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Estudo de Caso: A Acessibilidade de Portadores de Deficiência no
Edifício Celso Haddad.
Alzira Raquel Akel Beniz Lima1
Dayana Priscila Maia Mejia2
[email protected] Pós-graduação em Ergonomia – Faculdade Ávila
Resumo
Este artigo pretende focalizar nossas atenções em um objeto de estudo bem específico e
delimitado: Pretendemos investigar as condições de acessibilidade existentes no prédio
Edifício Celso Haddad, utilizado pela Amazonas Energia. A edificação em questão abriga
uma série de empresas que atuam nas mais diferentes áreas. No entanto, nosso foco será
apenas a área utilizada pela empresa Amazonas Energia. Utilizaremos como metodologia
básica a observação direta, mediante análise técnica das condições de acessibilidade das
dependências do edifício citado, visualizando as adequações e inadequações daquela
realidade com as normas legais que estabelecem os critérios gerais a serem avaliados.
Registraremos os potenciais problemas e discordâncias com as normas técnicas em
fotografias que serão inseridas no corpo da pesquisa para melhor visualização da realidade
em questão. Como não poderia ser diferente, utilizaremos também pesquisa bibliográfica
com o objetivo de conhecer o conteúdo destas normas e quais os critérios utilizados pela
legislação para definir as condições de acessibilidade das pessoas com necessidades
especiais. A bibliografia também é importante para realizarmos a fundamental discussão
conceitual e teórica sobre o que seria essa “acessibilidade” e quais as condições efetivas
para sua efetivação. Pretendemos, portanto, responder às seguintes perguntas: Estão as
dependências daquele prédio adequadas para o recebimento de pessoas com necessidades
especiais? Os deficientes físicos possuem acesso facilitado de acordo com as normas legais
estabelecidas? Quais os possíveis pontos críticos daquele prédio em se tratando de
acessibilidade?
Palavras-chave: Acessibilidade; Portador de Deficiência; Edificação.
1. Introdução
Iniciamos nossas considerações com uma breve reflexão histórica: Até tempos relativamente
recentes, o Brasil foi palco de inúmeros governos autoritários, golpes de Estado e ditaduras
militares. A tradição autoritária brasileira deita suas raízes no passado mais longínquo e se
manifesta nos diversos mandonismos e na exclusão social. O autoritarismo na esfera política-
institucional era um sintoma e ao mesmo tempo um reflexo de uma sociedade profundamente
hierarquizada e preconceituosa, cuja cultura anti-democrática se revelava também nas mais
diversas esferas sociais e instâncias de poder: as igrejas, escolas, empresas, hospitais, prisões,
etc. Essa sociedade não via problemas em erguer um modelo ideal rígido no qual as pessoas
deveriam se enquadrar: o do homem branco, católico, bem sucedido, heterossexual, etc.
Diferenças e dissonâncias em relação a esse padrão eram encaradas como desvios absurdos,
1 Pós-graduanda em Ergonomia pela Faculdade Ávila.
2 Orientadora: Graduado em Fisioterapia, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, mestrando em
Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde.
2
diabólicos, aberrantes. Nessa sociedade, a transgressão é loucura, e as deficiências humanas
são pensadas como limitações absolutas, não como desafios a serem superados. Ao portador
de necessidades especiais, bastariam o silêncio do desemprego e da exclusão e a dor implícita
nos olhares de compaixão dos transeuntes atarefados. Vistos como incapazes, os portadores
de necessidades especiais eram vistos naquela sociedade, mais ou menos como párias, dignos
na melhor das hipóteses de pena e comiseração. O mundo urbano, profissional, escolar,
acadêmico, eclesiástico fora construído por pessoas que não sabiam ou não se importavam
com suas dores, anseios, angústias e aflições, e desconheciam profundamente as
potencialidades e virtudes daquelas pessoas vistas como “estranhas” ou simplesmente
diferentes. O olhar autoritário, fruto da nossa herança histórica secular, havia ensinado a ver a
diferença (qualquer diferença) como uma ameaça aos padrões idealizados e à estabilidade
social. Conforme Luciane Carniel Wagner:
“Pessoas com deficiência (PCD’s) enfrentam comumente limitações em sua vida
diária. Essas limitações estão intimamente relacionadas a problemas de
acessibilidade, ou seja, às condições que permitam o exercício da autonomia e a
participação social do sujeito, podendo interferir ou prejudicar no seu
desenvolvimento ocupacional, cognitivo e psicológico, contribuindo para a sua
exclusão social” (WAGNER, 2010)
Naquele mundo, não havia lugar para eles...
