo de oito dias, mediante processo ex-officio. 2 - Para concesso de licena e tratamento do funcionrio acometido de molstia profissional, o laudo mdico dever estabelecer sua rigorosa caracterizao. SEO III Da licena por motivo de doena em pessoa da famlia Art. 150 - O funcionrio poder obter licena por motivo de doena de cnjuge, da companheira ou companheiro, de ascendente, descendente e colateral consangneo, at o segundo grau, desde que prove ser indispensvel a sua assistncia e esta no possa ser prestada, simultaneamente, com o exerccio do cargo. Pargrafo nico - provar-se- a doena mediante inspeo mdica procedida pelo rgo de biometria. Art. 151 - A licena de que trata o artigo anterior ser concedida: I. com a retribuio pecuniria total at noventa dias; II. com dois teros, quando superior a noventa dias e no ultrapassar a cento e oitenta dias; III.com um tero, quando superior a cento e oitenta dias e no exceder de trezentos e sessenta e cinco dias at o mximo de setecentos e trinta dias; IV.sem retribuio pecuniria, quando exceder de trezentos e sessenta e cinco dias at o mximo de setecentos e trinta dias. SEO IV Da licena para repouso gestantes e purpera e da licena-paternidade (LC 245/91) Art. 152 - funcionria gestante ser concedida mediante inspeo mdica, no perodo perinatal, licena de cento e vinte dias, assegurada a retribuio pecuniria.

2 - A funcionria gestante, quando em servio de natureza braal, ter direito a desempenhar atribuies compatveis com seu estado, a contar d quinto ms de gestao. 3 - Ao funcionrio concedida licena-paternidade por dez dias consecutivos ao nascimento do filho, mediante a apresentao da Certido de Nascimento. 4 - Ocorrendo o falecimento da gestante e a sobrevivncia da criana, a licena-paternidade dilatada por mais trinta dias, deduzidos destes o perodo de licena por luto, mediante apresentao da Certido de bito. Art. 153 - Ser concedida funcionria lactante ou no-lactante, que teve parto prematuro e me adotante um benefcio assistencial pelo prazo de 60 (sessenta) dias, contados do trmino da licenagestante ou da licena-maternidade de que tratam os arts. 152 e 154-A desta Lei Complementar, respectivamente, ficando assegurados os direitos e as vantagens decorrentes de seu cargo, e sem prejuzo de sua retribuio pecuniria. SEO V Da licena para fins de adoo Art. 154 - Ao funcionrio que adotar criana at 08 (oito) anos de idade fica estendida a licenapaternidade, na forma do disposto nos 3 e 4 do art. 152. Art. 154-A - servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoo de criana com idade entre 01 (um) ano e at 08 (oito) anos ser concedida, em carter assistencial, licena pelo perodo complementar licena-maternidade, conforme segue: I. 60 (sessenta) dias, se a criana tiver entre 01 (um) ano e 04 (quatro) anos de idade; II. 90 dias (noventa) dias, se a criana tiver entre 04 (quatro) anos e 08 (oito) anos de idade; 1 - A licena a que se refere este artigo ter incio no dia imediatamente subseqente ao trmino da licena-maternidade assegurada pelo Regime Prprio de Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Municpio de Porto Alegre. 2 - Durante a licena a que se refere este artigo, assegurada servidora a percepo de sua retribuio pecuniria total. SEO VI da licena para concorrer a cargo pblico e exerc-lo Art. 155 - O funcionrio que concorrer a cargo pblico ser licenciado na forma da legislao eleitoral. Art. 156 - Eleito, o funcionrio ser licenciado a partir da posse; se titular de cargo em comisso ou funo gratificada, ser exonerado ou dispensado. SEO VII Da licena para prestao de servio militar obrigatrio Art. 157 - Ser concedida licena, sem vencimento, nos termos da lei federal, ao funcionrio que for convocado para prestar servio militar ou desempenhar outros encargos atinentes segurana nacional. Pargrafo nico - A licena ser concedida vista de documento oficial que prove a incorporao obrigatria ou a matrcula em curso de formao da reserva.

