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EVENTOS A BATER HIP HOP A Todo o Gás SEMBA com gosto a Mar Top Rádio Luanda Angola Músic Awards FesKizomba Nº 1 / ABRIL.2017 KUDURO - Elenco da Paz UMA NOVA ERA NA MÚSICA ANGOLANA

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EVENTOS

A BATER

HIP HOP A Todo o GásSEMBA com gosto a Mar

Top Rádio LuandaAngola Músic AwardsFesKizomba

Nº 1 / ABRIL.2017

KUDURO - Elenco da Paz

UMA NOVA ERA NA MÚSICA ANGOLANA

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

2 | EDIÇÃO 01 | 2017 EDIÇÃO 02 | 2017 | 3

ÍNDICEChegou a hora da verdade, chegou até ti a Revista Angomusic. Foram quatro longos anos a trabalhar para o dia de hoje,. Vamos trazer, até ti, muito do que já ouviste, mas certamente mais ainda daquilo que desconheces. O que prometemos é isenção e a busca do mais profundo que o universo da música angolana pode trazer até ti. Este primeiro número é composto por mais texto, porque pretendemos mostrar, um pouco, o quanto vamos levar até ti, quer a nível de qualidade, como de quantidade. Vive connosco a Música Angolana, vive connosco a essência da nossa Angola.

O

ANGOMUSIC

HIP HOP EM ANGOLA

04

13

Provávelmente o projecto mais falado nos últimos anos, nos bastidores da música nacional. Uma nova era chegou....

Nunca antes um Top teve tantas atenções sobre si. Produtores, agentes, artistas...

É importante ouvires as palavras que tenho para te dizer...

O maior de sempre

musicA

Na Pele de Mulher a tua

ANGOMUSICSEMBA

COM SABOR A MAR

Melhor Produção Discográfica do Ano 2016. Uma obra de qualidade indiscutível, que eleva o nível da música angolana e deixa-nos profundamente orgulhosos.

28

18

32

Angomusic ®

Editorial - Heráclito Guimarães

Redação: Teresa Cabari ; Letícia Gomes ; Roberta Dorotea ; José da Glória; Isabel Vebo;

Fotografia: Paulo Ambrósio ; Jovânio Mbemba ; Isaac Pedro

Internet: Janilson Duarte ; Roberta Dorotea, Reportagem: Isabel Gonçalves; Mauro Faria; Stella Pontes, Cássia Fernandes

Publicidade: [email protected] Redacção: [email protected]; Parcerias: [email protected]

EDITORIAL

Queremos antes de mais, em nome de todos aque-les que ao longo destes últimos quatro anos têm trabal-hado para tornar possível este projecto, dar um grande BEM VINDOS ao universo da música angolana, àquele que é o teu ANGOMUSIC. A necessidade de se desenvolver algo como este pro-jecto, nasceu de uma circunstância própria e que muitas alegrias está a trazer ao mercado da músi-ca nacional, obrigando a que todos os players dêm mais de si, aos músicos e à música, mas acima de tudo aos fãs e à cultura nacional. Neste número pretendemos dar início a uma nova era na realidade musical nacional, trazendo até ti, mais do que o trivial, mais do que o óbvio...tão só o que é a profundidade na música angolana de A a Z, dando voz ao que não tinha voz e rosto ás sombras desconhecidas. Iremos estar constantemente à procura de mais e melhor, iremos ser alvos de crítica - que nos fará crescer - mas acima de tudo iremos dar voz aos músicos, aos fãs e a to-dos os restantes players daquela que se quer a indústria musical angolana. Todos os estilos musicais serão abordados, havendo es-paços/colunas de opinião dedicados a cada estilo. Esses es-paços não são fechados e deixamos aberta a possibilidade de escreveres e partilhar informações úteis para o universo musical nacional. Estamos presentes: > No Facebook:/yournagomusic > No Youtube: /c/angomusictv > No Twitter: @Yourangomusic > No Instagram: /angomusic;> Website: www.angomusic.co.ao

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

PORTAL MÚSICA ONLINE - NOTÍCIAS - REDE SOCIAL - PLAYLISTS ...

REVISTAGRATUITA - INDEPENDENTE -

IMPARCIAL - DE A a Z

MEDIAVIDEO - RÁDIO - FOTO - SOCIAL

DE ANGOLA PARA O MUNDO

4 | EDIÇÃO 01 | 2017 EDIÇÃO 02 | 2017 | 5

ANGOMUSIC | De Angola para o Mundo

levantemos nossas vozes libertadas - orgulhosos - pátria unida - liberdade - um só povo uma só nação - o artista partilha directamente com o fã

Pela primeira vez um portal permite ao artista disponibilizar

directamente, os seus trabalhos aos fãs e ao mundo, sem qualquer tipo de barreira. O artista leva até aos seus fãs a sua obra em primeira mão. A Nação Angolana extravaza as suas fronteiras e é maior do que as linhas que delimitam o país. A angolanidade passa por todos aqueles que também viveram Angola e sentem a nossa cultura como sua. Por isto e por muito mais, os artistas nacionais, levam aos quatro cantos do mundo as suas obras, permitindo que em qualquer parte, angolanos e

amantes da música angolana possam ter acesso a tudo o que Angola e os seus artistas disponibilizam. A liberdade, a oportunidade, a independência deste portal, mostram a evolução democrática, a liberdade de expressão cultural que o nosso país alcançou. As oportunidades são dadas e cada um é senhor de si mesmo, podendo dar a conhecer as suas obras e cabendo ao utilizador, ao fã, escolher quem quer, ou não, ouvir. Um verdeiro repositório de música, vai permitir que Jornalistas, produtores de Cinema, TV, Rádio, ou espetáculos, possam encontrar todos os artistas

nacionais que consideram que os Angolanos são dignos de aceder aos seus trabalhos, naquela que é a plataforma dos músicos angolanos do povo angolano.

Nesta plataforma juntam-se os mais famosos aos novos

talentos, dando aqueles um incentivo a estes e mostrando que a união dos artistas faz a diferença na evolução qualitativa e obrigando quem quer fazer música a ponderar a qualidade. A participação e presença de artistas tem sido um fenómeno de sucesso, já estando cadastrados mais de 600 músicos e diáriamente, vemos mais artistas a fazer o mesmo.

ANGOMUSIC é um projecto cujo conceito é multiplataforma, ou seja, assenta em diversas plataformas de “distribuição” da informação ao público... Este é o maior projecto Social que Angola alguma vez teve e ou viu

O projecto ANGOMUSIC nasceu há quatro anos, fruto da consciêncialização da necessidade de uma plataforma que agregasse informação que toda a nação angolana carece.

Todas as ferramentas que o projecto disponibiliza gratuitamente ao público, tanto na plataforma, como em todos os meios, faz dele único, permitido que os músicos e os restantes players ligados à música nacional se revissem e nas suas vantagens, para os fãs e para os artistas em si. ANGOMUSIC é um projecto cujo conceito é multiplataforma, ou seja, assenta em diversas plataformas de “distribuição” da informação ao público. Ao mesmo tempo, o Angomusic tem um cariz social que falará por si. Para além de ser um canal de vendas pioneiro e com uma formulação única para os artistas, tem fins comunitários, aposta na reinserção social e no desenvolvimento cultural da nossa sociedade.

Sendo a comunidade o elemento consumidor deste produto que é a cultura nacional, faz sentido que ela seja recompensada duplamente pelo seu investimento. Assim, o público, para além de usufruir daquilo que consome, contribui para o apoio social de toda a comunidade.

O combate à pirataria é forte, preponderante para o desenvolvimento musical sustentável e um marco deste projecto.

Mais do que um projecto, Angomusic é a afirmação da cultura e da identidade musical angolana.

Uma nova era na indústria músical nacional, que já está a levar mais além, conceitos, estruturas, paradigmas, a quebrar dogmas, mitos e preconceitos.

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

Play your angomusictoca aQuilo Que Queres ouvir, Quando e onde Quiseres, sem limites, sem fronteiras

O portal tem uma série de funcionalidades pensadas

para satisfazer as necessidades musicais do utilizador, como: Pesquisa geral, pesquisa analítica, chat, playlists, karaoke, notícias, informação sobre as rádios e canais de Tv nacionais, entre outras. Porém, existem duas características identificadas como “um must”. São elas, a compra definitiva e o acesso universal. A compra definitiva permite que o utilizador disfrute da sua música para sempre, dentro da plataforma. A música uma vez na sua posse, não carece de pagamentos mensais, ou outras formas de aquisição. A aquisição é única e evita que o utilizador esteja mensalmente a pagar por algo que nunca é seu. Em termos comparativos, digamos, que pode-se comparar entre a compra de uma casa, ou o arrendamento em que se paga pela utilização de algo que nunca será seu e que no caso de falhar a renda, deixa de usufruir. Sem dúvida um investimento. A segunda característica é o acesso universal. No caso de o utilizador perder o seu smartphone, tablet ou computador, ao adquirir outro equipamento, terá sempre acesso

a toda a sua informação, uma vez que esta, está baseada em Cloud e logo, acessível a partir de qualquer dispositivo, em qualquer parte do mundo. O utilizador pode usar as suas credenciais e ouvir a sua música, na festa de um familiar ou amigo, pode viajar sem os seus equipamentos e utilizar dispositivos de outras pessoas, em qualquer parte do mundo e sempre com acesso à mesma informação que tería nos seus dispositivos/equipamentos em casa. A criação das suas playlists individualizadas, apresenta-se como uma ferramenta que hoje em dia é condição para os amantes da música e a Angomusic não quis deixar de parte esta característica. Os estilos musicais dependem, tão só, do universo musical nacional e dos nossos artistas, sendo a inserção da responsabilidade dos mesmos. O Chat interno é uma funcionalidade que permite aos utilizadores socializarem entre si, numa relação de um para um, ou seja dentro do universo total de utilizadores ninguém sabe quem é amigo de quem, a não ser os próprios.

Os estilos musicais dependem, tão só, do universo musical nacional

e dos artistas e não de qualquer vontade pessoal ou administrativa.

...%VARIEDADE

KIZOMbA

hIP hOP

KUDURO

SEMbA

Chat

TRADICIONAL wORLDMUSIC

......... .........

JÁ SOMOS MAIS DE 550 ARTISTAS

Playlists

Karaoke

Notícias

Disponível em todo o mundo

Revista Gratuíta Vídeos

Biografias

Biografias

SEM MENSALIDADES

Semba

Kizomba

Hip Hop

GospelWorld Music

KilapangaPiô

Tradicional Latina Afro house

RebitaGuetto Zouk

House

SoulSunguraPop Iron B

Rock

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© Dollars - Fotolia.com #80603729

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

Muitos dizem que o Kuduro começou com Sebém, outros dizem que foi com Tony Amado, mas ainda há quem diga que já antes cantava-se Kuduro todavia quem deu o nome foi Tony Amado. A evolução do Kuduro deve-se ao Sebém, que trouxe até nós o êxito “A Felicidade”, o qual foi razão para a recepção de um disco de Ouro, entregue pelo Presidente da República Eng José Eduardo dos Santos. Como se faz o Kuduro? O Kuduro tem: O Beat - que é o instrumental; A letra; A voz; Dança.

