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DEM – DIREÇÃO DE ENGENHARIA E MANUTENÇÃO
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Fax: (238) 2413258
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ET-AICE-PAV-2018-PE-03 Especificações Técnicas
Aeroporto Int’l Cesária Évora Reabilitação da Camada de Desgaste da Pista 07-25
Março de 2018
EMPRESA NACIONAL DE AEROPORTOS E SEGURANÇA AÉREA-SA
SEDE – AEROPORTO INTERNACIONAL AMÍLCAR CABRAL
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Sumário
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 5
1.1. DESCRIÇÃO DA OBRA ................................................................................................................... 5
1.2. DOCUMENTOS AUXILIARES .......................................................................................................... 5
2. DEMOLIÇÃO ............................................................................................................................................ 6
2.1. FRESAGEM DE PAVIMENTO .......................................................................................................... 6
2.1.1. DEFINIÇÃO ................................................................................................................................ 6
2.1.2. EXECUÇÃO DA UNIDADE ........................................................................................................ 6
2.1.3. CONTROLE DE EXECUÇÃO DA UNIDADE ............................................................................. 6
2.1.4. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO ........................................................................................................ 7
3. PAVIMENTAÇÃO ..................................................................................................................................... 8
3.1. REGA DE COLAGEM ....................................................................................................................... 8
3.1.1. DEFINIÇÃO ................................................................................................................................ 8
3.1.2. MATERIAIS ................................................................................................................................ 8
3.1.3. EXECUÇÃO DA UNIDADE ........................................................................................................ 8
3.1.3.1 Preparação da superfície existente .................................................................................. 8
3.1.3.2 Aplicação da rega de colagem ......................................................................................... 9
3.1.3.3 Limitações da execução.................................................................................................. 10
3.1.4. CONTROLE ............................................................................................................................. 10
3.1.4.1 Controle da qualidade dos materiais ............................................................................. 10
3.1.4.2 Controle da temperatura de aplicação ........................................................................... 11
3.1.4.3 Controle da taxa de aplicação ........................................................................................ 11
3.1.5. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO ...................................................................................................... 11
3.2. MISTURA BETUMINOSA A QUENTE TIPO BETÃO BETUMINOSO ........................................... 12
3.2.1. DEFINIÇÃO .............................................................................................................................. 12
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3.2.2. MATERIAIS .............................................................................................................................. 12
3.2.2.1 Ligante betuminoso ......................................................................................................... 12
3.2.2.2 Agregados ........................................................................................................................ 13
a) Agregado graúdo .............................................................................................................. 13
b) Agregado miúdo ............................................................................................................... 13
c) Filler .................................................................................................................................. 14
d) Aditivos ............................................................................................................................. 15
3.2.2.3 Definição da composição da mistura betuminosa ....................................................... 15
3.2.2.4 Requisitos da mistura de projeto ................................................................................... 16
3.2.3. EXECUÇÃO DA UNIDADE ...................................................................................................... 17
3.2.3.1 Estudo da mistura e obtenção da fórmula de trabalho ................................................ 17
3.2.3.2 Trecho experimental ........................................................................................................ 19
3.2.3.3 Preparação da superfície existente ................................................................................ 20
3.2.3.4 Aprovisionamento de agregados ................................................................................... 20
3.2.3.5 Fabrico da mistura ........................................................................................................... 21
3.2.3.6 Transporte da mistura ..................................................................................................... 21
3.2.3.7 Distribuição da mistura ................................................................................................... 22
3.2.3.8 Compactação da mistura ................................................................................................ 22
3.2.3.9 Juntas transversais e longitudinais ............................................................................... 23
3.2.3.10 Limitações da execução ................................................................................................ 23
3.2.4. CONTROLE ............................................................................................................................. 24
3.2.4.1 Controle da qualidade dos materiais ............................................................................. 24
3.2.4.2 Controle da temperatura ................................................................................................. 24
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3.2.4.3 Controle da qualidade da mistura produzida ................................................................ 24
3.2.4.4 Controle da qualidade da mistura compactada ............................................................ 25
3.2.5. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO ...................................................................................................... 25
3.3. TRATAMENTO SUPERFICIAL (SEAL COAT P-608) .................................................................... 26
3.3.1. DEFINIÇÃO .............................................................................................................................. 26
3.3.2. MATERIAIS .............................................................................................................................. 26
3.3.2.1 Agregados ........................................................................................................................ 26
3.3.2.2 Emulsão asfáltica ............................................................................................................ 27
3.3.2.3 Água .................................................................................................................................. 29
3.3.3. EXECUÇÃO ............................................................................................................................. 29
3.3.3.1 Preparação da superfície existente ................................................................................ 29
3.3.3.2 Mistura da emulsão ......................................................................................................... 30
3.3.3.3 Aplicação do Tratamento Superficial ............................................................................. 30
3.3.3.4 Limitações da execução.................................................................................................. 31
3.3.4. CONTROLE ............................................................................................................................. 31
3.3.5. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO ...................................................................................................... 32
4. SERVIÇOS AFETADOS ......................................................................................................................... 33
4.1. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL........................................................................................................ 33
4.1.1. DEFINIÇÃO .............................................................................................................................. 33
4.1.2. MATERIAIS .............................................................................................................................. 33
4.1.2.1 Tintas ................................................................................................................................ 33
4.1.2.2 Microesferas de vidro ...................................................................................................... 33
4.1.3. EXECUÇÃO ............................................................................................................................. 33
4.1.3.1 Preparo da superfície ...................................................................................................... 33
4.1.3.2 Pré-marcação e alinhamento .......................................................................................... 34
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4.1.3.3 Aplicação da Tinta ........................................................................................................... 34
4.1.4. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO ...................................................................................................... 35
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1. INTRODUÇÃO
Este documento contêm as especificações técnicas do Projeto Executivo de “Reabilitação da Camada
de Desgaste da Pista 07-25”, do Aeroporto Internacional Cesária Évora, na ilha de São Vicente, em Cabo
Verde.
1.1. DESCRIÇÃO DA OBRA
A obra é constituída de ações de reabilitação da Pista 07-25 (RWY 07-25), incluindo demolição de parte do
pavimento atual, aplicação de nova camada de desgaste, aplicação de tratamento superficial e reposição
dos serviços afetados. Estas ações serão executadas, durante período noturno e, de acordo com o presente
documento de especificações técnicas, e quaisquer outras alterações propostas pela FISCALIZAÇÃO,
assim como propostas do EMPREITEIRO, desde que aceites pela FISCALIZAÇÃO.
