EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ª VARA DA FAMÍLIA E … · comenta que: “... no NCPC, a tutela de urgência segue subdividida em tutela cautelar e tutela antecipada

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ª VARA DA FAMÍLIA

E DAS SUCESSÕES DO FORO _________

___________, brasileiro, ____, _____, portador da

cédula de identidade de RG n° ________ e devidamente inscrito no CPF/MF sob o n°

____, residente e domiciliado à _______, nº ___, Bairro _____, CEP: ____, por seus

advogados que esta subscrevem (doc. anexo), vem, mui respeitosamente à presença de

Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 1.699 do Código Civil e 294 e seguintes

do Código Processo Civil, propor ação

REVISIONAL DE ALIMENTOS

COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA com caráter antecipatório,

em face de ____________, brasileiro, menor, nascido aos ______, representado por sua

genitora, a Sra. _____________, brasileira, ______, ____, portadora da cédula de

identidade RG. n° _______ e inscrita no CPF/MF sob o n° _____, todos residentes e


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domiciliados na Rua _______, n° _____, Bairro _____, São Paulo, SP, CEP: ___, pelos

motivos fáticos e razões de direito a seguir aduzidos:

I – DO PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE

URGÊNCIA com caráter antecipatório

1. A pretensão do Requerente encontra respaldo

jurídico no artigo 294 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, haja vista a presente

ação se embasar nos elementos que evidenciam a probabilidade de direito, bem como o

perigo de dano, como restará provado.

2. Importante esclarecer que o pedido de tutela

provisória de urgência com caráter antecipatório encontra amparo não apenas no Novo

Código de Processo Civil, como também no princípio da celeridade, da economia

processual e da instrumentalidade das formas.

3. Para o advogado Dr. Guilherme Antunes da Cunha1

comenta que: “... no NCPC, a tutela de urgência segue subdividida em tutela cautelar e

tutela antecipada (satisfativa), mas os requisitos são unificados, nos termos do art. 300. E

ambas as tutelas são denominadas tutelas provisórias. O termo tutela provisória não é o

mais adequado. Pelas diferenças entre a tutela cautelar e a tutela antecipatória, na esteira

da doutrina de Ovídio Baptista da Silva, observa-se, por exemplo, que a tutela cautelar é

medida temporária e não provisória, haja vista que tem eficácia enquanto perdurar a

situação cautelanda. Após, a medida poderá deixar de existir, pois sua função

acautelatória terá atingido seu objetivo. Já a media antecipatória tem natureza provisória,

tendo em vista que antecipa o provimento final de mérito (o qual poderá confirmar e tornar

definitiva a tutela provisoriamente antecipada; modificá-la; ou, até, revogá-la).

1 Novo código de processo civil anotado / OAB. – Porto Alegre : OAB RS, 2015. 842 p.; 24 cm.


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Nota-se, pois, que o caráter de temporariedade da

tutela cautelar demonstra que sua eficácia fática está limitada ao tempo da necessidade

da função acautelatória, enquanto a tutela antecipada (seja ela de urgência ou da

evidência – ambas satisfativas) satisfaz provisoriamente o direito do autor, tendo a

possibilidade de tornarem-se definitivas. A tutela antecipada tem o objetivo de se manter

faticamente eficaz no tempo, mesmo após a decisão final de mérito (caso, evidentemente,

a decisão proferida após a cognição exauriente confirme os juízos de verossimilhança e

de urgência – sumários ao final). Não tem, pois, um caráter temporário.

No NCPC, ao Magistrado é dado converter um

procedimento em outro (vide art. 305, § único), caso um pedido antecipatório satisfativo

seja feito. Há, nesse sentido, a possibilidade de o Magistrado adequar o pedido de tutela

cautelar ou antecipada ao procedimento (antecedente) cabível: cautelar (arts. 305 a 310)

ou antecipatório (arts. 303 e 304). Estas questões mostram-se de extrema importância

para se ter presente a interpretação e aplicação do art.294 do NCPC. Será fundamental

estabelecer a diferença entre a natureza das medidas de urgência, em que pese

classificadas da mesma forma (provisórias – art. 294, caput) e com os mesmos requisitos

(art. 300), para fins de procedimento a ser adotado, caso seja requerida a tutela

(provisória) de urgência em caráter antecedente.” (g.n)

4. Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional

nº 45/2004 a efetiva prestação jurisdicional foi erigida a princípio fundamental, pois foi

acrescentado o inciso LXXVIII ao art. 5º da Carta Magna o princípio do prazo razoável do

processo, in verbis:

"a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a

razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade

de sua tramitação".

