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Políticas Culturais -‐ Panorama Internacional Lia Calabre
Visada histórica do panorama internacional
Para o estudioso mexicano Eduardo Nivón Bolán, um dos principais
elementos de diferenciação do tempo presente (final do século XX e início do XXI) é
o da percepção da política cultural como globalidade, como uma concepção que
articula ações isoladas, aplicadas, há muito tempo, pelos governos e organizações
diversas aos distintos setores culturais. Esta é uma afirmativa que se aplica bem à
realidade latino-americana. A presente disciplina tem como objetivo apresentar uma
síntese do panorama internacional, tendo como principal foco as experiências latino-
americanas pós anos 2000, dialogando com os documentos e tratados
internacionais contemporâneos.
Um marco internacional na institucionalização do campo da cultura foi o da
criação, em 1959, do Ministério de Assuntos Culturais da França, promovendo
ações que se tornaram referência para diversos países ocidentais. Philippe Urfalino
em um estudo sobre o que denomina de a “invenção da política cultural da França”
chama a atenção para o fato de que a política cultural evolui a partir do somatório de
ações dos segmentos administrativos, dos organismos em geral e dos meios
artísticos interessados e que, de certa forma, os estudos de política cultural
contribuem para a constituição de uma espécie de história da ideologia cultural do
Estado. (Urfalino, 2004. p 10-11)
Vivemos, na América Latina, em uma conjuntura que guarda muito da
herança do processo histórico originado na década de 1930, momento de
fortalecimento e modernização dos Estados Nacionais, no qual o campo da cultura,
vinculado ao da educação, também foi objeto de elaboração de políticas. Nas
décadas de 1960 e 1970, podem ser identificadas novas iniciativas, por parte dos
governos, em inserir a cultura no campo das políticas públicas. Em muitos países da
América Latina, esse período correspondeu ao dos governos autoritários, às
ditaduras militares. A partir da década de 1980, de maneira gradativa e diferenciada,
as questões das políticas culturais foram sendo incorporadas aos programas de
governo, dentro da perspectiva da construção de sociedades mais democráticas e
menos desiguais. No século XXI, a base do conceito de política cultural foi
deslocada para a da ação articulada entre o Estado e a sociedade como um todo –
nas suas frações organizadas ou não. Ou seja, a premissa é a de que uma política
cultural é, por essência, democrática, logo, só pode ser construída de forma
participativa.
A premissa geral que se coloca logo de início de nossa discussão é a de com
que noção de política os governantes atuaram (ou estão atuando): mais coercitiva,
menos autoritária, inclusiva, democrático-participativa, socializada? A partir daí
podemos entender melhor como se estabeleceram as relações Estado e cultura. Ao
longo do século XX, na América Latina, os países vivenciaram várias formas de
governo: autoritários (com e sem ditaduras) ou democráticos (com e sem
participação social), aristocráticos ou populares (alguns populistas), liberais ou
conservadores, progressistas ou tradicionalistas, muitas vezes através de modelos
híbridos, nos quais várias dessas características podem ser identificadas e que
influenciam de maneira decisiva, ainda hoje, os processos de gestão de políticas
públicas.
Na história das políticas culturais na América Latina, encontramos, por
exemplo, governos autoritários que só se preocuparam com as questões culturais
naquilo que dizia respeito à censura e à repressão da oposição política. Mas
também existiram aqueles que construíram e reformularam instituições culturais,
incentivando a produção e a difusão das manifestações culturais – sem desprezar o
fato que estes últimos também perseguiram as oposições políticas, reprimindo
duramente as expressões culturais que apresentassem antagonismos ao grupo e a
ideologia no poder. Por outro lado, tivemos governos democráticos que optaram por
uma política neoliberal, entregando o investimento e o poder de decisão ao
mercado, não se preocupando em construir modelos de gestão participativos ou
inclusivos.
Em 1982, ocorreu no México a Conferência Mundial sobre as Políticas
Culturais (Mondiacult). Como resultado da Conferência foi produzida a Declaração
do México sobre as Políticas Culturais, tomando a cultura em seu conceito mais
amplo, como algo que “engloba además de las artes y las letras, los modos de vida,
lo derechos fundamentales al ser humano, los sistemas de valores, las tradiciones y
las creencias”. (UNESCO. 1982. p. 8) O documento passou a servir de base para
uma série de discussões e de resoluções que tiveram lugar em diversos países da
América Latina.
