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Estudo Dirigido - Sistemas Biológicos I GAMETOGÊNESE MASCULINA - Indicar os hormônios hipofisários gonadotróficos e seus alvos e ações no aparelho reprodutor masculino O hipotálamo manda hormônios liberadores de FSH/LH para hipófise. Quando o LH é liberado ele estimula a síntese de andrógeno, agindo nas Células intersticiais (de Leydig) que iniciam a produção de testosterona. A testosterona, por sua vez, estimula o desenvolvimento normal de células de linhagem espermatogênica, dando início a espermatogênese. Na fase fetal, auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundárias masculinas (formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos) e faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. Na puberdade, faz com que os pelos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade fica com a voz mais grave. Estimula um aumento na deposição de proteína nos músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente maior e mais musculoso. Quando o FSH é liberado, ele age nas células de Sertoli, estimulando a síntese de ABP e aumentando o AMP cíclico, promovendo a síntese e a secreção de proteína ligante de andrógeno que, combinada com a testosterona, a transporta no lúmen dos túbulos seminíferos. - Indicar o trajeto percorrido pelo espermatozoide desde a sua produção até a sua liberação do aparelho reprodutor masculino. No interior dos testículos existem pequenos compartimentos chamados lóbulos testiculares. Cada lóbulo contem de 1 a 4 túbulos seminíferos, onde os espermatozoides são produzidos. Após formados e maturados, os espermatozoides vão para o epidídimo e permanecem lá por um certo período. Quando há o estímulo sexual, os espermatozoides passam pelo canal deferente, e vão para o ducto ejaculatório, onde são descarregados os líquidos seminal e prostático, formando o sêmen (ou esperma), então chegam a uretra, no interior do pênis, e são liberados. - Conceituar e desenhar: a) espermatocitogênese: O processo de produção do espermatozoide é conhecido como espermatogênese (ou espermatocitogênese). Esse processo começa com uma célula germinativa primitiva, a espermatogônia, que fica próxima a lâmina basal do epitélio. Por ocasião da puberdade, as espermatogônia começam a se dividir por mitose e produzem 2 tipos de células filhas: Espermatogônias tipo A (que continuam se dividindo, mantendo-se como células-tronco de outras espermatogônia); Espermatogônias tipo B (que seguem o caminho da diferenciação até chegar em um espermatozoide maduro.) A partir daí, há a formação de uma célula 4N chamada espermatócito primário, estas células são as maiores da linhagem espertogênica e são caracterizadas pela presença de cromossomos nos seus núcleos e ficam próximas à membrana basal. Uma vez formada, esta célula entra na prófase da 1ª divisão meiótica (que dura cerca de 22 dias). Desta primeira divisão meiótica, surgem 2 espermatócitos secundários

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Estudo Dirigido - Sistemas Biológicos I

GAMETOGÊNESE MASCULINA

- Indicar os hormônios hipofisários gonadotróficos e seus alvos e ações no aparelho reprodutor masculino

O hipotálamo manda hormônios liberadores de FSH/LH para hipófise. Quando o LH é liberado ele estimula a síntese de andrógeno, agindo nas Células intersticiais (de Leydig) que iniciam a produção de testosterona. A testosterona, por sua vez, estimula o desenvolvimento normal de células de linhagem espermatogênica, dando início a espermatogênese. Na fase fetal, auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundárias masculinas (formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos) e faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. Na puberdade, faz com que os pelos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade fica com a voz mais grave. Estimula um aumento na deposição de proteína nos músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna geralmente maior e mais musculoso. Quando o FSH é liberado, ele age nas células de Sertoli, estimulando a síntese de ABP e aumentando o AMP cíclico, promovendo a síntese e a secreção de proteína ligante de andrógeno que, combinada com a testosterona, a transporta no lúmen dos túbulos seminíferos.

- Indicar o trajeto percorrido pelo espermatozoide desde a sua produção até a sua liberação do aparelho reprodutor masculino.

No interior dos testículos existem pequenos compartimentos chamados lóbulos testiculares. Cada lóbulo contem de 1 a 4 túbulos seminíferos, onde os espermatozoides são produzidos. Após formados e maturados, os espermatozoides vão para o epidídimo e permanecem lá por um certo período. Quando há o estímulo sexual, os espermatozoides passam pelo canal deferente, e vão para o ducto ejaculatório, onde são descarregados os líquidos seminal e prostático, formando o sêmen (ou esperma), então chegam a uretra, no interior do pênis, e são liberados.