Quase 30 anos se passaram desde que os militares “voltaram aos quartéis”, as liberdades e
direitos civis foram restabelecidos e a sociedade brasileira caminha a passos largos para a
construção de um Estado Democrático de Direito. Obviamente, os séculos de tradição
autoritária não puderam ser simplesmente suprimidos com uma simples mudança
institucional. “A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro
dos vivos” já dizia um velho pensador alemão chamado Karl Marx. A democracia em nosso
país, ainda é um processo incipiente, ainda caminhou cambaleante em alguns momentos, mas
parece se consolidar como um fenômeno inovador. Mas, a democracia se aprende
processualmente, através de um lento, tortuoso, ambíguo e contraditório processo de longa
duração. Engana-se quem pensa que a democracia se traduz unicamente na expressão absoluta
da vontade e dos desejos das maiorias. Ao lado disso, a proteção às minorias e sua inclusão
social são tão importantes para a construção de uma cultura democrática como as eleições
livres ou a liberdade partidária. A Constituição Federal de 1988 reconhece a necessidade de
integração das minorias historicamente excluídas, incluindo é claro, os portadores de
necessidades especiais. Aos poucos, as pessoas foram percebendo que os chamados
“deficientes físicos” são tão inteligentes, aptos, produtivos ou competentes como qualquer
outra pessoa, desde que atendidas suas necessidades logísticas e operacionais especiais.
Caberia então ao Estado que se pretende democrático e inclusivo, criar ou estimular a criação
de condições objetivas para que os deficientes possam interagir, trabalhar, se deslocar, enfim,
viver com dignidade, tendo respeitadas suas condições de cidadania.
“O direito à acessibilidade de pessoas com deficiência se fundamenta nos direitos
humanos e de cidadania,sendo regulamentado, no Brasil, pela Norma Brasileira
9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/NBR, 2004). É um
direito universal, solidificado no direito constitucional de igualdade, representando
uma concretização dos objetivos e princípios traçados por Constituições,
Declarações e Conferências de vários estados e nações, incluindo o Estado
Brasileiro e a Constituição de 1988. Esta igualdade não deve ser compreendida em
um sentido de igualdade formal, mas como uma isonomia de oportunidades sociais,
acesso a trabalho, educação e lazer” (CANOTILHO, 2000).
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Mesmo um olhar baseado na simplicidade do senso comum percebe a grande inadequação em
que se encontra a maior parte das cidades brasileiras em termos de adequação às normas
vigentes em termos de acessibilidade. Não obstante isso, podemos perceber que importantes
melhorias ocorreram nos últimos anos, principalmente em termos de melhor fiscalização
policial dos direitos e prerrogativas dos deficientes físicos.
2. Objetivos
Iremos focalizar nossas atenções em um objeto de estudo bem específico e delimitado:
Pretendemos investigar as condições de acessibilidade existentes no prédio utilizado pela
Eletrobrás Amazonas Energia para os portadores de necessidades especiais, quanto ao simples
direito de ir e vir e permanecer. A edificação em questão abriga uma série de empresas que
atuam nas mais diferentes áreas.
Pretendemos, portanto, responder às seguintes perguntas: Estão as dependências daquele
prédio adequadas para o recebimento de pessoas com necessidades especiais? Os deficientes
físicos possuem acesso facilitado de acordo com as normas legais estabelecidas? Quais os
possíveis pontos críticos daquele prédio em se tratando de acessibilidade?
