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8/16/2019 _Evasoes - 22 Abril 2016
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BARCELOS: PATRIMÓNIO, GALO ASSADO E UM HOTEL DE CHARMEE AINDA: RESTAURANTES + AR LIVRE + NOITE + CINEMA E TEATRO + TODA A PROGRAMAÇÃO DE TELEVISÃO
V I D A D E B A I R R O : U M R O T E I R O P A R A D E S CO B R I R A A L M A D E T E L H E I R A S
NASBANCAS1,60 ¤*
* ESTA REVISTA FAZ PARTE INTEGRANTE DAS EDIÇÕES DE SEXTA-F EIRA DO DIÁRIO DE NOTÍCIASE DO JORNAL DE NOTÍCIAS E, A PARTIR DE SÁBA DO, É VENDIDA SEPARADAME NTE PELO PREÇO DE 1,60 EUROSSEMANAL, Nº 56, 22 A 28 DE ABRIL DE 2016
EDIÇÃO LISBOA/SUL
a 1 horafugir de tudo
DE LISBOACAMPO, MAR OU AMBOS: SEIS REFÚGIOS COM SABOR A FÉRIAS,
PARA DEIXAR BEM LONGE A CORRERIA DA CIDADE
VINHO DA ÁGUA
UM TINTO QUE ESTAGIOU NO FUNDO DO ALQUEVA
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amor de mãeo amor mais poderoso de todos é o
2 1 7 1 5 2 6 4 4
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3 | 22 de abril de 2016
↘ prato do dia suplemento ver destacável de 24 páginas teatro dança exposições música cinema televisão – uma agenda cultural para toda a semana.
Adistância é relativa – e não estamos aentrar sequer pelos domínios da físicaquântica. Ir para longe pode, afinal,não implicar sequer uma hora de caminho.É uma das coisas boas da grande cidade àportuguesa: o campo, o mar, o recato nunca
estão propriamente fora de mão. E sendo otempo um bem cada vez mais escasso, nestasemana decidimos poupar. Poupar nas horasde deslocação e, já agora, no gasto de gasolinae na fatura das portagens, para gastar naquiloque merece realmente a pena: o descanso,a experiência, o conforto, a evasão. E não foipreciso vasculhar muito para encontrar meiadúzia de refúgios que, embora fiquem a menosde sessenta minutos de viagem de Lisboa, nosfazem sentir a milhas e milhas da vida urbana.Por curta que seja, uma escapada tem de ter
sabor a férias. Boas evasões! JOÃO MESTRE
#56 | 22↔ 28 ABRIL
Capa: Sublime Comporta Country Retreat & Spa
Fotografia de Jorge Amaral/Global Imagens
HÁ ALMA EM
TELHEIRAS
Pode não ser o sítiodo momento nemditar modas. Mas éum bairro com vida.E há de dar que falar.
FIM DE SEMANA
EM BARCELOS
Vinhos, petiscos emais: a Festa dasCruzes é o pretextopara descobrir o que láhá para além do galo.
12RUA DE SANTA
CATARINA
Roteiro porta-a-portacom restaurantes, barese vistas assombrosas,em Lisboa.
40O VINHO DAS
PROFUNDEZAS
O crítico Fernando Melofoi ao Alqueva provarum vinho que estagiouno fundo do lago.
42
28
Esta revis ta faz parte da edição de sexta-feira do Jor nal de Notícias e do Diário de Notícias, e a partir de sábado é vendida separadament e
LISBON COCKTAIL WEEK
De 22 de abril a 1 de maio,há muitos cocktails para provarem mais de meia centena debares e restaurantes da cidade.
Difícil é saber por onde começar.
32
ESTATUTO EDITORIAL DA EVASÕES A EVASÕES É UMA REVISTA SEMANAL QUE PUBLICA INFORMAÇÃO RELATIVA A VIAGENS, HOTÉIS, GASTRONOMIA
E VINHOS, TURISMO, CULTURA E TELEVISÃO, E OUTROS TEMAS RELACIONADOS COM O CONCEITO ABRANGENTE DE LAZER. | O OBJETIVO ÚLTIMO DA EVASÕESÉ FORNECER AOS SEUS LEITORES UMA GAMA COMPLETA DE SUGESTÕES PARA A ORIENTAÇÃO DOS SEUS CONSUMOS DE LAZER. | A EVASÕES PUGNA PORELEVADOS PADRÕES DE QUALIDADE NO QUE RESPEITA AOS TEXTOS E À FOTOGRAFIA, E APLICA O MÁXIMO RIGOR INFORMATIVO SEM PREJUÍZO DA SUBJETI-VIDADE INTRÍNSECA À NATUREZA DAS MATÉRIAS TRATADAS. | A ORIENTAÇÃO EDITORIAL DA EVASÕES É DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃODA REVISTA E OS PROFISSIONAIS DA EQUIPA E COLABORADORES REGEM-SE PELOS PRINCÍPIOS DEONTOLÓGICOS GERAIS DO JORNALISMO.
O R L A N D O A
L M E I D A / G I
J A
N I N E
S I L V A
P E D R O G
R A N A D E I R O / G I
facebook.com/revista.evasoes
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AS SUGESTÕES SÃO NOSSAS, A ESCOLHA É SUA
apetece planear
6ª-feira↘ DESTAQUE DA SEMANA
PORTO E MAIA ATÉ 1 DE MAIO
35 ANOS A FAZER A FESTA
A R T E S
P E R F O R M A T I V A S
sáb domS T O R Y T E L L I N G M Ú S I C A
HISTÓRIAS ECONVERSASPORTO 22 E 23 DE ABRILJúlio Magalhães,
Salvador Matinha,
Rui Reininho, Katty
Xiomara, Manuel Serrão
ou Zé Pedro dos Xutos
são alguns dos nomes
que marcam presença
no FESTIVAL GRANT’SSTAND TOGETHER, que
este ano está, pela
primeira vez, no Porto.
O anfitrião é de novo
Joaquim de Almeida
que recebe em
palco várias
personalidades
que vão partilhar
histórias da sua
vida. Antes de
cada sessão há
oportunidade
de experimentar
vários cocktails.
CINEMA BATALHA PRAÇA DA
BATALHA, 47, PORTO
PREÇO: 12,50 WEB:
GRANTSSTANDTOGETHER.PT
É um dos mais antigos festivais de teatro internacional por-tugueses e, na 35ª edição, leva ao Porto e à Maia espetácu-los de novo circo, dança, música, e, claro, teatro. O Fazera Festa, organizado pela Companhia Art’Imagem, de-
corre entre 22 de abril e 1 de maio. As companhias e ar tistas Xer-
po Teatro (Galiza), Harém Teatro (Brasil) e Bilan & Flávio (CaboVerde) são alguns dos convidados internacionais da edição. Dascompanhias e artistas portugueses destaque-se o Teatro das Bei-ras, da Covilhã ou ainda do Estúdio B, companhia de dança se-diada na Maia. O Fazer a Festa irá decorrer na Qui nta da Caver-neira (Maia, atual sede da companhia), Casa das Artes, Junta deFreguesia do Bonfim e Teatro Carlos Alberto, estes três no Porto.Autores como José Saramago, Manuel João Gomes, Mário Viegas,o romeno Matei Visniec, o galego Álex Sobrino, o poeta brasilei-ro Paulo Leminski e os cabo-verdianos Baltasar Lopes e TchaléFigueira irão «passar» pelos palcos do certame. A exposição so-bre a história do Fazer a Festa «Para Lá da Memória dos 35 anos
do Fazer a Festa – Autópsia de um Festival» estará patente noTeatro Carlos Alberto.
WEB: FACEBOOK.COM/FAZERAFESTA PREÇO: DE GRÁTIS A 5 EUROS
VOLTA AOMUNDOLISBOA 22, 23 E 24 DE ABRILA 10ª edição d’Os Dias daMúsica inspira-se no romancede Júlio Verne, A Volta aoMundo em 80 Dias e a progra-mação reflete isso mesmocom 1700 músicos em 80concertos. Para além dosespetáculos, os dias contam
com os Mini Dias da Música,palestras e um mercado. Nodomingo, às 21h30, o concertode encerramento, seguindo arota de Phileas Fogg, partindoda Londres vitoriana deEdward Elgar e passando,entre outros, pelo Egito, palco
da ópera Aida, de Giuse-ppe Verdi, a China dahistória de Turandot, deGiacomo Puccini, o
Japão de MadameButterfly ou Nova Iorque,
a Wonderful Town deLeonard Bernstein, paraterminar de novo emLondres e Land ofHope and Glory, de
Edward Elgar.
CCB PRAÇA DO IMPÉRIO
PREÇOS: DESDE 6 EUROS
BILHETE DE RECINTO: 4
EUROS (ACESSO ÀS
ATIVIDADES
COMPLEMENTARES)↗ Rui Reininho, Zé Pedro e Joaquimde Almeida vão estar dois dias noPorto, a falar da sua vida
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DE 22 A 28 DE ABRIL | 2016
Achamento do Brasil: O manuscrito de Pero Vaz de Caminha estará, a
partir de 26 de abril, em exposição por seis meses no Castelo de Belmonte.
O documento saiu apenas uma vez da Torre do Tombo.
3ª 4ª 5ª2ªF E I R A S T E AT R O C O N C E R T O C O M E R
OVIBEJABEJA 21 A 25 DE ABRIL
FOLIALOUSADA, 22 DE ABRIL A 1 DE MAIODestaca-se por terassumido sempre umaprogramaçãomultidisciplinar e, nesta 16ªedição, o FESTIVALINTERNACIONAL DE
ARTES DO ESPETÁCULO apresenta umaprogramaçãodedicada ao 400ºaniversário da morte deWilliam Shakespeare. Trêscompanhias em especialevocam o dramaturgoinglês: a Companhia doChapitô, com o clássico«Macbeth» (1 de maio), osgregos do Idea TheatreGroup com «Romeo e
Juliet for 2» (28 de abril) ea Jangada Teatro, queestreia a sua versão de «AFera Amansada» (22 e 23de abril). O festival contaainda com as participaçõesdo Maestro VictorinoD'Almeida (24 de abril) ePaulo de Carvalho (25 deabril).