Destes elementos o Beat será aquela palavra mais desconhecida para muitos de nós.

O beat é produzido por Dj’s/Produtores a partir de um programa musical, onde criam o ritmo e a melodia, sobre os quais o artista depois coloca a voz. Neste conjunto de elementos a mistura será o segredo do sucesso da música que está a ser produzida. A dança é o espelho do conceito do Kuduro, um estilo criado pelo povo para animar o povo. Dentro de uma realidade social muito virada para a boa disposição, alegria e muita festa, onde as dificuldades diárias exigem a busca de alternativas e de reivindicação, o estilo Kuduro encaixou na perfeição. Os bailarinos adquirem um estilo muito próprio de dançar, utilizando todos os membros do corpo de uma forma elástica, quebrada, eléctrica,

com ideia de muita adrenalina levando -os a sentir-se no Lume. O calão é sempre presente, estando constantemente a recriar-se novas formas de falar, ou exprimir ideias e conceitos. No Kuduro, a línguagem é popular e muito característica, não devendo ser qualificada como aculturada, mas sim como uma forma própria de comunicação da comunidade. A letra, traz até nós conceitos como o “neologismo” (ou criação de novas palavras), constante e presente entre os Kuduristas, que acabam por criar e trazer novas expressões para a oralidade nacional, levando as empresas de comunicação a estar atentas a todas elas, de forma a poderem utilizá-las nas suas diversas campanhas, onde o target é o povo.

O impacto do Kuduro na Sociedade “o povo É Kuduro e o Kuduro É o povo”

O KUDURO é sem qualquer margem de dúvida o estilo que mais arrasta as multidões.

Não há outro estilo em Angola que consiga movimentar tantas pessoas como o Kuduro. Como em qualquer outro, pode-se questionar a qualidade de alguns cantores, ou de algumas letras, mas nunca se poderá por em causa o estilo ou toda a sua cultura. Em muitas partes do mundo, quando alguns estilos se iniciaram, muitas foram as vozes contestatárias. Veja-se a música electrónica, nos Estados Unidos, o RAP em Portugal- que era considerado música de Africanos e que agora é cultura generalizada- o Reggae que era um estilo considerado de pessoas que utilizavam narcóticos - mas que é ouvido por todos os segmentos de todas as sociedades por esse mundo fora.

O Kuduro já é mais do que um estilo, já se institucionalizou como uma cultura que merece ser profundamente

estudada e compreendida, quer pelo forte impacto social que impregna na sociedade, como pelo grande potencial que tem para contribuir para o desenvolvimento financeiro da comunidade e da sociedade em geral.

“ ... as mensagens, têm uma forte influência no desenvolvimento psicosocial das nossas crianças e como artistas referência, como ídolos, devem aceitar a responsabilidade ... dos seus actos, das suas decisões... “

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DÊGALA FAZTUDO E MIG VOA Fundadores do Grupo “Os Minanga”, foram dos primeiros Grupos Kuduristas a ter grande impacto além fronteiras. Do Kambwá, foi um sucesso em Angola, mas também na Europa, deixando Angolanos e não só com a música do Kambwá...”, na boca. Radialistas, por essa Angola fora, tocaram e voltaram a tocar este sucesso, colocando estes jovens num patamar de internacionalização do estilo nunca antes imaginado.

Tocaram em Portugal, Alemanha, Congo, Moçambique e deixaram muitos outros pedidos por concretizar, devido à difícil agenda. Neste momento voltam à carga com novas músicas que se aguardam êxitos, como foi “O Kambwá”, O elenco aumentou para três elementos com a integração de WK.

KUDURO À LUPA

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

A maioria da população nacional vive nas periferias, onde reina

o espírito kudurista. Sendo esta maioria quem consome a música nacional e no caso o estilo de que falamos. Há que ter em conta que este consumo merece a nossa atenção até pelo contributo fiscal que pode trazer aos cofres do estado. O elevado número de CD’s, de festas, de produtos associados à música, permitirão ao estado arrecadar uma receita fiscal ímpar e de aceitável contribuição.

Reparamos num pequeno, grande pormenor, que merece

um reparo e que é apontado por muitos dos nossos seguidores, nas redes sociais, através de mensagens

privadas. Algumas pessoas aproveitam-se do facto, de ser um estilo respeitado, como sendo do povo, para ultrapassar limites da vida em sociedade, com expressões verbais e gestuais que não contribuem para o desenvolvimento das nossas crianças e jovens. O respeito pelos bons costumes

é imperativo e os grandes Kuduristas que influênciam a comunidade, devem encabeçar a vontade da mudança e assumir a responsabilidade da educação das crianças dos nossos bairros. As letras, as coreografias e as mensagens, têm uma forte influência no desenvolvimento psicosocial das nossas crianças e como artistas referência, como ídolos, devem aceitar a responsabilidade e saber que a nação, o futuro da nação, depende também, dos seus actos, das suas decisões enquanto artistas.

Os artistas são fazedores de opinião, são ouvidos,

respeitados e seguidos.

O Kuduro é o povo e o povo é o Kuduro!

Esta expressão é ouvida por todo o país e transmite a ideia de que sem dúvida, quem não quer compreender o Kuduro e a sua expressão, não poderá querer compreender Angola e a sua história. O Kuduro faz parte da nossa cultura

e está num processo evolutivo, que terá o seu momento mais estacionário não agora, que ainda é muito jovem, mas daqui a uns anos. Neste momento, cabe-nos saber dar a direcção para onde queremos seguir e aquilo com o qual queremos ser referênciados, como queremos ser conotados, como queremos viver, como queremos ser recordados. Mais falaremos sobre Kuduro, noutras oportunidades, mas é importante que fique a ideia do que é...o Kuduro e o que os kuduristas poderão fazer, para que toda a nação compreenda e aceite, ainda mais, este estilo que lidera a música nacional...quer se queira, quer não.

“ O respeito pelos bons costumes é imperativo e os grandes Kuduristas que influenciam a comunidade, devem encabeçar a vontade da mudança e assumir a responsabilidade da educação das crianças dos nossos bairros. “

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A

musicaem

ANGOLA

“Com a abertura do Instituto Superior de Arte, na centralidade do Kilamba, a formação superior em cântico lírico ganhou muitos dis-cípulos e tem aumentado significativamente

o interesse e o número de cantores de música

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

Surgiram alguns artistas – como Celsio Mambo e Marília Alberto, que se destacaram cantando em alguns concursos nacionais como “Estrelas ao Palco”- interpretando canções de Andrea Bocelli e outros.

ARMANDO ZIBUNGANA, BRUNO NETO,EMANUEL MENDES E GOMES DOMINGOS, ainda na diáspora formam o quarteto os LIRYKHUS, após a formação em cântico lírico, no Instituto Superior de Arte de Cuba.

Este grupo chega a Angola e reafirma a música lírica tendo em conta o conceito estético, pedagógico e interpretativo da Música Erudita, interpretando Canções de Concerto, Árias de Ópera, Operetas, Romanzas de Zarzuelas e ainda canções africanas.

Elevaram a exigência vocal e técnica, em temas como “Nsanda” de Teta Lando - que o grupo regravou em forma lírica - e o tema “Abutre” do escritor António Gonçalves.

Abordar a música clássica erudita, feita em Angola, é bastante pertinente e sugestivo para a sociedade amante e fazedora da Música Clássica.

Nunca se falou de Música Lírica, com propriedade, porque não havia nenhum executor para defender os princípios, por falta mesmo de tradição.

Com o passar do tempo ouve artista, de nome Mário Abreu Pereira da Gama, conhecido por MARIO GAMA, que interpretava música clássicaque despertou a sociedade com o seu nível técnico e vocal. Formou o grupo VOZES DOS CÉUS e posteriormente surge em 2004, da Escola Nacional de Música (ex- Academia de Música), os BANTUS VOICES, formado por: Bruno Neto, Emanuel Mendes, Guerra Matias, Isaú Furtunato, Amoroso, Paulo Vunge e Ralfe Rafael.

Estes conseguiram dar um impulso e criaram mais audiência no seio do povo angolano. Daqui a música lírica ganhou um novo rumo no nosso país.

Nesta mesma época, já se ouvia falar de Jéssica Santos, que actuava em algumas cerimónias interpretando músicas clássicas.

Música Lírica

escola - vozes - voices

Actualmente o grupo conta apenas com 3 elementos: Emanuel Mendes e Gomes Domingos -cantam Tenor - e Bruno Neto - canta a voz Barítono.

Com a abertura do Instituto Superior de Arte, na centralidade do Kilamba, a formação superior em cântico lírico ganhou muitos discípulos e tem aumentado significativamente o interesse e o número de cantores de música clássica erudita, Lírica.

É possível assistir shows líricos em vários locais de renome da cidade de Luanda, mas há ainda poucos que organizam eventos do gênero, quer na capital quer nas outras províncias.

Até o momento, a Música Lírica toma o seus espaços com artistas persistentes como: Armando Zibungana, Bruno Neto, Emanuel Mendes, Gomes Domingos, Marilia Alberto, Celsio Mambu, Géssica Santos, entre outros. Mais falaremos sobre este tema em próximas edições

Foto: Emanuel Mendes, Gomes Domingos e Bruno Neto

O HIP HOP EM ANGOLA “mais do Que música uma cultura em crescimento”

É um Movimento Cultural que pode ser encontrado em 3 naturezas diferentes (Consciência Colectiva, Cultura e Produto). Possui: > 10 elementos; > Uma declaração de Paz - que possui 18 princípios; > Um Memorando de entendimento - com 12 pontos que servem de código de conduta da Cultura Hip Hop. comprometida com o desenvolvimento das comunidades em que está inserida e dos seus actores.

É uma Cultura composta por 10 elementos (Djing, MCing, Graffiti Art, Break Dance, Street Knowledge (Conhecimento), Street Fashion, Street Language, BeatBoxing, Street Entrepreneurialism, Wellness).

Segundo klaudio Banthu reitor da Universidade Hip Hop Angola- uma organização sem fins lucrativos com a responsabilidade de divulgar a História e os princípios, conceitos e fundamentos da kultura Hip Hop de Angola- a cultura Hip Hop em Angola não teve entrada restrita a um único grupo de pessoas, considerando que em diferentes províncias a informação chegou ao mesmo tempo e por isto é difícil indicar o nome daqueles que foram os primeiros actores desta Cultura no país.

Ela entra em Angola oficialmente no final dos anos 80 através do Break Dance, tendo-se massificado com a passagem do filme “Breaking - Fúria da Dança” em algumas salas de cinema e posteriormente na TPA, primeiro em 1986 e depois em 1988.

No entanto, alguns nomes ganharam destaque (Paulo Lukala, Robot Street, Nelboy Dastha Burdas, Kool Klever, Atitude T, SSP, Brown X e vários outros nomes...