O presente trabalho se justifica na medida em que como vimos anteriormente, a inclusão
social das pessoas com alguma deficiência é um dos objetivos centrais de uma sociedade
democrática. E o primeiro passo para atenuar os obstáculos reais inibidores da acessibilidade
destas pessoas é a visualização científica do problema a ser enfrentado. Ou seja, uma reflexão
sobre a realidade que as pessoas com necessidades especiais enfrentam em sua cotidiana luta
por inserção social na coletividade e no mercado de trabalho.
3. Uma breve reflexão teórica e conceitual.
Como vimos, a reflexão conceitual em torno da inserção social e profissional das pessoas com
necessidades especiais é historicamente recente e de aplicação prática ainda insuficiente nos
dias atuais. A questão passou a ser mais bem visualizada e discutida principalmente a partir
dos anos 1940 do século XX e isso não ocorreu por acaso. Sabemos que o século passado fora
um período de grandes inovações tecnológicas e melhorias concretas nos índices de qualidade
de vida e desenvolvimento humano, mas também foi um período de catástrofes, guerras,
genocídios e violências de massa em escala nunca antes vista na história humana (REIS
FILHO, 2000). A tecnologia passou a ser cada vez mais aplicada também no setor bélico,
passando a ser possível arrasar cidades inteiras com um simples apertar de botões. A morte de
pessoas foi revestida de um perfil impessoal, trazendo o fenômeno perturbador da
“banalização do mal” como chamou uma famosa filósofa alemã (ARENDT, 1999). As
grandes guerras do século XX tornaram o fenômeno das pessoas com inúmeras deficiências
físicas e psicológicas um problema de massa que passou a ser uma realidade para todos os
países envolvidos no conflito, seja do lado vencedor ou do perdedor. Como reinserir pessoas
arrasadas física e psicologicamente na monótona rotina da vida civil após tantos traumas e
privações? Essas pessoas não poderiam ser simplesmente ignoradas ou desprezadas, pois além
do reconhecimento social pelo seu esforço, havia após a Segunda Grande Guerra toda uma
atmosfera política favorável aos valores democráticos e inclusivos. Afinal, não fora aquela
guerra travada em nome da democracia e sua carnificina justificada como uma luta contra a
“tirania” e a “opressão”? (HOBSBAWM, 2000). Lembrando que os nazistas chegaram a
eliminar doentes mentais, deficientes físicos ou pessoas consideradas portadoras de algum
mal incurável e hereditário. Tudo isso sob a justificação As inúmeras declarações de
princípios que iriam reger as relações internacionais a partir dali, incluindo as declarações
sobre os direitos humanos, desautorizavam a prática de simplesmente ignorar e excluir
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aqueles imensos contingentes de pessoas desfiguradas pelo conflito. Foi assim que a reflexão
e a ação concreta sobre a questão da acessibilidade dos portadores de deficiência física passou
a ganhar maior consistência.
“O termo acessibilidade, historicamente, tem sua origem na década dos quarenta,
para designar a condição de acesso das pessoas com deficiência vinculada ao
surgimento dos serviços de reabilitação física e profissional. Inicialmente era
descrita como condição de mobilidade e eliminação das barreiras arquitetônicas e
urbanísticas, numa clara alusão às condições de acesso a edifícios e meios de
transporte”. (ARAÚJO ET AL, 2009)
Podemos dizer assim que este conceito se ampliou profundamente e, atualmente, a
acessibilidade configura-se como um paradigma da inclusão, entendo-se que as barreiras são
mais complexas e vão além da questão mobilidade. Não foi, portanto, por coincidência que
justamente no período após as duas guerras mundiais que a reflexão e a prática sobre a
questão da acessibilidade passaram a ficar em evidência. A catástrofe humanitária ensejou
uma profunda reflexão sobre as formas de inserção das pessoas com necessidades especiais no
ambiente social e profissional. “A consideração do termo acessibilidade não poderá ser ditada
por meras razões da solidariedade, mas, sobretudo, por uma concepção de sociedade
realmente, onde todos deverão participar, com direito de igualdade, e de acordo com as suas
características próprias” (CONDORCET, 2006).