AUDITÓRIO MUNICIPAL DE LOUSADAQUINTA DAS POCINHAS
PREÇO: 4 EUROS
GRANDE GALAORQUESTRAGERAÇÃOLISBOA 21H00A Grande Gala junta várias
orquestras municipais e conta
com a participação de Pedro
Jóia, com a sua guitarra Ritmos
Ciganos, a fadista Maria Ana
Bobone canta «Lisboa Menina
e Moça», e o pianista Filipe
Melo, todos acompanhadospor orquestras. Destacam-se
ainda obras como Te Deum
de Charpentier, Halleluya de
Haendel, Abertura Guilherme
Tell de Rossini, Abertura de
Nabucco de Verdi, Concerto
para 2 violinos e Concerto
para 2 trompetes de Vivaldi,
Abertura e Habanera da Car-
men de Bizet. A direção das
orquestras estará a cargo dos
maestros António Barbosa,
José Eduardo Gomes, Jorge
Camacho, Juan Maggiorani
e Eduardo Lala.
TEATRO SÃO LUIZ
RUA ANTÓNIO MARIA
CARDOSO, 38,
LISBOA PREÇO:
8 A 15 EUROS
WEB: ORQUESTRA.
GERACAO.AML.PT
ENTRADA LIVRE
DESCOBRIRO RAMENPORTO
Abriu esta semanano Porto um novorestaurante onde sóse come ramen, umasopa japonesa feitacom massa em caldode legumes, várias
carnes ou marisco, etemperada com sojaou miso. Parasobremesa há mochis,os famosos bolinhosnipónicos, váriascervejas e saké.RAMEN BREAK
RUA OLIVEIRA MONTEIRO, 280,
PORTO (BOAVISTA)
WEB: FACEBOOK.COM/
RAMENBREAK
TEL.: 226000701
A mais conhecida fei-
ra agrícola alentejana
tem um lugar impor-
tante nos negócios da
região, mas é também
uma grande festa com
um espaço dedicado
ao cante alentejano
e uma programaçãoque inclui concursos,
desporto, demons-
trações, colóquios,
garraiadas e concer-
tos, entre os quais
de CARLÃO e DAVIDCARREIRA.
OVIBEJA
BILHETE DIÁRIO: 7 EUROS;
LIVRE-TRÂNSITO: 25 EUROS
WEB: OVIBEJA.PT
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para o Recife, de onde trouxeram Vicente. Éele o grande «culpado», por ter desencadea-do a procura de um parque para o entreter comque os pais se identificassem. José,designer deprofissão, acabou por criar um, com caixas demadeira forradas a capulanas. E um dia tudofez sentido – criar um negócio próprio e ven-der em Portugal os tecidos com que Jaqueline
(e agora o filho) tinha crescido.Há cerca de um ano abriramonline a Preta.
Preta porque «trazíamos do Brasil a forma ca-rinhosa como se chama «preta» às mulheresque nos são próximas», explicam. «De África,inspirou-nos a beleza das mulheres, uma be-leza que vem de dentro, ultrapassa a pele e seexpressa, também, em todas as cores que tor-nam as capulanas tão únicas.»
Os panos de algodão podem ser compra-dos no site, e neste momento estão a traba-lhar em novidades que vão apresentar no
Open Day LX Factory, em Lisboa, nos dias 6, 7e 8 de maio. Entre elas, um porta-bebés e can-gas. Nos planos está começar a criar padrõespróprios. CSC
LOJAS, PEÇAS E OUTRAS SUGESTÕES
6
apetece comprar
6
TECIDOS
Capulanas do mundoSão coloridas, versáteis, tradicionais e (re)conquistam espaço
entredesigners de moda, artistas e meros curiosos, de bom gosto.
22 de abril de 2016 |
uem passou por Moçambique co-nhece bem os panos coloridos queservem para quase tudo – de saia evestido a transporte de merceariase crianças. As capulanas terão che-
gado da Indonésia, trazidas pelos holandeses.Eram pedaços de tecidos mais pequenos queas mulheres coziam uns aos outros para de-
pois usarem no que era preciso. Comercian-tes por natureza, os holandeses desenvolve-ram uma máquina para fazer a estampagem,que tem a caraterística de ser feita dos dois la-dos. Durante algum tempo passaram a ser fei-tas localmente, e hoje ainda existem algumasfábricas, mas muitos destes panos são feitos naHolanda, na Índia, em bairros africanos de ou-tras cidades europeias e muitos outros locais.
Estão em Portugal, também pelas mãos deJaqueline Custódio e José Maia. Vieram poramor. Um pelo outro, pelo filho, agora com
2 anos, e por África. Jaqueline é moçambica-na, José é um pouco de todo o lado, de Moçam-bique, do Brasil e agora também de Portugal.Conheceram-se em Moçambique e daí foram
↙ As capulanas Preta vão dentro
de uma embalagem de madeira e
podem também ser encomendados
online.
PretaOpen LX Showroom, LX Factory
Capulanas
Peça inteira: 5,40 m x 1,20 m.
Embaladas em caixas de madeira
Preço: 45 euros
Web: preta.me
ficha
Q
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P U B
SANTO TIRSO
Catos com muita luz
A Mia Luzia é um lugar mergulhado em luz, com catos até perder devista, numa disposição que faz aquela loja-estufa parecer um cenário deconto de fadas. Fica em Santo Tirso, mas, para quem vai do Porto, nãochega a ser preciso entrar na cidade, porque encontra a loja junto àEstrada Nacional 105, na zona da Carreira. É um projeto da fotojornalistaCláudia Moreira, que encontra ali outra plataforma de criação.«Queria ter
algo só meu e já gostava muito de plantas. Quando tinha de ofereceralguma coisa, fazia um arranjo [de catos] e toda a gente gostava»,explica Cláudia Moreira. «Juntei o útil ao agradável. Agora tenho imensasplantas que nunca imaginei e vivo com elas aqui», diz.Entre suculentas e catos, grandes e pequenos, na Mia Luzia há dezenasde diferentes espécies, como aloé, gasterias, senecio, euphorbias, sedume echeveria. Há basicamente todas as plantas desta família a que Cláudiaconsegue deitar a mão, mesmo aquelas que parecem estar em fim devida, que tenta revitalizar. Além de ajudar e aconselhar os clientes sobrecomo manter as plantas saudáveis, Cláudia também faz arranjos. Admiteque é sua parte preferida, pela liberdade que os clientes lhe dão, pedindopara serem surpreendidos. ALS
MIA LUZIA
Rua da Ribeira, 260, Carreira
(Santo Tirso)
Tel.: 914546361
De quarta a sexta, das 10h00
às 19h00; sábado e domingo
das 10h00 às 17h00.
Encerra segunda e terça-feira
Facebook: mialuzia.cactus.
suculentas
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IDEIAS PARA GENTE CURIOSA
apetece aprender
22 de abril de 2016 |8
OficinasWORKSHOPS PARA TODOS:O SABER NO DEVIDO LUGAR
Pintar móveisAprender a dar um toque diferente aalguns peças de mobiliário e assim
dar-lhes nova vida. Quais osmateriais e técnicas. Materiais e
ferramentas incluídos.Oficina – Café Criativo
Porto23 de abril
das 11h00 às 13h00; das 15h00 às16h30, seguido de lanche
Inscrição: [email protected]: oficinacc.ptPreço: 60 euros
Cultivo de ervasNo Parque Nacional da
Peneda-Gerês uma aula abertade agricultura biológica de ervas
aromáticas e medicinais.Cristina Dias Lopes
23 de abril das 09h00 às 16h00Rio Caldo, Terras do BouroInscrições: [email protected]
Preço: 15 euros com almoçoincluído
Permacultura
na cozinhaUma oficina para conhecerprocessos tradicionais de
fermentação de alimentos,confeção de especiarias, licorese outros. A fermentação é uma
maneira de preservar alimentos.A história dos fermentados, receitas
e confeção de pickles, iogurtes,manteigas, licores.
Silvia Floresta
Ericeira25 de abril das 10h00 às 18h00Informações: silvia.da.floresta@
gmail.comweb: silviafloresta.weebly.comPreço: 30 euros
Gastronomiacolombiana
A Casa da América Latina (CAL) dádestaque à gastronomia daColômbia numa oficina para
aprender a cozinhar e a história dospratos, sob a coordenação da
colombiana Diana Londono Correa.Cozinha Popular da Mouraria
Lisboa23 de abril às 10h30Inscrições: [email protected]
Preço: 20 euros
Maria estudou Belas Artes no
estrangeiro e quando voltou a
Portugal nunca deixou de fa-
zer trabalhos manuais, ape-
sar de nunca ter trabalhado profissional-mente na área. Contudo, com os pedidos de
amigos para que criasse peças personaliza-
das de pintu ra em tecido sempre a crescer,
acabou por decidir dedicar-se a uma mar-
ca própria – Maria Formiga – quando ficou
desempregada, em 2011. As peças coloridas
que Maria faz, como lancheiras, capas para
livros, agendas ou bolsas, deram nas vistas
e, em 2014, foi convidada para dar o primei-
ro workshop. Correu bem e a Maria Formiga
não parou mais de ensinar, tendo agora qua-
tro workshops de ilustração disponíveis, di-vididos em quatro níveis de aprendizagem,
que se têm realizado em várias cidades.
O primeiro nível é dedicado a técnicas
SANTA MARIA DA FEIRA
Tecidos, pincéise mãos à obra
básicas de pintura, para principiantes nes-
sa arte, e o segundo nível pretende ensinar a
pintar um fundo e a executar uma aplicação
de motivos por cima. No terceiro nível, apren-
de-se a pintar rostos, com as técnicas da ilus-tração e media mixed e, no nível mais avan-
çado, a Maria Formiga ensina a utilizar uma
técnica mista que conjuga várias artes como
pintura e bordado, assim como as técnicas
aprendidas nos níveis anteriores.
Os materiais (tintas e tecido) são forne-
cidos por Maria e, no final, os alunos podem
levar uma obra totalmente criada por si pa-
ra casa, podendo aplicá-la na capa de agen-
das, em T-shirts ou noutros objetos, ou até
usar para decorar. O próximo workshop se-
rá em Santa Maria da Feira, na próxima se-mana, mas estão mais agendados para Ca-
nhoso e Alcobaça (em maio) e outro em Vi-
seu, em junho.ALS
Em quatro níveis, aprende-se a dominar a pintura em tecido,
criando obras que podem ser usadas para decorar roupa,
cadernos ou as paredes de casa.
