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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR
NÚCLEO DE SAÚDE-NUSAU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA-DEF
ESTUDO COMPARATIVO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PISCINAS NO MUNICÍPIO
DE PORTO VELHO
DANIELA CÂNDIDO DE OLIVEIRA
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO
Porto Velho – Rondônia2013
ESTUDO COMPARATIVO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM PISCINAS NO MUNICÍPIO
DE PORTO VELHO
AUTOR: Daniela Cândido de Oliveira
ORIENTADOR: João Bernardino de Oliveira Neto
Monografia de graduação apresentada nocurso de Educação Física do Núcleo deSaúde da Universidade Federal de Rondônia -UNIR, para obtenção do título de graduadaem Licenciatura Plena em Educação Física.
Porto Velho - Rondônia2013
ii
Daniela Cândido de Oliveira
Data da Defesa: 25/06/2013
BANCA EXAMINADORA
Prof. Ms. João Bernardino de Oliveira Neto - Orientador
Julgamento:_____________________ Assinatura:_________________
Profª. Ms. Silvia Teixeira Pinho
Julgamento:_____________________ Assinatura:_________________
Profº. Ms. José Roberto de Maio Godoi
Julgamento:_____________________ Assinatura:_________________
iii
DEDICATÓRIA
iv
Dedico primeiramente a Deus e a todos que
fizeram parte desse grande desafio, em
especial minha família, meus amigos do
Ministério Jovem, amigos e colegas de
profissão que também fazem parte dessa
história e a todos os professores.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter colocado pessoas maravilhosas em minha vida como
meus pais Antônio Cândido de Oliveira Filho e Luzia Azevedo de Oliveira, a minha irmã
Lindinalva Azevedo de Oliveira e ao meu irmão Adailton Azevedo de Oliveira, que foram
os grandes motivadores e incentivadores para essa grande conquista em minha vida, por
sempre acreditarem em mim contribuindo muito para mais uma etapa da minha vida.
Agradeço a cada professor que passou pela minha vida durante esse tempo de
graduação, deixando um pouco de suas experiências profissionais e pessoais, agradeço
ainda os motivadores e principalmente os que me fizeram sonhar novamente,
principalmente aos amigos do Ministério Jovem de Porto Velho.
A todos da turma de 2007,sendo professores do DEF , professores voluntários, e
a todos que de certa forma contribuíram para o meu aprendizado, colegas e amigos de
curso, que me ajudaram nos estágios e durante todo o curso.
Aos meus amigos da Paroquia Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora
Aparecida, ao Grupo de Oração, a Renovação Carismática de Porto Velho, e como
poderia me esquecer dos meus amigos e irmãos de caminhada, quero lembrar nesse
instante de todos do Ministério Jovem, principalmente Fernanda Julio, Susana Julio e
Diego Souza, que foram de fundamental importância no Ministério Jovem, as minhas
amigas Milene Fernandes, Iandara Borges e Livian Neto, que me ajudaram com sua
orações. Quero deixar aqui a minha gratidão por todos vocês e por tantos outros amigos
que compartilharam desses anos de graduação.
A todos meus Professores na minha fase escolar que foram grandes
incentivadores, principalmente aos professores da Escola Risoleta Neves e aos
professores do Departamento de Educação Física-DEF, em especial o Professor
Orientador João Bernardino, por sua paciência e dedicação.
Obrigado a todos!
v
SUMÁRIO
RESUMO.........................................................................................................................VII
ABSTRACT....................................................................................................................VIII
LISTA DE ILUSTRAÇÕES............................................................................................... IX
LISTA DETABELAS...........................................................................................................X
LISTA DEGRÁFICOS........................................................................................................XI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS..........................................................................XII
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................1
2. JUSTIFICATIVA.............................................................................................................2
3. OBJETIVOS DO ESTUDO.............................................................................................3
3.1. OBJETIVO GERAL.......................................................................................................33.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................3
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................3
4.1 A ÁGUA NO MUNDO.................................................................................................34.2 A ÁGUA NO BRASIL..................................................................................................5
5. A ÁGUA E SEU USO ......................................................................................................65.1 O USO DA PISCINA NA PRÁTICA DA NATAÇÃO....................................................75.2 O USO DA PISCINA NA HIDROGINÁSTICA...........................................................................................................95.3 O USO DA PISCINA NA ATIVIDADE RECREATIVA OU LAZER............................................................................................................................10
6. PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DA ÁGUA...........................................................116.1 AS PROPRIEDADES DA ÁGUA...............................................................................11
7. PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS..........................................................................16
8. NATAÇÃO E OS RISCOS DE
INFECÇÕES..................................................................19
8.1 CLORAÇÃO.............................................................................................................20
9. METODOLOGIA..........................................................................................................19
9.1 TIPO DE PESQUISA....................................................................................................229.2 OBJETO DE AMOSTRA...............................................................................................22
10. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................25
11. CONCLUSÃO............................................................................................................38
12. REFERÊNCIAS..........................................................................................................39
vi
RESUMO
A água é uma fonte limitada, sendo usada de diversas maneiras, tanto para atividades
desportivas como para o uso do dia a dia. Mas para que ela seja usada no consumo
humano deve estar enquadrada na portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde. Devido
aos riscos de contaminações infecciosas, o seguinte trabalho tem como objetivo analisar
a qualidade da água utilizada em piscinas na prática de natação, hidroginástica e
atividades recreativas. A pesquisa é quantitativa, pois tem como características
demonstrar os resultados de uma determinada população, principalmente a do
município de Porto Velho. A pesquisa ocorreu em 3 locais diferentes, apenas um desses
locais possuía 2 piscinas, a qual chamaremos de piscina X, os demais possuindo 3
piscinas cada, denominadas como Y e Z. As coletas foram realizadas durante o primeiro
semestre de 2013, analisando a sua potabilidade, esta preocupação deu-se pelo fato de
que a água pode ser um agravante para transmissões de infecções aos usuários, nas
práticas recreativas, em aulas de natação, na prática de hidroginástica, no momento de
lazer ou em qualquer esporte de baixo e alto rendimento, que tenha a água como via de
condução. Toda água reservada também passa por uma analise de qualidade, assim
também não é diferente com a piscina, onde se deve manter o controle do pH, deixando
a água nítida e limpa, livre de qualquer risco biológico, para que os beneficiários possam
usufruir da piscina sem nenhuma ofensiva a saúde. O trabalho apresentado refere-se à
potabilidade das piscinas X, Y e Z, verificando os seus padrões físico-químicos e
microbiológicos, assim, os resultados indicam que, todas as coletas realizadas apenas a
piscina Y1 que possui o pH alterado e, na piscina Y3 com há grande quantidade de
amônia e cloretos elevados, o que indica que elas estão fora do padrão da potabilidade.
Em todas as amostras analisadas nenhuma apresentou contaminação por
microrganismos.
Palavras-chave: Qualidade da água; piscinas; parâmetros físico-químicos e microbiológicos.
vii
ABSTRACT
Water is a limited source, being used in a variety of ways, both for sports activities as for
day to day use but for it to be used for human consumption shall be framed in 2,914
Ordinance prosecutors. Due to the rich of infectious contamination, the following study
aims to analyze the quality of the water used in swimming pools in swimming, water
gymnastics and recreational activities. The research is quantitative as it has features like
demonstrate the results to a particular population, mainly in the city of Porto Velho. The
collections were made in 3 different locations, only one of those locations had 2 pools,
which we'll call X, the other pool with 3 swimming pools each, called as Y and Z. The
collections were made during the first period of 2013, analyzing their drinking, this
concern was that water can be an aggravating for users, infections in the recreational
practice in swimming lessons, water aerobics in practice, at the time of leisure or in any
sport of low and high performance, which has water as a means of driving. All the water
reserved also undergoes a review of quality, so too is no different with the swimming
pool, where you must keep the ph control, leaving the water clear and clean, free of any
biological risk, so that beneficiaries can enjoy the pools without any health offensive. So
the presented work refers to drinking the X, Y and Z, checking their physical-chemical
and microbiological standards. Of all the collections held only the pool pH changed the
Y1 and Y3 swimming pool with a large amount of ammonia and chloride, which indicates
that they are out of the drinking water standard. In all samples analyzed no
contamination by micro-organisms presented.
Keywords: water quality, physico-chemical and microbiological parameters.
viii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Terma............................................................................................................8
Figura 2 - Escherichia Coli............................................................................................17
Figura 3 - Coleta da água..............................................................................................23
Figura 4 - Imagem total da piscina................................................................................24
Figura 5 - Coleta na piscina semiolímpica.....................................................................24
Figura 6 - Imagem total da piscina semiolímpica...........................................................25
ix
LISTA DE TABELA
TABELA 1 - Padrão de aceitação para o consumo humano..........................................14
TABELA 2 - Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano..18
TABELA 3 - Piscina pequena X1....................................................................................26
TABELA 4 – Piscina Grande X2.....................................................................................27
TABELA 5 – Piscina infantil Y1......................................................................................28
TABELA 6 – Piscina semiolímpica Y2...........................................................................29
TABELA 7 – Piscina de hidroginástica Y3....................................................................30
TABELA 8 – Piscina infantil Z1......................................................................................31
TABELA 9 – Piscina semiolímpica Z2...........................................................................32
TABELA 10 – Piscina de hidroginástica Z3...................................................................33
x
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1- pH...................................................................................................34
GRÁFICO 2- Cloro...............................................................................................35
GRÁFICO 3- Amônia............................................................................................36
GRÁFICO 4- Cloretos...........................................................................................37
GRÁFICO 5- Comparativo....................................................................................37
xi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Art- Artigo
CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente
CESTEB – Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Básico e Controle de
Poluição das Águas
H- Hidrogênio
H2O- composição da água
Mg/L- miligrama por litro
NBR – Norma Brasileira
O- Oxigênio
ONU- Organização das Nações Unidas
OPS- Organização Pan-americana de Saúde
PH – Potencial hidrogênico
PNRH- Política Nacional de Recursos Hídricos
SBRT- Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas
Uh- Unidade Hazen
UT- Unidade de Turbidez
VMP- Valor máximo permitido
xii
1
1 INTRODUÇÃO
A água é uma substância inorgânica composta e de fundamental importância
para existência dos seres vivos, sendo a constituinte mais abundante da matéria viva
chegando a um percentual médio de 75% desta (PEZENTE apud LOPES, 2009).