1.2. DOCUMENTOS AUXILIARES
Como suporte às especificações técnicas (ET-AICE-PAV-2018-PE-03) devem ser consultados os
seguintes documentos:
▪ PE-AICE-PAV-2018-03: Projeto executivo, contendo uma descrição sucinta dos principais pontos
do projeto
▪ DE-AICE-PAV-2018-PE-21-03: Desenho do Plano Geral de Pavimentação
▪ DE-AICE-PAV-2018-PE-22-03: Desenho contendo os serviços afetados: sinalização horizontal
▪ QM-AICE-PAV-2018-PE-03: Quadro de medições das quantidades dos serviços do projeto
executivo
▪ Todas as normas citadas neste documento
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2. DEMOLIÇÃO
2.1. FRESAGEM DE PAVIMENTO
2.1.1. DEFINIÇÃO
Consiste nas operações necessárias para a remoção, por fresagem a frio, da espessura indicada em projeto
da camada de revestimento asfáltico, de forma a regularizar e preparar a superfície para a execução da
camada de reposição.
2.1.2. EXECUÇÃO DA UNIDADE
O serviço deverá ser executado por uma ou mais máquinas fresadoras dotadas de rotor de fresagem de
eixo horizontal, capaz de fresar o pavimento existente na profundidade e largura especificadas. E demais
equipamentos adequados a atingir às condições e produção desejadas. As fresadoras estarão dotadas de
um dispositivo de controlo automático que assegure a espessura especificada, e de um dispositivo que
evite o levantamento em blocos do material.
Via de regra, todo o material fresado deverá ser transportado e destinado a vazadouros apropriados. No
entanto, a FISCALIZAÇÃO da obra e/ou a DIREÇÃO DO AEROPORTO poderão solicitar os resíduos e,
neste caso, devem ser dispostos em área indicada pelos mesmos. Para carga e transporte dos materiais
de fresagem, deverão ser empregadas máquinas tipo pá-carregadeira, caminhões basculantes, sendo a
carga sempre coberta com lona.
O transporte deverá ser cuidadoso, de maneira a evitar que sejam despejados detritos nas áreas
operacionais do aeroporto ou em vias públicas.
2.1.3. CONTROLE DE EXECUÇÃO DA UNIDADE
A fresagem deverá ser precedida da execução dos serviços topográficos de nivelamento e marcação das
espessuras de corte, de acordo com os desenhos do projeto, respeitando a conformação da seção
transversal do projeto, admitindo uma variação de altura ±0,005 m.
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2.1.4. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO
Em área (m²) realmente fresada, com espessura de fresagem igual a 4 cm. Fica incluído no preço a limpeza,
carga e transporte de material para local previamente definido.
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3. PAVIMENTAÇÃO
3.1. REGA DE COLAGEM
3.1.1. DEFINIÇÃO
Consiste na aplicação de emulsão asfáltica sobre a superfície asfáltica inferior, antes da execução de um
pavimento asfáltico, com o objetivo de garantir a aderência entre o novo revestimento e a camada
subjacente.
3.1.2. MATERIAIS
O material da rega de colagem deverá ser uma emulsão betuminosa catiónica de rutura rápida e, deverá
atender às especificações da Tabela 1-1, conforme a norma EN 13808:2013 para emulsões do tipo C60B3.
O EMPREITEIRO deve fornecer à FISCALIZAÇÃO amostras da emulsão a utilizar, acompanhadas da
documentação técnica correspondente, origem, características, etc., que deverão ser aprovadas antes da
sua utilização.
3.1.3. EXECUÇÃO DA UNIDADE
3.1.3.1 Preparação da superfície existente
A superfície sobre a qual se vai aplicar a rega de colagem deve apresentar condições aceitáveis de
nivelamento, ou seja, não apresentar saliências e nem depressões. Caso contrário, antes da aplicação da
rega de colagem, a superfície deverá ser corrigida de modo a não apresentar saliências e nem depressões.
A superfície sobre a qual se vai aplicar a rega de colagem deve ser limpa, por varrição mecânica, de modo
a eliminar todo o pó, sujidade, e qualquer outro material remanescente, obtendo assim, uma superfície, o
mais limpa possível. Caso houver manchas pretas localizadas, resultantes dos óleos do revestimento
antigo, estas devem ser eliminadas também.
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Tabela 1-1: Características técnicas da Rega de colagem
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS UNIDADE NORMA LIMITES DAS
CARACTERÍSTICAS
Teor de betume % EN 1428 58 a 62
Índice de rutura - EN 13075-1 70 a 155
Resíduo de peneiração, peneira 0,5 mm % massa EN 11429 ≤ 0,1
Tempo de escoamento, 2 mm a 40⁰C % EN 12846 35 a 80
Teor em óleo destilado % massa EN 1431 ≤ 3,0
Tendência à sedimentação % massa EN 12847 ≤ 10
Liga
nte
recu
pera
do
(EN
130
74-
1)
Penetração @ 25⁰C 0,1 mm EN 1426 ≤ 330
Temperatura de amolecimento ⁰C EN 1427 ≥ 35
Liga
nte
esta
biliz
ado
(EN
130
74-1
e 2)
Penetração @ 25⁰C 0,1 mm EN 1426 ≤ 220
Temperatura de amolecimento ⁰C EN 1427 ≥ 35
3.1.3.2 Aplicação da rega de colagem
A aplicação da rega de colagem deve ser feita por caminhões espargidores, equipados com bomba
reguladora de pressão e dispositivos que possibilitem ajustamentos verticais e larguras variáveis de
espalhamento da rega de colagem, que permitam a aplicação de forma uniforme da emulsão asfáltica.
Os caminhões espargidores ou distribuidores devem ser providos de dispositivos de aquecimento, dispondo
de tacômetro, calibradores e termômetros, em locais de fácil acesso e observação e, ainda, de um
espargidor manual.
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A temperatura de aplicação da emulsão asfáltica será tal que a sua viscosidade deverá estar compreendida
entre dez e quarenta segundos Saybolt Furol (10 a 40 sSF). A temperatura e a taxa de aplicação devem
ser aprovadas pela FISCALIZAÇÃO. A emulsão pode ser espalhada a frio, desde que a temperatura
ambiente seja maior do que 25ºC.
A taxa de aplicação de emulsão (g/m2) estabelecer-se-á em função do estado da camada subjacente, e em
nenhum caso será inferior a 500 g/m2.
A execução da rega de colagem deverá realizar-se de maneira uniforme, evitando os excessos nos pontos
inicial e final da aplicação, e para isto, deve-se demarcar o início e o fim da aplicação com faixas de papel,
que serão retiradas após a aplicação. Onde for necessário a aplicação por faixas, deverá se buscar uma
sobreposição de faixas adjacentes.
3.1.3.3 Limitações da execução
A rega de colagem não deve ser aplicada quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10⁰C, ou em
dias de chuva.
A aplicação da rega de colagem coordenar-se-á com a colocação em obra da camada betuminosa
sobreposta, de maneira a não haver perda da sua eficácia como elemento de união. Quando a
FISCALIZAÇÃO considerar necessário, efetuar-se-á outra rega de colagem, a qual não se poderá faturar
se a perda de eficácia da rega anterior for imputável ao EMPREITEIRO.