Art. 158 - O funcionrio desincorporado dever reassumir o exerccio do cargo dentro do prazo mximo de trinta dias, sob pena de ser considerado faltoso. Art. 159 - Ao funcionrio oficial da reserva das foras armadas ser tambm concedida licena, nos termos do art. 157 e seu pargrafo nico, durante os estgios previstos pelos regulamentos militares. SEO VIII Da licena para tratar de interesses particulares Art. - 160 - O funcionrio estvel poder obter licena de at dois anos, sem retribuio pecuniria, para tratar de interesses particulares. 1 - A licena poder ser negada, quando o afastamento for inconveniente ao interesse do servio. 2 - O funcionrio dever aguardar em exerccio a concesso da licena, sob pena de incorrer em falta funcional. Art. 161 - O funcionrio poder, a qualquer tempo, reassumir o exerccio do cargo. Art. 162 - No ser concedida nova licena antes de decorridos dois anos, a contar da data de reassuno do cargo. SEO XI Da licena para acompanhar o cnjuge Art. 163 - O funcionrio estvel ter direito licena, sem retribuio pecuniria, para acompanhar o cnjuge quando este for transferido independentemente de solicitao prpria para fora da Regio Metropolitana de Porto Alegre. Pargrafo nico - A licena somente ser concedida mediante pedido devidamente instrudo e vigorar at o limite mximo estabelecido no art. 142. (24 meses) SEO X Da licena-prmio Art. 164 - Por qinqnio de efetivo exerccio, o funcionrio ter direito concesso automtica de trs meses de licena-prmio Pargrafo nico - Considerado o perodo aquisitivo, o qinqnio ser apurado, computando-se, ano a ano o efetivo tempo de servio, excludo o perodo anual em que o funcionrio tiver registrado falta ou sofrido punio. Da disponibilidade Art. 167 - O funcionrio estvel ser colocado em disponibilidade quando o cargo de que era titular houver sido declarado extinto por lei e enquanto ocorrer o seu obrigatrio aproveitamento. 1 - O provento na disponibilidade ser proporcional ao tempo de servio. 2 - A disponibilidade no exclui a possibilidade de nomeao para cargo em comisso, com direito de opo remuneratria.

3 - Enquanto no vagar cargo, nas condies previstas para aproveitamento de funcionrio em disponibilidade, nem se verificar qualquer das hipteses a que alude o pargrafo anterior, poder a autoridade competente atribuir-lhe funes compatveis com o cargo que ocupava. 4 - Na hiptese prevista no pargrafo anterior ser assegurado ao funcionrio provento correspondente ao cargo de que era detentor. 5 - O funcionrio em disponibilidade poder ser aposentado na hipteses do Art. 168. Do direito de petio Art. 184 - assegurado ao funcionrio o direito de requerer, pedir reconsiderao, recorrer e de representar. Pargrafo nico - As peties, salvo determinao expressa em lei ou regulamento sero dirigidas ao prefeito municipal e tero despacho final no prazo mximo de quarenta (40) dias. Art. 185 - O pedido de reconsiderao dever conter novos argumentos ou provas suscetveis de reformar o despacho, a deciso ou o ato. Pargrafo nico - O pedido de reconsiderao, que no poder ser renovado, ser submetido autoridade que houver prolatado o despacho, proferido a deciso ou praticado o ato. Art. 186 - Caber recurso ao Prefeito, como ltima instncia administrativa, sendo indelegvel sua deciso. 1 - Ter carter de recurso o pedido de reconsiderao quando o prolator do despacho, deciso ou ato houver sido o Prefeito. 2 - A deciso sobre qualquer recurso ser precedida de parecer do rgo colegiado competente. Art. 187 - O pedido de reconsiderao e o recurso no tero efeito suspensivo e, se providos, seus efeitos retroagiro data do ato impugnado. Art. 188 - O direito de reclamao administrativa prescreve em um ano a contar do ato ou fato do qual se originar. 1 - O prazo prescricional ter incio na data da publicao do ato impugnado ou quando este for de natureza reservada, naquela em que tiver cincia o interessado. 2 - O pedido de reconsiderao e o recurso interrompem a prescrio administrativa. Art. 189 - A representao ser dirigida ao chefe imediato do funcionrio que, se a soluo no for de sua alada, a encaminhar a quem de direito. 1 - Se no for dado andamento representao, dentro do prazo de cinco dias, poder o funcionrio dirigi-la direta e sucessivamente s chefias superiores. 2 - A representao est isenta do pagamento da taxa de expediente. Art. 190 - assegurado o direito de vistas do processo ao funcionrio ou representante legal. Dos deveres

