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Sumário
Dados do Empreendimento .......................................................................................................................... 3
Introdução ..................................................................................................................................................... 4
Caracterização do empreendimento ............................................................................................................ 5
Caracterização da vizinhança do imóvel: uso e ocupação do solo ............................................................... 7
Adensamento populacional ........................................................................................................................ 10
Tráfego e Sistema de Circulação ................................................................................................................. 11
Transporte coletivo ................................................................................................................................. 11
Volume de Tráfego .................................................................................................................................. 12
Nível de Serviço ....................................................................................................................................... 15
Equipamentos urbanos ............................................................................................................................... 15
178Abastecimento de água e esgoto ..................................................................................................... 15
Sistema de drenagem pluvial .................................................................................................................. 16
Coleta de Resíduos .................................................................................................................................. 17
Energia Elétrica ....................................................................................................................................... 18
Comunicações ......................................................................................................................................... 18
Equipamentos comunitários ....................................................................................................................... 18
Educação ................................................................................................................................................. 18
Esporte, cultura e lazer ........................................................................................................................... 20
Saúde....................................................................................................................................................... 22
Valorização Imobiliária ................................................................................................................................ 22
Patrimônio histórico, cultural, paisagístico e ambiental ............................................................................ 23
Impactos Ambientais .................................................................................................................................. 24
Capacidade da infra-estrutura urbana em geral ......................................................................................... 27
Ventilação e iluminação .............................................................................................................................. 28
Vegetação e arborização urbana ................................................................................................................ 29
Integração com planos e programas existentes ......................................................................................... 30
Considerações Finais ................................................................................................................................... 30
RELATÓRIO FOTOGRÁFICO – FOTOS DO LOCAL ......................................................................................... 31
3
Dados do Empreendimento
Identificação da Propriedade Área Total (m²): 35249,32 Matrícula n°: 86864 Local: Rua Ampere Bairro: Penha CEP: 12929-570 Município: Bragança Paulista, SP Coordenadas: Datum: SIRGAS / UTM E: 344.110 m / UTM N: 7.461.822 m
Identificação do Proprietário LAVELL EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA. Responsável Legal: José Lavelli de Lima – Telefone (19) 3115-4069 Endereço: Rua Santa Clara, 1030 – Centro CEP: 12900-470 Município: Bragança Paulista/SP CNPJ: 08.363.578/0001-14 Tel.: (19) 3115-4000 e-mail: [email protected]
Identificação dos responsáveis técnicos Coordenador: Claudio Santos de Almeida Arquiteto e Urbanista CAU A41410-7 Endereço: Avenida Itororo, 777 Bairro:Cidade Nova I CEP: 13334-050 Municipio: Indaiatuba,SP Contato: (19) 3115-4000
MSc Ariane de Souza Engenheira Ambiental CREA: 5063720247 Endereço: Avenida Itororo, 777 Bairro:Cidade Nova I CEP: 13334-050 Municipio: Indaiatuba,SP Contato: (19) 98148-6376
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Introdução
O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) busca apresentar os aspectos positivos e negativos
decorrentes da implantação de um empreendimento em espaço urbano, avaliando seu impacto na vida
da população residente em seu entorno, sendo fundamental para obtenção de licença para sua
construção, ampliação ou funcionamento.
Este estudo, especificamente, visa atender às exigências municipais descritas na Lei
complementar nº 561, de 26 de setembro de 2007, contemplando a análise das seguintes situações:
“I - adensamento populacional;
II – equipamentos urbanos e comunitários;
III – uso e ocupação do solo;
IV – valorização imobiliária;
V – geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI – ventilação e iluminação
VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural
VIII – nível de ruídos;
IX – qualidade dor ar;
X – vegetação e arborização urbana;
XI – capacidade de infra-estrutura urbana em geral;
XII – integração com planos e programas existentes.
Para a realização da análise dessas questões este trabalho apresenta:
1 – Caracterização do empreendimento;
2 – Caracterização da vizinhança do imóvel: uso e ocupação do solo;
3 – Adensamento populacional;
4 – Tráfego e sistema de circulação;
5 – Equipamentos urbanos;
5
6 – Equipamentos comunitários;
7 – Valorização imobiliária;
8 – Patrimônio histórico, cultural, paisagístico e ambiental;
9 – Impactos ambientais (incluindo ruídos e poluição e qualidade do ar);
10 – Capacidade da infra-estrutura urbana em geral.
Caracterização do empreendimento
Trata-se da implantação de loteamento, sob propriedade de Lavell Empreendimentos e
Participações Ltda, que totalizará 97 lotes e tem as seguintes áreas (Quadro 1):
Quadro 1 – Quadro de áreas do empreendimento
O terreno possui testada para a Rua Ampere, bairro Penha, próximo à Avenida Nossa Senhora da
Penha (Figura 1):
6
Figura 1 – Localização aproximada do terreno (Coordenadas médias: 23 k 344.073 m E 7.461.773 m S).
Fonte: Google Maps, 2015
Em foto aérea, é possível visualizar a configuração atual do local na figura 2:
Figura 2 – Limites aproximados da gleba na cor vermelha (Fonte: Google Earth, 2015)
7
Caracterização da vizinhança do imóvel: uso e ocupação do solo
Segundo a Lei Complementar nº 534, de 16 de abril de 2007, o município de Bragança Paulista
subdivide-se em 11 regiões administrativas. O empreendimento em tela localiza-se na Região
Administrativa do Lavapés (Figura 3).
Figura 3 - O Empreendimento está localizado nas Regiões “Geofísica Leste” e “Administrativa do Lavapés”
Localiza-se ainda na feição leste da cidade, na macrozona denominada “Macrozona de Interesse
Social – MIS”, abairramento Penha (Figura 4). Nesta região, a ocupação e o adensamento são
incentivados, de forma a aumentar a oferta de terras para os mercados urbanos de baixa renda.
Figura 4 - Abairramento setorial do empreendimento: 07 – Penha; Macrozona de Interesse Social
LOCAL
LOCAL LOCAL
8
Na área de vizinhança imediata (Figura 5), (propriedades vizinhas), observa-se que, à nordeste e
sudeste, predominam áreas de pastagens e a noroeste e sudoeste, predominam loteamentos
consolidados (residências unifamiliares) e indústrias.
