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ETEC FERNANDO PRESTES
PROF THIAGO SAGAT
TÉCNICAS DE REDAÇÃO: DOCUMENTOS
TÉCNICOS
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
REVISÃO GRAMATICAL
SOROCABA
2011
2
SUMÁRIO
Capítulo 1: LINGUAGENS.................................... 3
Capítulo 2: COMUNICAÇÃO.............................. 5
Capítulo 3:RELATÓRIO....................................... 6
Capítulo 4: CURRÍCULO..................................... 8
Capítulo 5:CONCORDÂNCIA NOMINAL........ 11
Capítulo 6: CARTA COMERCIAL..................... 13
Capítulo 7: CONCORDÂNCIA VERBAL.......... 18
Capítulo 8: INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS... 22
Capítulo 9:REQUERIMENTO............................. 28
Capítulo 10: REFORMA ORTOGRÁFICA........ 30
Capítulo 11: CERIMONIAL.................................. 39
Capítulo 12: Manual do TCC................................. 43
3
“Minha vó contava uma história quandu a família tava reunida , sobri um tiu... achu qui
é tiu avô, num sei... bom, essi tiu, chamava Zuardo, mais u nomi deli era pá sê Osvaldo!
“. É qui quandu fôru registrá eli, disséru “Osvardo”, tão rápidu, cum um ô qui nem dava
pra ouví e cum um érri nu lugar di éli, qui u iscrivão intendeu Zuardo! I intão, ficou
assim...”
Ana Cláudia, 04 de maio de 1999
“Pois é. U purtuguêis é muito fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi
ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti
discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis, é só prestátenção. U
alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol
qui é parecidu, si iscrevi muito diferenti. Qui bom qui a minha lingua é u purtuguêis.
Quem soubé falá, sabi iscrevê.”
Jô Soares, revista veja, 28 de novembro de 1990
CAPÍTULO 1: LINGUAGENS A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a
oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião
frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa
inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são
basicamente dois:O nível de formalidade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às
normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma
maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse
exercer total soberania sobre as demais.
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor
prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que
para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é
considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades
linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais,
culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:
Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em
consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”,
contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do
vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito
prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
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mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam
longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes
regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe
outras nomenclaturas, tais como:macaxeira e aipim. Figurando também esta
modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.
Variações sociais ou culturais:
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de
instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o
linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas,
cantores de happy, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico.
Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de
informática, dentre outros.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o
assunto:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
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Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)
CAPÍTULO 2: COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO:
Comunicar-se é emitir a mensagem, através de códigos por meio dos canais de
comunicação, a alguém que passa a ser o receptor, que a decodifica e retorna com
uma mensagem que é chamada de feedback, ao chegar de volta ao emissor, se
transforma em outra mensagem eo ciclo continua ou se encerra.
A comunicação é eficaz quando a mensagem tem o mesmo significado para o
emissor e para o receptor.
A responsabilidade por uma comunicação eficaz está no emissor.
I. “Eu disse com todas as letras, ele não entendeu porque não quis”.
II. “Eu já expliquei mil vezes, não entendeu porque é burro”.
III. “Eu já falei tudo o que era para ser feito, mas ele não prestou atenção”.
Mal-humorado Mau-humorado
Mal cheiro Mau cheiro
Fazem cinco anos... Faz cinco anos...
Houve muitos acidentes Houveram muitos acidentes
Existe muitas esperanças Existem muitas esperanças
Bastaria dois dias Bastariam dois dias
Faltou poucas peças Faltaram poucas peças
Sobrou ideias Sobraram ideias
Para mim fazer... Para eu fazer...
Para eu trazer ... Para mim trazer...
Para mim, estudar é gratificante. Para eu, estudar é gratificante.
Eles estavam entre eu e você. Eles estavam entre mim e você.
Há dez anos atrás... Dez anos atrás...
Há muito tempo... Há muito tempo atrás...
Venda à prazo. Venda a prazo.
A partir de R$20,00. À partir de R$20,00.
Elas virão à pé. Elas virão a pé.
Andamos a cavalo. Andamos à cavalo.
Ela usa salto a Luís XV. Ela usa salto à Luís XV.
Vamos assistir ao jogo hoje. Vamos assistir o jogo hoje.
Ele chegou em casa. Ele chegou a casa.
Ele ainda é de menor. Ele ainda é menor de.
Preferia ir a ficar. Preferia ir do que ficar.
Prefiro mais alho do que cebola. Prefiro alho a cebola.
Não há regra sem excessão. Não há regra sem exceção.
Ela está paralizada Ela está paralisada
Fomos a uma festa beneficente Fomos a uma festa beneficiente
A festa começa às 10hrs e 30 A festa começa às 10h e 30 min
A sessão terminou às 11:00 A sessão terminou às 11h.
Paguei cincoenta reais a minha
bolsa
Paguei cinquenta reais a minha
bolsa
Marcio quebrou seu óculos. Márcio quebrou seus óculos.
Comprei-o pra você. Comprei ele pra você.
Aluga-se casas. Alugam-se casas.
O ingresso é gratuíto. O ingresso é gratuito.
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Vendeu um grama de ouro. Vendeu uma grama de ouro.
O peixe tem muita espinha. O peixe tem muito espinho.
Moramos numa casa germinada. Moramos numa casa geminada.
O governo interviu. O governo interveio.
Ela era meia louca. Ela era meio louca.
Comeu frango ao invés de peixe. Comeu frango em vez de peixe.
Eu confirmarei. Eu vou estar confirmando.
Encontrei bastante erros. Encontrei bastantes erros.
CAPÍTULO 3: RELATÓRIO 1. Relatório
I. Estrutura
A estrutura do relatório deve ser a primeira e fundamental preocupação para
quem escreve. Num relatório bem estruturado, o desenvolvimento lógico dos
assuntos fica facilitado. Assim, não só fica mais fácil “vender” as ideias
expostas (função de comunicação imediata), como torna-se simples
encontrar informações desejadas ( função de registro permanente).
II. Objetivo na redação
Antes de se iniciar a elaboração de um relatório, deve-se estabelecer com a
máxima clareza qual é o objetivo a ser atingido. Normalmente, isto não é
feito no grau de detalhe que seria necessário para definir sua estrutura.
Durante toda elaboração do relatório, não se deve perder o objetivo de vista.
Ele deverá orientar desde a escolha do título, até a organização dos tópicos e
a forma de redigir.
III. Público Leitor
Durante toda elaboração do relatório temos que nos perguntar
constantemente: “Quem vai ler isso?”
IV. Elaboração do índice
Podemos considerar que o índice é já o relatório na sua forma mais
resumida. Ao ler o índice, nós já montamos um modelo conceitual em
preparação para a leitura do texto que se segue.
V. Coesão e coerência do texto
VI. Escrita paralela:
Levantar as atividades da área
Apresentar conclusões a diretoria
Estudar alternativas
Descrever procedimentos adotados
Implantar os novos procedimentos
Avaliar os resultados
VII. Redação:
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1. Use o mínimo necessário de palavras. Ligue as palavras
diretamente, sem auxílio de “muletas” e sem empregar
construções muito elaboradas:
“Ouviram do Ipiranga, as margens plácidas, de um povo heroico o brado
retumbante” > As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
retumbante de um povo heroico.
A empresa encontra-se no momento num processo de revisão dos seus
procedimentos. > A empresa está revisando seus procedimentos.
De acordo com aquilo que estabelece o item 7 do presente manual. > De
acordo com o item 7 do manual.
2. Empregue referências diretas usando pronomes:
Com relação aos problemas supramencionados. > Com relação a esses
problemas.
Reportamo-nos à correspondência em epígrafe. > Reportamo-nos a essa
correspondência.
Com relação aos custos, recomendamos novos procedimentos para a
contabilização dos mesmos. > Com relação aos custos, recomendamos
novos procedimentos para sua contabilização.
Os materiais são encaminhados ao almoxarifado. Em seguida, os mesmos
são inspecionados. > Os materiais são encaminhados ao almoxarifado.
Em seguida, eles são inspecionados.
3. Construa frases curtas:
Como a diferença de tratamento contábil dos valores oriundos dessas
transações, não tem efeito líquido sobre a apuração do resultado da
empresa, embora apresente modificação na posição das contas
patrimoniais, sujeitas às verificações da Comissão de Valores
Mobiliários, somos de opinião que o critério orientativo para a
contabilização das transações deve emanar das regulamentações
estabelecidas por aquela comissão, o que, na prática, significa seguir
padrões que afetam igualmente todas as empresas do ramo, não
constituindo, portanto, efeito negativo a incidir unicamente sobre a
empresa em questão, fato que aparentemente poderia prejudicar sua
imagem perante os acionistas e o público em geral. > A diferença de
tratamento contábil dos valores oriundos dessas transações não tem
efeito líquido sobre a apuração do resultado da empresa. Entretanto,
apresenta modificação na posição das contas patrimoniais, sujeitas as
verificações da Comissão de Valores Mobiliários. Assim, somos de
opinião que o critério orientativo para a contabilização das transações
deve emanar das regulamentações estabelecidas por aquela comissão. Na
prática, isso significa seguir padrões que afetam igualmente todas as
empresas do ramo. Não constitui, portanto, efeito negativo a incidir
unicamente sobre a empresa em questão, fato que aparentemente poderia
prejudicar sua imagem perante os acionistas e o público em geral.
4. Evite o uso excessivo de voz passiva:
Nenhuma ação foi tomada pela diretoria. > A diretoria não tomou
nenhuma ação.
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Foi notado que muitas das medidas que foram recomendadas, não foram
acatadas pela área financeira. > Notamos que a área financeira não
acatou muitas das medidas que recomendamos.
Depois que todas as requisições de materiais do mês tenham sido
recebidas, o preenchimento do formulário que serve de base ao cálculo
do consumo de materiais, deve ser feito pelo Almoxarifado. > Depois de
receber todas as requisições de materiais do mês, o Almoxarifado deve
preencher o formulário que serve de base ao cálculo do consumo de
materiais.
5. Prefira uma frase positiva em lugar de uma negativa:
Não acreditamos que seja possível realizar. > Acreditamos que não seja
possível realizar.
Se não iniciarmos a implantação até outubro, não teremos o novo sistema
operando em janeiro. > Se iniciarmos a implantação até outubro, teremos
o novo sistema operando em janeiro.
6. Lembretes: é importante você ter em mente alguns lembretes
enquanto escreve:
1. Concordância;
2. Verbos no Futuro;
3. Jargão Profissional;
4. Simplicidade;
5. Concentração no tema;
6. Utilização de frases curtas, em ordem direta e palavras simples;
7. Observação às normas gramaticais.
VIII. Partes de um relatório :
1. Título ;
2. Objetivos;
3. Introdução;
4. Procedimento experimental;
5. Resultados experimentais;
6. Considerações finais;
7. Referências bibliográficas.
CAPÍTULO 4: CURRÍCULO
CURRÍCULO
Três mandamentos para a elaboração de um currículo:
1. Não minta: O currículo é um documento que conta sua trajetória profissional e
deve ser positivo. Porém, um relato favorável é diferente de uma lista de auto-
elogios. Não divulgue qualificações que não possui nem cite cargos que não
ocupou. Descobertas, mentiras como essas levarão o empregador a
desconsiderar sua candidatura.
2. Não entre em detalhes quanto a salário: Como ocorre com os catálogos de
qualidade, os preços deve vir à parte. Até aqui, o leitor está preocupado em
avaliar sua adequação ao cargo e salário não constitui questão central. Porém o
recrutador pode solicitar que você forneça detalhes sobre seu salário atual ou
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revele sua progressão salarial. Nesse caso, coloque os dados na carta acompanha
o currículo.