5. Cumpre registrar, inicialmente, que não basta a

tutela formal do direito. Faz-se necessário sejam colocados à disposição, os meios

concretos que permitam que a norma venha atingir o efeito desejado, qual seja a


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efetividade do processo, com a consequente redução do prazo de duração entre o

ajuizamento do pedido e a eficaz prestação jurisdicional.

6. A atual complexidade social, caracterizada pelo

surgimento de novos direitos e, portanto novas demandas exigem que, o Estado esteja

suficientemente preparado para enfrentar os desafios da sociedade contemporânea, de

forma a garantir a plena efetivação dos direitos consagrados.

7. Deve ser ressaltado que, economia processual

significa que a máquina judiciária deve despender o mínimo possível de esforço com vistas

a fornecer uma efetiva prestação jurisdicional e o princípio da instrumentalidade das

formas consiste no aproveitamento dos atos processuais, quando, realizados de uma

determinada forma, ainda que, não sendo aquela prescrita em lei tenha atingido sua

finalidade e não cause prejuízo a qualquer das partes ou ao interesse público, dispensando

a propositura de um novo processo e dispêndio de novas custas, possibilitando que as

tutelas provisórias sejam pleiteadas e concedidas na própria ação principal.

8. Acerca da tutela provisória de urgência, segue o que

ensina Alexandre Freire; Lucas Buril de Macedo Barro e Ravi Peixoto em Coletânea Novo

CPC2.

“A tutela de urgência tem, no âmbito do processo, fundamental

importância: é uma das mais importantes técnicas por meio da qual se

impede que o tempo necessário à duração do processo cause dano à

parte que tem razão. Não se pode, hoje, pensar em processo efetivo

normativamente sem que exista a possibilidade de buscar medidas de

urgência para combater o efeito nocivo do tempo, aliado a situações

2Disponível em:

http://www.tjmg.jus.br/data/files/D9/E6/05/4D/8D17D410B7C917D40D4E08A8/Tutela_Provisoria_e_estabilizacao.pdf Acesso em: 09.02.2016

http://www.tjmg.jus.br/data/files/D9/E6/05/4D/8D17D410B7C917D40D4E08A8/Tutela_Provisoria_e_estabilizacao.pdf


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de perigo de perecimento do direito material, durante todo o curso do

processo”. (g.n.)

9. Corroborando com pedido, nossos Tribunais se

manifestaram sobre o tema:

“AÇÃO REVISIONAL - Redução liminar, ante a evidente

diminuição das possibilidades econômicas do devedor -

Admissibilidade - Desproporção gravosa entre os índices de

correção de seu salário e da pensão devida - Aplicação da Lei nº

5.478/68 (Alimentos), art. 13, § 1º Sendo evidente que os alimentos

devidos são excessivos, considerando-se a situação econômica do

devedor, podem eles ser liminarmente reduzidos em ação revisional”

(TJSP - 6ª Câm. Civil; AI nº 120.334-1-SP; rel. Des. J. L. Oliveira; j.

10.08.1989; v.u.). JB 171/197

II – DOS FATOS

1. A presente decorre da obrigação alimentar, da

qual o Requerente, requer à V. Excelência, a revisão para minorar o valor da prestação de

alimentos que paga ao seu filho menor ______________ (Docs. __).

2. Conforme pode ser observado através dos

documentos anexos, ficou acordado e homologado por sentença na ação de divórcio

consensual que tramitou perante a ___ Vara da Família e das Sucessões do Foro ______,

autos do processo nº _______, que o ora Requerente deveria arcar com uma pensão a

título de alimentos para seu filho menor na importância de R$ ____ (_____), com correção

anual pelo IGP-M. Ainda a título de pensão alimentícia, o custeio referente ao pagamento


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do plano de Seguro Saúde _______ (______) que está sendo rigorosamente pago pelo

Alimentante, através da contratação e pagamento feito em sua folha de pagamento feita

pelo empregador, ____________.