Figura 5 –Vizinhança Imediata (imóveis confrontantes), demarcados na cor amarela - Fonte: Google Earth,
2015
As figuras 6 e 7 ilustram a caracterização imediata do empreendimento:
Figura 6 – Rua Ampere, que dá acesso ao empreendimento, ocupada por residências verticais e
horizontais unifamiliares.Fonte: Google Earth, 2015
9
Figura 7 – Rua Caetano Alfano, ocupada por residências unifamiliares - Fonte: Google Earth, 2015
Entre alguns dos outros usos não residenciais, destaca-se a Igreja Nossa Senhora da Penha (Figura
8), a TE Connectivity (anteriormente Tyco eletronics Brasil, ilustrada na Figura 9 ) e a Imbramil Indústria e
Comércio (fabricação de ração animal, ilustrada na Figura 10) e a Sub-estação de energia Bragança II (do
Grupo Energisa, que detém a Empresa Elétrica Bragantina) e áreas agricultáveis (Figura 11).
Figura 8 – Igreja Nossa Senhora da Penha
Figura 9 – TE Connectivity Imbramil
10
Figura 11 – Imbramil
Figura 11 – Áreas agricultáveis
Na vizinhança mediata, tida aqui como a circunvizinhança em um raio de 1500 metros, verificam-
se comércios variados, como padarias, farmácia e lanchonetes.
Diante do exposto, verifica-se que há infraestrutura urbana regular em termos de uso e ocupação
do solo para atender às necessidades dos futuros moradores, bem como não haverá interferências
significativas diretas na vida e dinâmica urbana dos atuais habitantes do entorno.
Adensamento populacional
O empreendimento está localizado no bairro Penha, área predominantemente residencial, com
casas e chácaras. Na área circundante ao imóvel, encontram-se algumas indústrias, comércios locais, mini-
ciles, estádio, escolas e outros equipamentos públicos.
A região do empreendimento apresenta boa infraestrutura e acesso a transporte, educação, lazer
e cultura. É uma região propícia a novos empreendimentos que objetivam viabilizar o acesso à moradia
adequada, digna e sustentável aos segmentos populacionais de baixa renda familiar.
Devido as zonas nordeste e noroeste, de vocação predominantemente rural, estima-se baixa
densidade de ocupação populacional na área do empreendimento. Levando-se em conta que o
empreendimento irá oferecer 97 lotes, e a máxima de habitantes/lote é de 5 pessoas/lote, tem-se um
aumento máximo de aproximadamente 485 pessoas no entorno investigado. Assim sendo, estima-se que
a densidade populacional se manterá baixa (na ordem de 43 pessoas/hectare), conforme preceitua o Art.
nº132, § 1°, Parágrafo I, do Plano Diretor. Dessa forma, o imóvel não representa adensamento
populacional significativo que ocasione prejuízos as pessoas que já ocupam essa região.
11
Tráfego e Sistema de Circulação
O planejamento de um sistema de circulação engloba, majoritariamente, o conhecimento do
complexo de relações urbanas que ele deve atender, obedecendo à lógica da organização espacial do
município.
Na análise do fluxo do tráfego do sistema de circulação para implantação do novo
empreendimento existem as seguintes variáveis fundamentais: transporte coletivo, volume de tráfego e
nível de serviço.
Transporte coletivo
A empresa responsável pelo transporte coletivo urbano e rural na cidade de Bragança Paulista é
a Nossa Senhora de Fátima Auto Ônibus Ltda.
Especificamente na área do empreendimento, existe um ponto de ônibus a cerca de 300 metros
(Figuras 12) do terreno. A principal linha que atende essa região é a 004 (Penha/Universidade São
Francisco), que funciona de segunda à sexta-feira, das 05hrs20min às 22hrs40min (Carro 411) e das
05hrs00min às 23hrs20min (Carro 367) e aos sábados, das 05hrs20min às 21hrs30min (Carro 411) e das
05hrs05min às 22hrs30min (Carro 367).
Figura 12– Provimento de transporte coletivo: ponto de ônibus na Rua Ampere, a 300 metros do
empreendimento
12
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA)1, o transporte coletivo
(ônibus) faz parte da rotina de 32% da população. Assim, com a implantação do loteamento, tem-se cerca
de 155 pessoas que poderiam utilizar o veículo. Contudo, estima-se que apenas 10% dos novos residentes
utilizem regularmente o transporte coletivo, ou seja, cerca de 45 pessoas, o que não se traduziria como
superlotação nas linhas urbanas.
Acredita-se que o número de veículos coletivos e viagens atualmente ofertados sejam suficientes
para suprir a nova demanda de passageiros, tendo em vista que o uso de transporte público coletivo não
se dará por todos os moradores do loteamento.
Volume de Tráfego
Foi realizada contagem volumétrica dos veículos nas vias, no horário mais crítico (das
17:00 às 18:00 hs.) para que se possa determinar o Nível de Serviço da Av. Estevão Diamant, e também
da Rua Ampére, que é via principal de acesso ao empreendimento. Os resultados seguem tabelados
abaixo (Tabelas 1 a 4):
TABELA 1 – TRÁFEGO AV. ESTEVÃO DIAMANT (FERNÃO DIAS PARA PENHA).
DIA E HORA (LEVANTAMENTO)
15.08.14
17 às 18 Hs.
LOGRADOURO: AV. ESTEVÃO
DIAMANT
SENTIDO:
FERNÃO DIAS
PARA PENHA
NÚMERO E TIPO DE VEÍCULO:
CARRO MOTO ÔNIBUS E
VANS
CAMINHÃO OUTROS (CICLISTA, A PÉ)
178 17 5 7 N/A
TABELA 2 – TRÁFEGO AV. ESTEVÃO DIAMANT (PENHA PARA FERNÃO DIAS).
DIA E HORA (LEVANTAMENTO)
15.08.14
17 às 18 Hs.
LOGRADOURO: AV. ESTEVÃO
DIAMANT
SENTIDO:
PENHA PARA
FERNÃO DIAS
NÚMERO E TIPO DE VEÍCULO:
CARRO MOTO ÔNIBUS E
VANS
CAMINHÃO OUTROS (CICLISTA, A PÉ)
125 17 2 5 N/A
1 http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=6391
13
TABELA 3 – TRÁFEGO RUA AMPÉRE (AMPÉRE PARA ESTEVÃO DIAMANT).
