Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de São Marcos

Embed Size (px)

Citation preview

REGIME JURDICO DOS SERVIDORES PBLICOS MUNICIPAIS De

SO MARCOS/RS

LEI N 1.589/2001De 24 de outubro de 2001

A t erada pel as Lei s M ci pai s: l uni Lei M ci pal n 1. 655, de 24. 09. 2002 uni Lei M ci pal n 1. 730, de 09. 12. 2003 uni Lei C pl em ar n 18, de 10. 07. 2009 om ent Lei C pl em ar n 20, de 01. 09. 2009 om ent

NDICE SISTEMTICO

Matria Ttulo I Ttulo II Captulo I Seo I Seo II Seo III Seo IV Seo V Seo VI

artigos

- Disposies preliminares ............................................................. 1 a 6 - Do provimento e da vacncia - Do provimento - Disposies gerais ..................................................................... - Do concurso pblico ................................................................... - Da nomeao ............................................................................ - Da posse e do exerccio ......................................................... - Da estabilidade ......................................................................... - Da reconduo ......................................................................... 7 e 8 9 a 11 12 e 13 14 a 19 20 a 22 23 24 25 a 28 29 30 a 33 34

Seo VII - Da readaptao ....................................................................... Seo VIII - Da reverso ............................................................................. Seo IX Seo X Seo XI - Da reintegrao ....................................................................... - Da disponibilidade e do aproveitamento .................................. - Da promoo ...........................................................................

Captulo II Ttulo III Captulo I Captulo II Captulo III Ttulo IV Captulo I Captulo II Captulo III Ttulo V Captulo I Captulo II Seo I

- Da vacncia ............................................................................. - Das mutaes funcionais

35 a 38

- Da substituio .............................................................................. - Da remoo ................................................................................... - Do exerccio de funo de confiana ............................................ - Do regime de trabalho - Do horrio e do ponto ................................................................... - Do servio extraordinrio ............................................................. - Do repouso semanal ..................................................................... - Dos direitos e das vantagens - Do vencimento e da remunerao ................................................ - Das vantagens .............................................................................. - Das indenizaes ....................................................................... 74

39 e 40 41 a 43 44 a 52

53 a 56 57 a 59 60 a 62

63 a 71 72 e 73

2

Subseo I Subseo II

- Das dirias ....................................................................... 75 a 77 - Da ajuda de custo ............................................................ 78 e 79

Subseo III - Do transporte .................................................................... 80 Seo II - Das gratificaes e adicionais ..................................................... Subseo I Subseo II 81

- Da gratificao natalina .................................................... 82 a 85 - Do adicional por tempo de servio ................................... 86

Subseo III - Dos adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade ......................................................................... Subseo IV 87 a 91

- Do adicional noturno ........................................................ 92 93

Seo III - Do auxlio para diferena de caixa ............................................ Captulo III - Das frias Seo I - Do direito a frias e da sua durao...........................................

94 a 98 99 a 101 102

Seo II - Da concesso e do gozo das frias ........................................... Seo III - Da remunerao das frias ........................................................

Seo IV - Dos efeitos na exonerao, no falecimento e na aposentadoria . 103 Captulo IV - Das licenas Seo I - Disposies gerais .................................................................... 104 105 106 107 108 109 110 e 111 112 a 117 118 a 124

Seo II - Da licena para servio militar .................................................. Seo III Seo IV Seo V Captulo V Captulo VI Captulo VII - Da licena para concorrer a cargo eletivo ................................ - Da licena para tratar de interesses particulares ..................... - Da licena para desempenho de mandato classista ............... - Do afastamento para servir a outro rgo ou entidade ............ - Das concesses ....................................................................... - Do tempo de servio ................................................................

Captulo VIII - Do direito de petio ................................................................ Ttulo VI Captulo I Captulo II - Do regime disciplinar - Dos deveres .............................................................................. - Das proibies ..........................................................................

125 126 e 127 128 129 a 134

Captulo III - Da acumulao ......................................................................... Captulo IV - Das responsabilidades .............................................................

3

Captulo V

- Das penalidades .......................................................................

135 a 152

Captulo VI - Do processo disciplinar em geral Seo I - Disposies preliminares ......................................................... Seo II - Da suspenso preventiva ......................................................... Seo III - Da sindicncia ............................................................................ Seo IV - Do processo administrativo disciplinar ....................................... Seo V - Da reviso do processo ............................................................. Ttulo VII Captulo I - Da seguridade social do servidor - Disposies gerais ...................................................................... 187 a 189 153 e 154 155 e 156 157 a 159 160 a 181 182 a 186

Captulo II - Dos benefcios Seo I Seo II - Da aposentadoria .................................................................... - Do salrio-famlia ..................................................................... 190 a 198 199 a 201 202 a 206 207 a 209 210 a 213 214 a 222 223 e 224 225 a 227 228 a 232

Seo III - Da licena para tratamento de sade ...................................... Seo IV - Da licena gestante e adotante........................................ Seo V - Do prazo e documentao da licena por adoo.....................

Seo VI - Da penso por morte ............................................................... Seo VII - Do auxlio-recluso ................................................................. Captulo III Ttulo VIII Ttulo IX - Do custeio ..............................................................................

- Da contratao temporria de excepcional interesse pblico ....... - Das disposies gerais, transitrias e finais

Captulo I - Disposies gerais ...................................................................... Captulo II - Disposies transitrias e finais ..................................................

233 a 236 237 a 245

4

LEI MUNICIPAL N 1.589 de 24 de outubro de 2001

Dispe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos do Municpio de So Marcos e d outras providncias.

O PREFEITO MUNICIPAL DE SO MARCOS/RS, Fao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TTULO I DISPOSIES PRELIMINARES

Art. 1 - Esta Lei institui o regime jurdico dos servidores pblicos do Municpio de So Marcos/RS Art. 2 - Para os efeitos desta Lei, servidor pblico a pessoa legalmente investida em cargo pblico. Art. 3 - Cargo pblico o criado em lei, em nmero certo, com denominao prpria, remunerado pelos cofres municipais, ao qual corresponde um conjunto de atribuies e responsabilidades cometidas a servidor pblico. Pargrafo nico - Os cargos pblicos sero de provimento efetivo ou em comisso. Art. 4 - A investidura em cargo pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao. 1 - A investidura em cargo do magistrio municipal ser por concurso de provas e ttulos. 2 - Somente podero ser criados cargos de provimento em comisso para atender encargos de direo, chefia ou assessoramento, e seu provimento, nos casos, condies e percentuais mnimos, ser destinado aos servidores de carreira. Art. 5 - Funo gratificada a instituda por lei para atender a encargos de direo, chefia ou assessoramento, sendo privativa de detentor de cargo

5

de provimento efetivo, observados os requisitos para o exerccio. Art. 6 - vedado cometer ao servidor atribuies diversas das de seu cargo, exceto encargos de direo, chefia ou assessoramento e comisses legais.

TTULO II DO PROVIMENTO E DA VACNCIA CAPTULO I DO PROVIMENTO SEO I Disposies Gerais

Art. 7 - So requisitos bsicos para ingresso no servio pblico municipal: I - ser brasileiro ou estrangeiro preenchidos os requisitos estabelecidos em lei; II - ter idade mnima de dezoito anos; III - estar quite com as obrigaes militares e eleitorais; IV - gozar de boa sade fsica e mental, comprovada mediante exame mdico; V - ter atendido a outras condies prescritas em lei.

Art. 8 - Os cargos pblicos sero providos por: I - nomeao; II - reconduo; III - readaptao; IV - reverso; V - reintegrao; VI - aproveitamento.

6

SEO II Do concurso pblico

Art. 9 - As normas gerais para realizao de concurso sero estabelecidas em regulamento. Pargrafo nico - Alm das normas gerais, os concursos sero regidos por instrues especiais, constantes no edital, que devero ser expedidas pelo rgo competente, com ampla publicidade. Art. 10 - Os limites de idade para inscrio em concurso pblico sero fixados em lei, de acordo com a natureza e a complexidade de cada cargo. Pargrafo nico - O candidato dever comprovar que, na data de encerramento das inscries, atingiu a idade mnima e no ultrapassou a idade mxima fixada para o recrutamento, bem como preencheu todos os requisitos constantes na lei e no edital. Art. 11 - O prazo de validade do concurso ser de at dois anos, prorrogvel, uma vez, por igual prazo.

SEO III Da nomeao

Art. 12 - A nomeao o ato de investidura em cargo pblico e ser feita: I - em comisso, quando se tratar de cargo que, em virtude de lei, assim deva ser provido; II - em carter efetivo, nos demais casos. Art. 13 - A nomeao em carter efetivo obedecer ordem de classificao obtida pelos candidatos no concurso pblico.

SEO IV Da posse e do exerccio Art. 14 - Posse a aceitao expressa das atribui-

7

es, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo pblico, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura de termo pela autoridade competente e pelo nomeado. 1 - A posse dar-se- no prazo de at dez dias contados da data de publicao do ato de nomeao, podendo, a pedido, ser prorrogado por igual perodo. 2 - No ato da posse o nomeado apresentar, obrigatoriamente, declarao sobre o exerccio de outro cargo, emprego ou funo pblica e, nos casos que a lei indicar, declarao de bens e valores que constituam seu patrimnio. Art. 15 - Exerccio o desempenho das atribuies do cargo pelo servidor. 1 - de cinco dias o prazo para o servidor entrar em exerccio, contados da data da posse. 2 - Ser tornado sem efeito o ato de nomeao, se no ocorrer a posse ou o exerccio, nos prazos legais. 3 - O exerccio deve ser dado pelo chefe da repartio para a qual o servidor for designado. Art. 16 - Nos casos de reintegrao, reverso e aproveitamento, o prazo de que trata o 1 do artigo anterior ser contado da data da publicao do ato. Art. 17 - A promoo, a readaptao e a reconduo, no interrompem o exerccio. Art. 18 - O incio, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento individual do servidor. Pargrafo nico - Ao entrar em exerccio o nomeado apresentar, ao rgo de pessoal, os elementos necessrios ao assentamento individual. Art. 19 - O nomeado que, por prescrio legal, deva prestar cauo como garantia, no poder entrar em exerccio sem prvia satisfao dessa exigncia. 1 - A cauo poder ser feita por uma das modalidades seguintes: I - depsito em moeda corrente; II - garantia hipotecria; III - ttulo de dvida pblica; IV - seguro fidelidade funcional, emitido por instituio

8

legalmente autorizada.