3. Não anexe fotografias: Ao preparar o currículo, você elabora um documento que
leva o leitor a formar uma imagem positiva sobre você. Se incluir uma
fotografia, pode induzi-lo a conclusões subjetivas baseadas em sua aparência. Às
vezes, porém, empresas das áreas de publicidade, moda ou eventos podem
solicitar uma foto anexa ao currículo. Nesse caso, envie-a.
Itens do currículo:
1. Nome;
2. Dados pessoais;
3. Objetivo;
4. Formação acadêmica;
5. Outros cursos;
6. Idiomas;
7. Qualificações;
8. Experiência profissional.
CARTA DE APRESENTAÇÃO
Algumas empresas contratantes também solicitam que o candidato escreva, muitas
vezes de próprio punho, uma carta de apresentação. Essa é uma forma de avaliar a
capacidade de elaboração textual e domínio da língua padrão.
Essas cartas são bem mais formais do que as particulares e devem iniciar-se com
fórmulas respeitosas (Prezado Senhor, Prezado Senhor Diretor) e encerrar-se com
saudações formais (atenciosamente, cordialmente).
Modelo 1
Prezado(a) Senhor(a),
De acordo com a indicação do Sr. João da Silva, envio meu currículo para apreciação.
Há cinco anos atuo na área de divulgação e markerting da empresa Ramos&Associados,
desenvolvendo trabalhos de consultoria na área educacional e também na organização
de eventos em diversos segmentos empresariais.
Neste momento, busco uma efetivação no mercado, visando o desenvolvimento de um
trabalho objetivo e gerador de resultados, de forma a possibilitar crescimento qualitativo
e quantitativo para os envolvidos.
Agradeço a atenção e coloco-me ao inteiro dispor para contato pessoal.
Modelo 2
Prezados Senhores,
Em busca de nova proposta de trabalho na área Administrativo-Financeira, apresento-
lhes meu currículo anexo.
Entre minhas características básicas encontram-se: adaptabilidade, bom humor,
dinamismo, responsabilidades, perfeccionismo, auto-exigência, dedicação ao trabalho e
bom relacionamento em geral.
Informo ainda que estou disponível para viagens, de acordo com a necessidade da
organização.
10
No aguardo de contato de sua parte, coloco-me à disposição para prestar-lhes mais
esclarecimentos.
Atenciosamente,
Modelo 3
Prezados Senhores,
Estou à procura de novos desafios profissionais na área de Recursos Humanos e
acredito que sua empresa possa ter interesse por minhas qualificações.
Sou graduada em Comunicação Social e História, com pós-graduação em
Administração. Atuo na área de Recursos Humanos há nove anos, com destaque para o
desenvolvimento e coordenação de atividades de treinamento, tendo inclusive obtido a
certificação ISO-9001.
Envio anexo o meu currículo para fazer parte de seu banco de dados e coloco-me à
disposição para uma entrevista pessoal, quando poderei fornecer mais informações
sobre minha experiência profissional.
Cordialmente,
Modelo 4
Dr. Augusto Valente
Diretor
Interforma Assessoria Empresarial Ltda.
Av. Luis Alcântara, 768 - sala 56 São Paulo - SP
Prezado Dr. Augusto,
Sou executivo de Assuntos Corporativos e Comunicação Empresarial com carreira em
escritórios de advocacia e no Banco Banespa, onde adquiri sólida experiência em
relações com a imprensa, clientes, órgãos de defesa do consumidor, gestão de produtos,
suporte a desenvolvimento de agências e postos de serviços, análise de concorrência,
formação e liderança de equipes, interface entre banco e empresas seguradoras e de
cartões de crédito e áreas administrativas. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais,
tenho pós- graduação em Jornalismo.
Visando posições em empresas suas clientes, encaminho meu currículo e estarei à sua
disposição para um contato pessoal e informações adicionais sobre minha carreira
Atenciosamente,
A VELHA CONTRABANDISTA
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela
fronteira montada na lambreta com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da
Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal perguntou assim pra
ela:
__ Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás.
Que diabo a senhora leva nesse saco?
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A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros que adquirira no
odontólogo, e respondeu:
__ É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha
saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e
dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela
montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro
com a muamba dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na
lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela
levava no saco e ela respondeu que era areia uai! O fiscal examinou e era mesmo.
Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, toda as vezes, o que ela
levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
__Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa
de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
__ Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o
fiscal propôs:
__ Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não
conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora
está passando por aqui todos os dias?
__ O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
__ Juro – respondeu o fiscal.
__ É lambreta!
CAPÍTULO 5: CONCORDÂNCIA NOMINAL O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome adjetivo concordam em gênero e número
com o substantivo a que se referem.
Aqueles dois jornais publicaram as notícias trágicas.
O livro segue anexo.
As duplicatas seguem anexas.
A fotografia segue inclusa.
Os documentos seguem inclusos.
Ele respondeu: muito obrigado.
Ela disse: muito obrigada.
Ele mesmo construiu a casa.
Elas mesmas resolveram o problema.
Ela própria entregou o documento.
Eles próprios receberam o prêmio.
Tomou meia garrafa de vinho depois de beber meio litro de leite.
Bastantes alunos participaram da reunião.
A porta estava meio fechada.
Alessandra andava meio aborrecida.
Eles falaram bastante.
Eram alunas bastante simpáticas.
Elas chegaram bastante cedo.
Havia menos pessoas interessadas no cargo.
Havia menos candidatos interessados no cargo.
Poucas pessoas tinham muitos motivos.
Eram alunas muito aplicadas.
Compraram livros caros.
Os livros custaram caro.
Eram mercadorias baratas.
Pagaram barato aqueles livros.
Andavam por longes terras.
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Elas moram longe.
Água é bom.
Chuva é necessário
Bebida alcoólica é proibido para menores.
A água é boa.
A chuva é necessária.
As bebidas alcoólicas são proibidas para menores.
Os lusíadas é um poema épico.
A poluída São Paulo necessitava chuva.
Os professores reivindicamos melhores condições de trabalho.
Exercícios:
1. Complete as lacunas com uma das formas indicadas entre parênteses.
a) Há pouco o relógio da sala bateu meio-dia e _____.(meio/meia)
b) O gerente enviou ______ os preços dos aparelhos solicitados. (em anexo/
anexos)
c) Será _____ interferência de pessoas estranhas no debate. (proibida/proibido)
d) Esta semana havia ______ pessoas na fila. (menos/menos)
e) O governador falava ______, por isso tinha ______chances frente ao
adversário. (pouco,pouco/pouco,poucas)
f) Hoje ficaremos _______ com a empresa, ao entregar este trabalho.
(quite/quites)
2. Imagine que você trabalhasse como revisor de língua portuguesa em um jornal.
Você faria alguma correção no texto do anúncio a seguir? Justifique.
GERENTES DE LOJA
Requisitos:
Experiência mínima de 2 anos em gerência.
Sexo feminino.
Idade entre 25 e 35 anos.
Nível universitário.
Usuária de computador.
Salário excepcional. Os interessados deverão enviar “currículos” com foto ou preencher
ficha na rua...
3. Reescreva as frases seguintes , fazendo a devida concordância das palavras
indicadas entre parênteses :
a) O leitor pulou (longo) capítulos e páginas, porque achou o livro grosso.
b) O poeta escreveu capítulos e páginas (compacto).
c) O advogado considerou (perigoso) o argumento e a decisão.
d) Comprei uma casa e um carro (usado).
e) Os alunos e as alunas (aprovado) pretendem fazer um coquetel e um baile
(bastante) agradáveis.
f) Seu nome na lista dos aprovados deixou os pais dele (bastante) felizes.
g) Os moradores entregaram um documento ao prefeito com reivindicações (
bastante) para a melhoria do trânsito no bairro.
h) Os alunos que ajudaram na campanha receberam (bastante) congratulações
dos beneficiados.
i) A mãe ficou (meio) aborrecida com aquela discussão entre os filhos mais
velhos.
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j) Eu comprei (pouco) laranjas e (meio) melancia.
4. A frase a seguir apresenta ambiguidade:
“ Após a reunião, a diretora da empresa ficou só na sala.”
a) Qual é a palavra responsável pela ambiguidade dessa frase? Por quê?
b) Reescreva a frase de modo a desfazer a ambiguidade, tornando preciso cada
um dos sentidos da palavra.
5. A palavra bastante tem dois valores gramaticais. Como advérbio, ela equivale a
“muito, demais” e é invariável; como adjetivo, equivale a “ muito(a),
muitos(as)”. Leia estas frases:
I. Ele conhece_______ países.
II. Ele conhece_______ esses países.
Em qual delas a palavra BASTANTE tem o sentido do advérbio e é
portanto, invariável?
CAPÍTULO 6: CARTA COMERCIAL
Carta comercial é a correspondência tradicionalmente utilizada pela indústria e
comércio.
APRESENTAÇÃO DATILOGRÁFICA
Existem duas modalidades para a disposição datilográfica de cartas: o sistema em bloco
e o sistema de encaixe.
Sistema em Bloco
No sistema em bloco, não há marcação de parágrafo. Todas as linhas são iniciadas
apartir da margem esquerda, observando-se pauta simples. Entre os períodos, deixa-se
pautadupla. Havendo tópicos em maiúsculas, a segunda linha é indicada após sua
última letra, paraevitar que as da linha anterior fiquem sem estética.
Sistema de Encaixe
No sistema de encaixe, o texto é feito com pauta dupla do início ao fim. O parágrafo
será de 10 espaços, a partir da margem esquerda.
O destinatário, a invocação, o fecho da carta e a assinatura obedecem a uma disposição
idêntica nos dois sistemas.
TRANSFORMAÇÃO DE CARTA COMERCIAL TRADICIONAL
EM CARTA COMERCIAL MODERNA
Agora, veremos como transformar uma carta tradicional em uma carta simplificada,
economizando-se assim tempo e esforço.
14
15
Justificativa da Supressão de Vários ELementos
(1)Suprime-se o local junto à data, porquanto já consta no papel timbrado.
(2)Elimina-se a preposição “A”, desnecessária no caso.
(3)Elimina-se o endereço do destinatário, uma vez que o mesmo consta no envelope.
(4)Suprimem-se os dois pontos na invocação.
(5)Não é necessário marcar-se o parágrafo. Basta deixar espaço duplo vertical,
indicando-o.
(6)Não é necessário colocar-se a expressão „em resposta”, porque o destinatário sabe
que se está
respondendo a algo.
(7)Não há necessidade de cair em redundância: ou se coloca a representação ou o
nome do
representante.
(8)Suprime-se o número 10, uma vez que a palavra dez já está mencionada.
(9) Expressões desnecessárias.
(10) Não há necessidade de citar o número da duplicata, nem o banco, porque o
proprietário deve ter
registro desse título.
(11) Não é necessário precisar a data em que o título foi encaminhado.
(12) Não é necessária a expressão p.p. (próximo passado), uma vez que a data passou
recentemente.
(13) Expressões desnecessárias.
(14) Não se usa mais tapa-margem e, para que haja funcionalidade na correspondência,
a margem
direita não precisa ficar uniforme.
(15) Expressão desnecessária. Se houvesse algo mais, seria acrescentado à carta.
(16) Expressão desnecessária, porque está implícita no final.
(17) Não se usa mais a pauta para a assinatura do remetente.