Hoje, existem duas grandes influências para o Movimento Hip Hop Nacional: Os midia, muito associados às estruturas criadas

pela indústria, sobre o conceito de sucesso baseado na exibição de bens sociais; A realidade social, originando letras que induzem à reflexão sobre formas de humanização e busca pela justiça colectiva.

Para facilitar a identificação dos pioneiros do Hip Hop em Angola, assim como a classificação dos membros da velha escola, durante o fórum de reflexão em torno do Movimento Hip Hop Angolano/2013 foi elaborado em conjunto, por diferentes actores do Hip Hop nacional - entre eles (Activistas, Bloggers, Dj’s, Mc’s, Graffitters)- o

Memorando de Entendimento do Hip Hop em Angola, que indica que são considerados Pioneiros do Hip Hop em Angola todos aqueles que participaram na primeira fase do Hip Hop que vai desde 1988 até 1993. São Old School aqueles actores que tenham mais de 20 anos desde o primeiro contacto com o Hip Hop e que tenham dedicado no mínimo 10 anos seguidos a este Movimento.

Falando sobre as características particulares do Hip Hop angolano, sabe-se que é uma Cultura Polifónica que se adapta às

HIPHOP

- mundo - cultura - - jovem -

no canal angomusic no Youtube

12 | EDIÇÃO 01 | 2017 EDIÇÃO 02 | 2017 | 13

PROGRAMA QUE JÁ REVOLUCIONA AS CONVERSAS

ENTRE A COMUNIDADE

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

regiões em que está inserida. Sendo assim, a nossa realidade mostra que Angola tem um processo de absorção de culturas e hábitos alheios, sem que para isso adicione algum aspecto próprio da sua Cultura. Hoje o que facilita na identificação da música Rap nacional é o vocabulário próprio, o sotaque ou ainda em algumas excepções, elementos das línguas nacionais.

Quanto aos elementos, o Emecee (MC) tem maior visibilidade por ser a voz do Movimento, onde o Rap é a sonoridade e ele o elemento que

Com uma postura itinerante, as actividades são realizadas de acordo com as parcerias formadas (Mediateca de Luanda, CCBA, Bares) e por baixo do Monumento Histórico Mulemba Waxa Ngola todos os terceiros sábados de cada mês com o evento (“CONVERSAS COM...”) Tem-se divulgado através de palestras, workshops e fóruns os princípios fundamentais da Cultura Hip Hop, dando espaço para promoção dos 4 elementos núcleo da Cultura (Deejaying, Emeceeing, Break Dance e Graffiti Art). Para manter este movimento em pé, a nível dos diferentes elementos são realizados eventos que os promovem e ao seu desenvolvimento. Para o Break Dance temos: os DMC, BILO BAILA, CONCURSO DOS ASTROS e BCR; Para Graffiti Arte: NGOLA GRAFFITI “INVENCIBEL” pela Universidade Hip Hop;

ANGOLA HIP HOP AWARDS pelo team AHHA; Celebração da semana de Apreciação da Kultura Hip Hop; Celebração do mês da Kultura Hip Hop.

Klaudio Banthu, afirmou que, devemos saber que Hip Hop é uma Cultura e como tal a sua grafia deve ser sempre com as iniciais maiúsculas. As linhas de orientação da Kultura são a busca pela paz, amor, união e diversão com responsabilidade; Sempre que estiver em discussão algum dos elementos do Hip Hop, deverão ser consultados os documentos que orientam esta Kultura (Declaração de Paz e Memorando de Entendimento).

têm. Ex: Underground (preocupado com o desenvolvimento comunitário e não com uma grande exposição popular, levando o artistas a elaborar temas que vão de encontro ao seu compromisso social); Mainstream/Comercial (designa aqueles artistas que demonstram uma clara vontade de se tornar populares, fazendo obras de consumo imediato, que possam garantir um maior número de seguidores e uma exposição fora do comum nos midia. A música Rap produzida em Angola ao longo dos tempos vem acompanhando a situação social do

da nossa realidade (preocupações básicas dos cidadãos), mas também letras com influência no conceito de sucesso publicitado pela indústria através dos mídia. Quanto à sonoridade, outras tendências surgiram e os mais jovens têm experimentado, não deixando de existir artistas que conservam o Boom Bap mais profundo.

Na sequência do rompimento da Coligação Quartel D’Africa, alguns dos seus integrantes decidiram manter o espírito de partilha de conhecimento e decidiram alargar a ideia passando a usar um

país. A primeira música oficial divulgada em rádios foi feita em período de campanha e o seu conteúdo assim reflectia. Para os períodos a seguir tivemos uma reflexão dos grandes problemas que assolavam a juventude, assim como outras preocupações influenciadas pelas leituras e conversas que tinham. Hoje não é diferente, e é reflectida nas letras de alguns MC’s a influência

espaço cedido na comunidade - no Ngola Kiluange- como Centro de Investigação e onde se reuniram diferentes investigadores com variadas fontes de pesquisa para discussão de ideias que visavam o empoderamento comunitário. Daí criaram a Universidade Hip Hop Angola, uma organização que tem a sua sede hoje transformada numa biblioteca comunitária e Centro de Investigação Científica ligada à Cultura Hip Hop.

controla a oralidade. Mainstream e Underground são termos que não tiveram a sua origem na Cultura Hip Hop e que caracterizam a popularidade de um artista. O Mainstream é aquele artista cujo grau de exposição o permite ser considerado popular e o Underground o artista que não teve este nível de exposição. Internamente, estes termos também passaram a ser associados ao compromisso social que os artistas

ACultura merece e a jovem nação angolana também. Por isso, juntamente com um veterano e fervoroso cantor Agnelo Aly, foi criado o

Programa Hip Hop a Todo o Gás. Este programa pretende levar até si a realidade nua e crua, os pensamentos, as tendências, para que possa compreender o que é, como funciona e onde está o Hip Hop a cada momento. Agnelo Aly a.k.a., Encyclopédia Negra é um veterano Rapper da nossa praça. Respeitado por toda a comunidade e lutador, desde sempre por esta cultura, convida promessas e os nomes mais sonantes do HIP Hop Angolano, para falar descontraidamente sobre os mais variados temas. Siga semanalmente no Canal Youtube, Rádio Online e em todas as outras nossas redes e plataformas de difusão

A Cultura Hip Hop é vasta e é necessário dar a conhecer a toda a Nação Angolana o que se passa na Comunidade. O Hip Hop, faz parte da nossa juven-tude.

14 | EDIÇÃO 01 | 2017 EDIÇÃO 02 | 2017 | 15

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

GéNIO “vou buscar inspiração naQuelas pessoas Que dizem Que não consigo”

AM - ‘Génio’, porquê?Génio - Este nome foi-me atribuido por amigos, depois de, em algumas conversas, dizerem que as minhas ideias eram de Génio e eu nao tinha propriamente um nome artístico. ES-tavamos a pensar num nome para mim, e como eles estavam sempre a tratar-me por Génio então ficou.

2- Projectos para este ano?Génio - Promover mais o meu single “Especial” e o vídeo clip. Procuro até lançar um EP com no máximo 6 faixas, fazer mais alguns vídeos e correr atrás dos patrocínios.

AM- Como é o Génio por trás das câmaras e fora do mundo da músi-ca? Génio - Por trás das câmaras é um jovem trabalhador, estudante, muito reservado e que sai pouco.

AM- Quem é a tua inspiração?Génio - Vou buscar inspiração naque-las pessoas que dizem que eu não consigo, naquelas que, de uma ou de outra forma, consigo notar que não querem ver o meu sucesso. É aí onde eu vou buscar a minha inspiração, a minha motivação. Faço da inveja dessas pessoas a minha força para continuar a batalhar e se calhar con-seguir vencer alguns obstáculos. mas também tenho andado com Deus, busco muita inspiração em Deus e na minha família.

AM - Qual é a tua visão do Rap em Angola?Génio - É que o Rap já esteve mel-

hor. Agora com as novas tendências, da maior fonte de muitos rappers de Angola que é os Estados Unidos, todo

mundo está a fazer como se fossem apenas cópias. Então, são poucos os que estão a fazer coisas inéditas. Temos sim muitos bons artistas, al-guns bons rappers que nos orgul-ham muito. Neste momento todo o mundo quer cair nas novas tendên-cias, os rappers estão a fazer outros estilos como o Afro House, Guetto Zouk, etc. Mas, eu creio que isso seja só uma fase, que voltará a fase que o pessoal vai fazer aquele rap de es-sencia, porque já começamos a sentir a falta daquele rap que se fazia anti-gamente.

AM- Quais são os valores mais im-portantes para ti?Todos são importantes. Vou citar apenas alguns que eu acho que são essenciais, que são neste caso: A Hu-mildade, a Sinceridade, o Amor ao próximo e acima de tudo o amor a Deus e à Família.

AM - O que significa sucesso para ti?

Génio - Sucesso é o alcançar das me-tas traçadas por nós. desde que se-jam para fins positivos. Para mim isso é o sucesso, quando de certa forma nos sentimos concretizados. Por isso, eu digo que nenhum homem pode dizer que é um homem de sucesso, porque quanto mais a gente alcança, mais a gente quer. Então eu acho que o sucesso é algo que enquanto a gente estiver vivo vai estar sempre aí para irmos a busca.

AM - O que é a música na tua vida?Génio - A música na minha

vida é paixão, porque sou mesmo apaixonado por música, adoro fazer música. Quando não estou bem por algum motivo procuro fazer música. Já fiz coisas pela música que não faria por nenhuma outra; Já troquei certas coisas pela música, meti a música à frente. Então, eu acho que só algo que a gente gosta de paixão é que nos dá essa vontade de fazer.

AM - Qual foi o teu maior obstáculo até agora?Génio - Foi quando eu tive que parar para pensar se continuava ou não, devido a circustâncias que a vida me impôs.

AM - Deixa uma mensagem para quem apoia e acompanha a tua car-reira.Génio - Muito obrigado, que contin-uem a apoiar, com humildade va-mos chegar lá, trabalho e dedicação. Não é fácil, então vamos trabalhar e fazer acontecer. AM - Obrigado

O MAIS FAMOSO, DE ANGOLA

Eduardo Victor Martins Francisco, A.Ka. “O mais famoso”, é um artista renomado de Afro House. Começou a cantar Karaoke há cerca de 11 anos e daqui veio o gosto pela música, participando no 1º Concurso de Karaoke em Angola, pelo Nino Republicano, Kikas So-brinho e Edgar Leandro, no Lobito, no Ferrovia.

Em 2005 começou a cantar e lançou “O Cabelo não é dela” que foi um sucesso internacional, tocando bastante na Eu-ropa, principalmente em Portugal, em festas universitárias e discotecas.

O Grupo Uhuru da África do Sul veio gravar a Lu-

anda, o seu primeiro disco e nele estiveram incluídas as músicas “O Cabelo não é dela” e “Empurra”. De lá para cá apareceram ainda “ A Xuxa dela”, “T’chi anda” entre outras.