Art. 196 - So deveres do funcionrio: I. II. III. IV. manter assiduidade; ser pontual; usar de discrio; tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferncias pessoais;

V. desempenhar, pessoalmente com zelo e presteza os encargos que lhe competirem e os trabalhos de que for incumbido , dentro de suas atribuies; VI. ser leal s instituies constitucionais e administrativas a que servir;

VII. observar as normas legais e regulamentares; VIII. representar ou comunicar a seu chefe imediato irregularidades de que tiver conhecimento no rgo em que servir; IX. respeitar seus superiores hierrquicos e acatar suas ordens, exceto quando manifestamente ilegais;

X. observar as normas de segurana e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatrio dos equipamentos de proteo individual (EPI) que lhe forem fornecidos; XI. freqentar cursos legalmente institudos, para seu aperfeioamento e especializao;

XII. providenciar para que esteja em dia no assentamento individual seu endereo residencial e sua declarao de famlia; XIII. manter esprito de cooperao e solidariedade com os colegas de trabalho; XIV. manter coleo atualizada de leis, regulamentos e demais normas ao desempenho de suas atribuies; XV. zelar pela economia e conservao do material que lhe for confiado; XVI. manter apresentao pessoal compatvel com suas atividades funcionais; XVII.sugerir providncias tendentes ao aperfeioamento de servio; XVIII. atender preferencial e prontamente: a) requisies destinadas defesa da Fazenda Municipal; b) pedidos de certides para fins de direito; c) pedidos de informaes da Cmara Municipal; d) diligncias solicitadas para instruo de processo disciplinar; e) deprecados judiciais.

Pargrafo nico - Ser considerado como co-autor o superior hierrquico que, recebendo denncia ou representao a respeito de irregularidades no servio ou de falta cometida por funcionrio, seu subordinado, deixar de tomar as providncias necessrios a sua apurao. CAPTULO III Das proibies Art. 197 - Ao funcionrio proibido: I. referir de modo depreciativo, em informao, parecer ou despacho, s autoridades e a atos da administrao pblica municipal, podendo porm, em trabalho assinado, critic-lo do ponto de vista doutrinrio e da organizao do servio; retirar, modificar ou substituir, sem prvia permisso da autoridade competente, qualquer documento ou objeto existente na repartio; entreter-se durante as horas de trabalho em palestras, leituras ou atividades estranhas ao servio; deixar de comparecer ao servio sem causa justificvel; retirar-se do recinto de trabalho, sem prvia licena do seu superior imediato; ingerir bebidas alcolicas durante o horrio de trabalho ou drogar-se, bem como apresentar-se em estado de embriaguez ao servio; atender pessoas na repartio para tratar de assuntos particulares, em prejuzo de suas atividades; participar de atos de sabotagem contra o servio pblico; entregar-se a atividades poltico-partidrias nas horas e locais de trabalho; desviar ou empregar quaisquer bens do Municpio em atividades particulares ou polticas; exercer, ou permitir que subordinado seu exera, atribuies diferentes das definidas em lei ou regulamento como prprias do cargo ou funo em que legalmente investido; valer-se do cargo ou funo para lograr proveito pessoal, em detrimento da dignidade da funo pblica; celebrar contratos de natureza comercial, industrial ou civil de carter oneroso, com o Municpio, por si ou com representante de outrem; exercer comrcio ou participar de sociedades comerciais, exceto como acionista, quotista ou comanditrio; exercer funes de direo de empresa industrial o comercial, salvo quando se tratar de funes de confiana de empresa que participe o Municpio, caso em que o funcionrio ser considerado como exercendo cargo em comisso; exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou funo em empresa, estabelecimento ou instituio que tenha relaes industriais ou comerciais com o Municpio em matria que se relacione com a finalidade da repartio em que esteja lotado;

II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. XII. XIII. XIV. XV.

