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Aula 04 da introdução ao estudo da Bíblia - Multiplicação de Pães e Peixes
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Introdução ao Estudo da Bíblia
Luis Henrique Beust, 2011
Aula 4: Multiplicação dos Pães e Peixes Dedicada à memória de meus avós
Alfredo Henrique Beust e Hibrahyma de Moura Martins Beust
“Ó meu Deus! Ó Tu que perdoas os pecados, Tu que concedes dádivas e afastas aflições! Suplico-
Te, verdadeiramente, que perdoes os pecados dos que abandonaram as vestes físicas e ascenderam ao mundo espiritual. [...]
“[...] Ó meu Senhor! Purifica-os das transgressões; as tristezas, desvanece-lhes; e
transforma sua escuridão em luz. [...]
“[...] Permite que entrem no Jardim da felicidade, se purifiquem com a água mais
límpida e no mais sublime monte, contemplem Teus esplendores.” Bahá’u’lláh
AT: Antigo Testamento
City Temple, Holborn, Londres, antes da destruição da nave, na Segunda Guerra Mundial. Local da primeira palestra pública de ‘Abdu’l-Bahá, em 10 de setembro de 1911.
AT: Antigo Testamento
O City Temple acomodava três mil pessoas sentadas.
AT: Antigo Testamento
City Temple, Holborn, Londres, a fachada não foi destruída nos bombardeios na Segunda Guerra Mundial.
AT: Antigo Testamento
“Este livro é o Sagrado Livro de Deus, de inspiração celestial. É a Bíblia da Salvação, o Nobre Evangelho. É o Mistério do Reino e sua luz. É a Graça divina, o sinal da guia de Deus.” ‘Abdu’l-Bahá ‘Abbás. Escrito na Bíblia do púlpito do City Temple depois de Sua primeira palestra pública no Ocidente, em 10 de setembro de 1911. In: Earl Redman, ‘Abdu’l-Bahá in Their Midst, p. 31-32,34.
4 Evangelhos
Atos dos Apóstolos
13 epístolas
8 epístolas
Apocalipse
(43)
O N
ovo
Test
amen
to:
tam
anho
dos
livr
os
Mateus
Lucas
Marcos
João
Atos
Romanos
I Coríntios
II Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filemon
Hebreus
Tiago
I Pedro
II Pedro
II João
III João
Judas
I João
Livro Cap. Vers.
MATEUS 28 1071
MARCOS 16 666
LUCAS 24 1151
JOÃO 21 867
ATOS 28 966
ROMANOS 16 433
I CORÍNTIOS 16 437
II CORÍNTIOS 13 256
GÁLATAS 6 149
EFÉSIOS 6 155
FILIPENSES 4 104
COLOSSENSES 4 95
I TESSALONICENSES 5 89
II TESSALONICENSES 3 47
I TIMÓTEO 6 113
II TIMÓTEO 4 83
TITO 3 46
FILEMON 1 25
HEBREUS 13 303
TIAGO 5 108
I PEDRO 5 105
II PEDRO 3 61
I JOÃO 5 105
II JOÃO 1 13
III JOÃO 1 25
JUDAS 1 25
APOCALIPSE 22 404
Os quatro Evangelhos
Mateus Marcos Lucas João
Evangelhos Sinóticos: semelhantes entre si (Grego: “Syn” = Igual +
“Opticos” = Visão)
Lucas, assim como Marcos, não conheceu Jesus. O terceiro evangelho é “o primeiro volume” (At.1:1) de um trabalho de dois tomos, o Evangelho de Lucas e o Atos dos Apóstolos, elaborados pelo mesmo autor e dedicados a Teófilo (Amigo de Deus, em grego, cuja identidade é desconhecida).
Lucas
Vladimir Lukich Borovikovsky (1757-1825). São Lucas Evangelista (1804-1809). Catedral de Kazan, São Petersburgo.