A acessibilidade está, portanto, profundamente relacionada com a dignidade da pessoa
humana, com sua inserção no convívio social de forma autônoma e independente. Um
convívio livre de barreiras e limitações que o excluam da zona marginal da sociedade nas
quais seus direitos e anseios mais simplórios são mitigados ou até mesmo ignorados.
De forma mais simples, a acessibilidade pode ser entendida como aquilo que se tem acesso de
forma fácil e inteligível. Um outro conceito interessante dado por Tavares Filho, conceituando
como sendo a possibilidade e condição de alcance para a utilização, com segurança e
autonomia dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes
e dos sistemas e meios de comunicação pelos portadores de deficiência ou com mobilidade
reduzida. (TAVARES FILHO, 2002).
Conforme o art. 8o inciso I do decreto n
o 5.926 de 2 de dezembro de 2004, considera-se a
acessibilidade como sendo “condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou
assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de
transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa
portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.”
Segundo a convenção de 24 de julho de 2008 das Organização das Nações Unidas – ONU,
tratando sobre os direitos das pessoas com deficiência, expressa em seu art. 9 o objetivo de
possibilitar às pessoas com deficiência que vivam com autonomia e participem plenamente de
todos os aspectos da vida. Informando ainda, que os Estados Partes deverão tomar as medidas
apropriadas para assegurar-lhes o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais
pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive aos sistemas e
tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos
ou propiciados ao público, tanto na zona urbana como na rural.
Estas medidas, que deverão incluir a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras à
acessibilidade, deverão ser aplicadas, entre outros, a todos os que possuem alguma limitação
em sua condição motora, física ou intelectual. Ainda segundo a ONU, a definição de
acessibilidade é o processo de conseguir a igualdade de oportunidades em todas as esferas da
sociedade. A acessibilidade tem como escopo primário permitir que pessoas com alguma
limitação seja ela física, mental, auditiva ou visual, permanente ou temporária saiam da
situação de vulnerabilidade social e adentrem na sociedade com todos os direitos que lhes são
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assegurados pelo ordenamento jurídico desse país.
Lembrando ainda que a acessibilidade não se restringe apenas ao espaço físico ou à dimensão
arquitetônica de uma construção. Há um conjunto de fatores imprescindíveis para a adequada
inserção das pessoas em um convívio social mais democrático. Para Romeu Sassaki, o
conceito de acessibilidade deve ser dividido em seis dimensões: arquitetônica,
comunicacional, metodológica, instrumental, programática e atitudinal, mostrando que todas
essas dimensões são importantes. “Se faltar uma, compromete as outras”(SASSAKI, 2004).
4. Metodologia
Utilizaremos como metodologia básica a observação direta, mediante análise técnica das
condições de acessibilidade das dependências do edifício citado, visualizando as adequações e
inadequações daquela realidade com as normas legais que estabelecem os critérios gerais a
serem avaliados. No que se refere ao estudo, serão analisados garagem até o terceiro andar,
dependências que são utilizadas pela empresa Eletrobrás Amazonas Energia. Registraremos
os potenciais problemas e discordâncias com as normas técnicas em fotografias que serão
inseridas no corpo da pesquisa para melhor visualização da realidade em questão. Como não
poderia ser diferente, utilizaremos também pesquisa bibliográfica com o objetivo de conhecer
o conteúdo destas normas e quais os critérios utilizados pela legislação para definir as
condições de acessibilidade das pessoas com necessidades especiais. A bibliografia também é
importante para realizarmos a fundamental discussão conceitual e teórica sobre o que seria
essa “acessibilidade” e quais as condições efetivas para sua adequação.