DIA E HORA (LEVANTAMENTO)
15.08.14
17 às 18 Hs.
LOGRADOURO: RUA AMPÉRE SENTIDO:
AMPÉRE PARA
ESTEVÃO
DIAMANT
NÚMERO E TIPO DE VEÍCULO:
CARRO MOTO ÔNIBUS E
VANS
CAMINHÃO OUTROS (CICLISTA, A PÉ)
62 12 1 0 N/A
TABELA 4 – TRÁFEGO RUA AMPÉRE (ESTEVÃO DIAMANT PARA AMPÉRE).
DIA E HORA (LEVANTAMENTO)
15.08.14
17 às 18 Hs.
LOGRADOURO: RUA AMPÉRE SENTIDO:
ESTEVÃO
DIAMANT PARA
AMPÉRE
NÚMERO E TIPO DE VEÍCULO:
CARRO MOTO ÔNIBUS E
VANS
CAMINHÃO OUTROS (CICLISTA, A PÉ)
13 8 1 0 N/A
Analisando as tabelas acima, podemos fazer algumas considerações:
• A coluna outros da tabela é considerada não aplicável.
• Considerando uma máxima de 5 moradores por lote, e multiplicando este valor pelo
número de 97 unidades habitacionais, temos a estimativa de aproximadamente 485 moradores.
Adotando a média estadual de 0,37 veículos por pessoa, temos uma previsão de 179 veículos para os
moradores do empreendimento. Para avaliar o nível de serviço, considerou-se que a totalidade desses
veículos transitarão no horário avaliado, e levou-se em conta a porcentagem dos sentidos de tráfego
obtida por meio dos dados tabelados.
Por meio do Nível de Serviço da principal via de acesso, podemos analisar a performance da via.
Tomando como base o HCM (Highway Capacity Manual, TRB – 2000), estes níveis variam conforme Tabela
5 abaixo:
14
Tabela 5 – Nível de Serviço
NÍVEL DE SERVIÇO DENSIDADE (Veículo/Km)
A 0 à 7
B 7 à 11
C 11 à 16
D 16 à 22
E 22 à 28
OVER Acima de 28
Os Níveis de Serviço possuem as seguintes características:
Nível A – Caracterizada pela FFS (velocidade de tráfego livre). Incidentes ou quebras do ritmo da corrente
de tráfego são facilmente absorvidos.
Nível B – Mantém-se a condição de FFS (velocidade de tráfego livre). Incidentes ou quebras do ritmo da
corrente de tráfego, ainda são facilmente absorvidos, causando somente um pouco de desconforto ao transeunte.
Nível C – Velocidades iguais ou próximas a FFS (velocidade de tráfego livre). Incidentes ou quebras do ritmo
da corrente de tráfego, podem gerar pequenas filas.
Nível D – A velocidade começa a cair, não há mais a característica de FFS (velocidade de tráfego livre).
Pequenos incidentes ou quebras do ritmo da corrente de tráfego geram filas.
Nível E – Fluxo altamente instável, com poucas opções para escolha de velocidade. Pequenos incidentes
podem gerar congestionamentos significativos.
Nível Over – Colapso do fluxo demanda acima da capacidade da via.
Considerando a velocidade média na Av. Estevão Diamant, 50 Km/h, com variação de + ou – 10
Km/h e considerando ainda, todos os tipos de veículos tabelados, temos que, no sentindo Fernão Dias
para Penha, circularão 58,15% do total do tráfego da referida avenida, assim sendo, o número total de
207 veículos atuais, será acrescido por mais 179 veículos futuros, tendo uma resultante de 386 veículos.
Podemos concluir que a previsão é que o Nível de Serviço da via seja igual a 7,72 veículos/Km,
enquadrando-se assim no nível B. Constatamos que a via suporta o aumento de tráfego.
Considerando a velocidade média na Rua Ampére, 35 Km/h, com variação de + ou – 10 Km/h.
Considerando ainda, todos os tipos de veículos tabelados, temos que no sentindo Ampére para Estevão
Diamant, circularão 77,32% do total do tráfego da referida via, assim sendo, o número total de 75 veículos
atuais, será acrescido por mais 179 veículos futuros, tendo uma resultante de 254 veículos. Podemos
15
concluir que a previsão é que o Nível de Serviço da via seja igual a 7,25 veículos/Km, enquadrando-se
assim no nível B. Constatamos que a via suporta o aumento de tráfego.
Diante do exposto, infere-se que, com o incremento de veículos na via, o nível de serviço seria
categorizado como “B”, que mantém a velocidade de trafego livre e absorve facilmente incidentes ou
quebras de ritmo.
Por tratar-se de uma região predominantemente residencial e de baixa geração de viagens
(trafego moderado), não haveria danos significativos ao fluxo de veículos e pedestres nas vias. Ademais,
prevê-se o alargamento da Rua Ampere (atualmente com 11 metros, passaria a ter 14 metros).
Nível de Serviço
A região em tela fica localizada próxima da Rodovia SP-063 (Rodovia Aldo Bolini) e Rodovia SP-
010 (Rodovia Fernão Dias), ambas rodovias arteriais que favorecem sobremaneira o fluxo de veículos e a
circulação da população circundante.
O entorno do empreendimento é bem suprido por vias coletoras e locais, com boa trafegabilidade
e pavimentação.
A construção de vias e calçadas, que está sujeita as normas referentes às suas características
geométricas e de pavimento, criarão condições adequadas para a circulação de pedestres e de todos os
moradores circundantes de maneira generalista.
Equipamentos urbanos
A implantação do loteamento objetiva ser realizada causando o menor impacto possível na região,
adaptando-se à infraestrutura local. A área do empreendimento conta com serviços de abastecimento de
água potável e rede coletora de esgoto (SABESP), sistemas de drenagem pluvial (PREFEITURA MUNICIPAL),
coleta de resíduos (EMBRALIXO) e energia elétrica (REDE ELÉTRICA BRAGANTINA – GRUPO ENERGISA) que
atendem às demandas geradas, sem sobrecarga.
178Abastecimento de água e esgoto
A cidade é atendida pelo SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo),
autarquia existente desde 1973, que vem investindo em projetos de abastecimento e esgoto através da
melhoria contínua de serviços na região.
