104
O Terceiro Salto 2007 I 2016 Estratégia Turística da Bahia Estratégia Turística da Bahia

Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

O Terceiro Salto

2007 I 2016

EstratégiaTurística da BahiaEstratégiaTurística da Bahia

Page 2: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos
Page 3: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

O Terceiro Salto2007 I 20162007 I 2016

EstratégiaTurística da Bahia

Secretaria do Estado da BahiaSalvador, Bahia

2011

Page 4: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos
Page 5: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Governo do Estado da BahiaJaques Wagner

Secretaria de TurismoAntonio Carlos Marcial Tramm

Empresa de Turismo da BahiaEmília Salvador Silva

Superintendência de Investimentos em Polos TurísticosClarissa Maria de Azevedo Amaral

Superintendência de Serviços TurísticosRita de Cássia Magalhães

Governador

Secretário

Presidente

Superintendente

Superintendente

Page 6: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Estratégia Turística da Bahia : O Terceiro Salto 2007-2016

Clarissa Maria de Azevedo Amaral – SuperintendenteÉrico Pina Mendonça Júnior – Assessor Técnico

Inez Maria Amor Dantas Garrido – Assessora TécnicaReinaldo Moreira Dantas – Assessor Técnico

Superintendência de Investimentos em Polos Turísticos- Suinvest

Tânia Feitosa

Arquivo Setur-Bahiatursa

Silmara Menezes

Qualigraf

Equipe Técnica

Planejamento editorial e edição

Revisão

Fotografias

Projeto gráfico e editoração eletrônica

Impressão

Secretaria de Turismo do Estado da BahiaAvenida Tancredo Neves, 776 Bloco B, 8° andar – Pituba.

Cep: 41. 820-020 Tel: (71) 3116-4151e-mail: [email protected]

Salvador - Bahia

© Copyright 2011, Secretaria de Turismo / Superintendência de Investimentos em Polos Turísticos - SUINVEST

B135 Bahia. Secretaria de Turismo. Superintendência de Investimentos emTurísticos - Suinvest.

Estratégia Turística da Bahia : O Terceiro Salto 2007-2016 Secretaria deTurismo. - Salvador : Setur, 2011.

100p. : il.

ISBN: 978-85-64209-01-5

1. Turismo. 2. Turismo - Bahia. 3. Política Pública. 4. Planejamento.5. Administração. I. Título

CDD. 338.47918142

/

Polos

Page 7: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

9

14

16

16171820212323

27

29293247

55

55

6972

75

767878808181

82

828284

86

86

90

92

95

96

56

56

Planejamento e GestãoO PTN 2011-2014Diagnóstico do Turismo no BrasilCenários e ProjeçõesCondições ExternasCondições InternasTurismo no Brasil 2011-2014

Fluxo TurísticoAnálise Comparativa do Destino Turístico BahiaNova Geografia TurísticaDiagnóstico do Turismo Baiano

Composição da Estratégia

Eixo Estratégico InovaçãoEixo Estratégico Qualificação dos Serviços e do DestinoEixo Estratégico Integração Econômica

Captação de EventosPromoção NacionalPromoção InternacionalPublicidadeRelacionamento com a ImprensaComunicação Dirigida

Programa de RegionalizaçãoPrograma de Gestão ParticipativaPrograma de Turismo Sustentável

Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014

XXXI Jogos Olímpicos – Rio 2016INTRODUÇÃO

O TURISMO NO MUNDO

O TURISMO NO BRASIL

O TURISMO NA BAHIA

FUNDAMENTOS PARA A ESTRATÉGIA

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS

PROMOÇÃO E MARKETING DA BAHIA

PROGRAMAS TRANSVERSAISAOS EIXOS ESTRATÉGICOS

PROGRAMAS ESPECIAIS

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

APÊNDICE

SUMÁRIO

Page 8: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos
Page 9: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

O desenvolvimento do turismo na Bahia pode ser dividido

em três fases distintas, marcadas por ações específicas,

que o ex-secretário Domingos Leonelli denominou de

“saltos”. O Primeiro Salto ocorreu entre 1934 e 1969, e se

caracterizou pela construção da identidade turístico-

cultural. A formação, no imaginário popular, da terra da

magia, do encanto e do povo hospitaleiro, com foco na

cidade de Salvador.

O que se chama de Segundo Salto acontece entre 1970 e

2006, iniciando-se com o primeiro documento focado no

planejamento para o turismo, elaborado por Rômulo

Almeida, seguido da implantação de infraestrutura de

transporte, saneamento e comunicação, de parques

hoteleiros e da promoção turística da Bahia em nível

internacional, já ampliada em dez polos turísticos.

A partir de 2007, inicia-se o que aqui se denomina de

Terceiro Salto, o salto da qualidade, da inovação e da

integração econômica. Ou seja, a convergência desses

três eixos que se constituem, juntamente com o

tradicional tripé: Meio Ambiente, Social e Econômico, nas

bases que fundamentam o conceito de sustentabilidade

no turismo. Esses três eixos correspondem também às

necessidades de sustentabilidade e desenvolvimento

para o turismo baiano: atuar nas deficiências da qualidade

dos serviços e da mão de obra, na necessidade de novos

produtos turísticos e integrar os parques hoteleiros às

economias regionais do seu entorno.

Este Terceiro Salto significa também posicionar a Bahia

diante de um novo quadro de competição em que ela está

inserida.Novos destinos concorrentes colocam-se for-

temente nos mercados nacional e internacional, fatores

que reforçam a necessidade constante de inovação, da

qualidade e da integração do produto turístico baiano à

economia.

Secretário de TurismoAntonio Carlos Tramm

APRESENTAÇÃO

O Terceiro Salto do turismo na Bahia

Baía de Todos-os-Santos - Salvador

Page 10: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos
Page 11: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

1. INTRODUÇÃO

O Plano Estratégico de Turismo da Bahia – 2007-2016

visa propor as ações governamentais do setor a uma nova

realidade propiciada pelas transformações profundas que

ocorreram no Brasil no período 2003-2010, e que

também atingem a Bahia.

Na Bahia, o fluxo de turistas cresceu e diversificou-se na

sua composição. Ainda sob a égide de um estado mágico,

habitado por pessoas encantadas e encantadoras, fruto da

miscigenação do índio nativo, do branco europeu e do

negro africano, a Bahia vem se destacando no cenário

nacional e internacional como destino preferencial dos

brasileiros e um dos principais objetos de desejo do

visitante estrangeiro, como demonstram pesquisa

e matérias publicadas no

e , em 2010.

Em 2007, com a criação da Secretaria de Turismo –

SETUR, nova estrutura governamental vinculada

exclusivamente ao setor de turismo, Empresa de Turismo

da Bahia S.A. – Bahiatursa, o Governo do Estado projetou

para a atividade turística, através da formulação de

políticas públicas, a sua importância na redução das

desigualdades sociais e regionais, promovendo a

inclusão social e gerando mais emprego e renda para a

população. A capacidade do turismo em gerar novas

oportunidades de negócios, através da atração de

empreendimentos privados e do fortalecimento do

empreendedorismo das populações locais, representa

também importante foco de atuação da SETUR e a

Bahiatursa.

Para que o turismo atinja seus objetivos, a SETUR e a

Bahiatursa têm conduzido o seu processo de

desenvolvimento a partir de parâmetros que envolvem os

governos em suas três esferas, o setor privado, o terceiro

setor e as comunidades receptoras.

Os papéis desses diferentes atores sociais estão

distribuídos da seguinte forma:

· Gerar desenvolvimento econômico e social;

· Contribuir para a melhoria do IDH baiano;

· Incrementar a arrecadação e circulação de renda;

· Projetar o local como destino turístico sustentável e

competitivo;

· Aumentar a competitividade do destino Bahia;

· Proteger o patrimônio natural e cultural;

· Investir diretamente, ou através parcerias, com o setor

privado, na educação, na qualificação profissional, saúde,

segurança e infraestrutura pública necessária ao

desenvolvimento turístico;

· Garantir a segurança jurídica com legislação clara,

assegurando novos investimentos que valorizem a

sustentabilidade nas suas três vertentes;

· Atuar sinergicamente com o setor privado e o terceiro

setor na governança dos destinos turísticos;

· Estimular maior integração do turismo à economia

regional, maximizando o potencial da cadeia produtiva do

turismo.

Vox

Populi/Mtur The New York Times

The Guardian

Os governos - local, regional e nacional

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Farol da Barra - Salvador

9

Page 12: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

O Setor Privado

O Terceiro Setor

A Comunidade

Investir em novos produtos turísticos e oportunidades de

negócios;

Atuar diretamente ou em parceria com o poder público

na capacitação de recursos humanos;

Viabilizar economicamente a implantação de novas

infraestruturas;

Garantir a existência de atrativos em quantidade e

qualidade, identificados com o destino Bahia e integrados

às populações locais;

Atuar na promoção dos produtos turísticos, assegurando

sua conexão com as características diferenciais do destino;

Atuar sinergicamente com o setor público e o terceiro

setor na governança dos destinos turísticos.

Aproveitar o potencial de compra de produtos e serviços

da atividade turística para desenvolver empreendimentos

ligados à produção associada ao turismo.

Atuar junto às comunidades receptoras, ao setor público

e privado no sentido de garantir a valorização e a

preservação cultural e ambiental dos destinos;

Estruturar ações educacionais de forma direta ou em

parceria com o setor público e privado, visando à melhoria

socioeconômica das populações envolvidas na atividade

turística;

Atuar sinergicamente com o setor público e privado na

governança dos destinos turísticos.

Assegurar o respeito aos seus direitos e à valorização da

sua cultura e tradições;

Integrar-se a um processo de educação e capacitação

para assegurar sua ascensão socioeconômica a partir das

oportunidades de emprego e renda geradas pelo turismo;

Participar nos processos de tomada de decisão;

Beneficiar-se da característica do turismo como uma

cultura de paz para universalizar sua própria vida cultural,

importando e exportando conhecimentos.

Alcançando o quarto ano desta gestão, a Bahia já apresenta

resultados das novas políticas públicas formuladas e dos

investimentos realizados, tanto públicos quanto privados,

garantindo a primeira colocação no ranking dos destinos

mais desejados do país. A Bahia se consolida no cenário

nacional e internacional não só pela sua diversidade

turística como também pela crescente oferta de

infraestrutura de alto padrão.

A desconcentração da atividade turística do litoral em

direção ao interior tem possibilitado o aumento da

permanência do turista no Estado, principalmente dos

visitantes de outros países, cujo número médio de

pernoites cresceu de 3,8 para 5,8 dias, segundo dados

revelados pela pesquisa realizada pela Fundação Instituto

de Pesquisas Econômicas – FIPE (2008-2009).

A promoção do São João como evento turístico e a atração

do GP Bahia de são exemplos de ações que vêm

minimizando os efeitos da sazonalidade, proporcionando

demanda turística nos períodos de baixa estação.

O fortalecimento da inserção do turismo na matriz

econômica da Bahia, portanto, já é uma realidade

facilmente verificada pelo montante de recursos que está

sendo aplicado pela iniciativa privada em todo o Estado.

Esses investimentos, além de qualificarem os destinos,

incrementam as economias locais e regionais e permitem

a geração de trabalho e renda para as populações do

entorno.

Stock Car

10

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 13: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

O desempenho verificado na atração de investimentos vem

confirmar a eficiência das políticas públicas e o acerto das

estratégias adotadas para garantir à Bahia a condição de

principal destino de lazer do país.

Para isso, a SETUR e a Bahiatursa vêm trabalhando de

forma integrada, articulando a implantação de políticas

públicas com a promoção e divulgação do destino Bahia,

dentro de três grandes eixos estratégicos: inovação,

qualificação dos serviços e do destino e integração

econômica, que se constituem na base da nova política de

Governo, conforme estabelece o Plano Plurianual do

Governo do Estado PPA 2008–2011.

Um dos objetivos dessa política é incrementar a

participação do turismo no Produto Interno Bruto estadual,

tornando a Bahia destino modelo e preferencial no cenário

nacional e internacional, com práticas sustentáveis,

aproveitando e valorizando a diversidade do Estado. Este

novo marco conceitual parte de estudos técnicos

realizados, que apontaram a necessidade de um novo

salto, enfatizando a inovação de produtos turísticos, a

qualidade desses produtos e dos serviços e a sua maior

integração à economia do Estado, estruturando a cadeia

produtiva do turismo em território baiano.

Esses três eixos passaram a ser entendidos como uma

necessidade e não apenas como uma simples opção,

sendo trabalhados conjuntamente na decisão de novos

investimentos em infraestrutura, na atração de

investimentos, na política de qualificação da mão de obra e

na promoção e divulgação do destino.

Para agregar inovação ao turismo baiano, o Governo do

Estado vem investindo em novos produtos, segmentos e

serviços, a exemplo do Turismo Étnico, do Enoturismo, do

Turismo Náutico e do Turismo Rural. A intenção é poder

oferecer novas opções de atrações e de roteiros turísticos,

além de ampliar a interiorização das ações de turismo.

No tocante às necessidades de diversificação da sua

oferta, a Bahia investe também em infraestruturas públicas

que dotem seus destinos de uma melhor qualidade

urbanística e ambiental, oferecendo assim maior

eficiência em temas de saneamento, urbanização e

acessibilidade rodoviária e aérea, além da preservação do

seu acervo arquitetônico, herança da sua rica história. Para

isto, vem contando com recursos de fontes de

financiamento, a exemplo do Prodetur Nordeste, do

Prodetur Nacional e da Caixa Econômica Federal, dentre

outras.

Na outra ponta, visando à melhoria do atendimento aos

visitantes, investe-se no Sistema Integrado de Informação

Turística, que reúne os serviços de atendimento ao turista

nos níveis presencial, eletrônico (telefônico) e online,

através do Serviço de Atendimento ao Turista – SAT, do

Disque Bahia Turismo, do Portal de Internet,

www.bahia.com.br e de outros instrumentos digitais. O

Disque Bahia Turismo é hoje o maior call center de turismo

do país, onde o turista, ou qualquer morador local, pode

obter, em português, inglês e espanhol, informações

turísticas e a programação cultural e religiosa dos

municípios turísticos do Estado.

O Serviço de Atendimento ao Turista - SAT vai além de um

balcão informativo, pois, no modelo já implantado, o

visitante, além de receber informações turísticas sobre os

destinos da Bahia através de mapas e folheteria, pode

também usar serviços de Internet, ter acesso a vídeos e

receber informações sobre voos, embarques e

programação cultural.

É um serviço bem mais completo que os tradicionais

postos de informações e funciona de forma interligada ao

Disque Bahia Turismo. Três unidades estão em operação,

uma no Pelourinho, outra na Estrada do Coco, no

município de Lauro de Freitas, e a terceira na Praia do

Forte.

11

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 14: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

No eixo da qualificação, a Bahia vem atuando em duas

vertentes: na atração e qualificação do fluxo de turistas e

na capacitação profissional e empresarial dos serviços

turísticos. No primeiro caso, o objetivo é atingir um

patamar mais elevado na permanência do turista, do seu

índice de gasto médio e na sua satisfação da experiência

vivida no destino, gerando, por conseguinte, um efeito

multiplicador na economia baiana. Esta ação passa ainda

pela atração de investimentos turísticos que corres-

pondam a essa nova segmentação da demanda, ou seja,

ampliar a oferta de hotéis mais sofisticados, marinas,

campos de golfe e estruturar produtos culturais que

permitam ao visitante viver novas e enriquecedoras

experiências.

Na área de capacitação profissional e empresarial, a

SETUR vem fortalecendo a formação e qualificação de

profissionais e empresários. Qualificação e Inovação são

conceitos indissociáveis quando se trabalha na linha da

economia da experiência,quando o desejo de conhecer e

vivenciar novas culturas traz consigo a necessidade da

qualidade nos serviços, aliada à inovação dos produtos

ofertados – não adianta oferecer novos produtos e

serviços sem um bom padrão de qualidade desta oferta,

ao mesmo tempo em que somente a boa prestação de

serviço não garante nem desperta o desejo de viagem ou

de retorno ao destino. Novos produtos e novos serviços

necessitam fortemente do aumento da qualidade dos

serviços, e produtos já existentes ampliam a diversidade.

Serviço de Atendimento ao Turista (SAT) - Lauro de Freitas

SAT - Praia do Forte

Investimento em qualificação profissional

12

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 15: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Com relação à integração do produto turístico à economia

baiana, as ações estratégicas estão direcionadas a integrar

os grandes parques hoteleiros com a economia da região

na qual estão localizados. Este processo tem início com o

fomento à ampliação da produção e comercialização de

insumos e materiais, antes importados de centros

localizados fora da Bahia. A palavra de ordem é formar uma

rede produtiva nas zonas turísticas e no entorno dos

parques hoteleiros da região, incluindo desde a

disponibilidade local de recursos humanos para

construção, manutenção e operação dos empreendi-

mentos, passando pela oferta local de produtos para os

empreendimentos turísticos, desde materiais para

construção, móveis e decoração, até as cestas de

consumo (alimentos, artesanato e outros itens regionais).

Os parques hoteleiros, alguns gigantescos como o de

Porto Seguro, encontram-se completamente desco-

nectados da economia de suas regiões. Ou seja, importam

tudo que precisam, e os benefícios econômicos do

turismo para o Estado da Bahia limitam-se àqueles itens

que são gerados diretamente nos hotéis, restaurantes e

áreas de entretenimento.

Passo importante para o enfrentamento desta lacuna é

adquirir um conhecimento científico e real sobre a

dimensão efetiva desse consumo. Para isso, uma pesquisa

de amostragem foi realizada na Praia do Forte, em 2009,

mensurando, de forma aproximada e aleatória, a demanda

dos produtos e serviços e detectando a origem de suas

compras. Importante para a Bahia incorporar nesta

Estratégia a atração de empresas, cooperativas e

profissionais capazes de produzir em território baiano, na

medida do possível, os bens demandados.

Outros fatores que dizem respeito à integração econômica

são o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico. A

preservação do patrimônio histórico e arquitetônico da

Bahia, tal como as suas belezas naturais, precisam ser

vistos como “ativos” do turismo e não como uma barreira

ao seu desenvolvimento. O poder público necessita ser

claro, preciso e rápido nas suas decisões para que os

empresários possam, por sua vez, decidir sobre os

investimentos, incorporando-os aos ativos existentes que

representam diferenciais competitivos da Bahia no

mercado turístico nacional e internacional.

O bom senso deve prevalecer tanto no setor público quanto

no setor privado. Os bons empresários também entendem

que a preservação do patrimônio natural e cultural é um

bom negócio. Importante atuar no sentido de que todos,

setor público, privado e terceiro setor entendam e

incorporem em suas atitudes que o que é moderno hoje

será histórico amanhã e o que foi moderno ontem é

histórico hoje. Imagine-se o Elevador Lacerda há um

século. Tudo diz respeito a outra dimensão da economia da

cultura que vai além da produção de livros e filmes. Trata-

se não só de preservar, como também desenvolver a

arquitetura e a natureza, tendo a cultura vendo nisso um

bom negócio para garantir a sua sustentabilidade.

Quanto ao meio ambiente, tornam-se necessárias ações

que visem à conscientização da importância do turismo

sustentável que ajude a “desarmar” eventuais

preconceitos de técnicos e ambientalistas e, por outro

lado, possuir regras claras que definam o arcabouço legal

para o processo de licenciamento ambiental dos

empreendimentos. Pelo lado dos investidores, reforçar o

entendimento de que quanto mais integrados aos fatores

da sustentabilidade, como a preservação do meio

ambiente e a integração com as comunidades locais, eles

estarão caminhando na direção da realização de um bom

negócio. Essa postura, longe de afugentar, irá atrair cada

vez mais investidores.

Em síntese, esses são os conceitos que norteiam esta

Estratégia Turística da Bahia, que se considera vigente para

o período de 2007 a 2016.

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

13

Page 16: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

O TURISMO NO MUNDO

O atual momento da economia mundial está conduzindo

os países que tradicionalmente ocupam um melhor

posicionamento econômico no panorama global a um

período de transformação resultante da crise financeira

deflagrada no período 2007- 2008. A quebra sucessiva de

bancos, o aumento das taxas de desemprego e a

contração da liquidez nas economias ricas criaram

instabilidade no mundo inteiro. Ultrapassada a fase de

grande turbulência, prevê-se um retorno gradativo à

trajetória de crescimento equilibrado e de aumento nos

fluxos comercial e de capital.

O Plano Nacional de Turismo PNT 2011-2014, em sua

análise do ambiente econômico internacional, considera

uma perspectiva de recuperação gradual em relação à

atividade econômica mundial. O documento produzido

pela Organização Mundial de Turismo – OMT, intitulado

defende a ideia de que apesar das

oscilações nas taxas de crescimento do turismo nos

últimos anos, a previsão de longo prazo se mantém a

mesma prevista originalmente. A experiência tem

demonstrado que, em curto prazo, períodos de

crescimento mais acentuado (1995, 1996 e 2000) são

alternados por períodos de crescimento reduzido (2001 a

2003). Diante desta premissa, apesar do crescimento até

o ano 2000 ter estado acima da estimativa da previsão da

OMT, neste documento espera-se que a atual curva

descendente seja compensada a médio e longo prazo,

como demonstrado no gráfico abaixo:

A previsão da OMT é a de que o número de chegadas

internacionais alcance a cifra de 1,6 bilhões de viajantes

no ano 2020. Deste número, 1,2 bilhão serão resultantes

de fluxos intrarregionais e 378 milhões de viajantes de

longa distância . Quanto aos maiores destinos

receptores previstos, sobressai o continente europeu,

com 717 milhões de chegadas. As regiões mais maduras,

Europa e Américas, antecipam apresentar crescimento

menos acentuado; embora a Europa permaneça com a

maior fatia do mercado, ela sofrerá um declínio de 60%

(1995) para 46%, em 2020. Vale ressaltar ainda o grande

crescimento da região do Pacífico e Ásia Oriental que se

sobressai perante as demais regiões, com uma taxa média

anual de crescimento da ordem de 6,5%, conforme

observa-se na tabela abaixo:

A OMT considera ainda para o cenário 2020 que as

viagens de longo curso crescerão mais velozmente a uma

taxa média de 5,4% ao ano, considerando-se o período

1995-2020, enquanto as viagens intrarregionais

crescerão 3,8%.

Outro documento que comenta aspectos das tendências

do turismo no mundo é o

(www.deloitte.co.uk/hospitality2015), onde, dentre

outros aspectos, considera que haverá uma entrada de

novos consumidores oriundos do crescimento da classe

média em grandes mercados emergentes e alimentadores

como China e Índia (apenas neste são 50 milhões de

potenciais turistas).

“Tourism 2020 Vision”,

long-haul

Relatório Deloitte Hospitality

2015

( )

14

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 17: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Investimentos Hoteleiros passaram a focar o turismo

interno e de massa, a exemplo dos e dos

abaixo. Como consequência destes novos

mercados surgem oportunidades para destinos de massa

investirem mais fortemente em hotéis de bandeira

focados no mid market e budget para o mercado

doméstico, em detrimento à ênfase dada aos luxury na

década 1995-2005. Considera ainda a possibilidade de

maior risco em investimentos em hotéis em

função de uma superoferta neste segmento.

Outro aspecto comentado no relatório refere-se à

necessidade de o setor investir cada vez mais em P&D

para conhecer os desejos e necessidades de seus

consumidores, sobretudo pelo fato de que histori-

camente o setor turístico investe muito pouco quando

comparado a outros segmentos da economia. Por fim,

indica ainda a tendência de que as empresas aéreas

irão expandir suas rotas para no período

2010-2015.

Budget Mid

Market

upscale

low

cost long haul

Hotel Budget , Guildford - Inglaterra

Hotel Mid Market - Estónia

Hotel Mid Market - Dubai

15

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 18: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

O TURISMO NO BRASIL

Considera-se nesta análise os dados e informações

contidos no Plano Nacional de Turismo – PNT 2011-

2014, onde se constata que o Brasil tem registrado

crescimentos do Produto Interno Bruto superiores aos

observados em níveis mundiais, a partir de uma

combinação positiva entre inflação controlada, redução

da taxa de juros e balança de pagamentos equilibrada. A

perspectiva do Banco Central para o período pós-crise é

de reaquecimento, alimentado não só pelo consumo

interno, mas também pela retomada dos investimentos.

Dos países afetados pela crise financeira internacional, o

Brasil foi um dos últimos a entrar em recessão e um dos

primeiros a superá-la. Para muitos especialistas, a crise

no Brasil durou apenas seis meses e foi o grande teste de

estresse da economia nacional, que vinha se

comportando de forma adequada a partir da execução do

Plano Real.

Destaca-se ainda que o aumento dos investimentos,

principalmente em infraestrutura, do Programa de

Aceleração do Crescimento, previsto para os próximos

anos, além daqueles decorrentes dos compromissos

assumidos pelo país para a realização da Copa do Mundo

de Futebol FIFA 2014, além de atenderem às crescentes

demandas do mercado interno, impactarão de forma

positiva na competitividade brasileira.

O PNT confirma o fato de que a escolha do Brasil para

sediar a Copa do Mundo de 2014, assim como a Copa das

Confederações em 2013, e a realização das Olimpíadas

no Rio de Janeiro em 2016, são grandes desafios e

oportunidades excepcionais para o desenvolvimento do

turismo brasileiro. Trata-se dos maiores eventos

esportivos do mundo, com forte apelo midiático e

significativa capacidade de geração de emprego e renda

para os setores envolvidos direta e indiretamente em sua

realização, principalmente àqueles vinculados ao

turismo. O legado, porém, deve ultrapassar a promoção

dos atrativos turísticos nacionais, bem como a melhoria

da infraestrutura e a qualidade dos serviços turísticos.

Para tanto, é preciso criar as condições necessárias para

que tais eventos sejam capazes de consolidar o Brasil

como um dos principais destinos turísticos mundiais.

Os recursos privados a serem investidos nas cidades-

sede da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™ são da

ordem de R$333 milhões, os investimentos municipais

serão de R$1,48 bilhões, os estaduais de R$3,99 bilhões,

e os federais de R$11,36 bilhões, totalizando mais de R$

17,17 bilhões, segundo o PNT.

