Estudo sobre guitarra

Embed Size (px)

Citation preview

Como Ler TablaturasXuxula O que so tablaturas? Tablatura (tablature ou tabulature ou tab em ingls) um mtodo usado para transcrever msica que pode ser tocada em instrumentos de corda como violes, guitarras e baixos, e tambm em outros instrumentos como gaita e bateria. Ao contrrio das partituras que exigem maior conhecimento de msica e bastante treino, as tablaturas so voltadas para o msico iniciante ou prtico. Uma partitura indica quais notas devem ser tocadas, a durao de cada nota, a velocidade com que deve ser tocada e etc. Exigem muita prtica e um conhecimento apurado de msica. Indicando a nota que deve ser tocada a partitura no diz onde esta nota se localiza no brao do instrumento ou no teclado. A partitura serve para transcrever msicas para qualquer instrumento, seja de sopro, de cordas, de percusso, etc. Outra vantagem das partituras que permitem que o msico que nunca tenha ouvido a msica a toque exatamente como previsto (desde que saiba ler fluentemente partituras, o que obviamente exige geralmente anos de treino). J uma tablatura, mtodo de transcrio que serve apenas para instrumentos de corda como violes, baixos e guitarras, no indica diretamente a nota que deve ser tocada e sim qual corda deve ser ferida e em qual traste. Obviamente torna-se assim muito mais til ao msico iniciante ou prtico. Por outro lado a tablatura tem a grande desvantagem de exigir que o msico conhea a msica que deseja tocar visto que a mesma indica geralmente apenas as notas e no a durao de cada uma ou o tempo da msica. Alm das notas a serem feridas a tablatura ir indicar quando devem ser usadas tcnicas como bends, slides, hammer-ons, pull-offs, harmnicos e vibrato. Como ler tablaturas? O conceito bsico da tablatura apresentar no papel um conjunto de linhas que representam as cordas do instrumento. Sendo assim para uma guitarra ou violo comum voc ter seis linhas, para um baixo de quatro cordas ter quatro linhas, para um baixo de cinco cordas cinco linhas, para uma guitarra de sete cordas sete linhas e assim por diante. Geralmente nos exemplos mostrados aqui usaremos tablaturas de seis linhas para guitarra mas o principio o mesmo para qualquer quantidade de cordas. Uma tablatura vazia de guitarra ou violo apresenta-se da seguinte forma:

E-------------------------------------------------------B-------------------------------------------------------G-------------------------------------------------------D-------------------------------------------------------A-------------------------------------------------------E-------------------------------------------------------A linha de baixo representa a corda mais grossa (mi mais grossa) e a linha de cima representa a corda mais fina (mi mais fina). De cima para baixo as linhas representam as cordas mi, si, sol, re, la, mi. Uma tablatura vazia de baixo (quatro cordas) apresenta-se da seguinte forma:

G-------------------------------------------------------D-------------------------------------------------------A-------------------------------------------------------E-------------------------------------------------------A linha de baixo representa a corda mais grossa (mi) e a linha de cima representa a corda mais fina (sol). De cima para baixo as linhas representam as cordas sol, r, l, mi. Nmeros escritos nas linhas indicam em que traste as respectivas cordas devem ser apertadas ao serem feridas. Nmero 0 indica corda solta. As notas devem ser lidas da esquerda para a direita.

E-------------------------------------------------------B-------------------------------------------------------G-------------------------------------------------------D-------------------------------------------------------A-------------------------------------------------------E---0--1--2--3------------------------------------------O exemplo acima indica as seguinte notas (uma de cada vez) na ordem: - corda mais grossa deve ser tocada solta (0) - depois a mesma corda deve ser tocada no primeiro traste (1) - depois a mesma corda deve ser tocada no segundo traste (2) - depois a mesma corda deve ser tocada no terceiro traste (3)

E-------------------------------------------------------B-------------------------------------------------------G---------0--------1--0---------------------------------D---0--3-----0--3---------------------------------------A-------------------------------------------------------E-------------------------------------------------------O exemplo acima o incio do riff de Smoke On The Water da banda Deep Purple e deve ser tocado da seguinte forma:

- terceira corda (re) tocada solta (0) - terceira corda (re) tocada no terceiro traste (3) - quarta corda (sol) tocada solta (0) - terceira corda (re) tocada solta (0) - terceira corda (re) tocada no terceiro traste (3) - quarta corda (sol) tocada no primeiro traste (1) - quarta corda (sol) tocada solta (0) Nos exemplos acima as notas so tocadas uma de cada vez. Quando duas ou mais notas (obviamente em duas ou mais cordas) devem ser tocadas de uma s vez (formando um acorde) a indicao conforme abaixo:

E----3-------------------------------------------------B----3-------------------------------------------------G----4-------------------------------------------------D----5-------------------------------------------------A----5-------------------------------------------------E----3-------------------------------------------------Note que este um acorde sol maior. Note que estando na mesma coluna as notas devem ser tocadas todas de uma s vez indicando um acorde. Apenas devem ser tocadas as cordas marcadas (no exemplo acima todas). Uma linha vazia indica que a corda no deve ser tocada. Um nmero zero indica que a corda deve ser tocada solta. Embora possam indicar acordes o mais comum que as tablaturas sejam usadas para solos ou riffs enquanto os acordes so indicados por cifras. Embora de maneira geral as tablaturas no indiquem o tempo de durao das notas e o intervalo entre elas, o espaamento entre as colunas pode ser usado para dar alguma idia sobre tempo e durao conforme o exemplo abaixo. Tratam-se das primeiras notas do hino nacional americano. Note o espao maior que indica a pausa.

E-----------------------0--------4--2-0------------------B---0--------------0---------------------------------0---G------1------1----------------------------1----3--------D--------2-----------------------------------------------A--------------------------------------------------------E--------------------------------------------------------Notaes usadas em tablaturas Alm dos nmeros que apenas indicam qual corda deve ser ferida em qual casa (traste) existem algumas letras e simbolos comumente usadas para notar determinadas tcnicas. Essas notaes podem variar um pouco de autor para autor mas as mais comuns so: h - fazer um hammer-on p - fazer um pull-off b - fazer um bend para cima r - soltar o bend / - slide para cima (pode ser usado s) - slide para baixo (pode ser usado s) ~ - vibrato (pode ser usado v) t - tap x - tocar a nota abafada (som percusivo) Notao de Hammer-Ons Um hammer-on consiste em martelar com um dedo da mo esquerda uma corda em um traste fazendo soar a nota sem o auxlio da mo direita.

E-------------------------------------------------------B-------------------------------------------------------G-------------------------------------------------------D-------------------------------------------------------A---------5h7-----------5h7--------------------------E---0--0----------0--0--------------------------------No exemplo acima aps ferir a corda grossa solta duas vezes o msico dever ferir a segunda corda na quinta casa e imediata e vigorosamente apertar a mesma corda (segunda) duas casas a frente (stimo traste), fazendo a corda soar apenas com a martelada e sem auxlio da mo direita. Depois repita a sequncia. Notao de Pull-Offs Pull-Offs so de certa forma o inverso de um hammer-on e consistem em soltar rapidamente uma corda fazendo com que a mesma soe solta (ou apertada em um traste anterior).

E----3p0----------------------------------------------B---------3p0-----------------------------------------G--------------2p0------------------------------------D-------------------2-----------------------------------

A-------------------------------------------------------E-------------------------------------------------------No exemplo acima o primeiro pull-off na corda mais fina consiste em ferir a corda apertada no terceiro traste e solt-la rapidamene para que soe solta. Posteriormente um pull-off identico feito uma corda acima e assim por diante. Note que o terceiro pull off feito a partir do segundo traste. Hammer-ons e pull-offs costumam ser usados em conjunto como indicado abaixo:

E-------------------------------------------------B-------------------------------------------------G---2h4p2h4p2h4p2h4p2h4p2------------D-------------------------------------------------A-------------------------------------------------E-------------------------------------------------Neste caso a corda deve ser ferida na segunda casa, imediatamente apertada na quarta casa (hammeron), imediatamente solta da quarta casa (soando novamente na segunda, pull-off), novamente apertada na quarta e assim por diante. Note que a mo direita do msica s ir ferir a primeira nota... todas as outras so tocadas apenas com os hammers-ons e pull-offs da mo esquerda no brao. Notao de bends Um bend consiste em empurrar uma corda para cima aumentando a tenso e consequentemente gerando uma nota mais aguda. Quanto mais empurrada for a corda maior ser o efeito. Um nmero usado para indicar o quanto a nota deve ser aumentada.

E-----------------------------------------------------B------7b9------------------------------------------G-----------------------------------------------------D-----------------------------------------------------A-----------------------------------------------------E-----------------------------------------------------No exemplo acima a corda (re) deve ser tocada no stimo traste e empurrada para cima at que soe mais aguda como se estivesse apertada no nono traste (um tom acima). Note que o dedo do musico continuara na stima casa. O bend pode tambm ser indicado entre parnteses como 7b(9).

E-----------------------------------------------------B------7b9--9r7------------------------------------G-----------------------------------------------------D-----------------------------------------------------A-----------------------------------------------------E-----------------------------------------------------No exemplo acima indicado depois do bend inicial que ele deve ser soltado. O msico deve ferir a corda na stima casa, fazer um bend de um tom inteiro (equivalente a subir duas casas), ferir novamente a corda e soltar o bend (de forma que a corda volte a sua posio e nota originais). Outros exemplos: bends podem ser de meio tom (7r8, equivalente a uma casa), de um quarto de tom (7r7.5, equivalente a meia casa) e assim por diante. comum no ser indicado o valor (7b por exemplo) e nestes casos preciso ouvir a msica para saber o valor do bend. Notao de Slides Um slide consiste em fazer deslizar um dedo da mo esquerda pelo brao enquanto uma corda soa gerando uma variao do tom.

E-----------------------------------------------------B------7/9-------------------------------------------G-----------------------------------------------------D-----------------------------------------------------A-----------------------------------------------------E-----------------------------------------------------O exemplo acima indica que a corda deve ser ferida na stima casa e imediatamente o dedo que aperta a corda nesta casa deve deslizar para a nona casa enquanto a nota continua soando (aumentando portanto um tom). No necessariamente o incio e o fim de um slide precisam ser indicados:

E-----------------------------------------------------B------/7--7----------------------------------------G-----------------------------------------------------D-----------------------------------------------------A-----------------------------------------------------E-----------------------------------------------------Neste caso a nota deve inicialmente ser ferida em alguma das primeiras casas e deslizada at a stima casa, posteriormente sendo deslizada de volta para as primeiras casas. Novamente necessrio conhecer a msica que se deseja tocar de forma a saber o tamanho do slide.

Vrios slides podem ser usados seguidos como indicado abaixo. Apenas a primeira nota precisa ser ferida.

E------------------------------------------------------B------7/9/119767-----------------------------G------------------------------------------------------D------------------------------------------------------A------------------------------------------------------E------------------------------------------------------Notao de Vibrato O vibrato o efeito de variao de tom conseguido com a alavanca ou mesmo atravs de presso varivel do dedo sobre a corda no brao do instrumento (vide msicos de blues).

E-----------------------------------------------------B-----------------------------------------------------G-----------------------------------------------------D-------2--5~---------------------------------------A----3------------------------------------------------E-----------------------------------------------------Neste caso a ltima nota deve sofrer vibrato. necessrio conhecer a msica em questo para saber como este vibrato deve ser efetuado. Notao de Tap Tap ou tapping consiste em fazer soar notas feridas com a mo direita apertando as cordas nos trastes. tcnica geralmente usada por guitarristas rpidos como Eddie Van Hallen entre outros. A indicao de que uma nota deve ser tocada como tap consiste apenas em acrescentar a letra t nota correspondente. Geralmente so efetuadas na parte mais interna do brao do instrumento.

