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ESTUDO DE CASO Fábio Ferraz é formado em contabilidade, e recentemente terminou sua especialização em Controladoria e Finanças pela Universidade Estadual do Centro-Oeste, e após fazer uma disciplina de Gestão de Pessoas em seu curso que lhe permitiu adquirir um pouco de conhecimentos sobre a área, se encontra agora diante de um importante desafio: onde aplicar todo o seu conhecimento conquistado ao longo de sua vida acadêmica? Que organizações procurar? Ele decidiu que um dos critérios para a seleção das organizações é que estas desenvolvam o plano de carreiras, ou seja, que ele possa crescer profissionalmente em uma dessas organizações. Após um tempo de seleção, Fábio seleciona quatro empresas: a empresa A que atua fortemente no segmento farmacêutico e acredita ser fundamental o treinamento e desenvolvimento dos seus profissionais, capacitando e promovendo seu crescimento na organização via crescimento vertical do indivíduo e via remuneração básica, variável mais os benefícios. A empresa B que atua no segmento de bebidas e também acredita no crescimento profissional dentro da organização, mas desenvolve o plano de carreiras via estrutura em rede, ou seja, oferece mais alternativas para o crescimento profissional ao contrário de seguir uma única estrutura, do tipo hierárquico e convencional. Nesta, a remuneração oferecida inclui a remuneração básica, remuneração por resultados mais os benefícios. A remuneração total da empresa B é a mais alta. Fábio se lembra que conhece Maria Elisabeth, diretora na empresa D que poderá ajudá-lo e entra em contato por e-mail. As empresas C e D são da mesma holding e a sede fica em Curitiba (empresa C) e a sua extensão em Guarapuava (empresa D) e atuam na área acadêmica. A sede defende fortemente o plano de carreiras, e não admite intervenções externas como os famosos pedidos aqui e ali e termina por desenvolver um “plano de carreiras” paralelo. E, na verdade, é uma estrutura onde um profissional como Fábio poderia iniciar como professor de graduação, posteriormente poderia dar aulas nos cursos de especialização e MBA (caso fizesse o mestrado) e após concluir o doutorado poderia seguir como professor e quem sabe atuar na coordenação destes cursos? Assim, a remuneração iria variar de acordo com a posição na carreira, mas é em média constituída pela remuneração básica e benefícios excelentes. Ao contrário, a empresa D não faz a menor objeção quanto a possíveis ajudas, uma vez que não tem o plano de carreiras e a direção pode contratar e demitir quem desejar, quando desejar. A remuneração, então, é bastante variável, ou seja, depende do seu relacionamento interno e externo. Maria Elisabeth responde por e-mail enfatizando que basta apenas alguns telefonemas e que aguarda a posição final de Fábio. Na verdade, Fábio se encontra diante de um dilema: as empresas A e B são super corretas no que se refere ao crescimento profissional apenas diferem na estrutura de carreira a ser trilhada pelos profissionais. A empresa C também é muito correta, embora um pouco mais rigorosa levando em consideração que atua na área acadêmica e defende suas políticas e normas direcionadas para o plano de carreiras, via estruturas paralelas. Fábio se identifica mais com a empresa C, mas confessa que diante da

Estudo de Caso Dias 19 e 20 Nov

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Estudo de caso

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ESTUDO DE CASO

Fábio Ferraz é formado em contabilidade, e recentemente terminou sua especialização em Controladoria e Finanças pela Universidade Estadual do Centro-Oeste, e após fazer uma disciplina de Gestão de Pessoas em seu curso que lhe permitiu adquirir um pouco de conhecimentos sobre a área, se encontra agora diante de um importante desafio: onde aplicar todo o seu conhecimento conquistado ao longo de sua vida acadêmica? Que organizações procurar? Ele decidiu que um dos critérios para a seleção das organizações é que estas desenvolvam o plano de carreiras, ou seja, que ele possa crescer profissionalmente em uma dessas organizações.