- Conceituar e desenhar:

a) espermatocitogênese:

O processo de produção do espermatozoide é conhecido como espermatogênese (ou espermatocitogênese). Esse processo começa com uma célula germinativa primitiva, a espermatogônia, que fica próxima a lâmina basal do epitélio. Por ocasião da puberdade, as espermatogônia começam a se dividir por mitose e produzem 2 tipos de células filhas: Espermatogônias tipo A (que continuam se dividindo, mantendo-se como células-tronco de outras espermatogônia); Espermatogônias tipo B (que seguem o caminho da diferenciação até chegar em um espermatozoide maduro.) A partir daí, há a formação de uma célula 4N chamada espermatócito primário, estas células são as maiores da linhagem espertogênica e são caracterizadas pela presença de cromossomos nos seus núcleos e ficam próximas à membrana basal. Uma vez formada, esta célula entra na prófase da 1ª divisão meiótica (que dura cerca de 22 dias). Desta primeira divisão meiótica, surgem 2 espermatócitos secundários

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2N, estes entram na 2º fase de divisão meiótica, resultando na espermátide 1N (células pequenas que ficam próximas ao lúmen) então tem-se o início da Espermiogênese, a fase final da produção do espermatozoide

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b) espermiogênese:

É a fase final da produção do espermatozoide e é dividida em 3 partes: ETAPA GOLGI: pequenos grânulos se acumulam no golgi e se fundem, dando início a formação da vesícula acrossômica; começa a se formar o axonema do flagelo. ETAPA DO ACROSSOMO (OU DA CAPA): a vesícula e grânulo acrossômico formam uma capa ao redor da parte superior do núcleo e passam a ser chamados de acrossomo (uma vesícula q contem enzimas e proteínas necessária a fecundação); as mitocôndrias se concentram na parte inferior. ETAPA DE MATURAÇÃO: todo o excesso de citoplasma é retirado, reduzindo o tamanho da célula; super condensação do núcleo.

c) espermiação

A espermatogênese é finalizada com um processo chamado de espermiação, que consiste na liberação dos espermatozoides imaturos (a partir do citoplasma apical das células de Sertoli,) para dentro do lúmen do túbulo seminífero, terminando a fagocitose dos corpos residuais e sua maturação é terminada ao nível do epidídimo, tornando-os aptos para a inserção nas vias genitais femininas.

- Cite e dê as respectivas funções das substâncias das secreções das glândulas sexuais acessórias masculinas.

Vesículas seminais: são glândulas que produzem uma secreção amarelada contendo substâncias como carboidratos (frutose é a mais abundante) e proteínas, que constituem uma fonte energética para a motilidade dos espermatozoides. A atividade secretora dessa glândula depende dos níveis de testosterona.

Próstata: é um conjunto de glândulas que produzem secreção e a armazenam para expulsá-la durante a ejaculação, e também tem sua atividade controlada pela testosterona.

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Glândulas bulbouretrais: glândulas túbulo-alveolares, que lançam sua secreção na porção membranosa da uretra. Seu muco é claro e tem a função de lubrificar a uretra.

- Cite as funções das células de Sertoli e Leydig e indique sua localização.

Células de Sertoli: as bases destas células aderem à lâmina basal dos túbulos seminíferos, e suas extremidades apicais estão no lúmen dos túbulos, elas envolvem parcialmente as linhagens de células espermatogênicas. Suas funções são: FAGOCITOSE: fagocitam e digerem o corpo residual dos espermatozoides; SECREÇÃO: secretam continuamente nos túbulos seminíferos um fluido usado para o transporte dos espermatozoides; PRODUÇÃO DO HORMÔNIO ANTIMÜLERIANO: uma glicoproteína que age durante o desenvolvimento embrionário induzindo o desenvolvimento de estruturas derivadas dos ductos de Wolff; BARREIRA HEMATOTESTICULAR: barreira entre o sangue e o interior dos túbulos seminíferos, assim, as células espermatogênicas de etapas mais avançadas ficam protegidas de substâncias do sangue e de agente nocivos.

Células de Leydig: são células secretoras localizadas no tecido conjuntivo dentro dos lóbulos dos testículos. O hormônio luteinizante (LH, em inglês) é secretado pela parte anterior da Hipófise e estimula as células de Leydig. Em seguida, estas células começam a produzir o hormônio "testosterona", muito importante para o sistema reprodutor masculino. As células de Leydig também produzem e excretam frutose dando energia para que as células espermatogênicas se movam

GAMETOGÊNESE FEMININA

- Indicar os hormônios hipofisários gonadotróficos e ovarianos e seus alvos e ações no aparelho reprodutor feminino ao longo do ciclo menstrual.

O ciclo menstrual é dividido nas seguintes fases:

Fase proliferativa, folicular ou estrogênica (10 dias): O começo desta fase coincide com o crescimento rápido de um pequeno grupo de folículos ovarianos. Quando sua teca interna se desenvolve, esses folículos começam a secretar estrógenos (sua concentração aumenta gradualmente). Os estrógenos induzem a proliferação celular do endométrio, recuperando o q foi perdido na menstruação. Endométrio começa a fase com 0,5mm de espessura e termina com 2 a 3 mm. Os estrógenos também induzem a produção de cílios nas células do epitélio da tuba uterina.

