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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA ALEXANDRO SOUZA PROJETO DE ADEQUAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE MERCADO PÚBLICO NA ANTIGA RODOVIÁRIA DE JOAÇABA-SC Joaçaba 2015

ESTUDO DE VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO DE …Desenvolvimento de Projeto Arquitetônico, além do Projeto Geométrico, Memorial Descritivo e uma estimativa de custos visando tornar

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Page 1: ESTUDO DE VIABILIDADE PARA IMPLANTAÇÃO DE …Desenvolvimento de Projeto Arquitetônico, além do Projeto Geométrico, Memorial Descritivo e uma estimativa de custos visando tornar

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

ALEXANDRO SOUZA

PROJETO DE ADEQUAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE MERCADO PÚBLICO NA

ANTIGA RODOVIÁRIA DE JOAÇABA-SC

Joaçaba

2015

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ALEXANDRO SOUZA

PROJETO DE ADEQUAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE MERCADO PÚBLICO NA

ANTIGA RODOVIÁRIA DE JOAÇABA-SC

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus de Joaçaba, como requisito parcial à obtenção de grau de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. MSc. Sergio Constantino Stares

Joaçaba

2015

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ALEXANDRO SOUZA

PROJETO DE ADEQUAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE MERCADO PÚBLICO NA

ANTIGA RODOVIÁRIA DE JOAÇABA-SC

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus de Joaçaba, como requisito parcial à obtenção de grau de Engenheiro Civil.

Aprovado em ............ de ......................................... de 201....

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________ Prof. MSc. Sergio Constantino Stares Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC

_________________________________________________ Prof. Scheila Lockstein Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC

_________________________________________________ Prof. Esp. Tulainy Parisotto Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC

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Dedico este trabalho aos meus pais, fonte

de meu conhecimento......

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AGRADECIMENTOS

A todos os familiares que me apoiaram nas horas mais difíceis.

A todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que este trabalho

fosse concluído.

Apesar dos tropeços em meu caminho, agradeço a Deus por ter me dado

saúde suficiente para ter chegado até aqui.

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“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se

cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.”

(Leonardo da Vinci)

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RESUMO

Desenvolvimento de Projeto Arquitetônico, além do Projeto Geométrico, Memorial

Descritivo e uma estimativa de custos visando tornar o antigo Terminal Rodoviário de

Joaçaba-SC, praticamente em desuso, em um Mercado Público. Projeto baseado em

Estudo de Viabilidade Técnica e Legal realizado no primeiro semestre de 2015. O

Projeto Arquitetônico contempla reaproveitamento de área pelo fechamento da

plataforma de embarque com cortina de vidro temperado e a substituição da cobertura

existente por uma composta por estrutura metálica, telhas metálicas com isolamento

térmico e acústico e dois pontos com iluminação zenital, para aproveitamento de

iluminação natural durante o dia. O projeto ainda traz soluções para a regularização

de acessibilidade do imóvel, dividido em setores e grupos de atividades. Todas as

calçadas externas, passeios públicos e áreas de entorno da edificação foram

adequadas à acessibilidade e compatibilizadas com relação ao fluxo de entrada e

saída de pessoas e mercadorias, através de reorganização do espaço do antigo

estacionamento e pátio de manobra dos ônibus. O custo para a obra foi estimado em

R$ 1.207.938,58 e foram implementados 31 boxes para atividades comerciais e

serviços públicos no local.

Palavras-chave: Engenharia. Mercado Público. Projeto. Adequação.

Geométrico. Arquitetônico. Joaçaba.

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ABSTRACT

Development of Architectural Design, in addition to Project Geometric,

Descriptive Memorial and a cost evaluation in order to make the former bus terminal

Joaçaba-SC, practically in disuse, in a public marketplace. Project based on technical

and legal feasibility study conducted in the first half of 2015. The architectural design

includes area of reuse by closing the boarding platform with tempered glass curtain

and replacement of existing coverage by a composed of metal structure, tiles Metal

with thermal and acoustic insulation and two points with overhead lighting, daylighting

use during the day. The project also brings solutions to the Property Accessibility

settlement, divided into sectors and activity groups. All external walkways,

promenades and surrounding areas of the building were adequate accessibility and

made compatible with respect to the inflow and exit of people and goods through

reorganization of the space of the old car and the bus-switching yard. The cost for the

adjustment was estimated at R$ 1,207,938.58 and 31 boxes were implemented for

commercial activities and public services on-site.

Keywords: Engineering. Marketplace. Project. Adequacy. Geometric.

Architectural. Joaçaba.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 – Exemplos de layouts para lojas .......................................................... 25

Ilustração 2 – Mobiliário, padarias e hortaliças.......................................................... 26

Ilustração 3 – Implantação atual ................................................................................ 43

Ilustração 4 – Planta baixa, as built do projeto original ............................................. 44

Ilustração 5 – Maquete tridimensional renderizada ................................................... 44

Ilustração 6 – Corte em perspectiva, com renderização ........................................... 45

Ilustração 7 – Fluxograma de materiais e produtos ................................................... 49

Ilustração 8 – Vista do Box 31 e da cozinha no Box 22 ............................................ 57

Ilustração 9 – Vista do depósito e da praça de alimentação ..................................... 57

Ilustração 10 – Vista dos sanitários feminino e masculino ........................................ 58

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LISTA DE FOTOGRAFIAS

Fotografia 1 – Escada em 08/10/2015 ...................................................................... 29

Fotografia 2 – Rampa de acesso no passeio ............................................................ 30

Fotografia 3 – Abrigo GLP a remover ........................................................................ 30

Fotografia 4 – Tanque a remover .............................................................................. 31

Fotografia 5 – Fachada dos fundos ........................................................................... 31

Fotografia 6 – Condicionador de ar improvisado em janela ...................................... 32

Fotografia 7 – Janela com grade ............................................................................... 32

Fotografia 8 – Afundamento do pavimento ............................................................... 33

Fotografia 9 – Muro de fechamento e boca-de-lobo .................................................. 33

Fotografia 10 – Caminhos pavimentados .................................................................. 34

Fotografia 11 – Piso da cozinha ................................................................................ 35

Fotografia 12 – Cozinha em 08/10/2015 ................................................................... 35

Fotografia 13 – Claraboia do sanitário feminino ........................................................ 36

Fotografia 14 – Piso do sanitário feminino ................................................................ 36

Fotografia 15 – Saguão, próximo ao restaurante ...................................................... 37

Fotografia 16 – Saguão, próximo aos sanitários ....................................................... 37

Fotografia 17 – Plataforma de embarque .................................................................. 38

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Zona de desenvolvimento 1 – ZD1 .......................................................... 20

Tabela 2 – Dimensões mínimas dos compartimentos permanentes ......................... 22

Tabela 3 – Edificações comerciais ............................................................................ 23

Tabela 4 – Coeficientes de escoamento pelas superfícies ....................................... 25

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

% Porcentagem

° Graus

A Área

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

BIM Building Information Build – Modelagem da Informação

da Construção

CEASA Centrais de Abastecimento

Cm Centímetros

CMBSC Corpo Militar de Bombeiros de Santa Catarina

DAT Diretoria de Atividades Técnicas

F/L/F Frente, lateral e fundos

FDU Fundo de Desenvolvimento Urbano

GLP Gás Liquefeito de Petróleo

H Altura da edificação

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IN Instrução Normativa

Kg Quilograma

kVA Quilovolt-ampere

LC Lei Complementar

Ltda. Limitada

m² Metros quadrados

m³ Metro cúbico

Mgon Miligrado

Mm Milímetros

NBR Norma Brasileira

Ppm Partes por milhão

RDC Resolução da Diretoria Colegiada

S/A Sociedade Anônima

T Testada

ZD1 Zona de Desenvolvimento 1

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 18

1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................... 18

1.2 OBJETIVOS ......................................................................................... 19

1.2.1 Objetivo geral ..................................................................................... 19

1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................ 19

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................ 20

2.1 REQUISITOS LEGAIS ......................................................................... 20

2.1.1 Plano Diretor Municipal de Joaçaba-SC ........................................... 20

2.1.1.1 Zoneamento Urbano ............................................................................ 20

2.1.1.2 Código de Edificações .......................................................................... 21

2.1.2 Segurança contra incêndio ............................................................... 22

2.1.3 Exigências quanto à higiene e conservação de alimentos ............ 23

2.2 REQUISITOS TÉCNICOS .................................................................... 24

2.2.1 Acessibilidade .................................................................................... 24

2.2.2 Pavimentações Permeáveis .............................................................. 24

2.2.3 Saídas de emergência ........................................................................ 25

2.2.4 Layout ................................................................................................. 25

3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................... 27

3.1 DADOS DO IMÓVEL E SITAÇÃO CADASTRAL ................................. 27

3.1.1 Consulta Prévia de Viabilidade ......................................................... 27

3.1.2 Cadastro Municipal de Imóveis ......................................................... 27

3.1.3 Escritura .............................................................................................. 27

3.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO..................................................... 27

3.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ..................................................... 28

3.3.1 Áreas externas ................................................................................... 28

