Estudo de caso - Carvão Mineral

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  • UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

    CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

    MARCELO PAVEI FELTRIN

    PROPOSTA PARA O PLANO DE FECHAMENTO DE MINA, ESTUDO

    DE CASO UNIDADE III, COOPERMINAS, FORQUILHINHA/SC

    CRICIMA 2011

  • MARCELO PAVEI FELTRIN

    PROPOSTA PARA O PLANO DE FECHAMENTO DE MINA, ESTUDO DE CASO UNIDADE III, COOPERMINAS, FORQUILHINHA/SC

    Trabalho de Concluso de Curso, apresentado

    para obteno do grau de Engenheiro

    Ambiental no curso de Engenharia Ambiental

    da Universidade do Extremo Sul Catarinense,

    UNESC

    Orientador: Prof. Clvis Norberto Savi

    CRICIMA, 2011

  • MARCELO PAVEI FELTRIN

    PROPOSTA PARA O PLANO DE FECHAMENTO DE MINA, ESTUDO DE CASO UNIDADE III, COOPERMINAS

    Trabalho de Concluso de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obteno do Grau de Engenheiro Ambiental no Curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em recuperao de reas degradas.

    Cricima, 02 de Dezembro de 2011.

    BANCA EXAMINADORA

    Professor Clvis Norberto Savi (Mestre) UNESC

    Professora Yasmine de Moura da Cunha (Mestre) - UNESC

    Vilson Paganini Bellettini (Engenheiro Agrimensor/Civil) IPAT/UNESC

  • 3

    Dedico este trabalho a minha famlia, pelo apoio e incentivo nesta jornada.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus, por me dar fora e sabedoria e persistncia

    para percorrer este caminho.

    Aos meus pais Jos Carlos e Bernadete pela pacincia e pelo incentivo

    A minha tia sola pelo apoio e incentivo.

    A minha irm Ana Paula

    Ao meu amigo Pitta pela pacincia estmulo e ajuda fornecido durante o

    curso,valeu Pitto

    Aos meus amigos de faculdade pelo apoio e companheirismo ao decorrer

    desses cinco anos.

    Ao Amigo e professor Clvis pelo conhecimento passado.

    A todos meus amigos, Fernandinho, Gustavinho, Paulo, Joma, Alemo, Ciro,

    Cabea, Vito Mazinho, Bibi, Gacho, etc.. Que me apoiaram nessa jornada.

    Abrao!!!

    A Edilson Medeiros pela oportunidade de estgio na COOPERMINAS.

    Aos meus companheiros de trabalho: Jailson, Luis Felipe, Z Luiz e Ramon.

    Muito obrigado a todos!

  • 5

    S digno da liberdade, como da vida, aquele que se empenha em conquist-la.

    Johann Goethe

  • 6

    RESUMO

    Nas ltimas dcadas houve uma crescente cobrana da sociedade perante aos potenciais impactos ambientais que um empreendimento mineiro pode causar. Isso por que no passado a atividade no seguia nenhuma norma para as atividades de extrao, beneficiamento, disposio do rejeito e desativao do empreendimento. Atualmente para a desativao do empreendimento exigido pelo DNPM (Departamento Nacional de Produo Mineral) um Plano de Fechamento de Mina. O presente trabalho tem como objetivo propor um Plano de fechamento de Mina que atenda as exigncias da NRM N20 (Norma Regulamentadora da Minerao) juntamente com a proposta para o plano de monitoramento, evitando e minimizando os possveis impactos ambientais aps a desativao do empreendimento mineiro, capaz de avaliar parmetros fsico-qumicos garantindo assim um controle ambiental da rea recuperada e da rea de influncia do empreendimento. Palavras - chave: Fechamento de Mina, NRM n 20, Monitoramento

  • 7

    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 - Composio qumica dos carves minerais. 16

    Figura 2: Camadas de Carvo na Formao Rio Bonito em Santa Catarina. 20

    Figura 3: Sistemas de cmaras e pilas na lavra mecanizada. 24

    Figura 4: Locaizao da Unidade III, COOPERMINAS. 36

    Figura 5 - Localizao da rea de depsitos de rejeito e Unidade de beneficiamento 44

    Figura 6 - Superfcie do topo do depsito de rejeitos. Ano de 2005. 44

    Figura 7 - Vista dos taludes do depsito de rejeitos. Ano de 2005. 45

    Figura 8 - Eroso nos taludes do depsito de rejeitos. Ano de 2005. 45

    Figura 9 - Vista da rea do Passivo Ambiental em julho de 2001. 46

    Figura 10 - Conformao e compactao do depsito de rejeitos com o auxilio do rolo compactador e trator esteira (2009). 47

    Figura 11 - rea de rejeitos 03, cobertura da rea com material argiloso (2010). 47

    Figura 12 - rea de rejeitos 03, Incio da cobertura vegetal e construo das drenagens (2011). 48

    Figura 13 - rea de rejeitos 03, Cobertura vegetal com gramneas (2011). 48

    Figura 14 A) Apontadoria, B) vestirio, C) almoxarifado e D) almoxarifado 50

    Figura 15 - A) Torre de acesso ao subsolo; B) Boca do plano inclinado; C) Ptio operacional; D) Caixa de embarque. 50

    Figura 16 - A) Bacia de decantao dos slidos sedimentveis; B) ETDAM estao de tratamento de drenagem cida de mina; C) Bacia de secagem do lodo da ETDAM D) caixa separadora de leo e graxa da superfcie. 52

    Figura 17 - A) Oficina mecnica; B) Caldeiraria; C) Lavao D) Sala de compressores 53

    Figura 18 - A)Depsito de explosivo; B) Central de resduos; C) Bomba de abastecimento; D) garagem. 54

  • 8

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Padres de qualidade, estipulados pela Resoluo CONAMA e

    DECRETO ESTADUAL. 60

    Quadro 2 - Cronograma fsico para as etapas do projeto 63

    Quadro 3 - Cronograma financeiro das etapas do projeto. 63

  • 9

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Propriedades do carvo e o percentual de carbono. 17

    Tabela 2 - Reservas de carvo mineral, em milhes de Toneladas - 1997 A 2005 22

    Tabela 3: Dados do Municpio de Forquilhinha. 55

  • 10

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CE 4500 Carvo Energtico 4500

    CE 5200 Carvo Energtico 5200

    CBCA Companhia Brasileira de Carbonfera de Ararangu

    CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

    CSN Companhia Siderrgica Nacional

    DAM Drenagem cida de Mina

    DNPM Departamento Nacional de Produo Mineral

    EPI - Equipamento de Proteo Individual

    EIA- Estudo de Impacto Ambiental

    ETDAM Estao de Tratamento de Drenagem cida de Mina

    ISO International Organization for standardization

    LP- Licena Prvia

    NBR- Norma Brasileira de Regulamentao

    NRM- Norma Regulamentadora de Minerao

    RIMA- Relatrio de Impacto ao Meio Ambiente

    ROM Run of mine

    PAE- Plano de Aproveitamento Econmico

    PFM Plano de Fechamento de Mina

    PGRS Programa de Gerenciamento de Resduos Slidos

    PRAD - Plano de Recuperao de rea Degradada

    SC Santa Catarina

    SGA Sistema de Gesto Ambiental

    SIECESC Sindicato da Indstria de Extrao de Carvo do Estado de Santa

    Catarina

    TAC - Termo de Ajuste de Conduta

    UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense

  • 11

    SUMRIO

    1 INTRODUO 13

    2 OBJETIVOS 14

    2.1 OBJETIVO GERAL 14

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS 14

    3. JUSTIFICATIVA 15

    4. FUNDAMENTAO TERICA 16

    4.1 ORIGEM DO CARVO 16

    4.2 HISTRIA DO CARVO MINERAL EM SANTA CATARINA 17

    4.3 CARVO MINERAL EM SANTA CATARINA 19

    4.3.1 Camada Barro Branco 21

    4.3.2 Camada Bonito inferior 21

    4.3.3 Camada Irapu 21

    4.4 LAVRA 22

    4.4.1 Lavra Subterrnea 22

    4.4.2 Lavra a Cu aberto 25

    4.5 BENEFICIAMENTO 25

    4.6 IMPACTOS DO CARVO NO MEIO AMBIENTE 26

    4.8 NORMAS REGULAMENTADORAS DE MINERAO (NRM) 32

    4.9 FECHAMENTO DE MINA 32

    5. METODOLOGIA 35

    5.1 REA DE ESTUDO 35

    5.2 CARACTERSTICAS DO EMPREENDIMENTO 36

    5.3 METODOLOGIA PARA DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE FECHAMENTO DE MINA 37

    5.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 38

    5.4.1 Etapas do plano de fechamento de mina 38

    6 RESULTADOS 39

    6.1 JUSTIFICATIVA PARA A DESATIVAO DO EMPREENDIMENTO 39

    6.2 RELATRIO DESCRITIVO DOS TRABALHOS REALIZADOS DURANTE A ATIVIDADE DO EMPREENDIMENTO 40

    6.2.1 Lavra de subsolo 40

    6.3 TRABALHOS REALIZADOS 41

  • 12

    6.3.1 Equipamentos e materiais utilizados 41

    6.3.2 Pr-requisitos para o ciclo de produo 42

    6.4 BENEFICIAMENTO 42

    6.4.1 Etapas 43

    6.4.2 Estocagem 43

    6.4.3 Depsito de rejeito 43

    6.4.5 Drenagem 49

    6.4.6 Poo de ventilao 49

    6.5 PLANTA DA SITUAO ATUAL DA LAVRA 49

    6.6 PLANTA PLANIALTIMTRICA 49

    6.8 RESERVA REMANESCENTE 54

    6.9 CARACTERIZAO SOCIO-ECONMICA DA REA QUE ABRANGE O EMPREENDIMENTO MINEIRO 55

    7 MEDIDAS PARA A RECUPERAO DA REA DA UNIDADE III 57

    7.1 RETIRADA DE EQUIPAMENTOS 57

    7.2 EXECUO DO LACRE DE VEDAO 57

    7.3 REGULARIZAO TOPOGRFICA 57

    7.4 REDES DE DRENAGEM 58

    7.6 FERTILIZAO DO SOLO 58

    7.7 PLANTIO DE VEGETAO 58

    8 PLANO DE MONITORAMENTO 59

    8.1 EMISSO DE GASES, POEIRAS E ODOR 59

    8.2 RUDO 59

    8.3 RECURSOS HIDRICOS 59

    8.4 SOLO 61

    9 CRONOGRAMA FISICO E FINANCEIRO DAS MEDIDAS DE REABILITAO DA AREA 63

    10 APTIDO E INTENSO DE USO FUTURO DA REA 64

    11 RELATRIO DE SADE OCUPACIONAL 65

    CONCLUSO 66

    REFERENCIAL BIBLIOGRFICO 67

    ANEXOS 72

  • 13

    1 INTRODUO

    No sculo passado a explorao de carvo mineral proporcionou um forte

    desenvolvimento socioeconmico principalmente na regio sul do estado de Santa

    Catarina. Porm esta atividade deixou grandes passivos ambientais que

    comprometem a qualidade de vida da populao, fazendo o setor mineral ser visto

    pela populao, como uma atividade no compatvel com o meio ambiente.

