Eventos Tradicionais de Castelo de Paiva

Autor:

Carlos Tavares

Castelo de Paiva é um palco rico em eventos culturais, criados desde os séculos mais antigos até á atualidade. Da sua génese, passando pela sua maturação, alguns destes eventos atingiram o estatuto de clássicos e tradicionais, enraizando-se na terra, cunhando em função da sua gente, a identidade desta vila.

È neste âmbito de estudo e orgulho pela terra que nos deu alento, que dissecaremos dois eventos que na nossa perspetiva são os mais sonantes no contexto inter-regional como órgãos promotores.

Feira de Vinho Verde, do Lavrador, Gastronomia e Artesanato

Feira do século

Os vinhos de excelência da região, muitos deles premiados em concursos da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, continuam a ser o mote do certame, mas esta é também uma oportunidade para os visitantes se deliciarem com os sabores da cozinha tradicional paivense, com a doçaria local e com o bom fumeiro da região.

A Feira de Vinho Verde, do Lavrador, Gastronomia e Artesanato é um certame que continua a manter a sua matriz inicial, apostando na valorização da produção vitícola do concelho e na promoção do produto agrícola mais conhecido e premiado da região.Este evento, embora contando apenas com 17 anos de existência, é já uma tradição Paivense cada vez mais reconhecida a nível nacional e que atrai milhares de visitantes ao concelho durante estes três dias, onde a mostra do produto mais reconhecido e premiado da região – o vinho verde – bem como a gastronomia e o artesanato local são o tema principal.

Também faz parte desta iniciativa a Concentração Nacional de Autocaravanas, inserida num cartaz rico em espetáculos musicais e animação de rua, que moldura toda esta feira, caracterizada pelas habituais provas de vinho e jornadas gastronómicas.

Em suma, é um evento polarizador que promove o convívio de todas as esferas sociais, inseridas num ambiente hibrido das várias essências que sempre serviram de pilares denominadores do que chamamos: “gente da nossa gente”.

Este evento procura recriar o ambiente tradicional das feiras de outros tempos, os usos e costumes das gentes, num espaço que servia não só para as trocas comerciais, como também para o encontro e confraternização.

Tocares e dançares tradicionais

Neste evento “histórico” não faltam o artesanato da região, a gastronomia (pratos típicos, petiscos, fumeiro, enchidos, broa de milho, etc.), o vinho verde, os produtos hortícolas e frutícolas, os animais domésticos, as artes e ofícios tradicionais, e muita animação!

E continuam a dançar...

Como sempre, trata-se de recriar um evento que, a nível concelhio, envolve sempre diversas associações locais e procura mostrar, com algum rigor, uma época através da representação de valores e tradições de outrora, com a história a repetir-se e a realização do evento a formular os desenhos audiovisuais de antigamente, sendo recriado, através dos trajes, dos artesãos presentes, dos comerciantes de produtos

Taxa de alcoolemia necessária para realizar esta atividade=1.5g/L

agrícolas e animais domésticos, da música tradicional e da animação de rua, o ambiente típico vivido numa feira de tempos já recuados.

E assim, em tempo de colheitas, junto ao edifício da antiga Casa do Povo, na zona da Frutuária, que a história se repete, e a realização continua a assumir “as vertentes pedagógicas, culturais e sociais”, sendo recriado através dos trajes, dos artesãos, dos comerciantes dos produtos agrícolas e animais domésticos, da música tradicional e da animação de rua, e do próprio ambiente vivido numa verdadeira feira de tempos já recuados.

Chouriças de sangue feitas á moda do Gaio como manda a tradição.

Ainda existem artesãos a honrar as velhas técnicas tradicionais de olaria.

Até a Dona Rosa Louceira se espanta

A comercialização de produtos agrícolas, a presença de diversos artífices, a venda do artesanato regional e dos animais domésticos, a mostra dos utensílios agrícolas, as danças e costumes de outrora, o vinho novo, a cozinha tradicional da época e o baile à moda antiga, foram argumentos de peso e de grande interesse deste certame que, continua a ter grande adesão popular e impacto cultural, onde a animação e a componente etnográfica, com a participação e envolvimento de ranchos folclóricos do concelho, grupos de tocadores de concertina e de cantares ao desafio continuam a merecer particular destaque, atraindo milhares de visitantes, numa contagiante alegria e entusiasmo que marca positivamente este evento anual e que se traduz num emblemático e cativante quadro pitoresco, da vivência rural dos antepassados paivenses.

Cebolas, alhos, doces e ovos caseiros = Diarreia