3.3.1.1 Fachada e entorno ............................................................................... 28

3.3.1.2 Pavimentações ..................................................................................... 32

3.3.2 Ambientes internos ............................................................................ 34

3.3.2.1 Cozinha ................................................................................................ 34

3.3.2.2 Sanitários ............................................................................................. 35

3.3.2.3 Saguão ................................................................................................. 36

3.3.2.4 Plataforma de embarque ...................................................................... 38

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3.4 DADOS ESTATÍSTICOS DO IMÓVEL ................................................. 38

3.5 VERIFICAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS TÉCNICAS E LEGAIS ................. 39

3.5.1 Vagas de garagem e estacionamento .............................................. 39

3.5.2 Altura dos ambientes internos (existentes) ..................................... 40

3.5.3 Acessibilidade .................................................................................... 40

3.5.4 Segurança ........................................................................................... 40

3.5.5 Higienização ....................................................................................... 41

3.5.6 Sanitários ............................................................................................ 42

3.6 ELABORAÇÃO DOS PROJETOS........................................................ 43

3.7 ESTIMATIVA DE CUSTOS .................................................................. 45

3.7.1 Cobertura ............................................................................................ 45

3.7.2 Pisos e pavimentações ...................................................................... 46

3.7.3 Painés e alvenarias ............................................................................ 46

3.7.4 Aberturas e esquadrias ..................................................................... 46

3.7.5 Forros .................................................................................................. 47

4 RESULTADOS .................................................................................... 48

4.1 SETORES E FLUXOS ......................................................................... 48

4.2 DEFINIÇÃO DO LAYOUT FINAL ......................................................... 49

4.2.1 Grupos de Atividades ........................................................................ 50

4.2.1.1 Artesanato ............................................................................................ 50

4.2.1.2 Carnes e peixes ................................................................................... 51

4.2.1.3 Diversos ............................................................................................... 51

4.2.1.4 Empório ................................................................................................ 51

4.2.1.5 Exposição ............................................................................................. 51

4.2.1.6 Gastronomia I ....................................................................................... 51

4.2.1.7 Gastronomia II ...................................................................................... 52

4.2.1.8 Gastronomia III ..................................................................................... 52

4.2.1.9 Horti-fruti .............................................................................................. 52

4.2.1.10 Serviços ............................................................................................... 52

4.2.1.11 Temperos e condimentos ..................................................................... 52

4.2.2 Layout dos boxes ............................................................................... 52

4.3 MATERIAIS E ACABAMENTOS .......................................................... 53

4.3.1 Telhado ............................................................................................... 53

4.3.2 Pisos .................................................................................................... 54

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4.3.3 Painéis e alvenaria ............................................................................. 54

4.3.4 Aberturas ............................................................................................ 55

4.3.5 Pavimentações externas ................................................................... 55

4.3.6 Instalações prediais ........................................................................... 56

4.4 APRESENTAÇÃO FINAL ..................................................................... 57

4.4.1 Vistas tridimensionais ....................................................................... 57

4.5 MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................... 58

4.6 CUSTOS ESTIMADOS PARA A ADEQUAÇÃO .................................. 58

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 59

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 60

APÊNDICE A – CONSULTA PRÉVIA DE VIABILIDADE ........................................ 63

APÊNDICE B – PROJETO GEOMÉTRICO .............................................................. 64

APÊNDICE C – PROJETO ARQUITETÔNICO ........................................................ 65

APÊNDICE D – MEMORIAL DESCRITIVO .............................................................. 66

APÊNDICE E – PLANILHA DE CUSTOS................................................................. 67

ANEXO A – DOCUMENTAÇÃO ............................................................................... 68

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1 INTRODUÇÃO

Elaboração de Projeto Executivo (Arquitetônico e Geométrico) contendo

Memorial Descritivo e Orçamento, visando adequações necessárias para que a

funcionalidade da edificação seja redefinida como Mercado Público.

Todas as adequações seriam baseadas em exigências técnicas e de

acordo com a legislação vigente.

O Projeto Geométrico contempla reorganização dos espaços para

acomodação de vagas de estacionamento e área de manobra, remanejo das áreas

verdes e recuperação da pavimentação existente, execução de rampas de acesso

para pessoas portadoras de necessidades especiais.

Já o Projeto Arquitetônico apresenta alteração de layout (demolição e

execução de alvenaria), com expansão de uso de área já coberta (plataformas de

embarque), com fechamento em cortinas de vidro, substituição do telhado (telha

trapezoidal em fibrocimento) por estrutura metálica e telha metálica com isolamento

térmico e acústico. Substituição de pisos e execução de piso na área de ampliação

(plataformas de embarque). Substituição das aberturas, boa parte delas são de difícil

manutenção e carecem de segurança.

1.1 JUSTIFICATIVA

O imóvel situado está sendo ocupado como garagem para diversos órgãos

públicos e servindo como depósito de mobiliário destinado à rede de ensino municipal

e estadual, em razão de sua localização privilegiada (lote em esquina em área urbana

central, próximo de ligações intermunicipais e conectada a Rodovia SC-303), é tido

como um imóvel subutilizado pelo poder público municipal desde a inauguração do

novo Terminal Rodoviário.

A edificação não estava sendo habitada até o mês de outubro, as condições

de conservação não estão adequadas e patologias já estão aparecendo, devido à

ausência de cuidados de limpeza e manutenção no local (basicamente, infiltrações,

ramais de esgoto inoperantes.

Quanto à ocupação, esse espaço público carece de ideias que tragam

benefícios à população. Um mercado público proporcionaria melhor qualidade

alimentar para os consumidores da região, por tratar-se de produtos naturais, e além

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de ser um possível ponto de encontro e confraternização para a população local. Em

geral, seria uma forma de possibilitar a comercialização de produtos locais,

atualmente limitados à operação da feira-livre ou de eventos coloniais escassos.

Para os consumidores em geral, haveria um espaço agrupado para

comercialização de produtos e especiarias que atualmente só se alcançaria em

grandes centros.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Desenvolver um projeto executivo visando a funcionalidade da edificação

(antigo Terminal Rodoviário de Joaçaba-SC) como Mercado Público regional, com

foco em produtos da agroindústria local.

1.2.2 Objetivos específicos

Desenvolver Projeto Arquitetônico visando à conformidade da edificação para

a nova atividade (Mercado Público).

Elaborar Projeto Geométrico, de modo a reorganizar os acessos de entrada e

saída, bem como das vagas para estacionamento exigidas pelo Plano Diretor

Municipal.

Conceber por meio de Memorial Descritivo o detalhamento para a execução

das intervenções necessárias, especificadas em projeto.

Estimar os custos dos materiais e serviços necessários para a implantação do

projeto

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 REQUISITOS LEGAIS

2.1.1 Plano Diretor Municipal de Joaçaba-SC

2.1.1.1 Zoneamento Urbano

Segundo o Anexo IV da Lei Complementar 137 (JOAÇABA, 2007, p. 53),

para Horto Mercados e Supermercados acima de 150 m² as vagas de estacionamento

e garagens devem atender o mínimo de 01 vaga para cada 30 m² de área construída,

com o adicional de 01 vaga para caminhão a cada 500 m² de área construída.

Já o Anexo VI da LC 137 (JOAÇABA, 2007, p. 63) classifica os requisitos

mínimos conforme o tipo de zoneamento, dados em forma de tabelas:

Tabela 1 – Zona de desenvolvimento 1 – ZD1

Testada e Área mínima

Recuos e Afastamentos

Taxa de ocupação

Índice de Aproveitamento

Gabarito Taxa de

Permeabilidade

A: 360,00 m² T: 12,00 m

F/L/F: Livre até o 4º Pavimento L/F da Torre: H/10 e H/8

60% IA Básico: 3,6 IA Max: 4,8

Livre 12%

Objetivo: Tem por objetivo incentivar a instalação do comércio e prestação de serviço, aproveitando-se a infraestrutura existente, tendo condições de adensamento.

Propostas de uso

Permitido Permissíveis

Uso 1 – Residências Unifamiliar Uso 2 – Residências Multifamiliares Uso 4 – Comércio Vicinal Uso 5.A – Comércio Varejista e Prestação de Serviço 1 Uso 9 – Comércio de Veículos Leves Uso 15 – Recreação e Lazer

Uso 5.b – Comércio Varejista e Prestação de Serviço 2 Uso 10 – Educacional Uso 11 – Institucional Uso 14 – Religioso Uso 15.A – Recreação e Lazer Especial 1 Uso 18 – Hotéis e Pousadas Uso 20 – Atividade de Nível de Incomodo 1

Observações: Os recuos nesta zona são livres até o 4º pavimento, obedecendo A.T.O Recuos: Uso de permanência Prolongada será utilizado h/8 Onde h é a maior altura do prédio com relação a rua de acesso. Nesta zona serão implantados o Imposto Progressivo no Tempo e Outorga Onerosa do Direito de Construir – Instrumentos do Estatuto da Cidade. Uso 16.C – Cultura (Redação dada pela emenda 04/2006)

FONTE: Adaptado da LC 137 (Joaçaba, 2007, p. 63).

É estabelecido pelo Art. 85 da LC 137 (JOAÇABA, 2007, p. 30) que “[...]