Para Rigobelo apud Tominaga (2009), a água é essencial para a existência e
bem-estar do ser humano, devendo estar disponível em quantidade suficiente e boa
qualidade como garantia da manutenção da vida, além de ser ingerida em quantidade
superior a todos os outros alimentos.
É uma substância fundamental para ser humano, podendo ser utilizada de
diversas maneiras, até mesmo na prática da recreação, lazer ou em um esporte de
baixo ou alto rendimento, como a natação.
A natação é um dos esportes mais praticado no meio líquido, teve inicio com a
história da humanidade, são caminhos que se cruzam, pois não se sabe ao certo o seu
inicio. As civilizações mais antigas nos mostram vestígios, de algumas atividades
desenvolvidas no meio líquido pelos nossos ancestrais (CATTEAU & GAROFF, 1990).
A natação é um exercício importante e tem sido recomendado no mundo inteiro,
sendo um dos esportes preferidos por pessoas de várias idades e de ambos os sexos,
principalmente em regiões como a nossa, onde o verão se prolonga por vários meses e
é bastante intenso (MENDONÇA & RUFF,1978). É um dos exercícios mais praticados,
entretanto, não é tão enfatizado nas escolas de ensino regular.
A qualidade da água é de fundamental importância para a prática da natação ou
qualquer outra atividade no meio líquido, além disso, o meio aquoso é agradável e
proporciona um bem estar físico, mental e social. O meio aquoso deve propor ao usuário
qualidade, caso o mesmo não preencha os requisitos da portaria 2.914/11 do Ministério
da Saúde, pode gerar alguns problemas de saúde. A água estando armazenada de forma
inadequada ou não sendo trata, pode causar alguns danos, como irritações na pele, por
isso a água necessita de rigoroso tratamento e manutenção do nível de pH (potencial
hidrogênico) para eliminar microrganismos e garantir a saúde de quem a usa
(MARIETTO, 2008).
Uma das maiores prioridades que se deve ter com as práticas aquáticas é o
cuidado com a qualidade da água, com a manutenção. Muitos proprietários não dão
total valor às condições da água armazenada, além de termos a Portaria 2.914/11 do
Ministério da Saúde que fala das condições exigidas, temos um documento das Normas
Brasileiras NBR 10818/89, que deixa bem claro como deve ser as condições físico-
químicas e microbiológicas da água.
2
Se a água não oferecer uma qualidade adequada haverá alguns riscos de
infecções como: conjuntivites infecciosas, inflamação do orofaringe, afecções de pele,
síndromes disentéricos e outras entre os usuários de piscinas ( MENDONÇA & RUFF,
1978).
A Portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde, estabelece que a água deve estar nos
padrões exigidos para o consumo, passando por analises pela própria concessionária ou
a permissionária. No Art. 2º afirma que toda água destinada ao consumo humano deve
obedecer ao padrão de potabilidade e está sujeita à vigilância da qualidade da água.
Com o enfoque exposto anteriormente, elaborou-se a seguinte pergunta do
problema da pesquisa: “Qual a qualidade da água nas piscinas de Porto Velho”. Sendo
estas utilizadas para atividades aquáticas, como natação, hidroginástica e atividades
recreativas.
2 JUSTIFICATIVA
As atividades aquáticas vêm se destacando pelo enfoque da mídia e pelas
grandes conquistas de nossos atletas, e por este motivo, muitas escolas de natação vêm
ganhando evidência, e a procura por essa modalidade esportiva tem aumentado.
Lembrando que os grandes nadadores iniciaram a prática da natação com o uso de
piscinas públicas ou semi-públicas, sendo suscetíveis a quaisquer doenças
transmissíveis por via hídrica, o que hoje não é diferente.
Atualmente, mesmo um grande atleta, se não tiver um treinamento em ambientes
adequados, que lhe proporcione segurança, como uma piscina com a água dentro dos
parâmetros do Ministério da Saúde, poderá ter riscos de infecções. É claro, que para
grandes atletas os treinamentos têm qualidade diferenciada, pois os patrocinadores lhe
favorecem uma estrutura de maior qualidade, isso não seria diferente aos atletas de
natação.
Os pais geralmente procuram matricular os seus filhos para que os mesmo
aprendam a nadar e não corram riscos nas águas, sem contar a busca desse esporte por
indicação médica, em casos de bronquite, problemas respiratórios (LIMA, 1999). Mas não
há uma grande preocupação se o lugar para a prática da atividade aquática esta de
acordo com os padrões necessários.
Mesmo sendo um grande atleta ou um iniciante, a prática da natação deve-se
seguir o que diz a antiga portaria 518/04 e a nova portaria 2.914/11 do Ministério da
Saúde, NBR 10108/89, CONAMA 357, pois não existem prioridades a atletas, todos são
3
consumidores, e todos são suscetíveis a qualquer infecção transmitida pela via hídrica,
então, cabe ao estabelecimento seguir a normas exigidas.
A preocupação está na qualidade da água, na exposição de alunos e profissionais
de manutenção, procurando sempre observar o estado físico-químico e microbiológico da
mesma, para que esta esteja nas condições necessárias á pratica esportiva ou
recreativa, sendo assim, benéfica aos seus sócios e associados.
Sendo assim, vendo que a água e de fundamental importância principalmente
para o consumo humano, e ainda para a prática aquática, houve a preocupação em
analisar e comparar a água coletada das piscinas de clubes, onde são desenvolvidas
atividades como natação, hidroginástica e atividades recreativas, verificando se as
mesmas estão de acordo com a portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde.
3 OBJETIVOS DO ESTUDO
3.1. Objetivo Geral
Analisar a qualidade da água em piscinas de natação, hidroginástica e atividades
recreativas de acordo com a portaria 2.914/11 Município de Porto Velho.
3.2. Objetivos Específicos
Verificar os parâmetros físico-químicos das piscinas;Analisar o parâmetro microbiológico das piscinas;Mostrar a qualidade da água das piscinas do estudo.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 A água no Mundo
Sabemos que a água é a principal fonte de vida que temos no mundo, tanto para
o homem como para qualquer ser vivente. Essa substância essencial para o nosso
planeta é composta por dois átomos de H (hidrogênio), com um átomo de O (oxigênio),
formando assim a molécula de água H2O. É a substância mais abundante do planeta.
A água pode ser encontrada de diversas maneiras em seu estado físico, sólido
(geleiras), líquido (rios, mares e oceanos) e gasoso (vapor), cerca de 70% da terra e
coberta por água, sendo que apenas 3% são de água e doce, desse total, 98% estão na
condição subterrânea (GOMES, 2011).
Segundo Bettega apud Galette (2006), cerca de 95,1% da água do planeta é
salgada, imprópria para o consumo. Dos 4,9% restantes, 4,7% estão na forma de geleiras
4
ou regiões subterrâneas de difícil acesso, e somente os 0,147% estão aptos para o
consumo em lagos, nascentes e lençóis freáticos.
A água é utilizada de diversas maneiras, sua principal utilização é na agricultura
existindo outras fontes de utilização como: abastecimento doméstico, abastecimento
industrial, irrigação, agricultura, preservação da fauna e flora, recreação e lazer,
paisagismo, geração de energia, navegação, diluição de despejos.
Estima-se que um bilhão de pessoas carece de acesso a um abastecimento de
água. Segundo o registro das Organização Pan-americana de Saúde (OPS), uma pessoa
precisa de 50 litros de água por dia para a sua sobrevivência, no mínimo, podendo
sobreviver com tranquilidade com 200 litros (ONU, 2010).
No artigo “Água: sem ela seremos o planeta Marte amanhã”, Gomes (2011) traz
alguns registros, como há desrespeito à população e à qualidade de vida. Há grande
necessidade de utilizar a água de maneira correta, por ser uma fonte finita. Cerca de 1/6
da população mundial, mais de um bilhão de pessoas não possuem água potável, 40%
não tem saneamento básico.
Gomes (2011), relata que 8 mil crianças morrem diariamente devido a doenças
ligadas à água insalubre, ao saneamento e higiene deficiente. GOMES apud ONU (2011)
“Organização das Nações Unidas”, até 2025, se os atuais padrões de consumo se
mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer escassez moderada ou
grave de água.
Sabemos que a água é fundamental para a população, por isso devemos
preservar pela sua qualidade. Uma água infectada pode levar a sérios ricos de saúde,
principalmente em crianças menores de 1 ano de idade: cerca de 30% de crianças
morrem com menos de 1 ano de idade por infecções como diarréia, 80% das
enfermidades no mundo são causadas por águas contaminadas (ALVES, 2003).
Segundo Teixeira (2005), a carência de infra-estrutura sanitária é responsável
pela alta mortalidade por doenças de veiculação hídrica e por um grande número de
mortes evitáveis a cada ano. Assim, um bom saneamento básico evitaria um grande
índice de infecção, o mesmo ocorre também com as piscinas.
Comemoramos o Dia Internacional da Água em 22 de março, este dia foi criado
para maior conscientização da utilização deste recurso, por ser uma fonte finita, teme-se
que futuramente que a água seja um motivo de guerra. Segundo Gomes (2011), hoje os
países lutam pelo petróleo, mas não esta longe o dia em que a água será devidamente
reconhecida como o bem mais precioso da humanidade.
5
Caso houvesse de fato, esta consciência a respeito da utilização da água,
alguns desses danos, às vezes irreversíveis, poderiam ser evitados de forma eficaz para
que no futuro próximo não haja escassez da mesma.
O nosso planeta possui 1,4 milhões de metros cúbicos de água,2,5% desse total é de natureza doce. São rios, lagos, reservatórios deonde a humanidade retira o que consome, 0,26% correspondem a esteconsumo. Existe uma grande preocupação com a prevenção dosrecursos hídricos, pelo consumo irregular, 10% da água disponibilizadapara o consumo são destinados ao abastecimento público, 23% para aindústria, 67% para a agricultura (GOMES, 2011, p 2).