Fase secretora ou luteal (14 dias): essa fase começa depois da ovulação e resulta da ação de progesterona secretada pelo corpo lúteo. Atuando nas glândulas desenvolvidas pela ação do estrógeno, a progesterona continua estimulando células glandulares. O endométrio alcança sua máxima espessura (5mm) como consequência do crescimento da mucosa, do acúmulo de secreções e do edema no estroma. Outro papel importante da progesterona é inibir a contração muscular do miométrio, que poderiam interferir com a implantação do embrião.

Fase menstrual (3-4 dias): se não ocorrer a fecundação, o corpo lúteo deixa de funcionar 10 a 12 dias depois da ovulação, diminuindo rapidamente os níveis de progesterona e de estrógenos no sangue. Isto causa vários ciclos de contração das

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artérias espirais, bloqueando o fluxo de sangue, causando a morte das paredes das artérias, não irrigando parte do endométrio que também morre. As artérias se rompem e o sangramento começa.

- Indicar e desenhar as fases do desenvolvimento folicular e ocitário paralelamente (em especial para a progressão meiótica dessas fases).

A partir da puberdade, um pequeno grupo de folículos primordiais iniciam um processo de crescimento, estimulados por FSH secretado pela hipófise. Durante a primeira parte do crescimento folicular, o crescimento do ovócito é muito rápido. As células foliculares se dividem por mitose, formando uma única camada de células (folículo primário unilaminar), elas continuam se proliferando e originam a camada granulosa (epitélio estratificado) e então é chamado de folículo primário multilaminar (ou pré-antral). Uma espessa camada amorfa de glicoproteínas (zona pelúcida) é secretada e envolve todo o ovócito. A medida que os folículos crescem, se movem para as áreas mais profundas da região cortical. Começa a acumular líquido folicular, as células granulosas se reorganizam formando o antro folicular, são os folículos secundários (ou antrais). Durante a reorganização das granulosas, algumas células se concentram em determinado local da parede do folículo formando o cumulus oophorus, que serve de apoio para o ovócito. E um pequeno grupo de células foliculares envolve o ovócito formando a corona radiata, q acompanham o ovócito qdo ele abandona o ovário. Enquanto isso, o estroma (em trono do folículo) se modifica formando as tecas foliculares (interna e externa) q, quando completamente diferenciadas produzem esteroides (como a androstenediona). Durante cada ciclo menstrual um folículo cresce muito mais, tornando-se o folículo dominante, que pode alcanças o estágio máximo de crescimento e ovular. Quando atinge seu máximo, vira o folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf.

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- Conceituar e desenhar:

a) zona pelúcida: Uma espessa camada amorfa de pelo menos 3 glicoproteínas que envolve todo o ovócito.

b) folículo ovariano: é um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares. Os folículos primordiais, que foram formados durante a vida fetal, consistem em um ovócito primário envolvido por uma única camada e células foliculares achatadas es se localizam na região cortical, próximo a túnica albugínea.

c) corpúsculo polar: é uma célula filha resultante da primeira divisão meiótica do ovócito. É uma célula muito pequena que contém um núcleo e uma quantidade mínima de citoplasma.

d) ovócito maduro: um pouco antes da ovulação, a primeira divisão meiótica é completada, e uma das células filhas formam um corpúsculo polar, imediatamente após a expulsão do corpúsculo polar o núcleo inicia a segunda divisão da meiose que estaciona em metáfase até a fecundação. Após a fecundação, a segunda fase meiótica e terminada e o ovócito primário passa a ser um ovócito secundário (ou maduro).

- Indicar as principais diferenças entre gametogênese masculina e feminina.

A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto a ovo gênese está relacionada ao ciclo reprodutivo da mulher. Na espermatogênese, cada espermatogônia produz 4 espermatozoides. Na ovo gênese, cada ovogônia dá origem a apenas um ovócito e células inviáveis. A produção de gametas masculinos é um processo que se continua até a velhice, enquanto que a produção de gametas femininos cessa com a menopausa. O espermatozoide é uma célula pequena e móvel, enquanto que o ovócito é uma célula grande e sem mobilidade. Quanto à constituição cromossômica, existem dois tipos de espermatozoides: 23, X ou 23, Y. A mulher só produz um tipo de gameta quanto à constituição cromossômica: 23, X.

FECUNDAÇÃO, CLIVAGEM E IMPLANTAÇÃO

- Indicar os principais eventos da fecundação.