Anexa neste ato, cotações do mesmo plano/seguro

saúde feitas através de outras empresas (_______) e de outros do mesmo padrão (R$

_______; R$ _____; R$ _____ e R$ ____), a fim de demonstrar que, caso não estivesse

empregado, quais os valores que seriam pagos por criança, e/ou caso algum dos pais

fosse contratar o seguro pessoalmente. Portanto, somente a esse título, se

considerarmos o valor total aproximado de R$ ______, somado à diferença do valor médio

de mercado do plano/seguro saúde de R$ ____, resultaria na conclusão de que o

Requerente suporta gastos diretos equivalentes à R$ ____ (Docs. ___).

3. Destaca ainda que, em razão da guarda

compartilhada existem as despesas exclusivas aos filhos para a manutenção da residência

do Requerente, onde os filhos passam boa parte do tempo, conforme pode se comprovar

com da leitura de alguns poucos recibos anexos, tais como: supermercado e açougue,

R$_______________, respectivamente; empregada doméstica no valor de R$____, além

de refeições em restaurantes nos importes de R$_____. (Docs. ___).

4. Existem também as despesas fixas relacionadas à

moradia do Requerente e dos seus filhos que oneram ainda mais suas finanças, sendo

uma média de: R$ ____ de contas de ___, R$____de energia elétrica, R$____de

condomínio (Docs. ____).

5. A lista de despesas ordinárias, infelizmente não é

exauriente, pois há ainda outras despesas que assolam os rendimentos e a possibilidade

atual do Requerente.

6. Importante ainda é destacar e informar que o

Requerente teve um relacionamento amoroso, do qual adveio o nascimento de outro filho


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de nome _______, nascido aos __________, atualmente com ____anos de idade. (Doc.

__).

7. Foi homologado um acordo judicial nos autos do

processo nº _______, que tramitou perante a ___ Vara da Família e Sucessões do Foro

______, no que tange aos alimentos devidos a este filho menor, sendo que ficou fixado o

valor correspondente a ____ salários mínimos nacional, hoje calculado em R$____, mais

o custeio do mesmo plano/seguro saúde que proporciona para o outro filho, conforme pode

se observar do termo de audiência anexo. (Doc. ___)

8. Os valores acima mencionados superam hoje a

importância de R$______(_______).

9. A cada dia que passa a situação financeira em que

se encontra o Requerente, fica ainda mais prejudicada para poder manter o pagamento

em dia das despesas com os filhos e com sua nova filha, sem comprometimento total de

seus rendimentos, agravada, ainda, pela retração econômica que assola o país e pelos

altos índices de inflação que corroem todo o poder aquisitivo, principalmente, dos

assalariados.

10. Desse modo, faz-se necessário o reexame da

situação financeira atual do Requerente, haja vista que o mesmo não pode ser sacrificado

a pagar uma obrigação que não suporta mais. Há que se ter em mente que, os alimentos

servem para satisfazer as necessidades básicas de quem os recebe sem impor àquele

que tem obrigação de pagar sua miserabilidade financeira e ruína econômica.

III – DA POSSIBILIDADE DO REQUERENTE E

NECESSIDADE DOS FILHOS MENORES


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1. O presente pedido se faz necessário haja vista a

drástica mudança na vida financeira do Requerente ao qual passa a expor:

2. Quando foram fixados os alimentos constantes no

termo de audiência juntado (_____), a situação fática do Requerente era muito melhor,

mas não se encontra mais nesse padrão por razões que fugiram completamente da

vontade ou controle do Requerente. Explica-se:

3. O Requerente obteve durante o ano de ____, um

rendimento médio, bruto, em torno de R$ ____ por mês, sendo que tal receita sofre sérias

oscilações por se tratar de _____(profissional autônomo), vinculado à jornada de trabalho

em horas. Além disso detinha participação em sociedade de onde aferia relevante

participação nos seus resultados, os quais passaram a inexistir, conforme se explanará.

Levando-se em consideração a média de sua renda

anual de ____, temos os seguintes valores: a) empresa A______percebeu o valor de

R$____, sendo que tais rendimentos são oriundos do trabalho assalariado (Docs. ___); b)

Empresa B: R$_____(Docs. ____), também oriundos do trabalho assalariado; c) Empresa

C: R$ ______, em decorrência do vínculo associativo, d) empresa D: R$_____, constituído

por “pro labore” e distribuição de lucros ressalvando-se, desde já, que não possui

distribuição de resultados desde _____.