2 - No caso de seguro, as contribuies referentes ao prmio sero descontadas do servidor segurado, em folha de pagamento. 3 - No poder ser autorizado o levantamento da cauo antes de tomadas as contas do servidor. 4 - O responsvel por alcance ou desvio de material no ficar isento da ao administrativa, cvel e criminal, ainda que o valor da cauo seja superior ao montante do prejuzo causado.

SEO V Da estabilidade

Art. 20 - O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico adquire estabilidade aps trs (03) anos de efetivo exerccio. Pargrafo nico - O servidor estvel s perder o cargo: I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Art. 21 - Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual a sua aptido, capacidade e desempenho sero objeto de avaliao por Comisso Especial designada para esse fim, com vista aquisio da estabilidade, observados os seguintes quesitos: I - assiduidade; II - pontualidade; III - disciplina;

9

IV - eficincia; V - responsabilidade; VI - relacionamento. 1 - condio para a aquisio da estabilidade a avaliao do desempenho no estgio probatrio nos termos deste artigo. 2 - A avaliao ser realizada por trimestre e a cada uma corresponder um competente boletim, observado o disposto no Decreto n 2.239/98 de 10.11.1998, sendo que cada servidor ser avaliado no efetivo exerccio do cargo para o qual foi nomeado. 3 - Somente os afastamentos decorrentes do gozo de frias legais no prejudicam a avaliao do trimestre. 4 - Quando os afastamentos, no perodo considerado, forem superiores a trinta dias, a avaliao do estgio probatrio ficar suspensa at o retorno do servidor ao exerccio de suas atribuies, retomando-se a contagem do tempo anterior para efeito do trimestre. 5 - Trs meses antes de findo o perodo de estgio probatrio, a avaliao do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou regulamento, ser submetida homologao da autoridade competente, sem prejuzo da continuidade de apurao dos quesitos enumerados nos incisos I a VI do caput deste artigo. 6 - Em todo o processo de avaliao, o servidor dever ter vista de cada boletim de estgio, podendo se manifestar sobre os itens avaliados pela(s) respectiva(s) chefia(s), devendo apor sua assinatura. 7 - O servidor que no preencher alguns dos requisitos do estgio probatrio dever receber orientao adequada para que possa corrigir as deficincias. 8 - Verificado, em qualquer fase do estgio, resultado insatisfatrio por trs avaliaes consecutivas, ser processada a exonerao do servidor. 9 - Sempre que se concluir pela exonerao do estagirio, ser-lhe- assegurada vista do processo, pelo prazo de cinco dias teis, para apresentar defesa e indicar as provas que pretenda produzir. 10 - A defesa, quando apresentada, ser apreciada em relatrio conclusivo, por comisso especialmente designada pelo Prefeito, podendo, tambm, serem determinadas diligncias e ouvidas testemunhas. 11 - O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado e reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, se era estvel, observados os

10

dispositivos pertinentes. 12 - O estagirio, quando convocado, dever participar de todo e qualquer curso especfico referente s atividades de seu cargo.

Art. 22 - Nos casos de cometimento de falta disciplinar, inclusive durante o primeiro e o ltimo trimestre, o estagirio ter a sua responsabilidade apurada atravs de sindicncia ou processo administrativo disciplinar, observadas as normas estatutrias, independente da continuidade da apurao do estgio probatrio pela Comisso Especial.

SEO VI Da reconduo

Art. 23 - Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado. 1 - A reconduo decorrer de: a) falta de capacidade e eficincia no exerccio de outro cargo de provimento efetivo ou b) reintegrao do anterior ocupante. 2 - A hiptese de reconduo de que trata a alnea a do pargrafo anterior, ser apurada nos termos dos pargrafos do art. 21 e somente poder ocorrer no prazo do estgio probatrio em outro cargo. 3 - Inexistindo vaga, sero cometidas ao servidor as atribuies do cargo de origem, assegurados os direitos e vantagens decorrentes, at o regular provimento.

SEO VII Da readaptao

Art. 24 - Readaptao a investidura do servidor efetivo em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental, verificada em inspeo mdica. 1 - A readaptao ser efetivada em cargo de igual

11

padro de vencimento ou inferior. 2 - Realizando-se a readaptao em cargo de padro inferior, ficar assegurado ao servidor vencimento correspondente ao cargo que ocupava. 3 - Inexistindo vaga, sero cometidas ao servidor as atribuies do cargo indicado, at o regular provimento.

SEO VIII Da reverso

Art. 25 - Reverso o retorno do servidor aposentado por invalidez atividade no servio pblico municipal, verificado, em processo, que no subsistem os motivos determinantes da aposentadoria. 1 - A reverso far-se- a pedido ou de ofcio, condicionada sempre existncia de vaga. 2 - Em nenhum caso poder efetuar-se a reverso sem que, mediante inspeo mdica, fique provada a capacidade para o exerccio do cargo. 3 - Somente poder ocorrer reverso para cargo anteriormente ocupado ou, se transformado, no resultante da transformao. Art. 26 - Ser tornada sem efeito a reverso e cassada a aposentadoria do servidor que, dentro do prazo legal, no entrar no exerccio do cargo para o qual haja sido revertido, salvo motivo de fora maior, devidamente comprovado. Art. 27 - No poder reverter o servidor que contar setenta anos de idade. Art. 28 - A reverso dar direito contagem do tempo em que o servidor esteve aposentado, exclusivamente para nova aposentadoria.

SEO IX Da reintegrao Art. 29 - Reintegrao a investidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demisso por deciso judicial, com ressarcimento de todas as vantagens determinadas na sentena. Pargrafo nico - Reintegrado o servidor e no existindo vaga, aquele que houver ocupado o cargo ser reconduzido ao cargo de origem, sem direi-

12

to a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

SEO X Da disponibilidade e do aproveitamento Art. 30 - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. Art. 31 - O retorno atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante aproveitamento em cargo equivalente por sua natureza e retribuio quele de que era titular. Pargrafo nico - No aproveitamento ter preferncia o servidor que estiver h mais tempo em disponibilidade e, no caso de empate, o que contar mais tempo de servio pblico municipal. Art. 32 - O aproveitamento de servidor que se encontrar em disponibilidade h mais de doze meses depender de prvia comprovao de sua capacidade fsica e mental, por junta mdica oficial. Pargrafo nico - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade ser aposentado. Art. 33 - Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, contado da publicao do ato de aproveitamento, salvo doena comprovada por inspeo mdica.

SEO XI Da promoo

Art. 34 - As promoes obedecero s regras estabelecidas na lei que dispuser sobre os planos de carreira dos servidores municipais.

CAPTULO II DA VACNCIA

Art. 35 - A vacncia do cargo decorrer de: I - exonerao;

13

II - demisso; III - readaptao; IV - reconduo; V - aposentadoria; VI - falecimento.

Art. 36 - Dar-se- a exonerao: I - a pedido; II - de ofcio quando: a) se tratar de cargo em comisso; b) de servidor no estvel nas hipteses do art. 21, desta Lei; c) ocorrer posse de servidor no estvel em outro cargo inacumulvel, observado o disposto 1 e 2 do art. 141 desta Lei. Art. 37 - A abertura de vaga ocorrer na data da publicao da lei que criar o cargo ou do ato que formalizar qualquer das hipteses previstas no art. 35. Art. 38 - A vacncia de funo gratificada dar-se- por dispensa, a pedido ou de ofcio, ou por destituio. Pargrafo nico - A destituio ser aplicada como penalidade, nos casos previstos nesta Lei. nos

TTULO III DAS MUTAES FUNCIONAIS CAPTULO I DA SUBSTITUIO

Art. 39 - Dar-se- a substituio de titular de cargo em comisso ou de funo gratificada durante o seu impedimento legal.

14

1 - Poder ser organizada e publicada no ms de janeiro a relao de substitutos para o ano todo. 2 - Na falta dessa relao, a designao ser feita em cada caso. Art. 40 - O substituto far jus ao vencimento do cargo em comisso ou do valor da funo gratificada, se a substituio ocorrer por prazo superior a sete dias e proporcionalmente aos dias de efetiva substituio.

CAPTULO II DA REMOO

Art. 41 - Remoo o deslocamento do servidor de uma para outra repartio. Pargrafo nico - A remoo poder ocorrer: I - a pedido, atendida a convenincia do servio; II - de ofcio, no interesse da administrao. Art. 42 - A remoo ser feita por ato da autoridade competente. Art. 43 - A remoo por permuta ser precedida de requerimento firmado por ambos os interessados.

CAPTULO III DO EXERCCIO DE FUNO DE CONFIANA

Art. 44 - A funo de confiana a ser exercida exclusivamente por servidor pblico efetivo, poder ocorrer sob a forma de funo gratificada. Art. 45 - A funo de confiana instituda por lei para atender atribuies de direo, chefia e assessoramento, que no justifiquem o provimento por cargo em comisso. Pargrafo nico - A funo gratificada poder tambm ser criada em paralelo com o cargo em comisso, como forma alternativa de provimento da posio de confiana, hiptese em que o valor da mesma no poder ser superior a cinqenta por cento do vencimento do cargo em comisso.