    Nos ltimos anos houve uma mudana na postura ambiental da

    populao mundial devido preocupao com os impactos ambientais que a ao

    antrpica pode causar. Frente ao problema, os rgos pblicos criaram uma srie

    de normas e leis para que as atividade indstrial e a minerao controlem seus

    impactos ambientais se adequando a legislao.

    O setor mineiro fiscalizado pelo DNPM, que norteia as atividades

    atravs de leis, normas regulamentadoras e decretos. Para o encerramento das

    atividades de explorao da jazida exigido um plano de fechamento de mina de

    acordo com NRM n20. O presente trabalho ir apresentar o plano de fechamento

    de mina da unidade III, COOPERMINAS de acordo com a NRM n 20.

  • 14

    2 OBJETIVOS

    2.1 Objetivo Geral

    Elaborar a proposta para o plano de fechamento da unidade III da

    COOPERMINAS - Cooperativa de Extrao de Carvo Mineral dos

    Trabalhadores de Cricima

    2.2 Objetivos Especficos

    Elaborar o plano de fechamento da unidade III da COOPERMINAS de

    acordo com a legislao.

    Propor a recuperao ambiental da rea de operao da unidade III da

    COOPERMINAS.

    Elaborar o plano de monitoramento da rea aps sua recuperao.

  • 15

    3. JUSTIFICATIVA

    O fechamento da unidade III, COOPERMINAS, foi planejado em funo

    da distncia da frente de lavra, necessitando da abertura de um novo plano

    inclinado, j que o processo de lavra e retirada do minrio atravs do plano

    existente est com custos elevados de produo.

    Para que uma empresa do ramo de minerao consiga desativar uma

    mina, exigido pelo DNPM, um plano de fechamento de mina conforme a NRM n

    20. O PFM (Plano de Fechamento de Mina) consiste no acompanhamento da vida

    produtiva do empreendimento sendo concluda com um plano de fechamento de

    mina juntamente com plano de manuteno e monitoramento.

    O PFM deve ser elaborado de forma que contemple todos os parmetros

    legais e que seja eficaz na execuo do seu plano de execuo e manuteno e

    monitoramento.

  • 16

    4. FUNDAMENTAO TERICA

    4.1 ORIGEM DO CARVO

    De acordo com Rigotti (2002), o carvo se originou a partir de restos

    vegetais misturados com ceras, algas, resinas, betume, hidrocarbonetos, etc.. que

    se situavam em reas alagadas. Ao passar do tempo com ocorrncia de

    subsidncias, foram sendo soterrados por areias e argilas, onde ficou protegido da

    ao do ar sofrendo decomposio de bactrias, presso das camadas sobrepostas

    e calor originando turfa e em seguida o carvo mineral.

    O carvo pode ser definido como uma rocha sedimentar combustvel,

    formada a partir de vegetais, que foram soterrados e compactados em bacias

    originalmente pouco profundas. Fatores como a presso, a temperatura, a

    tectnica, e o tempo, determinaram a carbonificao gradativa da matria vegetal

    original, que sofreu modificaes significativas com a perda de O2 e H2O (Figura 1)

    e enriquecimento em carbono (DNPM, 2008).

    Figura 1 - Composio qumica dos carves minerais.

    Fonte: (DNPM, 2008.)

    Ainda Rigotti (2002) afirma que so 3 etapas referente a formao do

    carvo, primeiramente transformado em turfa passando posteriormente para

    lignifo e chegando ao seu ltimo estgio formando o carvo mineral ou hulha. A

    hulheizao o processo no qual ocorre o aumento do carbono fixo e a diminuio

    do hidrognio e oxignio decorrente ao tempo, a temperatura e a presso.

  • 17

    Segundo Ruiz (2009). A turfa se caracteriza como a fase inicial do

    carvo, sendo transformada em linhito, ou carvo pardo, que um carvo com

    grau de carbonificao baixo. Ao longo dos milhes de anos, a continuidade dos

    efeitos da temperatura e presso elevadas produz mudanas ao carvo linhito,

    aumentando seu grau de carbonificao e transformando-o num carvo

    denominado sub-betuminoso. Com o aumento da carbonificao, mudanas fsico-

    qumicas fazem com que o carvo endurea aumentando seu contedo de carbono

    fixo, se caracterizando como carvo betuminoso ou carvo duro. Seguindo as

    condies adequadas de temperatura e presso, o aumento progressivo do grau de

    carbonificao continua, at formar o antracito, estgio final do processo. A tabela 1

    mostra as propriedades do carvo mineral e o seu respectivo percentual de

    carbono.

    Tabela 1: Propriedades do carvo e o percentual de carbono.

    Fonte: (ROCHAS E MINERAIS, WALTER SCHUMANN, 1985.)

    4.2 HISTRIA DO CARVO MINERAL EM SANTA CATARINA

    Em 1822 com a descoberta do carvo mineral em Santa Catarina, fez

    com que a Corte Imperial mandasse vrias misses ao sul do Brasil (SOARES et.al.

    2008).

    Belloli et. al (2002) A histria da minerao do estado de Santa Catarina

    teve incio em 1832, atravs dos estudos de viabilidade realizados pelo naturalista

    Friech Sellon. Em 1837 Augusto Kesting fracassou na primeira tentativa de explorar

    o carvo catarinense, pois a jazida do minrio se situava distante do porto.

    Em 1861 o Visconde de Barbacena conseguiu do Imprio um decreto

    indicando o gelogo ingls James Johnson, para explorar as reservas de carvo em

  • 18

    rea catarinense, mas devido a problemas internos do imprio at 1876 nenhuma

    rea tinha sido minerada. (BELLOLI et.al, 2002).

    De acordo com Belloli et.al. (2002) Em 17 de novembro de 1877 Antonio

    Lage recebeu a concesso de explorar as reservas de carvo catarinenses, criando

    a empresa Lage e Irmos que era comandada por Henrique Lage, que foi o

    construtor do porto de Imbituba. Henrique Lage tambm foi responsvel por dissipar

    atividade de minerao na regio sul do estado,abrindo novas minas e

    construindo usinas de beneficiamentos, e criou mercado para o carvo nas fbricas

    de gs e nas companhias de transporte martimo e ferrovirio.

    Em 1917 o senador Paulo de Frontin fundou a primeira carbonfera para

    explotao de carvo mineral em Santa Catarina, chamada de (CBCA) Companhia

    Brasileira de Carbonfera de Ararangu (BELLOLI et.al, 2002).

    Ainda Belloli (2002), Em 1945 com a instalao da Cia. Siderrgica

    Nacional (CSN) em Volta Redonda no Rio de Janeiro, impulsionou a atividade da

    minerao na regio sul do Brasil, devido procura, foram abertas dezenas de

    minas na regio carbonfera.

    Segundo Belloli (2002), foi realizado estudo de viabilidade para utilizar o

    carvo mineral em outro segmento. A partir deste estudo foi proposta a criao da

    usina termoeltrica para o consumo da produo excedente.

    Em 1954 foi criado o Plano Nacional do Carvo para o desenvolvimento

    da siderurgia nacional, no qual inclua o carvo nacional na matriz de recursos

    estratgicos, e Santa Catarina seu principal fornecedor do carvo metalrgico.

    (SOARES et.al. 2008.)

    De acordo com a Soares et.al. (2008) no fim da dcada de 80 o governo

    passou a intervir cada vez menos, importando carvo de melhor qualidade e menor

    custo e em 1990 chegando a desobrigar as siderrgicas de comprar o carvo

    mineral brasileiro.

    Segundo Soares et.al (2008) a situao do setor carbonfero s comeou

    a melhorar em 1997 com a inaugurao da unidade Jorge Lacerda IV, no qual

    alavancou a produo do minrio, para suprir a necessidade da termoeltrica.

    De acordo com Pacheco et.al. (2002) o Brasil tem uma reserva

    estipulada de um bilho de toneladas com uma produo de 4.700.000 t/ano de

    acordo com o sumrio de 2004 do Departamento Nacional de Produo Mineral

    (DNPM).

  • 19

    Segundo Hoffman et.al. (2005) o carvo mineral corresponde a

    65% dos recursos energticos no renovveis, tendo Candiota no Rio Grande do

    Sul como a maior jazida do mineral correspondente a 55% de toda a produo do

    minrio.

    De acordo com Pacheco et.al. (2002) cerca de 80% do carvo produzido

    destinado a produo de energia atravs de usinas termoeltricas o restante

    utilizado no consumo industrial como indstria petroqumica, cimentos entre outros.

    A energia gerada pela queima do carvo mineral representa 1,5% da matriz

    energtica do pas.

    Para Belloli (2002) o carvo mineral faz parte da histria do sul de Santa

    Catarina, sendo que alguns municpios foram criados a partir da existncia do

    minrio na regio.

    As principais jazidas de carvo mineral de Santa Catarina esto situadas

    na regio sudeste do estado nos municpios de Cricima, Forquilhinha, Treviso,

    Lauro Mller, Urussanga, Siderpolis e Iara. (SAMPAIO et.al, 2001)

    O carvo minerado em Santa Catarina vem sendo usado na gerao de

    energia eltrica, na indstria siderrgica e para fabricao de coque metalrgico

    usado na fundio e na gerao de calor para indstrias de cimento, cermica,

    qumica, papel e metais. (SIECESC, 2008).

    De acordo com Ruiz (2009), o carvo amplamente empregado na

    gerao de energia e na produo do ao. O carvo ainda usado na fabricao de

    cimento, e em vrios outros processos industriais onde haja necessidade da

    gerao de calor.

    4.3 CARVO MINERAL EM SANTA CATARINA

    Segundo Mller et. al. (1987) a Bacia Carbonfera Sul Catarinense uma

    das mais importantes bacias do sul do pas, pois encerra as maiores reservas de

    carvo coqueificvel economicamente explorveis do territrio nacional, situada no

    flanco sudeste do Estado, estendida desde o sul em Ararangu at alm de Lauro

    Muller, numa faixa com direo Norte Sul com aproximadamente 100 km de

    comprimento e uma largura mdia de 20 km.