• PASSAGEM DO ESPERMATOZÓIDE ATRAVÉS DA CORONA RADIATA – A dispersão das células foliculares da corona radiata que circunda o ovócito e da zona pelúcida parece ser resultado principalmente da acão da enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozóide. As enzimas da mucosa tubária também parecem auxiliar nesta dispersão. Os movimentos da cauda do espermatozóide também são importantes para a penetracão na corona radiata.

• PENETRACÃO DA ZONA PELÚCIDA – A passagem do espermatozóide através da zona pelúcida é uma fase importante para o início da fertilizacão. A formacão de um caminho resulta também da acão de enzimas liberadas pelo acrossoma. As enzimas – Esterases, Acrosina e Neuraminidase, parecem causar a lise da zona pelúcida, formando assim um caminho para que o espermatozóide chegue ao ovócito. A mais importante destas enzimas é a acrosina, uma enzima proteolítica. Logo que o espermatozóide penetra a zona

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pelúcida ocorre uma Reacão Zonal- uma mudanca nas propriedades da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozóides. A composicão desta cobertura de glicoproteínas extracelular muda após a fertilizacão. Acredita-se que a reacão zonal seja o resultado da acão de enzimas lisossomais liberadas pelos granulos corticais situados logo abaixo da membrana plasmática do oócito. O conteúdo desses granulos, que são liberados dentro do espaco perivitelino também causa mudanças na membrana plasmática tornando-a impermeável aos espermatozóides.

• FUSÃO DAS MEMBRANAS PLASMÁTICAS DO OVÓCITO E ESPERMATOZÓIDE - As membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide se fusionam e se rompem na área de fusão. A cabeca e a cauda do espermatozóide entram no citoplasma do ovócito, mas a membrana plasmática do espermatozóide fica para trás.

• TÉRMINO DA SEGUNDA DIVISÃO MEIÓTICA E FORMACÃO DO PRONÚCLEO FEMININO - A penetracão do oócito pelo espermatozóide, estimula o ovócito a completar a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro e o segundo corpúsculo polar. 0s cromossomas maternos em seguida se descondensam e o núcleo do ovócito maduro torna-se o pronúcleo feminino.

• FORMACÃO DO PRONÚCLEO MASCULINO – Dentro do citoplasma do ovócito, o núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino, e a cauda do espermatozóide degenera. Morfologicamente, os pronúcleos masculino e feminino são indistinguível. Durante o crescimento dos pronúcleos eles replicam seu DNA. O ovócito contendo dois pronúcleos haplóides é chamado de ovótide.

• FORMAÇÃO DO ZIGOTO – Logo que os pronúcleos se fundem em uma agregacão de cromossomas única e diplóide, a oVótide torna-se um zigoto. Os cromossomas do zigoto arranjam-se em um fuso de clivagem na preparacão para a divisão do zigoto.

- Indicar as transformações pelas quais passa o espermatozóide desde a entrada no trato reprodutor feminine até o momento da fecundaçãoOcorre a capacitação do espermatozóide – é um período de condicionamento no

trato reprodutivo feminino com duração aproximada de 07 horas. Período em que ocorre remoção de uma camada glicoproteica e proteínas do plasma seminal, da membrana plasmática sobrejacente à região acrossômica dos sptz – leva a um desbloqueio de sítios de ligação com proteínas da zona pelúcida. Somente os sptz capacitados podem passar pela corona radiada e submeter-se a reação acrossômica.

-O que é polisespermia? Como ela é evitada? É a penetração de mais de um espermatozóide num só ovo, quando ela ocorre, inviabiliza o desenvolvimento do ovócito. Quando o espermatozóide entra em contato com proteínas da zona pelúcida (ZP3), inicia uma eliminação enzimática do acrossoma.

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A ZP3 da zona pelúcida se liga a GalT damembrana plasmática do espermatozóide gerando um fluxo iônico atravez da membrana do sptz, causando a despolarização e desestabilização do citoesqueleto subcortical que leva a exocitose do conteúdo acrossômico (Reação acrossômica). Na despolarização da membrana plasmática o sódio (Na+) passa para o interior do ovo, ocorrendo também a saída do potássio (K+), promovendo a mudança do potencial de repouso da membrana (Bloqueio rápido ). A liberação de Ca++ induz a liberação dos grânulos corticais e exsudação do conteúdo no espaço perivitelino. O conteúdo liberado dos grânulos corticais remove os carboidratos da ZP3, impedindo a sua ligação a membrana plasmática do espermatozóide; também cliva parcialmente a ZP2, endurecendo a zona pelúcida (Reação de zona). Juntas, estas alterações bloqueiam a poliespermia.