XVI.

XVII. praticar usura;

XVIII. aceitar representao de Estado estrangeiro; XIX. XX. XXI. XXII. coagir ou aliciar subordinados com objetivos polticos-partidrios; constituir-se procurador de partes ou servir de intermedirio perante qualquer rgo municipal, exceto quando se tratar de parente at o segundo grau ou cnjuge; receber propinas, comisses, presentes e vantagens de qualquer espcie, em razo de suas atribuies; valer-se da condio de funcionrio para desempenhar atividades estranhas s suas funes ou para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito;

XXIII. cometer a pessoas estranhas repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargos que competir a si ou a seus subordinados. XXIV. assediar outrem, com a finalidade de obter vantagem sexual, implicando dano ao ambiente de trabalho, evoluo na carreira profissional ou eficincia do servio. XXV. expor funcionrios subordinados a situaes humilhantes, constrangedoras, desumanas, prolongadas e repetitivas no exerccio de suas atribuies, durante a jornada de trabalho, implicando danos evoluo na carreira profissional, eficincia do servio ou ao ambiente de trabalho. 1 - No est compreendido na proibio dos itens XIV, XV e XVI deste artigo, a participao de funcionrio na presidncia de associaes, na direo ou gerncia de cooperativas e entidades de classe, ou como scio. 2 - Quando o funcionrio violar o disposto no inciso VI por comprovado motivo de dependncia, obrigatoriamente dever se encaminhado a tratamento especializado.(bebidas e drogas) 3 - Consultado o rgo de recursos humanos, facultada ao funcionrio vtima de assdio sexual a mudana de local de trabalho, sem prejuzo de sua retribuio pecuniria, at a concluso do respectivo processo disciplinar. CAPTULO IV Da responsabilidade Art. 198 - Pelo exerccio irregular de suas atribuies, o funcionrio responde civil, penal e administrativamente. Art. 199 - A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que importe em prejuzo da Fazenda Municipal ou de terceiros. 1 - O ressarcimento de prejuzo causado Fazenda Municipal, no que exceder os limites de cauo e na falta de outros bens que respondam pela indenizao, ser liquidado mediante desconto em prestaes mensais no-excedentes da dcima parte da retribuio pecuniria. 2 - Tratando-se de dano causado a terceiros, responder o funcionrio perante a Fazenda Municipal, atravs de composio amigvel ou, se esta no for possvel, atravs de ao regressiva pelo competente rgo jurdico do Municpio. 3 - A no-observncia, por ao ou omisso, do disposto no pargrafo anterior, apurada em processo regular, constitui falta de exao no cumprimento do dever.