E-----------------------------------------------------B----13t---------------------------------------------G---------12t----------------------------------------D--------------12t-----------------------------------A-----------------------------------------------------E-----------------------------------------------------No exemplo acima as notas devem ser feridas pela mo direita do msico simplesmente apertando as cordas vigorosamente nos trastes indicados. Outras notaes Notaes extras necessrias em determinadas msicas e/ou tcnicas so comuns mas no padronizadas, sendo geralmente explicadas na prpria tablatura em texto anexo. Variaes das notaes acima tambm so bastante comuns.

Pedais de efeitoMoises Ol, meu nome Abimael, e irei comentar sobre pedais de efeitos, quais so suas finalidades, o que h de bom no mercado hoje em dia e o custo/benefcio destes. - Pedais de Efeitos So pedais que possuem diversos efeitos, dentre eles destacam-se as distores, wha wha, delay, etc. So versteis pelo fato de serem facilmente visualizados em um palco quando se toca ao vivo, e muito fcil utiliz-los pois sempre h uma chave de liga/desliga e os botes de regulagem do efeito. Com isso, os pedais tornam-se nesse aspecto melhores que pedaleiras digitais, pois apresentam um som extremamente bom e so de fcil manuseio, j as pedaleiras so mais em conta no preo mas alguns efeitos nela podem deixar um pouco a desejar, alm de ser de difcil manuseio ( regulagens, etc.) Para voc escolher os pedais que voc ir utilizar, interessante que voc pesquise preos, som, etc. Uma boa voc pegar o set-up de seus guitarristas favoritos e ver o que eles usavam para assim voc usar o set deles como base para o seu. *Para ver os set-ups dos guitarristas entrem nesse site: www.guitargeek.com - Cadeia de sinal Antes de falarmos dos efeitos devemos saber como lig-los na cadeia de sinal. No h uma ordem especfica, mas o que deve ser respeitado que primeiro vem os pedais de ganho e em seguida os efeitos. A ordem de ligao a seguir a que eu uso e uma das que todos usam:

Ordem: Guitarra - - - Wha wha - - Compressor - - Overdrive - - Distoro - - Booster - - Phaser - - Reverb - Chorus - - Delay - - Amplificador. Lembre-se voc NO PRESCISA seguir essa ordem, voc pode fazer sua prpria ordem. Agora falaremos dos efeitos em questo, hoje vou falar principalmente das distores e em breve estarei falando dos efeitos de Chorus, Delay, Flanger, etc. - Overdrives, Distores e Fuzz Esses so os efeitos preferidos da maioria dos guitarristas, pois muitas bandas usam esses efeitos para distorcer o som da guitarra. O pedal de Overdrive, um pedal que quando ligado praticamente "simula" o som de um amplificador a vlvula, ou seja, o seu som fica parecido com a saturao de um amplificador valvulado. Ele apresenta um ganho pequeno comparado aos pedais de distoro, mas apresenta uma dinmica que as distores no oferecem. Os pedais de Overdrive, em geral, apresentam trs botes: * Gain - controla a quantidade de ganho no pedal, quanto maior o ganho, maior ser a distoro. * Level - controla o volume do pedal em sua cadeia de sinal. * Tone - serve para adicionar ou cortar frequncias agudas de seu som. Alguns bons overdrives so os mais usados que so: * Super Overdrive SD-1, da Boss * Tubescreamer TS-9, da Ibanez * Distortion +, da MXR Esses so pedais usados por diversos guitarristas dentre eles esto: Eddie Van Halen, Jake E. Lee, Randy Rhoads, Joe Satriani, entre muitos outros. O pedal de Distoro o pedal mais usado no rock, usado desde um Hard Rock farofa at o Thrash Metal, esse um pedal que possui um alto ganho e tambm simula o som de um amplificador valvulado, no possui tanta dinmica como os pedais de overdrive pois o ganho destes absurdamente maior em alguns pedais. Os pedais de distoro tambm apresentam em geral, trs botes: * Gain - o boto que serve para aumentar ou diminuir o ganho do pedal. * Tone - serve para adicionar ou retirar frequncias agudas do pedal * Distortion - serve para aumentar ou diminuir a quantidade de distoro no pedal ( lembre-se: o peso de uma banda no vem da quantidade de distoro, pois quando muito alta, o som torna-se indefinido e embolado, alm de apresentar um grande "chiado". s vezes o peso de uma banda vem da "cozinha", do baixo e da bateria, fique bastante atento quanto a isso.). * Level - serve para aumentar ou diminuir o volume do pedal. No mercado existem diversos pedais de distoro, e, os que eu mais gosto e recomendo so: * Distortion DS-1, da Boss ( um clssico !!) * Mega Disortion MD-2, da Boss * Metalzone, da Boss * Double Distortion, da MXR ... dentre muitos outros no mercado. Apenas citei alguns, mas lembre-se voc deve pesquisar bastante antes de montar um set-up. Esses pedais de distoro tambm so usados por diversos guitarristas, tais como: Van Halen, Steve Vai, Edu Ardanuy, Jason Becker, Paul Gilbert, Kirk Hammet, George Lynch, dentre outros. O pedal de Fuzz, um pedal pouco usado hoje em dia, mas ele j foi muito usado na dcada de 60 e 70. Esse pedal apresenta um som de alto ganho, "imundo", etc. Esse pedal era usado pelos guitarristas de Blues, assim como o Overdrive era usado por eles tambm. Para saber de que tipo som estamos comentando, escute as gravaes de Jimi Hendrix e o solo de Black Night do Deep Purple. O Fuzz apresenta normalmente doi botes: * Fuzz - controla a quantidade de ganho e de Fuzz no seu som. * Level - controla o volume do pedal. O mais usado foi o Fuzz Face da MXR, que foi usado por grande parte dos guitarristas, mas destacou-se no som de Hendrix.

CuidadosMoises Principais problema e possveis solues Problema: cordas muito afastadas do brao em guitarras ou violo eltrico, gerando desconforto ao tocar Para aproximar as cordas do brao usa-se o ajuste de altura da ponte. Na maioria das guitarras o ajuste de distncia entre as cordas e o brao feito para cada corda separadamente atravs de dois pequenos parafusos que controlam a altura de cada corda. Em pontes de guitarras do tipo Les Paul ou similares so comuns apenas dois parafusos para o controle da altura de toda a ponte, afastando ou aproximando do brao todas as cordas de uma s vez. Ao executar este ajuste tenha em mente que uma distncia muito pequena entre as cordas e o brao, embora mais confortvel, pode gerar o problema conhecido como trastejamento que prejudica demasiadamente o som do instrumento gerando sons "fantasmas" bastante incmodos. Problema: cordas muito prximas do brao, gerando rudo de trastejamento Trata-se do problema mais comum em guitarras. Geralmente pode ser feito um pequeno ajuste na ponte inverso ao explicado acima para aumentar um pouco a distncia entre as cordas e o brao. Caso seja necessria uma distncia grande demais entre as cordas e o brao para evitar o trastejamento, possvel que o brao do instrumento esteja com problemas. Um outro problema que pode gerar trastejamento o desgaste do capotraste, pea de plstico, marfim ou osso prxima a extremidade do braco, por onde passam as cordas. Em instrumentos antigos, com a afinao constante e o atrito das cordas sobre o capotraste, o mesmo pode se gastar, fazendo com que a corda o corte e permitindo que a corda fique mais prxima aos trastes, gerando trastejamento. Pode-se trocar o capotraste ou (a ttulo de experincia) retir-lo (a maioria fica solta quando afrouxadas todas as cordas) e coloc-lo novamente sobre uma camada de papel ou papelo (para que fique um pouco mais alto, afastando um pouco as cordas do brao). Os capotrastes de osso ou marfim (comuns em instrumentos mais antigos) podem tambm se deteriorar (esfarelando e permitindo que as cordas fiquem mais prximas dos trastes) em virtude de contato com o xido das cordas. Em alguns modelos de guitarras e baixos existe uma pea de metal responsvel por puxar para baixo algumas cordas de forma que melhore o contato das mesmas com o capotraste. Quando retirada esta pea podem ocorrer problemas de trastejamento. Colocaco errada das cordas (quando presas na parte de cima da tarracha ao invs da parte inferior) podem tambm gerar problema semelhante. Problema: cordas que no afinam ou que perdem a afinao rapidamente A causa mais comum e bvia so cordas de m qualidade. Se for este o caso troque de marca. Um outro problema muito comum mesmo entre msicos com alguma experincia a falta de cuidado quanto a colocao da corda na tarracha. Uma m colocao (geralmente poucas voltas sobre a tarracha) pode gerar falta de contato entre corda e tarracha permitindo que a corda se afrouxe. A sua maneira de tocar pode influenciar definitivamente na perda da afinao principalmente se em conjunto com os problemas acima. Consta entre alguns guitarristas e violonistas a informaco de que umidade excessiva pode prejudicar a afinao. Exemplos: tocar em ambientes prximos ao mar ou prximos a mquinas de gelo seco. Problema: cordas isoladas afinam perfeitamente mas ao afinar uma corda as desafinam natural que ao afinar uma corda com o aumento de tenso todas as outras cordas se afrouxem um pouco (devido ao corpo e brao do instrumento naturalmente cederem um pouco nova tenso se encurvando). Isso fcil de perceber quando se tm todas as cordas desafinadas e se afina uma por uma. Aps afinar a ltima corda necessrio reafinar todas as outras j afinadas. De forma geral, porm, isso s precisa ser repetido uma ou duas vezes no mximo. Este problema se complica em caso de guitarras com ponte flutuante (com alavanca). Visto que a ponte flutuante normalmente cede com o aumento de tenso em uma corda, as outras cordas tendem a

afrouxar, desafinando, o que no ocorre na mesma intensidade em instrumentos de ponte fixa (onde apenas o brao e corpo do instrumento cedem tenso das cordas conforme explicado). Caso a ponte esteja muito frouxa (macia) obviamente ir ceder mais tenso das cordas que esto sendo afinadas. Em alguns casos torna-se impossvel afinar corretamente o instrumento sem que se aumente a tenso na ponte. Problema: as cordas esto perfeitamente afinadas quando soltas ou quando nas casas mais externas, porm desafinadas quando se toca na mais interna do brao Neste caso necessrio o ajuste do comprimento das cordas na ponte (tambm conhecido por ajuste de oitava). A maioria das pontes tanto de guitarras possui um ajuste em cada corda que permite que o descanso da mesma seja deslizado para frente ou para trs, encurtando ou aumentando o comprimento da corda. Geralmente este ajuste feito por um pequeno parafuso paralelo corda que prende o descanso da mesma ponte. Em caso de algumas pontes flutuantes o leito de cada corda deve ser apenas solto (afrouxando um parafuso ou dois que o prendem) e deslizado manualmente sendo posteriormente preso de novo. Este ajuste de comprimento das cordas necessrio para que a corda esteja afinada tanto na posico solta como quando apertada em qualquer traste.Trata-se de um erro muito comum entre msicos iniciantes (ou nem tanto) ajustarem a ponte de forma que todos os leitos de todas as cordas fiquem alinhados, o que gera uma melhor aparncia (e por outro lado impede que o instrumento seja corretamente afinado). O procedimento (individual para cada corda) para verificar este ajuste em um instrumento consiste no seguinte. recomendado obviamente o uso de um afinador cromtico para preciso no teste. a) Afine perfeitamente a corda solta. b) Aperte a corda na dcima segunda casa (geralmente diferenciada). Apertando a corda na dcima segunda casa voc dever gerar a mesma nota da corda solta (o que deve ser verificado no afinador cromtico). Obviamente a nota dever ser a mesma uma oitava acima (12 meios tons), o que no faz diferena para o afinador cromtico. c) Caso a corda apertada na dcima segunda casa no esteja perfeitamente afinada (e estando afinada quando solta) isso indica que o ajuste do comprimento da corda precisa ser refeito. d) Caso a nota conseguida na dcima segunda casa tenha ficado abaixo da nota esperada, voc dever encurtar o comprimento da corda (trazendo o leito da mesma em direco ao brao da guitarra). e) Caso a nota conseguida na dcima segunda casa tenha ficado acima da nota esperada, voc dever aumentar o comprimento da corda (fazendo o inverso do descrito no item anterior). f) Afine novamente a corda solta (que tera desafinado em virtude do ajuste) e repita todo o procedimento at que a corda apresente exatamente a mesma nota tanto na corda solta quanto na dcima segunda casa. Quando isto ocorrer a corda estar perfeitamente afinada em qualquer casa do brao (desde que se trate de um bom instrumento e com o brao perfeitamente ajustado, claro). g) Repita o procedimento para cada corda. Problema: as cordas precisam estar muito afastadas do brao para evitar trastejamento. Quando colocadas a uma distncia confortvel as cordas trastejam Caso o problema seja apenas a distncia das cordas ao brao veja o ajuste mais simples anteriormente recomendado. O ajuste a seguir se aplica apenas quando impossvel colocar as cordas a uma distncia confortvel do brao sem que as mesmas trastejem. Ao contrrio do que sugere o senso comum o brao perfeito de um bom instrumento no deve ser reto e sim ligeiramente cncavo quando afinado. Importante: todos os testes e ajustes a seguir devem ser feitos com o instrumento afinado visto que a tenso das cordas vai influir na curvatura do brao. Para verificar a concavidade aperte a corda mais grossa do instrumento no primeiro traste e no ltimo traste ao mesmo tempo. Verifique ento qual a distncia entre a corda e o traste do meio. O correto que