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deverão ser reservadas vagas para deficientes físicos [...] destinados aos usos

comerciais e de serviços públicos, com largura mínima de 3,50 m [...] e comprimento

de 5,00 m [...]” de acordo com:

I. Até 25 vagas: 1 vaga;

II. De 25 a 50 vagas: 2 vagas;

III. De 51 a 75 vagas: 3 vagas;

IV. De 76 a 100 vagas: 4 vagas;

V. De 101 a 150 vagas: 5 vagas;

VI. De 151 a 200 vagas: 6 vagas;

VII. De 201 a 300 vagas: 7 vagas;

VIII. Mais de 300 vagas: 8 vagas e mais uma para cada 100 vagas ou fração.

2.1.1.2 Código de Edificações

Conforme define o Art. 60 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 35) para

edificações destinadas ao comércio em geral deve-se obedecer aos seguintes

requisitos quanto ao pé direito:

I. 3,00 m quando a área do compartimento for de até 150,00 m²;

II. 3,50 m quando a área do compartimento for superior a 150,00 m².

De acordo com o Art. 62 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 36), todas as

unidades das edificações comerciais deverão ter sanitário:

I. Acima de 150,0 0 m² da área total é obrigatória a construção de

sanitários separados para os dois sexos, na proporção de um sanitário a cada 200,00

m²;

II. Quando se tratar de um conjunto de lojas ou salas em um mesmo

pavimento, poderá ser feito um agrupamento de instalações sanitárias.

Pelo Art. 63 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 36), fica estabelecido que se

tenha, para os corredores de galerias, obrigatoriamente, um pé direito mínimo de 3,5

m de altura e largura de 3,00 m com adicional de 10% para cada 5,0 m de comprimento

que exceder a extensão de 15,0 m.

Ainda, segundo o Art. 66 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 37):

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22

Nos supermercados, mercados e estabelecimentos do gênero, além das normas municipais pertinentes, o acondicionamento, a exposição e a venda dos gêneros alimentícios estarão sujeitos a normas de proteção à higiene e à saúde, dos órgãos estaduais e federais.

Já o Art. 67 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 37) estabelece que “As

edificações destinadas a comércio, serviços ou atividades profissionais deverão ter

dispositivo de prevenção contra incêndio de conformidade com as determinações

deste Código e normas específicas do Corpo de Bombeiros.”.

O Art. 328 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 120) define que “Em qualquer

edificação, a exceção das habitações unifamiliares, deverá ser garantido o acesso aos

deficientes físicos em cadeiras de rodas ou com aparelhos ortopédicos, observadas

as disposições da ABNT [...]”.

É estabelecido pelo Art. 231 da LC 134 (JOAÇABA, P. 92) as dimensões

mínimas para os compartimentos permanentes, conforme o apresentado na Tabela 2,

a seguir.

Tabela 2 – Dimensões mínimas dos compartimentos permanentes

Compartimentos Área (m²) Dimensão mínima (m) Altura (m) Largura dos vãos de

acesso (m)

Lojas 25,00 3,00 3,00 0,80

Boxe e “Stands” 12,00 2,80 2,40 1,00

Salas Comerciais 15,00 2,80 3,00 0,80

Sobrelojas 12,50 2,80 2,40 0,80

Fonte: Adaptado da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 93).

2.1.2 Segurança contra incêndio

Segundo o Art. 127 da Instrução Normativa 001 (Diretoria de Atividades

Técnicas, Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, 2014, p. 34), para

estabelecimentos comerciais será exigido:

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23

Tabela 3 – Edificações comerciais

Altura Área total Sistema ou medida

- - Saídas de emergência

- - Instalação de gás combustível (quando houver consumo de gás)

- - Iluminação de emergência e sinalização para abandono do local nas

áreas de circulação, nas saídas de emergência e nos elevadores

- - Materiais de acabamento e revestimento

- ≥ 50 m² Proteção por extintores (ou com carga de incêndio ≥ 25 kg/m²)

- ≥ 3.000 m² Chuveiros automáticos (desde que com carga de incêndio > 120 kg/m²)

≥ 20 m ≥ 750 m² Sistema de proteção contra descargas atmosféricas

≥ 4 pav ≥ 750 m² Sistema hidráulico preventivo

≥ 4 pav ≥ 750 m² Plano de emergência

≥ 4 pav ≥ 750 m² Sistema de alarme e detecção de incêndio

> 20 m - Dispositivo para ancoragem de cabos

> 40 m - Local para resgate aéreo

> 60 m - Elevador de emergência

Fonte: Adaptado da IN 001 (DAT, CBMSC, 2014, p. 34).

O Art. 127 da IN 001 (DAT, CBMSC, 2014, p. 34) ainda estabelece o

seguinte para edificações:

I. Serão exigidos brigadistas de incêndio voluntário, quando a população fixa

for superior a 20 pessoas, e brigadistas de incêndio particular, quando a

população fixa for superior a 100 pessoas;

II. Que possuírem áreas destinadas ao armazenamento, manipulação e

manutenção de recipientes de GLP fica sujeito às prescrições de IN

específica;

III. Destinadas à distribuição, abastecimento ou venda a varejo de

combustíveis e de lubrificantes para qualquer fim, ao comércio de armas,

munições e fogos de artifícios ficam sujeitos às determinações previstas

em instrução normativa específica.

2.1.3 Exigências quanto à higiene e conservação de alimentos

Para a Resolução RDC 216 (BRASIL, 2004, p. 7), as áreas de exposição

de alimentos preparados e de consumação devem ser mantidas organizadas em

condições adequadas de higiene. Os equipamentos, móveis e utensílios disponíveis

devem estar compatíveis com as atividades, em número suficiente e em bom estado

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24

de conservação.

Segundo a RDC 275 (BRASIL, 2002, p. 5), deve ser utilizada, somente

água potável durante a manipulação de alimentos e os reservatórios de água devem

estar em adequado estado de conservação e higiene.

2.2 REQUISITOS TÉCNICOS

2.2.1 Acessibilidade

É definido pela NBR 9050 (Associação Brasileira de Normas Técnicas,

2015, p. 55) que as rampas tenham inclinação entre 6,25% e 8,33%, devendo ser

previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50,0 m de percurso. Para

reformas, quando esgotadas as possibilidades, a norma permite a utilização de

inclinações superiores a 8,33% até 12,5%.

Para os sanitários, NBR 9050 (ABNT, 2015, p. 86) estipula como valores

mínimos de largura e profundidade, 1,5 e 1,7 m para cada boxe para bacia sanitária,

admitindo ainda 1,5 por 1,5 m para o caso de reforma, porém exige área de manobra

de 1,2 x 1,5 na parte externa.

2.2.2 Pavimentações Permeáveis

Conforme afirma Ferguson (2005), pavimentos permeáveis são

caracterizados por possuírem espaços vazios em sua estrutura que permitem a

passagem de água.

Na Tabela a seguir estão descritos os coeficientes de escoamento obtidos

no ensaio realizado por Araújo, Tucci e Goldefum (1999) através da relação entre a

chuva total e o volume total de água escoado:

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Tabela 4 – Coeficientes de escoamento pelas superfícies

Revestimento Chuva total

(mm)

Escoamento total

(mm)

Coeficiente de

escoamento

Solo compactado 18,66 12,32 0,66

Paralelepípedos 18,33 10,99 0,60

Bloco de concreto 19,33 15,00 0,78

Concreto 18,33 17,45 0,95

Blocos vazados 18,33 0,5 0,03

Concreto permeável 20,00 0,01 0,005

Fonte: Adaptado de Araújo, Tucci e Goldefum (1999).

2.2.3 Saídas de emergência

De acordo com a NBR 9077 (ABNT, 2001, p. 3), define-se como saída de

emergência um caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,

corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, a ser

percorrido pelo usuário, protegido em caso de um incêndio, de qualquer ponto da

edificação até atingir espaço aberto.

2.2.4 Layout

Para definição de layout de lojas e boxes comerciais em shopping centers

e galeria, Neufert (2010, p. 264) oferece as seguintes disposições:

Ilustração 1 – Exemplos de layouts para lojas

Fonte: Adaptado de Neufert (2010).

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26

Com relação ao mobiliário, Neufert (2010, p. 270) também dispõe de

exemplos práticos para composição do layout interno através de mobiliário para

peixarias, padarias, venda de hortaliças e carniçarias comuns a grandes mercados

públicos.

Ilustração 2 – Mobiliário, padarias e hortaliças

Fonte: Adaptado de Neufert (2010).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 DADOS DO IMÓVEL E SITAÇÃO CADASTRAL

3.1.1 Consulta Prévia de Viabilidade

Através da Consulta Prévia de Viabilidade realizada referente ao imóvel

01.02.001.051.001.001 – disponível no Apêndice A – considerando a implantação de

Comércio Varejista e Prestação de Serviços 2 (Supermercados acima de 350 m² e

uso 5.B), constatou-se a classificação como uso Permissível e a necessidade de um

Estudo de Impacto de Vizinhança junto ao Conselho de Desenvolvimento Municipal.

A Consulta Prévia de Viabilidade também traz informações pertinentes ao

imóvel, tais como a área do lote (2.901,60 m²), a área total construída (1.275,90 m²),

a profundidade do lote (48,28 m), como testada principal junto à Rua Eliziário De Carli

(medindo 60,10 m) e como testada secundária a Rua Marcelino Champagnat

(medindo 50,42 m).

