15
1

etc & tal

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal da escola etc & tal .

Citation preview

Page 1: etc & tal

1

Page 2: etc & tal

2

&tc e tal... Nº 1

Jornal Escolar da Escola Secundária de Silves

Directores: 10º H1 e biblioteca escolar

Azahar

Crias de lince ibérico nascidas no centro de Silves no domingo de Páscoa não sobrevivem

As primeiras crias de lince ibérico geradas em

cativeiro em Silves nasceram no passado Domingo de

Páscoa no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico. As crias são filhas de

Azahar, uma das fêmeas reintroduzidas em Portugal através do Centro de

Reprodução do Parque Natural de Donãna. O nascimento destas crias, tão pouco

tempo depois da chegada da mãe, auspicia sucesso para o projecto de Silves e

comprova que as condições da região são propícias para o felino mais

ameaçado do mundo. No entanto, por motivos ainda desconhecidos,

surgiram complicações que afectaram a viabilidade das crias de lince.

valter hugo mãe em Silves

Concerto na Sala do Aluno

pág. 10

Este é o novo jornal da Escola

Secundária de Silves.

O jornal nasceu de uma iniciativa

da turma H1 do 10º ano e da

biblioteca escolar e pretende dar

voz aos projectos da comunidade

escolar e ser um espaço de escrita

e divulgação.

O jornal conta com o apoio da

Fundação Jack Petchey.

Todos aqueles que desejem

colaborar no nosso jornal podem

enviar os seus artigos e sugestões

para o nosso mail ou contactar a

equipa de redacção.

[email protected]

Aceitamos colaboradores!

Projecto L.E.R……….

Bullying na escola…….

Semana da leitura……

Tecnologia…………..

Desporto…………….

E muito mais…

Page 3: etc & tal

3

Projecto L.E.R. Palavrastemporarias.blogspot.com

O Projecto LER (Leitura, Escrita e Representação) nasceu da vontade de alguns

professores da ESCOLA SECUNDÁRIA DE SILVES como resposta à necessidade, manifestada

por alguns alunos, de ir para além do que é possível fazer nas aulas de Português. Assim, as

professoras Carla Rosete, Esmeralda Alves, Irene Ferreira e Maria José Afonso lançaram-se

nesta aventura que agitou a escola com encontros com escritores, clubes de teatro e de

jornalismo, actividades de leitura e escrita…

A biblioteca escolar tem novidades para ti….

Procura-as no expositor ou na montra do corredor

Apresenta as tuas sugestões

Bibliotecaess.wordpress.com

Page 4: etc & tal

4

Juntaponto : Uma iniciativa dos alunos da Escola Secundária de Silves

Alunos da Escola Secundária de Silves introduziram o

sistema Junta Ponto que consiste na atribuição de pontos

aquando da entrega de manuais escolares que vão poder

ser trocados posteriormente por livros do ano lectivo

seguinte.

A ideia nasceu nas aulas de Área de Projecto e teve a

adesão da professora Paula Torres. Inicialmente, os alunos

criaram um blog de divulgação que suscitou o interesse da

empresa fornecedora do programa informático que gere

todo o sistema.

O projecto será concretizado no próximo ano

lectivo, estando neste momento já operacional. Os alunos

poderão começar a dirigir-se à biblioteca para trocar

manuais escolares adoptados pela escola e que já não

sejam necessários ( por exemplo, os dos anos anteriores)

pelos pontos necessários para obterem os manuais do

próximo ano lectivo.

Podem contactar e obter esclarecimentos na biblioteca da escola ou pelo e-mail do projecto:

[email protected].

BULLYING NA ESCOLA

Realizou-se na Escola Secundária de Silves uma palestra sobre o

fenómeno do bullying.

A iniciativa partiu das alunas Ana Caeiro, Mafalda Guerreiro e

Joana Guerreiro do 12º H1 que, no âmbito da Área de Projecto ,

propuseram ao professor Paulo Santos alertar e sensibilizar,

despertando consciências, a escola para este problema que se

generalizou em Portugal, em grande parte porque a falta de

debate e informação criaram um silêncio que permite a

disseminação e banalização do fenómeno.

O Auditório encheu no dia 26 de Fevereiro para assistir à

apresentação realizada pela GNR que abordou as causas e

consequências desta violência crescente apontando exemplos

concretos e sugerindo procedimentos a seguir por eventuais

vítimas. Seguidamente, a psicóloga clínica da Clínica Psicomédiva

de Messines, Dra. Helena, comunicou parte da sua experiência

com vítimas e agressores e abriu o debate com os alunos.