4. Importante destacar que a empresa D, onde o

Requerente é sócio quotista, não possui mais faturamento. Em consequência, não há mais

retirada de pró-labore e distribuições de lucros, conforme declarações exaradas pelo

Contador da empresa (Docs. 46 e 47).

E, a drástica redução dos rendimentos que o

Requerente percebia em decorrência da atividade empresarial da empresa D ocorreu em

razão da notória crise econômica que atingiu o país, que culminou na decretação da

Liquidação ____(_____), a qual deixou de adimplir os serviços prestados pela empresa D


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desde _____, razão pela qual o Requerente passou a viver, exclusivamente, com os

rendimentos oriundos dos seus contratos de trabalhos mantidos junto a empresa A

e B, sendo que, no mês _____ corrente, atingiu o valor líquido de R$_____(____–

docs. ____).

Ou seja, o Requerente está sendo obrigado a

utilizar-se de suas limitadas reservas financeiras para sobreviver e fazer frente às

despesas supra enumeradas.

5. Desta maneira, é a competente ação necessária

para minorar o valor dos alimentos devidos aos filhos, para que, considerando-se a atual

possibilidade do Requerente, possa também ocorrer uma equidade entre sua obrigação

alimentar entre os seus __ (___) filhos, indistintamente, sem privilegiar um em detrimento

de outro.

IV – DO DIREITO

1. Conforme os fatos acima narrados e os

documentos ora juntados, fica evidenciada a diminuição da capacidade financeira do

Requerente, não sendo mais possível que o mesmo continue prestando alimentos, em

detrimento de seu próprio sustento, bem como o de sua atual família, conforme disposto

nos artigos 1694 § 1°, 1.699 do Código Civil e artigos 13 e 15 da Lei nº 5.478/68, in verbis:

“Art. 13 O disposto nesta Lei aplica-se igualmente, no que couber, às

ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão

de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas

execuções”.

“Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado,


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pode a qualquer tempo ser revista em face da modificação da situação

financeira dos interessados.”

2. Corrobora também o Código Civil, assim dispõe

no §1º dos artigos 1.694 e 1.699:

“§1º do art. 1.694. Os alimentos devem ser fixados na proporção das

necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada”.

“Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação

financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o

interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração,

redução ou majoração do encargo.”

3. Assim, de acordo com a legislação vigente, a

revisão do quantum está devidamente prevista na legislação.

4. A decisão que estipula os alimentos tem, segundo

Yussef Said Cahali, implícita a cláusula rebus sic stantibus: O respectivo quantum tem

como pressuposto a permanência das condições de possibilidade e necessidade que o

determinara (Dos Alimentos, 2ª ed., 2ª tiragem, RT, pág. 699).

5. De acordo com o estabelecido no art. 15 da Lei nº.

.5.478/68, onde dispõe que caberá revisão de alimentos quando a situação financeira dos

interessados for alterada, encontra a presente ação respaldo legal, reforçado

pacificamente pela doutrina:

"O que se nota é que uma relação jurídica continuativa, dá suporte

material a ação de alimentos, ou seja, uma relação jurídica em que a

situação fatíca sofre alterações com o passar dos tempos. Deste

modo, quando se diz que "inexiste" coisa julgada material nas ações


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de alimentos, faz-se referência apenas ao "quantum" fixado na

decisão, pois, se resultar alterada faticamente a situação das partes

pode se alterar os valores da obrigaçào alimentar." (Dos alimentos,

Yussef Said Cahali, pg. 701, in fine).

6. No presente caso, impõe-se a redução da pensão

alimentar a fim de haja real possibilidade de o Requerente efetuar tais pagamentos sem

comprometer demasiadamente seu sustento próprio.

7. A jurisprudência também tem decidido

favoravelmente à redução do valor da pensão alimentícia, quando existe modificação na

situação econômica do alimentante, inferior à da época da fixação anterior:

“AÇÃO REVISIONAL - Redução liminar, ante a evidente

diminuição das possibilidades econômicas do devedor -

Admissibilidade - Desproporção gravosa entre os índices de

correção de seu salário e da pensão devida - Aplicação da Lei nº

5.478/68 (Alimentos), art. 13, § 1ºSendo evidente que os alimentos

devidos são excessivos, considerando-se a situação econômica do

devedor, podem eles ser liminarmente reduzidos em ação revisional”

(TJSP - 6ª Câm. Civil; AI nº 120.334-1-SP; rel. Des. J. L. Oliveira; j.