Ficará proibido todo o tipo de circulação sobre a rega de colagem, até que tenha terminado a rutura da
emulsão.
3.1.4. CONTROLE
3.1.4.1 Controle da qualidade dos materiais
Na receção da emulsão asfáltica verificar-se-á que as características declaradas pelo fabricante cumprem
com as especificações da Tabela 1-1. No entanto, a FISCALIZAÇÃO poderá determinar a realização dos
ensaios de receção se o considerar necessário, em cujo caso se poderão seguir os critérios que a seguir
se estabelecem:
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Da emulsão que chegue à obra tomar-se-ão duas (2) amostras de, no mínimo, dois quilogramas (2 kg), em
conformidade com a norma UNE EN 58, e sobre uma das amostras realizar-se-ão os seguintes ensaios:
▪ Carga das partículas, segundo a norma UNE EN 1430. ▪ Índice de rutura, segundo a norma UNE EN 13075-1. ▪ Conteúdo de água, segundo a norma UNE EN 1428. ▪ Peneiramento, segundo a norma UNE EN 1429.
A outra amostra conservar-se-á durante um período mínimo de quinze (15) dias, para realizar ensaios de
validação, se forem necessários.
3.1.4.2 Controle da temperatura de aplicação
A temperatura deverá ser verificada antes de cada aplicação, devendo ela estar compreendida na faixa de
temperaturas fixada pelas especificações.
3.1.4.3 Controle da taxa de aplicação
Para o controle da taxa de aplicação de rega de colagem, deverá ser considerado como um lote, a ser
aceito ou rejeitado, o menor entre os dois critérios seguintes:
▪ Duzentos e cinquenta metros (250 m) de pista
▪ A superfície regada diariamente
Para o lote considerado a quantidade de emulsão aplicada deverá ser controlada pela pesagem de
bandejas metálicas ou folhas de papel ou de outro material similar, colocadas sobre a superfície durante a
aplicação do ligante, em não menos de três (3) pontos distintos. Em cada uma destas bandejas, chapas ou
folhas determinar-se-á o teor de betume residual.
A FISCALIZAÇÃO determinará as medidas a adotar com os lotes rejeitados.
3.1.5. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO
A medição e faturação da rega de colagem far-se-á por metro quadrado (m2), realmente executado.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição no parágrafo
anterior. Estando incluídos nesta remuneração, além do fornecimento e aplicação do material asfáltico, os
ensaios laboratoriais e os custos diretos e indiretos de todas as operações e equipamentos.
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3.2. MISTURA BETUMINOSA A QUENTE TIPO BETÃO BETUMINOSO
3.2.1. DEFINIÇÃO
É o produto resultante da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral graduado, material
de enchimento e material betuminoso, espalhada e compactada a quente, de forma que, após a conclusão
do serviço, as declividades, espessuras e propriedades da mistura definidas em projeto sejam atendidas.
3.2.2. MATERIAIS
3.2.2.1 Ligante betuminoso
O ligante betuminoso a empregar será um betume asfáltico B 50/70, atendendo as características da Tabela
2-1. Nos resultados dos ensaios do material betuminoso devem-se incluir a curva viscosidade versus
temperatura, de modo a se poder determinar as temperaturas de mistura e compactação.
Tabela 2-1: Características Técnicas do ligante betuminoso B 50/70
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS UNIDADE NORMA LIMITES DAS
CARACTERÍSTICAS
Penetração @ 25⁰C 0,1 mm EN 1426 50 a 70
Ponto de amolecimento ⁰C EN 1427 46 a 54
Índice de penetração % massa EN 12591 -1,5 a +0,7
Ponto de fulgor ⁰C ISSO 2592 ≥ 230
Solubilidade % EN 12592 ≥ 99,0
Resistência ao
envelhecimento
UNE EN 12607-1
Variação em massa % EN 12607-1 ≤ 0,5
Penetração retida % EN 1426 ≥ 50
Aumento do ponto de
amolecimento
⁰C EN 1427 ≤ 11
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3.2.2.2 Agregados
Os agregados a utilizar nas misturas betuminosas a quente poderão ser naturais ou artificiais, sempre que
cumpram as especificações deste documento.
A FISCALIZAÇÃO poderá exigir o cumprimento de especificações adicionais quando se utilizem agregados
cuja natureza/ procedência seja duvidosa.
Os agregados não serão suscetíveis de nenhum tipo de meteorização ou alteração físico-química
apreciável debaixo das condições mais desfavoráveis que presumivelmente possam dar-se na zona da sua
utilização. Também não poderão dar origem, com a água, a dissoluções que possam causar danos a
estruturas ou outras camadas do pavimento, ou contaminar correntes de água.
Se necessário, a FISCALIZAÇÃO estabelecerá os ensaios a levar a cabo para determinar a inalterabilidade
do material.
a) Agregado graúdo
Define-se como agregado graúdo a parte do agregado total retido na peneira #4 (4,75 mm). Deve proceder
da britagem de rocha de pedra extraída em pedreira.
O agregado graúdo pode ser pedra britada ou outro material previamente aprovado pela FISCALIZAÇÃO,
que atenda as características da Tabela 2-2 e apresente boa adesividade, fragmentos sãos, duráveis e
estar isento de torrões de argila e quaisquer outras substâncias nocivas.
b) Agregado miúdo
Define-se como agregado miúdo a parte do agregado total retido na peneira #200 (0,063 mm) e que passa
totalmente pela peneira #4 (4,75 mm). Deverá ser constituído de materiais provenientes da britagem de
rocha, tais como pó-de-pedra, e que sejam resistentes e possuam moderada angulosidade. Deverá ser
isento de torrões de argila ou silte e de materiais pulverulentos.
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O agregado miúdo aprovado pela FISCALIZAÇÃO, deverá atender as características da Tabela 2-3 e
apresente boa adesividade, fragmentos sãos, duráveis e estar isento de torrões de argila e quaisquer outras
substâncias nocivas.
Tabela 2-2: Características Técnicas do agregado graúdo
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS UNIDADE NORMA LIMITES DAS
CARACTERÍSTICAS
Abrasão los Angeles % EN1097-2 ≤ 20
Índice de forma - EN 1427 0,6
Coeficiente de polimento acelerado - EN 1097-8 ≥ 50
Faces fraturadas % EN 933-5 = 100
Conteúdo de impurezas % EN 146130 ≤ 0,05
Tabela 2-3: Características Técnicas do agregado miúdo
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS UNIDADE NORMA LIMITES DAS
CARACTERÍSTICAS
Equivalente de areia % EN1097-2 ≥ 50
Conteúdo de impurezas % EN 146130 ≤ 0,05
c) Filler
Quando a presença de finos nos agregados for insuficiente para enquadrar a granulometria do concreto
asfáltico, poderão ser utilizados materiais específicos de enchimento, chamados de filler.