  • 20

    De acordo com Mller et. al. (1987) as camadas de carves mais

    importantes da Bacia Carbonfera Sul Catarinense encontram-se na parte superior

    da Formao Rio Bonito.

    Ainda Mller et. al. (1987), so identificadas 12 camadas de carvo na

    Formao Rio Bonito, como podemos visualizar na (figura 2).

    Figura 2 - Camadas de Carvo na Formao Rio Bonito em Santa Catarina.

    Fonte: (SFFERT, CAYE e DEEMON, 1977, apud MLLER, 1987)

    Destaca-se pela constncia lateral, maior espessura e recuperao de

    carvo metalrgico as camadas Barro Branco, Irapu, e Bonito Inferior (Mller et. al.

    1987).

  • 21

    4.3.1 Camada Barro Branco

    De acordo com Mller et. al. (1987), a camada de carvo Barro Branco

    a mais importante das camadas de carvo da bacia carbonfera, em razo de sua

    grande e persistente reserva, e da qualidade de seu carvo.

    A camada de carvo Barro Branco distribui-se por uma rea de

    aproximadamente 2000 km, sendo constituda por uma alternncia de camadas de

    carvo e estril (Siltitos e Folhelhos). A espessura de carvo contido na camada

    est em torno de 1,20m, chegando a 1,60m ao longo do eixo da bacia. A camada

    total tem em mdia 2,00m de espessura. (MLLER et. al. 1987)

    Ainda Mller et. al. (1987), afirma que a qualidade da camada de carvo

    Barro Branco a nica explorada no Brasil com propriedades coqueificantes,

    permitindo seu uso na siderurgia nacional.

    4.3.2 Camada Bonito inferior

    De acordo com Mller et. al. (1987), a camada Bonito Inferior a camada

    mais espessa, embora sua qualidade seja inferior a camada Barro Branco

    produtora de carvo energtico e metalrgico.

    Ainda Mller et. al. (1987), a camada Bonito Inferior composta por leitos

    de carvo separados por intercalaes de folhelhos carbonosos.

    4.3.3 Camada Irapu

    De acordo com Mller et. al. (1987) a camada Irapu est situada

    entre 4 a 12 metros, abaixo da camada Barro Branco. Esta no mostra

    continuidade lateral nem espessura digna de nota e seus depsitos mais

    significativos so alongados ou curvos, em forma de ferradura sugerindo

    depsitos em paleocanais.

    Segundo Mller et. al. (1987) A camada constituda por leitos de carvo

    com intercalaes de siltitos e folhelhos pretos. Em termos de espessura de carvo,

    esta varia de 1 1,8m em reas prximas a Cricima e Treviso, respectivamente.

  • 22

    4.4 LAVRA

    Podemos definir lavra como o conjunto de operaes que engloba a

    explotao do carvo e seu beneficiamento, estas operaes incluem a escavao

    o transporte, e desmonte do minrio, podendo ser realizada no subsolo ou a cu

    aberto, sempre levando em conta a geologia da rea onde est situada a jazida

    (MULLER et.al. 1987).

    Segundo o decreto n 227, 28/02/1967 que dispe sobre o cdigo de

    minerao, a lavra o conjunto de operaes que coordenadas objetivando o

    aproveitamento industrial da jazida, desde que a extrao de substancias teis que

    contiver at o beneficiamento das mesmas.

    Todo o empreendimento mineiro modifica o seu entorno, desde o

    processo de extrao mineral at o depsito de rejeito, indiferente se por minerao

    a cu aberto ou subterrnea (KOPEZINSKI 2000).

    Tabela 2 - Reservas de carvo mineral, em milhes de Toneladas - 1997 A 2005

    Fonte: (DNPM, 2008).

    4.4.1 Lavra Subterrnea

    Amaral et.al.(1994) afirma que atualmente todas as minas subterrneas

    do estado de Santa Catarina utilizam o processo cmeras e pilares, apenas se

    diferenciando nos seus nveis de mecanizao.

    O mtodo cmeras e pilares so utilizados em depsitos com camadas

    horizontais ou levemente inclinados no qual o teto sustentado por pilares naturais.

    O minrio extrado por cmaras retangulares ou quadradas com o objetivo de

    facilitar o planejamento e as operaes de lavra. A dimenso das cmaras depende

  • 23

    da espessura e profundidade do depsito, estabilidade do teto e a resistncia do

    pilar (SOARES et.al., 2008).

    A figura 3 demonstra o lavra de minerao subterrnea pelo mtodo

    cmaras e pilares. O sistema consiste de abertura de uma eixo principal, a

    perpendicular aos eixos traam-se os painis com 7 a 9 galerias paralelas,

    deixando-se os pilares quadrados para serem minerados. (MULLER et. al. 1987).

    Ainda Muller et. al. (1987) as operaes so iniciadas pelo corte na

    camada de carvo no qual utilizada a cortadeira, em seguida realizada a etapa

    de perfurao, nos furos so colocados explosivos iniciados por espoleta e estopins

    para a detonao. Logo aps o desmonte das frentes de lavra, o carvo

    carregado pelo Loader carregador que se desloca sobre as esteiras at um

    alimentador-britador onde alimenta as correias transportadoras e por ltimo o

    escoramento do teto pelo sistema parafusos de teto com o objetivo de garantir a

    segurana da Mina.

  • 24

    Figura 3 - Sistemas de cmaras e pilares na lavra mecanizada.

    Fonte: (DNPM modificado apud MULLER et. al. 1987).

    Segundo Costa; Koppe (2002) os pilares eram considerando

    irrecuperveis podendo haver uma lavra de retrao, colocando em risco o

    desabamento do teto, entretanto em 1990 esta tcnica passou a ser proibida pelo

    DNPM (Departamento Nacional de Produo Mineral), por causar subsidncias no

    terreno e por em risco a segurana do trabalhador.

    De acordo com Krebs et. al. (1994), de fundamental importncia ter o

    conhecimento da espessura da camada de carvo e da litologia do teto para evitar

    riscos de subsidncias na mina.

  • 25

    Segundo Krebs et. al. (1994) devido formao geolgica o teto

    provavelmente ser composto de siltito, arenitos e em menor possibilidade de

    siltitos carbonosos.

    Para extrao de carvo mineral que utilizam o mtodo cmaras e

    pilares so utilizados parafusos de teto para a sustentao temporria das cmaras

    e por ser de preo mais acessvel (COSTA & KOPPE 2002).

    Ainda Costa e Koppe (2002), o mtodo de cmaras e pilares, engloba o

    desmonte, da rocha/minrios atravs de explosivos (furao, detonao) ou por

    minerador contnuo, equipamentos mecnicos transporte/carregamento e

    escoramento de teto.

    4.4.2 Lavra a Cu aberto

    As operaes na lavra a cu aberto consiste na remoo da cobertura

    vegetal e do material estril e a extrao da camada do carvo. Deve ter o

    conhecimento da camada de carvo, das caractersticas dos materiais de cobertura

    a ser removido, da relao estril/minrio, a topografia de superfcie, a espessura e

    quantidade de camada de carvo, a produo prevista, equipamentos disponveis,

    energia eltrica, presena de guas e cuidados com o meio ambiente (MULLER et.

    al. 1987).

    Muller et. al. (1987) a cobertura e o carvo so lavrados em uma

    seqncia de cortes. O estril removido de um corte colocado dentro do vazio do

    corte anterior onde o processo de extrao j foi realizado.

    4.5 BENEFICIAMENTO

    Segundo Sampaio (2002), o beneficiamento tem objetivo de separar o

    carvo mineral dos materiais indesejveis, algumas substncias como argila so

    responsveis pelo teor de cinza aps a combusto. A pirita possui um alto nvel de

    enxofre, prejudicando o meio ambiente, e as atividades que necessitam de um

    baixo teor do mesmo.

    Muller et. al. (1987) afirma que so vrios os processos de

    beneficiamento do carvo sendo que na maioria, est relacionada na diferena de

  • 26

    densidade entre a matria mineral e a matria carbonosa, principalmente nas

    fraes grosserias, para obter as parcelas ricas em carbono.

    Cancelier (2009) afirma que os processos de beneficiamento so

    divididos de acordo com a granulomtria empregada. Estas granulometrias variam

    de acordo com a especificao do cliente;

    Inferiores a 0,1mm - ultrafinos de carvo, tem como processo de

    beneficiamento mais utilizado, a flotao.

    Entre 0,1 e 2mm - finos de carvo, so utilizadas para a separao dos

    materiais indesejveis usando o sistemas de mesas concentradoras e

    espirais concentradoras

    Entre 2mm e 50mm grossos de carvo ,utilizando o processo de jigagem.

    E superiores a 50mm grosseiros de carvo .sendo que o processo de

    beneficiamento utilizado so jigues, meios densos dinmicos, meios densos

    estticos.

    Segundo Souza 2009, o material (R0M) passa por um processo de

    britagem para que o material possa ficar na granulomtrica desejada para a etapa

    de jiguagem, logo aps separado por peneiras sendo concentrado pelo sistema

    gravimtrico de jigues, logo aps conduzido caixa de embarque. Os finos

    provenientes das etapas de lavra ou de britagem so conduzidos a circuitos

    independentes onde so concentrados pelos sistemas de ciclones, espirais, mesas

    concentradoras, flotao e peneiras desaguadoras.

    4.6 IMPACTOS DO CARVO NO MEIO AMBIENTE

    A atividade mineira apontada na regio sul do estado como

    responsvel por causar grandes impactos aos recursos naturais.

    De acordo com Reis e Barreto (2000) esta viso se da pelo fato d

    atividade mineira extrair recursos minerais, diferentes de outros setores, utilizando

    recursos naturais pra auxiliar no processo de extrao e beneficiamento. Sendo que

    o minrio um bem natural classificado como recurso no renovvel. Estas razes

    tornam a atividade mineira mais fragilizada frente s questes ambientais

    comparando com qualquer outro setor econmico, portanto sendo apontada em

    princpio como setor poluidor.

  • 27

    Kopenzinski (2000), afirma que a minerao a atividade mais primitiva

    exercida pelo homem trazendo bens sociais e industriais, considerada uma das

    fontes mais primitivas no qual seu modelo de extrao vem se aprimorando ao

    longo das ltimas cinco dcadas. Podendo ocasionar srios impactos ambientais se

    for operada sem controle ambiental e com tcnicas inadequadas.

