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EXAMES NACIONAIS Relatório 2010 E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o E E E X X X A A A M M M E E E S S S N N N A A A C C C I I I O O O N N N A A A I I I S S S d d d o o o s s s e e e n n n s s s i i i n n n o o o s s s b b b á á á s s s i i i c c c o o o e e e s s s e e e c c c u u u n n n d d d á á á r r r i i i o o o

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Relatório Exames Nacionais 2010   1_90 

EXAMES NACIONAIS   

 Relatório 2010                     

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Relatório Exames Nacionais 2010   2_90 

FICHA TÉCNICA 

  TÍTULO 

EXAMES NACIONAIS Relatório 2010   COORDENAÇÃO 

Helder Diniz de Sousa  AUTORIA 

Coordenadores e autores das provas de exame nacional de: 

Ensino Básico ‐ 3.º ciclo  

Língua Portuguesa 

Matemática 

Ensino Secundário 

Alemão 

Espanhol 

Francês 

Inglês 

Biologia e Geologia 

Física e Química A 

Economia A 

Geografia A 

História A 

História B 

História da Cultura e das Artes 

Desenho A 

Geometria Descritiva A 

Latim A 

Literatura Portuguesa 

Português 

Português Língua Não Materna 

Matemática A 

Matemática B 

Matemática Aplicada às Ciências Sociais  

Maria Antonieta Ferreira 

Maria Teresa Castanheira 

Vanda Lourenço  

Director: Helder Diniz de Sousa 

Junho de 2011 

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Relatório Exames Nacionais 2010   3_90 

ÍNDICE 

 

ÍNDICE DE FIGURAS  ____________________________________________________________    5 

 

NOTA INTRODUTÓRIA  __________________________________________________________ 0 6  

 

ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA  _________________________________________ 0 8 

 

ENSINO BÁSICO  

Língua Portuguesa – 3.º ciclo ______________________________________________ 0 8 

Matemática – 3.º ciclo  ___________________________________________________  11 

 

ENSINO SECUNDÁRIO  

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS  

Alemão ________________________________________________________________  12 

Espanhol _______________________________________________________________  14 

Francês ________________________________________________________________   16 

Inglês__________________________________________________________________  17   

 

CIÊNCIAS NATURAIS 

Biologia e Geologia  ______________________________________________________  19 

Física e Química A _______________________________________________________  21 

 

CIÊNCIAS SOCIAIS 

Economia A_____________________________________________________________  22 

Geografia A  ____________________________________________________________  24 

História A ______________________________________________________________  25 

História B  ______________________________________________________________  26 

História da Cultura e das Artes _____________________________________________  28 

  

EXPRESSÕES 

Desenho A _____________________________________________________________  29 

Geometria Descritiva A ___________________________________________________  31 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   4_90 

PORTUGUÊS E LATIM 

Latim A ________________________________________________________________  32 

Literatura Portuguesa ____________________________________________________  34 

Português  _____________________________________________________________  37 

Português Língua Não Materna ____________________________________________  39 

 

MATEMÁTICA 

Matemática A  __________________________________________________________  43 

Matemática B  __________________________________________________________  44 

Matemática Aplicada às Ciências Sociais _____________________________________  45 

 

DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS POR NUT III _______________________________________  47 

 

CONCLUSÃO  __________________________________________________________________  63 

 

NOTA METODOLÓGICA  _________________________________________________________  66 

 

ANEXOS ______________________________________________________________________  67 

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Relatório Exames Nacionais 2010   5_90 

ÍNDICE DE FIGURAS   

FIGURA 1 

Distribuição dos resultados do exame de Língua Portuguesa (22)  _________________________________________ 48 

FIGURA 2 

Distribuição dos resultados do exame de Matemática (23)  ______________________________________________ 49 

FIGURA 3 

Distribuição dos resultados do exame de Matemática (635)  _____________________________________________ 50 

FIGURA 4 

Distribuição dos resultados do exame de Biologia e Geologia (702) ________________________________________ 51 

FIGURA 5 

Distribuição dos resultados do exame de Física e Química A (715)  ________________________________________ 52 

FIGURA 6 

Distribuição dos resultados do exame de Português (639) _______________________________________________ 53 

FIGURA 7 

Distribuição dos resultados do exame de Geografia A (719) ______________________________________________ 54 

FIGURA 8 

Distribuição dos resultados do exame de História A (623)  _______________________________________________ 55 

FIGURA 9 

Distribuição dos resultados do exame de Economia A (712)  _____________________________________________ 56 

FIGURA 10 

Distribuição dos resultados do exame de História da Cultura e das Artes (724)  ______________________________ 57 

FIGURA 11 

Distribuição dos resultados do exame de Desenho A (706)  ______________________________________________ 58 

FIGURA 12 

Distribuição dos resultados do exame de Geometria Descritiva A (708)  ____________________________________ 59 

FIGURA 13 

Distribuição dos resultados do exame de Matemática B (735) ____________________________________________ 60 

FIGURA 14 

Distribuição dos resultados do exame de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (835) _______________________ 61 

FIGURA 15 

Distribuição dos resultados do exame de Literatura Portuguesa (734)  _____________________________________ 62 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   6_90 

NOTA INTRODUTÓRIA 

 

 

Os exames nacionais dos ensinos básico e secundário têm, no nosso sistema de ensino, uma 

função  certificadora  das  aprendizagens  no  termo  dos  ciclos  correspondentes,  3.º  ciclo  do 

ensino  básico  e  ensino  secundário;  no  que  respeita  ao  ensino  secundário,  os  exames 

mencionados constituem ainda  instrumentos cujos resultados concorrem para a seriação dos 

candidatos na candidatura ao ensino superior. 

Não  obstante  aquelas  funções,  ditas  formais,  actualmente  os  resultados  dos  exames 

constituem,  em  qualquer  país,  uma  importante  fonte  de  informação,  que  a  sociedade,  em 

geral, e a comunidade educativa, em particular, valorizam como medida do desempenho do 

seu sistema educativo.  

Para a comunidade educativa, o conhecimento dos resultados dos alunos de cada escola pode 

também constituir um indicador de grande valia para aferir a qualidade do trabalho realizado, 

ou, mais  rigorosamente,  de  parte  do  trabalho  realizado,  já  que  os  resultados  dos  exames 

nacionais  apenas  informam  sobre  o  que  é  possível  avaliar  em  provas  de  papel  e  lápis,  de 

duração  limitada,  não  espelhando,  por  isso,  a  riqueza  das  aprendizagens  que,  ao  longo  de 

vários anos, é desenvolvida e que é objecto de avaliação interna.  

Em todo o caso, salvaguardadas as limitações a que atrás se aludiu, os resultados dos exames 

constituem  uma medida  que  nos  permite  identificar  e  retratar  sucessos  e  fragilidades  nas 

aprendizagens  dos  alunos.  A  riqueza  e  a  nitidez  do  retrato  serão  tanto mais  significativas 

quanto maior for a desagregação da  informação apresentada. Foi por esta razão que o GAVE 

disponibilizou às escolas, no 1.º período lectivo de 2010‐2011, informação estatística, por item 

e por prova, de todos os exames realizados na 1.ª Fase de exames por, no mínimo, 5 alunos 

internos em  cada escola. O balanço destes  resultados, ao nível nacional e ao nível  regional, 

além de permitir uma caracterização do desempenho dos alunos a estes níveis de análise, tem 

a particularidade de possibilitar às escolas e aos professores a comparação dos resultados dos 

seus alunos com padrões de âmbito territorial mais alargado.   

Assim, o principal propósito de um relatório nacional dos resultados dos exames, apresentado 

pela primeira vez no ano lectivo transacto e agora retomado num formato mais desenvolvido e 

alargado  no  que  se  refere  à  informação  disponibilizada,  é  o  de  se  constituir  como  uma 

ferramenta  de  trabalho  para  os  professores,  permitindo  uma  análise  comparativa  dos 

resultados  da  sua  escola  com  os  dados  nacionais/regionais,  num  quadro  dicotómico, 

aparentemente  simplista,  de  identificação de  áreas  fortes  e de  áreas  frágeis no  campo das 

aprendizagens dos alunos. 

De  facto,  a  identificação  das  áreas  fortes,  ilustrando  os  sucessos  alcançados,  constitui  um 

estímulo à continuação do trabalho desenvolvido e, em certa medida, pode constituir também 

uma forma de legitimação das estratégias de ensino‐aprendizagem realizadas. Por oposição, a 

identificação  das  áreas  frágeis  deve  ser  entendida  não  só  como  um  diagnóstico  das 

dificuldades  sentidas  por  um  número  significativo  de  alunos,  também  detectadas  por  cada 

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Relatório Exames Nacionais 2010   7_90 

professor no seu  trabalho quotidiano, mas sobretudo como um contributo para a superação 

dessas  dificuldades.  A  partilha  e  a  análise  colectiva  dos  resultados,  medidas  largamente 

sugeridas pelo GAVE,  têm ainda outro potencial: o de permitir a concertação de estratégias 

colaborativas para  a  superação das  fragilidades, naturalmente  contextualizadas,  criando um 

referencial comum, que serve como ponto de partida para o trabalho colaborativo no seio de 

um  departamento  curricular  ou  de  uma  escola,  ou  mesmo  entre  diferentes  escolas  com 

padrões de desempenho similares.  

As fragilidades identificadas devem ser sempre entendidas como oportunidades de melhoria e 

nunca como geradoras de desânimo, que leve à desistência da procura do caminho certo para 

o sucesso. A este propósito, considera‐se essencial prestar atenção redobrada à existência de 

fragilidades  transversais  a  várias  áreas  disciplinares,  ou mesmo  de  âmbito  curricular,  cuja 

identificação  sugere  estratégias de  superação que  terão mais  sucesso  se  forem pensadas  e 

desenvolvidas ao nível da escola. 

Como  complemento  do  diagnóstico  que  os  resultados  podem  sustentar,  apresentam‐se 

também  propostas  de  intervenção  didáctica  que,  se  devidamente  enquadradas  pelos 

contextos particulares de cada turma/escola, podem constituir um referencial para as tomadas 

de  decisão  que  impliquem  repensar  as  estratégias  de  ensino  e/ou  para  o  incentivo  e  a 

orientação dos alunos na definição de novas formas de aprender. 

 

Este  relatório  está  organizado  em  duas  partes.  Na  primeira  parte,  faz‐se  uma  análise  dos 

resultados dos exames por disciplina. Para o efeito, a análise incide nos resultados dos alunos 

internos que realizaram os exames na 1.ª fase/1.ª chamada. 

A  partir  da  caracterização  de  cada  teste,  identificam‐se  os  itens  com melhor  e  com  pior 

desempenho, realçando‐se os aspectos que os parâmetros de análise considerados para cada 

item  permitem  ilustrar.  Como  foi  atrás  referido,  na  sequência  da  identificação  das  áreas 

frágeis, apresentam‐se, para cada disciplina, sugestões de intervenção didáctica. 

Na segunda parte, comparam‐se os resultados georreferenciados ao nível da NUT III. Para esse 

efeito,  foram  apenas  considerados  os  resultados  das  disciplinas  com mais  de  1500  exames 

realizados. 

Finalmente,  é  de  referir  que  a  classificação  dos  itens  quanto  à  sua  tipologia  segue  a 

terminologia em uso em 2009‐2010. 

 

 

 

 

 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   8_90 

ANÁLISE DE RESULTADOS POR DISCIPLINA 

 ENSINO BÁSICO 

Língua Portuguesa – 3.º ciclo do ensino básico 

Na análise dos resultados da Prova Escrita de Língua Portuguesa (1.ª chamada), consideraram‐se as respostas de 83332 alunos (internos) do 9.º ano de escolaridade.  

Média nacional: 56,9%. 

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 72,3%. 

  

Caracterização da prova 

A prova apresentou 3 grupos de itens.  

No Grupo  I, avaliaram‐se competências nos domínios da Leitura e da Escrita. Este grupo  incluiu 

três partes e nele foram usados 13 itens, de resposta fechada e de resposta aberta. Nos itens de 

resposta aberta, avaliaram‐se, simultaneamente, a Leitura e a Expressão escrita. 

A Parte A integrou um texto de carácter informativo, que constituiu o suporte de itens em que se 

privilegiou a avaliação de competências de leitura, através de 7 itens de resposta fechada (1 item 

de  ordenação,  1  item  de  resposta  fechada  curta  e  5  itens  de  escolha múltipla).  Cotação:  17 

pontos. 

A Parte B  integrou um  texto poético, que constituiu o suporte de  itens em que se privilegiou a 

avaliação de competências nos domínios da Leitura e da Escrita, através de 4  itens de resposta 

aberta curta e de 1 item de resposta fechada curta. Cotação: 23 pontos. 

A Parte C integrou um texto pertencente ao corpus obrigatório das obras para Leitura Orientada 

do 9.º ano (as estrofes 33 e 34 do Canto I de Os Lusíadas), o qual constituiu o suporte de 1 item de 

resposta aberta extensa orientada  (de 70 a 100 palavras) em que  se privilegiou a avaliação de 

competências nos domínios da Leitura e da Escrita. Cotação: 10 pontos. 

No Grupo  II, avaliaram‐se competências no domínio do Funcionamento da Língua, através de 6 

itens  de  resposta  fechada  (1  item  de  associação,  1  item  de  escolha  múltipla,  1  item  de 

completamento, 2 itens de resposta curta e 1 item de transformação). Cotação: 20 pontos. 

O Grupo III, em que se avaliaram competências no domínio da Escrita, incluiu 1 item de resposta 

aberta  extensa orientada.  Este  item  apresentou orientação no que  respeita  à  tipologia  textual 

(carta  informal com carácter narrativo), ao tema (expedição em terras  longínquas) e à extensão 

(de  180  a  240  palavras).  Os  descritores  de  níveis  de  desempenho  utilizados  neste  item 

contemplaram  os  parâmetros  seguintes:  tema  e  tipologia  (A);  coerência  e  pertinência  da 

informação  (B);  estrutura  e  coesão  (C);  morfologia  e  sintaxe  (D);  repertório  vocabular  (E); 

ortografia (F). Cotação: 30 pontos.  

 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   9_90 

Itens com melhor desempenho 

O item 3.2., do Grupo I, foi o item mais fácil (93,7% das respostas dos alunos foram classificadas 

com a pontuação máxima). Neste  item,  solicitava‐se aos alunos que  identificassem a paráfrase 

equivalente  ao  sentido  de  uma  unidade  textual.  Um  total  de  93,7%  dos  alunos  assinalou 

correctamente  a  opção  D.  O  facto  de  se  tratar  de  um  item  de  escolha  múltipla  pode  ter 

contribuído para um tão bom desempenho. Para a explicação dos resultados neste  item, ao seu 

formato associar‐se‐á o facto de, por um lado, o item poder ser resolvido através da convocação 

de  conhecimento  linguístico  intuitivo  e  de,  por  outro,  o  conhecimento  envolvido  ser 

conhecimento lexical comum, facultado por informação textual explícita. 

O  item 1.  foi, no Grupo  II, o  item mais  fácil  (85,1%  é o  valor da  cotação média  em  relação  à 

cotação máxima). Trata‐se de um  item de associação, que  implicava a correspondência entre o 

sentido de palavras compostas e o sentido de um dos seus radicais. O formato do item e o facto 

de,  para  a  sua  resolução,  não  ser  necessário  convocar  conhecimento metalinguístico  podem 

justificar o bom desempenho dos alunos neste item. 

 

Itens com pior desempenho 

O item 6., do Grupo I, foi o item com a percentagem mais baixa de respostas classificadas com a 

pontuação máxima: apenas 14,9% dos alunos responderam correctamente. Este  item requeria a 

mobilização  de  competências  específicas  e  complexas  no  domínio  da  leitura  de  texto  poético 

(Parte B). Trata‐se de um item em que os alunos deveriam inferir o sentido de uma expressão do 

texto («uma gaiola de palavras»), interpretando‐a com base em conhecimento metatextual (neste 

caso,  o  conceito  de metáfora).  O  facto  de  a  explicitação  solicitada  implicar  várias  operações 

cognitivas complexas pode ter contribuído para que a percentagem da cotação média deste item 

em relação à cotação máxima não tenha sido superior a 14,9%. 

O item 4.1. foi, no Grupo II, o item com a percentagem mais baixa de respostas classificadas com a 

pontuação máxima: apenas 24,6% dos alunos responderam correctamente. Neste item, os alunos 

deveriam classificar, com recurso a metalinguagem, portanto, a função sintáctica desempenhada 

por  um  constituinte  frásico  (predicativo  do  complemento  directo).  De  entre  os  factores  que 

podem explicar o desempenho dos alunos neste  item, podem apontar‐se o facto de a resolução 

do item implicar conhecimento explícito complexo, com recurso a metalinguagem (por exemplo, 

pressupõe a identificação do complemento directo e/ou o reconhecimento da subclasse do verbo 

principal) e, ainda, o facto de esta função sintáctica ser um conteúdo específico do 9.º ano, com, 

consequentemente, menos tempo de consolidação no ciclo de aprendizagem.  

Grupo III – Melhores e piores desempenhos nos parâmetros de avaliação da Escrita 

Sendo o Grupo  III da prova constituído por um único  item, as considerações que aqui se tecem 

referem‐se  à  análise  dos  resultados  obtidos  nos  seis  parâmetros  contemplados  na  sua 

classificação:  parâmetro  A  (tema  e  tipologia);  parâmetro  B  (coerência  e  pertinência  da 

informação); parâmetro C (estrutura e coesão); parâmetro D (morfologia e sintaxe); parâmetro E 

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Relatório Exames Nacionais 2010   10_90 

(repertório vocabular); parâmetro F (ortografia). As diferenças entre os seis parâmetros não foram 

consideráveis.  O  parâmetro  A  foi  o  que  obteve  melhores  classificações  (70%  dos  alunos 

conseguiram pontuações intermédias ou máximas); os parâmetros C e F foram aqueles em que os 

alunos obtiveram classificações mais baixas (61,1% e 61% respectivamente).  

Estes resultados parecem demonstrar que, perante uma tarefa de escrita como a apresentada, os 

alunos tiveram facilidade em cumprir a instrução quanto ao tema e ao tipo de texto; no entanto, 

no que se refere a aspectos relacionados com a estrutura, a coesão, a pontuação e a ortografia, 

houve, tendencialmente, mais dificuldades. 

 

Propostas de intervenção didáctica 

Quando  observadas  separadamente  as  diferentes  partes  do Grupo  I,  responsável  por  50%  da 

cotação  total da prova,  cada uma delas  suportada por  textos de  tipologias distintas, é possível 

concluir‐se que a Parte A apresenta uma classificação média de 72,6%, a parte B de 42,9% e a 

parte  C  de  43,5%.  Esta  distribuição,  susceptível  de muitas  outras  análises,  parece  confirmar  a 

hipótese, referida em literatura da especialidade, de que o texto poético oferece uma dificuldade 

superior de  leitura. Estes resultados sugerem a necessidade de um trabalho mais sistemático de 

leitura orientada de  texto poético, bem  como  a  insistência no  treino de  estratégias de  leitura 

inferencial. 

Relativamente  ao  Funcionamento  da  Língua,  como  ficou  referido,  o  item  em  que  os  alunos 

revelaram maior  dificuldade  foi  um  item  em  que  deveriam  identificar  uma  função  sintáctica, 

estando, por isso, em causa a utilização de metalinguagem. Ora, estudos sobre práticas de ensino, 

através  de,  por  exemplo,  análise  de  manuais  escolares,  revelam  que  este  tipo  de  tarefa  se 

encontra  entre  os  estímulos  que  mais  frequentemente  são  usados  nas  aulas  de  Língua 

Portuguesa. O  resultado  obtido  não  deixa,  portanto,  de  ser  surpreendente.  A  este  propósito, 

reitera‐se a  importância do  trabalho continuado de explicitação de conhecimento  linguístico ao 

nível da estrutura da frase, com recurso a metalinguagem.  

Face aos problemas  identificados na competência de escrita, sugere‐se o  reforço de estratégias 

assentes em modelos processuais de escrita. Em particular, relativamente ao desenvolvimento de 

recursos de coesão textual, importa treinar os aspectos de planificação associados à segmentação 

textual, consolidar o conhecimento explícito de cadeias de referência e de conexões interfrásicas a 

activar  durante  a  textualização  e  reforçar  práticas  de  revisão  textual,  que  incluam, 

nomeadamente, o plano ortográfico. Reitera‐se ainda a  importância de  intervenções didácticas 

que privilegiem um ensino da escrita assente,  igualmente, na explicitação de  características de 

tipologias,  tendo  em  vista um domínio multifuncional desta  competência,  transversal  e  crucial 

para o sucesso na vida académica. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   11_90 

Matemática – 3.º ciclo do ensino básico  

 Na análise dos  resultados da Prova Escrita de Matemática  (1.ª  chamada),  consideraram‐se as respostas de 84907 alunos (internos) do 9.º ano de escolaridade.  

Média nacional: 51,1% 

Percentagem de classificações iguais ou superiores a nível 3: 53,3% 

  

Caracterização da prova 

A prova era constituída por 10  itens de resposta fechada (6 de escolha múltipla e 4 de resposta 

curta), com a cotação de 5 pontos cada, e por 9 itens de resposta aberta, com cotações de 5 e 6 

pontos.  

O exame incidiu nos quatro domínios temáticos previstos no programa da disciplina (Estatística e 

Probabilidades, Números e Cálculo, Álgebra e  Funções, Geometria), avaliando as  competências 

nele previstas (Conceitos e Procedimentos, Raciocínio e Resolução de Problemas e Comunicação).  

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 5., 10.1. e 10.2., itens de 

resposta  fechada  (com  valores  da  cotação  média  em  relação  à  cotação  máxima  de, 

respectivamente, 82,4%, 88% e 74,5%), e os  itens 8. e 13.2., de resposta aberta (com valores da 

cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 63,6% e 63,4%). No  item 5., 

pedia‐se  a  identificação  de  um  número  irracional,  e  nos  itens  10.1.  e  10.2.  exigia‐se  o 

conhecimento do conceito de proporcionalidade directa e a leitura e interpretação dos gráficos de 

duas  funções. Quanto aos  itens de  resposta aberta, no  item 8., era pedida a  resolução de uma 

inequação e a apresentação do seu conjunto solução na forma de um intervalo de números reais, 

e, no  item 13.2., era pedido o cálculo do volume de um sólido constituído por um prisma e por 

uma pirâmide.  

 

Itens com pior desempenho 

O  item em que os alunos  revelaram pior desempenho  foi o  item 10.3.  (com valor da cotação 

média  em  relação  à  cotação  máxima  de  13,1%),  no  qual  se  solicitava  aos  alunos  que 

desenhassem o gráfico de uma função num intervalo limitado. Também nos itens 1., 4.,11., 12.2. 

e 12.3., o desempenho dos alunos foi fraco (com valores da cotação média em relação à cotação 

máxima variando entre 31,3% e 38,3%). O item 1. apresentava um problema em que era pedido 

o  cálculo  de  uma  probabilidade;  o  item  4.  apresentava  um  problema  que  envolvia  números 

(múltiplos, critérios de divisibilidade) e que obrigava à escolha de uma estratégia de resolução 

não habitual; os  itens 11. e 12.2. eram  itens de Geometria que envolviam o conhecimento de 

propriedades  (desigualdade  triangular,  no  primeiro,  e  número  de  eixos  de  simetria  de  um 

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Relatório Exames Nacionais 2010   12_90 

rectângulo, no segundo); o item 12.3. apresentava um problema que envolvia o cálculo da razão 

trigonométrica de um ângulo.  