OBSERVAÇÕES
Carta-Circular
Quando a carta tiver que ser endereçada multidirecionalmente, usar-se-á a CARTA-
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CIRCULAR.
Carta em Tópicos
Quando existem diversos assuntos a serem abordados na carta, usa-se a CARTA EM
TÓPICOS (cada assunto constitui um tópico). Propostas de redação
Elabore duas cartas comerciais, usando os seguintes dados:
1. Ferreira & Cia. Ltda. solicita a Irmãos Pires Ltda. o envio, com a máxima urgência, de
mercadorias, conforme relação anexa. Agradece atendimento.
2. Silveira & Cia. comunica a Francisco Camargo a inauguração de uma nova agência.
Convida-o para a inauguração e coquetel. Agradece a presença.
1. Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre uso de termos estrangeiros no
Brasil] para que palavras como "shopping center", "delivery" e "drive-through" sejam
proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas. Engajado nessa valorosa luta contra
o inimigo ianque, que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo
idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a
preservação da soberania nacional, a saber:
Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer "Tu vai" em espaços públicos do
território nacional;
- Nenhum cidadão paulista poderá dizer "Eu lhe amo" e retirar ou acrescentar o plural
em sentenças como "Me vê um chopps e dois pastel";
- Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra "borraxaria" e
nenhum dono de banca de jornal anunciará "Vende-se cigarros";
Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais
como "casar-me-ei" ou "ver-se-ão".
(PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. "O Estado de S. Paulo", São Paulo,
8/04/2001.)
No texto acima, o autor
a) revela-se preconceituoso em relação a certos registros lingüísticos ao propor medidas
que os controlem.
b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e
socioculturais da língua.
c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e
nominal pelo falante brasileiro.
d) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve
ser protegida contra deturpações de uso.
e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar
corretamente os pronomes.
2. Brasil
O Zé Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani da mata virgem
- Sois cristão?
- Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
- Sim pela graça de Deus
17
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval
(Oswald de Andrade)
Este texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil, mostrando-a como
uma junção de elementos diferentes. Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar
que a visão apresentada pelo texto é
a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto
parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem.
b) preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo
positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas.
c) moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil
como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos.
d) negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando
em anarquia e falta de seriedade.
e) inovadora, pois mostra que as três raças formadoras - portugueses, negros e índios -
pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira.
3- Dos recursos lingüísticos presentes nos quadrinhos, o que contribui de modo mais
decisivo para o efeito de humor é a:
a) pergunta que está subentendida no primeiro quadrinho.
b) primeira fala do primeiro quadrinho.
c) falta de sentido do diálogo entre candidato e cabo eleitoral.
d) utilização de “Fulano”, “Beltrano” e “Sicrano” como nomes próprios.
e) ambigüidade que ocorre no uso da expressão “pelas costas”.
4) Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das
avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que
estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista,
que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o
ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que
era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem
para o hospital. Assim salvou-lhe a vida.
5) No cinema, no teatro, não converse. Não mexa demais a cabeça, não fique aos
beijos. Cuidado com o barulho do papel de bala, do saco de pipocas. Não os jogue no
chão, quando acabar. Se o seu vizinho estiver fazendo tudo isso e incomodando, seja
discreto. Peça que interrompam a sessão e acendam as luzes a fim de inibir o
transgressor.
18
CAPITULO 7: CONCORDÂNCIA VERBAL I sujeito simples:
A) regra geral:
Nós nunca discordamos de você.
Sumia na estrada poeirenta a última boiada da fazenda.
B) verbo + pronome se:
Divulgaram-se os planos.
Os planos foram divulgados.
Não se confiava nos planos.
Precisa-se de motoristas experientes.
C) a maior parte de, grande número de, uma porção de, + nome no plural:
A maioria dos pássaros fugiu/fugiram do viveiro.
D) mais de, menos de, cerca de, perto de, + numeral:
Mais de um interessado enviou currículo à empresa.
Mais de cem interessados enviaram currículos.
Perto de vinte alunos faltaram à prova.
Mais de um vereador se acusaram mutuamente.
E) pronomes de tratamento
Vossa excelência enganou seus eleitores.
Vossa excelência enganastes seus eleitores.
F) pronomes relativos que e quem:
foram os professores que pediram as explicações.
Fui eu que pedi as explicações.
Foram os funcionários quem reivindicou o aumento.
Foram os funcionários quem reivindicaram o aumento.
G) nome próprio que só tem plural:
Os Estados Unidos não aceitaram o acordo comercial.
O Amazonas impressiona pelo seu grande volume de água.
Canoas localiza-se no rio grande do sul.
III. concordância do verbo com o sujeito composto:
a) Sujeito composto posicionado antes do verbo:
O carro e o ônibus caíram no rio.
Dias quentes e temporais repentinos caracterizam o verão.
A paz e a tranqüilidade reinava/reinavam naquele lugar.
A angústia, a inquietação, o desespero o dominou/ dominaram.
A ameaça, o terror, a agressão, nada o deteria.
(tudo, nada, ninguém ou alguém)
b) Sujeito composto posicionado depois do verbo:
Caiu/ caíram no rio o carro e o ônibus.
c) Sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes:
Você, seu amigo e eu nunca aceitaríamos esse acordo.
Tu e teu amigo ficareis/ficarão aqui até domingo?
d) Núcleos do sujeito ligados por ou:
Marcos ou Cláudio se casará com Simone. (exclusão)
A beleza ou a verdade sempre o emocionam.
Um ou outro erro seria corrigido.
IV. CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER:
a) Sujeito e predicativo são nomes de coisas:
19
Nossas vidas eram/era uma verdadeira festa.
b) Quando o sujeito e o predicativo designam pessoas:
(a concordância é feita obrigatoriamente com a palavra que designa pessoa)
Os amigos de infância eram sua grande alegria.
O problema da empresa são os funcionários desmotivados.
c) Verbo ser indicando horas distâncias e datas:
Agora são seis horas da tarde.
Quando ele chegou, já era uma e vinte.
Daqui à cidade são quinze quilômetros.
Hoje é dia 19 de setembro.
Hoje é 19 de setembro.
Hoje são 19 de setembro.
d) Expressões é muito, é pouco, é demais
Dois mil reais foi pouco para pagar a dívida.
Vinte toneladas é muito peso para esse caminhão.
Seis metros de tecido seria demais para fazer o vestido?
V. concordância dos verbos impessoais:
a) Verbo haver:
Antigamente havia poucos carros nas ruas.
Aqui nunca houve nem haverá brigas.
Na reunião devia/ podia/ vai haver umas vinte pessoas.
Antigamente existiam poucas escolas particulares.
Antigamente deviam existir poucas escolas particulares.
Se te maltratarem, eles se haverão comigo.
Os acusados houveram o perdão do juiz.
b) Verbo fazer:
Já faz muitos anos eu não se fabrica essa peça.
Amanhã fará dez anos que me casei.
Domingo vai fazer três semanas que chegamos.
CONCORDÂNCIA COM SUBSTANTIVOS COMPOSTOS:
QUANDO UM ÚNICO ADJETIVO ESTIVER SE REFERINDO A MAIS DE UM
SUBSTANTIVO, A CONCORDÂNCIA SERÁ FEITA DA SEGUINTE FORMA:
a) SE O ADJETIVO VIER ANTEPOSTO AOS SUBSTANTIVOS A QUE SE REFERE,
DEVERÁ CONCORDAR COM O SUBSTANTIVO MAIS PRÓXIMO:
ESCOLHESTE PÉSSIMA HORA E LUGAR PARA FALAR.
ESCOLHESTE PÉSSIMO LUGAR E HORA PARA FALAR.
ESTAVAM APREENSIVOS A TORCIDA E OS JOGADORES.
b) SE O ADJETIVO VIER POSPOSTO AOS SUBSTANTIVOS A QUE SE REFERE, A
CONCORDÂNCIA PODERÁ SER FEITA OU COM O SUBSTANTIVO MAIS
PRÓXIMO, OU NO PLURAL COM AMBOS OS SUBSTANTIVOS.
ESCOLHEU A HORA E O MOMENTO ADEQUADO.
ESCOLHEU A HORA E O MOMENTO ADEQUADOS.
AGUARDAVA OCASIÃO E MOMENTO OPORTUNOS.
14- No grupo, .... os trabalhos.
a) Sou eu que coordena
20
b) É eu que coordena
c) É eu quem coordena
d) É eu quem coordeno
e) Sou eu que coordeno.
15- Assinale a alternativa que completa as frases:
I – Grande parte dos alunos ...... hoje.
II – Não serão vocês quem ......o problema.
III – Os Estado Unidos...... da reunião.
a) Faltou – resolverão – participará
b) Faltaram – resolverá – participará
c) Faltaram – resolverá – participarão
d) Faltou – resolverá – participarão
e) Alternativas C e D são corretas.
16. "A Polícia Federal investiga os suspeitos de terem ajudado na fuga para o Paraguai e a
Argentina. A polícia desses países não puderam prendê-los porque o governo brasileiro não fez
o pedido formal de captura."
(Adaptado de "O Estado de São Paulo", 22/08/93)
a) No segundo período, há uma infração às normas de concordância. Reescreva-o de
maneira correta.
b) Indique a causa provável dessa infração.
17. Reescreva o texto a seguir de acordo com o padrão culto da língua:
“Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá
presa, um marginal que já fez de tudo na vida não é que vai preso que ele vai mudar
totalmente”.
18. FELIZ ANIVERSÁRIO
A família foi pouco a pouco chegando. Os que vieram de Olaria estavam muito
bem vestidos porque a visita significava ao mesmo tempo um passeio a Copacabana. A
nora de Olaria apareceu de azul-marinho, com enfeites de paetês e um drapejado
disfarçando a barriga sem cinta. O marido não veio por razões óbvias: não queria ver os
irmãos. Mas mandara sua mulher para que nem todos os laços fossem cortados - e esta
vinha com o seu melhor vestido para mostrar que não precisava de nenhum deles,
acompanhada dos três filhos: duas meninas já de peito nascendo, infantilizadas com
babados cor-de-rosa e anáguas engomadas, e o menino acovardado pelo terno novo e
pela gravata.
Tendo Zilda - a filha com quem a aniversariante morava - disposto cadeiras
unidas ao longo das paredes, como numa festa em que se vai dançar, a nora de Olaria,
depois de cumprimentar com cara fechada aos de casa, aboletou-se numa das cadeiras e
emudeceu, a boca em bico, mantendo sua posição ultrajada. "Vim para não deixar de
vir", dissera ela a Zilda, e em seguida sentara-se ofendida. As duas mocinhas de cor-de-
rosa e o menino, amarelos e de cabelo penteado, não sabiam bem que atitude tomar e
ficaram de pé ao lado da mãe, impressionados com seu vestido azul-marinho e com os
paetês.
Depois veio a nora de Ipanema com dois netos e a babá. O marido viria depois.
E como Zilda - a única mulher entre os seis irmãos homens e a única que, estava
decidido já havia anos, tinha espaço e tempo para alojar a aniversariante -, e como Zilda
estava na cozinha a ultimar com a empregada os croquetes e sanduíches, ficaram: a nora
de Olaria empertigada com seus filhos de coração inquieto ao lado; a nora de Ipanema
na fila oposta das cadeiras fingindo ocupar-se com o bebê para não encarar a
concunhada de Olaria; a babá ociosa e uniformizada, com a boca aberta.
E à cabeceira da mesa grande a aniversariante que fazia hoje oitenta e nove anos. LISPECTOR, Clarice. "Laços de família". Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, pp. 59-60.
