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L E G A L E
1.ª FASE
EXAME DE
ORDEM DOS
ADVOGADOS
DO BRASIL.
DIREITO INTERNACIONAL
• Professor: CUSTÓDIO Nogueira
• E-mail: [email protected]
• Facebook: Custódio Nogueira
Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
Composição do DIP:
Sujeitos primários ou originários: Estados
Soberanos;
Sujeitos secundários ou derivados:
organizações Internacionais e a Pessoa
Humana, face aos direitos fundamentais;
Sujeitos terciários: ONGs e Empresas.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
SUJEITO PRIMÁRIO – Estado Soberano
É composto, indispensavelmente, por 4 elementos
essenciais:
População Permanente (conjunto de indivíduos);
Território (não se exige fronteiras bem definidas – Israel);
Governo Soberano (não subordinado a qualquer outra
autoridade exterior), e
Capacidade de se Relacionar com os demais Estados
(independência em relação a outras ordens jurídicas
estatais).3
Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
COLETIVIDADES NÃO ESTATAIS
BELIGERANTES - Grupos armados que combatem em
revoluções de grande envergadura e controlam parte do
território estatal – FARC-Colômbia.
Representam, em regra, movimento político que busca a
independência e a ruptura com o Estado a qual pertence.
RECONHECIMENTO: é uma decisão discricionária,
cabendo a cada sujeito de direito internacional a opção.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
COLETIVIDADES NÃO ESTATAIS
INSURGENTES - movidos por interesses políticos com
características de guerra civil sem controlar parte do
território – Mali na África Ocidental.
RECONHECIMENTO: é uma decisão discricionária,
cabendo a cada sujeito de direito internacional a opção.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
COLETIVIDADES NÃO ESTATAIS
MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL – buscam a
independência de um povo que se encontram sob a
regência colonial – OLP – Organização para Libertação da
Palestina.
RECONHECIMENTO: em regra, o reconhecimento é
coletivo por meio de Organizações Internacionais.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
O DIP apresenta 2 (dois) prés requisitos para o
surgimento e existência das OIs:
A regulação da coexistência e,
Satisfação dos interesses e necessidades dos
agentes.
REGULAÇÃO: é regular o comportamento dos
atores, dos entes dotados de personalidade jurídica
internacional mediante a celebração dos acordos,
tratados, objetivando o cumprimento das normas do
DIP. 10
Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES: é a busca
da materialização da vontade comum, entre os
vários participantes das relações internacionais.
Assim, temos que OIs são:
Representações de associações formadas
pela reunião e vontade dos Estados
soberanos, concretizando essa vontade dos
Estados (membros) em um TRATADO
Internacional.11
Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
FORMAÇÃO
É formada por 2 (duas) categorias de membros:
ORIGINÁRIOS: pelos Estados que participaram
da assinatura e ratificação da Carta da ONU em
1.945;
ADMITIDOS OU ELEITOS: são os que
ingressaram após a criação da organização,
admitidos por decisão da assembleia geral.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
FINALIDADE:
Manter a paz e a segurança no mundo baseada no
respeito da igualdade e autodeterminação dos
povos, fortalecimento da paz mundial, cooperação
internacional para questões econômicas, sociais,
culturais e humanitárias, na busca da defesa dos
direitos humanos, respeito às liberdades
fundamentais para todos, sem distinção de raça,
sexo, língua ou religião.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU:
a) Assembléia Geral: principal órgão e composto por todos os
membros da ONU. Cada Estado poderá ter 6 delegados na
AG, mas apenas 1 voto por Estado membro.
b) Conselho de Segurança: a função é assegurar a pronta e
eficaz ação para a manutenção da paz e da segurança
internacional – COMPOSIÇÃO: 15 Estados (5 membros
permanentes EUA; Reino Unido; França; China e Rússia
e 10 membros rotativos, escolhidos pela AG, para um
período de 2 anos).
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU:
c) Conselho Econômico e Social: busca o
desenvolvimento social e econômico, podendo
fazer recomendações objetivando promover o
respeito dos direitos humanos e liberdades
fundamentais – COMPOSIÇÃO: 54 membros,
eleitos pela AG, período de 3 anos.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU:
d) Conselho de Tutela: exerce a administração de territórios
sob tutela – povos não autônomos.
Artigo 73.º da Carta da ONU
Os membros das Nações Unidas que assumiram ou
assumam responsabilidades pela administração de
territórios cujos povos ainda não se governem
completamente a si mesmos reconhecem o princípio do
primado dos interesses dos habitantes desses territórios e
aceitam, como missão sagrada, a obrigação de promover
no mais alto grau, dentro do sistema de paz e segurança
internacionais estabelecido na presente Carta.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU – continuação do
Conselho de Tutela
IDIOMAS OFICIAIS: francês e inglês.
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES: por agentes, assistidos
de consultores ou advogados;
SECRETARIADO: órgão de administração da ONU;
SECRETARIO GERAL: eleito pelo CS por meio de
recomendação dos membros permanentes, tem o
dever de atuar em TODAS as reuniões da AG, do CS, do
CEeS e do CT e ainda atender outras funções.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
ÓRGÃOS QUE COMPÕE A ONU – continuação
do Conselho de Tutela
DEPÓSITO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS: a
Carta da ONU determina que todos os tratados e
acordos internacionais, com a maior brevidade
possível, deverão ser registrados e arquivados
perante o Secretariado Geral da ONU, a falta do
registro impede seus efeitos.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia
(Holanda), é o principal órgão judiciário da ONU. Somente
países, nunca indivíduos, podem pedir pareceres à Corte
Internacional de Justiça.