 

Propostas de intervenção didáctica 

Tendo em vista minimizar as dificuldades apresentadas pelos alunos, é  fundamental  insistir na 

aquisição de conceitos e de propriedades e na sua aplicação. É também necessário continuar a 

propor problemas que exijam  interpretação e definição de uma estratégia. No que  respeita à 

Geometria, é importante que os alunos possam manipular materiais diversificados que facilitem 

a compreensão de conceitos e de propriedades. O recurso a programas de geometria dinâmica 

é, também, uma estratégia a considerar na leccionação deste tema. 

 

 

 

ENSINO SECUNDÁRIO 

 

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS 

Alemão – 5011 Na análise dos resultados da Prova Escrita de Alemão (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de 689 alunos (internos).  

Média nacional: 13,1  

 

Caracterização da prova 

A  prova  de  exame  desta  disciplina  seguiu  um modelo  baseado  em  tarefas,  que  consiste  na 

realização de uma ou mais  tarefas  complexas que  recobrem a demonstração de  competências 

integradas de leitura e de escrita.  

A  prova  era  composta  por  3  partes,  correspondentes  a  3  macro‐actividades  (activação, 

compreensão e produção escritas), a realizar em sequência. A tarefa final apresentava‐se sob a 

forma de 2 itens de produção escrita. 

As provas têm como suporte teórico a abordagem preconizada no Quadro Europeu Comum de 

Referência para as Línguas (2001), enquadrada pelo programa da disciplina. 

Em ambas as provas, são objecto de avaliação as competências de compreensão e de produção 

escritas definidas no programa, envolvendo a mobilização dos conteúdos programáticos.   

1  Alemão – 801: O reduzido número de alunos internos que realizaram o exame de Alemão com o código 801 não permite inferir conclusões a partir dos resultados.  

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Relatório Exames Nacionais 2010   13_90 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens A.1., A.3. e B.2.1. (com 

valores da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima  de,  respectivamente,  98,5%,  74,5%  e 

74%). No  item A.1. apenas era exigido o reconhecimento de vocabulário e a sua ordenação por 

categorias. O enfoque recaiu sobre a competência  lexical, em termos de memorização. No  item 

A.3., o examinando devia associar cada palavra a uma frase/expressão que a definia. A operação 

mental  implicada  no  item  remetia  para  o  nível  do  reconhecimento  e  da  transferência,  com 

enfoque  também  na  competência  lexical.  O  item  B.2.1. mobilizava  a  competência  discursiva, 

implicando leitura detalhada do texto para identificação de informação específica.  

 

Itens com pior desempenho 

O  item em que os alunos  revelaram pior desempenho  foi o  item B.2.3.  (com  valor da  cotação 

média em relação à cotação máxima de 43,3%). Trata‐se de um item de completamento que exige 

compreensão  pormenorizada  do  texto  e  da  função  dos  conectores  na  frase,  envolvendo  as 

competências discursiva e gramatical. 

 

Propostas de intervenção didáctica 

Conquanto os  resultados  tenham sido positivos na 1.ª  fase  (note‐se que apenas num  item o 

valor da cotação média em relação à cotação máxima é inferior a 50%), tem vindo a verificar‐se 

uma constante no tipo de itens que causam maiores dificuldades aos alunos, traduzindo‐se em 

piores  classificações.  Trata‐se  geralmente  de  itens  que  envolvem  conteúdos  linguísticos  do 

âmbito  gramatical  ou  itens  que  implicam  demonstração  da  compreensão  de  informação 

específica através de completamento de texto. São dificuldades recorrentemente evidenciadas 

pelos alunos, dada a complexidade estrutural da língua alemã.  

Acontece  ainda  que  os  alunos  têm  tendência  para  fazer  uma  leitura  palavra  a  palavra  dos 

textos, não  inferindo  sentidos e utilizando em demasia o dicionário para a  compreensão do 

vocabulário. Tal procedimento dificulta a compreensão global, tornando‐se também factor de 

perda de confiança e de tempo.   

Seria  recomendável  e  vantajoso  que  os  professores  adoptassem  estratégias  de  ensino  que 

permitissem aos alunos desenvolver estratégias de aprendizagem pró‐activas. Recomenda‐se: 

adopção  de  um  modelo  de  ensino‐aprendizagem  por  tarefas  próximas  do  real,  com 

incidência  no  desenvolvimento  de  competências  pragmáticas  (ex.:  estratégias  de 

aproximação ao texto, reconhecimento de elementos de coesão e sua função); 

aprendizagem  de  elementos  gramaticais  e  lexicais  para  efeitos  de  realização  de  uma 

tarefa, e não fora do contexto de comunicação; 

desenvolvimento de estratégias de memorização de vocabulário e de expressões comuns; 

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Relatório Exames Nacionais 2010   14_90 

aprendizagem e prática do uso racional do dicionário; 

desenvolvimento de estratégias de interpretação de textos com recurso a inferência e não 

apenas a compreensão factual;  

desenvolvimento de estratégias de produção de diferentes tipos de texto, com ênfase nas 

características próprias de cada um e nos elementos de coesão apropriados; 

enfoque  na  aprendizagem  e  na  aplicação  das  regras  básicas  de  pontuação  e  de 

demarcação das partes de um texto. 

 

 

Espanhol – 5472 Na análise dos resultados da Prova Escrita de Espanhol (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de 1946 alunos (internos).  Média nacional: 14,8  

 

Caracterização da prova 

A prova de exame desta disciplina era constituída por uma sequência de tarefas possibilitadoras 

de  apoio  linguístico  e  comunicativo, que preparavam o  examinando  para  a  realização  de  uma 

tarefa final de produção escrita. 

A sequência de tarefas envolvia os seguintes tipos de actividades: 

Actividades pré‐textuais, que visavam, por um  lado, a contextualização do tema da prova e, 

por outro, permitiam avaliar o desempenho do examinando na mobilização de competências 

e na activação de conhecimentos pertinentes para a realização da tarefa final; 

Actividades intermédias, que, por um lado, visavam a recolha e o tratamento de informações 

que  serviam  de  base  para  a  realização  da  tarefa  final  e,  por  outro,  permitiam  avaliar  o 

desempenho do examinando em actividades de compreensão de  leitura, de  interpretação e 

de produção de textos; 

Tarefa final – o corolário de todas as actividades desenvolvidas ao longo da prova, ou seja, o o 

momento em que todos os recursos seriam mobilizados. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens  em que os  alunos  revelaram melhor desempenho  foram os  itens 1., 4.1.  e  4.3.  (com 

valores da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima  de,  respectivamente,  98,9%,  89,2%  e 

85,8%).  Os  itens  1.  e  4.1.  correspondiam  a  itens  de  associação/correspondência.  O  primeiro 

2  Espanhol  –  847: O  reduzido  número  de  alunos  internos  que  realizou  o  exame  de  Espanhol  com  o código 847 não permite inferir conclusões a partir dos resultados.  

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Relatório Exames Nacionais 2010   15_90 

avaliava  essencialmente  as  competências  linguísticas  relativas  ao  léxico  em  contexto, 

relacionando palavras e campos semânticos, e o segundo avaliava compreensão de leitura. Dada a 

similitude entre as duas línguas, o aprendente de Espanhol facilmente relaciona as palavras com 

as expressões dadas. Os alunos, caso  seja necessário,  também podem utilizar o dicionário, não 

havendo quaisquer restrições. O item 4.3. era também um item que envolvia transcrição de frases 

ou expressões do texto e avaliava essencialmente as competências linguísticas relativas ao léxico 

em  contexto  e,  implicitamente,  a  competência  leitora.  Avaliava  também  as  competências 

comunicativas  em  língua:  competência  linguística  ao  nível  semântico  lexical  (significado  das 

palavras) e pragmático  (relações  lógicas no discurso), assim como ao nível discursivo ou  textual 

(relação de ideias). 

 

Itens com pior desempenho 

O item em que os alunos revelaram pior desempenho foi o item 5. (com valor da cotação média 

em  relação  à  cotação  máxima  de  40,8%).  Trata‐se  de  um  item  que  avaliava  diversas 

competências  comunicativas:  competência  linguística  gramatical,  semântica  gramatical, 

semântica pragmática e ortográfica, operacionalizadas através do completamento de  falas em 

diálogo,  transformando  o  infinitivo  dos  verbos  dados  nas  formas  adequadas  ao  contexto 

comunicativo. 

 

Propostas de intervenção didáctica 

Ainda que os resultados tenham sido positivos (de notar que apenas num item o valor da cotação 

média em relação à cotação máxima é inferior a 50%), é de salientar a existência de um item em 

que o valor da cotação média em relação à cotação máxima é de 66%. Da análise dos  itens com 

pior desempenho verifica‐se que os alunos revelam alguma dificuldade na operacionalização das 

várias  destrezas,  em  particular  da  compreensão  escrita  e  da  expressão  escrita.  Esta  última 

competência carece de uma maior atenção e prática efectiva em contexto de sala de aula, uma 

vez que,  além das dificuldades decorrentes da  familiaridade entre a  língua materna e a  língua 

estrangeira, revela ainda as fragilidades de expressão na própria língua materna. Seria importante 

que as práticas pedagógicas, de acordo com o programa, tivessem em conta a capacidade criativa 

dos falantes de uma língua e por essa razão proporcionassem situações comunicativas reais, com 

materiais autênticos e diversificados.  

Propõem‐se ainda medidas de natureza didáctica que:  

favoreçam a interacção comunicativa dentro da sala de aula, realizando tarefas significativas;  

fomentem nos alunos uma postura activa face à aprendizagem, conduzindo‐os à formulação de  hipóteses  e  à  activação  de  estratégias  de  aprendizagem,  evitando  atitudes  passivas dentro da sala de aula; 

promovam o trabalho sobre as competências linguísticas tendo sempre em conta o seu uso em contexto real; 

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Relatório Exames Nacionais 2010   16_90 

promovam  a  reflexão  sobre  o  funcionamento  da  língua,  salientando  as  diferenças  e  as semelhanças entre a língua espanhola e a língua portuguesa e a consequente superação das interferências; 

privilegiem a utilização de documentos autênticos e diversificados. 

 

 

Francês – 517 Na análise dos resultados da Prova Escrita de Francês (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de 1415 alunos (internos). Média nacional: 11,7 

 

Caracterização da prova 

A  prova  de  exame  era  constituída  por  três  partes  –  A,  B  e  C  –,  nas  quais  se  testavam  a 

competência de compreensão, de mediação/interacção e de produção escrita, respectivamente.  

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.1. e 1.3. (com valores 

da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 75,3% e 79,8%). Trata‐se de 

itens  de  resposta  fechada,  em  que  os  alunos  tinham  de  associar  cada  um  dos  4  documentos 

propostos  (cada  um  composto  por  fotografia  e  legenda)  à  serie  adequada  de  palavras 

relacionadas  do  ponto  de  vista  semântico  e  escolher  de  entre  os  4  documentos  aquele  que 

correspondia à situação de comunicação apresentada. Verifica‐se que os  itens que mobilizavam 

operações simples de associação e de escolha múltipla apresentaram resultados muito positivos.  

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 3.1. e 4.CL (com valores da 

cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 50,3% e 50,2%). Os dois itens 

eram de  resposta aberta, prevendo o primeiro a produção de uma  síntese de 25 palavras e o 

segundo  uma  resposta  extensa  (componente  linguística  da  «composição»,  onde  se  avaliava  a 

correcção formal da mesma; na componente pragmática, avaliada separadamente, o resultado é 

ligeiramente melhor, com um valor da cotação média em relação à cotação máxima de 51,3%). Os 

resultados apresentados, ainda que acima dos 50%, representam desempenhos menos bons. Para 

estes  resultados contribuirá o  facto de estarmos perante  itens que mobilizam competências de 

compreensão e de produção em simultâneo, tendo o examinando de sintetizar um texto, no item 

3.1., e de dominar e utilizar regularidades discursivas e linguísticas em ambos. Refira‐se, aliás, que 

se  trata  de  um  item  em  que  o  examinando  devia mobilizar  várias  capacidades  que,  às  vezes, 

também mobiliza de forma deficitária na sua própria língua. 

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Relatório Exames Nacionais 2010   17_90 

Propostas de intervenção didáctica 

Ainda  que  os  resultados  tenham  sido  positivos  (note‐se  a  inexistência  de  itens  com  valor  da 

cotação  média  em  relação  à  cotação  máxima  inferior  a  50%),  verificam‐se  ainda  algumas 

dificuldades  que  poderiam  ser  superadas  se  se  implementassem  mais  actividades  que 

permitissem desenvolver nos alunos estratégias de leitura global e de leitura fina. Relativamente à 

produção escrita, sugere‐se o desenvolvimento de trabalho em oficina de escrita, nomeadamente 

através de técnicas de brouillon. 

 

 

Inglês – 550  

Na análise dos resultados da Prova Escrita de Inglês (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de 

83 alunos (internos).3   

Média nacional: 14,6  

Caracterização da prova 

A  prova  de  exame  desta  disciplina  consiste,  no  seu  conjunto,  na  realização  de  uma  tarefa 

complexa,  que  se  desenvolve  através  de  uma  sequência  de  actividades  que  recobrem  a 

demonstração de  competências  integradas de  leitura e de escrita. A  tarefa desenvolve‐se em 

duas fases, que a seguir se explicitam:  

– Fase de Preparação  

Avalia  o  desempenho  do  examinando  na  mobilização  de  competências  e  na  activação  de 

conhecimentos pertinentes para a realização da actividade final. Neste caso,  itens 1., 2. e 3. da 

Actividade A. 

– Fase de Desenvolvimento 

Avalia o desempenho do  examinando  em duas  actividades que  implicam  a  interpretação  e  a 

produção de textos escritos em inglês.  

Interpretação de texto  

Visa a recolha e o tratamento de informação que serve de base para a realização da actividade 

final. Neste caso, itens 1., 2., 3., 4. e 5. da Actividade B. 

Produção de texto  

Visa  a  redacção  de  texto.  Neste  caso,  a  redacção  de  um  texto  expositivo/argumentativo: 

composição extensa (150‐220 palavras) da Actividade C. 

3  No  caso  particular  desta  disciplina,  e  não  obstante  o  reduzido  número  de  alunos  internos  que realizaram o exame no conjunto das duas fases, optou‐se, ainda assim, por seguir uma metodologia de análise idêntica à efectuada para as outras provas de exame no que respeita à 1.ª Fase.  

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   18_90 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens A.1., A.2. (com valores 

da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 85,4% e 91,5%) e o item C. 

(com 80,7% para a competência pragmática e 79,9% para a competência linguística). O item A.1. 

envolvia,  essencialmente,  o  conhecimento  de  vocabulário  (elementos  lexicais,  expressões  e 

palavras  isoladas),  mas  sem  incidência  na  correcção  linguística.  O  item  A.2.  envolvia, 

essencialmente,  o  reconhecimento  de  vocabulário  (elementos  lexicais,  expressões  e  palavras 

isoladas) e da organização do significado. O item C envolvia todas as competências pragmáticas e 

linguísticas  necessárias  à  produção  de  um  texto  escrito.  Pretendia  avaliar  a  competência 

linguística  (lexical,  gramatical,  semântica,  ortográfica)  e  a  competência  pragmática  (discursiva, 

funcional/estratégica), em contexto de produção/criação de um texto. 

 

Itens com pior desempenho 

Os  itens  em  que  os  alunos  revelaram  pior  desempenho  foram  os  itens  A.3.,  B.3.  e  B.4.  (com 

valores da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima  de,  respectivamente,  53,3%,  54,5%  e 

51,2%). O  item A.3.  (item de  resposta  fechada de  transformação) envolvia a  compreensão e  a 

reprodução  de  sentidos  ao  nível  da  frase,  pretendendo  avaliar  a  competência  linguística  e  a 

correcção gramatical  (conhecimento dos recursos gramaticais), em particular. Simultaneamente, 

envolvia a produção/manutenção de sentidos com recurso a elementos gramaticais equivalentes, 

tendo  os  alunos  revelado  alguma  dificuldade  linguística. O  item  B.3.  (item  de  resposta  curta) 

envolvia  a  interpretação/compreensão  de  sentidos  ao  nível  do  texto,  pretendendo  avaliar  as 

competências  semântica  e  lexical  (conhecimento  do  significado  das  palavras;  referência; 

conotação)  no  contexto  do  texto  da  prova.  Trata‐se  de  um  tipo  de  item  cuja  resposta  podia 

beneficiar da utilização do dicionário. Este item envolvia, também, o conhecimento do léxico e a 

produção de sentidos, tendo continuado a verificar‐se maiores dificuldades na compreensão de 

elementos lexicais num contexto. A resposta ao item B.4. (item de resposta curta), à semelhança 

da  resposta  ao  item  anterior,  podia  beneficiar  também  da  utilização  do  dicionário.  Este  item 

envolvia a  interpretação/compreensão e produção de  sentidos ao nível do  texto, pretendendo 

avaliar  as  competências  semântica  e  discursiva,  ao  nível  interpretativo, mas  também  ao  nível 

produtivo.  Envolvia,  igualmente,  o  conhecimento  e  a  capacidade  de  utilizar  o  léxico  para  a 

produção  de  sentidos.  Pretendia  avaliar  a  competência  semântica  lexical  (conhecimento  do 

significado das palavras; referência; conotação) e a competência discursiva. 

 

Propostas de intervenção didáctica 

Ainda que os resultados tenham sido muito positivos (note‐se a inexistência de itens com valor da 

cotação média em relação à cotação máxima inferior a 50%), continua a verificar‐se a dificuldade 

no  reconhecimento e na utilização de  vocabulário, em particular quando este  reconhecimento 

aparece associado à competência discursiva, ou seja, à capacidade para compreender/interpretar 

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Relatório Exames Nacionais 2010   19_90 

um  texto e, posteriormente, explicá‐lo ou reproduzi‐lo. Também a compreensão de  informação 

específica  do  texto,  nomeadamente  de  expressões  dependentes  do  contexto  ou  de  carácter 

idiomático,  revela  alguma  fragilidade,  a  qual  parece  ser  de  carácter  transversal.  Sugere‐se  a 

exploração  de  tipos  de  texto  variados,  com  o  objectivo  geral  de  melhorar  as  competências 

discursiva  e  lexical  dos  alunos.  As  actividades  utilizadas  (quer  de  compreensão/interpretação, 

quer de produção, devem, também elas, ser variadas e permitir o enriquecimento dos recursos 

linguísticos dos alunos, no sentido de, especificamente, melhorar: 

a utilização do contexto para a interpretação de sentidos; 

a selecção de  recursos  lexicais, por exemplo, que melhor se adaptem ao contexto do  texto 

que devem produzir. 

     

 

CIÊNCIAS NATURAIS 

 

BIOLOGIA E GEOLOGIA – 702 

Na análise dos resultados da Prova Escrita de Biologia e Geologia (1.ª fase), consideraram‐se as 

respostas de 28508 alunos (internos). 

Média nacional: 9,9  

Caracterização da prova 

A prova era constituída por 4 grupos. Cada um dos grupos  tinha como suporte documentos de 

texto  e  esquemas.  A  prova  reflectiu  uma  visão  integradora  dos  diferentes  conteúdos 

programáticos da disciplina, tendo as duas componentes da disciplina (Biologia e Geologia) uma 

ponderação idêntica. Foram avaliadas competências nos domínios conceptual e procedimental. 

O  Grupo  I,  referente  ao  conteúdo  de  Geologia,  incluiu  5  itens  de  escolha múltipla,  1  de 

associação/correspondência e 1 item de resposta aberta.  

O Grupo  II abordou conteúdos de Biologia,  incluindo 6  itens de escolha múltipla e 1  item de 

resposta  aberta.  O  item  de  resposta  aberta,  além  dos  suportes  referidos  anteriormente, 

apresentava  também  um  suporte  gráfico  e  pretendia  avaliar  competências  do  domínio 

procedimental. 

O Grupo  III,  também  referente  aos  conteúdos  de Geologia,  apresentava  5  itens  de  escolha 

múltipla, 1 item de ordenação e 1 item de resposta aberta. 

O  Grupo  IV  abordava  os  conteúdos  de  Biologia,  apresentando  uma  situação  experimental. 

Incluía 6 itens de escolha múltipla, 1 item de correspondência e 1 item de resposta aberta.  

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   20_90 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 3. e 4., do Grupo I, e o 

item  8.,  do  Grupo  IV  (com  valores  da  cotação  média  em  relação  à  cotação  máxima  de, 

respectivamente,  75,6%,  83,5%  e  77,5%).    Estes  itens,  2  de  escolha  múltipla  e  1  de 

associação/correspondência, avaliavam competências de conhecimento e compreensão de dados, 

modelos e teorias.  

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 3. e 7., do Grupo III, e o 

item  2.,  do  Grupo  IV  (com  valores  da  cotação  média  em  relação  à  cotação  máxima  de, 

respectivamente,  22,8%,  22,2%  e  24,1%).  Estes  itens,  dois  de  escolha  múltipla  e  um  de 

ordenação,  avaliavam  as  seguintes  competências:  interpretação  de  dados  fornecidos  em 

diversos suportes; mobilização e utilização de dados, conceitos, modelos e teorias; interpretação 

de  resultados  de  uma  experiência  científica  e  estabelecimento  de  relações  entre  conceitos. 

Constata‐se que a diferença entre os melhores desempenhos  se  situa  sobretudo ao nível das 

competências.  

Mais  uma  vez  se  verifica  que  os  alunos  apresentam maior  dificuldade  na mobilização  e  na 

utilização  de  dados,  conceitos,  modelos  e  teorias,  particularmente  quando  associados  à 

explicação  dos  contextos  em  análise  com  base  em  critérios  fornecidos.  Relativamente  aos 

conteúdos  avaliados,  verifica‐se  um  fraco  nível  de  desempenho  nos  itens  que  abordam  a 

formação do  sistema  solar, o  conceito de grau geotérmico e o metamorfismo. Assinalam‐se 

também  fragilidades no estabelecimento de  relações entre  conceitos e na  interpretação de 

resultados experimentais. 

 

Propostas de intervenção didáctica 

De modo geral, é possível  concluir que os baixos níveis de desempenho estão muitas vezes 

associados a fragilidades no domínio da compreensão e/ou expressão escrita, que dificultam a 

selecção  e  a  análise  de  determinados  suportes  e, obviamente,  a  produção  de  texto  escrito 

organizado  com  correcção  formal  e  de  conteúdo.  As  fragilidades  detectadas  sugerem  que 

possa haver intervenções didácticas que privilegiem os conteúdos em que foram identificadas 

dificuldades,  reforçando  a  diversificação  de  experiências  educativas,  na  resolução  de 

actividades que promovam a análise de situações‐problema e a construção de textos a partir 

da selecção e da análise de informação. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   21_90 

FÍSICA E QUÍMICA A – 715 

Na análise dos resultados da Prova Escrita de Física e Química A  (1.ª fase), consideraram‐se as 

respostas de 26820 alunos (internos). 