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O filler deverá ser constituído de materiais minerais inertes em relação aos demais componentes da mistura
e não plásticos (IP <6), tais como o cimento Portland, cal extinta, pós calcários, cinza volante e similares,
desde que atendam as características da Tabela 2-4.
Tabela 2-4: Características Técnicas do filler
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS UNIDADE NORMA LIMITES DAS
CARACTERÍSTICAS
Densidade aparente g/cm3 EN1097-3 0,5 a 0,8
Granulometria
2,000 mm
% passando EN 933-10
100
0,125 mm 85 a 100
0,063 mm 70 a 100
d) Aditivos
Quando necessário deveram ser utilizados aditivos afim de atingir as especificações técnicas. A
FISCALIZAÇÃO estabelecerá os aditivos que se podem utilizar, juntamente com as especificações que os
mesmos deverão atender. A dosagem e aplicação do aditivo deverão ser aprovadas pela FISCALIZAÇÃO.
3.2.2.3 Definição da composição da mistura betuminosa
A mistura betuminosa deverá ser composta de uma mistura de agregados bem graduados, filler se
necessário, e ligante betuminoso.
a) Granulometria da mistura de projeto
A granulometria da mistura de agregados (incluindo o filler) deverá atender ao fuso estabelecido na Tabela
2-5. A fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a 4% do total. A curva
granulométrica determinada deverá obedecer as tolerâncias de variação da Tabela 2-5.
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Tabela 2-5: Granulometria da mistura betuminosa de projeto
PENEIRA % Passante no fuso Tolerância de
variação N Abertura (mm) mín máx
1 ½” 38,1 - -
1” 25,4 - -
3/4 “ 19,1 100 - -
1/2 “ 12,5 79 99 ±6,0%
3/8 “ 9,5 68 88 ±6,0%
4 4,75 48 68 ±6,0%
10 2,0 29 49 ±5,0%
40 0,42 11 24 ±4,0%
80 0,18 6 17 ±3,0%
200 0,074 3 6 ±2,0%
a) Teor de ligante betuminoso
O teor de ligante betuminoso (% em massa sobre o total da mistura betuminosa, incluindo o pó mineral),
não deverá ser menor do que 5,0% e maior do 7,5%. Podendo ter uma variação de ±0,45% do determinado
em projeto.
3.2.2.4 Requisitos da mistura de projeto
A estabilidade e demais características da mistura asfáltica de projeto deverão ser determinadas pelo
Método Marshall e satisfazer aos requisitos indicados na Tabela 2-6.
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A mistura de projeto deverá ter como alvo um volume de vazios (VV) igual a 3,5%.
Tabela 2-6: Características Técnicas da mistura asfáltica
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS LIMITES DAS
CARACTERÍSTICAS
N de golpes em cada face do corpo de prova 75
Volume de vazios – VV (%) 2,8 a 4,2
Estabilidade (N) ≥ 9.500
Fluência máxima (0,25 mm) 10 - 14
Relação Betume Vazios – RBV (%) 70 a 80
Vazios no Agregado Mineral – VAM (%) ≥ 15
Relação filler/betume 1,3
3.2.3. EXECUÇÃO DA UNIDADE
3.2.3.1 Estudo da mistura e obtenção da fórmula de trabalho
O fabrico e a colocação em obra da mistura não se iniciarão até que a FISCALIZAÇÃO tenha aprovado a
fórmula de trabalho da mistura de projeto, estudada em laboratório e verificada na central de fabrico.
Esta fórmula estabelecerá no mínimo as seguintes características:
▪ A identificação e proporção de cada fração do agregado na alimentação e, no seu caso, depois
da sua classificação a quente, segundo a granulometria dos agregados combinados, incluído o pó
mineral, pelas peneiras indicadas na Tabela 2-5;
▪ Tipo e características do ligante betuminoso;
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▪ A dosagem de ligante betuminoso e a de pó mineral adicional, referida à massa do total de
agregados (incluído o mencionado pó mineral), e a de aditivos, referida à massa do ligante
betuminoso;
▪ Caso houver, o tipo e dosagem das adições, em relação com a massa total do agregado
combinado.
▪ A densidade mínima a alcançar.
Também deverão ser estabelecidos:
• Os tempos mínimos exigíveis para a mistura dos agregados a seco e para a mistura dos agregados
com o ligante betuminoso;
• As temperaturas máxima e mínima de aquecimento prévio de agregados e ligante. Em nenhum
caso se introduzirá no misturador um agregado a uma temperatura que supere a do ligante em
mais de quinze graus Celsius (15 ºC).
• A temperatura da mistura dos agregados com o ligante betuminoso determinar-se á dentro de uma
faixa de viscosidade do Betume igual a cento e cinquenta a trezentos centiStokes (150 – 300 cSt)
• A temperatura mínima da mistura na descarga a partir dos elementos de transporte.
• A temperatura mínima da mistura ao iniciar e terminar a compactação.
A temperatura máxima não deverá exceder os cento e oitenta graus Celsius (180º C), salvo em centrais de
tambor secador-misturador, em que não deverá exceder os cento e sessenta e cinco graus Celsius (165º
C). Em todos os casos, a temperatura mínima da mistura ao sair do misturador deverá ser aprovada pela
FISCALIZAÇÃO, de forma a que a temperatura da mistura na descarga dos caminhões seja superior ao
mínimo estabelecido.
Se o andamento das obras assim o exigirem, a FISCALIZAÇÃO poderá corrigir a fórmula de trabalho com
a finalidade de melhorar a qualidade da mistura, justificando-o devidamente mediante um novo estudo e os
ensaios oportunos. Estudar-se-á e aprovar-se-á uma nova fórmula no caso de variar a procedência de
algum dos componentes, ou se durante a produção se excederem as tolerâncias granulométricas
estabelecidas na Tabela 2-5.
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Na fórmula de trabalho, a apresentar pelo EMPREITEIRO à FISCALIZAÇÃO para a sua aprovação, deverá
constar a densidade compactada, para poder estabelecer a equivalência entre o peso da mistura
betuminosa compactada e o seu volume.
3.2.3.2 Trecho experimental
A FISCALIZAÇÃO poderá exigir a execução de um trecho experimental, com a finalidade de:
▪ Avaliar o fator de empolamento da mistura a ser lançada na pista;
▪ Avaliar a necessidade ou não de calibração da usina e dos demais equipamentos;
▪ Verificar a qualidade da mistura que a usina irá produzir.