4. A legislação referente à acessibilidade
A lei 10098 de 19 de dezembro de 2000 estabelece de maneira bastante objetiva quais são os
critérios considerados para garantir a acessibilidade e a integração dos portadores de
necessidades especiais e pessoas com mobilidade reduzida. Interessa-nos com mais atenção
especificamente os artigos 11, 13, 14 e 15 da lei em questão. O primeiro estabelece os
critérios de acessibilidade em prédios públicos ou “de uso coletivo”, situação em que se
enquadra o edifício em questão, já que o prédio abriga empresas públicas e permite o acesso
de pessoas que irão tratar de interesses pessoais. Já os demais artigos tratam da mesma
questão em edifícios privados A definição dada pelo inciso VI da lei 5296 corrobora essa
classificação. Vejamos primeiramente o que nos diz o artigo 11:
“Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados
destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem
acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, na construção, ampliação ou
reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser
observados, pelo menos, os seguintes requisitos de acessibilidade:
I – nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a
estacionamento de uso público, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos
de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem
pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção permanente;
II – pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de
barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade
de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;
6
III – pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente
todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá
cumprir os requisitos de acessibilidade de que trata esta Lei; e
IV – os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível,
distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser utilizados
por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.” (Redação dada
pelo Decreto nº 5.296, de 2004).
Vejamos agora o que nos dizem os artigos 13, 14 e 15:
“Art. 13. Os edifícios de uso privado em que seja obrigatória a instalação de
elevadores deverão ser construídos atendendo aos seguintes requisitos mínimos de
acessibilidade:
I – percurso acessível que una as unidades habitacionais com o exterior e com as
dependências de uso comum;
II – percurso acessível que una a edificação à via pública, às edificações e aos
serviços anexos de uso comum e aos edifícios vizinhos;
III – cabine do elevador e respectiva porta de entrada acessíveis para pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 14. Os edifícios a serem construídos com mais de um pavimento além do
pavimento de acesso, à exceção das habitações unifamiliares, e que não estejam
obrigados à instalação de elevador, deverão dispor de especificações técnicas e de
projeto que facilitem a instalação de um elevador adaptado, devendo os demais
elementos de uso comum destes edifícios atender aos requisitos de acessibilidade.
Art. 15. Caberá ao órgão federal responsável pela coordenação da política
habitacional regulamentar a reserva de um percentual mínimo do total das
habitações, conforme a característica da população local, para o atendimento da
demanda de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.”
Já a lei 5.296 de 02 de dezembro de 2004 regulamentou a legislação anterior, estabelecendo
critérios e parâmetros mais específicos. O art. 22 § 4o afirma que nas edificações de uso
coletivo já existentes, onde haja banheiros destinados ao uso público, os sanitários preparados
para o uso por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida deverão estar
localizados nos pavimentos acessíveis, ter entrada independente dos demais sanitários, se
houver, e obedecer as normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
Quanto aos estacionamentos, a lei supra em seu art. 25 explicita sobre a importância de serem
reservadas pelo menos 2% das vagas para veículos que transportem pessoas portadoras de
deficiência física ou visual, assegurando, no mínimo, uma vaga, próxima a entrada principal
ou próximo ao elevador para transporte facilitado dos portadores de deficiência.
Segundo a ABNT, o número de vagas para estacionamento de veículos que conduzam ou
sejam conduzidos por pessoas com deficiência deve ser estabelecido conforme tabela abaixo.
Número Total de vagas Vagas Reservadas
Até 10 -
De 11 a 100 1
Acima de 100 1%
Tabela 01. Reserva de vagas em garagem para portador de deficiência, conforme ABNT
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No art. 26, fala da obrigatoriedade da sinalização visual e tátil para os deficientes visuais e
auditivos, a fim de orientá-los no local, conforme segue abaixo:
Art. 26. Nas edificações de uso público ou de uso coletivo, é obrigatória a
existência de sinalização visual e tátil para orientação de pessoas portadoras de
deficiência auditiva e visual, em conformidade com as normas técnicas de
acessibilidade da ABNT.