-Explique as características da clivagem em humanos. A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em rápido aumento do número de células. Estas células embrionárias - blastomeros – tornam-se menores a cada divisão por clivagem. Inicialmente, o zigoto se divide em dois blastomeros e assim sucessivamente. A clivagem ocorre normalmente quando o zigoto passa pela tuba uterina em direcão ao útero. Durante a clivagem o zigoto situa-se dentro da espessa zona pelúcida que é translúcida ao microscópio óptico. A divisão do zigoto em blastomeros inicia-se cerca de 30 horas após a fertilizacão. As divisões subsequentes seguem-se uma após outra formando progressivamente blastomeros menores. Após estágio de nove células, os blastomeros mudam sua forma e se agrupam firmemente uns com os outros para formar uma bola compacta de células. Este fenomeno – a compactacão – provavelmente é mediado por glicoproteínas de adesão de superfície celular. A compactacão permite uma maior interacão célula com célula e é um pré-requisito para a segregacão de células internas que formam a massa celular interna ou embrioblasto do blastocisto. Quando já existem 12 a 32 blastomeros, o embrião em desenvolvimento é chamado de mórula. As células internas da mórula ( massa celular interna ) estão circundadas por uma camada de células achatadas que formam a camada celular externa. A mórula se forma tres dias após a fertilizacão e alcanca o útero.

- Cite e desenhe as principais fases do embrião pré implantação, com especial atenção a morfologia. Mórula: É uma bola sólida com 12 ou mais blastômeros formada três dias após a fertilização e penetra no útero. Os blastômeros alinham-se, apertam-se uns contra os outros e formam a esfera compacta. Blastocisto ou Blástula: Após a formação da mórula, o líquido da cavidade uterina atravessa a zona pelúcida que está em degeneração e surgem espaços entre os blastômeros centrais. Com aumento do líquido as células são separadas em duas partes: Embrioblasto ou a massa celular interna do blastocisto ( responsável pela formação do embrião) ; e trofoblasto (responsável pela nutrição, dá origem a parte da placenta, forma a parede). Os espaços formados devido a entrada do líquido uterino, entre as células ( blastômeros – na região central) fundem-se e formam uma única cavidade – a cavidade blastocística.

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Blastocisto tardio: Depois do desaparecimento da zona pelúcida o blastocisto aumenta de rapidamente de tamanho. Flutua livremente no útero. Nutre-se de secreções das glândulas uterinas.

- Descreva e desenhe as alterações morfológicas do embrião durante a implantação no endométrio uterino.

Reação decidual: seis dias após a fertilização - o blastocisto prende-se ao epitélio endometrial pelo pólo embrionário ( nutrir-se – devido a presença de glicogênio e lipídeos no local da implantação. As células ficam poliédricas e são chamadas de células deciduais que acabam degenerando - nutrição ).

Implantação: A implantação – nidação ocorre geralmente na porção superior do corpo do útero sendo um pouco mais freqüente na porção posterior do que na anterior. Se for na porção inferior surge a placenta prévia ( placenta que cobre parcialmente ou completamente a abertura interna do útero e que pode causar sangramento devido sua separação prematura) . Durante a implantação do blastocisto, maior quantidade trofoblastos entra em contato entra em contato com o endométrio e difeencia-se em duas camadas:

O blastocisto adere ao epitélio do endométrio (dia6). O trofoblasto começa a se diferenciar-se em duas camadas: Citrotrofoblasto (camada monocluar de células mioticamente ativas, forma novas células trofoblasticas que migram para a crescente massa sinciciotrofoblasto, onde se fundem e perdem suas membranas celulares); Sinsisiotrofoblasto (uma massa multinucleada em rápida explansão na qual não são perceptíveis os limites celulares)(dia7). Os sinciciotrofoblastos erode os tecidos endometriais (capilares, glândulas e tecido conjuntivo.) o blastocisto começa a implantar-se no endométrio (dia8). Lacunas cheias de sangue aparecem no sinciciotrofoblasto (dia 9). o blastocisto mergulha no epitélio do endométrio, e a falha neste epitélio é preenchida por um tampão (dia10). Formam-se redes de lacunas pela fusão de lacunas adjacentes (dia 10 e 11). o sinciciotrofoblasto erode vasos sanguíneos do endométrio, permitido ao sangue materno fluir para dentro e para fora das redes de lacunas, estabelecendo, desta maneira, uma cirulação uteroplacentária primitiva (dias 11 e 12). a falha do epitélio desaparece gradualmente com a reconstituição do epitélio (dias 12 e 13). Formam-se vilosidades coriônicasprimárias (dias 13 e 14).

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-Diferencie morfofuncionalmente citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto.Citrotrofoblasto: camada monocluar de células mioticamente ativas, forma novas

células trofoblasticas que migram para a crescente massa sinciciotrofoblasto, onde se fundem e perdem suas membranas celulares

Sinsisiotrofoblasto: uma massa multinucleada em rápida explansão na qual não são perceptíveis os limites celulares.

