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Estudo preliminar de reforma em uma residência unifamiliar visando
à subsistência de recursos horticulturais e energéticos
Aluno: Nicholas Martino
Orientador: Eugênio Mariano
Co-Orientadora: Edja Trigueiro
Como uma adequação na arquitetura e no paisagismo de
uma residência pode fornecer alternativas viáveis para um
modo de morar mais resiliente através de uma maior
autonomia em recursos energéticos e horticulturais?
Por que maior autonomia em recursos?
• Agricultura industrial
– Uso de agrotóxicos
– Dependente do petróleo
Fonte: https://goo.gl/LJSgMw
Fonte: Neff et al (2010).
• Economia energética
– Combustível finito
Fonte: City Magazine (2012).
Por que modo de morar resiliente?
• Inevitabilidade da crise
– Bolha financeira: dívida que não gera renda
Fonte: https://goo.gl/E96xiN
• Modo de morar resiliente
A solução para os problemas do modo
de habitar contemporâneo, segundo
Foss (2015), dependerá da disposição
do indivíduo em adotar sistemas de
produção de recursos mais resilientes.
Fonte: https://goo.gl/B2y0yN
• Modo de morar resiliente
– Design de permacultura (cultura permanente)
A permacultura engloba métodos: ambientalmente sustentáveis,
socialmente justos e financeiramente viáveis de planejamento.
– Princípios da permacultura
• Trabalhar com e não contra a natureza
• O problema é a solução
• Menor esforço para o maior efeito possível
• Rendimento de um sistema é, teoricamente, ilimitado
• Tudo tem um efeito no ambiente
• Modo de morar resiliente
– Design de permacultura
Processo Elementos Orgânicos Elementos Inorgânicos
e Derivados
Elementos Sociais e
Legais
1. Seleção Espécies / Pessoas Materiais / Energia Estruturas Legais e
Financeiras
2. Organização Associações /
Comunidades
Tecnologia /
Construção
Cooperativas de
Crédito
3. Considerações do
terreno
Movimentações de
Terra Suporte Hídrico Padrões de Plantio
4. Controle de fluxos Modelagem do projeto como um todo
5. Regeneração Produção e consumo / Observação, avaliação e controle
• Projetando resiliência
Orgânicos:
Paisagismo ecológico
Derivados de orgânicos:
Recursos hídricos
Inorgânicos:
Autonomia energética
• Projetando resiliência
– Localização e entorno
• Limite do Parque das Dunas
–Clima favorável
– Transição natural-artificial
• Região pouco arborizada
• Processo de verticalização
Fonte: Google Earth
• Perfil dos usuários
– Três usuários permanentes, sendo dois aposentados
– Um usuário temporário
• Necessidade dos usuários
– Arquitetura: integração da casa com o
exterior, nivelamento e acesso ao jardim;
– Permacultura: paisagismo horticultural e
contemplativo e diminuição da dependência
de fontes externas de água e energia.
• Projetando resiliência
Orgânicos:
Paisagismo ecológico
Derivados de orgânicos:
Recursos hídricos
Inorgânicos:
Autonomia energética
• Projetando resiliência
– Paisagismo ecológico (HEMENWAY, 2001)
• Jardim como um ser vivo
– Comunidades interconectadas
– Técnicas da permacultura
• Dois tipos de cliente
– Usuários do jardim
– Especificidades do terreno
A B B
• Paisagismo ecológico
– Nivelamento do terreno
Fonte: Acervo do autor.
Fonte: Acervo do autor.
+ 0.25
+ 1.10
+ 2.20
+ 3.00
+ 4.60
+ 3.60
0.00
0.00
+ 1.80
+ 4.00
+ 2.00
Fonte: Acervo do autor.
Fonte: Acervo do autor.
• Projetando resiliência
– Paisagismo ecológico
• Condicionantes ambientais
100%
0%
50%
Fonte: Acervo do autor.
Mangueiras
Pinha
Acerola
Como?
Fonte: Acervo do autor.