A ação do Ministério do Turismo no fortalecimento de um

modelo de gestão descentralizado e compartilhado vem

fomentando a estruturação de uma rede em prol do

turismo em todo o território nacional, envolvendo o poder

público nas três esferas de governo, a iniciativa privada e

o terceiro setor. Esse modelo, iniciado em 2003, foi

regulamentado com a aprovação da Lei do Turismo (Lei nº

11.771/2008) que instituiu o Sistema Nacional de

Turismo. Este sistema é formado por um núcleo

estratégico de âmbito nacional composto pelo Ministério

do Turismo, pelo Conselho Nacional de Turismo – CNT e

pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes

Estaduais de Turismo – Fornatur, e por uma rede de gestão

descentralizada composta pelas Instâncias de

Governança Macrorregionais, os Órgãos Estaduais de

Turismo, os Fóruns e Conselhos Estaduais de Turismo, as

Instâncias de Governança Regionais, os Órgãos

Municipais de Turismo e os Colegiados Municipais de

Turismo. Este universo de agentes relacionados ao tu-

rismo tem promovido a realização de diversos fóruns de

discussão e deliberação sobre a Política Nacional do

Turismo e seus desdobramentos, nas diferentes escalas

territoriais do país.

Planejamento e Gestão do Turismo Nacional

16

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 19: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Este contingente, em seu conjunto, envolve cerca de

1.400 representantes diretos com 12.000 indiretos,

vinculados às instituições públicas e entidades privadas

relacionadas ao turismo em todo o país. Esses atores vêm

percebendo seus espaços de discussão e participação no

processo de gestão do desenvolvimento da atividade,

cada vez mais ampliado e fortalecido em todo o território

nacional.

Contribui para isso os programas de regionalização do

turismo através de seus fóruns que promovem a

participação de todos os atores, e do programa de

descentralização da gestão, implantado nos 65 destinos

indutores do turismo internacional através da criação dos

seus Grupos Gestores, com componentes dos setores

público, privado, representantes da sociedade civil

organizada e acadêmica. Estes grupos vêm descen-

tralizando a gestão e incorporando no seu processo atores

que até então se encontravam desvinculados e

descomprometidos com o aumento da competitividade

do turismo brasileiro em seus respectivos municípios e

entorno.

A Política Nacional de Turismo, adotada em 2003 e

reconfirmada nas edições do Plano Nacional de Turismo

2007-2010 e 2011-2014, parte da premissa de que o

turismo é uma atividade indutora de desenvolvimento e de

geração de emprego e renda. Constitui-se, portanto, em

elemento importante de inclusão social, que pode ser

estabelecido em duas vias: a da produção, por meio da

criação de postos de trabalho, ocupação e renda, e a do

consumo, com a atração de turistas para o mercado

interno.

Nesse sentido, o PNT 2007-2010 concentrou as ações do

Ministério do Turismo (MTur) e do Instituto Brasileiro de

Turismo (Embratur) em duas vertentes: a expansão do

mercado interno, com ênfase na função social da

atividade, e a consolidação do Brasil como um dos

principais destinos turísticos do mundo. Para isso, os

órgãos nacionais de turismo têm investido no

fortalecimento do turismo interno, na sua promoção

como fator de desenvolvimento regional. No acesso de

segmentos como o dos aposentados, trabalhadores e

estudantes, a pacotes de viagens em condições

facilitadas, na qualificação profissional do setor, na

geração de emprego e renda e na promoção do Brasil no

exterior, além de investimento na infraestrutura turística

que vem sendo executado em consonância com o Plano

de Aceleração do Crescimento (PAC).

Os investimentos do PAC estão concentrados em três

eixos: infraestrutura logística (construção e ampliação de

rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias);

infraestrutura energética (geração e transmissão de

energia elétrica; produção e exploração de petróleo, gás

natural e combustíveis renováveis); e infraestrutura social

urbana (saneamento, eletrificação, habitação, metrôs,

trens urbanos e infraestrutura hídrica).

A mais recente versão do Plano Nacional de Turismo está

estruturada em três partes principais: Diagnóstico,

Cenários / Projeções, e Proposições.

A Secretaria de Turismo da Bahia entende que a

elaboração deste Plano Estratégico 2007-2016 para a

Bahia visa também a fortalecer uma atuação alinhada com

as diretrizes do PNT, elaborado de forma participativa,

“como a expressão de um fórum democrático e

representativo, com a função de garantir a continuidade

das conquistas obtidas e buscar o aprofundamento das

políticas e programas para o desenvolvimento turístico do

Brasil”, segundo palavras do Ministro, proferidas na

apresentação do documento, que, para maior

entendimento, se resume a seguir.

O PNT 2011-2014

17

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 20: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Diagnóstico do Turismo no Brasil

Num ambiente econômico pautado por sucessivas

transformações retorna-se gradativamente a uma

estabilidade com tendências de aumento nos fluxos

internacionais para o Brasil. Em nível nacional, o Brasil

vem registrando crescimento do seu PIB com a

perspectiva de retorno do crescimento da economia a

patamares observados antes da crise financeira mundial.

A forte correlação do turismo com a atividade econômica

em geral não chegou, entretanto, a gerar um grande

impacto nas viagens domésticas realizadas, que saíram

de 138,7 milhões, em 2005, para 175,44 milhões, em

2009, num crescimento constante ao longo do período.

Por outro lado, tal fato não ocorreu com relação ao

mercado internacional, onde, para o mesmo período, o

número de chegadas de turistas ao país saiu de 5,36

milhões, em 2005, para 4,8 milhões, em 2009, retratando

o forte impacto da crise financeira nos países europeus e

América do Norte, principais mercados emissores para o

Brasil.

A captação de eventos internacionais como a Copa do

Mundo 2014 e Olimpíadas 2016 criou uma forte

expectativa de que essas datas se transformem em

marcos importantes no que diz respeito à maior

visibilidade que o país terá ao longo dos próximos anos,

que proporcionará um forte incremento no fluxo de

turistas, melhoria da infraestrutura pública e privada e

maior qualificação da mão de obra envolvida nas

atividades relacionadas com o turismo.

Apoiado nessa política, o turismo do Brasil vem

mantendo, nos últimos anos, um crescimento constante,

acima da média mundial. Números recentemente

divulgados pelo MTur e Embratur confirmam o acerto da

estratégia de consolidação da expansão do turismo

interno, sem desconsiderar a importância da atração de

turistas estrangeiros, pois é o turismo doméstico que

propicia, por meio de ganhos de competitividade, a

musculatura necessária para a inserção da oferta turística

nacional no mercado internacional.

De acordo com as análises da Organização Mundial do

Turismo, o turismo interno é, em média, dez vezes maior

que o volume de turismo internacional. De acordo com a

pesquisa sobre o mercado doméstico, esse índice é bem

maior para o Brasil, o que aponta para uma perspectiva de

consolidação da atividade no país, oportunizando a

melhoria da qualidade dos serviços prestados e

contribuindo para o desenvolvimento equilibrado do

conjunto da economia.

Segundo ainda a análise do PNT, o ambiente econômico e

o turismo também são impactados de forma significativa

pelas melhorias sociais que vêm sendo registradas nos

últimos anos. Cerca de 31 milhões de brasileiros

ascenderam de classe social entre os anos de 2003 e

2008, sendo que 19,4 milhões deixaram a classe E (que

traça a linha da pobreza no país) e 1,5 milhão migraram da

classe D para classes superiores.

Desembarque no Aeroporto de Salvador

18

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 21: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Com isso, nesse período, ocorreu uma queda acumulada

de 43% na classe E. No mesmo período, a classe AB

(grupo com renda domiciliar mais elevada, superior a

R$4.807,00) ganhou 6 milhões de pessoas, totalizando

19,4 milhões em 2008.

As viagens domésticas no Brasil vêm crescendo nos

últimos anos. Os números apresentam uma expansão de

12,5% de 2005 a 2007, quando foram realizadas em torno

de 156 milhões de viagens domésticas.Considerando a

taxa de permanência média de 8,5 dias, conforme aferida

pela pesquisa amostral domiciliar, foram gerados 1,33

bilhões de pernoites no ano de 2007, em todo o país.

Ainda de acordo com a referida pesquisa, o gasto médio

por dia, realizado pelos turistas, foi de R$58,60 em 2007,

o que permite estimar um montante de R$ 9,14 bilhões

mobilizados pelo mercado do turismo doméstico no

Brasil naquele ano.No contexto dos fluxos turísticos

internacionais, enquanto no primeiro semestre de 2008

houve um crescimento de 5% na chegada de turistas, no

segundo semestre houve uma redução de 1%.

Em 2009, a chegada de turistas internacionais declinou

10% no primeiro trimestre, 7% no segundo trimestre, 2%

no terceiro trimestre, tendo apresentado um crescimento

de 2% no último trimestre do ano. Segundo a OMT, a

previsão para 2010 é de crescimento da ordem de 3 a 4%.

O fenômeno é decorrente de alguns fatores que, ao longo

dos anos de 2005 a 2009, mostraram-se ainda mais

determinantes para o refluxo do turismo internacional.

Dentre eles, encontram-se: o alto custo das viagens, em

decorrência da grande distância dos principais mercados

emissores; a imagem negativa do país no exterior,

vinculada à violência urbana, assaltos e desmatamentos;

a precariedade dos investimentos em promoção e na

construção/melhoria da infraestrutura turística; a

inexistência de uma política de incentivo a voos regulares

e charters.

Vale destacar que, com relação ao fator distância, a

tendência à regionalização do mercado internacional,

com a formação de blocos econômicos, tem resultado

em um expressivo incremento do turismo intrarregional,

com a supressão de barreiras geográficas e alfandegárias,

permitindo a livre circulação de turistas e beneficiando as

viagens de menor distância/duração, entre os países

desenvolvidos que integram os principais blocos

econômicos, reforçando a vantagem comparativa e

competitiva destes em relação aos países receptores

menos desenvolvidos, localizados, em sua maioria, no

hemisfério sul.

Entretanto, ainda que o fator distância explique o declínio

do número de turistas estrangeiros no Brasil, é necessário

assinalar que importantes emissores da América do Sul

vêm perdendo posição relativa na distribuição do fluxo

internacional, em que pese a curta distância que os

separa do Brasil, podendo-se associar esse fraco

desempenho às condições adversas que já há algum

tempo enfrentam as economias desses países. Em maior

ou menor medida, esses pontos críticos tiveram

rebatimento em todos os polos turísticos do país, apesar

das medidas que vêm sendo adotadas pelo governo

federal.

Nos últimos três anos, o crescimento do fluxo de turistas

estrangeiros vem crescendo de forma continuada, mas

em baixos percentuais. Em 2007, o número de visitantes

estrangeiros cresceu apenas 0,17% em relação a 2006. O

mesmo ocorreu em 2008, cuja variação foi de 0,48% em

relação a 2006 e de 0,65%%, em relação a 2007, como

mostra o Quadro 1.

Q uadro 1Turistas internacionais por via de acesso

Ano Aérea Marítim a Terrestre Fluvia l Total Var (% )

2006 * * * * 5.017.251 -

2007 3.746 .594 84.952 1.15 0.119 44 .169 5.025.834 0,17

2008 3.691 .240 70.091 1.24 8.508 40 .260 5.050.099 0,48

Fonte : MTur- Em bratur* Em 2006 a Embra tu r não aferiu o núme ro de tu ris ta s, s egundo a s vias de aces so.

19

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 22: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

A procedência dos turistas também não se modificou. Os

principais países emissores continuaram a ser Argentina,

Estados Unidos, Portugal, Itália e Chile, conforme se

observa no Quadro 2, acima.

O número de desembarques de passageiros nos voos

nacionais, registrado pelos aeroportos brasileiros, já

aponta uma franca recuperação, constatando-se um

crescimento de 22,93% quando se compara o número de

passageiros embarcados/desembarcados em voos

nacionais no total acumulado no ano, usando-se como

referência o mês de agosto de 2009 e o mesmo período de

2010; a INFRAERO registrou o número de 72.095.885 em

2009 e o volume de 88.630.547 passageiros em 2010.

Usando-se também o mesmo período para comparação,

observa-se um crescimento de 21,15% no número de

passageiros em voos internacionais embarcados/de-

sembarcados nos aeroportos brasileiros. Esses dados

confirmam o crescimento dos fluxos de viajantes, muito

embora se tenha que considerar que, com a valorização

do Real perante o Dólar e o Euro, há um forte incremento

na saída de brasileiros em viagens ao exterior.

O PNT 2011-2014 parte do princípio de que a elaboração

de cenários é uma das principais ferramentas auxiliares no

processo de planejamento e definição de estratégias.

Considera a análise do passado e do presente dos

principais eventos econômicos e não-econômicos para

reduzir as incertezas em relação ao futuro. Entretanto,

ressalta tratar-se de um exercício na tentativa de “previsão

de incertezas”.

Cenários e Projeções

Fonte : DPF e EMBRATUR

20

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 23: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Dentre as várias metodologias existentes (Lógica Indutiva,

Impacto de Tendências, Impactos Cruzados e Godet), o

PNT 2011-2014 optou por utilizar a combinação entre os

métodos de Análise Lógica Indutiva e Análise de Impacto

de Tendências na construção dos cenários do turismo

2011-2014, por serem considerados os mais adequados

para o conjunto de informações disponíveis.

Assim, utilizando os conceitos de crescimento do turismo

e de competitividade turística, e combinando as hipóteses

alternativas para um conjunto de incertezas críticas

externas e internas, foram desenhados três diferentes

cenários para o turismo brasileiro nos próximos quatro

anos.

O primeiro cenário combina condições externas e internas

favoráveis, cujo resultado é o crescimento acelerado do

turismo, com ganhos de competitividade turística. O

segundo cenário combina condições externas e internas

moderadamente favoráveis; o resultado é o crescimento

moderado do turismo, com pequenos ganhos de

competitividade turística. E, por último, o terceiro cenário,

que combina as condições externas e internas

desfavoráveis, cujo resultado é o crescimento inercial, com

problemas de competitividade. Para a construção dos

cenários para o turismo no Brasil no período 2011 a 2014 o

PNT elencou uma série de premissas que impactam o

desenvolvimento do setor.

O turismo é um setor econômico dinâmico, globalizado e

fortemente influenciado por diversas variáveis, tais como,

o nível de renda , taxa de câmbio, crescimento da

economia mundial, nível de crédito, taxa de juros, dentre

outras. A retomada do crescimento da economia mundial

após a crise iniciada em 2008 deverá possibilitar uma

expansão da economia nacional, o que será fundamental

para impulsionar o setor de turismo. No entanto, o PNT

indica a existência de alguns fatores que podem inibir o

ritmo de crescimento da economia mundial em um período

pós-crise e, consequentemente, da economia brasileira.

Cita, como exemplo, um possível aumento na taxa de juros

dos Estados Unidos, o que pode reduzir a capacidade de

expansão da economia mundial e afetar negativamente a

economia dos países emergentes como o Brasil.

No que tange à economia nacional, o PNT avalia que a

continuidade das políticas macroeconômicas tem

demonstrado o compromisso do país em relação à

responsabilidade fiscal, estabilidade monetária e câmbio

flutuante. A valorização da moeda nacional tem favorecido

a expansão das importações brasileiras, fator que tem sido

considerado positivo para o país, uma vez que cerca de

70% das compras externas está diretamente vinculada à

indústria, correspondendo à compra de matérias-primas e

máquinas para a modernização do parque industrial. No

entanto, essa valorização do Real vem afetando de maneira

negativa o saldo da conta turismo da balança de

pagamentos, uma vez que a entrada de divisas é menos

sensível à variação na taxa de câmbio do que as despesas.

A influência das políticas públicas tem se mostrado

fundamental para o desenvolvimento do turismo, uma vez

que a atividade turística necessita direta e indiretamente da

estrutura institucional do Estado e da infraestrutura pública

para garantir melhores resultados em termos de geração de

lucro para as empresas, emprego e renda para a economia.

O PNT ressalta ainda que o crescimento econômico

sustentável depende da estabilidade política, que poderá

possibilitar a continuidade nas reformas estruturais,

criando melhores condições para atrair investimentos para

a economia em geral e para o setor de turismo em

particular. Desta forma, para essa dimensão, foram

avaliadas as premissas a seguir:

Condições Externas

- Dimensão Econômica

- Dimensão Política

per capita

21

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 24: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Transição democrática e madura 2010/2011;

Ambiente de estabilidade de regras para incentivar o

investimento na economia brasileira;

Execução dos programas de investimentos em

infraestrutura, com vistas à realização da Copa do Mundo

de Futebol FIFA em 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio

2016;

. Realização de investimentos públicos acompanhando

o desenvolvimento do setor privado;

Consolidação do Brasil como liderança econômica e

política na América do Sul.

O turismo pode ser considerado importante ferramenta

de desenvolvimento social, uma vez que age como

catalisador do desenvolvimento de outras atividades

econômicas em seu entorno e contribui para a qualidade

de vida da população. Outro fato que merece ser

destacado é a capacidade do turismo no processo de

inclusão social em regiões com poucas alternativas de

desenvolvimento. Segundo o PNT, os programas sociais

executados nos últimos anos no país têm contribuído

para a redução do trabalho infantil, a ascensão

socioeconômica das classes mais pobres e a

dinamização de economias locais. O aumento da classe

média tem efeitos sobre o consumo interno, inclusive de

serviços e produtos turísticos. As condições macro-

econômicas atuais contribuem para a continuidade desse

quadro. Neste contexto, o PNT avalia as seguintes

premissas para o período 2011-2014:

Manutenção dos programas de transferência de renda;

Ampliação da geração de postos de trabalho (formais e

informais);

Redução das desigualdades regionais;

Redução dos níveis de pobreza;

Oferta de vagas para qualificação profissional.

O agravamento dos problemas climáticos em nível

mundial aumentou a discussão sobre as estratégias que

deverão ser adotadas para garantir a sustentabilidade do

turismo nacional, essencial na preservação dos

ecossistemas, uma vez que muitas de suas atividades

acontecem em ambientes ecologicamente frágeis. Além

disso, a utilização de práticas sustentáveis, além de

representar, em longo prazo, economia de recursos,

contribui para a preservação do atrativo turístico.

Para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes

premissas:

Ampliação das políticas de proteção ambiental;

Maior conscientização sobre as consequências do

aquecimento global;

Maior utilização de práticas sustentáveis pelas

empresas do setor;

Maior compreensão do turismo como forma de

sustentabilidade econômica da proteção ambiental;

Valorização do turismo sustentável.

- Dimensão Social

- Dimensão Ambiental

22

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 25: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Condições Internas

Turismo no Brasil 2011 - 2014

- Estrutura de Mercado

- Governança e Investimentos Públicos

O aumento da competição deve dominar o cenário das

empresas do setor de turismo nos próximos anos. A

concretização dos investimentos públicos para a Copa do

Mundo de Futebol FIFA 2014 e para os XXXI Jogos

Olímpicos Rio 2016 vão consolidar a confiança dos

investidores privados, que serão estimulados a ampliarem

seus investimentos. Ainda segundo o PNT, a ocorrência de

novos atores no mercado promoverá uma concorrência por

preço e qualidade. Novos arranjos comerciais devem ser

observados, devido ao interesse de grandes grupos

estrangeiros no mercado brasileiro, o que poderá promover

mudanças na estrutura de mercado tradicional observadas

no Brasil.

Este contexto sinaliza para a necessidade de melhoria de

gestão, governança corporativa e investimentos em

tecnologia. A Internet tende a se consolidar como canal de

vendas, a partir da demanda do mercado consumidor, que

possuirá um papel cada vez mais ativo e independente. Para

o quadriênio 2011-2014 foram avaliadas as seguintes

premissas:

Crescimento do setor turístico;

Aumento do papel da Internet como canal de

comercialização dos serviços turísticos;

Nível de exigência dos turistas, buscando melhor relação

custo-benefício;

Tendência à concentração de mercado como ameaça às

pequenas e médias empresas;

Investimentos em gestão, inovação e tecnologia para

aumentar a produtividade das empresas da cadeia produtiva

do turismo;

Ampliação da qualificação da mão de obra em toda a

cadeia produtiva do turismo;

Expansão e renovação da oferta hoteleira.

A manutenção da política específica para o setor de turismo,

executada através do Ministério do Turismo, deverá afetar

positivamente a dinâmica do processo de desenvolvimento

turístico. O Plano Nacional de Turismo, lançado em 2003 e

atualizado em 2007, definiu as diretrizes do planejamento

da atividade, destacando a sua relevância na geração de

divisas, emprego, renda e inclusão social.

O Programa de Regionalização do Turismo tem contribuído

para o processo de desenvolvimento do turismo brasileiro e

deve continuar a orientar as ações de estruturação da oferta

turística. Os 65 destinos indutores poderão estar sujeitos à

análise, conforme desempenho do seu índice de

competitividade, de forma a estimular a qualificação do

produto turístico brasileiro. Os investimentos do Programa

de Desenvolvimento do Turismo, Prodetur Nacional,

deverão suprir algumas necessidades atuais para o

desenvolvimento turístico dos estados habilitados a

participar do programa.

Em paralelo, os megaeventos esportivos que possuem uma

grande influência na atividade turística deverão demandar

uma nova linha de prioridade de ação para o setor público.

Esses megaeventos serão responsáveis por uma

oportunidade sem precedentes em termos de cooperação

institucional, tanto entre gestores públicos quanto na

integração público-privada. Para essa dimensão, foram

avaliadas as seguintes premissas:

Mobilização e cooperação entre poder público e iniciativa

privada para a realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA

2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;

23

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 26: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Garantia dos investimentos, das três esferas de governo,

para viabilizar a infraestrutura necessária à Copa do Mundo

de Futebol FIFA™ 2014 e aos XXXI Jogos Olímpicos Rio

2016;

A ação interministerial para a realização de investimentos

ligados, direta e indiretamente, ao turismo, para a

realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos

XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;

Manutenção e aceleração dos programas de

investimentos em infraestrutura;

Estímulo aos processos de participação e

descentralização das políticas públicas de turismo e

fortalecimento das instâncias de governança;

Monitoramento e avaliação do Plano Nacional de

Turismo;

Fortalecimento político-institucional da gestão pública

do turismo em âmbito nacional, estadual e municipal;

Apoio do Congresso Nacional ao setor de turismo;

Implementação efetiva da Lei Geral do Turismo.

A estabilidade econômica e a manutenção das regras são

fatores fundamentais para a ampliação dos investimentos

privados no turismo brasileiro. O setor de turismo também

possui particularidades quanto ao financiamento e

adequação das linhas de financiamento existentes. Para o

quadriênio 2011-2014, foram avaliadas as seguintes

premissas:

Adequação e ampliação das linhas de financiamento

para o turismo (prazo, taxas e garantias), com vistas à

realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos

XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;

Ampliação dos investimentos em hotelaria, realizados

por grupos nacionais e internacionais;

Ampliação da capacidade de investimento nas empresas

aéreas nacionais, com o aumento da participação do

capital estrangeiro;

Ampliação dos investimentos privados nos destinos

turísticos;

Qualificação dos tomadores de crédito.

Uma das principais limitações para o desenvolvimento do

turismo brasileiro diz respeito às questões de acesso e

mobilidade urbana. Desta forma, o PNT indica que o

desenvolvimento do turismo no país está condicionado a

uma mudança na regulamentação e regulação do

transporte aéreo internacional para o Brasil, ao crescimento

do número de voos internacionais, à melhoria na

regulamentação e regulação do transporte aéreo doméstico

e à melhor e maior integração da malha aeroviária e das

condições das vias de acesso terrestres e aquaviárias.

Em relação à infraestrutura, diversos investimentos

relacionados à mobilidade urbana e à acessibilidade aérea,

terrestre e aquaviária serão realizados, para permitir a

realização da Copa em 2014, quando são esperados cerca

de 500 mil turistas internacionais, apenas no mês de

realização do evento. O país terá uma substancial melhoria

em termos de logística de transporte, o que será

extremamente positivo para o turismo. Para essa dimensão,

foram avaliadas as seguintes premissas:

Execução do PAC da mobilidade urbana para a Copa do

Mundo de Futebol FIFA 2014;

Ampliação e melhoria da infraestrutura aeroportuária e da

capacidade de atendimento dos principais terminais

aéreos do país;

Investimentos Privados

Acesso e Mobilidade

TM

24

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 27: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Ampliação do número de voos internacionais para o

Brasil;

Ampliação da oferta de assentos e destinos pelo

transporte aéreo doméstico;

Melhoria da integração da malha aeroviária doméstica;

Capacidade das empresas aéreas brasileiras em aten-

der à demanda futura;

Fortalecimento da aviação regional;

Melhoria das vias de acesso (terrestres e aquaviárias)

aos destinos turísticos;

Melhoria da sinalização turística urbana e rodoviária;

Gestão estratégica da informação relativa à logística de

transportes para o turismo.

De acordo com a análise do PNT, os principais destinos

emissores dentre os países desenvolvidos ainda sofrerão

com os impactos da crise econômica, principalmente

pela elevação dos índices de desemprego e da dificul-

dade de acesso ao crédito. Isso terá impacto nas viagens

de norte-americanos e europeus ao Brasil, um destino de

longa distância e com custo ainda elevado. Os fluxos de

turismo internacional devem se intensificar com origem

nos BRICS, principalmente China e Índia, alavancados

por mútuos interesses comerciais. Adicionalmente, o

Brasil terá um reforço espontâneo de exposição na mídia

por conta da realização da Copa do Mundo de Futebol

FIFA 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016. Estes

eventos poderão também incentivar o aumento das

viagens oriundas dos países vizinhos ao Brasil,

reforçando o fluxo turístico intrarregional.

No que se refere à atração de turistas internacionais para o

Brasil, o PNT, para o quadriênio 2011-2014, avalia as

seguintes premissas:

Visibilidade ampliada do Brasil na mídia internacional,

ao sediar os megaeventos Jogos Militares, Rio+20,

Copa das Confederações, Copa do Mundo de Futebol

FIFA 2014 e XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;

Flexibilização dos acordos bilaterais com relação à

entrada de estrangeiros no país;

Turismo Internacional

Desembarque no Aeroporto de Salvador

25

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 28: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Facilitação dos processos de emissão de vistos;

Modelo operacional verticalizado para operadoras

internacionais na comercialização do destino Brasil, sem

integração com atores locais;

Maior participação dos países em desenvolvimento no

mercado global de turismo;

Consolidação do Mercosul como principal mercado

para o Brasil;

Fortalecimento da estratégia de promoção do Brasil no

exterior;

Consolidação do Brasil como destino para eventos

internacionais.

O mercado turístico doméstico tem crescido expo-

nencialmente, sustentando a demanda em mo-mentos

em que a conjuntura externa apresentou-se desfavorável.

Desta forma, esse mercado consumidor vem ganhando

relevância, alvo tanto de ações comerciais da iniciativa

privada como de políticas públicas.

Para essa dimensão, o PNT avalia as seguintes premissas:

Inclusão de novos mercados consumidores para o setor

de turismo;

Maior participação do turismo na cesta de consumo

das famílias;

Aumento do número de viagens domésticas;

Melhoria da qualidade dos produtos e destinos

turísticos;

Consolidação dos produtos turísticos regionais.