A grande tônica das políticas culturais, nos anos 1980, é a da
democratização, do acesso e direito a produção estendido para toda a população e
a proteção do patrimônio. A problemática está em clara consonância com a
conjuntura que vai sendo estabelecida a partir do fim das ditaduras militares no
continente americano. A Declaração do México, em um de seus princípios,
estabelece que:
La cultura procede de la comunidad entera y a ella debe regresar. No
puede ser privilegio de elites ni en cuanto a su producción ni en cuanto
e sus benefícios. La democracia cultural supone la mas ampla
participación del individuo y la sociedad en el proceso de creación de
bienes culturales, en la toma de decisiones que conciernen a la vida
cultural y en la difusión y disfrute de la misma. (UNESCO. 1982. p. 10)
No outro lado do oceano, temos a França, que tem se mantido como um
paradigma (oral real, ora imaginário) para a discussão do fortalecimento da ação do
Estado na cultura. Fazendo uma recomposição sintética da conjuntura francesa,
podemos dizer que a proposta fundadora da criação de um ministério que tinha
como missão tornar acessíveis as principais obras da humanidade, em 1959, foi
duramente criticada pelo movimento de maio de 1968. O projeto de democratização
da cultura, centralizado e concentrador de poder de decisão colocado em prática
pelo Ministério francês, foi perdendo força ao longo dos anos 1960 e 1970. As
pesquisas realizadas em meados da década de 1970 sobre as práticas culturais,
demonstraram a pouca efetividade do projeto de democratização cultural
desenvolvido da maneira centralizada e, mesmo, elitista. Já nos final dos anos 1970,
tem início um movimento que reconhece o papel das coletividades locais na decisão
sobre a aplicação dos recursos.
A base da discussão das políticas francesas se desloca em 1980 para a ideia
de que a função do Ministério era a de permitir que todos os franceses cultivassem
sua capacidade de inventar e criar, ou seja, favorecendo a criação de obras e
pensamentos que deveriam estar em diálogo com outras do mundo todo. Ao
mesmo tempo, lentamente vai se ampliando a capacidade de decisão dos territórios.
Na década de 1990, as políticas culturais francesas tomaram como questão
principal a defesa da exceção cultural que, na década seguinte, vai ser tratada nos
documentos internacionais como diversidade cultural. Essa questão vai ser tomada
como uma pauta importante pela Europa. Em 2003, os europeus (os franceses em
especial) conseguem que ela seja deslocada da pauta da Organização Mundial do
Comércio (OMC) para a da Unesco, gerando o processo de construção da
Convenção da Diversidade. No caso da condução interna das políticas culturais
francesas, há um fortalecimento na gestão e coordenação das ações no nível
regional, deixando para o nível central questões de caráter nacional e internacional.
Os anos 2000
Como já foi dito no início dessa disciplina, os anos 2000 vêm se mostrando
extremamente ricos no surgimento de processos de construção de políticas culturais
em diversos países da América Latina. Alguns países vêm realizando esforços para
que os planos elaborados passem do campo das boas intenções, sem existência
real, para o das práticas efetivas. Essa não é uma tarefa fácil, implica na efetiva
inserção da cultura na pauta das políticas públicas.
Dentro dessa alteração no cenário das políticas públicas latino-americanas,
algumas ações realizadas em âmbito internacional têm tido papéis fundamentais.
Podemos destacar, entre tais ações, a aprovação da Convenção da Diversidade
Cultural da Unesco e a construção de Agenda 21 da Cultura. Os compromissos
internacionais obrigam os governos a construírem novas agendas políticas.
Somando-se a estas ações internacionais, temos os esforços individuais, realizados
por diversos países, de elaboração de legislações culturais e implementação de
planos de cultura.
Podemos começar com a Colômbia que implementou o “Plan Nacional de
Cultura – Hacia una ciudadanía democrática y cultural” 2001-2010. O plano
colombiano serviu de referência para outros países latinoamericanos. Foi construído
a partir da realização de vários foros participativos e cumpriu um papel fundamental
dentro de uma conjuntura de violência crescente vivida pela Colômbia – em grande
parte, ligada a questões do narcotráfico, que afeta os países do continente como um
todo. O plano colombiano estava centrado em três campos de ação: participación;
creación y memória e diálogo cultural, que foram desenvolvidos através onze
princípios gerais, resumidos abaixo:
1. La construcción de una ciudadania de democracia cultural y plural
(...); 2. La configuración de un proyecto colectivo de Nación (...); 3. El
Estado como garante del reconocimiento y respeto por la diversidad
cultural (...); 4. La conjunción de la creación y las memórias (...); 5. La
creación cultural individual y coletiva en condiciones de equidad,
liberdad y dignidad (...); 6. La democratización de la criacción y de su
circulación, goce y disfrute en los ámbiros locales, regionales,
nacionales e internacionales; 7. El reconocimiento de los procesos
socioculturales (...); 8. La valoración de la naturaleza desde lo cultural
(...); 9. La apreciación creativa de las memorias (...); 10. La
interrelación y articulación de las políticas culturales en el orden local,
regional, nacional y global (...); e, 11. Lo cultural como base para la
construcción del desarrollo social, político e econômico. (Plan Nacional
de Cultura. 2001.p. 33-34)
Ao longo dos anos 2000, uma série de planos setoriais e ações foram
colocada em prática, na tentativa de dar efetividade ao previsto no Plan Nacional.