21
(I) E à cabeceira da mesa grande a aniversariante que fazia hoje oitenta e nove anos.
(II) Fazia um ano que o filho de Olaria não aparecia nas festas familiares.
Embora o verbo FAZER tenha sido flexionado na 3ª pessoa do singular nos dois
períodos acima, a concordância se deu em cada um dos casos por razões distintas.
Identifique-as.
19. Considere estas duas frases:
1. O comércio entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai quadruplicaram nos
últimos anos – e faz negócios melhores quem se comunica melhor.
Revista Veja, 9/9/1998
2. O péssimo estado de conservação de muitas rodovias brasileiras causam
prejuízos de milhões de reais ao país.
Frase noticiário de TV.
Ambas apresentam o mesmo problema de uso da norma culta.
a) Aponte-os nas duas frases.
b) Reescreva as passagens incorretas, adequando-as à norma culta.
c) Faça uma hipótese para explicar, em cada frase, o que poderia ter levado o
redator a cometer o erro.
20. Nas frases a seguir, a concordância verbal está de acordo com a norma culta.
Leia-as, observando o verbo em destaque.
a) O silencio, a paz, ea quietude do lugar acalmava-lhe o espírito.
b) O abandono, a pobreza, a miséria absoluta continua matando milhares
de crianças brasileiras.
c) Não obteve asilo político nos países vizinhos o ex-ditador e seus
colaboradores.
d) O respeito dos vizinhos, o bem-estar material, a presença dos amigos,
nada o prendia àquele lugar.
1) Em todas essas frases, o sujeito é composto; o verbo no entanto, está no
singular. Explique em cada caso, por que a concordância verbal está
correta.
22
2) Somente uma das frases ficaria incorreta se o verbo fosse empregado no
plural. Identifique-a e justifique sua resposta.
CAPÍTULO 8: INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Jorge Vercilo
“Fênix”
Composição: Flávio Venturini /
Jorge Vercilo
Eu! Prisioneiro meu, Descobri no
brêu
Uma constelação...
Céus! Conheci os céus pelos olhos
seus
Véu de contemplação...
Deus! Condenado eu fui a forjar o
amor no aço do rancor E a transpor
as leis mesquinhas dos mortais...
Vou! Entre a redenção e o esplendor
de por você viver...
Sim! quis sair de mim e esquecer
quem sou e respirar por ti e assim
transpor as leis mesquinhas dos
mortais...
Agoniza virgem Fênix o amor entre
cinzas, arco- íris, esplendor por
viver às juras de satisfazer o ego
mortal...
Coisa pequenina Centelha divina
Renasceu das cinzas Onde foi ruína
Pássaro ferido Hoje é paraíso...
Luz da minha vida Pedra de
alquimia Tudo o que eu queria
Renascer das cinzas...
E eu! Quando o frio vem Nos
aquecer o coração Quando a noite
faz nascer A luz da escuridão E a
dor revela a mais Esplêndida
emoção... O amor!
Jota Quest
“O Vento”
Voe por todo mar, e volte aqui...
Voe por todo mar, e volte aqui...
Pro meu peito.
Se você foi, vou te esperar
Com pensamento que só fica em
você
Aquele dia, um algo mais
Algo que eu não poderia prever.
Você passou perto de mim
Sem que eu pudesse entender
Levou os meus sentidos todos pra
você
Mudou a minha vida e mais
Pedi ao vento pra trazer você aqui
Morando nos meus sonhos e na
minha memória
Pedi ao vento pra trazer você pra
mim
Vento traz você de novo
Vento faz do meu mundo novo
E voe por todo o mar e volte aqui...
E voe por todo mar, e volte aqui...
Pro meu peito.....
Banda Fatale
“Lembranças”
No silêncio das cinco ele acorda e
tudo parece já tão distante,
A tristeza de ter que deixar tudo
aquilo que viveu pra trás,
Lembranças...
Com o sonho na estrada, o corpo
cansado o tempo parece parar,
E uma névoa seguindo seus passos,
faz parecer sempre o mesmo lugar,
Vai meu irmão! Não deixe o destino
pra trás!
Não vá... Dizer que seu sonho
termine aqui,
O tempo vai te mostrar, um novo
caminho pra te guiar.
Seja lá quem escreva os caminhos,
deixa o final pra que você o faça.
Não se prenda ao presente viva o
futuro e não olhe pra trás.
Lembranças...
Não vá... Dizer que seu sonho
termine aqui,
O tempo vai te mostrar, um novo
caminho pra te guiar.
Vai! Buscar um pouco mais!
Do que a vida trás!
Esperar é a fraqueza de todos
mortais!
Que deixam de viver por não
acreditar....!
Uooou...Dai!! Ao sol um novo lar!
Ao céu um novo mar! À vida a
alegria de não se entregar!
Que um dia você vai, sem medo
acordar...
Em um mundo onde a estrela é
você!
23
Chico Buarque
“História De Uma Gata”
Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram
O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé... de gato
Me diziam em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás
De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás
Victor e Léo
“Vida boa”
Moro num lugar
Numa casinha inocente do sertão
De fogo baixo aceso no fogão,fogão
à lenha ai ai
Tenho tudo aqui
Umas vaquinha leiteira,um burro
bão
Uma baixada ribeira,um violão e
umas galinha ai ai
Tenho no quintal uns pé de fruta e
de flor
E no meu peito por amor,plantei
alguém(plantei alguém)
Refrão
Que vida boa ô ô ô
Que vida boa
Sapo caiu na lagoa,sou eu no
caminho do meu sertão
Vez e outra vou
Na venda do vilarejo pra comprar
Sal grosso,cravo e outras coisa que
fartá,marvada pinga ai ai
Pego o meu burrão
Faço na estrada a poeira levantar
Qualquer tristeza que for não vai
passar do mata-burro ai ai
Galopando vou
Depois da curva tem alguém
Que chamo sempre de meu bem,a
me esperar(a me esperar)
Novo Tom
“Como duvidar?”
" As ondas do mar quebrando em
uma praia,
o veludo azul do céu bordado de
estrelas,
cores diluídas em uma floresta,
cachoeira soando como grande
orquestra .
As lágrimas do orvalho desenhadas
em uma rosa,
a lua iluminando uma estrada de
terra,
o gosto açucarado de um favo de
mel,
o amanhecer pintado em tom pastel.
Como duvidar de um Deus tão
poderoso de um ser tão detalhista
que pintou o mundo com suas mãos?
Como duvidar de um ser que me faz
respirar?
Comanda os planetas e se importa
com as palavras que eu falar.
como duvidar?
A grandiosidade de uma montanha.
O trabalho árduo em um
formigueiro,
um arco-íris rasgando o céu
cinzento,
dunas esculpidas pelo sopro do
vento,
o sol se escondendo no horizonte
distante,
a poesia existente em um
nascimento,
a brisa balançando uma rede na
varanda,
o som de crianças brincando de
ciranda.
Como duvidar de um Deus tão
poderoso de um ser tão detalhista
que pintou o mundo com suas mãos?
Como duvidar de um ser que me faz
respirar?
Comanda os planetas e se importa
com as palavras que eu falar.
Como duvidar?”
INSTRUÇÃO: As questões de números 2 e 3 se baseiam no soneto Solar Encantado, do poeta
parnasiano Vitor Silva (1865-1922), num fragmento de uma reportagem da revista Casa Cláudia
(abril/1999) e na letra do samba Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa (1910-1982).
Solar Encantado
Encerrado no horror de uma lenda sombria
Ouve-se à noite, em torno, um clamor lamentoso,
Piam aves de agouro, estruge a ventania,
E brilhando no chão por sobre a selva fria.
Dentro um luxo funéreo. O silêncio por tudo...
Apenas, alta noite, uma sombra de leve
Agita-se tremer nas trevas de veludo...
Ouve-se, acaso, então, vaguíssimo suspiro.
E na sala, espalhando um clarão cor de neve,
Resvala como um sopro o vulto de um vampiro. SILVA, Vítor. In: Ramos, P.E. da Silva. Poesia parnasiana –
antologia . São Paulo: Melhoramentos,1967, p,245
24
A Alma do Apartamento Mora na Varanda
No terraço de 128m2 , a família torna sol, recebe amigos para festas e curte a vista dos Jardins, em São
Paulo. Os espaços generosos deste apartamento dos anos 50 recebem luz e brisa constantes graças às
grandes janelas.
Os aromas desse apartamento de 445m2 denunciam que ele vive os primeiros dias: o ar recende a pintura
fresca. Basta apurar o olfato para também descobrir a predileção do dono da casa por charutos, lírios e
velas, espalhados pelos ambientes sociais. Sobre o fundo branco do piso e dos sofás, surgem os toques de
cores vivas nas paredes e nos objetos. “Percebi que a personalidade do meu cliente é forte. Não tinha nada
a ver usar tons suaves”, diz Nessa César, a profissional escolhida para fazer a decoração.
Quando o dia está bonito, sair para a varanda é expor-se a um banho de sol, pois o piso claro reflete a luz.
O espaço resgata um pedaço do Mediterrâneo, com móveis brancos e paredes azuis. “Parece a Grécia”,
diz a filha do proprietário. Ele, um publicitário carioca que adora sol e festa, acredita que a alma do
apartamento está ali. MEDEIROS, Edson G. & PATRÍCIO, Patrícia. A alma do
apartamento mora na varanda. In: Casa Cláudia, São Paulo, Editora
Abril, n 4, ano 23. abril/99, p.69-70.
Saudosa Maloca
Se o sinhô não tá çembrado
dá licença de contá
que aqui onde agora está
esse edifício arto
era uma casa véia
um palacete assobradado.
Foi ali, “seu” moço
que eu, Mato Grosso e o Joca
construímos nossa maloca
Mas um dia
__ nóis nem pode se alembrá__,
veio os homens c'as ferramentas,
que o dono mando derrubá.
Peguemos todas nossas coisas
e fumos pro meio da rua
apreciá a demolição
que tristeza que nós sentia
cada tauba que caía
doía no coração
Mato Grosso quis brigá
mais em cima eu falei:
Os homens tá c'o a razão,
Nóis arranja outro lugá
Só se conformemos quando o Joca falô:
“Deus dá o frio conforme o cobertô”.
E hoje nóis pega paia na grama dos jardim
e prá esquecer nóis cantemo assim:
Saudosa maloca, maloca querida, dim, dim
donde nóis passemos dias feliz de nossa vida. BARBOSA , Adoniran. In: Demônios da Garoa – Trem das 11.
CD 903179209-2. Continental – Warner Music Brasil, 1995.
22. Os três textos apresentados focalizam o tema casa ou habitação, mas o fazem sob
diferentes perspectivas econômicas, sociais, temporais e afetivas. Releia-os com atenção
e a seguir,
a) Indique a palavra que, em cada texto, melhor caracteriza o tipo de habitação focalizada;
b) Tomando por base a resposta anterior e os elementos contextuais, relacione o tipo de
habitação à classe social a que pertencem ou pertenciam os respectivos moradores.
23. A letra de Saudosa Maloca pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição e elementos do uso popular ao uso
culto. Uma destas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos”, diferentemente do que prescreve a norma culta (o poeta emprega se
25
conformemos em vez de nos conformamos; se alembrá em vez de nos lembrar). Considerando
este comentário,
a) descreva e exemplifique o que ocorre, na linguagem artística do compositor, com o _r final e
com o -lh medial das palavras, em relação ao uso oral culto;
b) estabeleça as diferenças que apresentam, em relação ao uso culto, as seguintes formas verbais
da primeira pessoa do plural do presente do indicativo empregadas pelo compositor:
“pode”(verso11), “arranja”(verso23) e “pega”(verso26).