WORKSHOP DE ILUSTRAÇÃO
NÍVEL I MARIA FORMIGA
30 de abril, das 14h30às 18h30
Atelier da Nokas
Rua do Brasil, 1C, Loja 4,
Santa Maria da Feira
Inscrições:
Facebook:
MariaFormigaArtesanato
Preço: 40 euros
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apetece passear
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UM MUSEU A INAUGURAR
SINTRA
Sete razões para irao News MuseumNa próxima segunda-feira abre o museu das notícias,
em Sintra. Um sonho de Luís Paixão Martins que se tornou
um museu interativo onde se tenta dar a compreender a
origem das notícias e a evolução dos meios de comunicação
social ao longo dos tempos. No antigo Museu do Brinquedo,
mesmo à entrada da vila.
Tintim é figura de proa nesta sala imaginadapor Frederico Duarte Carvalho. Nela selembram os jornalistas que se tornaram perso-
nagens – seja da BD, seja do cinema, como
Clark Kent ou Peter Park. Houve grande dificul-
dade em encontrar peças escritas pelo belga.
Nesta sala enquadrada pela foto – do Diáriode Notícias – do último duelo oficial queaconteceu em Portugal, há a história de outros,
mais recentes e menos físicos mas igualmenteduros. Desde o célebre Soares-Cunhal. Curadoria
de Joaquim Letria e José Eduardo Moniz.
JORNALISTAS FAMOSOS
Painel animado
DUELOSVídeos
Arealidade que nos espera, em 2046, seráa de interagirmos fisicamente com asnotícias? Que caminho traçar no mundo cacofó-
nico da comunicação? Estas respostas são
dadas através de um percurso traçado por
Diogo Queiroz de Andrade em realidade virtual.
Nesta espiral noticiosa constituída por 70aparelhos de televisão ligados em canaisde notícias, há, em permanência, o espelho do
mundo noticioso. Estão 24 horas por dia ligadose aqui se vê, num olhar, o pulsar do mundo
e tudo o que merece ser notícia à sua volta.
Numa visão de 360o, uma sala onde
os temas mudam à medida que o filme
interativo passa na parede. Os protagonistas,
os episódios principais dos 50 anos de ouro
dos media, os livros que ajudam a compreender
a comunicação.
Abra um dos cacifos ou outro – todos têmexperiências diferentes ligadas ao mundodo desporto e aos maiores eventos, recordes,
experiências, sempre do ponto de vista do relatoque deles foi feito. Os momentos mais mediáticos
da história do desporto.
O AMANHÃÓculos 3D
PIRÂMIDE DE BABELInstalação
LOUNGEParede interativa
PRIMEIRA PÁGINAJogo
CACIFOInstalação interativa
Um quiz sobre os princípios orientadores do jornalismo, que estão plasmados no CódigoDeontológico. Leia as regras na parede, res-ponda às perguntas quase todas sobre ética
e faça a sua Primeira Página.
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José Luís Peixoto é o cicerone da nova aventura da sua revista de sempre.
O programa Volta ao Mundo estreia-se bneste mês na RTP 3. Em maio,
exploramos a Extremadura espanhola, aqui tão perto e tão desconhecida.
Embarque connosco, sempre por um caminho diferente.
agora na televisão
ESTREIA F I N A L D E A B R I L
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C a l ç
a d
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G r a n d
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R u a
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B i c a
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D u a r t e
B e l o
R u a
d o A l m
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R u a d o s C o r d o e i r o s
Ascensorda Bica
R u a d a B o a v i s t a
T v
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d e s s a
d o
R i o
R ua Fernande
s Tomás
T v . d
o J u d e
u T v
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e
C al c ad a d o C o mb o
R u a d a H e r a
T v . d o S e q u e i r o
5
4
7
Miradourode Santa Catarina
Noobai Café
Museu da Farmácia
1
Le Marais
2
Monte BelvedereBoutique Hotel
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Madame
Petisca
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PharmaciaFarm Food Ink
Rua de Santa CatarinaGPS 38.710429, -9.148379
Ver navios do Altode Santa Catarina
22 de abril de 2016 |
ROTEIRO PORTA A PORTA, EM LISBOA
01 |28Le MaraisUm francês trouxe até à pon-ta da Europa o famoso bairroparisiense Le Marais e deu--lhe a forma de um bar lis-boeta. O bar passou de donoem dono até chegar ao sue-co Thomas Fleetwood, queviveu um pouco por todo omundo e passou por Cope-nhaga, Tóquio e Madrid atéchegar a Lisboa. Para alémde algumas pequenas mu-
danças na decoração, o res-ponsável prepara-se pa-ra alterar também o nome doespaço, a partir de maio, paraThomas’s Bar.
Falar desta artéria da freguesia da Misericórdia é falar da História de Portugal
e recuar até aos Descobrimentos. Não é por acaso que a estátua do Adamastor –
a mítica personagem que surge junto ao cabo das Tormentas nos Lusíadas – foi
edificada no miradouro de Santa Catarina, de onde tem início a rua. Era deste
ponto que os observadores avistavam a circulação dos navios. A expressão
popular «Ficar a ver navios do Alto de Santa Catarina» terá mesmo surgido aqui,
durante as Invasões Francesas. Hoje, para além dos cacilheiros e de alguns
ocasionais barcos, o que se vê neste miradouro são as dezenas de amigos que se
reúnem ao final da tarde para conversar e bebericar, enquanto o sol desaparece.E em redor, também ninguém fica a ver navios. Há um museu para visitar, um bar
para terminar o dia, um restaurante para petiscar e uma esplanada voltada para
o Tejo. Marlene Rendeiro
apetece descobrir
O R L A N D O A
L M E I D A / G I
D R
02 |17Monte BelvedereBoutique HotelAntes de o miradouro ser ba-tizado com o nome de SantaCatarina era conhecido comoMonte do Pico e do Belvedere,cuja palavra deriva do italia-no «belvedere», que significatorre de observação. Aqui foiconstruído o edifício que ho-
je é ocupado pela guesthou-se Monte Belvedere BoutiqueHotel by Shiadu. Construídonos anos 20, foi durante dé-cadas habitado por uma fa-mília francesa e a sua fábricade perfumes, até 2011.E a antiga traça arquitetónicafoi mantida nos três andares.
03 |17, 3.º andarMadame PestiscaO nome diz tudo. No tercei-ro andar do Monte Belvedere
Rua d e S ant a C a t
a r i n
a
8/16/2019 _Evasoes - 22 Abril 2016
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13 | 22 de abril de 2016
N
U N O P
I N T O F
E R N A N D E S / G I
D R
Boutique Hotel, a palavra deordem é petiscar. Ao almo-ço, ao lanche e ao jantar, já queo restaurante tem pratos pa-ra todo o dia e todos os gos-tos, sem esquecer as opçõesvegetarianas. As conservasportuguesas ocupam tam-bém uma secção da carta,mas o que salta à vista é mes-
mo o rio Tejo.
04 |MiradouroNoobaiFaça chuva ou faça sol, sabesempre bem estar no Noobai.Os dois andares de esplana-da são como uma janela, comvista para o rio Tejo, a pontee o Cristo Rei. A acompanharo cenário nada como ir petis-cando, já que o restaurantegerido por pai e filho tem umaboa seleção de tapas.
05 |Miradouro de SantaCatarina ou doAdamastorO adágio popular «Ficar a VerNavios do Alto de Santa Ca-tarina» terá surgido duranteas Invasões Francesas, mashá muito que se via naviospor aqui. Hoje, a partir des-te miradouro, ainda se veembarcos e cruzeiros, mas so-bretudo convive-se ao somda música de algumas ban-das que por ali montam pos-to. A vigiar tudo isto está agrande estátua do Adamas-tor, o mítico gigante que per-sonifica o cabo das Tormen-tas nos «Lusíadas».
P U B
G U S T A V O B
O M / G I
L E O N A R D O N
E G R Ã O / G I
06 |R. Mal. Saldanha, 2
PharmaciaA cozinha tradicional portu-guesa é celebrada no restau-rante Pharmacia, localizadono edifício que pertence à As-sociação Nacional das Farmá-cias, onde também fica o mu-seu. A decoração é inspiradanas farmácias antigas, masa cozinha é bem atual, com otoque que a chef Susana Fe-licidade imprimiu a pratos dagastronomia tradicional .
07 |Rua Mal. Saldanha, 1Museu da Farmácia
Do Egito à Mesopotâmia, deRoma à Grécia e ao Islão. Sãocinco mil os anos de histó-ria da saúde representados noMuseu da Farmácia. Da mos-tra fazem ainda parte recons-tituições de farmácias dos sé-culos XVIII até ao XX. O edifícioem que o museu está inseridotambém tem história: foi aquique se ergueu, em tempos, aIgreja Paroquial de Santa Ca-tarina, que ruiu com o terra-moto de 1755.
08 |Rua Mal. Saldanha, 10Farm Food Ink CaféBiológico da ponta da cabe-ça até aos pés, que é comoquem diz no Ink Café: dos su-mos até às refeições ligeirasvegan. No número 10 da RuaMarechal Saldanha todos os
produtos são de origem bio-lógica e o destaque vai mes-mo para os sumose os «smoothies».
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Ligue-me! Eu digo-lhe o que o seusigno lhe reserva para hoje
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Touro:
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Para esclarecer dúvidas envie e-mail para
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apetece brincar
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EVASÕES EM FAMÍLIA
MÚSICA
Silêncio, que vaicomeçar a festa!
Aniversários, casamentos, tardes entre amigos ou, simplesmente, porque
sim: tudo são ocasiões válidas para dar aos pequenos uma oportunidade
de subir ao palco e tocar como verdadeiras estrelas de rock . Laura Patrício
O palco está montado, as luzesprontas e os intrumentos es-peram apenas pela chegadados artistas. É assim que come-
ça cada festa da Kids Jam Sessions, projetocriado em 2014 por Nuno Marques. Músi-
co de formação e coração, com licenciaturaem Jazz e mestrado em Ensino da Música,Nuno encontrou neste palco móvel maisuma forma de exprimir a paixão pelo som.
«A Kids Jam Sessions monta um palcocom instrumentos, luzes, sistema de som eas crianças só têm de vestir o papel de mú-sicos», explica. A proposta pode ser idealpara uma festa de anos ou para qualqueroutro evento em que a animação dosmais novos seja parte do programa.
