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E E S S T T U U D D O O - - V V I I D D A A D D E E C C Â Â N N T T I I C C O O D D O O S S C C Â Â N N T T I I C C O O S S Witness Lee

Estudo-Vida de Cântico Dos Cânticos

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Estudo-Vida de Cântico Dos Cânticos

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  • EESSTTUUDDOO--VVIIDDAA

    DDEE

    CCNNTTIICCOO DDOOSS

    CCNNTTIICCOOSS

    Witness Lee

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    EESSTTUUDDOO--VVIIDDAA DDEE

    CCNNTTIICCOO DDOOSS CCNNTTIICCOOSS

    MENSAGEM UM

    UMA PALAVRA INTRODUTRIA E ATRAIDOS A BUSCAR CRISTO PARA A SATISFAO

    (1)

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 1:1-8 No comeo deste Estudo-Vida de Cntico dos Cnticos, eu gostaria de expressar uma palavra de apreciao e tambm minha gratido ao Irmo Watchman Nee. O esboo com todos os ttulos e subttulos e a interpretao de figuras neste presente Estudo-Vida de Cntico dos Cnticos baseado no estudo particular do Irmo Nee juntamente com alguns dos seus cooperadores em Maio de 1935, nos quais eu participei como um dos dez participantes, em um hotel na costa de West Lake da cidade de Hangchow, perto de Shanghai.

    O tema de Cntico dos Cnticos a satisfao das satisfaes. Este livro retrata os quatro estgios na experincia daquele que ama Cristo e pode ser resumido pelas quatro oraes seguintes: (1) A amada de Cristo deve ser algum que seja atrado pelo Seu amor e levado por Ele por causa de Sua doura e que busque Nele satisfao completa. (2) A amada de Cristo deve ser algum que chamado por Ele para ser liberto do ego pela sua unio com a cruz de Cristo. (3) A amada de Cristo deve ser algum que chamado por Ele para viver em ascenso como a nova criao de Deus na ressurreio de Cristo. (4) A amada de Cristo deve ser algum que chamado mais fortemente por Ele para viver alm do vu pela Sua cruz aps a experincia de amar a Sua ressurreio. No primeiro estgio a amada de Cristo atrada por Cristo para segui-Lo. No segundo estgio a amada de Cristo experimenta a cruz para o quebrantamento do ego. A cruz nos salva do ego para que possamos sair de ns mesmos. No terceiro estgio a amada de Cristo vive em ascenso. Viver em ascenso experienciar a nova criao de Deus na ressurreio de Cristo. No quarto estgio a amada de Cristo vive alm do vu, no trio interior, o Santo dos Santos. A experincia da cruz vem primeiro, seguida pela ressurreio e ascenso. Contudo, a experincia de ascenso no suficiente. Aps a ascenso ainda h a necessidade do outro estgio seguinte viver alm do vu para uma experincia adicional da cruz.

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    Em Cntico dos Cnticos, um livro de poesia, ns no podemos encontrar as palavras cruz, ressurreio, e ascenso. Nem temos as expresses nova criao ou alm do vu. Como, ento, ns podemos dizer que este livro desvenda estgios diferentes da vida Crist? Se ns quisermos responder esta pergunta, ns precisaremos ver que em Cntico dos Cnticos so revelados ou desvendados os estgios da vida Crist, atravs de muitas figuras diferentes. A palavra cruz no usada, mas h figuras da cruz. De certa forma, em vez das palavras ressurreio e ascenso, h figuras de ressurreio e ascenso. Tambm h figuras que significam a nova criao e a vida alm do vu. Ao ler este livro, a coisa mais difcil interpretar as figuras. Nesta mensagem, primeiro ns daremos uma palavra introdutria, e ento comearemos a considerar o primeiro estgio o estgio de sermos atrados a buscar Cristo para nossa satisfao.

    UMA PALAVRA INTRODUTRIA

    1. Um Livro Particular

    Cntico dos Cnticos um livro particular nas sagradas Escrituras, por isto no um livro de histria, lei, profecia, ou evangelho.

    2. Um Poema da Histria de Amor de um Casamento Excelente

    Este livro um poema da histria de amor de um casamento excelente. um romance do padro mais elevado. Toda a Bblia um romance, uma histria de amor, de Deus "que se apaixona" pelo homem.

    a. A Histria do Rei Salomo com Sulamita

    Cntico dos Cnticos uma histria do sbio Rei Salomo, o escritor deste livro, com Sulamita, uma camponesa. Neste Estudo-Vida Salomo chamado de amado e Sulamita chamada de amada (lit., "amor" 1:15; 2:2; 4:1, 7; 6:4). Salomo, o gnero masculino, significa "paz" e Sulamita o gnero feminino de Salomo. Uma pessoa o rei no palcio na capital em Jerusalm, e a outra uma camponesa da zona rural.

    De certo modo, Salomo e Sulamita eram incompatveis. Com respeito ao casamento, a maioria das pessoas concorda que duas pessoas devem ser compatveis uma com a outra. Contudo, ainda mais difcil encontrar um esposo e uma esposa que realmente sejam compatveis. Duas pessoas que so iguais, podem se tornar inimigas, mas duas pessoas que so diferentes podem tornar-se amigos amorosos. Salomo se apaixonou por uma camponesa, e os dois se uniram. Aps a unio, eles permaneceram em comunho todo o tempo. De um modo semelhante, Deus se apaixonou pelo homem. Desde que Deus grande e sbio e ns somos pequenos e desinteligentes, ns podemos achar difcil de acreditar que Deus pudesse se apaixonar por ns. Ainda que embora o homem no parea ser compatvel com Deus, Deus, no entanto se apaixonou pelo homem.

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    b. Um Retrato do Amor de Cristo em Sua Unio com os Seus Crentes Individuais

    Cntico dos Cnticos um retrato do amor de Cristo na Sua unio com os Seus crentes individuais. Todo o Novo Testamento d nfase vida do Corpo, no a vida individual (Rm. 12:4-5; 1Co 12:27). Mas Cntico dos Cnticos enfatiza no o Corpo corporativamente, mas o crente individualmente. Para ter a vida do Corpo, ns temos que ter contato individual com o Senhor. Sem o contato individual com o Senhor como base, ns no poderemos ter uma vida adequada de Corpo.

    1) Deus Amando Seu Israel Eleito como um Esposo

    que Ama a sua Esposa

    Como o registro de um romance divino, a Bblia mostra-nos primeiro que Deus ama o Seu Israel eleito como um Esposo que ama a sua esposa (Is. 54:5-7; Jr. 2:2; 3:1; Ez. 16:8; Os. 2:19-20). Israel era uma noiva e o prprio Senhor era o Noivo. Portanto, havia um amor nupcial entre Deus e Israel.

    2) Cristo Amando Sua Igreja como um Esposo que Ama a sua Esposa

    Segundo, a Bblia revela que Cristo ama a Sua igreja como um Esposo ama a sua esposa (Ef 5:25, 31-32; Ap. 19:7-9; 21:2, 9). Em Apocalipse 19 ns vemos que Cristo ter o Seu banquete de casamento com Seus vencedores como a Sua noiva, e o Seu dia de casamento ser durante mil anos. Ento no novo cu e nova terra, todos os Seus crentes como a Nova Jerusalm sero a esposa do Cordeiro. A Nova Jerusalm ser a esposa corporativa de Cristo, o Cordeiro.

    3) Os Crentes so Desposados a Cristo como Virgens Puras

    De acordo com a palavra de Paulo em 2 Corntios 11:2, os crentes sero desposados por Cristo como virgens puras. Neste sentido, todos os crentes de Cristo so femininos. Espiritualmente, todos ns, irmos e irms semelhantemente, somos virgens desposadas por Cristo.

    3. Os Contedos

    O contedo de Cntico dos Cnticos uma experincia progressiva do amor individual de um crente em comunho com Cristo. Aproveito para usar a expresso de Hudson Taylor, este um livro de unio e comunho com Cristo.

    4. As Sees

    As sees de Cntico dos Cnticos, as quais esto de acordo com o significado intrnseco e espiritual deste livro so as seguintes: atrado a buscar Cristo para satisfao (1:22:7); chamado para ser liberto do ego pela unio com a cruz (2:83:5); chamado para viver em ascenso como a nova criao em ressurreio (3:65:1); chamado mais fortemente para viver alm do vu pela cruz aps a ressurreio (5:26:13); participar da obra do Senhor (7:1-13); e esperar ser arrebatado (8:1-14).

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    I. ATRADO A BUSCAR CRISTO

    Vamos comear a ver agora como aquele que busca levado a buscar Cristo para satisfao (1:2-4a).

    A. O Anseio da Amada

    Beija-me ele com os beijos de tua boca; porque melhor o teu amor do que o vinho. Suave o aroma dos teus unguentos, como unguento derramado o teu nome; por isso, as donzelas te amam. (v. 2-3). Estes versos expressam o anseio da amada.

    1. Ansiando por ser Beijada por Cristo

    A amada de Cristo anseia por ser beijada por Cristo com os beijos da Sua boca (v. 2a). Os beijos da boca o beijo mais ntimo. Este anseio por ser beijada por Cristo uma resposta ao Seu amor consolador que melhor que o vinho (v. 2b), e ao Seu nome encantador (Pessoa) que como unguento derramado, como a suave fragrncia dos seus unguentos (v. 3a). Cntico dos Cnticos composto de muitas figuras. A primeira figura o vinho no qual alegra as pessoas. O vinho aqui significa Cristo alegrando as pessoas com amor. Quando ns estivermos tristes, se ns considerarmos o amor de Cristo, ns nos alegraremos. A segunda figura o unguento. Seu nome encantador significa a Sua pessoa que como unguento derramado. Ningum pode resistir ao Seu amor encantador e a Sua pessoa encantadora.

    2. Por causa do Seu Amor Cativante e Seu Nome Encantador, Todos os Crentes Puros O Amam

    Por causa do Seu amor cativante e Seu nome encantador, todos os crentes puros O amam (v. 3b). Todos ns condenaramos um homem que atrai muitas mulheres jovens a busc-lo. Mas com Cristo diferente. Quanto mais pessoas puras que amam Cristo houver, melhor.

    B. A Busca da Amada

    No verso 4a ns temos uma palavra relacionada busca da amada: Atrai-me; e correremos aps ti. Ela Lhe pede que a atraia na sua busca por Cristo, que ela e os seus

    companheiros possam correr atrs Dele. Todos aqueles que so atrados por Cristo tero companheiros para segui-Lo. Considerando que eu seja atrado pelo Senhor, muitos seguiro o Senhor comigo. Considere a situao de Pedro quando ele, um pescador, foi chamado pelo Senhor (Mt. 4:18-20). Um dia Cristo o Amado, veio, e Pedro ficou encantado

    por Ele e deixou suas redes e O seguiu. Muitos seguiram Cristo como os companheiros de Pedro. Quando ns somos atrados a seguir Cristo, ns nos tornamos intermedirios para os outros segui-Lo.

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    II. A COMUNHO COM CRISTO RESULTANDO EM ENTRAR NA VIDA DA IGREJA

    Em Cntico dos Cnticos 1:4b-8 ns vemos que a comunho com Cristo resulta no entrar na vida da igreja. A vida da igreja indicada por outra figura o rebanho (v. 7-8) que significa a igreja como o coletivo de muitos crentes.

    A. O Amado Levando-a para o seu esprito que o

    Lugar mais Santo de Todos para Comunho

    O Amado a leva para o seu esprito que o lugar mais Santo de todos (as suas recmaras) para comunho. A palavra esprito no usada aqui, mas expressa pela palavra recmaras no verso 4. Nosso esprito como o lugar de habitao de Cristo (2 Tm. 4:22) se torna o Seu Santo dos Santos (Hb 10:19) para comunho.