3.1.2 Cadastro Municipal de Imóveis

Procurando pelo cadastro do imóvel 01.02.001.051.001.001, verificou-se

que a posse do imóvel pertence ao Município de Joaçaba e possui área de 2.901,60

m² e área construída de 1.275,90 m², valores correspondes aos anteriores.

3.1.3 Escritura

Segundo a escritura da matrícula nº 30.179 do Registro de Imóveis,

Comarca de Joaçaba, confirmou-se a área do imóvel como sendo 2.901,60 m² e

verificou-se uma área construída averbada de 1.380,39 m² (não sendo descontado a

área relativa à plataforma de embarque).

3.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

Com relação à edificação, foi realizado um projeto as built com base na em

cópia (degradada) da planta baixa original, fornecida pela prefeitura. O projeto foi

então comparado com os resultados da medição feita em campo, e constatou-se que

haviam poucas variações, tanto no alinhamento, quando nas dimensões dos

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compartimentos. A maior variação foi encontrada nos vão de aberturas e dimensões

dos pilares (alguns fora do padrão pré-moldado preponderante no local).

Foram encontradas estruturas para alocação de botijões de gás GLP,

tanques de lavar, entre outros, no entorno da edificação, quase todas em situação

precária.

Quanto ao terreno, a medição apurorou diverngências em relação a

documentação levantada, nesse caso, a área excedente encontrada refere-se ao

trecho de canalização de corpo d’água e provavelmente deve existir outra matricula

do imóvel vinculada a essa área averiguada.

Uma vez construído o projeto geométrico, foi possível fazer o levantamento

das áreas, necessárias para o levantamento dos índices legais exigidos, tais como,

áreas permeáveis, parcialmente permeáveis, necessárias para o cálculo da taxa de

permeabilidade, que nesse caso, deveria ser de no mínimo 12,0%. O valor verificado

foi de 22,02%, estando, portanto, em acordo com a legislação vigente.

Através do projeto geométrico, também foi possível determinar as áreas de

pavimentação com blocos de concreto, áreas das calçadas em concreto armado no

entorno da edificação, nos passeios públicos e acessos das áreas verdes e o

comprimento total de meio-fio necessário para o travamento das pavimentações.

Esses dados foram então alimentados em planilha de quantitativos para estimativa de

custos da obra.

3.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

Após a verificações iniciais, realizadas durante a etapa do Estagio

Supervisionado II, mais uma vistoria foi realizada em parceria com a colega Ana Paula

Abatti, no dia 08 de outubro, dessa vez, com acesso à área interna da edificação.

3.3.1 Áreas externas

3.3.1.1 Fachada e entorno

Na fotografia 1 é possivel verificar a situação inusitada da base da escada

que garante acesso ao antigo ecônomo, no pavimento superior (intermediário). Na

parte superior da escada não há um patamar de espera, ou descanso, os últimos

degraus morrem no guarda corpo de alvenaria, estando a porta de entrada do

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ecônomo em ângulo perpendicular, dificultando o acesso. Além disso, os degraus

apresentam comprimento nitidamente reduzido e altura superior a 20,0 cm.

Fotografia 1 – Escada em 08/10/2015

Fonte: O autor.

No entorno da fachada em frente à Rua Marcelino Champagnat, averiguou-

se a existência de uma rampa de acesso, em frente ao que teria sido uma faixa de

pedestres. A rampa apresenta 50,0 cm de comprimento e precisa vender 17,0 cm de

desnível do piso do passeio até o nível da rua, resultando numa declividade de bruta

de 34%. Para adequar a rampa a uma inclinação de 8,33% seria necessário um recuo

de 204,0 cm, que é um pouco mais do que a largura média do passeio, mais os 80,0

cm para tráfego longitudinal. Como se trata de uma adequação, admite-se uma

inclinação de até 10% desde que não haja outra possibilidade no local. A NBR 9050

(ABNT, 2015, p. 55) também aceita que até 0,5 cm de desnível seja desconsiderado,

ou que até 1,5 cm seja em forma de chanfro com inclinação de 100%, nesse caso,

para atender à regularização da rampa, seria preciso reduzir o desnível entre a rua e

o passeio, ou então aumentar a largura do mesmo, o que pode ser feito, rebaixando

o piso em frente à edificação, garantindo um uma inclinação adequada e assegurando

o espaço mínimo para o tráfego de pedestres.

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Fotografia 2 – Rampa de acesso no passeio

Fonte: O autor.

No lado externo da edificação, no rumo do espaço anteriormente destinado

as loja e lancherias, há um abrigo de gás liquefeito de petróleo (GLP), esse abrigo

poderá ser remanejado para outros locais do imóvel, a critério de um eventual projeto

complementar.

Fotografia 3 – Abrigo GLP a remover

Fonte: O autor.

No canto da fachada voltada para a área arborizada, há um tanque de lavar,

em péssimas condições que também seria removido, por não ser necessário ao

empreendimento em vista.

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Fotografia 4 – Tanque a remover

Fonte: O autor.

Na figura a seguir, nota-se um volume, sem função para o projeto, e seria

demovido, também observa-se a vegetação crescendo, evidenciando a falta de

cuidados com a pavimentação; alguns tijolos cerâmicos danificados, que precisariam

ser preenchidos com algum material de enchimento (argamassa); presença de peça

de concreto, provavelmente a rampa do volume, deixada ao chão; e ainda, uma grade

sobre a porta de acesso à cozinha, nos fundos (que seria removida).

Fotografia 5 – Fachada dos fundos

Fonte: O autor.

Foi observado que algumas janelas sofreram modificações grosseiras,

como essa da foto a seguir, para acomodar um equipamento eletrodoméstico

(condicionador de ar).

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Fotografia 6 – Condicionador de ar improvisado em janela

Fonte: O autor.

Muitas janelas apresentam grades, mas aparentemente, de vários modelos

diferentes, como se pretende a substituição das abertura, as grades também seriam

removidas, por tornarem-se obsoletas para a função.

Fotografia 7 – Janela com grade

Fonte: O autor.

3.3.1.2 Pavimentações

Em alguns trechos isolados do pavimento, observa-se patologias na base

da pavimentação, como o afundamento exemplificado na figura a seguir.

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Fotografia 8 – Afundamento do pavimento

Fonte: O autor.

Os muros de fechamento também poderia ser recuperados e revitalizados,

a grades estão começando a se desprender dos perfis, já em estado de corrosão

devido à falta de manutenção.

Fotografia 9 – Muro de fechamento e boca-de-lobo

Fonte: O autor.

Com relação as áreas arborizadas, foi constatado a presença de vários

caminhos pavimentados e nichos em concreto ao redor da árvores. Esses nichos

seriam e a pavimentação removidos, substituídos por grama e novos caminhos, em

menor quantidade e mais largos seriam executados, evitando a possível colisão entre

os circulantes, estimulando a passagem pelo loca.

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Fotografia 10 – Caminhos pavimentados

Fonte: O autor.

3.3.2 Ambientes internos

Durante as diligências realizada são longo do ano, verificou-se que a

maioria dos locais se encontravam em péssima condições de higiene e

completamente obstruídas com mobiliários escolares e diversos outros entulhos ali

estocados, alguns ambientes, como os sanitários masculinos não puderam ser

inspecionados, pois o ambiente encontrava-se atrás de pilhas de móveis e entulho,

além de a porta estar lacrada com uma parede de madeira.

3.3.2.1 Cozinha

Na inspeção, pôde-se observar que uma parte do revestimento cerâmico

se desprendeu do piso, parte dele apresentando peças quebrada remanescentes.

Praticamente todo o rejuntamento entre a peça foi perdido.

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Fotografia 11 – Piso da cozinha

Fonte: o autor.

Ao observar o interior, nota-se que havia uma bancada de alvenaria

próxima à janela, com revestimento em cerâmica e parcialmente destruída, também

verificou-se que há nos fundos, uma região sem assentamento de revestimento

cerâmico, no alto, alguma cerâmicas estão faltando.

Fotografia 12 – Cozinha em 08/10/2015

Fonte: o autor.

3.3.2.2 Sanitários

Logo na entrada, percebe-se que existe uma diferença de

aproximadamente 3,0 cm de nível entre o piso do sanitário feminino e o saguão. No

seu interior, constatou-se que após a reocupação parcial da edificação, havia

funcionalidade do ambiente, higienização, além do bom estado de conservação, com

ressalvas para claraboia, impregnada com sujeira e algas marrons.

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Fotografia 13 – Claraboia do sanitário feminino

Fonte: o autor.

Fotografia 14 – Piso do sanitário feminino

Fonte: o autor.

3.3.2.3 Saguão

Em geral, verificou-se que o piso das partes visíveis/acessíveis do

ambiente, o piso estava em bom estado, apenas repleto de entulho, mobiliários

diversos, provenientes da lanchonete ou do restaurante que havia ao lado, como

evidenciado na fotografia a seguir.

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Fotografia 15 – Saguão, próximo ao restaurante

Fonte: o autor.