Bateria, guitarra, baixo, piano
e microfone são alguns dos instru-mentos disponíveis para estas festas.Caso se realizem no exterior, é montadauma tenda para proteger os minimúsicos
Outras brincadeiras
PARA VESTIR
Knot – Só paramiúdos?Para celebrar o Dia da Mãe, a Knotvoltou a juntar-se a Fernanda Velez,autora do Blog da Carlota, para criaruma coleção muito especial. Depoisde uma linha de guarda-chuvaslançada em 2013, Fernanda assinaagora uma coleção limitada de quatroT-shirts , para que mães e filhospossam partilhar o Dia da Mãevestidos a condizer. Em cinza-escuroe 100% algodão, acoleção inclui quatromodelos de T-shirt :
para a menina e paramenino e, claro, paraas mães. Desde19,50 euros.knotkids.com
GRÂNDOLA
Verão na Terrado SemprePode parecer cedo para pensar noverão, mas é nesta altura que seencontram alguns dos melhorespreços para a época de férias.Exemplo disso é a Terra do Sempre,que, para reservas de uma semanaefetuadas até ao final de abril, ofereceestada para duas crianças até aos12 anos. Cinema ao ar livre, circuito de
jogos tradicionais, casa de madeira no jardim, atividades na quinta e piqueni-ques ao ar livre são algumas daspropostas que este espaço deturismo rural tem preparadas paraanimar o verão dos mais novos. Jápara os pais, há provas de vinho,almoços nas vinhas, a possibilidade
de fazerem o seu próprio vinho, noitesde música, trilhos, bar na piscina emuito mais. As reservas podem serfeitas através do website, em terradosempre.pt.
↗ Bateria,guitarra,
baixo, piano eum microfone.
Basta juntarmiúdos
com atitude.
e o material. Todas as sessões contam como acompanhamento de, no mínimo, doismonitores, para garantir que os miúdos sedivertem com segurança, mas tambémque aprendem qualquer coisa.
A grande novidade deste ano são as Si-
lent Parties, em que a bateria acústica ésubstituída por uma eletrónica e o sistemade som dá lugar a auriculares sem fios.Resultado: uma festa que só os participan-tes ouvem. Pontualmente, é ainda possível
encontrar as KidsJam Sessions emeventos como o Fes-
tival da Criança do Cas-telo da Maia (14 de maio). Até lá,
se quiser organizar a sua Kids JamSession, o palco e o equipamento es-
tão disponíveis para viajar por todo opaís, a partir de 150 euros por festa.
Web: facebook.com/kidsjamsessions
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↗ Mesmo que a
primavera tarde,há uma piscinainterior aquecida àespera no SublimeComporta.
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CASAS DA LUPA
PARAÍSO
A UMA HORA DO
Com um fim de semanaprolongado à porta e a
expetativa da chegada
da primavera a qualquer
momento, o espírito anseia
por uma escapadela com
sabor a férias, por curta
que seja. Sabemos que os
combustíveis estão caros,e o preço das portagens
também não ajuda, mas
não é necessário ir para
longe – a evasão pode estar
logo ali, a menos de uma
hora de Lisboa. Poupe nas
deslocações, gaste em si.
De certeza que merece.
LISBOA
› Chalet SaudadeSintra
› Farol HotelCascais
› Sublime ComportaGrândola
› A SerenadaGrândola
› Vale d'AzenhaAlcobaça
› Quinta da LapaAzambuja
60min
20min
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25min
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↗ Mesmo que a
primavera tarde,há uma piscinainterior aquecida àespera no SublimeComporta.
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CASAS DA LUPA
PARAÍSO
A UMA HORA DO
Com um fim de semanaprolongado à porta e aexpetativa da chegadada primavera a qualquermomento, o espírito anseiapor uma escapadela com
sabor a férias, por curtaque seja. Sabemos que os
combustíveis estão caros,e o preço das portagens
também não ajuda, masnão é necessário ir paralonge – a evasão pode estarlogo ali, a menos de uma
hora de Lisboa. Poupe nasdeslocações, gaste em si.
De certeza que merece.
LISBOA
› Chalet SaudadeSintra
› Farol HotelCascais
› Sublime ComportaGrândola
› A SerenadaGrândola
› Vale d'AzenhaAlcobaça
› Quinta da LapaAzambuja
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↗ Os quartos,todos diferentes,
do Chalet Saudade.
Duas ruas paralelas em Sintra, dois proje-tos diferentes, mas em tudo complementa-res, e um mesmo nome: Saudade. Depois dese aventuraram com o café, Luís Martins,nascido e criado na Amadora, e Mary Pe-reira, criada em Boston, abriram uma ca-
sa de hóspedes.O Chalet Saudade fica na Rua Alf redo da
Costa, a dois passos do Palácio da Vila. Noazul-céu da fachada, um bando de andori-nhas de louça faz um voo rasante e há va-sos floridos no quintal à sua volta. O casalcomprou o imóvel do século XIX em finaisde 2000 e fez dele sua residência. Até ho-
je – a diferença é que, com a casa de hóspe-des, passaram a estar «confinados» ao úl-timos piso.
Comprar uma casa de sete andares em
mau estado, com um jardim nas traseirascom lagos de época a gritar por cuidadostambém, exigiu coragem e... cinco anos detrabalhos. A essência foi respeitada, mas a
tipologia mudou para conseguir onze quar-tos espalhados pelos vários andares.
Nas áreas comuns, as peças de mobiliá-rio amealhadas e recuperadas combinam,assumidamente desirmanadas, com por-menores deliciosos como as pequenas fá-
bulas nos rodapés, as portas art déco ou osfrescos da entrada, do último quartel do sé-culo XIX , atribuídos a um dos mestres quetrabalharam no Palácio da Pena.
Há uma razão para o Chalet Saudadenão se anunciar como um bed & breakfast :os pequenos-almoços não são servidos ali,mas sim no café em frente. Que tambémdeixa saudade. JMS
↘ CHALET SAUDADE
Rua Dr. Alfredo da Costa, 21, SintraTel.: 210150055
Web: saudade.pt
Quarto duplo a partir de 59 euros (inclui pequeno-almoço)
SINTRA
Saudade que não dói
ALI PERTO
Sussegad Dependendo do tempo, dá perfeitamente paraincluir Colares numa ida a Sintra. Ainda mais paraquem for amante de boa comida e de bonsvinhos. Existem vários restaurantes, como oSussegad, que ocupou o lugar do antigo ColaresVelho, e inúmeras adegas, ou não tivesse Eçade Queirós considerado os vinhos de Colares«os mais franceses» de Portugal.
Largo Doutor CarlosFrança, 3, ColaresTel.: 218095518Horário: Das 12h00 às 15h00 e das19h00 às 22h00; não encerra
Preço médio: 25 euros
Palácios Uma tarde ou mesmo meiodia, convenhamos, não chegapara desfrutar por inteiro de todo opatrimónio natural, cultural e histórico de Sintra.Escolha-se entre o Palácio da Vila, o Pálácio daPena, o Chalet da Condessa d’Edla, o Parque daPena ou Monserrate (que inclui, além do palácio,um parque botânico premiado). A informaçãoestá toda no mesmo sítio: parquesdesintra.pt.
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No início, chamava-se Farol Design. Isto háuma dúzia de anos, ainda o design não eratendência. Entretanto, tirou-o do nome, masnão dos quartos – a assinatura de estilistasportugueses como Ana Salazar e José Antó-nio Tenente continua a dar mote a oito dos 33quartos deste hotel que foi também um dospioneiros do espírito boutique em Portugal.O traço depurado é um elemento dos váriosespaços comuns, da receção aos terraços de-
bruçados sobre o mar. Mas já lá vamos.A antiga estalagem, onde, diz-se, terá ha-
vido conspiração militar nas vésperas do 25de Abril, fica à beira do Farol de Santa Mar-ta. E este, recuperado sob desenho dos ir-mãos Aires Mateus, é, também ele, parte doencanto do hotel, uma presença constantepara quem está nos espaços exteriores ouna parte envidraçada dos dois restaurantes
da casa. Em dias de sol e pouco vento, o ter-raço do Farol Hotel é o bálsamo prometido aquem anseia por desligar a ficha.
Há uma piscina de água salgada, espre-guiçadeiras de vários feitios, daybeds deolhos no horizonte. Junto ao portão da ruacomeça a Ciclovia do Guincho, e há bicicletaspara hóspedes que queiram fazer este per-curso de beira-mar. Com uma condição, im-pomos nós: que estejam de regresso para o
pôr do Sol. Admirado ali, decocktail na mão,não sabe senão a férias. JM
↘ FAROL HOTEL
Avenida Rei Humberto II de Itália, 7, Cascais
Tel.: 214823490
Web: farol.com.pt
Quarto duplo a partir de 192 euros (inclui pequeno-almoço)
CASCAIS
Debruçado
sobre o mar
ALI PERTO
Maria Pia
Se o mar est á ali ao lado, não há que desconversar.Caso o cheiro da maresia abra o apetite por peixe emarisco, há bom remédio. Basta dez minutos decaminhada para encontrar o Maria Pia, no ClubeNaval. O chef Pedro Mendes não faz a coisa pormenos: «O melhor do mar» é a sua promessa.«Comida inspirada nos petiscos portugueses, masà minha maneira.» E à maneira, acrescente-se.
Clube Naval de Cascais, Passeio Maria Pia (Marina)
Tel.: 214835348
Web: facebook.com
mariapiarestaurante
Das 12h00 às 23h00.Encerra à segunda.
Preço médio: 30 euros
CidadelaHá quatro anos, a imponente fortaleza foirecuperada e reaberta, com as funções depousada. Contudo, os seus portões não deixaramde estar abertos ao público. Lá dentro, há agora oArt District, iniciativa da Pousada de Cascais que
alberga vários ateliês de artistas, dois museus(World Press Cartoon e um polo do Museu daPresidência, no Palácio da Cidadela) e uma livraria,a Déjà Lu, dentro da Taberna da Praça
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Nem uma hora de estrada sequer, ao longo daqual as casas vão sendo cada vez mais bai-xas, o horizonte mais amplo e o ar mais car-
regado de silêncio. É fácil esquecer que Lis-boa está mesmo ali, a pouco mais de 60 qui-lómetros. A planície ribatejana é generosa eas vinhas com que se cobre, na Quinta da La-pa, em Manique do Intendente, não deixamdúvidas acerca da principal atividade da pro-priedade. Fundada em 1733, por D. Louren-ço de Almeida, a Quinta da Lapa é tambémcasa de alojamento local.
Aqui, Sílvia Canas da Costa, a grande res-ponsável por este projeto familiar de enotu-rismo, reuniu a formação em arquitetura à
paixão pelos vinhos, recuperando o que po-dia ser recuperado, erguendo o que foi pre-ciso erguer e terminando a casa com onzesuites modernas, organizadas em torno de
um pátio central onde cresce uma enormeárvore solitária.