Média nacional: 8,5  

 

Caracterização da prova 

A prova apresentou 6 conjuntos de itens, um dos quais relativo às aprendizagens feitas no âmbito 

de uma actividade laboratorial prevista no programa. As duas componentes da disciplina (Física e 

Química) tiveram uma ponderação igual na cotação da prova. Também a cotação atribuída, quer à 

componente de Química, quer à componente de Física, se distribuiu de forma equilibrada pelos 

dois  anos  de  escolaridade  a  que  o  programa  se  refere.  A  prova  incluiu  14  itens  de  resposta 

fechada de escolha múltipla, 5 itens de resposta fechada curta, 5 itens de resposta aberta de texto 

e 4 itens de resposta aberta de cálculo. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens em que os alunos revelaram melhor desempenho  foram os  itens 1.2., 2.1. e 5.4.  (com 

valores da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima  de,  respectivamente,  82,0%,  89,6%  e 

76,5%). Todos estes itens eram de escolha múltipla. Avaliavam as seguintes competências: análise 

de informação apresentada sob a forma de um gráfico, conhecimento/compreensão de conceitos, 

selecção  de  informação  apresentada  num  texto,  mobilizando  operações  mentais  como  a 

identificação  de  informação  (por  exemplo,  a  apresentada  num  gráfico), o  reconhecimento  e  a 

aplicação  intuitiva de  informação  (por exemplo, a apresentada num texto), o conhecimento e o 

reconhecimento  de  informação.  Verifica‐se  que  os  itens  com  melhor  desempenho, 

independentemente  dos  conteúdos  científicos  a  eles  associados,  são  itens  que  testam 

conhecimentos  básicos  e/ou  requerem  a  selecção  de  informação  simples  apresentada  sob  a 

forma de um texto ou de um gráfico.   

 

Itens com pior desempenho 

Os  itens  em que os  alunos  revelaram pior desempenho  foram os  itens  1.3., 2.4.  e 4.5.  (com 

valores da cotação média em  relação à cotação máxima de,  respectivamente, 14,6%, 15,7% e 

15,9%).  Estes  itens mobilizam  competências  de  grau  elevado  e  envolvem  operações mentais 

complexas: o estabelecimento de  relações entre  conceitos e a explicitação dessas  relações, a 

interpretação de situações ou de suportes apresentados sob diversas formas, a mobilização de 

conhecimentos/aprendizagens  para  a  interpretação/aplicação  em  novos  contextos  e, 

frequentemente,  a  construção  de metodologias  de  resolução  ou  a  construção  de  textos  que 

apresentem um raciocínio demonstrativo.        

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   22_90 

Propostas de intervenção didáctica 

Pode  concluir‐se que não há uma  correlação  forte entre o grau de dificuldade dos  itens e os 

conteúdos científicos neles abordados. O grau de dificuldade dos  itens está antes  relacionado 

com  o  número  de  passos  requeridos  para  a  sua  resolução  e  com  a  complexidade  das 

competências e das operações mentais envolvidas. Uma área de carácter transversal na qual os 

alunos  desta  disciplina  revelam  particulares  fragilidades  é  a  concepção  de metodologias  de 

resolução, já que se revelam pouco capazes de desenvolver um raciocínio lógico e metódico que 

lhes permita estabelecer, de forma autónoma, para um determinado  item, as várias etapas de 

resolução.  

Os  alunos  revelam  igualmente  dificuldades  na  construção  de  textos  (de  maior  ou  menor 

extensão)  que  impliquem  raciocínios  demonstrativos  com  o  objectivo  de,  por  exemplo, 

apresentarem uma justificação ou fundamentarem uma determinada conclusão. Também neste 

caso, a falta de um raciocínio lógico‐dedutivo estruturado, aliada a dificuldades na comunicação 

escrita,  torna  os  itens  de  produção  de  texto,  na  sua maioria,  itens  de  insucesso. O  grau  de 

dificuldade  dos  itens  de  cálculo  parece,  assim,  estar  ligado  não  tanto  a melhores  ou  piores 

competências de cálculo (um pouco irrelevantes nos itens que têm surgido em exame, uma vez 

que aqueles envolvem apenas resoluções matemáticas simples), mas antes ao estabelecimento 

de  uma  metodologia  de  resolução  adequada.  Sugere‐se  um  modelo  de  aprendizagem  por 

tarefas, que possibilite um melhor  e mais  integrado desenvolvimento das  competências  e de 

acordo com o qual os alunos se possam  tornar mais autónomos na abordagem das situações‐ 

‐problema propostas, conseguindo estabelecer estratégias de resolução adequadas. 

CIÊNCIAS SOCIAIS 

 

ECONOMIA A – 712 

Na  análise  dos  resultados  da  Prova  Escrita  de  Economia  A  (1.ª  fase),  consideraram‐se  as 

respostas de 4576 alunos (internos). 

Média nacional: 13,5  

 

Caracterização da prova  

A prova desta disciplina era constituída por 3 grupos de itens. 

O Grupo  I era constituído por 18  itens de resposta  fechada de escolha múltipla. O Grupo  II e o 

Grupo III eram constituídos por um total de 7  itens de resposta aberta (1 de resposta curta e os 

restantes 6 de resposta extensa).  

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   23_90 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho pertenciam todos ao Grupo I, a saber, 

os  itens  5.,  10.  e  16.  (com  valores  da  cotação  média  em  relação  à  cotação  máxima  de, 

respectivamente, 91,3%, 91,2% e 92%). Trata‐se de itens de resposta fechada de escolha múltipla, 

que mobilizavam as seguintes competências/conteúdos:  identificar a fórmula do cálculo da taxa 

de  desemprego,  identificar  o  critério  de  classificação  dos  agentes  económicos  por  sectores 

institucionais e identificar as funções económicas e sociais do Estado. 

 

Itens com pior desempenho 

Os  itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram: o  item 18., do Grupo  I  (com um 

valor da cotação média em relação à cotação máxima de 32%), o  item 3., do Grupo  II  (com um 

valor da cotação média em relação à cotação máxima de 43,5%), e o item 3., do Grupo III (com um 

valor da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima de  53,7%).  Estes  itens, um de  resposta 

fechada  de  escolha  múltipla  e  os  outros  dois  de  resposta  aberta,  avaliavam  as  seguintes 

competências/conteúdos:  identificar  os  desafios  da  UE  resultantes,  nomeadamente,  de  novos 

alargamentos, caracterizar sectores institucionais e caracterizar vários tipos de moeda.  

Estes  resultados  revelam  algumas  fragilidades  que  são  evidenciadas  a  vários  níveis, 

designadamente, na: 

reprodução rigorosa de conceitos; 

demonstração da compreensão de conceitos; 

interpretação de documentos e na explicitação do seu conteúdo; 

apresentação  de  um  discurso  escrito  organizado,  articulado  e  coerente,  com  correcção 

formal e de conteúdo; 

elaboração de sínteses escritas associadas a tarefas que requeiram a mobilização de diversas 

competências; 

mobilização de conhecimentos e na sua aplicação a novas situações; 

aplicação de raciocínios matemáticos e na sua apresentação de forma rigorosa. 

 

Algumas das fragilidades detectadas apresentam um carácter transversal, ultrapassando, assim, 

o domínio específico desta disciplina. 

 

Propostas de intervenção didáctica 

Sugere‐se  uma  melhor  adequação  do  processo  de  ensino‐aprendizagem  às  exigências  do 

programa,  sobretudo  no  que  respeita  aos  objectivos  e  ao  grau  de  aprofundamento  dos 

conteúdos.  Além  disso,  sugere‐se  a  adopção  de  estratégias  de  ensino‐aprendizagem  que 

favoreçam: o conhecimento rigoroso dos conceitos e a sua aplicação em situações novas e/ou 

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Relatório Exames Nacionais 2010   24_90 

problemáticas,  nomeadamente,  em  situações  mais  complexas,  que  exijam  várias  etapas  de 

raciocínio para a sua  resolução; a articulação dos conhecimentos dentro da mesma unidade e 

entre unidades lectivas diferentes; a análise de documentos de natureza diversa; a elaboração de 

sínteses  articuladas,  coerentes,  adequadas  ao  solicitado  e  com  recurso  à  terminologia  da 

disciplina.   

 

 

GEOGRAFIA A – 719  

Na  análise  dos  resultados  da  Prova  Escrita  de  Geografia  A  (1.ª  fase),  consideraram‐se  as 

respostas de 14294 alunos (internos). 

Média nacional: 11   

 

Caracterização da prova 

A prova era constituída por 6 grupos de itens.  

Os  itens  dos Grupos  I,  II,  III  e  IV  eram  constituídos  por  itens  de  resposta  fechada  de  escolha 

múltipla. Cada grupo continha 5 itens. Os Grupos V e VI eram ambos constituídos por 3 itens de 

resposta curta e por 1 item de resposta extensa orientada. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os seguintes: item 4., do Grupo I, 

item 4., do Grupo III, e item 1., do Grupo IV (com valores da cotação média em relação à cotação 

máxima de, respectivamente, 93,4%, 90,2% e 92,5%). Todos os itens eram de resposta fechada de 

escolha múltipla e, no caso dos itens dos Grupos I e III, mobilizavam competências de reprodução, 

sendo relativos a conhecimentos abordados com frequência nos vários temas da disciplina ou de 

interesse geral. O item do Grupo IV consistia na leitura de gráficos. 

 

Itens com pior desempenho 

Os  itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram: o  item 2., do Grupo  I  (com um 

valor da cotação média em relação à cotação máxima de 6,9%), o item 1., do Grupo IV (com um 

valor da cotação média em relação à cotação máxima de 25,9%), e o item 3., do Grupo V (com 

um valor da cotação média em relação à cotação máxima de 10,3%). No primeiro caso, trata‐se 

de um  item de  resposta  fechada de escolha múltipla com um mapa como suporte. Parece  ter 

havido uma  leitura desatenta do  suporte do  item ou alguma  falta de  treino na exploração de 

suportes deste  tipo. No caso do  item 1., do Grupo  IV,  trata‐se de um  item em que se pedia a 

caracterização de uma paisagem a partir da observação de uma imagem. Os resultados parecem 

indicar alguma falta de treino na observação de imagens. Os resultados do item 3., do Grupo V, 

mostram alguma falta de rigor na abordagem científica da situação apresentada.   

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Relatório Exames Nacionais 2010   25_90 

Propostas de intervenção didáctica 

A  análise  dos  resultados  globais  da  prova  permite  concluir  que  é  necessário  reforçar  a 

aprendizagem rigorosa dos conceitos, de forma a permitir a sua explicitação quer em respostas 

curtas, quer em respostas extensas orientadas. Permite também concluir que é necessário, por 

um  lado,  desenvolver  competências  no  âmbito  da  exploração  de  suportes  vários, 

nomeadamente de  imagens,  as quais  são  importantes para o desenvolvimento dos  conceitos 

fundamentais  da  disciplina,  e,  por  outro,  reforçar  competências  que  permitam  aprofundar  o 

processo  que  deve  estar  subjacente  à  elaboração  de  respostas  extensas,  que  convocam 

operações mentais mais complexas.  

  

 

HISTÓRIA A – 623 

Na análise dos resultados da Prova Escrita de História A (1.ª fase), consideraram‐se as respostas 

de 10595 alunos (internos). 

Média nacional: 11,9  

 

Caracterização da prova  

A prova apresentava 2 grupos de itens. Um grupo tinha por suporte um documento escrito longo. 

O outro grupo  tinha por suporte cinco documentos de natureza diversa  (texto,  imagens, dados 

quantitativos organizados em quadro e mapa), sendo que dois desses documentos apresentavam 

perspectivas diferentes, e todos possibilitavam o estabelecimento de inter‐relações, em ordem ao 

esclarecimento da problemática decorrente dos módulos 8 e 9 do programa. Todos os  itens da 

prova  exigiam  a  análise  dos  documentos  apresentados  e  alguns  requeriam  a mobilização  de 

aprendizagens relativas a mais do que um dos módulos do programa. A prova integrou 6 itens de 

construção  de  resposta  restrita  e  1  item  de  construção  de  resposta  extensa  com  tópicos  de 

orientação temática,  integrado num dos grupos que tinha por suporte documentos de natureza 

diversa e exigia uma resposta desenvolvida, bem como a síntese de aspectos relacionados com 

aprendizagens estruturantes do programa, em articulação com as fontes apresentadas. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens em que os alunos revelaram melhor desempenho  foram os seguintes:  itens 1. e 2., do 

Grupo I, e  item 3., do Grupo II, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, 

respectivamente, 72,3%, 81,8% e 75,6%. Destaca‐se o bom desempenho obtido no  item 2., do 

Grupo I, explicado por requerer apenas a identificação e a mobilização de informação presente no 

suporte documental (fonte escrita). 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   26_90 

Itens com pior desempenho 

Os  itens em que os alunos  revelaram pior desempenho  foram o  item 3., do Grupo  I, com um 

valor da cotação média em relação à cotação máxima de 49,2%, e os  itens 2. e 4., do Grupo II, 

com  valores  da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima  de,  respectivamente,  44,7%  e 

46,1%. Destaca‐se o fraco desempenho obtido no  item 2., do Grupo  II, que pode ser explicado 

pelo  facto  de  se  tratar  de  um  item  que  mobilizava  as  competências  de  análise  de  dois 

documentos  iconográficos  e,  simultaneamente,  exigia  a  comparação  e  a  explicação  das 

diferentes perspectivas presentes nessas fontes.  

 

Propostas de intervenção didáctica  

De  acordo  com  os  resultados  obtidos,  a  análise  dos  documentos/fontes  históricas  e  a 

mobilização da informação que lhes está subjacente para a construção das respostas constituem 

a área mais problemática no desempenho dos alunos. Constata‐se que, em muitas das respostas, 

não há interpretação do documento. Noutros casos, e também em grande número, a sua análise 

é muito  superficial. Verifica‐se,  ainda, o uso  recorrente da paráfrase quando o  suporte é um 

documento escrito. São também de assinalar as dificuldades dos alunos ao nível da competência 

da  comunicação  escrita  em  língua  portuguesa,  nomeadamente,  na  compreensão  plena  dos 

enunciados das provas e na construção e articulação do discurso escrito, no qual se constata a 

escassa  utilização  da  terminologia  específica  da  disciplina  de  História.  Estas  dificuldades  são 

gerais e verificam‐se nas respostas aos itens das provas de História A e de História B. 

Para  garantir  uma  melhoria  do  desempenho  dos  alunos,  a  intervenção  didáctica  deve  ser 

reforçada nos domínios do desenvolvimento e do reforço das práticas de análise documental e 

de cotejo da  informação presente nos suportes documentais, da análise de fontes de natureza 

diversa e  com perspectivas diferentes, do desenvolvimento das  competências enunciadas nos 

programas  de  História  A  e  B  e,  ainda,  na  testagem  dessas  competências,  ou  seja,  das 

competências expectáveis. 

 

 

HISTÓRIA B – 723 

Na análise dos resultados da Prova Escrita de História B (1.ª fase), consideraram‐se as respostas 

de 691 alunos (internos). 

Média nacional: 12,2  

 

Caracterização da prova  

A prova apresentava 3 grupos de  itens. Os Grupos  I e  III  tinham por  suporte documentos de 

natureza diversa  (textos,  imagens, dados quantitativos organizados em  gráfico  e em quadro). 

Estes  documentos  possibilitavam  o  estabelecimento  de  inter‐relações,  em  ordem  ao 

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Relatório Exames Nacionais 2010   27_90 

esclarecimento de uma problemática decorrente de módulos do programa. O Grupo II teve por 

suporte um documento escrito longo, relacionado com diferentes rubricas de dois módulos (4 e 

5). Todos os itens da prova exigiam a análise dos documentos apresentados e alguns requeriam a 

mobilização de aprendizagens  relativas a mais do que um dos módulos do programa. A prova 

integrava 6 itens de construção de resposta restrita e 1 item de construção de resposta extensa. 

O  item de resposta extensa apresentava tópicos de orientação temática, estava  integrado num 

dos  grupos  que  tinham  por  suporte  documentos  de  natureza  diversa  e  exigia  uma  resposta 

desenvolvida.  Este  item  solicitava  a  síntese  de  aspectos  relacionados  com  aprendizagens 

estruturantes do programa, em articulação com as fontes apresentadas. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os seguintes: os itens 2. e 3., do 

Grupo I, e o item 1., do Grupo III, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, 

respectivamente, 76,1%, 64,3% e 93%. Destaca‐se o desempenho obtido no item 1., do Grupo III, 

com grau de dificuldade baixo, por  solicitar a  identificação de elementos presentes no  suporte 

documental (texto).  

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 1., do Grupo I, o item 2., do 

Grupo II, e o item 2., do Grupo III, com valores da cotação média em relação à cotação máxima 

de, respectivamente, 38,3%, 50,1% e 53%. Destaca‐se o fraco desempenho obtido no item 1., do 

Grupo I, um item que solicitava a identificação de elementos presentes no suporte documental, 

mas  cujo  grau  de  dificuldade  resultou  da  natureza  do  suporte  documental,  uma  fonte 

iconográfica (caricatura).  

 

Propostas de intervenção didáctica  

De  acordo  com  os  resultados  obtidos,  a  análise  dos  documentos/fontes  históricas  e  a 

mobilização da informação que lhes está subjacente para a construção das respostas constituem 

a área mais problemática no desempenho dos alunos. Constata‐se que em muitas das respostas 

não há interpretação do documento. Noutros casos, e também em grande número, a sua análise 

é muito  superficial. Verifica‐se,  ainda, o uso  recorrente da paráfrase quando o  suporte é um 

documento escrito. São também de assinalar as dificuldades dos alunos ao nível da competência 

da  comunicação  escrita  em  língua  portuguesa,  nomeadamente,  na  compreensão  plena  dos 

enunciados das provas e na construção e articulação do discurso escrito, no qual se constata a 

escassa  utilização  da  terminologia  específica  da  disciplina  de  História.  Estas  dificuldades  são 

gerais e verificam‐se nas respostas aos itens das provas de História A e de História B. 

Para  garantir  uma  melhoria  do  desempenho  dos  alunos,  a  intervenção  didáctica  deve  ser 

reforçada nos domínios do desenvolvimento e do reforço das práticas de análise documental e 

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Relatório Exames Nacionais 2010   28_90 

de cotejo da  informação presente nos suportes documentais, da análise de fontes de natureza 

diversa e  com perspectivas diferentes, do desenvolvimento das  competências enunciadas nos 

programas  de  História  A  e  B  e,  ainda,  na  testagem  dessas  competências,  ou  seja,  das 

competências expectáveis. 

 

 

HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES – 724 

Na  análise  dos  resultados  da  Prova  Escrita  de  História  da  Cultura  e  das  Artes  (1.ª  fase), 

consideraram‐se as respostas de 2373 alunos (internos). 

Média nacional: 10,9 

 

Caracterização da prova  

Na estrutura da prova, os dez módulos do programa foram distribuídos por 3 grupos de itens. 

O Grupo I incluía itens referentes aos módulos 1 e 3 de 10.º Ano. 

O Grupo II incluía itens referentes aos módulos 6, 7 e 8 do 11.º Ano. 

O Grupo III incluía itens referentes aos módulos 9 e 10 do 11.º Ano. 

A prova apresentava  itens de tipologia diversificada –  itens de escolha múltipla, de associação, 

de resposta fechada curta e de resposta extensa.  

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os seguintes: os itens 1.1. e 2., 

do Grupo  I,  e  o  item  1.1.,  do Grupo  II  (com  valores  da  cotação média  em  relação  à  cotação 

máxima de, respectivamente, 79,7%, 73,6% e 77,7%). No caso do item 1.1, do Grupo I, trata‐se de 

um  item de escolha múltipla, que mobilizava a competência de  identificação, à  semelhança do 

item 1.1., do Grupo II, embora este fosse de resposta fechada curta. No caso do item 2., do Grupo 

I,  de  resposta  aberta,  a  competência mobilizada  foi  a  análise  da  especificidade  formal  de  um 

objecto artístico. 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 1.2. e 3., do Grupo I, e o 

item  2.2.,  do  Grupo  II  (com  valores  da  cotação  média  em  relação  à  cotação  máxima  de, 

respectivamente, 17,1%, 42,7% e 38,7%). Tanto o  item 1.2., do Grupo  I, como o  item 2.2., do 

Grupo II, eram itens de resposta curta que mobilizavam competências simples, como a indicação 

da origem do  teatro e a  identificação de uma  técnica. O  item 3., do Grupo  II, era um  item de 

resposta extensa que implicava a mobilização de competências diversas, como a caracterização 

de um contexto e a análise da especificidade técnica e formal de um objecto artístico. 

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Relatório Exames Nacionais 2010   29_90 

Propostas de intervenção didáctica 

Existem  alguns  condicionalismos  que  estão  na  base  dos  resultados  menos  positivos  nesta 

disciplina,  nomeadamente,  o  facto  de  a  disciplina  ter  início  no  10.º  ano,  um  ano  em  que  os 

alunos revelam ter pouca cultura geral, que se traduz numa compreensão superficial da História, 

dos movimentos e das  tendências culturais, dos contextos sociais e económicos dos séculos e 

dos países de referência, bem como dos conceitos fundamentais, não permitindo uma efectiva 

consolidação  da  compreensão  das  relações  entre  a  arte  e  a  cultura  de  uma  dada  época. Na 

medida do possível, deve fazer‐se uma revisão dos conteúdos do 10.º ano ao longo do 11.º ano, 

de modo  a  possibilitar  a  identificação  e/ou  a  caracterização  de  acontecimentos,  biografias  e 

casos  práticos.  Por  outro  lado,  será  de  investir  no  treino  de  mobilização  de  competências 

diversas,  requeridas  pelos  itens  de  resposta  extensa,  através  da  realização  de  exercícios 

formativos e da integração deste tipo de itens nos testes de avaliação interna. 

 

 

EXPRESSÕES 

 

DESENHO A – 706 

Na análise dos resultados da Prova Prática de Desenho A (1.ª fase), consideraram‐se as respostas 

de 4043 alunos (internos). 

Média nacional: 12,5 

 

Caracterização da prova  

A prova continha 2 grupos de itens de resposta aberta de expressão gráfica.  

A prova permitiu avaliar as seguintes competências e conteúdos:  

Observar e registar com elevado poder de análise; 

Aplicar procedimentos e técnicas com correcção e adequação; 

Evidenciar a capacidade de síntese no domínio das operações abstractas; 

Ler criticamente mensagens de origens diversificadas; 

Agir como autor de novas mensagens utilizando a criatividade e a invenção. 

De acordo com as competências identificadas, foram considerados em ambos os grupos: 

o domínio dos diversos meios actuantes; 

a capacidade de análise e representação de objectos; 

o  domínio  e  a  aplicação  de  princípios  e  estratégias  de  composição  e  estruturação  na 

linguagem plástica. 

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Relatório Exames Nacionais 2010   30_90 

No Grupo II foram ainda consideradas: 

a capacidade de síntese: transformação – gráfica e invenção; 

a coerência formal e conceptual das formulações gráficas produzidas. 

Uma vez que os alunos tiveram um desempenho muito semelhante em todos os itens, destacam‐

‐se as competências avaliadas através da análise dos  resultados por parâmetro. É a análise dos 

resultados nestes parâmetros que está na base das conclusões que se apresentam de seguida. 

 

Parâmetros com melhor desempenho 

O parâmetro «domínio e aplicação de princípios e estratégias de composição e estruturação na 

linguagem plástica», com valores da cotação média em relação à cotação máxima de 81% e 90% 

nos  itens 1. e 2., do Grupo  I, respectivamente,  foi aquele em que os alunos revelaram melhor 

desempenho. Avaliava‐se o enquadramento do registo no espaço da folha, de fácil execução e 

muito treinado pelos alunos.  