O trecho experimental deverá ser executado após a aprovação do traço da mistura, nas dimensões mínimas
de 50m de comprimento e de 6m a 9m de largura, a ser realizado em duas faixas com junta longitudinal
fria. O trecho deverá ser executado com a mesma espessura da camada prevista e os equipamentos
deverão ser os mesmos destinados à construção da referida camada.
Deverão ser moldados pelo menos três corpos de prova com o material coletado na usina para a
determinação, em laboratório, de todas as características da massa usinada (volume de vazios,
estabilidade, fluência, RBV, etc.) e pelo menos dois para análise de teor de betume e granulometria. Após
a compactação do trecho experimental, três corpos de prova deverão ser extraídos no centro de cada uma
das faixas e outros três corpos de prova ao longo da junta longitudinal para a determinação da densidade
de campo.
Para comprovar que a fórmula de trabalho se pode cumprir depois da colocação em obra, as indicações
relativas à textura superficial e ao coeficiente de atrito transversal nas camadas de desgaste, comprovar-
se-á expressamente pela determinação da macrotextura superficial, mediante o ensaio de mancha de areia
(descrito na secção 2.3.6 da parte 2, do “Manual de serviços de aeroportos” da ICAO – DOC9137) e, o
valor médio determinado não deverá ser menor que 1 mm.
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Também se determinará a microtextura superficial, por meio de medição de atrito, com equipamento de
medição contínua do atrito, de acordo com o DOC9137 da International Civil Aviation Organization (ICAO)
e deverá atender aos valores especificados, naquela normativa, para pavimentos recém-construídos.
O trecho experimental será considerado aceito quando:
▪ os resultados da estabilidade, fluência, densidade da camada, densidade da junta e volume de
vazios estiverem 90% dentro dos limites de aceitação exigidos nesta especificação;
▪ os resultados da granulometria e teor de asfalto estiverem de acordo com os valores exigidos no
item 3.2.2 desta especificação para o tipo de mistura definido em projeto;
▪ o resultado do volume de vazios no agregado mineral estiver de acordo com o exigido na Tabela
2-6; e
▪ os resultados de macrotextura e microtextura superficial estiverem de acordo com as
recomendações do DOC9137.
A liberação para a construção ocorrerá somente quando o trecho experimental for considerado aceito pela
FISCALIZAÇÃO. Caso o trecho experimental não seja aceito, correções no projeto de mistura asfáltica ou
alteração nos equipamentos deverão ser realizadas e um novo trecho experimental deverá ser construído.
Será medido e pago apenas o trecho experimental que for considerado aceito pela FISCALIZAÇÃO.
3.2.3.3 Preparação da superfície existente
Antes da aplicação da camada de concreto asfáltico, a superfície que irá recebê-la deverá estar imprimada
(com a rega de colagem), limpa e isenta de materiais soltos.
3.2.3.4 Aprovisionamento de agregados
Os agregados serão produzidos ou fornecidos em frações granulométricas diferenciadas, que se
armazenarão e manejarão separadamente, até à sua introdução nas caçambas a frio. Cada fração será
suficientemente homogénea, e poderá ser armazenada e manejada sem perigo de segregação,
observando as precauções que a seguir se descrevem. O número mínimo de frações deve ser igual a
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quatro (4). O Fiscal poderá exigir um maior número de frações, se assim o considerar necessário para
cumprir com as tolerâncias exigidas à granulometria da mistura especificada.
Cada fração do agregado deverá armazenar-se separada das outras, para evitar contaminações. Se as
provisões forem dispostas sobre o terreno natural, não se utilizarão os quinze centímetros (15 cm) inferiores
do agregado armazenado, a não ser que o terreno se encontre pavimentado. As provisões serão
armazenadas por camadas de espessura não superior a um metro e meio (1,5 m), e não por montes
cónicos. As cargas do material colocar-se-ão de forma adjacente, tomando as medidas oportunas para
evitar a sua segregação.
Quando se detetarem anomalias na produção ou fornecimento dos agregados, estes armazenar-se-ão
separadamente até confirmar a sua aceitabilidade. Aplicar-se-á a mesma medida quando estiver pendente
de autorização a mudança de procedência de um agregado.
3.2.3.5 Fabrico da mistura
A carga de cada uma das caçambas de agregados a frio realizar-se-á de forma a que o seu conteúdo esteja
sempre compreendido entre cinquenta e cem por cento (50% a 100%) da sua capacidade, sem transbordar.
Para misturas densas a alimentação do agregado fino, mesmo quando este for de um único tipo e
granulometria, far-se-á dividindo a carga entre duas (2) caçambas.
Na descarga do misturador todos os tamanhos do agregado deverão estar uniformemente distribuídos na
mistura, e todas as suas partículas total e homogeneamente cobertas pelo ligante. A temperatura da mistura
ao sair do misturador não deverá exceder a indicada na fórmula de trabalho.
No caso de utilizar adições ao ligante ou à mistura, cuidar-se-á a sua correta dosagem e a sua distribuição
homogénea, assegurando ainda que não perca as suas caraterísticas iniciais durante todo o processo de
fabrico.
3.2.3.6 Transporte da mistura
A mistura betuminosa a quente transportar-se-á em camiões da central de fabrico à espalhadora. Para
evitar o seu arrefecimento superficial, deverá proteger-se durante o transporte com lonas ou outras
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coberturas adequadas. No momento da sua descarga para a espalhadora ou para o equipamento de
transferência, a sua temperatura não poderá ser inferior à especificada na fórmula de trabalho.
3.2.3.7 Distribuição da mistura
Salvo no caso de que a FISCALIZAÇÃO estabeleça outra diretriz, a extensão começará pela beira inferior
e realizar-se-á por faixas longitudinais. A largura destas faixas determinar-se-á de maneira que se realize
o menor número de juntas possível e se consiga a maior continuidade da extensão, tendo em conta a
largura da secção, a eventual manutenção da circulação, as caraterísticas da espalhadora e a produção da
central.
A espalhadora regular-se-á de forma que a superfície da camada estendida resulte lisa e uniforme, sem
segregações nem arrastamentos, e com uma espessura tal que, uma vez compactada, se ajuste ao rasante
e à secção transversal indicada no projeto.
A extensão realizar-se-á com a maior continuidade possível, ajustando a velocidade da espalhadora à
produção da central de fabrico, de modo a que a espalhadora não se detenha. Em caso de paragem,
comprovar-se-á que a temperatura da mistura por espalhar, na caçamba da espalhadora e debaixo desta,
não seja inferior à indicada na fórmula de trabalho para o início da compactação; caso contrário, executar-
se-á uma junta transversal.
3.2.3.8 Compactação da mistura
A compactação realizar-se-á segundo o plano aprovado pela FISCALIZAÇÃO em função dos resultados
do trecho experimental, e deverá realizar-se à maior temperatura possível, sem exceder a temperatura
máxima indicada na fórmula de trabalho, e sem que se produza uma deslocação da mistura estendida,
prosseguindo-se o trabalho enquanto a temperatura da mistura não descer abaixo da temperatura mínima
indicada na fórmula de trabalho, e enquanto a mistura se encontrar em condições de ser compactada, até
alcançar a densidade especificada no item 3.2.4.