    1. Ela e suas Companheiras Exaltando o Seu Amor com Alegria e Regozijo

    Em comunho com Cristo, a amada e suas companheiras exaltam o amor Dele com alegria e regozijo, pois no sem razo que O amam (v. 4b).

    2. Ela V que seu Ego Pecaminoso em Ado, mas Justificado em Cristo

    Ela v que seu ego pecaminoso em Ado, mas ele justificado em Cristo (v. 5-6a). O seu ego pecaminoso em Ado denotado pela sua cor morena como as tendas de Quedar. O seu ego justificado em Cristo graciosamente pelo sentido de ser comparada s cortinas de Salomo. As tendas esto debaixo do sol, mas as cortinas esto dentro do interior das recmaras.

    3. Ela Instruda por Ele de Modo a Entrar na Vida da igreja

    Na comunho dela com Cristo, ela instruda tambm por Ele de modo a entrar na vida da igreja (v. 6b-8).

    a. Perseguida pelos Seus Irmos Sectrios

    Ela foi perseguida pelos seus irmos sectrios (os filhos de sua me v 6b), e foi afastada para longe da vida da igreja pelos rebanhos das suas companheiras (v. 7b). Ela foi perseguida pelos seus irmos sectrios, entretanto eles tambm nasceram por meio da graa a mesma me (v. 6b) e foi afastada para longe da vida da igreja. Esta a situao hoje.

    b. Ele Lhe Diz que O Seguisse nas Pisadas da Igreja

    O Amado lhe diz que O seguisse nas pisadas da igreja (rebanho) e apascentasse seus filhos espirituais (os cabritos) nas igrejas (as tendas dos pastores), onde Ele apascenta a Sua igreja (v. 7-8). Ela orou, "Dize-me, amado da minha alma: Onde apascentas o teu rebanho?" Ento Cristo respondeu, "Se tu no o sabes, / mais formosa entre as mulheres, / sai-te pelas pisadas do rebanho". Seguir nas pisadas do rebanho seguir a igreja. Ns podemos testificar que muitas vezes ns no sabemos onde Cristo est, mas como ns

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    seguimos a igreja, ns O achamos. Quando ns acharmos a igreja, ns levaremos todos os mais jovens, indicado pelos cabritos, para a igreja tambm.

    B. Maravilhoso Que a Comunho da Amada com Cristo Resulte na Vida da igreja

    maravilhoso que a comunho da amada com Cristo resulte na vida da igreja.

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    MENSAGEM DOIS

    ATRADO A BUSCAR CRISTO PARA SATISFAO

    (2)

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 1:92:7 Em 1:2-4a ns vemos que a amada de Cristo ansiava por Cristo, buscava-O, e foi atrada pelo Seu amor, seduzida por Ele em Sua doura para correr aps Ele. Cristo agradvel, doce, e cheio de fragrncia como o unguento. Alm disso, o Seu amor encorajador, melhor que o vinho. Todos aqueles que amam Cristo so constrangidos pelo Seu amor (2Co 5:14). Em Cntico dos Cnticos 1:4b-8 o Amado respondeu a Sua amada que est ansiando e buscando e a levou para o interior da recmara (o esprito dela) para ter ntima comunho. Aquela comunho levou a amada de Cristo a entrar na vida da igreja, significado pelo rebanho (v. 8; Jo 10:16). Depois que os amados de Cristo entram na vida da igreja, eles comeam a ser transformados pelo Esprito Santo. A vida da igreja um caminho muito importante usado pelo Esprito Santo para nos transformar. O Esprito Santo est nos transformando com os santos na igreja.

    III. TRANSFORMADO PELO TRABALHAR

    DO ESPRITO

    A amada de Cristo transformada pelo trabalhar do Esprito (Cntico dos Cnticos 1:9-16a; 2:1-3a). O Esprito composto, todo-inclusivo, sete vezes intensificado, que d vida, e o Esprito interior que a consumao do Deus Trino consumado. Este Esprito de fato o prprio Senhor que faz a obra de transformao em ns. A transformao envolve um processo metablico pelo qual o Esprito nos transforma. Esta transformao metablica est entrando agora dentro de ns na vida da igreja.

    A. A Amada de Cristo Est sendo Transformada de uma Pessoa de Natureza Forte em uma Pessoa Que Confia Nele e Olha para Ele com um Olhar Singelo

    A amada de Cristo est sendo transformada de uma pessoa de natureza forte (uma gua das carruagens de Fara v. 1:9) em uma pessoa que vive uma vida no confiando nela, mas confiando Nele (lrio 2:1-2; Mt. 6:28) e olha para Ele com um olhar singelo (olhos como de pombas v. 1:15b; Mt. 10:16). No princpio, a amada de Cristo naturalmente forte, como uma gua nas carruagens de Fara, mas gradualmente ela transformada em um lrio, algum que no mais cheio de fora natural, mas est cheio de vida. Tal pessoa transformada olha agora para o Senhor com um olhar singelo. Seu alvo, seu objetivo, Aquele a quem ela ama.

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    B. O Amado Apreciando a Beleza Dela em Submisso a Ele

    "Formosas so as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoo, com os colares" (1:10). Aqui o Amado aprecia a beleza dela em submisso a Ele (faces formosas com enfeites de ornamentos) a beleza dela em obedincia a transformao do Esprito (pescoo com enfeites de jias). A expresso desta amada de Cristo cheia de submisso seguida por obedincia. Quando ns nos submetermos ao Senhor, ns O obedeceremos seguramente.

    C. A Transformao do Esprito e os Seus Companheiros Adornando-A com a Constituio da Vida de Deus pela Obra Redentora de Cristo

    "Enfeites de ouro te faremos, com incrustaes de prata" (v. 11). O Esprito transformando e os companheiros da amada (ns) adornando-a com a constituio da vida de Deus (enfeites de ouro) pela obra redentora de Cristo (cravos de prata). A natureza de Deus e a redeno de Cristo so reunidas pelo Esprito e os companheiros para ser o adorno dela. O Esprito nos transforma, mas o Esprito precisa de nossos companheiros para ser Seus ajudadores. Se ns percebermos isto, ns louvaremos o Senhor Esprito que tem nos dado muitos companheiros para ser Seus auxiliares em nos transformar.

    D. Mesa Onde Cristo est Festejando com a Sua Amada, o Amor Dele por Ela Exala Sua Fragrncia

    Enquanto o rei est assentado sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume (v. 12).

    mesa onde Cristo est festejando com a Sua amada (o rei sua mesa), o amor dela (o nardo) para com Ele exala sua fragrncia (cf. Jo 12:1-3). Na vida da igreja os pequenos grupos esto frequentemente banqueteando com o Senhor como convidado invisvel. Na edificao dos grupos vitais, aqueles que amam Cristo exalam a fragrncia agradvel deles espontaneamente para Cristo.

    E. Ela Desfrutando-O Reservadamente na Sua Morte e Abraando Seu Amor e F

    "O meu amado para mim um saquitel de mirra, posto entre os seios meus. / Como um racimo de flores de hena nas vinhas de En-Gedi, para mim o meu amado" (1:13-14). Nestes versos ns vemos que ela O desfruta reservadamente ( noite) na Sua morte (um saquitel de mirra) abraando com amor e f (1 Tm. 1:14; 1 Ts. 5:8). Todo aquele que ama Cristo cheio de f e amor e O abraa com f e amor. Alm disso, ela O desfruta publicamente na Sua ressurreio (um ramalhete de flores de hena) nas igrejas (vinhedos) de Cristo como a fonte de redeno (En-Gedi a fonte do cordeiro). Nas igrejas Cristo cresce como um ramalhete de flores de hena. Nas igrejas h tambm uma fonte de redeno. A igreja molhada continuamente pela fonte da redeno de Cristo. Disto ns vemos que uma parte principal de nossa vida espiritual est relacionada vida da igreja.

    F. Ele Aprecia a Beleza do Olhar Dela por Ele com um Olhar Singelo pelo Esprito

    "Eis que s formosa, querida minha, eis que s formosa; os teus olhos so como os das pombas". (1:15). Ele aprecia a beleza do olhar dela para Ele com um olhar singelo pelo Esprito (olhos como de pombas v. 15). O primeiro aspecto notvel de nossa beleza na

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    viso do Senhor Jesus nosso olhar singelo para Ele. Pelo Esprito ns olhamos para Ele com um olhar singelo.

    G. Ela aprecia a Beleza Dele em Sua Docilidade

    O Amado e a amada apreciam um ao outro. "Como s formoso, amado meu, como s amvel!" (v. 16a). Neste verso ela aprecia a beleza Dele em Sua amabilidade.

    H. Ela Se Humilha Percebendo que um Pequeno Ser

    "Eu sou uma rosa de Sarom, / O lrio dos vales" (2:1). A palavra para rosa neste verso refere-se a uma rosa selvagem, menosprezada na terra da Judia. Aqui a humildade da amada a leva a perceber que um pequeno ser, mas que por um lado, vive uma vida bela, porm desprezada (rosa) no mundo comum (Sarom, que significa "plancie"), e por outro lado uma vida pura e confiante (lrio) nos lugares baixos (vales). Este era o seu humilde reconhecimento e percepo a respeito de si mesma.

    I. Ele Aprecia com Amor Aquela Que Vive uma Vida Pura e Confiante

    "Qual o lrio entre os espinhos, tal a minha querida entre as donzelas" (v. 2). Aqui Ele a aprecia como o Seu amor (Sulamita) entre as donzelas (Tg 4:4) que vive uma vida pura e confiante (lrio) no meio de pessoas imundas e incrdulas (espinhos).

    J. Ela O Aprecia como uma Fonte de Rica Proviso Que A Supre de um Modo Oportuno

    "Qual a macieira entre as rvores do bosque, tal o meu amado entre os filhos" (v. 2:3a). Aqui ela O aprecia como uma fonte de rica proviso (macieira) que a supre de um modo oportuno. A amada e o Amado ambos tm beleza, e eles apreciam a beleza um do outro. Isto nos mostra que a transformao produz uma apreciao mtua entre Cristo e Sua amada.

    IV. SATISFEITA COM O DESCANSO E PRAZER EM CRISTO

    A amada est satisfeita com o descanso e prazer em Cristo (1:16b-17; 2:3b-7). Satisfao requer duas coisas descanso e prazer. Primeiro, ns precisamos descansar e ento, quando estivermos descansados, ns teremos um pouco de prazer. O resultado deste descanso e prazer satisfao.

    A. Ela Est Satisfeita

    1. Com Sua Vida de Descanso e Satisfao como Lugar de Descanso noite em Seus Abraos e na Sua Morte e Ressurreio como Abrigo

    Ela est satisfeita com o seu descanso na vida de suprimento Dele (verde) como o lugar de descanso noite (leito) os abraos Dele (2:6) e na morte Dele (ciprestes) e a ressurreio Dele (cedros) como o abrigo (vigas e caibros 1:16b-17). Em tipologia, em figura, uma rvore de cipreste significa a morte de Cristo, e uma rvore de cedro significa a

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    ressurreio de Cristo na qual a Sua humanidade elevada e exaltada. A morte e a ressurreio de Cristo um abrigo com vigas e caibros.

    2. Em Seu Deleite e Descanso debaixo de Suas Sombras, Ela se Abriga durante o Dia,

    Desfrutando da Sua Doura como seu Suprimento Em Tempo Oportuno

    "Desejo muito a sua sombra e debaixo dela me assento, e o seu fruto doce ao meu paladar" (2:3b). Isto revela que ela tambm est satisfeita com seu deleite e descanso, abrigada debaixo de Suas sombras durante o dia (sombras Is 4:5-6; 2Co 12:9) e Ele doce ao seu paladar, suprimento adequado (fruto doce).