4.2 A água no Brasil
O Brasil é o país com o maior recurso hídrico do mundo, principalmente na região
Norte. Apenas o nosso país detém 53% do manancial de água doce disponível na
América do Sul e possui o maior rio do planeta, o rio Amazonas (CERQUEIRA, 2008). O
nosso país é privilegiado no que diz a respeito à quantidade de água. Tem a maior
reserva de água doce do planeta, ou seja 12% do total mundial (GOMES, 2011).
Hoje, mesmo tendo o maior recurso hídrico do mundo sofremos com a escassez
de água potável em alguns lugares, devido à geografia do nosso território, pois a maior
concentração de água está na região Norte, em torno de 72%, na região Centro-Sul
encontra-se cerca de 27% e apenas 1% na região Nordeste, onde mais sofre de seca
(CERQUEIRA, 2008).
Em nosso país a uma grande escassez de água, a região nordeste e a que mais
sofre com esta falta de recurso hídrico, mas hoje a grande falta está não somente pela
circunstâncias territoriais, mais, sim, pela falta de saneamento básico, existem lugares
que têm grandes recursos, porém não oferece uma qualidade em suas fontes, por não ter
um tratamento de rede de esgoto, por não oferecer uma coleta regular e adequada. Com
isso os rios e lençóis freáticos são as primeiras fontes hídricas a serem contaminadas.
A Resolução Normativa nº357/05 do CONAMA estabelece a classificação das
águas, segundo a sua utilização, definindo os parâmetros de qualidade a serem
atendidos para cada classe. A PNRH (Política Nacional de Recursos Hídricos)
estabelece, em seu artigo 1º que a água é um bem de domínio público e que é um
recurso natural limitado, dotado de valor econômico.
Segundo Rodrigues apud Pompeu (2005) apresenta o Direito das Águas como o
conjunto de princípios e normas jurídicas que disciplinam o domínio, uso, aproveitamento
e a preservação das águas, assim como a defesa de suas danosas consequências.
A pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB 2000(IBGE) apresenta os números da grande inadequação do atendimentodos serviços de saneamento ambiental no Brasil: há cerca de 18 milhões
6
de pessoas sem acesso ao abastecimento público de água nas cidadese, 93 milhões sem coleta de esgoto. Na área rural, em termos relativos, asituação é critica. Segundo estudo de demandas, elaborado pelaSNSA/M Cidades, é necessário atender 13,8 de milhões de pessoas comrede de distribuição de água e 16,8 milhões de habitantes com sistemasde esgotamento sanitário. (RODRIGUES apud OLIVEIRA, 2005, p 89).
O saneamento básico é responsável pelo o controle dos fatores físico do homem
que podem prejudicar a saúde, com isso a água que é um bem de todos se não for
cuidada desde a sua origem até o seu destino final, pode ser um bem não tão favorável a
sua saúde.
Para que a água esteja em perfeitas condições precisa seguir o que diz o Art.4º
inciso I da portaria 518/04 do Ministério da Saúde, que fica determinado, que a água para
o consumo deve seguir os parâmetros microbiológicos, físico, químicos e radioativos
atendendo a potabilidade e que não ofereçam risco à saúde.
5 A ÁGUA E SEU USO
A água pode ser usada de diversas maneiras, e sua maior utilização é no uso
abastecimento doméstico, industrial e irrigação agrícola, já algum tempo vem cedo
utilizada de forma desordenada, porém, a população não se conscientizou que é uma
fonte finita.
Outra forma de uso desse recurso é a recreação e o lazer a qual daremos maior
foco. A CONAMA na Resolução nº 357/05 classificou no recursos hídricos, a água
utilizada para fins recreativos (natação, esqui, hidroginásticas e etc) classifica-se como:
Classe 1.
Para Mendonça & Ruff(1978), a água além de ser um componente essencial para
a sobrevivência, também é utilizada como fonte de lazer, inclusive em regiões quentes,
na qual o verão é intenso e prolongado.
A natação também se classifica como uma prática de lazer e vem crescendo a
cada ano, o seu meio condutor é a água represada em um tanque, que, em um conjunto
de instalações, denominamos “piscina”.
Segundo Candido apud Macedo (2008), a água e de grande importância para o
lazer e cita por definição de piscinas, um conjunto de instalações, desde equipamentos
de tratamento de água, casa das máquinas até tobogãs e arquibancadas, conforme a
necessidade.
Entende-se como piscina a estrutura e as instalações destinadas a banhos,
prática de esportes, atividades aquáticas e de uso terapêutico, incluindo os equipamentos
7
de tratamento de água, casa de bombas, vestiários e todas as demais instalações
necessárias ao seu uso e funcionamento (GUIA DA ANVISA, 2009).
Para Macedo (2009) a palavra piscina vem do latim que significa “viveiro de
peixes”, ou como já conhecemos, como grande tanque com instalações próprias para o
aprendizado ou prática da natação e outras atividades aquáticas.
Conforme o Art. 9º do projeto da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), as piscinas se classificam da seguinte maneira:
a) Piscinas particulares: utilizadas exclusivamente por seu
proprietário e pessoas de suas relações.
b) Piscinas coletivas: utilizadas em clubes, condomínios
escolas, entidades, associações, hotéis, motéis e similares.
c) Piscinas públicas: utilizadas pelo público em geral e
administradas por órgãos governamentais.
d) Piscinas terapêuticas: destinadas a processos de tratamento
de certos agravos à saúde.
5.1 Uso da piscina na prática da natação
A natação no Mundo teve inicio com a civilização, existem poucos documentos
relatando o surgimento da natação na antiguidade. “O mais antigo documento da história
da natação é um selo de barro encontrado no Egito, cuja data situa-se entre 09 a 04 mil
anos a.C.” (SANTOS apud WILKE, 1996). Percebemos que é difícil precisar seu inicio,
pois sua origem, muitas vezes, se confunde com a própria origem da humanidade,
(SANTOS, 1996).
O saber nadar era mais uma arma de que o homem tinha para sua sobrevivência.
Os povos mais antigos como os assírios, egípcios, fenícios, ameríndios, eram exímios
nadadores. Muitos dos estilos do nado desenvolvidos, a partir das primeiras competições
esportivas realizadas no século XIX, basearam-se no estilo de natação dos indígenas da
América e da Austrália.
Os gregos, já cultuavam a beleza física pela imagem de seus deuses, com o
aprendizado da natação fizeram dessa prática, um dos exercícios mais importantes para
o desenvolvimento harmonioso do corpo. Acredita-se que nesta época as competições já
eram praticadas: aos melhores nadadores eram erigidas estátuas.
Para os romanos não era cultuado a imagem da beleza, mas sim do preparo
físico, o esporte também era incluído no treino dos guerreiros. Em Roma, a natação era
mais um método e preparação física do povo, incluído entre as matérias do sistema
8
educacional romano. Eram praticadas em magníficas termas, construções suntuosas
onde ficavam as piscinas, de tamanho variável, sendo que, as comuns mediam 100x25
metros.
Fonte: Wikipédia
Figura 1- Terma
“A presença de nadadores nos exércitos sempre aumentou consideravelmente o
poder ofensivo” (CATTEAU & GAROFF, 1990). A prática do saber nadar tornou-se
obrigatória para os cavalheiros da época medieval. Durante as cruzadas, esta arte de
nadar já não era mais praticada. (SANTOS, 1996).
Durante o período da queda do império Romano, a natação teve um tempo de
esquecimento, pois se temia que a modalidade propagasse epidemias. Com o
Renascimento essas noções começaram a cair em descrença, surgindo então varias
piscinas públicas, a primeira sendo em Paris, construída no reinado de Luís XIV.
A natação começou a ser difundida somente após a primeira metade do século
XIX que começou a progredir como desporto, realizando-se as primeiras provas em
9
Londres, em 1837. Várias competições foram organizadas nos anos subsequentes e em
1844 alguns nadadores norte-americanos atuaram em Londres, vencendo todas as
provas.
Mas a natação teve um grande destaque a partir de 1896, quando o uso de
piscinas ficou mais popular pelos Jogos Olímpicos de Atenas. Com o passar dos anos
essa modalidade se tornou mais acessível à comunidade, de modo que se tornou um
elemento vinculado à saúde, à recreação, e ao equilíbrio pisico-social de seus
frequentadores (SUEITT apud MACEDO, 2009)
Consequentemente a qualidade da água não os favorecia muito, por não ter o
sistema de cloração, limpeza, circulação e filtração por bomba, nenhum desses recursos,
com isso a proliferação microrganismo, de infecções era um grande risco.
5.2 O uso da piscina na hidroginástica
A hidroginástica é uma atividade muito praticada por diversas faixas etérea, os
maiores cuidado são com idosos e gestante. É uma atividade de baixo impacto pela
densidade da água, ela favorece um condicionamento cardiorrespiratório e
neuromuscular, podendo ser praticada em águas temperadas (com aquecedores) ou em
sua forma natural.
Assim como a natação, ela e uma atividade bem antiga, sendo uma tradição
milenar entre os romanos, eles transformavam os banhos terapêuticos em práticas
corriqueiras. Na Grécia, qualquer cidade possuía balneário público e os gregos chegaram
a ter onze termas publicas (DELGADO & DELGADO,2004).
A hidroginástica antes de se tornar uma atividade tão conhecida teve inicio como
banho terapêutico em 460 a 375 a.C., sendo difundida pelo médico Heródo (446 a.C.),
médico grego que escreveu sobre o tratado sobe as águas quentes e sobre saúde, outros
precursores também existiram como Hipócrates (460 a 375 a.C), e Homero (446 a.C),
que utilizou o banho para reanimar os soldados. Arquimedes era um dos adeptos ao
banhos terapêuticos (DELGADO & DELGADO, 2004).
Segundo Rocha (2001), os povos antigos já utilizavam a água e sabiam da sua
importância. Com o passar do tempo, a água sofreu evolução expressiva. Os gregos a
utilizavam para fins de profilaxia, os japoneses sempre valorizam a água, os espanhóis e
alemães têm maior domínio cientifico nas atividades físicas desenvolvidas na água, já os
americanos vêm se aprofundando cada vez mais nesse assunto com objetivos de
treinamento desportivo.