O artista tem estado a dar shows pela província de Luan-da, preparando surpresas para breve. Sem dúvida que “O Mais Famoso”, é um famoso cá na banda e que se calhar, tu ainda não tinhas dado conta, de quem é “O Mais Famoso” de Angola.

Gospel

- igreja - cultura - - jovem - -

A Música Gospel é um estilo que gan-hou popularidade nos Estados Uni-dos da América e começou a espal-har-se pelo mundo. A música cristã negra nos Estados Unidos da América é sem dúvida a base do Gospel, apesar de haver di-versas vertentes. Porém, todas elas, mesmo aquelas com intuito comer-cial, têm como objectivo a ideia de God Spell, que significa Good Things, ou, coisas boas/boas novas. Sendo uma forma de se passar a mensagem de louvor ou de graças a Deus ou ao Espírito Santo, a música Gospel encontra na crença o seu ponto mais alto e ao mesmo tempo a maior riqueza lírica.

Angola, como país de crenças, é um país grato e com uma forte visão religioso-cultural e como não podia deixar de ser, desenvolve uma cres-cente actividade, no que a este ponto diz respeito.

Iremos abordar o tema, em próximas edições e dar-te a conhecer muito mais sobre o Gospel por esse mundo fora, mas e claro, acima de tudo, so-bre o Gospel em Angola.

Este estilo que embora seja pensado como novo, já ganhou começou a ganhar força no século XIX e é neste momento, um negócio multibilionário nos Estados Unidos, onde muitas Edi-toras têm departamentos específicos apenas para a Música Gospel.

“...é neste momento, um negócio multibilionário nos Es-tados Unidos, onde muitas Edi-toras têm departamentos es-pecíficos apenas para a Música Gospel. “

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Hip Hop

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

Depois de muita batalha e luta, procurou Caló Pascoal,

apresentando ao produtor músicas em Espanhol, pois o seu domínio

Temos de bater muitas portas, temos de ir à luta. O FOCUS, a FÉ e a HONESTIDADE, serão reconhecidos

Natural de Malange aos 06.06... formada em Recursos Humanos pela Universidade Técnica de Angola. Primeira de quatro irmãos, começou a cantar sem objectivos específicos, sendo que a calma e o “à vontade da música” começaram a fazer com que muitas noites fossem passadas com familiares a cantar. Estrelas ao Palco, em Malange, foi o primeiro concurso onde participou, tendo na altura apenas 14 anos.

TAMARA NzAGI a menina Que encantou angola a falar espanhol

Angola

Família

Ensaios

Estudo

Moçambique Brasil Portugal CubaInglaterra

Dali para a frente os convites foram chegando, tais como participações em trabalhos de outros artistas, como por exemplo no álbum “Reliquias Negras” dando a Voz a uma Rapsódia em Kimbundo.

- internacionalização -

da língua - devido à sua experiência profissional que obrigou a dominar a língua espanhola - permitiu que o desenvolvimento do trabalho musical pudesse encaminhar nesse sentido Sentiu que a envolvência da sua voz adquiria um efeito diferente ao cantar naquela língua. O espanhol não é exclusivo, pois a artista escreveu letras na sua orgulhosa língua materna, apesar de a maioria do público a ter conhecido a cantar.espanhol. Celebrando el dia foi, nessa senda, uma música que Caló Pascoal tinha em carteira e que encaichou na perfeição na Tamara.

Como angolana, nunca vai fugir à língua, mas sente-se a viajar quando canta noutro idioma.

“ Procuro os mais altos palcos da música, pois ninguém quer fazer

música, apenas por fazer e por isso é que soltamos a voz para as rádios, televisões e outros media. A música ganha pés, anda por si só, não importa o idioma, mas as mensagens, o som, transmitem algo a quem ouve e por isso quero internacionalizar o meu trabalho. ”

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MUSICA NA PELE DE

MULHER-

ela gosta... Prato Funge...com todos os molhos CorRosa, preto e branco e vermelho Sumos Naturais e sem GásAbacaxi, hortelã, melancia

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

Já vi escolas de dança - em diversos países - a

dançar as minhas músicas, assim como discotecas a tocar, principalmente nas Américas e Europa. Muitos já conhecem a música, mas ainda não conhecem a artista e por isso há que juntar a música à artista. Sem dúvida uma das metas a alcançar para os próximos tempos.

Os dois primeiros grandes prémios vieram do Top Rádio Luanda, 2015 e 2016. Coincidência ou não, eu tinha feito uma tatuagem de uma sereia, pouco tempo antes de receber o primeiro prémio e não é que a imagem do prémio é de uma sereia?! Não imaginam a alegria de ir para a minha sala e ver aqueles prémios.

É um sonho muito grande e realizado. Um prémio é uma dívida, uma responsabilidade para com o público que quer sempre mais e melhor. Ser artista é saber criar, sonhar, invovar e por em prática tudo isso. Vale a pena lutar pelos nossos ideiais, desde que não passe por cima de ninguém... lutar por uma causa justa, pela dignificação do seu trabalho.

A arte é ciumenta e por isso temos de abdicar de outras coisas por ela, se quisemos vingar. Por isso, temos de trabalhar mais e melhor. Estudar e cantar ao mesmo tempo não é fácil, mas quem quer cantar tem de saber o que quer, porque há prós e contras e as certezas vão permitir que nos mantenhamos no caminho. A fama é o resultado do reconhecimento e potencial da voz, a música é mais do que o auge, do que a

Temos de bater muitas portas, temos de ir à luta, o

FOCUS a FÉ, a HONESTIDADE, são reconhecidos. Os sobrinhos e os afilhados são os seus filhos e a sua mãe é a referência pela força de mãe e pai. A heroína, a batalhadora, sempre firme e com vontade de viver, trabalhar, estudar. Sem dúvida a maior fonte de inspiração. Ser mulher não é fácil e

muitas conseguem por de lado o trabalho quando se está coma família. Ser mãe e ser artista ou política, não é fácil. O Show de homenagem ao Bangão, no Centro Cultural Kilamba, foi um desafio marcante - por ter de aprender Kimbundo em 4 dias e ter sido elogiada pelos mais velhos - que ficou para sempre e a actuação num aniversário de um senhor de 90 anos, onde se levantou

- felicidade -

- os prÉmios e a artista -

uma senhora de 85 anos, de bengala, para dançar “Celebrando el dia” foi o topo.

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É um dos estilos musicais angolanos mais populares, que surgiu entre as décadas de 50/60, sendo um furor nos salões de dança das zonas Ur-banas. A palavra Semba é de origem Quimbundo uma das línguas nacion-ais e significa umbigada.

O cantor Carlos Burity defende que a estrutura mais antiga do Semba sit-ua-se na Massemba (umbigada), uma dança angolana do interior caracteri-zada por movimentos que implicam o encontro do corpo do homem com o da mulher: o cavalheiro segura a senhora pela cintura e puxa-a para si provocando um choque entre os dois (semba).Como explica que o Semba (gé-nero musical), actual é resultado de um processo complexo de fusão e transposição, sobretudo da guitarra, de segmentos rítmicos diversos, as-sentes fundamentalmente na per-cussão, o elemento base das culturas africanas.

Semba

história - vozes - dança

É um dos estilos populares que surgiu em Luanda para expres-sar os sentimentos e emoções. Tornou-se num fenómeno urbano. As letras de Semba, retratam aspec-tos políticos, socias, económicos, cul-turais etc. Como ritmo musical Angolano, o Semba constitui hoje importante património cultural, da República de Angola. Assim sendo é a principal dança do Carnaval de Angola e fora dessa época ele é sempre presente em festas e eventos sociais. O Semba é dançado aos pares, com passadas rápidas e distintas onde o cavalheiro é seguido pela dama em passos largos, muito dependentes da agilidade e empatia do par e do seu nível de improvisação.Os instrumentos que o caracterizam, desde o seu início, são a viola acús-tica, a dicanza, a caixa e o chocalho. Com o passar do tempo e avanço da tecnologia, alguns instrumentos elec-trónicos como a guitarra foram intro-duzidos no Semba que atribuiram outra sonoridade ao estilo.

Falar da referência do Semba, a nível artístico não é fácil porque, o Semba sobreviveu a diferentes gerações até hoje.

José Francisco, mais conhecido por

Elias Diá Kimueso é o Rei da Música Popular Angolana. Quer pelo traje, como pelo reportório é conhecido por ser autêntico e utilizar a língua que deu expressão ao Semba que é o Kimbundo. O Semba é um diminutivo da palavra Massemba, que significa umbigada.

Elias é o Rei da música tradicional, mas o Semba, que muito contribui para o desenvolvimento da cultura nacional, também deu-nos outros nomes, tais como: Bonga, Pedrito, Ngola Ritmos, Kiezos, Artur Nunes, Banda Maravilha, Paulo Flores, Yuri da Cunha. Belita Palma, Tia Lourdes van Duném, Patrícia Faria, entre outros.

O Semba tem resistido ao tempo, às novas tecnologias, não perdendo a sua essência cultural, apesar das no-vas roupagens feitas pelos músicos, nas suas criações, mais ou menos comerciais.

(Foto: D.R.) - Portal de Angola

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

A Organizações África Cultura com o seu presidente Aníbal da Silva, realiza pela 10ª edição este que já é o maior festival de Kizom-ba do país. Esta edição faz Homenagem a Érica Nelumba, cantora e compositora angolana, que durante a década de 90 e início de 2000 deu um grande contributo ao Kizomba e à música angolana em geral. Desde 2008 que a Organizações África Cultura contribui para o en-grandecimento da música nacion-al, no caso com a promoção do Kizomba. Em Maio vai haver a cerimónia de apresentação oficial à imprensa, patrocinadores e outras entidades dos finalistas do Feskizmba 2017 que terá lugar no dia 1 de Ju-lho no Ciné Atlantico às 20h00. As inscrições estão abertas até dia 30 de Abril.

Neste momento a cadeira mais alta está ainda com Chivelde Menezes vencedor da 9ª edição do Feski-zomba Angola, realizado no Cine São Paulo.

