18
ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ-FORMADOS EM JOÃO PESSOA-PB Ana Beatriz Barros Souza (UFPB ) [email protected] Stephan Iury Macena da Silva (UFPB ) [email protected] Rodrigo Coutinho Oliveira (UFPB ) [email protected] Nathalia Oliveira Pinto (UFPB ) [email protected] HELIO NUNES DE SOUZA FILHO (UFPB ) [email protected] O crescimento da Indústria da Construção Civil, nos últimos anos, tem sido proporcional ao crescimento econômico do Brasil. Isso se dá pelo o aumento de programas de construção de casas populares, investimento em loteamentos, condomínios hoorizontais e verticais, entre outros. O planejamento sistemático de layout é uma ferramenta que promove a preparação para uma manufatura eficiente desde a sua base, promovendo resultados com condições para receber estruturas e ferramentas modernas de produção. Com isso programou um crescimento sucessivo na produção da empresa Concrefort. A empresa em estudo fundada em 2005 é integrante a montante da cadeia produtiva da Indústria da Construção Civil, gerando desde insumos até produtos no setor de infraestrutura de redes elétricas e telefônicas, entre outros. Este estudo tem como objetivo realizar um estudo do arranjo físico de uma fábrica de pré-formados apresentando possíveis propostas de melhorias no seu layout. A metodologia utilizada para realização deste estudo classifica-se como estudo de caso. A ideia de um projeto e layout de fábrica é otimizar o espaço, proporcionando maior organização e agilidade de movimentação, de maneira a atender de forma rápida e eficiente a demanda dos clientes, eliminando desperdícios, bem como diminuindo os custos da organização. Desta forma, a empresa que tiver a conscientização de que o arranjo físico tem sua importância dentro do contexto funcional organizacional, terá um destaque em relação ao mercado através destes diferenciais competitivos, levando em consideração a racionalização da integração dos processos produtivos, otimizando processos, de forma a adequar da melhor maneira possível o espaço disponível. Palavras-chave: Arranjo físico, Organização, Planejamento XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

  • Upload
    dodien

  • View
    219

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA

INDÚSTRIA DE PRÉ-FORMADOS EM

JOÃO PESSOA-PB

Ana Beatriz Barros Souza (UFPB )

[email protected]

Stephan Iury Macena da Silva (UFPB )

[email protected]

Rodrigo Coutinho Oliveira (UFPB )

[email protected]

Nathalia Oliveira Pinto (UFPB )

[email protected]

HELIO NUNES DE SOUZA FILHO (UFPB )

[email protected]

O crescimento da Indústria da Construção Civil, nos últimos anos, tem

sido proporcional ao crescimento econômico do Brasil. Isso se dá pelo

o aumento de programas de construção de casas populares,

investimento em loteamentos, condomínios hoorizontais e verticais,

entre outros. O planejamento sistemático de layout é uma ferramenta

que promove a preparação para uma manufatura eficiente desde a sua

base, promovendo resultados com condições para receber estruturas e

ferramentas modernas de produção. Com isso programou um

crescimento sucessivo na produção da empresa Concrefort. A empresa

em estudo fundada em 2005 é integrante a montante da cadeia

produtiva da Indústria da Construção Civil, gerando desde insumos até

produtos no setor de infraestrutura de redes elétricas e telefônicas,

entre outros. Este estudo tem como objetivo realizar um estudo do

arranjo físico de uma fábrica de pré-formados apresentando possíveis

propostas de melhorias no seu layout. A metodologia utilizada para

realização deste estudo classifica-se como estudo de caso. A ideia de

um projeto e layout de fábrica é otimizar o espaço, proporcionando

maior organização e agilidade de movimentação, de maneira a atender

de forma rápida e eficiente a demanda dos clientes, eliminando

desperdícios, bem como diminuindo os custos da organização. Desta

forma, a empresa que tiver a conscientização de que o arranjo físico

tem sua importância dentro do contexto funcional organizacional, terá

um destaque em relação ao mercado através destes diferenciais

competitivos, levando em consideração a racionalização da integração

dos processos produtivos, otimizando processos, de forma a adequar

da melhor maneira possível o espaço disponível.