Considerando-se este panorama traçado pelo Ministério

do Turismo através do seu documento de planejamento

para o quadriênio 2011-2014, o Estado da Bahia, com

base no diagnóstico da situação da atividade no momento

atual, parte para a sua definição estratégica 2011-2016,

atualizando os dados e as ações empreendidas no

período 2007-2010.

Turismo Doméstico

Desembarque doméstico - Aeroporto de Salvador

26

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 29: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

O TURISMO NA BAHIA

Diante dos cenários e premissas elencados no capítulo

anterior pelo Plano Nacional de Turismo, a Secretaria de

Turismo da Bahia, na elaboração deste Plano Estratégico

2007-2016, busca ampliar e fortalecer o alinhamento da

sua política de governo com aquela emanada pelo

Ministério do Turismo. Entende, desta forma, que a

definição dos seus três eixos estratégicos, ou seja,

Inovação do Produto, Qualificação dos Destinos e

Serviços e Integração Econômica, acham-se

estreitamente vinculados ao plano elaborado em nível

federal.

Buscando-se um resgate histórico do desenvolvimento

turístico do Estado da Bahia, reporta-se ao ano de 1970,

quando o Conselho de Desenvolvimento do Recôncavo

(CONDER) elaborou o 1º plano estratégico denominado

Plano de Turismo do Recôncavo e, em 1979, quando foi

elaborado o segundo documento, com foco numa

estratégia executada por intermédio do programa

denominado Caminhos da Bahia, que contemplava a

construção e gerenciamento de hotéis e pousadas em

potenciais destinos baianos, ações promocionais e

capacitação de recursos humanos.

Dando prosseguimento a essa avaliação histórica, para o

período 1991 – 2002, o governo elaborou outro plano

denominado Estratégia Turística da Bahia, ancorado no

Programa de Desenvolvimento Turístico da Bahia

(PRODETUR-BA), incluindo ações em obras de

infraestrutura básica, de qualificação dos recursos

humanos, de marketing de incentivo ao empresário para a

implantação de negócios turísticos, dentre outras.

Importante ressaltar que nessa avaliação diagnóstica do

turismo na Bahia observa-se que o Governo do Estado

tem sido o protagonista dessa atividade na Bahia, seja

pela iniciativa de sempre conceber planos estratégicos,

seja pelo apoio às iniciativas empresariais, ou até mesmo

por ter assumido atribuições que, em momentos de

expectativa racional, seriam naturalmente de

incumbência do empresariado. Entretanto, os primeiros

sinais de rompimento desse modelo inicia-se em 2003,

quando foi elaborado o plano estratégico denominado

“Século XXI – Consolidação do Turismo”; nele, a

Secretaria da Cultura e Turismo, àquela época, trouxe a

expectativa de uma nova divisão de responsabilidades

entre governo, empresários e a sociedade civil, e de

maior interatividade no meio empresarial.

A elaboração deste documento parte do principio de que

a atividade turística na Bahia representa uma política de

Estado, e não de Governo, por isso esse resgate histórico

é necessário para o melhor entendimento da proposta

desta nova versão do plano estratégico, que se denomina

de “O Terceiro Salto”, agregando-se às experiências

acumuladas em todos os períodos anteriores, uma nova

visão de 2010 para o horizonte de 2016.

Hotel Iberostar - Praia do Forte

27

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 30: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Justificando essa terminologia, caracteriza-se de forma

sintética as fases anteriores do turismo na Bahia, da

seguinte forma:

• Construção da identidade turística cultural.

• Este período contou com uma atividade turística

baseada, sobretudo, naquilo que a música de Caymmi e a

literatura de Jorge Amado colocavam no imaginário das

pessoas. A ação do Governo restringia-se praticamente à

promoção e à organização de eventos.

• Planejamento, infraestrutura, internacionalização da

marca Bahia, construção dos Centros de Convenções

(Salvador, Ilhéus e Porto Seguro) e expansão dos parques

hoteleiros.

• Expansão do turismo para dez zonas turísticas, atração

de novos investimentos, operação do Programa de De-

senvolvimento Turístico do Nordeste – PRODETUR NE,

que propiciou o avanço na implantação das infra-

estruturas públicas nas regiões turísticas beneficiadas

pelo programa.

1º Salto – até 1970

2º Salto - 1970 – 2006

Hotel Iberostar - Praia do Forte

Hotel Vila Gallé - Guarajuba

Centro de Convenções de Ilhéus

Centro de Convenções de Porto Seguro

Ileaiye - Carnaval de Salvador

28

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 31: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Fluxo Turístico

Análise comparativa do destino turístico Bahia

A Bahia registrou em 2008 um fluxo global de 9.052.000

(nove milhões e cinquenta e dois mil turistas), que

corresponde a 7% do fluxo total de turistas e 10,2% do

fluxo internacional do Brasil. Desse total, 8.538.000

(94,3%) são turistas domésticos, que compreende o

número de visitantes de outros estados do país e também

o de baianos que viajam dentro do próprio território. O

número de visitantes estrangeiros representa 5,7% do

fluxo global ou, em número absoluto, 514 mil pessoas.

O percentual do fluxo turístico internacional da Bahia

sobre o número total de turistas acompanha o nacional.

Em 2008, o Brasil registrou um fluxo total, de

128.505.000 turistas, sendo 123.479.000 de turistas

domésticos, que representam 96,1% do total, e

5.026.000 de turistas internacionais, que representam

3,9% do fluxo total.

Diversos aspectos compõem o imaginário do turista que

deseja visitar a Bahia. A pesquisa FIPE indicou ainda que

a maior parte dos consumidores, na verdade, é motivado

por um conjunto de aspectos inseparáveis. Não se viaja

para a Bahia apenas por conta de um único elemento, por

mais importante que seja. Dentre os aspectos mais

citados daqueles que atraem turistas para a Bahia, estão

as praias (37%), a beleza de uma maneira geral (26%), a

cultura e a história (17%), o Carnaval e outras festas (9%),

o povo (5%), a natureza (3%) e a gastronomia (3%).

Carnaval 2010 - Salvador

Gráfico 3 : Por que sonha em viajar para a Bahia?

Natureza

3%

Gastronomia

3%

Praias

37%

Beleza

26%

Cultura e

história

17%

Carnaval e

outras festas

9%

Povo

5%

29

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 32: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Contribuindo positivamente para alavancar a Bahia no

mercado turístico, podem-se enumerar os seguintes

aspectos:

• A Bahia possui um portifólio de 27 destinos turísticos

diferenciados na suas características de oferta ao

mercado: Salvador, Imbassaí, Praia do Forte, Costa do

Sauípe, Mangue Seco, Itaparica, Cachoeira, Morro de

São Paulo, Boipeba, Maraú/Barra Grande, Ilhéus, Itacaré,

Canavieiras, Una/Comandatuba, Porto Seguro, Arraial

d'Ajuda, Trancoso, Santa Cruz Cabrália, Abrolhos, Prado,

Juazeiro, Lençóis, Rio de Contas, Mucugê,

Palmeiras/Vale do Capão, Jacobina e Vale do Jiquiriçá;

• 1.200 km de costa atlântica localizada no centro do

litoral brasileiro e abrigando a primeira e a terceira

maiores baías do país, respectivamente a Baía de Todos-

os-Santos e a de Camamu;

Rico acervo do patrimônio histórico arquitetônico

colonial em sua capital, Salvador, e cidades do Re-

côncavo, além de outras localizadas na Chapada Dia-

mantina, Costas do Dendê, Cacau e Baleias;

• Diversidade cultural representada pela música, lite-

ratura, artes plásticas, gastronomia, religiosidade, com

forte influência da cultura afro-brasileira;

• Concentração em um único estado brasileiro de cinco

biomas distintos: Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Cos-

teiro e Marinho;

• Existência de festas populares que na Bahia se

reproduzem em grandes dimensões: Carnaval e São

João; e, no segmento religioso, a romaria a Bom Jesus da

Lapa;

• Oferta de produtos distribuídos em segmentos, além

de “sol e praia”: Histórico-Cultural, Étnico-Afro, GLS,

Golfe, Náutico, Ecoturismo, Negócios, Religioso, Es-

portivo, Enoturismo, Rural e outros.�

Praia do Espelho - Trancoso

30

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 33: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Complementando esta análise, a Fundação Getulio

Vargas (FGV) vem realizando Estudo de Competitividade

nos anos de 2008 a 2011 nos cinco destinos indutores

definidos pelo MTur no Estado (Salvador, Porto Seguro,

Mata de São João, Lençóis e Maraú). Os seus resultados

estão referenciados nas 13 dimensões (Infraestrutura

Geral, Acesso, Serviços e Equipamentos Turísticos,

Atrativos Turísticos, Marketing, Políticas Públicas,

Cooperação Regional, Monitoramento, Economia Local,

Capacidade Empresarial, Aspectos Sociais, Aspectos

Ambientais e Aspectos Culturais) e 60 variáveis de

competitividade do turismo elencadas por aquela

Instituição.

Com base nas informações coletadas, a FGV atribui

pontos às perguntas e pesos às variáveis, gerando notas

de 0 a 100 para cada dimensão. Também utiliza um

conjunto de pesos na ponderação das dimensões que,

por sua vez, resultou em um índice global de

competitividade do destino. Analisadas as variáveis,

alcança-se um valor que representa o grau de

competitividade do destino avaliado. Neste aspecto, a

cidade de Salvador, principal destino turístico do Estado,

alcançou em 2009 um índice total de 73,8, que a coloca

em posição acima das médias das capitais (59,3) e da

macrorregião Nordeste (48,9) onde se insere. Com

relação aos demais destinos baianos que compõem o

grupo dos 65 destinos elencados pelo MTur, atinge-se

índices menores que Salvador, o que demonstra a

necessidade de implementação das ações referentes às

dimensões acima discriminadas e já definidas pelos seus

respectivos grupos gestores. Entretanto, no caso de Porto

Seguro, por tratar-se de um destino mais maduro, seus

índices situam-se acima de todos os referenciais de

Brasil (52,0), não capitais (46,7) e macrorregião

Nordeste (48,9).

Elevador Lacerda - Salvador

Arraial d’Ajuda

Passarela do Álcool - Porto Seguro

Praia do Espelho - Porto Seguro

31

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 34: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Nova Geografia Turística

Partindo-se do princípio de que a descentralização

territorial do turismo propicia desenvolvimento

socioeconômico de regiões deprimidas economica-

mente, a revisão do zoneamento turístico da Bahia foi

realizada partindo-se do inventário das potencialidades

turísticas dentre os 417 municípios baianos. Como

resultado, o mapa turístico da Bahia passou a contar com

13 zonas turísticas que incorporam 156 municípios,

conforme desenho a seguir e listagem dos municípios

disponibilizada no Apêndice deste documento.

A vastidão territorial e a imensa diversidade de cenários,

tradições culturais e outros atrativos que configuram o

território baiano estão contemplados nas zonas turísticas,

cada uma delas recebendo a denominação característica

de sua principal identidade física ou temática. Essa

multiplicidade de atrativos propicia ao visitante, e

também ao investidor, uma variada gama de opções,

favorecendo o aumento da permanência média e da taxa

de retorno dos visitantes.

Principal portão de entrada para o turista que visita a

Bahia, essa zona turística envolve a capital do Estado,

Salvador, além dos municípios de Aratuípe, Cachoeira,

Candeias, Itaparica, Jaguaripe, Madre de Deus,

Maragojipe, Muniz Ferreira, Muritiba, Nazaré, Salinas da

Margarida, Santo Amaro, São Félix, São Francisco do

Conde, Saubara e Vera Cruz.

Baía de Todos-os-Santos

Caminhosdo Oestedo OesteWestern Bahia

Costa dos Coqueiros

Baía de Todos-os-Santos

Costa do Dendê

Costa do Cacau

Costa do Descobrimento

Costa das Baleias Caminhos do Sudoeste

Zonas Turísticas - Bahia/Brasil

Caminhos do Sertão

Chapada Diamantina

Caminhos do Jiquiriçá

Vale do São Francisco

Lagos e Canyons do São Francisco

Caminhos do Oeste

Baía deTodos-os-SantosAll Saints’ Bay

Costa dosCosta dosCoqueirosCoconut Coast

Costa doCosta doDendêDendê Coast

Costa doCosta doCacauCocoa Coast

Costa doCosta doDescobrimentoDiscovery Coast

Costa dasCosta dasBaleiasWhale Coast

ChapadaDiamantinaChapada Diamantina

Caminhos do

JiquiriçáPathways to Jiquiriçá

Vale doSão FranciscoSão Francisco River Valley

Caminhosdo Sudoestedo SudoesteSouthwestern Bahia

Lagos e Canyons doSão FranciscoSão Francisco Lakes and Canyons

Pathways to the Sertão

CaminhosCaminhosdo Sertãodo Sertão

Forte de São Marcelo - Salvador

32

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 35: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Rica em tradições e festas populares, a Baía de Todos-os-

Santos é um verdadeiro caldeirão cultural que combina, de

maneira singular, elementos afro-brasileiros, europeus e

indígenas. Gastronomia, música, teatro e vasto patrimônio

histórico são algumas das atrações dessa zona turística,

que abriga também belezas naturais, como ilhas cobertas

de vegetação nativa e manguezais preservados. A própria

Baía, que empresta o nome ao Estado, destaca-se como

elemento de integração e acesso, oferecendo excelentes

condições de navegação e lazer.

A Baía de Todos-os-Santos é atendida pelo Aeroporto

Internacional de Salvador, o quinto maior do país, com

mais de 7 milhões de embarques e desembarques em

2009, e por um aeroporto para aviões de pequeno porte,

em Itaparica. Possui um porto marítimo para passageiros,

em Salvador, e terminais para a ligação de ferries-boats

entre Salvador e Itaparica. Conta também com serviços

regulares de transporte rodoviário. Esta zona turística é foco

principal do projeto piloto de desenvolvimento do turismo

náutico em execução pela SETUR e MTur.

Mariscada

Convento Ordem Terceira - Cachoeira

Artesanato - Marogojipinho

Regata Aratu - Maragojipe

Ilha de Bom Jesus dos Passos

33

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 36: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Costa dos Coqueiros

Formada por municípios localizados ao norte da capital

baiana (Camaçari, Conde, Entre Rios, Esplanada,

Itanagra, Jandaíra, Lauro de Freitas e Mata de São João), a

Costa dos Coqueiros é uma das zonas turísticas mais

procuradas do Estado, abrigando destinos conhecidos

como Guarajuba, Itacimirim, Praia do Forte, Imbassaí,

Costa do Sauípe e Mangue Seco.

Atendida pelo Aeroporto Internacional de Salvador e pela

Estrada do Coco e Linha Verde, a Costa dos Coqueiros

possui fácil acesso, sendo servida por diversas opções

de voos. Conta com suprimento de energia elétrica, água

potável, saneamento e telecomunicações, e vem atraindo

empreendimentos hoteleiros de alto padrão, sobretudo

resorts de bandeiras internacionais que já disponibilizam

dois campos de golfe de 18 buracos, com perspectivas

de novos empreendimentos que irão transformar esta

zona no principal destino de golfe no país. Em suas

pequenas vilas praianas encontram-se pousadas,

restaurantes, lojas e outros serviços de apoio ao turismo.

Além dos vastos coqueirais que adornam seus quase 200

quilômetros de litoral, a Costa dos Coqueiros é rica em

paisagens deslumbrantes, emolduradas por rios, lagoas,

pequenas cachoeiras e manguezais, formando um rico e

diversificado ecossistema.

Hotel Vila Gallé - Guarajuba

Hotel Iberostar - Praia do Forte

Restaurante Japonês - Praia do Forte Vila da Praia do Forte

Hotel Grand Palladium - Imbassaí

34

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 37: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Costa do Dendê

Localizada ao sul de Salvador, em área contígua à Baía de

Todos-os-Santos, a Costa do Dendê é composta pelos

municípios de Cairu, Camamu, Igrapiúna, Ituberá, Maraú,

Nilo Peçanha, Presidente Tancredo Neves, Taperoá e

Valença. Como o próprio nome sugere, aqui se concentra a

cultura do dendê, palmeira que dá origem a um dos

ingredientes mais simbólicos da culinária baiana — o

azeite de dendê. Devido ao seu litoral recortado onde se

sobressai a Baía de Camamu, a Costa do Dendê apresenta

condições ideais para a prática de uma variedade de

atividades náuticas direcionadas ao lazer e ao esporte.

Repleta de praias desertas, arquipélagos, relíquias do

patrimônio histórico e pequenos povoados, a região

preserva paisagens naturais intocadas, além de

significativas manifestações folclóricas, produção

artesanal e variada gastronomia relacionada principalmente

aos frutos do mar. Entre os cenários naturais, destacam-se

mais de 100 km de praias, três grandes ilhas e a península

de Maraú, entre a baía e o Oceano Atlântico.

O Aeroporto de Valença permite a operação de aeronaves

tipo Boeing-737, existindo, ainda, pistas de pouso para

monomotores em Morro de São Paulo e na península de

Maraú. Outras modalidades de transporte como o rodoviário

e o marítimo são também oferecidos com regularidade na

região, que conta, em diversas localidades, com serviços de

energia elétrica, água potável, saneamento e tele-

comunicações.Barra Grande - Península de Maraú

Península de Maraú - Camamu

Morro de São Paulo - Cairu

35

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 38: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Costa do Cacau

Compreendendo os municípios de Canavieiras, Ilhéus,

Itabuna, Itacaré, Pau Brasil, Santa Luzia, Una e Uruçuca,

essa região tornou-se mundialmente famosa por

intermédio das histórias de amor e aventura contadas por

Jorge Amado.

Produtora do fruto que dá origem ao chocolate, a Costa do

Cacau, que por longo período se destacou pela riqueza e

prosperidade, ainda hoje abriga considerável patrimônio

arquitetônico dos tempos áureos da lavoura cacaueira. O

modelo de exploração do cacau — que utilizava a

vegetação nativa para fornecer sombra aos cacauais —

contribuiu também para a preservação de significativos

remanescentes de Mata Atlântica, hoje inseridos em

diversas unidades de conservação ambiental criadas na

região. Além de 200 km de praias de areias claras e águas

mornas, o cenário da região é complementado por rios,

lagoas, cachoeiras e cavernas. Preserva, também,

tradições populares diferenciadas. Os aeroportos de

Ilhéus e Comandatuba (particular) têm capacidade para

receber aeronaves do tipo Boeing-737, e o de Canavieiras

permite a operação de aviões de pequeno porte.

A região conta ainda com o Porto Marítimo de Ilhéus e

com rodovias pavimentadas que atendem a diversas

localidades vizinhas. São oferecidos serviços regulares

de energia elétrica, água potável, saneamento e

telecomunicações.

Aeroporto de Ilhéus

Ilha de Comandatuba - Una

Praia da Engenhoca - Itacaré

36

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 39: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Costa do Descobrimento

Considerada berço da história e civilização brasileiras, a

Costa do Descobrimento — formada pelos municípios de

Belmonte, Eunápolis, Itabela, Porto Seguro e Santa Cruz

Cabrália — oferece um conjunto inigualável de atrativos

históricos e naturais. Segundo maior destino turístico do

Estado, possui a mais extensa rede hoteleira da Bahia. A

região abriga preservado conjunto histórico-arquitetô-

nico que remonta aos primórdios da história do Brasil,

além de ecossistemas e paisagens des-lumbrantes,

dentre as quais se destacam praias, falésias, manguezais,

rios e remanescentes de Mata Atlântica. Nessa região,

encontram-se três parques nacionais - o do Desco-

brimento, o do Monte Pascoal e o do Pau Brasil - além de

áreas de proteção ambiental e reservas indígenas. O

artesanato indígena e tradições como o reisado, os bailes

pastoris, a puxada do mastro e os mandus são elementos

preservados da rica e diversificada cultura local.

A Costa do Descobrimento possui um aeroporto

internacional, localizado em Porto Seguro, além de

rodovias pavimentadas que ligam as principais

localidades da região e permitem a oferta regular de

serviços de transporte aéreo e rodoviário. É abastecida de

energia elétrica, água potável, saneamento e

telecomunicações, em diversas localidades.

Recife de Fora - Porto SeguroCentro Histórico - Porto Seguro

Reserva Jaqueira - Porto Seguro

Aeroporto de Porto Seguro

Hotel Terra Vista - Trancoso

37

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 40: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Costa das Baleias

Composta pelos municípios de Alcobaça, Caravelas,

Itamaraju, Mucuri, Nova Viçosa, Prado e Teixeira de

Freitas, a Costa das Baleias tem como principal atração

turística o fenômeno anual de migração das baleias

jubarte, que pode ser observado no Parque Nacional

Marinho de Abrolhos.

A esse belo espetáculo, aliam-se a extensa e diversa

geografia submarina da região, ideal para a prática do

mergulho e de outros esportes náuticos, além de outras

unidades de conservação terrestres e de tradições

folclóricas de influência portuguesa. A região conta ainda

com outros atrativos, como o Parque Nacional do

Descobrimento, a Barra do Cahy — local onde a

esquadra de Cabral fez o seu primeiro desembarque para

abastecimento de água — e o Museu Ecológico Franz

Krajcberg, um espaço cultural que se localiza em Nova

Viçosa. A Costa das Baleias dispõe de infraestrutura

básica que inclui aeroportos em Caravelas e Teixeira de

Freitas (para aeronaves de pequeno porte), rodovias,

serviços de energia elétrica, abastecimento de água e

telecomunicações, além de empresas que atendem ao

turismo náutico e ao ecoturismo.

Arquipélago de Abrolhos

Ilha Redonda - Abrolhos

Casas da Marinha, Ilha de Santa Bárbara - Abrolhos

Farol de Abrolhos

38

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 41: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Chapada Diamantina

Dividida em quatro circuitos — Chapada Norte

(municípios de Andorinha, Bonito, Caém, Campo

Formoso, Jacobina, Jaguarari, Miguel Calmon, Morro do

Chapéu, Ourolândia, Piritiba, Saúde, Senhor do Bonfim,

Utinga e Wagner); Circuito do Ouro (Abaíra, Érico

Cardoso, Iramaia, Jussiape, Livramento de Nossa

Senhora, Paramirim, Piatã, Rio de Contas, Rio do Pires e

Souto Soares); Circuito do Diamante (Andaraí, Ibicoara,

Iraquara, Itaetê, Lençóis, Mucugê, Nova Redenção,

Palmeiras e Seabra); e Chapada Velha (Barra do Mendes,

Brotas de Macaúbas, Central, Gentio do Ouro, Ipupiara e

Xique-Xique) — a Chapada Diamantina é a mais extensa

zona turística da Bahia. Localizados na região central da

Bahia, os municípios compreendidos nesses circuitos

têm a sua história relacionada a momentos importantes

da vida nacional, como a exploração do garimpo do ouro

e diamantes nos séculos XVII, XVIII e XIX.

O cenário dessa região, mundialmente famosa por sua

rica biodiversidade, é formado por paisagens de relevo

montanhoso, quedas d'água, lagos subterrâneos, além de

um grande número de nascentes, corredeiras, cânions e

cavernas que a tornam um excelente local para a prática

do turismo de aventura, esportes radicais e do turismo

ecológico. Sua principal atração é o Parque Nacional da

Chapada Diamantina.

É atendida pelo Aeroporto de Lençóis, com capacidade

para a operação de aeronaves do porte de um Boeing-

737, e cortada por rodovias pavimentadas até as

principais áreas naturais. Possui serviços regulares de

transporte aéreo e rodoviário e serviços de energia

elétrica, água potável e telecomunicações, em diversas

localidades.

Três Morros - Palmeiras

Cachoeira Véu da Noiva - Itaitú

Poço Encantado - Iraquara

Centro Histórico - Lençóis

39

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 42: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Pela sua dimensão, a Zona Turística da Chapada

Diamantina está subdividida em quatro Circuitos:

Tem como principais atrativos o rico patrimônio histórico,

o Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Vale do

Capão, além das relíquias dos tempos de opulência do

garimpo de diamantes, cachoeiras e rios. Principal

destino: Lençóis.

Abriga grande diversidade de atrativos naturais,

históricos e culturais, como cachoeiras, piscinas

naturais, corredeiras, cavernas calcárias e pinturas

rupestres. Destaque para a Gruta da Mangabeira.

Principal destino: Rio de Contas.

Possui geografia peculiar, com grutas, cachoeiras e rios

protegidos por unidades de conservação, além de sítios

arqueológicos, tradições culturais e gastronomia típica

regional. Pela sua altitude mais elevada, apresenta baixas

temperaturas. Principais destinos: Jacobina e Morro do

Chapéu.

Além de atrativos naturais, a região preserva

características históricas e costumes que se manifestam

nas festas regionais tradicionais. Principal destino:

Gentio do Ouro.

- Circuito do Diamante

- Circuito do Ouro

- Circuito da Chapada Norte

- Circuito da Chapada Velha

Cachoeira do Payayás - Saúde

Morro do Pai Inácio - Palmeiras

40

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 43: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Vale do São Francisco

Caracterizada pela influência do Rio São Francisco, essa

zona turística é formada pelos municípios de Casa Nova,

Curaçá, Juazeiro, Remanso e Sobradinho, tendo como

principais atrativos o Enoturismo e as atividades ligadas à

pesca e aos esportes náuticos em geral, e as usinas

hidrelétricas que compõem parte do conjunto de produção

energética da CHESF.

A região, além de possuir o maior rebanho de caprinos de

todo o Brasil, vive um período de desenvolvimento

baseado na irrigação, que trouxe, entre outros benefícios,

as videiras, que produzem vinhos de qualidade

reconhecida internacionalmente, com a particularidade de

produzir duas safras de uvas por ano. A SETUR considera

importante o desenvolvimento do segmento do

Enoturismo nessa região, promovendo a visitação de

vinícolas que colocam a região em condições de oferecer

este atrativo em pleno sertão brasileiro.

Um dos produtores locais é a Vinícola Ouro Verde,

pertencente ao Miolo Wine Group, localizada no município

de Casa Nova a, aproximadamente, 60 km de Juazeiro,

que, em 2008, inaugurou um complexo Enoturístico

aberto à visitação, compreendendo cantina, cave

subterrânea e sala de degustação, dentre outras

instalações. Outro importante atrativo é a maior represa do

mundo, conhecida como Lago do Sobradinho, com um

espelho de água de 4 mil quilômetros quadrados e

capacidade de armazenamento de 34 bilhões de metros

cúbicos de água oriunda do Rio São Francisco. As

condições naturais favoráveis incentivaram a prática de

esportes náuticos, especialmente vela,

. A pesca do surubim é outra atividade

de lazer que atrai pescadores amadores e profissionais,

além de ser uma importante atividade econômica.