No entanto, quem seria o portador de deficiência?
Conforme o art. 4 do Decreto 3298 de 20 de dezembro de 1999, que regulamenta a lei
7852/89, conceitua: “Art. 4
o É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas
seguintes categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do
corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se
sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia,
tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou
ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade
congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam
dificuldades para o desempenho de funções; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296,
de 2004)
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis
(dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz
e 3.000Hz; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004)
III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que
0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa
acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os
casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual
ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
(Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004)”.
5. Resultados e Discussão
5.1 Entre o “real” e o “ideal”: as condições de acessibilidade do prédio.
Podemos observar nas imagens abaixo o desnível para passagem de cadeirantes. O problema é
que o local está sem a sinalização adequada no piso ou através de placas. Para piorar a
situação, o local se encontra obstruído pelo carro estacionado na fig. 1.
Observamos na figura 3 a porta de acesso principal para o prédio. Outra forma de entrar no
prédio é através da garagem onde existe uma escada e um elevador. A porta não possui
qualquer sinalização para o portador de deficiência, apenas uma rampa móvel que não
compreende toda a área de entrada do prédio podendo ocasionar queda do desnível para o
cadeirante em uma manobra irregular ocasional. Além disso, podemos observar que uma das
portas costuma ficar fechada com um ferrolho prejudicando que o cadeirante possa entrar de
maneira livre e sem obstáculos.
8
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig.1. Desnível na calçada para o cadeirante, sem sinalização.
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 2 Desnível na calçada para acesso do cadeirante.
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 3 - Entrada do prédio
9
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 4 - Entrada de acesso à garagem
Visualizamos na figura 5, o corredor principal. As paredes estão limpas e livres de
sinalização. A pequena bancada é a recepção. Não existe sinalização no chão (piso tátil) para
o deficiente visual que pode esbarrar na própria bancada da recepção.
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 5. Corredor de entrada no térreo
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 6. Bancada de Recepção
10
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 7. Bancada de Recepção
Em seguida, existe um elevador. Como podemos ver nas figuras 7 a 9, o elevador em questão
não possui sinalização no piso (piso tátil), na parede não possui dispositivo em Braille ou
placas de identificação para os deficientes visuais (fig. 05). Para complicar um pouco mais as
coisas, no centro do piso do elevador há simplesmente um inexplicável buraco não vedado,
que obviamente representa um risco real não apenas para os portadores de necessidades
especiais. As paredes do elevador são metálicas e uma camada dessa parede empenou e teve
que ser retirada como mostrada abaixo. Esse é o único elevador existente no prédio que se
inicia no subsolo (garagem) e vai até o quinto andar, cuja estrutura se encontra em reforma
(pintura, instalação de portas etc...). Vale ressaltar que todos os andares seguem um mesmo
modelo arquitetônico, sendo que foram feitas algumas alterações como é o caso do segundo
andar onde foi inserida uma parede como divisória entre as escadas, elevador e o corredor de
acesso às salas (fig.8).
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 8. Segundo andar.
11
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 9. Elevador área interna.
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 10. Escada Terceiro Andar.
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 11. Corredor localizado no terceiro andar.
12
Obervamos nas imagens acima que ao lado do elevador existe uma escada (figuras 7 e 10).
Percebemos que nos locais – escadas e entrada do elevador, não possuem sinalização visual
nos degraus ou antes do início da escada (piso tátil) pra indicar a existência dos objetos ao
deficiente visual, conforme veremos mais adiante segundo as normas da ABNT. Também
notamos a ausência de um corrimão sinalizado em Braille no início, meio e término da escada,
assim como o anel da escada.
Todas as escadas seguem o mesmo padrão arquitetônico.
De acordo com a figura 11, os corredores se encontram desprovidos de qualquer sinalização
adequada para o portador de necessidades especiais. Não há qualquer sinalização para desvio
dos obstáculos podendo ocasionar a queda de pessoas com deficiciência visual.