Palavras-chave: Arranjo físico, Organização, Planejamento

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

Page 2: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

2

1. Introdução

O crescimento da Indústria da Construção Civil, nos últimos anos, tem sido proporcional ao

crescimento econômico do Brasil. Isso se dá pelo o aumento de programas de construção de

casas populares, investimento em loteamentos, condomínios horizontais e verticais, entre

outros.

O planejamento sistemático de layout é uma ferramenta que promove a preparação para uma

manufatura eficiente desde a sua base, promovendo resultados com condições para receber

estruturas e ferramentas modernas de produção.

O fluxo de material deve ser minimizado para a melhoria do arranjo físico. Com isso tem-se a

redução dos custos de transporte e uma maior facilidade na gestão dos processos. Segundo

Tompkins (1996), o fluxo de materiais é definido como “o movimento progressivo de um

produto através dos recursos de produção desde o recebimento de materiais até a expedição

do produto acabado, sem paradas devido à quebra de máquinas ou atrasos de produção”.

Assim, o arranjo físico precisa ser caracterizado por fluxos de operações com distância

mínima possível, fluxo seguindo uma direção, evitando retornos ou cruzamentos no mesmo

equipamento e deve ocorrer de forma clara e concisa.

O administrador, da empresa objeto de estudo, pôde observar a crescente necessidade das

empresas na distribuição de energia elétrica e redes de telefonia, a partir de produtos como

postes, cruzetas, etc. Com isso programou um crescimento sucessivo na produção da empresa.

Assim, este estudo tem como objetivo geral realizar um estudo do arranjo físico de uma

fábrica de pré-formados apresentando possíveis propostas de melhorias no seu layout. A

metodologia utilizada para realização deste estudo classifica-se como estudo de caso.

Segundo Gil (2007, p. 54), o estudo de caso visa conhecer em profundidade o como e o

porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando

descobrir o que há nela de mais essencial e característico. O pesquisador não pretende intervir

sobre o objeto a ser estudado, mas revelá-lo tal como ele o percebe.

2. Caracterização da empresa

A empresa de nome CONCREFORT Indústria e Comércio de pré-formados LTDA localiza-

seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa de médio porte,

atuante no ramo da construção civil, com um quadro de 35 funcionários.

Page 3: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

3

A Concrefort foi fundada em 2005, integrante a montante da cadeia produtiva da Indústria da

Construção Civil, gerando desde insumos (estribos, esquadros etc) até produtos (postes,

cruzetas, placas de concreto, tijolos, pisos, caixa de gordura etc), no setor de infraestrutura de

redes elétricas e telefônicas, entre outros.

Diante do crescimento do ramo, a empresa busca aumentar o mix de produtos e serviços a fim

de ampliar as vendas, como no transporte de cargas com a aquisição de novas carretas e

também na dobragem de ferragens para empresas que terceirizam esse serviço, buscando

novos clientes, visto que, na organização estudada, aproximadamente 90% do volume é para

atender clientes corporativos (concessionárias de energia, redes de telefonia, entre outros),

restando os 10% para clientes avulsos, construtoras etc.

A fábrica conta com 10.000m² de área, os quais são distribuídos em setores, caracterizando

assim um Arranjo Físico Funcional. Os setores que compõem a empresa são dobramento de

ferro, fabricação do ferro armado, estocagem do ferro armado, estocagem para os diferentes

insumos para a produção do concreto, produção do concreto (betoneira), estocagem de

cimento, forma dos postes e estocagem do produto acabado.

3. Informações básicas

3.1 Escopo do projeto

O presente estudo tem como foco específico proporuma melhoria no arranjo físico da

produção de cruzetas em uma fábrica de pré-moldados no Distrito Industrial de João Pessoa.

Acredita-se que o modelo proposto poderá ser adaptado para qualquer empresa do ramo que

pretenda otimizar o processo produtivo através da melhoria do arranjo físico.