Após um tempo de seleção, Fábio seleciona quatro empresas: a empresa A que atua fortemente no segmento farmacêutico e acredita ser fundamental o treinamento e desenvolvimento dos seus profissionais, capacitando e promovendo seu crescimento na organização via crescimento vertical do indivíduo e via remuneração básica, variável mais os benefícios.

A empresa B que atua no segmento de bebidas e também acredita no crescimento profissional dentro da organização, mas desenvolve o plano de carreiras via estrutura em rede, ou seja, oferece mais alternativas para o crescimento profissional ao contrário de seguir uma única estrutura, do tipo hierárquico e convencional. Nesta, a remuneração oferecida inclui a remuneração básica, remuneração por resultados mais os benefícios. A remuneração total da empresa B é a mais alta.

Fábio se lembra que conhece Maria Elisabeth, diretora na empresa D que poderá ajudá-lo e entra em contato por e-mail. As empresas C e D são da mesma holding e a sede fica em Curitiba (empresa C) e a sua extensão em Guarapuava (empresa D) e atuam na área acadêmica. A sede defende fortemente o plano de carreiras, e não admite intervenções externas como os famosos pedidos aqui e ali e termina por desenvolver um “plano de carreiras” paralelo.

E, na verdade, é uma estrutura onde um profissional como Fábio poderia iniciar como professor de graduação, posteriormente poderia dar aulas nos cursos de especialização e MBA (caso fizesse o mestrado) e após concluir o doutorado poderia seguir como professor e quem sabe atuar na coordenação destes cursos? Assim, a remuneração iria variar de acordo com a posição na carreira, mas é em média constituída pela remuneração básica e benefícios excelentes. Ao contrário, a empresa D não faz a menor objeção quanto a possíveis ajudas, uma vez que não tem o plano de carreiras e a direção pode contratar e demitir quem desejar, quando desejar.

A remuneração, então, é bastante variável, ou seja, depende do seu relacionamento interno e externo. Maria Elisabeth responde por e-mail enfatizando que basta apenas alguns telefonemas e que aguarda a posição final de Fábio.

Na verdade, Fábio se encontra diante de um dilema: as empresas A e B são super corretas no que se refere ao crescimento profissional apenas diferem na estrutura de carreira a ser trilhada pelos profissionais.

A empresa C também é muito correta, embora um pouco mais rigorosa levando em consideração que atua na área acadêmica e defende suas políticas e normas direcionadas para o plano de carreiras, via estruturas paralelas. Fábio se identifica mais com a empresa C, mas confessa que diante da possibilidade de assumir um cargo superior na empresa D está em dúvida e se questiona bastante, uma vez que não seria nada interessante abrir mão da empresa C na qual se identificou mais, apenas por uma posição superior na empresa D, “por baixo dos panos”.

Maria Elisabeth telefona para Fábio e diz que um dos diretores vai sair e que seria uma ótima oportunidade para ingressar neste momento de tantas mudanças e que de repente até a remuneração poderia ser maior.

O objetivo deste estudo de caso é que você (ou a melhor opção indicada pelo grupo) se coloque no lugar de Fábio e escolha qual a melhor empresa para se trabalhar discutindo os seguintes aspectos: ética, segmento de atuação, estrutura de plano de carreira, identificação, remuneração, condições econômicas pessoais e do mundo atual.

Você poderá utilizar-se, como base, de todo o material que trata sobre planos de carreira e de cargos e salários, bem como, de eventuais situações conhecidas e vividas por você, pelos seus colegas, professores e familiares.

Boa sorte e pense bem na sua escolha, pois certamente no futuro você terá que fazer uma única escolha! E não esqueça que o mundo corporativo é cruel e nada chega com facilidade às mãos de ninguém.

Adaptado por: Luiz Fernando Lara Fonte: ARAUJO, L. C. G. de Gestão de Pessoas: estratégias e integração organizacional. São Paulo: Atlas, 2006