    Segundo Koope e Costa (2008) no passado atividades de lavra a cu

    aberto em Santa Catarina, foram desenvolvidas sem nenhum planejamento, e sem

    observar os padres de recuperao necessrios para manter a qualidade do meio

    ambiente na rea de influncia das mineradoras. Ainda, muitas reas foram

    simplesmente abandonadas. Isto gerou diversos problemas, que incluram a

    gerao de DAM, impacto visual, eroso e liberao de gases para a atmosfera.

    Segundo a Resoluo CONAMA 001/86, no art.1 afirma que impacto

    ambiental qualquer alterao das propriedades qumicas, fsicas e biolgicas no

    meio ambiente, gerada por meio de alguma matria ou energia resultante das

    aes antrpicas afetando direta ou indiretamente;

    A sade, segurana e o bem-estar da populao;

    A biota;

    As condies estticas e sanitrias do meio ambiente;

    A qualidade dos recursos ambientais.

    Para Bitar (1988) importante considerar nas identificaes dos

    impactos, que geralmente no processo de minerao envolvem etapas como

    mobilizao de terra ou escavaes causando desmatamento, alterao na

    superfcie topogrfica e da paisagem. Tambm ocorrem perdas ou destruio dos

    solos superficiais frteis, comprometimento de encostas, alteraes nos corpos de

    gua e de nveis freticos, alm da exposio de reas aos fenmenos de dinmica

    superficial, como eroso e assoreamento. Existem ainda problemas relacionados

    aos processos de desmonte, como o uso de explosivos resultando em vibraes,

    rudos, e formao de gases.

    Segundo Bitar (1988) os impactos relacionados ao transporte do (ROM)

    so a poeira e vibraes provocadas pelos veculos. No processo de

    beneficiamento, quase sempre so envolvidos aditivos qumicos, tratamento

    mecnicos e/ou queima de combustvel fssil, cujos efeitos intervm direta ou

    indiretamente no meio ambiente. Por ltimo a estocagem ou a disposio de

    materiais derivados da extrao de carvo e do beneficiamento como minrio de

  • 28

    baixo teor, e os rejeitos em geral que so destinados aos depsitos de rejeitos onde

    se exige cuidados com a segurana e a estabilidade do mesmo envolvendo

    tcnicas de contenso e consolidao. Os matrias e seus depsitos podem

    constituir fontes de poluio de gua, solo e ar afetando a biota.

    Bitar (1988) afirma que os fatores que influenciam a extenso dos

    impactos ambientais causados pela atividade mineira na natureza, esto

    relacionados com o tamanho da operao a ser utilizado na lavra associado aos

    mtodos de lavra aplicados, e tambm a natureza do mineral e suas

    conseqncias, como o beneficiamento.

    Segundo Snchez (1987), aponta que por a mina estar em constante

    construo, apresenta uma flexibilidade maior, decorrente de seu prprio carter

    dinmico, isso significa que as atividades de monitoramento ambiental podem

    fornecer dados importantes que levem a adoo de medidas de precauo dos

    impactos, depois que o empreendimento j ter sido posto em atividade.

    De acordo com Torres; Gama (2005) as alteraes no meio ambiente

    relacionado com a deposio do rejeito na minerao de carvo esto a alterao

    do solo, gerao de rudo, poluio atmosfrica e poluio das guas. Na ausncia

    de um controle ambiental correto algumas dessas alteraes podem afetar a sade

    humana, e toda biodiversidade presente na rea de influncia da carbonfera.

    Para Sanchez e Formoso (1990), a explorao de carvo acarreta em

    srios problemas ambientais, pois modificam a estrutura do meio natural devido as

    tcnicas inadequadas de disposio do rejeito da minerao. Causando

    contaminao de guas superficiais e subterrneas, alterao no solo com perca

    do solo frtil e alterao na atmosfera com a gerao de gases e poeiras.

    A poluio das guas superficiais e subterrneas gerada pela oxidao

    dos minerais sulfetados, principalmente a pirita (FeS2), Pirita em contato com a

    gua e ar ,sofre oxidao formando o cido sulfrico (H2SO4) poluente caracterstico

    da (DAM) (UBALDO et. al. 2006).

    Ainda Ubaldo et. al. (2006) o cido sulfrico (H2SO4) provoca a

    dissoluo de minerais aluminossilicatados, e eleva a concentrao de metais como

    o Al, Fe, Mn, Cu, Ni, Zn a nveis txico, acelerando as perdas de Ca e Mg por

    lixiviao na forma de sais sulfato e determina a deficincia de P, N, Mo, B.

    prejudicando a revegetao das reas exploradas. No solo os impactos causados

  • 29

    por este poluente se manifestam com a remoo do solo orgnico, com a ao

    erosiva, na disposio da fauna e flora local e no impacto visual.

    As DAM so capazes de alcanar os recursos hdricos e com baixo pH,

    manter dissolvida a maiorias dos metais pesados provenientes da liberao da

    oxidao da pirita. Esses metais podem permanecer em soluo como ons livres

    ou na forma de complexos, podendo ser absorvidos por organismos vivos,

    causando processos mutagnicos, carcinognicos, distrbios respiratrios e

    osmorregulatrios, e at sua morte. (MACHADO et. al. 1984).

    Brena (2002) afirma que o carvo tem capacidade de gerar poluentes

    atmosfricos como o dixido de enxofre (SO2), e xidos de nitrognio (Nox como

    NO, NO2) que podero reagir com o vapor da gua presente na atmosfera formando

    o cido sulfrico (H2SO4) e o cido ntrico (HNO3). Podendo originar chuva cida.

    Os metais pesados como chumbo, mercrio, cdmio, podem ser

    dissolvidos e disponibilizados no ambiente pela chuva cida, os metais podem ser

    carregados para os reservatrios, e absorvidos pelos vegetais e animais, os quais

    podem ser consumidos pelo homem, esses metais txicos mesmo em baixas

    concentraes danificam o sistema nervoso humano. Seus efeitos so cumulativos

    e encontra-se quadro clnico de depresso, ansiedade, sndrome do pnico e stress

    (BRENA, 2002).

    4.7 LEGISLAO

    Um dos marcos da legislao ambiental no Brasil a Resoluo

    CONAMA 001/86, que definiu os empreendimentos passveis de Licenciamento

    Ambiental, entre eles a minerao, e explicitou as regras para a atividade.

    (KOPENZINKI, 2000).

    Segundo Kopezinski (2000), de acordo com a resoluo CONAMA

    001/86, para toda atividade de minerao obrigatrio a obteno da Licena

    Ambiental, sendo necessrio apresentar o Estudo de Impacto Ambiental,

    desenvolvido por equipe multidisciplinar independente do empreendedor,

    constituindo nalises prvias de um EIA, sendo consolidado no RIMA, podendo

    julgar necessrio a apresentao do RIMA em audincia pblica para sua

    discusso.

  • 30

    Ainda Kopezinski (2000), fala que o licenciamento ambiental especifico

    para a minerao foi regulamentado pelas Resolues CONAMA 009/90 e 010/90,

    publicadas em 28/12/1990, que estabelece normas e procedimentos para

    empreendimentos que tem como objetivo a explotao de minrios. Este

    empreendimentos esto sujeito a permisso de lavra o que requer a elaborao e

    apresentao de EIA/RIMA, PAE e LP, que vem logo aps a etapa de requerimento

    de concesso de lavra ao DNPM.

    De acordo com o art. 22, IX da constituio (1988), compete a

    privativamente unio legislar sobre as jazidas, minas e outros recursos minerais e

    metalrgicos.

    No art. 20, IX da constituio (1988) junto com o art.176, afirma que as

    jazidas em lavra, assim como os demais recursos minerais, pertence unio

    federal, bem como a propriedade do produto da lavra e do concessionrio, podendo

    este efetuar a lavra dos recursos minerais com a autorizao da unio nos termos

    da Lei.

    Segundo Art. 225, &, 20 da constituio (1988), aquele que explorar

    recursos naturais fica com a responsabilidade de recuperar os impactos ambientais

    causados pela atividade de minerao. Sendo de obrigao do minerador,

    recuperar a rea degradada de acordo com a tcnica exigida pelo rgo pblico

    competente, na forma de lei.

    Lei n 6.803/80

    Surgimento do EIA ,em Junho de 1980,implantado pela lei 6.803 de 02

    de julho de 1980, norteando a questo do zoneamento industrial pertinentes a zona

    crtica de poluio.

    Lei n 6.938/81

    A Lei n 6.938 de 31 de agosto de 1981, dispe da poltica nacional do

    meio ambiente, seus procedimentos de formulao e aplicao.

  • 31

    Decreto n 88.351/83

    O decreto 88.351/83, consolidou que, a avaliao de impacto ambiental

    estaria ligado ao sistema de licenciamento, outorgado ao CONAMA referente ao art.

    18.&1, delineando as exigncias pertinentes ao EIA para fins de licenciamento.

    Resoluo CONAMA n 001/86

    Conforme o art. 48 do Decreto 88.351/83, a Resoluo CONAMA 001/86

    formulou e definiu os parmetros para o uso e implementao da avaliao do

    impacto ambiental como ferramenta da Poltica Nacional do Meio Ambiente.

    Resoluo CONAMA n 237/97

    A resoluo CONAMA n 237/97 no art.3, afirma que o licenciamento

    ambiental para empreendimentos e atividades consideradas potencialmente

    causadoras de significativa degradao do meio, depender de prvio estudo de

    impacto ambiental e respectivo relatrio de impacto sobre o meio ambiente

    (EIA/RIMA), no qual dever ser publicado e de acordo com a regulamentao,

    quando necessrio seja garantida as realizaes de audincias pblicas.

    Lei n 9.605/98

    A Lei n 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, fala que a empresa no pode

    causar poluio de qualquer natureza em nveis que possam resultar em danos

    sade humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruio

    significativa da flora.

    Lei n 14.675/09

    O Cdigo estadual do Meio Ambiente n 14.675 de 13 de abril de 2009

    proibe a disposio de poluentes e resduos de qualquer natureza em poos e

    perfuraes ativas ou abandonadas, mesmo secas.

  • 32

    Decreto n 24.643/37

    De acordo com o decreto n 24.643, de 10 de junho de 1937, o

    empreendimento no pode ter construes capazes de poluir ou inutilizar para uso

    ordinrio a gua do poo ou nascente alheia, a ela preexistentes

    Lei n 97.632/89

    Segundo o Decreto n 97.632/89, a recuperao dever ter por objetivo o

    retorno do stio degradado a uma forma de utilizao de acordo com um plano

    preestabelecido para uso do solo, visando obteno de uma estabilidade do meio

    ambiente.