3.2 Produtos e Volumes

O estudo de fluxos e arranjos físicos a serem estudados são da produção de cruzetas L e

cruzetas T, como pode ser visto na figura abaixo:

Figura 1: Cruzeta L

Page 4: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

4

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Figura 2: Cruzeta T

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

3.3 Estoques

A empresa trabalha sob encomenda, portanto não se tem grandes estoques de produtos, a área

que seria de estoque de produtos acabados é utilizada também para cura do concreto e

armazenamento de pedidos até que ocorra a fabricação em sua totalidade para que ocorra um

único envio. Com isso, tanto a área destinada para estoque como algumas áreas de produção

são bem flexíveis, visto que as formas são móveis e a quantidade de cada pedido varia.

3.3 Espaço atual

A área destinada para produção de concreto, enchimento de formas, secagem, cura e

armazenamento de pedidos é de 150 m². As ferragens da cruzeta são produzidas em dois

setores, sendo um de fabricação dos esquadros de amarração e o segundo para montagem

definitiva da armação de ferro. Posteriormente são encaminhados para o espaço de produção

das cruzetas. A produção do concreto de enchimento das formas também ocorre

separadamente em um setor destinada a tal atividade.

3.4 Processos

A fabricação do produto em estudo inicia-se no dobramento dos estribos e esquadros, que

ocorrem no setor de dobramento, em seguida esse material é levado para o setor de montagem

do ferro armado. Após a montagem, os ferros armados são levados para o setor de estocagem,

onde só serão retirados dependendo da demanda.

Mediante a ordem de produção, os insumos utilizados para produção do concreto são retirados

do setor de armazenagem e são colocados na betoneira (equipamento que mistura os insumos

para formar o concreto), que fica no setor de produção de concreto.

Page 5: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

5

Para a montagem da forma, deve ser aplicando uma mistura desmoldante para facilitar a

retirada do produto acabado da fôrma, em seguida são colocados o ferro armado e o concreto,

sucessivamente. Em seguida o material é levado ao vibrador, para que o concreto seja

compactado.

Durante a secagem o produto é carimbado com data e nome da indústria que o produziu. Por

último o produto é levado para o setor de cura e armazenagem para ser entregue ao

consumidor final.

3.5 Estudo de fluxos

Para melhor estudo da produção de Cruzetas L e Cruzeta T, é feito um fluxograma para

retratar melhor os movimentos dos insumos e produtos nas diferentes áreas. Como podemos

ver na figura abaixo:

Figura 3: Fluxograma funcional da produção de Cruzetas “L” e “T”

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

3.6 Infraestrutura física

Atualmente a fábrica contacom uma máquina para dobramento de estribos e esquadros que

supre toda a necessidade da empresa, essa máquina está situada em um galpão que serve

também para a estocagem dos itens produzidos.Os setores como armação de ferro e produção

do concreto também contam com galpões para melhor alocação dos equipamentos, como

também para melhorar as condições de trabalho dos funcionários.

Para armazenagem do cimento a empresa conta com três depósitos, os quais servem para

estocar o cimento recebidos em diferentes datas e são retirados de acordo com o a ordem de

Page 6: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

6

recebimento, evitando-se assim a avaria desses produtos decorrente ao baixo tempo de

validade. A maior parte da empresa é destinada a armazenagem e estocagem dos postes, que é

o principal produto da empresa em estudo.

4. Estratégia de operações

Conforme observado durante a visita, a empresa em estudo tem um processo produtivo

simples para todos os seus produtos. Porém existem processos que podem gerar ou geram

gargalos. Com isso a empresa criou um ambiente competitivo e motivador para os processos

que geram esse tipo de problema e que depende do operador, determinando metas e

contemplando com gratificações os funcionários.

O processo de secagem dos produtos fabricados apresenta também grandes gargalos da

produção. Onde alguns produtos podem chegar a 24 horas de espera na fôrma para serem

levados ao setor de estocagem. Com isso a empresa buscou investir em um cimento diferente

o qual diminui o tempo de secagem e de cura do concreto (secagem interna do material

acabado).