15

Art. 46 - A designao para o exerccio da funo gratificada, que nunca ser cumulativa com o cargo em comisso, ser feita por ato expresso da autoridade competente. Art. 47 - O valor da funo gratificada ser percebido cumulativamente com o vencimento do cargo de provimento efetivo. Art. 48 - O valor da funo gratificada continuar sendo percebido pelo servidor que, sendo seu ocupante, estiver ausente em virtude de frias, casamento, licena para tratamento de sade, licena gestante ou paternidade, servios obrigatrios por lei ou atribuies decorrentes de seu cargo ou funo. Art. 49 - Ser tornada sem efeito a designao do servidor que no entrar no exerccio da funo gratificada no prazo de dois dias a contar da publicao do ato de investidura. Art. 50 - O provimento de funo gratificada poder recair tambm em servidor ocupante de cargo efetivo de outra entidade pblica posto disposio do Municpio sem prejuzo de seus vencimentos. Art. 51 - facultado ao servidor efetivo do Municpio, quando indicado para o exerccio de cargo em comisso, optar pelo provimento sob a forma de funo gratificada correspondente. Art. 52 - A lei indicar os casos e condies em que os cargos em comisso sero exercidos preferencialmente por servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo.

TTULO IV DO REGIME DO TRABALHO CAPTULO I DO HORRIO E DO PONTO Art. 53 - O Prefeito determinar, quando no estabelecido em lei ou regulamento, o horrio de expediente das reparties. Art. 54 - O horrio normal de trabalho de cada cargo ou funo o estabelecido na legislao especfica, no podendo ser superior a oito horas dirias e a quarenta e quatro horas semanais. Art. 55 - Atendendo convenincia ou necessidade do servio, e mediante acordo escrito, poder ser institudo sistema de compensao de horrio, hiptese em que a jornada diria poder ser superior a oito horas, sendo o excesso de horas

16

compensado pela correspondente diminuio em outro dia, observada sempre a jornada mxima semanal. Art. 56 - A freqncia do servidor ser controlada: I - pelo ponto; II - pela forma determinada em regulamento, quanto aos servidores no sujeitos ao ponto. 1 - Ponto o registro, mecnico ou no, que assinala o comparecimento do servidor ao servio e pelo qual se verifica, diariamente, a sua entrada e sada. 2 - Salvo nos casos do inciso II deste artigo, vedado dispensar o servidor do registro do ponto e abonar faltas ao servio.

CAPTULO II DO SERVIO EXTRAORDINRIO

Art. 57 - A prestao de servios extraordinrios s poder ocorrer por expressa determinao da autoridade competente, mediante solicitao fundamentada do chefe da repartio, ou de ofcio. 1 - O servio extraordinrio ser remunerado por hora de trabalho que exceda o perodo normal, com acrscimo de cinqenta por cento em relao hora normal nos dias teis, e com acrscimo de cem por cento nos domingos e feriados. 2 - Salvo nos casos excepcionais, devidamente justificados, no poder o trabalho em horrio extraordinrio exceder a duas horas dirias. 3 - Em casos excepcionais, poder o servidor permanecer em regime de sobre-aviso, em sua prpria casa, aguardando chamado para o servio. 4 - As horas de sobre-aviso sero remuneradas razo de 1/3 da hora normal. Cada escala de sobre-aviso, no poder exceder a 24 horas. Art. 58 - O servio extraordinrio, excepcionalmente, poder ser realizado sob a forma de plantes para assegurar o funcionamento dos servios municipais ininterruptos. Pargrafo nico - O planto extraordinrio visa a substituio do plantonista titular legalmente afastado ou em falta ao servio. Art. 59 - O exerccio de cargo em comisso ou de fun-

17

o gratificada, no sujeito ao controle de ponto, exclui a remunerao por servio extraordinrio.

CAPTULO III DO REPOUSO SEMANAL

Art. 60 - O servidor ter direito a repouso remunerado, num dia de cada semana, preferencialmente aos domingos, bem como nos dias feriados civis e religiosos. 1 - A remunerao do dia de repouso corresponder a um dia normal de trabalho. 2 - Na hiptese de servidores com remunerao por produo, pea ou tarefa, o valor do repouso corresponder ao total da produo da semana, dividido pelos dias teis da mesma semana. 3 - Consideram-se j remunerados os dias de repouso semanal do servidor mensalista ou quinzenalista, cujo vencimento remunere trinta ou quinze dias, respectivamente. Art. 61 - Perder a remunerao do repouso o servidor que tiver faltado, sem motivo justificado, ao servio durante a semana, mesmo que em apenas um turno. Pargrafo nico - So motivos justificados as concesses, licenas e afastamentos previstos em lei, nas quais o servidor continuar com direito ao vencimento normal, como se em exerccio estivesse.

Art. 62 - Nos servios pblicos ininterruptos poder ser exigido o trabalho nos domingos, dias feriados civis e religiosos, hiptese em que as horas trabalhadas sero pagas com acrscimo de cinqenta por cento, salvo a concesso de outro dia de folga compensatria.

TTULO V DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPTULO I

18

DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO

Art. 63 - Vencimento a retribuio paga ao servidor pelo efetivo exerccio do cargo, correspondente ao valor fixado em lei. Art. 64 - Remunerao o vencimento acrescido das vantagens permanentes, estabelecidas em lei. Art. 65 - Nenhum servidor poder perceber mensalmente, a ttulo de remunerao ou subsdio, importncia maior do que a fixada como limite pela Constituio Federal, e sua interpretao, segundo o Supremo Tribunal Federal.

Art. 66 - Excluem-se do teto de remunerao previsto no art. 65 as dirias de viagem, o auxlio para diferena de caixa e o acrscimo constitucional de 1/3 de frias. Art. 67 - O valor do maior vencimento bsico atribudo a cargo pblico no ser superior a 15 (quinze) vezes o valor do menor vencimento bsico. Art. 68 - O servidor perder: I - a remunerao dos dias que faltar ao servio, bem como dos dias de repouso da respectiva sem prejuzo da penalidade disciplinar semana,

cabvel;

II - a parcela da remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias e sadas antecipadas, iguais ou superiores a trinta minutos, sem prejuzo da penalidade disciplinar cabvel; III - metade da remunerao na hiptese prevista no pargrafo nico do art. 139. Art. 69 - Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento. Pargrafo nico - Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento em favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, at o limite de trinta por cento da remunerao. Art. 70 - As reposies devidas por servidor Fazenda Municipal podero ser feitas em parcelas mensais, com juros e correo monetria, e mediante desconto em folha de pagamento. 1 - O valor de cada parcela no poder exceder a

19

vinte por cento da remunerao do servidor. 2 - O servidor ser obrigado a repor, de uma s vez, a importncia do prejuzo causado a Fazenda Municipal em virtude de alcance, desfalque, ou omisso de efetuar o recolhimento ou entradas nos prazos legais. Art. 71 - O servidor em dbito com o Errio, que for demitido, exonerado, destitudo do cargo em comisso, ou que tiver a sua disponibilidade cassada, ter de repor a quantia de uma s vez. Pargrafo nico - A no quitao de dbito implicar em sua inscrio em dvida ativa e cobrana judicial.

CAPTULO II DAS VANTAGENS

Art. 72 - Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizao; II - gratificaes e adicionais; III - auxlio para diferena de caixa. 1 - As indenizaes no se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. 2 - As gratificaes, os adicionais e os auxlios incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indicados em lei. Art. 73 - Os acrscimos pecunirios no sero computados nem acumulados para fim de concesso de acrscimos ulteriores.

SEO I Das indenizaes

Art. 74 - Constituem indenizaes ao servidor: I - dirias; II - ajuda de custo;

20

III - transporte.

Subseo I Das dirias

Art. 75 - Ao servidor que, por determinao da autoridade competente, se deslocar eventual ou transitoriamente do Municpio, no desempenho de suas atribuies, ou em misso ou estudo de interesse da administrao, sero concedidas, alm do transporte, dirias para cobrir as despesas de alimentao, pousada e locomoo urbana. Pargrafo nico - O valor das dirias ser estabelecido em lei. Art. 76 - Se o deslocamento do servidor constituir exigncia permanente do cargo, no far jus a dirias. Art. 77 - O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, ficar obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de trs dias. Pargrafo nico - Na hiptese de o servidor retornar ao Municpio em prazo menor do que o previsto para seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, em igual prazo.

Subseo II Da ajuda de custo

Art. 78 - A ajuda de custo destina-se a cobrir as despesas de viagem e instalao do servidor que for designado para exercer misso ou estudo fora do Municpio, por tempo que justifique a mudana temporria de residncia. Pargrafo nico - A concesso da ajuda de custo ficar a critrio da autoridade competente, que considerar os aspectos relacionados com a distncia percorrida, o nmero de pessoas que acompanharo o servidor e a durao da ausncia. Art. 79 - A ajuda de custo no poder exceder o dobro do vencimento do servidor, salvo quando o deslocamento for para o exterior, caso em que poder ser at de quatro vezes o vencimento, desde que arbitrada justificadamente.

21

Subseo III Do transporte

Art. 80 - Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo, nos termos de lei especfica. 1 - Somente far jus indenizao de transporte pelo seu valor integral, o servidor que, no ms, haja efetivamente realizado servio externo, durante pelo menos vinte dias. 2 - Se o nmero de dias de servio externo for inferior ao previsto no pargrafo anterior, a indenizao ser devida na proporo de um vinte avos por dia de realizao do servio. SEO II Das gratificaes e adicionais Art. 81 - Constituem gratificaes e adicionais dos servidores municipais: I - gratificao natalina; II - adicional por tempo de servio; III - adicional pelo exerccio de atividades em comdies penosas, insalubres ou perigosas; IV - adicional noturno.

Subseo I Da gratificao natalina Art. 82 - A gratificao natalina corresponder a um doze avos da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio, no respectivo ano. 1 - Os adicionais de insalubridade, periculosidade, penosidade e noturno, as gratificaes e o valor de funo gratificada, sero computados na razo de 1/12 de seu valor vigente em dezembro, por ms de exerccio em que o servidor percebeu a vantagem, no ano correspondente. 2 - A frao igual ou superior a quinze dias de exer-

22

ccio no mesmo ms ser considerada como ms integral. 3 - Sero computadas na remunerao da gratificao natalina a mdia aritmtica do nmero de horas extras e de sobre-aviso realizadas no respectivo ano.Pargrafo 3 acrescido pela lei n 1.730, de 09.12.2003.