A acção de sensibilização prosseguirá com a análise de

inquéritos e filmes sobre o tema.

Page 5: etc & tal

5

AAA FFFAAACCCEEE NNNÃÃÃOOO OOOCCCUUULLLTTTAAA

ddee MMooççaammbbiiqquuee

“As Escolhas que Posso fazer afectam o Mundo dos que não Podem Escolher.” Organização Ser Humano

De entre os muitos e

diversificados problemas que

assolam Moçambique, a

população sofre com miséria,

com doenças como a malária,

como a SIDA, com habitação

precária ou mesmo sem

qualquer tipo de habitação, com

falta de saneamento básico,

com falta de educação e de

escolas e com um país ainda

radicalmente fragilizado pelo

pós-guerra. A corrupção

espalha-se por todos os sistemas

do país.

Moçambique é o quarto país com

menor índice de

desenvolvimento. Nada se faz

para mudar o actual estado do

país; mas as mansões de luxo

continuam a proliferar. Também

é o quinto país com mais

população subnutrida.

“54%, ou seja, mais de

metade do total da população,

têm uma dieta deficiente.”

É um dos países em que as doenças

como a SIDA e malária chegam a

atingir entre 13 a 18% dos

moçambicanos; e mesmo as doenças

mais comuns são causa de muitos

óbitos. Existe uma falta de médicos.

“Só existe um médico

para cada 30.800

pessoas.”

Para além disso, os investimentos

feitos na saúde são ridiculamente

baixos.

É quase impossível imaginar

dois mundos tão diferentes

a poucos metros de

distância.

O que é que correu mal em

Moçambique para que o

fosso entre os ricos e pobres

se tornasse tão profundo?

“O pior pecado contra

os nossos

semelhantes não é o

de odiá-los, mas de

ser indiferentes para

com eles.” George Bernard

Shaw

As coordenadoras do

projecto “Ser Pai Protector”

agradecem a todos os que

têm contribuído para a

melhoria das condições de

vida das crianças

apadrinhadas.

Vocês fazem a diferença.

Muito obrigada.

Marina, Márcia e Cláudia

(12º H2)

Page 6: etc & tal

6

Memórias

Perdidos em Nova Deli Só o extremo calor e humidade, temperados

com muito espanto e cansaço, mitigavam a excitação de estarem noutro continente com uma cultura tão exoticamente

diferente. Apesar de tudo, havia sempre uma espécie de torpor, do primeiro ao último dia, se excluirmos, é claro, Caxemira e Goa, sítios onde ... mas isso é outra

história. Nesta, Era uma vez cinco amigos a meio do primeiro dia de viagem à Índia. Tiveram até que reaprender a atravessar uma rua, não havia pausas,

passadeiras ou semáforos que travassem o fluxo contínuo de pessoas, animais e toda a espécie de veículos com ar dos anos cinquenta.

Depois de instalados, combinaram uma ida

à estação central dos caminhos-de-ferro. Decidiram

pelos riquechós, verdadeiras maravilhas a pedal com “chauffeur”, que permitem observar de forma altaneira, chegar a qualquer lado e servir de guia para o que

pretendessem. Assim se fizessem entender os nossos amigos e conseguissem ultrapassar a fase do regateio. As estações são microcosmos deste

subcontinente. Vivem, até serem expulsos pelos bambus da polícia, famílias inteiras enjeitadas do mundo rural, os mais sortudos irão saldar o seu

sangue, suor e músculos. Passavam milhares de trabalhadores apressados, estudantes com os seus impecáveis uniformes à inglesa, carregadores trajados

com fardas vermelhas e, de repente, o Becas, quase pisando um esguio embrulho enrolado num sari, salta e repara numas pernas escanzeladas. Fica imóvel, o

que fazer? A senhora esquelética não deixa adivinhar, viva? Olha em redor, ninguém repara ou quer saber. Uma criança olha-o com uns faróis imensos e

serenos, está a bebericar, com as pequenas mãos em concha, uma interminável aguadilha onde um farelo faz as honras de alimento. O pai e a mãe observam-

no impavidamente famintos - Mundo de cão! - pensou o Becas, devia comprar umas chapatis!