A Concrefort trabalha em uma busca continua no melhoramento dos seus produtos, buscando

também a redução dos custos de seu processo e consequentemente repassando para seus

compradores. Os principais clientes da empresa são as companhias de distribuição de energia

elétrica e telefonia, tanto da Paraíba quanto dos estados circunvizinhos.

Atualmente a Concrefort tem dois concorrentes consideráveis, como a Incoposte e a Precon,

porém todas têm entre sim diferenças em relação aos itens produzidos. No entanto os produtos

em comum por ela produzidosgeram uma necessidade da melhoria da produção em geral

como também na redução dos custos de produção. Um exemplo do melhoramento de layout

aplicado pela empresa é a centralização do setor de produção de concreto, que têm maior

fluxo para o setor de fôrmas, onde o concreto é utilizado.

5. Problemas identificados e objetivos do projeto

Para a melhoria do arranjo físico produtivo é preciso minimizar custos de movimentação e

facilitar a gestão de todo o processo. De acordo com Sims (1990) “a melhor movimentação de

material é não movimentar”.

Page 7: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

7

Com base em estudos realizados, as empresas de pré-moldados geralmente desenvolvem suas

atividades produtivas sem nenhuma preocupação com o layout, por mais simples que seja em

termos de arranjos físicos:

a) Espaços demasiadamente reduzidos;

b) Instalações dos equipamentos sem nenhum estudo prévio, ocasionando deslocamentos

desnecessários dos empregados e ou grande número de cruzamentos;

c) Acidentes durante o transporte dos insumos à betoneira, como também na execução dos

serviços;

d) Departamentos mal posicionados, como depósito de matéria-prima distante dos pontos de

sua aplicação, ou ainda, diversos locais de armazenamento;

e) Ambientes desagradáveis para o desenvolvimento normal das atividades, como locais sem

iluminação suficiente, excesso de ruídos e má ventilação.

Pensando nesses fatores de forma a intervir antes que o problema venha a ocorrer que

atualmente a empresa em estudo adota um layout funcional, de produção em lotes. A escolha

por este tipo de layout deve-se sobretudo por atender as necessidades da empresa no intuito de

reduzir os custos, o tempo de ociosidade dos funcionários, refluxo da operação racionalizando

o espaço disponível.

No layout funcional, a empresa tem maior flexibilidade com um mix variável de produtos.

Cada item, desde a ferragem, passa pelos locais necessários de trabalho, formando assim uma

rede de fluxos. No entanto, os depósitos de materiais em produção tendem a ser elevados

podendo bloquear a produtividade do sistema.

Assim, torna-se necessário adotar ferramentas de acompanhamento do arranjo físico, para que

este sempre permita minimizar os custos de processamento, logística e estocagem do mesmo.

6. Memorial descritivo do planejamento do microespaço

6.1 Unidades de Planejamento de Espaço (UPEs)

Corrêa e Corrêa (2006) comentam que é cada vez mais frequente que as empresas e indústrias

mantenham-se flexíveis em termos de alteração de layout. Devido ao ciclo de vida de

produtos e a inserção de novas famílias ou produtos, algumas organizações tentam aumentar

ou manter a facilidade com que configuram e reconfiguram novos setores produtivos. Assim

Page 8: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

8

como em novas células de produção, setores de processo entre outros, as empresas empregam

equipamentos de menor porte e móveis para facilitar sua movimentação para novas

configurações de layout.

Segundo Neumann (2008) no microespaço se determina a localização das máquinas, móveis e

postos de trabalho para cada UPE do macro espaço. Além disso, se analisa como as pessoas e

as máquinas trabalharão dentro do meio, otimizando a utilização da área.

Assim, de acordo com Luzzi (2004): “A ênfase muda do fluxo bruto de materiais para o

espaço pessoal e a comunicação”. O microespaço se torna, então, uma continuação da análise

do macroespaço, portanto na UPE escolhida devem-se analisar os movimentos realizados

dentro da mesma, definindo seus fluxos, de forma a tornar o ambiente seguro e que propicie

satisfação dos trabalhadores.

Neumann (2008) ainda classifica as UPE’s do microespaço em:

UPE dedicada: produz somente um tipo de produto, talvez com algumas variações menores.