 

Parâmetros com pior desempenho 

O  parâmetro  em  que  os  alunos  revelaram  pior  desempenho  foi  «a  capacidade  de  síntese: 

transformação  –  gráfica  e  invenção»,  com  um  valor  da  cotação média  em  relação  à  cotação 

máxima de 50,5%. Avaliava‐se o desempenho do aluno na continuação adequada do pormenor 

dado, no qual deveria evidenciar criatividade e invenção na imagem apresentada. 

«A capacidade de análise e representação de objectos» apresentou valores da cotação média em 

relação à cotação máxima de 56% e 58,2%, nos  itens 1. e 2., do Grupo I. Trata‐se de exercícios 

em que  se  exigia  a observação de um modelo  e  a  sua  representação  com  rigor,  correcção  e 

expressividade,  utilizando‐se,  no  primeiro,  um  traçado  mais  elaborado  e,  no  segundo,  um 

traçado mais rápido. 

 

Propostas de intervenção didáctica 

Da análise dos dados pode concluir‐se que persistem as dificuldades na capacidade de síntese: 

transformação – gráfica e invenção e na capacidade de análise e de representação de objectos.  

Como medidas para superação destas dificuldades, propomos uma prática lectiva mais atenta ao 

desenvolvimento da criatividade e da  imaginação, assim como o reforço da utilização do diário 

gráfico,  para  criação  de  hábitos  de  registo  e  de  prática,  com  vista  ao  desenvolvimento  e  à 

personalização do traço, acompanhados da leitura de obras relevantes na área do desenho para 

maior  familiarização  com  os  vocábulos.  Também  nos  parece  importante  a  leitura  atenta  dos 

critérios  de  correcção  dos  exames  de  anos  anteriores,  pois  os  estudos  demonstram  que  os 

alunos conseguem um melhor desempenho quando os critérios são previamente conhecidos.   

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   31_90 

GEOMETRIA DESCRITIVA A – 708 

Na análise dos resultados da Prova Prática de Geometria Descritiva A (1.ª fase), consideraram‐se 

as respostas de 6036 alunos (internos). 

Média nacional: 8,9 

 

Caracterização da prova  

A  prova  era  constituída  por  4  itens  para  resolução  exclusivamente  gráfica,  que  implicavam 

metodologias que permitiam converter entidades geométricas definidas no espaço tridimensional 

em representações bidimensionais. As competências implicadas, comuns a todos os itens, eram as 

seguintes:  percepção  e  visualização  no  espaço;  aplicação  dos  processos  construtivos  da 

representação;  reconhecimento  da  normalização  referente  ao  desenho;  utilização  dos 

instrumentos  de  desenho  e  execução  dos  traçados;  utilização  da  Geometria  Descritiva  em 

situações de comunicação e registo; representação de formas reais ou imaginadas. A construção 

das respostas a cada um dos itens resulta de um processo faseado, que envolve vários temas do 

programa e que aparece  sistematizado em quatro categorias  (referidas como parâmetros), que 

estruturam os critérios específicos de classificação: A – Tradução gráfica dos dados; B – Processo 

de  resolução;  C  –  Apresentação  gráfica  de  solução;  D  – Observância  das  convenções  gráficas 

usuais  aplicáveis,  rigor  de  execução  e  qualidade  expressiva  dos  traçados.  É  a  análise  destes 

parâmetros que está na base das conclusões que se apresentam de seguida. 

 

Itens com melhor desempenho 

Em ambas as fases, destacam‐se os elevados valores obtidos no parâmetro A de todos os itens, 1., 

2., 3.  e 4.,  com  valores da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima de,  respectivamente, 

96,5%,  71,5%,  95,7%  e  78,4%.  Tratando‐se  de  uma  representação  gráfica,  era  uma  mera 

representação de elementos geométricos básicos e isolados, que só nas etapas posteriores (B e C) 

tinham de ser relacionados. Destaca‐se ainda o desempenho obtido no item 3., com um valor da 

cotação média em relação à cotação máxima de 71% no parâmetro B, 50,6% no parâmetro C e 

56,4% no parâmetro D. Este  item apresentava uma situação simples quer de visualizar, quer de 

determinar. Os processos envolvidos para a obtenção de pontos da secção eram directos, fazendo 

apelo a níveis de raciocínio mais elementares.  

 

Itens com pior desempenho 

O  item  em que os  alunos  revelaram pior desempenho  foi o  item 1.,  com  valores da  cotação 

média em relação à cotação máxima de 18,2% no parâmetro B, 12,7% no parâmetro C e 19,1% 

no parâmetro D. Este item requeria um raciocínio metódico (e mesmo a descoberta de caminhos 

menos habituais). Situação idêntica ocorreu no caso do item 2., em que se solicitava o trabalho 

com  entidades  geométricas mais  abstractas  –  paralelismo  de  rectas  e  de  planos,  problemas 

métricos,  figuras  planas  e  sobretudo  questões  de  perpendicularidade,  nomeadamente  entre 

duas rectas. 

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Relatório Exames Nacionais 2010   32_90 

Propostas de intervenção didáctica 

O domínio da compreensão da expressão escrita é fundamental para a correcta interpretação dos 

enunciados  e  consequente  hipótese  de  resolução  correcta.  Também  faz  parte  integrante  do 

processo  resolutivo  de  um  problema  de  Geometria  Descritiva  a  existência  de  um  percurso 

faseado, de ordem não arbitrária, que tem de ser decidido pelo aluno. Por outro  lado, uma vez 

que o programa  requer elevada  capacidade de abstracção e de visualização, e que  implica um 

raciocínio  disciplinado,  sugere‐se  que,  nas  aulas,  se  faça  apelo  ao  desenvolvimento  das 

capacidades  referidas,  tentando  fazer  compreender  que  os métodos  estudados  são  comuns  a 

várias  tipologias de exercícios. Assim, os alunos poderão deixar de encarar os problemas como 

casos isolados, para os quais é necessário aplicar uma «receita», e passar a ser capazes de resolver 

situações novas. 

 

 

PORTUGUÊS E LATIM 

 

LATIM A – 732 

Na análise dos resultados da Prova Escrita de Latim A (1.ª fase), consideraram‐se as respostas de 

153 alunos (internos). 

Média nacional: 11,5  

 

Caracterização da prova  

A prova constava de 5 grupos. O Grupo I era constituído por 8 itens de resposta curta (questões 

de morfossintaxe),  centrados  no  texto,  que  visavam  a  avaliação  da  competência  linguística  e 

preparavam a compreensão do texto com vista à tradução, requerida no Grupo  II. Neste grupo, 

solicitava‐se a  tradução do  texto,  tarefa que  requer a  testagem de competências  transversais a 

todo  o  programa.  O  Grupo  III  (competência  linguística)  era  constituído  por  itens  de  resposta 

fechada  (transformação  e  associação/correspondência).  O  terceiro  item  era  um  exercício  de 

tradução  de  uma  pequena  frase  (de  18  palavras)  de  português  para  latim.  O  Grupo  IV  era 

constituído  por  3  itens  (1  de  escolha múltipla,  1  de  resposta  curta  e  1  de  resposta  restrita). 

Finalmente, o Grupo V testava competências relativas aos conhecimentos de cultura e civilização 

romanas. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   33_90 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1.3 e 2.2., do Grupo IV 

(com  valores  da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima  de,  respectivamente,  98,4%  e 

92,2%). Em ambos se avaliavam competências de relacionação lexical entre o latim e o português, 

a partir de vocábulos de uso mais ou menos comum. Destacam‐se ainda os  itens 1.1. e 1.3., do 

Grupo I, e os  itens 1.1. e 1.2., do Grupo IV, com valores da cotação média em relação à cotação 

máxima acima de 70,5%.  

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 2.1. e 2.2., do Grupo I, e o 

item  1.5,  do  Grupo  IV  (com  valores  da  cotação  média  em  relação  à  cotação  máxima  de, 

respectivamente,  48,5%,  34,6%  e  30,7%).  Os  dois  itens  do  Grupo  I  incidiam  sobre  aspectos 

morfossintácticos  elementares,  a  saber:  identificação  de  uma  forma  pronominal  (genitivo  do 

singular de  is, ea,  id, um dos pronomes de uso mais  frequente na  língua  latina e  cuja  flexão e 

emprego constam do programa);  identificação do referente deste pronome, fundamental para a 

compreensão do texto latino. O item do Grupo IV parece também ter oferecido uma dificuldade 

pouco  compreensível,  pois  apenas  se  solicitava  que  o  examinando  transcrevesse  do  texto  o 

vocábulo etimologicamente relacionado com a palavra portuguesa «concurso». A resposta seria 

accurrit.  A  simples  consulta  do  dicionário  poderia  ter  resolvido  a  questão,  mesmo  que  o 

examinando desconhecesse este verbo latino (de uso frequente).  

 

Propostas de intervenção didáctica 

A análise dos  resultados  leva‐nos a  concluir que os  conhecimentos da morfossintaxe da  língua 

latina precisam de maior consolidação, pois constituem o fundamental de uma aprendizagem que 

permita  a  obtenção  de  melhores  resultados.  O  desconhecimento  e/ou  o  conhecimento 

insuficiente da gramática da língua portuguesa é um dos factores que dificultam a aprendizagem 

da  língua  latina,  sobretudo  quando  se  trata  do  conhecimento  explícito  do  funcionamento  da 

língua, imprescindível para um desempenho minimamente satisfatório na disciplina de Latim. 

Por outro lado, as dificuldades reveladas na competência da escrita – relevante nos Grupos II e V – 

contribuem para o desempenho menos satisfatório nestes  itens. Os resultados no Grupo V, em 

particular, evidenciam dificuldades em estruturar uma resposta mais extensa. 

Reconhece‐se a necessidade do reforço da aprendizagem da língua portuguesa, concretamente da 

expressão  escrita,  e  a  necessidade  do  reconhecimento  do  valor  e  da  importância  do 

conhecimento do  funcionamento da  língua portuguesa, sem o qual os alunos não podem, num 

programa de dois anos de  língua  latina, adquirir as  competências que  conduzam a um melhor 

desempenho na disciplina de Latim. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   34_90 

LITERATURA PORTUGUESA – 734  

Na análise dos resultados da Prova Escrita de Literatura Portuguesa (1.ª fase), consideraram‐se 

as respostas de 1755 alunos (internos). 

Média nacional: 10,29  

 

Caracterização da prova  

A prova avaliava competências de Leitura e de Escrita (correspondendo, respectivamente, a 60% e 

a  40%  da  cotação  total  da  prova)  e  era  constituída  por  3  grupos  de  itens  que  incidiam  sobre 

conteúdos programáticos pertencentes aos dois anos de formação em Literatura Portuguesa. 

 No Grupo I, foram objecto de avaliação competências de leitura da poesia lírica através de 4 itens 

de  resposta  restrita.  O  texto  literário  apresentado  foi  o  poema  Ela  canta,  pobre  ceifeira,  de 

Fernando Pessoa. 

No Grupo II, os 4 itens de resposta restrita incidiram sobre competências de leitura de um texto 

narrativo. Neste  caso,  a  escolha  textual  recaiu  num  excerto  de  uma  crónica  de  António  Lobo 

Antunes, intitulada «A Praia das Maçãs».  

O Grupo III integrava 1 item de resposta extensa (ou item de ensaio), cuja avaliação se centrava na 

produção de um  juízo  crítico de  leitura que  exigia  a mobilização dos  saberes  interpretativos e 

estratégicos  de  um  texto  literário  indicado  no  corpus  de  leitura  obrigatória,  tendo  a  selecção 

incidido num conteúdo específico do Módulo 1 do 10.º ano (excertos de uma crónica de Fernão 

Lopes – Crónica de D. Pedro ou Crónica de D. João I). As instruções do item forneciam indicações 

quanto aos tópicos a desenvolver e à extensão do texto requerido.  

Nos  três  grupos  de  itens,  as  competências  de  Escrita  contemplavam  a  produção  de  textos 

expositivo‐argumentativos (escrita analítico‐descritiva, de acordo com as designações consignadas 

no programa).  

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1. e 2., do Grupo I, com 

valores da cotação média em relação à cotação máxima de 73,5% e 63,1%, respectivamente.  

Em ambos os casos, as operações  cognitivas envolvidas no acto de  ler eram pouco complexas, 

uma  vez  que  os  itens  avaliavam,  através  da  identificação  de  ideias  principais,  o  grau  de 

compreensão global do poema, o que  implicava apenas a  selecção de  informação explícita e a 

realização de inferências de nível pouco elevado. Também ao nível dos «Aspectos de Organização 

e Correcção Linguística», estes foram os  itens em que os alunos obtiveram melhores resultados, 

em certa medida porque uma parte significativa da resposta podia ser construída com recurso à 

paráfrase, mais ou menos explícita, ou à citação. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   35_90 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 3., do Grupo I, e o item único 

do Grupo  III,  com  valores da  cotação média em  relação  à  cotação máxima de 37,9% e 35,1%, 

respectivamente.  

No caso do  item 3., do Grupo  I, solicitava‐se a explicitação do «significado das exclamações no 

contexto das três últimas estrofes do poema». O nível de complexidade das operações cognitivas 

exigido  neste  item  era  superior  ao  dos  outros  que  integravam  a  prova,  dado  que  o  acto 

interpretativo pressupunha capacidades de análise e de relacionação de múltiplos elementos do 

texto  (figuras de  retórica, estruturas discursivas e elementos morfossintácticos), bem como um 

conhecimento lógico‐gramatical da língua consolidado.  

No item único do Grupo III, requeria‐se ao examinando que descrevesse «as suas impressões de 

leitura de excertos de uma crónica de Fernão Lopes» e que destacasse um dos episódios da obra à 

sua  escolha.  A  resolução  do  item  implicava,  assim,  a  formulação  de  um  juízo  crítico  sobre  a 

experiência de  leitura de um  texto  representativo do  cânone  escolar  e  a  apresentação de um 

episódio  «impressivo»,  com  base  num  critério  exclusivamente  pessoal.  A  percentagem  de 

classificações  negativas  revelou,  entre  outras,  insuficiências  relacionadas  com  o  grau  de 

conhecimento de um conteúdo de leitura obrigatória e com a apreensão e a retenção na memória 

de episódios marcantes de uma obra trabalhada em contexto escolar.  

Se é certo que as  faculdades atrás  referidas devem  fazer parte do perfil desejável do aluno de 

Literatura  Portuguesa,  a  ausência  de  referências  concretas  e  directas  a  um  dos  dois  textos 

literários em análise configurou a inexistência de um encontro autêntico entre o leitor e essa obra. 

Quanto aos «Aspectos de Organização e Correcção  Linguística», o desempenho dos alunos  foi, 

igualmente, o mais fraco em toda a prova. O elevado índice de resultados negativos no plano do 

conteúdo  teve  evidentes  repercussões  no  plano  da  forma,  pela  aplicação  do  princípio  da 

proporcionalidade,  reduzindo  substancialmente  a  pontuação  atribuída  a  este  critério.  Uma 

deficiente  estruturação  discursiva  e  a  ocorrência  de  erros  que  atingiram  o  léxico,  a  sintaxe,  a 

ortografia e a pontuação foram os factores principais que determinaram estes resultados.  

 

Propostas de intervenção didáctica 

 

Leitura 

A análise dos resultados obtidos no Grupo I e no Grupo II da prova de exame forneceu uma ideia 

clara  das  dificuldades  dos  alunos  nas  respostas  em  que  tiveram  de mobilizar  competências 

inerentes  à  análise  e  à  descrição  de  um  texto  literário  que  implicassem  o  domínio  de 

procedimentos  retórico‐estilísticos ou que envolvessem operações  cognitivas mais  complexas. 

Constituindo  as  capacidades  de  interpretação  dos  vários  aspectos  e  de  associação  das  várias 

dimensões  analisadas  requisitos  fundamentais  para  a  construção  do  sentido  de  um  texto, 

tornou‐se  evidente  que  aquelas  devem  ser  consolidadas  a  partir  de  actividades  que  visem, 

sobretudo,  o  desenvolvimento  da  percepção  relacional.  O  convívio  com  a  Literatura  deve 

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Relatório Exames Nacionais 2010   36_90 

propiciar o desenvolvimento de uma maior proficiência no domínio da  leitura, possível desde 

que  as  tarefas  interpretativas  transcendam  o  nível  literal  do  texto,  ou  das  partes  que  o 

constituem, e incluam a realização de inferências de nível alto. A propensão para a paráfrase ou 

para o uso de expressões alternativas às do texto poderá, assim, ser reduzida. 

 

Relativamente ao Grupo  III, os  resultados obtidos  revelaram, por um  lado, as dificuldades dos 

alunos  na  produção  de  textos  em  que  tenham  de  manifestar,  de  forma  sintética,  uma 

perspectiva  pessoal  e  crítica  do  que  foi  lido  e,  por  outro,  a  falta  de  aprofundamento  de 

conteúdos de textos de  leitura obrigatória. Por  isso, sugere‐se o  incremento de actividades em 

que se treine um desenvolvimento argumentativo fundado no uso pertinente de conhecimentos 

relativos à obra de um autor e na  formulação de  juízos  fundamentados de  leitura. Uma maior 

exigência  na  compreensão  e  na  análise  pode  contribuir,  certamente,  para  a  diminuição  das 

tendências para o  resumo ou para uma síntese de elementos da obra. Por  fim,  recomenda‐se 

que as actividades que  se prendem  com a  recepção  literária estimulem o  rigor do  raciocínio, 

tantas vezes descurado pelos alunos, de modo a evitar as divagações mais ou menos genéricas e 

descontextualizadas que, por vezes, caracterizam as respostas. 

 

 

Escrita 

 

A análise dos  resultados confirmou que os «Aspectos de Organização e Correcção Linguística» 

apresentaram  uma  variação,  por  vezes  significativa,  relativamente  aos  valores  obtidos  nos 

«Aspectos  de  Conteúdo».  De  acordo  com  os  dados  recolhidos,  o  domínio  deficiente  de 

estruturas sintácticas, as falhas na aplicação das regras de ortografia, bem como uma pontuação 

por vezes aleatória,  constituíram,  sem dúvida, os aspectos mais preocupantes detectados nos 

textos produzidos pelos alunos.  

Distantes  do  que  seria  desejável,  os  resultados  configuram  a  necessidade  de  promover 

actividades  de  elaboração  de  textos  com  identificação  dos  principais  erros,  que  derivaram, 

maioritariamente, de um  fraco conhecimento gramatical da  língua ou de pura desatenção. Os 

mecanismos de coerência e de coesão discursivas, as noções de frase e de parágrafo e a hipotaxe 

são alguns dos conteúdos a trabalhar de forma incisiva. Por último, reitera‐se a necessidade de 

intervir  didacticamente  realizando  tarefas  de  escrita  com  base  em  modelos  processuais, 

nomeadamente através de planificação, revisão e reescrita de textos. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   37_90 

PORTUGUÊS – 639 

Na análise dos resultados da Prova Escrita de Português (1.ª fase), consideraram‐se as respostas 

de 48189 alunos (internos). 

Média nacional: 11,0 

 

Caracterização da prova  

A prova era constituída por 3 grupos de itens. No Grupo I, avaliavam‐se competências de leitura e 

de expressão escrita. No Grupo  II, avaliavam‐se competências de  leitura e de funcionamento da 

língua. No Grupo  III,  avaliavam‐se  competências de  expressão  escrita. A prova  incluía  itens de 

resposta  fechada,  de  escolha múltipla  e  de  associação/correspondência,  e  de  resposta  aberta 

curta e extensa orientada.  

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., 2. e 3., do Grupo II 

(com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 85,4%, 84,3% 

e 86%). Eram itens de resposta fechada de escolha múltipla e de associação/correspondência, que 

incidiam  sobre  a  interpretação  de  um  texto  informativo‐expositivo.  São  de  salientar  ainda  os 

resultados  positivos  obtidos  nos  itens  3.  e  4.,  do Grupo  I,  no  que  respeita    ao  parâmetro  de 

conteúdo  (com  valores  da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima  de,  respectivamente, 

61,8% e 64,8%, em contraste com os valores obtidos no parâmetro da correcção linguística). 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 2., do Grupo I, com valores 

da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima  de  37%  para  o  conteúdo  e  de  27,4%  para  a 

correcção  linguística,  e  o  item  7.,  do Grupo  II,  com  um  valor  da  cotação média  em  relação  à 

cotação máxima de 36,4%. O item 2., do Grupo I, requeria a realização de duas tarefas distintas: a 

identificação de vários dados no texto e a relacionação entre eles, por inferência. Um outro factor 

de dificuldade poderá ter sido o vocabulário que os alunos precisavam de conhecer para realizar 

com sucesso a tarefa proposta. No caso do item 7., do Grupo II, eram convocados conhecimentos 

do  ensino  básico  que, muito  provavelmente,  serão  pouco  trabalhados  de  forma  explícita  no 

ensino secundário. Destaca‐se ainda o item que constitui o Grupo III e que apresenta as cotações 

médias  de  58,9%  no  parâmetro  de  estruturação  temática  e  discursiva  (ETD)  e  de  47,3%  no 

parâmetro de  correcção  linguística  (CL).  Estes  resultados  ficam  claramente  abaixo  daquilo  que 

seria expectável dada a natureza da tarefa proposta: a produção de um texto que não  implica a 

mobilização  de  conteúdos  literários.  Tratando‐se  de  uma  resposta  extensa,  com 

condicionamentos temáticos e formais, estes resultados evidenciam deficiências no que respeita: 

à  estruturação  de  um  texto  expositivo‐argumentativo,  ao  nível  temático  e  discursivo,  e  à 

correcção  linguística.  É  também  de  destacar  que,  em  todos  os  itens  que  exigem  resposta 

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Relatório Exames Nacionais 2010   38_90 

estruturada  pelo  aluno,  quer  no  Grupo  I  quer  no  Grupo  III,  os  parâmetros  de  organização  e 

correcção  linguística  se  situam  em  níveis  negativos  e  apresentam,  em  quase  todos  os  casos, 

resultados significativamente abaixo da média obtida nos parâmetros de conteúdo.  

 

Propostas de intervenção didáctica 

Além das dificuldades atrás enunciadas, a análise dos  resultados  torna evidente que os alunos 

revelam  grandes  dificuldades  quando  a  resolução  do  item  exige mais  do  que  aquilo  que  está 

explícito  no  texto,  isto  é,  quando  se  exige  inferência  ou  avaliação  da  informação.  O 

desconhecimento do léxico também interfere na resolução de alguns itens. Estes dados mostram 

a necessidade de um reforço do trabalho com a Leitura, centrado sobretudo em tarefas de grau 

de  dificuldade  mais  elevado.  No  que  respeita  ao  Funcionamento  da  Língua,  refira‐se  que  a 

solicitação do uso de metalinguagem constitui normalmente uma dificuldade acrescida. 

Assim, as dificuldades manifestadas pelos alunos evidenciam que: 

no  domínio  da  leitura,  para  além  do  desenvolvimento  da  competência  lexical,    importará 

reforçar um trabalho que envolva a realização de inferências e o posicionamento crítico face 

aos textos lidos; 

no  domínio  da  expressão  escrita,  preconiza‐se  a  realização  de  um  trabalho  sistemático, 

envolvendo  a  aprendizagem  e  o  treino  de  diferentes  tipologias  textuais,  assegurando  um 

crescente domínio das competências envolvidas na planificação, na textualização e na revisão 

dos textos; 

no domínio do Funcionamento da Língua, será fundamental assegurar o desenvolvimento de 

um trabalho de acordo com a metalinguagem e as orientações metodológicas explicitadas no 

programa. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   39_90 

PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA – 739/284 

Na  análise  dos  resultados  da  Prova  Escrita  de  Português  Língua  Não  Materna  (1.ª  fase), 

consideraram‐se as respostas de 12 alunos (internos). 