A infraestrutura básica do Vale do São Francisco inclui o

aeroporto de Petrolina (cidade pernambucana separada

da baiana Juazeiro pelo Rio São Francisco), rodovias e

ser-viços de energia elétrica, saneamento e te-

lecomunicações.

hobbie-cat, laser,

windesurfe e jet-ski

Lago do Sobradinho - Sobradinho

Rio São Francisco - Juazeiro

41

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 44: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Canyons e Lagos do São Francisco

Abrangendo os municípios de Abaré, Glória, Paulo

Afonso, Rodelas e Santa Brígida, dentre os principais

atrativos desta zona turística merecem destaque o maior

cânion natural navegável do mundo, com paredões de

mais de cem metros de altura, represas e usinas

hidrelétricas. A esses atrativos somam-se características

fisiográficas que permitem a prática de diferentes

modalidades de esportes radicais (rapel, ,

tirolesa, e , asa-delta e escaladas,

entre outros), os quais vêm gerando um fluxo turístico

significativo para a região.

O Complexo da Companhia Hidrelétrica do São

Francisco—CHESF é um dos grandes atrativos do

município de Paulo Afonso, mas não o único. O visitante

ainda pode passear de catamarã pelo cânion do São

Francisco e visitar um museu a céu aberto, com mais de

100 sítios arqueológicos de pinturas rupestres datadas de

9 mil anos.

Outro atrativo é a Cachoeira de Paulo Afonso, formada por

diversas quedas de água que se espalham pelas rochas de

granito, recortada em plataformas assemelhando-se a

imensos degraus, onde se destaca o Véu de Noiva. Vale

ressaltar que, com a construção das usinas, as águas que

formam a cachoeira foram represadas, e, em épocas

programadas, as comportas da barragem são abertas,

num espetáculo de impressionante beleza.

A infraestrutura básica dos Canyons e Lagos do São

Francisco inclui o aeroporto de Paulo Afonso, rodovias e

serviços de energia elétrica, saneamento e teleco-

municações.

canyoning

bungie-jump base-jump

Rio São Francisco - Paulo Afonso

Mirante - Cachoeira de São Francisco

Cânions São Francisco - Xingó

42

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 45: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Caminhos do Oeste

Localizada ao oeste do Rio São Francisco, essa região é

composta por dois circuitos – o Rio Grande (Barra,

Barreiras, Formosa do Rio Preto, Luis Eduardo

Magalhães, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia e

São Desidério), e o circuito do Rio Corrente (Bom Jesus

da Lapa, Correntina, Ibotirama, Santana, Santa Maria da

Vitória e São Félix do Coribe). Considerada atrativa por

suas paisagens características do cerrado, essa zona

turística vem apresentando expressivo crescimento

econômico, impulsionado por avanços sensíveis em seu

segmento agroindustrial, notadamente a produção de

grãos. É considerada também uma das mais ricas em

recursos hídricos do Nordeste do Brasil, com destaque

para os rios Branco, Corrente, de Ondas e Grande.

A essas características, soma-se um potencial turístico

que se revela na presença de serras, cachoeiras,

cavernas, rios com corredeiras e praias fluviais,

favorecendo o desenvolvimento do segmento de natureza

em suas diferentes modalidades.

Conta com aeroportos em Barreiras e Bom Jesus da Lapa,

uma extensa malha rodoviária ligando as principais

localidades da região com as capitais Salvador e Brasília,

além de serviços de energia elétrica, saneamento e

telecomunicações.

Cachoeira Acaba Vida - Barreiras

Cachoeira do Redondo - Barreiras

Igreja Matriz - Monte Santo

Rio Corrente - Correntina

43

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 46: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Caminhos do Jiquiriçá

Localizada a cerca de 150 km a oeste de Salvador, essa

zona turística é dividida em dois circuitos: Vale do

Jiquiriçá (Amargosa, Cravolândia, Elísio Medrado, Itiruçu,

Jiquiriçá, Laje, Milagres, Santa Inês, São Miguel das

Matas e Ubaíra), e Recôncavo Sul (Castro Alves,

Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Dom Macedo

Costa, Itatim, Santa Terezinha, Santo Antônio de Jesus,

São Felipe e Varzedo).

Contando com belas cachoeiras, rios, serras, flora e fauna

exuberantes, esta zona turística desperta o interesse de

visitantes que buscam contato com a natureza, seja para

simples contemplação, seja para a prática de esportes de

natureza, como cavalgadas, , canoagem e pesca.

São importantes atrativos, ainda, o patrimônio histórico-

cultural, o rico artesanato da região e o turismo rural.

A região possui rodovias pavimentadas interligando suas

principais localidades, além de serviços regulares de

transporte rodoviário, energia elétrica, água potável e

telecomunicações.

trekking

Praça Lourival Monte - Amargosa

Catedral Nossa Srª. do Bom Conselho - Amargosa

44

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 47: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Caminhos do Sertão

Abrangendo os municípios de Araci, Banzaê, Candeal,

Canudos, Cipó, Euclides da Cunha, Feira de Santana,

Itapicuru, Monte Santo, Nova Soure, Ribeira do Pombal,

Serrinha, Teofilândia, Tucano e Uauá, essa zona turística

tem forte vocação para o turismo religioso e histórico-

cultural, notadamente nos municípios de Monte Santo e

Canudos, que foram palco de um movimento social

liderado por Antônio Conselheiro — episódio que

culminou com a chamada “Guerra de Canudos”, cuja

importância histórica motivou a criação do Parque

Histórico de Canudos. O termalismo é outro forte atrativo

da região, especialmente em Cipó e Tucano, onde estão

localizadas duas estâncias hidrominerais.

A região possui acessos pavimentados entre as principais

localidades, além de serviços regulares de transporte

rodoviário, energia elétrica, água potável e tele-

comunicações.

Caldas do Jorro - Tucano

Igreja Matriz Nossa Srª. da Conceição e Santíssimo Coração de Deus - Monte Santo

Parque Histórico de CanudosParque Estadual de Canudos

Entrada do Parque

45

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 48: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Caminhos do Sudoeste

A mais nova zona turística do Estado da Bahia já desponta

com a adesão dos municípios de Iguaí e Vitória da

Conquista e a expectativa de um crescimento

significativo em um futuro breve. Existem atrativos

naturais em toda a região como rios, cachoeiras, grutas e

serras, além de parques municipais e áreas de

preservação ambiental que colaboram para um turismo

sustentável e ecológico. Já é sede de eventos de

relevância como o Festival de Inverno (música

brasileira), São João e exposições agropecuárias.

Mantém uma gastronomia regional diferenciada e

manifestações culturais que remetem à formação ibérica

e afrodescendente, como folguedos populares, ternos de

reis e bumba-meu-boi. Situada estrategicamente entre

as Zonas Turísticas da Chapada Diamantina e da Costa do

Cacau, tem uma boa infraestrutura de acesso, com ae-

roporto regional servido por voos diários, e rodovias

estaduais e federais, além de uma oferta significativa de

serviços turísticos, como agências de viagens e de

receptivo, hotelaria qualificada, hotéis-fazenda, na zona

rural, bares e restaurantes.

Festival de Inverno - Vitória da Conquista

Iguaí

Cachoeira - Iguaí

46

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 49: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Diagnóstico do Turismo Baiano

Em 2008 o Governo do Estado da Bahia contratou a FIPE

para detalhar a caracterização do turismo no Estado. Esse

trabalho foi realizado através de 16 mil entrevistas diretas

junto aos turistas domésticos e internacionais em visita

às regiões turísticas baianas. As entrevistas foram

realizadas em sete momentos, ao longo do ano, buscando

abranger os diversos movimentos sazonais do turismo no

Estado, inclusive nas épocas de festas juninas, festas

religiosas e Carnaval.

A seguir são apresentados os resultados do perfil dos

turistas, a caracterização de suas viagens e suas opiniões

sobre os destinos visitados no Estado da Bahia com base

nesta pesquisa.

Há uma predominância do gênero masculino (56,3%)

entre os turistas do Estado da Bahia. A média etária é de

36,2 anos, destacando-se as faixas etárias de 25 a 31

anos (24,7%) e 32 a 40 anos (21,2%). Há uma pequena

participação de turistas na faixa dos 60 anos ou mais, que

demonstra a necessidade de uma atuação mais focada

nessa faixa populacional que tem, normalmente, um

poder aquisitivo de bom padrão e maior disponibilidade

de tempo para viagens em períodos de baixa estação.

Quanto ao grau de instrução, a pesquisa evidencia que a

grande maioria dos visitantes do Estado possui de nível

médio completo (46,2%) a superior completo (40,0%).

Quanto à ocupação, os assalariados são predominantes

entre os turistas que visitam o Estado da Bahia,

representando 37,2%. Profissionais liberais / autônomos

(21,7%) e estudantes (10,9%) também representam uma

parcela importante da demanda.

A renda média mensal individual dos turistas que vi-

sitaram a Bahia, indicada na pesquisa, foi de R$ 3.357,06.

Nota-se claramente na pesquisa uma grande incidência

de viagens motivadas por lazer, somando 37,2% do total.

Negócios ou trabalho (18,5%), vista a amigos e parentes

(16,8%) e festas juninas (16,7%) também tiveram inci-

dências bastante expressivas.

Perfil dos Turistas

Características das viagens

Faixa E tária (em % )*

Fai xa Etária Tot al

16 a 24 19,7

25 a 31 24,7

32 a 40 21,2

41 a 50 20,1

51 a 59 8 ,8

60 anos ou mais 5 ,5

To tal 100 ,0

Méd ia (e m ano s) 36,2

Fonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do TurismoReceptivo na Bahia 2009- Total com eventos

Principal Ocupação Profissional (em %)

Ocupação Profissional Total

Assalariado 37,2

Profissional Liberal / Autônomo 21,7

Estudante 10,9

Empresário 8,1

Aposentado / Pensionista 4,6

Do Lar 3,7

Desempregado 1,7

Mercado Informal 1,2

Outros 11,0

Total 100,0

Fonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do TurismoReceptivo na Bahia 2009- Total com eventos

Principal Motivação da Viagem (em %)*

Motivações Total

Lazer 37,2

Negócios ou trabalho 18,5

Visitar amigos e parentes 16,8

Festas Juninas 16,7

Saúde 3,6

Eventos Religiosos 2,3

Intercâmbio / Estudos 1,8

Carnaval 1,5

Congressos / Feiras ou convenções 1,1

Outros 0,6

Total 100,0

Fonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do TurismoReceptivo na Bahia 2009- Total com eventos.

47

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 50: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Quanto aos motivos relacionados ao lazer, sobressaem os

atrativos naturais como principais interesses da maior

parte dos turistas em viagem a lazer, representando mais

de 82% desse total. Este resultado demonstra a

necessidade de maiores investimentos em atrativos

culturais que se constituem em forte componente do

produto Bahia, sem, no entanto, representarem ainda fator

indutor de viagens.

A média de permanência dos turistas que visitam a Bahia

é de 5,8 pernoites, destacando-se as classes de 1 ou 2

pernoites (31,4%) e de 3 ou 4 pernoites (31,0%).

Este índice de estada na Bahia evidencia que a grande

maioria dos turistas não visitou ou não tinha pretensão de

visitar outras cidades do Estado durante a viagem,

representando 73,7% dos entrevistados na pesquisa.

O índice demonstra também a importância de trabalhar os

roteiros integrados para aumentar a taxa de permanência

média do turista na Bahia.

O quadro abaixo apresenta as principais localidades

mencionadas pelos turistas que visitaram ou pretendiam

visitar outros lugares da Bahia.

Quanto aos meios de transporte utilizados nos

deslocamentos, o rodoviário através de ônibus de linha

(35,2%), seguido por automóvel próprio (20,6%), são os

meios de transporte mais utilizados pelos visitantes da

Bahia, seguidos por voo regular (17,6%) e transporte

hidroviário (12,1%).

Principal InteresseaLazer (em%)*

Interesse Total

Atrativosnaturais 82,2

Patrimônio cultural 5,0

Ecoturismo 4,9

Diversão noturna 4,5

Turismoétnico-afro 0,9

Esportes 0,4

Compraspessoais 0,3

Outros 1,8

Total 100,0

*Dados referentes somente às etapas tradicionaisFonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do TurismoReceptivo na Bahia 2009 – Total com eventos

Permanência Média (em %)

Classes de Pernoites Total

1 ou 2 Pernoites 31,4

3 ou 4 Pernoites 31,0

5 a 7 Pernoites 21,9

8 a 15 Pernoites 11,1

16 Pernoites ou mais 4,7

Total 100,0

Média (em pernoites) 5,8

*Dados referentes somente às etapas tradicionaisFonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do TurismoReceptivo na Bahia 2009 – Total com eventos

Outras cidades da Bahia que visitou e visitará(em %)*

Nome Total

Salvador 8,7

Porto Seguro 3,3

Itacaré 2,7

Ilhéus 1,9

Morro de São Paulo 1,4

Camaçari 1,3

Feira de Santana 1,2

Cairu 1,0

Praia do Forte 1,0

Itabuna 1,0

Outros (215 municípios) 16,6

Total 40,1

*Dados referentes somente às etapas tradicionaisFonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do TurismoReceptivo na Bahia 2009 – Total com eventos

Principal Meio de Transporte na Viagem (em %)

Meiode Transporte Total

Ônibus de linha 35,2

Automóvel próprio 20,6

Voo regular 17,6

Transporte hidroviário 12,1

Ônibus fretado 2,8

Voo charter / fretado 2,7

Automóvel alugado 1,2

Motos 0,1

Outros 7,7

Total 100,0

*Dados referentes somente às etapas tradicionaisFonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do TurismoReceptivo na Bahia 2009 – Total com eventos

48

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 51: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Os meios de hospedagem prevalecentes são a casa de

amigos e parentes, representando 42,4% do total. Hotel

(21,6%) e pousada (18,1%) também têm incidências

bastante significativas. Estes números são decorrentes

dos fluxos internos onde a visita a parentes e amigos

representa um alto índice de motivação de viagens.

Observa-se pela pesquisa que 45,0% dos turistas da Bahia

são influenciados na sua decisão de viagem por

comentários de amigos e parentes e que 39,1% já

conheciam o local ou evento, demonstrando assim uma

ainda baixa taxa de visitantes que decidem a viagem a

partir de outros agentes de promoção.

Quanto aos meios utilizados para a decisão da viagem,

nota-se claramente a importância da Internet como veículo

de propaganda do Estado da Bahia. Entretanto, apesar da

importância da Internet na decisão de viagem, observa-se

que os seus serviços são pouco utilizados pelos turistas.

Meio de hospedagem é o item mais consultado (12,4%),

enquanto transporte é o item mais comprado via Internet

(7,9%). O gasto médio total realizado pelos turistas da

Bahia na localidade visitada é de R$ 854,99.

O gasto per capita é de R$ 254,70 e o gasto per capita dia é

de R$ 43,78. O valor informado na pesquisa Brasil, em

2007, indica um valor de R$ 58,60/per capita/dia como o

gasto médio do turista doméstico no Brasil, portanto

acima do valor registrado na Bahia, o que indica a

necessidade de maiores investimentos em qualificação do

produto para atrair um público mais exigente e com maior

potencial de gasto.

Principal Meio de Hospedagem na Viagem (em %)

Meio de Hospedagem Total

Casa de amigos e parentes 42,4

Hotel 21,6

Pousada 18,1

Imovel alugado 4,2

Imovel próprio 3,7

Resort 3,1

Camping 1,4

Albergue 1,3

Pensão / Hospedaria 0,7

Flat / Apart 0,6

Rancharia 0,0

Outros 2,8

Total 100,0Fonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia2009 - Tota l com eventos

Se Lazer ou Eventos, Principal Fator de

Influência (em %)

Fator de Influência Total

Comentários de amigos e parentes 45,0

Já conhecia o local / evento 39,1

Propaganda 7,2

Agência de Viagens 3,5

Estande em evento 0,0

Outros 5,3

Total 100,0Fonte: Pesquisa de Car acterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia2009 - Tota l com eventos

Se Propaganda, Principal Veículo de

Influência na Decisão (em %)

Veículo de Propaganda Total

Internet 50,1

Revista 21,1

Televisão 15,5

Folheto 4,4

Outdoor 2,6

Jornal 2,3

Rádio 1,4

Cartaz ou Pôster 0,02

Outros 2,5

Total 100,0Fonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia2009 - Total com eventos

Serviços de Internet (em %)*

Serviços Consul tou Rese rvou Comprou Não

Pacote 6,7 1,4 2,1 91,6

Transporte 8,9 4,1 7,9 87,2

Hospedagem 12,4 4,8 4,2 84,1

Aluguel de Ve ículos 2,4 0,4 0,6 96,4

Atrativos e Passeios 6,8 0,3 0,5 92,0

Outros 0,9 0,1 0,1 97,8* Dados Referentes a s Etapas Tra dicionais, Ca rna val e Eventos ReligiososFonte: Pesquisa de Ca racterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia 2009 - Tota l comeventos

Gasto Médio no Local (em R$)

Gasto Médio Total

Gasto Médio 854,99

Gasto Médio per capita 254,70

Gasto médio per capita dia 43,78

Fonte: Pesquisa de Ca racterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia2009 - Tota l com eventos

49

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 52: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Nota-se que a maior parte dos itens de infraestrutura e

serviços turísticos foi bem avaliada por grande parte dos

turistas, com destaque à hospitalidade/povo, meios de

hospedagem e bares/restaurantes, considerados bons ou

muito bons por mais de 90% dos visitantes. Esta tabela

evidencia a necessidade de ampliar os investimentos,

principalmente em Limpeza Pública, por parte dos

municípios visitados, seguidos por Terminal Rodoviário,

Segurança Pública e Sinalização Urbana/Turística. Quanto

à avaliação do Carnaval da Bahia foram considerados

bons ou muito bons pela grande maioria dos turistas que

participaram dos mesmos, com destaque para animação

(99,0%), ritmos/musicalidade (97,8%), trios elétricos

(97,6%) e bandas (97,5%). Embora não seja pre-do-

minante, vale a pena destacar que os itens com maiores

incidência de avaliações negativas foram a

higiene/limpeza dos alimentos e bebidas (39,6%) e os

espaços dos eventos (19,1%).

Avaliação Geral (em %)

Itens AvaliadosMuito Bom Bom Ruim Muito Ruim Positiva Negativa

(1) (2) (3) (4) (1)+(2) (3)+(4)

Hospitalidade / Povo 54,5 42,3 2,5 0,7 96,8 3,2

Informações turísticas 19,7 60,1 15,8 4,5 79,8 20,2

Guias de turismo 24,2 59,5 13,4 2,9 83,7 16,3

Meios de hospedagem 38,4 54,2 6,1 1,3 92,7 7,3

Bares / Restaurantes 28,2 64,0 6,5 1,3 92,2 7,8

Comércio / Compras 20,3 67,5 11,2 0,9 87,9 12,1

Comunicações 12,2 69,4 13,6 4,7 81,6 18,4

Sinalização urbana / Turística 8,2 63,9 21,4 6,5 72,1 27,9

Segurança pública 9,1 62,8 21,4 6,7 71,9 28,1

Limpeza pública 10,2 55,4 24,5 9,9 65,5 34,5

Terminal rodoviário 7,1 64,2 16,8 12,0 71,2 28,8Fonte: Pesquisa Caracterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia 2009 - Total comeventos

Avaliação Carnaval (em %)

Itens AvaliadosMuito Bom Bom Ruim Muito Ruim Positiva Negativa

(1) (2) (3) (4) (1)+(2) (3)+(4)

Animação 67,1 31,9 0,8 0,2 99,0 1,0

Arquibancada 28,4 61,5 9,0 1,1 89,9 10,1

Blocos 53,2 43,2 3,3 0,3 96,4 3,6

Camarotes 59,2 35,5 3,8 1,5 94,7 5,3

Decoração 34,1 55,1 7,8 2,9 89,3 10,7

Espaço 26,4 54,6 15,1 3,9 80,9 19,1

Fantasias / Abadás 31,2 59,6 8,4 0,8 90,8 9,2

Higiene / Limpeza (alimentos e bebidas) 12,8 47,6 27,7 11,9 60,4 39,6

Participação popular 50,3 45,9 3,1 0,7 96,2 3,8

Ritmos / Musicalidade 66,1 31,7 1,7 0,5 97,8 2,2

Trios elétricos 66,6 31,0 2,2 0,2 97,6 2,4

Bandas 64,6 32,9 2,2 0,3 97,5 2,5

Clubes / Espaços privados 51,8 43,0 3,9 1,2 94,9 5,1Fonte: Pesquisa Caracteri zação e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia 2009 - Total comeventos

Opiniões sobre o destino turístico visitado

50

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 53: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Todos os itens foram considerados bons ou muito bons

pela grande maioria dos participantes, destacando-se

decoração (94,5%), trio de forró (93,9%) e iluminação do

evento (93,4%).

Todos os itens dos eventos religiosos foram consi-

derados bons ou muito bons por pelo menos 87% dos

turistas que participaram dos mesmos, com destaque

para a programação religiosa (97,6%) e decoração

(97,3%). A maior parte dos turistas da Bahia teve suas

expectativas correspondidas (46,6%) ou superadas

(36,9%), totalizando mais de 83% do total. Observa-se

nitidamente a intenção de retorno para todas as

localidades da Bahia pela maioria dos turistas do Estado,

representando 92,6% do total.

Avaliação Eventos Juninos (em %)

Itens AvaliadosMuito Bom Bom Ruim Muito Ruim Positiva Negativa

(1) (2) (3) (4) (1)+(2) (3)+(4)

Decoração 34,3 60,2 4,2 1,3 94,5 5,5

Espaço 27,5 62,8 7,9 1,8 90,3 9,7

Qualidade do som 24,4 64,9 8,8 1,9 89,3 10,7

Iluminação do evento 24,0 69,4 5,8 0,8 93,4 6,6

Organização 21,8 66,4 9,7 2,1 88,1 11,9

Animação 30,5 59,2 8,6 1,7 89,7 10,3

Atrações musicais tradicionais 19,3 64,3 13,0 3,4 83,6 16,4

Atrações musicais eletrônicas 15,6 63,7 16,4 4,3 79,3 20,7

Barracas de comidas típicas 19,3 63,5 13,4 3,7 82,9 17,1

Concurso de quadrilha 20,6 64,3 11,0 4,1 84,9 15,1

Programação religiosa 20,1 63,9 12,3 3,8 83,9 16,1

Trança - fitas 11,4 71,7 11,1 5,7 83,1 16,9

Trio de forró 23,7 70,1 5,1 1,0 93,9 6,1

Show de espadas 33,0 41,8 8,5 16,7 74,8 25,2Fonte: Pesquisa Caracterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia 2009- Total com eventos

Avaliação Eventos Religiosos (em %)

Itens AvaliadosMuito Bom Bom Ruim Muito Ruim Positiva Negativa

(1) (2) (3) (4) (1)+(2) (3)+(4)

Decoração 5,6 91,7 2,7 0,0 97,3 2,7

Espaço 5,7 88,6 5,0 0,7 94,4 5,6

Iluminação 3,9 92,2 3,8 0,2 96,1 3,9

Programação Religiosa 34,2 63,4 2,1 0,3 97,6 2,4

Animação Paralela 21,3 65,9 12,4 0,5 87,1 12,9

Fonte: Pesquisa Caracterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia 2009 - Total com eventos

Expectativa da Viagem(em %)

Expectativa Total

Superou / Está Melhor 36,9Correspondeu / Permanece Igual 46,6Decepcionou / Está Pior 10,5Não sabe 6,0

Total 100,0Fonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento Receptivo na Bahia2009 - Total com eventos.

Intenção de Retorno à Localidade (em %)*

Intenção de Retorno

Sim 92,6

Não 4,0Não sabe 3,4

Total 100,0

Fonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento Receptivo naBahia 2009 - Total com eventos.

51

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 54: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

A pesquisa também detectou que mais de 94% dos

visitantes recomendariam o local visitado a outras

pessoas.

O fluxo turístico para a Bahia distribui-se nas suas 13

zonas turísticas conforme o gráfico informa. Observa-se

que a grande concentração (35%) está na ZT Baía de

Todos-os-Santos, sobretudo em razão da localização

nesta zona da capita, Salvador, principal atrativo e portão

de entrada do Estado.

Pela dimensão dos seus fluxos turísticos receptores, além

de Salvador, a cidade de Porto Seguro permite estimativa

desagregada; desta forma, a capital baiana atrai 28,8% do

fluxo turístico doméstico com destino ao Estado,

enquanto Porto Seguro responde por 10,8% desse total.

Fluxo Turístico Receptor Doméstico por Zona Turística

Baía de Todos os Santos

35%

Caminhos do Oeste

7%

Caminhos do Sertão

5%

Chapada Diamantina

2%Costa das Baleias

5%

Costa do Cacau

4%

Costa do Dendê

2%

Costa do Descobrimento

11%

Costa dos Coqueiros

5%

Lagos do São Francisco

1%

Vale do Jiquiriçá

0,4%

Nenhuma

23%

Fluxo turístico receptor doméstico por regiões turísticas

Baía de Todos os Santos

Caminhos do Oeste

Caminhos do Sertão

Chapada Diamantina

Costa das Baleias

Costa do Cacau

Costa do Dendê

Costa do Descobrimento

Costa dos Coqueiros

Lagos do São Francisco

Vale do Jiquiriçá

Nenhuma

Participação das regiões turísticas no fluxo turístico receptordoméstico da Bahia

Região Turística %

Baía de Todos-os-Santos 35,1Caminhos do Oeste 7,0

Caminhos do Sertão 5,1Chapada Diamantina 1,5

Costa das Baleias 5,0Costa do Cacau 3,8

Costa do Dendê 1,9Costa do Descobrimento 10,8

Costa dos Coqueiros 5,3Lagos do São Fransisco 1,3

Vale do Jiquiriçá 0,4Nenhuma 22,8

Total 100,0

Fonte: Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento Receptivo na Bahia2009 - Total com eventos.

Fluxo turístico doméstico por regiões turísticas

52

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 55: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Importância do Turismo na Economia Baiana

Embora ainda não se disponha de uma metodologia

eficaz para avaliação do impacto do turismo na economia

baiana, estima-se uma participação do turismo no PIB

estadual em torno dos 6% (base em 2005). No Estado da

Bahia, o setor emprega diretamente 90.000 trabalhadores

e dispõe de um parque hoteleiro de aproximadamente

72.000 quartos e 194.000 leitos.