Sua principal função é de resolver conflitos jurídicos a ela
submetidos pelos Estados e emitir pareceres sobre
questões jurídicas apresentadas pela Assembleia Geral
das Nações Unidas, pelo Conselho de Segurança das
Nações Unidas ou por órgãos e agências especializadas
acreditadas pela Assembleia da ONU, de acordo com a
Carta das Nações Unidas.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
A Corte Internacional de Justiça é composta de 15 (quinze)
juízes chamados “membros” da Corte. São eleitos pela
Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança em
escrutínios separados.
O mandato dos juízes é de 9 (nove) anos, podendo haver
reeleição. Não podem os juízes dedicar-se a outras
atividades durante o exercício de seu mandato.
Corte Penal Internacional tem competência para julgar
disputas entre Estados.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL
É um TRIBUNAL INTERNACIONAL INDEPENDENTE
DA ONU, criado para processar, julgar e punir indivíduos
que tenham cometido crimes de maior gravidade com
alcance internacional.
Criado em 1998 por 120 Estados, elevado a TPI
permanente após o Estatuto de Roma passando a operar
somente em julho/2002, quando atingiu 60 ratificações
para então, entrar em vigor.
Hoje há 122 países integrando o TPI.
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VERDE – Estado que RATIFICARAM o Estatuto de Roma
AMARELO – Estados que NÃO RATIFICARAM O Estatuto
VERMELHO – Estados NÃO SIGNATÁRIOS
Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
Brasil no TPI: a EC 45/04 disciplinou o tema por meio
do art. 5º da CF, incluindo o § 4º, que assegura
que o país se SUBMETE à jurisdição do TPI a cuja
criação tenha manifestado adesão.
Competência TERRITORIAL: TPI exerce jurisdição no
território de qualquer Estado-Parte (regra). Todavia,
por meio de acordo especial, exercerá jurisdição
também em território de Estado não Parte.
Línguas Oficiais do TPI: inglês e francês.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
Competência em RAZÃO DO TEMPO: TPI só pode
processar e julgar crimes cometidos após a entrada
em vigor do Estatuto de Roma (julho/2002), isto para
os Estados que já eram membros, para os Estados
que entraram posteriormente a 2002, estes, somente
poderão sofrer a jurisdição do TPI do momento de sua
adesão em diante.
Competência em RAZÃO DA MATÉRIA: somente os
crimes mais graves, que afetam a comunidade
internacional no seu conjunto, podem ser processados
e julgados no TPI, dividindo-se em quatro categorias:
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
1) GENOCÍDIO: o termo vem do grego GENOS – raça ou
tribo, e do latim EIDE, que significa matar. É o crime
cometido com a intenção de aniquilar um grupo
humano por meio de homicídio, ofensas graves,
sujeição a condição de vida com objetivo de destruição
do grupo e até impedimento do nascimento de pessoas.
2) CRIMES CONTRA A HUMANIDADE: crimes cometido
no contexto de ataques generalizados ou sistemático,
contra qualquer população civil, desde que
identificado o ofensor. Prisão ou outra forma de privação
da liberdade. Tortura. Escravatura sexual. Perseguição
de um grupo por motivos políticos, raciais, culturais,
religiosos, de gênero. Outros atos desumanos dessa
natureza26
Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
3) CRIMES DE GUERRA: atos contrários às leis e
aos costumes de guerra, tais como, tortura ou
qualquer tratamento desumano, incluindo
experiências biológicas, destruição ou
desapropriação de bens em larga escala, sem
justificativa militar e executadas de forma ilegal,
ataques a população civil e aos integrantes dos
envolvidos em missão de paz ou assistência
humanitária.
4) CRIME DE AGRESSÃO: ainda não inserido no
Estatuto de Roma. Entendido como o uso da força
armada por um Estado contra a soberania de outro.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
QUANDO EFETIVAMENTE O TPI ATUARÁ?
O art. 1º do Estatuto determina que a jurisdição do TPI é
de natureza complementar (subsidiária) a dos Estados,
portanto, atuará somente no caso de comprovada falha ou
inércia estatal no processo e julgamento de acusados de
crimes grave e de alcance internacional.
Importante saber:
Os crimes puníveis no âmbito do TPI NÃO
PRESCREVEM.
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Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
Composição do TPI: composto por 18 Juízes, de 18
nacionalidades diferentes, escolhidos pela Assembleia
Geral dos Estados Partes, obtendo maior número de
votos e uma maioria de 2/3 dos Estados Partes.
Mandato é de 9 anos sem reeleição, buscando
igualdade no número de juízes do sexo feminino e do
masculino.
Pedido de entrega de pessoa: o TPI poderá requerer a
qualquer Estado a detenção e a entrega de pessoa
para que possa ser exercida a jurisdição do TPI.
Entrega: entre o TPI e o Estado.
Extradição: entre Estados.29
Direito INTERNACIONAL PÚBLICO
Penas aplicadas no TPI:
a) Prisão de até 30 anos, regra;
b) Prisão perpétua (exceção); quando elevado
grau de ilicitude do fato e as condições pessoais
do condenado o justificarem;
c) Multa, e
d) Perda de Produtos, Bens e haveres
pertinentes ao objeto do crime.
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