Tem múltiplos processos seqüenciais. Tem um alto grau de foco no produto.

UPE gerada por tecnologia de grupo: produz uma família de produtos relacionados. Eles têm

processos similares, mas não necessariamente idênticos. Tem um grau moderado de foco no

produto.

UPE funcional: usa um único processo utilizado em uma grande variedade de produtos não

relacionados. Tem o foco no processo.

UPE por projeto: produz uma gama variada de produtos não relacionados, utilizando

múltiplos processos. Não tem foco no produto ou processo.

No estudo em consideração tem-se o arranjo físico por processo na UPE micro, sendo

caracterizado por agrupar os equipamentos conforme a similaridade. A preponderância de tal

critério deriva da variedade de itens a serem produzidos bem como da incerteza da demanda.

Sua principal característica é a flexibilidade e como exemplo clássico, têm-se as ferramentas

(CAMAROTTO, 2005).

Figura 4 - Mapofluxograma de Processos do Produto atual

Page 9: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

9

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Como sequência do planejamento, uma matriz de afinidades é produzida a fim de mapear as

necessidades de proximidade entre áreas, assim como sua priorização. Para a análise das

afinidades, verifica-se a comunicação ou interação pessoal entre os colaboradores,

movimentação de materiais entre UPE’s.

6.2 Afinidades

O fluxo de materiais é apenas um dos muitos fatores que revelam afinidades, são considerados

fatores: a comunicação pessoal, necessidade de transferir pessoal entre células ou

departamentos, fluxo de materiais, feedback da qualidade, comunicações do trabalho em

equipe, acesso a visitantes externos e outras necessidades específicas à instalação, orienta

LEE (1998). Na figura 9 pode ser visto o gráfico de afinidades da empresa, de modo a mostrar

esta relação entre os departamentos.

Figura 5 - Diagrama de Afinidade – Layout atual

Page 10: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

10

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

A melhoria no layout proposto pode ser observada quando houve a diminuição nas

proximidades dos setores em estudo. O que anteriormente tinha importância de “ordinário”

passou a não ter importância conforme a figura 10 a seguir.

Figura 6 - Diagrama de Afinidade – Layout proposto

Código Proximidade Frequência

A Absoluta 6

E Excepcional 0

I Importante 0

O Ordinário 0

U Sem Importância 15

X Isolado 0

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

6.3 Planejamento primitivo do microespaço

Detalhando inicialmente o processo, tem-se o ferro que de início é colocado na máquina para

a produção esquadros. Para isso faz-se necessário a utilização de um caminhão-muque, para

levantar o rolo de ferro para, colocá-lo no tripé (componente da máquina). A distância

percorrida pelo material é de aproximadamente cinco metros, pois o material se encontra

dentro do galpão de dobra de ferro. Em seguida o operador programa a máquina para a

produção do produto desejado, para isso o operador se desloca dois metros. Nesse estudo de

caso a máquina produzirá apenas esquadros de diferentes tamanhos de acordo com a

necessidade do produto.

Page 11: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

11

Durante o funcionamento da máquina, o operador inspeciona e corrige os produtos produzido

e os separa em um saco para que possa ser levado para o setor de armazenagem de esquadros

e estribos o qual fica a dois metros de distância da máquina. O produto ficará estocado até

ordem de pedido ser encaminhada para o setor. Depois da ordem de produção da armação da

ferragem, o produto é transportado até o setor de armação, cuja distância é de

aproximadamente 40 metros.

No setor de montagem da ferragem o operador o operador se desloca em média cinco metros,

para realizar a montagem de uma ferragem de cruzeta. Depois de pronta a ferragem ela é

transportada para o departamento de estoque de ferragem, para isso o material é deslocado 40

metros. A ferragem armada da cruzeta fica estacada pôr em média 24 horas.