exista uma pequena distncia de 1mm a 2mm que indica justamente a concavidade correta do brao. A falta desta concavidade ou uma concavidade muito pequena ou muito grande podem gerar o trastejamento. Com o brao perfeitamente ajustado e com a concavidade correta em bons instrumentos possvel usar distncias mnimas entre cordas e brao sem nenhum problema de trastejamento. Para o ajuste da concavidade usado o tensor, pea de metal existente no interior do brao e que pode ser apertado ou afrouxado. O tensor deve ser ajustado atravs de aperto em uma de suas extremidades atravs de uma chave allen adequada. A extremidade do tensor geralmente est localizada na extremidade do brao, em alguns casos protegida por uma pequena placa aproximadamente triangular de plstico. Geralmente ser preciso tirar uma ou duas cordas para retirada desta placa e acesso ao tensor. Mais raramente o tensor deve ser ajustado atravs de uma abertura existente entre o corpo e o brao do instrumento. Mais raramente o ajuste do tensor necessita da retirada do brao do instrumento (o que dificulta o trabalho pois ser necessrio recolocar o brao para test-lo antes de fazer um novo ajuste). De forma geral quando apertado o tensor aumenta a concavidade do brao. Mas verifique se o efeito no est sendo inverso ao que voc deseja. O ajuste do tensor quando mal executado pode prejudicar (talvez irremediavelmente) o instrumento e portanto precisa obedecer a algumas regras de segurana extras: a) Muita pacincia. Aperte vagarosamente o tensor (apenas um quarto de volta de cada vez) e espere algum tempo (algumas horas de preferncia) para que o brao se adapte nova tenso. S ento verifique qual foi o efeito do ajuste (verifique a concavidade conforme explicado acima), se ser necessrio continuar com o mesmo ou se j alcanou o desejado. Recomendo que voc prefira gastar um ou dois dias fazendo o servio a correr o risco de estragar o tensor. b) A cada etapa experimente demoradamente o instrumento, experimente aproximar as cordas e teste a afinao. Verifique se o problema melhorou ou piorou, ou se surgiram novos problemas. c) O ajuste do tensor exige geralmente um bocado de fora. Muito cuidado porm para no estragar a chave, a porca ou mesmo o tensor em virtude de fora exagerada. d) Ao torcer o tensor tome o cuidado de segurar o brao do instrumento firmemente pela mesma extremidade aonde esta apertando o tensor (para evitar torcer o brao ao invs do tensor). Jamais segure o instrumento pelo corpo. Baixos de seis cordas e instrumentos mais preciso podem apresentar vez por outra dois tensores que devem ser ajustados individualmente para controlar alm da concavidade a direo do brao em relaco ao corpo do instrumento. Este ajuste bem mais complicado do que o ajuste de um nico tensor e no o recomendo a leigos. Problema: Ponte flutuante (alavanca) dura demais ou macia demais. A alavanca muito macia pode gerar problemas de afinao De forma geral o ideal que a ponte fique paralela ao corpo do instrumento. Contudo devido a jogos de cordas mais finos ou mais grossos bem como gosto pessoal do msico este ajuste pode precisar ser feito. A resposta da alavanca pode ser modificada de trs modos. a) Acrescentando ou retirando as molas que prendem a ponte ao corpo do instrumento. Geralmente existe espao para cinco molas sendo que apenas trs so usadas. Proteja os olhos e cuidado com os dedos ao retirar ou acrescentar molas; visto as mesmas serem bastante duras, fcil se ferir caso elas escapem e saltem de seu suporte ao serem colocadas ou retiradas. b) Apertando ou afrouxando os parafusos que prendem as molas ao corpo do instrumento. Este mtodo mais preciso e recomendado. Cuidado para no afrouxar demais o parafuso permitindo que a mola correspondente o arranque da madeira (o que ir prejudicar a sua colocao posteriormente). c) Colocando molas mais duras ou mais macias ou mesmo amaciando as molas existentes. Para ter acesso molas citadas na maioria das guitarras basta tirar a tampa de plstico ou metal na parte de trs do corpo. Tenha em mente que afrouxando demais a ponte havero problemas de afinao conforme explicado

anteriormente. Problema: O instrumento apresenta chiados quando ligado ao amplificador. O motivo mais comum simplesmente cabo com mau contato ou curto-circuito. Prefira cabos de boa marca (mais caros) e blindados. Experimente tambm limpar os contatos dos potencimetros e chaves seletoras de captadores com produto adequado vendido em lojas de eletrnica. Experimente ainda tocar na parte metlica do plugue aonde ligado o cabo no instrumento. Caso o rudo diminua voc poder acrescentar um fio ligando a ponte do instrumento carcaa (neutro) do plugue, o que far com que o corpo do msico funcione como aterramento, diminuindo a interferncia sempre que ele toque nas cordas. Este detalhe presente na maioria dos instrumentos geralmente passa desapercebido e quando se faz troca de captadores ou reformas, maus profissionais no se lembram de ligar a ponte parte eltrica. Note por outro lado que esta ligao ir causar pequenos choques eltricos no msico. Apenas com um esquema eltrico da guitarra em questo (ou examinando um modelo similar) possvel saber aonde deve ser feita a ligao correta do aterramento na guitarra. Na maior parte dos casos a ligao pode ser feita ao corpo do plugue, mas isso no um caso geral e o resultado por no ser o ideal. A maneira mais correta de resolver o problema providenciar o que se chama de blindagem da parte eltrica do instrumento. Consiste em revestir de pintura metlica prpria ou com uma camada de papel alumnio adesivo toda a cavidade onde se aloja o circuito do instrumento de forma que este fique protegido contra interferncias externas. O circuito do instrumento dever ento ser aterrado na sua blindagem. Infelizmente no tenho maiores informaes sobre como proceder a blindagem. Uma dica muito boa pegar um arame tipo aquele que vem em cadernos escolares e envolver no incio do cabo onde liga no violo ou guitarra(parte do ferro). Depois disso pegue a outra parte do arame que esta envolto e coloque dentro da cala de forma que fique em contato com o corpo. Prnto, agora verifique se o chiado sumiu e toque a vontade. Problema: o instrumento apresenta chiados quando ligado ao amplificador. E quando se toca nas cordas o problema diminui O chiado de forma geral causado por interferncia de outros aparelhos eltricos e eletrnicos prximos. Instrumentos com captadores simples costumam apresentar mais problemas de interferncia do que captadores duplos. Com uma correta blindagem em sua parte eletrnica o problema diminui. Aterrando o amplificador o problema tambm diminui (em casos de amplificadores com tomada de apenas dois pinos sem terra procure um pequeno fio extra). Voc pode tentar tambm ligar o amplificador a uma outra tomada. Caso haja um grande variao do rudo quando voc toca ou deixa de tocar qualquer parte metlica do instrumento (incluindo cordas) provvel que o problema seja realmente o explicado acima. As cordas (juntamente com ponte e tarrachas por estarem todos em contato) so ligadas eletricamente ao circuito do instrumento de forma que o corpo do msico seja usado como aterramento ao tocar, diminuindo o chiado. Normalmente o contato feito atravs de um fio preso entre a madeira e a ponte da guitarra ou baixo. Problema: o instrumento d choques Infelizmente isso natural conforme explica o item acima e servem as mesmas dicas. O contato eltrico entre a ponte (e consequentemente cordas) e o circuito do instrumento usado para eliminar o chiado. Possivelmente aterrando o amplificador voc eliminar o problema de choques. Por outro lado basta tocar calado ou no tirar os dedos completamente das cordas visto que o choque desagradvel ocorre apenas na hora da fasca quando se toca as cordas repentinamente. Problema: Som apagado, nvel baixo, sem agudos, sem brilho. As causas mais comuns so cordas de m qualidade ou gastas bem como problemas ou equalizaes erradas no amplificador. Verifique estes itens inicialmente. Verifique tambm os potencimetros, procedendo a limpeza conforme explicado anteriormente. Uma maneira de tentar melhorar o som levantar os captadores ou baixar as cordas de forma que as cordas e captadores fiquem mais prximos. Distncias muito pequenas porm podem prejudicar o som. Para levantar ou abaixar os captadores use os parafusos localizados em suas extremidades.