Evangelho de Lucas, como todos os demais, é anônimo. A tradição o atribui a Lucas, que aparece na Epístola de Paulo a Filemon como um dos “colaboradores” de Paulo, e é menciona-do como o “médico amado” (Col. 4:14). Ele era um não-judeu de Antioquia, na Síria. The Oxford Companion to the Bible
O prólogo do evangelho revela que Lucas se apóia
em outras narrativas evangélicas e em
informações reunidas de “testemunhas oculares e ministros da Palavra” (Lc.
1:2). Muitos estudiosos argumentam que Lucas não pode ter sido companheiro frequente de Paulo, pois o
Paulo de Lucas (Atos) é distinto do Paulo de Paulo
(Epístolas Paulinas, estas de autoria não questionada).
A composição e a amplitude de
vocabulário indicam que o autor do terceiro evangelho era uma pessoa educada.
Lucas também é tido pela tradição cristã
como o primeiro pintor de ícones. Diz-se que
pintou imagens de Maria, de Pedro e de
Paulo. Por isso é considerado o patrono
da arte cristã. Lucas pintando a primeira imagem de Maria com Jesus menino.
O ícone de Nossa Senhora de Vladimir é um dos mais venerados pelo
cristianismo ortodoxo, e é aceito pela tradição
ortodoxa como tendo sido pintado por Lucas sobre
uma tábua da mesa usada por Jesus, Maria e José. Em 1131 ele foi enviado como um presente de
Constantinopla para Kiev, na Rússia.
O Theotokos de Vladimir, ou Nossa Senhora de Vladimir, ou Virgem de Vladimir.
O Theotokos de Kazan.
Na cristandade ortodoxa desenvolveu-se uma grande tradição de pintura de ícones chamados de “theotokos”, que, literalmente, significa “aquela que dá a luz a Deus”. O Concílio de Éfeso permitiu que Maria tivesse este título, e não apenas “Christokos” porque seu filho Jesus é tanto Deus quanto homem, divino e humano.
João João, o autor tradicional do quarto evangelho, foi, como Mateus, um dos doze apóstolos de Jesus, o único a viver até a velhice (95 anos). A tradição também atribui a ele o texto de três Epístolas e o do Apocalipse, também conhecido como Revelação de São João.
Ele é conhecido como o “discípulo amado”, assim mencionado no corpo do seu evangelho.
João nasceu em Bethsaida, filho de Zebedeu e Salomé e irmão de Tiago, o velho. No evangelho ambos os irmãos são chamados “os filhos de Zebedeu”. Segundo a tradição, ele e seu irmão, assim como Pedro e André, haviam sido seguidores de João Batista. Eram pescadores, e Jesus os chamou para serem seus discípulos quando remendavam suas redes, junto ao mar da Galiléia. São João Evangelista. Livro de
Evangelhos do Abade Wedricus, 1147.
Zampieri (Domenichino). São João Evangelista, 1624-29. National Gallery, Londres.
Francois Andre Vincent. São João Evangelista, 1773. The Detroit Institute of Arts.
João está tradicionalmente relacionado à Igreja de Éfeso, na atual Turquia. Seu nome também é ligado à Ilha de Patmos, na Grécia, para onde foi exilado em 95 dC., no décimo ano do reinado de Domiciano (81-96 dC.), e onde teria escrito o Apocalipse.
Patmos
Éfeso
Grécia
Turquia Mar Egeu
Mar de Creta
Mar Mediterrâneo
Ilha de Patmos, Grécia
Ilha de Patmos, Grécia. Monastério de São João Divino. Iniciado em 1088. Contém uma das mais importantes bibliotecas do mundo cristão.
Ilha de Patmos, Grécia. Monastério de São João Divino. Iniciado em 1088. Contém uma das mais importantes bibliotecas do mundo cristão.
Ilha de Patmos, Grécia. Gruta da Revelação.
Ilha de Patmos, Grécia. Gruta da Revelação. João recebe a Revelação de Deus e a dita a Prócoro.
Ilha de Patmos, Grécia. Gruta da Revelação.
Ilha de Patmos, Grécia. Gruta da Revelação.
Éfeso, Turquia.
Éfeso, Turquia. Tinha uma população de 250.000 habitantes no século I a.C., o que também fazia dela a segunda maior cidade do mundo na época.