Para a preparação da fôrma é aplicado um desmoldante, e em seguida a o ferro armado é

colocado na fôrma, para isso o operador percorre cinco metros. O operário se desloca até o

setor de concreto, que fica a 15 metros da produção, e retira-o para aplicar na fôrma. Após o

preenchimento da fôrma, o material é levado ao vibrador, fica a aproximadamente um metro

de aonde foi aplicado o concreto, onde o concreto será compactado e será retocado caso

necessário. Logo depois a forma é levada ao setor de secagem, fica a três metros do vibrador,

e permanecerá até que o concreto seque.

Após aproximadamente seis horas o produto será desmoldado e será levado para a setor de

cura, que fica a cinco metros da secagem, onde o concreto seca por completo. Por último o

produto já acabado será levado ao departamento de estoque, que fica a aproximadamente

cinco metros do setor de cura e só será retirado para uma entrega, quando o pedido for feito.

Figura 7 – Layout atual

Page 12: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

12

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

6.4 Limitações

As limitações deste projeto estão no quantitativo de informações geradas pelo método e

fornecido pela empresa. Mas de modo satisfatório foi possível alcançar informações

significativas sobre a comparação do uso de metodologias de layout aplicado na empresa.

Como limitação no planejamento realizado na empresa, todas as informações coletadas não

vieram a ser aplicadas em qualquer método de planejamento de layout pela equipe

responsável pelo fato de não existir um controle detalhado sobre elas.

Um fator positivo identificado na empresa foi à escolha adequada do layout por processo

desde sua fundação. Essa instalação torna o layout da empresa mais flexível e proporciona

menores custos com futuras instalações, ampliações ou rearranjos físicos.

6.5 Análise e seleção de alternativas

Com o arranjo de UPE’s definido, a etapa seguinte foi desenvolver na planta baixa da

empresa o arranjo físico resultante. Ou seja, a planta modelo desenvolvida através do

mapofluxograma e do gráfico de afinidades. Dependendo das afinidades, algumas áreas ficam

restritas ao desenvolvimento devido às limitações e características do processo. Através da

sistemática de planejamento chegamos ao resultado da figura 12 que ilustra o layout com o

arranjo de áreas, de forma a se adequar com o espaço existente as afinidades e o fluxo de

material entre elas. Poucas interações são necessárias, isto é, os posicionamentos de áreas lado

a lado tiveram a sua aplicação alterada.

Page 13: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

13

As alterações podem ser observadas após a ordem de produção da armação da ferragem

quando o produto é transportado até o setor de armação, cuja distância é reduzida de 40m para

5m. Através do mapofluxograma da figura 13, entende-se todo processo e se promove um

entendimento das características de fabricação para se desenvolver a escolha do melhor

layout.

Figura 8 - Layout proposto

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Figura 9 – Mapofluxograma de Processos do Produto proposto

Page 14: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

14

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

8. Movimentação e armazenagem de materiais

Com relação a movimentação e armazenagem de materiais através das sugestões propostas de

layout, faz-se necessário um resumo de análise de positivos e negativos, assim como uma

análise de fatores ponderados, tendo em vista a análise do fluxo de materiais, a fim de

escolher a melhor opção. Percebe-se que na proposta de layout é reduzida a complexidade e a

distância percorrida do fluxo de materiais, cerca de 23,5% do que no fluxo para o layout atual.

Analisando a integração entre os processos, nota-se uma melhor harmonia entre os

departamentos no layout proposto, de forma a melhorar a comunicação entre os setores inter-

relacionados, como por exemplo, o setor do galpão de armazenagem e o de produção de

cruzeta.