Art. 83 - A gratificao natalina ser paga at o dia vinte do ms de dezembro de cada ano. Art. 84 - Em caso de exonerao, falecimento ou aposentadoria do servidor, a gratificao natalina ser devida proporcionalmente aos meses de efetivo exerccio, calculada sobre a remunerao do ms da exonerao, falecimento ou aposentadoria. Art. 85 - A gratificao natalina no ser considerada para clculo de qualquer vantagem pecuniria.

Subseo II Do adicional por tempo de servio

Art. 86 - O adicional por tempo de servio devido razo de 5 (cinco) por cento a cada perodo de 3 (trs) anos de servio pblico ininterrupto prestado ao Municpio, incidente sobre o vencimento da classe do servidor ocupante de cargo efetivo. 1 - Computar-se- para a vantagem o tempo de servio anteriormente prestado ao Municpio, sob qualquer forma de ingresso, desde que sem soluo de continuidade com o atual. 2 - O servidor far jus ao adicional a partir do ms em que completar o trinio

Subseo III Dos adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade

Art. 87 - Os servidores que executarem atividades penosas, insalubres ou perigosas, faro jus a um adicional respectivo. Pargrafo nico - As atividades penosas, insalubres ou perigosas sero definidas em lei ou regulamento prprio.

23

Art. 88 - O exerccio de atividade em condies de insalubridade assegura ao servidor a percepo de um adicional, respectivamente, de quarenta, vinte e dez por cento, segundo a classificao nos graus mximo, mdio ou mnimo, incidente sobre o valor do menor padro de vencimento dos quadros de servidores do municpio. Art. 89 - Os adicionais de periculosidade e de penosidade sero, respectivamente, de trinta e vinte por cento, incidente sobre o valor do vencimento bsico do servidor. Art. 90 - Os adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade no so acumulveis, cabendo ao servidor optar por um deles, quando for o caso. Art. 91 - O direito ao adicional de penosidade, insalubridade ou periculosidade, cessar com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso, sendo sua concesso ou eliminao precedidas de laudo pericial, realizado por Mdico ou Engenheiro do Trabalho.

Subseo IV Do adicional noturno

Art. 92 - O servidor que prestar trabalho noturno far jus a um adicional de 20% sobre o vencimento do cargo. 1 - Considera-se trabalho noturno, para efeito deste artigo, o executado entre as 22 horas de um dia e as 05 horas do dia seguinte. 2 - Nos horrios mistos, assim entendidos os que abrangem perodos diurnos e noturnos, o adicional ser pago proporcionalmente s horas de trabalho noturno.

SEO III Do auxlio para diferena de caixa

Art. 93 - O servidor que, por fora das atribuies prprias de seu cargo, pagar ou receber em moeda corrente, perceber um auxlio para diferena de caixa, no montante de dez por cento do vencimento bsico. 1 - O servidor que estiver respondendo legalmente pelo tesoureiro ou caixa, durante os impedimentos legais deste, far jus ao recebimento do aux-

24

lio previsto no caput deste artigo. 2 - O auxlio de que trata este artigo s ser pago enquanto o servidor estiver efetivamente executando servios de pagamento ou recebimento e nas frias regulamentares.

CAPTULO III DAS FRIAS SEO I Do direito a frias e da sua durao

Art. 94 - O servidor ter direito anualmente ao gozo de um perodo de frias, sem prejuzo da remunerao.

Art. 95 - Aps cada perodo de doze meses de vigncia da relao entre o Municpio e o servidor, ter este direito a frias, na seguinte proporo: I - trinta dias corridos, quando no houver faltado ao servio mais de cinco vezes; II - vinte e quatro dias corridos, quando houver tido de seis a quatorze faltas; III - dezoito dias corridos, quando houver tido de quinze a vinte e trs faltas; IV - doze dias corridos, quando houver tido de vinte e quatro a trinta e duas faltas. Pargrafo nico - vedado descontar, do perodo de frias, as faltas do servidor ao servio. Art. 96 - No sero consideradas faltas ao servio as concesses, licenas e afastamentos previstos em lei, nos quais o servidor continuar com direito ao vencimento normal, como se em exerccio estivesse. Art. 97 - O tempo de servio anterior ser somado ao posterior para fins de aquisio do perodo aquisitivo de frias nos casos de licenas previstas nos incisos I, II e IV do art. 104. Art. 98 - No ter direito a frias o servidor que, no curso do perodo aquisitivo, tiver gozado licenas para tratamento de sade ou por acidente em

25

servio, isoladamente ou em conjunto por mais de seis meses, embora descontnuos, e licena para tratar de interesses particulares por qualquer prazo. Pargrafo nico - Iniciar-se- o decurso de novo perodo aquisitivo, aps a perda do direito a frias prevista neste artigo, no primeiro dia em que o servidor retornar ao trabalho.

SEO II Da concesso e do gozo das frias

Art. 99 - obrigatria a concesso e gozo das frias, podendo ser em dois perodos, nunca inferiores a 10 (dez) dias, nos doze meses subseqentes data em que o servidor tiver adquirido o direito. Pargrafo nico - As frias somente podero ser suspensas por motivo de calamidade pblica, comoo interna ou por motivo de superior interesse pblico, por ato devidamente motivado. Art. 100 - A concesso das frias, mencionado o perodo de gozo, ser participado, por escrito, ao servidor, com antecedncia de, no mnimo, 15 dias, cabendo a este assinar a respectiva notificao. Art. 101 - Vencido o prazo mencionado no art. 99, sem que a Administrao tenha concedido as frias, incumbir ao servidor, no prazo de dez dias, requerer o gozo de frias, sob pena de perda do direito s mesmas. 1 - Recebido o requerimento, a autoridade responsvel ter de despachar no prazo de quinze dias, marcando o perodo de gozo de frias, dentro dos sessenta dias seguintes. 2 - No atendido o requerimento pela autoridade competente no prazo legal, o servidor poder ajuizar ao, pedindo a fixao, por sentena, da poca do gozo de frias, hiptese em que as mesmas sero remuneradas em dobro. 3 - No caso do pargrafo anterior, a autoridade infratora ser a responsvel pelo pagamento da metade da remunerao em dobro das frias, que ser recolhida ao errio, no prazo de cinco dias, a contar da data da concesso das frias nessas condies.

SEO III Da remunerao das frias

26

Art. 102 - O servidor perceber durante as frias a remunerao integral, acrescida de 1/3 (um tero). 1 - As vantagens que no mais estejam sendo percebidas no momento do gozo de frias sero computadas proporcionalmente aos meses de exerccio no perodo aquisitivo das frias, na razo de um doze avos por ms de exerccio ou frao superior a quatorze dias. 2 - O pagamento da remunerao das frias, por solicitao do servidor, ser feito dentro dos cinco dias anteriores ao incio do gozo. 3 - A critrio da administrao e desde que seja do interesse do servio, ser facultado ao servidor converter 1/3 (um tero) em abono pecunirio. 4 - Sero computadas na remunerao das frias a mdia aritmtica do nmero de horas extras e de sobre-aviso realizadas no perodo aquisitivo de frias.Pargrafo 4 acrescido pela lei n 1.730, de 09.12.2003.

SEO IV Dos efeitos na exonerao, no falecimento e na aposentadoria

Art. 103 - No caso de exonerao, falecimento ou aposentadoria, ser devida a remunerao correspondente ao perodo de frias cujo direito o servidor tenha adquirido nos termos do art. 95.

Pargrafo nico - O servidor exonerado, falecido ou aposentado aps doze meses de servio, alm do disposto no caput, ter direito tambm remunerao relativa ao perodo incompleto de frias, na proporo de um doze avos por ms de servio ou frao superior a quatorze dias.

CAPTULO IV DAS LICENAS SEO I

27

Disposies Gerais

Art. 104 - Conceder-se- licena ao servidor ocupante de cargo efetivo: I - para o servio militar obrigatrio; II - para concorrer a cargo eletivo; III - para tratar de interesses particulares; IV - para desempenho de mandato classista. 1 - O servidor no poder permanecer em licena da mesma espcie por perodo superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos dos incisos I, II e IV. 2 - A licena concedida dentro de sessenta dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada como prorrogao.

SEO II Da licena para o servio militar Art. 105 - Ao servidor ocupante de cargo efetivo que for convocado para o servio militar ou outros encargos de segurana nacional, ser concedida licena sem remunerao. 1 - A licena ser concedida vista de documento oficial que comprove a convocao. 2 - O servidor desincorporado em outro Estado da Federao dever reassumir o exerccio do cargo dentro do prazo de trinta dias; se a desincorporao ocorrer dentro do Estado o prazo ser de quinze dias.

SEO III Da licena para concorrer a cargo eletivo Art. 106 - Salvo disposio diversa em lei federal, o servidor ocupante de cargo efetivo far jus licena remunerada, com vencimentos integrais, a partir do registro de sua candidatura a cargo eletivo perante a Justia Eleitoral, at o dia seguinte ao do pleito.

28

Pargrafo nico - O servidor candidato a cargo eletivo no prprio Municpio e que exercer cargo ou funo de direo, chefia, assessoramento, arrecadao ou fiscalizao, dele ser exonerado a partir do dia imediato ao registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o dia seguinte ao do pleito.

SEO IV Da licena para tratar de interesses particulares Art. 107 - A critrio da administrao, e desde que no seja necessrio a contratao de outro servidor, poder ser concedida ao servidor estvel licena para tratar de assuntos particulares, pelo prazo de at dois anos consecutivos, sem remunerao. 1 - A licena poder ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do servio. 2 - No se conceder nova licena antes de decorridos dois anos do trmino ou interrupo da anterior. 3 - No se conceder a licena a servidor nomeado ou removido, antes de completar um ano de exerccio no novo cargo ou repartio.

SEO V Da licena para desempenho de mandato classista

Art. 108 - assegurado ao servidor o direito a licena para desempenho de mandato em confederao, federao ou sindicato representativo da categoria, sem remunerao. 1 - Somente podero ser licenciados servidores eleitos para cargos de direo ou representao nas referidas entidades, at o mximo de trs, por entidade. 2 - A licena ter durao igual do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleio e por uma nica vez.