24. Você habitualmente usa e reconhece vários níveis de linguagem, associados a diferentes
falantes, estilos e contextos. Você sabe também que às vezes o falante utiliza um estilo que não
é seu, para produzir efeitos específicos, que é o que faz o maestro Júlio Medaglia na carta
abaixo:
Massa!
“Pô, Erundina, massa! Agora que o maneiro Cazuza virou nome num pedaço aqui na Sampa,
quem sabe tu te anima e acha aí um point pra botá o nome de Magdalena Tagliaferro, Cláudio
Santoro, Jaques Klein, Edoardo de Guarnieri, Guiomar Novaes, João de Souza Lima, Armando
Belardi e Radamés Gnatalli. Esses caras não foi cruner de banda a la 'Trogloditas do Sucesso',
mas se a tua moçada não manjar quem eles foi, dá um look aí na enciclopédia Britânica ou no
Groves Internacional e tu vai sacá que o astral do século 20 musical deve muito a eles.”
Júlio Medaglia, di-jei do Teatro Municipal do Rio de Janeiro
(São Paulo,SP) (Painel do leitor, Folha de S. Paulo,04/10/90)
a) Que grupo social pode ser identificado por este estilo? Transcreva as marcas lingüísticas
características desse grupo presentes no texto.
b) Em que campo da cultura deram contribuição importante os nomes mencionados na carta e
que passagem(ens) do texto permite(m) afirmar isso?
c) O texto contém uma crítica implícita. Qual é e a que é dirigida?
25. A coluna "Painel" do jornal "Folha de S. Paulo" publicou a seguinte nota:
LITERALMENTE
Desde a divulgação da pesquisa Data-Folha mostrando que 79% não sabem que
Fernando Henrique é o novo ministro da Fazenda, seus adversários no Congresso
criaram um novo apelido para ele: "Ilustre desconhecido."
("Folha de S. Paulo", 31.05.93 )
a) Quais os sentidos da expressão "Ilustre desconhecido" quando usada habitualmente
em relação a alguém, e como apelido de Fernando Henrique Cardoso?
b) Uma dessas duas interpretações de "Ilustre desconhecido", resulta num paradoxo*.
Diga qual é essa interpretação e justifique.
c) O título "Literalmente" é adequado à nota? Por quê?
(*paradoxo = contra-senso, contradição )
26. Para responder às questões a seguir, leia o trecho extraído de "Gabriela, cravo e
canela", obra de Jorge Amado.
26
O marinheiro sueco, um loiro de quase dois metros, entrou no bar, soltou um bafo
pesado de álcool na cara de Nacib e apontou com o dedo as garrafas de "Cana de
Ilhéus". Um olhar suplicante, umas palavras em língua impossível. Já cumprira Nacib,
na véspera, seu dever de cidadão, servira cachaça de graça aos marinheiros. Passou o
dedo indicador no polegar, a perguntar pelo dinheiro. Vasculhou os bolsos o loiro
sueco, nem sinal de dinheiro. Mas descobriu um broche engraçado, uma sereia dourada.
No balcão colocou a nórdica mãe-d'água, Yemanjá de Estocolmo. Os olhos do árabe
fitavam Gabriela a dobrar a esquina por detrás da Igreja. Mirou a sereia, seu rabo de
peixe. Assim era a anca de Gabriela. Mulher tão de fogo no mundo não havia, com
aquele calor, aquela ternura, aqueles suspiros, aquele langor. Quanto mais dormia com
ela, mais tinha vontade. Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e
canela. Nunca mais lhe dera um presente, uma tolice de feira. Tomou da garrafa de
cachaça, encheu um copo grosso de vidro, o marinheiro suspendeu o braço, saudou em
sueco, emborcou em dois tragos, cuspiu. Nacib guardou no bolso a sereia dourada,
sorrindo. Gabriela riria contente, diria a gemer: "precisava não, moço bonito ..." E aqui
termina a história de Nacib e Gabriela, quando renasce a chama do amor de uma brasa
dormida nas cinzas do peito.
No texto, o autor relaciona a cultura nacional à estrangeira, buscando, por meio da
comparação, estabelecer equivalências entre elas. O trecho do texto que indica esse tipo
de comparação é
a) Passou o dedo indicador no polegar ...
b) ... servira cachaça de graça aos marinheiros.
c) No balcão colocou a nórdica mãe-d'água ...
d) ... e apontou com o dedo as garrafas de "Cana de Ilhéus".
e) Um olhar suplicante, umas palavras em língua impossível.
27- A oração "Vasculhou os bolsos o loiro sueco", com a substituição do complemento
verbal por um pronome oblíquo, equivale a
a) Vasculhou-o os bolsos.
b) Vasculhou-se o loiro sueco.
c) Vasculhou-lhe os bolsos.
d) Vasculhou-lhes o loiro sueco.
e) Vasculhou-os o loiro sueco.
28- Na fala da mulher, substituindo "é mais barato" por "é preferível" e adequando a
frase à norma culta, obtém-se:
a) É preferível comprar sapato toda semana a abastecer o carro.
b) É preferível comprar sapato toda semana do que abastecer o carro.
c) É preferível comprar sapato toda semana que abastecer o carro.
d) É preferível comprar sapato toda semana de que abastecer o carro.
e) É preferível comprar sapato toda semana ante a abastecer o carro.
27
29- As informações da charge, presentes nas falas de ambas as personagens, permitem
afirmar que
a) o marido mora longe do trabalho.
b) os sapatos são muito caros.
c) o marido não sabe economizar sapato.
d) o preço do combustível está muito alto.
e) a família tem muita despesa com sapatos.
Não permita Deus que eu morra
Sem que ainda vote em você;
Sem que, Rosa amigo, toda
Quinta-feira que Deus dê,
Tome chá na Academia
Ao lado de vosmecê,
Rosa dos seus e dos outros,
Rosa da gente e do mundo,
Rosa de intensa poesia
De fino olor sem segundo;
Rosa do Rio e da Rua,
Rosa do sertão profundo
(Manuel Bandeira, "Estrela da Vida Inteira".)
30- Observe os versos: "Tome chá na Academia / Ao lado de vosmecê,"
a) De que Academia se trata?
b) "Vosmecê" é uma variante de que pronome? Dê alguma outra variante desse mesmo
pronome, de uso comum na língua falada do Brasil.
AUTO-ESTIMA "Fiz a cirurgia com 16 anos. Não fiz pelas outras pessoas, fiz para me
olhar no espelho e me sentir bem (...) Eu sinto como se o meu corpo tivesse absorvido o
silicone, como se o peito fosse meu mesmo. E é: meu pai pagou e ele é meu." C. S., 17,
sobre cirurgia plástica que fez nos seios, ontem na Folha.
("Folha de S. Paulo", 03.08.2004.)
31- Refletindo sobre o emprego dos pronomes possessivos em português, responda:
a) Como, no texto, pode ser definido o sentido de posse presente na expressão "como se
o peito fosse meu mesmo"?
b) E como pode ser definido o sentido de posse na expressão "E é: meu pai pagou e ele
é meu"?
28
32. Observe o pronome de tratamento usado por Mafalda para dirigir-se a Manolito. Imagine o diálogo que antecedeu
àquele registrado nos quadrinhos e analise os possíveis enunciados da professora se empregasse, de acordo com a
norma culta, o mesmo pronome de tratamento que Mafalda usa para falar com Manolito.
I. Manolito, vais indo bem em Matemática.
II. Fico espantada com a tua rapidez para fazer contas.
III. Eu lhe dou os parabéns pelo seu desempenho em Matemática.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) apenas II e III.
33. Tendo em vista a charge de Fausto, considere as seguintes afirmativas:
1. O efeito de humor é obtido, dentre outras coisas, pela recuperação do sentido literal da frase do último quadrinho.
2. A expressão "trem-bala" constitui uma metáfora: veloz como uma bala. Fausto associa, à já metaforizada
expressão, um novo sentido.
3. O mico retratado no último quadrinho simboliza a vergonha do povo brasileiro diante dos infortúnios.
4. O desenho do Congresso Nacional no último quadro permite associar as figuras humanas retratadas nesse quadro
com os políticos brasileiros, que se revoltam com os escândalos divulgados nos últimos meses.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
CAPÍTULO 9: REQUERIMENTO
É um documento no qual o interessado, depois de se identificar e se qualificar, faz sua
solicitação à autoridade competente. Só é usado ao se dirigir ao serviço público.
Possui características próprias, como: após o vocativo, deixam-se aproximadamente dez
linhas ou espaços e o corpo, espaço destinado ao despacho da autoridade competente,
finalizando com pedido de deferimento à solicitação, data, após exposição." (Cleuza G.
Gimenes Cesca, in Comunicacão Dirigida na Empresa.)
Há teóricos, como Teobaldo de Andrade, que defendem a dispensa do pedido de
deferimento, argumentam que ninguém faz uma solicitação para pedir indeferimento: "Nestes
termos, pede deferimento" ou "N. termos, p. deferimento" ou "N.T./P.D./ ou "N.T./A.D."
29
O requerimento é um instrumento do cidadão, nele se faz a solicitação de um direito que a
pessoa, grupo de pessoas ou empresa considera tê-lo. Não há necessidade de ser datilografado,
pode ser manuscrito.
O famoso abaixo-assinado, muito usado pelo povo e por organismos populares, é um
requerimento de caráter coletivo. Como nele vão muitas assinaturas, o espaçamento entre as
partes do requerimento pode ser menor. Mas, cuidado! Não assine nada em branco, exija que o
texto do abaixo assinado esteja expresso na folha em que você for colocar sua assinatura.
Antigamente ele era feito em papel almaço (com ou sem pauta), sua redação era uma
iniciativa do requerente, por isso o cidadão semiletrado pagava uma taxa a um escritório para
redigi-lo. Hoje, com o programa de desburocratização, as repartições fornecem modelos e até
formulários a serem preenchidos.
Modelo 1:
Exmo. Sr. Secretário de Esportes da Prefeitura Municipal de Campinas.
(10 espaços)
Indústria ABC, localizada na rua Acácia nº 500, Bairro São João, nesta cidade, inscrita no
C.G.C. 48.784.943/0001-08 e Inscrição Estadual nº 244.152.262, vem requerer a V.Exa. a
cessão do Centro Esportivo do Jardim Santo Antônio para a realização do 1º Campeonato
Esportivo Interno de seus funcionários, nos dias 16 e 17 de março próximo, das 8 às 18 horas,
em virtude de não possuir espaço físico adequado.
(3 espaços)
Nestes termos,
pede deferimento.*
(3 espaços)
Campinas, 13 de fevereiro de 2000.
(3 espaços)
Assinatura
* "Nestes termos, pede deferimento" pode ser eliminado.
Modelo 2
Exmo. Sr. Prefeito Municipal de Araçatuba
(10 espaços)
Nós, abaixo-assinados, moradores do Conjunto Habitacional Hilda Mandarino, vimos
requerer de V.Exa. o asfaltamento das ruas do conjunto habitacional com urgência, pois em dias
secos a poeira invade as casas, prejudicando a saúde das pessoas, e em dias chuvosos, suas vias
públicas ficam intransitáveis, até para os ônibus da TUA.
(2 espaços)
Nestes termos,
pedimos deferimento.*
30
Araçatuba, 7 de março de 2000
(2 espaços)
Assinatura:
Endereço:
Assinatura:
Endereço:
(sucessivamente)
* "Nestes termos, pedimos deferimento" pode ser eliminado.