    4.8 NORMAS REGULAMENTADORAS DE MINERAO (NRM)

    A Portaria n 237, de 18 de outubro 2001, alterada pela Portaria n 12 de

    22 de janeiro de 2002, do Departamento Nacional de Produo Mineral DNPM,

    institui as Normas Reguladoras de Minerao (NRMs), tendo a NRM n 20

    disciplinando os procedimentos administrativos e operacionais no caso de

    fechamento de mina (cesso definitiva das operaes mineiras), suspenso

    (cessao temporria) e retomada de operaes mineiras, estabelecendo inclusive,

    que tais hipteses dependem de prvia comunicao e autorizao do DNPM,

    devendo o minerador apresentar requerimento justificativo, devidamente

    acompanhado dos diversos documentos que formam o Plano de Fechamento ou

    Suspenso da Mina (SOUZA, 2003).

    4.9 FECHAMENTO DE MINA

    O fenmeno mundial da proteo ao meio ambiente est ganhando cada

    vez mais fora no que diz respeito ao fechamento de mina, a qual vem se

    materializando pelo ordenamento jurdico nacional, a partir do advento da

    Constituio Federal (SOUZA, 2003).

  • 33

    De acordo com Camelo (2006), a partir de 1980 que comeou a

    preocupao com o fechamento das unidades mineiras. Naquela poca as

    atenes eram focadas apenas na produo, no havendo enfoque nenhum para

    as questes relacionas ao fechamento das minas.

    Segundo Reis e Barreto (2000), podemos considerar a desativao de

    um empreendimento mineiro como o processo de encerramento das atividades de

    lavra por razes tcnicas, legal ou econmica diante ao esgotamento ou exausto

    da reserva mineral ou em razo da inexistncia das condies que permitam a

    continuidade da lavra de um depsito mineral.

    Ainda Camelo (2006), o plano de fechamento de mina um aspecto

    importante do projeto de minerao e deve ser gerenciado desde os estudos de

    viabilidade at os trminos das atividade mineiras.

    Segundo Reis e Barreto (2000), o PFM dever ter por base o diagnstico

    real da situao tcnica e scio-ambiental do empreendimento de sua insero local

    e regional.

    Ainda Reis e Barreto (2000), ao se falar de minerao e desenvolvimento

    sustentvel, existe um foco maior quando se trata de desativar um empreendimento

    mineiro, uma vez que no existe somente a questo scio ambiental, mas tambm

    por existir a questo poltica econmica que delimita o empreendimento mineiro.

    Segundo Souza (2003), a peculiaridade da questo do fechamento de

    uma mina decorrente da aptido que se d ao uso futuro da rea, que at o

    momento final da extrao mineral tinha um propsito, sendo fundamental, portanto

    que a desativao da mina deve seguir as imposies legais. Legalizar a nova

    situao de um novo aproveitamento mineral da jazida desativada e o cumprimento

    dos deveres que o minerador tem para a execuo do plano de recuperao de

    rea degradada aprovado pelo rgo Ambiental competente.

    Podemos definir os custos em um Plano de Desativao como sendo a

    antecipao medida, em termos monetrios incorridos ou potencialmente a incorrer,

    nas aes de avaliao, minimizao, monitoramento ou recuperao dos dados

    causados ao meio ambiente provocados pela minerao nas fases de

    planejamento, construo, operao e fechamento de mina(BRANDT, 1998).

    De acordo com Brandt (1998) os custos de desativao de um

    empreendimento mineiro devem ser definidos nos estudos de viabilidade

    econmica. Podemos estimar a ordem de grandeza dos valores a recuperao de

  • 34

    uma mina e acrescent-lo ao estudo de viabilidade. Para isso, devemos obter a

    reserva lavrvel e o custo mdio de produo do bem mineral explotado em estudo.

    De posse destes dados poderemos idealizar vrios cenrios de custos de

    recuperao, bastando para isso alterar o valor percentual do acrscimo nos custos

    mdios de produo.

  • 35

    5. METODOLOGIA

    5.1 REA DE ESTUDO

    A unidade produtiva (Unidade III) encontra-se inserida na poligonal do

    DNPM 815.706/04, de titularidade da COOPERMINAS Cooperativa de Extrao

    de Carvo Mineral dos Trabalhadores de Cricima. Est localizada na Estrada

    Geral s/n, Bairro Verdinho, Forquilhinha, SC (figura 4),. Seus acessos esto

    localizados no Bairro Verdinho, pertencente ao municpio de Forquilhinha e podem

    ser acessados partir de Cricima pela Rodovia Jorge Lacerda, passando pelo

    bairro Sango, tomando-se a derivao direita em direo Forquilhinha pela

    Rodovia Gabriel Arns, percorrendo-se 4 km e atravs da Rodovia Nereu Belolli,

    tomando-se a Rodovia a esquerda e percorrendo-se a distncia de 5 km, dobrando-

    se esquerda chegando aos portes de acesso da empresa (Unidade III).

    O empreendimento mineiro da COOPERMINAS composto pelas

    atividades de: extrao do minrio, realizadas pelas unidades: unidade III, Mina

    Joo Sonego e beneficiamento (unidade II), e depsitos de rejeitos. A reserva de

    carvo mineral do empreendimento refere-se Camada de Carvo Barro Branco.

    A COOPERMINAS certificada pela norma NBR ISO 9001:2000 e pela

    norma NBR ISO 14001:2004 e teve sua ltima auditoria realizada pelo rgo

    certificador em agosto de 2011. A figura 4 mostra a localizao da empresa.

  • 36

    Figura 4 Localizao da Unidade III, COOPERMINAS.

    Fonte :(Google Earth, 2011).

    5.2 CARACTERSTICAS DO EMPREENDIMENTO

    A COOPERMINAS explorou a jazida de carvo mineral atravs da

    unidade de extrao (Unidade III), que foi se esgotando naturalmente, sem que

    houvesse outras reservas da prpria COOPERMINAS disponveis para minerao,

    at a obteno de uma nova reserva no qual houve a necessidade da abertura de

    um nova unidade de extrao (Mina Joo Sonego).

    A COOPERMINAS produz carvo mineral do tipo CE 4500 para

    suprimento de matria prima Tractebel Energia SA, CE TIPO 5200 para fins

    metalrgicos, e produo de finos, usados como aditivo trmico na indstria de

    coque e para as indstrias cermicas da regio.

    Resumidamente o ROM explotado para a superfcie atravs de

    correias transportadoras pelo plano inclinado. Onde o mesmo transportado

    atravs de caminhes por cerca de 8 km at o ptio de beneficiamento (Unidade II).

  • 37

    No beneficiamento, o ROM submetido ao processo de britagem para se obter a

    granulomtria desejada. O ROM britado alimenta dois jigues tipo BATAC,

    hidrociclones espessadores e mesas concentradoras do tipo wifley. Os finos,

    resultantes da britagen so separados atravs da flotao, baseada nas

    propriedades fsico-qumicas superficiais das partculas.

    As guas utilizadas na Unidade III e na Unidade Mina Joo Sonego, so

    encaminhadas s ETDAMs. E as guas utilizadas no processo de beneficiamento

    (Unidade II) so direcionadas ao circuito fechado e passam pelo sistema de

    decantadores de lamelas e bacias de decantao dos slidos presentes, tornando

    prpria para a sua reutilizao.

    5.3 METODOLOGIA PARA DESENVOLVIMENTO DO PLANO DE

    FECHAMENTO DE MINA

    A primeira etapa se deu atravs da pesquisa de dados in-loco onde

    foram reunidos documentos da empresa como: PRAD, relatrios de monitoramento,

    relatrios ambientais e EIA/RIMA.

    O DNPM estabelece um roteiro para a elaborao do plano de

    fechamento de mina, atravs da portaria editada e publicada pelo DNPM n 237 de

    18 de janeiro de 2001, alterada pela portaria do DNPM n 12 de 22 de janeiro de

    2002, instituindo as Normas Regulamentadoras de Minerao (NRM) entre elas a

    NRM n 20 que dispe a respeito da suspenso e o Fechamento de Mina.

    Sobre o fechamento de mina a NRM n 20, diz no item 20.4 e seus subitens

    que:

    20.4 Fechamento de Mina 20.4.1 Para o fechamento de mina, aps comunicao prvia, obrigatrio o pleito ao Ministro de Estado de Minas e Energia, em requerimento justificativo devidamente acompanhado de instrumentos comprobatrios nos quais constem: a) relatrio dos trabalhos efetuados; b) caracterizao das reservas remanescentes; c) plano de desmobilizao das instalaes e equipamentos que compem a infra-estrutura do empreendimento mineiro indicando o destino a ser dado aos mesmos; d) atualizao de todos os levantamentos topogrficos da mina; e) planta da mina na qual conste as reas lavradas recuperadas, reas impactadas recuperadas e por recuperar, reas de disposio do solo orgnico, estril, minrios e rejeitos, sistemas de disposio, vias de acesso e outras obras civis; f) programa de acompanhamento e monitoramento relativo a: I - sistemas de disposio e de conteno; II - taludes em geral;

  • 38

    III - comportamento do lenol fretico; IV - drenagem das guas; g) plano de controle da poluio do solo, atmosfera e recursos hdricos, com caracterizao de parmetros controladores; h) plano de controle de lanamento de efluentes com caracterizao de parmetros controladores; i) medidas para impedir o acesso mina de pessoas estranhas e interditar com barreiras os acessos s reas perigosas; j) definio dos impactos ambientais nas reas de influncia do empreendimento levando em considerao os meios fsico, bitico e antrpico; l) aptido e inteno de uso futuro da rea; m) conformao topogrfica e paisagstica levando em considerao aspectos sobre a estabilidade, controle de eroses e drenagens; n) relatrio das condies de sade ocupacional dos trabalhadores durante a vida til do empreendimento mineiro e o)cronograma fsico e financeiro das atividades propostas. 20.4.2 Para toda mina que no tenha plano de fechamento contemplado em seu PAE, a critrio do DNPM, fica o seu empreendedor obrigado a apresentar o referido plano conforme o item 20.4.1.

    A partir das determinaes exigidas na NRM n 20 da portaria DNPM

    n12 de 22 de janeiro de 2002, e dos dados obtidos a partir dos documentos da

    empresa foi proposto o Plano de Fechamento de Mina.

    5.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

    Como instrumentos da coleta de dados foram usados documentos da

    empresa, fotografias e visita in-loco. Ficou evidenciado que o empreendimento

    contemplava todos os dados necessrios para a proposta para o PFM conforme a

    NRM n 20.