10
Para Figueiredo (1999), os valores térmicos eram mais que importantes, pois
desempenham um papel fundamental em diversos estímulos mecânicos e químicos.
Quando ela se encontra em uma temperatura mais elevada, tem a função de dilatar os
vasos sanguíneos e relaxar a musculatura.
Já na Portaria 2.914/11 fala sobre a potabilidade da água, sendo bem especifico
sobe os parâmetros ao consumo, por isso não deve ter excesso de suas composições,
ela estando contaminada é prejudicial ou com cloração muito elevada reduziria os fatores
terapêuticos que ela contém, por isso deve-se ter todo cuidado com sua potabilidade, e
sua manutenção, principalmente nas piscinas, onde se tem um contato com a pele e com
fato de uma ingestão.
O que mais agrava na questão da potabilidade em piscinas são os equipamentos
utilizados nas aulas de hidroginástica ou materiais utilizados em natação, na
hidroginástica os equipamentos mais comuns são: jump’s, step’s, macarrões, halteres,
bikes, luvas, caneleiras, esses materiais podem ser um fator contaminante, os mesmos
podem proliferar organismos contaminantes, quando armazenados em ambientes
inadequados.
5.3 O uso da piscina na atividade recreativa ou lazer
As atividades recreativas têm o caráter de inclusão social. Com o objetivo de
incluir aos participantes nas atividades, proporcionando que o mesmo participe e faça
novas amizades.
No âmbito social permite maior interação com as demais pessoas, promove o
crescimento social, ampliando o circulo das relações sociais, através de novas amizades,
e possibilita o desenvolvimento do espírito comunitário (LORDA, 2004).
Segundo Ferreira (2003), recreação vem do latim recreare e significa criar
novamente, no sentido positivo, ascendente e dinâmico. O recriar pode acontecer em
qualquer ambiente, principalmente na água, dentro de uma piscina, lugar que é agradável
e refrescante, torna a brincadeira mais agradável.
Para Ferreira (2003), a verdadeira recreação contém os elementos naturais em
nível construtivo e com objetivos definidos. Toda atividade recreativa deve ter um
objetivo, ela é planejada para algum desenvolvimento, em nosso caso ela ajudará no
desenvolvimento na prática da natação, porem é uma atividade livre.
Recreação= Play, que é uma palavra palavra inglesa que significa prazer,
representa uma atividade que é livre, espontânea, na qual o interesse se mantém por si
11
só sem nenhuma compulsão interna ou externa, de forma obrigatória ou opressora, afora
o prazer, proporcionando um bem estar aos praticantes, (CIVITATI, 2006).
A recreação e um das classificações do lazer, segundo Listello (1979) o lazer é
uma necessidade fundamental, permite a todos, criança, jovens e adultos a oportunidade
de participação em atividades de sua escolha, individualidade, em família, com amigos,
ou coletivamente, conforme o gosto e o caráter de cada um.
Mesmo neste contexto de lazer é necessário que se tenha uma qualidade da
água, principalmente com crianças que podem acidentalmente inalar a água, ou
mergulhar de olhos abertos, o que se torna um grande risco de infecções, caso a água
possua algum contaminante.
6 PARÂMETROS FÍSICOS-QUÍMICOS DA ÁGUA
A qualidade da água é vulnerável às condições ambientais a qual está exposta e,
portanto, na maioria das vezes, é necessário um tratamento para torná-la potável. O
tratamento convencional inclui várias etapas, a saber: coagulação – floculação –
decantação – filtração – desinfecção - fluoretação, uma vez que este utiliza produtos
químicos, podendo permanecer resíduos na água final, o que gera problemas para a
saúde do consumidor (RIGOBELO, 2009).
Quando o assunto é água, devemos observar a sua qualidade, as suas condições,
se há organismos microbiológicos, analisando sua coloração, se há odor, sabor, pois a
qualidade da água trará saúde ao usuário, principalmente quando se refere a piscinas,
sendo ela um lugar propicio para proliferação de algumas patologias.
Segundo Candido (2008), a água utilizada na piscina necessita respeitar
padrões de qualidade, adequadas para o uso e caso a água esteja contaminada por
microrganismos patogênicos, o individuo será infectado apenas com o contado, inalação
ou ingestão e provocará doenças de sérios riscos a saúde.
Para Bonatto (2010), muitas evidências têm comprovado a relação entre
problemas de saúde e a qualidade das águas destinadas à recreação. A exposição a
contaminantes pode ocorrer por inalação, ingestão, ou pelas vias dérmica e cutânea.
A analise das águas em piscinas realizadas pelos parâmetros físico-químico e
biológicos. As características físicas são associadas à temperatura, turbidez, cor, odor,
sabor e sólidos, já os parâmetros químicos tem por características o pH, alcalinidade, a
cloração, e os parâmetros biológicos são responsáveis pelos microrganismos, como alga
e coliformes (ALVES, 2003).
12
6.1 As propriedades da água
Temperatura: A temperatura é uma condição ambiental muito importante em
diversos estudos relacionados ao monitoramento da qualidade de águas e a intensidade
de calor, ela pode variar por fontes naturais (energia solar) e fontes antropogênicas
(despejos industriais e águas de resfriamento de máquinas) (PEVILI, 1996).
Para piscinas aquecidas artificialmente elas devem ser mantidas próximas a 28ºC
no máximo 35ºC, pois a temperatura deve ser agradável ao usuário, principalmente em
nossa cidade, onde as temperaturas são bem elevadas, uma região onde poucas vezes
no ano tem temperaturas baixas. A temperatura da piscina deve propor conforto, pois a
água quente pode ser um fator desestimulante, ela influência diretamente no
cardiorrespiratório. E caso a temperatura esteja muito elevada pode ajudar na
proliferação de algumas bactérias saprófitas (SBRT, 2007).
Sabor e odor: Sabemos de fato que a água não deve ter cor, sabor e odor, se
nas piscinas for encontrado alguns desses parâmetros físicos a olho nu, significa que
essa água certamente terá fatores contaminantes. Geralmente são de causas naturais
por organismos como fungos, algas, vegetação em decomposição, bactérias, compostos
orgânicos como o sulfato e cloretos. A percepção do sabor vem em decorrência do odor
da água (PIVELI, 1996).
Turbidez: É uma interferência da passagem da luz através do líquido. Representa
a concentração de partículas (ou organismos) em suspensão, diminuindo a sua
transparência, aumentando a sua turvação (SBRT, 2007).
A turbidez é uma característica da água devido à presença de partículassuspensas na água com tamanho variando desde suspensõesgrosseiras aos colóides, dependendo do grau de turbulência. A presençade partículas insolúveis do solo, matéria orgânica, microorganismos eoutros materiais diversos provoca a dispersão e a absorção da luz,dando à água um aparência nebulosa, esteticamente indesejável epotencialmente perigosa, turbidez acima de 5 ppm , torna a águainsatisfatória para potabilidade. A unidade da turbidez é dada em ppm deSiO2(mg/l) (MORGADO, 1999, p 15 ).
Cor: A água da piscina deve ser incolor, qualquer coloração pode ser indicativo de
algum tipo de contaminantes. A cor das águas é produzida pela reflexão da luz em
partículas minúsculas, inferiores a 1 mm – denominadas colóides – finamente dispersas
no meio aquoso (PIVELI, 1996).
PH: Segundo SBRT (Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas) representa a
intensidades das condições da água se ela está ácida ou alcalina de mais, por meio dos
íons H+, o valor do pH varia.
pH< 7 faixa ácida;
13
pH = 7 ponto neutro;
pH> 7 faixa alcalina.
O equilíbrio físico-químico das águas das piscinas é atingido quando o valor do pH
estiver entre 7,2 e 7,8. Este pH ajustado trará mais conforto aos usuários como:
Evita irritação nos olhos Desinfecção da água
Alcalinidade: A alcalinidade é causada por sais alcalinos, principalmente de sódio e
cálcio; mede a capacidade da água de neutralizar os ácidos; em teores elevados, pode
proporcionar sabor desagradável à água, tem influência nos processos de tratamento da
água. Uma água alcalina Indica uma grande concentração de ânions de sais de ácidos
fracos e álcalis cáusticos, livres presentes na água. A alcalinidade tem grande
importância para a coagulação química, que é a adição de coagulantes como sal de
alumínio, isso provoca a diminuição do pH pela liberação de íons H+ ao meio aquoso
(SBRT, 2007).
Dureza: Segundo o Dossiê Técnico Tratamento e Controle da Água de Piscinas da
SBRT (2007), relata que a dureza consiste na presença de sais alcalinos terrosos (cálcio
e magnésio), ou de outros metais bivalentes, em menor intensidade, essas substâncias
causam um sabor desagradável e efeitos laxativos. Ela pode ser classificada como:
Dureza Temporária e Dureza Permanente.
A dureza temporária, ou dureza carbonato, é quimicamente equivalente aos
bicarbonatos presentes na água, correspondendo à alcalinidade. É denominada
temporária, porque ao serem fervidas o cálcio e o magnésio precipitam na forma de
carbonato insolúvel (SBRT, 2007).
Uma água dura é propicia para o acumulo de incrustações nos túbulos e filtros de
piscinas, o uso de produtos à base de cálcio aumenta a dureza da água, para diminuir
esta dureza deve-se escoar parte da água reservada no tanque e repor esse volume com
a água do sistema de abastecimento.
Conforme o Art. 16 da Portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde diz que a água
tem seus pré-requisitos para o consumo, suas propriedades são exigidas pela tabela
abaixo:
14
1– TABELA - Padrão de aceitação para o consumo humano.