Page 15: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

15

Quadro 1 – Fluxo de Processo – Layout atual

Processo Atual

Passo Distância (m) Operação Transporte Inspeção Espera Estoque Descrição

1 5 X Colocar o ferro na máquina dobradeira

2 2 X Programar a máquina dobradeira para produçaão dos estribos

3 0 X X Operador inspeciona e corrige a produção da máquina dobradeira

4 2 X Os estribos são amazenados

5 40 X Os estribos são levados para o setor de montagem da ferragem

6 5 X Montagem da ferragem da cruzeta7 40 X Ferragem é levada para estoque

8 0 X A ferragem é estocada

9 15 X Preparação da fôrma para produção da cruzeta

10 5 X Ferragem é tirada do estoque e levada para a fôrma

11 15 X O concreto é transportado até a fôrma

12 1 X O concreto é colocado na fôrma

13 1 X A fôrma é colocada no vibrador para compactar o concreto

14 3 X A fôrma é levada para o setor de secagem

15 0 X Secagem do concreto

16 5 X Desmolde da fôrma

17 5 X Cura do concreto do produto

18 5 X Produto Acabado é levado para o estoque

Total 149 8 5 1 2 3

Gráfico de Fluxo do Processo

Assunto: Processo de Cruzeta

Setor/Depto: Produçao de Cruzetas

Data: 20/11/2015

Responsável: Rodrigo Coutinho

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

Quadro 2 – Fluxo de Processo – Layout proposto

Processo Proposto

Passo Distância (m) Operação Transporte Inspeção Espera Estoque Descrição

1 5 X Colocar o ferro na máquina dobradeira

2 2 X Programar a máquina dobradeira para produçaão dos estribos

3 0 X X Operador inspeciona e corrige a produção da máquina dobradeira

4 2 X Os estribos são amazenados

5 40 X Os ferros são levados para o setor de dobra da ferragem

6 5 X A ferragem é montada no setor de dobra da ferragem

7 5 X Ferragem é levada para estoque

8 0 X A ferragem é estocada

9 15 X Preparação da fôrma para produção da cruzeta

10 5 X Ferragem é tirada do estoque e levada para a fôrma

11 15 X O concreto é transportado até a fôrma

12 1 X O concreto é colocado na fôrma

13 1 X A fôrma é colocada no vibrador para compactar o concreto

14 3 X A fôrma é levada para o setor de secagem

15 0 X Secagem do concreto

16 5 X Desmolde da fôrma

17 5 X Cura do concreto do produto

18 5 X Produto é levado para o estoque

Total 114 8 5 1 2 3

Gráfico de Fluxo do ProcessoAssunto: Processo de Cruzetas Data: 20/11/2015

Setor/Depto: Produção de Cruzeta Responsável: Rodrigo Coutinho

Fonte: Dados da pesquisa (2015)

9. Avaliação do desempenho do projeto

Para garantir que o tipo de layout apresente resultados positivos, podem-se

mencionar alternativas a fim de comparar as vantagens e desvantagens para o

processo produtivo. Este procedimento demonstra que mais de um tipo de

layout pode ser utilizado e em algumas situações promover menores custos de

fabricação ou uma agilidade maior ao processo produtivo. A seleção do

Page 16: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

16

layout por processo tem relação com a história da empresa desde a sua

fundação. As máquinas já eram separadas por sua capacidade e trabalhavam em

processos semelhantes como o galpão de produção da cruzeta e de armazenagem

das ferragens.

Portanto, uma descrição detalhada do projeto de cada área e posto de trabalho estaria além do

escopo deste trabalho, entretanto devem-se mencionar alguns aspectos importantes. Por isso o

resultado da aplicação neste projeto, limita-se a apresentar o projeto primário de layout

esclarecendo as áreas e seus posicionamentos. Outros resultados sãos os diagramas de

afinidades e a tabela de fluxo de materiais que podem expor aos responsáveis pelas áreas

produtivas, as suas importâncias e proporcionar um foco diferente aos investimentos para as

áreas.

10. Considerações Finais

Promover um planejamento eficaz traz benefícios no layout como: a minimização de custos,

as inconveniências no fluxo de operação, a menor taxa de operações complexas, a qualidade

de trabalho, a qualidade de processo, entre outros. Disposições sobre o planejamento de

layout são importantes decisões, pois são altos os custos de implantações, os custos de

insumos para construção que são em sua maioria de grande porte ou de complexa montagem e

alto custo do atraso nos prazos de conclusão. Qualquer medida tomada deve ser

cuidadosamente planejada, simulada e definida em consenso para diminuir o insucesso da

decisão.