No topo, observa-se um laje maciça, revestida apenas com pintura, em bom

estado de conservação. As alvenarias internas que puderam ser vistoriadas também

apresentaram boa condições visuais de conservação. Já no interior do que eram a

lojas, constatou-se um piso de concreto bruto, sem revestimento e desnível 2,0 cm

acima do nível do saguão.

Logo na primeira loja (fotografia a seguir), verificou-se que um dos pilares

estava em posição diferente do projeto original, não estando no canto previsto, a

largura dessa loja também era inferior ao esperado, sendo a única alteração

construtiva em divergência enconctrada até então.

Fotografia 16 – Saguão, próximo aos sanitários

Fonte: o autor.

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3.3.2.4 Plataforma de embarque

Durante a vistoria, pôde-se observar que o degrau existente entre os pisos

do saguão e da plataforma de embarque apresentava descolamento do revestimento

de pedra – placa de basalto regular lixado – ao longo de toda a sua extensão, inclusive

na base (soleira) da vidraçaria.

Fotografia 17 – Plataforma de embarque

Fonte: o autor.

Em alguns pontos a calçada existente apresentava trincas e afundamento,

acompanhando a deformação sofrida na pavimentação adjacente.

3.4 DADOS ESTATÍSTICOS DO IMÓVEL

Estatísticas do imóvel após as alterações propostas em projeto:

Área do terreno: 3.776,93 m²;

Área construída (total): 1.213,23 m²;

Áreas descontada: nenhuma;

Área Útil (total): 1.137,01 m²;

Índice de Aproveitamento = área construída

área do terreno

Índice de Aproveitamento: 1.213,23 m² / 3.776,93 m² = 0,32;

Área projetada da edificação – para Taxa de Ocupação: 1.184,42 m²;

Taxa de Ocupação = área projetada da edificação

área do terreno × 100%

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Taxa de Ocupação: 1.184,42 m² / 3.776,93 m² x 100% = 31,36%;

Área parcialmente permeável (22% – pavimentação com blocos de

concreto): 1.442,39 m²;

Áreas permeáveis (100% – gramados): 515,96 m²;

Área permeável (total): 1.442,39 m² x 0,22 + 515,96 m² = 833,29 m²;

Taxa de Permeabilidade = ∑ áreas permeáveis

área do terreno × 100%

Taxa de Permeabilidade: 833,29 m² / 3.776,93 m² x 100% = 22,06%.

3.5 VERIFICAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS TÉCNICAS E LEGAIS

3.5.1 Vagas de garagem e estacionamento

Por meio de cálculos, foi verificado se a área do imóvel comporta o número

de vagas de estacionamento e garagem necessário para atender ao requisitado pelo

Plano Diretor Municipal:

Número de vagas = área construída

30 m²

Número de vagas = 1.275,90 m² / 30 m² = 42,53 (43 vagas);

Número de vagas de caminhões = área construída

200 m²

Número de vagas de caminhões = 1.275,90 m² / 200 m² = 2,55 (3 vagas).

Cada vaga de estacionamento é dada por 2,5 m de largura por 5,0 m de

comprimento, a área calculada ainda considera um espaço para manobra igual a

100% da área. Ainda, acrescenta-se 5 m² para cada vaga de deficiente, necessária

para atender ao Art. 85 do Plano Diretor Municipal, nesse caso, para 43 vagas, é

necessário ter 2 vagas para deficientes:

Área estacionamento = 43 x (2,5 x 5) m x 2 + 2 x 5 m² = 1.085 m².

Já para as vagas de caminhão, adotou-se uma área de 10 m de

comprimento por 3,5 m de largura:

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Área estacionamento, caminhões = 3 x (3,5 x 10) m x 2 = 210 m²;

Área estacionamento, total = (1.085 + 210) m² = 1.295 m².

Pela verificação, pode-se afirmar que é possível acomodar todas as vagas

de automóveis requisitadas pela legislação atual.

3.5.2 Altura dos ambientes internos (existentes)

Foram encontradas variações quando à altura do pé-direito em diferentes

dependências durante a verificação do equipamento urbano (variações de até 3,0 cm

foram desconsideradas):

Plataforma de embarque: 4,50 m;

Saguão e restaurante: 3,98 m;

Lojas (Boxes): 2,85 m.

Os valores estão compatíveis com os exigidos pelo Código de Edificações

do município.

3.5.3 Acessibilidade

Durante a verificação no local, constatou-se a presença de degraus e a

existência insuficiente de rampas de acesso a pessoas portadoras de necessidades

especiais, sendo assim, torna-se necessário a realização de adequações, nesse caso,

a NBR 9050 (ABNT, 2015, p. 55) admite rampas com inclinação de até 12,5% –

quando da impossibilidade de executar rampas de adequação em edificações

existentes.

Constatou-se que nenhum dos sanitários existentes está equipado para

atender ao uso de pessoas portadoras de necessidades especiais.

3.5.4 Segurança

Os acessos de entrada do equipamento urbano possuem a capacidade

para comportar saídas de emergência sem ultrapassar a distância máxima percorrida

(30,0 m).

Para calcular a unidade de saídas, foi levado em consideração 03 pessoas

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por metro quadrado no pavimento principal e capacidade de passagem de 100

pessoas por minuto para cada saída, uso C3 na tabela 5 da NBR 9077 (ABNT, 2001):

População = 1.275,9 m² x 1 pessoa / 3 m²= 425,3 (426 pessoas);

Número de saídas = 426 pessoas / 100 pessoas = 4,26 (5 saídas)

As portas de acesso e saída possuem abertura livre variando entre 1,1 e

1,90 m de largura e 2,5 m de altura, as demais portas de saída têm como dimensões

0,80 m de largura e 2,1 m de altura. De acordo com o projeto arquitetônico proposto,

algumas dessas portas serão substituídas, bem como todas as esquadrias e

vidraçarias existentes. Nos vãos da estrutura existente, será utilizado cortinas de vidro

temperado, com estrutura metálica (alumínio e aço), permitindo aberturas em portas

de correr (vidro temperado) com vão livre de 1,85 m para os acessos direcionados à

Praça da Rua Marcelino Champagnat, 2,16 m para os acessos voltados aos

estacionamentos (atualmente as plataformas de embarque). O projeto prevê, ainda, a

implantação de mais dois acessos, voltados para a o pátio de manobra, e frente à Rua

Eliziário De Carli, sendo duas portas duplas pivotantes de vidro temperado e com vão

livre de 1,96 m, totalizando 6 saídas de emergência.

A altura do pé-direito também está de acordo com as rotas de fuga, pois o

mínimo exigido é de 2,5 m.

As escada de acesso ao ecônomo do pavimento superior possui degraus

curtos, com altura acima do estabelecido em normas de acessibilidade e segurança,

e 1,2 m de largura. O projeto especifica a sua demolição e substituição por uma outra

escada, metálica, com dimensões de acordo com as normas de segurança e Corpo

Militar de Bombeiros de Santa Catarina.

Levando-se em consideração a eventual presença de estabelecimentos

como restaurantes, lanchonetes, cafeterias ou bares, considera-se a possibilidade de

implantação de uma central de GLP.

3.5.5 Higienização

No caso do mercado público, as exigências quanto à higienização dos

ambientes, produtos alimentícios e sua manipulação devem ser atribuídos

individualmente para cada um dos boxes, eventualmente implantados, em especial

quanto à conservação de carnes e frios, no entanto, a edificação conta com espaço

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destinado a câmara fria, atualmente desativado e poderia ser realizada uma

verificação no caso de sua reutilização futura.

Os boxes devem ser implantados com materiais que possibilitem a limpeza,

nesse caso a ANVISA recomenda o uso de materiais lisos no piso, paredes e no teto.

Quanto ao estado de conservação dos sanitários, recomenda-se uma

reforma completa, incluindo uma revisão em todos os pontos hidráulicos e no sistema

de tratamento, a fim de se evitar focos de contaminação. Tal reforma contemplaria

ainda a adequação quanto às exigências de acessibilidade.

Devido à falta de manutenção, possíveis patologias em estágio inicial

podem, ao longo do tempo, promover condições propícias ao acúmulo de sujeira e

umidade e atrair vetores e proliferação de pragas indesejadas.

A edificação conta com abastecimento de água potável, proveniente do

Sistema Intermunicipal de Água e Esgoto (SIMAE) e possui reservatório adequado.

Recomenda-se a revisão minuciosa de todos os pontos hidráulicos e possíveis

reparos seriam realizados num processo de adequação da edificação. A potabilidade

e o fornecimento de água são de suma importância para a manipulação correta dos

alimentos e a limpeza do local.

3.5.6 Sanitários

Para a verificação da quantidade de sanitários, foi considerado a área do

pavimento:

Número de sanitários = 1 + (1.114,54 – 150) m² / 200 m² = 5,83.

A legislação ainda exige uma unidade sanitária para cada 50 m² de

restaurantes:

Número de sanitários = (108,51 + 23,03 + 13,3 + 13,13 + 10,56) m² / 50

m² = 3,37.

Total de 14 unidades sanitárias necessárias, mesmo se fosse considerado

separadamente o conjunto todo da praça de alimentação.