GASTRULAÇÃO E NEURULAÇÃO

-Cite as diferenciações e estruturas derivadas do epiblasto e hipoblasto Do epiblasto deriva o ectoderma do âmnio; o ectoderma do embrião; e uma linha primitiva que mais tarde dá origem ao mesoderma extraembrionário, o mesoderma do embrião, ao processo notocordal e ao endoderma do embrião.

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Do hipoblasto deriva o endoderma do saco vitelino que maistarde origina o mesoderma extraembrionário.

-Cite as diferenciações e estruturas derivadas do ectoderma, mesoderma e endoderma. Ectoderma: da origem à epiderme e anexos (unhas e pelos), ao sistema nervoso central e periférico, epitélio sensorial do olho, da orelha e do nariz, glândulas mamárias, hipófise, glândulas subcutâneas e ao esmalte dos dentes.mesoderma: d origem ao tecido conjuntivo, cartilagem, osso, músculos estriados e lisos, coração, vaosos sanguíneos e linfáticos, rins, ovários e testículos, ductos genitais, membrana serosa que revestem as cavidades do corpo (pericárdia, pleural e peritoneal), baço e córtex das adrenais (supra-renal). Endoderma: da origem ao revestimento epitelialdos tratos gastrointestinal e respiratório; parênquima das tonsilas, glândulas tireóide e paratireóides, timo, fígado e pâncreas, revestimento epitelial d abexiga urinária e à maior parte da eretra, revestimento epitelial da cavidade do tímpano, , do antro timpânico e da tuba antro timpânica, e da tuba faringotimpânica ou auditiva.

-Explique a formação do mesoderma extraembrionário e pedículo embrionário Do décimo primeiro ao décimo segundo dia de desenvolvimento, células do sinciciotrofoblasto penetram no estroma erodindo o revestimento endotelial dos capilares maternos (conhecidos como sinusóides). Assim o sangue materno começa a fluir através do sistema trofoblastico, estabelecendo a circulação uteroplacentária. Posteriormente ocorre a formação do mesoderma extra embrionário, que é um tecido conjuntivo frouxo com as células vindas do saco vitelínico. Forma-se uma cavidade no mesoderma denominada celoma extra embrionário. O mesoderma ligado ao citotrofoblasto e a cavidade amniótica é chamado mesoderma extra-embrionário somático e o que reveste o saco vitelínico é chamado mesoderma extra-embrionário esplânquico. As células do citotrofoblasto invadem o sincíciotrofoblasto e formam “colunas” chamadas de vilosidades primárias. Simultaneamente o hipoblasto libera células que revestem a cavidade exocelômica formando assim o saco vitelino secundário ou definitivo.

-Explique a Gastrulação. A gastrulação é o período que se inicia a morfogênese do embrião (desenvolvimento da forma). Ocorre durante a terceira semana de desenvolvimento e na quinta semana após a ultima mentruação. Se inicia com a formação da linhaprimitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário. Nessa fase há também a formação das camadas germinativas, placa precordal e notocorda.Linha primitiva: aparece no inicio da trceira semana como umespessamento localizado no epiblasto na extremidade caudal do disco embrionário. A linha primitiva resulta da migração de células do epiblasto para o plano mediano do dico embrionário. A invaginação de células do epiblasto na linhaprimitiva da origem a células mesenquimais, que migram ventral, lateral e cefalicamente, colocando-se entre o epiblasto e o hipoblasto. Logo que a linha primitiva começa a prodizir células

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mesenquimais, a camada epiblástica passa a ser denominada ectoderma do embrião. Algumas células do epiblasto deslocam o hipoblasto e formam o endoderma do embrião. Células mesenquimais produzidas pela linha primitiva organizam-se, formando uma terceira camada germinativa, o mesoderma intra-embrionário. Células da linha primitiva migram para as bordas do disco embrionário, onde se unem ao mesoderma extra embrionário, que cobre o âmnio e o saco vitelino. No fim da terceira semana, há mesoderma entre o ectoderma e o endoderma em todas as regiões, exceto na membrana bucofaríngea, no plano mediano ocupado pela notocorda e pela membrana cloacal.

- Explique a Neurulação. Num estágio mais avançado do desenvolvimento da gástrula, inicia-se o processo chamado de neurulação. Este processo vai dar origem ao sistema nervoso central e periférico e ocorre simultaneamente com a formação de folhetos e a diferenciação da mesoderme embrionária. Fases da neurulação:

– Placa Neural - A ectoderme dorsal do embrião sofre um espessamento e forma uma placa que é denominada placa neural.

– Goteira Neural - a placa neural se aprofunda e passa a ser chamada de goteira neural

– Sulco Neural - Ao longo do dorso da gástrula, o ectoderma sofre uma depressão, originando uma espécie de canaleta — o sulco neural.