Biblioteca de Celso (Tibério Júlio Celso Polemeno), Éfeso, Turquia. Celso havia sido cônsul em 92 d.C., governador da província romana da Ásia em 115
Éfeso, Turquia.
Éfeso, Turquia.
Éfeso, Turquia.
Éfeso, Turquia.
Os quatro Evangelhos
• Relatam as palavras e atos de Jesus
Os quatro Evangelhos
• Relatam as palavras e atos de Jesus
PALESTINA
Topografia vista do sudoeste
Jesus se retira para Efraim, para evitar planos contra sua vida.
Jesus ressuscita Lázaro e fica na casa de Simão, o leproso.
Em Jerusalém, Jesus cura um paralítico, um cego e
frequenta o templo.
Velha estrada entre Jericó e Jerusalém
Jesus cura o mendigo cego Bartimeu e chama o coletor de
impostos Zaqueu a arrepender-se.
Os quatro Evangelhos
• Relatam as palavras e atos de Jesus
Os quatro Evangelhos
• Relatam as palavras e atos de Jesus
Local para onde os cristãos de Jerusalém fugiram pouco antes da destruição de Jerusalém por Roma,
em 70 dC.
Local onde João Batista foi decapitado. Estrada onde se passa
a história do Bom Samaritano.
Jesus fala com a samaritana na fonte de Jacó.
Jesus visita a Samaria, mas é rejeitado.
Os quatro Evangelhos
Mateus Marcos Lucas João
Evangelhos Sinóticos: semelhantes entre si (Grego: “Syn” = Igual +
“Opticos” = Visão)
Mateus Marcos Lucas João
Correlação dos milagres de Jesus nos Evangelhos
Evento Mateus Marcos Lucas João
1 Bodas em Caná 2:1-11
2 Exorcismo na sinagoga em Cafarnaum
1:21-28 4:31-37
3 Pesca milagrosa 5:1-11
4 Ressurreição do filho da viúva de Nain
7:11-17
5 Cura de um leproso 8:1-4 1:40-45 5:12-16
6 O criado do centurião 8:5-13 7:1-10 4:46-54
7 Cura da sogra de Pedro 8:14-17 1:29-34 4:38-41
8 Exorcismo ao pôr-do-sol 8:16-17 1:32-34 4:40-41
9 Apazigua a tempestade 8:23-27 4:35-41 8:22-25
10 Os endemoninhados gergesenos 8:28-34 5:1-20 8:26-39
Evento Mateus Marcos Lucas João
11 O paralítico de Cafarnaum 9:1-8 2:1-12 5:17-26
12 Ressurreição da filha de Jairo 9:18-26 5:21-43 8:40-56
13 A mulher com fluxo de sangue 9:20-22 5:24-34 8:43-48
14 Dois cegos na Galileia 9:27-31
15 Exorcismo de um mudo 9:32-24
16 Cura do paralítico de Betesda 5:1-18
17 Cura do homem com a mão mirrada 12:9-13 3:1-6 6:6-11
18 Exorcismo do cego e mudo 12:22-28 3:20-30 11:14-23
19 Cura da mulher paralítica 13:10-17
20 Cinco pães para cinco mil homens 14:13-21 6:31-34 9:10-17 6:5-15
21 Anda sobre as águas 14:22-33 6:45-52 6:16-21
22 Cura em Genezaré 14:34-36 6:53-56
23 Exorcismo da filha da mulher cananeia
15:21-28 7:24-30
24 Cura do surdo-mudo de Decápolis 7:31-37
25 Sete pães para quatro mil homens 15:32-39 8:1-9
Evento Mateus Marcos Lucas João
26 Cura do cego de Betsaida 8:22-26
27 A transfiguração de Jesus 17:1-13 9:2-13 9:28-36
28 Exorcismo do menino endemoninhado
17:14-21 9:14-29 9:37-49
29 A moeda na boca do peixe 17:24-27
30 Cura do homem hidrópico 14:1-6
31 Cura de dez leprosos 17:11-19
32 Cura do cego de nascença 9:1-12
33 Cura do cego perto de Jericó 20:29-34 10:46-52 18:35-43
34 Ressurreição de Lázaro 11:1-44
35 Amaldiçoa a figueira 21:18-22 11:12-14
36 Cura a orelha de um criado 22:49-51
37 Pesca dos 153 grandes peixes 21:1-24
http://www.openbible.info/blog/
Bíblia: Exegese de milagres 1. imaculada concepção 2. a multiplicação dos pães e peixes
Milagre: de “mirus” (latim), que significa “espantoso, estranho, maravilhoso”. Daí vem “mirari” (espantar-se, olhar com espanto, mirar, olhar) e “miraculus”:
“causa de espanto, de admiração”.