CAPTULO V DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO RGO OU ENTIDADE

29

Art. 109 - O servidor ocupante de cargo efetivo e estvel poder ser cedido para ter exerccio em outro rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados e dos Municpios, nas seguintes hipteses: I - para exerccio de funo de confiana; II - em casos previstos em leis especficas; III - para cumprimento de convnio. Pargrafo nico - Na hiptese do inciso I deste artigo, a cedncia ser sem nus para o Municpio e, nos demais casos, conforme dispuser a lei ou o convnio.

CAPTULO VI DAS CONCESSES

Art. 110 - Sem qualquer prejuzo, poder o servidor ausentar-se do servio: I - por um dia, em cada doze meses de trabalho, para doao de sangue; II - at dois dias, para se alistar como eleitor; III - at dois dias consecutivos, por motivo de falecimento de av ou av. IV at cinco dias consecutivos, por motivo de: a) casamento; b) falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos ou enteados e irmos; c) nascimento do filho para o pai, a contar da data do evento. 1 A servidora ter direito a uma hora por dia para amamentar o prprio filho at que este complete seis meses de idade. A hora poder ser fracionada em dois perodos de meia hora, se a jornada for de dois turnos. Se a sade do filho o exigir, o perodo de seis meses poder ser dilatado, por descrio mdica, em at trs meses. 2 - servidora que adotar criana de at 1 (um) ano de idade sero concedidos 90 (noventa) dias de licena remunerada para ajustamento do adotado ao novo lar. No caso de adoo de criana com mais de 1 (um) ano at 7 (sete) anos de

30

idade, a licena ser de 30 (trinta) dias. Art. 111 - Poder ser concedido horrio especial ao servidor estudante quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio, desde que no haja prejuzo ao exerccio do cargo. Pargrafo nico - Para efeitos do disposto neste artigo, ser exigida a compensao de horrios na repartio, respeitada a durao semanal do trabalho.

CAPTULO VII DO TEMPO DE SERVIO

Art. 112 - A apurao do tempo de servio ser feita em dias. Pargrafo nico - O nmero de dias ser convertido em anos, considerados de 365 dias. Art. 113 - Alm das ausncias ao servio previstas no art. 110, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentos em virtude de: I - frias; II - exerccio de cargos em comisso, no Municpio; III - convocao para o servio militar; IV - jri e outros servios obrigatrios por lei; V - licena: a) gestante, adotante e paternidade; b) para tratamento de sade, inclusive por acidente em servio ou molstia profissional; Art. 114 - Contar-se- apenas para efeito de aposentadoria o tempo: I - de contribuio no servio pblico federal, estadual e municipal, inclusive o prestado s suas autarquias; II - de licena para desempenho de mandato classista; III - de licena para concorrer a cargo eletivo; IV - em que o servidor esteve em disponibilidade re-

31

munerada. Pargrafo nico - Para efeito de disponibilidade ser computado o tempo de servio pblico federal, estadual ou municipal. Art. 115 - Para efeito de aposentadoria, ser computado tambm o tempo de contribuio na atividade privada e rural, nos termos da legislao federal pertinente. Art. 116 - O tempo de afastamento para exerccio de mandato eletivo ser contado na forma das disposies constitucionais ou legais especficas.

Art. 117 - vedada a contagem acumulada de tempo de servio simultneo.

CAPTULO VIII DO DIREITO DE PETIO

Art. 118 - assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsiderao, recorrer e representar, em defesa de direito ou de interesse legtimo. Pargrafo nico - As peties, salvo determinao expressa em lei ou regulamento, sero dirigidas ao Prefeito Municipal e tero deciso no prazo de trinta dias.

Art. 119 - O pedido de reconsiderao dever conter novos argumentos ou provas suscetveis de reformar o despacho, a deciso ou ato. Pargrafo nico - O pedido de reconsiderao, que no poder ser renovado, ser submetido autoridade que houver prolatado o despacho, proferido a deciso ou praticado o ato.

Art. 120 - Caber recurso ao Prefeito, como ltima instncia administrativa, sendo indelegvel sua deciso. Pargrafo nico - Ter carter de recurso o pedido de reconsiderao quando o prolator do despacho, deciso ou ato houver sido o Prefeito.

Art. 121 - O prazo para interposio de pedido de re-

32

considerao ou de recurso, de trinta dias, a contar da publicao ou da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida. Pargrafo nico - O pedido de reconsiderao e o recurso no tero efeito suspensivo e, se providos, seus efeitos retroagiro data do ato impugnado.

Art. 122 - O direito de reclamao administrativa prescrever, salvo disposio legal em contrrio, em um ano a contar do ato ou fato do qual se originar. 1 - O prazo prescricional ter incio na data da publicao do ato impugnado ou da data da cincia, pelo interessado, quando o ato no for publicado. rompero a prescrio administrativa. 2 - O pedido de reconsiderao e o recurso inter-

Art. 123 - A representao ser dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a soluo no for de sua alada, a encaminhar a quem de direito. Pargrafo nico - Se no for dado andamento representao, dentro do prazo de cinco dias, poder o servidor dirigi-la direta e sucessivamente s chefias superiores. Art. 124 - assegurado o direito de vistas do processo ao servidor ou representante legal, pelo prazo de cinco (05) dias.

TTULO VI DO REGIME DISCIPLINAR CAPTULO I DOS DEVERES Art. 125 - So deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo; II - lealdade s instituies a que servir; III - observncia das normas legais e regulamentares; IV - cumprimento s ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

33

V - atender com presteza: a) ao pblico em geral, prestando as informaes requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) expedio de certides requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal; c) s requisies para a defesa da Fazenda Pblica; VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo; VII - zelar pela economia do material e conservao do patrimnio pblico; VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartio; IX - manter conduta compatvel com a moralidade administrativa; X - ser assduo e pontual ao servio; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder; XIII - apresentar-se ao servio em boas condies de asseio e convenientemente trajado ou com o uniforme que for determinado; XIV - observar as normas de segurana e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatrio dos equipamentos de proteo individual (EPI) que lhe forem fornecidos; XV - manter esprito de cooperao e solidariedade com os colegas de trabalho; XVI - freqentar cursos e treinamentos institudos para seu aperfeioamento e especializao; XVII - apresentar relatrios ou resumos de suas a tividades nas hipteses e prazos previstos em lei ou regulamento, ou quando determinado pela autoridade competente; XVIII - sugerir providncias tendentes a melhoria ou aperfeioamento do servio.

34

Pargrafo nico - Nas mesmas penas incorre o superior hierrquico que, recebendo denncia ou representao a respeito de irregularidades no servio ou falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providncias necessrias sua apurao.

CAPTULO II DAS PROIBIES Art. 126 - proibido ao servidor qualquer ao ou omisso capaz de comprometer a dignidade e o decoro da funo pblica, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficincia do servio ou causar dano Administrao Pblica, especialmente: I - ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato; II - retirar, sem prvia anuncia da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartio; III - recusar f a documentos pblicos; IV - opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo, ou execuo de servio; V - promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio; VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso s autoridades pblicas ou aos atos do Poder Pblico, mediante manifestao escrita ou oral; VII - cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que seja de sua competncia ou de seu subordinado; VIII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiao associao profissional ou sindical, ou a partido poltico; IX - manter sob sua chefia imediata, cnjuge, companheiro ou parente at segundo grau civil, salvo se decorrente de nomeao por concurso pblico; X - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo

35

pblica; XI - atuar, como procurador ou intermedirio, junto a reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau; XII - receber propina, comisso, presente ou vantagem de qualquer espcie, em razo de suas atribuies; XIII - aceitar comisso, emprego ou penso de Estado estrangeiro, sem licena prvia nos termos da lei; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa no desempenho das funes; XVI - cometer a outro servidor atribuies estranhas s do cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias; XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio em servios ou atividades particulares; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho. XVIII consumir produtos fumgeros no ambiente de trabalho e/ou em qualquer estabelecimento da administrao pblica municipal, direta ou indireta, salvo em ambientes exclusivamente reservados para tal fim.

Art. 127 - lcito ao servidor criticar atos do Poder Pblico do ponto de vista doutrinrio ou da organizao do servio, em trabalho assinado, respondendo porm civil ou criminalmente na forma da legislao aplicvel, se de sua conduta resultar delito penal ou dano moral.

CAPTULO III DA ACUMULAO

36

Art. 128 - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de horrios: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro, tcnico ou cientfico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas (NR).Alnea alterada pela lei n 1.655, de 24.09.2002. A redao original dispunha o seguinte: c) a de dois cargos privativos de mdico.

1 - vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrente dos artigos 40, 42 e 142 da Constituio Federal com a remunerao de cargos, empregos ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma do caput, os cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao. 2 - A proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico.

CAPTULO IV DAS RESPONSABILIDADES Art. 129 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelos atos praticados enquanto no exerccio do cargo.

Art. 130 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, de que resulte prejuzo ao Errio ou a terceiros. 1 - A indenizao de prejuzo causado ao Errio poder ser liquidada na forma prevista no art. 70. 2 - Tratando-se de dano causado a terceiros responder o servidor perante a Fazenda Pblica em ao regressiva, sem prejuzo de outras medidas administrativas e judiciais cabveis. 3 - A obrigao de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles ser executada, at o limite do valor da herana recebida. Art. 131 - A responsabilidade penal abrange os crimes

37

e contravenes imputados ao servidor. Art. 132 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado por servidor investido no cargo ou funo pblica. Art. 133 - As sanes civis, penais e administrativas podero cumular-se, sendo independentes entre si. Art. 134 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor ser afastada no caso de absolvio criminal definitiva que negue a existncia do fato ou a sua autoria.

CAPTULO V DAS PENALIDADES

Art. 135 - So penalidades disciplinares aplicveis a servidor aps procedimento administrativo em que lhe seja assegurado o direito de defesa: I - advertncia; II - suspenso; III - demisso; IV cassao de aposentadoria ou da disponibilidade; V - destituio de cargo ou funo de confiana. Art. 136 - Na aplicao das penalidades sero consideradas a natureza e a gravidade da infrao cometida, os danos que dela provierem para o servio pblico, as circunstncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes.