16
A SABESP está em vias de atestar a viabilidade de atendimento de fornecimento de água e coleta
de esgotos para o loteamento, de modo que sua implementação não acarretará ônus nos sistemas de
água/esgoto. O empreendimento também respeitará as exigências técnicas de abastecimento de água
potável e de coleta de esgoto sanitário.
Sistema de drenagem pluvial
O sistema de drenagem pluvial de Bragança Paulista é de competência da Prefeitura Municipal. A
rua da testada do empreendimento tem declive para o fundo de vale e conta com mecanismos de
microdrenagem como sarjetas e meio-fio, suficientes para o bom escoamento das águas pluviais,
especialmente importantes em períodos de chuvas.
Com a pavimentação/alargamento dos novos leitos carroçáveis e passeios, haverá a implantação
de novos dispositivos de microdrenagem, o que favorecerá o escoamento das águas pluviais.
Ainda, as cotas altimétricas do relevo do lugar propiciam o escoamento de águas pluviais para o
Ribeirão do Toró (Figura 13):
Figura 13 – Ribeirão do Toró, para onde escoa a água pluvial do empreendimento e entorno
Oportunamente, será apresentado ao órgão competente o projeto de drenagem do loteamento,
inclusive detalhando sua interligação ao sistema de coleta existente. De forma complementar, o
empreendimento se responsabilizará pela interligação do sistema de drenagem do imóvel ao sistema
público, de acordo com as normas vigentes.
17
Coleta de Resíduos
A região é atendida pela Embralixo, empresa terceirizada que conta com uma frota de 13
caminhões compactadores de lixo, que se alternam por 10 setores de coleta na zona urbana e 3 setores
de coleta na zona rural.
Além da coleta de lixo doméstico comum (Figura 14), Bragança Paulista conta com a coleta de
materiais recicláveis, que está presente em 25 dos bairros urbanos. O serviço, denominado “Bragança
Recicla” é realizado pela Embralixo, que leva os materiais para as Cooperativas de catadores do programa.
Na área do empreendimento realiza-se a coleta de lixo doméstico comum três vezes por semana.
Os materiais recicláveis ainda não são recolhidos na região do empreendimento, mas podem ser dispostos
nos bairros onde haja a coleta. Conta-se ainda com um serviço de varrição manual nas áreas públicas do
município.
Figura 14 – Caminhão de coleta de lixo
Fonte: http://www.embralixo.com.br/servicos.php
No que diz respeito aos resíduos decorrentes da implantação do imóvel, o empreendimento
utilizará recipientes adequados para o recebimento de resíduos da construção civil e atenderá os demais
dispositivos da LEI Nº 4008 de 03 de outubro de 2008, que institui o Programa de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil. Os materiais serão devidamente segregados e dispostos em caçambas
licenciadas de acordo com as normas ambientais.
18
Energia Elétrica
A concessionária que fornece energia ao município de Bragança Paulista é a Rede Elétrica
Bragantina – Grupo Energisa, que está em vias de atestar a viabilidade de fornecimento de energia elétrica
para o loteamento, de modo que a rede elétrica existente será suficiente para prover energia elétrica aos
moradores do residencial.
Além disso, o empreendimento realizará todos os procedimentos para melhoria da rede elétrica
pública e domiciliar conforme estipulado pela concessionária e normas vigentes.
Comunicações
A região dispõe de serviços de telefonia fixa e móvel, internet e TV a cabo, fornecidos por várias
concessionárias, de modo a atender confortavelmente à população residente no empreendimento.
Equipamentos comunitários
O levantamento de equipamentos comunitários considerou, além do próprio bairro onde os
residenciais serão implantados, os bairros vizinhos ao empreendimento nos aspectos de educação, saúde
e lazer e apresenta um retrato da atual da cobertura da demanda na região.
Educação
Em um raio de 1500 metros (vizinhança mediata), a área em questão conta com as seguintes
unidades escolares (Figura 15):
19
Figura 15 – Escolas no entorno do empreendimento
Fonte: Mapa de equipamentos de educação, 2015 – Prefeitura Municipal de Bragança Paulista
N° de identificação Escola Municipal de Educação Infantil
15 Profa. Maria Augusta M. da Silva
26 Scyla Médici
28 Profa. Maria Elisa Q. Câmara
Escola Municipal de Ensino Fundamental
35 Prof. Joaquim Theodoro da Silva
46 Profa. Creusa Gomes de Azevedo
Escola Municipal de Educação Infantil e de Ensino Fundamental
17 Profa Lúcia Helena Pugiali
22-25 Profa Zitta de Mello Barbosa
20
N° de identificação Escola Estadual de Ensino Fundamental
08 Prof. Sebastião Ferraz de Campos
Escola Estadual de Ensino Fundamental, Médio e EJA
12 Prof. Marcos Antonio da Silva Guimarães
Ensino Superior
02 Universidade São Francisco
03 Madre Paulínia
Polos/Núcleos de Apoio Educacional
03 Napec – Núcleo de Apoio aos Profissionais da Educação do Campo
04 Naa – Núcleo de Apoio à Aprendizagem
Confrontando o número de vagas ofertadas na rede municipal e particular de educação e o
número de estudantes esperados no empreendimento, pode-se afirmar que a rede de ensino da região
atenderá à demanda futura do empreendimento para moradores matriculados desde a pré-escola até o
ensino superior.
Esporte, cultura e lazer
No que diz respeito aos equipamentos de esporte, lazer e cultura, nos bairros vizinhos ao
empreendimento (vizinhança mediata) contam-se com as seguintes unidades (Figura 16):
21
Figura 16 - Equipamentos de esportes no entorno do empreendimento
Fonte: Mapa de equipamentos de Esportes, 2015 – Prefeitura Municipal de Bragança Paulista
N° de identificação Campo de futebol
08 Estádio Ademir Aranzana
10 Estádio Municipal Cícero de Souza Marques
35 Campo do Toró
Ginásio de esportes
05 Júlio Mesquita
Mini Ciles
12 Mini Ciles João Gomes de Oliveira
14 Mini Ciles Elvis Felipe Gonçalves
17 Mini Ciles Maria Zamana Garisto
21 Mini Ciles da Penha
25 Mini Ciles Dr. Júlio de Mesquita Filho
37 Mini Ciles Maranata
22
Saúde
Os serviços de saúde públicos de menor complexidade do município de Bragança Paulista são
divididos por área de abrangência, ou seja, as Unidades Básicas de Saúde, as Estratégias de Saúde da
Família e as Estratégias de Agentes Comunitários de Saúde são responsáveis por uma parcela específica
da população.