“Os milagres são uma característica comum da literatura e da tradição religiosa de todas as culturas, desde as mais simples até às mais sofisticadas sociedades, desde os mais remotos tempos históricos até o presente.”
Howard Clark Lee, Miracles. In: Metger, Bruce M. And Coogan, Michael D., Eds. The Oxford
Companion to the Bible. Oxford University Press, New York, Oxford, 1993. p. 519. A tradução é nossa.
Há milagres em todas as religiões
“Os Santos Manifestantes de Deus são fontes de milagres e neles se originam maravilhosos sinais. Para eles, qualquer coisa difícil e impraticável é possível e fácil. Pois através de um poder sobrenatural maravilhas surgem dEles; [...]
Os Profetas podem fazer milagres
“[...] e através deste poder, que está além da natureza, Eles influenciam o mundo da natureza. De
todos os Manifestantes coisas espantosas foram manifestas.” ‘Abdu’l-Bahá. SAQ., p.100. A tradução é nossa.
Os Profetas não valorizam milagres
“Mas nos Livros Sagrados, uma terminologia especial é empregada, e, para os Manifestantes, estes milagres e
sinais maravilhosos não têm qualquer importância. Eles nem mesmo querem fazer menção deles.”
‘Abdu’l-Bahá. Some Answered Questions, p.100. A tradução é nossa.
Os Profetas não valorizam milagres
Jesus Cristo: “ ...um leproso se aproximou e se prostrou diante dele dizendo: ‘Senhor, se queres, tens poder para
purificar-me. Ele estendeu a mão e, tocando-o, disse: “Eu quero, sê purificado.” E imediatamente ele ficou livre de
sua lepra. Jesus lhe disse: Cuidado, não digas nada a ninguém...’” Mateus 8: 2-4
Jesus Cristo: “Quando entraram em casa os dois cegos aproximaram-se dele. Jesus lhes perguntou: ‘credes vós
que tenho poder para fazer isso?’ Eles responderam: ‘Sim, Senhor.’ Então tocou-lhes os olhos e disse: ‘Seja feito segundo a vossa fé.’ E os seus olhos se abriram. Jesus, porém, os admoestou com energia: ‘Cuidado, para que
ninguém o saiba.’” Mateus 9: 28-30
Jesus Cristo: “Ele disse:[...] ‘Ó criança, levanta-te!’ O espírito dela voltou e, no mesmo instante, ela
ficou de pé. E ele mandou que lhe dessem de comer. Seus pais ficaram espantados. Ele, porém, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que acontecera.”
Lucas 8: 52-6
Bahá’u’lláh:
“Exortamos Nossos bem-amados a não macularem a fímbria de Nossa veste com a poeira da falsidade nem a permitirem que referências àquilo que consideram como milagres rebaixem Nossa posição e estado, ou maculem a pureza e santidade de Nosso nome.”
Bahá’u’lláh. Epistle to the Son of the Wolf, p. 33. A tradução é nossa.
Os Profetas podem fazer milagres
“O significado não é que os Manifestantes não sejam capazes de realizar milagres, pois Eles têm todo o
poder. Mas para Eles a visão interior, a cura espiritual e a vida eterna são as coisas valiosas e
importantes.” ‘Abdu’l-Bahá. Some Answered Questions, p.102. A tradução é nossa.