    5.4.1 Etapas do plano de fechamento de mina

    O plano de fechamento de mina orientado pelo DNPM atravs da NRM

    n 20 da portaria DNPM, n 12 de 22 de janeiro de 2002, seguindo as seguintes

    exigncias:

    1 - Justificativa para a deciso de desativao da mina:

    Avaliar junto engenharia e geologia quais as razes da desativao do

    empreendimento.

    2 - Relatrio dos trabalhos realizados durante a atividade do empreendimento;

    Realizado pela rea da engenharia

  • 39

    3 - Planta de situao atual do subsolo:

    Realizada pela equipe de engenharia de agrimensura

    4 - Planta planialtimtrica atualizada

    Atualizaes dos mapas devem ser realizadas pela equipe de topografia

    5 - Registro fotogrfico da rea atual do empreendimento mineiro:

    Realizado o registro fotogrfico da rea do empreendimento.

    6 - Caracterizao das reservas remanescentes

    Foi realizado pela rea da engenharia e geologia.

    7- Caracterizao scio-econmica que abrange a rea do empreendimento

    mineiro:

    Foi realizado a partir de consultas dos documentos e relatrios como o EIA/RIMA da

    mineradora.

    8- Medidas de reabilitao da rea

    Elaborada a proposta para a recuperao da rea degrada.

    9 - Programa de monitoramento e manuteno:

    Proposta de um plano de monitoramento e manuteno que contempla a legislao

    vigente.

    10 - Cronograma fsico e financeiro das medidas de reabilitao.

    O cronograma foi elaborado pelo setor responsvel pelo meio ambiente.

    11 - Relatrio das condies de sade ocupacional dos trabalhadores durante a

    vida til do empreendimento:

    O relatrio foi confeccionado pela equipe do SESMT (Servio Especializado em

    Segurana e Medicina do Trabalho): engenheiro de segurana, tcnicos de

    segurana e tcnico em enfermagem.

    6 RESULTADOS

    6.1 JUSTIFICATIVA PARA A DESATIVAO DO EMPREENDIMENTO

    A desativao da unidade produtiva (Unidade III), localizada no bairro

    Verdinho Forquilhinha SC, ser realizada devido ao aumento de custo de produo,

    pois a frente de lavra encontra-se muito distante do atual plano inclinado,

    comprometendo a competitividade e sustentabilidade do empreendimento.

  • 40

    6.2 RELATRIO DESCRITIVO DOS TRABALHOS REALIZADOS DURANTE A

    ATIVIDADE DO EMPREENDIMENTO

    A unidade produtiva (Unidade III), ao longo de seu perodo de operao

    foi estruturada nas seguintes etapas:

    Extrao e produo de minrio em subsolo;

    Rejeitos gerados depositados/armazenados;

    Estocagem e manuseio de minrio ou estril;

    Operaes auxiliares de apoio a extrao e ao beneficiamento;

    Reabilitao de passivos;

    Monitoramento ambiental.

    6.2.1 Lavra de subsolo

    A unidade de produo (Unidade III) foi concedida a COOPERMINAS em

    1998, que utilizou o mtodo de lavra subterrnea tipo cmaras e pilares, sem

    remoes adicionais de minrio no abandono dos painis.

    Para a extrao do minrio foram utilizados conjuntos semi mecanizados

    com martelo de teto, perfuratrizes de frente e carregadeira eltrica tipo MT (micro

    trator).

    No transporte de carvo detonado desde a frente de extrao at as

    correias transportadoras secundrias, foram utilizadas carregadeiras tipo MT. Essas

    correias alimentam as correias do eixo, que trabalham em cascata conduzindo o

    ROM at a superfcie.

    Aps o carregamento do carvo desmontado pelas carregadeiras tipo

    MT, entra a equipe de retoque de frentes e escoramento de teto, cuja funo a

    derrubada de blocos soltos do teto e execuo do atirantamento deste com a

    utilizao de marteletes de teto do tipo stoper BBD 46 W. Com o teto retocado e

    devidamente escorado entra em operao a perfuratriz de frente que executa a

    furao da frente de extrao seguindo o plano de fogo previamente determinado.

    Com a furao concluda comea a atuao do blaster que faz o carregamento dos

    furos com explosivos e acessrios. Aps, d-se incio detonao.

  • 41

    Concluda a aerao do local com a retirada da poeira e fumaa oriundas

    da detonao e a umidificao do carvo desmontado, reinicia-se o ciclo descrito

    acima.

    Toda a parte operacional do empreendimento foi planejada pela

    engenharia, para que houvesse um melhor aproveitamento do minrio, e atendesse

    aos padres de segurana dos trabalhadores e do empreendimento.

    6.3 TRABALHOS REALIZADOS

    A unidade produtiva (Unidade III), no decorrer de suas atividades teve a

    seguinte estrutura de trabalhos realizados:

    Levantamentos geolgicos, hidrogeolgicos e topogrficos;

    Levantamentos geofsicos, eletrorresistividade e magnetometria;

    Estudo e interpretao aerofotogramtricos;

    Projeo do comportamento do teto das galerias e fixao do mesmo com o

    uso de parafusos de sustentao das galerias;

    Disposio geral dos painis em subsolo via de ar puro, via de sada de ar

    contaminado, e vias de acessos para equipamentos e funcionrios;

    Extrao e produo de carvo mineral em subsolo;

    Beneficiamento de carvo mineral;

    Disposio/armazenamento de rejeitos e resduos gerados;

    Estocagem e manuseio de minrio e rejeitos;

    Operaes auxiliares de apoio ao beneficiamento.

    6.3.1 Equipamentos e materiais utilizados

    Martelete pneumtico BBD - 46W;

    Perfuratriz hidrulica sobre chassi de MT;

    P-carregadeira MT capacidade de 1.000 kg;

    P-carregadeira BOBCAT capacidade de 410 kg;

    Transformador de 225 kva.

  • 42

    6.3.2 Pr-requisitos para o ciclo de produo

    Verificao de treinamento e competncia do trabalhador;

    Fornecimento de EPIs e cobrana de uso dos mesmos;

    Verificao de condies de sade e higiene ocupacional;

    Verificao da ventilao no subsolo;

    Medio de gases no subsolo;

    Esgotamento e direcionamento da gua nas galerias;

    Transporte, equipamentos e suprimentos para a operao;

    Manuteno e controle de drenagem;

    Abastecimento de gua potvel no subsolo;.

    6.3.3 Operaes Auxiliares

    Tarefas e funes no pertencentes s reas e turnos de produo e

    manuteno do empreendimento:

    ETDAM Estao de Tratamento de Drenagem cida de Mina;

    Guarita;

    Apontadoria;

    Almoxarifado;

    Depsito de explosivos;

    Oficina mecnica;

    Oficina eltrica;

    Vestirio;

    Instalaes hidro-sanitrias na superfcie;

    Lavao.

    6.4 BENEFICIAMENTO

    A alimentao do minrio realizado por transporte rodovirio, atravs

    de caminhes, que percorrem cerca de 8 km at o ptio de beneficiamento,

  • 43

    localizado no Bairro Santa Lbera, municpio de Forquilhinha (SC). Onde o ROM

    passa por um processo de reduo granulomtrica e pelo processo de separao

    dos materiais (carvo, rejeito, estril e finos).

    6.4.1 Etapas

    Cominuio reduo granulomtrica do ROM (britagem) favorecendo

    a separao do estril. Neste processo so utilizados britador primrio tipo

    mandbulas e britadores secundrios do tipo rolo.

    Concentrao de grosso - processo gravimtrico que separa o minrio do

    estril/rejeito atravs de diferenas de gravidade. Neste processo utilizado Jigue

    BATAC.

    Concentrao de finos processo de separao as partculas menores

    que 0,6mm que so arrastadas no desaguamento do minrio, no processo de

    concentrao de grosso, (acima de 0,6 mm). Neste processo so utilizados

    hidrociclones, espessadores, peneiras vibratrias e mesas concentradoras.

    A COOPERMINAS continuar realizando as atividades de

    beneficiamento, utilizando o ROM da unidade produtiva Mina Joo Sonego.

    6.4.2 Estocagem

    Quando necessrio o ROM proveniente da Unidade III, estocado em

    pilhas no ptio operacional no qual o solo impermeabilizado com argila

    compactada. As guas que entram em contato com o ROM estocado

    direcionada bacia de decantao para posterior reutilizao.

    Na unidade de beneficiamento (Unidade II) o material estocado no ptio

    de beneficiamento para posterior processo. Aps o minrio passar todas as etapas

    do processo de beneficiamento o mesmo estocado em pilhas para ser

    encaminhado ao transporte (ferrovirio ou rodovirio).

    6.4.3 Depsito de rejeito

    A COOPERMINAS que teve seu estatuto aprovado em 1998, utilizou

    para disposio dos rejeitos slidos da usina de beneficiamento as antigas reas de

    depsito de rejeito abandonadas pela CBCA (Companhia Brasileira Carbonfera de

  • 44

    Ararangu) (figura 5). Cabe ressaltar que a CBCA no atendia s Normas Tcnicas

    para a disposio dos rejeitos slidos gerados pela sua unidade de beneficiamento,

    caracterizando-se numa rea de degradao ambiental. A figura 5 trs a

    localizao da rea de depsitos de rejeito e Unidade de beneficiamento.

    Figura 5 - Localizao da rea de depsitos de rejeito e Unidade de beneficiamento

    Fonte: (Google Earth, 2011) modificado.

    Nas reas 01 e 03 j foram realizados os trabalhos de recuperao

    ambiental, porm na rea 02 est localizado o atual depsito de rejeito utilizado

    pela carbonfera de acordo a legislao.

    As figuras 6, 7, 8 e 9 mostram a situao do depsito de rejeitos (rea 03)

    no ano de 2005.

    Figura 6 - Superfcie do topo do depsito de rejeitos. Ano de 2005.

  • 45

    Fonte: (PRAD, COOPERMINAS).

    Figura 7 - Vista dos taludes do depsito de rejeitos. Ano de 2005.

    Fonte: (PRAD, COOPERMINAS)

    Figura 8 - Eroso nos taludes do depsito de rejeitos. Ano de 2005.

  • 46

    Fonte: (PRAD, COOPERMINAS).

    Figura 9 - Vista da rea do Passivo Ambiental em julho de 2001.

    Fonte: (PRAD COOPERMINAS).

    A COOPERMINAS tem-se o Termo de Ajustamento de Conduta n.o

    002/2005 que estabelece obrigaes mnimas para adequao legal das atividades

    de explorao mineral, transporte, beneficiamento e deposio de rejeitos, com

    prazo determinado para cumprimento das obrigaes relativas ao meio ambiente.