• Projetando resiliência
– Paisagismo ecológico
• Zoneamento do jardim
– Zona 0: Casa
– Zona 1: Produção do dia-a-dia
– Zona 2: Elementos visitados diariamente
– Zona 3: Produções comerciais, se existentes
– Zona 4: Cuidado de animais e grandes árvores
– Zona 5: Espaço selvagem
Fonte: https://goo.gl/XTjLI6
• Projetando resiliência
– Paisagismo ecológico
• Zoneamento do jardim
Problema: Uma vez que o projeto de permacultura pode ser aplicado
em escalas distintas, como as mesmas prescrições para definição
das zonas poderiam ser aplicadas em projetos de diferentes escalas?
• Projetando resiliência
– Paisagismo ecológico
• Zoneamento do jardim
Solução: baseando-se na configuração entre os espaços.
(Hillier e Hanson, 1984)
Fonte: Hillier e Hanson (1984, p. 94).
• Projetando resiliência
– Paisagismo ecológico
• Zoneamento do jardim
Fonte: Acervo do autor.
• Projetando resiliência
– Paisagismo ecológico
• Zoneamento do jardim
Zona 1
Zona 2
Zona 3
Zona 5
Zona 0
Zona 4
Fonte: Acervo do autor
• Projetando resiliência
– Paisagismo ecológico
• Zoneamento do jardim
– Zona 0: Casa
– Zona 1: Hortaliças e composteira
– Zona 2: Guildas e espiral de ervas
– Zona 3: Cultivo de peixes
(aquaponia)
– Zona 4: Pomar de árvores frutíferas
– Zona 5: Espaço selvagem
Fonte: Acervo do autor
Zona 1
Zona 2
Zona 3
Zona 5
Zona 0
Zona 4
• Projetando resiliência
– Paisagismo ecológico
• Relação entre espécies
– Consórcio: rúcula, alface e cebolinha; couve, tomilho,
alecrim, espinafre e cebola; repolho, hortelã, manjericão,
alface, cebola, berinjela e beterraba; mamão e abacaxi;
tomate com cenoura e cebola (STUMPF, s.d.).
– Agrofloresta: abacaxi, banana e mamão (PENEIREIRO,
2007), mangueira e pimenta (JBIO, 2002), berinjela e vagem
(NUNES et al, 2012) e abobrinha e alho-porró (PAES et al,
2015).
Fonte: Acervo do autor
Fonte: Acervo do autor
Fonte: Acervo do autor
Fonte: Acervo do autor
Fonte: Acervo do autor
Fonte: Acervo do autor
Fonte: Acervo do autor
• Projetando
resiliência
– Paisagismo
contemplativo
• Aproximar os
moradores da
natureza;
• Melhorar o
desempenho
ambiental;
• Filtrar águas
cinzas.
Fonte: Acervo do autor
Fonte: Acervo do autor
Fonte: Acervo do autor
• Projetando resiliência
Orgânicos:
Paisagismo ecológico
Derivados de orgânicos:
Recursos hídricos
Inorgânicos:
Autonomia energética
• Projetando resiliência
– Autonomia energética
• Captação de energia solar
100%
0%
50%
Fonte: Acervo do autor
• Projetando resiliência
– Autonomia energética
• Captação de energia solar: área total 19,60 m²
Potência Dias Consumo Cidade
jul/15 364 kWh 31 11,74 kWh/dia 5,94 kWh/m².dia 3,73 kWh/m².dia
ago/15 371 kWh 31 11,97 kWh/dia 5,81 kWh/m².dia 3,65 kWh/m².dia
set/15 353 kWh 30 11,77 kWh/dia 5,72 kWh/m².dia 3,59 kWh/m².dia
out/15 405 kWh 31 13,06 kWh/dia 4,94 kWh/m².dia 3,10 kWh/m².dia
nov/15 436 kWh 30 14,53 kWh/dia 5,11 kWh/m².dia 3,21 kWh/m².dia
dez/15 358 kWh 31 11,55 kWh/dia 4,53 kWh/m².dia 2,84 kWh/m².dia
jan/16 369 kWh 31 11,90 kWh/dia 5,00 kWh/m².dia 3,14 kWh/m².dia
fev/16 440 kWh 29 15,17 kWh/dia 5,61 kWh/m².dia 3,52 kWh/m².dia
mar/16 311 kWh 31 10,03 kWh/dia 5,61 kWh/m².dia 3,52 kWh/m².dia
abr/16 408 kWh 30 13,60 kWh/dia 6,61 kWh/m².dia 4,15 kWh/m².dia
mai/16 478 kWh 31 15,42 kWh/dia 6,67 kWh/m².dia 4,19 kWh/m².dia