“Consequentemente, quando está registrado nos Livros Sagrados que uma pessoa que era cega recuperou a visão, o significado é que ela era
interiormente cega e que recuperou visão espiritual, ou que era ignorante e se tornou sábia, ou que era
negligente e se tornou atenta, ou que era mundana e se tornou celestial.”
‘Abdu’l-Bahá. Some Answered Questions, p.102. A tradução é nossa.
Três tipos de narrativa de milagres 1. A narrativa foi mal-interpretada (há evidência na Bíblia de que nenhum milagre que foi realizado). 2. A narrativa tem um sentido espiritual, simbólico (e nenhum milagre que foi realizado). 3. A narrativa descreve um milagre que foi realizado no mundo físico, material.
A Anunciação, Fra Angelico. Museu do Prado, Madri.
Tipo 3: milagre no mundo físico
A concepção imaculada: a fecundação de uma mulher sem a interveniência dos espermatozoides de um
homem, por um ato divino.
“À luz do que Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá afirmaram a respeito deste assunto [a concepção de Jesus], é evidente que Jesus veio a este mundo através da direta intervenção do Espírito Santo e que, consequentemente, seu nascimento foi assaz milagroso. [...]
Concepção imaculada: Cristo
Bartolomé Esteban Murillo, 1678, now in Museo del Prado, Spain.
“[...] Este é um fato estabelecido, e os amigos não devem
de modo algum ficar surpresos pois a
crença na possibilidade de
milagres jamais foi rejeitada nos
Ensinamentos. Sua importância,
entretanto, foi minimizada.”
Shoghi Effendi. Lights of Guidance, p.490. A tradução é
nossa. Bartolomé Esteban Murillo, 1678,
now in Museo del Prado, Spain.
“A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem achou-se grávida pelo Espírito Santo.” Mt. 1:18. A Bíblia de Jerusalém
Imaculada Concepção, de Zubaran
Concepção imaculada: Cristo
“O anjo respondeu: ‘O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus.”
Lc. 1:35. A Bíblia de Jerusalém (Nem Marcos nem João
mencionam o nascimento virgem de Jesus)
Concepção imaculada: Cristo
“Vede! os anjos disseram: ó Maria! Alá te escolheu e te purificou – escolheu-te acima das mulheres de todas as nações. [...]
“Ó Maria, Alá te dá Boas Novas de Sua parte: seu nome será Cristo Jesus. O filho de Maria, honrado neste mundo e no Além e (na companhia) daqueles mais próximos de Alá. [...]
Maria e Jesus. Iluminura persa, séc. XV
Concepção imaculada: Cristo
[...] “Ela disse: ‘Ó meu Senhor! Como poderei ter um filho se nenhum homem jamais me tocou?’ Ele disse: ‘Ainda assim. Deus cria aquilo que deseja. Quando Ele estabelece um plano Ele simplesmente lhe diz: “Sê tu”, e ele é!’” Alcorão, Surata 3:42-51
Maria e Jesus. Iluminura persa, séc. XV The Immaculate Conception by Martino Altomonte (1719)
Bahá’u’lláh, sobre Jesus Cristo
“Damos testemunho de que Ele, quando veio ao mundo, irradiou o esplendor de Sua glória sobre todas as coisas criadas. Por Seu intermédio, o leproso recuperou-se da lepra da perversidade e ignorância. [...]
Cristo com hóstia. Juan de Juanes
“[...] Por Ele os lascivos e refratários foram curados. Através de Seu poder, nascido de Deus Todo-Poderoso, os olhos dos cegos se abriram e a alma do pecador foi santificada.” Bahá’u’lláh. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, XXXVI, p.62
Immaculate Conception Jusepe de Ribera
Concepção imaculada: Krishna
Hinduísmo:
“O próprio divino Vishnu1 desceu ao ventre de Devaki e nasceu como seu filho.”
“[Ninguém] suportava deitar os olhos em Devaki, pela luz que habitava nela, e aqueles que contemplavam sua radiância sentiam suas mentes perturbadas.”