    As figuras 10, 11, 12 e 13 mostram o trabalho de recuperao ambiental

    realizados nas reas de rejeitos.

  • 47

    Figura 10 - Conformao e compactao do depsito de rejeitos com o auxilio do rolo compactador e trator esteira (2009).

    Fonte: (COOPERMINAS, 2009).

    Figura 11 - rea de rejeitos 03, cobertura da rea com material argiloso (2010).

    Fonte: (COOPERMINAS, 2010).

  • 48

    Figura 12 - rea de rejeitos 03, incio da cobertura vegetal e construo das drenagens (2011).

    Fonte: (COOPERMINAS, 2011)

    Figura 13 - rea de rejeitos 03, cobertura vegetal com gramneas (2011).

    Fonte: (COOPERMINAS, 2011).

  • 49

    6.4.5 Drenagem

    As guas infiltradas na mina durante a etapa de retirada dos

    equipamentos sero bombeadas para ETDAM (Estao de Tratamento de

    Drenagem cida de Mina), atravs do atual plano inclinado. Estas infiltraes so

    divididas em gua de entrada na mina atravs do plano inclinado, e gua infiltrada

    no subsolo ao longo da mina, o volume atualmente bombeado do subsolo apresenta

    uma vazo de 140 m3/hora.

    6.4.6 Poo de ventilao

    Na empresa existiam trs poos de ventilao e sada de emergncia,

    sendo que um deles j est lacrado, permanecendo dois poos abertos que sero

    objetos do atual plano de fechamento da mina, de acordo com o projeto de

    engenharia, no considerados neste trabalho.

    6.5 PLANTA DA SITUAO ATUAL DA LAVRA

    No anexo 1 consta a imagem da poligonal da carbonfera juntamente

    com a planta de situao atual contendo reas mineradas pela antiga CBCA, pela

    atual carbonfera e a rea da reserva remanescente do minrio projetada para ser

    extrada atravs da nova unidade de extrao (Unidade Joo Sonego).

    6.6 PLANTA PLANIALTIMTRICA

    Em anexo 2 segue a planta planialtimtrica da superfcie da Unidade III,

    nela constam as edificaes, acessos a unidade, redes de drenagem e curvas de

    nvel. A planta utilizada no planejamento das obras de desmobilizaes durante a

    execuo do Plano de Fechamento de mina

  • 50

    6.7 REGISTROS FOTOGRFICOS

    Figura 14 A) Apontadoria, B) vestirio, C) almoxarifado e D) almoxarifado .

    Fonte: (COOPERMINAS, 2011)

    A Figura 15 - A, B, C e D ilustram a torre utilizada pelos funcionrios para

    acesso ao subsolo e como meio de transporte de equipamentos pequenos, o plano

    inclinado, local de acesso de funcionrios e tambm entrada de suprimentos e

    maquinrios para o processo de extrao do minrio, o ptio operacional da

    unidade local onde so carregados os caminhes para encaminhamento do ROM

    ao processo de beneficiamento e a caixa de embarque do ROM.

    Figura 15 - A) Torre de acesso ao subsolo; B) Boca do plano inclinado; C) Ptio operacional; D) Caixa de embarque.

    A B

    C D

  • 51

    Fonte: (COOPERMINAS, 2011)

    A Figura 16 - A, B, C e D mostram a bacia de decantao dos slidos, a

    estao de tratamento de gua cida de mina, a bacia de secagem do lodo

    originado na ETDAM para posterior encaminhamento ao depsito de rejeitos, e a

    caixa separadora de leo e graxa da superfcie.

    A B

    C D

  • 52

    Figura 16 - A) Bacia de decantao dos slidos sedimentveis; B) ETDAM estao de tratamento de drenagem cida de mina; C) Bacia de secagem do lodo da ETDAM D) caixa separadora de leo e graxa da superfcie.

    Fonte: (COOPERMINAS, 2011)

    A Figura 17 A, B, C e D ilustram a oficina mecnica e a caldeiraria

    onde so feitas as manutenes e montagens de equipamentos e ferramentas

    dando o suporte para a extrao do minrio no subsolo, a lavao e a sala de

    compressores da unidade.

    A B

    C D

  • 53

    Figura 17 - A) Oficina mecnica; B) Caldeiraria; C) Lavao D) Sala de compressores

    Fonte: (COOPERMINAS, 2011)

    A figura 18 - A, B, C e D mostra o depsito de explosivo, a central de

    resduos da unidade, a unidade de abastecimento das mquinas e equipamentos e

    a garagem para a ambulncia que auxilia no transporte em caso de acidente de

    trabalho.

    A B

    C D

  • 54

    Figura 18 - A) Depsito de explosivo; B) Central de resduos; C) Bomba de abastecimento; D) garagem.

    Fonte: (COOPERMINAS, 2011)

    6.8 RESERVA REMANESCENTE.

    Clculo de reservas remanescentes do DNPM 815.706/04: rea: 3.563.179,79 m Camada total: 1,79 m (mdia furos IMA-30, 270, 269, MB-16, IMA-54, MB-17, MB-

    01, FS-SR 01, FS-SR-06 e FS-SR 07)

    Volume: 3.563.179,79 x 1,79 = 6.378.091,80 m Densidade Camada Barro Branco: 2,05

    A B

    C D

  • 55

    Reserva In Situ = 13.075.088,00 t Recuperao na lavra: 50,00 % Reserva lavrvel = 13.075.088,00 x 0.50 = 6.537.544,00 t Recuperao do lavador (CE-4500) = 38,00 % Reserva de CE-4500 = 6.537.544,00 x 0.38 = 2.484.266,70 t Produo anual de ROM prevista= 960.000,00 t Vida til da jazida = 6,81 ANOS

    6.9 CARACTERIZAO SOCIO-ECONMICA DA REA QUE ABRANGE O

    EMPREENDIMENTO MINEIRO.

    Forquilhinha pertence associao regional da AMREC Associao

    dos Municpios da Regio Carbonfera, composta por 10 municpios. Contando com

    22.548 habitantes tem sua economia historicamente ligada extrao de carvo

    mineral, porm possui atualmente atividades bem diversificadas. Com a

    desacelerao da indstria carbonfera no sul do estado a partir da dcada de 80,

    outros setores despontaram no municpio, principalmente os ligados a agricultura.

    Segundo EIA/RIMA, 2005, Forquilhinha teve um grande avano

    econmico devido extrao de carvo, atividade a que ainda hoje bastante

    atuante na regio. Porm houve uma diversificao nas atividades econmicas

    visando atender as demandas regionais. Forquilhinha aparece em 3 lugar no setor

    de indstria da AMREC com 43 estabelecimentos destacando-se a agroindstria e a

    minerao, ficando em 5 no setor de comrcio e servios. No setor primrio,

    destacam-se os cultivos de milho, fumo, banana e arroz, alm da avicultura e

    suinocultura.

    A (Tabela 3) seguir mostra os dados de municpio de Forquilhinha no

    ano de 2011.

    Tabela 3: Dados do Municpio de Forquilhinha.

    Localizao: Plancie Sul do Estado de SC

    Associao Filiada: AMREC

    Data de Fundao: 26/04/1989 | Lei 7587/89

    Micro regio: Cricima

  • 56

    Distncia da Capital: 220 Km

    rea: 184 km

    Altitude: 42 m (mdia)

    Latitude: 2844'05''

    Longitude: 4928'20''

    Ponto Culminante: 80m (Morro do Peru)

    Densidade demogrfica:

    Populao: 22.548

    Abastecimento de Energia: 4.169 res.Urb.; 37 Indstrias; 362 Comrcios; 855 res.

    Rurais

    Abastecimento de gua: 92% da populao

    Escolas Pblicas: 22

    Domiclios: 4.489

    Atividades Econmicas: Extrao de carvo, agroindstria, Metal Mecnica,

    agricultura e comrcio .

    Comrcio: 362

    Servio: 298

    Indstrias: 37

    Fonte: (FORQUILHINHA, 2011).

    A AMREC tem como objetivo fortalecer a capacidade administrativa

    econmica e social dos municpios que a integra, prestando-lhes assistncia tcnica

    relacionada ao acompanhamento nos repasses dos Governos Estadual e Federal,

    como ICMS, FPM e, CFEM que uma contribuio sobre a extrao mineral na

    ordem de 2% do faturamento das empresas mineradoras.

  • 57

    7 MEDIDAS PARA A RECUPERAO DA REA DA UNIDADE III

    As medidas de recuperao da rea do empreendimento sero

    compostas pelas seguintes etapas:

    Retirada de equipamentos;

    Remoo das obras de infra-estrutura;

    Execuo do lacre de vedao do plano inclinado e do poo de

    ventilao.

    Medidas de recuperao ambiental da rea:

    Reconformao topogrfica

    Descompactao do solo

    Implantao da rede de drenagem

    Fertilizao do solo

    Plantio da vegetao

    7.1 RETIRADA DE EQUIPAMENTOS

    Os equipamentos retirados do subsolo e superfcie da Unidade III devem

    ser analisados pela engenharia para verificar a possibilidade de utilizao na

    unidade Mina Joo Sonego. Equipamentos e estruturas que no sero mais

    utilizados pela empresa devem ser descartados de acordo PGRS implantado pelo

    SGA da COOPERMINAS.

    7.2 EXECUO DO LACRE DE VEDAO

    O fechamento da boca do plano inclinado ser atravs de uma estrutura

    de concreto armado, obedecendo ao projeto realizado pela engenharia.

    7.3 REGULARIZAO TOPOGRFICA

    Aps a concluso das etapas preliminares onde foram contempladas as

    etapas de retirada de equipamentos, remoo da infraestrutura e fechamento dos

    acessos ao subsolo, inicia-se a fase de recuperao ambiental:

  • 58

    Conformao topogrfica da rea operacional com utilizao de

    equipamentos de terraplanagem;

    Cobertura da rea com 50 cm de material argiloso;

    Complementao com 30 cm de solo construdo.

    7.4 REDES DE DRENAGEM

    A realizao da rede de drenagem deve ser implantada para dar o

    direcionamento adequado s guas pluviais, evitando que as mesmas venham

    causar eroso no solo e que se direcionem a reas lacradas (poo de ventilao e

    plano inclinado).

    7.6 FERTILIZAO DO SOLO

    Ser realizada uma amostragem do solo para a realizao de anlises

    de fertilidade. De acordo com os resultados das anlises, efetuar os clculos

    necessrios para a neutralizao do solo e a correo da fertilidade do mesmo.