    3. Com Amor Triunfante Derramado sobre Ela na Vida da igreja Agradvel

    "Leva-me sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim o amor / Sustentai-me com passas, confortai-me com mas, pois desfaleo de amor (v. 2:4-5). Aqui a amada est satisfeita com o amor triunfante (bandeira de amor) derramado sobre ela na vida da igreja agradvel (casa do banquete) na qual ela sustentada por Ele, Cristo, como o po da vida (Jo 6:35 bolo de passas) e confortada por Ele com o fruto da vida (Ap. 2:7; 22:2 mas) para curar a sua paixo. Cristo nos sustenta com Ele mesmo como po e nos conforta Consigo mesmo como fruto.

    B. Ele Cuida do Descanso Dela Nele

    "Conjuro-vos, filhas de Jerusalm, pelas gazelas e cervas do campo, que no acordeis, nem desperteis o amor, at que este o queira" (v. 2:7). Aqui ns vemos que Ele cuida do descanso dela Nele.

    1. Considerando-A como Algum que se Agita Facilmente

    Ele a considera como algum que se agita facilmente (gazelas ou cervos do campo). Todo aquele que ama Cristo uma pessoa que pode agitar-se facilmente.

    2. Advertindo Solenemente os Crentes Intrometidos

    Ele adverte solenemente (conjura) os crentes intrometidos (as filhas de Jerusalm). Entre os santos na vida da igreja, h vrias irms e irmos intrometidos. Eles se preocupam com os assuntos dos outros e no se preocupam com as suas prprias necessidades de amar o Senhor e crescer na vida divina. Tal intromisso expressa pelas filhas de Jerusalm.

    3. No Despert-La de Sua Experincia em Cristo e do Seu Descanso Nele

    A advertncia Dele que ningum a desperte da sua presente experincia de Cristo e do seu descanso Nele. Na sua vida Crist ela atingiu o objetivo de descansar e experimentar Cristo e estar satisfeita na vida da igreja. Temporariamente, Cristo concorda com a situao dela e no quer que ningum a desperte. Este o fim do primeiro estgio da vida Crist da amada de Cristo. Muitos de ns podemos testificar por experincia que esta situao verdadeira. Neste momento ns podemos dizer, "eu estou descansando em Cristo e estou desfrutando

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    Cristo. Eu estou protegida por Ele e estou Nele. A vida Dele meu leito, e a Sua morte e ressurreio so as vigas que me abrigam. Aqui na vida da igreja o amor de Cristo a bandeira estendida sobre mim. Eu estou satisfeito".

    4. At que Ela Se Sinta Confortvel em Sua Segunda Busca do Amado

    Ele lhe permite permanecer em repouso at que ela se sinta confortvel na sua segunda busca aps Ele (ela se agrada). Como ns veremos quando chegarmos prxima seo, Cristo no pretende que Sua amada permanea neste primeiro estgio. Ela precisa entrar no segundo estgio da vida Crist da amada de Cristo o estgio de experimentar a cruz de Cristo para o quebrantamento do ego. A amada de Cristo no deve permanecer em seu ego, permitindo que o ego se torne o centro, mas deve sofrer o quebrantamento do ego pela cruz.

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    MENSAGEM TRS

    CHAMADA PARA SER LIBERTA DO EGO PELA UNIO COM A CRUZ

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 2:83:5 Em Cntico dos Cnticos 2:83:5 a amada de Cristo chamada por Ele para ser liberta do ego pela sua unio com a cruz. Este o segundo estgio na experincia da amada de Cristo. Trs palavras importantes nos ajudam a interpretar esta seo: a cruz, o ego, e a introspeco. A cruz denotada pelas fendas dos penhascos e o esconderijo das rochas escarpadas (v. 2:14). Estes so lugares de refgio, mas eles so speros, e poucos estariam dispostos a irem l. As fendas dos penhascos e o esconderijo das rochas escarpadas significam seguramente a cruz como o lugar de refgio para o homem cado. O lugar mais seguro para ns estarmos a cruz. Embora no tenha nenhuma figura do ego em Cntico dos Cnticos, de acordo com a experincia Crist ele manifestado no segundo estgio. No primeiro estgio, a amada de Cristo O procura, recebe ajuda na comunho no interior da recmara, e entra na vida da igreja onde ela experimenta transformao. Ela entra no descanso e gozo de Cristo pela sua completa satisfao. Ento o ego se manifesta, e a amada de Cristo comea a s querer ser perfeita. Isto o ego. O ego muito sutil. Em Mateus 16, depois que o Senhor Jesus desvendou o caminho da cruz para o cumprimento da economia de Deus, Pedro mostrou seu amor pelo Senhor dizendo, "Tem compaixo de ti, Senhor! Isso de modo algum te acontecer!" (v. 22). Pedro pensou que isso era a sua prpria palavra. De fato, Pedro falou pelo seu ego que tinha se

    tornado um com Satans. O Senhor Jesus reprovou Pedro que disse, "Arreda! Satans!" (v. 23a). Ento o Senhor falou sobre negar o ego (v. 24). Isto revela que o ego a humanidade satnica; o homem possudo e usurpado por Satans. Como resultado, o homem em sua humanidade cada s se preocupa consigo mesmo. Porque tudo para ele, o egosmo visto em todos os tipos de relacionamentos entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre patres e empregados. Ns no deveramos pensar que podemos ser to espirituais que j no temos mais problemas com o ego. At mesmo a amada de Cristo, aquela que anseia por Ele, O busca, e O recebe, ainda est preocupada com o ego. Ns ainda temos uma parte de ns que cada e satnica, e esta parte permanecer conosco at que nosso corpo fsico seja redimido, isto , at que ns tenhamos sido redimidos ao mximo da velha criao. Esta era at mesmo a situao do apstolo Paulo. Ele tinha recebido tantas vises e revelaes, contudo ele percebeu que ele ainda estava na humanidade cada (2Co 12:7). Embora

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    tambm ns ainda estejamos na humanidade cada, no deveramos viver nela e no deveramos viver por ela. Como um crente experiente em Cristo, posso testificar que quanto mais velho eu me torno, mais fico aborrecido pela velha criao, pela humanidade cada, satnica. Conforme ns veremos quando chegarmos ao final de Cntico dos Cnticos, a amada de Cristo eventualmente sente saudades, porque ainda est na velha criao. Ela deseja ser perfeita como Cristo que no tem nada absolutamente a ver com qualquer coisa da velha criao. Ela foi restaurada por Deus para ser uma nova criao, contudo, de acordo com a economia de Deus, Deus permitiu que uma parte da velha criao permanecesse com ela. Ns podemos ter algum sucesso ao buscar Cristo e podemos atingir certa medida de satisfao. Entretanto, ns podemos perguntar, "Como eu posso manter isto? Como eu posso me manter nesta condio?" Neste momento o ego entra. O ego surge de debaixo da falsa capa da introspeco. De fato, o ego constitudo com introspeco. Introspeco se observar olhando para dentro de voc. A Bblia nos ensina

    a sempre olhar para Jesus (Hb 12:2). Ns no deveramos olhar para ns mesmos. Nosso ego no merecedor de olharmos para ele. No obstante, toda pessoa espiritual que atinge uma situao de satisfao em Cristo, eventualmente cai em introspeco, no somente ao observar o ego, mas tambm analis-lo. Quando eu era um jovem crente, eu frequente-mente olhava muito para mim. Eu no gostava de fazer qualquer coisa que no glorificasse o Senhor. Mas de fato eu no estava preocupado com o Senhor; eu estava preocupado comigo mesmo e com o que os outros pensariam de mim. Olhar desta maneira para dentro de ns mesmos a maior derrota na vida espiritual e o maior sucesso do inimigo. Ao ajudar os outros que esto buscando ser espirituais, ns podemos encoraj-los a orar e confessar suas faltas ao Senhor. Tal orao e confisso so normais. Porm, em alguns casos ns deveramos encorajar os outros a parar de confessar e simplesmente crer que o sangue de Jesus lmpa-os e que Deus fiel e justo para perdo-los (1 Jo 1:7, 9), lembrando-os de que Deus fiel para honrar a redeno de Cristo. Quando ns somos introspectivos, ns podemos confessar a mesma questo vez aps vez, pensando que quanto mais ns confessarmos, mais perdo ns receberemos. Este tipo de confisso vem do ego satnico; o resultado de se analisar em coisas espirituais. Somente a cruz de Cristo pode nos libertar de tal situao causada pela introspeco. Portanto, ns precisamos ser chamados para sermos libertos do ego pela nossa unio com a cruz. Quando ns nos tornamos um com a cruz, nos escondendo nas fendas dos penhascos e no esconderijo das rochas escarpadas, ns seremos libertos do ego.

    I. PELO PODER DA RESSURREIO DE CRISTO

    ATRAVS DE SUA COMUNHO

    A amada de Cristo chamada para ser liberta do ego pela sua unio com a cruz pelo poder da ressurreio de Cristo atravs da comunho Dele (v. 2:8-9).

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    A. Chegando, Galgando sobre os Montes e Pulando sobre os Outeiros

    "Ouo a voz do meu amado; ei-lo a galgando os montes, pulando sobre os outeiros" (v. 8). Este galgar e pular significa o poder de Cristo para superar dificuldades e barreiras. Como Aquele que a ressurreio, Ele seguramente tm Suas maneiras de superar dificuldades e barreiras. Todas as dificuldades que atrapalham nossa comunho com Cristo procedem do nosso lado. Muitos "montes" e "outeiros" nos impedem de vir a Ele, mas Ele nunca frustrado, porque Ele pode "saltar" e pode pular". Como ns podemos ir para a fenda dos penhascos, para o esconderijo das rochas escarpadas? Ns no temos fora para fazer isto. A nica maneira que podemos ir para a cruz pelo poder da Sua ressurreio (Fp 3:10). Portanto, Cristo vem para a auto-satisfao daquela que O busca no poder de ressurreio.

    B. Sendo Comparado a um Gamo ou Filho da Gazela

    "O meu amado semelhante ao gamo ou ao filho da gazela" (v. 2:9a). A palavra cora no ttulo do Salmo 22 com respeito ressurreio significa Cristo em ressurreio. Cristo comparado a um filho da gazela significa que o Seu poder o poder de ressurreio.

    C. Em P atrs de "Nossa Parede"

    "Eis que est detrs da nossa parede" (v. 9b). A posio Dele atrs de "nossa parede" significa que a introspeco da amada com problema de ego faz separao entre ela e Ele.

    D. Olhando atravs das Janelas e Espreitando pelas Grades

    "Olhando pelas janelas, espreitando pelas grades" (v. 9c). As janelas e a grades significam aberturas estabelecidas por Deus para Ele ter comunho, conversar mais intimamente com ela. No importa o quanto tentamos nos esconder secretamente, haver sempre uma janela pela qual Cristo poder nos ver. Pelo fato de o homem ter cado, parecia no haver nenhuma maneira para Deus tocar o homem ou ter comunho com o homem. Mas a conscincia do homem uma janela com uma grade que est aberta para Deus entrar e contatar o homem cado. Ns deveramos nos lembrar disto quando sairmos para pregar o evangelho. Quando ns estamos pregando o evangelho, ns precisamos aprender a tocar a conscincia dos outros.

    II. ENCORAJADA A REAGIR COM O FINAL DO INVERNO E A CHEGADA DA PRIMAVERA DA RESSURREIO NO FLORESCER DAS SUAS RIQUEZAS

    Nos versos 10 a 13 a amada encorajada a reagir por causa do final do inverno e a chegada da primavera da ressurreio no florescer de suas riquezas. O Amado encoraja a Sua amada a sair detrs da parede.