A necessidade de muitos jovens po-derem apresentar o seu trabalho,

foi a razão da criação deste grande evento do Kizomba. Havia muitos artistas que ficavam na sombra e desta forma a divulgação do estilo Kizomba em Angola ganhou uma força ainda maior. Os bilhetes estão disponíveis na Stromp, Valódia, Made in Angola, e Kilamba R2, por um investimento simbólico de 1000,00 kz e os VIP de 10000 ,00kz (com direito a Coktaill) , para a grande final no dia 1 de Ju-lho no Ciné Atlântico. Cerca de 18 concorrentes durante 90 minutos de espetáculo irão abril-hantar a sala de espetáculo e dar um momento memorável a todos os presentes neste grande Festival da Kizomba. Esta que será a 10ª Edição e irá dar aos artistas oportunidades como tiver-am Kiaku Kiadaff, Mamaro Capassa, Camilo Junior, Ary Homem, Lumony Zaide, Neide da Luz,

O PONTO DE PARTIDA muitos são os músicos Que passaram por aQui

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Nasceu na década 80. A palavra Kizomba provém do Kimbun-du, que em português significa festa enquanto manifestação cultural. Kizomba cresceu a ponto de outros países cantarem-no nas suas línguas, como Cabo Verde, Moçambique, São Tomé, entre outros. Podemos considerar que o Kizomba é uma mistura de ritmos que repre-sentam a cultura nacional Angolana. O seu desenvolvimento começou em 1981, com os SOS e “Didi o rei da pas-sada”. Este grupo cantava outros estilos, como o Merengue, mas desenvolveu uma sonoridade mais apetecível e dançante que começou a circular pe-las farras angolanas. Um dos membros deste grupo era Eduardo Paim que, após a dissolução dos SOS, mudou-se para Portugal le-vando com ele o ritmo Kizomba, que começou a granjear adeptos em ter-ras Lusas, mas muitos erradamente confundiam como uma variante do Zouk. Com uma ligação forte com Por-tugal – as músicas Kizomba são cantadas maioritariamente em português e têm tido um sucesso estrondoso. Em Cabo Verde, a maioria das Ki-zombas são cantadas em crioulo e a dança é conhecida como “passada”. A Kizomba em S. Tomé e Príncipe é muito semelhante ao que se faz em Angola.

As letras do Kizomba falam um pouco de tudo que tem haver com vivências da vida, como: amizade, amor e coisas que acontecem no dia-a-dia. São quase crónicas da vivência das comunidades. Hoje em dia já se começam a ver letras em inglês. Um estilo que apela aos senti-mentos que são reproduzidos através da coreografia, na dança. O que falar sobres as famosas le-tras do Kizomba com base no tema do eros e da paixão!? Ao ouvir o ritmo sensual, cada um move-se de forma suave, não raro causando sugestão sexual no parcei-ro, devido aos movimentos bastante sugestivos!? Essa sugestão é tida como normal e apreciada como parte integrante da experiência musical proporcionada pelo ritmo único do Kizomba. Eduardo Paim é considerado o rei do estilo e a partir de Portugal tem es-palhado o seu som.

Os músicos que revolucionaram o Kizomba em Angola e no mundo são: Eduardo Paim, Lito Dias, Ruca Van Dunem, N Sex Love, Paulo Flo-res entre outros não nacionais, como o caso do grupo Livity e Splash, Grace Évora, Johnny Ramos, Nel-son Freitas Suzana Lubrano. O Kizomba, como dança, tem origem exatamente nas farras. As novas gerações, que dominavam o Semba deram o tal toque moderno e sensual, sem perder a sua essên-cia natural e criaram a música e a

dança que muitos consideram uma experiência única. Hoje em dia por esse mundo fora foram sendo desenvolvidas formas novas de dançar o estilo e a pas-sada( estilo clássico de dançar) que Angola sempre viu, adquiriu novas ex-pressões, novas formas de execução. Na diáspora o Kizomba é dançado com coreografia, proporcionando uma enorme cumplicidade entre homem e mulher, dançado com grande proximidade, com movimen-tos lentos, sensuais e insistentes. Requer bastante flexibilidade de jo-elhos, uma vez que os dançarinos recorrem a movimentos verticais fre-quentes, alternando entre o sobe e desce das pernas. Uma experiência quente e única, que faz querer repe-tir-se enumeras vezes.

O Kizomba como outros estilos mu-sicais africanos tem vindo a ganhar popularidade por esse mundo fora influenciando vários artistas inter-nacionais e tornando-se moda até

para dançar nas praias e ginásios.

O Kizomba é uma dança que propícia uma verdadeira empatia entre os pov-os, razão pela qual cantores e coreó-grafos de Portugal, Holanda, Espanha e outros países vivem do Kizomba.

Na próxima edição iremos voltar a abordar o Semba e o Kizomba as-sim como a relação com o Kuduro. Entretanto, aproveita o teu tempo livre e cuida da tua saúde, também, dançando e relaxando com a nossa variada música angolana.

Kizomba

escola - vozes - voices

Foto de Oeiras Dance Academy

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

VANDA MãEGRANDE a mamã Que É grande no hip hop

Vanda Mãegrande é o nome artístico de Valdemira Vunda. Filha de Mateus Júlio Manuel Vunda e de Isabel Domingos Manuel, nacida a 13 de Agosto de 1987 em Luanda, município do Rangel. Já são 14 anos com o seu compan-heiro, com o qual tem um 2 filhos. A província de Benguela foi onde passou a infância, mas a sua ado-lescência e juventude passou-as na província de Kwanza Norte. Terminou o ensino médio no Com-

plexo Escolar Comandante Benedito (K.Norte). Começou em 2012 por influência do esposo, tendo feito parte do Grupo Deusas do Rap. Entretanto já lançou em 3 mixtapes: “D. R” em 2013, “Por Mim” em 2014 e “ V.N.A.S” em 2015. Já partilhou palcos com Rappers de maior respeito em Angola como: Mc K, Extremo Signo, Kool Klever, Phather Mac, Girinha, Dji Tafinha,

Kalibrados, Fabious, Zona 5, Frencys, Ready Neutro, etc.. Em 2016 participou na gala de premiação Angola Hip-Hop Awords, onde concorreu em 3 categorias: Melhor mixtape; Rapper feminina, Rapper Revelação. Arrebatou o prémio de Rapper Revelação pela segunda vez, sendo considerada a Rapper mais premiada do Hip-Hop em Angola.

Nota-se a tendência para o preto, apesar da sua cor preferida ser mesmo essa, todavia os seus gostos

de nada se comapdecem com a cor. A Cachupa é um prato que não abdi-ca e mesmo dominando o português, não prescinde do seu umbundo.

Sabe que ler e escrever são funda-mentais para o seu desenvolvimento, mas adora ir à cabeleireira e frequen-tar uma boa pastelaria.

Ver um bom filme é um dos seus hobbies, para além dos já referi-dos e “ A culpa é das estrelas” é o seu filme preferido. Os irmãos Cafala são os seus can-tores preferidos, mas o seu estilo é sem dúvida o RAP.

Nos seus tempos livres tenta estar semper com a famíla e claro cozinhar.A ìndia sempre foi o país dos sonhos, mas o maior sonho que a VAnda tem é internacionalizar a sua carreira, e poder viver da música.

Influências músicais nacionais: eNeMe, Shaakall 15, Boy Dací, D.r Romeu, Girinha, Donna Kelly.

Influências musicais internacionais: Mc lyte, Angel haze, Miss elliote, Kerry james, kenny arkana.

Tendo como Inspiração a vida, um dos momentos mais marcantes foi o Show Mil Cópias de Ouro do MC K.

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MUSICA NA PELE DE

MULHER-

ela gosta... Prato Cachupa CorPreto FrutaAbacate

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

KHRIS MC o sabor da música na beleza da mulher

paço, acredito no meu talento e acredito que também eu vou conseguir con-vencer as outras pessoas com o meu talento e as coisas vão poder acontecer.

2008-2009 foi quando comecei a cantar, mas ainda não levava muito sério. Comecei a música a sério em 2010, quando recebi o primeiro convite para par-ticipar numa música, claro que não era aquele Hit, mas gostei, por ter vindo de pessoas de fora e fiquei surpresa. As pessoas que me ouviam, dizíam “Uau”... gostavam e aí passei a gostar mais do meu trabalho.Quando eu comecei a cantar, comecei mesmo no Rap e este estilo não ex-ige as técnicas que outros exigem. Tu precisas da tua Voz, Atitude, Flow, o Beat e uma letra bonita. Mas eu comecei a ter interesse pelo canto porque gosto de música no modo geral. O meu interesse começou no con-curso, porque eu era a única menina a fazer Rap e ali as pessoas queriam mais canto e às vezes cobravam isso de mim. Tivemos algumas aulas de canto, aprendi algumas técnicas básicas de respiração e essas técnicas ajudam-me muito no Rap, porque este estilo exige muito de nós e às vezes os Rappers não sabem respirar e perdem o fôlego. Aquelas aulas ajudaram-me bastante no Rap.

Pretendo, como artista, tocar um instrumento e aprender a afinar a minha voz, porque tenho como inspiração a Lauren Hill. Gosto dela e ela é uma Rap-per completa...é uma artista completa. Quando olhas para Lauren Hill, tu não vês só uma rapper, tu vês uma artista completa porque, dropa, rima, toca

instrumento, faz um Rap bem feito e tenho-a como referência, daí querer capacitar-me para ser ainda melhor artista. Sinto que muitos fazedores de Rap não entendem a Cultura Hip-Hop no geral. O Rap nesta cultura é o mais mediáti-co. É o que tem mais fazedores no mundo e é o que mais prende a aten-ção das pessoas. Mas o Hip-Hop como cultura é muito completo e sinto que muito dos fazedores desconhecem esta cultura e nem sequer sabem da história. Eu tive a sorte de aprender um pouco sobre Hip Hop, mas claro que nunca sabemos tudo, temos que ler para

saber mais.

Acredito que o Rap poder-se-à com-parar ao estilo Kuduro em termos de popularidade. Alias há algumas discussões que dizem que a forma métrica de cantar, e de fazer as estrofes é muito pare-cida ao Rap e acredita-se que os Ku-duristas inspiraram-se no estilo Rap, porque o Kuduro é muito parecido ao Rap em termos de confrontos entre os artistas, o desafio de quem tem mais “Skills”, quem escreve melhor, quem cai melhor num beat. Então, com essa particularidade, eu acredito que podem-se comparar. Mas se calhar perdemos um pouco para o Kuduro, porque este estilo

independentemente da mensagem, é dançante, as pessoas às vezes não querem saber da mensagem, e no Rap as vezes temos que ter o cuidado com a linguagem, com a letra.Eu ouço a letra e passei a gostar muito da Lauren Hill e da Cia, exacta-mente por causa do que elas cantam. Como mulheres, a forma como elas transmitem as suas ideias no papel, chama-me a atenção, mas eu tam-bém gosto do beat. Mas se for uma música desconhecida eu vou querer um pouco a letra, porque há certas músicas que não danço, tipo, músicas ofensivas ... principalmente aquelas que destratam a mulher. Essas eu não danço, pode ter o melhor beat do mundo mas eu não danço. Acho que

Em 2012 participei de um Remix do “Fuba fuba” e podemos dizer que em termos de música Rap foi um Hit que tocou por es-sas ruas, as pessoas gostaram e eu acred-ito que conheceram-me através dessa música e outras por causa do concurso. Dropar é cantar por cima do beat.

o teu programa de hip hoplivre de compromissos

SEMANALMENTE UM NOVO TEMAUM NOVO ENTREVISTADO

/ANGOMUSICTV

“ Khris MC é uma jovem de 26 anos de idade, mãe, estudante, finalista do curso de Direito, alegre, muito es-pontânea, gosta de arte, amiga dos amigos, sem inimigos. Sou um pouco rabugenta, mas uma pessoa simples e com defeitos.Cris é diminutivo de Cristina, passei a usar esse nome por intermédio de um amigo, a melhor pessoa com a qual já convivi.