Apesar do impacto estimado de 6%, percebe-se ainda

uma importante lacuna a ser preenchida, que é o fomento

à capacidade do turismo em impactar positivamente

outros setores da economia baiana associados a essa

atividade, a exemplo de hortifruticultura, fabricação e

comercialização de móveis, bebidas, gêneros alime-

ntícios em geral, roupa de cama e mesa, artesanato,

dentre outros, fortalecendo, ,desta forma, a economia

local a partir de uma maior integração da cadeia produtiva

do turismo. Por esta razão, essa integração representa um

dos eixos desta estratégia.

Feira do Caxixi - Nazaré

Produção de cachaça no interior da Bahia

53

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 56: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Quanto aos temas relacionados ao Meio Ambiente,

ressalte-se a necessidade crescente de proteção dos

principais ativos paisagísticos, indutores de visitação, e a

garantia de uma legislação eficaz e ao mesmo tempo

transparente o suficiente para não afastar aqueles que

pretendem investir em equipamentos turísticos que vão

gerar emprego e renda, além de reforçar a inovação e

requalificação do produto Bahia.

A Segurança Pública garante a tranquilidade e

integridade física daqueles que nos visitam. Nos

aspectos referentes às áreas de Indústria, Comércio e

Agricultura, estas se relacionam à necessidade da

integração econômica que vai fortalecer os resultados do

turismo a partir da ampliação da sua produção associada

na Bahia. Por fim, aqueles vinculados à infraestrutura,

educação e trabalho garantem a mobilidade e a qualidade

de vida além da educação e capacitação das populações

dos destinos turísticos.

O turismo na Bahia será referência nacional e

internacional pela qualidade dos produtos e serviços

oferecidos aos visitantes, capaz de interagir com os

demais setores da economia estadual, assegurando a

inclusão das comunidades locais, protegendo o

patrimônio natural e cultural, para garantir a prática de um

modelo de desenvolvimento sustentável.

Visão de Futuro

54

Turistas no Porto de Salvador

Disk Bahia Turismo

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 57: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

FUNDAMENTOS PARA A ESTRATÉGIA

Composição da Estratégia

A base da Estratégia Turística que se denomina “O

Terceiro Salto” do turismo baiano está na convergência

de três eixos fundamentais: Inovação do Produto

Turístico, Qualificação dos Destinos e dos Serviços e

Integração Econômica.

A convergência desses três eixos constitui-se num

reforço ao conceito de sustentabilidade do turismo,

complementando, desta forma, os critérios tradicionais

adotados da Proteção ao Meio Ambiente, da Inserção das

Comunidades no processo de desenvolvimento turístico

e da ampliação dos resultados econômicos para o setor

público e privado, direta e indiretamente envolvidos com

a atividade turística. Por outro lado, esses três eixos

correspondem as três grandes lacunas do turismo na

Bahia: deficiências na qualidade dos serviços,

necessidade de novos produtos turísticos e a existência

de parques hoteleiros desvinculados da economia

regional.

A garantia da sustentabilidade pretendida pelo Governo

da Bahia está intimamente associada a procedimentos de

consolidação de novos modelos de governança

baseados nos processos de gestão participativa, que

promovam uma cada vez maior transparência

administrativa e descentralização das decisões

relacionadas à atividade turística.

A necessidade de ampliar os benefícios do turismo às

comunidades receptoras, atuando como atividade

promotora de inclusão social e redução da pobreza,

também se constitui em princípio a ser perseguido pelo

Governo da Bahia na sua estratégia de desenvolvimento

turístico.

Para atingir esses objetivos, o Governo da Bahia entende

que, através da interiorização da atividade, realizada de

forma planejada em regiões de alto potencial para o

turismo, estará promovendo cada vez mais geração de

emprego e renda para a Bahia e reduzindo os fluxos

migratórios para regiões mais densamente povoadas.

A transversalidade das ações do Governo em prol do

desenvolvimento turístico é uma premissa essencial ao

sucesso de implementação de qualquer estratégia

relacionada a esta atividade. Este fato se deve à

multissetorialidade do turismo que, para que se

obtenham resultados concretos, requer a participação e

interação de diversos setores governamentais. Entende-

se, dentre as áreas de governo que necessitam interagir,

aquelas vinculadas à Segurança Pública, Cultura e Meio

Ambiente, como também pelas de Infraestrutura,

Trabalho, Esportes, Educação, Indústria, Comércio e

Agricultura.

Vale um registro especial à atividade da promoção

cultural no Estado pela sua capacidade de promover

experiências positivas nos visitantes atraídos à Bahia pela

sua rica diversidade cultural. Fato semelhante ocorre

com as atividades esportivas geradoras de fluxo turístico

para o Estado.

Princípios Norteadores

Principais Premissas

55

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 58: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS

Eixo Estratégico Inovação

As diretrizes aqui apresentadas estão embasadas na

territorialidade, espaço físico onde ocorre o fenômeno

turístico, e nos modelos de governança, que vão

assegurar a visão no prisma das diretrizes traçadas

através dos eixos. Os programas que perpassam os três

eixos são: da Regionalização, da Gestão Participativa e do

Turismo Sustentável.

Dentro do eixo estratégico Inovação, a SETUR tem em

curso três programas:

O Programa de Desenvolvimento de Novos Produtos tem

por finalidade a criação, formatação e gestão de novos

produtos turísticos com vistas a estabelecer um

calendário turístico para a Bahia, acrescentando novas

alternativas de oferta e demanda turística ao já

consolidado calendário cultural do Estado. A proposta de

promover eventos especiais nos períodos considerados

de baixa estação atende ainda a uma reivindicação do

trade para minimizar os efeitos da sazonalidade em seus

respectivos negócios.

Nesse contexto já estão inseridos os eventos “São João

da Bahia” e o “Espicha Verão – Praia 24 horas”, além do

“GP Bahia de ”, que se constituem em

oportunidades de geração de emprego e renda para o

trade turístico, empregados do setor e para a população

local de forma geral.

O foco principal dessas ações visa inserir a Bahia como

opção de visitação em períodos de baixo fluxo,

interiorizar a oferta turística, fomentar a geração de

emprego e renda e oferecer nível de excelência no

atendimento ao turista, inclusive com a customização de

alguns serviços, a exemplo daqueles vinculados a

eventos técnico-científicos que reúnem um número

expressivo de participantes.

Em 2008, a SETUR e a Bahiatursa resolveram investir na

promoção do São João como um novo produto turístico.

As edições posteriores de 2009 e 2010 representaram a

consolidação deste já importante produto do portifólio do

turismo baiano. Os resultados foram expressivos para as

duas semanas de festas realizadas em Salvador – na

tradicional e atraente área do Centro Histórico – e nas

cidades que são os principais portões de entrada de

turistas para o Estado. Além disso, a SETUR e a Bahiatursa

realizaram convênios com cerca de duzentos municípios

baianos para apoio à realização dos festejos, com

resultados expressivos, constatados pelo saldo positivo

obtido pela iniciativa privada envolvida nesse segmento

econômico.

Programa de Desenvolvimento de Novos Produtos

Stock Car

- Projeto São João da Bahia

Projeto São João da Bahia - Pelourinho,Salvador

56

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 59: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Projeto Espicha Verão

GP Bahia de – Turismo Esportivo

O “Espicha Verão – Praia 24 Horas” lançado pela SETUR e

a Bahiatursa, em 2008, tem como principal objetivo a

atração de turistas e o prolongamento da sua

permanência na Bahia, após o Carnaval. Além disso, o

projeto fomenta a cadeia produtiva do turismo, através da

geração de negócios, emprego e renda, e ajuda a

promover talentos artísticos locais, agregando, desta

forma, novos valores à produção cultural baiana.

Concebido originalmente para cobrir as lacunas do

calendário “encurtado” de festejos populares do verão

2008, tendo em vista o Carnaval em determinados anos

ocorrer no início do mês de fevereiro, o “Espicha Verão –

Praia 24 Horas” obteve sucesso crescente nas edições

posteriores de 2009 e 2010. No ano de 2009, o projeto

chegou ao interior, com edições nas cidades de Ilhéus,

Porto Seguro, Lençóis e Itacaré. O modelo turístico-

cultural do evento, voltado para o foco no visitante e no

trade turístico, além do ineditismo e sucesso do projeto,

rendeu à Bahiatursa o Prêmio Top de Marketing da ADVB

Nacional. Pesquisa de satisfação realizada pela SETUR

durante o evento apontou um índice de satisfação do

público de 95%.

-

O Turismo Esportivo apresenta-se como mais um vetor de

inovação da Bahia. Iniciativa vitoriosa, como a criação do

GP Bahia de Stock Car, que gerou cerca de três mil

empregos em cada edição de 2009 e 2010, e que tem

garantido contratualmente que será realizado na Bahia até

2014.

Além da , Salvador sedia outros importantes

eventos esportivos ao longo do ano, como campeonatos

de surf e de . Outros destinos da Bahia, a

exemplo da Chapada Diamantina e dos Cânions do São

Francisco, também são palcos frequentes de eventos de

esporte de aventura, como a canoagem.

Stock Car

Stock Car

mountain bike

Palco flutuante - Praia do Porto da Barra, Salvador

GP de Stock Car

Campeonato de Surf - Itacaré

Praia 24h

57

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 60: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Bahia Mostra Bahia / Salão Estadual de Turismo

O projeto Bahia Mostra Bahia representa uma

oportunidade para os destinos turísticos apresentarem e

comercializarem seus produtos (artesanato, culinária e

cultura) e serviços (hospedagem, passeios). A

promoção, realizada em parceria com o SEBRAE, tem os

seguintes objetivos: incrementar o fluxo turístico intra-

Bahia; promover os diversos destinos baianos em

Salvador; gerar espaço na mídia para os produtos

turísticos baianos; promover o intercâmbio comercial

entre as agências de turismo de Salvador e as agências de

receptivo dos diversos destinos da Bahia; e propiciar aos

gestores das Zonas Turísticas e trade local a oportunidade

de apresentarem seus destinos e comercializarem seus

produtos. Em 2009, foram realizadas três edições do

Bahia Mostra Bahia: Costa dos Coqueiros (17 de

dezembro de 2008 a 17 de janeiro de 2009); Baía de

Todos-os-Santos (4 de fevereiro a 8 de março); e Vale do

São Francisco (15 a 17 de outubro).

A partir de 2011 este evento passará a integrar o

calendário anual, quando se transformará no Salão

Estadual de Turismo, oportunidade em que, além de

propiciar a comercialização de produtos turísticos junto

às operadoras, permitirá também uma maior divulgação

dos destinos baianos no mercado interno, que tem em

Salvador seu principal emissor.

Ainda no Eixo Estratégico Inovação, a SETUR e a

Bahiatursa estão elaborando novos roteiros turísticos,

priorizando ações de interiorização, entendendo que

cada vez mais as pessoas buscam satisfazer seus

interesses específicos em viagens de lazer: seja a

apreciação de sítios históricos, roteiros musicais ou

mesmo curtir a viagem com pessoas da sua faixa etária. A

Bahia oferece diversos roteiros, segmentados por

categorias, a exemplo de roteiros Históricos, da Melhor

Idade, Musicais, Infantis e para Jovens.

Em parceria com o Programa de Regionalização do MTur

e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo

Sul da Bahia (IDES), os órgãos governamentais já

começaram a articular e implantar novos roteiros

agroecoturísticos nos municípios de Ituberá, Nilo

Peçanha e Igrapiúna, todos localizados na ZT Costa do

Dendê. Outro exemplo é o da Rota da Independência, que

alia o conhecimento sobre a história da Bahia à cultura

peculiar do Recôncavo Baiano.

Programa de Desenvolvimento de Novos Roteiros

Renda de Bilro - Produção Artesanal

58

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 61: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Programa de Desenvolvimentode Novos Segmentos

Característica essencial à Inovação é a ação de fortalecer

segmentos importantes da atividade turística que

encontram na Bahia as bases necessárias para a sua

transformação de potencial em produto efetivo.

O turismo náutico envolve uma série de atividades

socioeconômicas e se caracteriza pela utilização de

embarcações náuticas com a finalidade de movimentação

turística. Os turistas com embarcações próprias são os

que mais gastam com alimentação, compras, passeio e

lazer, de um modo geral. Também geram postos de

trabalho ao contratar serviços de embarcação e

marinheiros. A operação de empreendimento náutico

envolve diversas respon-sabilidades e questões

administrativas, tais como, segurança, acesso, plano de

emergência, resgate de barcos, terminais de passageiros,

coordenação de competições, regatas e festividades,

manutenção, seguros, treinamento de marinheiros,

escola de velas e outros ofícios náuticos, previsão do

tempo, tábuas de marés, etc.

A Bahia se destaca com um grande e variado estoque de

recursos naturais favoráveis às práticas recreativas do

lazer náutico. O Estado detém a maior extensão de litoral

do Brasil e ainda desfruta de duas grandes baías, mais que

propícias ao turismo e aos esportes náuticos. A Baía de

Todos-os-Santos, em especial, e a Baía de Camamu, mais

ao Sul, constituem-se baías de lazer comparáveis às

melhores do mundo, com características que as colocam

entre os espaços mais privilegiados do turismo náutico na

costa sul-americana.

Ciente desse potencial, a SETUR firmou convênio com o

Ministério do Turismo para elaborar o Plano Estratégico

do Turismo Náutico na Baía de Todos-os-Santos, com o

objetivo principal de transformar essa região na porta de

entrada do turismo náutico internacional para o Brasil. O

plano foi concluído e publicado em 2010, encontrando-

se agora a SETUR incumbida da sua implementação. A

parceria com o MTur pretende gerar, como des-

dobramento, a implantação do Centro de Excelência

Náutica, que irá capacitar a mão de obra necessária para

receber e trabalhar nos barcos que já existem e naqueles

que passarão a navegar pela Bahia.

- Turismo Náutico

Regata Aratu - Maragojipe, Baía de Todos-os-Santos

59

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 62: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

As regatas internacionais são outro nicho de atuação no

turismo náutico, de enorme significado para a Bahia.

Salvador já é ponto de passagem, ou destino final, de

diversas regatas, há mais de uma década, a exemplo da

, dentre

outras.

A pesca esportiva é outro significativo ramo para o

desenvolvimento náutico, sendo que esta atividade pede

uma atenção especial na busca pela sustentabilidade do

segmento. De acordo com o plano elaborado, no Brasil a

pesca esportiva conta com aproximadamente 10 milhões

de praticantes e uma forte presença de produtos

estrangeiros, principalmente frutos da queda nos preços

dos equipamentos, que, entre 1997 e 1998, registraram

uma redução média de 30%.

O turismo náutico em embarcações alugadas (moda-

lidade de charter) vem se popularizando nos últimos anos

e atraindo uma camada da população de poder aquisitivo

mais baixo, que não teria condições de comprar seu

próprio barco. Os gastos deste segmento concentram-se

nos serviços oferecidos do destino, já que na maioria das

vezes eles pernoitam no barco.

Outros importantes segmentos vinculados à atividade

náutica mereceram atenção especial do plano através de

ações focadas em novos investimentos nos seguintes

serviços: construção de marinas, implantação de

estações náuticas, escolas e centros de prática para

mergulho, windsurfe, remo e cruzeiros marítimos.

Neste último item, o objetivo é o de transformar a cidade

de Salvador numa importante base para a indústria de

cruzeiros marítimos, através da oferta de infraestutura

adequada para as operações de embarque e

desembarque no porto de Salvador. Esta modalidade

oferece ainda a oportunidade de ampliar as vantagens

econômicas da atividade pelo fato de permitir aos turistas

que embarcam e desembarcam a opção de ampliar a sua

estada na Bahia através de roteiros complementares aos

cruzeiros marítimos.

A indústria de cruzeiros marítimos, segundo o relatório da

2015, crescerá 25% no período 2010-

2015, agregando em 2015 mais 4,5 milhões de

passageiros, com referência ao volume atual. O Caribe

continuará sendo o principal destino mundial desta

atividade; entretanto, novos portos irão surgir no mercado

de cruzeiros para atender, principalmente, os mercados

de origem norte-americana, com 13,1 milhões de

passageiros, seguido pela Europa, com 4,4 milhões de

passageiros, sendo 1/3 da Grã-Bretanha.

Segundo a ABREMAR (Associação Brasileira de

Representantes de Empresas Marítimas) os 20 navios

que virão ao Brasil para a temporada de cruzeiros 2010-

2011 representam 10% da frota atual em operação no

mundo, que é de 200 transatlânticos. Dados da

ABREMAR revelam ainda que nos últimos 10 anos foram

construídos 118 navios e mais 26 serão entregues até

2012. Esses navios conduziram uma média anual de 13,4

milhões de turistas, sendo 716.900 (5,35%) na costa

brasileira.

Como se pode observar no Quadro abaixo, o volume de

passageiros que circulou no Porto de Salvador atingiu no

verão 2009/2010 o expressivo número de 292.030

turistas, em 143 atracações, demonstrando o potencial

baiano nessa atividade.

Jacques Vabre, Rallye Les Îles du Soleil, Clipper, Hong

Kong Challenge, Transat 6.50 Charente Maritime Deloitte Hospitality

NÚ M ERO DE PASS AGE IRO S E ATRAC AÇÕ ES D E CRU ZE IRO S MARÍTIM O SPo rto de Salvado r

Tem por ad a A tracação Passageiros

200 3/20 04 71 52 .0 42200 4/20 05 57 54 .8 10200 5/20 06 71 70 .7 15200 6/20 07 86 11 5.54 8200 7/20 08 94 10 5.19 9200 8/20 09 1 04 21 3.06 4200 9/20 10 1 43 29 2.03 0

Fonte: SINDETUR, 2010

60

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 63: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Turismo Étnico (Afro e Indígena)

A Bahia foi o primeiro estado brasileiro a estruturar o

segmento do turismo étnico através de projeto

apresentado ao Ministério do Turismo em 2007. Esta

vertente do turismo étnico-afro parte da compreensão da

ancestralidade do povo baiano, sua mistura de raças e de

culturas, que se traduz hoje pela inigualável

musicalidade, alegria e simpatia do baiano. O Estado

vem atraindo o interesse da população norte-americana

afrodescendente, que encontra na Bahia não apenas um

viés ainda preservado de suas raízes, mas também do

europeu e asiático, que se interessam por história e

cultura.

No caso do mercado norte-americano, este segmento é

considerado como a principal motivação de viagem,

razão do crescimento daquele mercado para Salvador,

como confirma a pesquisa FIPE, onde os Estados Unidos

assumem o primeiro lugar no ranking de países

emissores de turistas para a Bahia, facilitado pela

operação do voo direto e diário Miami-Salvador da

American Airlines, iniciado em novembro de 2008.

Neste segmento vale destacar ainda a divulgação do

Turismo Étnico em eventos internacionais como o

Festival Hollywood on the Beach, o 40º Festival de

Música e Herança Africana de New Orleans, Brasil Fest

Atlanta 2010 e o National Black Arts Festival, em Atlanta

nos Estados Unidos; bem como o apoio a eventos

nacionais e locais, como o VIII Encontro Cultural e

Internacional de Capoeira Mangangá e a Festa da

Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira. Ainda na linha

de fortalecimento desse segmento, foi criado um

calendário específico de turismo étnico e elaborados

roteiros integrados de turismo étnico na Bahia,

Pernambuco e Alagoas.Olodum - Bloco de matriz africanaOlodum - Bloco de matriz africana

OrixásOrixás

Receptivo em reserva indígena - Porto SeguroReceptivo em reserva indígena - Porto Seguro

61

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 64: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Capoeira da Bahia - Turismo GLS

A capoeira está presente em mais de 150 países, através

de grupos com aulas ministradas em grande parte por

capoeiristas baianos, que funcionam como embaixadores

culturais da Bahia. Essas academias, escolas e grupos de

capoeira realizam encontros anuais na Bahia, com

duração média de sete dias. Nesses encontros, mestres

das academias do exterior retornam às suas academias de

origem, trazendo consigo seus novos discípulos, ávidos

pelo conhecimento das raízes da capoeira, para qualificar

e incrementar seu aprendizado, gerando assim um fluxo

turístico focado nesta atividade.

Esses turistas, adeptos da capoeira, costumam ter uma

estada média de 15 dias em Salvador e posteriormente

propagam e multiplicam o conhecimento adquirido.

Nesse sentido, para conhecer esta demanda, a SETUR

realizou um mapeamento completo dos grupos de

capoeira nos âmbitos estadual, nacional e internacional.

Paralelamente, vem empreendendo ações para instalação

do Escritório Internacional da Capoeira e Turismo, que

funcionará em Salvador, no Forte de Santo Antônio. Além

do Carmo, denominado Forte da Capoeira, com o

objetivo estabelecer um canal permanente entre as

academias, associações, grupos e escolas de capoeira e

o trade turístico da Bahia, qualificando e garantindo

instrumentos de comunicação e promoção que viabilizem

as operações turísticas como forma de estímulo ao

turismo étnico-afro no Estado.

Pesquisas mostram que o segmento GLS é um dos mais

promissores para o turismo. É um público que viaja em

média quatro vezes ao ano, com uma taxa de permanência

maior e gasto médio cerca de 30% superior ao registrado

nos demais segmentos. Cerca de US$ 54 bilhões são

movimentados anualmente pelo segmento nos Estados

Unidos. No Brasil, embora ainda não se disponha de

estatísticas precisas, percebe-se que há cada vez mais

operadoras especializadas nesse mercado, embaladas

por sua crescente profissionalização.

Atenta a esse novo movimento do mercado, para o qual o

Ministério do Turismo identifica Salvador – juntamente

com as cidades do Rio de Janeiro, Florianópolis e São

Paulo – como um destino potencial, a SETUR e a

Bahiatursa estão empreendendo ações no sentido de

tornar a Bahia o principal polo turístico gay-friendly do

Brasil.

A partir da parceria firmada com o Grupo Gay da Bahia –

GGB, foram estabelecidas algumas ações positivas, como

a capacitação para qualidade no atendimento ao público

GLS, cuja turma piloto atendeu a 44 pessoas, entre

taxistas, funcionários de hotéis e restaurantes, e outro

formatado para agentes da Delegacia de Proteção ao

Turista.

A Bahiatursa elaborou um roteiro específico para esse

segmento, para ser operacionalizado pelas agências de

viagens em Salvador, com guias credenciados e

capacitados no segmento GLS.

Ações promocionais voltadas ao público GLS foram

realizadas pela Bahiatursa nas cidades norte-americanas

de São Francisco, Nova York e Miami, tendo como

parceiras a International Gay & Lesbian Travel Association

– IGLTA, a American Airlines e a operadora Prime Travel.

Grupo de Capoeira Ginga Mundo

62

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 65: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Turismo Religioso

No interior do Estado, os destaques são a Festa de Nossa

Senhora da Boa Morte, em Cachoeira; Festa de Nosso

Senhor Bom Jesus, em Bom Jesus da Lapa; Romaria de

Canudos, em Canudos; e a Romaria da Serra de Piquaraçá,

em Monte Santo. Juntas, essas festas são responsáveis

pela atração de aproximadamente 1,5 milhão de turistas.

Vale ainda ressaltar que somente a Festa da Boa Morte,

pelos seus aspectos étnicos, recebe visitantes

estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos.

Na capital, além das igrejas tradicionais como a do Nosso

Senhor do Bonfim, o ponto de grande atratividade de

turistas é o Memorial de Irmã Dulce. Em janeiro deste ano,

o Vaticano concedeu a Irmã Dulce o título de Venerável

Dulce, ato este que demonstra a possível beatificação da

freira. Desde aquele período foi identificado um

significativo aumento no número de visitantes ao Memorial

Irmã Dulce.

Aliado ao turismo étnico, o turismo religioso se desenvolve

de forma complementar, já que um dos principais

elementos da cultura religiosa baiana é o sincretismo.

Além dos períodos festivos que ocorrem no verão, onde se

destaca a tradicional “Lavagem do Bonfim”, a Bahia conta

com seus famosos terreiros de Candomblé que recebem

inúmeros visitantes, adeptos ou não da religião de origem

africana, atuando como excepcional fator de atração pelo

que representam na cultura e religiosidade baiana.

Festa da Boa Morte - Cachoeira

Cortejos de baianas na Lavagem do Bonfim - Salvador

63

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 66: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Enoturismo - Turismo Rural

As ações focadas no desenvolvimento do enoturismo na

região do Vale do São Francisco foram iniciadas em

outubro de 2008, a partir da inauguração do receptivo da

Vinícola Ouro Verde, no município de Casa Nova.

Diversas ações promocionais e de sensibilização foram

realizadas na região, muitas em parceria com o SEBRAE,

com as vinícolas e o apoio do trade local. Além disso, a

SETUR e a Bahiatursa vêm atuando de forma integrada

com o estado de Pernambuco, empreendendo esforços

para a consolidação do Enoturismo que, inclusive, já

resultou na publicação do Roteiro Integrado Águas e

Vinhos do São Francisco.

Os investimentos realizados pela SETUR e a Bahiatursa no

segmento turismo rural integram-se às ações do Comitê

Gestor e Câmara Técnica do Turismo Rural do Estado da

Bahia. Em parceria com o SEBRAE, INCRA, Empresa

Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA e a

ABATTUR, a SETUR vem promovendo visitas técnicas às

propriedades de turismo rural instaladas no Recôncavo

Baiano. Foram também instalados Grupos de Trabalho,

com a participação da SETUR, para criação do Estatuto da

Câmara de Turismo Rural, definição dos indicadores de

desempenho das ações da Câmara e organização do

Seminário Estadual de Turismo Rural.

Hotel Fazenda Colibri - Amargosa

Fazenda Progresso - IbicoaraVinícola Ouro Verde - Casa Nova

Sede da Fazenda Ouro Verde - Casa Nova

64

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Parrerais dominam a paisagem na região

Page 67: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Programa de Desenvolvimento de Novos Serviços

- Sistema Integrado de Informação Turística

Além dos produtos que integram o eixo de Inovação, há

uma preocupação da SETUR, em sua ação estratégica, em

inovar nos serviços prestados ao turista, visando ampliar a

tipologia da informação, facilitando o seu acesso através

do uso da Internet. Os projetos que compõem esse

programa são os seguintes:

Depois de implantar em 2007 e 2008 o Serviço de

Atendimento ao Turista – SAT e o Disque Bahia Turismo, e

reformular o Portal de Internet, a SETUR e a Bahiatursa

lançaram o Sistema Integrado de Informações Turísticas,

que visa oferecer um atendimento amplo ao turista que

visita a Bahia, abrangendo os níveis presencial,

eletrônico e digital.

Atuando de forma integrada, o sistema fornece

informações sobre acessos, hotéis, bares e restaurantes,

além de indicadores e estatísticas dos 156 municípios

turísticos do Estado. O sistema atende ainda à demanda

por informações acadêmicas, solicitadas por estudantes,

professores e pesquisadores da área.