PARÂMETRO UNIDADE VMP(1)Alumínio mg/L 0,2
Amônia (como NH3) mg/L 1,5Cloreto mg/L 250
Cor Aparente uH(2 15Dureza mg/L 500
Etilbenzeno mg/L 0,2Ferro mg/L 0,3
Manganês mg/L 0,1Monoclorobenzeno mg/L 0,12
Odor - Não objetável(3Gosto - Não objetável(3Sódio mg/L 200
Sólidos dissolvidos totais mg/L 1.000Sulfato mg/L 250
Sulfeto de Hidrogênio mg/L 0,05Surfactantes mg/L 0,5
Tolueno mg/L 0,17Turbidez UT(4) 5
Zinco mg/L 5Xileno mg/L 0,3
Fonte: Portaria 518/04 Ministério da Saúde
NOTAS: (1) Valor máximo permitido.
(2) Unidade Hazen (mg Pt–Co/L).
(3) critério de referência
(4) Unidade de turbidez.
Amônia: A amônia ou nitrogênio amoniacal pode estar presente em água natural, em
baixos teores, devido ao processo de degeneração biológica de matéria orgânica animal
ou vegetal. Uma forma de contaminação por amônia em piscinas é pela urina presente na
água. Segundo Cavalcante (2006), se uma pessoa liberar 50ml de urina, esta
corresponderá a 50ml de amônia liberados na água, a amônia tem o poder de alterar o
valor do pH, fazendo com que se torne mais elevado, sendo assim nutrientes para
microrganismo patogênicos.
Ferro: O Ferro é encontrado na natureza na forma de óxido e em minerais onde ele
aparece combinado com silício ou enxofre. O teor de Ferro solúvel em águas superficiais
raramente ultrapassa 1 mg/l. As águas subterrâneas podem ter um teor de ferro mais
elevado devido ao contato com substratos vizinhos. Uma grande concentração de ferro
na água pode ser percebida pela presença de odor, sabor, o que é desagradável ao
consumo e podem ser causa de manchas em roupas ao serem lavadas com águas com
grande índices de ferro. O Ferro interfere na turbidez e cor da água. Altas concentrações
em águas superficiais podem indicar a contaminação por efluentes industriais ou
15
efluentes de minerações. Em sistemas que utilizam encanamentos de Ferro, uma alta
concentração desse elemento pode indicar corrosão (ALVES, 2003).
Sulfato: Sal de ácido sulfúrico. Em regra, os sulfatos são compostos estáveis,
formados em cristais. A maioria é bastante solúvel em água, embora sulfatos como os de
bário, estrôncio e chumbo não se dissolvam em água (INFOPÉDIA, 2003).
Zinco: O zinco é comum nas águas naturais e é fundamental para o crescimento,
porem a sua alta concentração pode dar sabor à água e uma certa opalescência à água
alcalina. Os padrões para o abastecimento indicam como 5,0mg/L sendo o seu valor
máximo.
Cloretos: Os cloretos em maior e menor escala contem íons resultantes da
dissoluções de minerais, os cloretos são oriundos da dissoluções de sais. O cloreto pode
ser encontrado também na urina, cada pessoa expele cerca de 6g de cloreto por dia. O
cloreto produz um sabor salgado na água, conforme os padrões de potabilidade o seu
valor tolerado é de 250mg/L.
Cloro livre: O cloro livre disponível, este sim, é o indicativo de que a piscina não só
está sanitizada, como também possui uma “reserva” de cloro para eliminar futuras
contaminações que venham a ocorrer (DELGADO, 2006).
Cálcio: Segundo INFOPÉDIA (2003) o cálcio (Ca) é um elemento químico
pertencente ao grupo dos metais, possui uma coloração branco-prateada e tem uma
textura mole. O cálcio não se encontra em estado livre, mas sob a forma de compostos, é
o quinto elemento mais abundante da crosta terrestre, da qual representa 3,4%, aparece
sob a forma de calcário e mármore, como a dolomite.
A água, na Natureza, não é H2O puro. Na realidade, contémdiversos sais dissolvidos em diferentes concentrações. Uma parteimportante destes sais é o bicarbonato de cálcio (Ca(HCO3)) e sulfato decálcio (CaSO4). Quanto maior for a concentração destes sais, tanto maisdura é a água. Para traduzir a dureza da água, determina-se o peso dosiões de cálcio que contém. Ao ferver a água, o bicarbonato de cálcio, solúvel, transforma-se emcarbonato de cálcio (CaCO3), insolúvel, que precipita. Por este motivo,os recipientes onde se ferve a água costumam apresentar uma camadade carbonato de cálcio, o sarro. Pelo contrário, o sulfato de cálcio não sealtera com a ebulição e continua dissolvido na água (durezapermanente). Pode tornar-se menos dura uma água fazendo-a passaratravés dos chamados permutadores de iões (INFOPÉDIA 2003).
Manganês: Assim como o ferro o manganês tem as características de manchar as
roupa, mancha em aparelhos sanitários, como dar odor e sabor a água, mesmo sendo
em baixas condições. Esses metais se encontram na forma reduzida que são solúveis,
quando expostos aos oxigênios ou outro oxidantes eles se tornam insolúveis deixando a
água com uma coloração amarronzada.
16
Oxigênio consumido: Quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria
orgânica carbonada da amostra (NBR, 10739).
Oxigênio livre: Oxigênio que não se agrupou a outro íon.
7 PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS
Uma piscina que não possui uma estrutura adequada para os parâmetros
relacionados anteriormente tem sérios problemas e pode levar o usuário a possuir algum
tipo de infecção, os ricos biológicos mais comuns são infecções na pele, nos olhos,
gastro intestinais.
Conforme a normas da ABNT, a NBR 10818, os parâmetros biológicos se
enquadram no seguinte: Quando da ocorrência de epidemias, ou quando a situação o
exigir, recomenda-se a verificação de outros parâmetros como, por exemplo, a ausência
dos seguintes agentes patogênicos:
Pseudômonas aeruginosa: Organismos relacionados cominfecções de ouvidos e olhos (otites, conjutivites).
Cândida albicans: Organismos relacionados com infecções dapele (micose).Contando que os riscos biológicos devido às bactérias.
Adenovirus: Causadores de doenças que envolvem o tratorespiratório e os olhos. Presentes nas secreções oculares e nasais(NBR, 10818/89).
As bactérias do grupo coliforme têm sido utilizadas há vários anos na avaliação da
qualidade microbiológica de amostras ambientais. (CESTEB apud ROMPRÉ & TALLON,
2008).
Conforme a Portaria 518 (2004):Coliformes totais (bactérias do grupo coliforme) - bacilos gram-
negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores deesporos, oxidase-negativos, capazes de desenvolver na presença desais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose comprodução de ácido, gás. Sendo que a maioria do grupo coliformespertence ao gênero Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter.
Os coliformes tolerantes determinados pelo Art.4 da Portaria 518/04, tem as
seguintes características: é considerado um subgrupo das bactérias do grupo coliforme,
que fermenta a lactose em 44º-45ºC, em 24 horas tendo Escherichia Coli, de origem
fecal.
Algumas bactérias do grupo dos coliformes, que são capazes de fermentar a
lactose em temperaturas mais elevadas, de 44°C a 45°C, foram por muito tempo
denominadas “coliformes fecais”, pois acreditava-se que sua origem era exclusivamente
fecal. Dentre essas bactérias, o gênero predominante é Escherichia (CESTEB, 2008).
17
Fonte: Wikipédia
Figura 2- Escherichia Coli
De acordo com a Portaria 2.914/11 a água deve ser analisada pelo seguinte
padrão:
2 - TABELA
Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano.
PARÂMETRO VMP(1)
18
Água para consumo humano (2)
Escherichia coli ou coliformes
termotolerantes(3)
Ausência em 100ml
Água na saída do tratamentoColiformes totais Ausência em 100mlÁgua tratada no sistema de distribuição (reservatórios e rede)Escherichia coli ou coliformes
termotolerantes(3)
Ausência em 100ml
Coliformes totais Sistemas que analisam 40 ou mais
amostras por mês:
Ausência em 100ml em 95% das amostras
examinadas por mês; Sistemas que
analisam menos de 40 amostras por mês:
Apenas uma amostra poderá apresentar
mensalmente resultado positivo em 100mlFonte: Portaria 518/04 do Ministério da Saúde
NOTAS: (1) Valor Máximo Permitido.
(2) água para consumo humano em toda e qualquer situação, incluindo fontes individuais como poços, minas,
nascentes, dentre outras.
(3) a detecção de Escherichia coli deve ser preferencialmente adotada.
Á água considerada potável pela portaria 2.914/11 e 518/04 deve-se seguir os
requisitos mencionados acima, pela tabela 2. A água deve estar livre de qualquer
coliforme, sendo própria para o consumo, essa portaria cabe também quanto ao uso de
piscinas, pois os usuários podem ingerir ou inalar a água contaminada sem que haja a
intenção de consumi-la, preservando assim o sócio e associado.
A tabela demonstra que a água em sua condição de uso, tem que estar em sua
potabilidade, isso quer dizer, livre de Escherichia coli, coliformes termotolerantes e fecais,
tanto a água de abastecimento, saindo de sua origem até o destino final, como a água já
reservada, no caso a piscina, passando por um tratamento adequado para manter sua
potabilidade.
Caso haja algum surto ou epidemia, segue-se o que está determinado pela NBR
10818, o que seria um analise mais adequada para a situação, determinando assim, os
fatores patogênicos que se proliferam na água reservada, que em nosso caso, refere-se
as águas de piscinas.
8 NATAÇÃO E OS RISCOS DE INFECÇÕES
19
É muito importante à higienização e manutenção das piscinas, a água contida no
tanque deve passar por um processo de filtração de limpeza com produtos químicos,
sendo retirados todos os resíduos existentes, sob a superfície e submerso a água por
aparelhos de sucção, pelo sistema de filtração e circulação.
Um tanque sem tratamento trará grandes danos aos usuários, pois uma água sem
tratamento ajuda a proliferar doenças de pele ou infecção, podendo ser causadas por
agentes biológicos (bactérias, protozoários, vírus e fungos),estes casos podem acontecer
por imersões prolongadas. A melhor forma é a manutenção e com produtos adequados.
Segundo Pedroso (2009), os perigos biológicos traduzem-se nas circunstâncias
em que se verifica a exposição a agentes biológicos, podendo dai resultar efeitos
adversos para a saúde dos utilizadores ou dos trabalhadores de piscinas relacionados
com a exposição a agentes biológicos.