    A. A Amada de Cristo Falhando em Responder a Ele na Sua Comunho

    "O meu amado fala e me diz" no verso 10a indica que a amada de Cristo no respondeu a Ele na Sua comunho. Se a amada tivesse dado uma resposta adequada, no teria sido necessrio para o Amado falar novamente.

  • 16

    B. Abatida Por Causa de Sua Condio

    "Levanta-te, querida minha" (v. 10b) indica que ela estava abatida por causa de sua condio, portanto Cristo pediu a Sua amada para se levantar. Sempre que ns temos algum sucesso em nossa busca espiritual, o resultado uma condio depressiva. Tal condio principalmente devido ao ego e a introspeco.

    C. Cristo Querendo que Ela saia de Sua Condio Depressiva para estar com Ele

    As palavras "Formosa minha, e vem" (v. 10c) indica que Cristo na Sua avaliao dela queria que ela sasse da sua condio depressiva para estar com Ele. Esta uma palavra de encorajamento.

    D. O Tempo de Dormncia e Tratamentos j Terminaram

    "Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi" (v. 11). Isto indica que o tempo de dormncia (inverno) e tratamentos (chuva) terminou e que o tempo de primavera (ressurreio) est chegando.

    E. O Florescer das Riquezas da Ressurreio de Cristo

    "Aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra / A figueira comeou a dar seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma (v. 12-13a). Aqui "flores", "cntico, "voz da rla", "flor", e "fragrncia" indica o florescer das riquezas da ressurreio de Cristo. Tudo isto so sinais de ressurreio. Quando ns cantamos, ns estamos em ressurreio. Sempre que nossa boca est fechada, ns estamos no inverno.

    F. A nsia de Cristo ao Pedir para Sua Amada que Saa da Introspeco do Seu Ego para Estar com Ele

    "Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem" (v. 13b). Estas palavras repetidas indicam a nsia de Cristo ao pedir para Sua amada que saia da introspeco do seu ego para estar com Ele. Porm, no fcil algum sair da introspeco. muito difcil ajudar um irmo ou irm que so introspectivos. s vezes leva um ano ou mais antes que tal pessoa possa ser ajudada a sair da introspeco do seu ego.

    III. CHAMADA PARA ESTAR EM UNIO COM A CRUZ

    Nos versos 14 e 15 a amada chamada para estar em unio com a cruz. Considerando que no Novo Testamento ns temos uma palavra clara com relao cruz, em Cntico dos Cnticos a cruz expressa atravs de figuras de linguagem.

    A. Cristo Deseja Ver o Semblante Adorvel da Sua Amada e Ouvir a Sua Doce Voz em Sua Unio com a Cruz

    "Pomba minha, que andas pelas fendas dos penhascos, no esconderijo das rochas escarpadas, mostra-me o rosto, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz doce, e o teu rosto, amvel" (v. 14). Aqui Cristo, considera Sua amada simples (Pomba Minha), quer ver

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    o semblante adorvel da Sua amada e ouvir a sua doce voz na sua unio com a cruz (as fendas do penhasco). Aqui ns vemos um chamado de Cristo para Sua amada estar em unio com a cruz. Esta questo sobre a cruz o ponto central nesta seo para a libertao do ego. Se eu fosse a amada, eu poderia ter dito, "Meu amado, eu no posso chegar at s fendas dos penhascos. As fendas so muito altas e o caminho muito spero. Eu no tenho fora suficiente para poder chegar l". Mas aqui Cristo estava indicando a Sua amada que ela poderia entrar para dentro da experincia da cruz pelo poder da Sua ressurreio. A cruz objetiva tem que se tornar nossa experincia subjetiva. Ns precisamos entrar na cruz e a cruz tem que entrar em ns. Deste modo, ns e a cruz tornamo-nos um. Nossa unidade com a cruz nossa salvao. Ser liberto do ego significa ser salvo do ego por se tornar um com a cruz. Diariamente ns deveramos ser conformados morte de Cristo pelo poder da Sua ressurreio (Fp 3:10). Sem a unio com a cruz, ns no poderemos ser libertos do ego. Eu aprecio o coro do hino que diz: "Pela Cruz, Senhor, eu oro, / Leva embora a minha vida da alma; / Faz-me qualquer preo pagar, / Para plena uno

    receber" (Hino 279). Ns precisamos estar dispostos a pagar o preo para entrar na experincia subjetiva da cruz.

    B. Cristo Advertindo Sua Amada a ficar Atenta s Suas Peculiaridades, Hbitos e Introspeces, as Quais Arrunam a Sua Ressurreio para a Amada

    "Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas esto em flor" (v. 2:15). Cristo incumbe a Sua amada a estar atenta s suas peculiaridades, hbitos e introspeces (raposinhas) as quais arrunam a Sua ressurreio para a amada (nossas vinhas em flor). As raposinhas que arrunam as vinhas significam nossas peculiaridades, nossos hbitos, e nossas introspeces, e as vinhas significam a vida da igreja. Ser espiritual bom, mas conduz frequentemente s peculiaridades. Quase toda pessoa espiritual estranha, tem alguma caracterstica peculiar. Quando ns ficamos estranhos, ns no mais somos espirituais. Ao invs disto, nos tornamos um problema para a igreja. A libertao da peculiaridade a cruz.

    IV. A REJEIO E O FRACASSO DA AMADA

    Em 2:163:1 ns vemos a rejeio e o fracasso da amada.

    A. Ela Percebe que Cristo Pertence a Ela e Ela a Cristo, Contudo Ele no Est com Ela

    "O meu amado meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lrios" (v. 16). Ela percebe que Cristo pertence a ela e ela a Cristo de acordo com o seu sentimento, contudo Ele no est com ela, mas Ele est apascentando Seus seguidores puros e confiantes (apascentando entre os lrios). Neste momento ela e Cristo no so um.

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    B. Rejeitando-O e Pedindo a Ele que Espere at que Sua Condio Depressiva Termine

    "Antes que refresque o dia e fujam as sombras, volta amado meu; faze-te semelhante ao gamo ou ao filho das gazelas sobre os montes escabrosos" (v. 17). Aqui ela O rejeita pedindo-Lhe que espere at que a sua condio depressiva termine e ento ela volte para a Sua ressurreio, como uma gazela ou um filho da gazela, na poca da separao deles, a qual somente por Ele poderia ser eliminada e no por ela (nos montes Escabrosos). A palavra Escabroso quer dizer "separao". A amada parecia estar dizendo a Ele, "Senhor, eu no estou pronta. Por favor, no venha agora, mas espere at que minha condio termine. Seja como uma gazela nos montes escabrosos". Esta separao, este monte, um problema, e s pode ser removido por Ele.

    C. Na Sua Introspeco, Ela Busca o Amado, mas no O Encontra

    "De noite, no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e no o achei" (3:1). Na sua introspeco, a condio depressiva, ela busca o Amado, mas no O encontra.

    V. O DESPERTAR E O RETORNO DA AMADA

    Cntico dos Cnticos 3:2-4 fala do despertar e do retorno da Amada.

    A. Ela Se Levanta Para Buscar o Amado nos Moldes e nos Mtodos da Jerusalm Celestial

    "Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praas; buscarei o amado da minha alma. Busquei-o e no o achei" (v. 2). Ela se levantou da sua introspeco para buscar o Amado nos moldes e nos mtodos da Jerusalm Celestial (expressado pela Jerusalm terrena).

    B. Aqueles que Cuidam do Povo de Deus nos Moldes da Jerusalm Celestial A Encontra

    "Encontraram-me os guardas, que rondavam pela cidade. Ento, lhes perguntei: vistes o amado da minha alma?" (v. 3). Aqueles que cuidam espiritualmente do povo de Deus (Hb 13:17) nos moldes da Jerusalm celestial a encontra, e ela lhes pergunta se eles viram Aquele a quem ela ama.

    C. Encontrando o Seu Amado e Agarrando-O

    "Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e no o deixei ir embora, at que o fiz entrar em casa de minha me e na recmara daquela que me concebeu" (v. 3:4). No muito depois de deixar aqueles que cuidam do povo de Deus, ela encontra o seu Amado, e O agarra e no deixa que Ele v at que O leve para o Esprito da graa pelo qual foi regenerada (a casa de sua me as recmaras Hb 10:29; Gl 4:26; Ef 2:4-5; Gl 5:4) para uma ntima comunho. A casa da me era o lugar onde ela nasceu, e a recmara da me era o lugar onde ela foi concebida. A me a graa. De acordo com Glatas 4:25-26, a Jerusalm l de cima a qual

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    nossa me representa o princpio da graa que produz os herdeiros livres e a Jerusalm terrena produz filhos da escravido. A recmara da me significa o amor que do Pai. O amor do Pai resulta em graa. Efsios 2:4-5 diz que Deus nos amou e ento nos salvou por meio da Sua graa. Ns fomos concebidos no amor de Deus e nascidos pela graa de Deus. Embora a amada de Cristo tenha cado na introspeco, um dia ela acordou e percebeu que ela era uma pecadora salva pela graa. Ento ela pde dizer, "Deus me amou e Cristo me salvou pela graa". Segunda Corntios 13:14 fala da graa de Cristo, o amor de Deus, e a comunho do Esprito Santo. O Esprito traz o amor de Deus e transmite a graa de Deus a ns. Consequentemente, o Esprito chamado de o Esprito da graa (Hb 10:29). Assim que a amada percebeu que ela era uma pecadora salva pela graa, ela foi reavivada. Encontrando ento o seu Amado, ela o agarrou e no O deixou ir. Ela trouxe Cristo para a casa de sua me onde ela nasceu pela graa, e para a recmara onde ela foi concebida em amor. Como a recmara a parte interior da casa, assim o amor de Deus a parte interior da graa de Cristo. Como pessoas salvas, ns temos ambos o amor de Deus e a graa de Cristo.

    VI. CRISTO ADVERTINDO AS FILHAS INTROMETIDAS A NO DESPERT-LA

    "Conjuro-vos, filhas de Jerusalm, pelas gazelas e cervas do campo, que no acordeis, nem desperteis o amor, at que este o queira" (v. 3:5). Aqui Cristo adverte os crentes intrometidos (as filhas de Jerusalm) a no despert-la de sua experincia de Cristo na sua libertao do ego, isolada na sua introspeco, na sua comunho ntima com Ele at que

    ela sinta confortvel na sua prxima experincia Dele (at que ela queira).

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    EESSTTUUDDOO--VVIIDDAA DDEE

    CCNNTTIICCOO DDOOSS CCNNTTIICCOOSS

    MENSAGEM QUATRO

    CHAMADA PARA VIVER EM ASCENSO COMO A NOVA CRIAO EM RESSURREIO

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 3:65:1 No segundo estgio (v. 2:83:5) a amada de Cristo aprendeu trs lies bsicas: o poder da ressurreio, as riquezas da ressurreio, e a vida da cruz. O poder da ressurreio de Cristo exemplificado por Cristo como uma gazela e um filho da gazela galgando sobre os montes e saltando os outeiros (v. 2:8-9). As riquezas da ressurreio de Cristo so expressas pelas plantas, a voz de pomba, e as vrias fragrncias da primavera (v. 12-13a). A vida da cruz expressa pelas fendas do penhasco e o esconderijo das rochas escarpadas (v. 14). A vida da cruz vivida pelo poder da ressurreio e encorajada pelas riquezas da ressurreio. No prximo estgio o chamado para viver em ascenso como a nova criao em ressurreio (v. 3:65:1) ns precisamos aprender a lio de discernir o esprito da alma (Hb 4:12). Poucos Cristos de hoje so capazes de discernir o esprito da alma. Muitos na verdade acreditam que na Bblia as palavras esprito e alma so sinnimos, embora 1 Tessalonicenses 5:23 fale de "esprito e alma e corpo". Se ns no percebemos que o esprito diferente da alma, ns no poderemos alcanar o estgio de ser chamados para viver em ascenso como a nova criao em ressurreio. Ascenso est nos cus. Embora ns estejamos na terra, como crentes em Cristo o nosso esprito regenerado est unido a Deus o Esprito nos cus. Estes dois espritos so um. Isto como eletricidade: est na estao de energia e tambm em nossa casa, contudo h uma corrente. Quando ns estamos em nosso esprito, ns somos unidos ao Cristo ascendido nos cus. Viver em ascenso significa ter uma vida Crist todo o tempo em nosso esprito. Isto requer que ns discirnamos nosso esprito da nossa alma. Se ns amarmos os outros por meio da nossa alma, ns estaremos na terra, no em ascenso. Mas, se ns amarmos por meio do nosso esprito, ns estaremos em ascenso. Ns estaremos ascentados nos cus

    com Cristo (Ef 2:6). Posicionalmente, ns estamos l ascentados, mas ns precisamos viver em ascenso. Depois de nos chamar cruz, Cristo nos chama para viver em ascenso como a nova criao em ressurreio mais adiante.