Art. 200 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputadas ao funcionrio nesta qualidade. Art. 201 - A responsabilidade administrativa resulta de atos ou omisses praticados no desempenho de cargo ou funo. Art. 202 - As cominaes civis, penais e disciplinares podero cumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, assim como as instncias civil, penal e administrativa. CAPTULO V Das penas e sua aplicao Art. 203 - So penas disciplinares: I. repreenso; II. suspenso ou multa; III.destituio de funo gratificada; IV.demisso; V. cassao de disponibilidade; VI.cassao de aposentadoria. 1 - Na aplicao das penas disciplinares sero consideradas a natureza e a gravidade da infrao e os danos delas resultantes para o servio pblico. 2 - primeira infrao, de acordo com a natureza e gravidade, poder ser aplicada qualquer das penas indicadas neste artigo. 3 - Quando se tratar de falta funcional que, por sua natureza e reduzida gravidade, no demande a aplicao das penas previstas neste artigo, ser o funcionrio advertido particular e verbalmente. Art. - 204 - A repreenso ser aplicada por escrito na falta de cumprimento do dever funcional ou quando ocorrer procedimento pblico inconveniente. Art. 205 - A suspenso que no poder exceder de noventa dias consecutivos, implicar a perda de todas as vantagens e direitos decorrentes do exerccio do cargo e aplicar-se- ao funcionrio: I. II. III. IV. V. VI. quando a infrao for intencional ou se revestir de gravidade; na violao das proibies consignadas neste Estatuto; nos casos de reincidncia em infrao j punida com repreenso; como graduao de penalidade mais grave, tendo em vista circunstncia atenuante; que atestar falsamente a prestao de servio, bem como propuser ou receber a retribuio correspondente a trabalho no-realizado; que se recusar, sem justo motivo, prestao de servio extraordinrio;

VII. responsvel pelo retardamento de processo sumrio; VIII. que deixar de atender notificao para prestar depoimento em processo disciplinar. 1 - A suspenso no ser aplicada enquanto o funcionrio estiver em licena por qualquer dos motivos constantes no art. 141. 2 - Quando houver convenincia para o servio, a suspenso poder ser convertida em multa, na base de cinqenta por cento por dia de retribuio pecuniria. 3 - Os efeitos da converso da suspenso em multa no sero alterados mesmo que ao funcionrio seja assegurado afastamento legal remunerado durante o perodo. 4 - A multa no acarretar prejuzo na contagem de tempo de servio, a no ser para efeito de concesso de avano e licena-prmio. Art. 206 - A destituio de funo gratificada dar-se-: I. quando se verificar falta de exao no seu desempenho; II. quando o funcionrio contribuir para que, no devido tempo, no se apure irregularidades no servio. III.quando o funcionrio transgredir a disposio prevista no inciso XXV do art. 197. Pargrafo nico - O detentor de cargo em comisso, enquadrado nas disposies deste artigo, ser demitido sem perda do cargo efetivo de que seja titular. Art. 207 - O funcionrio ser punvel com demisso nas hipteses de: I. II. III. IV. V. VI. indisciplina ou insubordinao graves ou reiteradas; ofensa fsica contra qualquer pessoa, cometida em servio, salvo em legtima defesa; abandono do cargo , caracterizado pelo no comparecimento ao servio por mais de trinta dias consecutivos; ausncias excessivas ao servio, em nmero superior a sessenta (60) dias teis, interpoladas durante um (1) ano; transgresso de qualquer das disposies constantes dos incisos XVII a XXIV do art. 197, considerada sua gravidade, efeito ou reincidncia; falta de exao no desempenho das atribuies, de tal gravidade, que resulte em leses pessoais ou danos de monta;

VII. incontinncia pblica e escandalosa e prtica de vcios de jogos proibidos; VIII. acumulao proibida na forma da Lei; IX. X. XI. aplicao indevida de dinheiro pblico; reincidncia na transgresso prevista no inc. XXV do art. 197 e no inc. V do art. 205; ( 5 anos) leso dos cofres pblicos ou dilapidao do patrimnio municipal;