FLOYD ROSEMoises 1.Travas da pestana: Na verdade no se trata de um ajuste propriamente dito mas necessrio destravar as cordas para realizar alguns dos outros ajustes. Procedimento: recomendado afrouxar os parafusos somente o suficiente para que as cordas se movimentem livremente. 2.Ajuste das molas: feito nas molas no compartimento central da parte de trs da guitarra. Sua funo manter a ponte equilibrada (tenso das cordas = tenso das molas). Procedimento: feito com as cordas destravadas. Afina-se a guitarra. Ainda que no se consiga afin-la completamente aproxime a tenso das cordas da tenso em que elas estariam afinadas. Caso a traseira da ponte comece a se erguer durante o processo de afinao estique as molas apertando os parafusos do gancho as segura fazendo com que eles entrem mais no corpo da guitarra at que a ponte fique paralela superfcie frontal da mesma (da guitarra). Caso a traseira da ponte se mantenha afundada depois da afinao, as molas devem ser afrouxadas at que a ponte fique nivelada (paralela superfcie). Repita a afinao e o ajuste das molas at que a guitarra esteja afinada e a ponte nivelada. 3. Ajuste de oitava: feito fixando o rastilho de cada corda com o parafuso Allen na parte frontal de cada um deles. Sua funo ajustar o comprimento da parte vibratria da corda para compensar o acrscimo de tenso que ocorre quando pressionamos a corda contra um traste. Esse ajuste necessrio quando se diz que a guitarra est "mentindo". Procedimento: feito com as cordas destravadas e a guitarra afinada. Produza um som harmnico encostando levemente um dedo na corda sem apertar na altura do 12 traste e tocando a mesma com uma palheta. Oua com ateno. Em seguida toque o som normal pressionando a corda na 12 casa. Compare os dois sons. Se o harmnico soar mais agudo que o som normal voc deve fixar o rastilho mais para frente (encurtando a corda). Se o harmnico soar mais grave que o som normal voc deve fixar o rastilho mais para trs(aumentando o comprimento da corda). Se os dois sons soarem iguais no preciso mudar a posio. Para mudar a posio do rastilho primeiro afrouxe a corda correspondente e s depois afrouxe o parafuso de fixao do rastilho, posicione o rastilho como achar necessrio e depois aperte o parafuso novamente (se for preciso use outro furo, existem 2 ou 3 para cada parafuso). Afine a corda e repita o procedimento se necessrio. 4.Ajuste de altura: feito nos dois parafusos grandes na frente da ponte e que a seguram no corpo da guitarra. Serve para ajustar a altura das cordas (ao). Procedimento: Em alguns casos no preciso destravar as cordas na pestana a no ser que desafine muito. Ajuste a altura com uma chave adequada (Philips ou Allen) e toque um pouco usando principalmente a parte inferior da escala. Abaixe a ponte para uma ao baixa (macia e suave) ou levante para evitar trastejamento (especialmente para uma batida mais pesada). 5.Micro-afinao: feito nos parafusos superiores semelhantes a pequenos botes. Serve para afinar a guitarra depois que as cordas forem travadas impedindo o uso das tarraxas. Procedimento: Se a guitarra j estiver afinada e a ponte ajustada, coloque os parafusos de micro-afinao a meia altura e trave as cordas na pestana apertando os 3 parafusos Allen. Confira a afinao fazendo qualquer ajuste nos parafusos de micro-afinao. Caso o parafuso no alcance o tom desejado destrave a respectiva corda volte o parafuso de micro-afinao e repita o processo (afinar na tarraxa/ travar/ afinar no parafuso). Cuidado! no esquea: se as cordas estiverem travadas voc no pode usar as tarraxas (isso inclui curiosos ou mesmo esbarrar a guitarra ou deix-la apoiada nas tarraxas). Uma grande alterao na tenso das cordas entre a pestana e as tarraxas pode partir a corda ou danificar a paleta. Convm destravar a pestana periodicamente e reafinar o instrumento O TENSOR As cordas de uma guitarra geram uma grande tenso no brao do instrumento, forando-o a se curvar como em um arco e flecha. Em violes com cordas de nylon a tenso menor do que em cordas de ao. Por isso fabricar um violo de nylon com um brao grosso j o suficiente para evitar que ele se curve em excesso. Para guitarras e violes com cordas de ao, onde o esforo maior, necessrio existir um tensor dentro do brao. O tensor composto de uma barra metlica que colocada dentro do brao do instrumento durante sua fabricao. Essa barra tem um sistema de ajuste que permite ao brao ficar mais curvo ou mais plano de acordo com a necessidade. Pode parecer meio estranho mas o ideal que o brao da guitarra no fique totalmente plano e sim com uma suave curvatura. To suave que necessrio examinar o brao com muita ateno para perceber isso. Um brao muito curvo pode deixar o instrumento duro de tocar e com notas fora de tom e um brao muito reto pode fazer as cordas trastejarem demais.

Como Verificar: O ideal medir com instrumentos de preciso adequados mas voc pode ter uma idia de como est o ajuste do tensor utilizando o processo a seguir: 1) Afine com cuidado o seu instrumento (sempre faa isso antes de verificar qualquer ajuste). 2) Segure a sua guitarra na posio que voc usa normalmente para tocar (no faa a medio com a guitarra deitada pois no vai conseguir a medida correta). 3) Na corda mi grave pressione ao mesmo tempo o primeiro e o ltimo traste do seu instrumento e observe os trastes na regio central do brao. Para encontrar a regio central voc pode usar uma fita mtrica ou um barbante. Verifique se a corda est encostada ou levemente afastada dos trastes na regio central. Se estiver totalmente encostada pode parar por aqui pois o tensor vai precisar de ajustes. 4) Caso ela esteja levemente afastada dos trastes precisamos verificar se essa essa distncia a ideal. No d para medir isso com uma rgua pois a distncia muito pequena. Ento vamos improvisar usando um carto de visitas comum. Tente introduzir o carto entre a corda e o traste (na regio central). Voc j deve ter percebido que vai precisar usar trs mos para fazer esse teste. Pea a ajuda de um amigo ou coloque um capotraste na primeira casa da guitarra. Se carto no entrar no vo ou ficar muito folgado em relao corda o tensor pode precisar de ajustes. Realmente, s com o Luthier podemos ter certeza de como est o ajuste do tensor. O grau de dificuldade desse ajuste DIFCIL E PERIGOSO. Se voc estragar o tensor com um ajuste errado a nica soluo ser TROCAR TOTALMENTE O BRAO. Vou repetir mais uma vez para ficar bem claro: NO AJUSTE O TENSOR POR CONTA PRPRIA!!!!! (Pergunte ao seu Luthier quantas vezes ele j recebeu instrumentos com o tensor estragado pelo dono. A quantidade bem maior do que se imagina). A PESTANA A pestana a pea que guia as cordas da guitarra das tarrachas at a escala. Geralmente feita de plstico, osso, grafite (mais raro) e metal (sistemas com microafinao como Floyd Rose, por exemplo). O ajuste ser feito na altura em que a pestana vai elevar as cordas sobre a escala. Se a pestana ficar muito alta a guitarra vai ficar dura de tocar e as notas entre o 1 e 3 trastes vo soar fora de tom. Se a pestana ficar muito baixa a guitarra vai trastejar nas cordas soltas. Como Verificar: Vamos usar o mesmo carto de visitar para verificar esse ajuste. 1) Afine com cuidado o seu instrumento (sempre faa isso antes de verificar qualquer ajuste). 2) Segure a sua guitarra na posio que voc usa normalmente para tocar (estou repetindo isso por que importante). 3) Sem apertar nehuma corda, tente introduzir o carto entre o primeiro traste e a corda. Se o carto entrar muito justo ou folgado a pestana vai precisar de ajuste na sua altura. Faa esse teste em todas as cordas. Esse um ajuste de grau de dificuldade difcil para um leigo pois so necessrias ferramentas especiais e um erro de dcimos de milmetros pode inutilizar totalmente a pestana e ela ter que ser trocada por outra ou calada. Ou seja, no recomendo o ajuste em casa. ALTURA DOS TRASTES O ideal em um guitarra que todos os trastes tenham a mesma altura, mas pode acontecer que, devido a algum problema, um ou mais trastes fiquem mais altos que os demais. Isso faz com que apenas algumas notas ou regies do brao trastejem. Em casos mais graves o brao do instrumento fica com notas "mortas" ou seja, voc tenta tocar aquela nota mas o som no sai de jeito nenhum. Como Verificar: Aqui no tem muito segrado pois no precisa de nenhuma ferramenta para fazer o teste. 1) Afine com cuidado o seu instrumento (sempre faa isso antes de verificar qualquer ajuste). 2) Agora tente tocar nota por nota da guitarra em todas as cordas do instrumento e ver se o som em alguma delas est soando fraco, trastejando ou se a nota no est saindo. Procure dar a palhetada com naturalidade pois, por melhor que seja o instrumento, ela vai trastejar se a nota for tocada com muita fora. Esse um ajuste de grau de dificuldade difcil para um leigo pois so necessrias ferramentas especiais e um conhecimento muito bom sobre instrumentos para saber qual o melhor mtodo para consertar esse problema. Nunca tente fazer esse ajuste em casa, sob nenhuma hiptese. ALTURA DA PONTE A ponte da maioria das guitarras tem um ajuste de altura que varia de acordo com modelo do instrumento (Stratocaster, Les Paul, Telecaster, sistema Floyd Rose). Alguns sistemas de ajuste permitem controle de altura individual das cordas como nas pontes da Fender Stratocaster e em outros o ajuste da altura feito em todas as cordas ao mesmo tempo como no casos das Les Paul e guitarras com Floyd Rose. Se a altura da ponte estiver ajustada muito alta a guitarra fica muito dura de tocar e as notas podem soar um pouco fora de tom. Se a altura estiver muito baixa as cordas vo trastejar demais. O grau de dificuldade desse ajuste mdio mas eu s recomendo que voc tente faz-lo em casa se todas as outras partes estiverer perfeitamente ajustadas.

AJUSTE DE OITAVAS Cada corda da guitarra tem uma espessura diferente (as graves so mais grossas que as agudas). Por causa dessa condio, para que as notas da guitarra fiquem afinadas em todos os trastes, a distncia da pestana at a ponte da guitarra no pode ser igual para todas as cordas. Para resolver esse problema as pontes geralmente vem equipadas com um sistema de ajuste que permitem deslocar os apoios das cordas, diminuindo ou aumentando a distncia entre pestana e a ponte. Caso a distncia no esteja correta em qualquer direo, as notas vo soar fora do tom. Como Verificar: Para esse ajuste voc vai precisar de um afinador eletrnico de boa qualidade. O grau de dificuldade para esse ajuste fcil desde que voc tenha um afinador eletrnico. Mas eu s recomendo esse ajuste se todas as outras partes de seu instrumento j estiverem ajustadas. CONSIDERAES FINAIS Voc pode estar se perguntando: eu no poderia fazer os ajustes mais simples em casa? Infelizmente eu no recomendo. Basicamente por que um sintoma de problema pode ter vrias causas diferentes. Por exemplo: uma guitarra trastejando pode ser um problema de ajuste na pestana, tensor, altura das cordas ou um dos trastes pode estar mais alto que os demais. Uma guitarra muito dura de tocar pode ser tensor, pestana, altura da ponte ou todos eles juntos, quem sabe? Por isso eu acho interessante contratar o servio de um Luthier. Geralmente no sai muito barato mas eu posso garantir, por experincia prpria, que vale a pena. Algumas dicas finais: quando voc for levar sua guitarra para o Luthier para uma regulagem, aproveite para tirar as cordas velhas, fazer uma limpeza caprichada e colocar cordas novas (o ajuste do instrumento mais preciso se for feito com cordas novas). Mande um jogo de cordas novas extra junto, quando for regular o instrumento, do tipo que voc j est acostumado a usar - regular uma guitarra com corda .009 diferente de regular uma com corda .011. Avise tambm ao seu Luthier se voc toca guitarra com afinao normal ou meio tom abaixo pois isso afeta a regulagem do tensor.

12-Bar BluesMoises CONCEITOS BSICOS DE BLUES =============================== 12-Bar Blues O 12-bar blues (l-se twelve bar blues) ou Blues de 12 Compassos a progresso mais simples do Blues. Vamos tentar entend-la, porque qualquer guitarrista ou violonista que se preze deve saber progresses de blues para tocar estilos como o prprio blues, country, folk e tambm rock. Isto DEVE fazer parte de sua formao musical - e o melhor de tudo, que muito simples, muito verstil e muito gostoso de tocar. O 12-bar (como vou chamar pra economizar) em sua forma mais simplista consiste ( bvio) numa progresso de 12 compassos, divididos em 3 linhas de 4 compassos cada. A primeira linha, chamada de "motivo" repetida na segunda linha com uma pequena variao; ento, na terceira linha, cria-se um novo motivo, e comeamos tudo de novo. Um esquema de 12-bar bsico seria assim: 1 2 3 4 |I / / /|I / / /|I / / /|I / / /| 5 6 7 8 | IV / / / | IV / / / | I / / / | I / / / | 9 10 11 12 | V7 / / / | V7 / / / | I / / / | I / / / | Onde: I = tnica (tom da escala utilizada) IV = subdominante V7 = 7a. dominante Obs.: cada nmero ( 1 a 12 ) corresponde a um compasso; as / / / / corespondem a um tempo cada (p.ex.: I / / / = 4 tempos encabeados pela tnica). Se substituirmos os graus por notas, teremos ento: E-maior: I = E, IV = A, V7 = B7 A-maior: I = A, IV = D, V7 = E7 D-maior: I = D, IV = G, V7 = A7