    I. A NOVA CRIAO

    Cntico dos Cnticos 3:64:6 est relacionado nova criao.

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    A. Pela Unio Completa da Amada com Cristo

    A amada de Cristo se torna uma nova criao pela sua unio completa com Cristo (v. 3:6-11). Ns estvamos unidos com Ado que nos tornou a velha criao. Agora ns estamos em unio com Cristo, assim ns somos uma nova criao. Segunda Corntios 5:17 diz, "Se algum est em Cristo, nova criao.

    1. Ela Vem do Egito como Pessoa Inabalvel no Poder do Esprito

    Que isso que sobe do deserto, como colunas de fumaa, perfumado com mirra, e de

    incenso, e de toda sorte ps aromticos do mercador?" (v. 3:6). Ela (como um vencedor eleito representativo de Deus) vem do Egito (deserto) como pessoa no poder inabalvel do Esprito (x. 14:19-20), perfumada com a doce fragrncia da morte e ressurreio de Cristo e com todas as fragrantes riquezas de Cristo como um mercador. O Senhor precisa de pessoas vencedoras, aqueles que so perfumados, permeados, com a fragrncia das riquezas de Cristo.

    2. Ela a Vitria do Cristo Vitorioso

    a liteira de Salomo; sessenta valentes esto ao redor dela, dos valentes de Israel. Todos

    sabem manejar a espada e so destros na guerra; cada um leva a espada cinta, por causa dos temores noturnos" (v. 3:7-8). Ela a vitria (liteira para o descanso e vitria noite) do Cristo vitorioso, cheio do poder dos vencedores entre os eleitos de Deus que carrega Cristo at mesmo em tempos de dificuldades, e estes vencedores so peritos na guerra, enquanto esto lutando com suas armas em tempos de temores.

    3. Ela um Palanquin como uma Carruagem de Cristo

    "O rei Salomo fez para si um palanquim de madeira do Lbano. Fez-lhe colunas de prata, a espalda de ouro; o assento de prpura, e tudo interiormente ornado com amor pelas filhas de Jerusalm" (v. 9-10). Ela um palanquim (durante o dia) como uma carruagem de Cristo, feita pelo prprio Cristo da mais nobre, e elevada humanidade (a madeira do Lbano), tendo a natureza de Deus (ouro) como sua base, a redeno de Cristo (prata) como seus assentos, a realeza (prpura) trono como seu assento, e o amor dos crentes que cobrem o interior.

    4. O Esprito Ordena aos Vencedores Crentes para No Olharem para Si mesmos, mas para Cristo na Sua Humanidade

    "Sa, filhas de Sio, contemplai o Rei Salomo com a coroa com que a sua me o coroou no dia do seu desposrio, no dia do jbilo do seu corao" (v. 11). Aqui o Esprito ordena aos vencedores crentes para no olharem para si mesmos, mas para Cristo na encarnao da Sua humanidade como uma coroa da Sua ostentao, na poca do desposrio dos crentes com Cristo, um dia de alegria do Seu corao. Se Cristo no tivesse humanidade, Ele no poderia nos desposar. Porque ns somos humanos, ns no poderamos ser noiva Dele a menos que Ele tambm tivesse humanidade. Portanto, nosso noivado com Cristo depende da humanidade Dele, a qual

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    a Sua coroa. A humanidade que Cristo vestiu na Sua encarnao e elevada em Sua ressurreio a Sua coroa. Ns precisamos olhar para Cristo em Sua humanidade. Nesta conjuntura, ns deveramos notar que a unio da cama com seu dormente, a unio do palanquim com seu cavaleiro, e a unio da noiva com o seu noivo, indicado nos trs artigos acima, todos significam a unio completa da amada com Cristo. Porque ns fomos unidos a Cristo, ns nos tornamos a nova criao.

    B. A Beleza da Amada, a Noiva, como a Nova Criao

    Em 4:1-5 ns vemos a beleza da amada, a noiva, como a nova criao.

    1. A Beleza na Sua Singeleza e o Discernimento pelo Esprito

    "Como s formosa, querida minha, como s formosa! Seus olhos so como os das pombas e brilham atravs do teu vu. Os teus cabelos so como rebanhos de cabras que descem ondeantes do monte de Gileade" (v. 1). Neste verso ns vemos a beleza em sua singeleza e discernimento pelo Esprito que invisvel aos estranhos, e na sua submisso e obedincia atravs do alimentar de Deus que subjuga a sua desobedincia entre as pessoas desobedientes.

    2. A Sua Beleza em Receber o Alimento Celestial

    "So os seus dentes como um rebanho das ovelhas recm-tosquiadas, que sobem do lavadouro, e das quais todas produzem gmeos, e nenhuma delas h sem crias" (v. 2). Isto fala da beleza do seu receber o alimento celestial pelo seu poder o qual foi tratado pela cruz, torna claro pelo lavar do Esprito, e fortalecido e equilibrado duplamente, sem perder a fora.

    3. A Beleza em Seu Falar com a Redeno de Cristo e a Sua Autoridade

    "Seus lbios so como um fio de escarlata, e tua boca formosa; as tuas faces como rom partida, brilham atravs do vu" (v. 3). Esta a beleza dela em seu falar com a redeno de Cristo e Sua autoridade pela sua boca adorvel e na sua expresso cheia de vida a qual oculta.

    4. A Beleza em Sua Vontade Submissa Cristo

    "O teu pescoo como a torre de Davi, edificada para arsenal; mil escudos pendem dela, todos broquis de soldados valorosos" (v. 4). Aqui ns temos a beleza em sua vontade submissa Cristo que a riqueza do poder defensor.

    5. A Beleza em Sua Tenra F e Amor

    "Os teus dois seios so como duas crias, gmeas de uma gazela, que se apascentam entre os lrios" (v. 5). Isto fala da beleza na sua tenra f e o amor fortalecido duplamente e nutrido num ambiente de vida pura e confiante.

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    C. Sua Perseguio Mais Profunda

    O verso 6 fala da sua perseguio mais profunda: Antes que refresque o dia, e fujam as

    sombras, irei ao monte da mirra e o outeiro de incenso". Na sua perseguio mais profunda, ela deve ir e permanecer na morte e ressurreio de Cristo em seus altos cumes at que Cristo venha, quando o dia amanhece e as sombras fogem. Anteriormente, ela tinha medo das fendas dos penhascos e dos esconderijos das rochas escarpadas, mas agora ela est disposta a estar l, permanecendo na morte e ressurreio de Cristo.

    II. CHAMADA PARA VIVER EM ASCENSO

    Nos versos 7 a 15 a amada chamada para viver em ascenso.

    A. Seu Chamado

    Nos versos 7 e 8 ns temos o chamado da Amada.

    1. Apreciando Sua Beleza e Perfeio

    "T s toda formosa, querida minha, em ti no h defeito" (v. 7). Aqui Ele aprecia a sua beleza e perfeio.

    2. Pedindo a Ela como Sua Noiva Para Sair com Ele da Sua Ascenso

    "Vem comigo do Lbano, noiva minha, vem comigo do Lbano; olha do cume do Amana, do cume do Senir e do Hermom, dos covis dos lees, dos montes dos leopardos (v. 8). Amana quer dizer "verdade", Senir quer dizer "armadura macia", e Hermom quer dizer "destruio". Neste verso Ele pede a ela como Sua noiva para sair com Ele da Sua ascenso, o lugar mais alto da verdade e da vitria de Cristo em Sua batalha, e dos lugares celestiais dos inimigos. Aqui ns temos um viver na ascenso de Cristo.

    B. Sua Resposta Silenciosa

    A amada no responde ao chamado audvel do Amado. O verso 9 indica que ela d uma resposta silenciosa: Arrebataste o meu corao, minha irm, noiva minha; arrebataste-me o corao com um s dos teus olhares, com uma s prola do teu colar". Aqui Ele a considera como algum como Ele em natureza e como a Sua noiva cuja resposta sem voz, por um olhar rpido e pela submisso dela a instruo de Deus, encantou o corao Dele.

    C. Seu Desfrute Privado Dela

    Os versos 10 a 15 descrevem o Seu desfrute privado dela.

    1. Desfrutando o Amor Maravilhoso Dela

    "Que belo o teu amor, minha irm, noiva minha! Quanto melhor teu amor do que o vinho, e o aroma dos teus unguentos do que toda a sorte de especiarias" (v. 10). Considerando ela como algum como Ele em natureza e como a Sua noiva, Ele desfruta o

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    amor maravilhoso dela que muito melhor do que o vinho, e os unguentos dela, os quais eram o Rei (1:3) e so mais fragrantes do que todos os temperos.

    2. Desfrutando a Palavra Dela como o Mel e a Fragrncia da Sua Conduta

    "Os teus lbios, noiva minha, destilam mel. Mel e leite se acham debaixo da tua lngua, e a fragrncia dos teus vestidos como a do Lbano" (4:11). Ele desfruta a sua palavra como o mel (para restabelecer o fraco) que vem dos seus lbios e as suas palavras so como mel e leite (para restabelecer o fraco e alimentar os imaturos), que esto debaixo da sua lngua, e a fragrncia da sua conduta como a fragrncia da ascenso.

    3. Considerando-A um Jardim Fechado, um Manancial Recluso, e uma Fonte Selada

    "Jardim fechado s tu, minha irm, noiva minha, manancial recluso, fonte selada" (v. 12). Ele no a considera como algo aberto e pblico, mas como um jardim fechado, um manancial recluso, e uma fonte selada.

    a. Um Jardim Fechado que Cultiva Todos os Tipos de Plantas em Cores Diferentes

    "Os teus renovos so como um pomar de roms, com frutos excelentes: a hena e o nardo; o nardo e o aafro, o clamo e o cinamomo, com toda a rvore de incenso, mirra e o alos, com todas as suas principais especiarias" (v. 13-14). Em Seu desfrute dela, ela um jardim fechado que cultiva todos os tipos de plantas em cores diferentes como expresses diferentes da vida interior numa variedade de fragrncias como a expresso rica da vida madura.

    b. Uma Fonte Selada com um Jardim Fechado Com uma Fonte que Flui gua Viva

    "s fonte dos jardins, poo de guas vivas, torrentes que correm do Lbano" (v. 15). Ele a considera uma fonte selada com um manancial recluso nos jardins como as fontes que fluem gua viva do Esprito que d vida e como torrentes da vida de ressurreio.

    III. VIVENDO UMA VIDA DE AMOR

    Cntico dos Cnticos 4:165:1 fala de viver uma vida de amor.