– Tubo Neural - posteriormente, fecham –se os bordos, formando um canal — o tubo neural. O tubo neural deverá originar todo o sistema nervoso central do organismo que se formará. Na parte anterior o encéfalo e na parte posterior a medula. Ao mesmo tempo, na parte mais alta do endoderma, ocorre uma evaginação

longitudinal, agregará células de tecido conjuntivo fibroso formará um bastão que percorrerá toda a extensão dorsal do embrião no plano crânio-caudal. Este bastão sustentará o embrião e orientará a formação da coluna vertebral futura (a notocorda).

-Explique a formação da notocorda. No inicio da terceira semana células mesenquimais provenientes do nó primitivo da linha primitiva formam o processo notocordal, que avança cefalicamente, do nó primitivo, formando um bastão de células entre o ectoderma e o endoderma do embrião. A fosseta primitiva penetra no processo notocordal e forma um canal notocordal. Quando totalmente desenvolvido, o processo notocordal se estende do nóprimitivo até a placa precordal. Aparecem aberturas no assoalho do canal notocordal, que logo coalescem formando, a placa notocordal. A placa dobra-se, formando a notocorda – eixo primitivo do embrião em torno do qual se forma o esqueleto axial.

PLACENTA E ANEXOS EMBRIONÁRIOS

-Explique a origem do âmnio, saco vitelino, córion e alantóide.

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• Âmnio: com o avanço da implantação do blastocisto, aparece uma pequena cavidade na massa celular interna, que é o primórdio da cavidade amniótica. Logo a células amniogênicas, os amnioblastos, se separam do epiblasto e se organizam formando uma membrana delgada, o amnio, que envolve a cavidade amniótica.

• Saco vitelino: o hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica e continua-se com a delgada parede dessa cavidade. Logo a membrana e a cavidade exocelômica se modificam e formam o saco vitalino primitivo. Com a formação do celoma extra embrionário, o saco vitalino primitivo diminui de tamanho, formando o saco vitalíneo secundário(definitivo).

• Córion: a medida que ocorrem mudanças no trofoblasto e no endométrio surge o celoma, que divide o mesoderma extra embrionário em 2 partes, o mesoderma somático extra-embrionário e o mesoderma esplâncnico extra embrionário. O somático e as duas camadas do trofoblasto constituem o córion.

• Alantóide: aparece por volta 16ºdia como um pequeno divertículo (evaginação) em forma de salsicha proveniente da parede caudal do saco vitelino, que s estende pelo pedículo do embrião.

-Descreva o desenvolvimento do âmnio, saco vitelino, córion e alantóide ao longo da gestação e cite suas funções.

• Âmnio: forma um saco membranoso cheio de líquido que envolve o embrião e posteriormente o feto. Suas funções são: proteção contra choques mecânicos, desidratação; manutenção da temperatura; permite o crescimento externo simétrico do embrião; reveste o cordão umbilical, a porção interna da placenta e o cório liso. Junta-se ao córion e forma a placenta e o cordão umbilical.

• Saco vitelino: inicialmente, sua função é a transferência de nutrientes para o embrião durante a 2ª e 3ª semanas. Durante a 3ª semana, sua função passa a ser de hematopoese, e com o desemvolvimento do embrião, na 4ª. Semana, auxilia na formação do intestino primitivo e contribui para a formação das células germinativas primordiais.

• Córion: forma a parede a parede do saco coriônico (saco da gestação), dentro do qual o embrião e os sacos amnióticos e vitelino estão suspensos pelo pedículo do embrião. Junta-se ao âmnion e forma a placenta e o cordão umbilical.

• Alantróide: no embrião humano, ela está envolvida na formação inicial do sangue e está associada ao desenvolvimento da bexiga. Com o crescimento da bexiga, a alantóide transforma-se no úraco, representado, no adulto, ligamento umbilical mediano. Os vasos sanguíneos da alantóide tornam-se as artérias e veias umbilicais.

-Descreva o desenvolvimento da placenta ao longo da gestação e cite suas funções.

A placenta humana é formada por uma parte fetal (originada do córion – córion viloso) e de uma parte materna (decídua – decídua basal).

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• Decídua: a decídua (do latim, deciduus;queda) corresponde à camada funcional do endométrio gravidício,que será eliminado por ocasião do parto.Três regiões da decídua recebem nomes de acordo com sua relação com o local da implantação: decídua basal (é a parte da decídua situada mais distante do concepto, que forma o componente materno da placenta), decídua capsular (é a parte superficial da decídua que recobre o concepto), decídua parietal (é constituída por todas as partes restantes da decídua).