G-maior: I = G, IV = C, V7 = D7 C-maior: I = C, IV = F, V7 = G7..... assim por diante. Vejam que comecei pela escala de E (mi maior), e fui movendo para a esquerda no crculo das 5as. Vocs podem ver que dessa forma, o acorde subdominante (IV) de um tom a tnica no tom imediatamente abaixo, e que o acorde dominante a 7a. da tnica acima. Ou seja, para montar os acordes nos outros tons, s encontrar a IV. Quer comprovar? Vamos montar a prxima progresso, s pra conferir: vamos copiar a ltima que fizemos: C-maior: I = C, IV = F, V7 = G7 1.) comeamos com a tnica (que a subdominante da progresso acima) = F 2.) encontramos a subdominante desta escala = IV = Bb 3.) pegamos a tnica da escala acima - que ser nossa V7 = C7 Pronto - fcil, no? F-maior: I - F, IV = Bb, V7 C7 Toque a progresso e oua com cuidado a influncia da 7a. dominante - veja como ela "fora" a progresso a voltar tnica. Para aqueles que j estudaram muita teoria e debulharam escalas at dizer chega, vo se lembrar que quando extende-se um intervalo de 5a. dissonante menor entre a 7a. e a 4a. nota de uma escala, invariavelmente camos de volta tnica (I). No 12-bar, a 7a. dominante nos joga de volta tnica justamente porque a 7a. e a 4a. notas de uma escala so a 5a. e a 7a. de um acorde de 7a. dominante. Vejamos novamente alguns exemplos: Tom 7a.nota 4a.nota Tnica E-maior (B7): D# A E A-maior (E7): G# D A D-maior (A7): C# G D G-maior (D7): F# C G C-maior (G7): B F C Toque os 2 acordes (V7 - I), e tente fazer pequenos "riffs" usando subidas e descidas com as notas do intervalo (7-4-1 / 1-4-7), ou como num BOX, sempre "resolvendo" o riff com a volta tnica. Esta relao entre tnica e 7a. dominante muito importante em toda msica country (at na nossa msica sertaneja), e no s no blues. A compreenso do efeito causado por esta relao utilizada em solos, composio de progresses e criao de riffs de ligao. Lembre-se: o improviso vem da alma, mas baseia-se em conhecimentos compreendidos e praticados com frequncia tamanha que passam a ser automticos. Voltemos ao 12-bar. Vamos ver como ficaria uma progresso completa em E (mi maior): 1 2 3 4 |E / / /|E / / /|E / / /|E / / /| 5 6 7 8 |A / / /|A / / /|E / / /|E / / /| 9 10 11 12 | B7 / / / | B7 / / / | E / / / | E / / / | Agora que j conhecemos a formao bsica do 12-bar, vamos dar uma "incrementada". Em nossa primeira verso, o acorde de 7a. dominante leva tnica desde o compasso 11 at o final. Se substituirmos a tnica do tlimo compasso por um compasso inteiro de 7a. dominante, criaremos nova tenso que ser relaxada quando iniciarmos um novo ciclo (que se inicia com a tnica). Teramos, ento, a ltima linha dessa forma: 9 10 11 12 | V7 / / / | V7 / / / | I / / / | V7 / / / | O acorde V7 funciona como "turnaround" ou reviravolta (lembra-se do artigo de progresses?). Ele funciona bem nesta nova composio porque iniciaremos o primeiro compasso novamente com a tnica. Tente tambm segurar a tnica at a primeira batida do ltimo compasso, mudando para V7 somente no segundo tempo. O resultado diferente - mais uma forma. LEMBRE-SE: quando for terminar a msica, toque a tnica no 12o. compasso - no d pra terminar com a 7a. dominante! 9 10 11 12 | V7 / / / | V7 / / / | I / / / | I V7 / / | Outra maneira muito utilizada tocar um subdominante (IV) ao invs da 7a. dominante (V7) durante o 10o. compasso: 9 10 11 12 | V7 / / / | IV / / / | I / / / | I V7 / / | Voltando primeira linha, podemos substituir a tnica (I) nos ltimos 3 tempos do 4o. compasso por um acorde I7 (p.ex. E por E7). Oua o efeito criado: colocamos alguma tenso nos ltimos 3 tempos, e resolvemos a tenso somente com o acorde IV na 2a. linha. Se analisarmos profundamente, veremos que a 7a. da tnica a 7a. dominante do acorde IV. Novamente a relao V7 - I. Alguns tericos musicais alegam que na verdade o que ocorre uma mudana de tom - I para IV e depois de volta para I (ou, no nosso exemplo, E para A e de volta a E ). Mas, independentemente do ponto de vista, o que interessa o efeito criado: tenso - relaxamento.

1 2 3 4 | I / / / | I / / / | I / / / | I I7 / / | Outro artifcio que pode ser muito utilizado substituir o IV pelo IV7 - com E maior, seria substituir o A por A7. Se colocarmos todos estes "truques", mais o turnaround em nosso 12-bar, ele ficar assim: 1 2 3 4 | I / / / | I / / / | I / / / | I I7 / / | 5 6 7 8 | IV7 / / / | IV7 / / / | I / / / | I / / / | 9 10 11 12 | V7 / / / | IV7 / / / | I / / / | / V7 / / | Ou, no nosso exemplo: 1 2 3 4 | E / / / | E / / / | E / / / | E7 / / / | 5 6 7 8 | A7 / / / | A7 / / / | E / / / | E / / / | 9 10 11 12 | B7 / / / | A7 / / / | E / / / | / B7 / / | Frequentemente, voc poder encontrar, ainda, um acorde IV7 no segundo compasso, ao invs de um acorde I. A primeira linha ficaria assim: 1 2 3 4 | E / / / | A7 / / / | E / / / | E7 / / / | Devemos ter em mente que nem todo Blues segue esta frmula; ela foi criada porque como uma estrutura de onde podemos comear a tocar algo com conotao "blue". Tente ouvir msicas relacionadas a este tema - como elas diferem desta frmula, no que so parecidas, como o msico "resolve" cada um dos compassos, se ele utiliza alguma das tcnicas de variao que aprendemos aqui. Lembre-se: ser msico treinar os ouvidos, e no s os olhos e as mos. Estrutura do Solo de Blues Agora que j sabemos como construir uma "base" de blues, porque no comearmos a solar um pouco? Para isto vamos rever alguns conceitos da Escala de Blues. Comeando da tnica e tocando uma escala inteira, uma escala Maior seria assim: I + II + III - IV + V + VI + VII - I. As escalas maiores, dos tons mais usados em blues-guitar, seriam assim: C: C + D + E - F + G + A + B - C G: G + A + B - C + D + E + F# - G D: D + E + F# - G + A + B + C# - D A: A + B + C# - D + E + F# + G# - A E: E + F# + G# - A + B + C# + D# - E (onde [+] um intervalo inteiro e [-] meio intervalo ) J a escala de blues tem a seguinte frmula: I + - IIIb + IV + V + - VIIb + I. Nos mesmos tons acima, teramos: C: C + - Eb + F + G + - Bb + C G: G + - Bb + C + D + - F + G D: D + - F + G + A + - C + D A: A + - C + D + E + - G + A E: E + - G + A + B + - D + E Note que temos 5 notas ao invs de 7. No existem II nem VI, e as III e VII so abaixadas meio-tom. Se escrevermos as duas lado a lado, elas ficam assim: Escala Maior: I + II + III - IV + V + VI + VII - I Escala de Blues: I + - IIIb + IV + V + - VIIb + I O intervalo I + - IIb uma 3a. menor, que indicaria uma escala menor. Mas sabemos que uma melodia de blues tocada sobre acordes maiores. E um acorde maior consiste em I + II + V. Ento teremos uma melodia baseada numa escala com 3a. menor tocada sobre acordes com 3a. maior. Justamente por esta razo o Blues no tem uma tonalidade muito bem definida - e este o tempero do blues. Notaremos tambm a VIIb na escala de blues, contra a VII na escala maior. Como vimos acima, novamente temos a relao tnica - 7a. dominante. Aqui, temos o efeito dos intervalos construdos na VII; primeiramente, existe o intervalo de 5a. menor entre a VII e a IV; temos tambm o intervalo de 3a. menor da VII para a II. Poderemos notar que ambas VII e II so omitidas na escala de Blues, mas continuam sendo parte da harmonia do blues. Vamos ver como fica a escala de blues no brao da guita? 0 1 2 3 e (1)||-----|-----|--3b-|-B (5)||-----|-----|--7b-|-G(3b)||-----|--4--|-----|-D(7b)||-----|--1--|-----|--

A (4)||-----|--5--|-----|-E (1)||-----|-----|--3b-|-Aqui temos um exemplo no Tom E (mi maior). Os nmeros se referem s notas em relao Escala. Note os nmeros entre parnteses, representando as casa soltas. Para este mesmo tom, o BOX pode ser montado na 12a. casa: 11 12 13 14 15 e--|--1--|-----|-----|--3b-|-B--|--5--|-----|-----|--7b-|-G--|--3b-|-----|--4--|-----|-D--|--7b-|-----|--1--|-----|-A--|--4--|-----|--5--|-----|-E--|--1--|-----|-----|--3b-|-Este outro BOX leva a uma digitao um pouco diferente - estamos no mesmo tom (E), e mont-lo na 14a. casa tambm vlido: 1 2 3 4 5 e--|-----|--3b-|-----|--4--|-B--|-----|--7b-|-----|--1--|-G--|--4--|-----|--5--|-----|-D--|--1--|-----|-----|--3b-|-A--|--5--|-----|-----|--7b-|-E--|-----|--3b-|-----|--4--|-Mais um BOX - este est montado na 4a. casa: 3 4 5 6 7 8 e--|-----|--4--|-----|--5--|-----|-B--|-----|--1--|-----|-----|--3b-|-G--|--5--|-----|-----|--7b-|-----|-D--|-----|--3b-|-----|--4--|-----|-A--|-----|--7b-|-----|--1--|-----|-E--|-----|--4--|-----|--5--|-----|-No mesmo tom, montado na 7a. casa: 6 7 8 9 10 e--|--5--|-----|-----|--7b-|-B--|-----|--3b-|-----|--4--|-G--|--7b-|-----|--1--|-----|-D--|--4--|-----|--5--|-----|-A--|--1--|-----|-----|--3b-|-E--|--5--|-----|-----|--7b-|-E a partir da 9a.: 8 9 10 11 12 e--|-----|--7b-|-----|--1--|-B--|-----|--4--|-----|--5--|-G--|--1--|-----|-----|--3b-|-D--|--5--|-----|-----|--7b-|-A--|-----|--3b-|-----|--4--|-E--|-----|--7b-|-----|--1--|-Agora a parte boa: convide um colega para tocar um 12-bar, seguindo nossa frmula acima, enquanto voc passeia pelos BOXes. Comecem devagar - quem estiver fazendo a base, procure variar as formaes, montando turnarounds, trocando as tenses, fazendo licks entre os acordes. Quem estiver "solando", procure percorrer toda a extenso do brao - faa linhas horizontais e verticais, "atravessando" de um BOX para outro. Ficar trocando quem est no "lead" (solando) tambm uma boa - experimente fazer 4 linhas completas de 12-bar cada um, alternando base/solo, como numa "jam". Se voc tem banda, uma timo exerccio para aquecer antes do ensaio (e ganhar prtica ao mesmo tempo) mostrar o 12-bar ao seu baixista (ele com certeza vai tirar "de letra"), e pedir um acompanhamento ao seu batera - se vocs gostam do bom e velho blues, CUIDADO: este aquecimento pode demorar horas... Blues Notes claro que chega uma hora em que precisaremos segurar nossa mo esquerda para que no saiamos tocando s as mesmas 5 notas da escala de blues o tempo inteiro... a que entra a veia blueseira de cada um. Somaremos s 5 notas bsicas da Escala de Blues as "blue notes" (ou notas do blues). Como j falamos anteriormente, a tonalidade no blues instvel e inexata - toca-se escala menor sobre acordes maiores. Devemos ter em mente, ainda, que um intervalo e meio da tnica nos d uma 3a. menor, e que 2 intervalos inteiros da tnica nos do uma 3a. maior. Vamos relembrar tambm que temos uma VIIB na escala de blues e uma VII nos acordes de blues. A 3a. e a 7a. so as mais importantes "blue notes". Com elas podemos passar de "maior" para "menor" e vice-versa, com um simples hammer-on, pull-off, slide ou bend. Conhecendo e dominando as "blue notes" voce pode aplicar estas tcnicas simples e obter resultados satisfatrios no empenho de sair do lugar comum oferecido pelas 5 notas da escala de blues. Veremos abaixo alguns licks e explicaremos a finalidade da utilizao das blue-notes em cada um deles.