10.08.1989; v.u.). JB 171/197

“REVISIONAL DE ALIMENTOS – DEFICIÊNCIA NA SITUAÇÃO

ECONÔMICA – POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DA PENSÃO

ALIMENTÍCIA – ART. 400/CC. Demonstrando o alimentante a

impossibilidade do cumprimento da obrigação assumida em razão da

conciliação nos autos da ação de alimentos, ocasionada por situação

econômico-financeira deficiente, levando-se em conta que a

Requerida passou a exercer trabalho remunerado, além de outros

elementos de provas constantes nos autos, a ação revisional de


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alimentos deve ser procedente a fim de estabelecer um tratamento

equânime entre as partes, porquanto deve sempre se ter em vista o

binômio necessidade/possibilidade na relação alimentícia.” (TJ/SC –

Ap. Cível n° 96.000512-9 – Câmara de Laguna – Ac. unân. – 1ª Câm.

Cív. – Rel. Des. Carlos Prudêncio – DJSC – 26.09.96 – pág. 12).

8. Quanto às provas da situação financeira do

Requerente, as mesmas estão devidamente comprovadas com a documentação juntada

à presente.

9. Infelizmente, por possuir uma condição social e

financeira diferente da anterior, o Requerente não consegue arcar com esses valores, sem

prejuízo de seu próprio sustento e de seu outro filho.

10. Ainda, deve ser levado em conta que, a mãe do

Requerido, tem profissão e é _______, ao qual aufere um bom salário mensal e deve

contribuir na criação e gastos do filho do casal.

11. Portanto, inconcebível o Requerente arcar com os

alimentos do Requerido, com a escassa colaboração da genitora dos menores.

12. Esguarde-se que a condição do Requerente

mudou, pois o mesmo teve outro filho, desse modo, tem mais uma filha a sustentar,

não podendo arcar na forma e condições ao qual vem fazendo, sem prejudicar a si,

inclusive.

13. O Requerente exerce a profissão de ______

assalariado, percebendo como última remuneração o valor líquido de R$____ e não

consegue cobrir os gastos pessoais, de seus filhos e de seu próprio sustento, conforme

comprovantes anexos.


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14. Cada dia que passa, a situação financeira em que

se encontra o Requerente, fica prejudicada para poder manter o pagamento em dia das

despesas com o Requerido e com seu novo filho.

15. Deste modo, quando se diz que "inexiste" coisa

julgada material nas ações de alimentos, faz-se referência apenas ao "quantum" fixado na

decisão, pois, se resultar alterada faticamente a situação das partes pode se alterar os

valores da obrigação alimentar."(Dos alimentos, Yussef Said Cahali, pg. 701).

16. Nas palavras do mestre Orlando Gomes (Direito de

Família, p. 427): “Alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de

quem não pode provê-las por si”.

17. Há impossibilidade econômica de prestar

alimentos quando o devedor não pode fornecê-los sem desfalque do necessário ao

seu sustento. Esse critério, adotado no direito pátrio, é muito rigoroso, porquanto a

situação econômica do obrigado pode ser de tal ordem que a prestação de alimentos,

embora não sacrifique no seu sustento atual, represente um encargo que venha agravá-

lo, como na hipótese de estar endividado. Preconiza-se a apuração da capacidade

econômica do eventual devedor de alimentos em relação a seu patrimônio líquido. (g.n.)

18. É inequívoco que o Requerente teve

substancialmente reduzida sua capacidade econômica, pois teve um filho recentemente,

fatos esses que importaram significativamente redução na capacidade econômica do

Requerente.

“REVISIONAL DE ALIMENTOS. ALTERAÇÃO DO BINÔMIO

POSSIBILIDADE-NECESSIDADE. ADEQUAÇÃO DO QUANTUM.