XII. revelao de fato ou informao de natureza sigilosa de que tenha cincia em razo de cargo ou funo, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo disciplinar; XIII. corrupo passiva nos termos da lei penal; XIV. prtica de outros crimes contra a administrao pblica. Pargrafo nico - A demisso ser aplicada ao funcionrio que condenado, por deciso judicial transitada em julgado, incorrer na perda da funo pblica na forma da Lei Penal. Art. 207-A - Verifica-se a reincidncia prevista na primeira parte do inciso X do art. 207 quando o funcionrio pratica nova conduta no perodo de at 05 (cinco) anos a partir do dia em que tornar irrevogvel a deciso administrativa que o tiver condenado pela prtica da conduta descrita no inciso XXV do art. 197. Art. 208 - Atendendo gravidade da falta, a demisso poder ser aplicada com a nota a bem do servio pblico, a qual constar sempre do ato de demisso fundamentado nos incisos X e XIII do artigo anterior, e no seu inciso XIV quando cominada na lei penal for a de recluso. Art. 209 - Aplicar-se- a cassao de disponibilidade quando ficar provado que o funcionrio: I. praticou, quando em atividade, qualquer infrao punvel com demisso; II. aceitou cargo ou funo pblica contra expressa disposio de lei; III.aceitou representao de Estado estrangeiro sem autorizao legal; IV.foi condenado por crime que importaria em demisso se estivesse em atividade; V. celebrou contrato de natureza comercial, industrial ou civil de carter oneroso com a administrao municipal por si ou como representante de outrem; VI.exerce advocacia administrativa; VII.pratica usura. Art. 210 - Dar-se- cassao da aposentadoria quando ficar provado que o aposentado transgrediu o disposto nos incisos I a III do artigo anterior. Art. 211 - Do ato de demisso constar sempre o dispositivo legal em que se fundamentar. Art. 212 - Uma vez submetido a inqurito administrativo, o funcionrio s poder ser exonerado, a pedido, depois da concluso do processo, reconhecida sua inocncia. Pargrafo nico - Excetua-se do disposto neste artigo o funcionrio estvel processado por abandono de cargos ou ausncias excessivas ao servio. Art. 213 - A aplicao das penalidades prescrever em: I. um ano, se a de repreenso; II. dois anos, se a de suspenso ou multa;

III.trs anos, se as de destituio de funo ou demisso por abandono de cargo ou faltas excessivas ao servio; IV.quatro anos, se as de cassao de aposentadoria ou disponibilidade e demisso nos demais casos. 1 - O prazo de prescrio contar-se- da data do conhecimento do ato ou fato por superior hierrquico. 2 - No caso de inqurito administrativo, a prescrio interrompe-se na data da instaurao. 3 - O prazo de prescrio ser suspenso quando ocorrer a hiptese do 1 do art. 205. 4 - Se a infrao disciplinar for tambm prevista como crime na lei penal, por esta regular-se- a prescrio sempre que os prazos forem superiores aos estabelecidos neste artigo. Art. 214 - Para aplicao de penas disciplinares so competentes: I. II. o Prefeito, em qualquer caso; os Secretrios Municipais, Diretores-Gerais de Autarquias e os titulares de; rgos diretamente subordinados ao Prefeito, at a de suspenso ou multa limitada ao mximo de trinta dias;

III. os titulares de rgos diretamente subordinados aos Secretrios Municipais e Diretores-Gerais de Autarquias, at a de suspenso por dez dias; IV. os titulares de rgos em nvel de Diviso e Coordenao, at a de suspenso por cinco dias; V. as demais chefias, no caso de repreenso. Art. 215 - Toda pena imposta ao funcionrio, das previstas no art. 203, bem como o resultado, em qualquer hiptese, de inqurito administrativo em que for indicado, dever constar do assentamento individual. Pargrafo nico - Para os efeitos do disposto neste artigo, toda penalidade aplicada dever, imediatamente ser comunicada ao rgo de Recursos Humanos. DO PROCESSO DISCIPLINAR CAPTULO I Da apurao de irregularidades Art. 220 - A autoridade que tiver cincia de irregularidades no servio municipal ou de falta funcional obrigada a promover de imediato a sua apurao, sob pena de se tornar co-responsvel. Art. 221 - As irregularidades e faltas funcionais sero apuradas por meio de: I. sindicncia, quando: a) no houver dados suficientes para sua determinao ou para apontar o funcionrio faltoso; b) sendo determinado o indiciado, no for a falta confessada, documentalmente provada ou manifestamente evidente; II. inqurito administrativo, quando:

a) a gravidade da ao ou omisso torne o autor passvel de pena das previstas nos incisos III a VI do art. 203; b) na sindicncia ficar comprovada a ocorrncia de irregularidade ou falta funcional grave, ainda que sem indicao da autoria.