A compactação realizar-se-á longitudinalmente, de maneira contínua e sistemática. Se a extensão da
mistura betuminosa se realizar por faixas, ao compactar uma delas ampliar-se-á a zona de compactação,
para incluir pelo menos quinze centímetros (15 cm) da faixa anterior.
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Os equipamentos de compactação deverão ser constituídos por: rolo pneumático e rolo metálico vibratório
liso, tipo tandem. Os rolos compressores, tipo tandem, deverão ter uma massa de 8t a 12t. Os rolos
pneumáticos autopropulsores deverão ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 0,25MPa a
0,84MPa. Os rolos deverão ter a sua roda motriz do lado mais próximo da espalhadora; as mudanças de
direção realizar-se-ão sobre mistura já compactada, e as mudanças de sentido deverão realizar-se com
suavidade. As rodas dos rolos deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da
mistura.
3.2.3.9 Juntas transversais e longitudinais
Sempre que seja inevitável, procurar-se-á que as juntas de camadas sobrepostas mantenham uma
separação mínima de cinco metros (5 m) no caso das juntas transversais, e de quinze centímetros (15 cm)
para as juntas longitudinais.
Ao espalhar faixas longitudinais contíguas, se a temperatura da faixa estendida em primeiro lugar não for
superior à temperatura mínima estabelecida na fórmula de trabalho para terminar a compactação, a berma
desta faixa cortar-se-á verticalmente, deixando exposta uma superfície plana e vertical em toda a sua
espessura. Seguidamente aplicar-se-á uma camada uniforme e ligeira de rega de cola, deixando romper a
emulsão o suficiente. Por último, aquecer-se-á a junta, e estender-se-á a seguinte faixa contra ela.
As juntas transversais das camadas de desgaste serão compactadas transversalmente, dispondo os apoios
precisos para os elementos de compactação, e distanciar-se-ão mais de cinco metros (5 m) as juntas
transversais das faixas de extensão adjacentes.
3.2.3.10 Limitações da execução
O fabrico e extensão de misturas betuminosas a quente efetuar-se-á quando as condições climatológicas
forem adequadas. Não devendo ser realizada quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10⁰C, ou
em dias de chuva.
Terminada a compactação e alcançada a densidade adequada, poderá abrir-se ao tráfego de aeronaves a
zona terminada, assim que a camada tenha alcançado a temperatura ambiente em toda a sua espessura.
E, mediante a prévia autorização expressa da FISCALIZAÇÃO, quando se alcançar uma temperatura de
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sessenta graus Celsius (60 °C), evitando as paragens e mudanças de direção sobre a mistura recém
estendida até que esta alcance a temperatura ambiente.
3.2.4. CONTROLE
3.2.4.1 Controle da qualidade dos materiais
Os materiais deverão cumprir com as especificações estabelecidas no item 3.2.2. Sendo que o ligante
betuminoso será ensaiado para todo o carregamento que chegar à obra.
3.2.4.2 Controle da temperatura
Deverão ser efetuadas constantemente medidas de temperatura, ao longo da jornada de trabalho, de cada
um dos itens abaixo:
▪ Agregado, no silo quente da usina;
▪ Ligante betuminoso, na usina
▪ Mistura betuminosa, na saída do misturador
▪ Mistura betuminosa, no momento do espalhamento e início da compactação
Em cada caminhão, antes da descarga, deverá ser feita, pelo menos uma leitura da temperatura. Todas as
temperaturas deverão satisfazer às temperaturas determinadas a partir da curva viscosidade x temperatura,
do ligante betuminoso, aprovada pela FISCALIZAÇÃO, admitindo-se uma tolerância de ±5ºC.
3.2.4.3 Controle da qualidade da mistura produzida
A mistura deverá ser ensaiada para a verificação de suas características por meio de amostras que
representarão um lote de material, que será considerado como um dia de produção. A FISCALIZAÇÃO
poderá alterar o tamanho do lote, se assim bem entender.
Para cada lote deverão ser realizados os seguintes ensaios:
▪ 3 (três) extrações de betume de amostras coletadas na saída da usina, no caminhão ou na pista
▪ 3 (três) determinações de granulometria, com as 3 amostras de extração de betume
▪ 3 (três) determinações da quantidade de ligante presente na mistura, para cada lote de material
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▪ 2 (dois) ensaios Marshall
Os resultados de granulometria e determinação do teor de asfalto deverão atender aos limites determinados
no projeto da mistura betuminosa, indicados em 3.2.2.3.
3.2.4.4 Controle da qualidade da mistura compactada
Para o controle da mistura aplicada deverão se realizar, no mínimo, três determinações da densidade
aparente por dia de serviço. O número de determinações pode ser alterado por determinação da
FISCALIZAÇÃO. Os corpos de prova deverão ser extraídos da mistura compactada, por meio de sondas
rotativas, em pontos determinados pela FISCALIZAÇÃO. O grau de compactação das misturas não deverá
ser menor que 96,3%.
Realizar-se-ão ainda os ensaios seguintes:
▪ Medida da macrotextura superficial, em cinco pontos do lote, aleatoriamente selecionados.
▪ Medição da microtextura por meio de medição continua de atrito após a execução de todas as
áreas de fresagem e recomposição.
Os ensaios acima indicados seguirão as indicações do DOC9137 da ICAO, para pavimentos recém-
construídos.
3.2.5. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO
A mistura asfáltica será medida por área de mistura efetivamente aplicada, à espessura de projeto, após a
compactação do material. Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição. Estão incluídos nos preços o fornecimento de todos os materiais, o preparo, o transporte,
o espalhamento e a compactação da mistura, e todos os custos diretos e indiretos de todas as operações
necessárias à completa execução dos serviços.
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3.3. TRATAMENTO SUPERFICIAL (SEAL COAT P-608)
3.3.1. DEFINIÇÃO
Consiste na aplicação de um tratamento superficial de emulsão asfáltica, para caminhos de circulação
(Taxiways) e pistas de pouso e decolagem (Runways) com aplicação de um agregado apropriado para
garantir adequado atrito superficial.
O EMPREITEIRO pode propor o uso de outro material/procedimento para o Tratamento Superficial, desde
que comprovada a performance do mesmo, por meio de relatórios de execução e/ou testemunhos de
operadores dos aeroportos nos quais foram executadas tais soluções. É de suma importância a
comprovação do comportamento adequado quanto ao atrito superficial, por meio de relatórios de medição
de atrito, que indiquem o coeficiente de atrito superficial medido após a aplicação do tratamento superficial,
de acordo com o DOC9137 da International Civil Aviation Organization (ICAO).