    7.7 PLANTIO DE VEGETAO

    Sero introduzidas espcies tipo gramneas e arbustivas de forma a

    minimizar as eroses, no qual ficam propostas as seguintes tcnicas:

    Realizao da transposio do solo vegetal e/ou serrapilheira, no qual

    realizado o espalhamento dos mesmos, contendo matria orgnica e banco de

    sementes nos locais em que h risco de eroso. O plantio de gramneas ser

    realizado atravs de leiva de 0,30 x 0,30cm, podendo ser atravs de mudas ou

    sementes.

    No plantio de espcies arbreas sero utilizadas espcies arbreas de

    rpido crescimento e que tenham um sistema radicular que se adaptam as reas

    onde sero introduzidas.

  • 59

    8 PLANO DE MONITORAMENTO

    O plano de monitoramento da rea ter o objetivo do monitoramento dos

    indicadores da qualidade ambiental da rea, bem como a gerao de dados

    tcnicos cientficos,obtidos a curto mdio e longo tempo, e que dem suporte a

    tomada de decises acerca da conduo do processo de recuperao da rea.

    O plano de monitoramento e manuteno da rea contemplar os

    seguintes fatores:

    Emisso de gases, poeira e odor;

    Rudo;

    Recursos hdricos;

    Solo

    Vegetao.

    8.1 EMISSO DE GASES, POEIRAS E ODOR

    Fica proposto que sejam executados durante as etapas de recuperao e

    monitoramento, manutenes nos veculos e seus devidos controles.

    Para evitar a gerao de poeira, causado pelo trafico de veculos na rea

    da empresa, passar um caminho pipa diariamente para molhar a estrada.

    8.2 RUDO

    O monitoramento do rudo ser realizado semanalmente durante a

    execuo das obras de recuperao ambiental, com o a utilizao de equipamento

    prprio, de acordo com a NBR 10151.

    8.3 RECURSOS HIDRICOS

    O monitoramento dos recursos hdricos ser proposto de forma a

    monitorar os pontos estratgicos onde possamos registrar e dar respostas rpidas a

    ocorrncia de alguma alterao relacionada a desativao do empreendimento.

    A frequncia dos monitoramentos dos pontos foi proposta de acordo sua

    caracterstica, localizao e finalidade podendo ter sua frequncia:

  • 60

    Semanal

    Mensal

    Trimestral

    Anual

    Os padres de qualidade das guas no Estado de Santa Catarina so

    estipulados pela Resoluo CONAMA N 357/05 e pelo DECRETO ESTADUAL N

    14.250/81, de acordo com o quadro 1 abaixo:

    Quadro 1 - Padres de qualidade, estipulados pela Resoluo CONAMA e DECRETOESTADUAL.

    Fonte: Souza, 2009.

    Para os monitoramentos dos recursos hdricos, ficam propostos os 62

    pontos de monitoramento, dos quais, 37 so de piezmetros, 7 pontos de guas

    superficiais e 18 pontos de medio de rguas da guas

  • 61

    Os piezmetros so utilizados para avaliao do nvel do lenol fretico

    mensalmente e trimestralmente a indicao da qualidade da gua durante cinco

    anos.

    O monitoramento desses pontos ir garantir que no haver influncia do

    empreendimento em relao aos cursos de guas superficiais, e condies fsico-

    qumicas do lenol fretico. Em anexo 3 mostra o mapa de monitoramento contendo

    todos os pontos ser monitorados durante cinco anos.

    8.4 SOLO

    O monitoramento da qualidade fsica e qumica do solo ser efetuado

    anualmente. Aps esta primeira etapa, a anlise do solo ser realizada aps o

    quarto anos da execuo do projeto.

    A metodologia de amostragem de solo nas reas deve seguir as

    recomendaes da EMBRAPA. Sugerimos que seja feita pelo menos uma amostra

    por hectare. As amostras sero encaminhadas para anlise em laboratrio para

    identificao dos seguintes parmetros:

    pH;

    Textura;

    ndice SMP;

    Matria orgnica;

    Fsforo (P);

    Potssio (K);

    Alumnio trocvel (Al);

    Magnsio (Mg);

    Clcio (Ca);

    Ferro (Fe);

    Sdio (Na);

    H + Al;

    pH CaCl2

    Soma de bases;

    Saturao de bases;

    Capacidade de Troca Catinica (CTC);

    Permeabilidade.

  • 62

    Ser realizado um monitoramento mensal do solo visando identificar os

    processos erosivos, registrando atravs de fotografias e relatrios das correes

    realizadas na rea.

    8.5 VEGETAO

    O desenvolvimento vegetativo das espcies introduzidas e aquelas em

    regenerao natural sero acompanhado e monitorado atravs de registros

    fotogrficos, medies de desenvolvimento, registros e correes observando-se os

    seguintes aspectos:

    Taxa de mortalidade e sobrevivncia das espcies introduzidas;

    Medidas de dimetro na base do caule (DAB) e altura das espcies

    introduzidas.

  • 63

    9 CRONOGRAMA FISICO E FINANCEIRO DAS MEDIDAS DE

    REABILITAO DA AREA

    Os quadros 2 e 3 mostram, respectivamente, os cronogramas fsico e

    financeiro para as medidas adotadas na recuperao da rea

    Quadro 2 - Cronograma fsico para as etapas do projeto

    Etapas do projeto 1 Tri 2 Tri 3 Tri 4 Tri 5 Tri 6 Tri

    Retiradas dos equipamentos

    Execuo do lacre de vedao

    Remoo da infra-estrutura

    Regularizao topogrfica

    Implantao da rede de drenagem

    Descompactao do solo

    Fertilizao do solo

    Estabilizao do solo

    Monitoramento

    Fonte: (Souza, 2009 modificado)

    Quadro 3 - Cronograma financeiro das etapas do projeto.

    Etapas do projeto Previsto (R$)

    Retiradas dos equipamentos 350.000,00

    Execuo do lacre de vedao 50.000,00

    Remoo da infra-estrutura 12.000,00

    Regularizao topogrfica 10.000,00

    Implantao das redes de drenagem 8.500,00

    Descompactao do solo 2.000,00

    Fertilizao do solo 2.000,00

    Estabilizao do solo 2.500,00

    Monitoramento 60.000,00

    TOTAL 497.000.00

    Fonte: Souza, 2009 modificado.

  • 64

    10 APTIDO E INTENSO DE USO FUTURO DA REA

    Dentro do estudo para o Plano de Fechamento da Mina, talvez o que

    mais norteie os resultados a serem obtidos, a definio do uso futuro da rea.

    Para a definio do uso futuro de grande importncia analisarmos a rea de

    influncia a fim de definir um uso futuro coerente com a situao do local que o

    empreendimento se encontra, isto ocorre por que na fase de estudos podemos

    determinar os itens referentes ao processo de uso posterior otimizando a coleta de

    dados evitando gastos desnecessrios.

    Desta forma fica proposta para a rea a criao de avirios considerando

    a ocorrncia da atividade em reas vizinhas e o forte desenvolvimento

    agroindustrial do municpio e podendo ainda como alternativa ser utilizada para

    outros fins relacionados ao setor produtivo de alimentos.

  • 65

    11 RELATRIO DE SADE OCUPACIONAL

    O relatrio de sade ocupacional fundamentado em um programa de

    segurana que vem de encontro ao bem estar da sade do trabalhador, bem como

    na identificao dos riscos e tomadas de medidas que visam corrigir tais riscos

    propiciando um ambiente sem riscos para o desempenho das atividades de cada

    funo (Anexo 4).

  • 66

    CONCLUSO

    O presente trabalho props um Plano de Fechamento de Mina no qual

    atendesse os requisitos legais da Portaria do DNPM n 20 de 12 de Janeiro de

    2002, sendo que sua metodologia foi baseada na Norma Regulamentadora de

    Minerao NRM n 20, facilitando a estruturao do Plano de Fechamento de

    Mina.

    Para compilar todos os dados necessrios para a elaborao do PFM, foi

    necessria a mobilizao de alguns funcionrios da empresa. Aps obter os

    materiais necessrios para a elaborao do projeto deu-se inicio analise e

    formulao do mesmo.

    Atravs da compilao dos materiais, visitas in-loco e registros

    fotogrficos, foi elaborado o Plano de Fechamento de mina e proposto o plano de

    monitoramento para a Unidade III.

    Com as exigncias estabelecidas pela NRM n 20 ao empreendimento

    mineiro que faz o pedido de desativao da mina, fica assegurada a

    responsabilidade do mesmo com o meio em geral, no que diz respeito a

    recuperao da rea degradada, monitoramento da rea de influncia e no que

    tange as questes socioeconmicas da localidade. Uma vez que o empreendimento

    mineiro no pode afetar de forma negativa as comunidades que vivem no entorno

    das reas da atividade mineira.

    O monitoramento deve mostrar aos rgos Ambientais que est sendo

    realizado com a frequncia estabelecida pelo plano de monitoramento proposto,

    com o objetivo de evitar qualquer tipo de acidente ambiental. Mesmo que venha

    ocorrer algum tipo de acidente, o programa de monitoramento deve permitir uma

    resposta rpida para a correo do problema de forma a impedir um impacto maior

    ao meio ambiente.

  • 67

    REFERENCIAL BIBLIOGRFICO AMARAL, J.; VALIATI, D. Carvo em Santa Catarina. Cricima, 1994. CPRM/DMPN. 33 p. BELLOLI, M; QUADROS, J; GUIDI. A. A histria do carvo de santa Catarina. Cricima: imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina, 2002. v.1 296p. BITTAR, O. Y; FORNASARI FILHO, N.; VASCONCELOS, M .M. T. Consideraes bsicas para abordagem do meio fsico nos estudos de impacto ambiental. In: Anais... Congresso Brasileiro de Geologia, 35, 1998, Belm. Anais. Belm: 1988. BRANDT, W. Avaliao de cenrios futuros em plano de fechamento de mina. In: DIAS, L. E.; MELLO, J. W. V. (Ed.) Recuperao de reas degradadas. Viosa: Universidade Federal de Viosa, 1998. p. 131-134. BRASIL. Decreto n 88.351, DE 01 de junho de 1983. Dispem, respectivamente, sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente e sobre a criao de Estaes Ecolgicas e reas de Proteo Ambiental. Disponvel em: acessado em 23 de setembro de 2011.

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  • 69

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  • 72

    ANEXOS

  • 73

    ANEXO I

  • 74

    ANEXO II

  • 75

    ANEXO III

  • 76

    ANEXO IV

  • 77

    RELATRIO DE SADE OCUPACIONAL DOS TRABALHADORES DA UNIDADE III, COOOPERMINAS

    1 OBJETIVO

    Este trabalho tem como objetivo diagnosticar os programas implantados na

    rea de segur