Proposta de redação
Faça um requerimento dirigido ao prefeito de sua cidade solicitando revisão em seu carnê de
IPTU, pois você não concorda com os critérios estabelecidos.
CAPÍTULO 10: REFORMA ORTOGRÁFICA.
GUIA PRÁTICO DA NOVA ORTOGRAFIA
Saiba o que mudou na ortografia brasileira
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações
introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico
da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990,
por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o
Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de
1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua
escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina
todas as diferenças ortográfi cas observadas nos países que têm a língua
portuguesa como idioma ofi cial, mas é um passo em direção à
pretendida unificação ortográfica desses países.
Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos,
elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente
sobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básica
para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as
mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação com
questões teóricas.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V W X Y Z
31
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria
dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por
exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg
(quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show,
playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser,
Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar
que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
Agüentar
Argüir
Bilíngüe
Cinqüenta
Delinqüente
Aguentar
Arguir
Bilíngue
Cinquenta
Delinquente
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas
derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras
paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era Como fica
alcalóide
alcatéia
andróide
apóia (verbo apoiar)
apóio (verbo apoiar)
asteróide
bóia
celulóide
colméia
Coréia
epopéia
estréia
estréio (verbo estrear)
geléia
heróico
idéia
jibóia
jóia
odisseia
paranóia
Alcaloide
Alcateia
Androide
Apoia
Apoio
Asteroide
Boia
Celuloide
Colmeia
Coreia
Epopeia
32
Estreia
Estreio
Geleia
Heroico
Ideia
Jiboia
Joia
Odisseia
Paranoia
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim,
continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu,
éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos
quando vierem depois de um ditongo.
Como era Como fi ca
feiúra feiura
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final
(ou seguidos de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era Como fica
abençôo
crêem (verbo crer)
dêem (verbo dar)
dôo (verbo doar)
enjôo
lêem (verbo ler)
magôo (verbo magoar)
perdôo (verbo perdoar)
povôo (verbo povoar)
vêem (verbo ver)
vôos
zôo
Abençoo
Creem
Deem
Doo
Enjoo
Leem
Magoo
Perdoo
Povoo
Veem
Voos
33
Zoo
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/
pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era Como fica
Ele pára o carro.
Ele foi ao pólo Norte.
Ele gosta de jogar pólo.
Esse gato tem pêlos brancos.
Comi uma pêra.
Ele para o carro.
Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pera.
.
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do
passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª
pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é
preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos
verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter,
conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras
forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis,
(ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e
redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar
e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar,
delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas
do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do
imperativo.
34
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser
acentuadas. Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue,
enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua,
delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser
acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser
pronunciada mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague,
enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua,
delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a
e i tônicos.
Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas,
como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para
facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras
que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como
as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras
formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefi
xos, como:
aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro,
entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini,
multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub,
super, supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefi xos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da
vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
35
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento,
mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar,
cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei,
vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
36
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente.
ultrassom
5. Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo
elemento começar pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-infl acionário
anti-infl amatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno
6. Quando o prefi xo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo
elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante,
superproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada
por r: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usase o hífen diante de palavra iniciada
por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o
segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
37
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se
sempre o hífen. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu,
guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que
ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos,
mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-
São Paulo.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de
composição. Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou
combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na
linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos.
Resumo
Emprego do hífen com prefixos
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h:
anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
38
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de re s: anteprojeto,
semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo,
antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada
por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra
e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo
quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar,
cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefi xo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante
etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de
composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé,
paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefi xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se
sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-
casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
Teste seu Conhecimento sobre a Nova Ortografia
1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da língua portuguesa?
a) 23
b) 26
c) 28
d) 20
e) 21
2. A regra atual para acentuação no português do Brasil manda acentuar todos os ditongos abertos “éu”, “éi”, “ói” (como
„assembléia‟, „céu‟ ou „dói‟). Pelo novo acordo, palavras desse tipo passam a ser escritas:
a) Assembléia, dói, céu
b) Assembléia, doi, ceu
c) Assembléia, dói, ceu
d) Assembleia, dói, céu
e) Assembleia, doi, céu
3. Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assinalada com acento circunflexo. Qual delas?
a) Vôo
b) Crêem
c) Enjôo
d) Pôde
e) Lêem
4. Qual das alternativas abaixo apresenta todas as palavras grafadas corretamente:
a) bússola, império, platéia, cajú, Panamá
39
b) bussola, imperio, plateia, caju, Panama
c) bússola, imperio, plateia, caju, Panamá
d) bússola, império, plateia, caju, Panamá
e) bussola, imperio, plateia, cajú, Panamá
5. De acordo com as novas regras para o hífen, passarão a ser corretas as grafias:
a) Coautor, antissocial e micro-ondas
b) Co-autor, anti-social e micro-ondas
c) Coautor, antissocial e microondas
d) Co-autor, antissocial e micro-ondas
e) Coautor, anti-social e microondas
6. Qual das frases abaixo está redigida de acordo com a nova ortografia?
a) É preciso ter autoestima e autocontrole para coordenar o projeto de infraestrutura recém-aprovado,
ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.
b) É preciso ter auto-estima e autocontrole para coordenar o projeto de infra-estrutura recém-aprovado,
ainda muito polemico e com ajustes a fazer.
c) É preciso ter auto-estima e autocontrole para co-ordenar o projeto de infraestrutura recémaprovado,
ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.
d) É preciso ter auto-estima e auto-controle para coordenar o projeto de infra-estrutura recém-aprovado,
ainda muito polemico e com ajustes a fazer.
e) É preciso ter auto-estima e auto-controle para co-ordenar o projeto de infraestrutura recém-aprovado,
ainda muito polêmico e com ajústes a fazer.
7. Em quais das alternativas abaixo há apenas palavras grafadas de acordo com a nova ortografia da língua portuguesa?
a) Pára-choque, ultrassonografia, relêem, União Européia, inconseqüente, arquirrival, saúde
b) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequente, arquirrival, saude
c) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequente, arquirrival, saúde
d) Parachoque, ultra-sonografia, releem, União Européia, inconsequente, arqui-rival, saúde
e) Pára-choque, ultra-sonografia, relêem, União Européia, inconseqüente, arqui-rival, saúde
Respostas:
1. b
2. d
3. d
4. d
5. a
6. a
7. c
CAPÍTULO 11: CERIMONIAL
MODELO DE CERIMONIAL PARA TCC
Início da Cerimônia
O mestre de cerimônias deve fazer uma pré-
abertura dando os avisos iniciais (MODELO DE
DISCURSO AO LADO – QUADRO 1)
(Manter música ambiente)
QUADRO 1
Senhoras e Senhores, boa noite
Dentro de instantes daremos
inicio a cerimônia de hoje.
Pedimos a colaboração de todos
para que permaneçam em seus
lugares e mantenham os aparelhos
celulares desligados.
40
Apresentação do evento (MODELO DE
DISCURSO AO LADO –QUADRO 2)
Composição da mesa – Discurso Padrão
Diretor: Sr._______________________________
Coordenador (a) do Curso: Sr (a)_______________
Orientador (a):______________________
Examinador(a):________________________
IMPORTANTE: Quando o Diretor não estiver
presente, ele pode ser representado por uma outra
autoridade. Esta deve ser chamada pelo cargo, nome,
e indicação de representação de acordo com o
modelo abaixo:
Modelo: Convidamos para compor a mesa a Diretora
de Serviços, Sra. Sônia Gonelli, representando o
Diretor desta Unidade.
O mestre de cerimônias se pronuncia após a composição da mesa:
Execução do Hino Nacional (
Pronunciamentos - O mestre de cerimônias
convida o Diretor da Unidade ou seu representante
oficial para fazer a Abertura da Cerimônia
(Conforme discurso Quadro 3).
IMPORTANTE: normalmente, a autoridade mais
importante faz seu pronunciamento no encerramento
de evento. No entanto, nesta instituição, o diretor da
unidade ou o seu representante é quem fará o
pronunciamento inicial.
IMPORTANTE: LIMITAR O TEMPO DE
PRONUNCIAMENTO PARA 5 MIN.
QUADRO 2
É uma grande satisfação poder
contar com sua presença nesta
cerimônia de apresentação dos
Trabalhos de Conclusão de Curso,
dos alunos do terceiro módulo do
curso técnico em ..................., da
Etec Fernando Prestes.
O trabalho de conclusão de curso
tem por objetivo consolidar a
formação do aluno por meio do
desenvolvimento de uma pesquisa
científica, com temas
relacionados às competências
profissionais.
Na noite de hoje serão
apresentados os trabalhos
_________ e __________.
Convidamos para compor a mesa de trabalhos a ........
Coordenadora do Curso Técnico em Secretariado ,
Profª Sueli Maria..........
As Orientadoras professoras Daniele .............
Selma ................
Os Examinadores Professoras Ana Paula
Karina
Professor Antonio Marcos Fiel
(seguir a ordem acima de acordo com os presentes)
Pedimos a todos que fiquem em pé para a execução do
Hino Nacional Brasileiro.
QUADRO 3
Convidamos ao palco para
proferir seu pronunciamento o Sr.
Diretor prof _____________ ou o
Sr. Prof __________ em nome
_________________
41
Agradecimentos: O mestre de cerimônias faz
os agradecimentos, conforme a ordem de
precedência:
IMPORTANTE: as pessoas que recebem os agradecimentos são aquelas que estão
presentes, ocupam cargos importantes dentro da instituição, e convidados, que não
compõem a mesa.
MODELO:
Agradecemos a presença e participação nesta cerimônia
Da Diretora de serviços, Senhora Sonia Gonelli
Do Coordenador Pedagógico, Prof. Francisco.....
Das professoras Lúcia Martins e Maria da Glória Souza e a todos os demais professores
aqui presentes.
Dos pais e familiares
Dos colegas de curso técnico em ..................... das Etecs de Sorocaba e Votorantim.
(seguir a ordem acima de acordo com os presentes)
Início da apresentação dos trabalhos – O mestre de cerimônias convida os alunos
conforme discurso abaixo:
Convidamos ao palco para apresentação do trabalho ____(NOME DO
TRABALHO)____, os alunos
_______,_________,______________,_______________,______________.
Ao final de cada trabalho, o mestre de cerimônias dará continuidade aos
trabalhos:
Dando continuidade aos trabalhos desta noite , convidamos ao palco as alunas
_________________,____________,__________________,_________ para a
apresentação do trabalho _______________________________.
Agradecimentos Gerais: O mestre de cerimônias chama um aluno, ou ele mesmo
o faz – Agradecimento aos professores, coordenadores, funcionários, amigos,
familiares, de maneira respeitosa e geral.
OBS: esse agradecimento pode ser feito em forma de discurso falado, áudio-visual
(Power point), ou entrega de lembranças.
Caso aconteça a entrega de lembranças, o seguinte texto pode ser utilizado pelo mestre
de cerimônia:
Na seqüência, as alunas farão a entrega de uma lembrança aos componentes da mesa.
Convido a Aluna ______ para fazer a entrega da lembrança à ____________
42
Encerramento: O mestre de cerimônias convida o Coordenador do curso ou um
professor representante para fazer o encerramento do evento, conforme o discurso
abaixo:
Para encerrar os trabalhos desta noite, convidamos ao palco o Coordenador do Curso
Prof________ ou o Sr. Prof_______ em nome do Coordenador do Curso.