O Francisco e a Raquel tinham vindo noutro

riquechó e nunca mais chegavam, procuraram-nos por toda a parte e nem sinal deles, começava a anoitecer - será seguro? perguntou o Zé, ninguém dos presentes

sabia - o melhor é irmos andando. Pelo caminho o apocalipse tranquilo. Famílias inteiras transformavam todos os passeios em lares, acomodam-se nos seus

plásticos estendidos, cozinham com esterco de vaca seco, comiam, lavavam-se pudicamente com uma arte de séculos. Riquechós parados abrigavam os

intocáveis, estes veículos são o seu universo de sobrevivência, dão-lhes de comer em troca de esforços sobre-humanos, dão-lhes abrigo em troca de

um desconforto que obriga a pender pernas e dobrar troncos para dormir - Porque é que estes tipos não nos assaltam, murmurou a Elizabete, temos mais

dinheiro no bolço do que devem ganhar num ano - apressem o passo.

Nada, no hotel nem sombra deles, os três

amigos pressentiam os maiores receios. Procuraram no guia o capítulo sobre segurança em Velha Deli, não

aconselhava andar à noite, a não ser nos bairros... o que fazer? - Vamos à polícia? Questionam o

José e o Becas em uníssono - já não morremos hoje! Vamos? - O dono do hotel gesticulava barrando a porta de saída - not safe , not safe. Explicaram a

situação e receberam indicações do caminho a tomar para a esquadra. Não havia qualquer tipo de diálogo, cada um perdia-se em receios e angustias, ainda

ontem estavam à mesma hora no aeroporto de Lisboa, e hoje, um turbilhão.

Finalmente, na estação da policia, a velha máquina de escrever ia registando, pausadamente, as respostas a um interminável e inverosímil

interrogatório, nomes, idades, ascendentes, profissões de cada um dos presentes...e um rol de minudências sem fim. Duas das paredes desbotadas tinham

embutidas selas medievais, seis jaulas desumanamente porcas, escuras e bolorentas. Alguns braços estendiam-se para além dos ferros, já na

penumbra os rostos. Ainda não tinham aprofundado ao que vinham, quando entrou outro polícia com um intocável* pelo colarinho, algum dinheiro passou do

bolso roto para o da farda, com indicações para o miserável se acocorar ali perto.

Enquanto prosseguia o infindável

matraquear da máquina de escrever, o pequeno intocável, de joelhos, inclinando-se e baloiçando-se com as mãos em reza, iniciava um murmurinho

lamentoso, ininterrupto, repetitivo e desesperadamente enervante. Subitamente, um balde de plástico voou na direcção da mesa e roçou o ombro

da Elisabete. O suplicante intocável tinha-se revoltado, quem sabe devido a toda uma vida de humilhações, ou talvez, simplesmente, tivesse os filhos com fome à

espera. Imediatamente, como uma mola, o policia ergueu-se, a cadeira tombou e explodiram pontapés por todo o corpo, uma régua larga e maciça

complementava o trabalho, outros policias vieram-se inteirar e massacrar sem piedade. O corpo, já imóvel, era sacudido por golpes cada vez mais espaçados.

Retomado o interrogatório, as respostas do grupo de amigos redobraram de prontidão, o medo sobrepôs-se a qualquer demonstração de indignação.

- Aquele animal queria saber a história da nossa vida para quê? Questionou o Zé, ao mesmo tempo, a Elizabete e o Becas transvazavam o

turbilhão anteriormente contido - Se o balde não me tivesse tocado talvez não o matassem! Caraças! Não durava dois dias! Porque é que o estúpido do intocável

não ficou quieto quando lhe mandaram? Como é que aquele imbecil não obedeceu? Viram os das jaulas? Nem mexeram. E agora? O Francisco e a Raquel? O

resto do caminho foi feito em silencio, cada um perdido na nébula angustiante dos seus pensamentos - Quando chove como é que dorme esta gente? -

ninguém respondeu ao Becas . Acordado o mais que ensonado empregado,

foram direitos ao quarto dos amigos desaparecidos,

bateram repetidamente, e a voz irritada do Francisco balbuciou - estamos a dormir, onde é que se

meteram? Vocês são malucos? Pensam

que estamos em Portugal? Os três amigos atónitos mas aliviados concordaram em matá-los só amanhã, por hoje chegava. Felizmente ninguém tinha

desaparecido!