Considerando tal setorização dos serviços de saúde, em um raio de 1500 metros do
empreendimento, verifica-se a presença de uma Unidade Básica de Saúde – UBS São Vicente e a Estratégia
de Agentes Comunitários de Saúde – EACS Toró.
Já as clínicas especializadas, por exemplo, como o Centro de Saúde, o Centro de Especialidades, o
Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), o Ambulatório de Psiquiatria e o Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS) atendem a maior parte da população na região central da cidade. Tais serviços são de
maior complexidade e sua área de abrangência é maior.
Acredita-se que centralização de tais serviços, entretanto, não compromete a promoção de uma
saúde de qualidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (e consequentemente aos pacientes que
vierem a morar no empreendimento), pois têm uma demanda menor.
Suplementarmente, a Secretaria Municipal de Saúde conta ainda com hospitais como HUSF –
Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus, Santa Casa de Misericórdia e o Hospital
Mantiqueira, serviços de apoio que garantem o aumento do número de consultas, internações, cirurgias
e outros procedimentos médicos aos usuários do Sistema Único de Saúde/ Convênios médicos
particulares.
Em suma, o levantamento dos equipamentos comunitários possibilitou diagnosticar que a
infraestrutura atual é suficiente para atender a nova demanda resultante do projeto de implantação do
loteamento.
Valorização Imobiliária
A implantação de um novo empreendimento, de maneira adequada à região, respeitando as
normas e as características do local, agregam valor imobiliário e consequente crescimento e melhora para
o entorno em aspectos diversificados.
23
Tal loteamento estará em uma região que já é demarcada como propícia para adensamento
populacional devido a sua completa infraestrutura e ao seu zoneamento, destinado a empreendimentos
de interesse social, que propiciem moradias dignas aos segmentos urbanos de baixa renda.
Ainda, ocupará um espaço antes ocioso, tornando assim o entorno mais seguro e contribuindo
para melhoria dos aspectos visuais do lugar. O aumento populacional também encorajará uma demanda
por serviços públicos e privados promovendo novas possibilidades de negócios e expansão econômica da
região, além de estimular a revitalização e investimentos nos espaços e serviços já existentes.
Diante do exposto, considera-se que a implantação do empreendimento terá impacto positivo
para a valorização imobiliária do entorno, levando a melhorias que afetam os aspectos sociais, culturais e
econômicos da população que ali já habita e dos novos residentes.
Patrimônio histórico, cultural, paisagístico e ambiental
Nos entornos mediato e imediato do empreendimento não existem exemplos significativos de
patrimônio histórico, cultural, paisagístico e ambiental; esse fato amplifica o caráter residencial do
entorno, proporcionando um espaço mais tranquilo e familiar, além de demonstrar que a implantação do
empreendimento não causará danos à estrutura dos patrimônios relevantes da cidade. Por tratar-se de
um terreno subutilizado, o empreendimento agregará valor à paisagem urbana, podendo ser uma
referência de qualidade arquitetônica, ambiental e estética para estimular o desenvolvimento desses
aspectos nessa região.
Há cerca de 2,5 Km do empreendimento, entretanto, há o Centro Cultural Geraldo Pereira, o
Matadouro Municipal, a Igreja de Santa Terezinha, a Estação Ferroviária do Bairro do Guaripocaba e a
Casa do Conserveiro (Antigo leito da Estrada de Ferro Bragantina), importantes bens tombados pelo
Município.
Outros patrimônios históricos e culturais estão na a região central da cidade, a exemplo da Museu
do Telefone, Museu Municipal Oswaldo Russomano, Mercado Municipal e diversas fachadas tombadas.
Acredita-se que a centralização de boa parte dos serviços histórico-culturais pode atender de maneira
satisfatória toda a população do município.
24
Impactos Ambientais
A identificação dos impactos ambientais foi efetuada segundo as diretrizes da Norma NBR ISO
14.001, que concatena as atividades das fases de implantação e operação do projeto e os aspectos e
impactos ambientais associados.
De forma a dirimir dúvidas sobre a intensidade e a criticidade dos impactos, elaborou-se
uma listagem dos mesmos e as respectivas medidas mitigadoras referentes a cada etapa de construção
(Tabelas 6, 7, 8 e 9) e operação do residencial (Tabelas 10 e 11):
Fase de Construção
Tabela 6 – Limpeza do terreno e terraplenagem
ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS MITIGADORAS OU
COMPENSATÓRIAS
Movimentação de
máquinas e veículos
pesados
Emissão de gases Poluição do ar
Manutenção periódica das máquinas e dos
veículos utilizados;
Treinamento dos operadores;
Uso de catalisadores nos veículos;
Uso de equipamentos de proteção individual
durante o trabalho.
Emissão de poeira Poluição do Ar
Aspersão de água evitando a emissão de
particulados;
Cobertura dos caminhões carregados para
prevenir o lançamento de poeira no ar;
Todo o material deverá ser umedecido;
Britadores e outros equipamentos que
geram poeiras deverão ser equipados com
filtros;
Derramamento de
óleo na
movimentação das
máquinas
Poluição de solo e
recursos hídricos
Instalação de sinalização na área de
trabalho;
Uso de absorventes de óleo (turfa).
Ruído Polução Sonora Regulação das máquinas;
Carga e descarga em horários definidos
Remoção de gramíneas Retirada de
vegetação
Redução da área
permeável
Remoção da vegetação estritamente
necessária
Alteração da paisagem
e afugento de animais Implantação de Área Verde
Fonte: Adaptado de http://www.adema.se.gov.br/modules/tinyd0/index.php?id=45
25
Tabela 7 – Instalação do canteiro de obras
ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS MITIGADORAS OU COMPENSATÓRIAS
Estocagem de
materiais
Disposição de
materiais
Geração de vetores Acondicionar os resíduos biodegradáveis em
recipientes ou sacos herméticos;
Poluição do Solo Implantação do Programa de Gerenciamento
de Resíduos da Construção Civil (PGRCC)
Estocagem de combustíveis
Vazamento de oleo ou derramamento
acidental
Poluição do Solo Fazer revisão periódica dos tanques;
Manuseio adequado dos combustíveis;
Poluição das águas Treinamento do pessoal;
Usar absorventes de óleo (turfa).