No nível presencial, estão à disposição dos visitantes

quatro postos de informação na capital e oito no interior,

além das unidades do SAT, que concentram em um só

local a prestação dos serviços mais procurados pelos

visitantes. O Disque Bahia Turismo - DBT, o maior call

center de turismo do país, oferece ao turista informações

por telefone durante 24 horas, em três idiomas, enquanto

no nível digital, o portal www.bahia.com.br e os sites

institucionais da SETUR e da Bahiatursa possibilitam o

fornecimento de informações a distância. O Sistema

Integrado possibilita a alimentação de informações por

todos os atendentes dos postos, SATs e do DBT, além de

unificar e padronizar a informação armazenada no portal e

nos sites institucionais.

Disque Bahia Turismo, a maior Call Center de Turismo do Brasil

Serviço de Atendimento ao Turista - Pelourinho, SalvadorServiço de Atendimento ao Turista - Pelourinho, Salvador

65

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 68: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Serviço de Atendimento ao Turista - SAT

- Postos de Informações Turísticas

- Disque Bahia Turismo

O Serviço de Atendimento ao Turista – SAT é um novo

conceito de atendimento, que tem como objetivo a

ampliação e inovação dos serviços oferecidos nos Postos

de Informações Turísticas, garantindo uma prestação de

serviços de receptivo de excelência. O SAT funciona

como um balcão informativo, onde o turista pode obter

informações turísticas sobre os destinos da Bahia, mapas

e folheteria. É um serviço bem mais completo que os

postos de informação e funciona de forma interligada ao

Disque Bahia Turismo.

No contexto da política de relacionamento com o turista,

inserem-se também os postos de informações

presenciais na capital e no interior. O desempenho na

área de informações ao turista demonstra a importância

desses equipamentos para o atendimento e o

relacionamento direto com o turista.

Os postos atualmente em operação estão localizados no

Aeroporto Internacional de Salvador, no Pelourinho e na

Estação Rodoviária de Salvador. A Bahiatursa pretende

ampliar esta ação reativando em convênio com as

Prefeituras Municipais a implantação e operação de 23

postos de informações turísticas no Estado.

O Disque Bahia Turismo é um serviço oferecido pela

SETUR e a Bahiatursa com a finalidade de auxiliar o turista

a conhecer, através de ligação telefônica, as alternativas

para desfrutar de todos os prazeres de que o Estado

dispõe. O visitante pode obter diversas informações, a

exemplo de hotéis, restaurantes, programação de

cinema, teatro, shows, festas populares e ainda telefones

e endereços de farmácias, hospitais e outros serviços de

saúde e órgãos de segurança pública.

O serviço, que dispõe de informações em português,

inglês e espanhol, ajuda os turistas na sua localização

geográfica e no acesso aos meios de transporte para

deslocamentos, dentro e fora do Estado. Oferece também

informações dos 156 municípios das 13 regiões

turísticas.

SAT - Aeroporto

SAT - Praia do Forte

66

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 69: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Portal de Internet

- Sites Institucionais

Roteiros, hotéis, horários de voos, eventos, informações

turísticas e acadêmicas, tudo isso está disponível,

diretamente ou através de links, no por tal

www.bahia.com.br. O novo portal oficial de turismo da

Bahia funciona como centro aglomerador e distribuidor de

conteúdo vinculado ao turismo da Bahia. Trata-se, na

verdade, de um instrumento de informação, comunicação

e marketing, com foco total nos seus públicos diversos –

população local, turistas nacionais e internacionais,

investidores, estudantes, pesquisadores e comunidades

específicas - que oferece um manancial grande de

informações de fácil e rápido acesso.

Ele atua como ponto de partida para busca de informações

de diversos tipos e congrega 24 subsites de conteúdos

próprios e específicos, agrupados por zonas turísticas,

temas, segmentos e serviços, que estão dentro do

domínio da SETUR e da Bahiatursa. Os dados estão

organizados sob a forma de informações sobre as fontes

de informações (metadados), que visam garantir que os

mecanismos de busca possam oferecer ao usuário, de

forma mais precisa, as informações desejadas.

Desenvolvido em linguagem de fácil assimilação, o portal

possui um grande volume de informações nos idiomas

português, inglês e espanhol. Conta também com novos

recursos multimídia em áudio, slides e fotografias. No

interior do material jornalístico disponibilizado é possível

visualizar galerias fotográficas do Flickr, entrevistas

sonoras, apresentações em PowerPoint e vídeos. Essas

ferramentas têm como objetivo melhorar a acessibilidade

do internauta comum e também facilitar o trabalho da

imprensa convencional e especializada.

Diferente do portal www.bahia.com.br , que tem

como finalidade principal a promoção da Bahia co-

mo destino turístico, os sites institucionais da

SETUR (www.turismo.ba.gov.br) e da Bahiatursa

(www.bahiatursa.ba.gov.br) são permanentemente

revistos e alimentados para oferecer aos seus

públicos informações da esfera governamental,

baseadas no conceito de comunicação pública.

Portal de Internet: www.bahia.com.br

Site institucional: www.turismo.ba.gov.br

67

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 70: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Sites temporários

- Redes Sociais

Para segmentar e dar mais visibilidade a produtos

turísticos, como o São João da Bahia, o Carnaval e o

Espicha Verão, a SETUR e a Bahiatursa optaram por criar

hot sites (sites temporários) específicos, que podem ser

acessados diretamente ou através do portal

www.bahia.com.br. Trata-se de uma estratégia que visa

possibilitar um relacionamento direto com o público

interessado pelo produto e também com os órgãos de

imprensa, uma vez que nesses ambientes são

disponibilizadas notícias e fotografias de alta resolução.

São exemplos os hotsites: www.saojoaobahia.com.br,

www.caranaval.bahia.com.br e www.espichaverao.com.br .

Para atrair a atenção do público para os instrumentos de

informação, a SETUR e a Bahiatursa utilizam, como

ferramenta de marketing, a inclusão dos espaços virtuais

nos principais sites de relacionamento, como Orkut,

Twitter, MySpace, Facebook e Flickr. Essas redes sociais

têm se mostrado importantes indicadores do interesse do

público, possibilitando o direcionamento e a

segmentação cada vez maior da difusão de informações.

Além disso, vem sendo utilizado um sistema de

newsletter, que possibilita ao usuário receber boletins

informativos sobre o segmento turístico do seu interesse.

Hotsite Carnaval

Página Turismo Bahia no Flicker

Página Turismo Bahia no TwitterHotsite São João da Bahia

68

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 71: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Eixo Estratégico Qualificaçãodos Serviços e do Destino

Este segundo eixo possui três vertentes de atuação: a

primeira está relacionada à atração de fluxos de turistas

com maior poder aquisitivo, com foco na qualificação,

ampliando assim o índice de gasto médio do turista,

produzindo um maior efeito multiplicador. Este objetivo

tem a ver com a segunda vertente, que é a atração de

investimentos turísticos mais sofisticados, a exemplo de

hotéis de alto padrão, pousadas de charme, marinas,

campos de golfe e outros atrativos vinculados a esse

segmento.

A terceira vertente relaciona-se à capacitação pro-

fissional e empresarial dos serviços turísticos e visa

melhorar a qualidade dos serviços turísticos através da

oferta de cursos voltados à capacitação profissional e

empreendedorismo, promovendo uma maior empre-

gabilidade e geração de renda às populações locais dos

destinos turísticos. Neste eixo, são desenvolvidos quatro

programas:

O Programa de Qualificação dos Serviços Turísticos,

desenvolvido pela SETUR, tem por objetivo a capacitação

dos recursos humanos envolvidos nessa atividade,

valorizando a cultura do turismo para os destinos

turísticos do Estado. As atividades realizadas buscam

também enfatizar a importância das ações e a

contribuição da comunidade para tornar o destino mais

competitivo, diferenciado e propulsor de desenvol-

vimento econômico e social. O programa é desenvolvido

através de duas fontes de financiamento: Programa de

Desenvolvimento do Turismo - Fortalecimento das Zonas

Turísticas – Prodetur Nordeste II, Prodetur Nacional e o

Programa de Qualidade dos Serviços Turísticos –

Qualificação Profissional e Empresarial do Mtur.O

Programa de grande peso na inclusão social, abrange

dois projetos, dirigidos a públicos específicos:

Até 2007 os investimentos nessa área eram inferiores a

500 mil reais por ano. Entre 2007 e 2010 cerca de 20

milhões de reais foram destinados à qualificação

profissional e empresarial, o que significa uma

decuplicação dos investimentos no setor. Através do

Prodetur Nordeste II, a SETUR vem atuando em ações de

qualificação profissional e empresarial, contando com o

SEBRAE para a execução desse projeto. Esta vertente do

programa corresponde à modalidade Formação de

Gestores do Turismo e tem como finalidade capacitar os

empresários para tornar a Bahia um destino turístico

altamente competitivo, diferenciado, capaz de adotar

novas ferramentas que vão influir no gerenciamento dos

empreendimentos e, consequentemente, na qualidade

dos serviços turísticos oferecidos.

A SETUR vem realizando seminários Turismo Com

Qualidade, focados em segmentos específicos, tais

como: A&B, meios de hospedagem, agências de viagens

e transportes/operadoras de turismo, além de trabalhos

concentrados, como na área do Pelourinho e Santo

Antônio Além do Carmo, considerando sua importância

estratégica para o turismo baiano.

Programa de Qualificação dos Serviços Turísticos

- Projeto de Qualificação Profissional e Empresarial

Qualificação profissional

69

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 72: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Outra ação desse projeto é o Clube da Excelência do

Turismo, que contempla a promoção através grupos de

empreendedores e gestores de negócios turísticos, que,

em encontros temáticos quinzenais, com quatro horas de

duração, discutem temas como liderança, gestão de

pessoas, legislação trabalhista, gestão de processos,

gestão financeira, marketing, responsabilidade social,

empresarial, dentre outros assuntos vinculados à

qualidade de serviços.

Abrange vários projetos de caráter especial com foco na

qualidade de serviços: “Bahia é Muito Mais Verão”,

“Turismo Étnico-afro”, “Projeto Olá! Turista” e “Guias do

Carnaval”.

O projeto beneficia 12 municípios e abrange cursos

voltados para polícia turística, taxistas, monitores

turísticos, donos e funcionários de barracas de praia,

bares e restaurantes, baianas do acarajé, motoristas e

cobradores de ônibus, ambulantes, frentistas de postos de

combustível e pessoas que trabalham em operadoras de

eventos (segurança, caixa, barman, apoio).

Este projeto tem por objetivo realizar pesquisa de

demanda e promover a qualificação de profissionais e

empresários da região do Recôncavo Baiano, com foco no

turismo étnico-afro, no mercado de trabalho e na

identificação de iniciativas empreendedoras para

orientação do setor de turismo étnico-afro baiano. Este

projeto tem como público alvo, adultos e

afrodescendentes que atuam em áreas da cadeia produtiva

do turismo, especialmente do turismo étnico-afro.

O projeto Olá! Turista, desenvolvido pelo Ministério do

Turismo em parceria com a Fundação Roberto Marinho,

tem a finalidade de capacitar 80 mil pessoas em todo o

Brasil para a Copa de 2014, através da oferta de cursos de

inglês ou espanhol online, para quem trabalha

diretamente no atendimento ao turista. A Bahia,

juntamente com o Rio de Janeiro, é piloto deste projeto.

O projeto Guias e Monitores do Carnaval tem o objetivo de

qualificar e estruturar o serviço de receptivo na cidade de

Salvador, através do treinamento e contratação de

profissionais capazes de fornecer informações seguras e

precisas sobre o destino Bahia, durante o período do

Carnaval, agregando informações específicas sobre o seu

funcionamento - acessos, programação, serviços

públicos de saúde e segurança, dentre outras. Além de

ampliar o número de profissionais no atendimento

presencial e via call center, a SETUR e a Bahiatursa

estenderam o serviço para os municípios de Ilhéus e Porto

Seguro e instrumentalizaram os profissionais com

ferramentas de comunicação, como rádio-escuta e

celulares.

- Projetos de Qualificação Especial

Bahia é Muito Mais Verão

Turismo Étnico-afro

Guias e Monitores do Carnaval

Olá! Turista

70

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 73: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Programa de Cadastramento e Fiscalização

Programa de Qualificação do Destino Bahia

A fiscalização e controle de qualidade dos equipamentos

e serviços turísticos é também uma das atribuições da

SETUR e da Bahiatursa, conforme estabelece convênio

firmado pelos órgãos estaduais com o MTur. Essas ações

são realizadas, periodicamente, em todo o Estado, junto

às agências de viagem e turismo, operadoras,

transportadoras turísticas, meios de hospedagem,

empresas organizadoras de eventos, guias de turismo e

turismólogos.

O Programa contempla três atividades distintas: Censo

Turístico, Cadastramento de Equipamentos Turísticos e a

Fiscalização dos Serviços Turísticos.

O programa de Qualificação do Destino Bahia tem a

finalidade de qualificar o turismo baiano, elevando-o a

um novo patamar de competitividade, através da

mensuração da atividade e do fornecimento de

informações ao mercado para a atração de investimentos

privados em áreas turísticas. Este programa envolve dois

grandes projetos: Projeto de Pesquisas e Estudos

Econômicos e o Projeto de Atração de Investimentos

Privados.

Tem a finalidade de levantar informações e indicadores

estatísticos que subsidiem os investidores na decisão de

instalar equipamentos turísticos na Bahia. Além de

contratar pesquisas de turismo receptivo e de atração de

fluxo a institutos de pesquisas reconhecidos nacional e

internacionalmente, a SETUR seguirá investindo em

pesquisas próprias de avaliação da qualidade dos

produtos e serviços e dos índices de satisfação do

público que comparece aos eventos e utiliza os serviços

turísticos na Bahia. Essas sondagens têm por finalidade

identificar os problemas, para possibilitar ações que

qualifiquem os destinos turísticos baianos.

Este projeto pretende a futura implantação de um

Observatório Econômico de Turismo, como um espaço

virtual (www.observatoriodeturismobahia.com.br) que

vai oferecer informações de mercado atualizadas,

baseando-se em análise de séries históricas e da

previsão de tendências socioeconômicas, subsidiando,

desta forma, a gestão pública e privada da atividade

turística no Estado.

Trará ainda análises e comparações do movimento de

embarques e desembarques dos aeroportos, ocupação

hoteleira e comentários sobre editoriais e matérias da

imprensa nacional e internacional sobre turismo. Além

disso, contará com uma biblioteca virtual, onde poderão

ser encontrados artigos, monografias, dissertações e

teses sobre o turismo na Bahia e assuntos correlatos.

Tem o objetivo de desenvolver atividades relacionadas à

captação de investimentos privados para o incremento do

setor de turismo, através da participação em eventos

nacionais e internacionais; onde são divulgadas as

oportunidades de investimento no Estado, além do

receptivo a investidores, orientando-os quanto às

necessidades prévias à implantação de seu negócio. O

projeto inclui ainda a divulgação do potencial turístico do

estado em publicações especializadas.

Vale ressaltar que neste projeto estão envolvidos todos os

aportes de investimentos, desde as médias e pequenas

empresas até os grandes empreendimentos, pela sua

importância estratégica em “ancorar” um novo destino e

induzir a geração de micros e pequenos negócios

turísticos, que, por conseguinte, representam também

um forte efeito multiplicador.

- Projeto de Pesquisas e Estudos Econômicos

- Projeto de Atração de Investimentos Privados

71

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 74: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Programa de Implantaçãode Infraestrutura Turística

As participações da SETUR nas intervenções em

infraestrutura pública têm papel importante para a

definição da qualidade dos destinos turísticos baianos,

vinculadas a propiciar melhores condições de vida às

populações residentes nessas áreas. Os recursos desse

programa são provenientes do Ministério do Turismo,

agentes de financiamento nacional e internacional,

emendas parlamentares, Orçamento Geral da União e do

Tesouro Estadual e estão voltados para o fortalecimento

do turismo no Estado.

As infraestruturas podem ser agrupadas conforme suas

características e contribuição ao processo de desen-

volvimento turístico da Bahia:

· Implantação e requalificação de equipamentos

turísticos;

· Recuperação do patrimônio físico-cultural;

· Urbanização de áreas turísticas;

· Saneamento (abastecimento de água, esgotamento

sanitário e coleta/tratamento de resíduos sólidos);

· Transporte (acessos rodoviário, marítimo e aéreo);

· Sinalização turística.

O Prodetur NE II/BA, voltado para a melhoria das

condições institucionais e de infraestrutura para a

expansão e a qualificação da atividade turística no Estado

da Bahia, encontra-se em sua fase final. Os recursos do

programa, no entanto, não se mostraram suficientes para

atender às demandas da SETUR, e a sua ampliação está

ocorrendo através da identificação de outras fontes de

financiamento e parcerias que possam contribuir na

melhoria da infraestrutura turística da Bahia.

A Bahia está participando do Prodetur Nacional onde, em

sua Carta-consulta, prioriza a zona turística Baía de

Todos-os-Santos, tendo como propósito principal a

preparação dessa região para o desenvolvimento de

diversos segmentos do turismo e sua consolidação como

destino competitivo no mercado nacional e internacional.

O programa base deste eixo estratégico é o Programa de

Integração Econômica que visa incentivar a produção

associada ao turismo a partir de arranjos produtivos

compatíveis com a vocação regional, fortalecendo a

atividade do turismo na matriz econômica do Estado. Este

programa abrange três grandes projetos: Projeto de

Pesquisa da Produção Associada ao Turismo, Projeto de

Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo e

Projeto de Fomento aos Arranjos Produtivos Locais.

Todos com foco na geração de emprego e distribuição da

renda gerada pela atividade turística.

- Prodetur Nordeste II

- Prodetur Nacional

Eixo Estratégico Integração Econômica

Igreja Rosário dos Pretos - Salvador

72

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 75: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

É prática vigente na atividade econômica do turismo no

Estado, sobretudo nos grandes hotéis e naqueles

localizados fora da capital, a aquisição de grande parte

dos insumos, materiais e equipamentos fora do Estado da

Bahia. Este plano tem como meta criar as condições

necessárias ao fortalecimento de uma rede produtiva nas

zonas turísticas e no entorno dos parques hoteleiros da

região, incluindo desde o fornecimento de recursos

humanos qualificados para construção, manutenção e

operação dos empreendimentos, passando pela oferta

local de produtos para os empreendimentos turísticos,

até materiais para construção, móveis e decoração,

cestas de consumo (alimentos, artesanato e outros itens

regionais).

Como praticamente todas as ações da SETUR, aquelas

executadas nesse eixo são transversais e integradas a

outras secretarias do Governo: Indústria e Comércio,

Agricultura, Educação, Cultura, além do SEBRAE,

Desenbahia e BNB que são parceiros essenciais para

atingir os objetivos. Há também uma transversalidade

interna atrelada às ações relacionadas aos outros eixos do

Terceiro Salto. O enoturismo, desenvolvido na zona

turística do São Francisco, é um exemplo: um novo

produto que já nasce associado à produção, no caso de

uvas e vinho. No turismo étnico, outro exemplo, com o

estímulo à produção artesanal e semi-industrial, design e

moda.

Consta deste projeto a realização de Pesquisa da Cesta de

Consumo nos destinos turísticos e da produção local

(Produção Associada ao Turismo) que é o passo inicial

para gerar subsídios à articulação dos órgãos

governamentais para apoio à implantação de

empreendimentos privados mais integrados às

economias locais, além de gerar informações aos

diversos órgãos governamentais para a atração de

investimentos públicos e privados para as regiões. A

pesquisa tem como objetivo principal realizar um

diagnóstico da estrutura da oferta dos bens e serviços

turísticos e da produção local de 11 Polos Turísticos do

Estado. Esse diagnóstico será feito através do

dimensionamento e análise das principais características

dos equipamentos e empreendimentos turísticos

existentes.

No caso específico dos meios de hospedagem, será feito

também um diagnóstico da estrutura e dimensão do

conjunto de insumos e de outros meios de produção

consumidos por essa atividade, com identificação da

localidade dos seus fornecedores diretos. Como se trata

de uma pesquisa inédita para o setor de turismo no Brasil,

a SETUR realizou uma amostra-piloto na localidade de

Praia do Forte, município de Mata de São João. Essa

amostra foi realizada com vistas a subsidiar a elaboração

do Termo de Referência para contratação de empresa

especializada que realizará uma pesquisa mais

abrangente e num universo maior, alcançando as onze

zonas turísticas da Bahia. O resultado dessa pesquisa-

piloto já indicou a urgência desse projeto, uma vez que

apontou elementos de grande impacto econômico,

como, por exemplo, a compra em outros estados da

quase totalidade dos frutos do mar consumidos nos

hotéis daquela localidade.

Projeto de Pesquisa da ProduçãoAssociada ao Turismo

Artesanato de Palha - Canudos

73

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 76: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Projeto de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva

Projeto de Fomento aos Arranjos Produtivos Locais

Nas palavras de Porter (1991, p. 33-44) a cadeia de

valores ou cadeia produtiva pode ser entendida como

“[...] um sistema de atividades interdependentes, [...]

uma reunião de atividades que são executadas para

projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu

produto”. Ela ocorre tanto no âmbito da empresa como no

âmbito de um setor, representada por um conjunto de

empresas. A ideia de cadeia de valor (value chain)

proposta por Porter pretende ser “uma forma sistemática

para exame de todas as atividades executadas por uma

empresa e a forma como elas interagem e criam, em

maior ou menor grau, as vantagens competitivas”.

Com este conceito, o projeto visa incentivar a produção

regional associada ao turismo e o desenvolvimento de

negócios nos diversos municípios das zonas turísticas,

proporcionando o crescimento das oportunidades de

emprego e a geração de renda, a partir de processos

produtivos que sejam compatíveis com a vocação

regional. A proposta é fomentar toda produção associada

ao setor de turismo, com vista a alcançar três grandes

objetivos: inserir o turismo na matriz econômica do

Estado; incluir a população local no sistema de geração

de riqueza proporcionado pelo turismo; e implantar

empreendimentos privados mais integrados às eco-

nomias locais.

Este projeto visa incentivar a produção regional em itens

que tenham associação com a atividade do turismo,

desenvolvendo novos negócios nos diversos municípios

das zonas turísticas, proporcionando o crescimento das

oportunidades de emprego, fomentando o empreen-

dedorismo e a geração de renda, a partir de processos

produtivos que sejam compatíveis com a vocação

regional.

A proposta visa alcançar três grandes objetivos: fortalecer

a participação do turismo na matriz econômica do Estado;

incluir a população local no sistema de geração de

riqueza proporcionado pelo turismo; e incentivar a

implantação de empreendimentos privados mais

integrados às economias locais.

Este projeto promove ainda a articulação entre os agentes

econômicos, políticos e sociais, localizados num mesmo

território, mas que ainda não apresentam vínculos

consistentes de articulação, interação, cooperação e

aprendizagem. Nessa articulação estão incluídas

empresas produtoras de bens e serviços finais,

fornecedores de insumos e equipamentos, prestadores

de serviços, comerciantes, clientes e também outras

instituições públicas e privadas, voltadas para a formação

e treinamento de recursos humanos, pesquisa,

desenvolvimento e engenharia, além de promoção e

financiamento.

Cabe assinalar que esta é também uma diretriz proposta

pelo Ministério do Turismo, por entender que o turismo se

constitui em importante vetor de desenvolvimento

socioeconômico. Diversas iniciativas de organização e

articulação da produção em Arranjos Produtivos Locais

(APLs) têm sido realizadas na Bahia, sendo algumas

relacionadas ao turismo. O fortalecimento de APLs de

Turismo na Zona Turística Baía de Todos-os-Santos,

associado às demais ações previstas no âmbito do

Prodetur Nacional, contribuirá para a melhoria da

qualidade dos produtos e serviços turísticos dessa

região, como também ampliar e diversificar a base

produtiva local. Essa diversificação, além de atender às

demandas do turismo, também suprirá a população

residente, oferecendo produtos e serviços antes

inexistentes na área.

74

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 77: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

PROMOÇÃO E MARKETING DA BAHIA

Este é um capítulo essencial no desenvolvimento da

estratégia que vem sendo trabalhada pela SETUR,

principalmente através da Bahiatursa, pois representa a

forma e o processo de comunicação e marketing para a

atração de fluxos turísticos para o Estado. Este papel,

historicamente, vem sendo realizado pela Empresa de

Turismo da Bahia S.A. - Bahiatursa, órgão responsável

pela promoção do turismo baiano, atuando de forma

sincronizada com os princípios definidos pelo Governo

do Estado e a EMBRATUR, na sua macro política turística

e dentro do novo marco conceitual desta Estratégia,

estruturada pelas características de qualidade, inovação

e integração econômica, cuja aplicação tem, entre

outros, o objetivo de consolidar o posicionamento de

destaque da Bahia no competitivo e dinâmico cenário do

turismo nacional e internacional.

Ações promocionais junto aos principais polos

emissores articulam-se com a comunicação voltados,

ambos, para os setores profissionais e o público final.

Assim, vêm sendo criadas campanhas e peças

promocionais inovadoras, com o olhar voltado a novos

produtos e novos públicos, buscando explorar

fortemente a diversidade turística da Bahia , valorizando a

preservação de suas tradições, seu patrimônio cultural e

natural, ao tempo em que destaca novos produtos e novos

serviços.

A estratégia promocional adotada está refletida e

percebida no selo promocional utilizado em todas as

incursões de promoção regional, nacional e

internacional:

Desta forma, as ações promocionais, nos mais diversos

mercados, estão pautadas no vetor estratégico de

exploração da diversidade de opções e destinos que a

Bahia oferece, baseadas nos critérios de segmentação

geográfica, psicológica e comportamental que, somadas

a determinadas motivações de viagem, demonstram ser

fatores decisivos de influência sobre a demanda.

A configuração territorial já consolidada da divisão do

Estado em Zonas Turísticas permite uma maior

visibilidade mercadológica, na medida em que amplia o

leque de opções de produtos e roteiros e permite uma

identificação facilitada, possibilitando a descentralização

e diversificação da oferta existente.

As ações de divulgação e promoção do turismo na Bahia

continuarão a ser pautadas também considerando a

segmentação psicológica e comportamental, através do

posicionamento específico, para o qual se tem o

mapeamento de motivações de viagem que influenciam a

decisão de compra das pessoas por um determinado

destino turístico: Sol & Praia, História & Cultura,

Ecoturismo, Esporte & Aventura, Negócios & Eventos,

Turismo Rural, Turismo Náutico,Turismo Étnico, Turismo

de Pesca, Turismo de Saúde, Turismo GLS, Turismo

Religioso, dentre outros.