Média nacional: 11,0 

 

Caracterização da prova  

A prova tinha por referência os descritores do nível de proficiência definido como A2 no Quadro 

Europeu Comum de Referência para as Línguas – Aprendizagem, Ensino, Avaliação (QECR). 

Segundo a escala global para o nível A2, os alunos devem ser capazes de: 

Compreender  e  interpretar  textos  curtos  e  simples  em  que  predomine  uma  linguagem 

corrente, relacionada com vivências escolares ou pessoais; 

Redigir respostas, manifestando uma expressão escrita correcta e estruturada; 

Produzir  textos,  de  forma  articulada,  sobre  assuntos  conhecidos  ou  de  interesse  pessoal 

(justificação do título de um texto, página de diário, etc); 

Compreender  frases  isoladas  e  expressões  frequentes,  relacionadas  com  assuntos  do 

quotidiano; 

Comunicar  sobre  assuntos  que  lhes  são  familiares  e  habituais,  no  desempenho  de  tarefas 

simples e de rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e directa; 

Utilizar um repertório linguístico corrente; 

Produzir expressões quotidianas breves, de modo a  satisfazer necessidades  simples de  tipo 

concreto; 

Usar  padrões  frásicos  correntes  e  comunicar  com  expressões  frequentes,  sobre  si  e  sobre 

outras pessoas, sobre aquilo que fazem, sobre lugares, etc. 

Dada a natureza da prova escrita, as  competências  linguísticas  relevantes  (lexicais, gramaticais, 

semânticas  e  ortográficas)  a  mobilizar  envolvem  capacidades  descritas  no  QECR,  como  as 

mencionadas nos descritores para, por exemplo, amplitude e domínio do vocabulário, correcção 

gramatical ou domínio ortográfico. 

A  prova  tinha  3  grupos  de  itens. No  Grupo  I,  que  incluía  dois  conjuntos  de  textos  –  os  dois 

primeiros  de  carácter  informativo  e  o  terceiro  literário  –,  avaliavam‐se  competências  dos 

4 No caso particular desta disciplina, e não obstante o reduzido número de alunos internos que realizou o exame no conjunto das duas  fases, optou‐se, ainda assim, por seguir uma metodologia de análise idêntica à efectuada para as outras provas de exame no que respeita à 1.ª Fase.  

 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   40_90 

domínios  da  leitura  e  da  escrita  através  de  itens  de  resposta  fechada  e  de  itens  abertos  de 

resposta curta ou restrita. 

No Grupo  II, avaliavam‐se competências  linguísticas através de  itens de resposta fechada. Neste 

grupo, não se requeria qualquer tipo de conhecimento metalinguístico explícito.  

No Grupo  III, avaliavam‐se competências do domínio da escrita. Este  item era orientado no que 

diz respeito à tipologia textual, ao tema e à extensão (60 a 100 palavras).  

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens  em que os  alunos  revelaram melhor desempenho  foram os  itens 1.1., 3.1.  e 3.3., do 

Grupo I, todos com valores da cotação média em relação à cotação máxima de 100%. Eram todos 

itens de escolha múltipla e testavam a compreensão de  informação concreta em textos simples 

de  carácter  informativo.  Tanto  os  textos  como  as  alternativas  de  resposta  apresentadas  eram 

bastante simples. 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 3., do Grupo II, com 31,8 % 

de cotação média em relação à cotação máxima, o item que compunha o Grupo III, com valores 

bastante baixos da percentagem da cotação média em relação à cotação máxima, em quase todos 

os parâmetros  (de 32,7% a 47,3%), e o  item 9., do Grupo  I, com 41,6 % de cotação média em 

relação à cotação máxima. Todos estes itens implicavam a construção de uma resposta por parte 

dos alunos, apresentando um nível de dificuldade bastante mais elevado, principalmente para os 

alunos que se encontram no nível de iniciação (A2) de aprendizagem da língua portuguesa.  

 

Propostas de intervenção didáctica 

Para os alunos que realizam esta prova, a  língua portuguesa é não só  língua de comunicação e 

instrumento  de  integração,  mas  também  a  língua  de  escolarização.  Assim,  as  dificuldades 

inerentes à aprendizagem de uma língua não materna são, sem dúvida, os factores mais decisivos 

na obtenção de melhores ou piores resultados. As fragilidades nos domínios da compreensão e da 

expressão escrita explicam os resultados menos positivos nos  itens de resposta aberta e, de um 

modo especial, quando o texto suporte dos itens é um texto literário. 

No sentido de melhorar os desempenhos nesta prova, contribuir para uma boa integração e para 

um  melhor  desempenho  escolar  global  dos  alunos,  parece‐nos  imprescindível  que  estes 

(principalmente  quando  as  suas  línguas maternas  são muito  diferentes  da  língua  portuguesa) 

possam  usufruir  de  um  acompanhamento  especializado  e  o  mais  intensivo  possível  na 

aprendizagem do português. 

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Relatório Exames Nacionais 2010   41_90 

Dado que a compreensão do texto literário, pela sua especificidade, oferece claramente maiores 

dificuldades a estes alunos, propõe‐se que, progressivamente, seja objecto de uma maior atenção 

nas aulas de PLNM.  

 

 

PORTUGUÊS LÍNGUA NÃO MATERNA – 839/295 

Na  análise  dos  resultados  da  Prova  Escrita  de  Português  Língua  Não  Materna  (1.ª  fase), 

consideraram‐se as respostas de 103 alunos (internos). 

Média nacional: 14,5 

 

Caracterização da prova  

A prova tinha por referência os descritores do nível de proficiência definido como B1 no Quadro 

Europeu Comum de Referência para as Línguas – Aprendizagem, Ensino, Avaliação (QECR). 

Segundo a escala global para o nível B1, os alunos devem ser capazes de: 

Compreender e interpretar textos em que predomine uma linguagem corrente ou um registo 

mais formal da língua padrão; 

Redigir respostas manifestando uma expressão escrita correcta e estruturada; 

Produzir um texto coeso e coerente (relato de experiências) sobre assuntos do quotidiano; 

Produzir textos com explicações; 

Recorrer a um repertório linguístico suficientemente lato para descrever situações, explicar o 

elemento principal de uma ideia;  

Recorrer a vocabulário suficiente para se exprimir sobre assuntos como os passatempos e as 

viagens. 

Dada a natureza da prova escrita, as  competências  linguísticas  relevantes  (lexicais, gramaticais, 

semânticas  e  ortográficas)  a  mobilizar  envolvem  capacidades  descritas  no  QECR,  como  as 

mencionadas nos descritores para, por exemplo, amplitude e domínio do vocabulário, correcção 

gramatical ou domínio ortográfico. 

A  prova  tinha  3  grupos  de  itens. No  Grupo  I,  que  incluía  dois  conjuntos  de  textos  –  os  dois 

primeiros  de  carácter  informativo  e  o  terceiro  literário  –,  avaliavam‐se  competências  dos 

domínios  da  leitura  e  da  escrita  através  de  itens  de  resposta  fechada  e  de  itens  abertos  de 

resposta curta ou restrita. 

5 No caso particular desta disciplina, e não obstante o reduzido número de alunos internos que realizou as provas de exame no conjunto das duas  fases, optou‐se, ainda assim, por  seguir uma metodologia de análise idêntica à efectuada para as outras provas de exame no que respeita à 1.ª Fase. 

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Relatório Exames Nacionais 2010   42_90 

No Grupo  II, avaliavam‐se competências  linguísticas através de  itens de resposta fechada. Neste 

grupo, não se requeria qualquer tipo de conhecimento metalinguístico explícito.  

No Grupo  III, avaliavam‐se competências do domínio da escrita. Este  item era orientado no que 

diz respeito à tipologia textual, ao tema e à extensão (80 a 120 palavras). 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens  em que os  alunos  revelaram melhor desempenho  foram os  itens 1.3., 3.1.  e 3.2., do 

Grupo I, com valores da cotação média em relação à cotação máxima de, respectivamente, 99%, 

97,1%  e  99%.  Eram  todos  itens  de  escolha  múltipla  testavam  compreensão  de  informação 

concreta  em  textos  simples  de  carácter  informativo  e  apresentavam  alternativas  de  resposta 

curtas. 

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 3., do Grupo II, com 31,7 % 

de cotação média em relação à cotação máxima, o  item 8., do Grupo  I, com 50,6 % de cotação 

média em relação à cotação máxima, e o item 1.2., do Grupo II, com 51,9 % de cotação média em 

relação à  cotação máxima. À excepção do  item 1.2., os  itens que  revelaram pior desempenho 

implicavam  a  construção  de  uma  resposta  por  parte  dos  alunos,  apresentando  um  nível  de 

dificuldade mais elevado. O item 1.2., de escolha múltipla, testava o conhecimento do significado 

de palavras homófonas, apesar de não requerer qualquer tipo de reflexão metalinguística. 

 

Propostas de intervenção didáctica 

Para os alunos que realizam esta prova, a  língua portuguesa é não só  língua de comunicação e 

instrumento  de  integração,  mas  também  a  língua  de  escolarização.  Assim,  as  dificuldades 

inerentes à aprendizagem de uma língua não materna são, sem dúvida, os factores mais decisivos 

na obtenção de melhores ou piores resultados. As fragilidades nos domínios da compreensão e da 

expressão escrita explicam os resultados menos positivos nos  itens de resposta aberta e, de um 

modo especial, quando o texto suporte dos itens é um texto literário. 

No sentido de melhorar os desempenhos nesta prova, contribuir para uma boa integração e para 

um melhor desempenho escolar dos alunos, parece‐nos imprescindível que estes (principalmente 

quando as suas línguas maternas são muito diferentes da língua portuguesa) possam usufruir de 

um acompanhamento especializado e o mais intensivo possível na aprendizagem do português. 

Dado que a compreensão do texto literário, pela sua especificidade, oferece claramente maiores 

dificuldades a estes alunos, propõe‐se que, progressivamente, seja objecto de uma maior atenção 

nas aulas de PLNM.  

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Relatório Exames Nacionais 2010   43_90 

MATEMÁTICA 

 

MATEMÁTICA A – 635 

Na  análise  dos  resultados  da  Prova  Escrita  de Matemática  A  (1.ª  fase),  consideraram‐se  as 

respostas de 27450 alunos (internos). 

Média nacional: 12,2  

 

Caracterização da prova  

A prova permitia avaliar os conteúdos previstos e abordados nos seus três grandes temas, a saber: 

Tema I – Probabilidades e combinatória; Tema II – Introdução ao cálculo diferencial II; Tema III – 

Trigonometria e números complexos. Para uma mais fácil leitura, os conteúdos desta prova foram 

referidos  como  Probabilidades  e  combinatória,  Funções,  estando  aqui  integrado  o  estudo  das 

funções trigonométricas, e Complexos. A prova continha 2 grupos de  itens, um grupo com  itens 

de  resposta  fechada  de  escolha múltipla  e  outro  com  itens  de  resposta  aberta  (resolução  de 

problemas,  desenvolvimento  de  raciocínio  demonstrativo,  composição,  uso  obrigatório  de 

calculadora gráfica). Os três temas foram abordados nos itens do Grupo I e nos itens do Grupo II. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1. e 2., do Grupo I, e o 

item  4.1.,  do  Grupo  II  (com  valores  da  cotação  média  em  relação  à  cotação  máxima  de, 

respectivamente,  94,5%,  85%  e  81,2%). Os  dois  primeiros  itens  eram  de  escolha múltipla  e  o 

terceiro de resolução de um problema. A todos era inerente a operação mental transferir. Porém, 

os itens 1. e 2., do Grupo I, envolviam apenas cálculos elementares, mobilizando conhecimentos 

utilizados  frquentemente e  com  texto de  fácil  interpretação, o que não aconteceu  com o  item 

4.1., do Grupo II, que envolveu a resolução de um problema a partir de um contexto real.     

 

Itens com pior desempenho 

Os  itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os  itens 1.2., 2.1. e 7.2., todos do 

Grupo  II,  com  valores  da  cotação média  em  relação  à  cotação máxima  de,  respectivamente, 

19,1%,  42,5%  e  48,9%.  A  estes  itens  eram  inerentes  operações  mentais  como  transferir, 

relacionar, analisar, interpretar e demonstrar e envolviam conexões entre diferentes conteúdos e 

estratégias de resolução não habituais, característica mais evidente no caso do item 1.2. 

  

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Relatório Exames Nacionais 2010   44_90 

Propostas de intervenção didáctica 

A  análise  dos  resultados  leva‐nos  a  concluir  que  as  dificuldades  associadas  ao  cálculo, 

nomeadamente, ao cálculo de limites e a operações no conjunto dos números reais e no conjunto 

dos números  complexos, poderão  justificar os  fracos níveis de desempenho obtidos em alguns 

dos  itens. Também nos  itens que pressupõem o desenvolvimento de raciocínios demonstrativos 

os  alunos  revelam mais  dificuldades,  sobretudo  no  que  respeita  à mobilização  de  operações 

mentais como argumentar/justificar e  relacionar. Consideramos que será  importante  reforçar a 

resolução de problemas da vida real, efectuar problemas que envolvam cálculos mais elaborados 

no conjunto dos números reais e no conjunto dos números complexos, apresentar exercícios que 

pressuponham raciocínios demonstrativos e utilizar a calculadora gráfica para resolver problemas. 

 

 

MATEMÁTICA B – 735 

Na  análise  dos  resultados  da  Prova  Escrita  de Matemática  B  (1.ª  fase),  consideraram‐se  as 

respostas de 1727 alunos (internos). 

Média nacional: 11,3 

 

Caracterização da prova  

A  prova  era  constituída  por  um  total  de  13  itens  de  resposta  aberta  distribuídos  por  quatro 

grupos.  

O Grupo I era constituído por 3 itens: 1 que incidia no tema Geometria e 2 que incidiam no tema 

Modelos discretos. O Grupo  II era constituído por 4  itens: 1 sobre Geometria, 2 sobre Modelos 

não  lineares e 1  sobre Optimização. O Grupo  III era  constituído por 2  itens  sobre Movimentos 

periódicos, 1 sobre Optimização e 2 sobre Estatística/Modelos de probabilidades. O Grupo IV era 

constituído por 1 item de resposta aberta de composição relativo a Modelos não lineares. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram melhor desempenho foram os itens 1., do Grupo I, 2.1., do 

Grupo  II, e 1.1., do Grupo  III, com valores da cotação média em  relação à cotação máxima de, 

respectivamente,  84,7%,  82,4%  e  84%.  Trata‐se  de  itens  que  solicitavam  respostas  simples  ou 

directas (mesmo que com recurso à calculadora gráfica), ou, como no caso do item 2.1., do Grupo 

II, de modelação habitual.  

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram o item 1., do Grupo II, e os itens 1.2. 

e  1.3.,  do  Grupo  III,  com  valores  da  cotação  média  em  relação  à  cotação  máxima  de, 

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Relatório Exames Nacionais 2010   45_90 

respectivamente, 31,1%, 36,1% e 29,1%. Estes  itens  solicitavam estratégias de  resolução pouco 

habituais, ou requeriam  interpretação, ou eram de demonstração, ou, mesmo partindo de uma 

situação habitual,  eram  de  resposta  aberta  de  composição.  Em  suma, os  piores desempenhos 

explicam‐se  não  tanto  pelos  temas  nos  quais  incidiam  os  itens,  mas  pelo  facto  de  estes 

requererem  a  execução  de  várias  etapas  ou  a mobilização  de  alguma  estratégia  para  a  sua 

resolução.    

 

Propostas de intervenção didáctica 

A  análise  dos  resultados  leva‐nos  a  concluir  que  os  resultados  podem melhorar  se  os  alunos 

contactarem desde  cedo  com  a  apresentação de problemas  em  forma de modelação  e  forem 

levados  a  produzir  pequenos  textos.  A  interpretação  de  situações  descritas  revela‐se  tão 

importante quanto o treino em resolver problemas que exijam o delinear de uma estratégia. Além 

disso,  sugere‐se que o mesmo  conteúdo programático  seja apresentado em vários  contextos e 

que seja incentivada a conexão entre os vários temas. 

 

 

MATEMÁTICA APLICADA ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS – 835 

Na análise dos resultados da Prova Escrita de Matemática Aplicada às Ciências Sociais (1.ª fase), 

consideraram‐se as respostas de 7024 alunos (internos). 

Média nacional: 10,1 

 

Caracterização da prova  

A prova  apresentava 5  conjuntos de  itens,  todos  contextualizados em  situações do quotidiano 

(simplificadas). Verifica‐se  uma predominância dos  temas Modelos Matemáticos  e Modelos  de 

Probabilidades nesta prova, onde predominaram os itens de resposta aberta restrita. 

 

Itens com melhor desempenho 

Os  itens  em que os  alunos  revelaram melhor desempenho  foram os  itens  1.,  3.1.  e  4.1.,  com 

valores da cotação média em relação à cotação total de, respectivamente, 82,4%, 75,1% e 71,9%. 

Todos estes  itens,  independentemente dos  conteúdos avaliados,  requeriam a operação mental 

transferir e, no caso do item 1., também a operação mental relacionar.   

 

Itens com pior desempenho 

Os itens em que os alunos revelaram pior desempenho foram os itens 3.3., 5.2. e 5.3., com valores 

da  cotação média  em  relação  à  cotação  total  de,  respectivamente,  21,2%,  34,7%  e  17,1%. As 

operações  mentais  requeridas  eram  transferir,  no  caso  do  item  5.2.,  sobre  probabilidades; 

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Relatório Exames Nacionais 2010   46_90 

analisar e argumentar, no caso do item 3.3., e relacionar, no caso do item 5.3. Destaca‐se o item 

3.3.,  que,  além  de  requerer  o  uso  à  calculadora  gráfica,  visava  a  avaliação  simultânea  das 

competências  específicas  da  disciplina  e  das  competências  de  comunicação  escrita  em  língua 

portuguesa.   

    

Propostas de intervenção didáctica  

Em síntese, os aspectos em que os alunos apresentam mais fragilidades estão relacionados com 

os  conteúdos,  nomeadamente  Modelos  de  Probabilidade,  e  com  os  itens  que  envolvem  as 

operações  mentais  argumentar,  classificar,  relacionar  e  analisar  e/ou  as  competências  de 

comunicação escrita em língua portuguesa. 

É  igualmente  preocupante  o  fraco  domínio  técnico  que  os  alunos  têm  da  calculadora, 

nomeadamente, ao não identificarem as ferramentas da calculadora gráfica que podem contribuir 

para a concretização de uma tarefa. 

A partir destas duas constatações, e a partir da análise dos itens com pior nível de desempenho, 

podem  inferir‐se  fragilidades  didácticas.  Parece  pertinente  insistir  na  necessidade  de  uma 

intervenção que conjugue as operações mentais (argumentar, classificar, relacionar e analisar), as 

competências de comunicação escrita em língua portuguesa e a utilização da calculadora. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   47_90 

DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXAMES NACIONAIS 2010 POR NUT III 

 

A  distribuição  dos  resultados  dos  exames,  tendo  por  referência  um  quadro  de 

georreferenciação, constitui uma dimensão complementar da abordagem anterior. Não sendo, 

pelo  menos  a  priori,  informação  com  impacto  relevante  para  a  definição  de  estratégias 

pedagógicas  com  reais  implicações  na  sala  de  aula,  pode  contribuir,  ainda  assim,  para 

sustentar  intervenções  de  âmbito  institucional mais  abrangente,  com  incidência  territorial 

específica.  

A distribuição dos resultados, com o nível de desagregação territorial apresentado, idêntico ao 

procedimento  adoptado  no  relatório  sobre  os  resultados  dos  testes  intermédios  de  2010, 

permite também reforçar, nas disciplinas comuns aos dois conjuntos de dados, os padrões de 

distribuição  identificados nesse relatório. Referimo‐nos a Língua Portuguesa e a Matemática, 

do  3.º  ciclo  do  ensino  básico  (9.º  ano),  e  a  Biologia  e  Geologia,  a  Física  e Química  A  e  a 

Matemática A, do ensino secundário. 

Já no que se refere à distribuição de resultados das demais disciplinas, observam‐se padrões 

de distribuição muito heterogéneos entre si e, em regra,  igualmente diversos dos registados 

para o  leque de disciplinas atrás  referido. Este grupo, que engloba dez disciplinas do ensino 

secundário que na 1.ª fase registaram mais de 1500 exames realizados, é constituído por: 

Português 

Geografia A 

Economia A 

História A 

História da Cultura e das Artes 

Desenho A 

Geometria Descritiva A 

Matemática B 

Matemática Aplicada às Ciências Sociais  

Literatura Portuguesa 

 

No  ensino básico, na disciplina  de  Língua  Portuguesa, o  litoral  a norte do  Tejo,  incluindo  a 

Lezíria do Tejo e o Médio Tejo,  o Noroeste, com destaque para o Baixo Mondego, e o interior 

centro  (NUT  III  da  Beira  Interior  Norte  e  Sul)  apresentam,  globalmente,  os  melhores 

resultados, com um valor médio igual ou superior a 58%. No extremo oposto, encontramos a 

Madeira,  o  Sul  (Algarve  e  Alentejo,  com  excepção  da  NUT  III  Alentejo  Central)  e  o  Norte 

interior (Douro e Tâmega) (Figura 1).  

 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   48_90 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O padrão de distribuição de resultados não é significativamente diferente nas duas disciplinas 

com exame nacional no final do 3.º ciclo do ensino básico. Em Matemática, as sub‐regiões com 

melhores resultados (valores iguais ou superiores a 50%) coincidem, quase na totalidade, com 

as referidas no caso anterior.  

Na  disciplina  de Matemática,  destacam‐se,  pela  positiva,  as NUT  III Ave,  Serra  da  Estrela  e 

Pinhal Interior Sul, cujo desempenho lhes permite integrar o grupo de sub‐regiões com valores 

contidos  na  segunda melhor  classe;  a  NUT  III  Cova  da  Beira  apresenta  o  comportamento 

Figura 1 – Distribuição dos resultados do exame de Língua Portuguesa (22) 

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Relatório Exames Nacionais 2010   49_90 

oposto, isto é, em Matemática integra o grupo de NUT III com valores inferiores a 50%. Neste 

grupo,  incluem‐se  ainda  o  Nordeste,  o  Pinhal  Interior  Norte,  o  Sul  (Alentejo,  Algarve  e 

Península de Setúbal) e a Madeira (Figura 2). 

Figura 2 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática (23)

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Relatório Exames Nacionais 2010   50_90 

No ensino secundário, nas três disciplinas em que se analisam resultados de testes intermédios 

e  de  exames  nacionais,  há  uma  distribuição  dos  resultados  que,  em  termos muito  gerais, 

repete  o  padrão  observado  na  distribuição  dos  resultados  das  duas  disciplinas  do  ensino 

básico.  

Assim, na disciplina de Matemática A, difere do descrito anteriormente a inclusão do Algarve, 

do Alentejo Litoral e do Douro no grupo de NUT III com bons resultados (12 a 13 valores). Com 

valores mais  baixos,  situados  no  intervalo  entre  9  e  11  valores,  encontramos  os  Açores,  o 

Alentejo Central e o Alto Alentejo (Figura 3). 

 

Figura 3 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática A (635)

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Relatório Exames Nacionais 2010   51_90 

Na disciplina de Biologia e Geologia, as NUT III que registam resultados médios superiores a 10 

valores  situam‐se  no  litoral  a  norte  do  Tejo,  com  excepção  de  Baixo  Vouga  e Minho‐Lima. 