Sanitários Geração de esgoto Poluição do solo e
da água Instalação de banheiros químicos provisórios
Refeições no local
Geração de resíduos
sólidos
Poluição das águas Instalação de equipamentos provisórios de água
mineral potável
Poluição do solo Correta disposição do lixo
Construção de galpão Poluição do solo Dimensionamento correto do canteiro
Fonte: Adaptado de http://www.adema.se.gov.br/modules/tinyd0/index.php?id=45
Tabela 8 – Pavimentação da pista
ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS MITIGADORAS OU
COMPENSATÓRIAS
Existência de materiais
de construção
Derramamento de asfalto,
emissão de gases e poeira
Poluição da água Disposição ambientalmente correta
Geração de resíduos
Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
(PGRCC)
Poluição do ar Aspergir água para evitar emissão de
particulados Contaminação de
solos
Construção das ruas Assentamento e compactação Poluição do ar
Controle da operação Ruídos Poluição sonora
Movimentação de
veículos pesados
Emissão de gases Poluição do ar
Treinamento de operadores
Uso de catalisadores nos veículos
Uso de EPI
Ruído Poluição Sonora
Regulação dos equipamentos
Evitar trabalho noturno
Utilização de barreiras acústicas
Controle diário da entrada e saída de veículos (carga e descarga)
Pessoal em operação Risco de
acidentes
Placas de sinalização para orientação do trânsito
Redutores de velocidade
Fonte: Adaptado de http://www.adema.se.gov.br/modules/tinyd0/index.php?id=45
26
Tabela 9 – Recursos Humanos
ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS MITIGADORAS OU COMPENSATÓRIAS
Contratação de
pessoal
Geração de Empregos
Aumento do capital
da população Impacto Positivo
Contratação preferencial da população ao entorno do empreendimento; Escolha dos locais de instalação dos
alojamentos e gestão adequada do pessoal quando ocorrerem paralisações nas
obras.
Diminuição da
tensão social
Geração de
Tributos e impostos
Geração de
Renda
Aumento de arrecadação de
impostos e tributos
Impacto Positivo Aumenta da demanda de
infraestrutura urbana e serviços
Fonte: Adaptado de http://www.adema.se.gov.br/modules/tinyd0/index.php?id=45
Fase de Operação
Tabela 10 – Movimentação de veículos e circulação de pessoas no entorno do loteamento
ATIVIDADES ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS MITIGADORAS OU COMPENSATÓRIAS
Movimentação de
veículos
Emissão de
gases Poluição atmosférica Implantação de Área Verde no empreendimento
Aumento do
nível de ruído Poluição Sonora Regulação do trânsito local
Construção das casas
Poeira e odores Poluição do ar Controle da operação (responsabilidade dos
moradores)
Ruídos Poluição Sonora Horário de trabalho compatível com o descanso da
vizinhança
Aumento no número
de veículos Trafégo maior
Congestionamento das
vias públicas
Estimulação do uso de outros modais
Desenvolvimento de ações continuadas de
educação para o trânsito
Aumento do risco de
acidentes
Instalação de redutores de velocidade e de fiscalização eletrônica em pontos
estratégicos dos municípios que serão impactados com o aumento do trânsito
de veículos.
Intensificação da fiscalização ostensiva do DETRAN e do departamento de trânsito municipal nas
áreas de influência do empreendimento (vizinhança
imediata)
Fonte: Adaptado de http://www.adema.se.gov.br/modules/tinyd0/index.php?id=45
27
Tabela 11 – Comércio e Serviços
ATIVIDADES/ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS MITIGADORAS OU COMPENSATÓRIAS
Aumento da demanda de
produtos de identidade regional.
Surgimento de novos estabelecimentos comerciais
e de serviços
Seguir o Plano Diretor Municipal para direcionar o uso do solo das funções terciárias.
Geração de emprego e renda. Impacto positivo
Aumento da arrecadação de Tributos.
Impacto positivo
Fonte: Adaptado de http://www.adema.se.gov.br/modules/tinyd0/index.php?id=45
Na fase de operação do loteamento (moradia efetiva dos novos residentes), haverá ainda
aumento da demanda de água para a população residente, do volume de resíduos sólidos e a demanda
por coleta de lixo, da pressão por coleta e tratamento de esgotos, da demanda de energia elétrica e
serviços de saúde, das necessidades de educação, bem como áreas de lazer e convívio social. Porém,
conforme explicitado anteriormente, a infraestrutura de serviços e os equipamentos urbanos e
comunitários existentes são suficientes para o atendimento da demanda gerada.
Como é possível notar, na fase de construção e operação, a maioria dos impactos gerados são
locais, temporários, reversíveis e de importância ambiental pouco relevante, ou seja, os impactos
ambientais foram considerados de intensidade e criticidade baixas e facilmente mitigáveis.
Capacidade da infra-estrutura urbana em geral
Nos últimos anos, houve um incremento no número total de habitantes no bairro Penha e
arredores. Tal aumento corrobora para a percepção da grande expansão urbana na região leste do
município.
A justificativa para tal expansão está relacionada a uma série de fatores de ordem histórica e
econômica que, associados ou não, são essenciais para explanar o desenvolvimento e o crescimento do
bairro e entorno do empreendimento.
28
A região leste da cidade foi palco de um processo de redefinição econômica a partir da
consolidação de indústrias geradoras de emprego e de toda a infraestrutura adquirida ao longo desses
anos.
Além disso, nas avenidas arteriais dos bairros circunvizinhos ao empreendimento há grande
oferta do terceiro setor, como lojas, hipermercados, padarias e outros comércios úteis à população. O
caráter dinâmico do entorno do empreendimento e a proximidade com a zona central da cidade
favorecem as potencialidades econômicas atuais e futuras para o comércio local.
Do ponto de vista das repercussões socioculturais, tal região tem crescido através de um
planejamento adequado, oriundo do zoneamento municipal estabelecido pelo plano diretor (gestão
urbana).
O ordenamento físico e o desenho urbano desta área, bastante próxima da zona central da cidade,
favoreceram a apropriação e habitação da zona leste do município. Por tratar-se de área com vocação a
empreendimentos de interesse social, entende-se que todas as medidas que possam ser tomadas com o
objetivo de melhorar a qualidade ambiental e de vida da comunidade local devem ser seguidas,
favorecendo ganhos socioambientais através de uma vida urbana mais confortável, aproveitável e
ambientalmente segura.
