Click here to load reader
View
218
Download
1
Embed Size (px)
Agncia da Bacia Hidrogrfica do Rio Paraba do Sul AGEVAP
ESTUDOS PARA IDENTIFICAO, LOCALIZAO E QUANTIFICAO DAS
CAUSAS DA PROLIFERAO DE PLANTAS AQUTICAS, PRINCIPALMENTE
MACRFITAS, AO LONGO DA CALHA DO RIO PARABA DO SUL, INCLUSIVE
BRAOS MORTOS, RESERVATRIOS E AFLUENTES
Relatrio de Prognstico
Relatrio Contratual R4
Ato Convocatrio n 009/2011
II
ESTUDOS PARA IDENTIFICAO, LOCALIZAO E QUANTIFICAO DAS
CAUSAS DA PROLIFERAO DE PLANTAS AQUTICAS, PRINCIPALMENTE
MACRFITAS, AO LONGO DA CALHA DO RIO PARABA DO SUL, INCLUSIVE
BRAOS MORTOS, RESERVATRIOS E AFLUENTES
Relatrio de Prognstico
Agncia da Bacia Hidrogrfica do Rio Paraba do Sul - AGEVAP
Estrada Resende - Riachuelo, 2.535 3 andar Morada da Colina
27.523-000 - Resende/RJ
Elaborao e Execuo:
Tecnogeo Informtica S/S Ltda. Todos os direitos Reservados.
permitida a reproduo de dados e de informaes contidos nesta publicao, desde que citada a fonte.
So Jos dos Campos SP
Julho/2012
III
ESTUDOS PARA IDENTIFICAO, LOCALIZAO E QUANTIFICAO DAS
CAUSAS DA PROLIFERAO DE PLANTAS AQUTICAS, PRINCIPALMENTE
MACRFITAS, AO LONGO DA CALHA DO RIO PARABA DO SUL, INCLUSIVE
BRAOS MORTOS, RESERVATRIOS E AFLUENTES
Relatrio de Prognstico
Coordenao geral Consultoria tcnica e cientfica
Rita Cerqueira Ribeiro de Souza
Consultoria tcnica e cientfica
Robinson Anonio Pitelli
Luciana Tessari
Alexandre Marco da Silva
Murilo Pires Fiorini
Execuo Tcnica
Poliana Ribeiro de Souza
Gerncia executiva e financeira
Abisael Seco Peixoto
Patrcia Regina Lemes Peixoto
IV
NDICE
SUMRIO EXECUTIVO ........................................................................................................ 5
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. 6
SUMRIO EXECUTIVO ......................................................................................................... 6
1. PLANTAS AQUTICAS NA BACIA DO RIO PARABA DO SUL ........................................ 7
2. MEDIDAS DE CONTROLE DE MACRFITAS AQUTICAS ........................................... 18
2.1. Medidas mecnicas ....................................................................................................18
2.2. Medidas qumicas .......................................................................................................26
2.3. Medidas fsicas ...........................................................................................................29
2.4 Controle biolgico ........................................................................................................31
3. RECOMENDAES PARA OS CORPOS HDRICOS DA BACIA DO RIO PARABA DO
SUL ......................................................................................................................................39
3.1. Plano de ao/manejo .................................................................................................39
3.1.1. Monitoramento preventivo ............................................................................ 42
3.1.2. Controle das causas ..................................................................................... 43
3.1.3. Monitoramento das aes ............................................................................ 46
3.2. Monitoramento de qualidade de gua e sedimento e recomendaes de estudos
complementares ................................................................................................................47
4. BIBLIOGRAFIA CITADA .................................................................................................. 48
V
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 (A) FOTO DE RETROESCAVADEIRA ADAPTADA SOBRE BALSA E QUE UTILIZADA PARA DESLOCAR AS
MACRFITAS AQUTICAS DE REAS ONDE ESTO FIXADAS E DEIX-LAS PARA O TRANSPORTE NATURAL PELO
FLUXO DGUA. (B) GRUA FIXA ADAPTADA PARA RETIRADA DAS MACRFITAS AQUTICAS DO NGULO AGUDO
DA BARREIRA FLUTUANTE E DEPOSIT-LAS SOBRE BASE DE CONCRETO. ........................................................ 19
FIGURA 2 RETIRADA MECNICA DE COLONIZAO DE UROCHLOA SUBQUADRIPARA COM CRESCIMENTO
EPIFTICO SOBRE EICHHORNIA CRASSIPES NO RESERVATRIO DE SALTO GRANDE, AMERICANA, SP, NA BACIA
DO RIO PIRACICABA. FOTO DISPONIBILIZADA PELO ENG. AGR. ROBSON H. TANAKA. ..................................... 21
FIGURA 3 EFEITOS DAS INCORPORAES DE QUANTIDADES DE TYPHA LATIFOLIA (TYPLA), SALVINIA HERZOGII
(SALHE), PISTIA STRATIOTES (SALHE) E ECHINOCHLOA POLYSTACHYA (ECHPO) SOBRE AS CONCENTRAES DE
FSFORO E POTSSIO, SATURAO DE BASES E PODER DE EMBEBIO DESOLO DEGRADADO. ................... 24
FIGURA 4 REA DE EMPRSTIMO PARA AS REFORMAS DO VERTEDOURO DE CACARIA. ESQUERDA, ASPECTO
DA REA NO FINAL DA UTILIZAO DA REA E DIREITA AOS TRS MESES APS O REPLANTIO E COLOCAO
DE MACRFITAS EM COBERTURA. .................................................................................................................... 25
FIGURA 5 EFEITOS DA INCORPORAO DE QUANTIDADES CRESCENTES (0, 10, 20, 30 E 40 T/HA) DE
UROCHLOA SUBQUADRIPARA SOBRE O CRESCIMENTO DO MUTAMBO (FOTO DA ESQUERDA) E DE EICHHORNIA
CRASSIPES SOBRE O CRESCIMENTO DO EUCALIPTO (FOTO DA DIREITA). ........................................................ 25
FIGURA 6 PLANTAS DE SAGITTARIA MONTEVIDENSIS MOSTRANDO SINTOMAS DE CYLINDROCARPON SP.