A 6a. (VI) A 6a. muito eficiente numa introduo. Ela d uma "levantada" no lick, forando-o a levar a algum lugar. A 6a. fica um tom (2 casas) acima da 5a., ou meio-tom (uma casa) abaixo da 7a. menor. Compare os 2 licks abaixo, ambos em E: (h=hammer-on) e||------------0----------------------B||---0-h-3--------5------------------G||-----------------------------------D||-----------------------------------A||-----------------------------------E||-----------------------------------e||------------0----------------------B||---0-h-2--------5------------------G||-----------------------------------D||-----------------------------------A||-----------------------------------E||-----------------------------------A nica diferena entre os dois Tab's que voc toca a 7a. menor no primeiro lick (casa3/corda2) e a 6a. (casa2/corda2) no segundo lick. Observe que o lick parece terminar indo da 7a. menor para a tnica, enquanto que quando utilizamos a 6a., ao chegar na tnica existe um clima de continuao. Note outra tcnica utilizada no blues: o doubling (ou dobro) - a tnica tocada na 1a. corda solta e imediatamente aps na 2a.corda/5a.casa - este procedimento "prepara" a posio da mo esquerda para iniciar uma nova frase mais para o meio do brao. Vamos a outro exemplo do uso da 6a. - agora com o uso de alguns slides para "apimentar"a coisa: (/=slide) e||--------------5--------------------B||--------5--7------8/10-------------G||---5/6-----------------------------D||-----------------------------------A||-----------------------------------E||-----------------------------------e||--------------5--------------------B||--------5--8------8/10-------------G||---5/6-----------------------------D||-----------------------------------A||-----------------------------------E||-----------------------------------O primeiro lick foi efetuado com a 6a.; o segundo, com a VIIB - o tom A. Note o slide de menor para maior logo na abertura. O segundo slide, no final, pode ser substitudo por um bend de tom inteiro - que tambm causa um timo efeito. A 3a. (III) Neste lick, vamos notar o efeito causado pela 3a. Voc normalmente vai subir at ela, partindo de IIIb, e voltar para a tnica. Veja no tom de E: e||-----------------------------------B||-----------------------------------G||---0-h-1---------------------------D||------------2----------------------A||-----------------------------------E||-----------------------------------Indo de IIIb (3a corda solta) para III, e voltando para a tnica (I), voc estabelece com solidez o acorde raiz. Se voc progride de um acorde IV para um acorde I, um pequeno "swing" de IIb para III "sublinha" o movimento harmnico - a 3a. fica bem dissonante, e no funciona bem com acorde de IV7 - logo, est claro que voc est "voltando pra casa" - o seu objetivo a tnica. A 5a. bemol (Vb) A ltima "blue note" que veremos a Vb. tambm muito usada como "volta para casa" - ou seja, como turn para a tnica (I). Veja este lick em A (la maior): (p=pull-off; h=hammer-on) e||-----------------------------------B||-----------------------------------G||---------0-------------------------D||--0-h-2-----1-p-0------------------A||-------------------3---0-----------E||-----------------------------------E compare com este, sem o uso da Vb: e||-----------------------------------B||------------------------------------

G||---------0-------------------------D||--0-h-2-----2-p-0------------------A||-------------------3---0-----------E||-----------------------------------Por ltimo, outro lick com o uso da Vb: e||-----------------------------------B||-----------------------------------G||---10--8---------------------------D||----------9----7-h-8--7------------A||-------------------------10--7-----E||-----------------------------------Como tambm est em A, pode ser conectado aps aquela intro que vimos acima (aquela dos slides!) Veja como ficou: (/=slide) e||--------------5---------------------------------------------B||--------5--7------8/10--------------------------------------G||---5/6----------------------10--8---------------------------D||-----------------------------------9----7-h-8--7------------A||--------------------------------------------------10--7-----E||-------------------------------------------------------------

EscalasMoises bvio que decorar todas elas ser uma tarefa quase impossvel... mas a ttulo de aumentar nossas possibilidades em compor e tambm em ampliar nossos conhecimentos tericos, essencial que saibamos da existncia de todas elas. Se vc. est se perguntando: "Ser que eu terei que montar cada uma das Escalas para tirar algum proveito?" - infelizmente a resposta sim... Ou pelo menos entend-las e fazer a transposio por todo o brao. Campos Harmnicos sobre o resultado das frmulas tambm sero teis. Resumindo, o artigo tambm se inclui nesta nova fase de conceitos de Intermedirio para Avanado, o que, necessariamente, nos leva a perguntar: "estou completamente interado com todos os conceitos vistos anteriormente?" - se vc. respondeu no, guarde este artigo pra depois, e retorne s lies antigas... Se vc. respondeu SIM!!!!! - delicie-se com estas Escalas! Para facilitar a montagem das Escalas nos diversos tons, estou colocando uma Tabela de Graus, para cada um dos 12 tons - assim ficar "bico" seguir cada frmula e ir anotando as Escalas obtidas: I II III IV V VI VII VIII ============================================================= C D E F G A B C Db Eb F Gb Ab Bb C Db D E F# G A B C# D Eb F G Ab Bb C D Eb E F# G# A B C# D# E F G A Bb C D E F F# G# A# B C# D# E# F# G A B C D E F# G Ab Bb C Db Eb F G Ab A B C# D E F# G# A Bb C D Eb F G A Bb B C# D# E F# G# A# B ============================================================= (OBS.: vou utilizar numerais cardinais, ao invs de romanos; para montar a Escala, s seguir as frmulas e encontrar a nota correspondente na Tabela; OS EXEMPLOS ESTO TODOS NO TOM "C") 1) ESCALAS BSICAS: Maior: C 1-2-3-4-5-6-7 explo: C - D - E - F - G - A - B - C e||----|-7--|-1--|----|-2--|----|-3--| B||----|----|-5--|----|-6--|----|----|

G||----|-2--|----|-3--|-4--|----|----| D||----|-6--|----|-7--|-1--|----|----| A||----|-3--|-4--|----|-5--|----|----| E||----|----|-1--|----|-2--|----|----| [8] (o TAB mostra o traste [8] p/ exemplificar o Tom C, na 8a. casa, mas lembre-se: qqer. conceito baseado em intervalos, como no caso, Escalas, mantm as mesmas caractersticas se deslocarmos TODO o desenho para a esquerda ou para a direita. O mesmo desenho com a tnica 1 na 3a. casa, por exemplo, nos daria a Escala de Sol Maior = G. Nos prximos TAB's, no vou citar a casa, ou seja, para obter o Tom desejado, s posicionar a tnica na 6a. corda e na casa correspondente ao Tom) Menor Natural: Cm (C Elico) 1-2-b3-4-5-b6-b7 C - D - Eb - F - G - Ab - Bb - C e||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| B||----|----|-5--|-b6-|----|-b7-|----| G||----|-2--|-b3-|----|-4--|----|----| D||----|----|-b7-|----|-1--|----|----| A||----|----|-4--|----|-5--|-b6-|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| 7a. Dominante: C7 (C Mixoldio) 1-2-3-4-5-6-b7 C - D - E - F - G - A - Bb - C e||----|----|-1--|----|-2--|----|-3--| B||----|----|-5--|----|-6--|-b7-|----| G||----|-2--|----|-3--|-4--|----|----| D||----|-6--|-b7-|----|-1--|----|----| A||----|-3--|-4--|----|-5--|----|----| E||----|----|-1--|----|-2--|----|----| 7a. Dominante Menor: Cm7 (C Drico) 1-2-b3-4-5-6-b7 C - D - Eb - F - G - A - Bb - C e||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| B||----|----|-5--|----|-6--|-b7-|----| G||----|-2--|-b3-|----|-4--|----|----| D||----|-6--|-b7-|----|-1--|----|----| A||----|----|-4--|----|-5--|----|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| Menor Meldica: Cm Meldica 1-2-b3-4-5-6-7 C - D - Eb - F - G - A - B - C e||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| B||----|----|-5--|----|-6--|----|-7--| G||----|-2--|-b3-|----|-4--|----|----| D||----|-6--|----|-7--|-1--|----|----| A||----|----|-4--|----|-5--|----|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| Menor Harmnica: Cm Harmnica 1-2-b3-4-5-b6-7 C - D - Eb - F - G - Ab - B - C e||----|-7--|-1--|----|-2--|-b3-|----| B||----|----|-5--|-b6-|----|----|-7--| G||----|-2--|-b3-|----|-4--|----|----| D||----|----|----|-7--|-1--|----|-2--| A||----|----|-4--|----|-5--|-b6-|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| Esta ltima Escala, Menor Harmnica, tem um "clima" muito extico, totalmente "down", e alm de proporcionar solos muito diferenciados, permite vrias digitaes diferentes, que devem ser exploradas, devido aos saltos de 1 1/2 tom (3 casas). Notem que as Escalas Dominantes em 7a. Maior e Menor nada mais so do que os Modos Mixoldio e Drico derivados do Tom (no caso, C) - mas com nova nomenclatura, que deixa mais explcito quais as notas modificadas (C7 - escala maior com 7a. dominante e Cm7 - escala maior c/ 7a. dominante e 3a. menor). Estas Escalas so bsicas, e DEVEM ser dominadas a fundo, em todos os tons (lembrem-se que os BOXES so transferveis por todo o brao, baseando-se sempre na nota Raiz ou Tnica). 2) ESCALAS PENTATNICAS

As Pentatnicas so a base dos solos de Blues e Rock; so assim chamadas porque contm, basicamente, apenas 5 notas - por isso, PENTAtnicas. Mas existem as Pentatnicas expandidas, que contm outras notas alm das bsicas, tambm muito usadas. Pentatnica Maior: 1-2-3-5-6 C-D- E-G- A-C e||----|----|-1--|----|-2--|----|-3--| B||----|----|-5--|----|-6--|----|----| G||----|-2--|----|-3--|----|----|-5--| D||----|-6--|----|----|-1--|----|-2--| A||----|-3--|----|----|-5--|----|-6--| E||----|----|-1--|----|-2--|----|-3--| Pentatnica menor (ou Penta de Blues): 1-b3-4-5-b7 C - Eb - F - G - Bb - C e||----|----|-1--|----|----|-b3-|----| B||----|----|-5--|----|----|-b7-|----| G||----|----|-b3-|----|-4--|----|----| D||----|----|-b7-|----|-1--|----|----| A||----|----|-4--|----|-5--|----|----| E||----|----|-1--|----|----|-b3-|----| Pentatnica Expandida: 1-2-b3-4-b5-5-6-b7 C - D - Eb - F - Gb - G - Ab - Bb - C e||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| B||----|----|-5--|----|-6--|-b7-|----| G||----|-2--|-b3-|----|-4--|-b5-|----| D||----|-6--|-b7-|----|-1--|----|----| A||----|----|-4--|-b5-|-5--|----|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| 3) ESCALAS DE BLUES as Escalas de Blues possuem um "sabor" especial, basicamente por possuirem a 3a. menor e habitualmente serem tocadas sobre acordes Maiores - por isso o blues no tem uma caracterstica tonal muito bem definida, e este o seu diferencial. Outra caracterstica do blues ser vista mais adiante, quando tratarmos sobre Harmonia de Blues (o chamado "12 bars Blues"), quando notaremos que mesmo no usando 2a. e 7a. na escala de blues, os acordes esto presentes na progresso. Penta de Blues: 1-b3-4-5-b7 C - Eb - F - G - Bb - C (forma mais simples) e||----|----|-1--|----|----|-b3-|----| B||----|----|-5--|----|----|-b7-|----| G||----|----|-b3-|----|-4--|----|----| D||----|----|-b7-|----|-1--|----|----| A||----|----|-4--|----|-5--|----|----| E||----|----|-1--|----|----|-b3-|----| Blues Expandida: 1-2-b3-4-b5-5-6-b7 C - D - Eb - F - F# - G - Ab - Bb - C (inclui tons Maiores e menores; no usada em qualquer caso - seus ouvidos devem julgar...) e||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| B||----|----|-5--|----|-6--|-b7-|----| G||----|-2--|-b3-|----|-4--|-b5-|----| D||----|-6--|-b7-|----|-1--|----|----| A||----|----|-4--|-b5-|-5--|----|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| Blues Bsica: 1-b3-4-b5-5-b7 C - Eb - F - F# - G - Bb - C (a mais usada - DEVE fazer parte do seu repertrio) e||----|----|-1--|----|----|-b3-|----| B||----|----|-5--|----|----|-b7-|----| G||----|----|-b3-|----|-4--|-b5-|----| D||----|----|-b7-|----|-1--|----|----| A||----|----|-4--|-b5-|-5--|----|----|