Os meu colegas chamam-me de Cristina, as pessoas mais chegadas,

chamam-me de Tina, ou Titina, mas ele dizia que queria tratar-me difer-ente de todos e começou a chamar-me de Cris. Quando eu comecei a can-tar, decidi transformar esse nome no meu nome artístico, pelo carinho que tenho por ele. Mas comecei a escrever Cris de um modo diferente, isso para diferenciar a pessoa da artista e comecei a escrever Kris com “K”.¬¬¬¬¬ e MC porque o MC é um mestre de Cerimónia, alguém que consegue improvisar, sair de al-

gumas situações, animar. Comecei a cantar por causa de um amigo, ele ouvia-me a cantar e dizia, Cris tu tens jeito para música e eu dizia não... e duvidava, mas ele insis-tiu. Fizemos uma música e gostei do resultado. Comecei a treinar e aperfeiçoar. Participei de alguns projectos e em 2011 participei do concurso de músi-ca SuperStar GirlsBand emitido pela TPA1. Estou aqui a conquistar o meu es-

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MUSICA NA PELE DE

MULHER mae - jurista - artista

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

me considero uma pessoa romântica. Sei ser carinhosa.

Bom... eu digo que tenho muitos Egos dentro de mim. Eu tenho uma música que fala um pouco sobre isso, porque sou multifacetada e nessas minhas facetas todas con-segue-se notar uma diferença. Pro-curo ser o mais feminina possível. Independentemente do que a mulher faça- seja engenheira- não importa, tem que procurar ter aquele toque feminino e isso para mim, acredito que é o que faz toda a diferença, chama a atenção. Acho que tenho chamado a atenção das pessoas ex-actamente por isso, porque quando alguém ouve a minha música, acred-

ito que imaginam-me vestida com roupas de Homem e quando, vêm este rosto meio angelical, vestida como uma mulher normal que gosta de sapatos altos, saias e vestidos, dizem que há um contraste e então acredito que esse contraste é de for-ma positivo.

O Rap Undergrown não é o que a maior parte das pessoas pen-sam, assim como o Rap Comer-cial também não é só aquela coi-sa banal de festas. Acho que as pessoas têm que procurar encontrar um meio termo para colher o positivo que ambas as vertentes oferecem e eu acredito que consegui chegar a esse equilí-brio. Considero que o segredo da

vida é esse equilíbrio e quando você segue o equilíbrio das coisas, elas vão em frente. Quando fazemos algo em excesso faz-nos mal e quando faze-mos pouco sentimo-nos mal, então, é necessário equilibrar para fazer a diferença. Sou justa, gosto de viver com justiça na minha vida e na convivência com as pessoas, acredito que a reciproci-dade é fundamental para os relacion-amentos. O que eu faço, o que eu dou é justo que eu o receba. Pode não ser com a mesma proporção, mas é justo que eu o receba. São tantas tantas coisas, mas eu não almejo realidades que me tirem o sono, eu busco equilíbrio, eu quero estar no ponto em que possa sentir-

me confortável.

Não gosto de avião, gosto de con-hecer lugares novos, especialmente onde tem praia.

Bom, essas coisas dos sonhos, eu já mudei tanto os meus sonhos. Quando era criança, queria ser Médi-ca Pediátra e queria terminar a minha licenciatura aos 22 anos, mas tornei-me mãe muito cedo e vi que não adi-antava eu fazer medicina e decidi fazer Direito. Os sonhos mudam de acordo as cir-cunstâncias e às vezes alterar os son-hos não significa que vamos morrer, porque dizem que os sonhos têm vida e acredito nisso. Não tenho grandes sonhos, vou reali-zando os meus desejos.”

/YOURANGOMUSIC

Segue-nos no facebook e fica por dentro do crescimento desta que já é a maior plataforma de música angolana. Terás acesso a muitas surpresas que estamos a preparar para ti, ficarás a saber, em primeira mão sobre muitas novidades e poderás interagir com os teus amigos.

Lembra-te que É a plataforma dos artistas an-golanos;

Aqui, os artistas vão mostrar aos fãs tudo o que está a bater; Os artistas mostram que estão unidos em prole da música;

São os artistas que disponibi-lizam a sua informação e és tu que escolhes o que queres ou-vir.

/ANGOMUSICTV

VideoClipes, entrevistas e muitos mais, sobre a música angolana.

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SONS DE

Benguelaela gosta... Prato

Calulú, tanto de carne seca, quanto de peixe, e Mufete. CorBranco e Preto FrutaAbacate

Benguela sempre foi uma fonte de In-spiração, uma fonte de ideias, um pal-co de beleza, uma fábrica de artistas. O movimento musical da província tem tido uma actividade de notável realce, sendo cada vez mais notória a presença de bandas de Rock e as suas várias actividades, de Hip Hop, de Kuduro, mas também de Semba e Kizomba.

A qualidade tem progressivamente caminhado para aquilo que Benguela sempre nos habituou.

A salientar, temos neste momento, um grupo de jovens músicos que estão a levar o Kizomba Sulano à boca dos angolanos além fronteiras e mesmo dentro de portas. Indicados para o TOP RÁDIO LUANDA de 2016, na Categoria Voz Masculina Revelação, “OS TROPICAIS”, são um grupo que já dá voz ao Kizomba há alguns anos, mas que foram discreta-mente descobertos pelo público e pe-las maiores rádios nacionais, de uma forma muito natural.

São jovens como “OS TROPICAIS” quem dão continuidade à nossa música, à nossa cultura, mantendo os traços originais, a integridade cultural, juvialidade e alegria angolana.

Que mais dizermos, para além de que Benguela está bem e recomenda-se e que tem nos seus filhos, excelentes representantes da Província, do país e da cultura.

Obrigado a Benguela, obrigado aos “OS TROPICAIS”, parabéns Angola.

Deslocámo-nos a Benguela para conversar com os integrantes do Grupo, após sabermos, da popularidade de uma pequena digressão que fizeram por eventos particulares em Luanda.

Ficámos admirados, pelo facto de muitas individualidades os contratar para shows privados, sem que muito “ruído” tenha sido feito à volta da sua carreira.

Esta é uma das razões, porque damos destaque a este grupo nesta primeira edição.

Há muito mais música para além daquilo que estamos habitu-ados a ver diáriamente e o Angomusic está aqui para vos dar a conhecer.

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

[ Gospel do Ano ] Coral Monte Sinai - Onde Estava Eu

[ Folclore do Ano ] Ary e Baló Januário - Papá Fugiu

[ Voz Feminina Revelação do Ano ] Lumony

[ Kuduro do Ano ] Elenco da Paz - Arroz com Feijão

[ Semba do Ano ] Matias Damásio e Calabeto - Bomba

[ Voz Feminina do Ano ] Edmázia

[ Voz Masculina do Ano ] – Bass

[ Guetto Zouk do Ano ] Ceff - Atrofiar

[ Kizomba do Ano ] Kristo - Meu Bairro

[ Voz Revelação Masculina do Ano ] Ivan Alexey

[ Rap do Ano ] Francis MC Cabinda - Olha Só

[ Afro Jazz ] Ndaka Yo Wini - Ohele

[ Produção Discográfica ] Né Gonçalves - Sembamar

[ Versão do Ano ] Tamara Nzagi - La Vida Buena

[ Prémio Carreira ] Eduardo Paim

[ Melhor Videoclip ] Hochi Fú – Papá Fugiu (Ary e Baló

Januário)

[ Show do Ano ] Nova Energia - Show 4.0 Eduardo

Paim

[ Afro House do Ano ] Nerú Americano - Andamento

do Gato

[ Balada do Ano ] Matias Damásio - Matemática do

Amor

VENCEDORES TOP RÁDIO LUANDA

Este Top veio trazer um foco de atenção à qualidade músical da nossa música, mas os criticos musicais fazem uma chamada de atenção muito grande ao Afro Jazz apresentado por Ndaka Yo Wini com Ohele e à produção do trabalho de Né Gonçalves - Sembamar.

Um ouvido treinado repara, logo à partida, na qualidade instrumental e de produção destes dois trabalhos.

Desde o trabalho dos pormenores na colocação vocal, passando pelos intrumentos utilizados, ou mesmo a con-strução da música, ambos os trabalhos fazem o deleite de

quem aprecia a música na sua essência. Ambos muito focados nas raízes, mostram em estilos diferentes o como a música angolana está viva em ter-mos de qualidade e de que merece uma forte aposta de consagramento e reconhecimento, que motive a con-tinuidade e influêncie a profundidade. Dois trabalhos que merecerem uma profunda atenção da nossa parte e que tu tens de ter na tua discografia. Excelentes presentes para ocasiões especiais.

da importância que os artistas dão a este evento de renome. Após o processo de votação nesta segunda fase - fase dos indicados - o corpo de jurados indicou os 4 fi-nalistas de cada categoria. Nesta altura as votações passaram todas a Zero e todos os internau-tas que haviam votado, passaram a poder revotar, porque na fase an-terior poderiam ter votado noutro

indicado e então teriam a hipótese de votar no seu preferido dos no-meados para a final.

Ary, Eduardo Paim, Ceff, Yola Araú-jo, Titica, Bass, Elenco da Paz, Reino Proibido, Encyclopédia Negra, DJ Malvado, Calabeto, Hochi Fu, Lu-mony, Tamara Nzagi, foram alguns dos muitos artistas que se fizeram presentes neste grande evento da música angolana.

SURPRESAS afro jazz e produção do ano com Qualidade Ímpar

A MúSICA ANGOLANA EM VOTAçãO os músicos e as músicas postos à prova perante o mundo

Certamente o Prémio mais concorrido de Angola, o galardão

da Rádio mais ouvida na Banda e que apresenta aqueles que mais “passaram” pela sua frequência. O TOP Rádio Luanda nunca antes foi tão cobiçado como o de 2016. A Gala de Premiação realizada no dia 27 de Janeiro de 2017, foi certamente o evento de Premiação mais procurado não apenas pelos artistas, mas também pelos fãs, trazendo casa cheia e uma presença arrebatadora da comunidade artística que foi dar o seu contributo à valorização da

música e dos seus agentes. Em continuidade, a Organização permitiu que os ouvintes da Rádio da Kianda pudessem dar a sua opinião e votar no seu artista preferido.Nesse sentido a votação online , tal como

no ano transacto, foi de uma adesão massiva, com mais de 200 000 hits procurando saber-se mais sobre, a até agora, Gala mais cobiçada no panorâma musical angolano. O site www.topradioluanda.com foi das maiores referências online durante o período de votações, levando a várias controversias que esvaneciam sempre que os internautas lessem o regulamento do concurso, espelhado no mesmo website.