jun/16 388 kWh 30 12,93 kWh/dia 6,39 kWh/m².dia 4,01 kWh/m².dia
Mês
62,76%
Demanda Energética
Cobertura
Indicência Solar
• Projetando resiliência
– Autonomia energética
• Etiquetagem da eficiência energética
– Envoltória (BIM)
–Aquecimento da água
–Bonificações
» Ventilação natural
» Iluminação (natural e artificial)
» Equipamentos hidráulicos
» Aparelhos eletrodomésticos
• Projetando resiliência
– Autonomia energética
• Etiquetagem da eficiência energética (processo)
• Projetando resiliência
– Autonomia energética
• Nível de eficiência energética: D
–Chuveiros elétricos
– Envoltória da sala de estar
–Aberturas sem proteção solar
• Projetando resiliência
– Autonomia energética
• Nível de eficiência energética: A
–Aquecedor solar de água
– Parede verde na sala
– Persianas externas
–Restritor de vazão nos chuveiros e torneiras
–Refrigerador e ventiladores com selo Procel
– Pintar os forros de branco
Fonte: Acervo do autor
• Projetando resiliência
Orgânicos:
Paisagismo ecológico
Derivados de orgânicos:
Recursos hídricos
Inorgânicos:
Autonomia energética
• Projetando resiliência
– Recursos hídricos
• Potencial de captação de águas pluviais
• Potencial de reuso de águas cinzas
• Sistema de filtragem das águas cinzas
• Instalação de novos reservatórios (70 000 L)
• Em média 8 meses de subsistência
• Projetando resiliência
– Recursos hídricos
• Projetando resiliência
– Recursos hídricos
• Projeto envolvente que uniu diferentes áreas de
conhecimento da Arquitetura e Urbanismo.
• Espera-se que:
– O projeto forneça uma alternativa viável a um modo
de morar mais resiliente às possíveis crises;
– As técnicas de zoneamento baseado nas análises
configuracionais e o uso do BIM na análise de
desempenho ambiental da edificação possam
contribuir para trabalhos semelhantes.
• Outros estudos após a reforma são necessários
para comprovar a eficácia dos métodos de:
– Seleção e organização das espécies;
– Dimensionamento dos paineis fotovoltaicos;
– Análise da eficiência energética;
– Captação, reuso e filtragem das águas.
FOSS, Nicole. Nicole Foss Interview on Peak Oil, Financial Crisis and Resilience.
Disponível em: < https://goo.gl/Hl036h >. Acesso em: 15/09/2015.
HILLIER, Bill; HANSON, Julienne. The Social Logic of Space. Cambridge University
Press, 1ed. London: 1984.
JBIO, Jornal da Biosfera. Entrevista com Ernst Götsch. Coluna da Chapada. Ano III, n°
12. Chapada dos Veadeiros, Novembro/Dezembro, 2002.
MOLLISON, Bill. Permaculture: A Designer’s Manual. Tagari Publications, 1 ed. Stanley:
1988.
NUNES, Anderson; GRIGOLETTO, Cassiana; TEIXEIRA, Antônio; BISPO, Maria de
Lurdes. Consórcio de Plantas: Companheiras e Indicadoras. Instituto Federal do Rio
Grande do Sul: Câmpus Sertão. Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência, 2012.
PAES, Leocimara; ARAUJO, Carolina; BOLDRINI, Eliane. Sistemas Agroflorestais por
Nucleação: Primeiros Passos. 1ª ed. Organização não governamental ADEMADAN.
Antonina, Paraná, 2015.
PERMEAR. Permacultura. Disponível em: <https://goo.gl/9YJdD2>. Acesso em:
16/08/2016.
STUMPF, Miriam. Quais Plantas Convivem Bem Numa Horta. Disponível em:
http://www.fazfacil.com.br/jardim/guerra-na-horta/. Acesso em: 23/08/2016.