• Córion Viloso: componente fetal da placenta. As vilosidades-tronco, que surgem deste,se projetam para dentro do espaço interviloso contendo sangue materno.Por ocasião da implantação,o endométrio é invadido pela ação erosiva do

sinciciotrofoblasto.Ele digere o epitélio endometrial, tecido conjuntivo subjacente e, finalmente,sua ação atinge os vasos sanguíneos e as glândulas endometriais.Todo o blastocisto fica incluído dentro do endométrio,enquanto o epitélio endometrial se refaz sobre a zona invadida e fecha o local de entrada.Trata-se de uma implantação intesticial.

As células do estroma endometrial sofrem a chamada reação decidual,tornando-se grandes,pálidas e com grande quantidade de glicogênio e lipídeos.Provavelmente,estão relacionadas com a nutrição inicial do germe e a produção hormonal e protegem o tecido materno contra uma invasão descontrolada do sinciciotrofoblasto.A mucosa cervical não sofre reação decidual,mas secreta um muco que reage como um tampão que oclui o canal cervical,protegendo o feto contra ataques externos de microorganismos.

Com 11 a 12 dias de desenvolvimento,começam a ser notada projeções do citotrofoblasto para dentro do sincicitotrofoblasto,contituindo-se as vilosidades primárias.Na terceira semana de desenvolvimento, surgem digitações do mesênquima extra-embrionário para dentro das vilosidades primárias, constituindo as vilosidades secundárias ou coriônicas.Em torno de 21 dias, o eixo do mesênquima das vilosidades secundárias dá origem a vasos coriônicos,formando uma ampla rede capilar nas vilosidades.Estão estabelecidas as vilosidades terciárias.

De início, as vilosidades coriônicas formam-se ao redor de todo o embrião.Elas persistem até a oitava semana.Mais tarde, as vilosidades voltadas para a decídua capsular regridem,só persistindo aquelas do pólo embrionário,ou seja, as adjacentes à decídua basal.Está formado o saco coriônico,contituído de uma parte vilosa-o córion viloso ou frondoso que corresponde à parte fetal da placenta - e o córion liso.

A partir do segundo mês, as vilosidades associadas à decídua basal aumentam cada vez mais em número e tamanho,ramificando-do bastante e adquirindo um aspecto arborescente.As vilosidades apresentam agora um tronco viloso de onde partem vários ramos.Os troncos vilosos e seus ramos projetam-se para os espaços intervilosos (originalmente lacunas do sinciciotrofoblasto),os quais são preenchidos por sangue materno.Quando o sinciciotrofoblasto invade a decídua basal,deixa zonas intactas(sem digerir)em forma de pequenas cristas,que se projetam para dentro do espaço intraveloso e que corresponde aos septos placentários.Os septos placentários dividem a área fetal da palcenta em 10 a 38 áreas convexas irregulares,que são os chamados cotilédones. Cada cotilédone contém dois ou mais troncos vilosos principais,sendo seus ramos banhados pelo sangue materno.

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Todo o endométrio relacionado com as vilosidades coriônicas corresponde à decídua basal(parte materna da placenta).Somente a parte mais profunda do endométrio, a placa decidual,permanece após o parto e colabora para a regeneração do endométrio.

Após o quarto mês, a placenta está completamente formada.No feto a termo,ela atinge em torno de 500g e tem uma forma discoidal com 20 cm de diâmetro por 3cm de espessura.

DESCRIÇÃO DAS FUNÇÕES DA PLACENTA:• Proteção: A placenta transporta anticorpos ao feto, esses anticorpos são

responsáveis pela imunidade, formando uma barreira contra certas doenças e substâncias nocivas. Porém existem substâncias que apresentam a capacidade de ultrapassar essa barreira: a nicotina e o alcatrão do cigarro, o álcool, as drogas, alguns medicamentos (antibióticos, antiinflamatórios e sedativos), além de determinados vírus e bactérias, como os causadores da rubéola, varíola, hepatite, toxoplasmose e HIV.

• Nutrição: Nutrientes vão do sangue materno para o sangue fetal, através das veias maternas e veias fetais por difusão simples e facilitada. Tal nutrição deve-se a síntese de glicogênio, colesterol, ácidos graxos e vitaminas.

• Respiração: O sangue da mãe não entra em contato com sangue do feto, por isso a placenta apresenta uma estrutura em que as vilosidades por onde passam o sangue fetal ficam imersas nos seios sanguíneo da mãe. A troca de gases é feita através dos capilares. O transporte de gases envolve difusão simples e facilitada, a oxigenação adequada no feto deve-se essencialmente ao fluxo sanguíneo fetal.

• Excreção: O feto precisa eliminar substâncias como o gás carbônico, uréia e acido úrico. Essas substâncias são excretadas através da placenta, que mandará por difusão simples do sangue fetal para a circulação materna de onde serão eliminadas posteriormente.

• Produção de Hormônios: Os hormônios que serão produzidos durante o período de gestação são: Gonadotrofina Coriônioca (HCG), hormônio lactogênio placentário,