Porque o silêncio é a palavra de ordem,
as suites não têm televisão (a única dispo-nível fica numa das salas comuns), mas hámuito com que ocupar os dias. Provar os vi-nhos (muitos premiados) da quinta é a prin-cipal escolha, claro, sendo possível visitar aadega, passear pelas vinhas, caminhar ousimplesmente deixar-se ficar, de copo nu-ma mão e um livro na outra, desfrutando datranquilidade singular do lugar. LP
↘ QUINTA DA LAPA
Arrifana, Manique do IntendenteTel.: 263486214/917584256
Web: quintadalapa-wines.com
Quarto duplo a partir de 85 euros (inclui pequeno-almoço)
AZAMBUJA
No Ribatejo,entre vinhas
ALI PERTO
Taberna
do Alfaiate
Bastam alguns minutos à mesa para justificar afama da Taberna do Alfaiate. Porém, o melhor é vircom tempo, já que as delícias são várias e bemregadas com o vinho da região. Além das muitasentradas, as estrelas são o porco na telha, como sefazia antigamente, e as migas de bacalhau,servidas dentro do pão.
Rua Caetano Valério, 35, Lapa
(Cartaxo)
Tel.: 243790005
Das 12h30 às 15h00
e das 20h00 às 22h30.Encerra domingo ao jantar
Preço médio: 30 euros
Igreja-Paláciode Pina ManiqueÉ quase impossível não se surpreender com aigreja-palácio inacabada, plantada na principalpraça de Manique. A combinação da grandiosidade
e imperfeição da obra dão ao edifício setencentistauma aura muito própria e fazem dele um cenárioperfeito para fotografias. O município da Azambujaorganiza visitas guiadas pelo património(marcação: [email protected]).
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Quando amanhece e se corre a cortina doquarto vê-se, numa primeira linha, o verdedas árvores de fruto que desce encosta abai-xo. Mais ao fundo avista-se o mar, um azulque banha as areias da Nazaré. E este cená-rio pode ser contemplado de qualquer pon-to do Vale d’Azenha.
Seja das varandas dos dezassete quartos(e duas suites), seja dos terraços das seis ca-sas temáticas, ou então dos espaços públicos
– a piscina, a hidromassagem, o bar e o res-taurante Golden –, não há como escapar àsprovocações olfativas, visuais e táteis que aenvolvente proporciona. Estas são as sensa-ções dominantes deste hotel aberto há cincomeses, na aldeia de Cela, a uma hora de Lis-boa, mas a muitas do desassossego citadino.
Foi esta a tranquilidade que os trêssócios – Jorge Lorvão, diretor do porto de
pesca da Nazaré e São Martinho, o bancárioVítor Santos e o professor e enólogo Fernan-do Bravo – sonharam criar. Se os objetivospassam pelo recolhimento total e pelo dis-tanciamento das correrias, aqui tal é possí-vel porque o hotel conta também com restau-rante para almoços e jantares. O Golden estánas mãos seguras de José Carlos Vigia, quedeita por terra a prática da «cozinha de au-tor» e a troca, palavras suas, pela «de sabor».
Ora com produtos da região, ora com vege-tais da horta que cresce ali perto. CB
↘ VALE D’AZENHA HOTEL & RESIDENCES
Rua da Barrada, 39, Cela
Tel.: 262001340
Web: hotelvaledazenha.com
Quarto duplo a partir de 130 euros (inclui pequeno-almoço)
ALCOBAÇA
Vista de mar
e cheiro de fruta
ALI PERTO
O Cabeço
Alternativa ao restaurante do Vale d’Azenha,O Cabeço merece mesmo uma visita. Das mãos doantigo carpinteiro Pedro Pereira saem verdadeirasiguarias tradicionais – e não só –, servidas com asimpatia da mulher, Evelina Sobreira.
Rua Dona Elvira Machado, 65, Bemposta
Tel.: 914500202
Web: ocabeco.pt
Preço médio: 20 euros
Das 12h30 às 14h00 e das 19h30 às
22h00; encerra ao domingo
Parquedos MongesCom ou sem miúdos, no Parque dos Monges sobramatrações para todas as idades: um pequeno parquezoológico, um museu de doçaria conventual e atérecriações históricas serão suficientes paraproporcionar um dia distante da rotina.
Rua Quinta das Freiras, 10, Chiqueda
Prazeres de AljubarrotaTel.: 262581306
Web: parquedosmonges.com
Entrada: 10 euros (20 euros,
incluindo todas as atividades)
Das 10h00 às 18h00; não encerra
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As dezenas de pinheiros e sobreiros são oprimeiro indício de que o ruído ficou pa-ra trás. As duas espécies de árvore ladeiam
estes 17 hectares de terreno a que Gonça loPessoa não conseguiu resist ir. Pela frente,estende-se uma amostra do Alentejo litoral.
Cruzaram-se em 2002 – homem e na-tureza – e a «relação» começou dois anosdepois, quando o piloto de aviação civil oscomprou. O resultado são catorze quartos,um restaurante, duas piscinas, um spa, doisbares. Que, apesar do luxo e da modernida-de, conservam a promessa de refúgio secre-to, que faz qualquer um duvidar de se en-contrar apenas a uma hora de Lisboa.
No centro da propriedade, a piscina as-sume a forma dos velhos tanques das her-dades alentejanas, com o muro em redor.É a opção mais rápida quando os dias come-
çam a aquecer. Mas as praias de Pego e Car-valhal estão apenas a meia dúzia de quiló-metros e há serviço de shuttle entre a her-
dade e o areal.A ligação ao mar não se esgota no percur-
so e, ainda dentro do Sublime, o restauran-te chefiado por David João também a faz:carpaccio de polvo com chips de batata--doce e risotto de beterraba com corvina ecrumble de broa são dois exemplos dos pro-dutos do mar e da terra que esta casa en-grandece. MR
↘ SUBLIME COMPORTA COUNTRY HOUSE RETREAT
EN 261-1, MudaTel.: 269449376
Web: sublimecomporta.pt
Quarto duplo a partir de 195 euros (inclui pequeno-almoço)
GRÂNDOLA
Alentejo próximo↗ Modernidade
e luxo escondidosno pinhal
da estrada daComporta. E o arealimenso ali ao lado.
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Dona BiaA pouco mais de dez minutos de carro do Sublime,encontra-se um restaurante que se tornou já
paragem obrigatória por esta zona. À saída daComporta, em direção ao Carvalhal, o Dona Bia fazpor representar a região com a sua açorda de ovas,filete de polvo e linguadinhos fritos. De comere voltar para mais.
Torre, Comporta (Alcácer do Sal)
Tel.: 265497557
Web: restaurantedonabia.pt
Das 11h00 às 16h00 e das 19h00 às 22h30;
fim de semana, até às 00h00; não encerra.
Preço médio: 20 euros
CaisPalafítico daCarrasqueira
A aldeia da Carrasqueira, a curta distância daComporta, é famosa pela sua festa dabatata-doce, que decorre todos os anos emnovembro, mas o maior motivo de interesseserá o porto palafítico, que as autoridades locaisdescrevem como o único do género da Europa.
Foi construído pela comunidade para resolver oproblema do acesso aos barcos durante a maré baixa. GPS: 38.4128, -8.7568
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↙ Biciclctas para os hóspedes.– para pecorrer as estradas ou
chegar à praia.
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Em dias limpos, tem Setúbal e a Arrábidadebaixo de olho – vista imponente, note--se que uma e outra estão a meia centena dequilómetros. Ainda assim, o ar que se res-pira é de Alentejo. Há vinha, oliva l e um pi-nhal que se estende para norte. E há cozi-nha alentejana de tacho e de forno, vinhosda herdade, pequenos-almoços com tudoa que se tem direito no campo – inclu indo,claro, bom pão alentejano.
A casa da Serenada fica no cimo de umcabeço, daí que as panorâmicas sejam de
postal. E não faltam lugares para apreciá--las: os sofás da receção, diante de umagrande vidraça, a piscina de rebordo in-finito, o terraço junto aos quatro quartos.
Ou as varandas das novas suites, estreadashá coisa de meses, com um traço mais em li-nha com o resto da casa, feito de retas, espa-ços desimpedidos, muita luz natural.
E aí chegamos a outra das grandezasdesta casa: a sua pequeneza. Duas suites,quatro quartos e nada mais. Para que nãose perca o espírito boutique. Para que con-tinue a saber a campo e a Alentejo. Aqui,Lisboa fica a centenas de quilómetros JM
↘ A SERENADA ENOTURISMO
Outeiro André, Sobreiras Altas, Melides
Tel.: 269498014
Quarto duplo a partir de 80 euros (inclui pequeno-almoço)
GRÂNDOLA
A cidadeé uma miragem
ALI PERTO
Rei do Choco Fica a meia hora de estrada, mas com bomcaminho e sem pressas não há nada que não sefaça. A especialidade está, desde logo, no nomeda casa, mas há outros valores seguros – entreeles, o arroz de marisco e o de lagosta.
Carrasqueira, ComportaTel.: 265497170Das 12h00 às 15h00 e das 19h30 às 22h00;encerra à quintaPreço médio: 15 euros
Herdade daComporta Em chão que dá arroz cresce também vinha,sobre terra arenosa e «salpicada» pelo mar.A adega onde são produzidos os vinhos Herdadeda Comporta, Parus e Chão das Rolas está abertaa visitas que incluem ida às caves e prova devinhos – acompanhada, a pedido, por pão, queijose enchidos.
Espaço Comporta, EN253, Km 1, Comporta
Tel.: 265499900Web: herdadedacomporta.ptPreço: 3,50/7 euros, com prova de 2/4 vinhos
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TELHEIRASAFINAL TEM ALMA
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Cais do Sodré, Príncipe Real, Intendente… por cada bairro histórico que se
renova ou reinventa, os lisboetas logo se questionam qual será o próximo.
E de Telheiras, ninguém fala? Fomos à procura da essência deste bairro que é
novo e já tem tradição, e foi cenário do filme, já de culto, 'John From'.