    A. A Resposta da Noiva

    O verso 16 a resposta da noiva: "Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas. Ah! Venha o meu amado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes". Ela deseja um ambiente difcil (vento norte) e um ambiente agradvel (vento sul) para trabalhar nela como um jardim para que sua fragrncia possa ser espalhada. Ela pede ao Amado que entre nela como um jardim e desfrute do seu fruto mais excelente. Todos ns deveramos considerar-nos um jardim para Cristo, produtores de frutos para o Seu prazer.

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    B. A Resposta do Amado

    "J entrei no meu jardim, minha irm, noiva minha; colhi a minha mirra com a especiaria, comi o meu favo de mel, bebi o meu vinho com o leite. Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, amados" (5:1). Aqui o Amado responde, convidando Seus amados amigos" o Deus Trino, a comer, beber, e beber fartamente, para desfrut-la com Ele.

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    MENSAGEM CINCO

    VIVENDO EM ASCENSO DISCERNINDO O ESPRITO DA ALMA

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 4:7-15; Hb 4:12; 1Ts 5:23; 2Co 4:16 Nesta mensagem eu gostaria de dar uma palavra sobre viver em ascenso discernindo o esprito da alma.

    O CHAMADO PARA VIVER EM ASCENSO

    Em Cntico dos Cnticos 4:7-8 o Senhor chama a Sua amada para viver em ascenso como uma nova criao em ressurreio. A nova criao somente aquela que est em ascenso em ressurreio. Sem ressurreio, no pode haver uma nova criao.

    O Senhor Expressando Sua Apreciao da Amada

    "Tu s toda formosa, querida minha, e em ti no h defeito" (v. 7). Aqui o Senhor expressa a Sua apreciao da amada para prepar-la para receber Seu chamado para viver em ascenso.

    O Chamado para Vir com Ele do Lbano

    "Vem comigo do Lbano, noiva minha, vem comigo do Lbano" (v. 8a). O Lbano uma alta montanha, significando ressurreio. Em 2:9 a amada estava em "nossa parede" do ego introspectivo. A parede est debaixo do ego. A introspeco dela tinha construdo uma parede que a separava do Senhor. Agora Ele a chama para vir com Ele a uma alta montanha que o topo da ressurreio ascenso. Cristo morreu, ressuscitou, e ento

    ascendeu. Primeiro ns experimentamos a ressurreio, e depois ento a ascenso.

    Olhando do Cume do Amana, do Cume do Senir e do Hermom

    "Olha do cume do Amana, do cume do Senir e Hermom, dos covis dos lees, dos montes dos leopardos (v. 8b). Ns mostramos que Amana significa "verdade". Consequen-temente, este o pico da revelao. Senir quer dizer "armadura macia". Armadura macia indica que a luta est terminada e a vitria foi obtida. Hermom quer dizer "destruio". O inimigo foi destrudo. Na ascenso de Cristo est a Sua vitria. No h mais nenhum lutador, pois o inimigo foi destrudo e a armadura ficou macia. Alm disso, a verdade est aqui. A verdade recorre realidade do Deus Trino tudo o que Deus , tudo aquilo que Cristo , e tudo aquilo que o Esprito . Isto ascenso.

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    Olhando dos Covis dos Lees e dos Montes dos Leopardos

    O verso 8 fala de olhar dos covis dos lees e dos montes dos leopardos. A vitria foi ganha, mas os lees e os leopardos que significam Satans e suas foras malignas ainda esto l. Estes poderes malignos tambm esto nos lugares celestiais (Ef 6:12). Cristo chama a Sua amada para olhar atravs disto, indicando que ns temos que ter nosso viver em ascenso. Em nosso viver dirio ns no deveramos viver em nossa "parede", embaixo na terra, nem deveramos viver em nossos "covis" Ns no deveramos viver em excluso. Ns fomos ressuscitados e estamos agora em ascenso; a guerra acabou, e vitria foi ganha. Porm, todos os inimigos ainda esto l, e, portanto precisamos estar alertas.

    NOSSA NECESSIDADE DE DISCERNIR O ESPRITO DA ALMA

    Viver em ascenso requer que ns discirnamos nosso esprito de nossa alma. Isto de acordo com nossa experincia.

    A Economia de Deus em Nos Salvar

    Ns temos trs partes. Ns temos um esprito, uma alma (o ego), e um corpo (1Ts 5:23). A economia de Deus em nos salvar primeiro regenerar nosso esprito morto em dar a Si mesmo para dentro dele como o elemento divino, tornando nosso esprito novo. Porm, nossa alma ainda velha. Consequentemente, depois que ns somos regenerados, nossa alma precisa ser transformada. A transformao da alma um processo gradual que vai passo a passo. Nosso corpo tambm velho. Portanto, o corpo, o homem exterior, precisa ser consumido dia a dia, enquanto o homem interior vai sendo renovado (2 Co 4:16). Este renovar continuar sem parar at que alcance seu cume com a transfigurao do nosso corpo, isto , a redeno do nosso corpo (Rm. 8:23; Fp 3:21).

    As Pessoas Salvas tm Dois Homens

    Como pessoas salvas todos ns temos dois homens. O novo homem est em nosso esprito, e o velho homem est em nossa alma. No importa se seja bom ou ruim, certo ou errado, tudo o que ns fazemos, se ns fizermos isto em nossa alma, ns estamos vivendo pelo velho homem. Por exemplo, voc pode amar certo irmo e pode querer ajud-lo. Mas se voc o ama e no o ajuda em seu esprito, mas em sua alma, voc est vivendo em seu ego, o velho homem. Isto fazer uma coisa boa no velho homem. Antes de fazer qualquer coisa neste caso de ajuda a um irmo ns temos que orar para contatar o Senhor em nosso esprito primeiro, perguntando a Ele o que Ele sente sobre o que ns pretendemos fazer. Ento em nosso esprito ns podemos ter a sensao de que o Senhor est contente.

    Esta uma indicao de que o Senhor quer que ns faamos esta coisa particular. Ento ns deveremos prosseguir e fazer isto em nosso esprito. Isto viver no esprito.

    Vivendo pelo Novo Homem

    Se ns fazemos coisas pelo velho homem na alma ou no ego, ns estamos nos mantendo

    na terra. As coisas que ns fazemos podem ser boas, mas ns estamos apesar disto na terra porque ns estamos vivendo na alma. Hoje h muitas pessoas boas que esto fazendo

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    coisas boas, mas estas pessoas esto todas vivendo na alma. Como amados de Cristo, ns precisamos perceber que nosso velho homem, incluindo nossa alma, foi crucificado (Rm. 6:6; Gl 2:20a). J no sou Eu quem vivo, mas um outro homem Cristo vive em mim (Gl 2:20b). Quando ns vivemos por este outro homem, ns somos o novo homem, porque ns estamos vivendo no esprito, no na alma.

    Vivendo em Ascenso Atravs de Viver em Nosso Esprito

    Nosso esprito est conectado aos cus por Deus como o Esprito. No esprito ns estamos nos cus, em ascenso. Viver em ascenso requer que vivamos, atuemos, movamos, e faamos tudo em nosso esprito. Por isso, ns temos que aprender a discernir nosso esprito. Se ns no conhecermos nosso esprito, se ns no soubermos discernir nosso esprito de nossa alma, ns no poderemos ser uma pessoa espiritual. Quando ns vivemos em nosso esprito, ns estamos em ascenso como a nova criao em ressurreio. Ns somos uma nova pessoa que vive em um novo universo.

    A Necessidade para Prtica

    Ns no deveramos pensar que discernir o esprito da alma algo muito difcil para ns aprendermos. Todos ns podemos aprender a fazer isto se ns praticarmos uma coisa: Ns sempre deveramos indagar ao Senhor: Senhor, este o velho homem, a alma, o velho 'eu' somente, ou Voc comigo?" Se ns sentirmos que ns estamos ss dentro do velho "eu", ento ns estamos na alma, no velho homem. Se ns sentimos que ns somos um com o Senhor e que Ele est conosco, ento ns estamos no esprito. Se ns tivermos uma comunho adequada com o Senhor, indagando Dele antes de fazer coisas, ento em nosso esprito ns teremos uma sensao profunda do que o Senhor est sentindo. Ns saberemos se Ele est contente ou no. Isto discernir a alma do esprito e viver em ascenso. Que todos ns possamos aprender a ter esta prtica mais importante em nosso viver dirio.

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    MENSAGEM SEIS

    CHAMADA MAIS FORTEMENTE PARA VIVER ALM DO VU PELA CRUZ APS

    A RESSURREIO

    (1)

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 5:26:3 Em 5:26:3 a amada de Cristo chamada mais fortemente para viver alm do vu pela cruz aps a ressurreio. No tabernculo celestial (Hb 8:2; 9:11-12, 24) um vu separa o Santo Lugar do Santo dos Santos. O vu uma figura de nossa carne (10:19-20). Para entrarmos no Santo dos Santos, o vu deve ser rasgado. Isto indica que no importa o quanto ns estamos em ascenso, em nosso esprito, ns ainda estamos na velha criao e ns ainda temos nossa carne. Portanto, at mesmo depois da experincia de viver em ascenso, ns precisamos ainda da experincia da cruz.

    Ns nunca deveramos pensar que enquanto ns ainda estamos na velha criao ns podemos atingir to alto grau de espiritualidade e que ns no estamos mais na carne. Considere o caso do apstolo Paulo que seguramente era uma pessoa muito espiritual. Depois que Deus deu para Paulo altas revelaes, foi dado a ele "um espinho na carne" para adverti-lo de que ele ainda tinha carne (2Co 12:7). Ns nunca devemos considerar que somos um "santo" ou um anJo Ns somos crentes genunos no processo de Deus da Sua economia. A economia de Deus primeiro regenerar nosso esprito e ento transformar nossa alma, mas a carne ainda est aqui. Ns precisamos ser advertidos de que se ns formos descuidados com a carne, ns danificaremos nossa vida espiritual. Pelo fato dos cristos serem frequentemente descuidados com relao carne, as divises entre os crentes so comuns. De acordo com o livro de Atos, Barnab discutiu com Paulo e se separou dele (15:35-39). Esta diviso foi causada pela inteno de Barnab querer levar seu primo Joo que tambm era chamado de Marcos com eles em uma viagem proposta para visitar as igrejas. Paulo no considerou justo levar Marcos com eles, uma vez que ele no foi com eles e se apartou deles em Panfilia no indo com eles para a obra. E houve

    uma contenda acirrada, de forma que eles se separam um do outro; e Barnab, levando Marcos, velejou para Chipre" (v. 38-39). Todo argumento envolve algo da carne. Provavelmente Paulo estava no esprito quando estava debatendo com ele, mas Barnab estava discutindo de acordo com a carne. Isto indica que at mesmo com pessoas espirituais a carne permanece e pode causar dano.

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    Ns no deveramos pensar que se ns estamos vivendo em ascenso a carne no mais est conosco. No, a carne ainda est aqui. Ns podemos estar em ascenso, mas o vu, a carne, ainda est presente. Quando Cristo foi crucificado, o vu no templo foi fendido em dois de alto a baixo (Mt 27:51). Com Cristo o vu foi rasgado, mas nosso vu ainda permanece. Portanto, ns precisamos de um chamado mais forte, no somente para permanecer em ascenso, mas para aprender as lies da cruz e viver alm do vu. Em nossa experincia, o vu e a carne devem ser rasgados, e ento ns precisamos passar atravs do vu rasgado para viver dentro do Santo dos Santos. Para isto, ns precisamos diariamente aprender a lio da cruz.