Incluem‐se ainda neste grupo Dão‐Lafões, Médio Tejo e Alentejo Central.  

As NUT III com resultados mais baixos (entre 9 e 9,5 valores) incluem os Açores e a Madeira, o 

interior centro, o Alto Alentejo, a Lezíria do Tejo e o Alentejo Litoral (Figura 4). 

 

Figura 4 – Distribuição dos resultados do exame de Biologia e Geologia (702) 

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Relatório Exames Nacionais 2010   52_90 

Na disciplina de Física e Química A todas as NUT III apresentam valores médios inferiores a 9,5 

valores. Pode realçar‐se o melhor desempenho das NUT  III do  litoral, Grande Lisboa, Oeste e 

Baixo Mondego, a que se  juntam Dão‐Lafões e Cova da Beira. Com piores resultados (valores 

inferiores a 8,5) surgem Açores e Madeira, Alentejo, Lezíria do Tejo, Médio Tejo, Pinhal Interior 

Sul, e todo o interior norte e o Noroeste (Figura 5). 

 

Figura 5 – Distribuição dos resultados do exame de Física e Química A (715) 

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Relatório Exames Nacionais 2010   53_90 

Na disciplina de Português do ensino secundário destacam‐se as NUT III Baixo Mondego, Beira 

Interior Sul, Médio Tejo e Lezíria do Tejo, bem como as NUT III do noroeste, incluindo o Grande 

Porto, cujos resultados médios se situam na classe com valores mais elevados (11,5 a 12).  

Num  segundo grupo  sobressai ainda o  centro  litoral oeste a norte do Tejo, Cova da Beira e 

Serra da Estrela, Entre Douro e Vouga e todo o Nordeste.  

Os  resultados  mais  fracos  observam‐se  no  Pinhal  Interior  (Norte  e  Sul),  na  Península  de 

Setúbal, no Alentejo Central, no Tâmega, na Madeira e nos Açores (Figura 6). 

 

 

Figura 6 – Distribuição dos resultados do exame de Português (639)

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Relatório Exames Nacionais 2010   54_90 

A  distribuição  dos  resultados  dos  exames  nas  restantes  disciplinas  obedece  a  padrões 

geográficos menos regulares dos que os observados anteriormente, o que pode ficar a dever‐ 

‐se,  em  parte,  ao  facto  de  se  tratar  de  resultados  de  disciplinas  cujo  número  de  exames 

realizados  é  inferior  aos  dos  casos  anteriores.  Esta  situação  também  justifica,  em  algumas 

distribuições,  a  inexistência  de  dados  em  uma  ou  mais  NUT  III  (ver  anexos  e  nota 

metodológica). 

Na área das Ciências Sociais, na disciplina de Geografia A, pode observar‐se uma distribuição 

marcada  por  uma  relativa  assimetria  litoral‐interior,  com  os melhores  resultados  a  serem 

registados  no  litoral  ocidental,  estendendo‐se  ainda  para  o  centro  interior.  Destacam‐ 

‐se, neste conjunto, as NUT III do Cávado, Pinhal Litoral, Serra da Estrela e Cova da Beira como 

as  que  apresentam  melhores  resultados  (superiores  ou  iguais  a  11,5).  As  NUT  III  com 

resultados inferiores localizam‐se no Norte interior, no Alto Alentejo e Alentejo Central e ainda 

nos Açores (Figura 7). 

 

 

Figura 7 – Distribuição dos resultados do exame de Geografia (719)

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Relatório Exames Nacionais 2010   55_90 

Na disciplina de História A, as NUT III que evidenciam melhores desempenhos são as do litoral 

oeste a norte do Tejo, Nordeste e Beira Interior. Destacam‐se as NUT III Oeste, Pinhal Litoral, 

Cávado, Minho‐Lima, Beira  Interior Norte e Beira  Interior Sul, com valores médios superiores 

ou  iguais  a  12,5  valores. As NUT  III  que,  nesta  disciplina  apresentam  resultados  inferiores, 

situados entre os 10 e os 11 valores, são Douro, Tâmega, Alto Alentejo e Açores (Figura 8). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 8 – Distribuição dos resultados do exame de História A (623)

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Relatório Exames Nacionais 2010   56_90 

Na disciplina de Economia A,  as NUT  III Pinhal  Interior  (Norte  e  Sul) e  Serra da Estrela não 

apresentam  resultados.  As  áreas  com  melhores  resultados  evidenciam  uma  distribuição 

descontínua  que  compreende  o  litoral  centro  e  norte,  incluindo  neste  conjunto Dão‐Lafões 

(com  destaque,  neste  grupo,  para  Baixo Mondego, Grande  Porto  e  Cávado),  Beira  Interior 

(onde sobressai Beira Interior Norte), região de Lisboa (Grande Lisboa e Península de Setúbal), 

Alentejo Litoral, Baixo Alentejo, assim como Açores (Figura 9). 

 

Figura 9 – Distribuição dos resultados do exame de Economia A (712)

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Relatório Exames Nacionais 2010   57_90 

Na disciplina de História e Cultura das Artes, não  se apresentam  resultados para as NUT  III  

Pinhal  Interior  (Norte  e  Sul). As  áreas  com melhores  resultados  encontram‐se  dispersas  no 

território  nacional.  Baixo  Vouga,  Serra  da  Estrela  e  Madeira  surgem  em  destaque,  com 

resultados entre os 12 e os 13 valores.  Imediatamente abaixo destes valores  (entre 11 e 12 

valores)  encontramos  as NUT  III do  litoral  centro  e norte  (com  excepção de  Entre Douro  e 

Vouga e Ave), Cova da Beira, Lezíria do Tejo e Médio Tejo, Alentejo Litoral e Baixo Alentejo e 

ainda Açores. Com piores resultados,  inferiores a 10 valores, podemos encontrar o Nordeste 

(Alto‐Trás‐os‐Montes e Douro), Oeste e Pinhal Litoral, no centro, e Alto Alentejo (Figura 10). 

 

 

Figura 10 – Distribuição dos resultados do exame de História da Cultura e das Artes (724) 

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Relatório Exames Nacionais 2010   58_90 

Na área das Expressões, os resultados nas disciplinas de Desenho A e de Geometria Descritiva 

A divergem quer em termos de valor, quer em termos de distribuição espacial.  

No  primeiro  caso,  no Desenho  A,  não  se  apresentam  resultados  para  as NUT  III  do  Pinhal 

Interior (Norte e Sul). Destaca‐se a Beira Interior Sul como única NUT III com média superior a 

14 valores. Imediatamente abaixo encontramos um conjunto disperso de NUT III: Alto‐Trás‐os‐

Montes, Baixo Vouga, Cova da Beira,  Lezíria do  Tejo  e Médio  Tejo, Alentejo  Litoral  e Baixo 

Alentejo. No extremo oposto da distribuição, embora com valores de média no intervalo entre 

11 e 12 valores, encontram‐se as NUT  III Douro, Dão‐Lafões, Serra da Estrela, Pinhal Litoral, 

Alto Alentejo e Alentejo Central e ainda Algarve (Figura 11). 

 

 

Figura 11 – Distribuição dos resultados do exame de Desenho A (706)

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Relatório Exames Nacionais 2010   59_90 

No caso de Geometria Descritiva A, ao contrário do exemplo anterior, predominam resultados 

negativos. Fogem a esta situação as NUT III de Pinhal Interior Sul e Açores, com valores entre 

10,5 e 11 valores, e ainda Cávado, Baixo Vouga, Oeste e Grande Lisboa. No conjunto de NUT III 

com resultados negativos, as situações que evidenciam mais  fragilidades surgem numa vasta 

área que engloba o Norte interior, o interior centro, o Alentejo e o Algarve (Figura 12). 

 

 

 

 

 

 

Figura 12 – Distribuição dos resultados do exame de Geometria Descritiva A (708) 

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Relatório Exames Nacionais 2010   60_90 

Nas disciplinas de Matemática B e de Matemática Aplicada  às Ciências  Sociais observam‐se 

distribuições geográficas muito desiguais e, globalmente, diferentes da  registada no caso de 

Matemática A, anteriormente referido.  

Na disciplina de Matemática B, destacam‐se quatro NUT III com resultados médios entre os 13 

e os 14 valores: Pinhal Interior Norte, Cova da Beira, Beira Interior Sul e Baixo Alentejo. As NUT 

III do litoral oeste entre Grande Lisboa e Grande Porto, a que se agregam Médio Tejo, Cávado, 

Doutro e Alentejo Central compõem um segundo grupo que regista resultados muito positivos. 

As NUT  III Alto‐Trás‐os‐Montes, Tâmega e Alto Alentejo  integram o conjunto de  sub‐regiões 

com resultados inferiores a 10 valores. Não estão disponíveis resultados para as NUT III Serra 

da Estrela e Pinhal Interior Sul (Figura 13). 

 

 

Figura 13 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática B (735)

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Relatório Exames Nacionais 2010   61_90 

Na  disciplina  de  Matemática  Aplicada  às  Ciências  Sociais  observa‐se  uma  distribuição 

geográfica dos resultados que põe em contraste o litoral e o interior. As NUT III Pinhal Interior 

Norte  e  Entre  Douro  e  Vouga  apresentam  resultados  que  se  destacam  dos  registados  nas 

restantes  sub‐regiões,  verificando‐se  que  as  demais  NUT  III  com  resultados  positivos  se 

localizam maioritariamente no  litoral. As NUT  III com valores médios  inferiores a 9 são Beira 

Interior Norte, Serra da Estrela e Alto Alentejo (Figura 14). 

Figura 14 – Distribuição dos resultados do exame de Matemática Aplicado às Ciências Sociais (835)

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Relatório Exames Nacionais 2010   62_90 

Na disciplina de Literatura Portuguesa a distribuição dos resultados ilustra o carácter irregular 

a que atrás  se aludiu. A NUT  III com melhores  resultados é Lezíria do Tejo. Num grupo que 

integra  NUT  III  cujos  resultados  foram  iguais  ou  superiores  a  12  valores,  incluem‐se  ainda 

Minho‐Lima, Beira Interior Norte, Médio Tejo e Alentejo Central. 

No  extremo  oposto,  com  resultados  inferiores  a  10  valores,  encontramos  Tâmega,  Baixo 

Mondego, Cova da Beira e Beira Interior Sul, bem como Madeira e Açores 

Não estão disponíveis resultados para as NUT  III Serra da Estrela, Pinhal  Interior Sul e Pinhal 

Litoral (Figura 15). 

Figura 15 – Distribuição dos resultados do exame de Literatura Portuguesa (734) 

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Relatório Exames Nacionais 2010   63_90 

CONCLUSÃO 

 

A análise do desempenho dos alunos sustentada pelos resultados dos exames de 2010 vem, 

em  grande medida,  retomar  as  grandes  linhas de  tendência  já  identificadas no  relatório do 

Projecto  Teste  Intermédios  de  2010,  com  a  particularidade  de,  neste  caso,  o  olhar  ser 

extensivo a um leque mais alargado de disciplinas. 

Os  itens  de  selecção,  que  não mobilizam  a  competência  da  escrita,  evidenciam,  em  regra, 

resultados superiores aos obtidos pelos alunos nos  itens de construção, considerando, como 

se  compreende,  situações  em  que  o  nível  de  dificuldade  estimado  e  a  complexidade  das 

operações mentais mobilizadas para a sua resolução são comparáveis. Esta evidência, que não 

é nova, permite alertar os professores, todos os professores, independentemente da disciplina 

que  leccionam, para a  importância em  insistir na mobilização dos alunos para a realização de 

tarefas que exijam o desenvolvimento da referida competência.  

Ainda  insistindo nas dimensões  transversais da  aprendizagem que podem beneficiar de um 

esforço conjunto e concertado de todos os professores, salientam‐se: 

a definição rigorosa de conceitos/terminologia específica; 

a implementação de  

- treino  de  selecção  criteriosa  de  informação  em  suportes  documentais,    de 

relacionação de informação e de desenvolvimento de leitura inferencial; 

- aperfeiçoamento da escrita assente em modelos processuais, com explicitação das 

características  das  tipologias  textuais  (exposição,  síntese,  fundamentação, 

argumentação, …); 

- desenvolvimento  da  capacidade  de  definição  autónoma  de  estratégias  de 

resolução, de percursos resolutivos e de sequências de etapas. 

 

Um olhar mais específico, por disciplina/área disciplinar, permite  inferir  sobre as dimensões 

em que parece valer a pena investir: 

Língua Portuguesa (3.º ciclo do ensino básico)  

- trabalho sistemático de  leitura orientada de texto poético e treino de estratégias 

de leitura inferencial; 

- explicitação  de  conhecimento  linguístico  ao  nível  da  estrutura  da  frase,  com 

recurso a metalinguagem;  

- ensino  da  escrita  assente  em  modelos  processuais,  com  explicitação  das 

características das tipologias; 

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Relatório Exames Nacionais 2010   64_90 

Matemática (3.º ciclo do ensino básico)  

- enfoque na aquisição de conceitos e de propriedades e na sua aplicação; 

- treino de  resolução de  com problemas que  exijam  interpretação  e definição de 

uma estratégia de resolução; 

- [Geometria] manipulação de materiais diversificados que facilitem a compreensão 

de conceitos e de propriedades (recurso a programas de geometria dinâmica); 

Línguas Estrangeiras (ensino secundário) 

- treino de estratégias de leitura inferencial; 

- utilização  de materiais  autênticos  e  diversificados  em    situações  comunicativas 

reais; 

- ensino  da  escrita  com  explicitação  das  características  das  tipologias  textuais, 

adoptando métodos de oficina de escrita; 

- prática do uso racional do dicionário; 

Biologia e Geologia e Física e Química A (ensino secundário) 

- treino da definição de metodologias de  resolução,  com  várias  etapas, de  forma 

autónoma, perante situações‐problema; 

- prática de construção de textos que  impliquem selecção e análise de  informação 

de suportes variados; 

- explicitação de  raciocínios demonstrativos  (com  validade  científica  e  suportados 

por uma estruturação linguística adequada); 

Economia  A,  Geografia  A,  História  A,  História  B,  História  da  Cultura  e  das  Artes 

(ensino secundário) 

- promoção do conhecimento rigoroso dos conceitos; 

- prática de articulação de conhecimentos entre temas/unidades; 

- treino de análise de suportes de natureza diversa e de cotejo de informação entre 

documentos; 

- prática de construção de textos que  impliquem selecção e análise de  informação 

de suportes variados; 

- exposição de informação/síntese/argumentação; 

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Relatório Exames Nacionais 2010   65_90 

 

Desenho A, Geometria Descritiva (ensino secundário) 

- criação de hábitos de registo e prática (desenvolvimento e personalização do traço 

– Desenho A); 

- exercícios da capacidade de abstracção e de visualização; 

- treino da definição de percurso faseado de abordagem a uma situação/problema;   

Literatura Portuguesa, Português (ensino secundário) 

- treino de estratégias de leitura inferencial; 

- promoção do rigor da análise e do posicionamento crítico face aos textos através 

da prática de formulação de juízos de leitura pessoais e fundamentados; 

- explicitação  de  conhecimento  linguístico  ao  nível  da  estrutura  da  frase,  com 

recurso a metalinguagem; 

- ensino  da  escrita  com  explicitação  das  características  das  tipologias  textuais 

(nomeadamente,  texto expositivo‐argumentativo) e  com actividades dirigidas ao 

trabalho sobre os mecanismos de coerência discursiva e de coesão; 

Matemática  A,  Matemática  B,  Matemática  Aplicada  às  Ciências  Sociais  (ensino 

secundário) 

- treino de problemas que  envolvam  cálculo, nomeadamente  cálculo de  limites  e 

operações no conjunto dos números reais e dos números complexos (Matemática 

A) 

- prática  de  exercícios  que  pressupõem  raciocínios  demonstrativos,  convocando 

operações  como  relacionar,  justificar,  argumentar,  e  sua  explicitação  através da 

produção de texto; 

- treino de definição de problemas a partir da definição de uma estratégia/percurso, 

envolvendo várias etapas; 

- utilização da calculadora gráfica para resolução de problemas; 

- diversificação de contextos e de estratégias de resolução. 

Como nota  final,  vale  a pena  continuar  a  insistir na necessidade de delinear  estratégias de 

intervenção  que  mobilizem,  da  forma  o  mais  articulada  possível,  todos  os  actores 

intervenientes  no  processo  educativo,  envolvendo,  sempre  que  possível,  os  pais  e 

encarregados de educação. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   66_90 

NOTA METODOLÓGICA  

 

Conforme referido na nota  introdutória, as asserções produzidas quer em relação ao nível de 

desempenho médio dos alunos portugueses, quer no que se refere à distribuição regional dos 

resultados devem ter sempre em consideração que decorrem de informação limitada, em cada 

disciplina, aos resultados de um único exame. 

Na  caracterização  da  distribuição  regional  dos  resultados  apenas  foram  consideradas  as 

disciplinas cujo número de exames  realizados pelos alunos  internos, na 1.ª  fase,  foi  igual ou 

superior a 1500. 

Deve ainda ter‐se em atenção que a exígua dimensão territorial e/ou demográfica de algumas 

NUT  III concorre para a existência de um número muito reduzido de alunos, o que pode, em 

parte, explicar resultados médios muito elevados ou, no extremo oposto, muito reduzidos. A 

consulta dos anexos 1 e 4  fornece  informação  relativa ao número de alunos que constitui o 

universo em cada NUT III.  

Nos anexos 3 e 6, na coluna (2010‐2009), registam‐se as diferenças de valor entre o número 

índice observado em 2010 e o número  índice observado em 2009. Esta coluna só apresenta 

registos quando estão disponíveis resultados nos anos de 2009 e de 2010. 

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   67_90 

ANEXOS 

 

ENSINO BÁSICO 

 Anexo 1  Resultados dos  Exames do  Ensino Básico, por NUT  III  (média)  – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos. 

 Anexo 2  Alunos  do  Ensino  Básico  com  classificação  positiva,  por  NUT  III  (%)  –  2010,  1.ª  Chamada, Alunos Internos. 

 Anexo 3  Resultados dos Exames do Ensino Básico, por NUT  III – 2010, 1.ª Chamada. Alunos  Internos. 2010 – Números  índice, Portugal = 100; 2010‐2009 – Diferença de valor  índice entre 2010 e 2009. 

 

 

ENSINO SECUNDÁRIO 

 Anexo 4  Resultados dos Exames do Ensino Secundário, por NUT III (média) – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos. 

 Anexo 5  Alunos do Ensino Secundário com classificação positiva, por NUT III (%) – 2010, 1.ª Chamada, Alunos Internos. 

 Anexo 6  Resultados  dos  Exames  do  Ensino  Secundário,  por  NUT  III  –  2010,  1.ª  Chamada.  Alunos Internos. 2010 – Números índice, Portugal = 100; 2010‐2009 – Diferença de valor índice entre 2010 e 2009.  

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Relatório Exames Nacionais 2010   68_90 

ANEXO 1  Resultados dos Exames do Ensino Básico, por NUT  III  (média) – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos.  

Língua Portuguesa 22 

Matemática 23 NUT III 

Média (%)  N.º de alunos  Média (%)  N.º de alunos R.A. dos Açores  –  –  –  – 

R.A. da Madeira  53,83  2464  46,39  2494 

Minho‐Lima  57,04  1907  53,32  1923 

Cávado  57,09  4088  53,81  4090 

Ave  56,37  4845  51,13  4850 

Grande Porto  58,72  10729  52,15  10746 

Tâmega  53,11  5674  45,77  5682 

Entre Douro e Vouga  58,69  2467  53,64  2469 

Douro  53,92  1858  47,33  1866 

Alto Trás‐os‐Montes  54,99  1490  48,64  1494 

Baixo Vouga  58,22  3169  55,12  3180 

Baixo Mondego  61,40  2618  57,80  2627 

Pinhal Litoral  57,28  2248  55,97  2254 

Pinhal Interior Norte  56,46  890  50,80  889 

Pinhal Interior Sul  55,70  281  51,74  281 

Dão‐Lafões  58,88  2231  56,12  2234 

Serra da Estrela  57,27  323  52,79  323 

Beira Interior Norte  57,66  717  55,97  719 

Beira Interior Sul  56,66  457  54,43  458 

Cova da Beira  56,76  633  50,55  636 

Oeste  57,12  2833  51,53  2854 

Médio Tejo  57,34  1853  53,42  1861 

Grande Lisboa  58,18  15272  51,91  15616 

Península de Setúbal  55,36  5807  45,81  5943 

Lezíria do Tejo  58,01  1679  50,94  1697 

Alentejo Litoral  54,69  614  49,27  616 

Alto Alentejo  53,20  898  43,57  907 

Alentejo Central  55,54  1203  45,87  1210 

Baixo Alentejo  54,00  793  48,18  795 

Algarve  53,68  3291  47,91  3383 

   

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Relatório Exames Nacionais 2010   69_90 

ANEXO 2   Alunos do  Ensino Básico  com  classificação  positiva, por NUT  III  (%)  –  2010,  1.ª Chamada. Alunos Internos.  

Classificação ≥  50% (níveis 3, 4 e 5) NUT III 

Língua Portuguesa 22 

Matemática 23 

R.A. dos Açores  –  – 

R.A. da Madeira  63,1  43,4 

Minho‐Lima  71,9  56,8 

Cávado  71,1  56,8 

Ave  71,0  52,4 

Grande Porto  70,4  53,1 

Tâmega  74,4  41,9 

Entre Douro e Vouga  70,2  55,6 

Douro  74,6  44,7 

Alto Trás‐os‐Montes  62,6  45,3 

Baixo Vouga  65,2  59,5 

Baixo Mondego  73,9  62,1 

Pinhal Litoral  78,8  60,1 

Pinhal Interior Norte  72,9  49,1 

Pinhal Interior Sul  70,0  50,2 

Dão‐Lafões  65,4  59,9 

Serra da Estrela  74,8  54,8 

Beira Interior Norte  60,5  60,7 

Beira Interior Sul  72,8  59,3 

Cova da Beira  71,8  50,4 

Oeste  70,4  52,6 

Médio Tejo  70,4  56,1 

Grande Lisboa  72,1  51,7 

Península de Setúbal  72,6  41,6 

Lezíria do Tejo  67,2  52,1 

Alentejo Litoral  74,9  47,0 

Alto Alentejo  62,8  38,6 

Alentejo Central  62,2  42,5 

Baixo Alentejo  64,8  46,0 

Algarve  59,9  46,1 

             

 

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Relatório Exames Nacionais 2010   70_90 

ANEXO 3   Resultados dos Exames do Ensino Básico, por NUT III – 2010, 1.ª Chamada. Alunos Internos. 2010 – Números  índice, Portugal = 100; 2010‐2009 – Diferença de valor  índice entre 2010 e 2009.  