Texto de João Ferreira Oliveira Fotografias de Orlando Almeida/GI
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Telheiras vai ter hotel de luxo», po-
dia ler-se, a 1 de abril, no website Viver Telheiras, uma plataformade comunicação que ajuda a dina-
mizar a vida do bairro. «Seguindo a tendên-cia que se tem verificado um pouco por todaa cidade, Telheiras será alvo de uma apostano turismo. Liderado por um grupo de in-vestimento chinês, o projecto para a cons-trução de um hotel de quatro estrelas nonosso bairro encontra-se na fase final dedesenho e deverá arrancar no terreno du-rante o primeiro semestre de 2017.» Ain-
da no mesmo dia veio o desmentido. Tudonão passara, afinal, de uma partida do Diadas Mentiras.
Uma brincadeira que é demonstrativa dolugar que o bairro ocupa na geografia da ca-pital. Se é verdade que este não pode con-correr em arquitetura e beleza com os bair-ros históricos – começou apenas a ser cons-truído nos anos 70 do século XX –, não serámenos verdade que a maioria dos lisboetascontinuam a olhá-lo com alguma altivez edesconfiança, reservando-lhe o cinzento
estatuto de área residencial. Uma área re-sidencial sem qualquer chama. Telheiras éisso mesmo, um bairro residencial, e aindademorará até que aqui cheguem os hotéis
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de charme e os tuk-tuks, mas merece, sem
dúvida, uma «oportunidade». Sobretudopor parte daqueles que estão com algumadificuldade de adaptação a esteboom turís-tico e não querem correr o risco de ser aten-didos em inglês.
No Querubim Lisboa não há esse ris-co. Uma pastelaria moderna, com menosde meio ano de vida, mas u m ambiente que
quer ser o mais eclético possível. Ofuturo do espaço e da própriamarca passa por saber respei-
tar o passado. Tiago Marques,
um dos sócios, explica. «Que-remos que este seja um ponto
de encontro, um lugar de tertú-lia, como eram os cafés clássicos.
Ler o jornal, um livro, tomar umcafé, beber um gin… Conversar.» E
comer um doce. Na vitrina há inú-meros exemplares da doçaria nacio-
nal, mas é nas prateleiras embutidasna parede que está o maior tesouro:
embalagens de biscoitos e bolachas de fa-brico próprio. Se o normal é abrir pri meiro
um espaço físico e depois vender os produ-tos online, eles fizeram precisamente o con-trário. «Trabalhamos emdesign mas as nos-sas famílias têm ligações à pastelaria lisbo-
«
Festa de ruaEntre 2 e 8 de maio (de segunda adomingo) decorre a 7ª edição do Festivalde Telheiras. Uma semana com eventospromovidos pelo comércio local, que
tem o seu ponto alto nos dias 7 e 8, coma festa a concentrar-se no JardimFrancisco Caldeira Cabral – maisconhecido por Jardim de Telheiras, juntoao metro. Háworkshops , animação derua, concertos, atividades para crianças,um mercado que juntará vários doscomerciantes do bairro e uma feira datralha. Programa completo: vivertelhei-ras.pt/festival.
O filme quepôs o bairro
no mapaDe Lisboa estamoshabituados a ouvir que temuma luz única, sendo porisso muitas vezesprocurada por cineastasestrangeiros. Masquantos deles jáfilmaram em Telheiras?Foi aí que o realizador portu-guês João Nicolau rodou a sua segundalonga-metragem, John From . Conta ahistória de uma adolescente que duranteas férias de verão se apaixona por umnovo vizinho que chega ao bairro. O filmetem estado em exibição no Cinema Ideale passa a 4 de maio no Festival deTelheiras, pelas 21h00.A entrada é gratuita, mas convémreservar lugar ([email protected]). O realizador estará presente.
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E ainda um talho: Park Gourmet. Podemnão ter resistido à tentação de colocargour-
met no nome, mas a carne é à prova de mo-das. Palavra de Zé Carlos, o senhor, o ami-go por trás do balcão. «Aqui não enganamosninguém. A car ne é de qualidade, o corte éde qualidade, a origem é certificada», diz,antes de ser interrompido por uma clien-te que queria deixar 50 euros para que o fi-lho fizesse compras durante as suas férias.Não aceitou. «Fazemos contas quando vol-tar», concluiu, sem dar espaço a grandesdiscussões.
Há mais talhos (gourmet ) no bairro. E res-
taurantes japoneses. E hamburguerias. E ge-ladarias. Até um festival. A Artisani, conhe-cida pelos seus gelados naturais, chegou aobairro faz agora um ano, já os hambúrgueresdo Honorato instalaram-se pouco antes, nofinal de 2014, num grande edifício de dois an-dares com vista para o Jardim Francisco Cal-deira Cabral. O mesmo jardim onde entre ospróximos dias 2 e 8 de maio se realiza o Fes-tival de Telheiras.
E noite, há? Também. Na «rua dos cafés»e ali ao lado, na praceta central, os bares Pow
Pow, Tuareg Al Andaluz e Gato FashionClub estão abertos até às duas da manhã. Etambém há crianças a brincar na rua duranteo dia. Muita vida para um bairro sem alma.
↗ A loja Wines9297 tem vinhosque não podemser encontradosem mais nenhumagarrafeira deLisboa. E a preçosacessíveis.
Contactos
QUERUBIM LISBOA
Alameda Quinta de Santo António, 1 A
Tel.: 210350431
Web: querubimlisboa.pt
Horário: das 07h30 às 20h00. Sábado, a
partir das 08h00. Encerra ao domingo.
WINES 9297
Rua Professor Simões Raposo, 9 B
Tel.: 966179606
Web: facebook.com/wines9297wineshop
Horário: das 14h00 às 20h00. Encerra ao
domingo.
ARTISANI
Morada: Rua Prof. Francisco Gentil, Ed. E1
Tel.: 217524564
Web: artisanigelado.comHorário: das 12h00 às 23h00.
Não encerra.
HONORATO
Jardim Professor Francisco Caldeira
Cabral, 2
Tel.: 219362838 Web: honorato.pt
Horário: Das 12h00 às 00h00; sexta
e sábado, até às 02h00. Não encerra.
PARK GOURMET
Rua Professor Simões Raposo, 22 ATel.: 21826970
Horário: Das 08h00 às 20h00 (Sábados
até às 19h00). Encerra aos domingos.
↗ As bolachase os biscoitoscaseiros daQuerubim Lisboa.
Podem sercompradosna loja ouencomendadospela internet.
↗ A PastelariaQuerubim Lisboae a hamburgueriaHonorato, doisdos espaços
incontornáveis emais procuradosdo bairro.
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comer & beber cocktails
Nos últimos anos são cada vez maisas marcas premium de bebidas quedisputam o seu quinhão de merca-
do, o que nos leva à pergunta: será a coque-telaria the next big thing a seguir à comida?Por enquanto, nos feeds das redes sociais,as imagens de comida ganham aos pontos,mas nota-se já um interesse crescente peloscocktails, pela figura do bartender e pelos
bares empenhados em servir mais do queapenas «copos».
Ciente deste fenómeno em ascensão, quemuito se deve à explosão do gin, acontece
pela primeira vez a Lisbon Cocktail Week– que, em bom rigor, não tem sete dias, massim dez. De 22 de abri l a 1 de maio, o even-to organizado pelas Edições do Gosto e pe-la The Bottle Affair conta com a adesão de54 estabelecimentos lisboetas, entre barese restaurantes (ver lista), que se compro-meteram a incluir durante este período trêsnovos cocktails na sua carta. Foi este o pon-
to de partida para a implementação de umroteiro que convida residentes e visita ntesnão só a poderem desfrutar de uma maioroferta neste segmento – inclusive com uma
promoção, no horário das 18h00 às 23h00,de dois cocktails pelo preço de um —, mastambém a terem uma palavra a dizer naeleição do seu favorito. A votação popular,que se somará à de um júri especializado,decorre de 22 a 30 de abril através da plata-forma Zomato.
A Lisbon Cocktail Week, convém esclare-cer, prevê ainda a realização paralela de degus-
tações, harmonizações gastronómicas,workshops e festas, mas porque o grande cha-mariz é o que se vai beber e não aquilo que sevai comer, nada mais justo do que destacar
De 22 de abril a 1 de maio realiza-se, pela primeira vez, a Lisbon Cocktail Week . Além de umroteiro exclusivo pelos melhores bares e restaurantes da capital, estão previstas degustações,harmonizações gastronómicas,workshops , festas, promoções e a eleição do melhor cocktail .
Texto de João Miguel Simões
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L
I S B O ADE BAR EM BAR
R I T Z B A R
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PORTO
Carta-surpresano The ArtistA nova carta de primavera do The
Artist Bistrô não está escrita.O menu é surpresa e há semprealgum mistério em torno daquiloem que o chef Hugo Dias está a
confecionar no dia. A refeiçãopode começar com uma espiral
de portobello com codorniz escal-fada, flor de salmão em blini comricotta ou galantine de leitão. Ospratos principais e as sobreme-sas seguem a mesma regra... desurpresa. Rua da Firmeza, 49/
Tel.: 220132700 AIP
comer & beber novidades
PORTO
As novas d’OAntigo Carteiro
N’O Antigo Carteiro, onde o jovemchef Rui Oliveira trabalha pratosde cozinha tradicional portuguesae aposta em sabores frescos, háIGUARIAS NOVAS E NOVOS VINHOS
para a primavera. Na ementasurgiram a feijoada de sames
(a bexiga natatória do bacalhau),a punheta de bacalhau, a ore-
lheira de porco com molho agri-doce, o caril de frango, o pudimabade de Priscos e o doce de
ovos. Rua Sr. da Boa Morte, 55/Tel.: 937317523 AIP
↗ É uma loja de café Nespresso, mas também umapastelaria e um lugar para almoçar, no Chiado.
to da marca do universo Nestlé, a Level nãose resume a ser apenas uma coffee shop eaposta forte na pastelaria.
Além dos macarons para combinar comcada variedade café, que chegarão em bre-ve, a lista açucarada inclui pains au choco-lat , um singular cheesecake, ecláirs, mil--folhas e tarteletes, que tanto podem servirpara encher a barriga ao pequeno-almoço,num brunchou à sobremesa, já que a cafeta-ria serve também almoços. Também os pra-
tos quentes têm bem presente a identidadeda marca, sendo inevitável falar nas Level pies, grandes empadas de pato, legumes egorgonzola, bacalhau.
O espaço moderno, convidativo para es-tudar ou trabalhar, celebra o mundo digitalnuma sala do primeiro andar, onde é possí-vel selecionar o cenário de parede, alteran-do a projeção das imagens. À altura, t al co-mo o nome promete.