A ruela empedrada abraça os laranjas

peregrinos e os brancos sujos enlutados, em fila desordenada as duas fundem-se, desagregam-se intermitentemente, as cores orgulhosas e as de

miséria coçada salpicam aqui e acolá, transpira uma

Page 7: etc & tal

7

tensão densa, húmida, quente e silenciosa. Dois

caçadores de emoções visuais aguardam o momento - o corpo enfaixado, a derradeira peregrinação para quem vai no humilde

palanque de bambu. Pousada na pedra a máquina dispara sozinha, proezas do selft time, fulgurante, destaca-se da massa

humana um jovem determinado, tiraram uma fotografia! , um ou dois rostos parecem sair do torpor e lançam um olhar nada tranquilizador,

não! não tirámos! nem mexemos na máquina, um tiraram ainda mais alto belisca a solenidade do momento e apavora os prevaricadores, vamos conversar para outra rua, diz um dos

apavorados enquanto enlaça de forma amigável os ombros do jovem, por ali conversamos calmamente, enquanto caminham o rapaz olha para a fila que

segue o defundo e sugere baixinho, 20 dólares, por

vinte vão sem serem linchados, é barato, parece ainda

mais nervoso que os caçadores, vinte, só vinte... não pagamos... 10 dólares, ainda posso gritar, a família e amigos

do corpo preste a cremar tinham desaparecido.

* Intocável: abaixo de todas

as castas do hinduísmo, por nascimento são o conjunto de pessoas classificadas de impuras, com profissões

consideradas indignas (contacto com fezes, sangue…). São cerca de 30

milhões. Se um intocável obedecer aos rituais da sua gente e cumprir os princípios religiosos (Karma) pode

reencarnar numa casta superior, pior reencarnação que intocável só nascer animal.

Orlando Dionísio

na Escola Secundária de Silves

Pelo segundo ano consecutivo, a Associação Médica

Internacional, presidida pelo Dr. Fernando Nobre,

respondeu afirmativamente ao convite da nossa

escola e compareceu para uma acção de

sensibilização/informação/debate sobre os valores

da cidadania e da solidariedade.

A biblioteca recomenda os livros de Fernando Nobre,

nomeadamente «Gritos contra a indiferença».

Page 8: etc & tal

8

Desporto: No passado dia 2 de Março de 2010

realizou-se no Pavilhão da Escola Secundária de

Silves o Torneio de Ténis de Mesa 2010, organizado

pela turma do 11ºano do Curso Tecnológico de

Desporto. A Actividade decorreu no âmbito da

disciplina tecnológica do Curso que visa a preparação

dos nossos alunos para o mercado de trabalho

inserido no contexto da Organização Desportiva. A

actividade esteve inserida também no âmbito do

Troféu Espírito Desportivo promovido pela Câmara

Municipal de Silves e apoiado pela Escola Secundária

de Silves.

A actividade teve uma grande adesão por

parte da comunidade escolar, tendo-se registado a

participação de 113 alunos alunos, sendo 87

Masculinos e 26 Femininos.

O Torneio iniciou-se às 8.30 da manhã com

as provas de singulares masculinos, que

durou até às 12.45. A continuação do

Torneio deu-se pela 13.30 com a prova de

singulares femininos, após uma breve pausa

de almoço. De seguida foram disputadas as

provas de Pares Masculinos (26 pares

inscritos) e Pares Femininos (8 pares

inscritos), em simultâneo, que ditaram o fim

do Torneio às 16.40.

Diogo Santos

Vencedor De Singulares Masculinos: Edgar Santos,

P11ER

Vencedora de Singulares Femininos: Elina Moreira,

11ºD1

Vencedores de Pares Masculinos: Diogo Moedas e

Thomas Rávera, 11ºN1

Vencedoras de Pares Femininos: Anabela Baião e

Elina Moreira, 11ºD1

Page 9: etc & tal

9

Semana da leitura

11 a 22 de Março

Concurso de leitura em voz

alta

Integrado na semana da leitura, decorreu, no dia

17 de Março, o concurso de leitura em voz alta

no auditório. Participaram trinta e oito alunos.

O júri foi constituído pelo poeta Manuel Neto dos

Santos, por Dra. Maria José Mackaij,

responsável pela Biblioteca Municipal de Silves,

pelos professores Augusto Marcelino, Isa

Vicente, António Baeta, e por Inácia Duarte,

funcionária na biblioteca da escola.