Ventilação e iluminação
A iluminação natural será bastante aproveitada no empreendimento, uma vez que a área não será
verticalizada. Regiões menos verticalizadas possuem menores áreas de sombreamento causada pela
proximidade entre construções verticais e a eventual falta de planejamento de implantação em relação à
orientação solar.
Já a ventilação natural será aproveitada principalmente das regiões dos morros adjacentes, onde
há maior circulação de ar. Este é o caso do Pico do Lobo, nos arredores do município. Nos locais em que
há baixo índice de verticalização, como no empreendimento em tela, pode-se afirmar que o
aproveitamento da ventilação natural é de grande monta, uma vez que não há o uso intensivo de
ventilação artificial (através do uso de ar condicionado) para amenizar o calor intensivo. Ademais, por
estar localizado em uma estância climática, o empreendimento poderá usufruir de clima ameno entre
montanhas, a cerca de 830 metros de altitude.
29
Considera-se que, com as características climáticas, altimétricas e conceituais do projeto (não
verticalizado), os efeitos da implementação do loteamento relativos à insolação e ventilação deverão ser
mitigados.
Vegetação e arborização urbana
Existem poucos maciços de vegetação em áreas públicas e privadas existentes no município de
Bragança Paulista. Majoritariamente, a vegetação é formada por mata atlântica, (Floresta Ombrófila
Densa Submontana). Nos arredores do empreendimento, há alguns remanescentes de mata,
notadamente em áreas de preservação permanente, no Ribeirão Toró e no Lago do Tanque do Moinho
(Figura 17).
Figura 17 – Maciços de vegetação nos arredores do município
Fonte: Sinbiota, 2015
A área do empreendimento está totalmente coberta por gramíneas exóticas, espécies arbustivas
e árvores nativas isoladas, com exceção de um pequeno fragmento de vegetação secundária de Floresta
30
Ombrófila Densa Submontana em estágio médio de regeneração ao sul do terreno, que será preservado.
Assim, depreende-se de que não haverá impactos significativos gerados na vegetação local em
decorrência da implantação do projeto urbanístico pretendido.
De forma a contribuir com a vegetação urbana, pretende-se averbar 25,94% da área do terreno
como Áreas Verdes e Sistemas de Lazer.
Integração com planos e programas existentes
O empreendimento atenderá todas as diretrizes municipais, em que se destacam, o Plano
Municipal de Saneamento Básico (em especial, a disposição de Resíduos de Construção Civil), Plano de
Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Bragança Paulista – Lei Complementar nº 556, de 20 de julho de
2007 e o Plano Diretor – Lei Complementar n° 534, de 16 de abril de 2007.
De forma suplementar, o empreendimento atenderá a possiblidade de ampliação do sistema
viária, interligando o bairro adjacente ao Ribeirão do Toró – Processo n° 37705/14 de Visto Prévio do
Loteamento Sol Nascente, aprovado em 26/06/2015, com 827 unidades.
Considerações Finais
O presente estudo demonstra toda a viabilidade em termos de impacto de vizinhança do
empreendimento. Pode-se afirmar que o panorama de implantação do loteamento no bairro Penha é
bastante favorável, por ter viabilidade econômica, técnica e ambiental.
Durante as fases de execução e operação do empreendimento, serão adotadas todas as medidas
de caráter técnico a fim de preservar o meio natural, a vizinhança e a dinâmica urbana como um todo.
Conclui-se pela aprovação do presente empreendimento, consubstanciado pelo rigor empregado
na avaliação dos impactos de vizinhança e nas devidas medidas mitigadoras, esperando-se benefícios
sociais, econômicos e ambientais tanto para os futuros moradores do loteamento quanto para a
população circunvizinha.
34
Figura 6 – Terreno e vizinhança mediata
Figura 7 – divisa norte do imóvel (arvores estão no imóvel vizinho)
Relatório de
Impacto de
Vizinhança - RIV
Lavell Empreendimentos e
Participações Ltda.
Novembro de 2015
1
Sumário
Dados do Empreendimento .......................................................................................................................... 1
Objetivos e Justificativa ................................................................................................................................ 3
Diagnóstico de Impacto no sistema viário .................................................................................................... 3
Impacto na infraestrutura urbana e social ................................................................................................... 4
Impactos ambientais ..................................................................................................................................... 5
Caracterização da qualidade ambiental ........................................................................................................ 5
Medidas compensatórias .............................................................................................................................. 5
Conclusões e comentários de ordem geral ................................................................................................... 6
ç
Dados do Empreendimento
2
Dados do empreendimento
Identificação da Propriedade Área Total (m²): 35249,32 Matrícula n°: 86864 Local: Rua Ampere Bairro: Penha CEP: 12929-570 Município: Bragança Paulista, SP Coordenadas: Datum: SIRGAS / UTM E: 344.110 m / UTM N: 7.461.822 m
Identificação do Proprietário LAVELL EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA. Responsável Legal: José Lavelli de Lima – Telefone (19) 3115-4069 Endereço: Rua Santa Clara, 1030 – Centro CEP: 12900-470 Município: Bragança Paulista/SP CNPJ: 08.363.578/0001-14 Tel.: (19) 3115-4000 e-mail: [email protected]
Identificação dos responsáveis técnicos Coordenador: Claudio Santos de Almeida Arquiteto e Urbanista CAU A41410-7 Endereço: Avenida Itororo, 777 Bairro:Cidade Nova I CEP: 13334-050 Municipio: Indaiatuba,SP Contato: (19) 3115-4000
MSc Ariane de Souza Engenheira Ambiental CREA: 5063720247 Endereço: Avenida Itororo, 777 Bairro:Cidade Nova I CEP: 13334-050 Municipio: Indaiatuba,SP Contato: (19) 98148-6376
3
Objetivos e Justificativa
Trata-se da implantação de loteamento, sob propriedade de Lavell Empreendimentos e
Participações Ltda, que totalizará 97 lotes e objetiva viabilizar o acesso à moradia adequada, digna e
sustentável aos segmentos populacionais de baixa renda familiar.
A implantação de um novo empreendimento, de maneira adequada à região, respeitando as
normas e as características do local, agregam valor imobiliário e consequente crescimento e melhora para
o entorno em aspectos diversificados.