De acordo com Mendonça & Ruff (1978), há vários fatores que intervêm na
ocorrência de doenças adquiridas nas piscinas, tais como: presença de microrganismos
colonizados no corpo dos banhistas; poluição da água, do piso e dos objetos de uso dos
frequentadores. Quanto maior o número de usuários maiores serão os riscos de
contaminação.
Segundo Bonatto apud Signorelli (2010), um individuo ao entrar na piscina pode
deixar cerca de 4 mil bactérias diferentes provenientes de sua superfície corporal, estima-
se que na superfície perianal de um adulto, estejam presente cerca de 0,14g de fezes e
de uma criança o valor pode chegar a 0,10g.
Para Cavalcante (2005), uma pessoa sadia pode deixar na piscina cerca de 4000
bactérias diferentes na água. Uma grama de fezes na água libera 1.000.000.000 de
microrganismo, por isso exige-se a passagem pelo tanque de lava-pés e pelos chuveiros,
diminuindo os contaminantes na água da piscina.
Algumas das patologias podem ser prejudiciais ao usuário levando até mesmo a
morte, sem contar com outros cuidados em relação às instalações que podem causar
grandes riscos ao usuário. Segundo Bonatto & Gelinski (2010), afirma que algumas
evidências têm comprovado a relação entre problemas de saúde e a qualidade das águas
destinadas à recreação.
De fato para que não haja infecções, contaminação e uma grande proliferação de
coliformes, é necessária à higienização da água, a piscina deve passar por um processo
de purificação da água, isso ocorre com a limpeza da mesma, este processo também é
chamado de cloração.
Segundo Pedroso apud Barwick (2009), de fato, por razões óbvias de segurança
microbiológica, a água das piscinas têm que ser sujeita a desinfecção. Para efetivar a
20
desinfecção, o procedimento mais comum é a cloração – recurso ao cloro ou produtos
derivados do cloro, como desinfetantes.
8.1 Cloração
A cloração é um método utilizado no tratamento de água em geral, sendo não
especifico a tratamento de piscinas. Freitas (2011) já afirmava isso: A cloração tem sido a
principal forma de desinfecção praticada nas estações de tratamento de água. Hoje são
diversos tipos de tratamentos com o cloro, podendo ser utilizado de forma líquida, sólida
ou em forma de gás.
Para Pedroso (2009), o recurso do uso dos compostos clorados (tais como
hipoclorito de cálcio ou de sódio e ácidos isocianúricos clorados) encontra-se facilmente
disponíveis na forma gasosa (cloro gasoso – Cl2), líquida (hipoclorito de sódio – NaOCl)
ou sólida (hipoclorito de cálcio – Ca(OCl)2 , são relativamente econômicos e eficazes.
Freitas (2011), afirma que na cloração são adicionados à água cloro em gás,
hipoclorito de sódio ou hipoclorito de cálcio. A quantidade de cada um depende da
necessidade de cloro e requerimentos da desinfecção da água. É necessário 20 minutos
para ação efetiva na água.
A quantidade de cloro em uma piscina também varia conforme a capacidade de
armazenamento de seu tanque, a medida indicada e feita pelo seguinte cálculo:
comprimento X largura X profundidade média= volume m³, caso a piscina seja retangular.
Para piscinas ovais a formula será: diâmetro X diâmetro X profundidade media = volume
m³. já para piscinas quadradas ou afinaladas segue-se o mesmo: lado X lado X
profundidade media = volume m³.
A profundidade media e a soma da área mais rasa com a área mais profunda, do
tanque, dividido por 2 ex:
0,80 X 1,50 = 2,3: 2 = 1,15
Segundo Delgado (2006), para dosagem deve-se calcular o volume de água (m³)
pela quantidade indicada pela embalagem. Sendo que cada produto segue uma
quantidade especifica, conforme o fabricante e tipo de composição.
Lembrando que o método de cloração é uma forma de desinfecção, faz com que a
água torna-se potável, livre de microrganismo. É o método de desinfecção mais utilizado
e é aplicável em diferentes áreas, principalmente em piscinas, o que é o nosso caso.
Segundo Meyer (1994) o uso de cloro na desinfecção da água foi iniciado com a
aplicação do hipoclorito de sódio (NaOCl), obtido pela decomposição eletrolítica do sal, o
que até hoje é um dos principais recursos em tratamentos na desinfecção da água.
21
No tratamento em piscina ou cloração de piscinas, são utilizados alguns tipos de
cloros, os mais comuns são: cloro líquido; cloro granulado comum e cloro granulado
estabilizado, segundo a HIDROPISCINAS, uma empresa responsável por fornecer esses
produtos, diz que, o cloro líquido ou hipoclorito de sódio, foi o primeiro a ser usado mas é
o que tem o menor teor de cloro ativo, além disso, tem uma votabilidade , (capacidade de
evaporação) muito elevada. O cloro granulado ou hipoclorito de cálcio ,é o mais usado no
mercado, já o cloro granulado estabilizado ou dicloroisocianurato de sódio é diferente por
ter um agente estabilizador.
O cloro era empregado na desinfecção de águas somente em casos de
epidemias. A partir de 1902, a cloração foi adotada de maneira contínua na Bélgica. Em
1909, passou a ser utilizado o cloro guardado em cilindros revestidos com chumbo
(MEYER, 1994).
É claro que houve muitos avanços de 1902 até hoje no tratamento de desinfecção
da água, esse processo começou a ser utilizado aos poucos devido às epidemias, depois
passou a ter uma grande importância, Segundo Weyer apud Russin (1994, p 101)
apresenta da seguinte forma:
1908 a 1918 – início da cloração das águas; aplicação de uma pequenaquantidade de cloro;1918 a 1928 – acentuada expansão no uso de cloro líquido; 1928 a 1938 – uso de cloraminas, adição conjunta de amônia e cloro, demodo a se obter um teor residual de cloraminas. Ainda não eramempregados testes específicos para se determinar os residuais de cloro;1948 a 1958 – refinamento da cloração; determinação das formas decloro combinado e livre; e cloração baseada em controlesbacteriológicos.
Quando falamos do processo de cloração das piscinas e de fundamental
importância falar de sua estrutura, por isso é necessário que a mesma tenha um espaço
reservados ao chuveiro, e ao tanque de lava-pés, pois o processo de passar pelo
chuveiro e pelo tanque de lava-pés diminuindo os casos de contaminação da água, visto
que nenhuma das empresas apresentou uma estrutura para o tanque de lava pés,
apenas chuveiros.
9 METODOLOGIA
9.1 Tipo de Pesquisa
A pesquisa é quantitativa, tem abordagem do tipo pesquisa de campo. A analise
ocorreu no primeiro trimestre de 2013. As coletas foram realizadas em 3 locais distintos,
sendo no total de 8 piscinas, as mesmas são utilizadas para atividades recreativas, aulas
de natação, hidroginástica e de uso social.
22
A coleta foi realizada pela empresa prestadora de serviço HIDROPISCINAS,
tendo a Bióloga Stella Mares Moreira L. Ferraz com CRBio6:67224/06, Mestre em
Biologia experimental pela Universidade Federal de Rondônia, sendo ela, responsável
pela analise da qualidade da água. Foram realizadas uma coleta em cada piscina, a água
foi armazenada em um frasco de acrílico de 500ml, cerca de 50cm da superfície, levado
ao laboratório para diagnóstico.
Ao fazer a coleta são necessários à utilização de luvas esterilizadas, frascos
esterilizados para que os mesmos não venham alterar a amostra, após ter realizado a
coletas, as amostras foram acondicionas em uma caixa térmica de isopor e levada ao
laboratório.
9.2 Objeto da Amostra
A pesquisa teve inicio em novembro de 2012, sendo que, as amostras foram
coletadas em março de 2013 em 3 ambientes diferentes, as duas primeiras amostras
foram coletadas de uma área rural reservada para atividades recreativas localizada na
BR 364- km 12, saída de Porto Velho, contendo uma piscina pequena (infantil) e uma
piscina grande adulta, a qual denominaremos como X. Em outra localidade, em uma área
urbana, no centro da cidade de Porto V lho foram realizadas as segunda coleta, contendo
3 piscinas de uso esportivo e recreativo, as amostras foram de uma piscina infantil, uma
piscina semiolímpica e uma pisciana de hidroginástica, denominada como Y. Já na outra
localidade, também na área urbana de Porto Velho, porém em uma área mais distante do
centro, foram coletas 3 amostras, uma da piscina infantil, de uma piscina semiolímpica e
de uma piscina de hidroginástica, denominada de Z. Como dito anteriormente essas
coletas foram realizada tanto em piscinas para a prática esportiva como recreativa e
social, elas se classificam como piscinas coletivas, pois são utilizadas somente por seus
associados, por se tratar de clubes.
23
Figura 3- coleta da água
Nesta foto observamos a coleta em uma das piscina onde foram realizadas as
coletas, notamos que a água esta nítida, aparentemente limpa, porém foi a piscina com o
maior índice de amônia e cloretos, esta piscina é utilizada para atividades de
hidroginástica.
24
Figura 4- imagem total da piscina
Nesta figura temos a imagem total de uma piscina utilizada para atividades de
hidroginástica, com instalações adequadas, coberta, o que ajuda no desenvolvimento dos
exercícios realizados durante as aulas de hidroginásticas.
Figura 5 – coleta na piscina semiolímpica
25
A figura 5 apresenta a coleta em uma piscina utilizada para atividades de natação,
é uma piscina semiolímpica tendo a medida de 25m de cumprimento e 16 de largura, é
uma piscina utilizada para natação infantil, de jovens e adultos.
Figura 6 – imagem total da piscina semiolímpica
Na figura 6 temos a imagem total da piscina utilizada para a natação, sendo aulas
e competições, observamos a sua estrutura de forma adequada com raias, piso interno e
esterno adequado, e principalmente a água de aparecia nítida adequada para qualquer
atividade.