    I. UM CHAMADO MAIS FORTE DA CRUZ DEPOIS

    DA RESSURREIO E O FRACASSO DELA

    Vamos comear a considerar o chamado mais forte da cruz depois da ressurreio e depois do fracasso da amada (5:26:3).

    A. O Chamado do Amado

    Em 5:2 ns temos o chamado do Amado: "Eu durmia, mas meu corao velava; eis a voz do meu amado, que est batendo: Abra-me, minha irm, querida minha, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabea est cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite". No Seu chamado para a amada, Ele a considerou como Sua irm. Isto significa que ela tinha a mesma natureza que Ele. Aqui a amada percebeu que seu velho homem, o homem exterior, foi crucificado e o seu novo homem, o homem interior, est vivo. Ela ouviu o Amado batendo e lhe pedindo para abrir para Ele, fazendo-a lembrar do Seu sofrimento e de como Ele sofreu no Getsmani na Sua crucificao. Sua cabea estar "cheia de orvalho" e os Seus cabelos com as "gotas da noite" referem-se a Cristo sofrendo a noite no Getsmani antes da Sua morte.

    B. A Recusa Dela

    O verso 3 nos fala da recusa dela: J despi a minha tnica, hei de vesti-la outra vez? J lavei os meus ps, tornarei a suj-los?" O Amado a chamou, mas ela recusou o chamado Dele. Visto que ela j tinha tirado a sua maneira anterior de vida do velho homem pelo procedimento da cruz, como ela poderia vest-lo novamente, para isto o Seu Amado

    precisaria repetir o sofrimento Dele na crucificao? Visto que ela j tinha sido purificada pelo Seu sangue redentor, como ela poderia se sujar, j que para isto ela precisaria que o Seu Amado repetisse Seu sofrimento de morte? Estas eram as suas razes para recusar o chamado do Amado.

    C. Ela Abre a Porta

    Nos versos 4 e 5 ela abriu a porta.

    1. Seu Amado Mostrando Sua Mo Perfurada Atravs da Estreita Abertura Dela

    "O meu amado meteu a mo por uma fresta, e o meu corao se comoveu por amor dele

    (v. 4). O seu Amado mostrou a Sua mo perfurada pela sua abertura estreita de maneira

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    que seu interior foi movido a ansiar por Ele. Por experincia ns sabemos que, por um lado, ns podemos rejeitar o Senhor, mas, por outro lado, ns podemos no fechar a porta completamente. Depois de fechar a porta, ns podemos deixar uma pequena abertura pela qual o Senhor pode estender a Sua mo. Aqui a mo perfurada do Amado lembrou-a que Ele foi crucificado por ela.

    2. Levantando-se para Abrir a Porta para o Seu Amado

    "Levantei-me para abrir ao meu amado; as minhas mos destilavam mirra, e os meus dedos, mirra preciosa sobre a maaneta do ferrolho" (v. 5). Ela levantou-se e abriu a porta para o Seu Amado. Sua ao mostrou ao Seu Amado a sua apreciao para com a doura da morte Dele.

    D. O Ocultar do Amado

    "Abri ao meu amado, mas j ele se retirara e tinha ido embora; minha alma se derreteu quando, antes, ele me falou; busquei-o e no o achei; chamei-o, e ele no me respondeu (v. 6). Ela abriu para o seu Amado, mas Ele tinha se retirado e ido embora. A sua alma estava desanimada quando o Seu Amado falou. Ento ela O buscou, mas no O achou. Ela O chamou, mas Ele no respondeu.

    E. Seu Ser est Machucado

    "Encontraram-me os guardas que rondavam a cidade; espancaram-me e feriram-me; tiraram-me o manto os guardas dos muros" (v. 7). Aqueles que cuidam do povo de Deus (Hb 13:17), no conheciam o problema dela, golpearam-na e a feriram-na, pensando que ela seria ajudada pelos golpes deles. Aqueles que cuidam do povo de Deus tomaram o vu dela, a cobertura dela, envergonhando-a publicamente. s vezes ns podemos pensar que ns podemos ajudar outros os reprovando. Porm, em vez de ajud-los, esta reprovao os machuca.

    F. Ela Busca Ajuda dos Crentes Comuns

    "Conjuro-vos, filhas de Jerusalm, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleo de amor (5:8). Isto indica que por causa do seu profundo sentimento de fracasso, ela sentia que at mesmo os crentes mais jovens poderiam ajud-la. Ela os encarregou de falar ao seu Amado que ela estava doente de amor, considerando que o seu Amado poderia ter um pouco de considerao pelo seu amor por Ele.

    G. A Primeira Pergunta Daqueles a Quem Ela Pergunta

    No verso 9 ns temos a primeira pergunta daqueles a quem ela pergunta sobre o seu Amado: Que o teu amado mais do que outro amado, tu, a mais formosa de entre as mulheres? Que o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjura?" Considerando que ela a mais bela entre as mulheres, eles lhe perguntaram o que era to melhor sobre seu Amado do que outro amado que ela tanto os conjurava.

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    H. A Impresso Dela do Seu Amado

    Nos versos de 10 a 16 ela respondeu dando a sua impresso do Amado, considerando-O com muitas expresses excelentes e detalhadas.

    1. Seu Amado Puro e Contudo Cheio de Vida e Poder

    "O meu amado alvo e rosado, o mais distinguido entre dez mil" (v. 10). O Amado dela puro, contudo cheio de vida e de poder, e Ele distinto como uma bandeira levantada contra o inimigo (Is. 59:19) e para atrair os pecadores (Jo 12:32).

    2. Seu Encabear de Deus

    A sua cabea como o ouro mais apurado, os seus cabelos, cachos de palmeira, so

    pretos como um corvo" (5:11). O Seu encabear de Deus (1Co 11:3), e a submisso Dele para com Deus distinta e forte.

    3. A Expresso do Seu Sentimento Singelo e Puro

    Seus olhos so como os das pombas junto s correntes das guas, lavado em leite, postos

    em engastes (5:12). A expresso de sentimento Dele nica e pura, fluindo como o rio da

    vida, distinto e claro e em condio adequada.

    4. Seu Semblante Belo e Doce

    As suas faces so como um canteiro de blsamo, como colinas de ervas aromticas; seus

    lbios so lrios que gotejam mirra preciosa" (v. 13). A Sua face bela e doce por causa do Seu sofrimento pelas bofetadas e pelo desprezo das pessoas, e a Sua boca pura, porque libera doces palavras de graa baseadas na Sua redeno.

    5. As Suas Obras So Cheias do Poder Divino e So Perptuas Para Levar a Cabo a Vontade de Deus

    As suas mos so como cilindros de ouro, embutidos de jacintos; o seu ventre, como alvo

    marfim, coberto de safiras" (v. 14). Suas obras so cheias do poder divino e so perptuas para levar a cabo a vontade de Deus. As Suas partes internas (Fp 1:8) so cheias de sentimentos profundos, ternos sentimentos forjados pelos Seus sofrimentos sob uma clara viso celestial (x. 24:10).

    6. A Sua Posio Apoiada no Poder de Sustentao e Baseada na Natureza Divina de Deus

    As suas pernas, colunas de mrmore, assentadas em base de ouro puro; o seu aspecto,

    como o do Lbano, esbelto como os cedros" (5:15). A Sua posio apoiada no poder de sustentao e baseada na natureza divina de Deus, e Sua expresso mostra que Ele uma pessoa que ascendeu aos cus e cuja excelncia transcende todos os outros.

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    7. As Coisas Divinas So Doces ao Seu Paladar

    O seu falar muitssimo doce; sim, ele totalmente desejvel" (v. 16a). As coisas divinas so doces ao Seu paladar, Ele completamente adorvel e desejvel.

    8. A Impresso do Amado Percebida Pela Amada

    "Tal o meu amado, tal, o meu esposo, filhas de Jerusalm" (v. 16b). Esta a impresso do Amado como seu Amigo percebido pela amada. Ns tambm poderamos ser questionados sobre quanto nosso Cristo melhor que os outros, isto , por que nosso Cristo to doce para ns. Muitos de ns podemos no responder a esta pergunta adequadamente. Se voc fosse me perguntar, eu diria, "Meu Cristo O todo-inclusivo, Suas riquezas so insondveis (Ef 3:8). Ele Superior, o primeiro em todas as coisas (Cl. 1:17-18): o primognito de toda a criao (v. 17), o primeiro em ressurreio (v. 18), e o primeiro em todo o meu viver. Ele tambm a poro de Deus dado a mim para meu desfrute (v. 12). Meu Cristo o Filho de Deus que se tornou um homem. Ele era carne, mas na Sua ressurreio Ele se tornou o Esprito que d vida (1Co 15:45b). Alm disso, meu Cristo tem sete olhos que so o Esprito sete vezes intensificado (Ap. 5:6). Ns temos que nos esquecer de pregar outras coisas e pregar e ensinar somente o Cristo todo-inclusivo.

    I. A Segunda Pergunta Daqueles a Quem Ela Pergunta

    Em Cntico dos Cnticos 6:1 ns temos a segunda pergunta daqueles a quem a amada pergunta sobre o seu Amado: Para onde foi o teu amado, o mais formosa de entre as

    mulheres? Que rumo tomou o teu amado? E ns o buscaremos contigo". Considerando ainda que ela a mais formosa entre as mulheres, eles perguntaram a ela para onde o seu Amado tinha ido para que eles pudessem busc-Lo junto com ela, indicando que eles tinham sido atrados pelo testemunho dela em relao ao seu Amado. Ela era uma pessoa que buscava Cristo, e a sua busca influenciou, afetou e atraram outros.

    J. A Resposta Dela

    Versos 2 e 3 a resposta dela.

    1. Percebendo Que Seu Amado Est Dentro Dela Como Seu Jardim

    "O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de blsamo, para pastorear nos jardins e para colher os lrios (v. 2). Depois de buscar ajuda de outros, ela percebeu que Seu Amado estava dentro dela como o jardim Dele e em todos os outros crentes como canteiros de blsamo, alimentando ela e os outros crentes como os Seus jardins e reunindo os puros e confiantes. O jardim de Cristo est em nosso esprito. Em nosso esprito ns cultivamos todas as coisas belas, espirituais, divinas, e as celestiais que so doces ao Seu paladar. Isto s possvel se ns vivermos em nosso esprito. A coisa mais preciosa para um crente viver

    no esprito. Se ns vivermos em nosso esprito, nosso esprito se torna um jardim. O

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    Senhor est alimentando, pastoreando, e apascentando-nos para que possamos cultivar todos os tipos de especiarias e fragrncias para satisfaz-Lo.

    2. Dizendo a Eles Que Ela Pertence ao Seu Amado

    "Eu sou do meu amado, e o meu amado meu; ele pastoreia entre os lrios" (v. 3). Ela diz e eles, segundo a sua f, fala que ela pertence ao seu Amado e Ele a ela e que Ele est alimentando agora aqueles que so puros e confiantes. A palavra dela aqui indica que ela est agora mais amadurecida em vida do que quando ela falou a mesma palavra em 2:16.

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    MENSAGEM SETE

    CHAMADO MAIS FORTEMENTE PARA VIVER ALM DO VU PELA CRUZ APS A RESSURREIO

    (2)

    Leitura Bblica: Cntico dos Cnticos 6:4-13 Nesta mensagem ns consideraremos sobre questes adicionais de ser chamados mais fortemente para viver alm do vu pela cruz aps a ressurreio.

    II. UMA VIDA ALM DO VU

    Cntico dos Cnticos 6:4-13 fala de uma vida alm do vu. O significado intrnseco desta seo que um buscador amoroso de Cristo precisa experienciar a Sua ascenso atravs de viver no Santo dos Santos celestial alm do vu pela cruz depois que ela experimentasse a ressurreio Dele.