Art. 137 - No poder ser aplicada mais de uma pena disciplinar pela mesma infrao. Pargrafo nico - No caso de infraes simultneas, a maior absorve as demais, funcionando estas como agravantes na gradao da penalidade. Art. 138 - Observado o disposto nos artigos precedentes, a pena de advertncia ou suspenso ser aplicada, a critrio da autoridade competente, por escrito, na inobservncia de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, nos casos de violao de proibio que no tipifique infrao sujeita penalidade de demisso. Art. 139 - A pena de suspenso no poder ultrapassar a sessenta dias.

38

Pargrafo nico - Quando houver convenincia para o servio, a penalidade de suspenso poder ser convertida em multa, na base de cinqenta por cento por dia de remunerao, ficando o servidor obrigado a permanecer em servio e a exercer suas atribuies legais. Art. 140 - Ser aplicada ao servidor a pena de demisso nos casos de: I - crime contra a administrao pblica; II - abandono de cargo; III - indisciplina ou insubordinao graves ou reiteradas; IV - inassiduidade ou impontualidade habituais; V - improbidade administrativa; VI - incontinncia pblica e conduta escandalosa; VII - ofensa fsica contra qualquer pessoa, cometida em servio, salvo em legtima defesa; VIII - aplicao irregular de dinheiro pblico; IX - revelao de segredo apropriado em razo do cargo; X - leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio municipal; XI - corrupo; XII - acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes; XIII - transgresso do art. 126, incisos X a XVI. Art. 141 - A acumulao de que trata o inciso XII do artigo anterior acarreta a demisso de um dos cargos, empregos ou funes, dando-se ao servidor o prazo de cinco dias para opo. 1 - Se comprovado que a acumulao se deu por m f, o servidor ser demitido de ambos os cargos e obrigado a devolver o que houver recebido dos cofres pblicos. 2 - Na hiptese do pargrafo anterior, sendo um dos cargos, empregos ou funes exercido na Unio, nos Estados, no Distrito Federal ou em outro Municpio, a demisso ser comunicada ao outro rgo ou entidade onde ocorre acumulao.

39

Art. 142 - A demisso nos casos dos incisos V, VIII e X do art. 140 implicar em ressarcimento ao errio, sem prejuzo da ao penal cabvel. Art. 143 - Configura abandono de cargo a ausncia intencional ao servio por mais de trinta dias consecutivos. Art. 144 - A demisso por inassiduidade ou impontualidade somente ser aplicada quando caracterizada a habitualidade de modo a representar sria violao dos deveres e obrigaes do servidor, aps anteriores punies por advertncia ou suspenso. Art. 145 - O ato de imposio de penalidade mencionar sempre o fundamento legal. Art. 146 - Ser cassada a aposentadoria e a disponibilidade se ficar provado que o inativo, quando na atividade: I - praticou falta punvel com a pena de demisso. II - aceitou ilegalmente cargo ou funo pblica; III - praticou usura, em qualquer das suas formas.

Art. 147 - A pena de destituio de funo de confiana ser aplicada: I - quando se verificar falta de exao no seu desempenho; II - quando for verificado que, por negligncia ou benevolncia, o servidor contribuiu para que no se apurasse, no devido tempo, irregularidade no servio. Pargrafo nico - A aplicao da penalidade deste artigo no implicar em perda do cargo efetivo.

Art. 148 - O ato de aplicao de penalidade de competncia do Prefeito Municipal. Pargrafo nico - Poder ser delegada competncia aos Secretrios Municipais para aplicao da pena de suspenso ou advertncia.

Art. 149 - A demisso por infringncia ao art. 126 incisos X e XI, incompatibilizar o ex-servidor para nova investidura em cargo ou funo pblica do Municpio, pelo prazo de cinco anos.

40

Pargrafo nico - No poder retornar ao servio pblico municipal o servidor que for demitido por infringncia do art. 140, inc. I, V, VIII, X e XI.

Art. 150 - A pena de destituio de funo de confiana implicar na impossibilidade de ser investido em funes dessa natureza durante o perodo de cinco anos a contar do ato de punio.

Art. 151 - As penalidades aplicadas ao servidor sero registradas em sua ficha funcional.

Art. 152 - A ao disciplinar prescrever: I - em cinco anos, quanto s infraes punveis com demisso, cassao de aposentadoria e dis-

ponibilidade, ou destituio de funo de confiana; II - em dois anos, quanto suspenso; III - em cento e oitenta dias, quanto advertncia. 1 - A falta tambm prevista na lei penal como crime prescrever juntamente com este. 2 - O prazo de prescrio comear a correr da data em que a autoridade tomar conhecimento da existncia da falta. 3 - A abertura de sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar interromper a prescrio. 4 - Na hiptese do pargrafo anterior, o prazo prescricional recomear a correr novamente, no dia imediato ao da interrupo.

CAPTULO VI DO PROCESSO DISCIPLINAR EM GERAL SEO I Disposies preliminares Art. 153 - A autoridade que tiver cincia de irregularidade no servio pblico obrigada a promover a sua apurao imediata, mediante sindicncia ou processo administrativo disciplinar sob pena de incorrer nas previses do art. 125. Pargrafo nico - Quando o fato denunciado, de mo-

41

do evidente, no configurar infrao disciplinar ou ilcito penal, a denncia ser arquivada, por falta de objeto. Art. 154 - As irregularidades e faltas funcionais sero apuradas em processo regular com direito a plena defesa, por meio de: I - sindicncia, quando no houver dados suficientes para sua determinao ou para apontar o servidor faltoso; II - processo administrativo disciplinar, quando a gravidade da ao ou omisso torne o servidor passvel de demisso, cassao da aposentadoria ou da disponibilidade.

SEO II Da suspenso preventiva Art. 155 - A autoridade competente poder determinar a suspenso preventiva do servidor, at sessenta dias, prorrogveis por mais trinta se, fundamentadamente, houver necessidade de seu afastamento para apurao de falta a ele imputada. Art. 156 - O servidor far jus remunerao integral durante o perodo de suspenso preventiva.

SEO III Da sindicncia Art. 157 - A sindicncia ser cometida a servidor ocupante de cargo efetivo, podendo este ser dispensado de suas atribuies normais at a apresentao do relatrio. Pargrafo nico - A critrio da autoridade competente, considerando o fato a ser apurado, a funo sindicante poder ser atribuda a uma comisso de servidores, at o mximo de trs. Art. 158 - O sindicante ou a comisso efetuar, de forma sumria, as diligncias necessrias ao esclarecimento da ocorrncia e indicao do responsvel, apresentando, no prazo mximo de trinta dias, relatrio a respeito. 1 - Preliminarmente, dever ser ouvido o autor da representao e o servidor implicado, se houver. 2 - Reunidos os elementos apurados, o sindicante

42

ou comisso traduzir no relatrio as suas concluses, indicando o possvel culpado, qual a irregularidade ou transgresso e o seu enquadramento nas disposies estatutrias. 3 - O sindicante abrir o prazo de cinco (05) dias para o indiciado apresentar defesa, antes de elaborar o relatrio. Art. 159 - A autoridade, de posse do relatrio, acompanhado dos elementos que instruram o processo, decidir, no prazo de cinco dias teis: I - pela aplicao de penalidade de advertncia ou suspenso; II - pela instaurao de processo administrativo disciplinar, ou III - arquivamento do processo. 1 - Entendendo a autoridade competente que os fatos no esto devidamente elucidados, inclusive na indicao do possvel culpado, devolver o processo ao sindicante ou comisso, para ulteriores diligncias, em prazo certo, no superior a cinco dias teis. 2 - De posse do novo relatrio e elementos complementares, a autoridade decidir no prazo e nos termos deste artigo.

SEO IV Do processo administrativo disciplinar

Art. 160 - O processo administrativo disciplinar ser conduzido por comisso de trs servidores estveis, designada pela autoridade competente que indicar, dentre eles, o seu presidente. Pargrafo nico - A comisso ter como secretrio, servidor designado pelo presidente, podendo a designao recair em um dos seus membros. Art. 161 - A comisso processante, sempre que necessrio e expressamente determinado no ato de designao, dedicar todo o tempo aos trabalhos do processo, ficando os membros da comisso, em tal caso, dispensados dos servios normais da repartio. Art. 162 - O processo administrativo ser contraditrio, assegurada ampla defesa ao acusado, com a utilizao dos meios e recursos admitidos em direito. Art. 163 - Quando o processo administrativo disciplinar

43

resultar de prvia sindicncia, o relatrio desta integrar os autos, como pea informativa da instruo. Pargrafo nico - Na hiptese do relatrio da sindicncia concluir pela prtica de crime, a autoridade competente oficiar ao Ministrio Pblico, e remeter cpia dos autos, independente da imediata instaurao do processo administrativo disciplinar. Art. 164 - O prazo para a concluso do processo no exceder sessenta dias, contados da data do ato que constituir a comisso, admitida a prorrogao por mais trinta dias, quando as circunstncias o exigirem, mediante autorizao da autoridade que determinou a sua instaurao. Art. 165 - As reunies da comisso sero registradas em atas que devero detalhar as deliberaes adotadas.

Art. 166 - Ao instalar os trabalhos da comisso, o Presidente determinar a autuao da portaria e demais peas existentes e designar o dia, hora e local para primeira audincia e a citao do indiciado. Art. 167 - A citao do indiciado dever ser feita pessoalmente e contra-recibo, com, pelo menos, quarenta e oito horas de antecedncia em relao audincia inicial e conter dia, hora e local e qualificao do indiciado e a falta que lhe imputada, com descrio dos fatos. 1 - Caso o indiciado se recuse a receber a citao, dever o fato ser certificado, com assinatura de, no mnimo, duas testemunhas. 2 - Estando o indiciado ausente do Municpio, se conhecido seu endereo, ser citado por via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso de recebimento. 3 - Achando-se o indiciado em lugar incerto e no sabido, ser citado por edital, divulgado como os demais atos oficiais do Municpio, com prazo de quinze dias.

Art. 168 - O indiciado poder constituir procurador para fazer a sua defesa. Pargrafo nico - Em caso de revelia, o presidente da comisso processante designar, de ofcio, um defensor.