OBS: Quando acontecer apresentações de TCCs subsequentes ou for servido um
coquetel, o mestre de cerimônias deve pedir atenção de todos e passar as orientações
finais, conforme modelo de discurso abaixo:
Um momento por favor,
Lembramos que na próxima quinta feira, no mesmo horário e local, os demais
concluintes do técnico em secretariado apresentarão seus trabalhos, convidamos a todos
a prestigiar o evento.
Mais uma vez, agradecemos a atenção e desejamos a todos uma boa noite.
IMPORTANTE CONSIDERAR:
Lembranças e agradecimentos áudiovisual: são opcionais, ficam a critério da
concordância entre alunos e professor orientador;
DICAS GERAIS E DE ORNAMENTAÇÃO
1. BANDEIRA: ordem: quando temos as 4 bandeiras, a ordem será a seguinte:
Sendo que o
responsável pela ornamentação não deve se esquecer de observar o seguinte critério:
“direita e esquerda de um dispositivo é a direita e a esquerda de uma pessoa colocada de
costas para o prédio, ou palco, onde estão as bandeiras, e de frente para rua, platéia ou
público”
2. MESA CENTRAL: deve ser composta pelo número necessário de cadeiras,
acomodando todos os membros da mesa.
A toalha deve cobrir os pés da mesa, ao menos nas partes da frente e laterais
(preferencialmente branca);
Sobre a mesa deve ter água em embalagens descartáveis (preferencialmente tipo
copo), caneta ou lápis, folha ou bloco para anotação, e os trabalhos
BANDEIRA ETEC
43
encadernados para avaliação. Opcionalmente dispor um arranjo com flores
“baixo”.
3.Tribuna: ornamentar com arranjo de flores e cobrir com tecido (opcional).
4. Recepção Externa: na entrada do local do evento, deve haver uma mesa com toalha
(preferencialmente branca), arranjo de flor (opcional), livro para assinatura de presença
dos convidados e caneta (lembrar de pegar lista de alunos das turmas convidadas).
5. Convite: a arte é opcional, o tamanho padrão 21X15 cm, e o texto abaixo é uma
sugestão, lembrando que contempla as informações necessárias, ou seja, Convite, nome
do evento, data, horário, local.
CONVITE
Os alunos concluintes do Curso Técnico em ________________
__________, __________, ___________,
convidam para a apresentação do trabalho de conclusão
conclusão de curso:____________________________,
a realizar-se às dezenove horas e trinta minutos do dia vinte e ______ de
junho de dois mil e dez, no anfiteatro da ETEC Fernando Prestes.
6. Teste de equipamentos: os equipamentos, tais como microfones, som, datashow,
entre outros, devem ser testados 1 hora antes da apresentação para evitar situações
constrangedoras.
CAPÍTULO 12:
MANUAL DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO1
1 Baseado nas orientações elaboradas pela Profª Responsável por Projetos Ivone Marchi Lainetti Ramos
(CETEC) e do material organizado pelos professores Divanil Antunes Urbano, André Caciatore e Valencia F. S. Savioli
44
Introdução
O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC é requisito essencial e obrigatório
para obtenção do diploma de técnico. Trata-se de umaatividade escolar de
sistematização do conhecimento sobre um objeto de estudo pertinente à área de
formação profissional. O propósito deste manual é apresentar subsídios para elaboração
do TCC, de maneira a favorecer o desenvolvimento de competências específicas,
visando à formação de profissionais capazes de buscar, compreender e aplicar o
conhecimento científico. O processo de elaboração do TCC tem início no 2º Módulo,
devendo ser concluído no final do 3º Módulo. A critério de cada Habilitação
Profissional, o TCC poderá ser elaborado de forma individual ou em equipe.
1. ESCOLHA DO TEMA
O aluno deverá definir o tema de seu trabalho levando em consideração os seguintes
aspectos:
A. Tendências, preferências pessoais e profissionais. O trabalho a ser
desenvolvido deverá permitir o alcance do objetivo curricular e o aprimoramento
da formação profissional, fomentando a qualificação do aluno para o mundo do
trabalho. O entusiasmo, a dedicação, o empenho, a perseverança e a decisão para
superar obstáculos dependem, naturalmente, do ajustamento do perfil do
pesquisador ao tema escolhido. A observância deste aspecto impulsionará
sobremaneira o desenvolvimento do trabalho.
B. Aptidão: não basta gostar do tema, é preciso ter aptidão, ser capaz de
desenvolvê-lo. Aptidão, neste caso, poderá ser entendida como base cultural e
científica adequada (experiência na área de conhecimento, relação direta com o
currículo da habilitação etc.). Temas de caráter filosófico exigem aptidão ou
capacidade para abstração, enquanto que assuntos de caráter científico exigem
correspondentes conhecimentos básicos e específicos.
C. Tempo: na escolha do tema, o tempo deve ser um fator a ser considerado. O
tempo disponível para realização do trabalho deve ser compatível com o nível de
dificuldade (complexidade) do tema selecionado.
D. Recursos: o fator econômico deve ser ponderado, uma vez que o
desenvolvimento de determinadas pesquisas exige a realização de viagens e/ou a
aquisição de alguns materiais/equipamentos. O aluno deverá analisar a facilidade
de acesso às fontes de pesquisa e a existência ou não de material bibliográfico
disponível e atual.
45
E. Relevância: o tema deve ser escolhido de maneira que o estudo realizado possa
trazer uma contribuição efetiva na solução de algum problema. Deverá
contemplar certo grau de inovação seja na abordagem, seja no produto final.
2. AVALIAÇÃO
A avaliação do TCC compreende:
I. avaliação contínua do processo de elaboração do TCC pelo Professor Responsável do
Componente Curricular;
II. avaliação do trabalho pelos docentes da Habilitação Profissional, dentro do que
âmbito de cada componente curricular;
III. apreciação dos trabalhos pela para a Banca de Validação.
A avaliação do TCC envolverá apreciação do trabalho escrito e da apresentação oral.
46
I. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
1. Capa
2. Folha de Rosto
3. Página de Avaliação
4. Dedicatórias e Agradecimentos (0pcionais)
5. Sumário: indicação dos assuntos (títulos das partes, capítulos e seções do trabalho) e
respectivas páginas, que tem como propósito facilitar a localização dos conteúdosd e
interesse do leitor.
6. Lista de Tabelas e Figuras
7. Resumo: em um parágrafo com até 250 palavras, constituído por uma breve narrativa
sobre o conteúdo do trabalho.
II. ELEMENTOS TEXTUAIS
1. Introdução
Fazem parte da Introdução os seguintes itens:
a) Tema
b) Delimitação do Tema / Assunto – delimitar o tema em termos de profundidade,
extensão, tempo e espaço.
c) Justificativa – motivo(s) da escolha do tema: qual a importância, a relevância e a
pertinência do objeto de estudo.
d) Objetivos – o que se pretende alcançar com o desenvolvimento do trabalho, quais os
resultados previsíveis.
e) Hipótese(s) – suposições a serem confrontadas no final do trabalho.
f) Referencial teórico – trata-se da indicação do “estado da arte”, o conhecimento
atualizado, em termos teóricos do tema e do assunto tratados.
g) Metodologia – relato de quais caminhos, em termos de pesquisa e experimentos,
foram percorridos para o alcance dos
objetivos estabelecidos. Fluxograma e cronograma das atividades.
2. Desenvolvimento – corresponde ao corpo nuclear do trabalho, que tem como
finalidade explicar, discutir e demonstrar . Onde: - Explicar é tornar evidente o que
estava implícito, descrever, classificar e definir. - Discutir é comparar as várias posições
sobre o assunto.
- Demonstrar é aplicar a argumentação apropriada à natureza do trabalho.
47
Constitui-se por:
a) Análise da idéia principal (decomposição do todo em partes)
b) Enumeração dos pormenores relevantes: discussão dos detalhes e apresentação de
argumentos a favor e contra.
c) Apresentação dos dados da pesquisa: planejamento, tipo, instrumentos utilizados e
seus principais resultados.
d) Técnicas utilizadas para análise da pesquisa e sua justificativa.
e) Discussão e verificação das hipóteses e sua variáveis, apresentadas como suposição
na Introdução, confrontando-as com o problema e suas variáveis.
f) Apresentação dos argumentos que foram construídos e que darão validade aos
resultados esperados.
3. Conclusão - Visa:
a) recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa;
b) consolidar os argumentos construídos;
c) comprovar ou rejeitar a(s) hipótese(s) expostas no
desenvolvimento;
d) recapitular o que foi proposto na Introdução, seguindo, na medida do possível, a
ordem em que foram apresentados.
III. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
1. Apêndices – todo o material pertinente para ilustração e/ ou complementação do
trabalho elaborado pelo autor, tais como: questionários, formulários, tabulação de
dados, gráficos, transcrição de entrevistas etc.).
2. Anexos – todo material pertinente para ilustração e/ou complementação do trabalho
NÃO elaborado pelo autor (Leis, Decretos, cópias de documentos, artigos, ilustrações
etc.).
3. Referência bibliográfica – bibliografia efetivamente utilizada para a produção do
trabalho. A apresentação deve seguir as Normas da ABNT (NBR 6023), conforme
exemplos a seguir:
48
ABREU, Maria Célia de. MASETTO, Marcos T. O professor universitário em aula:
prática e princípios teóricos. 4ª Ed. São Paulo: MG Ed. Associados, 1985.
BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo. São Paulo: Editora SENAC São
Paulo, 1998.
BRASIL. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Lex: Ministério da Educação e Cultura. Disponível em <
http://grad.unifesp.br/alunos/cg/ldb/LDB.pdf>.Acesso em 22/12/06.
DENCKER, Ada de Freitas Manetti. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Turismo.
São Paulo: Futura, 1998.
______. Pesquisa e Interdisciplinaridade no Ensino Superior: uma experiência no
curso de Turismo. São Paulo: Aleph, 2002.
MENDONÇA, Ana Waleska P. C. A universidade no Brasil. Revista Brasileira de
Educação. Rio de Janeiro, p. 131-150, maio/jun/jul/ago/2000. Disponível em
<http://www.anped.org.br/revbraseduc.htm>. Acesso em 26/12/06.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE TURISMO (OMT). Introdução ao Turismo. São
Paulo: Roca, 2001.
NETO, Alexandre Shigunov. MACIEL, Lizete S. B. (orgs). Currículo e formação
profissional nos cursos de turismo. Campinas, SP: Papirus, 2002.
PORTO, Cláudio. RÉGNIER, Karla. O Ensino Superior no Mundo e no Brasil
Condicionantes, Tendências e Cenários para o Horizonte 2003-2025: uma
abordagem exploratória. Dezembro de 2003. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/ensinosuperiormundobrasiltendenciascenari
os2003-2025.pdf>. Acesso em 22/12/06.
TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. A sociedade pós-industrial e o profissional em
turismo. Campinas, SP: Papirus, 1998.
49
Desenvolvimento do trabalho:
Com o projeto aprovado inicia-se o primeiro capítulo do projeto, porém no
momento de montar o texto ou corpo do trabalho, inicia-se como está a seqüência
abaixo. Estas normas devem nortear os trabalhos de conclusão de Curso Técnico em
Agenciamento de Viagens. Os trabalhos acadêmicos devem estar vinculados às linhas
de pesquisa dos cursos.
Os trabalhos devem ser digitados com as fontes 12 em Arial ou Times New
Roman, em espaços 1,5 linha; com recuo de parágrafo de 1 tab (1,5 cm). Com exceção
das citações longas e notas de rodapé que devem ser em espaço simples, fonte 10.