    A. O Elogio do Amado

    Os versos de 4 a 10 so os elogios do Amado.

    1. Seu Amado, Apreciando-A como Seu Amor, Elogiando-A Por Ela Estar Formosa como o Santurio Celestial e Graciosa como a Jerusalm Celestial

    "Formosa s, querida minha, como Tirza, aprazvel como Jerusalm" (v. 4a). O seu Amado, a aprecia como seu amor, a elogia por estar formosa como o santurio celestial (Tirza 1 Reis 14:17) e graciosa como a Jerusalm celestial (Gl 4:26; Hb 12:22), indicando que ela vive dentro do Santo dos Santos alm do vu, experienciando a ascenso de Cristo atravs da cruz depois da sua experincia da ressurreio Dele. Nos cus h o santurio de Deus que dividido em duas sees. A primeira seo chamada de o Santo Lugar, e o segundo chamado de o Santo dos Santos. Entre elas, h uma partio, uma separao, um vu. Hebreus 10:20 nos diz que o vu no santurio significa a carne. No santurio divino h a carne; isto est de acordo com a economia de Deus. Um princpio bsico na economia de Deus que Deus no um Deus de tempo e espao. Com Ele no h nenhum elemento de tempo, porque Ele um Deus de eternidade. Ns queremos posio, pensando que no h nenhuma carne nos cus, mas Deus se importa

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    com a questo. Aparentemente ns estamos nos cus, mas ns ainda temos a carne, e ns continuaremos tendo-a at que Deus realize e consuma absolutamente a Sua economia. Em nossas experincias espirituais ns fomos atrados pelo amor do Senhor e seduzidos pelo prprio Senhor em Sua doura. Ns O seguimos tomando os passos dos santos na igreja pelos sculos. Ento ns entramos em comunho com Ele em nosso esprito. Nesta comunho ns somos instrudos a como viver a vida da igreja, e na vida da igreja ns estamos sendo transformados. Ns temos beleza por meio desta transformao, e ns tambm temos descanso, proteo e satisfao. Todos estes significados espirituais se equiparam aos escritos de Salomo. O prximo estgio o de viver nos lugares celestiais como a nova criao de Deus em ressurreio. Depois de experimentar este estgio, ns precisamos continuar e experi-mentar o rasgar do vu. O vu no templo foi fendido pela morte de Cristo (Mt 27:51). Porm, o vu da carne no foi rasgado. Pelo contrrio, o vu ainda permanece para Deus usar no aperfeioamento dos Seus santos. Por exemplo, Paulo seguramente era um irmo maduro, depois de ter passado a era de viver nos cus como a nova criao de Deus em

    ressurreio. Mas, de acordo com 2 Corntios 12, Deus permitiu que lhe fosse dado um "espinho na carne" (v. 7). Aqui ns vemos que at mesmo tal pessoa madura e espiritual ainda poderia ser aborrecida pela carne. Isto indica que no importa o quanto do elemento de Deus ns possamos ter em nosso esprito regenerado, ou o quanto ns fomos santificados, renovados, transformados, e conformados imagem do Filho primognito de Deus, contanto que ns estejamos em terra, ns ainda teremos a carne. Considerando que a regenerao do nosso esprito seja instantnea, a transformao da nossa alma progressiva. A redeno do nosso corpo tambm progressiva. Paulo disse que nosso homem interior est sendo renovado, mas nosso homem exterior, nosso corpo, est se deteriorando dia a dia. Este o arranjo de Deus de acordo com a Sua economia. Deus no tem nenhum plano para ns alcanarmos to alto padro de espiritualidade em que a carne no esteja presente. A economia de Deus nos manter vivendo em ascenso como a nova criao em ressurreio, no importa quo espirituais ns possamos ser. Ns poderemos pensar que em ressurreio no deveria haver carne, mas Deus ainda precisa dela para trabalhar algo em ns. Porque a carne ainda est conosco, ns precisamos lidar diariamente com a carne vigiando e orando. Se ns no vigiarmos, a carne agir. Em nossa orao ns precisamos estar alertas, orando no esprito. Em Cntico dos Cnticos 6:4 Jerusalm um sinal de realeza. Quanto mais divinos ns somos, mais real ns nos tornamos. Ser real reinar como um rei. Romanos 5 diz que os

    que recebem a abundncia de graa e do dom da justia reinaro em vida (v. 17). No obstante, embora ns possamos ser reais e vivamos em ascenso como a nova criao de Deus em ressurreio, ainda h um vu no santurio celestial. Isto indica que no importa o quo espirituais sejamos, ns ainda estamos na carne que o vu. Portanto, ns precisamos aprender atravessar o vu diariamente atravs da cruz. Assim ns viveremos alm do vu, no Santo dos Santos o qual o prprio Deus. Este o estgio mais elevado na experincia da amada de Cristo como apresentado em Cntico dos Cnticos. Quando ns

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    alcanarmos tal estgio, ns no teremos nada que fazer, mas esperar e esperar pelo arrebatamento.

    2. Ela Terrvel como um Exrcito com Bandeiras

    A amada de Cristo tambm terrvel como um exrcito com bandeiras, erguida para

    cima como um sinal de vitria (v. 4b)

    3. A Amada Tornando-Se o Santurio Celestial e a Jerusalm Celestial Devido Sua Vitria Sobre Seus Inimigos

    Este elogio do Seu Amado indica que ela est se tornando o santurio celestial e a Jerusalm celestial devido sua vitria sobre os seus inimigos. Somente sendo um vencedor, algum que derrota os inimigos, poderemos viver alm do vu.

    4. Uma Indicao da Sua Maturidade em Vida para a Edificao de Deus

    Anteriormente a amada foi comparada a uma gua, um cavalo entre as carruagens de Fara, uma rosa de Sarom, um lrio nos vales e entre espinhos, uma pomba, uma coluna de fumaa, uma liteira, um palanquim, um jardim, e uma fonte com um fluir, mas agora ela comparada a habitao celestial de Deus e a Jerusalm celestial, indicando a maturidade dela em vida para edificao. Para a edificao do Corpo de Cristo, ns precisamos de maturidade em vida. Efsios 4:12-16 que fala da edificao do Corpo nos diz que ns precisamos de crescimento para alcanar maturidade de forma que o Corpo de Cristo possa ser edificado. A edificao da igreja de um modo geral requer s a capacidade de administrar, organizar e cuidar das coisas. Isto no algo orgnico, mas algo organizado de acordo com administrao humana. Porm, a edificao do Corpo nada tem que ver com nossa habilidade de organizar, administrar e cuidar das coisas. O Corpo de Cristo um organismo, no uma organizao. A edificao deste organismo depende de crescimento e maturidade em vida. A edificao do Corpo orgnica. Para a edificao do Corpo organicamente, ns precisamos amadurecer. Esta a razo porque ns estamos agora dando nfase neste estgio a edificao do Corpo muito mais

    do que a edificao da igreja. Primeira Timteo um livro que fala sobre a igreja como a casa de Deus (3:15). No h nada neste livro sobre a edificao do Corpo de Cristo. Primeira Timteo 3 fala do arranjo dos presbteros e diconos em seus servios, mas Efsios no fala de presbteros e diconos. Ao invs disso, fala do crescimento dos membros. Primeiro, ns precisamos crescer, e ento ns podemos aperfeioar os outros. Este aperfeioar de acordo com 2 Corntios 13 no qual Cristo est vivendo e crescendo em ns (v. 5) e ns estamos desfrutando o Deus Trino no amor do Pai, a graa do Filho, e a comunho do Esprito (v. 14). Esta a edificao do Corpo, no a edificao da igreja como um tipo de organizao. Esta edificao para a qual ns precisamos de maturidade em vida incomparvel. o Corpo orgnico de Cristo que consumar a Nova Jerusalm orgnica no novo cu e nova terra.

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    5. A Palavra do Senhor Parece Rejeio

    "Desvia de mim os olhos, porque eles me perturbam (6:5a). Esta palavra do Senhor parece rejeio (cf. Marcos 7:25-27; Joo 11:5-7; x. 32:10; Gn. 32:26), mas de fato ela expressa o convite Dele para que ela conquiste o Seu amor. Tal rejeio de fato uma maneira de dar boas-vindas. Quando o Senhor diz, "Desvia de mim os olhos," Ele realmente est dizendo que ns deveramos colocar nossos olhos Nele todo o tempo. Quando ns amamos algum, ns queremos que aquela pessoa olhe para ns todo o tempo. As palavras do Amado so palavras que a convidam a expressar seu amor para conquistar o amor Dele.

    6. Seu Cabelo Como um Rebanho de Cabras

    "Os teus cabelos descem ondeantes como o rebanho das cabras de Gileade" (6:5b). O significado aqui o mesmo em 4:1b.

    7. Seus Dentes so Como um Rebanho de Ovelhas

    "So os teus dentes como um rebanho de ovelhas que sobem do lavadouro, e das quais todas produzem gmeos, e nenhuma delas h sem cria" (6:6). O significado aqui o mesmo em 4:2.

    8. As Suas Faces so Como Rom Partida

    "As tuas faces, como rom partida, brilham atravs do vu" (6:7). O significado aqui o mesmo em 4:3b.

    9. Seu Amado Amado por muitos Crentes Diferentes

    Sessenta so as rainhas, oitenta, as concubinas e as virgens, sem nmero. Mas uma s minha pomba, a minha imaculada, de sua me, a nica, a predileta daquela que a deu luz; viram-na as donzelas e lhe chamaram-na ditosa; viram-na as rainhas e a concubinas e a louvaram (6:8-9). Aqui ns vemos que o seu Amado (Salomo, tipificando Cristo no sentido positivo) amado por muitos crentes diferentes, algumas como rainhas, algumas como concubinas, e algumas como virgens (tudo no sentido positivo potico), mas seu Amado, a considera como Seu amor e a nica perfeita, a elogia como Sua nica amada, a nica escolhida e regenerada pela graa.

    10. Seu Amado Elogiando-A ao Amanhecer

    "Quem esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol" (v. 10a). O seu Amado a elogia como o amanhecer, sendo formosa como a lua e pura como o sol, trazendo e brilhando a luz sobre os outros.

    11. Terrvel como um Exrcito com Bandeiras

    No verso 10b o Amado novamente diz que ela to terrvel quanto um exrcito com bandeiras. O significado aqui o mesmo que no verso 4b.

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    B. A Obra da Amada

    "Desci ao pomar das nogueiras, para mirar os renovos do vale, para ver se brotavam as vides, se floresciam as romeiras" (v. 11). Aqui ns vemos a obra da amada. Ela trabalha em si mesmo como um jardim que est crescendo como o vale que cultiva coisas verdes e frescas, como os brotos da videira, e como as roms florescendo. Ela trabalha em si mesma como um jardim particular para cultivar nozes, cultivar comida forte e slida. Ela no s se considera um jardim de coisas macias, mas um pomar cultivando nozes em particular para Cristo.

    C. O Progresso e a Vitria da Amada

    Os versos 12 e 13 descrevem o progresso e a vitria da amada.

    1. Ela No Est Ciente de que est Progredindo Rpido Demais

    "No sei como, imaginei-me no carro do meu nobre povo" (v. 12). Ela no est ciente de que est progredindo rpido demais como as carruagens do nobre povo que segue avante.

    2. Aqueles que so Atrados por Ela Pedem para que Ela Volte

    "Volta, volta Sulamita, volta, volta para que ns te contemplemos. Por que quereis contemplar a Sulamita, na dana de Maanaim?" (v. 13). Aqueles que so atrados por ela pedem a ela que volte para que possam olhar para ela como em dois acampamentos de um exrcito que celebram sua vitria danando (cf. Gn. 32:2). Em Cntico dos Cnticos 6:13 o no