Língua Portuguesa 22 

Matemática 23 NUT III 

2010  (2010‐2009)  2010  (2010‐2009) R.A. dos Açores  –  –  –  – 

R.A. da Madeira  94,6  ‐2,9  90,8  0,1 

Minho‐Lima  100,2  ‐0,6  104,4  2,9 

Cávado  100,3  0,4  105,4  2,5 

Ave  99,0  0,9  100,1  0,1 

Grande Porto  103,2  1,1  102,1  2,1 

Tâmega  93,3  ‐1,4  89,6  ‐2,2 

Entre Douro e Vouga  103,1  2,7  105,0  3,5 

Douro  94,7  0,2  92,7  0,8 

Alto Trás‐os‐Montes  96,6  ‐0,3  95,2  ‐0,8 

Baixo Vouga  102,3  0,7  107,9  0,9 

Baixo Mondego  107,9  0,8  113,2  3,8 

Pinhal Litoral  100,6  ‐1,2  109,6  2,1 

Pinhal Interior Norte  99,2  6,1  99,5  2,5 

Pinhal Interior Sul  97,9  1,0  101,3  ‐0,2 

Dão‐Lafões  103,5  2,5  109,9  1,7 

Serra da Estrela  100,6  2,1  103,4  0,1 

Beira Interior Norte  101,3  1,0  109,6  6,4 

Beira Interior Sul  99,6  1,5  106,6  6,1 

Cova da Beira  99,7  ‐1,3  99,0  ‐2,1 

Oeste  100,4  ‐0,6  100,9  ‐2,1 

Médio Tejo  100,7  0,4  104,6  ‐1,5 

Grande Lisboa  102,2  ‐0,7  101,6  0,4 

Península de Setúbal  97,3  ‐0,9  89,7  ‐6,1 

Lezíria do Tejo  101,9  1,5  99,7  0,1 

Alentejo Litoral  96,1  ‐1,2  96,5  ‐0,6 

Alto Alentejo  93,5  ‐1,5  85,3  ‐1,8 

Alentejo Central  97,6  ‐1,3  89,8  ‐7,9 

Baixo Alentejo  94,9  ‐3,7  94,3  ‐1,1 

Algarve  94,3  ‐0,3  93,8  ‐2,0 

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Relatório Exames Nacionais 2010   71_90 

ANEXO 4   Resultados dos Exames do Secundário, por NUT III (média) – 2010, 1.ª FASE. Alunos Internos.  Área – Ciências Naturais  

Biologia e Geologia 702 

Física e Química A 715 NUT III 

Média  N.º de alunos  Média  N.º de alunos RA. dos Açores  9,12  562  7,79  528 

RA. da Madeira  8,98  708  7,28  749 

Minho‐Lima  9,89  730  8,17  661 

Cávado  10,05  1414  8,17  1119 

Ave  9,80  1577  8,44  1590 

Grande Porto  10,17  3636  8,89  3161 

Tâmega  9,50  1667  7,76  1527 

Entre Douro e Vouga  10,09  812  8,45  740 

Douro  9,48  677  7,62  714 

Alto Trás‐os‐Montes  9,60  655  7,72  600 

Baixo Vouga  9,70  1031  8,87  1041 

Baixo Mondego  10,54  1154  9,42  1034 

Pinhal Litoral  10,36  804  8,86  848 

Pinhal Interior Norte  9,51  313  8,47  321 

Pinhal Interior Sul  9,62  134  7,56  146 

Dão‐Lafões  10,18  889  9,44  880 

Serra da Estrela  9,51  106  7,98  112 

Beira Interior Norte  9,03  361  7,91  372 

Beira Interior Sul  9,31  197  8,48  208 

Cova da Beira  9,25  280  9,11  274 

Oeste  10,07  864  8,99  822 

Médio Tejo  10,02  681  8,41  565 

Grande Lisboa  10,09  4662  9,09  4421 

Península de Setúbal  9,45  1929  7,95  1798 

Lezíria do Tejo  9,41  548  7,85  564 

Alentejo Litoral  9,44  169  7,76  207 

Alto Alentejo  9,44  286  7,40  243 

Alentejo Central  10,00  436  8,32  407 

Baixo Alentejo  9,47  295  7,44  265 

Algarve  9,80  931  8,47  903 

         

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Relatório Exames Nacionais 2010   72_90 

Área – Matemática  

Matemática A 635 

Matemática B 735 

Matemática Aplicada às Ciências Sociais 

835 NUT III 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

RA. dos Açores  10,86  569  11,45  45  9,50  263 

RA. da Madeira  11,49  720  9,75  79  9,14  218 

Minho‐Lima  12,07  822  11,62  48  9,67  111 

Cávado  12,60  1361  12,14  87  10,43  239 

Ave  11,43  1580  11,25  98  10,01  409 

Grande Porto  12,74  3592  11,82  140  10,19  804 

Tâmega  11,23  1265  7,46  29  9,72  427 

Entre Douro e Vouga  12,32  684  10,36  43  11,64  151 

Douro  11,96  632  12,29  29  9,10  166 

Alto Trás‐os‐Montes  11,67  580  9,17  13  9,19  129 

Baixo Vouga  12,85  1066  12,70  59  10,98  212 

Baixo Mondego  13,48  1088  12,83  86  10,54  242 

Pinhal Litoral  13,35  776  12,11  63  11,28  155 

Pinhal Interior Norte  11,54  249  13,60  6  12,11  54 

Pinhal Interior Sul  11,37  116  –  –  10,69  18 

Dão‐Lafões  12,88  836  10,79  40  10,24  216 

Serra da Estrela  12,26  102  –  –  8,47  40 

Beira Interior Norte  11,37  366  11,13  12  8,10  44 

Beira Interior Sul  12,35  211  13,79  8  9,03  33 

Cova da Beira  11,76  245  13,24  5  9,93  52 

Oeste  12,38  880  11,98  82  10,91  271 

Médio Tejo  12,49  688  12,21  47  9,80  178 

Grande Lisboa  12,88  4653  11,46  378  10,36  1317 

Península de Setúbal  11,62  1705  10,24  142  9,97  474 

Lezíria do Tejo  11,62  574  11,19  21  9,44  174 

Alentejo Litoral  11,98  204  11,62  19  9,21  56 

Alto Alentejo  9,91  294  9,91  18  8,71  126 

Alentejo Central  10,56  391  12,67  27  9,62  142 

Baixo Alentejo  11,32  304  13,23  6  9,92  42 

Algarve  11,98  897  10,09  97  10,78  261 

             

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Relatório Exames Nacionais 2010   73_90 

Área – Expressões  

Geometria Descritiva A 708 

Desenho A 706 

NUT III 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

RA. dos Açores  10,76  274  12,82  73 

RA. da Madeira  8,07  130  13,93  128 

Minho‐Lima  8,70  179  11,98  76 

Cávado  10,02  265  12,47  218 

Ave  7,80  259  12,03  149 

Grande Porto  9,76  714  12,83  503 

Tâmega  7,32  140  12,04  170 

Entre Douro e Vouga  8,31  138  12,89  89 

Douro  8,47  76  11,55  64 

Alto Trás‐os‐Montes  7,32  57  13,67  31 

Baixo Vouga  10,34  223  13,71  111 

Baixo Mondego  8,53  238  11,98  160 

Pinhal Litoral  8,00  163  11,01  96 

Pinhal Interior Norte  7,32  39  –  – 

Pinhal Interior Sul  10,70  10  –  – 

Dão‐Lafões  8,10  155  11,33  131 

Serra da Estrela  6,88  10  11,65  17 

Beira Interior Norte  5,16  67  12,71  27 

Beira Interior Sul  7,45  25  16,13  18 

Cova da Beira  8,20  53  12,98  31 

Oeste  10,10  219  12,69  168 

Médio Tejo  8,58  159  13,85  98 

Grande Lisboa  10,06  1341  12,69  983 

Península de Setúbal  8,31  420  12,97  333 

Lezíria do Tejo  8,91  92  13,66  73 

Alentejo Litoral  7,62  61  13,31  28 

Alto Alentejo  6,15  68  11,90  26 

Alentejo Central  7,75  88  11,52  75 

Baixo Alentejo  7,23  54  13,58  36 

Algarve  7,36  319  11,42  131 

               

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Relatório Exames Nacionais 2010   74_90 

Área – Ciências Sociais   

Economia A 712 

Geografia A 719 

História A 623 

História B 723 

História da Cultura e da 

Artes 724 

NUT III 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

RA. dos Açores  13,14  78  9,85  392  10,53  358  –  –  11,04  29 

RA. da Madeira  12,03  145  11,18  426  11,85  302  9,67  54  12,23  72 

Minho‐Lima  13,09  92  11,16  237  12,45  145  12,32  17  11,08  57 

Cávado  14,33  146  11,51  495  12,50  390  9,12  27  11,35  91 

Ave  13,55  125  10,74  601  12,27  493  12,62  24  10,59  92 

Grande Porto  14,56  515  11,11  1668  12,42  1331  12,66  68  11,36  288 

Tâmega  12,84  128  10,84  809  11,25  694  –  –  11,36  146 

Entre Douro e Vouga  13,45  112  10,88  334  12,44  293  9,88  13  9,88  74 

Douro  12,84  39  10,53  296  10,62  288  –  –  9,02  10 

Alto Trás‐os‐Montes  10,06  29  10,47  281  12,06  222  10,01  9  9,25  11 

Baixo Vouga  13,16  122  11,23  461  11,96  295  14,66  22  12,68  46 

Baixo Mondego  15,03  107  11,20  396  12,38  323  14,94  20  11,92  45 

Pinhal Litoral  13,88  144  12,01  332  12,98  236  12,05  26  9,68  55 

Pinhal Interior Norte  –  –  11,25  89  11,49  100  –  –  –  – 

Pinhal Interior Sul  –  –  11,02  33  11,32  33  –  –  –  – 

Dão‐Lafões  13,22  84  10,80  333  10,78  302  10,69  21  10,41  62 

Serra da Estrela  –  –  11,77  42  12,00  34  –  –  12,00  10 

Beira Interior Norte  15,02  21  11,30  71  12,78  76  –  –  10,09  29 

Beira Interior Sul  13,60  8  10,60  67  13,04  42  –  –  10,10  8 

Cova da Beira  11,81  24  11,67  94  12,08  70  –  –  11,12  14 

Oeste  12,91  173  11,27  569  12,54  352  11,91  11  9,79  115 

Médio Tejo  12,19  85  11,20  325  11,18  228  –  –  11,81  51 

Grande Lisboa  13,71  1627  11,20  3371  12,28  2121  12,86  318  10,95  556 

Península de Setúbal  13,07  366  10,48  1077  11,51  743  11,32  22  10,53  228 

Lezíria do Tejo  11,78  74  11,13  305  11,21  183  –  –  11,62  30 

Alentejo Litoral  13,33  36  11,22  122  11,53  108  –  –  11,21  10 

Alto Alentejo  10,41  22  9,64  184  9,95  101  –  –  8,17  14 

Alentejo Central  12,43  64  10,24  280  11,18  240  9,49  11  10,76  35 

Baixo Alentejo  13,49  30  10,88  97  11,20  86  –  –  11,65  38 

Algarve  12,74  178  10,52  507  11,80  406  12,23  28  10,41  157 

           

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Relatório Exames Nacionais 2010   75_90 

Área – Português‐Latim ‐ 1  

Português 639 

Literatura Portuguesa 

734 

Português LNM 739 

NUT III 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

RA. dos Açores  9,92  1053  8,09  58  –  – 

RA. da Madeira  10,14  1298  9,30  78  –  – 

Minho‐Lima  11,67  1143  12,57  23  –  – 

Cávado  11,49  2263  10,13  72  –  – 

Ave  10,78  2449  10,09  98  14,60  1 

Grande Porto  11,57  6199  10,55  203  –  – 

Tâmega  10,37  2389  9,62  145  –  – 

Entre Douro e Vouga  11,02  1238  11,92  61  –  – 

Douro  10,96  1053  10,65  68  –  – 

Alto Trás‐os‐Montes  11,03  891  11,46  60  –  – 

Baixo Vouga  10,95  1655  11,03  37  –  – 

Baixo Mondego  11,56  1760  9,51  59  –  – 

Pinhal Litoral  11,21  1326  –  –  –  – 

Pinhal Interior Norte  9,67  396  10,37  6  –  – 

Pinhal Interior Sul  10,30  150  –  –  –  – 

Dão‐Lafões  10,93  1457  11,05  8  –  – 

Serra da Estrela  11,28  177  –  –  –  – 

Beira Interior Norte  10,65  538  12,88  9  13,00  1 

Beira Interior Sul  11,55  292  9,38  18  –  – 

Cova da Beira  11,06  422  9,61  18  –  – 

Oeste  10,97  1570  10,35  28  –  – 

Médio Tejo  11,67  1209  12,05  34  –  – 

Grande Lisboa  11,04  9363  10,16  340  9,98  8 

Península de Setúbal  10,23  3211  9,30  128  –  – 

Lezíria do Tejo  11,72  943  13,61  21  –  – 

Alentejo Litoral  10,84  355  9,60  19  –  – 

Alto Alentejo  10,69  438  8,70  23  –  – 

Alentejo Central  10,18  756  12,17  56  –  – 

Baixo Alentejo  10,82  451  10,38  23  –  – 

Algarve  10,54  1744  11,30  62  12,50  2 

 Português LNM – Português Língua Não‐Materna Português DA – Português para alunos deficientes auditivos de grau severo ou profundo            

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Relatório Exames Nacionais 2010   76_90 

Área – Português‐Latim ‐2  

Português LNM 839 

Português DA 239 

Latim A 732 

NUT III 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

RA. dos Açores  –  –  13,20  1  11,44  8 

RA. da Madeira  9,70  2  17,60  1  10,43  7 

Minho‐Lima  13,20  1  –  –  –  – 

Cávado  15,00  3  –  –  11,61  41 

Ave  12,60  1  –  –  13,36  9 

Grande Porto  15,87  3  13,38  2  –  – 

Tâmega  16,10  2  12,90  1  –  – 

Entre Douro e Vouga  15,20  1  –  –  –  – 

Douro  14,70  2  –  –  9,40  7 

Alto Trás‐os‐Montes  –  –  –  –  –  – 

Baixo Vouga  16,20  1  –  –  11,55  16 

Baixo Mondego  15,72  5  –  –  14,17  7 

Pinhal Litoral  –  –  –  –  14,31  7 

Pinhal Interior Norte  17,20  1  –  –  –  – 

Pinhal Interior Sul  –  –  –  –  8,51  11 

Dão‐Lafões  –  –  –  –  –  – 

Serra da Estrela  –  –  –  –  –  – 

Beira Interior Norte  17,60  1  –  –  –  – 

Beira Interior Sul  –  –  –  –  –  – 

Cova da Beira  –  –  –  –  –  – 

Oeste  16,20  4  –  –  –  – 

Médio Tejo  16,60  1  –  –  –  – 

Grande Lisboa  13,49  47  8,44  1  10,88  20 

Península de Setúbal  14,93  9  –  –  9,75  6 

Lezíria do Tejo  –  –  –  –  –  – 

Alentejo Litoral  14,64  5  –  –  –  – 

Alto Alentejo  –  –  –  –  –  – 

Alentejo Central  16,00  1  –  –  7,70  1 

Baixo Alentejo  –  –  –  –  –  – 

Algarve  16,38  13  –  –  13,59  13 

  Português LNM – Português Língua Não‐Materna Português DA – Português para alunos deficientes auditivos de grau severo ou profundo    

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Relatório Exames Nacionais 2010   77_90 

Área – Línguas Estrangeiras ‐1  

Alemão iniciação 501 

Espanhol iniciação 547 

Francês continuação 517 

NUT III 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

RA. dos Açores  12,33  40  –  –  9,92  30 

RA. da Madeira  11,68  85  –  –  11,40  80 

Minho‐Lima  –  –  15,98  23  –  – 

Cávado  13,61  16  16,04  58  11,57  47 

Ave  12,22  19  15,54  76  13,78  23 

Grande Porto  14,79  68  14,81  494  11,71  115 

Tâmega  13,01  20  14,69  108  10,41  65 

Entre Douro e Vouga  –  –  14,34  93  13,71  34 

Douro  11,79  8  13,09  38  7,03  9 

Alto Trás‐os‐Montes  9,85  18  15,12  6  11,47  18 

Baixo Vouga  11,51  8  14,36  114  11,82  39 

Baixo Mondego  16,09  12  18,38  13  14,41  7 

Pinhal Litoral  15,45  42  15,13  34  12,49  12 

Pinhal Interior Norte  –  –  –  –  9,74  29 

Pinhal Interior Sul  –  –  –  –  –  – 

Dão‐Lafões  13,93  12  13,55  45  11,84  5 

Serra da Estrela  –  –  –  –  –  – 

Beira Interior Norte  –  –  15,74  16  9,57  13 

Beira Interior Sul  –  –  14,15  13  –  – 

Cova da Beira  –  –  11,93  26  –  – 

Oeste  13,37  43  15,98  97  12,08  54 

Médio Tejo  –  –  14,60  76  14,94  11 

Grande Lisboa  13,04  168  14,60  192  11,64  558 

Península de Setúbal  12,57  70  15,20  82  11,60  163 

Lezíria do Tejo  –  –  14,37  6  12,88  49 

Alentejo Litoral  –  – 14,22  22  –  – 

Alto Alentejo  8,27  6  15,83  27  6,94  7 

Alentejo Central  13,40  4  14,33  66  12,62  17 

Baixo Alentejo  –  –  16,46  19  –  – 

Algarve  13,64  50  15,07  202  12,66  30 

               

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Relatório Exames Nacionais 2010   78_90 

Área – Línguas Estrangeiras ‐2  

Inglês continuação 550 

Espanhol continuação 847 

Alemão continuação 801 

NUT III 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

Média N.º de alunos 

RA. dos Açores  –  –  –  –  –  – 

RA. da Madeira  –  –  –  –  –  – 

Minho‐Lima  14,27  13  –  –  –  – 

Cávado  –  –  –  –  –  – 

Ave  –  –  –  –  –  – 

Grande Porto  11,70  1  –  –  –  – 

Tâmega  –  –  –  –  –  – 

Entre Douro e Vouga  15,99  16  –  –  –  – 

Douro  –  –  –  –  –  – 

Alto Trás‐os‐Montes  –  –  –  –  –  – 

Baixo Vouga  –  –  –  –  –  – 

Baixo Mondego  –  –  –  –  –  – 

Pinhal Litoral  –  –  –  –  –  – 

Pinhal Interior Norte  –  –  –  –  –  – 

Pinhal Interior Sul  –  –  –  –  –  – 

Dão‐Lafões  11,61  9  13,27  7  –  – 

Serra da Estrela  –  –  –  –  –  – 

Beira Interior Norte  –  –  –  –  –  – 

Beira Interior Sul  –  –  –  –  –  – 

Cova da Beira  –  –  –  –  –  – 

Oeste  14,8  27  –  –  –  – 

Médio Tejo  –  –  –  –  –  – 

Grande Lisboa  –  –  –  –  –  – 

Península de Setúbal  19,50  1  –  –  –  – 

Lezíria do Tejo  13,475  8  –  –  –  – 

Alentejo Litoral  15,49  8  –  –  –  – 

Alto Alentejo  –  –  10,39  18  –  – 

Alentejo Central  –  –  –  –  –  – 

Baixo Alentejo  –  –  –  –  –  – 

Algarve  –  –  12,77  6  14,61  3 

   

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Relatório Exames Nacionais 2010   79_90 

ANEXO 5 Alunos  do  Ensino  Secundário  com  classificação  positiva,  por  NUT  III  (%)  2010,  1.ª  Fase. Alunos Internos.  Área – Português ‐ Latim  

Classificação ≥  10 valores 

NUT III  Português 639 

Literatura Portuguesa 

734 

Latim 732 

R.A. dos Açores  62,3  29,3  75,0 

R.A. da Madeira  57,7  48,7  71,4 

Minho‐Lima  80,4  78,3  – 

Cávado  77,6  61,1  68,3 

Ave  70,6  62,2  77,8 

Grande Porto  76,9  69,0  – Tâmega  64,1  55,9  – Entre Douro e Vouga  71,0  82,0  – Douro  69,5  63,2  71,4 

Alto Trás‐os‐Montes  71,8  65,0  – 

Baixo Vouga  71,3  70,3  62,5 

Baixo Mondego  77,4  55,9  85,7 

Pinhal Litoral  75,6  –  85,7 

Pinhal Interior Norte  56,8  50,0  – 

Pinhal Interior Sul  58,7  –  54,5 

Dão‐Lafões  69,7  75,0  – Serra da Estrela  70,1  –  – Beira Interior Norte  64,5  88,9  – Beira Interior Sul  76,4  44,4  – Cova da Beira  70,9  55,6  – Oeste  71,6  60,7  – Médio Tejo  77,7  82,4  – Grande Lisboa  73,2  62,9  55,0 

Península de Setúbal  62,8  53,1  66,7 

Lezíria do Tejo  79,2  100,0  – Alentejo Litoral  66,2  63,2  – Alto Alentejo  68,5  47,8  – Alentejo Central  63,4  83,9  0,0 

Baixo Alentejo  70,7  65,2  – 

Algarve  67,1  69,4  92,3 

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Relatório Exames Nacionais 2010   80_90 

Área de Matemática  

Classificação ≥  10 valores 

NUT III Matemática A

635 Matemática B 

735 

Mat. Aplic. Ciências Sociais 835 

R.A. dos Açores  61,9  49,4  48,2 

R.A. da Madeira  59,2  73,3  48,3 

Minho‐Lima  70,3  68,8  49,5 

Cávado  74,9  78,2  63,6 

Ave  65,3  65,3  56,5 

Grande Porto  75,5  70,7  56,2 

Tâmega  65,0  27,6  52,2 

Entre Douro e Vouga  72,2  51,2  70,9 

Douro  69,1  79,3  44,0 

Alto Trás‐os‐Montes  64,3  53,8  51,2 

Baixo Vouga  81,5  88,1  67,5 

Baixo Mondego  80,7  80,2  62,8 

Pinhal Litoral  82,0  76,2  72,9 

Pinhal Interior Norte  66,7  100,0  68,5 

Pinhal Interior Sul  65,5  –  72,2 

Dão‐Lafões  78,8  70,0  56,0 

Serra da Estrela  77,5  –  40,0 

Beira Interior Norte  66,1  66,7  31,8 

Beira Interior Sul  73,5  87,5  45,5 

Cova da Beira  69,8  80,0  57,7 

Oeste  73,3  76,8  65,7 

Médio Tejo  75,9  70,2  57,9 

Grande Lisboa  78,3  69,6  60,0 

Península de Setúbal  67,6  55,6  55,7 

Lezíria do Tejo  68,1  61,9  48,9 

Alentejo Litoral  70,6  73,7  39,3 

Alto Alentejo  53,7  61,1  40,5 

Alentejo Central  59,8  81,5  50,7 

Baixo Alentejo  65,1  83,3  61,9 

Algarve  71,5  55,7  65,5 

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Relatório Exames Nacionais 2010   81_90 

Área de Ciências Naturais  

Classificação ≥  10 valores 

NUT III  Biologia e Geologia 

702 

Física e Química A 

715 R.A. dos Açores  41,8  23,0 

R.A. da Madeira  41,8  28,2 

Minho‐Lima  53,8  34,3 

Cávado  56,7  34,0 

Ave  53,1  37,8 

Grande Porto  56,5  42,5 

Tâmega  48,8  30,5 

Entre Douro e Vouga  55,9  37,8 

Douro  46,8  29,3 

Alto Trás‐os‐Montes  49,0  31,8 

Baixo Vouga  52,3  43,2 

Baixo Mondego  60,0  47,0 

Pinhal Litoral  60,4  42,0 

Pinhal Interior Norte  47,3  38,3 

Pinhal Interior Sul  53,0  32,2 

Dão‐Lafões  59,4  45,2 

Serra da Estrela  47,2  34,8 

Beira Interior Norte  47,4  32,8 

Beira Interior Sul  47,7  39,4 

Cova da Beira  47,1  40,9 

Oeste  57,9  44,4 

Médio Tejo  57,1  37,9 

Grande Lisboa  55,7  43,6 

Península de Setúbal  48,8  31,4 

Lezíria do Tejo  47,3  27,8 

Alentejo Litoral  47,9  28,5 

Alto Alentejo  49,0  28,0 

Alentejo Central  56,0  33,9 

Baixo Alentejo  48,5  26,0 

Algarve  52,1  37,1 

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Relatório Exames Nacionais 2010   82_90 