Art. 169 - Na audincia marcada, a comisso promo-

44

ver o interrogatrio do indiciado, concedendo-lhe, em seguida, o prazo de trs dias para oferecer alegaes escritas, requerer provas e arrolar testemunhas, at o mximo de cinco. 1 - Havendo mais de um indiciado, o prazo ser comum e de seis dias, contados a partir da tomada de declaraes do ltimo deles. 2 - O indiciado ou seu advogado tero vista do processo na repartio podendo ser fornecida cpia de inteiro teor mediante requerimento e reposio do custo. Art. 170 - A comisso promover a tomada de depoimentos, acareaes, investigaes e diligncias cabveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessrio, a tcnicos e peritos de modo a permitir a completa elucidao dos fatos. Art. 171 - O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por intermdio de procurador, assistir aos atos probatrios que se realizarem perante a comisso, requerendo as medidas que julgar convenientes. 1 - O presidente da comisso poder indeferir pedidos considerados impertinentes, meramente protelatrios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. 2 - Ser indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovao do fato independer de conhecimento especial de perito. Art. 172 - As testemunhas sero intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comisso, devendo a segunda via, com o ciente do intimado, ser anexada aos autos. Pargrafo nico - Se a testemunha for servidor pblico, a expedio do mandado ser imediatamente comunicada ao chefe da repartio onde serve, com a indicao do dia e hora marcados para a inquirio. Art. 173 - O depoimento ser prestado oralmente e reduzido a termo, no sendo lcito testemunha traz-lo por escrito. 1 - As testemunhas sero ouvidas separadamente, com prvia intimao do indiciado ou de seu procurador. 2 - Na hiptese de depoimentos contraditrios ou que se infirmem, proceder-se- a acareao entre os depoentes. Art. 174 - Concluda a inquirio de testemunhas, poder a comisso processante, se julgar til ao esclarecimento dos fatos, reinterrogar o indiciado. Art. 175 - Ultimada a instruo do processo, o indiciado ser intimado por mandado pelo presidente da comisso para apresentar defesa escrita, no

45

prazo de dez dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartio, sendo fornecida cpia de inteiro teor mediante requerimento e reposio do custo. Pargrafo nico - O prazo de defesa ser comum e de quinze dias se forem dois ou mais os indiciados. Art. 176 - Aps o decurso do prazo, apresentada a defesa ou no, a comisso apreciar todos os elementos do processo, apresentando relatrio, no qual constar em relao a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que foi acusado, as provas que instruram o processo e as razes de defesa, propondo, justificadamente, a absolvio ou punio do indiciado, e indicando a pena cabvel e seu fundamento legal. Pargrafo nico - O relatrio e todos os elementos dos autos sero remetidos autoridade que determinou a instaurao do processo, dentro de dez dias, contados do trmino do prazo para apresentao da defesa. Art. 177 - A comisso ficar disposio da autoridade competente, at a deciso final do processo, para prestar esclarecimento ou providncia julgada necessria. Art. 178 - Recebidos os autos, a autoridade que determinou a instaurao do processo: I - dentro de cinco dias: a) pedir esclarecimentos ou providncias que entender necessrios, comisso processante, marcandolhe prazo; b) encaminhar os autos autoridade superior, se entender que a pena cabvel escapa sua competncia; II - despachar o processo dentro de dez dias, acolhendo ou no as concluses da comisso processante, fundamentando o seu despacho se concluir diferentemente do proposto. Pargrafo nico - Nos casos do inciso I deste artigo, o prazo para deciso final ser contado, respectivamente, a partir do retorno ou recebimento dos autos. Art. 179 - Da deciso final, so admitidos os recursos previstos nesta Lei. Art. 180 - As irregularidades processuais que no constituam vcios substanciais insanveis, suscetveis de influrem na apurao da verdade ou na deciso do processo, no lhe determinaro a nulidade.

46

Art. 181 - O servidor que estiver respondendo a processo administrativo disciplinar s poder ser exonerado a pedido do cargo, ou aposentado voluntariamente, aps a concluso do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada. Pargrafo nico - Excetua-se o caso de processo administrativo instaurado apenas para apurar o abandono de cargo, quando poder haver exonerao a pedido, a juzo da autoridade competente.

SEO V Da reviso do processo

Art. 182 - A reviso do processo administrativo disciplinar poder ser requerida a qualquer tempo, uma nica vez, quando: I - a deciso for contrria ao texto de lei ou evidncia dos autos; II - a deciso se fundar em depoimentos, exames ou documentos falsos ou viciados; III - forem aduzidas novas provas, suscetveis de atestar a inocncia do interessado ou de autorizar diminuio da pena. Pargrafo nico - A simples alegao de injustia da penalidade no constituir fundamento para a reviso do processo. Art. 183 - No processo revisional, o nus da prova caber ao requerente. Art. 184 - O processo de reviso ser realizado por comisso designada segundo os moldes das comisses de processo administrativo e correr em apenso aos autos do processo originrio. Art. 185 - As concluses da comisso sero encaminhadas autoridade competente, dentro de trinta dias, devendo a deciso ser proferida, fundamentadamente, dentro de dez dias.

Art. 186 - Julgada procedente a reviso, ser tornada insubsistente ou atenuada a penalidade imposta, restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa deciso.

47

TTULO VII DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR CAPTULO I DISPOSIES GERAIS

Art. 187 - O Municpio garantir aos seus servidores ocupantes de cargos efetivos o Plano de Seguridade Social composto das prestaes discriminadas neste Ttulo VII. 1. O Plano de Seguridade Social ser prestado mediante sistema contributivo, na forma prevista em legislao especfica. (NR).Pargrafo alterado pela lei n 1.655, de 24.09.2002.

A redao original dispunha o seguinte: 1 - O Plano de Seguridade Social ser parcialmente prestado mediante sistema contributivo, na forma prevista em legislao especfica.

2 - As prestaes do Plano de Seguridade Social, no atendidos pelo sistema prprio de previdncia social do Municpio, sero custeadas, como vantagens de natureza social, diretamente pelo prprio Municpio. 3 - O servidor ocupante exclusivamente de cargo de provimento em comisso, que no seja titular de cargo efetivo na administrao pblica, ser contribuinte compulsrio do sistema nacional de previdncia social, pelo qual sero atendidas as prestaes correspondentes, ficando excludo do Plano de Seguridade Social de que trata este Ttulo VII. Art. 188 - O Plano de Seguridade Social visa dar cobertura aos riscos a que est sujeito o servidor e sua famlia, e compreende um conjunto de benefcios e aes que atendam s seguintes finalidades: I - garantir meios de subsistncia nos eventos de doena, invalidez, velhice, acidente em servio, inatividade, falecimento e recluso. II - proteo maternidade.

Art. 189 - Os benefcios do Plano de Seguridade Social compreendem: I - quando ao servidor:

48

a) aposentadoria; b) salrio-famlia; c) licena para tratamento de sade; d) licena gestante e adotante. (NR)Alnea alterada pela lei n 1.655, de 24.09.2002. A redao original dispunha o seguinte: d) licena gestante;

e) licena por acidente em servio;

II - quanto ao dependente: a) penso por morte; b) auxlio-recluso. Pargrafo nico - Os benefcios de aposentadoria e penso por morte, sero atendidas mediante o sistema prprio de previdncia social, de natureza contributiva, conforme lei especfica.

CAPTULO II DOS BENEFCIOS SEO I Da aposentadoria Art. 190 - O servidor efetivo ser aposentado, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do 3 deste artigo: I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuio, exceto se

decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, especificadas em lei; II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio; III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de 10 (dez) anos de efetivo exerccio no servio pblico e 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas as seguintes

49

condies: a) 60 (sessenta) anos de idade e 35 (trinta e cinco) de contribuio, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade e 30 (trinta) de contribuio, se mulher; b) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. 1 - Consideram-se doenas graves, contagiosas ou incurveis, a que se refere o inciso I deste artigo: tuberculose ativa, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no servio pblico, hansenase, cardiopatia grave, doena de Parkinson, paralisia irreversvel e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avanados do mal de Paget (osteite deformante), sndrome da imunodeficincia adquirida - AIDS -, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada. 2 - Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em 5 (cinco) anos, em relao ao disposto no 1, III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. 3 - Os proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, sero calculados com base na remunerao do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na forma da lei, correspondero totalidade da remunerao. Art. 191 - A aposentadoria compulsria ser automtica e declarada por ato, com vigncia a partir do dia imediato quele em que o servidor atingir a idade limite de permanncia no servio ativo. Art. 192 - A aposentadoria voluntria ou por invalidez vigorar a partir da data da publicao do respectivo ato. 1 - A aposentadoria por invalidez ser precedida de licena para tratamento de sade, salvo quando laudo de junta mdica concluir desde logo pela incapacidade definitiva para o servio pblico. 2 - Ser aposentado o servidor que, aps vinte e quatro meses de licena para tratamento de sade, for considerado invlido para o servio, mediante laudo de junta mdica. Art. 193 - O provento de aposentadoria ser revisto na mesma data e proporo, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade. Art. 194 - So estendidos aos inativos quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando

50

decorrentes da transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria. Art. 195 - O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de servio, se acometido de qualquer das molstias especificadas no art. 190, pargrafo primeiro, ter o provento integralizado. Art. 196 - Quando proporcional ao tempo de servio, o provento no ser inferior ao valor do salrio mnimo nos casos constitucionalmente admitidos. Art. 197 - Alm do vencimento do cargo, integram o clculo do provento: I o adicional por tempo de servio;A redao original dispunha o seguinte: I - o valor da funo gratificada, ou das gratificaes pagas aos membros do magistrio a ttulo de direo de escola, vice-direo de escola, superviso escolar e regncia de classe, se o servidor contar com pelo menos cinco anos de percepo de qualquer uma destas gratificaes e se estiver percebendo, por ocasio da aposentadoria uma das gratificaes, pelo prazo mnimo de dois anos;

II o valor da funo gratificada, se j incorporada ao vencimento do servidor por lei especfica (NR)Inciso II alterado pela lei n 1.655, de 24.09.2002.