Apud. Boslooper, Thomas. The Virgin Birth. The Westminster Press. Library of the Congress Catalog Card No. 62-7941
Concepção imaculada: Buda
Budismo:
“Então, irmãos, ocorreu que Vipassi [O Iluminado], como Bodhisat1, deixou de estar entre as hostes do céu de Deleite, e desceu ao ventre de sua mãe, alerta e senhor de si.”2
Mahapadana-sutta, Digha ii: 12
1. Aquele que alcançou o mais elevado grau de santidade.
Concepção imaculada: Melquisedec
Cristianismo: “Este Melquisedec é, de fato, rei de Salém, sacerdote de Deus Altíssimo. Ele saiu ao encontro de Abraão quando esse regressava do combate contra os reis, e o abençoou. Foi a ele que Abraão entregou o dízimo e tudo. [...] Encontro entre Abraão e Melquisedec, de Dieric Bouts
o velho, 1464–67
“[...] E o seu nome significa, em primeiro lugar, ‘Rei de Justiça’; e, depois, ‘Rei de Salém’, o que quer dizer ‘Rei da Paz’. Sem pai, sem mãe, sem genealogia, nem princípio de dias nem fim de vida! É assim que se assemelha ao Filho de Deus, e permanece sacerdote eternamente.” Hebreus, 7:1-3
Milagres não são prova de um Manifestante Cristianismo:
“Pois hão de surgir falsos Messias e falsos profetas, que apresentarão grandes sinais e prodígios de modo a enganar, se possível, até mesmo os eleitos.”
Mateus, 24:24
Fé Bahá’í: “A honra e grandeza de Cristo não são devido ao fato de Ele não ter tido um pai humano, mas às Suas perfeições, graças e glória divina. Se a grandeza de Cristo é o fato de Ele não ter pai, então Adão é maior do que Cristo, pois Ele não teve nem pai nem mãe.”
‘Abdu’l-Bahá. S.A.Q., p. 89-90. A tradução é nossa.
Tipo 1: narrativa mal-interpretada
� A multiplicação dos pães e peixes
Cristo: multiplicação dos pães � Dois Milagres:
1. Cinco pães e dois peixes para cinco mil
a) Mt 14:13-21 b) Mc 6:31-44 c) Lc 9:10-17 d) Jo 6:5-15
2. Sete pães e alguns peixes para quatro mil
a) Mt 15:32-39 b) Mc 8:1-9
Mar da Galiléia (Lago de Tiberíades, Lago Kineret), norte de Israel
Planícies costeiras, vale de Jezrael, Galileia e Basã.
Jesus prega e cura
Local do sermão da montanha
Jesus faz vários milagres
Jesus chama Levi, Simão, André, João e Tiago
Casa de Maria Madalena
Jesus acalma a tempestade
Jesus cura um endemoninhado
Jesus anda sobre as águas
Multiplicação dos pães e peixes
Mar da Galiléia (Lago de Tiberíades, Lago Kineret), norte de Israel
Mar da Galiléia (Lago de Tiberíades, Lago Kineret), norte de Israel
Mar da Galiléia (Lago de Tiberíades, Lago Kineret), norte de Israel
Mar da Galiléia (Lago de Tiberíades, Lago Kineret), norte de Israel
Mar da Galiléia (Lago de Tiberíades, Lago Kineret), norte de Israel
Cristo: 1ª multiplicação dos pães
Jesus, ouvindo isso, partiu dali, de barco, para um lugar deserto, afastado. Assim que as multidões o souberam, saíram das cidades, seguindo-o a pé. Assim que desembarcou, viu uma grande multidão e, tomado de compaixão, curou os seus doentes. [...]
[...] Chegada a tarde, aproximaram-se dele os seus discípulos, dizendo: “O lugar é deserto e a hora já está
avançada. Despede as multidões para que vão às aldeias comprar alimento para si. [...]
Mas Jesus lhes disse: “Não é preciso que vão embora. Dai-lhes vós mesmos de comer.” Ao que os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Disse Jesus: “Trazei-os aqui.” [...]