Bahia é muito mais!

Pelourinho - Salvador

75

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 78: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Nos temas de marketing do produto Bahia, a estratégia

indica ainda a importância de sintonia estratégica a partir

de indicadores de cenários futuros, associados, por

exemplo, ao crescimento dos dos

mercados estáveis como Estados Unidos e Europa, que

hoje se encontram na faixa 45-65 anos de idade, dispondo

de uma maior quantidade de tempo livre dedicado a

viagens com foco em destinos e produtos associados à

qualidade de vida que enfatizem o sonho da eterna

juventude.

A segmentação dos produtos ofertados, bem como a

definição da estratégia do marketing a ser adotada para

cada segmento, tende também a ser cada vez mais

orientada a segmentos de faixa etária. Como exemplo,

investir-se em mídia com foco na Geração Y (menos de 30

anos) como mercado-alvo, poderá fidelizar clientes ao

longo de mais tempo, desde que se inove em produtos

com foco em interesses que possam também atrair os

demais segmentos. A seguir, na tabela abaixo, apresenta-

se esta segmentação de acordo com nomenclatura usada

para cada faixa etária, considerando-se um horizonte de

cinco anos, 2010-2015.

A diversidade de destinos que a Bahia possui permite

também uma estratégia de foco em destinos específicos

para uma determinada faixa etária, como já ocorre, por

exemplo, com os jovens estudantes que acorrem a Porto

Seguro nos períodos de feriados prolongados. Fato

semelhante acontece no Carnaval de Salvador que atrai

um determinado segmento mais interessado nos blocos

carnavalescos que em outros produtos disponibilizados

pelo destino.

O turismo de negócios e eventos constitui-se em um

importante fator corretivo da questão da sazonalidade

sofrida pelos destinos turísticos. Além disso, os eventos

têm uma comprovada eficácia na ação de divulgar e

consolidar a imagem das cidades-sede onde se realizam,

apresentando um efeito multiplicador extremamente

favorável para as mesmas. As ações de captação de

eventos são realizadas em parceria com os

de Salvador, Costa dos Coqueiros, Porto Seguro e

Ilhéus.

O Governo do Estado administra, através da Bahiatursa,

espaços imprescindíveis ao desenvolvimento do

segmento do turismo de negócios e eventos: Centro de

Convenções da Bahia (Salvador), Centro de Convenções

Luís Eduardo Magalhães (Ilhéus) e Centro Cultural e de

Eventos do Descobrimento (Porto Seguro). Embora os

indicadores dos últimos anos para a realização de eventos

nos centros geridos pela Bahiatursa apresentem números

significativos que apontam para o crescimento do setor,

os dados operacionais não acompanham exatamente este

cenário. O efeito do tempo, a necessidade de

modernização das instalações e serviços, a política

tarifária e a difícil logística para gerenciamento dos

centros por um órgão público, representam entraves

importantes a resultados economicamente viáveis.

baby-boomers

Convention

Bureaux

Captação de Eventos

SEGMENTOS DE GERAÇÃO

IDADES

2010 2015

Maduros >65 >70

Baby Boomers 45-64 51-69

Geração X 30-44 37-50

Geração Y <30 <36

Fonte: Deloitte Research. 2009

Centro de Convenções - Ilhéus

76

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 79: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Diante disso, a Bahiatursa, com o objetivo de identificar o

modelo mais adequado para a gestão de tais

equipamentos a partir de estudo contratado a empresa de

consultoria, já iniciou um processo de terceirização da

sua administração, como saída mais viável para otimizar o

uso e os resultados comerciais dos três centros. Neste

sentido, algumas ações já foram empreendidas, tais

como a realização de cinco audiências públicas – três em

Salvador, uma em Porto Seguro e uma em Ilhéus – para

discussão com os segmentos interessados, visando à

definição das características que irão compor os termos

de referência dos respectivos editais.

Com relação especificamente ao Centro de Convenções

da Bahia, importantes intervenções físicas foram

realizadas no sentido de promover a requalificação desse

equipamento. Tais intervenções envolveram reformas em

diversos pontos, modernização dos serviços oferecidos e

de equipamentos instalados.

Centro Cultural e de Eventos - Porto Seguro

Centro de Convenções - Salvador

Pavilhão de feiras e eventos - Centro de Convenções, Salvador

77

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 80: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Promoção Nacional

Promoção Internacional

No que se refere à promoção nacional, a Bahiatursa vem

desenvolvendo um trabalho baseado num amplo

relacionamento institucional com todos os repre-

sentantes do trade turístico nacional, instituições

turísticas, empresas aéreas, operadores turísticos,

agentes de viagens, empresas de viagens e incentivos,

organizadores e promotores de eventos, hoteleiros e

demais prestadores de serviços turísticos.

Além da participação nos tradicionais eventos de

calendário, como ABAV, Salão Nacional de Turismo,

Festival de Turismo de Gramado dentre outros, uma

ferramenta de promoção e capacitação do destino Bahia,

se destaca: a realização de workshops nos principais

mercados emissores de turistas para a Bahia,

denominados Ponto de Encontro Bahia, é encarada na sua

estratégia como ação resultante de parcerias esta-

belecidas com companhias aéreas voltadas para o

público profissional – agentes, operadores, hoteleiros –,

além da imprensa, que, ao associar-se a representantes

do trade local, possibilita a otimização de redes de

relacionamento, e, como consequência, a realização de

novos negócios. Outro aspecto positivo dessa estratégia é

o desenvolvimento de pontos de venda mais eficientes,

pois a metodologia desse formato de workshop permite

capacitar também os vendedores e os gerentes de

Desenvolvimento de Produtos das Operadoras, que,

quando treinados, e com maior especialização do produto

Bahia, têm mais condições para formatação de pacotes

turísticos para a Bahia, incrementando as vendas.

No mercado internacional, a presença da Bahia em

significativos espaços de promoção e comercialização de

produtos turísticos gera oportunidades de promoção do

destino Bahia, onde o público participante é formado por

profissionais, empresas operadoras e companhias

aéreas. Esta presença nos eventos é resultante, em muitas

oportunidades, de parcerias com a EMBRATUR,

companhias aéreas, principalmente aquelas que operam

voos internacionais em cidades baianas, dentre outros. O

Programa de Promoção Internacional do Destino Bahia

está priorizando a diversificação da oferta turística, com

foco na exclusividade, hospitalidade, diversidade natural

e cultural, como as manifestações culturais, as festas

populares, a música etc., possibilitando a viabilização

das economias locais, resgatando as várias formas das

culturas e dos seus importantes valores intangíveis, além

de estimular a participação efetiva das comunidades.

ABAV - Rio de Janeiro

Expo Itália Real Estate - Milão, Itália

78

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 81: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Nesta linha de ação, os objetivos específicos são os

seguintes:

Aumentar a competitividade do destino Bahia, captando

turistas de maior poder de gasto e, consequentemente,

ampliando a receita proveniente da atividade;

Desenvolver ações para a captação e a ampliação de

voos regulares e charters ;

Ter como referência as diferenças culturais, a

diversidade natural do destino Bahia, para o desen-

volvimento de novos projetos, roteiros turísticos,

publicidade e relações públicas;

Valorizar a realização de parcerias público-privadas,

nacionais e internacionais, contribuindo para a melhoria

da qualidade dos processos de atendimento e da

realização das ações promocionais.

O Programa de Promoção Internacional do Destino Bahia

está sendo desenvolvido em conformidade com o modelo

adotado pela EMBRATUR, onde o primeiro passo é o de

harmonizar a estratégia da Bahiatursa aos compromissos

com o Plano Aquarela, priorizando as seguintes ações:

Inovar nas técnicas de promoção, publicidade e relações

públicas;

Atuar efetivamente para viabilizar o acesso internacional

ao destino Bahia;

Diversificar a oferta turística;

Apoiar os eventos culturais e de outros segmentos de

interesse turístico;

Inserir a identidade cultural nos projetos e ações

promocionais;

Ampliar e disponibilizar as informações sobre o destino

Bahia ;

Promover a capacitação da cadeia de distribuição;

Desenvolver parcerias com os setores público e privado;

Promover a participação do trade turístico nas decisões

de apoio às promoções.

É importante ressaltar que essas estratégias englobam

atividades que têm forte vinculação com a dimensão

cultural, com o patrimônio natural, incluindo bens

públicos materiais e imateriais, e que estão fortemente

vinculadas aos valores e elementos que representam a

identidade de cada região ou localidade da Bahia. Tanto os

elementos da gastronomia, da hospitalidade, do

artesanato, das festas populares, quanto as demais

expressões da identidade cultural local estão sendo

fortemente valorizados na promoção dos destinos

turísticos internacionais. Essas características são a

essência da imagem da Bahia, que tem no turismo uma

das melhores oportunidades de fazer com que a sua

identidade cultural seja agregadora de valor aos produtos

e serviços.

Os mercados prioritários para as ações promocionais

internacionais estão ajustados àqueles que representam

os principais emissores de fluxo, segundo pesquisa FIPE

de 2008: EUA, França, Itália, Portugal, Alemanha,

Espanha, Argentina, Inglaterra, Chile e Suíça.

Elemento importante nas decisões estratégicas de

promoção vincula-se à existência de ligações aéreas em

operação e aquelas outras que a Bahia necessita

desenvolver através da captação de voos charters e

regulares. A Bahia recebe (novembro de 2010) cerca de

trinta voos semanais regulares e outros charters,

procedentes de diferentes mercados, como EUA, França,

Alemanha, Argentina, Chile, Itália, Portugal e Espanha.

Nos períodos de alta estação – especialmente durante o

verão – a quantidade de aeronaves se multiplica, com a

chegada dos voos charters de temporada.

79

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 82: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Publicidade

A comunicação de peças promocionais para uso

profissional e a mídia destinada ao público final

convergem em temas centrais cujos títulos “Viver Bahia”,

“Bahia é muito mais!” e “Viaje pelo mundo chamado

Bahia”, compõem os principais eixos de propaganda da

Bahia. Faz também parte desta estratégia a ampliação dos

serviços para trabalhar a comunicação de forma

tridimensional, ou seja: interno-administrativo,

institucional e mercadológico, integrando todos os

serviços de comunicação – Assessoria de Imprensa,

Publicidade e Propaganda, Relações Públicas,

Publicações, Pesquisas e Comunicação Digital - da

SETUR e da Bahiatursa, dentro de diretrizes e políticas

estabelecidas no Planejamento Estratégico de

Comunicação. Porém, a proposta é que o eixo central da

comunicação esteja na Comunicação Mediada por

Computador e Internet.

A SETUR e a Bahiatursa seguirão investindo em novos

produtos de comunicação, como newsletters dirigidos a

públicos específicos, publicações mais adequadas às

necessidades de promoção da Bahia, elaboração da

Revista Viver Bahia, totalmente redigida e editada pelo

setor interno de Comunicação, além da manutenção do

Portal de Turismo, o www.bahia.com.br, que tem como

foco principal a oferta de informações diferenciadas,

serviços online e interatividade com os públicos da área

de turismo.

Anúncio de Revista

Site de Verão 2011

Revista Viver Bahia

Newsletter Stock Car Newsletter Verão 2010

80

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 83: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Estudo da Deloitte indica a existência de 1,5 bilhão de

usuários conectados na Internet, o que a consolida como

importante ferramenta de marketing. Web sites como

TripAdvisor serão cada vez mais utilizados pelos

consumidores e pelos ofertantes de produtos, estes com a

perspectiva também de usar as informações como

feedback para ajustes nos seus negócios. Ressalta ainda

que redes como Facebook e Twitter crescerão cada vez

mais como forma de pesquisa pré-viagem, pois um em

cada cinco viajantes já se utiliza dessas formas de

pesquisa antes da decisão de viajar.

Constitui-se em importante estratégia da divulgação do

produto Bahia a publicação de matérias específicas que

apresentem as diversas alternativas oferecidas pela Bahia

ao mercado. Com este objetivo, a SETUR e a Bahiatursa

promovem a realização de , visitas técnicas de

jornalistas, que geram oportunidades de aproximação e

conhecimento desses formadores de opinião, aos

atrativos e serviços turísticos oferecidos pela Bahia.

Os resultados dessas ações são avaliados a partir do

aumento do número de matérias veiculadas sobre a Bahia,

do aumento das vendas de pacotes turísticos,

consolidando assim a Bahiatursa ao seu papel de órgão

oficial de promoção do turismo do Estado.

No que se refere à comunicação, a SETUR atua no apoio à

realização de eventos comemorativos, como o Dia da

Baiana, Dia do Hoteleiro, Dia do Agente de Viagem,

produzindo newsletters direcionadas a públicos

específicos, tanto interno quanto externo.

A Bahiatursa, nesta estratégia, atua ainda no planejamento

e operacionalização das ações de receptivos especiais,

desenvolvidos em resposta a demandas de apoio

apresentadas por congressos e em eventos especiais

realizados ou apoiados pela Bahiatursa. Folhetos, vídeos,

campanhas publicitárias, voltados para eventos

específicos e de forma coordenada com as operadoras

locais, nacionais e internacionais, têm apresentado bons

resultados e representam uma tendência estratégica a ser

ampliada. Os novos produtos como a e o

Espicha Verão foram grandemente beneficiados com a

veiculação simultânea de anúncios institucionais e com

propaganda veiculada pelos promotores, patrocinadores

ou interessados nos eventos.

Relacionamento com a imprensa

Comunicação Dirigida

press trips

Stock Car

E-mail Marketing

Site Stock Car Bahia

Sala de Imprensa no Carnaval de Salvador

81

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 84: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

PROGRAMAS TRANSVERSAISAOS EIXOS ESTRATÉGICOS

Programa de Regionalização

Programa de Gestão Participativa

Além dos programas e projetos tratados neste documento

existem outros três programas que são transversais aos

eixos apresentados nesta estratégia, e se traduzem em

programas que tratam da Regionalização, da Gestão

Participativa e do Turismo Sustentável.

Tem o objetivo de integrar territorialmente os produtos

turísticos ofertados ao mercado, promovendo a sua

integração e a participação das instâncias de governança

do turismo nas decisões políticas e governamentais.

Como mencionado, este programa envolve os três eixos

da estratégia: Inovação, Qualificação dos Serviços/Des-

tinos e Integração Econômica.

Estes objetivos estão vinculados às necessidades de

conferir mais qualidade ao produto turístico; de

diversificar a oferta turística; de estruturar os destinos

turísticos; de ampliar e qualificar o mercado de trabalho;

de aumentar a inserção competitiva do produto Bahia,

ampliando o seu consumo no mercado nacional e

internacional; de aumentar a taxa de permanência e do

gasto médio do turista.

As atividades deste programa estão relacionadas à

Sensibilização e Mobilização dos atores dessas Regiões

Turísticas – Estudo de Competitividade dos Destinos

Indutores, Roteirização Turística – Apoio na construção

dos roteiros junto aos atores envolvidos, Oficinas de

fortalecimento das instâncias de governança e reuniões

dos Conselhos dos Polos, acompanhamento do Projeto

SIGEOR e formatação do roteiro integrado de Turismo

Étnico Bahia, Pernambuco e Alagoas. Esses são

exemplos de atividades que visam fortalecer o conceito

de que o turismo, ocorrendo de forma estruturada nas

regiões, vai ampliar o seu benefício socioeconômico, a

partir da inclusão de um maior número de municípios no

processo de desenvolvimento turístico da Bahia.

A Bahiatursa, como interlocutora do PRT – Roteiros do

Brasil, no âmbito estadual, busca consolidar sua posição

como parceira institucional, através da articulação,

implementação e execução dos módulos operacionais:

Sensibilização, Mobilização, Institucionalização das

Instâncias de Governança Regionais, Elaboração de um

Plano Estratégico de Desenvolvimento, Implementação

do Plano Estratégico, Promoção e Comercialização dos

Produtos Turísticos, Roteirização Turística, Sistema de

Informações Turísticas e Sistema de Monitoria e

Avaliação do Programa, nas regiões turísticas do Estado.

A proposta de gestão descentralizada contida no PNT

2007-2010 e reforçada no PNT 2011-2014 vem

fomentando a consolidação de uma rede de entidades e

instituições, em todo o território nacional, envolvendo o

poder público nas três esferas de governo, a iniciativa

privada e o terceiro setor.

Esse universo de agentes relacionados ao turismo tem

promovido a realização de diversos fóruns de discussão e

deliberação sobre a Política Nacional do Turismo e seus

desdobramentos, nas diferentes escalas territoriais do

país. Através do Conselho Nacional de Turismo, do Fórum

Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de

Turismo e dos Fóruns e Conselhos Estaduais de Turismo

nas 27 Unidades da Federação, representantes de

diversas instituições brasileiras vêm participando desse

processo da gestão descentralizada.

Algumas questões relevantes que vão definir as ações

deste programa na Bahia dizem respeito à necessidade do

envolvimento das comunidades na proteção ambiental

dos seus ativos naturais e de sua cultura, tangível e

intangível.

82

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 85: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

A proposta é a de fomentar a tomada local de decisões

relativas a esses temas, através de instituições

estruturadas e capacitadas, que sejam representativas das

comunidades locais na área de influência, além da

participação de membros da comunidade que possam

servir como defensores de questões de seu interesse.

Trata-se da democratização de oportunidades e be-

nefícios e a configuração de um novo modelo de

implantação de projetos, centrados em co-respon-

sabilidade, organização e participação comunitária,

aprofundando e valorizando a arquitetura institucional da

gestão descentralizada do turismo, implantada pelo

Governo Federal. O fortalecimento da gestão dos mu-

nicípios turísticos do Estado é uma outra ação importante

que se alinha tanto à regionalização como à interiorização,

visto que um município, com a sua gestão fortalecida (nos

âmbitos operacional, organizacional e de susten-

tabilidade), tem maior possibilidade de se articular junto

aos parceiros governamentais e não-governamentais a

favor do desenvolvimento do turismo sustentável local e

na criação de roteiros competitivos.

A SETUR vem coordenando trabalhos com vistas a

implantar em municípios pilotos do Estado o Sistema de

Gestão Municipal do Turismo, que prevê a imple-

mentação do Plano de Fortalecimento Municipal para a

Gestão do Turismo e do Patrimônio Natural e Cultural –

PMGT, que, por sua vez, está inserido nos procedimentos

de execução do Prodetur/NE II.

O fortalecimento das Instâncias Regionais de Governança

do Turismo deve-se às ações de continuidade do MTur,

através do órgão oficial de Turismo – Bahiatursa como

interlocutora do PRT no Estado. Hoje se percebe

amadurecimento e comprometimento dessas instâncias,

no que tange às discussão e parcerias do setor público,

privado e terceiro setor na execução das propostas e

projetos para a sustentabilidade do turismo nas regiões.

Outro fator de sucesso observado são as reuniões

periódicas e parcerias, onde são definidas as

responsabilidades e identificado o papel a ser

desempenhado por cada um dos participantes.

Instância criada com o objetivo de descentralizar as ações

definidas na Política Nacional de Turismo e ordenar as

demandas dos estados e municípios. Na Bahia, é

composto por membros indicados e eleitos do Poder

Público Federal, Estadual e Municipal, Comunidade

Científica, Setor Privado e Terceiro Setor, em um total de

80 titulares e 38 suplentes, o que indica uma forte

presença do setor do turismo.

O Fórum Estadual, presidido pelo Secretário de Turismo,

constitui-se num poderoso instrumento de participação,

acompanhamento e controle social das atividades

governamentais no turismo, bem como instância de

validação e articulação do turismo da Bahia, comum às

instâncias federais de governança na área. Os temas que

vêm sendo discutidos versam sobre a articulação do

turismo com os setores da segurança pública, combate à

exploração sexual de crianças e adolescentes, turismo

para a terceira idade, qualificação profissional e

empresarial, terceirização dos Centros de Convenções,

dentre outros que necessitam de articulação

interinstitucional para que possam promover o ganho de

competitividade que a SETUR busca na sua estratégia.

Fórum Estadual de Turismo da Bahia

83

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 86: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Conselhos dos Polos Turísticos

Outro importante espaço de discussão e exercício de um

modelo de gestão participativa se constitui nos

Conselhos dos Polos Turísticos, onde a participação alia-

se à co-responsabilidade entre a sociedade civil

organizada, trade turístico e governos federal, estadual e

municipal. Estas estruturas de governança contam com a

participação média de 35 titulares e 25 suplentes em cada

Conselho, onde exercem atividades de planejamento,

deliberação e viabilização das ações que têm como foco o

desenvolvimento do turismo sustentável nos municípios

integrantes dessas regiões, inclusive apoiando e

acompanhando a execução das ações do Prodetur NE II.

Os Conselhos e Câmaras que operam na Bahia são os

seguintes:

Conselho do Polo do Descobrimento (Câmara Técnica

de Turismo Costa das Baleias e Câmera de Turismo da

Costa do Descobrimento)

Conselho do Polo Litoral Sul: (Câmara Técnica de

Turismo Costa do Cacau e Câmara de Turismo da Costa do

Dendê)

Conselho do Polo Chapada Diamantina (Câmara

Técnica do Circuito do Diamante)

Conselho do Polo de Turismo Salvador e Entorno

(Câmara Técnica de Turismo Costa dos Coqueiros e

Câmara de Turismo Baía de Todos-os-Santos)

Câmara Técnica Turismo Vale do São Francisco

Conselho de Turismo Caminhos do Oeste (Câmara

Técnica de Turismo do Circuito Rio Corrente e Câmara

Técnica de Turismo do Circuito do Rio Grande)

Conselho de Turismo Caminhos do Sertão

Conselho de Turismo Caminhos do Jiquiriçá

Conselho de Turismo Lagos e Cânions do São Fran-

cisco.

O terceiro programa transversal desta estratégia

representa a síntese daquilo que se busca alcançar, ou

seja, a criação e operacionalização de modelos

diferenciados de desenvolvimento turístico, firmemente

embasados no conceito da sustentabilidade social,

econômica e ambiental.

Juntar aos clássicos predicados de preço, qualidade,

marca e localização, a sustentabilidade entrará cada vez

mais forte como item para tomada de decisão na escolha

do destino/produto. A percepção da marca tem sido mais

frequentemente influenciada pela experiência do que pe-

lo produto; entretanto, as marcas focadas no estilo de vida

e no selo verde são aquelas com tendência a serem cada

vez mais percebidas pelo mercado.

O turismo acontece em um determinado espaço

geográfico, o principal objetivo do consumo turístico.

Dentre esses espaços geográficos, os diferenciais

oferecidos pela natureza, costumes, cultura, arquitetura,

gastronomia, hábitos, podem ter a capacidade de atrair

visitantes e com isso atender às necessidades dos turistas

para as regiões receptoras. Neste caso, é o consumidor

que se desloca para o produto a ser consumido.

A proteção e a conservação ambiental, a valorização dos

costumes locais e o respeito às comunidade receptoras

vão garantir a sustentabilidade da atividade, e, para que

esses objetivos sejam atendidos, é imprescindível a

participação do Estado como interlocutor e agente

formador das estruturas de governança local que, em

última instância, deverão ser assumidas e geridas pelas

comunidades locais, com a participação dos

empreendedores e do terceiro setor, valorizando a prática

do planejamento da atividade turística.

Programa de Turismo Sustentável

84

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 87: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Desta forma, podem estar assegurados os benefícios da

atividade turística como agente contribuidor para a

preservação da fauna e da flora, aperfeiçoando o processo

de planejamento e o gerenciamento ambiental,

incrementando novas fontes de renda e garantindo a

realização de atividade econômica, inclusive naquelas

legalmente protegidas. Turistas e comunidades pouco

conscientizadas, aliadas a uma frágil estrutura de

governança, costumam ocasionar um subaproveitamento

do potencial turístico, normalmente relacionado à baixa

participação dos habitantes locais e à divulgação

inadequada do destino.

Na Bahia, essa interação entre turismo e meio ambiente

está marcada pela contribuição da área de turismo à

implantação de mais de dez Áreas de Proteção Ambiental

em locais de interesse turístico, todas dispondo de

zoneamento e plano de manejo.

A participação efetiva e frequente dos seus representantes

nos conselhos gestores dessas APAs facilita a

compreensão dos projetos turísticos que são

apresentados para obtenção de anuência com outros

conselheiros, informa e esclarece aos demais par-

ticipantes a importância dos projetos turísticos na

construção da economia sustentável. Também facilitam a

relação empresarial para elaboração dos estudos de

restrição ambiental, impacto ambiental, localização em

áreas de proteção ambiental, dentre outras ações.

Em 2009, a Secretaria de Turismo passou a participar do

Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEPRAM, o que

tem contribuído para agilizar o processo de licenciamento

de empreendimentos turísticos com o acompanhamento

realizado desde a entrada do pedido de licenciamento, no

Instituto de Meio Ambiente, até a concessão das licenças.

Além disso, o convívio com outros conselheiros tem

contribuído para a quebra de preconceitos sobre a ação

do turismo no meio ambiente e a sua sustentabilidade.

Importante ainda ressaltar que essa participação contribui

para a melhoria da qualidade social, ambiental e

econômica dos projetos, que são fundamentais para o

sucesso dos empreendimentos focados no turismo

sustentável.

APA, Seringueiras - Ituberá

APA do Pratigi

Pratigi

85

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 88: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

PROGRAMAS ESPECIAIS

Complementando este arcabouço da Estratégia Turística

da Bahia para o período 2007-2016, definiu-se reservar

um capítulo especial à realização no Brasil de dois

importantes megaeventos esportivos, a Copa do Mundo

FIFA 2014, antecipada pela Copa das Confederações em

2012, e os Jogos Olímpicos de 2016, ambos repre-

sentando oportunidades que promoverão uma grande

visibilidade na mídia internacional ao país em seus

diversos aspectos, bem como uma oportunidade de se

estruturar o seu potencial e produtos turístico-culturais

representados, sobretudo, pelas suas singularidades.

Outro aspecto importante resultante da realização desses

eventos é a melhoria da infraestrutura pública, prin-

cipalmente nos temas relacionados a transportes

públicos e mobilidade urbana, na implantação de novas

arenas esportivas e na ampliação da oferta de

equipamentos privados voltados para hospedagem, lazer

e entretenimento. Desta forma, os ganhos para a atividade

turística se constituirão numa fantástica oportunidade de

promoção internacional, mas também em um valioso

legado pela realização desses eventos no Brasil.

As ações previstas no âmbito do Estado da Bahia para a

sua preparação como uma das sedes da Copa do Mundo

da FIFA Brasil 2014™vinculam-se a uma Secretaria

Especial que, em articulação com os diversos órgãos dos

governos municipal, estadual e federal, assume o

planejamento e coordenação das atividades necessárias à

sua realização.