CABIMENTO. 1. A obrigação alimentária vincula-se à clausula rebus

sic stantibus, podendo ser revisada sempre que ocorrer substancial

alteração no binômio possibilidade e necessidade, sendo possível o


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pleito de redução, majoração ou exoneração de alimentos. 2 Como o

alimentante constituiu nova família, com nascimento de dois filhos,

que já estão ingressando na escola e que apresentam problemas de

saúde, demandando maiores despesas, é cabível a pretensão

revisional, pois houve indiscutível redução da sua capacidade

econômica. 3. Embora o casamento ou divórcio não modifique os

direitos e deveres dos pais em relação aos filhos, os alimentos devidos

pelos pais podem ser alterados a qualquer tempo, caso sobrevenha

efetiva mudança na capacidade econômica. inteligência dos art. 1.699

e 1.709 do ccb. 4. O quantum deve estar readequado às

possibilidades do alimentante, em vista de todos os seus encargos de

família. Recurso desprovido. Além disso, é inequívoco que o

recorrente teve substancialmente reduzida a sua capacidade

econômica, pois, constituiu nova família, tendo havido o nascimento

de dois filhos, um em 2000 e outro 2003, sendo supervenientes ao

acordo alimentar, fato este que importou significativa redução na

capacidade econômica do recorrido. Convém gizar, pois, que a

obrigação alimentar, pela sua natureza, vincula-se à clausula rebus

sic stantibus, podendo ser revisada sempre que ocorrer substancial

alteração no binômio possibilidade e necessidade, sendo possível o

pleito de redução, majoração ou exoneração de alimentos, nos termos

do art. 1.699 do Código Civil”. (TJRS – 7ª Câmara Cível – Apelação

Cível nº 70 027 526 599. Relator e Presidente, Desembargador Sérgio

Fernando de Vasconcellos Chaves. DJ – 03/06/09).

V – DOS PEDIDOS

Diante das razões de fato e de direito amplamente

acima demonstradas, requer:


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1. A citação do Requerido, na pessoa da sua genitora,

a Sra. _____, residentes e domiciliados na Rua ____, n°. ____, Bairro _____, São Paulo,

SP, CEP: ____, para que, querendo, contestem a presente ação no prazo legal, sob pena

de revelia.

2. Seja julgada totalmente procedente a ação,

revisando o valor da pensão alimentícia para os menores, fixando-a no valor de

R$_____(_______) mensais ou ____ salário mínimo equiparando ao que recebe

atualmente o filho mais novo, sendo que neste valor estão inclusas todas as despesas

do menor (escola, cursos extracurriculares, clube, sustento alimentar), mantendo-se a

obrigação com relação ao seguro/plano de saúde.

3. Concessão da tutela provisória de urgência, ora

pleiteada, no sentido de minorar, antecipadamente o valor da prestação alimentícia para

o valor de R$ _____(________) mensais ou ____ salário mínimo equiparando ao que

recebe atualmente o filho mais novo, mensais, adequando-o a possibilidade financeira

do Requerente, inclusive tendo em vista que a genitora, também deverá contribuir para o

sustento de seus filhos, haja vista que possui um padrão social equivalente, senão

superior, ao do Requerente.

4. Expedição de ofício ao BACEN (Banco Central),

para que informe ao R. Juízo, todas as contas correntes em nome da GENITORA do

Requerido, informando seu saldo atual e a movimentação das mesmas nos últimos anos,

e mais, as aplicações financeiras existentes.

5. Expedição de Ofício à Secretaria da Receita Federal,

para apresentação das 05 (cinco) últimas declarações de renda em nome da GENITORA

dos Requeridos, a fim de comprovar seu rendimento, incluindo os frutos civis dos imóveis

locados ________, que foram objeto de partilha na citada ação de divórcio cuja cópia da

inicial e sentença se encontram acostados aos autos.


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6. O total acolhimento dos pedidos, com a condenação

do Requerido nas verbas da sucumbência, bem como o arbitramento dos honorários

advocatícios, por apreciação equitativa, em razão do labor e zelo profissional.

7. Que as diligências do senhor Oficial de Justiça, se

realizem nas formas previstas no artigo 212, §§ 1º e 2º do Novo Código de Processo Civil.

VI – DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de

prova admitidos em direito, em especial pelo depoimento pessoal da genitora do

Requerido, Sra. _________, sob pena de confissão, juntada de documentos, oitiva de

testemunhas, cujo rol será oportunamente apresentado, perícia e demais que se fizerem

necessárias para o bom andamento do feito.

VII – DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa, o valor de R$______(_______).

Termos em que,

Pede deferimento

São Paulo, __ de ___ de 20__.

ADVOGADO

OAB-SP:

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