A redao original dispunha o seguinte: II - o adicional por tempo de servio;

III - o adicional noturno e o adicional pelo exerccio de atividade em condies penosas, insalubres ou perigosas, proporcionalmente aos anos completos de exerccio com percepo da vantagem. Art. 198 - Ao servidor aposentado ser paga a gratificao natalina, no ms de dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento.

SEO II Do salrio-famlia Art. 199 - O salrio-famlia ser devido ao servidor ativo ou inativo que tenha renda bruta mensal igual ou inferior fixada para a concesso da vantagem pela legislao federal, na proporo do nmero de filhos ou equiparados. Pargrafo nico - Consideram-se equiparados para efeitos deste artigo o enteado e o menor tutelado, mediante declarao do segurado e desde que comprovada a dependncia econmica. Art. 200 - O valor da cota do salrio-famlia ser pago mensalmente no valor estabelecido pelo Regime Geral de Previdncia Social, por filho menor ou equiparado, at completar quatorze anos, ou invlido de qualquer idade.

51

1 - Quando ambos os cnjuges forem servidores do Municpio, assistir a cada um, separadamente, o direito percepo do salrio-famlia com relao aos respectivos filhos ou equiparados. 2 - No ser devido o salrio-famlia relativamente ao cargo exercido cumulativamente pelo servidor, no Municpio. 3 - assegurado o pagamento do salrio-famlia durante o perodo em que, por penalidade, o servidor deixar de perceber remunerao. Art. 201 - O salrio-famlia ser pago a partir do ms em que o servidor apresentar repartio competente a prova de filiao ou condio de equiparado, e, se for o caso, da invalidez. Pargrafo nico - O pagamento do salrio-famlia condicionado apresentao da documentao exigida pela legislao federal pertinente.

SEO III Da licena para tratamento de sade

Art. 202 - Ser concedida ao servidor licena para tratamento de sade, a pedido ou de ofcio, com base em exame mdico, sem prejuzo da remunerao a que fizer jus. Art. 203 - Para licena at quinze dias, a inspeo ser feita por mdico do servio oficial do prprio Municpio e, se por prazo superior, por junta mdica oficial. Pargrafo nico - Inexistindo mdico do Municpio, ser aceito atestado firmado por outro mdico, nas licenas at quinze dias. Art. 204 - Ser punido disciplinarmente com suspenso de quinze dias, o servidor que se recusar ao exame mdico, cessando os efeitos da penalidade logo que se verifique o exame. Art. 205 - A licena poder ser prorrogada: I - de ofcio, por deciso do rgo competente; II - a pedido do servidor, formulado at trs dias antes do trmino da licena vigente. Art. 206 - O servidor licenciado para tratamento de sade no poder dedicar-se a qualquer outra atividade remunerada, sob pena de ter cassada a licena.

52

SEO IV Da licena gestante e adotante Art. 207. Ser concedida servidora gestante Licena Maternidade de 180 (cento e oitenta dias), sem prejuzo da remunerao. 1. A licena dever ter incio entre o primeiro dia do nono ms de gestao e a data do parto, salvo antecipao por prescrio mdica. 2. No caso de nascimento prematuro, a licena ter incio a partir do parto. 3. Durante os ltimos sessenta (60) dias do perodo da licena, cometer falta disciplinar a servidora que exercer qualquer atividade remunerada, no podendo a criana ser mantida em creche ou organizao similar, sob pena de perda do benefcio. 4. A licena ser igualmente concedida no caso de natimorto.Artigo alterado pela lei complementar n 18, de 10.07.2009. A redao anterior dispunha o seguinte: Art. 207. Ser concedida, mediante laudo mdico licena servidora gestante, por cento e vinte dias consecutivos, sem prejuzo da remunerao. 1. A licena dever ter incio entre o primeiro dia do nono ms de gestao e a data do parto, salvo antecipao por prescrio mdica. 2. No caso de nascimento prematuro, a licena ter incio a partir do parto. (NR) Artigo alterado pela lei n 1.655, de 24.09.2002. A redao original dispunha o seguinte: Art. 207 - Ser concedida, mediante laudo mdico, licena servidora gestante, por cento e vinte dias consecutivos, sem prejuzo da remunerao.

Art. 208. No caso de aborto no criminoso, atestado por mdico oficial, a servidora ter direito a duas semanas de repouso remunerado. (NR)Artigo alterado pela lei n 1.655, de 24.09.2002.

A redao original dispunha o seguinte: Art. 208 - A licena dever ter incio entre o primeiro dia do nono ms de gestao e a data do parto, salvo antecipao por prescrio mdica. Pargrafo nico - No caso de nascimento prematuro, a licena ter incio a partir do parto.

Art. 209. servidora que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoo de criana ser concedida licena- maternidade. (NR)Artigo alterado pela lei n 1.655, de 24.09.2002.

A redao original dispunha o seguinte: Art. 209 - No caso de aborto no criminoso, atestado por mdico oficial, a servidora ter direito a duas semanas de repouso remunerado.

53

SEO V Do prazo e documentao da licena por adoo

Art. 210. No caso de adoo ou guarda judicial de criana at 1 (um) ano de idade, ser concedida servidora licena de 180 dias, sem prejuzo da remunerao. Pargrafo nico. Durante os ltimos sessenta (60) dias do perodo da licena, cometer falta disciplinar a servidora que exercer qualquer atividade remunerada, no podendo a criana ser mantida em creche ou organizao similar, sob pena de perda do benefcio.Artigo alterado pela lei complementar n 18, de 10.07.2009. A redao anterior dispunha o seguinte: Art. 210. No caso de adoo ou guarda judicial de criana at 1 (um) ano de idade, o perodo de licena ser de 120 (cento e vinte) dias.(NR)

Artigo alterado pela lei n 1.655, de 24.09.2002. A redao original dispunha o seguinte: Art. 210 - Ser licenciado com remunerao integral, o servidor acidentado em servio.

Art. 211. No caso de adoo ou guarda judicial de criana a partir de 1 (um) ano de idade at (quatro) anos de idade, o perodo de licena ser de 90 (noventa) dias. Pargrafo nico. Durante os ltimos trinta (30) dias do perodo da licena, cometer falta disciplinar a servidora que exercer qualquer atividade remunerada, no podendo a criana ser mantida em creche ou organizao similar, sob pena de perda do benefcio.Artigo alterado pela lei complementar n 18, de 10.07.2009. A redao anterior dispunha o seguinte: Art. 211. No caso de adoo ou guarda judicial de criana a partir de 1 (um) ano de idade at (quatro) anos de idade, o perodo de licena ser de 60 (sessenta) dias.(NR)

Artigo alterado pela lei n 1.655, de 24.09.2002. A redao original dispunha o seguinte: Art. 211 - Configura acidente em servio o dano fsico ou mental sofrido pelo servidor e que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuies do cargo exercido. Pargrafo nico- Equipara-se ao acidente em servio o dano: I - decorrente de agresso sofrida e no provocada pelo servidor no exerccio do cargo; II- sofrido no percurso da residncia para o trabalho e vice-versa.

Art. 212. No caso de adoo ou guarda judicial de criana a partir de 4 (quatro) anos de idade at 8 (oito) anos de idade, o perodo de licena ser de 45 (quarenta e cinco) dias. Pargrafo nico. Durante os ltimos quinze (15) dias do perodo da licena, cometer falta disciplinar a servidora que exercer qualquer atividade remunerada, no podendo a criana ser mantida em creche ou organizao similar, sob pena de perda do benefcio. (NR)

54

Artigo alterado pela lei complementar n 18, de 10.07.2009. A redao anterior dispunha o seguinte: Art. 212. No caso de adoo ou guarda judicial de criana a partir de 4 (quatro) anos de idade at 8 (oito) anos de idade, o perodo de licena ser de 30 (trinta) dias.(NR)

Artigo alterado pela lei n 1.655, de 24.09.2002. A redao original dispunha o seguinte: Art. 212 - O servidor acidentado em servio que necessite de tratamento especializado poder ser tratado em instituio privada conta de recursos pblicos. Pargrafo nico - O tratamento de que trata este artigo, recomendado por junta mdica oficial, constitui medida de exceo e somente ser admissvel quando inexistirem meios e recursos adequados em instituio pblica.

OBSERVAO: A Lei Complementar n 18 regrou em seu artigo segundo que: Art. 2. As servidoras que, quando da sano desta Lei Complementar, estiverem gozando da Licena Maternidade sero automaticamente beneficiadas pelos novos prazos de afastamento.Art. 213. A licena-maternidade ser concedida mediante apresentao do termo judicial de guarda adotante ou guardi.(NR)Artigo alterado pela lei n 1.655, de 24.09.2002. A redao original dispunha o seguinte: Art. 213 - A prova do acidente ser feita atravs de sindicncia no prazo de cinco dias, prorrogvel quando as circunstncias o exigirem.

SEO VI Da penso por morte Art. 214 - A penso por morte ser devida mensalmente ao conjunto de dependentes do servidor falecido, aposentado ou no, a contar do bito, observada a precedncia estabelecida no art. 216. Pargrafo nico - O valor mensal e integral da penso a que tem direito o conjunto de beneficirios ser igual ao total da remunerao computvel para o provento de aposentadoria do servidor ou, se aposentado, ao valor do prprio provento. Art. 215 - O valor mensal integral da penso por morte em nenhuma hiptese ser inferior ao valor do salrio mnimo. Art. 216 - So beneficirios da penso por morte, na condio de dependentes do servidor: I - o cnjuge, a companheira, o companheiro e o filho no emancipado, de qualquer condio, menores de 21 anos ou invlido; II - os pais; III - o irmo no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 anos ou invlido; 1 - A existncia de dependentes de qualquer das

55

classes deste artigo exclui do direito s prestaes os das classes seguintes. 2 - O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declarao do segurado e desde que comprovada a dependncia econmica. 3 - Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantm unio estvel com o segurado ou com a segurada, de acordo com o 3 do art. 226 da Constituio Federal. 4 - A dependncia econmica das pessoas indicadas no inciso I presumida e a