Estes pontos revelam discordâncias com diversos itens presentes nas normas da ABNT.
Pudemos elencar as seguintes questões: Em seu ponto 5.12 a ABNT recomenda o uso de
sinalização tátil nos corrimãos.
“É recomendável que os corrimãos de escadas e rampas sejam sinalizados através
de:
a) anel com textura contrastante com a superfície do corrimão, instalado 1,00 m
antes das extremidades, conforme figura 10;
b) sinalização em Braille, informando sobre os pavimentos no início e no final das
escadas fixas e rampas,instalada na geratriz superior do prolongamento horizontal
do corrimão.”
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-
filefield-description%5D_24.pdf .
Fig. 12. Corrimão de acordo com a ABNT
No item 5.13 é recomendado o uso de sinalização visual de degraus: “Todo degrau ou escada deve ter sinalização visual na borda do piso, em cor
contrastante com a do acabamento, medindo entre 0,02 m e 0,03 m de largura. Essa
sinalização pode estar restrita à projeção dos corrimãos laterais, com no mínimo
0,20 m de extensão, localizada conforme figura 11.”
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-
filefield-description%5D_24.pdf
Fig.13: Escadas conforme a ABNT
13
O ponto 5.14 versa sobre a sinalização tátil do piso, outro dos muitos problemas
encontrados na edificação. Conforme a ABNT: “A sinalização tátil no piso pode ser do tipo de alerta ou direcional. Ambas devem
ter cor contrastante com a do piso adjacente, e podem ser sobrepostas ou integradas
ao piso existente...
5.14.1.2 A sinalização tátil de alerta deve ser instalada perpendicularmente ao
sentido de deslocamento nas seguintes situações:
a) obstáculos suspensos entre 0,60 m e 2,10 m de altura do piso acabado, que
tenham o volume maior na parte superior do que na base, devem ser sinalizados com
piso tátil de alerta. A superfície a ser sinalizada deve exceder em 0,60 m a projeção
do obstáculo, em toda a superfície ou somente no perímetro desta, conforme figura
60;
b) nos rebaixamentos de calçadas, em cor contrastante com a do piso, conforme
figuras 61 e 62;
c) no início e término de escadas fixas, escadas rolantes e rampas, em cor
contrastante com a do piso, com largura entre 0,25 m a 0,60 m, afastada de 0,32 m
no máximo do ponto onde ocorre a mudança do plano, conforme exemplifica a
figura 63;
d) junto às portas dos elevadores, em cor contrastante com a do piso, com largura
entre 0,25 m a 0,60 m, afastada de 0,32 m no máximo da alvenaria, conforme
exemplifica a figura 64;
e) junto a desníveis, tais como plataformas de embarque e desembarque, palcos,
vãos, entre outros, em cor contrastante com a do piso. Deve ter uma largura entre
0,25 m e 0,60 m, instalada ao longo de toda a extensão onde houver risco de queda,
e estar a uma distância da borda de no mínimo 0,50 m, conforme figura 65.”
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-
filefield-description%5D_24.pdf
Fig. 14. Sinalização tátil de alerta em obstáculos suspensos conforme a ABNT
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-
filefield-description%5D_24.pdf
14
Fig. 15. Sinalização tátil de alerta nos rebaixamentos das calçadas conforme a ABNT
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-
filefield-description%5D_24.pdf
Fig. 16. Sinalização tátil de alerta nas escadas conforme a ABNT
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-
filefield-description%5D_24.pdf
Fig. 17. Sinalização tátil de alerta nas escadas conforme a ABNT
No que se refere à garagem e aos banheiros do prédio também estes também se encontram em
conflito com as normas estabelecidas. Não há lugar para cadeirantes ou deficientes físicos em
geral. Não há também nenhum local reservado especificamente para o deficiente esperar
socorro em caso de sinistros.
Em relação às vagas de estacionamento reservadas para cadeirantes e deficientes físicos, a
ABNT é bastante clara a respeito (ver tabela 01). Locais públicos devem reservar uma fração
das vagas para portadores de necessidades especiais.