3.3.2. MATERIAIS
3.3.2.1 Agregados
O agregado deve ser seco, limpo, livre de poeira, durável e são, do tipo areia de especialidade fabricada
em forma angular, como os usados como abrasivos, com uma dureza de 6 a 8 na escala Mohs. O
EMPREITEIRO deve submeter ã aprovação da FISCALIZAÇÃO as especificações técnicas do fabricante,
indicando que a areia de especialidade atende as especificações deste documento. A areia deve ser
aprovada pela FISCALIZAÇÃO e deve atender o fuso granulométrico da Tabela 3-1
O EMPREITEIRO pode propor o uso de outra areia ou material abrasivo em que a granulometria seja
ligeiramente diferente da apresentada na Tabela 3-1. Estes materiais serão submetidos à revisão e
aprovação por parte da FISCALIZAÇÃO. Nestes casos é recomendado obter uma aprovação do uso por
parte do fabricante da emulsão.
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3.3.2.2 Emulsão asfáltica
A emulsão asfáltica deve atender os requisitos da Tabela 3-2. O resíduo do material asfáltico não deve
conter menos do que 20% de gilsonite e não deve conter nenhum alcatrão de hulha ou óleo de pitch. Deve
ser compatível com misturas betuminosas.
Quando diluído na proporção de 1:1 deve ter as propriedades da Tabela 3-3.
O EMPREITEIRO deve fornecer uma cópia dos certificados de análise do fabricante da emulsão. A emulsão
asfáltica deve ser armazenada e manuseada a temperaturas entre 10 a 70 ºC.
Tabela 3-1: Granulometria do agregado para o tratamento superficial
Peneira Percentagem retida
individual por peso (%)
N Abertura (mm) mín máx
10 2,00 - -
14 1,41 0 4
16 1,18 0 8
20 0,850 0 35
30 0,600 20 50
40 0,425 10 45
50 0,300 0 20
70 0,212 0 5
100 0,150 0 2
200 0,074 0 2
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Tabela 3-2: Características técnicas da emulsão asfáltica concentrada
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS UNIDADE NORMA LIMITES DAS
CARACTERÍSTICAS
Viscosidade, Saybolt Furol @25ºC sSF ASTM D7496 20 a 100
Resíduo por destilação ou evaporação %
ASTM D6977
ASTM D6934 ≥57
Teste de peneiramento % ASTM D6933 ≤0,1%
Estabilidade 24 horas % ASTM D6930 ≤1%
Teste de settlement 5 dias % ASTM D6930 ≤ 5,0
Carga da partícula - ASTM D7402 Positiva
Res
íduo
de
dest
ilaçã
o ou
eva
pora
ção
Viscosidade @ 135⁰C cts ASTM D4402 ≤ 1750
Solubilidade em 1, 1, 1
tricloroetileno
% ASTM D2042 ≤97,5
Penetração @ 25⁰C 0,1 mm ASTM D5 ≤ 50
Asfaltenos % ASTM D2007 ≥15%
saturados % ASTM D2007 ≤15%
Componentes polares % ASTM D2007 ≥ 25%
Aromáticos % ASTM D2007 ≥15%
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Tabela 3-3: Características técnicas da emulsão asfáltica diluída (1:1)
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS UNIDADE NORMA LIMITES DAS
CARACTERÍSTICAS
Em condição de pronta aplicação, uma parte de água para uma parte de emulsão asfáltica concentrada, por vol.
Viscosidade, Saybolt Furol @25ºC sSF ASTM D7496 5 a 50
Resíduo por destilação ou evaporação %
ASTM D6977
ASTM D6934 ≥ 28,5
Estabilidade ao bombeamento* % Passar
*A estabilidade ao bombeamento é testada pelo bombeamento de 475 ml de seal coat diluído uma (1) parte concentrado para uma
parte (1) água, a 25ºC, por uma bomba de 6 mm operando a 1750 rpm por 10 minutos sem nenhuma coagulação significante.
3.3.2.3 Água
A água utilizada para diluir a emulsão asfáltica deve ser potável, com uma dureza máxima de 90 ppm de
cálcio e 15 ppm de magnésio; ferros deletérios, sulfatos, e fosfatos máximo de 7 ppm, e menos de 1 ppm
de bio produtos orgânicos. A água deve estar a uma temperatura mínima de 60ºC antes da adição com a
emulsão.
3.3.3. EXECUÇÃO
3.3.3.1 Preparação da superfície existente
A superfície sobre a qual se vai aplicar o tratamento superficial deve apresentar condições aceitáveis de
nivelamento, ou seja, não apresentar saliências e nem depressões. Caso contrário, antes da aplicação da
rega de colagem, a superfície deverá ser corrigida de modo a não apresentar saliências e nem depressões.
A superfície sobre a qual se vai aplicar tratamento superficial deve ser limpa, por varrição mecânica, de
modo a eliminar todo o pó, sujidade, e qualquer outro material remanescente.
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3.3.3.2 Mistura da emulsão
A emulsão para aplicação deve ser obtida por mistura do material asfáltico concentrado com água. Deve
ser misturar a água aquecida à emulsão asfáltica concentrada, na proporção de 1:1., por volume.
3.3.3.3 Aplicação do Tratamento Superficial
Antes da aplicação em todas as áreas do projeto, o EMPREITEIRO deve colocar uma série de seções de
controle, com no mínimo 10 m de comprimento por 1,5 m de largura, a várias taxas de aplicação, conforme
recomendação do fabricante e que estejam dentro dos limites da Tabela 3-4.
Tabela 3-4: Dosagens do Tratamento Superficial
Proporção diluída Quantidade de Emulsão
(l/m²)
Quantidade de agregado
(kg/m²)
1:1 0,45 – 0,77 0,11 - 0,27
O atrito superficial deve ser medido para cada seção teste com um equipamento de medição de atrito
contínuo e, será admitido como a taxa de aplicação ideal aquela que resultar num coeficiente de atrito igual
ou maior ao nível de atrito para planejamento de manutenção, conforme DOC9137 da ICAO.
A emulsão deve ser distribuída por uma caminhão espargidor. Os bicos da barra espargidora devem estar
limpos, e do tamanho adequado para manter uma distribuição adequada da emulsão. O caminhão de
distribuição deve aquecer e misturar o material até a temperatura determinada de acordo com as
recomendações do fabricante. O distribuidor deve ser equipado com um dispositivo que permita o spray
manual.
A emulsão asfáltica deve ser aplicada utilizando um caminhão espargidor, sobre a superfície propriamente
preparada, limpa e seca, à taxa de aplicação recomendada pelo fabricante e aprovada pela
FISCALIZAÇÃO. A temperatura de aplicação deve estar de acordo com as recomendações do fabricante.