Área Ciências Sociais   

Classificação ≥  10 valores 

NUT III  Economia A 712 

Geografia A 719 

História A 623 

História B 723 

Hist. da Cultura e das Artes 

724 R.A. dos Açores  74,5  73,9  80,1  –  65,5 

R.A. da Madeira  87,2  56,9  68,2  51,9  93,1 

Minho‐Lima  85,9  76,4  81,4  94,1  87,7 

Cávado  89,7  79,0  87,9  44,4  79,1 

Ave  88,8  71,5  82,6  91,7  72,8 

Grande Porto  91,7  74,4  81,9  85,3  79,2 

Tâmega  80,5  73,5  72,0  –  76,7 

Entre Douro e Vouga  90,2  71,0  84,0  92,3  51,4 

Douro  87,2  71,3  64,2  –  40,0 

Alto Trás‐os‐Montes  58,6  69,8  81,5  55,6  45,5 

Baixo Vouga  88,5  78,5  81,7  95,5  80,4 

Baixo Mondego  95,3  76,3  79,9  95,0  84,4 

Pinhal Litoral  91,0  83,1  88,6  76,9  50,9 

Pinhal Interior Norte  –  77,5  81,0  –  – 

Pinhal Interior Sul  –  69,7  75,8  –  – 

Dão‐Lafões  88,1  72,1  65,9  76,2  64,5 

Serra da Estrela  –  83,3  82,4  –  100,0 

Beira Interior Norte  95,2  80,3  89,5  –  58,6 

Beira Interior Sul  100,0  67,2  85,7  –  75,0 

Cova da Beira  87,5  90,4  82,9  –  71,4 

Oeste  87,9  75,2  83,5  72,7  55,7 

Médio Tejo  82,4  80,6  71,5  –  86,3 

Grande Lisboa  88,5  75,8  81,9  86,8  69,4 

Península de Setúbal  83,6  67,7  73,4  68,2  68,0 

Lezíria do Tejo  81,1  78,4  70,5  –  76,7 

Alentejo Litoral  80,6  76,2  75,9  –  90,0 

Alto Alentejo  59,1  57,6  60,4  –  28,6 

Alentejo Central  81,3  62,5  72,5  54,5  65,7 

Baixo Alentejo  86,7  76,3  70,9  –  81,6 

Algarve  80,9  66,3  77,3  86,8  65,6 

            

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Relatório Exames Nacionais 2010   83_90 

Área Línguas Estrangeiras   

Classificação ≥  10 valores NUT III  Alemão 

501 Francês 517 

Inglês 550 

Espanhol 547 

Espanhol 847 

R.A. dos Açores  85,0  63,3  –  –  – 

R.A. da Madeira  76,5  68,8  –  –  – 

Minho‐Lima  –  –  100,0  100,0  – Cávado  93,8  80,9  –  100,0  – Ave  78,9  91,3  –  97,4  – Grande Porto  95,6  73,0  100,0  97,4  – Tâmega  95,0  52,3  –  96,3  – Entre Douro e Vouga  –  97,1  100,0  97,8  – Douro  87,5  22,2  –  92,1  – Alto Trás‐os‐Montes  50,0  77,8  –  100,0  – Baixo Vouga  75,0  79,5  –  98,2  – Baixo Mondego  100,0  100,0  –  100,0  – Pinhal Litoral  92,9  91,7  –  100,0  – Pinhal Interior Norte  –  44,8  –  –  – Pinhal Interior Sul  –  –  –  –  – Dão‐Lafões  91,7  80,0  77,8  93,3  100,0 

Serra da Estrela  –  –  –  –  – Beira Interior Norte  –  53,8  –  100,0  – Beira Interior Sul  –  –  –  100,0  – Cova da Beira  –  –  –  84,6  – Oeste  90,7  72,2  88,9  100,0  – Médio Tejo  –  90,9  –  98,7  – Grande Lisboa  87,5  72,9  –  96,9  – Península de Setúbal  82,9  75,5  100,0  97,6  – Lezíria do Tejo  –  81,6  87,5  100,0  – Alentejo Litoral  –  –  100,0  100,0  – Alto Alentejo  50,0  28,6  – 100,0  55,6 

Alentejo Central  100,0  94,1  – 95,5  – Baixo Alentejo  90,0  –  – 100,0  – Algarve  –  83,3  – 98,5  83,3 

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Relatório Exames Nacionais 2010   84_90 

 Área Expressões  

Classificação ≥  10 valores 

NUT III  Desenho A 706 

Geometria Descritiva A 

708 R.A. dos Açores  88,2  63,1 

R.A. da Madeira  82,4  38,0 

Minho‐Lima  86,8  42,5 

Cávado  91,3  54,7 

Ave  88,6  34,0 

Grande Porto  92,2  52,4 

Tâmega  88,2  30,0 

Entre Douro e Vouga  93,3  38,4 

Douro  84,4  42,1 

Alto Trás‐os‐Montes  96,8  29,8 

Baixo Vouga  97,3  57,8 

Baixo Mondego  85,6  39,5 

Pinhal Litoral  84,9  35,6 

Pinhal Interior Norte  –  30,8 

Pinhal Interior Sul  –  60,0 

Dão‐Lafões  78,6  37,4 

Serra da Estrela  82,4  10,0 

Beira Interior Norte  96,3  14,9 

Beira Interior Sul  100,0  36,0 

Cova da Beira  100,0  39,6 

Oeste  87,5  55,3 

Médio Tejo  93,9  40,3 

Grande Lisboa  88,6  52,3 

Península de Setúbal  94,9  37,9 

Lezíria do Tejo  91,8  40,2 

Alentejo Litoral  100,0  36,1 

Alto Alentejo  80,8  14,7 

Alentejo Central  88,0  35,2 

Baixo Alentejo  97,2  22,2 

Algarve  76,1  29,5 

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Relatório Exames Nacionais 2010   85_90 

ANEXO 6  Resultados dos Exames do Secundário, por NUT III – 2010, 1.ª FASE, Alunos Internos 2010  ‐ Números  índice, Portugal=100; 2010‐2009  ‐ Diferença de  valor  índice  entre 2010  e 2009.  Área – Ciências Naturais  

Biologia e Geologia 702 

Física e Química A 715 NUT III 

2010   (2010‐2009)  2010   (2010‐2009) R.A. dos Açores  92,5  1,5  91,7  ‐3,8 

R.A. da Madeira  91,1  1,7  85,6  2,8 

Minho‐Lima  100,3  ‐0,5  96,2  ‐0,3 

Cávado  101,9  4,6  96,2  ‐4,5 

Ave  99,4  2,6  99,3  7,6 

Grande Porto  103,1  0,7  104,6  1,9 

Tâmega  96,4  5,5  91,3  1,8 

Entre Douro e Vouga  102,4  1,9  99,4  0,1 

Douro  96,1  0,1  89,7  ‐8,4 

Alto Trás‐os‐Montes  97,3  ‐0,9  90,8  1,6 

Baixo Vouga  98,4  ‐6,2  104,3  ‐5,2 

Baixo Mondego  106,9  ‐0,7  110,8  ‐4,1 

Pinhal Litoral  105,1  ‐0,9  104,2  ‐0,7 

Pinhal Interior Norte  96,5  2,0  99,7  8,4 

Pinhal Interior Sul  97,6  ‐2,3  88,9  ‐10,6 

Dão‐Lafões  103,2  1,2  111,0  3,7 

Serra da Estrela  96,4  ‐6,4  93,8  ‐6,2 

Beira Interior Norte  91,6  ‐6,8  93,1  ‐3,2 

Beira Interior Sul  94,4  0,8  99,8  ‐2,6 

Cova da Beira  93,8  ‐6,5  107,1  7,8 

Oeste  102,1  ‐0,6  105,8  6,6 

Médio Tejo  101,7  ‐4,0  98,9  ‐2,9 

Grande Lisboa  102,4  ‐2,7  107,0  ‐1,7 

Península de Setúbal  95,9  1,4  93,5  ‐0,3 

Lezíria do Tejo  95,4  ‐0,6  92,3  1,9 

Alentejo Litoral  95,8  ‐6,3  91,3  ‐5,2 

Alto Alentejo  95,7  ‐0,1  87,1  3,2 

Alentejo Central  101,4  5,5  97,9  3,4 

Baixo Alentejo  96,1  0,9  87,5  ‐0,7 

Algarve  99,4  0,6  99,6  1,9 

          

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Relatório Exames Nacionais 2010   86_90 

Área – Matemática  

Matemática A 635 

Matemática B 735 

Matemática Aplicada às Ciências Sociais 

835 NUT III 

2010 (2010‐2009) 

2010 (2010‐2009) 

2010  (2010‐2009) 

R.A. dos Açores  88,8  ‐12,4  100,9  0,7  94,2  2,1 

R.A. da Madeira  93,9  ‐3,3  85,9  ‐22,4  90,6  ‐0,1 

Minho‐Lima  98,6  ‐0,9  102,4  ‐1,1  95,8  ‐2,9 

Cávado  102,9  1,7  107,0  2,3  103,4  ‐5,3 

Ave  93,4  0,8  99,1  10,4  99,2  1,0 

Grande Porto  104,1  2,1  104,1  0,7  101,0  ‐3,2 

Tâmega  91,7  ‐1,0  65,7  ‐34,9  96,3  0,8 

Entre Douro e Vouga  100,7  0,0  91,3  ‐6,3  115,4  10,0 

Douro  97,7  4,9  108,2  ‐0,7  90,2  6,5 

Alto Trás‐os‐Montes  95,3  6,6  80,8  ‐32,5  91,1  2,7 

Baixo Vouga  104,9  0,8  111,9  18,6  108,8  ‐3,9 

Baixo Mondego  110,1  ‐0,6  113,0  5,6  104,5  4,6 

Pinhal Litoral  109,1  5,6  106,7  1,8  111,8  0,4 

Pinhal Interior Norte  94,3  ‐3,6  119,8  –  120,0  16,5 

Pinhal Interior Sul  92,9  10,6  –  –  106,0  ‐0,3 

Dão‐Lafões  105,2  4,6  95,1  ‐8,7  101,5  ‐0,7 

Serra da Estrela  100,2  4,2  –  –  84,0  4,8 

Beira Interior Norte  92,9  ‐4,9  98,1  6,9  80,3  ‐18,2 

Beira Interior Sul  100,9  1,6  121,5  50,9  89,5  ‐16,8 

Cova da Beira  96,1  ‐3,9  116,7  19,6  98,4  12,2 

Oeste  101,1  3,0  105,6  15,1  108,1  ‐2,3 

Médio Tejo  102,0  0,7  107,6  4,5  97,1  ‐9,1 

Grande Lisboa  105,3  ‐2,3  101,0  ‐5,1  102,7  ‐0,6 

Península de Setúbal  95,0  0,6  90,2  ‐1,1  98,8  4,1 

Lezíria do Tejo  95,0  2,4  98,6  ‐3,7  93,6  6,4 

Alentejo Litoral  97,9  ‐0,9  102,3  16,5  91,3  ‐3,1 

Alto Alentejo  81,0  ‐7,4  87,3  24,4  86,3  1,1 

Alentejo Central  86,3  ‐8,3  111,6  17,1  95,3  9,9 

Baixo Alentejo  92,5  ‐7,4  116,6  4,8  98,4  ‐8,7 

Algarve  97,8  ‐0,5  88,9  4,4  106,8  11,3 

            

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Relatório Exames Nacionais 2010   87_90 

Área – Expressões  

Geometria Descritiva A 708 

Desenho A 706 NUT III 

2010   (2010‐2009)  2010   (2010‐2009) R.A. dos Açores  120,1  25,9  102,0  20,9 

R.A. da Madeira  90,1  ‐1,2  110,8  4,1 

Minho‐Lima  97,1  11,6  95,3  2,3 

Cávado  111,8  10,5  99,2  3,6 

Ave  87,1  1,4  95,7  4,4 

Grande Porto  109,0  2,1  102,1  ‐0,9 

Tâmega  81,6  ‐1,9  95,8  ‐2,0 

Entre Douro e Vouga  92,7  ‐12,9  102,5  15,1 

Douro  94,5  6,9  91,9  ‐13,8 

Alto Trás‐os‐Montes  81,7  1,6  108,8  2,2 

Baixo Vouga  115,4  5,2  109,1  ‐2,0 

Baixo Mondego  95,2  ‐10,7  95,3  ‐1,1 

Pinhal Litoral  89,3  ‐5,9  87,6  ‐14,1 

Pinhal Interior Norte  81,7  ‐0,1  –  – 

Pinhal Interior Sul  119,4  27,0  –  – 

Dão‐Lafões  90,4  ‐6,0  90,1  ‐6,1 

Serra da Estrela  76,8  15,1  92,7  ‐11,6 

Beira Interior Norte  57,6  ‐38,3  101,1  5,4 

Beira Interior Sul  83,2  6,4  128,3  29,9 

Cova da Beira  91,6  11,0  103,2  1,5 

Oeste  112,7  15,8  100,9  6,5 

Médio Tejo  95,8  ‐6,7  110,2  6,1 

Grande Lisboa  112,3  1,4  100,9  ‐6,0 

Península de Setúbal  92,8  5,3  103,1  6,4 

Lezíria do Tejo  99,4  ‐18,9  108,7  18,8 

Alentejo Litoral  85,0  3,5  105,9  17,5 

Alto Alentejo  68,6  7,2  94,6  6,0 

Alentejo Central  86,5  ‐9,7  91,7  ‐1,6 

Baixo Alentejo  80,7  1,8  108,1  13,3 

Algarve  82,2  ‐12,7  90,8  ‐9,0 

             

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Relatório Exames Nacionais 2010   88_90 

 Área – Ciências Sociais   

Economia A 712 

Geografia A 719 

História A 623 

História B 723 

História da Cultura e da 

Artes 724 

NUT III 

2010 (2010‐2009) 

2010 (2010‐2009) 

2010 (2010‐2009) 

2010 (2010‐2009) 

2010 (2010‐2009) 

R.A. dos Açores  97,6  ‐2,3  89,8  0,2  88,4  ‐1,6  –  –  101,2  19,5 

R.A. da Madeira  89,4  1,8  101,9  1,7  99,5  ‐0,4  78,7  6,7  112,1  ‐15,3 

Minho‐Lima  97,3  ‐2,2  101,8  0,1  104,5  6,6  100,3  17,1  101,6  9,1 

Cávado  106,5  5,7  104,9  2,6  104,9  ‐2,1  74,3  ‐27,9  104,1  27,7 

Ave  100,6  2,8  97,9  ‐1,5  103,0  0,7  102,8  20,0  97,1  1,4 

Grande Porto  108,2  0,5  101,3  ‐3,3  104,3  2,9  103,1  ‐16,3  104,2  ‐5,3 

Tâmega  95,4  3,9  98,8  5,0  94,5  ‐1,7  –  –  104,2  14,0 

Entre Douro e Vouga  99,9  7,0  99,2  2,0  104,5  4,1  80,5  ‐34,3  90,6  ‐9,8 

Douro  95,4  3,6  96,0  6,2  89,1  ‐10,3  –  –  82,7  ‐14,2 

Alto Trás‐os‐Montes  74,7  ‐7,3  95,4  4,5  101,3  6,0  81,5  2,8  84,7  9,4 

Baixo Vouga  97,8  ‐5,9  102,4  1,0  100,4  1,5  119,4  5,6  116,2  6,6 

Baixo Mondego  111,7  9,6  102,1  1,7  103,9  1,9  121,6  ‐7,7  109,3  8,0 

Pinhal Litoral  103,1  0,1  109,5  1,2  109,0  4,4  98,1  ‐13,3  88,7  ‐8,9 

Pinhal Interior Norte  –  –  102,5  13,8  96,5  ‐3,4  –  –  –  – 

Pinhal Interior Sul  –  –  100,5  2,8  95,0  16,1  –  –  –  – 

Dão‐Lafões  98,2  2,6  98,4  2,8  90,5  ‐3,3  87,1  3,6  95,5  8,9 

Serra da Estrela  –  –  107,3  7,9  100,8  0,8  –  –  110,0  24,1 

Beira Interior Norte  111,6  13,8  103,0  9,6  107,3  22,4  –  –  92,5  2,7 

Beira Interior Sul  101,0  ‐1,0  96,7  ‐10,4  109,5  25,9  –  –  92,6  10,1 

Cova da Beira  87,7  ‐8,6  106,4  4,6  101,5  15,3  –  –  101,9  ‐1,4 

Oeste  95,9  ‐5,0  102,8  0,5  105,3  ‐0,2  97,0  ‐24,4  89,8  ‐6,1 

Médio Tejo  90,6  ‐11,1  102,1  ‐3,2  93,9  ‐10,2  –    108,3  0,3 

Grande Lisboa  101,9  ‐1,1  102,1  ‐0,8  103,1  ‐0,6  104,7  ‐5,8  100,3  ‐3,2 

Península de Setúbal  97,1  0,8  95,5  ‐0,3  96,7  ‐0,6  92,2  ‐1,1  96,5  ‐7,2 

Lezíria do Tejo  87,5  ‐10,6  101,4  0,7  94,1  ‐3,2  –  –  106,5  11,2 

Alentejo Litoral  99,1  ‐1,0  102,3  ‐1,1  96,8  3,8  –  –  102,7  ‐19,2 

Alto Alentejo  77,4  ‐17,0  87,9  ‐1,0  83,5  ‐9,1  –  –  74,9  9,0 

Alentejo Central  92,3  ‐7,6  93,3  ‐1,1  93,9  ‐2,8  77,3  ‐64,4  98,6  ‐5,2 

Baixo Alentejo  100,2  12,2  99,2  3,2  94,0  5,8  –  –  106,8  3,3 

Algarve  94,7  ‐1,0  95,9  ‐0,6  99,0  ‐2,8  99,6  ‐9,2  95,4  2,7 

             

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Relatório Exames Nacionais 2010   89_90 

 Área – Português‐Latim  

Português 639 

Literatura Portuguesa 724 

NUT III 

2010 (2010‐2009) 

2010  (2010‐2009) 

R.A. dos Açores  90,3  0,4  78,5  ‐26,6 

R.A. da Madeira  92,3  0,4  90,2  ‐5,8 

Minho‐Lima  106,3  6,6  122,0  25,9 

Cávado  104,7  1,3  98,2  ‐3,3 

Ave  98,2  ‐3,7  97,9  ‐7,1 

Grande Porto  105,4  1,1  102,3  ‐2,4 

Tâmega  94,5  ‐2,2  93,3  1,0 

Entre Douro e Vouga  100,4  ‐0,5  115,7  17,1 

Douro  99,8  1,7  103,3  9,7 

Alto Trás‐os‐Montes  100,5  2,7  111,2  11,5 

Baixo Vouga  99,7  ‐1,5  107,0  3,6 

Baixo Mondego  105,2  3,8  92,3  ‐4,5 

Pinhal Litoral  102,1  2,3  –  – 

Pinhal Interior Norte  88,1  ‐12,0  100,5  ‐5,9 

Pinhal Interior Sul  93,8  ‐0,3  –  – 

Dão‐Lafões  99,5  ‐0,2  107,2  6,9 

Serra da Estrela  102,7  ‐1,6  –  – 

Beira Interior Norte  97,0  ‐1,4  124,9  – 

Beira Interior Sul  105,2  ‐1,2  91,0  – 

Cova da Beira  100,7  5,4  93,2  ‐7,0 

Oeste  99,9  ‐1,2  100,4  4,9 

Médio Tejo  106,3  3,5  116,9  ‐6,5 

Grande Lisboa  100,5  0,2  98,5  1,7 

Península de Setúbal  93,2  ‐3,6  90,2  ‐7,7 

Lezíria do Tejo  106,7  6,1  132,0  ‐6,2 

Alentejo Litoral  98,7  0,2  93,1  ‐7,7 

Alto Alentejo  97,4  ‐3,7  84,4  ‐10,2 

Alentejo Central  92,7  ‐7,1  118,1  21,1 

Baixo Alentejo  98,5  0,4  100,7  ‐6,3 

Algarve  96,0  0,7  109,6  8,4 

               

Page 90: EXAMES NACIONAIS dos NACIONAIS EXAMES NACIONAIS³rios/Exames_2010_Fase1_Ch1.pdf · Relatório Exames Nacionais 2010 2_90 FICHA TÉCNICA TÍTULO EXAMES NACIONAIS Relatório 2010 COORDENAÇÃO

Relatório Exames Nacionais 2010   90_90 

Área – Línguas Estrangeiras  

Alemão iniciação 501 

Espanhol iniciação 547 

Francês continuação517 

NUT III 

2010 (2010‐2009) 

2010 (2010‐2009) 

2010 (2010‐2009) 

R.A. dos Açores  94,3  ‐10,3  – – 85,2  ‐2,9 

R.A. da Madeira  89,4  1,8  – – 97,9  ‐2,5 

Minho‐Lima  –  –  107,7  3,8  –  – 

Cávado  104,2  10,0  108,1  16,3  99,4  ‐7,1 

Ave  93,5  ‐19,6  104,7  10,2  118,3  9,2 

Grande Porto  113,2  0,7  99,8  ‐0,2  100,5  ‐1,1 

Tâmega  99,5  36,7  99,0  ‐5,7  89,4  ‐9,4 

Entre Douro e Vouga  –  –  96,7  ‐8,5  117,7  9,0 

Douro  90,2  ‐12,7  88,2  ‐1,2  60,4  ‐37,3 

Alto Trás‐os‐Montes  75,4  ‐13,2  101,9  8,8  98,5  ‐4,0 

Baixo Vouga  88,1  ‐5,3  96,7  ‐1,4  101,5  4,6 

Baixo Mondego  123,1  13,0  123,8  32,4  123,7  18,9 

Pinhal Litoral  118,2  13,4  102,0  4,2  107,2  14,5 

Pinhal Interior Norte  – –  – –  83,6  – 

Pinhal Interior Sul  – –  – –  –  – 

Dão‐Lafões  106,5  14,2  91,3  ‐14,9  101,6  29,5 

Serra da Estrela  – –  –  –  –  – 

Beira Interior Norte  – –  106,1  11,7  82,1  ‐20,2 

Beira Interior Sul  – –  95,4  ‐11,6  – – 

Cova da Beira  – –  80,4  ‐20,1  – – 

Oeste  102,3  0,2  107,7  9,4  103,7  1,0 

Médio Tejo  –  –  98,4  7,1  128,2  9,6 

Grande Lisboa  99,7  ‐0,6  98,4  ‐0,2  99,9  1,8 

Península de Setúbal  96,2  ‐0,7  102,4  ‐1,6  99,6  ‐1,3 

Lezíria do Tejo  – –  96,8  17,6  110,6  1,2 

Alentejo Litoral  – –  95,8  ‐6,0  –  – 

Alto Alentejo  63,2  –  106,6  9,1  59,6  – 

Alentejo Central  102,5  11,8  96,5  ‐7,0  108,3  8,5 

Baixo Alentejo  –  –  110,9  3,3  –  – 

Algarve  104,3  13,2  101,5  ‐1,0  108,7  6,1