E||----|----|-1--|----|----|-b3-|----| Blues c/ 7a: 1-b3-4-b5-5-b7-7 C - Eb - F - F# - G - Bb - B - C (igual Bsica, mas com um "passing tone" -nota de passagem- preenchendo o espao entre a 7a.bemol e a tnica - recomenda-se um slide da 5 p/ b7 na 2a. corda) e||----|-1--|----|----|-b3-|----|-4--| B||----|-5--|----|----|-b7-|-7--|-1--| G||----|-b3-|----|-4--|-b5-|----|----| D||----|-b7-|-7--|-l--|----|----|----| A||----|-4--|-b5-|-5--|----|----|----| E||----|-1--|----|----|-b3-|----|----| Blues Mixoldia: 1-b3-3-4-b5-5-b7 C - Eb - E - F - F# - G - Bb - C (uma variao cheia de passing tones, muito usada, tanto pelo efeito proporcionado quanto pela faciliade de digitao - note as sequncias de 4 notas seguidas como numa diatnica) e||----|-1--|----|----|-b3-|-3--|-4--| B||----|-5--|----|----|-b7-|----|-1--| G||----|-b3-|-3--|-4--|-b5-|----|----| D||----|-b7-|----|-l--|----|----|----| A||-3--|-4--|-b5-|-5--|----|----|----| E||----|-1--|----|----|-b3-|----|----| Blues Maior "soft": 1-2-b3-3-5-6 C - D - Eb - E - G - A - C ( chamada de soft pq. no possui a 7a., e Maior por conter a 3a. maior. mais um "running" (lick de "fuga" de um ponto para outro do brao durante um solo) do que uma Escala, mas to usada que acaba entrando na lista. Note que da tnica na 6a. corda at chegar tnica da 1a. corda vc. salta 12 casas - utilize slides e hammers on/off para conseguir digit-la com rapidez. Aps domin-la, ser muito utilizada para "passear" pelo brao...) e||----|----|----|----|----|----|----|----|----|-5--|----|-6--|----|----|-1--| B||----|----|----|----|----|----|----|-1--|----|-2--|-b3-|-3--|----|----|----| G||----|----|----|----|----|----|-5--|----|-6--|----|----|----|----|----|----| D||----|----|----|----|-1--|----|-2--|-b3-|-3--|----|----|----|----|----|----| A||----|----|----|----|-5--|----|-6--|----|----|----|----|----|----|----|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|-3--|----|----|----|----|----|----|----|----| Blues Maior "soft" extendida: 1-2-b3-3-5-b6-6 C - D - Eb - E - G - Ab - A - C (igual a anterior, com a incluso do passing tone b6 - timo efeito) e||----|----|----|----|----|----|----|----|----|-5--|-b6-|-6--|----|----|-1--| B||----|----|----|----|----|----|----|-1--|----|-2--|-b3-|-3--|----|----|----| G||----|----|----|----|----|----|-5--|-b6-|-6--|----|----|----|----|----|----| D||----|----|----|----|-1--|----|-2--|-b3-|-3--|----|----|----|----|----|----| A||----|----|----|----|-5--|-b6-|-6--|----|----|----|----|----|----|----|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|-3--|----|----|----|----|----|----|----|----| 4) ESCALAS DIMINUTAS As Escalas Diminutas so tambm chamadas de Escalas "Simtricas", pois entre as notas segue-se um padro tom inteiro, meio-tom, tom inteiro, meio-tom, etc... Diminuta Completa: Cdim 1-2-b3-4-b5-b6-6-7 C - D - Eb - F - F# - Ab - A - B - C e||----|----|----|----|----|----|----|-4--|-b5-|----|-b6-|-6--| B||----|----|----|----|----|----|-7--|-1--|----|-2--|-b3-|----| G||----|----|----|----|-4--|-b5-|----|-b6-|-6--|----|----|----| D||----|----|----|-7--|-1--|----|-2--|-b3-|----|----|----|----| A||----|----|-4--|-b5-|----|-b6-|-6--|----|----|----|----|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----|----|----|----|----|----| Trabalhada simetricamente, esta escala tem uma particularidade - note o "desenho" que as notas fazem na escala: duas notas juntas, espao, duas notas juntas, espao... alm de fcil, tima para saltos de oitavas e percorrer distncias no brao. Na descendente, a cada corda que descemos, o desenho comea uma casa para a frente, com exceo do pulo da 3a. p/ a 2a., quando pulamos 2 casas.

Diminuta em Tercinas: Cdim 1-2-b3-4-b5-b6-6-7 C - D - Eb - F - F# - Ab - A - B - C e||----|-7--|-1--|----|----|----|----| B||----|-b5-|----|-b6-|-6--|----|----| G||----|-2--|-b3-|----|-4--|----|----| D||----|-6--|----|-7--|-1--|----|----| A||----|----|-4--|-b5-|----|-b6-|----| E||----|----|-1--|----|-2--|-b3-|----| a mesma Escala, com as mesmas notas, mas tocada em forma de BOX, de 3 em 3 notas, por corda. Proporciona um efeito mutio bom tocada rapidamente com hammers on/off em grupos de 3 notas com uma pequena pausa entre um grupo e outro (tercinas). Novamente vemos a "simetria" do desenho formado pelas notas: nota-espao-nota-nota; nota-nota-espao-nota... Diminuta Arpeggio: Cdim Arpeggio 1-b3-b5-6 C - Eb - Gb - A - C e||----|----|-1--|----|----|----|----| B||----|-b5-|----|----|-6--|----|----| G||----|----|-b3-|----|----|----|----| D||----|-6--|----|----|-1--|----|----| A||----|----|----|-b5-|----|----|----| E||----|----|-1--|----|----|-b3-|----| Mais fcil de todas, tambm a mais usada. Tente us-la sobre acordes de Vdim7 (no caso de C, seria Gdim7). Tambm fica muito boa sobre uma progresso VI7, I7, IIIb7, Vb7 (no caso de C, seria: A7, C7, Eb7, F#7). Dominante-Diminuta (ou dom-dim): 1-b2-b3-3-b5-5-6-b7 C - Db - Eb - E - Gb - G - A - Bb - C e||----|-1--|-b2-|----|-b3-|-3--|----| B||----|-5--|----|-6--|-b7-|----|----| G||----|----|-3--|----|-b5-|----|----| D||----|-b7-|----|-1--|-b2-|----|----| A||----|----|-b5-|-5--|----|-6--|----| E||----|-1--|-b2-|----|-b3-|-3--|----| Use-a sobre os acordes derivados da V = (no caso de C) = G7, G7b9, G7#9... 5) ESCALAS DIATNICAS As Escalas Diatnicas, se que podemos cham-las de Escalas, so teis para cobrir todos os tons disponveis de um ponto a outro do brao do instrumento. Alm de constiturem timos "preenchimentos" (se usadas com sabedoria, preciso, velocidade e bom gosto), so tambm um exerccio para os seus dedos. (Obs.: no colocarei os graus, porque, obviamente, como vero, TODAS as notas possveis so usadas... o que interessa o DESENHO formado - e voc usar estes movimentos para "ligar" dois pontos de uma Escala que estar usando, OK?) Note os dois pontos marcados como (T) - a tnica da Escala que voc estar utilizando. A Escala Diatnica serve, simplesmente, para levar voc, com um efeito muito interessante, da Tnica que inicia at a Tnica que termina esta "viagem" de notas. Uma terceira (T) foi colocada no meio, caso voc deseje parar por ali... Diatnica iniciando na Tnica da 6a. corda: e||---|-x-|-x-|-x-|-x-|(T)|---|---|---|---|---|---| B||---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---|---| G||---|---|(T)|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---|---| D||---|---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---| A||---|---|---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---| E||---|---|---|---|---|(T)|-x-|-x-|-x-|---|---|---| Diatnica iniciando na Tnica da 5a. corda: e||---|---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|(T)|---|---|---|---| B||---|---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---| G||---|---|-x-|-x-|(T)|-x-|-x-|---|---|---|---|---| D||---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---| A||---|---|(T)|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---| E||---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---| (Nos grupos de 5 notas, use um "slide" do 4o. dedo da ME para alcanar a ltima nota.) Diatnica com "salto" de ME: e||---|---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|(T)|---|---|---|---| B||---|---|---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---| G||---|---|---|---|(T)|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|

D||---|-1-|-x-|-x-|-x-|-1-|-x-|-x-|-x-|---|---|---| A||---|---|(T)|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---| E||---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---| Nesta outra abordagem, note o "1" indicando o dedo da ME que comea cada grupo de 4 notas. Para tocar as 8, necessrio um "salto" da ME para alcanar todas as notas. Feito com hammers-on/off, alm do efeito musical, o efeito visual tambm impressionar a platia... 6) ESCALAS SOBRE INTERVALOS Tons Inteiros (Whole-Tone) ou Aumentada: 1-2-3-4#-5#-b7 C - D - E - F# - G# - Bb - C e||----|-1--|----|-2--|----|-3--|----| B||----|----|-5#-|----|-b7-|----|----| G||----|----|-3--|----|-4#-|----|----| D||----|-b7-|----|-1--|----|-2--|----| A||----|----|-4#-|----|-5#-|----|----| E||----|-1--|----|-2--|----|-3--|----| Note a "simetria" do desenho. chamada Tons Inteiros pelo bvio motivo de usar intervalos de Tom inteiro entre as notas da Escala. Tente us-la sobre V+ (no caso de C, G+ ou G7+) 1/2 Tom-Tom Inteiro (Half-Whole): 1-b2-b3-3-4#-5-6-b7 C - Db - Eb - E - F# - G - A - Bb - C e||----|-1--|-b2-|----|-b3-|----|----| B||----|-5--|----|-6--|-b7-|----|----| G||----|-b3-|-3--|----|-4#-|----|----| D||-6--|-b7-|----|-1--|-b2-|----|----| A||-3--|----|-4#-|-5--|----|----|----| E||----|-1--|-b2-|----|-b3-|----|----| Esta Escala alterna intervalos entre as notas de tom inteiro e meio-tom; tente decor-la observando o desenho: da 6a. p/ a 1a. corda, a sequncia bem simples: contando as notas: 2-1; 1-2; 2-1; 2-2; 2-1; 1-2; 2-1. Ou seja: 2notas, espao, 1 nota; 1nota, espao, 2notas... 7) PREENCHENDO ESCALAS O preenchimento de Escalas outro artifcio para dar uma abrilhantada e variao aos solos e tambm s progresses de acordes (pequenos "licks" entre um acorde e outro). Eles so baseados em Escalas Maiores e adicionam "passing tones" (notas de passagem) constitudas por 1/2 tons. Esses 1/2 tons so as III e VI da Escala Maior. Uma vez dominadas, estas sequncias podem e devem ser usadas como saltos entre Escalas ou entre acordes como "back" para uma frase cantada pelo vocalista, por exemplo. Novamente, desprezarei os graus, identificando apenas a tnica (T) e as notas da sequncia a serem tocadas (x). Divirta-se. e||---|---|---|---|---|-x-|-x-|-x-|---|-x-|(T)|---| B||---|---|-x-|(T)|---|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---| G||---|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---|---|---| D||---|---|---|---|-x-|-x-|---|---|---|---|---|---| A||---|---|---|---|---|(T)|---|---|---|---|---|---| E||---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---| e||---|---|---|-x-|(T)|---|---|---|---|---|---|---| B||---|---|---|---|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---| G||---|---|---|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---|---| D||---|---|---|-x-|-x-|-x-|(T)|---|---|---|---|---| A||---|---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---| E||---|---|---|---|(T)|---|---|---|---|---|---|---| e||---|---|---|-x-|-x-|-x-|---|-x-|(T)|---|---|---| B||---|---|---|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---|---| G||---|---|-x-|-x-|-x-|(T)|---|---|---|---|---|---| D||---|---|-x-|-x-|-x-|-x-|---|---|---|---|---|---| A||---|---|---|(T)|---|---|---|---|---|---|---|---| E||---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---| Esta forma abaixo s pode ser usada com Tnica em F (f maior) por utilizar as notas soltas, a menos que voc seja um s e consiga fazer a pestana e trabalhar as notas com os outros 3 dedos da ME (ou ento, utilizar uma Pestana Mvel - aquele acessrio que se prende ao brao do instrumento alterando a afinao para cima sem mexer nas tarrachas). Note que os (0) na pestana correspondem s cordas soltas!!! e|0|(T)|---|---|---|---| B| |-x-|-x-|-x-|---|---| G|0|-x-|-x-|---|---|---|