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O caminhão espargidor será equipado com um espalhador de agregados montado de forma que possa ser
aplicada a areia à emulsão em uma única passada, sem que seja necessário passar por cima da emulsão
molhada. O espalhador de agregados deve ser equipado com um sistema de controle variado capaz de
distribuir uniformemente a areia à taxa especificada. Push-type hand sanders podem ser utilizados.
Imediatamente após a aplicação da emulsão asfáltica, a areia deve ser espalhada uniformemente, na taxa
recomendada pelo fabricante e aprovada pela FISCALIZAÇÃO.
Espalhamento de agregado adicional e espargimento do material asfáltico em áreas que tiver cobertura
insuficiente de betume, pode ser feita por via manual, sempre que necessário. Em áreas onde for
necessário trabalho manual, a areia deve ser aplicada antes que a emulsão rompa.
O EMPREITEIRO deve minimizar o acumulo de agregados nas áreas adjacentes que não irão receber
tratamento, devendo limpar as áreas que contenha agregado solto.
3.3.3.4 Limitações da execução
O Tratamento Superficial não deve ser aplicado quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10⁰C,
ou em dias de chuva. Ficará proibido todo o tipo de circulação sobre a emulsão, até que tenha terminado
a rutura da emulsão.
3.3.4. CONTROLE
A FISCALIZAÇÃO verificará se os materiais atendem aos critérios especificados no item 3.3.2.
A taxa de aplicação será verificada considerado a quantidade de emulsão aplicada que deverá ser
controlada pela pesagem de bandejas metálicas ou folhas de papel ou de outro material similar, colocadas
sobre a superfície durante a aplicação do ligante, em não menos de dois (2) pontos distintos.
Após a aplicação do Tratamento Superficial e rutura completa do mesmo, geralmente entre 8 a 24 horas
após a aplicação, dependendo das condições ambientais locais, devem ser realizadas medições de atrito
superficial.
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3.3.5. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO
Os trabalhos executados serão medidos e faturados por metro quadrado (m2) de superfície realmente
tratada, o preço inclui os materiais e outros elementos necessários para a sua execução da forma aqui
descrita, incluindo limpeza e preparação da superfície a receber o tratamento.
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4. SERVIÇOS AFETADOS
4.1. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
4.1.1. DEFINIÇÃO
A presente secção tem como objetivo especificar as caraterísticas dos materiais a empregar na sinalização
horizontal do caminho de circulação e pista de pavimentação, e definir os critérios que permitam avaliar e
controlar o nível de qualidade das marcas.
4.1.2. MATERIAIS
4.1.2.1 Tintas
As tintas a utilizar serão de tipo acrílico em emulsão aquosa, e deverão cumprir os requisitos especificados
pela norma INTA 16 44 15 A e apresentar certificação CE.
As cores a aplicar serão: branco e amarelo (refletores, com microesferas de vidro) dependendo da zona,
conforme UNE 48103.
O documento de CIE-A que tem por título "Recomendations for Surface Colours for Visual Signalling".
Publicação número 39-2 (TC-106) 1983, contém informação de orientação sobre as cores de superfície.
4.1.2.2 Microesferas de vidro
Cumprirão os requisitos da Especificação Federal TT-B-1325 D, de baixo índice de refração tipo I seção
3.2.3. e granulometria tipo I-A seção 3.2.5. da dita especificação.
4.1.3. EXECUÇÃO
4.1.3.1 Preparo da superfície
Antes da aplicação da tinta, a superfície a pintar deve estar seca e limpa, sem sujeiras, óleos, graxas ou
qualquer material estranho que possa prejudicar a aderência da tinta ao pavimento. Quando a simples
varrição ou jato de ar forem insuficientes, as superfícies devem ser escovadas com uma solução adequada
a esta finalidade.
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4.1.3.2 Pré-marcação e alinhamento
Nos trechos do pavimento sem sinalização que possa ser usada como marcação, devem ser feitas
marcações antes da aplicação da pintura, a mão ou à máquina. Respeitando as dimensões e localizações
do projeto de sinalização horizontal.
4.1.3.3 Aplicação da Tinta
O equipamento de pintura deverá ser aprovado pela FISCALIZAÇÃO, e incluirá os meios necessários para
a limpeza da superfície e uma máquina de aplicação de pintura por pulverização, mecanizada e
automatizada, assim como os equipamentos manuais auxiliares necessários para completar o trabalho de
forma satisfatória. O marcador mecânico será uma máquina aprovada de spray automizado, adequada para
a aplicação de pintura. Produzirá uma camada de espessura regular e uniforme no lugar indicado, e será
capaz de produzir uma secção transversal uniforme e com bermas limpas, sem derrames ou gotejamentos,
e dentro dos limites de alinhamento estabelecidos. No caso da sinalização de pistas, plataformas e
caminhos de circulação, a máquina deverá ser capaz de realizar faixas de no mínimo 0,45m de largura
numa só operação, com uma espessura de filme uniforme e com bermas bem delimitadas, sem
interrupções nem salpicos. A máquina disporá de um distribuidor de esferas de vidro sob pressão para a
aplicação das mesmas imediatamente depois da pintura.
Ao terminar a pavimentação de cada dia, deverá se realizar a reposição da sinalização horizontal com uma
só camada de tinta e as esferas refletoras correspondentes de forma provisória. Esta pintura provisória
deve ser feita à taxa de 400 g/m².
Os sinais aplicar-se-ão nos lugares e com as dimensões e espaçamento indicados nos planos ou
especificações. A pintura não se aplicará até que se tenha realizado a reimplantação e os alinhamentos
indicados, e tenha sido aprovado pela FISCALIZAÇÃO o estado da superfície existente. A tinta misturar-
se-á/diluir-se-á de acordo com as instruções do fabricante antes da sua aplicação. A tinta aplicar-se-á
completamente misturada sobre a superfície do pavimento com a máquina de marcação, com a sua
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consistência original e sem a adição de diluentes. Se a pintura for aplicada com brocha, a superfície deverá
receber duas camadas, devendo deixar secar a primeira camada antes da aplicação da segunda.
A sinalização definitiva deve atender à seguinte dosagem:
▪ 1a camada: 400 g/m² de tinta e sem microesferas de vidro;
▪ 2a camada 650 g/m² de tinta e 480 g/m2 de microesferas de vidro.
A sinalização aplicada deve ser protegida, até sua secagem, de todo o tráfego, tanto de aeronaves e
veículos quanto de pedestres. O EMPREITEIRO será diretamente responsável e deve exigir ou colocar
sinais de aviso adequados.
4.1.4. MEDIÇÃO E FATURAÇÃO
Os trabalhos executados serão medidos e faturados por metro quadrado (m2) de cada tipo de pintura
realmente executada, contada em obra; o preço inclui os materiais e outros elementos necessários para a
sua execução descritos.