Vencedores:

Catarina Cruz ( leu Vasco Gato)

Laura Alves ( leu Jorge de Sena)

Paula Silveira ( leu Paulo Condessa)

Feira do livro

Outras actividades pontuaram a semana da

leitura tais como a feira do livro, a leitura de

poesia à comunidade, a distribuição de

guloseimas e pergaminhos poéticos.

Premiados da fase escolar:

Inês Mendes

André Neves

Mécia Miguel

Book crossing na biblioteca

Procura na biblioteca ( área de leitura informal) livros

assinalados com o autocolante identificativo. Leva-o

para passear e relata as aventuras que viveram juntos

no blogue bibliotecaess.wordpress.com

Feira do livro no átrio da escola

A outra face da lua

Na semana da leitura, Paulo Pires, animador da Biblioteca

Municipal de Silves, protagonizou sessões de leitura em sala de

aula a todas as turmas da escola. Os alunos aplaudiram a já

familiar irreverência e bom humor das sessões de promoção da

leitura de Paulo Pires.

A escola agradece a disponibilidade e cooperação de todos os

professores e alunos que aderiram com tanta simpatia a esta

divulgação da poesia.

Page 10: etc & tal

10

Escritores na escola

Miguel Real

O Auditório da Escola Secundária de Silves

encheu para ouvir o célebre escritor,

professor e ensaísta Miguel Real, autor de vasta

obra literária de cariz por vezes histórico ou

biográfico. Depois de dez anos a investigar a

vida e obra de Padre António Vieira, o

"imperador da língua portuguesa", Miguel Real

publicou O sal da Terra, ficção em torno das

polémicas da vida desta figura das letras

portuguesas.

E

É indiscutível a importância humanística, cívica

e literária do homem que melhor personificou o

confronto entre as apetências vis puramente

materialistas dos homens e os desígnios

magnânimos da nação e da humanidade. Hoje

seriam necessários, sem dúvida, outros

Antónios Vieiras. É essa a mensagem que se

pretendeu evidenciar aos alunos, reforçando os

conteúdos dados em aula, evocando aspectos

menos explorados e bastante polémicos, como

a vertente messiânica e oculta do famoso

jesuíta do século XVII.

Miguel Real, autor do Sal da Terra, publicado

em 2008, destacou ainda os ardis diplomatas e

políticos que transparecem nas inúmeras cartas

que o Padre António Vieira redigiu em prol

da grandeza nacional e do justo equilíbrio entre

os poderes e saberes de um mundo já

multicultural, prenúncio da nossa actual

conjuntura.

Escritores na escola

Page 11: etc & tal

11

valter hugo mãe e outras

minúsculas

3 de Dezembro de 2009

valter hugo mãe foi recebido em Silves por

um espectáculo criado pelos alunos em parceria com

os responsáveis pelo projecto L.E.R. e a Associação

de Estudantes. A sala do aluno foi pequena para

acolher tantos espectadores que foram surpreendidos

pela versatilidade e dinâmica das acções

desenvolvidas pelos alunos. O escritor respondeu ao

apelo e cantou músicas do grupo Governo, criado em

conjunto com músicos dos Mão Morta.

Graças ao empenho de todos os que se quiseram

associar a esta iniciativa, bastaram três ensaios para afinar os diálogos entre música e poemas pré-seleccionados, que se aproximavam das preferências

temáticas dos jovens, nomeadamente por uma certa visão nocturna da existência. A título de exemplo, foram abordadas as indefinições do ser – “o rapaz

dotado de três mortes”; a autocrítica de feição sarcástico-humorista – “gordo e careca” – ou o flagelo da necessária sedução do outro que, não raras vezes,

leva a uma auto-mutilação psíquica ou física – “poema feio”. Outros textos mereceram uma dramatização mais completa como a do paradigmático poema

narrativo “hoje vou moderar uma/conversa com adolfo luxúria canibal”, que suscitou o apelo colectivo a um “quotidiano mais amoroso”.

Todas as composições musicais que serviram de fundo e acompanhamento à leitura expressiva foram

da autoria dos alunos João Brito (guitarra) e Rafael

Lima (djambé). Noutro registo, mais afro-sensual, dois dos elementos do grupo Seven Minds – Patrícia e

Rafaela – recriaram musical e textualmente duas composições de

valter hugo mãe, ecoando o refrão “meu amor inventado/ainda

assim tanto demoras”.