10 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As tabelas seguem com as seguintes informações das coletas, todas comparadas
com a tabela da portaria 518/04 do Ministério da Saúde
26
3 - TABELA
Piscina pequena X1
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
DETERMINAÇÕES VALORES ENCONTRDOS
VMP(*)PortariaN°518,doMS de 25.03.2004
Expresso como
ASPECTO LIMPÍDA - -COR 0 15ODOR AUSENTE NÃO OBJETÁVEL -PH 6,0 6,0 a 9,5 -TURBIDEZ <5 5 UNTALCALINIDADE 160 * MgL-¹CaCo3
CLORETOS 60 250 MgL-¹ Cl-DUREZA TOTAL 48 150 mg \1 CaCO3
CLORO LIVRE 2,0 5 MgL-¹ Cl2
FERRO 0,0 0,3 MgL-¹FeAMÔNIA 0,10 1,5 MgL-¹N-NH3
ZINCO 0,03 5 MgL-¹ de ZnSULFATO 0,0 250 MgL-¹ de SO4CÁLCIO 16,8 100 MgL-¹ de CaMANGANÊS 0,0 0,1 MgL-¹ de MgOXIGÊNIO CONS. 1,0 - MgL-¹O2
Fonte: Ferraz, 2013
Nesta tabela podemos verificar as condições da água, todos os elementos se
encontram de acordo com as exigências da portaria 518/04 e da 2.914/11 do Ministério
da Saúde. Porém, a tabela da portaria 518/04 continua sendo utilizada por muitos
pesquisadores, que em nosso caso a Mestre Stella Ferraz em sua pesquisa continuou
utilizando esta tabela.
No Art. 12, inciso§ 1º, da portaria 2.914/11, fica determinado que o valor de
turbidez chega a ser 5% do valor máximo permitido (VMP), o que isso significa que a
turbidez pode chegar ate 5,0 UT( Unidade de Turbidez), ultrapassando esses limites este
fica de fora dos padrões exigidos, pois é através da UT que influencia no processo de
filtração. Para a filtração rápida, se estabeleça como meta a obtenção de efluente filtrado
com valores de turbidez inferior a 0,5 UT em 95% dos dados mensais nunca superiores a
5,0 UT). Em todas as analises a UT se encontra menor que o recomendado, o que indica
que a turbidez da água se encontra nos termos de potabilidade.
27
4 - TABELA
Piscina grande X2
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
DETERMINAÇÕES VALORESENCONTRDOS
VMP(*)PortariaN°518,doMS de 25.03.2004
Expresso como
ASPECTO LIMPÍDA - -
COR 0 15 MgL-¹ Pt/Co
ODOR AUSENTE NÃO OBJETÁVEL -
PH 7,0 6,0 a 9,5 -
TURBIDEZ <5 5 UNT
ALCALINIDADE 60 * MgL-¹CaCo3
CLORETOS 60 250 MgL-¹ Cl-
DUREZA TOTAL 0,0 150 mg \1 CaCO3
CLORO LIVRE 2,0 5 MgL-¹ Cl2
FERRO 0,0 0,3 MgL-¹Fe
AMÔNIA 0,0 1,5 MgL-¹N-NH3
ZINCO 0,0 5 MgL-¹ de Zn
SULFATO 0,0 250 MgL-¹ de SO4
CÁLCIO 0,0 100 MgL-¹ de Ca
MANGANÊS 0,0 0,1 MgL-¹ de Mg
OXIGÊNIO CONS. 1,0 - MgL-¹O2
Fonte: Ferraz, 2013
De todos os valores exigidos esta piscina é uma das que mais demonstra a maior
inexistência de substâncias, tendo os valores zerados, os únicos componentes
encontrados são o cloro livre que tem a função de reagir com os contaminantes ou
matérias orgânicas e fica como residual.
5 - TABELA
28
Piscina infantil Y1
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
DETERMINAÇÕES VALORESENCONTRDOS
VMP(*)PortariaN°518,doMS de 25.03.2004
Expresso como
ASPECTO LIMPÍDA - -
COR 0 15 MgL-¹ Pt/Co
ODOR AUSENTE NÃO OBJETÁVEL -
PH 4,5 6,0 a 9,5 -
TURBIDEZ <5 5 UNT
ALCALINIDADE 0 * MgL-¹CaCo3
CLORETOS 40 250 MgL-¹ Cl-
DUREZA TOTAL 40 150 mg \1 CaCO3
CLORO LIVRE 3,0 5 MgL-¹ Cl2
FERRO 0,0 0,3 MgL-¹Fe
AMÔNIA 0,0 1,5 MgL-¹N-NH3
ZINCO 0,01 5 MgL-¹ de Zn
SULFATO 29,97 250 MgL-¹ de SO4
CÁLCIO 15,20 100 MgL-¹ de Ca
MANGANÊS 0,0 0,1 MgL-¹ de Mg
OXIGÊNIO CONS. 1,0 - MgL-¹O2
Fonte: Stella Mares
Nesta tabela observamos alguns pontos: o primeiro resultado a qual nos chama
atenção é o pH, que não se apresenta de forma aceitável conforme a Portaria 2.914/11 e
nem com o que se recomenda quanto aos aspectos de cloração de piscinas. No que se
refere ao processo de cloração o exigido ao pH e de 7,2 a 7,8. Sendo que o indicado
seria 7,2 pois assim, mantendo o tratamento neste valor não irritará os olhos, o mesmo
pH das lágrimas. Segundo Delgado (2006) o pH baixo irrita os olhos, e corrosivo para os
metais e dos equipamentos e revestimento das piscinas, o pH alto torna a água mais
turva e resseca os cabelos devido ao índice de alcalinidade presente na água, além de
desperdício de cloro pela sua perda de eficiência química.
A alcalinidade também é outro fator interessante, Delgado (2006) relata sobre o
baixo e alto valor de alcalinidade e afirma que esse quantitativo se torna mais eficaz e
ideal quando se encontra nos valores de 80ppm (parte por milhão) a 120ppm, pois
nessas condições não causa danos nos equipamentos, turbidez na água, incrustações
branca, acinzentadas ou marrons nos tubos ou no sistema de circulações.
29
6 - TABELA
Piscina semiolímpica Y2
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
DETERMINAÇÕES VALORESENCONTRDOS
VMP(*)PortariaN°518,doMS de 25.03.2004
Expresso como
ASPECTO LIMPÍDA - -
COR 0 15 MgL-¹ Pt/Co
ODOR AUSENTE NÃO OBJETÁVEL -
PH 7,5 6,0 a 9,5 -
TURBIDEZ <5 5 UNT
ALCALINIDADE 100 * MgL-¹CaCo3
CLORETOS 110 250 MgL-¹ Cl-
DUREZA TOTAL 78 150 mg \1 CaCO3
CLORO LIVRE 2,0 5 MgL-¹ Cl2
FERRO 0,0 0,3 MgL-¹Fe
AMÔNIA 0,12 1,5 MgL-¹N-NH3
ZINCO 0,00 5 MgL-¹ de Zn
SULFATO 43,21 250 MgL-¹ de SO4
CÁLCIO 22,40 100 MgL-¹ de Ca
MANGANÊS 0,0 0,1 MgL-¹ de Mg
OXIGÊNIO CONS. 1,0 - MgL-¹O2
Fonte: Ferraz, 2013
Nenhum dos valores excede o que é determinado pela Portaria 2.914/11, o valor
da alcalinidade esta dentro dos padrões juntamente com o valor do pH, é uma água que
não apresenta cor nem odor, tendo os seus aspectos dentro do exigido.
7- TABELA
Piscina de hidroginástica Y3
30
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
DETERMINAÇÕES VALORESENCONTRDOS
VMP(*)PortariaN°518,doMS de 25.03.2004
Expresso como
ASPECTO LIMPÍDA - -
COR 0 15 MgL-¹ Pt/Co
ODOR AUSENTE NÃO OBJETÁVEL -
PH 7,5 6,0 a 9,5 -
TURBIDEZ <5 5 UNT
ALCALINIDADE 90 * MgL-¹CaCo3
CLORETOS 270 250 MgL-¹ Cl-
DUREZA TOTAL 80 150 mg \1 CaCO3
CLORO LIVRE 0,75 5 MgL-¹ Cl2
FERRO 0,0 0,3 MgL-¹Fe
AMÔNIA 3,6 1,5 MgL-¹N-NH3
ZINCO 0,38 5 MgL-¹ de Zn
SULFATO 72,85 250 MgL-¹ de SO4
CÁLCIO 16,80 100 MgL-¹ de Ca
MANGANÊS 0,0 0,1 MgL-¹ de Mg
OXIGÊNIO CONS. 1,0 - MgL-¹O2
Fonte: Ferraz, 2013
Nesta tabela os únicos componentes que ultrapassam os valores exigidos pela
portaria são o cloretos e amônia, os cloretos estão mais presentes em dejetos humanos e
de animais, o que indica que a água possa ter sido contaminada por algum desses tipos
de contaminantes, já a amônia indica grande concentração de um organismo biológico
em decomposição ou, como dito por Cavalcante (2005), que uma grande concentração
de urina pode ser indicado pelo índice de amônia encontrado na amostra.
8- TABELA
Piscina infantil Z1
31
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
DETERMINAÇÕES VALORESENCONTRDOS
VMP(*)PortariaN°518,doMS de 25.03.2004
Expresso como
ASPECTO LIMPÍDA - -
COR 0 15 MgL-¹ Pt/Co
ODOR AUSENTE NÃO OBJETÁVEL -
PH 8,0 6,0 a 9,5 -
TURBIDEZ <5 5 UNT
ALCALINIDADE 60 * MgL-¹CaCo3
CLORETOS 170 250 MgL-¹ Cl-
DUREZA TOTAL 47 150 mg \1 CaCO3
CLORO LIVRE 0,0 5 MgL-¹ Cl2
FERRO 0,0 0,3 MgL-¹Fe
AMÔNIA 0,25 1,5 MgL-¹N-NH3
ZINCO 0,07 5 MgL-¹ de Zn
SULFATO 18,61 250 MgL-¹ de SO4
CÁLCIO 16,8 100 MgL-¹ de Ca
MANGANÊS 0,0 0,1 MgL-¹ de Mg
OXIGÊNIO CONS. 1,0 - MgL-¹O2
Fonte: Ferraz, 2013
A tabela 8 apresenta-se os dados dentro dos parâmetros exigidos pela Portaria
2.914/11, nenhum de seus componentes foge do estabelecido. Um dos componentes que
seria de grande importância, mas que se encontra sem nenhum vestígio é o cloro livre
ou cloro disponível.