ESTES SINTOMAS SO DE PLANTAS INOCULADAS EM LABORATRIO. ............................................................ 32
FIGURA 7 SINTOMAS DE ATAQUE DA MARIPOSA SAMEA MULTIPLICALIS EM PLANTAS DE PISTIA STRATIOTES
NO RESERVATRIO DE VIGRIO, PIRA, RJ. ....................................................................................................... 33
FIGURA 8 PSSAROS INSETVOROS A CATA DE ARTRPODES, MOLUSCOS E OUTROS PEQUENOS ANIMAIS
SOBRE PLANTAS DE PISTIA STRATIOTES. NESTA OCASIO A PRINCIPAL FONTE DE ALIMENTO ERAM LARVAS DE
SAMEA MULTIPLICALIS. ..................................................................................................................................... 34
FIGURA 9 CICLO DE PREDAO DE SAMEA MULTIPLICALIS EM PISTIA STRATIOTES E DE SUA PRPRIA
PREDAO POR PSSAROS INSETVOROS (PITELLI, 2006). ............................................................................... 34
FIGURA 10 EVOLUO DOS SINTOMAS DE PREDAO DE SAMEA MULTIPLICALIS EM PISTIA STRATIOTES
UTILIZANDO A ESTRATGIA AUMENTATIVA. .................................................................................................... 36
6
SUMRIO EXECUTIVO
Este relatrio decorre do contrato celebrado em 23 de setembro de 2011 entre
a AGEVAP - Agncia da Bacia Hidrogrfica do Rio Paraba do Sul e a TecnoGeo, para
a elaborao de Estudos para identificao, localizao, quantificao e diagnstico
de causas de proliferao de plantas aquticas, ao longo da calha do rio Paraba do
Sul, (inclusive braos mortos, reservatrios e alguns afluentes) com nfase em
macrfitas.
O presente Relatrio de Prognstico - R4 tem por objetivo apresentar
recomendaes e opes de controle, manejo e monitoramento com base nos dados
secundrios levantados no relatrio 2 e das 107 colonizaes por plantas aquticas
(macrfitas) identificadas, mapeadas e caracterizadas no relatrio 3.
No segundo item apresentada uma sntese da situao da Bacia do Rio
Paraba do Sul quanto s colonizaes, sua localizao, evoluo, principais fatores
que as propiciam, por sub-bacia, conforme relatrio 3.
Os mtodos mais conhecidos de controle de plantas aquticas so descritos no
item 3 e no item 4 so apresentadas recomendaes de controle e manejo para a
Bacia do Paraba do Sul, bem como propostas de monitoramento e estudos
complementares.
A associao entre plantas flutuantes e plantas com crescimento epiftico
comum em reservatrios, especialmente envolvendo as flutuantes aguap e salvnia
como populaes suporte e Oxycaryum cubense, Paspalum repens, Urochloa
subquadripara, Polygonum lapathifolium e Caperonia palustris, como plantas de
crescimento epiftico.
No trecho do Rio Paraba do Sul que no est alagado por reservatrios
(calha), os grandes problemas esto relacionados s colonizaes mono-especficas
das reas litorneas com plantas exticas invasoras, especialmente Urochloa
subquadripara, Hymenachne amplexicaulis e Echinochloa polystachya. reas
alagadas e vrzeas anteriormente colonizadas por algumas espcies das famlias
Cyperaceae (Cyperus spp, Rynchospora spp, Kulingia spp, Eleocharis spp),
Onagraceae (Ludwigia spp), Polygonaceae (Polygonum spp), Pontederiacae
(Pontederia spp, Heteranthera spp, Eichhornia spp,), Alistamataceae (Sagittaria spp) e
outras, hoje esto completamente tomadas por Urochloa subquadripara e U. mutica.
7
Com base nas informaes secundrias disponveis sobre as causas da
proliferao de plantas aquticas na bacia, sua identificao e localizao, foram feitas
recomendaes de medidas preventivas, de controle e de monitoramento.
1. PLANTAS AQUTICAS NA BACIA DO RIO PARABA DO SUL
Plantas aquticas so componentes importantes de ecossistemas aquticos,
mas quando se desenvolvem excessivamente podem causar problemas. Na bacia do
Paraba do Sul existem regies afetadas pelo desenvolvimento de extensas
colonizaes de m