Num estilo

descontraído, o escritor, poeta e cantor foi respondendo a

questões que procuraram evidenciar as suas opções de escrita e de modus vivendi,

intervaladamente

ilustradas pelas leituras expressivas e musicadas dos alunos.

No final, a voz plangente de valter hugo mãe surpreendeu

ao interpretar o tema “meio bicho e fogo” dos Governo, com acompanhamento musical de João Brito, Rafael Lima e Paulo Pires

Paulo Condessa

Louco-Homem-Gramático

Quinta-feira,11 de Março

O “louco homem gramático” é, nas palavras do poeta Paulo Condessa, um

“esquisito espectáculo poético alfabético”. Numa loucura organizada, um

homem tenta fazer um espectáculo de amor e poesia, brincando com a

língua e a gramática.

Este espectáculo procura desenvolver o sentido crítico a partir do sentido

lúdico e humorístico, associando assim a leitura a prazer e diversão.

Os alunos e professores da Escola Secundária de Silves aplaudiram este

espectáculo francamente original, abandonando com relutância o auditório

quando a sessão terminou.

Page 12: etc & tal

12

O teu rosto à minha espera, o teu rosto

a sorrir para os meus olhos, existe um

trovão de céu sobre a montanha.

As tuas mãos são finas e claras, vês-me

sorrir, brisas incendeiam o mundo,

respiro a luz sobre as folhas da olaia.

Entro nos corredores de outubro para

encontrar um abraço nos teus olhos,

este dia será sempre hoje na memória.

Hoje compreendo os rios. a idade das

rochas diz-me palavras profundas,

hoje tenho o teu rosto dentro de mim. José Luís Peixoto, in "A Casa, A Escuridão"

(escolhido por Anabela L.)

José Luís Peixoto

Bibliografia

Nasceu em 1974, em

Galveias (Portalegre). É

licenciado em Línguas e

Literaturas Modernas (Inglês e

Alemão) pela Universidade

Nova de Lisboa. Publicou,

durante vários anos, textos de

poesia e prosa no suplemento

DN Jovem. Foi, durante alguns

anos, professor do ensino

secundário.

Em Outubro de 2000

publicou, na Temas e Debates,

o seu primeiro romance,

Nenhum Olhar, que lhe valeu

de imediato um largo

reconhecimento da crítica. E

em 2001 foi lançado o livro de

poesia A Criança em Ruínas,

que também foi um êxito.

Page 13: etc & tal

13

Leituras Enki Bilal O Grupo de Francês com o apoio

precioso do nosso assistente Alexandre Manuel, levou a cabo a divulgação do autor francês de BD Enki Bilal. Trata-se de uma obra contemporânea e original, muito apreciada na actualidade sobretudo pela sua beleza plástica e ambiente surreal. "Enki Bilal (baptizado como Enes Bilalović) é um cineasta, desenhista e roteirista de histórias em quadrinhos francês. Nasceu em Belgrado, Sérvia (antiga Iugoslávia), em 7 de outubro de 1951, e mudou-se para Paris com nove anos de idade. Aos 14, conhece René Goscinny, e, encorajado, resolve tornar-se desenhista de quadradinhos. Começa a trabalhar na revista Pilote, e publica a sua primeira história, Le Bol Maudit, em 1972. A partir de 1975, começou a colaborar com o roteirista Pierre Christin numa série de histórias, de teor surreal e sombrio, às vezes enveredando pela ficção científica." (In

Wikipédia). Cada desenho seu é pintado numa grande tela, posteriormente reduzida, de forma a formar as tiras que irão compor a sua BD. Unindo sempre a ficção e a política, a história passa-se num mundo conturbado do futuro próximo. O desenho agitado e nada comportado deste Bilal dos dias actuais, transparece na trama que tem como inspiração a guerra da Bósnia e lembra o mundo de Blade Runner: Le Sommeil du Monstre (O Sono do Monstro), primeiro volume de uma nova trilogia de um estilo de banda desenhada que conquistou o público português, e que o autor apelida de “ficção prospectiva”, 32 Décembre (32 de Dezembro) e Rendez-Vous à Paris (Encontro em Paris). Enki Bilal é um grande artista, ainda pouco conhecido em Portugal, que com a sua visão de um futuro caótico, perturbador e sombrio, nos mostra um dos muitos caminhos que a BD pode trilhar. A nossa Escola adquiriu para a Biblioteca alguns álbuns deste autor e o filme "Les Immortels", que estarão disponíveis para todos os que quiserem conhecer melhor Enki Bilal.