O Ácido Hipocloroso, normalmente medido como Cloro Livre Disponível, é na
realidade o agente desinfectante. Ele reage tanto com os microrganismos como com a
matéria orgânica presente na água (DELGADO, 2006). Ele dá continuidade no processo
de limpeza da água para futuros contaminantes. O valor indicado pela portaria 2.914/11 e
de 0 a 5 ppm, mas no processo de desinfecção de uma piscina e de 1ppm a 3ppm (parte
por milhão).
9- TABELA
Piscina semiolímpica Z2
32
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
DETERMINAÇÕES VALORESENCONTRDOS
VMP(*)PortariaN°518,doMS de 25.03.2004
Expresso como
ASPECTO LIMPÍDA - -
COR 0 15 MgL-¹ Pt/Co
ODOR AUSENTE NÃO OBJETÁVEL -
PH 7,5 6,0 a 9,5 -
TURBIDEZ <5 5 UNT
ALCALINIDADE 50 * MgL-¹CaCo3
CLORETOS 50 250 MgL-¹ Cl-
DUREZA TOTAL 52 150 mg \1 CaCO3
CLORO LIVRE 0,25 5 MgL-¹ Cl2
FERRO 0,0 0,3 MgL-¹Fe
AMÔNIA 0,25 1,5 MgL-¹N-NH3
ZINCO 0,04 5 MgL-¹ de Zn
SULFATO 13,21 250 MgL-¹ de SO4
CÁLCIO 0,0 100 MgL-¹ de Ca
MANGANÊS 0,0 0,1 MgL-¹ de Mg
OXIGÊNIO CONS. 1,0 - MgL-¹O2
Fonte: Ferraz, 2013
A tabela 9 todas as substâncias estão de acordo com a Portaria 2.914/11 do
Ministério da Saúde, indicando a sua potabilidade, estando adequada para o uso de
sócios e associados.
10- TABELA
33
Piscina de hidroginástica Z3
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
DETERMINAÇÕES VALORESENCONTRDOS
VMP(*)PortariaN°518,doMS de 25.03.2004
Expresso como
ASPECTO LIMPÍDA - -
COR 0 15 MgL-¹ Pt/Co
ODOR AUSENTE NÃO OBJETÁVEL -
PH 7,5 6,0 a 9,5 -
TURBIDEZ <5 5 UNT
ALCALINIDADE 80 * MgL-¹CaCo3
CLORETOS 140 250 MgL-¹ Cl-
DUREZA TOTAL 46 150 mg \1 CaCO3
CLORO LIVRE 2,0 5 MgL-¹ Cl2
FERRO 0,0 0,3 MgL-¹Fe
AMÔNIA 0,10 1,5 MgL-¹N-NH3
ZINCO 0,02 5 MgL-¹ de Zn
SULFATO 11,06 250 MgL-¹ de SO4
CÁLCIO 16,4 100 MgL-¹ de Ca
MANGANÊS 0,0 0,1 MgL-¹ de Mg
OXIGÊNIO CONS. 1,0 - MgL-¹O2
Fonte: Ferraz, 2013
A tabela 10, apresenta uma piscina utilizada para atividades de hidroginástica, na
qual os parâmetros se encontram dentro das normas exigidas pela Portaria 2.914/11.
Gráfico 1 – Valor do pH.
34
Neste gráfico observamos o valor do pH de todas as piscinas, a portaria 2.914/11
do Ministério da Saúde determina o pH de 6,0 a 9,5, o que indica que apenas 1 piscina
está fora deste padrão, a piscina Y1, que tem o valor de 4,5, sendo que as demais
piscinas encontram-se dentro dos valores indicados. No dossiê técnico SBRT (2007),
indica um pH de 7,2 a 7,8, o que não irritaria a pele e nem os olhos, dentro de deste
padrão encontramos as piscinas X1, com o pH de 6,0, a piscina X2 com o pH 7,0,
encontramos a piscina Y2, Y3, Z2 e Z3 tendo todas o mesmo valor de 7,5, um pouco
acima do valor mínimo indicado pelo Dossiê Técnico SBRT (2007), que seria 7,2, e o
valor máximo de 7,8. Apenas uma piscina ultrapassa o valor máximo indicado pelo
Dossiê Técnico, a piscina Z2, com o valor de 8,0.
Gráfico 2 – Quantidade de Cloro.
35
No gráfico 2 observamos o valor de cloro na água, a portaria 2.914/11 indica que
o valor do cloro deve ser de 0 a 5 MgL, o que indica que todas as piscinas estão dentro
dos padrões indicados para a potabilidade. As piscinas X1, X2, Y2 e Z3 mantém o
mesmo valor de 2 MgL, a piscina Y1 é a única com um valor mais elevado de 3 MgL, a
piscina Y3 tendo um valor de 0,75 MgL, a piscina Z1 tendo o menor valor 0 MgL, mas
dentro do que diz a portaria, a piscina Z2 tendo o valor de 0,25 MgL. Todas estão dentro
do padrão, porem seria interessante manter o valor acima de 0 MgL, pois o cloro livre tem
a função de reagir com possíveis substancias residuais na água, serviria como uma
manutenção, dando continuidade no processo de limpeza à alguma substância que
poderia contaminar a piscina.
Gráfico 3 – Quantidade de Amônia.
36
A amônia, também tem um valor determinado pela portaria 2.914/11, que é de 1,5
MgL, neste gráfico observamos que apenas um valor está bem elevado que é a piscina
Y3, com o valor de 3,6 MgL, o que indica uma água com um grande índice de
contaminante, esta piscina teve que ser esvaziada, pois somente o processo de cloração
não seria o suficiente para estabelecer a sua potabilidade, nem mesmo esvaziando pela
metade enchendo com água potável e realizando tratando a água seria suficiente para
sua potabilidade, esta piscina segundo a Bióloga Stella Mares teve que ser esvaziada,
trocando o material de revestimento, pois pensava-se que a contaminação por amônia
seria por infiltração vinda da rede de esgoto ou pela água do poço, da própria empresa,
ou por qualquer outro tipo de infiltração, por isso houve a troca do material de
revestimento. Testes foram realizados na água do poço onde são abastecidas as piscinas
dessa empresa e nada foi constatado, chegou-se a conclusão de uma possível
contaminação por urina. Nesta piscina são desenvolvidas atividades de hidroginástica,
tendo o idoso como público alvo, pelo histórico desse público a maioria toma remédios
controlados, principalmente os remédios diuréticos, o que ajudam a eliminar substâncias
do corpo através da urina, o que pode ser um dos fatores pela contaminação. As demais
piscinas possuem valores dentro do exigido tendo seus resultados abaixo de 0,5 MgL.
Gráfico 4 – índice de cloretos
37
De todas as piscinas analisadas apenas uma se encontra com o valor alterado, a piscina
y3 indica que a sua potabilidade não está de acordo com a portaria 2.914/11 do Ministério
da Saúde, esse valor alterado pode ser pela concentração de urina e ou por pequenos
animais mortos na água, como pequenos insetos.
Gráfico 5 – Quantitativo de pH, amônia e cloro.
No gráfico 4 é realizado um comparativo de todas a piscinas, observa-se que as
piscinas X1, X2, Y2, Z1, Z2 e Z3 seguem o que recomenda a portaria 2.914/11,
mantendo a potabilidade da água, o que indica o gráficos que estas piscinas estão
adequadas para atividades, como atividades recreativas, natação e hidroginástica,
38
somente a piscina Y1 e Y3 estão com os padrões fora do recomendado pela portaria, o
que é de responsabilidade a empresa terceirizada regular esta água. Conversado com a
Bióloga Stella Mares ela informou que as piscinas que se encontravam foram dos
padrões foram regularizadas, no caso da piscina com amônia a água foi trocada e
clorada para manter o pH, e a outra piscina com pH abaixo do indicado, foi realizada a
manutenção para estabilizar o seu pH no que diz a portaria entre 6,0 e 9,5. Comparando
com o que diz o Dossiê Técnico SBRT (2007) as piscinas que estariam mais adequadas
para as atividades seriam as piscinas, Y2, Z1, Z2 e Z3, pois o pH encontra-se entre 7,2 a
7,8, não tendo as outras duas substâncias fora do exigido.
11 CONCLUSÃO
Conforme os objetivos propostos com as analises apresentadas conclui-se que:
nem todas as piscinas estão de acordo com a portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde,
são pequenas irregularidades, como baixo pH, quantidade de amônia elevada, que não
promovem a utilização das piscinas, sendo que, sua grande maioria esta de acordo com
a portaria, sendo própria a qualquer tipo de atividade.
Nenhum resultado de coliformes foi encontrado em nenhuma das amostras
coletadas, o que indica que nenhum das piscinas estavam contaminadas por
microrganismos, sendo os sócios e associados livres de qualquer contaminação por
vírus, bactérias e fungos, o que já se torna diferente da pesquisa de Bonatto & Gelinski
apud Hadjichristodoulou (2010) onde foram realizadas coletas antes, durantes e depois
nas piscinas dos Jogos Olímpicos de Atenas de 2004. Os resultados e de 16% das
coletas estavam em desacordo com o estabelecido pela Organização Mundial de Saúde.
Conclui-se que as piscinas X1, X2, Y2, Z1, Z2 e Z3 estão de acordo com a
portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde sendo próprias para as atividades que já
desenvolvem, as demais já dito no trabalho são regularizadas pela empresa responsável,
que no caso é a Hidropiscinas, para a utilização de seus sócios e associados, por fim, de
toda forma a água ficará adequada para as sua prioridades, pois é de responsabilidade
da empresa contratada manter as suas propriedades conforme as exigências da portaria.
39
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