Segundo projeções da SETUR, com base nos

prognósticos do MTur e FIPE para a Copa do Mundo 2014,

a capital baiana deverá receber nos meses de junho e

julho de 2014 um fluxo de aproximadamente 800 mil

turistas, distribuídos em 80% nacionais e 20%

estrangeiros, que projetam uma receita turística para o

Estado de cerca de R$ 1 bilhão, nos dois meses

analisados.

Nas questões referentes à atividade turística, a Secretaria

de Turismo e a Bahiatursa estão trabalhando em quatro

vertentes: infraestrutura pública, investimentos privados,

qualificação dos serviços turísticos e ações de marketing

e promoção.

Para atender de forma mais eficaz a realização da Copa do

Mundo da FIFA Brasil 2014™ algumas intervenções em

infraestrutura necessitam ser realizadas. Num primeiro

momento, essa vertente está priorizando as ações de

implantação de infraestrutura turística em Salvador e em

toda a extensão da zona turística da Baía de Todos-os-

Santos e Costa dos Coqueiros, em função da proximidade

desses destinos com a capital baiana, uma das sedes da

Copa.

Podem-se citar como exemplos de intervenções que

devem ser priorizadas: a conclusão das obras de

requalificação da Feira de São Joaquim, ampliação das

ações de revitalização do Centro Histórico de Salvador e a

urbanização da praça e da área de entorno da Basílica do

N.S. do Bonfim.

Como reforço ao desenvolvimento do turismo, a SETUR,

através do Programa Prodetur Nacional, promove no

período 2011-2014 a implementação das ações previstas

no recém-elaborado Planejamento Estratégico de Tu-

rismo Náutico na Baía de Todos-os-Santos, além de

outras intervenções em infraestrutura. Estas infraestru-

turas, além de atenderem às necessidades da Copa do

Mundo 2014, se constituirão em ações com potencial de

desencadear a atração de novos inves-timentos privados

e melhoria de qualidade de vida para as populações

locais.

Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014

Infraestrutura Pública

86

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 89: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Nova Arena da Fonte Nova

- Estruturas de Transporte

Referência especial faz-se à construção da nova Fonte

Nova, principal palco da Copa 2014 na cidade de

Salvador, com previsão de conclusão das obras para

dezembro de 2012, com condições de atender à Copa das

Confederações, prevista para 2013.

Salvador foi a primeira das cidades-sede a lançar o edital

de licitação, em 15 de outubro de 2009, e anunciado em

dezembro do mesmo ano um consórcio de empresas

privadas como ganhador da licitação, a quem cabe

também administrar a Nova Fonte Nova, em regime de

concessão, no modelo Parceria Público-Privada (PPP),

por 35 anos. A estimativa de investimentos é de R$ 600

milhões, sendo que R$ 400 milhões serão tomados pelo

Estado junto ao BNDES, e os recursos complementares

serão captados de outras instituições empresariais e do

próprio consórcio.

A capacidade do estádio para a Copa será de 50.433

lugares, onde o setor VIP tem 880 assentos, os camarotes

têm 1.127 assentos e a imprensa ocupará 3.950 cadeiras

(durante a Copa do Mundo), assim a capacidade,

descontando-se VIP e imprensa, é de 44.476 lugares,

onde 3.157 são assentos de hospitalidade.

O projeto arquitetônico da Fonte Nova preservará o

formato de ferradura, em três níveis de arquibancadas

com assentos cobertos, 45 mil cadeiras regulares, 93

camarotes, restaurante panorâmico com vista para o

estádio e para o Dique do Tororó, com 1.275 m² e 1.971

vagas de estacionamento. Sua estrutura abrigará também

o Museu do Futebol, Fun Shop, Business Lounge, sala de

imprensa, 31 quiosques, 11 elevadores e 58 sanitários.

Neste segmento, o Estado da Bahia está programando a

realização das ações a seguir discriminadas que se

constituirão em melhorias nos aspectos relacionados à

mobilidade dos turistas e da população local.

- Ampliação do Terminal de Passageiros e implantação da

segunda pista do Aeroporto Internacional de Salvador;

- Dragagem nos terminais adjacentes aos armazéns 1,2 e

3 do Porto de Salvador para possibilitar ampliar a ca-

pacidade de ancoragem de transatlânticos;

- Articulação das estações do Metrô com as áreas

hoteleiras e praças de esporte, através de ônibus e vans;

- Ampliação das marinas e outras estruturas de apoio à

atividade náutica;

- Implantação em Salvador de uma Base de Charters

Marítimos;

- Extensão da duplicação da Linha Verde (Estrada BA-001

de ligação de Salvador com a Costa dos Coqueiros) da

Praia do Forte até o município de Esplanada;

- Articulação com a iniciativa privada para a garantia de

transporte rodoviário intermunicipal de qualidade ligando

Aeroporto / Costa dos Coqueiros / Centro de Salvador /

Municípios do Recôncavo;

- Articular com órgãos das prefeituras de Salvador e das

cidades do entorno da capital para fortalecer a

fiscalização de serviços de transporte;Foto: Nova Fonte Nova, investimento estimado em R$ 591 milhões.

87

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 90: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

- Implantar os trechos rodoviários que vão permitir a

complementação da via de contorno da Baía de Todos-os-

Santos, como alternativa ao sistema existente

para acesso à Ilha de Itaparica, região do Recôncavo e a

Costa do Dendê.

- Melhoria dos sistemas de sinalização turística e de

estradas para Salvador e cidades do entorno.

Nessa vertente, a SETUR está atuando em dois nichos: na

atração de empreendimentos privados qualificados para o

Estado e no apoio e articulação junto aos órgãos

financiadores para abertura de linhas especiais para

ampliação e requalificação dos empreendimentos já

implantados. Estas ações visam requalificar a oferta

existente e ampliar com novos produtos a serem

oferecidos ao público visitante durante o período da

Copa, posicionando assim o destino como previsto nos

eixos estratégicos da Inovação e Qualificação.

A cidade de Salvador dispõe de 408 meios de

hospedagem, 15.215 quartos e 34.792 leitos, segundo

levantamento da Bahiatursa em março de 2008. Nas

cidades ao longo da Costa dos Coqueiros, devido à

proximidade com a capital, acrescentam-se mais 15 mil

leitos que poderão ser utilizados para hospedagem

durante a Copa do Mundo. Ademais se registra a

existência de 12 mil leitos em projeto ou construção até

2014. No geral, portanto, a oferta de leitos poderá

alcançar um total de 61.792 unidades para 2014.

Ressalte-se ainda a existência de mais 26 mil

apartamentos hoteleiros em planejamento, que, parte

deles, poderá estar concluída antes da Copa se os

investimentos forem concretizados. A visão do setor

hoteleiro é a de trabalhar em ações voltadas a melhorias

nos equipamentos existentes e não na construção de

novas unidades, haja vista a oferta ser em número

suficiente para atender à demanda gerada pela Copa do

Mundo da FIFA Brasil 2014™, entretanto é necessário

acelerar essas ações de retrofit dos meios de

hospedagem, sobretudo daqueles localizados em

Salvador, em operação a mais tempo quando

comparados aos equipamentos da Costa dos Coqueiros,

por exemplo.

A cidade de Salvador e os destinos localizados na Costa

dos Coqueiros e Baía de Todos-os-Santos serão objeto de

ações focadas na ampliação da oferta de equipamentos

de lazer e entretenimento, visando oferecer alternativas a

vários segmentos de público. Isso propicia o aumento da

receita através de maior permanência do turista.

Durante a realização dos jogos da Copa do Mundo da FIFA

Brasil 2014™ serão implantados dez “Fan Parks”, sendo

cinco em Salvador (Aeroclube Plaza Show, Praça Castro

Alves, Bairro das Cajazeiras, Península de Itapagipe e

Periperi) e cinco em localidades turísticas do Estado

(Praia do Forte, Porto Seguro, Ilhéus/Itacaré, Morro de

São Paulo e Lençóis). A criação da Cidade da Música

também propiciará a expansão da oferta de eventos neste

segmento e compõe importante ação desta estratégia

turística, constituindo-se em mais um .

ferry-boat

fun park

Investimentos Privados

- Infraestrutura Hoteleira

- Equipamentos de Lazer e Entretenimento

Praça Castro Alves

88

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 91: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Qualificação dos Serviços Turísticos Ações de Marketing e Promoção

Para que os investimentos realizados em função da Copa

2014 tenham o máximo de retorno, é preciso assegurar

que os milhões de turistas que vêm ao Brasil transformem-

se em multiplicadores das experiências positivas

vivenciadas. A busca permanente pela excelência em

serviços é, portanto, o grande desafio para a Copa de 2014.

O Ministério do Turismo vem realizando programas como o

“Bem Receber Copa”, que tem como objetivo capacitar o

setor de turismo para atingir padrões internacionais de

qualidade nos serviços turísticos, focando em pessoas,

empresas e destinos; e o “Olá!Turista”, este oferecendo

gratuitamente cursos de inglês e espanhol pela Internet.

Por sua vez, a SETUR, em consonância com as ações do

Ministério do Turismo e com as exigências da FIFA para a

Copa de 2014, vem desenvolvendo e criando

Projetos/Programas que visam garantir que o Estado da

Bahia estará eficientemente preparado para sediar este

megaevento. Um desses Programas é o “Boas-Vindas

Copa do Mundo FIFA Brasil 2014”, que além de qualificar

os profissionais de turismo em línguas estrangeiras, com

foco introdutório sobre a Copa do Mundo, sua organização

e seu legado para o Brasil, tem ainda um conteúdo que

permite que profissionais como garçons, cozinheiros,

recepcionistas, camareiras, caixas e artesãos adquiram

conhecimento, numa carga horária de 200 horas, sobre

Qualidade no Atendimento, Ética Profissional, Equidade,

Turismo Sustentável, conhecimentos específicos de cada

área, conhecimentos complementares básicos como

Inglês e Informática. A meta é qualificar 4.300

profissionais.

Em paralelo à Qualificação Profissional, o Estado

desenvolve o Programa de Qualificação Empresarial, com

a expectativa de atender 660 micros, pequenas e médias

empresas, dotando-as de novas ferramentas gerenciais

que contribuirão para a sua maior integração econômica

com a atividade turística.

O foco inicial dessas ações está dirigido aos principais

mercados nacionais e internacionais emissores de turistas

para a Bahia, que tenham voo direto para o mercado sul-

americano, em função da proximidade, e em especial para

os países que mantêm laços culturais com a Bahia, como é

o caso de Portugal e Espanha, cuja população de

descendentes de imigrantes é significativa. Quando

ficarem definidos os países que participarão da Copa do

Mundo da FIFA Brasil 2014™, as ações de marketing e

promoção também serão direcionadas a esses mercados,

inclusive ampliando a realização de “ ” e

“ ” para jornalistas especializados em turismo e

esportes, além das operadoras dos países participantes da

Copa.

Na área nacional, a ação de capacitação dos agentes de

viagem do destino Bahia será utilizada de forma mais

intensa no período pré-Copa. A Bahiatursa realizará

periodicamente o Ponto de Encontro Bahia, com

a participação do público especializado, onde serão

disponibilizados aos agentes e operadores de diversas

cidades do país informações qualificadas sobre acessos,

atrativos turísticos, meios de hospedagens, etc.

Na área internacional, a estratégia de capacitação e

promoção do destino é o Festival Gastronômico, já

utilizada com sucesso e que será intensificada para a Copa

2014.

presstrips

famtours

workshop

89

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 92: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Essa atividade é realizada em parceira com o trade local

de cada país, onde o evento será realizado, onde o agente

e o operador têm a oportunidade, em um ambiente

descontraído, de conhecer mais sobre o destino,

degustando da sua culinária, vivenciando elementos da

cultura e recebendo informações qualificadas sobre a

Bahia.

Em especial para a Copa de 2014, a Bahiatursa criou,

juntamente com o Rio de Janeiro e Amazonas, o Roteiro

Integrado Rio/Bahia/Amazonas, que proporciona uma

facilidade extra ao mercado internacional, ofertando três

aspectos peculiares e distintos do destino Brasil. É o

primeiro roteiro integrado para a Copa 2014, onde serão

criados pacotes especiais contemplando esses três

estados.

Considerando que entre um jogo e outro da Copa de 2014

disponibiliza-se em média cinco dias de intervalo para

uma mesma seleção, outros dois roteiros importantes

estão sendo estruturados: o Bahia Regional, com outros

estados do Nordeste, articulado com a CTI Nordeste, e o

Roteiro Bahia, que incentivará os turistas a circularem

pelos destinos baianos, desfrutando dos seus atrativos.

Para esse último torna-se necessário uma reformulação

da abrangência da malha aérea regional.

O material promocional específico para a Copa 2014 será

elaborado em consonância com as definições dos

segmentos e mercados a serem trabalhados, conhecidos

a partir dos sorteios dos países e suas respectivas sub-

sedes.

Além das quatro vertentes acima discriminadas

(Investimentos Públicos, Investimentos Privados,

Qualificação dos Serviços Turísticos e Ações de

Marketing e Promoção), duas outras ações pontuais serão

objeto de intervenção da SETUR, de forma direta e

articulada com outros órgãos de Governo, com vistas à

realização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™:

Interiorização das Ações de Turismo - Fortalecer as

ações de interiorização em função dos principais

mercados emissores e aqueles que só serão conhecidos

quando os países participantes da Copa estiverem

definidos. Essa ação terá como objetivo investir no

aumento da permanência do turista no Estado, oferecendo

ainda opções de roteiros adequados ao perfil dos

visitantes que estarão distribuídos nas diversas cidades-

sede da Copa no país, atraindo-os em roteiros de visita à

Bahia.

Requalificação do Centro Histórico de Salvador –

Através da valorização dos monumentos, intervenções

públicas em infraestrutura e incentivo ao setor privado

para novos investimentos que possam gerar interesse de

visitação, oferta de serviços de transporte turístico

específico, estabelecimento de circuitos turísticos

culturais e históricos integrados às principais

concentrações hoteleiras e facilidades oferecidas aos

visitantes dos cruzeiros marítimos que estarão em maior

número, durante a Copa, visitando os pontos turísticos da

região.

Como continuidade à realização da Copa 2014, as ações

que estão previstas na estratégia focada naquele evento

serão também replicadas, em muitos aspectos, para atrair

turistas internacionais que demandarão a cidade do Rio de

Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos no ano de 2016.

XXXI Jogos Olímpicos – Rio 2016

90

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 93: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Os Jogos Olímpicos de 2016, segundo previsão do

Ministério do Turismo, deverão promover a entrada de um

número de turistas estrangeiros no Brasil em 10% a 15%

superior ao do ano anterior, 2015, o que transforma este

evento numa oportunidade para a Bahia aumentar o seu

fluxo internacional a partir de uma estratégia de

marketing, promoção e comercialização, associada ao

destino Rio de Janeiro, cidade-sede das Olimpíadas.

Nos aspectos referentes ao marketing e à publicidade da

Bahia, entende-se que a utilização da mídia digital será,

de forma mais intensa, importante ferramenta para a Bahia

promover os seus destinos. Por conseguinte, estruturar e

alimentar constantemente os seus portais na Internet com

conteúdos adequados aos interesses da demanda gerada

pelos jogos olímpicos, sobretudo enfatizando aspectos

peculiares da cultura baiana, associada, quando possível,

a eventos de caráter esportivo, será uma ação estratégica

a ser perseguida nos períodos que antecedem a realização

dos jogos. Neste aspecto, a capoeira surge como um

importante elemento de atração, exatamente pelo fato de

associar estas duas externalidades - esporte e cultura, e

de a Bahia ser o berço desta hoje internacional prática

desportiva.

A Bahia foi escolhida uma das quatro sub-sedes para

receber os torneios de futebol, dividindo a respon-

sabilidade para os jogos feminino e masculino com as

cidades de Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, além do

Rio Janeiro, que abrigará a decisão do ouro olímpico nas

modalidades.

O cumprimento das exigências do Comitê Olímpico

Internacional (COI) foi dado com a aprovação da Lei

11.472, pela Assembleia Legislativa do Estado,

garantindo itens relacionados às demandas do COI, como

a proteção da marca das Olimpíadas a ser comercializada

durante o evento e a adequação da cidade ao fluxo de

veículos e pessoas.

Entre as condições que fundamentaram a escolha de

Salvador pelo Comitê Olímpico Brasileiro, está a

infraestrutura a ser herdada com a Copa de 2014 e a

possibilidade de abrigar a Copa das Confederações em

2013.

91

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 94: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

CONCLUSÃO

O cumprimento desta Estratégia Turística da Bahia, segundo

quadriênio do Terceiro Salto do Turismo da Bahia, está

condicionado à concretização da transversalidade que

percorre os diversos segmentos institucionais do Governo

do Estado. Necessário reconhecer o turismo como um vetor

econômico capaz de gerar emprego e renda numa

velocidade maior e com custos menores que muitas outras

atividades. Para isso, no entanto, é indispensável a

articulação interinstitucional acima referida.

Internamente e com o objetivo de fortalecer as ações

institucionais, está em curso um plano de revisão estrutural-

administrativo da Secretaria de Turismo e da Bahiatursa,

visando à agilidade necessária desses organismos para

atender aos requisitos que irão consolidar a Bahia na visão

de tornar-se o primeiro destino turístico de lazer do país.

Essa reestruturação deverá, também, atender às novas

responsabilidades ligadas à regulação e fiscalização do

setor definidos pela Lei Geral do Turismo, sancionada pela

Presidência da República, em 2009. Com objetivos e metas

estabelecidas no plano de ação do turismo, a SETUR tem

como prioridades para o período 2011-2016 a solidificação

da atividade turística na matriz econômica do Estado,

materializado a partir das suas políticas públicas e de um

importante marco regulatório pela aprovação da Lei Estadual

de Turismo, em fase de discussão com o trade e organismos

interessados nessa atividade.

Abrangendo os grandes temas a serem trabalhados de forma

a atender aos interesses da atividade turística, esta Estratégia

destacaria os seguintes:

• Melhorar a qualidade da Segurança Pública nos destinos

turísticos;

• Melhorar as infraestruturas rodoviária, aeroportuária e

hidroviária que dificultam ações de interiorização e a

integração dos municípios;

• Criar uma política de incentivo ao empreendedorismo para

o pequeno e médio investidor na área de turismo,

fortalecendo a sua integração econômica;

• Trabalhar na criação de Arranjos Produtivos Locais que

permitam a integração dos grandes parques hoteleiros com

a economia da região na qual estão localizados;

• Implantar novos equipamentos turísticos e qualificar os

existentes visando atrair novos visitantes e mantê-los por

mais tempo na Bahia, reduzindo ao mínimo os efeitos

negativos da sazonalidade;

• Articular as diretrizes e políticas públicas relacionadas a

alguns segmentos turísticos, a exemplo do turismo náutico,

rural, étnico e cultural;

• Investir em programas de capacitação de mão de obra,

ampliando as oportunidades de emprego e garantindo a

qualidade dos serviços ofertados;

• Fomentar a estruturação e capacitação da gestão pública

dos municípios turísticos;

• Criar ou fortalecer as instâncias colegiadas executivas nas

regiões turísticas para permitir a maximização dos

resultados dos programas e investimentos turísticos,

incentivando ações consorciadas;

• Melhorar a acessibilidade e mobilidade de pessoas com

deficiência e da Terceira Idade;

• Inserir o turismo na matriz curricular das escolas públicas.

Outras questões relevantes relacionam-se a temas

ambientais e de preservação do patrimônio cultural baiano

quanto à necessidade do envolvimento das comunidades

receptoras para fomentar a tomada local de decisões nesses

temas, ou seja, liderança e participação de membros da

comunidade que possam servir como defensores de

questões de seu interesse.

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

92

Page 95: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Por fim, mas não menos importante, é a democratização

de oportunidades e benefícios através da configuração de

modelos de governança para implantação de projetos

centrados em co-responsabilidade, organização e

participação empresarial e comunitária, aprofundando e

valorizando a arquitetura institucional da gestão

descentralizada do turismo, implantada pelo Governo

Federal.

As perspectivas decorrentes desta nova estratégia podem

ser assim resumidas:

• O fortalecimento dos novos destinos baianos a partir

da descentralização territorial do turismo, propiciando o

desenvolvimento socioeconômico de regiões deprimidas

economicamente;

• A estruturação do turismo náutico diversificando a

oferta turística existente, inovando na oferta de produtos e

alavancando novos investimentos;

• A consolidação do destino turístico Bahia no mercado

internacional tradicional: Europa, EUA, Argentina ,Chile e

a abertura de novos mercados internacionais,

principalmente os emissores sul-americanos, a exemplo

da Colômbia, Venezuela, Peru e Equador;

• O incremento no uso das redes sociais, mídia e

comunicação digital na promoção do destino Bahia;

• A atração qualificada de novos investimentos e

melhoria dos equipamentos turísticos existentes;

• O incremento do número de voos para os destinos

baianos, sobretudo Salvador, Porto Seguro, Ilhéus e

Lençóis, principais portões de entrada aérea no Estado;

• A transformação da Copa do Mundo da FIFA Brasil

2014™ e os XXXI Jogos Olímpicos - Rio 2016 em

oportunidades de viabilizar a melhoria da qualidade da

infraestrutura e serviços do turismo baiano, assegurando

uma maior visibilidade para a Bahia no mercado

internacional.

• Numa perspectiva de médio e longo prazo, dar atenção

especial a novos mercados emissores, como o

escandinavo e o chinês.

93

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 96: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos
Page 97: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

REFERÊNCIAS

- Plano Nacional do Turismo 2011-2014; MTur, 2010

- Caracterização e Dimensionamento do Turismo

Receptivo na Bahia – FIPE, 2009

- Anuário Estatístico do Turismo, Ministério do Turismo,

2010

- Plano Estratégico do Turismo Náutico na Baía de

Todos-os-Santos, SETUR, 2010

- Relatório Deloitte Hospitality 2015

(www.deloitte.co.uk/hospitality2015)

- PORTER, Michael. Vantagem Competitiva: criando e

sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro:

Campus, 1991.

- Sites: www.travelodge.co.uk ; www.channels.nl ;

www.worldsitehotels.com .

95

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 98: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

APÊNDICE

Lista das Regiões Turísticas do Estado da Bahia e seus respectivos Municípios2010

Regiões Municípios

Baía de Todos-os-Santos

1. Aratuípe2. Cachoeira3.4. Itaparica5. Jaguaripe6. Madre de Deus7. Maragojipe8. Muniz Ferreira9.10. Nazaré11. Salinas da Margarida12. Salvador13. Santo Amaro14. São Félix15. São Francisco do Conde16. Saubara17. Vera Cruz

Candeias

Muritiba

Chapada Diamantina

Circuito da Chapada Norte1. Andorinha2. Bonito3. Caém4. Campo Formoso5. Jacobina

7. Miguel Calmon8. Morro do Chapéu9. Ourolândia10. Pindubaçu11. Piritiba12. Saúde13. Senhor do Bonfim14. Utinga15. Wagner

6. Jaguarari

96

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 99: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Circuito do Diamante

Circuito do Ouro

Chapada Velha

1. Andaraí2. Ibicoara3. Iraquara4. Itaetê5. Lençóis6. Mucugê7. Nova Redenção8. Palmeiras9. Seabra

1. Abaíra2. Érico Cardoso3.4. Jussiape5. Livramento de N. Senhora6. Paramirim7. Piatã8. Rio de Contas9. Rio do Pires10. Souto Soares

1. Barra do Mendes2. Brotas de Macaúbas3.4. Gentio do Ouro5. Ipupiara6. Xique-Xique

Iramaia

Central

Chapada Diamantina

Costa das Baleias

1. Alcobaça2. Caravelas3.4. Mucuri5. Nova Viçosa6. Prado7. Teixeira de Freitas

Itamaraju

Costa do Cacau

1. Canavieiras2. Ilhéus3. Itabuna4. Itacaré5. Pau Brasil6. Santa Luzia7. Una8. Uruçuca

Regiões Municípios

97

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 100: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

1. Camaçari2. Conde3. Entre Rios4. Esplanada5. Itanagra6. Jandaíra7. Lauro de Freitas8. Mata de São João

Costa dos Coqueiros

Circuito do Vale do Jiquiriçá

Circuito Recôncavo Sul

1. Amargosa2. Cravolândia3. Elísio Medrado4.5. Jiquiriçá6. Laje7. Milagres8. Mutuípe;9. Santa Inês;10. São Miguel das Matas11. Ubaíra

1. Castro Alves2. Conceição do Almeida3. Cruz das Almas4. Dom Macedo Costa5.6. Santa Terezinha7. Santo Antônio de Jesus8. São Felipe9. Varzedo

Itiruçu

Itatim

Costa do Dendê

1. Cairu2. Camamu3. Igrapiúna4. Ituberá5. Maraú6. Nilo Peçanha7. Presidente Tancredo Neves8. Taperoá9. Valença

Costa do Descobrimento

1. Belmonte2. Eunápolis3. Itabela4. Porto Seguro5. Santa Cruz Cabrália

Caminhos do Jiquiriçá

Regiões Municípios

98

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 101: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Circuito do Rio Grande

Circuito do Rio Corrente

1. Barra2. Barreiras3. Formosa do Rio Preto4. Luis Eduardo Magalhães5. Riachão das Neves6. Santa Rita de Cássia7. São Desidério

1. Bom Jesus da Lapa2. Correntina3. Ibotirama4. Santana5. Santa Maria da Vitória6. São Félix do Coribe

Caminhos do Oeste

Lagos e Canyons do SãoFrancisco

Caminhos do Sertão

1. Araci2. Banzaê3. Candeal4. Canudos5. Cipó6. Euclides da Cunha7. Feira de Santana8. Itapicuru9. Monte Santo10. Nova Soure11. Ribeira do Pombal12. Serrinha13. Teofilândia14. Tucano15. Uauá

1. Abaré2. Glória3. Paulo Afonso4. Rodelas5. Santa Brígida

Vale do São Francisco

1. Casa Nova2. Curaçá3. Juazeiro4. Remanso5. Sobradinho

Caminhos do Sudoeste 1. Iguaí2. Vitória da Conquista

Regiões Municípios

99

Estratégia Turística da Bahia O Terceiro Salto

Page 102: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Livro editado pela Secretaria de Turismo do EstadoTiragem: 1.000 exemplares

Impressão e acabamento: Gráfica QualigrafSalvador, janeiro de 2011

Page 103: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos
Page 104: Estratégia Turística da Bahia · Turística da Bahia Secretaria do Estado da Bahia Salvador, Bahia 2011. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria de Turismo Antonio Carlos

Sistema Integrado de Informações TurísticasDisk Bahia Turismo:

www.bahia.com.brwww.turismo.ba.gov.br

(71) 3103 3103