Ester Pinto

Page 14: etc & tal

14

Tecnologia

«Relógio-telemóvel» Vem aí o primeiro relógio que também é um telemóvel. Com ecrã táctil e vídeo

também disponível, a nova aposta da LG apareceu no mercado no final de 2009.

O relógio-telemóvel LG-GD910 tem ainda capacidade para reconhecer vozes e o utilizador poderá navegar na net

3G e fazer downloads.

O ecrã táctil tem uma pequena câmara, que permite receber e enviar videochamadas. De resto, o LG-GD910 terá

todas as funcionalidades «normais» de um telemóvel: chamadas, SMS, e-mail, etc.. Mas , apesar de tudo, o relógio-

telemó vel é bastante caro comparando com o preço dos telemóveis normais e dos bons relógios.

Lido na blogosfera «Iniciativas como o

Plano Nacional de Leitura ou as Novas Oportunidades "estão no caminho certo, mas não são suficientes", defendeu Scott

Murray.

No entanto, e apesar destas conclusões, o economista

João Salgueiro (que aparentemente faz doutrina em Portugal, já que foi o único

economista entrevistado. Para quando economistas com ideias do século XXI a serem

entrevistados na TV?), discorda com o estudo, refere mesmo que o país tem "um baixo nível de

literacia e mesmo assim dois terços da economia não reconhece a vantagem" de ter

uma massa laboral com mais competências. Logo conclui que

a literacia não é assim tão

indispensável…

Certamente que João Salgueiro é um dos pioneiros da doutrina de que uma pessoa

pode ter “competências a mais” para um emprego, como se o facto de se saber mais fosse

prejudicial ao trabalho. É claro que para João Salgueiro o problema de Portugal é um

problema de falta de competitividade da nossa economia devido ao excesso

peso Estado e dos direitos dos trabalhadores.

Esta corrente de economistas não consegue

perceber que o mundo muda muito rápido, que daqui a uns anos (poucos) os trabalhadores

manuais (como idealizados no

século XIX) vão ficar reduzidos

ao mínimo, tudo será feito por máquinas e só as pessoas com mais conhecimentos, que consigam adaptar-se a estas

mudanças e que acrescentem algo ao trabalho que fazem é que vão ter sucesso. Portugal

não pode continuar a ser um país de agricultores rurais ou de empregados fabris porque esses

empregos vão acabar.

O problema é que o futuro de Portugal é o presente

dos outros países, o nosso futuro já era, não temos tempo para lá chegar, temos que

conseguir adaptar-nos aos padrões dos outros e esses não esperam por nós.

A educação é a arma

do futuro e o futuro já cá está.»

publicado por Bruno César reactor4.blog.sapo.pt

Momentos hilariantes na net

Hilariante, como sempre, o youtube! Já viram a apresentação de book, o rival do Ipad?

Não precisa de bateria, é leve, fácil de transportar, ecológico porque não consome energia e

tem acessórios impressionantes como o marcador que permite saber sempre em que páginas

deixámos a leitura. Genial!

Como não podia deixar de ser, lá teremos de pagar o acesso ao Youtube… Felizmente é barato

( para quem não passa lá os dias…)

Page 15: etc & tal

15

Fundação Jack Petchey

O objectivo da Fundação Jack Petchey é o de ajudar a desenvolver o potencial dos

jovens entre os 11 e 25 anos , em particular os que estão a enfrentar as dificuldades do

Século XXI.

Premiados Jack Petchey 2010 ( até ao momento…)

( e os senhores que se seguem…)

Diogo Santos conquista o 2º lugar na final do

concurso Speak Out

No dia 17 de Março realizou-se no

Auditório da Câmara Municipal de

Albufeira a final do Concurso Speak

Out dinamizado pela Fundação

Jack Petchey. Estiveram presentes

dois finalistas da Escola Secundária

de Silves, Diogo Santos e Laura

Alves, assim como dois

representantes do Agrupamento

Garcia Domingues, a Laryssa e o Apolino. A grande

vencedora foi Maria Sebrancia, da Escola Professora

Diamantina Negrão, seleccionada pelo júri presidido pelo Director Regional de Educação, Dr. Luís

Correia.

O Diogo “brilhou” pela sua simpatia e espontaneidade tendo conseguido forte adesão do público.