Os títulos, bem como os nomes dos capítulos devem ser digitados em letras
maiúsculas (caixa-alta) em negrito e tamanho 14.
Os capítulos, (se for usada a palavra capítulo), deve ser numerado em algarismos
romanos, ex.: CAPITULO I, caso a palavra seja suprimida coloca-se o nome do
capitulo, ex.: 1. TURISMO DE NEGÓCIOS EM SOROCABA. Os alinhamentos de
títulos ou nome de capítulos podem ser centralizados ou justificados à esquerda, mas
escolhido um padrão, esse deve ser seguido até o final do trabalho.
As citações com até três linhas devem ser inseridas no parágrafo entre aspas.
Ex.: Conforme AZEVEDO (1988, p.16) “O contrato supõe a liberdade. O contrato
respira a liberdade”.
As citações com mais de três linhas devem aparecer em parágrafo distinto, com
recuo de 4 cm da margem esquerda do texto. Deve ser apresentada sem aspas deixando
espaço simples entre as linhas e espaço duplo entre a citação e os parágrafos anteriores
(tamanho de letra 10).
Exemplo:
O Turismo contemporâneo é um grande consumidor da natureza
e sua evolução, nas ultimas décadas, ocorreu como
conseqüência da busca do verde e da fuga dos tumultos dos
grandes conglomerados urbanos pelas pessoas que tentam
recuperar o equilíbrio psicofísico em contato com os ambientes
naturais durante seu tempo de lazer (RUSCHMANN, 1997,
p.13).
A FORMA GRÁFICA DO TEXTO
Configuração de página:
Margens:
Superior: 3,0 cm
50
Inferior: 2,0 cm
Esquerda: 3 cm
Direita: 2,0 cm
Cabeçalho e Rodapé: 1,25 cm
Papel: A4
Formatação de Fonte:
Fonte: Arial
Estilo da fonte: Regular
Tamanho: 12
Formatação de Parágrafo
Alinhamento: Justificada
Recuo:
direito e esquerdo: 0
especial: primeira linha
Espaçamento:
antes: 6 pts.
depois: 0 pt.
entre linhas: 1,5
Numeração de página:
Posição: Início da página (cabeçalho)
Alinhamento: direita
Citações:
- Transcrição ao pé da letra e entre aspas
- Para indicar omissão de trechos que não são importantes, usam-se reticências no início
e no fim das passagens citadas, e entre parênteses quando o trecho a omitir se encontrar
no meio da passagem citada:
Ex: “... nas casas onde morava aquele pensador, (...) faltavam as condições necessárias
para que realizasse a sua missão...”
-Em caso de síntese das idéias de um autor, deve-se traduzir fielmente o sentido do texto
original. A indicação da fonte vem em seguida a síntese seguida de Cf. (Confira).
Ex: Cf. SILVA, Pedro A. A descoberta científica, p. 15.
- Para citações que ultrapassarem 3 linhas, deve-se coloca-las em parágrafo próprio,
recuada (5 cm) e em tamanho menor (tamanho 10), e sem aspas.
Ex:
Os eventos constituem parte significativa na composição
do produto turístico, atendendo intrinsecamente as
exigências de mercado em matéria de entretenimento,
lazer, conhecimento, descanso e tantas outras motivações.1
51
- Terminada a citação, coloca-se o número de chamada, indicativo da nota de referência
do rodapé. O número é inserido no final da pontuação da citação e sobrescrito, como no
exemplo acima em que verificamos o número 1 acima da metade da linha.
Notas de Rodapé
As notas de rodapé servem para indicar a fonte de onde é tirada a citação, e inserir
considerações complementares que, por extenso, poderiam atrapalhar o
desenvolvimento do texto, mas que podem serem úteis caso o leitor queira se
aprofundar no assunto.
As notas de citação bibliográfica devem conter:
Nome do autor (Inicia-se com o primeiro nome, seguido do sobrenome)
O título da obra
O número da página
Separando estes três elementos com vírgulas.
A referência bibliográfica de rodapé dispensa informações como cidade, editora e data.
Afinal este tipo de informação estará presente nas referências bibliográficas, no final do
trabalho.
Ex: (checar a nota de rodapé desta página)
... segmentação, que é a técnica estatística que permiti
decompor a população em grupos homogêneos, e também a
política de marketing que divide o mercado em parte
homogêneas, cada uma com seus próprios canais de
distribuição, motivações diferentes e outros fatores.2
Quando várias notas de rodapé se referem a uma mesma obra de um mesmo autor,
variando-se apenas a página, usa-se a expressão latina: ibid.
Ex: (checar a nota de rodapé desta página)
Quando a empresa encontra o nicho certo de seu produto,
pode oferecer proximidade maior com o consumidor, bens
e serviços a preços competitivos, encurtando os canais de
distribuição, além de estabelecer pontos-de-venda mais
adequados e utilizar veículos de publicidade selecionados
exclusivamente para o segmento visado.3
2 Mário BENI, Análise estrutural do turismo, p. 153.
3 Ibid., p. 218.
52
Quando houver a necessidade de citar outro livro, do mesmo autor, usa-se a expressão
IDEM, para substituir o nome do autor.
Ex:
1 Mário BENI, Análise estrutural do turismo, p. 226.
2 IDEM, Política e planejamento de turismo no Brasil, p. 48.
Referências no Corpo do Texto
Se quiser optar pela não colocação da fonte da citação na nota de rodapé, pode-se inserir
a fonte em seguida ao final da citação, entre parênteses, incluindo o sobrenome do
autor, o ano em que foi publicada a obra, e a página. Os dados completos se encontrarão
nas referências bibliográficas nas páginas finais do trabalho.
Ex:
... segmentação, que é a técnica estatística que permiti
decompor a população em grupos homogêneos, e também a
política de marketing que divide o mercado em parte
homogêneas, cada uma com seus próprios canais de
distribuição, motivações diferentes e outros fatores... (Beni,
2003, p.153)
Referências Bibliográficas
Livros:
Os elementos essenciais para compor uma referência bibliográfica são:
o nome do autor (sobrenome primeiro em letras maiúsculas)
título do livro (todas as palavras escritas em minúsculas, exceto a primeira letra
inicial, e nomes próprio. O título deve vir grafado em negrito)
subtítulo (palavras escritas em letras minúsculas)
edição (indicada a partir da 2ª edição)
local da publicação
editora (elimina-se os elementos jurídicos ou comerciais desnecessários à sua
identificação)
data
Os elementos são separados por pontuações, tais como: vírgula, ponto final e dois
pontos.
Ex:
53
PELLIZER, Hilário Ângelo. Turismo de negócios: qualidade na gestão de viagens
empresariais. São Paulo: Thomson Learning, 2005.
- 2 ou 3 autores: separam-se os nomes com ponto e vírgula.
PETROCCHI, Mario; BONA, André. Agências de turismo: planejamento e gestão.
São Paulo: Futura, 2003.
- mais de 3 autores: insere-se apenas o primeiro autor e em seguida a expressão “et al.”
para designar os demais.
ANDRADE, Nelson et al. Hotel: planejamento e projeto. 8. ed. São Paulo: Senac São
Paulo, 2005.
- obras coletivas, com vários atores, organizadas por um deles: insere-se o nome do
organizador seguido pela indicação (Org.).
BRAGA, Débora Cordeiro (Org). Agências de viagens e turismo: práticas de mercado.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Revistas:
Os elementos essenciais para compor uma referência bibliográfica são:
o nome do autor (sobrenome primeiro em letras maiúsculas)
título do artigo (todas as palavras escritas em minúsculas, exceto a primeira letra
inicial, e nomes próprio)
título da revista (em negrito)
local da publicação
volume ou tomo
fascículo
páginas inclusivas
data
Ex:
FERRAZ JR, Tércio Sampaio. Curva de demanda, tautologia e lógica da ciência.
Ciências Econômicas e Sociais, Osasco, v.6, n. 1, p/ 97-105, jan. 1971.
HARADA, Ligia. Turismo de incentivo. Eventos, São Paulo, n. 44, p. 58-62, 2006.
Jornal:
Os elementos essenciais para compor uma referência bibliográfica são:
nome do autor
título do artigo
título do jornal (em negrito)
54
cidade
data completa
número ou título do caderno
indicação da página e eventualmente da coluna
- artigo assinado
PINTO, J. N. Programa explora tema raro na TV. O Estado de São Paulo, 8.2.1975, p.
7, c.2.
- artigo não assinado
ECONOMISTA recomenda investimento no ensino. O Estado de São Paulo, 24.5.977,
p. 21, 4-5 col.
Internet:
Os elementos essenciais para compor uma referência bibliográfica são:
nome do autor
título do artigo
endereço da localização na rede (em itálico)
data de acesso
LEME, Francisco da Silva. Quando e como uma empresa deve elaborar uma política de
viagens. http://www.revistaturismo.com.br/artigos/polviagens.html. Acesso em 21 dez
2008.
55
Modelo de capa:
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA (14)
ETEC FERNANDO PRESTES (14)
CURSO TÉCNICO EM ....................................... (14)
TITULO DO TRABALHO (16)
SOROCABA - SP(14)
2010
56
Modelo de Folha de rosto:
NOME DO (S) ALUNO (S)
TITULO DO TRABALHO (16)
Nome do orientador (12)
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado como
exigência parcial para obtenção do certificado de Técnico em
.......................... pela Escola Técnica Estadual Fernando Prestes,
em Sorocaba/SP. (recuo de parágrafo de 6 cm, espaçamento 1,5
linha, sem negrito)
SOROCABA - SP(14)
2010
57
Modelo de folha de aprovação
TITULO DO TRABALHO (16)
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC Aprovado como
requisito parcial para obtenção do certificado de Técnico em
.............................. pela Escola Técnica Estadual Fernando
Prestes, em Sorocaba/SP. (recuo de parágrafo de 6 cm,
espaçamento 1,5 linha, sem negrito, fonte 12)
Nome dos componentes da banca: (12)
Ex.: Monteiro Lobato
Coord. do Curso Técnico em...................
Guimarães Rosa
Professor especialista na área ................
SORCABA - SP (14)
2010
Modelo de Dedicatória
Dedico este trabalho a todos os educadores que lutam todos os dias e nunca
desistem de ensinar e a todos os profissionais de turismo que continuam divulgando o
magnífico patrimônio cultural brasileiro.
58
Modelo de Agradecimento
AGRADECIMENTOS (14)
Aos professores e alunos que sempre procuraram me motivar a continuar. (12)
Modelo de epígrafe que é opcional em TCCs, que pode ser um poema ou um
pensamento relacionado ao tema , a estética fica por conta do grupo.
“...ninguém educa ninguém e
ninguém se educa sozinho. Os
homens se educam em comunhão”.
Paulo Freire
59
SUMÁRIO (14)
INTRODUÇÃO.......................................................................................... 08
1. A COZINHA RURAL PAULISTA....................................................... 12
1.1. Modos de Preparação.......................................................... 16
2. VIDA CAIPIRA...................................................................................... 32
CONSIDERAÇOES FINAIS..................................................................... 50
REFERÊNCIAS....................................................................................... 60
ANEXOS................................................................................................... 63
(TAMANHO 12 NO CORPO DO SUMÁRIO)
A NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS COMEÇA PARTIR DA FOLHA DE
ROSTO, PORÉM SÓ APARECERÁ, NO TRABALHO, NO CANTO SUPERIOR
DIREITO, A PARTIR DA INTRODUÇÃO.