“A lei estabelece que todos os locais públicos e privados de uso coletivo como
shoppings e parques devem ter no mínimo 2% de suas vagas de estacionamento
reservadas para deficientes físicos. Se este porcentual der um resultado menor do que
um, ainda assim é necessário ter no mínimo uma vaga específica para deficientes.”
(FAGNANI, 2012).
No prédio em questão a garagem é no subsolo, um ambiente totalmente desprovido de
qualquer sinalização ou vaga com destinação ao portador de deficiência, conforme será visto a
seguir:
15
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 18. Garagem no subsolo.
.
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 19. Pouca Iluminação.
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 20. Acesso ao prédio por elevador sem piso tátil.
16
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 21. Garagem sem reserva de vaga para deficientes.
Ainda em relação à garagem foi constatado que o ambiente possui iluminação precária e sem
sinalização sonora, placas informativas, piso tátil alertando quanto às barreiras presentes
(colunas), a existência de elevador ou da escada ao lado.
Em se tratando dos banheiros adaptados aos portadores de necessidades especiais, a ABNT é
bastante detalhada. Para melhor visualizarmos as modificações e adaptações necessárias para
o uso de deficientes, observemos a figura 21 abaixo:
Fonte: http://www.deficienteonline.com.br/principais-adaptacoes-para-pessoas-com-deficiencia-fisica___8.html
17
Figura 22: Banheiro para deficientes. Imagem apenas ilustrativa que traz as especificações que estão em
conformidade com a ABNT
No local do estudo, não existe um banheiro social destinado exclusivamente ao público. O
que encontramos são banheiros de uso comum em cada sala para utilização dos colaboradores
que ali laboram.
Dessa forma, foi constatado que no que se refere a esse tópico, a edificação também não
atende as especificações presentes na ABNT conforme figura supramencionada, uma vez que
não existe apoio para utilização do vaso sanitário pelo portador de deficiência, o sanitário não
possui área de giro, ou o box assento ou barras verticais e horizontais, as torneiras não são
acionadas por alavancas, célula fotoelétrica ou sistema similar.
Abaixo apresentamos algumas fotos tiradas dos banheiros existente no terceiro andar para
melhor visualização do que fora exposto neste artigo. Salientando que todos os banheiros
seguem o mesmo modelo arquitetônico:
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 23. Banheiro sala 305, terceiro andar.
Fonte: (LIMA, 2013)
Fig. 24. Banheiro da sala 310, terceiro andar.
6. Conclusão
Ao longo do processo de pesquisa, pudemos perceber os inúmeros avanços verificados ao
longo das últimas décadas em termos de melhorias de acessibilidade aos portadores de
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necessidades especiais. Ao mesmo tempo, percebemos porém as inúmeras limitações quando
analisamos aspectos mais concretos da nossa realidade. No caso específico do edifício Celso
Haddad, percebemos que ainda há um grande trabalho a ser feito para adequar os padrões
estruturais do prédio às normas gerais da ABNT e à legislação vigente. Como se trara de um
edifício utilizado por empresas públicas ou que prestam serviços de interesse público, fica
ainda mais flagrante a distância entre as normas legais e a realidade observada. Afinal, em
uma sociedade que se pretende democrática e inclusiva, em tese, o Estado deveria ser o
primeiro a dar o exemplo e obedecer às normas por ele mesmo aprovadas, inclusive
verificando tais especificações antes de realizar qualquer locação de prédios que serão por
eles utilizadas.
Percebemos portanto, que em termos globais há avanços muito significativos em termos de
acessibilidade e inclusão. Entretanto, a mesma realidade que muda constantemente reage às
mudanças teimosamente, como as pedras das margens dos rios que resistem à incessante
pressão das águas. Ao visualizarmos a distância entre o “real” e o “ideal”, percebemos a
dimensão do quanto ainda precisa ser feito.
7. Referências Bibliográficas
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