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43

3.6 ELABORAÇÃO DOS PROJETOS

Ambos os projetos foram desenvolvidos com auxílio do software Autodesk

Autocad, versão 2016, baseados nas planta baixas construídos na fase de estudo de

viabilidade, durante o Estágio Supervisionado II. Estes foram desenvolvidos com base

em levantamento topográfico e consulta de documentação junto à prefeitura.

Pelas informações contida nesses projetos (ilustrações 3 e 4), foi possível

realizar o novo traçado das pavimentações e áreas verdes, em conformidade com as

exigência legais, construindo então o Projeto Geométrico de Implantação do Mercado

Público, constado no Apêndice B.

Uma vez definido o traçado do projeto geométrico e da área de ampliação

da edificação o passo seguinte foi exportar as plantas para o software Autodesk Revit,

versão 2016, onde foi modelado a estrutura e o entorno da edificação, criando assim

a maquete eletrônica tridimensional do projeto.

Ilustração 3 – Implantação atual

Fonte: O autor.

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44

Ilustração 4 – Planta baixa, as built do projeto original

Fonte: O autor.

Após a construção do modelo tridimensional, é possível gerar plantas,

cortes, elevações e detalhes específicos do projeto, além da opção de renderização

de vistas e cortes em perspectiva, como mostrado na ilustrações 5 e 6.

Ilustração 5 – Maquete tridimensional renderizada

Fonte: o autor.

Pela alimentação das informações em cada material modelado, é possível

separar o que já existe, o que será demolido, o que será construído e até mesmo

elementos temporários, em diferentes etapas de projeto.

O sistema de informação por modelagem também realiza a quantificação

de elementos construtivos por categoria, com opção de informar custos finais se estes

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forem informados aos materiais e peças criadas.

Ilustração 6 – Corte em perspectiva, com renderização

Fonte: o autor.

Após o tratamento dos elementos de projeto, é possível criar o

detalhamento em pranchas, que podem ser impressos diretamente, ou exportados

para uma plataforma CAD (Computer Aidded Design – desenho assistido por

computador).

3.7 ESTIMATIVA DE CUSTOS

Levantamento de quantitativos pertinentes a demolição e remoção de

elementos construtivos e decorativos da edificação e benfeitorias do terreno com

posterior levantamento de custos de execução para cada categoria.

3.7.1 Cobertura

Retirada das peças de Talhekão 90 – 8 mm, limpeza da laje e instalação

da nova cobertura, com revisão e ou instalação de elementos de drenagem e

impermeabilização.

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3.7.2 Pisos e pavimentações

Nivelamento do piso da atual platataforma de embarque, que está no nível

do pátio e 15 cm abaixo do nível dos pisos internos a qual será igualado.

Retirada e recolocação de todas as peças eventualmente soltas.

Reparos diversos e subtituição de pisos em determinados ambientes, como

sanitários e cozinhas.

Retirada dos blocos de concreto sextavados, de todo o pátio e

estacionamento.

Regularização da base existente, recompactação e reforço em áreas com

afundamento e recolocação dos novos blocos de concreto intertravado.

Demolição de calçadas na área verde, e reconstrução de todas as calçadas

no entorno da edificação e na ligação dos acessos ao passeio público.

Execução de rampas de acesso com acessibilidade.

3.7.3 Painés e alvenarias

Demolição parcial de paredes internas e externas, de constituições

diversas: alvenaria de tijolos maciços, de 6 furos com e sem revestimetno,

em reboco ou azulejos.

Execução de paredes de fechamento em alvenaria e painéis com divisórias

para delimitação do novo layout interno da edificação.

Retirada e recolocação de revestimento cerâmico.

3.7.4 Aberturas e esquadrias

Retirada de portas e janelas, com fechamento da alvenaria, igualando o

acabamento existente.

Retirada da cortina de vidro que separa o saguão da plataforma de

embarque.

Instalação da nova cortina de vidro, para fechamento da fachada sul do

mercado público.

Substituição de todas as demais esquadrias.

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3.7.5 Forros

Colocação de forro rebaixado em gesso acartonado para os boxes e

setores administrativos.

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4 RESULTADOS

4.1 SETORES E FLUXOS

A partir do estudo de caso realizado durante o Estágio Supervisonado II, foi

definida a estrutura em setores para a edificação, sendo a composição formada por

um setor administrativo, responsável pela gerência e manutenção do local; um setor

de serviços públicos, onde a Administração Municipal teria espaço reservado para a

implementação de prestação de serviços diversos, à fim de compor atrativo para a

visitação do Mercado Público; por fim o último setor seria composto todas as

atividades comerciais instaladas no imóvel.

Em seguida, foi montado o fluxo das mercadorias, produtos e materiais

para manutenção do empreendimento, tudo isso em conjunto com a necessidade de

se criar acessos de entrada e saída para os visitantes, compradores, funcionários de

modo a que a edificação tenha sinergia com a atividade proposta.

Os setores ficaram agrupados da seguinte maneira:

I. Administração, compreendendo a gerência, atendimento, depósito de

materiais, sendo o setor resposável pela manutenção geral do mercado

público, bem como das atividades atrativas convidada para realização de

pequenos cursos, apresentações culturais no espaço de alguns boxes

agrupados, no intuito de promover o conhecimento dos visitantes quanto

aos produtos comercializados.

II. Mix de Serviços Públicos, que seriam os boxes destinados à prestação de

serviços públicos a fim de descentralizar o atendimento da prefeitura e ao

mesmo sempre servindo como um atrativo para a circulação de pessoa

pelo mercado.

III. Gastronomia, que nada mais são do que lanchonetes, lancherias e

restaurantes com culinaria diversificada e especializada, sendo um dos

principais atrativos no local, dispondo ainda de uma praça de alimentação.

IV. Comercial, composto por todas as unidades de varejo instaladas, esse

setor seria subdividido em vários grupos com venda temática de produtos

especializados, desde carnes exóticas a frutas raras, temperos,

condimentos, embutidos, bebidas, tecidos, calçados, artesanatos, enfim,

toda uma gama de produtos de origem, preferencialmente, regional, ma

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não ficando restrito a esse tema, apenas.

Ilustração 7 – Fluxograma de materiais e produtos

Fonte: o autor.

4.2 DEFINIÇÃO DO LAYOUT FINAL

Para elaboração do layout, foi verificado as dimensões dos boxes

existentes (lojas) do antigo terminal rodoviário, nesse caso, apurou-se que eles teriam

em média 2,85 x 4,85 m (13,82 m² de área) e 2,85 m de altura como pé-direito. Com

base nos tamanhos usuais de boxes encontrados em diversos mercados públicos do

país – foram encontrados valores entre 6,0 e 45 m², sendo o valor médio variando

entre 12,0 e 15,0 m²) – adotando-se as dimensões dos boxes existentes como padrão

para os demais, e o valor mínimo ficou estabelecido conforme o exigido pela

legislação, ou seja, 12,5 m² de área e 2,80 m como menor dimensão.

Quanto ao pé-direito, o valor mínimo exigido para os boxes é de 2,80 m, e

será adotado como valor mínimo 2,85 m para os demais boxes.

Para as áreas administrativas, foram reservadas os compartimentos

atualmente ocupadas pelo ecônomo e a câmara fria, por se tratarem de um conjunto

compatível como o de loja e sobre-loja, porém, os 2,20 m de altura estão 20,0 cm

abaixo do mínimo exigido, além do espaço relativamente apertado e isolado, optou-

se por destinar o espaço para fins de depósito de materiais diversos, limpeza,

escritório, entre outros que seriam utilizados pela administração do mercado. No piso

térreo, optou-se por reservar esse espaço para a adaptação de snaitários próprios

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para pessoas portadora de necessidades especiais, já que o espaço era compatível,

isolado, e de qualquer forma, é exigido pela legislação que se tenha esse tipo de

ambiente para estabelecimentos comerciais desse porte.

Em diversos boxes, novos e existentes, será necessário realizar

adequações com relação ao revestimento das alvenarias, compostas por tijolos

cerâmicos maciços à vista, em especial, por conta das exigências sanitárias impostas

aos empreendimentos com uso e manipulação de alimentos, nesse caso, como o

tema do mercado seriam os produtos provenientes da agropecuária regional, faz-se

necessário a inclusão de um revestimento com acabamento liso nas faces internas

das paredes de alvenaria.

Para os espaços de circulação, elaborou-se uma ilha central de boxes,

circudado por menos 2,20 m de largura, sendo que em média os corredores definidos

acabaram por ter 3,40 m de largura, a fim de proporcinar um melhor aproveitamento

das áreas para os boxes e a garantir um espaço para interação dos visitantes, sem

ter um hall de entrada específico.

Quanto à segurança, propões que as portas individuais externas dos boxes

existentes sejam removidas, substituídas por fechamento da abertura com alvenaria,

em condições similares às existentes (revestimento liso interno, quando necessário e

tilojos maciços à vista na face externa).

Dessa maneira, realizou-se a delimitação dos espaços disponíveis no

antigo terminal rodoviário, de modo que no final do estudo, obteve-se a ordem de 31

boxes ao todo, sendo o padrão 14,28 m² de área (com poucas variaçãoes), e alguns

poucos com área diferenciada em função de limitaçoes de espaço físico disponível;

uma praça de alimentação com 108,51 m² de área; uma sala de administração

(gerência e atendimento) com 39,17 m², além de um depósito com 23,52 m² no

pavimento superior (ou intermediário) e uma despensa de 10,56 m².