Segundo Marta Elena Bravo, os principais projetos culturais desenvolvidos foram: o
plan nacional de lectura y biblioteca; o plan nacional de musica para la convivência;
o plan nacional de cultura y convivência; el plan de las artes 2006-2010; o sistema
de información cultural; e, as políticas de cooperación internacional. (Bravo. 2008. p.
149-150) O plano colombiano não foi reelaborado para o próximo decênio. O
documento “Compêndio de Políticas Culturais” sistematizado pelo Ministério da
Cultura em 2010, traz uma ênfase nas políticas setoriais, mas as dinâmicas de ação
da gestão foram muito alteradas. Aqui é interessante estabelecer um paralelo com o
Plano Nacional de Cultura do Brasil que, diferentemente do colombiano, é
regulamentado como uma lei, o que permite um nível de cobrança mais intenso, por
parte da sociedade, sobre sua efetividade e continuidade.
No caso da Argentina, depois de viver uma grave crise econômica até 2002, a
Secretaría de Cultura de la Nación desenvolveu um projeto de redesenho da
estrutura das políticas culturais do país, propondo:
La construcción de ciudadanía y de participación democrática,
superando o elitismo y el patrimonialismo própios de una área
usualmente conservacionista. Recupera una noción amplia de cultura
más allá de lo artístico, orientada hacia la recomposición de las
relaciones sociales desarticuladas durante la hegemonía de las
políticas neoliberales, y hacia la inclusión social de los sectores que
fueron sumergidos en la pobreza y el desempleo. (Bayardo. 2008. p.
39)
Ainda segundo Rubens Bayardo, em 2004, foi publicado o Plan Quinquenal
para uma Revolución Cultural em Argentina, com um caráter diferente dos
anteriores, “pues se trata de un folleto firmado por el Secretario como uma propuesta
personalizada”(Bayardo. 2008. p. 31) O novo documento reafirma a necessidade de
dotar a área da cultura de recursos financeiros e humanos, promover apoio as
áreas artísticas, realizar a atualização das instituições culturais clássicas, promover
as organizações populares com o fortalecimento da identidade nacional. Como um
desdobramento dessa nova visão, em 2006, foi realizado o primeiro Congresso
Argentino de Cultura: Hacia Políticas Culturales de Estado: Inclusion Social y
Democracia.
O Congresso Argentino de Cultura produziu a Declaração de Mar del Plata,
que foi assinada pelos: Secretário de Cultura da Nação, secretários provinciais,
presidente da comissão de Cultura do Congresso, entre outros presentes e que
estabelece que:
...el Estado es responsable del acceso equitativo a los bienes y
servicios culturales, para facilitar la inserción de todos los sectores de
la población en sus circuitos de formación, producción y consumo.
Consideramos que se debe estimular el arte en todas sus formas y
proteger el patrimonio tangible e intangible, garantizando su cuidado y
puesta en valor para el disfrute de todos.
Reconocemos el carácter multicultural de la sociedad argentina y el
aporte de los pueblos originarios y colectividades de inmigrantes a la
construcción de la identidad nacional. (...)Consideramos asimismo a la
cultura como un motor del desarrollo económico y social, generadora
de inclusión y empleo. (Declaración. 2006)
Entre os compromissos firmados na Declaração estavam os de elaborar um
plano estratégico nacional para a cultura, o da realização de um novo Congresso
dois anos depois e o da construção de um Sistema Nacional de Informação Cultural.
Este último está em pleno funcionamento, disponibilizado em um site da internet um
mapa cultural da Argentina, além de informações sobre legislação, comércio,
estatística, orçamento, programas, estrutura, organizacional, entre outras. -
http://sinca.cultura.gov.ar/ Em outubro de 2008, ocorreu o segundo Congresso
Argentino de Cultura, mas que, diferentemente do primeiro, com pequena
repercussão e publicização dos resultados.
No México, segundo Lucina Jimenez, na primeira metade dos anos 2000,
entre as ações que foram privilegiadas, está a das análises estatísticas, com
estudos sobre as práticas culturais e as culturas urbanas realizadas pela
Universidade Autônoma Metropolitana. Algumas áreas, como a da formação de
leitores, foram contempladas com estudos particularizados.