Foram várias as fases que constituiram o processo de votações que culminou na votação final do corpo de jurados

da Rádio no dia da Gala.

Numa primeira fase foi criada uma lista de indicados pelos ouvintes e pelos internautas do fa-cebook. Essa lista foi a votação, para sentir-se o que o público consid-erava serem os mais tocados na Rádio da Ki-anda. Na segunda fase ent-raram para votação os indicados pelos profis-sionais da Rádio Luan-da, que após escrutínio seguiriam para a terceira fase, numa decisão dos jurados e ouvidos os fãs

e seguidores fieis da rádio, na conju-gação das votações do portal e nos comentários da página oficial do Top Rádio Luanda no facebook. Sem dúvida que os fãs fizeram deste evento de premiação, um período de muita agitação na internet da banda. O Registo do email era seguido por uma validação do mesmo, de forma a certificar-se a autentici-dade do votante. Esta validação permitia que o internauta pudesse passar a votar no seu preferido de cada categoria. A votação nas 18 categorias foi enorme

e a busca de votos animou as redes sociais nacionais, com incentivos, e induções ao voto, por parte dos ar-tistas e seus agentes, demonstrativos

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Representantes Step Music

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

É poético ouvir a “Menina do mar” e dela passos quentes com ritmo sem parar, que foram abrindo um canto que afinal é para nós. Já a uma menina do mar, um “Menino de rua” falava da “Natureza” de uma Palanca Negra Gigante que nos par-aliza por um instante e este é um dos resultados de ouvir os trabal-hos de Né Gonçalves....paralisar e ficarmos deliciados a ouvir. Poderíamos passar horas a brin-car com os poemas e com a música do Advogado de formação, mas músico de coração que cedo demon-strou a sua ligação aos acordes e à viola, mas é o seu novo trabalho SEMBAMAR, que nos traz aqui.

É sem dúvida uma obra que merece ser degustada e não apenas ouvida. A direcção artística pertenceu a Jorge Cervantes, reputado produtor musi-cal, tão presente na reinterpretação da música popular angolana. Gravado em Luanda, Lisboa, Madrid, Los Angeles, Miami, Nova York, Rio de Janeiro e Lima, os quinze temas de SEMBAMAR têm a participação de 67 músicos de 14 diferentes nacion-alidades, que deixam marca própria numa grande diversidades de estilos. Indicado e nomeado para várias cate-

gorias no TOP Rádio Luanda de 2016, o artista conquistou o corpo de jura-dos na Categoria de Obra Discográ-fica de 2016. Quem ouviu, não se cansou e volta a ouvir; Quem não ouviu será um peca-do não ouvir.

Do Semba, à Rebita, encontramos diversos estilos que harmoniosa-mente são instrumentalizados dentro de uma sonoridade única e de ex-tremo bom gosto. Uma produção que encanta quem ouve e faz correr água na boca, com

vontade de arrefecer o corpo nas águas do nosso mar. Levantou a exigência da musicalidade, levantou a exigência da produção mu-sical, digna do nome e deu vontade de dançar e abraçar a música, como

quem a sua amada beija e se derrete numa eterna e apaixonadamente sonhada lua de mel. Os mais exigentes dos criticos elo-giaram este trabalho que afinal não é mais do que a expressão do amor que o artista tem pela música.

® fotos de www.negoncalves.com

CHETEKELA a explosão da mistura afro pop

Chetekela é um jovem artista que conquistou Angola em 2006, aquando da sua vitória no concurso Estrelas ao Palco, produzido pela LAC em parceria com a TPA1. Êxitos como “Bolota” e “Azalaki Awa”, dispararam pelas rádios e pelas discotecas por esse país fora, chegando agora até nós os temas - muito disco - “Kima Kimossi”, “Marido de Papel” e “Amor de Chetekela” que fazem parte do seu novo trabalho que irá sair em breve.

Oriundo das Lundas, mais própriamente da Lunda Norte, este artista leva a música Pop Angolana para um patamar muito elevado, quer a nível de sonoridade, como a nível de coreografia. Apostado na diferenciação e na obtenção de movimentos leves, soltos e alegres, Chetekela- também ele coreógrafo- pretende deixar nas pistas das nossas discotecas e festas em geral, um risco muito tradicional, mas com uma componente moderna muito forte que chega a lembrar-nos Michael Jack-son.

A desenvolver este novo trabalho, há cerca de 3 anos, que é cerca de 80% acústico, tem apos-tado na sua formação académica e preparado para mostrar ao mundo porque venceu o concur-so e porque a sua música é tão requisitada pelos maiores dj’s do nosso mercado. Tentámos saber mais sobre a agenda do artista, mas foi-nos até à hora de fecho da revista, impossível, saber muitos pormenores. Registámos que está a fechar a agenda para o primeiro semestre do ano, dentro do qual já tem mais de 20 shows e participações agendados, de norte a sul e foi convidado para participar em eventos nos Es-tados Unidos da América, participando com artis-tas Americanos e Africanos.

Segundo a nossa fonte, o artista vai lançar a sua pági-na oficial no facebook em breve, com muitas novidades para os seus fãs e amigos e prepara-se para trazer muitas e boas novidades. Da nossa parte apenas podemos dizer, que estamos felizes por ver de novo Chetekela a bater e a fazer-nos mexer.....................................Aguardamos por novidades.

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Semba com Sabor a Mar

Aos nove anos, já quase um perito, Né Gonçalves integrou a banda musical infantil Os Mini Craques, tocando violão. Contudo, foi necessário esperar até 1974 para o músico participar na gravação da música “A Independência está chegando”, de Mirol, uma música que se tornou um hino mobilizador para a independência.

“Menino de Rua”, foi considerada pela Rádio Nacional de Angola, Música do Ano em 1994 www.negoncalves.com

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDOo segredo atrás do

sucesso

Constituído por 15 elementos dos mais variados pontos da cidade de Luanda, o Elenco existe há quase três anos. O grupo surgiu por intermédio de um convite feito pelo empresário Er-nesto Chongolola, conhecido como “ Ti Chó”, que convidou vários artistas dos mais variados pontos da cidade de Luanda a participar no projecto. A principio era para denominar-se “Elenco de Viana”, mas decidiram mu-dar o nome para permitir a entrada de outros artistas oriundos de qual-quer parte de Angola. O Elenco tem como patrocinador ofi-cial, Ti Chó, que idealizou e organizou o grupo, tal como hoje se apresenta. O reconhecimento e agradecimento do grupo ao seu mentor é perma-

nente e ao autor do sucesso “Arroz com Feijão” dão os seus mais since-ros agradecimentos, tendo em conta o esforço que enquanto mentor do grupo, desenvolveu, para que o mes-mo arrecadasse os prémios que actu-almente o grupo conquistou.

Para os membros do Elenco, este projecto é o que sonhavam e fazer parte deste grupo significa abrir por-tas e dar oportunidades de vida e re-conhecimento social. Só fazer parte do projecto é uma vic-tória e a união não é só para o grupo, mas para o Kuduro, todos os fazedo-res e amantes.

Hoje o Elenco da Paz é um modelo para todos os Kuduristas. Houve um momento em que o Afro-house estava a dominar o mercado e o Kuduro estava a ficar para trás! -

disseram.Ti Chó veio dar a voltar por cima e re-volucionou o estilo musical. O grupo trouxe músicas construtivas e acabou por tornar-se um modelo. Quem quer fazer uma letra, para este estilo musical, tem que pen-sar o que irá escrever, porque, com o posicionamento do Kuduro no mercado, é necessário ponderar os Bifs entre os artistas. O Elenco veio com letras construti-vas, músicas que descrevem o que se pretende para o dia a dia. A nova música, intitulada “Angola Limpa” tem o intuito de incentivar as pessoas a não sujar, a limpar. Temos muitos mercados informais, que têm sido grandes focos de lixo. Esta músi-ca pretende incentivar as pessoas a ir às ruas e limpar.

André Zage, mais conhecido por DJ DIx é um dos produtores de maior Sucesso ao lado de DJ MJ, de muitos dos sucessos que An-gola e o Mundo já ouviram. “Kwankaram” - Bebo Clone; “Arroz com Feijão” - Elenco da Paz; “Jajão” - Nagrelha;“Do Frederico” - Vaga Banda; “Tubo” - Puto Lilas; André Zage é DJ, produtor e cantor e

pertence a uma nova vaga de artistas que têm contribuído para o sucesso de outros colegas de profissão. De cariz humilde, tem apostado na música nacional e encontrado nos ar-tistas com quem trabalha, mais uma forma de demonstração da sua quali-dade de produção musical. Sem dúvida que a sonoridade de Ar-roz com Feijão, mostra a dedicação ao trabalho deste produtor que deve-mos seguir com atenção.

Por sua vez, Paulo Ambrósio, con-hecido nas lides artísticas por MJ, é um produtor, que tem muitos anos de calo e foi um dos impulsionadores do Kuduro além fronteiras. Podemos reparar no sucesso que “Do Cambwà” - Degala Faz Tudo e Migue Voa, fez em Portugal e noutros países da Europa.

MJ neste momento dedica-se à produção e agenciamento de artistas. Tal como Dix, MJ é uma referência en-tre os artistas do estilo.

“Domilindro” - Agre G ; “Domanganza” - Vaga Banda; “Mama G” - Os Lamba; “Do Cambwà” - Degala Faz Tudo e Migue Voa; “Olha lá” - Os Nirvana;

AFINAL QUEM SãO OS HOMENS ATRÁS DE MUITOS DOS SONS DE SUCESSO DO KUDURO?

Abertas as inscrições

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BREVES

Angola tem recebido, cada vez mais, eventos que pretendem distinguir os músicos da nossa praça. O Angola Music Awards dá a oportunidade a todos os artis-tas que se inscrevem para con-correr no concurso, a oportuni-

dade de conseguir mais um prémio. Esta é uma das caracteristicas do evento. Estão abertas as inscrições para o AMA 2017 e a Organização que no ano de 2016 foi partilhada com uma operadora de TV, promete mais um evento de Glamour, um evento de passadeira vermelha. Daniel Mendes, que também é agente e produtor de espectáculos, tem apos-tado no AMA e levado o evento para a Internacionalização, tendo criado o AMA - São Tomé, AMA - Cabo Verde, em associação com produtores locais e não pretendendo parar por aí.

O produtor está de parabéns pelo es-forço que tem dedicado ao AMA e ao seu trabalho de agenciamento.

A parceria que fez com uma operado-ra de TV e uma operadora de telefonia - ambas do mesmo grupo- tem sido fundamental para o desenvolvimen-to do projecto que iniciou há alguns anos. A oportunidade que o grupo viu no evento para manter mais um contacto com o mundo da música, foi funda-mental para se manter mais um even-to de música, num momento difícil, a nível de patrocínios de larga escala.

Se és músico e estás interessado(a), inscreve-te; Se és fã de música, aqui está mais um evento para o qual-poderás guardar lugar na tua agenda.