4.2.1 Grupos de Atividades

4.2.1.1 Artesanato

Box 1 e 2, destinados ao comércio de produtos diversos, desde que a

origem não seja industrializada.

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4.2.1.2 Carnes e peixes

Açougues com carnes frescas e congeladas, com iguarias provenientes da

agropecuária local e peixes, de diversos tipos, a fim de promover a fonte alimentar,

ainda pouco consumida na mesa do brasileiro. Box 16 ao 18, em função da nova

infraestrutura disponível.

4.2.1.3 Diversos

Produtos industrializados, prestação de serviços, a fim de trazer para o

mercado mais atrativos, tornando-o mais próximo de um shopping center. Box 25 ao

29 e 31.

4.2.1.4 Empório

Box 3, 4 e 12. Ficariam na ala frontal dos acessos principais do mercado, a

localização e disposição contemplam a ideia central de focar o comércio de produtos

oriundos da agropecuária regional, como laticínios, embutidos, bebidas (vinhos,

cachaças, etc.).

4.2.1.5 Exposição

Do Box 13 ao 15, seriam atividades promovidas pela administração local

do mercado, da prefeitura municipal, ou de um ou mais comerciantes locais, a fim de

promover o mercado, que para ter sucesso, depende da criação de uma identidade

com a população.

4.2.1.6 Gastronomia I

Reservados para o comércio de alimentos, preferencialmente de origem

colonial e regional, mas com foco na venda dos produtos já prontos e armazenados,

embalados para o consumo, ou transporte, sem a necessidade do preparo no local.

Box 19 ao 21.

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4.2.1.7 Gastronomia II

Compreende o espaço conjugado de uma cozinha, e ainda dispões de uma

despensa exclusiva, para armazenagem dos produtos perecíveis. Sugere-se o

preparo de pratos complexos, típicos, dos mais variados sabores, além de parceria

com cursos e palestras culinárias em conjunto com o grupo exposição. Box 22.

4.2.1.8 Gastronomia III

Box 23, destinado ao preparo de sucos, batidas e bebida sem geral,

dispondo de infraestrutura com pia de cozinha.

4.2.1.9 Horti-fruti

Comércio de frutas e verduras, grãos, focado em produtos orgânicos, de

origem regional. Box 7 ao 10.

4.2.1.10 Serviços

Compreende das atividades prestadas pela prefeitura que estariam

disponíveis no local, fornecendo um atrativo para a vinda de pessoas e ao mesmo

tempo descentralizando os serviços no prédio central do município. Box 11, 24 e 30.

Estes dispostos de maneira esparsa, a fim de não concentrar a vinda de pessoas, mas

estimular a circulação dentro do mercado.

4.2.1.11 Temperos e condimentos

Comércio de especiarias voltadas à culinária, como pimentas e temperos

diversos, que normalmente não seriam encontrados em um supermercado ou então,

pelo menos, a preços mais acessíveis para a população em geral.

4.2.2 Layout dos boxes

Para os boxes 21 a 23, definiu-se que os mesmos teriam fechamento com

toldos sobre bancadas em granito, na altura de 1,20 m do piso, sendo que no box 23

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haverá uma bancada com pia para o preparo de bebidas. Já no box 21 haverá uma

cozinha e ainda estará ligado a uma despensa, com prateleiras e/ou armários.

Com relação aos boxes do Mix de Serviços, estes terão um layout padrão

de sala de atendimento, com mesa e cadeira para funcionário(s), cadeiras para

acomodação dos cidadãos em espera, gabinetes com arquivos.

Para os demais boxes, foi criado um layout interno genérico, com algumas

alterações em função da geometria das peças, sendo estes, basicamente compostos

por bancadas, mostruários, prateleiras, armários e vitrines.

No caso da sala da gerência, foi adotado um layout simples, com mesas e

cadeiras para os funcionários, sem divisões internas, sem bancadas, a fim de

aproximar o contato da administração para a interação dos funcionários com os

lojistas e visitantes do mercado.

4.3 MATERIAIS E ACABAMENTOS

4.3.1 Telhado

Um dos objetivos estabelecidos foi o de elaborar uma cobertura com uso

de iluminação zenital e ventilação natural, o que em parte, foi possível, na realidade,

mantido. O fator que determinou pelo não uso do sistema foi a constatação da

existência de laje maciça no topo da estrutura (tendo em média 15 cm de espessura),

funcionando como suporte para o telhado composto por telhas estruturais de

fibrocimento – tipo “kalhetão 90” – com 8 mm de espessura.

Nos sanitários, será possível aprimorar o sistema de iluminação zenital,

substituindo a estrutura de policarbonato da claraboia existente por um telhado em

duas águas com vidro temperado ou laminado 8 mm, preferencialmente na cor âmbar

ou verde, suportado por estrutura em alumínio reforçada em aço, ou aço com

tratamento anticorrosivo.

Para o telhado, optou-se pela cobertura com telha metálica trapezoidal, do

tipo sanduiche, composta por material de isolamento térmico e acústico em

poliuretano ou poliestireno expandido (EPS) envoltos por duas chapas metálicas,

sustentadas por estrutura metálica (apoiada em estrutura de concreto armado

existente) compatível com a segurança do uso da edificação.

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4.3.2 Pisos

O piso dos sanitários, bem como o dos boxes com cozinha, na despensa

de alimentos e na praça de alimentação, o revestimento de piso adotado será o

cerâmico, do tipo porcelanato, devido ao baixo teor de umidade – sendo portanto, mais

higiênico – na categoria PEI 5 (vem de Porcelain Enamel Institute – Instituto de

Esmalte Porcelânico – grau 5), para alto tráfego, característico para uso em

restaurantes e lugares com concentração de pessoas.

Com relação aos demais pisos, após o nivelamento e regularização, será

mantido o mesmo acabamento, no caso, placas de basalto regular lixado, que será

também adotado na área de expansão de piso (atual plataforma de embarque).

Nos locais onde houver mudança no acabamento do piso, será utilizado o

uso de soleiras em granito, a fim de se evitar a possibilidade de fissuras nas peças

cerâmicas.

4.3.3 Painéis e alvenaria

Para o fechamento da plataforma de embarque, adotou-se a opção pela

cortina de vidro temperado de 8,0 a 10,0 mm, em razão de preservar parte da

iluminação natural durante o dia, já que o lado está voltado para o sul, com menor

incidência solar durante o período da tarde, mesmo no verão. O vidro será na cor

verde ou âmbar a fim de diminuir o excesso de calor irradiado pelo Sol.

O fechamento das fachadas será preservado nas demais áreas do projeto,

com exceção de um pequeno trecho de alvenaria em tijolo maciço com 25,0 cm de

espessura.

Quanto à redistribuição dos panos de alvenaria, optou-se pela execução de

uma parede central de alvenaria de blocos cerâmicos ou de concreto na divisão central

do conjunto de novos boxes criados, os demais panos seriam divisórias formadas por

estrutura em perfis metálicos e acabamento em gesso acartonado, garantindo a

possibilidade de reordenação futura do layout criado.

Na face frontal dos boxes, optou-se pelo uso de vidraças em vidro

temperado com 8,0 ou 10,0 mm de espessura.

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4.3.4 Aberturas

Inicialmente, optou-se pela remoção completa de todas as esquadrias

existentes que não vierem a sofrer alterações de layout, basicamente em função do

estado de conservação, das condições operacionais, da manutenção, além do fator

estético e tecnológico proporcionando um visual modernizado e compatível com o

novo uso da edificação.

As portas internas dos sanitários e da despensa serão em madeira, com

acabamento em esmalte sintético acetinado, na cor branca, tendo dimensões básicas

de projeto, com exceção daquelas ligadas às cabines sanitárias, que terão menores

dimensões.

Já as portas dos boxes e setores administrativos, será padronizado o uso

de vidro temperado, com 8,0 a 10,0 mm de espessura, tendo em torno de 1,1 m de

largura e alturas variadas (em função da altura das vigas frontais nos boxes de lojas

reaproveitados.

As janelas, serão todas compostas por esquadria em perfil de alumínio e

vidro temperado, com soleira de granito na base. Sendo na maioria janelas

basculantes ou máximo ar. O vidro temperado possui maior resistência ao choque do

que o vidro normal, 4,0 a 6,0 mm característico das esquadrias existentes no local,

sendo assim, todas as grades existentes serão removidas. Para fins de

complementação da segurança, recomenda-se o monitoramento com equipe

contratada de vigilância.

Nos acessos, as portas serão de abrir, para fora, em vidro temperado 10

mm, na mesma cor da vidraça das cortinas. Para as portas pivotantes, estas terão

ainda reforço estrutural em perfis de aço com acabamento em alumínio (proteção,

higiene e estética). Essas portas terão dimensão inicial de 2,50 m de altura por 2,20

m de largura, variando em função do tipo de acabamento, estrutura, ou fechamento.

4.3.5 Pavimentações externas

No entorno da edificação, decidiu-se pela uniformidade dos níveis e tipos

de pisos, pois atualmente, existem diversos tipos, com desníveis acentuados,

superfícies irregulares, trincas com acúmulo de sujeira, onde cresce vegetação.