Esteve em vigor, no México, o Programa Nacional de Cultura – 2007-2012,
que é apresentado como o resultado de uma grande consulta popular e como a base
para a realização da necessária atualização do modelo de administração da cultura
e da definição das políticas culturais. O Programa Nacional tem como eixos de ação:
patrimonio e diversidade cultural; infraestructura cultural; promoción cultural nacional
e internacional; estímulos públicos a la criación y mecenazgo; formación y
investigación antropológica, histórica, cultural y artística; esparciamento cultural y
fomento a la lectura; cultura y turismo; e, indústrias culturales. Segundo Lucina
Jimenez, o setor cultural mexicano vivencia um debate sobre futuro da estruturação
das políticas culturais que necessitam “actualizarse no solo porque el Estado no
dispone de muchos recursos para la cultura, sino porque la globalización, la
aparición de nuevos agentes sociales y las necesidades de uma enorme población,
así lo requiere.” (Gimenez. 2008. p. 208)
Podemos identificar algumas questões que pautam os debates
contemporâneos latino-americanos no campo das políticas culturais. Uma delas é a
da economia da cultura. O estabelecimento do percentual representado pelo setor
cultura dentro do PIB dos países, a construção de contas satélites de cultura, a
capacidade de gerar emprego do setor, são hoje preocupações centrais em diversos
países latino-americanos. Isso não significa avaliar ou validar a produção cultural de
um país através de indicadores econômicos ou de elaborar políticas culturais
somente para o fortalecimento dos mercados de bens culturais, mas de trabalhar a
cultura também na dimensão econômica. O desenvolvimento econômico local é
desejável dentro do processo de elaboração de uma política cultural democrática,
mas de maneira alguma pode ser o principal objetivo desta.
Uma outra grande questão contemporânea a ser enfrentada pelas políticas
culturais é a dos conteúdos que circulam através dos meios de comunicação de
massa. No Brasil, a televisão chega a 91,4% das residências, parte significativa de
população passa mais de três horas diária em frente a um aparelho de TV. Enquanto
isso 98% dos filmes televisivos são produzidos fora do país. A problemática da
democratização dos meios de comunicação de massa, da diversificação dos
conteúdos, da presença massiva de programação estrangeira, da regionalização da
produção da produção interna e a desconcentração da propriedade, são questões
levantadas, de maneira recorrente, nos espaços de debate nacionais. Em um artigo
de 2001, intitulado “Por qué legislar sobre industrias culturales” Garcia-Canclini
discute o lugar hoje ocupado pelos meios de comunicação de massa nas
sociedades contemporâneas. Segundo o autor, entre os argumentos que
justificariam a ação do estado sobre o setor, estão o de que as indústrias culturais
têm um papel fundamental na esfera pública e na formação da cidadania, cumprindo
um papel estratégico e proeminente do desenvolvimento econômico; que é uma
zona de forte competitividade (com tendências monopolistas), somando-se a estes o
fato de que a desregulamentação total traz ameaças aos patrimônios tangíveis e
intangíveis de cada nação. (Garcia-Canclini, Nestor. 2001. s.n.)
Segundo Lucina Jiménez,
La globalidad reclama, de las políticas culturales gubernamentales,
flexibilidad, operatividad y agilidad para convertirse en una política de
Estado que reconozca a los nuevos actores sociales que ejercen la
gestión cultural y son partícipes del deseño de otras políticas.
(Jimenéz. 2006. p. 33)
Uma outra e não menos importante questão é a da construção de políticas culturais
em novas bases, a partir de lógicas operacionais melhor adequadas as dinâmicas
próprias do campo cultural, levantada por Lucina Jiménez. O sucesso e a
sustentabilidade de tais políticas estão intrinsecamente ligadas à capacidade do
Estado de fomentar e permitir o envolvimento de novos atores sociais como
partícipes diretos desse processo de construção de novos cenários para as políticas
culturais nos países latino-americanos.
Conceitos-‐chave da disciplina
Políticas Publicas
“Políticas públicas são decisões que envolvem questões de ordem pública com abrangência ampla e que visa a satisfação do interesse da coletividade. Podem também ser compreendidas como estratégias de atuação públicas, estruturada por meio de um processo decisório composto de variáveis complexas que impactam na realidade.”
(CASTRO, Carmem Lucia F.; GONTIJO, Cynthia Rúbia B.; e, AMABLE, Antonio Eduardo. Dicionário de Políticas Públicas. Barbacena, EdUEMG, 2012. p. 390)
Disponível em: http://pt.calameo.com/read/0016339049620b36a7dac
Políticas Culturais
“...os estudos recentes tendem a incluir sob esse conceito o conjunto de intervenções realizadas pelo Estado, as instituições civis e grupos comunitários organizados a fim de orientar o desenvolvimento simbólico, satisfazer as necessidades culturais da população e obter consenso para um tipo de ordem ou de transformação social. Porém esta maneira de caracterizar o âmbito das políticas culturais necessita sem ampliada tendo em conta o caráter transnacional dos processos simbólicos e materiais na atualidade.”
GARCIÁ CLANCLINI, Nestor. Definiciones en transición. IN: MATO, Daniel. Cultura, política y sociedad: perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. P. 40)
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