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

Também temos músicas em ho-menagem a algumas entidades. O Elenco da Paz carrega consigo uma grande responsabilidade. Acredi-tamos que não são só os prémios aquilo que nos enaltece, que nos deixa lisonjeados, mas o facto deles acordarem o Kuduro com uma outra

vertente. Isso sim é o que nos deixa mais satisfeitos- salientaram.

Em apenas dois anos, o grupo re-cebeu três prémios com a música “Arroz com Feijão”. Ficou em segundo lugar no Top dos Mais Queridos, venceu a categoria de Melhor Kuduro no Angola Music Awords e no Top Rádio Luanda 2016. Isso afirma a grande vertente social da ideia do Ti Chó, por ele ter criado um grupo que está a criar Paz, bom ambiente em torno da música, sobre-tudo do estilo Kuduro, e está a trazer, boas ideias, boas acções, bons incen-tivos para a comunidade.

Em termos de musicalidade e produ-ção, o Elenco da Paz trouxe, de certa forma, uma nova dinâmica ao Kudu-ro nacional. A utilização deste estilo “Harmónico”, que muitos chamam de “Lamento” devido à forma harmónica de cantar, mais solta. Já encontramos este estilo e estamos a fazer a música por cima do mesmo,

dando-nos a oportunidade de evo-luir, e utilizazar outros instrumentos no Kuduro, o que antes não podia ser feito.Vários artistas que hoje constituem o Elenco da Paz, já estiveram presos, mas isso mudou com o Ti Chó que deu oportunidade para esses ele-

mentos enquadra-rem-se na socieda-de, mudando a sua forma de viver e agir.

Não somos todos, mas admitimos que muitos já estiveram na marginalidade e com a criação do grupo o Ti Chó atri-buiu-nos a responsa-bilidade de melhorar a imagem dos Kudu-ristas e essa mesma responsabi l idade começa pelo nome

do grupo. Isso quer dizer, que temos que nos comportar de acordo com o que o nosso nome diz. Somos represen-tantes não só do grupo, mas também dos outros artistas.

Eu sei o que estou a fazer e vocês ain-da vão ir longe - é uma das frases mais usadas pelo Ti Chó de modo a incentivar o grupo, reconhecendo que não é fácil apoiar os Kuduristas, devido os seus modos de convivên-cia. A persistência do empresário conseguiu levar o grupo até onde eles menos esperavam.

Não estávamos acostumados com premiações, ou sermos homenagea-dos, porque bastava a música tocar na rua, fazer sucesso e nada mais. Mas agora estamos a ser reconheci-dos e caiu sobre nós uma responsa-bilidade na música. Temos que saber como compor, para transmitir uma mensagem e fez-nos acreditar que o Kuduro ainda tem futuro.Ernesto Chongolola foi bailari-

no, tem experiência no mundo da música adquirida na sua convi-vência com músicos. Para os amigos é uma pessoa sociá-vel, ele não só apoia o Kuduro, como também apoiou outros estilos musi-cais e causas sociais. Há um número elevado de ar-

tistas consagrados que fo-ram apoiados por ele. Chefe de família, com filhos biológicos e não biológicos - pois muitos o con-sideram como um Pai, pelo esforço, disponibilidade e apoio moral e finan-

“ Arroz com Feijão saiu em segundo lugar no Top dos Mais Queridos, ven-ceu a categoria de Me-lhor Kuduro no Angola Music Awords e no Top Rádio Luanda 2016.

“ ceiro que ele tem oferecido a todos que o rodeiam. “Deus Preto” é as-sim que Ti Chó é car inhosamente tratado por aqueles que o admiram e respeitam. Para cada elemento do grupo, a criação do mesmo trouxe um impacto muito positivo nas suas vidas, mas o verda-deiro impacto co-meçou com nome do grupo.

De toda a nossa história como Ku-duristas, devemos

dizer que este é o momento mais alto para todos nós. Ganhámos vários prémios, fizemos renascer o Kudu-ro. Vai dar-nos o privilégio de sentar e assinar pela primeira vez um disco, permitiu-nos subir em grandes palcos, privilegio de sermos convidados pelos

media, algo que viamos à distância na Televisão. Hoje chamam-nos e põem--nos sentados, podemos fazer make up, somos tratados como músicos, temos propostas, viaturas exclusivas, entre outros. Agradecemos muito ao Ti Chó por essa oportunidade. Porque antes cantávamos em sítios muito pe-quenos, pedíamos favor para actuar em algumas actividades, pagar en-trada para depois pedir para cantar, sentíamo-nos inferiores quando um artista consagrado tivesse a atuar. “Para mim não é muita novidade, por-que esse é o terceiro ou quarto Pro-jecto em que eu participo. Este veio dar-me mais base, veio mostrar-me que não estou nesse mundo só de paraquedas. Já participei na interna-cionalização do estilo Kuduro, o qual levou-me para América, Europa e ou-tros países do nosso continente. Em 2014-2015, participei num projecto de Promoção do Kuduro, organizado pela produtora Da Banda, que tem parceria com a Semba e foi dirigi-da pelo Coreon Dú. Esse Projecto trouxe grandes influên-cias na minha carreira como músico. Foi a partir dele que a minha música intitulada “Obrigado Mano” que teve a

participação do MandaChuva, foi para Telenovela Angolana, Jikulumessu.Ai conheci o Ti Chó e o Elenco de Via-na, onde demos uma “Garra” como experientes no assunto e graças a Deus esse Projecto deu-nos isso que é hoje.” Por fim, em todo esse percurso ar-tístico, nunca subi a um palco para receber um troféu e o Elenco da Paz

deu-me esse privilégio.” Disse Domin-gos José F. Lopes, mais conhecido como Fogo de Deus.

O empresário Ti Chó mostrou à socie-dade que os Kuduristas podem con-viver entre eles, sem confusão e hoje são 15 por um e um por 15.

“ Deus Preto é assim que Ti Chô é carinhosamente tra-tado por aqueles que o admiram e respei-tam.

“FATITA”OS ABENÇOADOS

Na sequência do mega suces-so do Elenco da Paz, temos que referenciar um sucesso na ci-dade de Luanda, que nos repor-ta à nossa vizinha. Todos temos uma vizinha que tem uma personalidade única. Todos te-mos alguém que é uma referência no bairro, por algo que faz de espe-cial... todos nós temos uma “Fatita”. Os Abençoados trouxeram aos bair-ros uma música que como se diz na banda, está a bater em tudo o que é quintal e está a por a mexer fazendo o grupo ficar mais con-hecido que o Pai Natal. Tem sido uma febre entre os Jovens do Cen-tro de Luanda e estamos certos de

que esse sucesso vai nacionalizar-se bem rápido, não fosse o facto de “haver fatitas por todo o lado”, por todo o canto da nossa Angola, mas também por esse mundo fora.

O líder do Grupo, Edson, referiu à An-gomusic que mais importante do que fazer música, é sentir a alegria que a sua música está a dar a todos os fãs e aqueles que ainda não conheciam o grupo. Gravado no Prenda e no Catambor, dois bairros muito conhecidos da ci-dade de Luanda, identifica o sucesso que esta música tem no centro da cidade e a forma como se está a es-palhar pelo Resto de Luanda. Como temos ouvido...”deixa o pes-soal que está na Tuga, começar a conhecer a Fatita e vais ver que a tua prima vai ter nome novo”.

Pois nós dizemos, apenas... DEIXA OS IRMÃOS ESTAREM A PAR E A FATITA VAI SER CANTADA EM TUDO QUANTO É FESTA !

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ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO ANGOMUSIC - DE ANGOLA PARA O MUNDO

SENTINELA

É um jovem músico de interven-ção social, poeta eclético e com uma sonoridade muito peculiar que se tem destacado no panorama do Rap em Angola. Com apenas 23 anos já tem lançado um Ep, que tem como título “Momento de

Reflexão”, lançado em 2014. Depois disso foi lançando singles como: “Tempo de Mudar” ; Hip Hop 4 life. Já são centenas de concertos de norte a sul de Angola ao ponto de fazer parte do núcleo do Projecto Ascensão. Respeitado a nível do movimento Hip Hop angolano. brinda os seus fãs, seguidores e apreciadores com uma nova obra com-ercializada no dia 08 de Abril na praça da independência ( Angola/Luanda).

O Ep que tem como título “Raízes” conta com as participações de artistas do pano-rama musical Angolano e internacional, mencionado: Bob da Rage Senas, Kool Klever, Denexl, Agostinha, Cindy Siga e Mr. Razor um artista português.

A produção ficou toda a cabo do produ-tor Luso/Angolano 7th Wonder residente em Lisboa.

Temas promocionais:

SENTINELA - So Good O quê que tu queres? Ft Kool Klever & DenexlA9

A Poltersonnik Sec XXIV apresenta: - RAÍZES -

Venda e Sessão de autógrafos:

LUANDAPraça da Independência: 8 Abril 8:00 SAMBIZANGA Largo dos Feiticeiros: (+ Show) 9 Abril 8:00

agenda ABRIL maio

tour Encyclopedia Negra e amigos

Encyclopédia Negra, lança a sua tour, pelas comunidades, homenageando o seu público. Sentindo o chamamento por parte dos fãs, brinda-os com a apresentação de músicas promocionais, do EP, que será lançado este anoe que terá 10 faixas. Nesta tour, o artista convida reputados e conhecidos músicos da nossa praça, para actuar consigo, nos diversos espaços por onde passará.A acompanhar, sem dúvida, tanto pela

diversidade de artistas presentes, como pela sonoridade que Encyclopédia está a trazer ao mercado angolano do Hip Hop.

Tourné: Sambizanga 04 de Abril Rocha Pinto ( Moagem) 09 de Abril Eco Campo ( Bar da Música) mês AbrilPalanca mês Abril ( mais info a disponibilizar na página do fb )

Actividades local data hora

Festa da FantasiaBairro Palana. Salão Palmeirão Dia 01 18:00

Poor Party Kilamba com Banho de Piscina e Espuma

Escondidinho do Kilamba de-frontre aos KK Dia 03 12:00

Festa do BrancoSalão da G Unit - Ao pé da Clínica do Prenda Dia 06 20:00

Sexta Festa O Regresso Talatona. Salão Cacussaria Dia 07 21:00

Praia Fantástica. 3º edição Praia do Ramiro Dia 08 08:00

Domingão da Familia com Banho de Piscina

Sapú, por trás da Nice Dia 12 …

Goz´Aqui Centro Cultural Português Dia 12 19:00

Moment VipCafé Lounge Paulo´s Projec-to Nova Vida Dia 13 21:00

Beach Easter Party Barssulo Dia 15 15:00

Tchilo Stay Up Salão Nova vida Rua 5o Dia 15 20:30

MAIO

Tour Final Feliz Malanje Dia 06 ......

Black Party Cabinda Dia 07 21:00

Tour Final Feliz Benguela Dias 19 e 20 ......

Saurimo em Festa Lunda Sul Dis 27 22:00

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