Todas as informações sobre a empresa, foram adquiridas com o consentimento da diretoria da

empresa, que mostrou-se interessada no estudo de melhorias em novas alternativas de layouts,

com a participação da pesquisadora e dos principais elementos da empresa que estão

envolvidos diretamente com o processo produtivo. Com a proposta de mudança de arranjo

físico sugerida na empresa pesquisada, a redução dos desperdícios de movimentação ocorre,

principalmente devido ao melhor aproveitamento do espaço fabril, o que diminuiu

drasticamente os espaços entre cada processo e, por conseqüência, as distâncias percorridas

por funcionários e equipamentos de transporte.

Para a realização de trabalhos futuros, recomenda-se o a realização de um estudo de macro

layout, para aperfeiçoamento das estações de trabalho, visando à eficiência, eficácia e

Page 17: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

17

segurança nas tarefas executadas pelos colaboradores, assim como observar a necessidade de

ampliação da empresa, podendo vir a construir novas unidades.

A idéia de um projeto e layout de fábrica é otimizar o espaço, proporcionando maior

organização e agilidade de movimentação, de maneira a atender de forma rápida e eficiente a

demanda dos clientes, eliminando desperdícios, bem como diminuindo os custos da

organização.

Desta forma, a empresa que tiver a conscientização de que o arranjo físico tem sua

importância dentro do contexto funcional organizacional, terá um destaque em relação ao

mercado através destes diferenciais competitivos, levando em consideração a racionalização

da integração dos processos produtivos, otimizando seus processos, de forma a adequar da

melhor maneira possível o espaço disponível.

REFERÊNCIAS

BRANCO, Najmat Celene Nasser Medeiros. et. al. Análise dos níveis de planejamento de espaço: estudo de

caso em uma empresa da construção civil. Disponível em

http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_TN_STO_124_800_17063.pdf Acesso em dez. 2015.

CAMAROTTO, João Alberto. Projeto de Instalações Industriais. 2005.

CORRÊA, H.L.; CORRÊA, C.A. Administração de produção e operações. São Paulo: Ed. Atlas AS, 2006.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

JUNIOR, Fausto Alcântara de Lima. Otimização e reprojeto de layout através da sistemática de

planejamento com base teórica: um estudo de caso. Disponível em

http://creaweb.creapr.org.br/WebCrea/biblioteca_virtual/downloads/1_TGEPS_FALJ_UDESC.pdf Acesso em

dez. 2015.

LEE, Quaterman. Projeto de Instalações e do Local de Trabalho. São Paulo: Iman, 1998.

LUZZI, A. Antônio. Uma abordagem para projetos de layout industrial em sistemas de produção enxuta:

um estudo de caso. Porto Alegre: UFRGS, 2004. Disponível em

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4721/000459179.pdf?sequence=1 Acesso em dez. 2015.

NEUMANN, C. S. R. Projeto de Fábrica e Layout: Planejamento do micro espaço. UFRGS, 2008. Disponível

em

http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/disciplinas/393_capitulo9_micro.pdf Acesso em dez. 2015.

RODRIGUES, Thaisa. et. al. Proposta de melhoria de layout de uma indústria de pré- fabricados de

concreto. Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENGEP 2012. Disponível em

http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2012_TN_STO_157_916_19524.pdf Acesso em Out. 2015.

SCHROEDER, Patricia Roberta. Proposta de estudo de um novo projeto de fábrica e layout em uma

empresa do ramo de plásticos. Disponível em http://www.producao.joinville.udesc.br/tgeps/tgeps/2008-

02/2008_2_tcc07.pdf Acesso em dez. 2015

SIMS, R.JR. “MH problems are business problems”, Industrial Engineering. 1996.

Page 18: ESTUDO DO ARRANJO FÍSICO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ …abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_226_320_30805.pdf · seno Distrito Industrial da cidade de João Pessoa. Trata-se de uma empresa

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016. .

18

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 2ª ed. São Paulo.

Editora Atlas, 2002.

TOMPKINS, J. A.; WHITE, J. A.; BOZER, Y. A. et.al. “Facilities Planning”. 2nd Edition. New York: John

Willey & Sons, Inc. p.734, 1996.

http://www.concrefortpb.com.br/#!produtos/c1vc9Acesso em Out. 2015.