D|0|-x-|-x-|(T)|---|---| A|0|-x-|-x-|-x-|---|---| E| |(T)|---|---|---|---| 1 2 3 4 5 ESCALAS EXTICAS Com uso um pouco mais restrito, estas estruturas revelam Escalas com "climas" especficos e sentido tnico e/ou regional. Novamente, friso a importncia de conhec-las, e, em casos raros, t-las como referncia para uso. No vou desenhar os TAB's; caso vc. experimente a Escala no tom exemplificado e goste, monte seu BOX - iria ocupar muito espao, e o uso no para qqer. ocasio, certo? (OBS.: as Escalas fora do tom exemplo "C" so utilizadas normalmente SOMENTE no tom indicado) Napolitana Menor: 1-b2-b3-4-5-b6-7 C - Db - Eb - F - G - Ab - B - C Napolitana Maior: 1-b2-b3-4-5-6-7 C - Db - Eb - F - G - A - B - C Oriental: 1-b2-3-4-b5-6-7 C - Db - E - F - Gb - A - Bb - C Enigmtica: 1-b2-3-4#-5#-6#-7 C - Db - E - F# - G# - A# - B - C Hirajoshi: 1-2-b3-5-b6-1 A- B-C-E-F- A Hngara Menor: 1-2-b3-4#-5-b6-7 C - D - Eb - F# - G - Ab - B - C Hngara Maior: 1-2#-3-4#-5-6-b7 C - D# - E - F# - G - A - Bb - C Kumoi: 1-b2-4-5-b6 E- F-A- B-C- E Iwato: 1-b2-4-b5-b7 B- C- E-F-A- B Hindu: 1-2-3-4-5-b6-b7 C - D - E - F - G - Ab - Bb - C Espanhola/Flamenco: 1-b2-3-4-5-b6-b7 C - Db - E - F - G - Ab - Bb - C Espanhola 8 Notas: 1-b2-b3-3-4-b5-b6-b7 C - Db - Eb - E - F - Gb - Ab - Bb - C Pelog: 1-b2-b3-5-b7 C - Db - Eb - G - Bb - C Hngara Cigana: 1-2-b3-4#-5-b6-b7 C - D - Eb - F# - G - Ab - Bb - C Sobretom: 1-2-3-4#-5-6-b7 C - D - E - F# - G - A - Bb - C rabe: 1-2-3-4-b5-b6-b7 C - D - E - F - Gb - Ab - Bb - C Balinesa: 1-b2-b3-5-b6 C - Db - Eb - G - Ab - C Cigana: 1-b2-3-4-5-b6-7 C - Db - E - F - G - Ab - B - C

Mohammediana: 1-2-b3-4-5-b6-7 C - D - Eb - F - G - Ab - B - C Javanesa: 1-b2-b3-4-5-6-b7 C - Db - Eb - F - G - A - Bb - C Persa: 1-b2-3-4-b5-b6-7 C - Db - E - F - Gb - Ab - B - C Algeriana: 1-2-b3-4#-5-b6-7-1-2-b3-4 C - D - Eb - F# - G - Ab - B - C - D - Eb - F Bizantina: C - Db - E - F - G - Ab - B - C Havaiana: C - D - Eb (F=passing tone) G - A - B - C Judaica: E - F - G# - A - B - C - D - E Mongoliana: C-D- E-G- A-C Etope: G - A - Bb - C - D - Eb - F - G (o B e E podem ser naturais e o F pode ser #) Espanhola: C - Db - E - F - G - Ab - Bb - C Egpcia: C - D - F - G - Bb - C Japonesa: C - Db - F - G -Ab - C Chinesa: F- G- A-C-D-F ou C - E - F# - G - B - C O conhecimento das Escalas fundamental para a composio, transcrio ou para o improviso; como dito no incio do artigo, um trabalho rduo sab-las TODAS - mas, numa comparao muito ridcula que agora me vem mente: o que torna o lutador de Jiu-Jitsu um campeo? Fora? Tamanho? Msculos? Ento porque Royce Grace, to pequenino perto de seus adversrios conseguiu HUMILH-LOS???? Porque ningum conhece tanto as tcnicas do esporte quanto ele. Quanto mais golpes um lutador conhece, mais chances ele tem de us-los - ou evit-los. O mesmo ocorre aqui, com nossas Escalas: quanto maior for o nmero de Escalas que voc conhecer, menor a possibilidade de voc ficar de "calas curtas" na hora que precisar. Fui...

TOMMoises TOM, CAMPO HARMNICO E PROGRESSES ====================================== Muitos anos atrs, cismei em aprender teclado popular - para quem nunca tocou e conhece violo/guitarra, funciona + ou - assim: a Mo Esquerda faz o trabalho de "base", enquanto a Mo Direita leva a "voz" ou "lead". Com alguma prtica auditiva musical, logo eu estava facilmente "solando" com a Mo Direita, mas a falta de conhecimento terico (que era o meu problema na poca) me impedia de saber quais os acordes do acompanhamento. Quando eu perguntei ao meu professor: "Como colocar os acordes sobre a melodia?" ele me disse que eu viesse todas as aulas, e, TALVEZ, na ltima aula do 4o. ano ele me ensinaria este "pulo do gato"! claro que eu nunca mais apareci.... Ele sabia que se eu conseguisse transcrever a "voz" para a Mo Direita e soubesse encaixar os acordes, eu no voltaria mais s aulas - que fique bem claro: por se tratar de um curso do tipo "Popular" - o professor no busca aprimorar a teoria musical, e sim, fazer com que o aluno toque msica, da maneira mais simples possvel, no menor tempo decorrido. o intento das cifras - elas so simples e eficientes, por isso invadiram o mundo musical universalmente com tanta fora. Voc acaba aprimorando tcnicas arpejos, dedilhados, pestanas, agilidade nas mos, etc.... mas o conhecimento terico fica completamente estagnado!!! E voc - se voc quizer "tirar" (transcrever) uma msica que ouviu, seja por cifras, seja por TAB? Vamos ver e rever neste artigo vrios conceitos, que sero complementados e acrescidos nos prximos. Este talvez tenha sido o mais complicado para mim escrever, por se tratar de um assunto muito pedido, e

infelizmente, muito pouco abordado atravs da WEB - tentei ser o mais claro possvel, mas o prprio contexto complexo. Meu e-mail est aberto s dvidas, que responderei na medida do possvel, OK? Recebo infinitos e-mail perguntando como tirar msicas, como achar o Tom delas, o que o Tom e como reconhecer o Tom tocando ou lendo partituras/cifras/TAB. Quando falamos em TOM, temos que entender o seguinte: existe uma nota, a TNICA, que "rege" tudo o que fazemos durante aquela msica. Os solos, o clima, os acordes, tudo gira em torno do TOM dado por esta nota tnica. Por isso to importante saber qual o Tom - da podemos comear com mais facilidade o trabalho de compor ou tirar uma msica. Voltemos um pouco na Histria: quando os mestres da msica sentaram-se num boteco para tomar umas e formular padres a serem seguidos, tiveram que definir certas regras, ou tudo viraria uma baguna. A msica "escrita" era como uma cincia: para que fosse difundida atravs de um pedao de papel (afinal, no existiam na poca aparelhos que gravassem e reproduzissem a msica, logo, para ouv-la, voc teria de toc-la atravs de um pedao de papel...). Da nasceu a Teoria Musical. Obviamente, no estaremos utilizando sempre C (d maior) em todas as msicas; logo, teremos que enfrentar alguns acidentes (sustenidos-# e bemis-b) -> lembram-se que somente a escala de C (d maior) isenta de acidentes? Portanto, quando estamos escrevendo msica em um pentagrama (ou pauta), temos que seguir uma regra pr-estabelecida pelos nossos amigos do boteco l de cima, que definiram uma ordem para que estes sinais fossem inseridos: eles ficam ao lado da clave (que o smbolo que define uma nota chave na pauta - sol, f, d...), numa sequncia estratgica. A regra a seguinte: Os sustenidos so : F - C - G - D - A - E - B (os gringos decoram assim: Fat Charlie Gets Drunk After Every Beer - "Charlie gordo fica bbado depois de qualquer cerveja"...) Os bemis so: B - E - A - D - G - C - F (exatamente o contrrio da sequncia de sustenidos) Decorando isto, voc pode montar uma tabela que define o nmero de acidentes representados em cada escala. Comece pelo C, que 0(zero) nos dois casos, j que no tem acidentes. Olhe como fica: sustenidos: C - G - D - A - E - B - F# - C# 0 1 2 3 4 5 6 7 bemis: C - F - Bb - Eb - Ab - Db - Gb - Cb 0 1 2 3 4 5 6 7 Analisando isto, teremos, por exemplo, usando a escala de A, 3 sustenidos. (confira na tabela de sustenidos). No acredita? Verifiquemos na escala: A - B - C# - D - E - F# - G# - A Viu? Esto os 3 a: C#, F# e G#. (se vc. no entendeu como formamos a escala, relembre o artigo!) Vamos tentar a de E? So 4 sustenidos: E - F# - G# - A - B - C# - D# - E Esto todos presentes! So: F#, G#, C#, D#. Sei que tem gente perguntando como que eu sabia onde colocar as escalas de F# e C# e onde colocar as escalas naturais de F e C. Alis, deve ter gente perguntando porque algumas escalas so naturais, outras sustenidas e outras bemis. Vou explicar tudo com um exemplo. Vejamos a escala de f maior (F): F - G - A - A# - C - D - E - F Notaram que teramos dois l: A e A#? No pentagrama s existe uma linha (ou espao) para o A. Ento foi estipulado que a escala de F seria representada por bemis (b) ao lado da clave. Ento a escala de F ficou assim: F - G - A - Bb - C - D - E - F Confira na regra l em cima: F = 1 bemol (que o Bb). Quem ficou representada pelos sustenidos foi a escala de F#: F# - G# - A# - B - C# - D# - F - F# pa!!! Mas tambm ficou com 2 F: F e F#!!!! E