Marlene Rendeiro
LEVEL BY NESCAFÉ DOLCE GUSTO
Rua do Alecrim, 54 (Chiado)Tel.:
211388037Web: Facebook/Level Nescafé
Das 08h00 às 20h00; sábado das 10h00 às 19h00;
domingo das 11h00 às 16h00; não encerra.
No final do ano passado, as portasdo número 54 da Rua do Alecrimfecharam. Não demoraram a re-abrir, com novo inquil ino: a Le-
vel. Da antiga cafetaria/padaria Quinoa fi-cou o chão de mosaico, o mezanino e, o maisimportante, o pão, que ali continua a ser ven-dido. Mas se o pão biológico era a estrela dacompanhia, agora é o café da Nescafé DolceGusto a assumir o protagonismo.
Na nova cafetaria, que se destaca por ser
a única no mundo dedicada à marca, podebeber-se toda a gama de bebidas da DolceGusto, incluindo edições limitadas – cafés,achocolatados, chás, cappuccino, macchia-to. Mas não só. Sendo este um projeto-pilo-
LISBOA
CAFETARIA DE MARCAAbriu portas no Chiado a Level, a primeira cafetaria Nescafé DolceGusto no mundo. E se a lista de cafés é naturalmente longa, apastelaria não lhe fica nada atrás.
D R
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J
á havia azeite, vinho e carne kosher .Isto é, produzidos de acordo com a lei
juda ica. Agora , a gam a de produtoscertificados produzidos em Belmonte
cresceu, para incluir também queijos, com-potas de fruta e mel. Produtos que se des-tinam também ao consumo nacional, massobretudo com a exportação no hori zonte.
A aposta num cabaz kosher produzi-do na vi la beirã tem sido apoiado pela Re-de de Judiarias, pelo município e por enti-dades como a Agência Local de Juventu-de das Beiras e Serra da Est rela. A intençãoé criar um cluster de produtores de ali-
mentos judaicos e d ivulgá-los, promoven-do eventos como a vinda a Belmonte dochefSimone Zanoni, que dirige o Rafael, em Pa-ris, o único restaurante koshercom uma es-
trela Michelin. Na zona, há outros sinais aamparar esta aposta, como a abertura re-
cente do primeiro hotel «judaico», o Bel-monte Sinai Hotel.
Todos os produtos têm um certificado dequalidade, que comprova estarem de acor-do com as normas muito específicas da die-ta judaica ortodoxa, emitido pela União Or-todoxa Internacional, e este processo tema supervisão de um rabino. Em Portugal, éElisha Salas, rabino da comunidade de Bel-monte, quem, por norma, faz a certificação.Depois da divulgação junto de pequenas co-munidades judaicas, o objetivo dos produ-
tores e fabricantes é exportar para Israel,Estados Unidos e Irão.
Emília Monteiro
Web: redejudiariasportugal.com
BELMONTE
Os novos saboreskosher da vilaQueijo, compotas e mel juntam-se ao vinho e ao azeite no cabaz
de alimentos produzidos segundo a dieta judaica ortodoxa.
comer & beber novidades
LISBOA
Acabada de sairdo forno
Doces e salgadas, das tradicio-nais de galinha a combinaçõesmais originais como pato com
figos, salmão, queijo da Ilha comdoce de marmelo ou Nutella e
morango. Estas e outras especia-lidades estão, desde esta se-mana, reunidas na Senhora
Empada, em Campo de Ourique.O espaço é pequeno, mas a ideia
é provar ali e depois levar paracasa. Rua da Infantaria, 16(Campo de Ourique). CSC
Sincelo abreem São LázaroA Sincelo, uma das gelatarias
mais antigas do Porto, abriu hádias uma segunda casa, em
frente ao Jardim de São Lázaro.
Muito mais pequena do que a lojaoriginal, na Rua de Ceuta, esta
tem apenas duas mesas nointerior, facto que é compensado
por uma esplanada alargada,vizinha da Casa Guedes. A proxi-midade pode gerar uma parceria
informal, já que rematar umasandes de pernil com um geladoparece um bom programa paratardes naquela zona da cidade
onde têm aberto vários espaçosde comer e beber. Passeio de São
Lázaro, 14 (Baixa).
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Restaurante Cave 23Torel Palace, Rua Câmara Pestana 23 (Bica)Tel.: 218298071
Das 20h00 às 23h00. Encerra à terça-feira.
Preço médio: 34 euros
A refeição perfeita. Ovo 65° – Praliné, cogumelos selvagens, pinhões,porco fumado, batata (9,50 euros). Gamba – Laranja, coco, tomate, frango, citronela, kaffir (12 euros). Arroz carolino – Porco, chlorella, lagostim, amêndoa, alho, salsa (18 euros). Chocolate negro 70% – Avelã, cereais, amendoim, chocolate branco,uvas, rúcula (7,50 euros)
Os anos, as idades, as vontades e as novidadesquase todas, é o que o tempo traz e leva deavalancha. Ficam felizmente fios finos quegostamos de puxar e nos trazem alegrias
destas. Vocação profissional ligeiramen-te tardia, a francamente jovem Ana Mourainformou a certa altura a família de que ia
estudar Cozinha. Ponto de partida na Escola de Hotelaria de Lis-boa, rapidamente viu confirmada a vocação, sentia-se bem. Joa-chim Koerper (Eleven) não a deixou fugir e reteve-a o tempo quepôde no então único estrelado de Lisboa, mas cedo a recomen-dou para a Casa del Abad, em Ampudia (comunidade de Castelae Leão), que a insistência em voar ressoava em todos os cantos.Demos disso conta nos valores nacionais a acompanhar de per-to, nas usuais seleções de fim de ano doDN e do JN .
A coisa ficou séria para Ana Moura quando de repente se viu
no posto de chefe de cozinha, a solo, em Ávila. Elena Arzak (SanSebastián) abriu-lhe as portas de par em par para trabalhar comela durante um ano, o que fez com brilho, pude eu próprio confir-mar com o grande Juan Mari Arzak, em conversa a dois no MesonAndaluz, em Lisboa.Portuguesa morenita, chamou-lhe carinho-
samente o mestre, ao mesmo tempo quegabava o talento e a capacidade de traba-lho da chef Ana Moura. Em boa hora deci-diu António Silveira Botelho, do Torel Pa-lace, lançar-lhe o repto veemente de inau-gurar e assumir a cozinha do novo hotel.Era ela ou ninguém. Foi ela.
Fui visitando, conversando e provan-do os pratos da oferta que foi consolidando, numa primeira abor-dagem quase chocado com o valor dado ao produto e à franque-za das propostas, e sempre rendido ao caráter fundador do saborde tudo; este a confirmar a cultura culinária e gastronómica da jo-vem chef . Gosta de texturas diferentes num mesmo prato e a ló-gica é fortemente assente numa proteína principal, complemen-tada por sabores de sustentação e muito, muito trabalho. A per-diz, beringela, gema de ovo, sementes de girassol, chicória, romã,croissant , vermute (8 euros) apresenta-se cândida e de fácil explo-ração, é preciso ir devagar para reparar nos pormenores. A incrí-vel gamba, laranja, coco, tomate, frango, citronela, kaffir (12 eu-
ros) já nos põe nos trilhos do puro prazer e da confiança absolutaem tudo o que sai da cozinha. Muito Moura o bacalhau, chipotle,
LisboaO charme mais discretoEstá solto e de andar seguro o Cave 23. Promontório lisboeta que transforma o tímido emintrépido descobridor. E confirma Ana Moura no firmamento dos grandes talentos nacionais.
ancho, guajillo, chocolate, amendoim, milho, pipoca, broa, uva(17 euros), genial e só de quem sabe o que é o nosso mar o prega-do, fígado do mar, alho, cognac, tapioca, maracujá, azeite (18,50euros). Vou fazer birra até à próxima vez que conseguir comer o
arroz carolino, porco, chlorella, lagostim – valha-me Deus, chefAna! – amêndoa, alho, salsa (18 euros), apresentação tipo campolavrado, e é assim que fica registado na nossa alma.
Vive-se o vinho de forma especial, Ana tem também forma-ção de escanção, obtida em Espanha. A festa é total e o sorriso deAna Moura quando nos vem ouvir à sala é a garantia de que tu-do na vida está bem, se tudo puder ser assim, como aqui. Brava!
ficha
comer & bebercrítica de restaurantes
O lugar
O serviço
A comida
‘‘ Em boa hora decidiu António Silveira Botelho, do Torel Palace,lançar a Ana Moura o repto veemente de inaugurar e assumir
a cozinha do novo hotel. Era ela ou ninguém. Foi ela.»
POR FERNANDO MELOCRÍTICO DE COMIDA E VINHOS
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comer & beber restaurantes
CASCAIS
Grande nome, grande variedadeÉ um vegetariano com sushi para agradar a gregos e troianos. E agrada. O objetivo dos seissócios é ter boa variedade de pratos saudáveis em ambiente descontraído na Linha de Cascais.
Á
gua da Cascata Vai Correndo naRibeira e Acaba no Mar é nome deque ninguém se recordará por in-
teiro. Ficará conhecido como Águada Cascata, ou até mesmo como o «restauran-te de nome comprido em São Pedro do Esto-ril». A verdade é que faz todo o sentido, nãosó porque há mesmo uma ribeira que vai darao mar atrás desta casa, como o título exten-so reflete a quantidade de sócios, seis, e a ami-zade entre eles.
«Abrimos há três meses e a ideia foi ter-mos comida saudável», começa por explicarPedro Jesus, um dos sócios deste restauranteque, para agradar a gregos e a troianos, jun-
ta comida vegana e sushi. E a decoração con-diz. O verde domina o espaço, com pinturasnaturistas nas paredes e no chão, assinadaspelo pintor Tomás Colaço, outro dos sócios.
A ideia, não «o conceito», palavra com queTomás não simpatiza muito, é fazer das trêssalas do restaurante uma expressão artística
que pode ser tocada, nas mesas, por exemplo,e até pisada. O ambiente é decorado com ob-
jetosvintage, que parecem vindos das casasdas avós, e há um gira-discos que dá músicaao restaurante. «Tem sido engraçado porquehá várias pessoas que já nos trazem discos emvinil», conta Carlos Belém, outro dos sócios.