O material padrão seria uma calçada composta por um lastro de concreto,

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com acabamento alisado. Essa pavimentação seria no entorno da edificação, e na

ligações do equipamento urbano com os passeios públicos.

As rampas de acesso seriam compostas pelo mesmo tipo de estrutura e

acabamento das calçadas.

Para os passeios, sugere-se a revisão das placas, atualmente em bom

estado, como alteração, sugere-se a conformidade das rampas de acesso, atualmente

estando em inclinação insuficiente, devido ao pouco espaço existente entre a guia

(meio-fio) e um degrau de 6,0 cm na borda da calçada. A proposta escolhida foi a

eliminação desse desnível, rebaixando toda a porção de piso posterior das duas porta

de acesso principal existentes, executando duas rampas adicionais, tendo espaço

disponível para ambos os conjuntos, eliminando assim o inconveniente degrau.

Adicionalmente, seria executada a sinalização tátil com placas de borracha sintética

sobre os passeios, sendo esta direcional ao longo do desenvolvimento dos passeios,

ao centro, e de alerta na borda ao redor das rampas de acesso e no ponto de mudança

de direção.

Há ainda, a possibilidade de a prefeitura refazer a sinalização da rua com

faixas de pedestres, nesse caso, sugere-se a execução de rampas de acesso,

devidamente sinalizadas, nesses pontos.

Para a escada externa, a ser recolocada, optou-se pela escolha da

estrutura metálica, por ser leve, o material seria composto por tubos, perfis e chapa

de aço, com propriedades anticorrosivas, nesse caso, aço inoxidável escovado ou

polido para o guarda corpo e aço galvanizado ou com tratamento anticorrosivo

(pintura) nos espelhos e na estrutura. Além disso, na face superior dos degraus e no

patamar da escada, haveria revestimento emborrachado antiderrapante, sendo este

colado ou através de pintura apropriada.

Com relação ao pátio do estacionamento e acessos de veículos, a escolha

do material se deu pelo uso de blocos intertravados de concreto, por ser semelhante

ao existente, com aproveitamento da base existente, com exceção de alguns poucos

pontos onde será necessário executar a regularização de afundamentos existentes na

base do pavimento.

4.3.6 Instalações prediais

Para estas, há a necessidade de se criar projetos complementares

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específicos, cabendo como sugestão o uso de elementos (tubulações, caixas ou

calhas) de sobreposição ou suspenção em estrutura de alvenaria e/ou concreto, a fim

de se preservar a versatilidade dos ambientes para as atividades comerciais.

4.4 APRESENTAÇÃO FINAL

4.4.1 Vistas tridimensionais

Foram criadas vistas em perspectiva dos interiores, renderizadas a partir

do modelo construído no software Autodesk Revit 2016, pelo motor de renderização

gráfica Ray Tracer, já para as vistas exteriores (disponíveis na prancha ARQ-8 do

projeto arquitetônico, disponível no Apêndice C) foi utilizado o motor de renderização

gráfica Nvidia Mental Ray. A seguir algumas vistas criadas:

Ilustração 8 – Vista do Box 31 e da cozinha no Box 22

Fonte: o autor.

Ao final do projeto as imagens renderizadas, mesmo em baixa qualidade e

tamanho reduzido estavam levando horas para serem geradas, provavelmente devido

à limitação computacional do equipamento disponível em função do grande volume

de mobiliário criado. Mesmo assim as imagens foram criadas a partir de um versão

anterior do modelo, sem a adição dos mobiliários em todos os ambientes.

Ilustração 9 – Vista do depósito e da praça de alimentação

Fonte: o autor.

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A seguir, vistas do interior dos sanitários feminino para o fraldário e vista

do interior do sanitário masculino em direção à claraboia:

Ilustração 10 – Vista dos sanitários feminino e masculino

Fonte: o autor.

Todas as imagens receberam tratamento final dentro do software Adobe

Photoshop CS6, a fim de correção de tons, cores e redimensionamento. No caso das

imagens de vista exteriores, em alguma foi utilizado a ferramenta para gerar o fundo

com nuvens.

4.5 MEMORIAL DESCRITIVO

Contempla uma descrição simples e objetiva de todos os principais serviços

a serem executados na obra de reforma e que também estão listados na planilha de

custos. Ainda, expõe a necessidade dos projetos complementares, até mesmo para

fins de orçamentação e composição final do projeto, que por sua vez, poderia ser

enriquecido por projetos individuais (croquis) de cada atividade, exigidos num eventual

processo licitatório, possibilitando um projeto de adequação racional para a reforma

de adequação do empreendimento proposto.

O Memorial Descritivo, básico, encontra-se disponível no Apêndice D.

4.6 CUSTOS ESTIMADOS PARA A ADEQUAÇÃO

O custo estimado para a reforma de adequação ficou em cerca de R$

1.207.938,58 e a planilha completa com a relação de serviços encontra-se disponível

no Apêndice E.

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CONCLUSÃO

Foi constatado ainda na etapa de estudo de viabilidade (Estágio

Supervisionado II) que não se tem diretrizes, normas técnicas ou legislação aplicada

diretamente ao funcionamento de mercados públicos, houve até dificuldades para se

definir um plano de necessidades, até em razão da indefinição das atividades, o

projeto teve de ser baseado em possibilidades e interpretações de legislação

pertinentes a diversas atividades. Muitas decisões tiveram de ser arbitradas em

função dessa indefinição, mas por outro lado, houve maior liberdade de criação no

projeto.

Durante as vistorias realizadas no imóvel, comprovou-se o descaso da

administração pública frente às condições de uso e conservação do imóvel, em parte,

houve pequena evolução até o término do projeto, pois na última vistoria, verificou-se

que uma pequena parte do imóvel passou a ser ocupado como garagem da prefeitura,

com motoristas de plantão, em especial para o programa Transporte Fora do Domicílio

(TFD). Ainda assim, um quadro de aproveitamento pífio no imóvel como um todo.

Quanto às condições do imóvel, a maior parte do pátio abriga automóveis

inoperantes, viaturas sucateadas, de órgãos estaduais e municipais, alguns micro

ônibus da rede escolar e veículos da secretaria de saúde. No interior da edificação, a

grande maioria está abrigando mobiliários escolares e entulhos proveniente da

ocupação pelo antigo terminal rodoviário e suas dependências.

Ao término, foram incluídos 31 boxes, com dimensões predominantemente

de 4,85 x 2,85 m (14,30 m²), com algumas variações, incluindo três boxes para

serviços públicos e mais três sugeridos para uso em apresentações, palestras e

exposições, permitindo condições favoráveis para uma melhor ocupação da

edificação, beneficiando a comunidade.

Com um custo estimado na ordem de R$ 1.200.000,00, num primeiro

momento o custo pode ser financeiramente inviável para o Município, mas pelo tipo

de atividade (comercial), cabe perfeitamente a possibilidade de Parceria Público

Privadas ou até mesmo sistema de concessão pública para o financiamento do

empreendimento.

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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Paulo Roberto, TUCCI, Carlos. E. M., GOLDEFUM Joel A. Avaliação da eficiência dos pavimentos permeáveis na redução do escoamento superficial. Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRG. Porto Alegre, 1999. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492 Representação de Projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. ____. NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. ____. NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001. ASSUMPÇÃO, Ricardo; BERNARDELLI, Nádia; LOCATELLI, Diana. Conheça Mercado Municipal Paulistano. Gastrovia turismo e gastronomia. Mar. 4. ed. 2013. BERLIOZ, Hector. Crystal Palace: 1851 Exhibition. Berlioz in London, 2011. Disponível em: <http://www.hberlioz.com/London/CrystalPalace.html>. Acesso em: 13 jun. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Diário Oficial da União. Poder Executivo, 23 jun. 2003. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/4a3b680040bf8cdd8e5dbf1b0133649b/RESOLU%C3%87%C3%83O-RDC+N+216+DE+15+DE+SETEMBRO+DE+2004.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 14 jun. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produto res/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial da União. Poder Executivo, 16 set. 2004. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/dcf7a900474576fa84cfd43fbc4c6735/RDC+N%C2%BA+275%2C+DE+21+DE+OUTUBRO+DE+2002.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 14 jun. 2015. CATRACA LIVRE. Mercado Municipal de Curitiba tem programação especial de aniversário, 30 jul. 2013. Disponível em: < https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2013/07/mercado-municipal-curitiba_2.jpg >. Acesso em 14 jun. 2015. CAVEDON, Neusa Rolita. "Pode chegar, freguês": a cultura organizacional do Mercado Público de Porto Alegre. Organizações & Sociedade, v. 11, n. 29, p. 173-189, 2004. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA. Instrução Normativa Nº 001 – Da Atividade Técnica. Florianópolis, 17 abr. 2015. 72 P.

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APÊNDICE A – CONSULTA PRÉVIA DE VIABILIDADE

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APÊNDICE B – PROJETO GEOMÉTRICO

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APÊNDICE C – PROJETO ARQUITETÔNICO

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APÊNDICE D – MEMORIAL DESCRITIVO

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APÊNDICE E – PLANILHA DE CUSTOS

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ANEXO A – DOCUMENTAÇÃO