[...] E, tendo mandado que as multidões se acomodassem na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos ao céu e abençoou. Em seguida, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos às multidões. [...]
[...] Todos comeram e
ficaram saciados, e ainda
recolheram doze cestos cheios dos
pedaços que sobraram. Ora, os que
comeram eram cerca de cinco mil
homens, sem contar mulheres e
crianças. Mateus, 14:13-21
Jesus, partindo dali, foi para as cercanias do mar da Galileia e, subindo a um monte, sentou-se. Logo vieram até ele numerosas multidões trazendo coxos, cegos, aleijados, mudos e muitos outros, [...]
Cristo: 2ª multiplicação dos pães
[...] e os puseram aos seus pés e ele os
curou, de sorte que as multidões ficaram
espantadas ao ver os mudos falando, os aleijados sãos, os
coxos andando e os cegos a ver. E
renderam glória ao Deus de Israel. [...]
Cristo: 2ª multiplicação dos pães
L. Lombard
[...] Jesus, chamando os discípulos, disse: “Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem o que comer. [...]
[...] Não quero despedi-la em jejum, de medo que possa desfalecer pelo caminho.” Os discípulos lhe disseram: “De onde tiraríamos, num deserto, tantos pães para saciar uma tal multidão?” [...]
Jesus lhes disse: “Quantos pães
tendes?” Responderam: “Sete e alguns peixinhos.”
Então, mandando que a multidão se
assentasse pelo chão, tomou os sete pães e os peixes e, depois de dar graças, partiu-os
e dava-os aos discípulos, e os
discípulos às multidões.
Todos comeram e ficaram saciados, e ainda recolheram sete cestos cheios dos pedaços que
sobraram. Ora, os que comeram eram quatro mil homens, sem contar mulheres e crianças. Mateus, 15:29-38
Tabgah, Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, Mar da Galiléia
Tabgah, Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, Mar da Galiléia
Tabgah, Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, Mar da Galiléia
Tabgah, Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, Mar da Galiléia
Tabgah, Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, Mar da Galiléia
Tabgah, Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, Mar da Galiléia
Tabgah, Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, Mar da Galiléia
Tabgah, Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, Mar da Galiléia
Multiplicação dos pães: chave
Ao passarem para a outra margem do lago, os discípulos esqueceram-se de levar pão. Como Jesus lhes dissesse: “Cuidado, acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus!”, puseram-se a refletir entre si: “Ele disse isso porque não trouxemos pão”.
[...] Jesus, percebendo isso, disse: “Homens
fracos na fé! Por que
refletir entre vós por não terdes pão?
“Ainda não entendeis?
[...]
“[...] nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos recolhestes? Nem dos
sete pães para quatro mil homens e de quantos cestos recolhestes? [...]
“[...] Como não entendeis que eu não estava falando de pão, quando vos disse: Acautelai-vos do fermento
dos fariseus e dos saduceus?” [...]
“[...] Então compreenderam que não dissera: Acautelai-vos do fermento do pão, mas sim do ensino
dos fariseus e dos saduceus.” Mateus 16:5-12
Pão = ensinamento Segundo o próprio texto bíblico, conforme Mateus 16:5-12, o que ocorreu foi a multiplicação dos ensinamentos de Jesus, que alimentaram (espiritualmente) multidões.
Pão = ensinamento
“Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.”
João 6:33
“Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de
modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais
terá sede.” João 6:35
El Greco. O Salvador do Mundo, 1600 (detalhe).
“Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.”
João 6:48-51
“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.”
João 6:48-51
Pão e peixe = ensinamento � Jesus diz que os
discípulos devem alimentar espiritualmente a multidão.
� Eles dizem não ter conhecimento (pães e peixes) suficiente para isso.
� Jesus pergunta o que eles sabem (quantos pães e peixes têm).
Pão e peixe = ensinamento � Então abençoa este
conhecimento e os discípulos o compartilham com as multidões.
� E o conhecimento se mostra suficiente para alimentar espiritualmente as milhares de pessoas, e ainda sobram conhecimentos (os cestos que restam).
OBRIGADO!