A variedade de pratos é grande. E há du-as cartas. A de sushi, com combinados de 14a 35 peças, bem como de sashimi com 15 pe-ças; e a carta vegetariana, onde há que desta-car as bolas vegetarianas (curgete, abóbora,
cenoura, alho e cebola) como entrada, e, nospratos principais, a «grande cascata» (ham-búrguer de vegetais) ou tempeh à ribeira (pro-duto rico em fibra, utilizado como substituto da
carne, cozinhado com cogumelos e natas desoja como umstrogonoff ). Para sobremesa tan-to ocharlie brownie (chocolate com frutos ver-
melhos) como a mousse de banana e chia sãopossibilidades a considerar. Gregos e troianosdecerto apreciarão. Tiago Guilherme
menu
Água da CascataVai Correndo na Ribeirae Acaba no MarRua 9 de Abril, 21, São Pedro do Estoril
Tel.: 214683736
Web: facebook.com/aguadacascataHorário: das 2h30 às 15h00 e das 19h30 às 00h00;
encerra à segunda.
Preço médio: 18 euros
C A R L O S
M A N U E L M A R T I N S / G I
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comer & beber restaurantes
menu
Flores do BairroBairro Alto Hotel, Praça Luís de Camões, 2 (Chiado)
Tel.: 213408288 | Web: bairroaltohotel.com
Horário: 13h00-15h00 e 19h30-23h00; não encerra
Preço médio: 27 euros
A
transição de um chef para o ou-tro foi feita, pelo menos no que setornou público, de forma serenae consensual. Sem atropelos nem
pressas de provar o que quer que fosse. Porbons anos, Vasco Lello assumiu a proposta defazer da cozinha do Flores algo mais terra-a--terra e capaz de funcionar tanto para hóspe-des do Bairro Alto Hotel como para quem fre-quenta o bairro – o que não é fácil, tendo emconta a imensa concorrência. Nunca atingiu
um pico, porventura nem era essa a ideia, masfoi consistente e imprimiu uma marca pesso-al ao receituário português.
Bruno Rocha, outro jovem talento, chegado Algarve e com provas dadas na cozinhacontemporânea do Emo. Era por isso naturala expetativa para saber o rumo que iria tomarno Flores. Apresentada a nova carta, confir-ma-se a intenção de manter «os pés em Por-tugal», sobretudo nos petiscos, mas «com a
LISBOA
A primavera chegou ao Florescabeça no mundo», o que equivale a dizer queteve alguma margem de manobra para fazermaior uso da técnica francesa e da influên-cia asiática que lhe são tão caras. Isso traduz-se em clássicos que todos conhecemos comoa meia-desfeita de bacalhau (mas aqui servi-da com grão-de-bico negro), os peixinhos dahorta ou as amêijoas à Bulhão Pato, mas tam-bém em recriações como o atum mexido comcebolada ou o lombo de vitela assada.
Nas sobremesas, Rocha seguiu a mesma
linha, acrescentando um toque pessoal aoarroz-doce (apresentado em creme, servidocom gelado de bolacha maria) ou equilibrandoa doçura do toucinho-do-céu ao juntar-lhe ca-fé e migas de amêndoa. No final, fica a impres-são de uma carta que se quis manter em territó-rio seguro, e confortável para o seu público ha-bitual, o que é legítimo. Como o é esperar queochefconsiga, superada esta etapa, introduziruma maior modernidade. João Miguel Simões C O
N S T A N T I N O L
E I T E
PORTO
Onde o chef põe o tacho na mesa
Orestaurante da nova sede da Or-dem dos Engenheiros chama-se Porto Sentido por uma razão.O chefe Cordeiro, autor da carta,
levou para lá os tachos de ferro da sua infân-cia, mas também as «caçarolas de esmalte,
as cataplanas e as tábuas de madeira». Tu-do para que quem lá vai possa partilhar pra-tos que têm «a nossa identidade», disse. Co-zinha tradicional, mas também alguns pra-tos internacionais.
O que há para comer? Saladas, sanduí-ches, hambúrgueres e petiscos tradicionaisportugueses, como ovos mexidos com aze-do de Bragança ou escabeche frio de coelho.Quem quiser pode pedir pratos mais elabo-rados, chamemos-lhes assim, coisas comosopa de peixe à Chefe Cordeiro, carpaccio
de bacalhau português, nas entradas, e prin-cipais como caldeirada de samos de baca-lhau e camarão, e tripas à moda do Porto. Ehá também um capítulo de massas e risotto.
Para terminar, há queijos portugueses e, en-tre as sobremesas, tarte de limão, manjeri-cão de compota de ruibarbo e folhado cro-cante com mousseline e frutos do bosque.«O tacho fica na mesa e 95% dos clientes pro-vam sempre a comida uns dos outros», con-
ta José Cordeiro, que, aqui, tem como bra-ço direito o chefe executivo Pedro Teixeira.
Aos almoços, de segunda a sexta, estãodisponíveis menus executivos por 7,90 (sóprato) e 12,50 euros (sopa ou sobremesa, pra-to e bebida). A carta de vinhos foi elabora-da para ser democrática e inclui referências«desde os 8 euros a garrafa até vinhos comoo Barca Velha ou o Abandonado».
Esta é a primeira de duas aberturas queprometem dar que falar, já que o chef pre-para a inauguração de outro restaurante,
o Blini, em Gaia. «Costumo dizer que as-sim ninguém se fica a queixar. Abrimos dosdois lados do Douro», brinca José Cordeiro. Ana Isabel Pereira
menu
Porto SentidoRua Rodrigues Sampaio, 133 (Baixa)
Tel: 223189946
Web: facebook.com/restauranteportosentidoHorário: das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00;
sexta e sábado, até às 23h30; encerra ao jantar
de domingo e segunda
Preço médio: 23 euros
P E D R O G
R A N A D E I R
O / G I
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comer & beber vinhos
O produtor alentejano Vinha d’Ervideira apresentaciclicamente tendências e novos caminhos ao
mercado, com rasgos de inovação a que o público
sempre correspondeu com carinho, consumoe entusiasmo. Mandou sinais de fumo das margensdo Alqueva, na Amieira, e lá fomos.
Texto de Fernando Melo
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ALENTEJO
VINHO E ÁGUAAFINAL COMBINAM
Petits plaisirsda ErvideiraO talante enológico e criativo daVinha d’Ervideira tem pergaminhosconfirmados e há vários caminhospara o explorar. A «bomba»mediática do novo Vinho da Águamerece comparação vis-à-vis como vinho de partida e aproveitamospara dar conta de uma pérola talvez
menos conhecida, um branco decolheita tardia de bom recorte.
↗ Além de maioralbufeira da Europa,o Alqueva será também,porventura, o primeirolago a servir de cavede estágio.
crítica de vinhos
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Aocasião era o lançamento de um
novo vinho que estava há mesesimerso a 30 metros de profundi-dade. Um pouco mais de 30 mil
garrafas do Conde d’Ervideira Reserva tin-to 2014 foi entregue às águas do Alqueva, naMarina da Amieira. Duarte Leal da Costa,responsável máximo da empresa produto-ra de vinhos, e Eduardo Lucas, proprietárioda Amieira Marina, concretizaram um pro-
jeto que vinham acalentando, entre muitosque os dois empresários preconizam ainda.
Os amigos de longa data montaram um
sistema de estágio do vinho em garrafa quesó agora foi dado a provar. Não foi a primeiravez que se fez a experiência, mas pode bemter sido a primeira vez que as águas tranqui-las de um lago passam a fazer as vezes da ca-ve de estágio. O batismo foi relativamentesimples: Vinho da Água.
É importante partir de um vinho equili-brado e estruturado, mais que não seja pa-ra se entender o que acontece a um vinho
quando sujeito a pressões da ordem das trêsatmosferas. Desequilibrado ou com algumtipo de defeito, só vai dificultar o processo.A estanquicidade das rolhas tem de ser ga-rantida, o que Leal da Costa e Nélson Rolo,
Mais de 30 mil garrafas deConde d'Ervideira Reservatinto 2014 estagiaram nasprofundezas do Alqueva.
enólogo da Ervideira, fizeram com um re-
vestimento moderno semelhante ao lacre,técnica evanescente da grande tradição deguarda de vinho em cave.
No dia da grande prova comparativa,em que com pompa e alguma circunstân-cia foram retiradas as garrafas do grande la-go, confesso que a minha expectativa era deque as diferenças fossem mínimas. Afinal,tratava-se apenas de seis meses de imersãode um vinho que já tinha ele próprio tido umestágio em cave e garrafa considerável, cer-ca de dois anos. A verdade é que as diferen-
ças são abissais, há de estar agora a lavrar-seo documento técnico que vai permitir expli-cá-las do ponto de vista enológico. Enquan-to o vinho de partida se apresentou copiosoe carnudo, como compete a um bom alente-
jano, o que estagiou na fundura é fino, deli-cado e com um perfil de grande elegância. Asgrandes caixas-contentor retiradas da águaforam substituídas por outras, para imersãoe estágio. Vida longa ao vinho da água.
CONDE D’ERVIDEIRA VINHO DA ÁGUADOC ALENTEJO TINTO 2014 Taninos muito finos, entrada em boca de grandeharmonia, desenvolvimento vagaroso na boca,para um final e perfil mineral de frescuraacentuada. A recombinação química permitidapelo estágio de imersão fez nascer um vinhocom capacidade de guarda.
VINHA D’ERVIDEIRA Classificação: 18 | Preço: 19,50 euros
VINHA D’ERVIDEIRA ANTÃO VAZ VINDIMATARDIA DOC ALENTEJO BRANCO 2013Floral no nariz, com fundo de pera madura edióspiro, mostra presença de botrytis , ou podridãonobre, em quantidade apreciável. A boca é vibrante,a sugerir a fruta tropical que é património da castaque está na base deste vinho, que passa a figurarentre os grandes colheita tardia nacionais.
VINHA D’ERVIDEIRA Classificação: 17,5 |Preço: 12 euros
CONDE D’ERVIDEIRA RESERVADOC ALENTEJO TINTO 2014Copioso e frutado, mostra corpo considerávele ao mesmo tempo equilíbrio tanto em bocacomo no nariz. A madeira está bem integradamas faz-se sentir, contribuindo para um finallongo e especiado. Vocação gastronómicaacentuada.VINHA D’ERVIDEIRA Classificação: 17 | Preço: 14 euros
8/16/2019 _Evasoes - 22 Abril 2016
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sair com tempo
BARCELOS
NA TERRA DO GALOHá peças de nomes maiores do figurado de Barcelos para ver numa exposiçãoimperdível, mas a cidade do galo é bem mais do que os seus famosos artesãospopulares do barro. Por estes dias, o centro histórico palpita com a primeira roma