Tal loteamento estará em uma região que já é demarcada como propícia para adensamento
populacional devido a sua infraestrutura e ao seu zoneamento, destinado a empreendimentos de
interesse social.
Ainda, ocupará um espaço antes ocioso, tornando assim o entorno mais seguro e contribuindo
para melhoria dos aspectos visuais do lugar. O aumento populacional também encorajará uma demanda
por serviços públicos e privados promovendo novas possibilidades de negócios e expansão econômica da
região, além de estimular a revitalização e investimentos nos espaços e serviços já existentes.
De forma suplementar, é possível inferir que o empreendimento em tela ofertará residências para
colaboradores das empresas e indústrias localizadas nas adjacências do terreno.
Ressalta-se que empreendimento atenderá todas as diretrizes municipais, em que se destacam,
o Plano Municipal de Saneamento Básico (em especial, a disposição de Resíduos de Construção Civil),
Plano de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Bragança Paulista – Lei Complementar nº 556, de 20
de julho de 2007 e o Plano Diretor – Lei Complementar n° 534, de 16 de abril de 2007.
Diagnóstico de Impacto no sistema viário
No tocante ao trânsito foi realizado estudo preliminar que constatou que o aumento de tráfego
gerado pelo empreendimento não irá causar sobrecarga às vias públicas do entorno, ou seja, as vias têm
capacidade para o aumento desse tráfego. De acordo com o estudo, com o incremento de veículos na via,
o nível de serviço seria categorizado como “B”, que mantém a velocidade de trafego livre e absorve
facilmente incidentes ou quebras de ritmo.
4
Em relação ao transporte público, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada
(IPEA)2, o transporte coletivo (ônibus) faz parte da rotina de 32% da população. Assim, com a implantação
do loteamento, estima-se que cerca de 148 pessoas poderiam utilizar o veículo. Contudo, infere-se que
apenas 10% dos novos residentes utilizem regularmente o transporte coletivo, ou seja, cerca de 45
pessoas, o que não se traduziria como superlotação nas linhas urbanas.
Impacto na infraestrutura urbana e social
Nos últimos anos, houve um incremento no número total de habitantes no bairro Penha e
arredores. Tal aumento corrobora para a percepção da expansão urbana na região sul do município, que
foi palco de um processo de redefinição econômica a partir da consolidação de indústrias geradoras de
emprego e de toda a infraestrutura adquirida ao longo desses anos.
Além disso, nas avenidas arteriais dos bairros circunvizinhos ao empreendimento há grande
oferta do terceiro setor, como lojas, hipermercados, padarias e outros comércios úteis à população. O
caráter dinâmico do entorno do empreendimento e a proximidade com a zona central da cidade
favorecem as potencialidades econômicas atuais e futuras para o comércio local.
Do ponto de vista das repercussões socioculturais, tal região tem crescido através de um
planejamento adequado, oriundo do zoneamento municipal estabelecido pelo plano diretor (gestão
urbana).
O ordenamento físico e o desenho urbano desta área, bastante próxima da zona central da cidade,
favoreceram a apropriação e habitação da zona leste do município. Por tratar-se de área com vocação a
empreendimentos de interesse social, entende-se que todas as medidas que possam ser tomadas com o
objetivo de melhorar a qualidade ambiental e de vida da comunidade local devem ser seguidas,
favorecendo ganhos socioambientais através de uma vida urbana mais confortável, aproveitável e
ambientalmente segura.
2 http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=6391
5
Impactos ambientais
A identificação dos impactos ambientais foi efetuada segundo as diretrizes da Norma NBR ISO
14.001, que concatena as atividades das fases de implantação e operação do projeto e os aspectos e
impactos ambientais associados.
Verificou-se que a maioria dos impactos gerados são locais, temporários, reversíveis e de
importância ambiental pouco relevante, ou seja, os impactos ambientais foram considerados de
intensidade e criticidade baixas e facilmente mitigáveis.
Caracterização da qualidade ambiental
A área do empreendimento está totalmente coberta por gramíneas exóticas, espécies arbustivas
e árvores nativas isoladas, com exceção de um pequeno fragmento de vegetação secundária de Floresta
Ombrófila Densa Submontana em estágio médio de regeneração, ao sul do terreno, que será preservado.
Assim, depreende-se de que não haverá impactos significativos gerados na vegetação local em
decorrência da implantação do projeto urbanístico pretendido. De forma a contribuir com a vegetação
urbana, pretende-se averbar 25,94% da área do terreno como Áreas Verdes e Sistemas de Lazer.
A coleta de lixo e a manutenção dos dispositivos de drenagem, o abastecimento de água potável
e a destinação do esgotamento sanitário serão de responsabilidade do Prefeitura Municipal de Bragança
Paulista e SABESP, respectivamente, de forma que a qualidade ambiental do local será assegurada através
da disposição adequada dos resíduos sólidos e efluentes domiciliares.
Medidas compensatórias
Algumas das principais medidas mitigadoras ou compensatórias que serão adotadas na
implantação do loteamento são: uso de equipamentos de proteção individual durante o trabalho,
manutenção periódica das maquinas e dos veículos utilizados, treinamento dos colaboradores, uso de
catalizadores nos veículos, umidificação do solo (aspersão de água a fim de evitar a emissão de
particulados), disposição adequada dos resíduos, etc.
6
Com a adoção das medidas mitigadoras, espera-se a redução/eliminação da poluição atmosférica,
da poluição do solo e dos recursos hídricos, da poluição sonora, da erosão, das vibrações, da geração de
vetores e de risco de acidentes.
Conclusões e comentários de ordem geral
Conclui-se pela aprovação do presente empreendimento, consubstanciado pelo rigor empregado
na avaliação dos impactos de vizinhança e nas devidas medidas mitigadoras, esperando-se benefícios
sociais, econômicos e ambientais tanto para a população circunvizinha quanto para os futuros moradores
do loteamento.
Responsáveis Técnicos:
________________________________
Ariane de Souza
Engenheira Ambiental
CREA 5063720247
ART anexa
_
_______________________________
Claudio Santos de Almeida
Arquiteto e Urbanista - Coordenador
CAU A41410-7
RRT anexa
Proprietário:
________________________________
José Lavelli de Lima Lavell Empreendimentos e Participações Ltda.
CNPJ: 08.363.578/0001-14